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OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSENA PERSPECTIVA DO PROFESSOR PDE
Produções Didático-Pedagógicas
Versão Online ISBN 978-85-8015-079-7Cadernos PDE
II
Ficha de identificação
Produção didático pedagógica
Turma - PDE/2014
Título: Estudo das doenças bacterianas, visando a saúde preventiva na
escola.
Autora Josilda Maciel Panizzi
Disciplina/Área (Ingresso no PDE) Ciências
Colégio de Implementação do Projeto e
sua localização
Colégio Estadual Procópio Ferreira
Caldas E. F. M. Rua Dário Alves
Ribeiro, 32 – Bairro São João
Município do Colégio Pinhão – PR
Núcleo Regional de Educação Guarapuava
Professora Orientadora MSC. Katiane dos Santos
Instituição de Ensino Superior UNICENTRO.
Relação Interdisciplinar Português e arte.
Resumo Com o tema “Práticas educativas de higiene, com o uso de tecnologias disponíveis na escola para o estudo e prevenção de doenças bacterianas”, a produção didático pedagógica tem como objetivo aplicar conhecimentos teóricos adquiridos, relacionando-os com a metodologia aplicada a fim de diminuir a incidência de doenças bacterianas em estudantes, capacitando-os diante de um problema a ter reações, como reconhecer e prevenir-se bem como saber argumentar e explicar sobre as formas de prevenção. Conhecer os seres microscópicos, em especial seres do reino monera, que são organismos procariotos, unicelulares e relativamente simples, identificar os patogênicos e os que são benéficos tanto a nossa saúde como a natureza fazem parte das estratégias de ação do projeto, e para complementar teremos como atividades um pré-teste, a fim de identificar o conhecimento prévio sobre bactérias, palestra com profissional de
saúde do município, elaboração de uma cartilha sobre infecções bacterianas e juntamente um manual de boa higiene, coleta de microrganismos no colégio, sendo a análise feita nos laboratórios da UNICENTRO campus CEDETEG.
Palavras-chave Ensino; microbiologia; higiene;
informação; ciências.
Formato do Material Didático Unidade Didática
Público alvo Alunos do 7º ano do ensino
fundamental.
APRESENTAÇÃO
Após muitas observações nos anos trabalhados no ensino fundamental,
nos deparamos com questões simples e muitas vezes pouco abordadas. Foi
pensando assim que nos deparamos com os seguintes questionamentos: Os
alunos conhecem os perigos aos quais estão expostos quando lhes falta higiene?
A informação sistematizada pode diminuir a incidência de doenças bacterianas
em estudantes?
Essas questões nortearam o projeto de intervenção pedagógica assim
como a produção didático pedagógica.
A presente produção didático pedagógica aborda de forma simples e
colaborativa opções de abordagens do tema “doenças bacterianas”. Assunto esse
normalmente é abordado no 7º ano do ensino fundamental, dentro do conteúdo
Reino Monera.
A produção inicia-se com um pré-teste, no qual objetiva-se saber o que o
aluno sabe sobre as bactérias em termos gerais, como tamanho, formas, se são
benéficas ou prejudiciais à saúde, locais onde as encontramos, onde são
utilizadas. Após, temos abordagens sobre algumas doenças bacterianas, a fim de
que os alunos em grupos definam uma delas, para construírem a cartilha bem
como o manual de boa higiene. Para finalizar, com o auxílio do professor, os
alunos farão uma coleta de microrganismos no colégio, onde a análise será feita
nas dependências da Universidade Estadual do Centro-Oeste no Campus
CEDETEG, nos laboratórios de microbiologia e imunologia.
A produção didático pedagógica objetiva-se em aplicar os conhecimentos
teóricos adquiridos, relacionando-os com a metodologia aplicada a fim de diminuir
a incidência de doenças bacterianas em estudantes, capacitando-os diante de um
problema, com noções de como reconhecer e prevenir-se, bem como saber
argumentar e explicar sobre as formas de prevenção.
Para a elaboração do material a seguir definiu-se a unidade didática pois
tem relação direta, docente e público alvo.
1 – Título: Estudo das doenças bacterianas, visando a saúde preventiva na
escola.
2 – Introdução:
Dentro do ensino de ciências são sistematizados conteúdos a partir de uma
análise histórica da ciência de referência, a tecnologia hoje faz parte de todo o
contexto científico onde vivenciamos a revolução digital:
No entanto, apesar da revolução digital ser importantíssima, devemos nos lembrar de que ela não é a primeira e nem será a última da história humana. Já tivemos outras revoluções tecnológicas tão importantes quanto a digital, como o fogo, a escrita, a eletricidade, etc. Quando uma revolução tecnológica acontece, ela recria a realidade e transforma o impossível em possível (GABRIEL, 2013, p. 2 cap. 1)
Segundo Damásio (2007, p. 16) “A educação é um sector crítico para o
desenvolvimento social e provavelmente aquele onde melhor pode-se detectar os
traços das várias dimensões de relacionamento entre tecnologia e sociedade”. A
tecnologia é uma das linguagens no ensino de ciências, pois ao falar de ciências
fala-se de muita tecnologia, seja ela atual ou ultrapassada. Como exemplo temos
a ida do homem à lua, telescópios, microscópios avançadíssimos, é possível
mostrar aos alunos todos esses exemplos citados através de vídeos, filmes,
imagens e texto.
Segundo (GABRIEL, 2013, p. 2 cap.17), “o professor deve deixar de ser um
informador para ser formador, caso contrário, o uso da tecnologia terá apenas
aparência de modernidade”. O aprofundamento na utilização de recursos
didáticos e uso da tecnologia na prática pedagógica escolar fazem-se necessário
em toda e qualquer disciplina, pois a escola de um modo geral, nos últimos
tempos precisou adaptar o seu cotidiano à tecnologia, porém um dos problemas
está na falta de habilidades e conhecimento a respeito. Por outro lado muitos
educadores e alunos veem nas novas tecnologias algo muito distante da escola,
que embora tenha alguns aparatos tecnológicos, muitas vezes é esquecido,
estraga, não tem quem acompanhe, ou não tem quantidade suficiente para todos.
Enfim, os motivos para a não utilização é grande, o que desmotiva os alunos. É
necessário tornar, de alguma maneira,as tecnologias que estão ao nosso alcance
em utilizáveis e aproveitáveis, pois dependemos de aulas com o máximo de
qualidade, para termos retornos adequados em nossa educação, tão
questionados pela sociedade.
Portanto, toda tecnologia é tanto uma benção como um fardo, e o surgimento de novas possibilidades com a introdução das tecnologias e plataformas digitais é inegável, no entanto, estas são apenas novas ferramentas à disposição do homem, a quem cabe a imutável função de explorar novas possibilidades e os limites dos novos meios (GABRIEL, 2013, p. 2. cap. 9)
Para a intervenção com recursos tecnológicos no ensino da disciplina de
Ciências, faz-se necessária à articulação entre conteúdo e metodologia. Bem
como ela deve ser feita, com muito conhecimento, segurança e acima de tudo
muito compromisso, com a aprendizagem do aluno e com a escola que é nosso
espaço de reflexão e investigação. Conforme (GABRIEL, 2013, p. 16 cap.6), “para
conseguir engajamento em situações em que a relevância não está presente,
acredito que uma das melhores maneiras seja por meio da metodologia de três
ES – Educação, Estrutura e Estímulo”.
Nas escolas têm os espaços sociais, que são ocupados por muitas
pessoas. Esses ambientes tem que ser o mais aconchegante, limpo e organizado
possível, se um desses itens não estiver de acordo, comprometerá o ensino e
aprendizagem. Pois ninguém se sente bem em um ambiente sujo e
desorganizado. E principalmente não só a aprendizagem, mas também nossa
saúde é colocada em risco. É papel da família, da comunidade escolar, da
sociedade em geral, fornecer as noções básicas de higiene e saúde, ou seja, dar
condições para que o aluno tenha uma vida saudável, e proporcionando uma
visão de que cada um é responsável pelo seu bem-estar. Percebe-se o sucesso
em orientações dadas, quando há mudanças de comportamento e atitudes nos
alunos envolvidos. Segundo WERNECK & ROOKE, “A forma mais adequada de
se evitar grande parte das doenças é cuidando da higiene”.
3 – Desenvolvimento:
Atividade 1- Nessa atividade o aluno receberá o questionário sem nenhuma
instrução do professor. Será avaliado, portanto seu conhecimento prévio.
Duração – 2 aulas
Atividade 2- Essa atividade é composta por um texto retirado do livro
Microbiologia Do autor Tortola et al., (2012) Esse texto deverá ser distribuídos aos
alunos, e abaixo temos uma sugestão de trabalho com o mesmo.
Duração- 2 aulas
Aluno(a) ____________________________________________________data____/____/__________
Pré-teste
1 – Você considera as bactérias importantes para a nossa vida? Justifique.
2 – Faça um desenho, mostrando como você imagina ser uma bactéria.
3 – Com o que você poderia comparar o tamanho de uma bactéria? Comente.
4 –As bactérias podem causar doenças? Exemplifique.
5 – Em sua alimentação existem bactérias? Comente.
6 – Em uma cadeia alimentar as bactérias são os seres:
(a) Produtores
(b) Consumidores
(c) Decompositores
Após a leitura, promova uma discussão.
Distribua o texto a seguir aos alunos.
Professor
De doenças de plantas a xampus e molhos de saladas
Xanthomonas campestris, é um bastonete que causa uma doença chamada podridão negra
em plantas. Depois de acessar os tecidos vasculares das plantas, a bactéria usa a glicose
transportada nos tecidos para produzir uma substância pegajosa, semelhante a uma goma. Essa
substância acumula-se para formar massas gomosas, as quais eventualmente bloqueiam o transporte
de nutrientes das plantas. A goma que forma essa massa, a xantana, é composta de um polímero de
manose de alto peso molecular. Em contraste com seus efeitos nas plantas, as xantanas não tem
efeito adverso quando ingeridos por seres humanos. Consequentemente, as xantanas podem ser
usadas como espessantes em alimentos, como laticínios e molhos para saladas e em cosméticos,
como cremes e xampus.
O norte americano consome em média mais de 13 Kg de queijo anualmente, e cada 2 Kg de
queijo produz cerca de 4 L do líquido do subproduto chamado soro. Quando pesquisadores do
Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) quiseram encontrar algum produto útil que
pudesse ser obtido a partir do soro, um resíduo líquido produzido em abundância pela indústria de
laticínio,pensaram em transformá-lo em xantana. Entretanto, como o soro é principalmente água e
lactose, os pesquisadores tiveram que descobrir como Xanthomonas campestris produz xantana
utilizando lactose em vez de glicose.
Uma equipe de pesquisadores trabalhando com USDA na Stauffer Chemical Company utilizou
uma abordagem simples – um enriquecimento com base apenas em duas exigências: que a bactéria
crescesse no soro do leite e que produzisse xantana. Inicialmente, eles inocularam Xanthomonas
campestris em um meio de soro e incubaram por 24 horas. Então, transferiram um inóculo dessa
cultura para um frasco de caldo de lactose, para selecionar as células que utilizam lactose. A linhagem
não tinha que produzir xantana a partir desse caldo; ela tinha apenas que crescer na lactose.
A linhagem que utilizou lactose foi isolada por meio de transferências seriadas, e foi
selecionada aquela linhagem com melhor habilidade de crescer. Depois da incubação por 10 dias, um
inóculo foi transferido para outro frasco de caldo de lactose, e o procedimento foi repetido mais duas
vezes. Quando transferidas para um frasco com meio de soro de leite, as bactérias capazes de utilizar
lactose multiplicaram-se no soro, e a cultura tornou-se extremamente viscosa – a xantana estava
sendo produzida. O resultado final foi um processo no qual 40g/l de soro em pó foram convertidos em
30g/l de goma xantana. Uma rápida observação dos rótulos dos produtos nos supermercados de sua
vizinhança vai demostrar o quão bem-sucedido foi esse projeto.
(Texto retirado do livro Microbiologia 10ª ed. de TORTOLA, FUNKE, & CASE, 2012, p. 801).
Atividade 3 - Atividade experimental: Fazendo iogurte natural
Nessa atividade o professor deverá orientar o aluno quanto a cuidados na
cozinha, como não mexer com fogo, facas, sem a orientação de um adulto.
A atividade deverá ser realizada em uma cozinha, e necessitará de organização
prévia do local e de alguns cuidados como álcool para higienização das mãos,
utensílios, além dos ingredientes.
Duração – 4 aulas.
Ingredientes necessários para a produção do iogurte natural:
- 2 litros de leite desnatado.
- 1 pacote de lactobacilos vivos.
- 2 colheres de sopa de leite em pó.
Preparo:
Ferva um litro de leite e deixe morno. Coloque o outro leite na geladeira para
gelar. Após o leite estar gelado, coloque-o em uma vasilha, junte o leite morno e
adicione os lactobacilos vivos e o leite em pó. Mexa até obter uma mistura.
Tampe bem a vasilha, embrulhe-a com um pano mais grosso e deixe no forno
desligado por um período de 10 a 12 horas. No dia seguinte retire a vasilha de
iogurte do forno, remova a película de soro que se formou na superfície e
armazene o iogurte em vasilha bem fechada na geladeira. Ele pode ser
Sugestões de questões após a leitura e
discussão do texto
•Observando rótulos de produtos como xampus, molhos para saladas, maioneses, katchup. Responda: além desses produtos, em quais outros você encontrou xantana?
•Para que a xantana é utilizada em diversos produtos ? Qual é sua função?
Sugestões de questões após a leitura e
discussão do texto
•Qual é o nome científico da bactéria que produz xantana?
•Pesquise no dicionário o significado das seguintes palavras: polímero, espessante, lactose, inóculo.
Sugestões de questões após a leitura e
discussão do texto
•Descreva o que você entendeu sobre o texto.
•O texto afirma que a bactéria em questão é patogênica ou benéfica para a nossa saúde?
conservado por até 20 dias na geladeira. Misture ao iogurte frutas ou gelatinas e
distribua para as crianças experimentarem.
http://portaldoprofessor.mec.gov.br/fichaTecnicaAula.html?aula=20062
Atividade 4 – Breve abordagem da história da microbiologia
Dessa vez o professor fará abordagens da história da microbiologia, Inicialmente
os alunos já conheceram parcialmente a importância das bactérias em nossas
vidas, vale ressaltar o assunto. Essas abordagens e demonstrações serão através
de aulas expositivas.
Duração – 4 aulas.
Além das bactérias patogênicas, que causam doenças, podem-se citar as
bactérias presentes nos alimentos e em nossa flora normal, que são essenciais
para a nossa sobrevivência, por exemplo, as bactérias do ácido láctico, que são
usadas para a produção da coalhada e iogurte, alimentos industriais que são
fermentados como é o caso do chucrute, picles e azeitonas verdes. Em alguns
alimentos como no caso do queijo bactérias são utilizadas para produzir sabor e
aumentar a durabilidade do produto a ser consumido. Segundo (TORTOLA,
FUNKE, & CASE, 2012, p. 2), “... a maioria dos micro-organismos contribui de
modo essencial na manutenção do equilíbrio dos organismos vivos e dos
elementos químicos no nosso ambiente”.
Com a necessidade de conhecer, trabalhar e utilizar em grande escala
esses seres microscópicos, e entender seus efeitos benéficos ou maléficos, surge
à biotecnologia, que é a aplicação de processos biológicos e bioquímicos à
produção industrial. Para (PELCZAR, 2005), biotecnologia é definida como:
“Qualquer técnica que utilize um organismo vivo para sintetizar um produto útil ou
uma reação química desejável é um exemplo de biotecnologia”.
Dentro das ciências surgiu a microbiologia, que é o estudo de organismos
microscópicos. Os cientistas tentam explicar o surgimento de diversas doenças
bacterianas bem como as formas de contágio e, vários agentes etiológicos.
Segundo (TORTOLA, FUNKE, & CASE, 2012, p. 303), “todos os microrganismos
são proveniente de células formadas há cerca de 3,5 bilhões de anos. O DNA
transmitido a partir dos ancestrais é descrito e conservado”.
E apesar de os cientistas afirmarem que os microrganismos são os seres
mais antigos da face da terra, a microbiologia é uma ciência recente. Há vários
cientistas que fizeram descobertas de suma importância para a ciência.
Fonte: wikipedia (http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/9/94/Jan_Verkolje)
Antony Van Leeuwenhoek (1632-1723), como estava familiarizado com o
uso de lentes de aumento para inspecionar fibras e tecelagens de roupas, usou
seu microscópio rudimentar para observar águas de rios, infusões de pimenta,
saliva, fezes, etc. A descrição detalhada do que viu tornou-o um dos fundadores
da microbiologia (PELCZAR, 2005).
Fonte: wikipedia (http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/2/21/Francesco_Redi.jpg)
Francesco Redi (1626-1697) demostrou em 1668 que as larvas
encontradas em carne em putrefação eram larvas de ovos de insetos, e não
produto da geração espontânea (PELCZAR, 2005).
Louis Pausteur estabeleceu a relação entre o processo de fermentação do vinho com microrganismos (no caso, leveduras, organismos unicelulares pertencentes ao reino dos fungos) e, na busca de uma solução para o problema dos viticultores de uma região da França – a acidificação dos vinhos armazenados - , relacionou essa deterioração com a contaminação por bactérias. Pauteur descobriu que, aquecendo o vinho a uma temperatura de 56º C, os organismos que alteravam o gosto do vinho eram eliminados. Esse processo ficou conhecido como pasteurização, ainda hoje largamente utilizado na indústria de alimentos, principalmente como processo de conservação do leite (NÓBREGA & BOSSOLAN, 2008, p. 118).
Fonte: biografias y vidas (http://www.biografiasyvidas.com/biografia/k/fotos/koch.jpg)
Segundo (BOSSOLAN, 2002), Robert Koch e seus colegas demonstraram
como uma substância extraída de algas, denominada ágar, podia solidificar meios
específicos para cultivar microrganismos. Por volta de 1892, Koch e seus alunos
descobriram os agentes da febre tifoide, difteria, tétano, pneumonia lombar
aguda, doença do mormo e outros.
Fonte: wikipedia (http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/4/4c/Alexander_Fleming.jpg)
Alexander Fleming (1881-1955) descobriu que um fungo comum, o
Penicillium notatum, inibiam o crescimento de certas bactérias. A penicilina foi o
primeiro dos antibióticos modernos e ainda é um dos mais úteis, conforme
comenta (BOSSOLAN, 2002, p. 64). A história da microbiologia alavanca grandes
nomes, e no início houve grande relutância por parte de alguns cientistas em
aceitar a teoria da biogênese, foram diversos cientistas afirmando que a vida
surgia ao acaso. Redi em 1668 já havia comprovado a negação da teoria da
geração espontânea, mas somente ficou comprovada a teoria da biogênese com
Pasteur em 1864, foram quase 200 anos de questionamentos e discussões a
respeito da biogênese x abiogênese.
A escola possui papel fundamental para instrumentalizar os indivíduos sobre os conhecimentos científicos básicos. No entanto, nem ela nem nenhuma instituição tem condições de proporcionar e acompanhar a evolução de todas as informações científicas necessárias para a compreensão do mundo. A ação conjunta de diferentes atores sociais e instituições promove a alfabetização científica na sociedade, reforçando-a e colaborando com a escola (KRASILCHIK & MARANDINO, 2007, p. 31)
Sabe-se que um homem adulto seja hospedeiro de pelo menos 100
milhões de células microbianas (flora normal). Deduz-se, portanto que a grande
maioria dos microrganismos presentes em nosso corpo é necessária a ele, nosso
organismo.
Todos vivemos do nascimento até a morte em um mundo cheio de micróbios, e todos temos uma variedade de micro-organismos dentro do nosso corpo. Esses micro-organismos fazem parte da nossa microbiota normal ou flora. A microbiota normal não nos faz nenhum mal, podendo ser em alguns casos ser benéfica. Por exemplo, algumas microbiotas normais nos protegem contra as doenças por prevenirem o crescimento de micro-organismos nocivos, e outras produzem substâncias úteis como vitamina K e algumas vitaminas do complexo B (TORTOLA, FUNKE, & CASE, 2012, p. 18).
Para combater várias doenças bacterianas fazemos hoje uso de
antibióticos, que apresenta algumas propriedades, como ressalta Bossolan:
“Ineficácia sobre a flora microbiana normal, evitando-se assim, a perturbação do
equilíbrio natural e, consequentemente, impedindo o estabelecimento de
infecções por germes totalmente não patogênicos habitualmente controlados pela
flora normal” (BOSSOLAN, 2002, p. 63).
Os alunos têm muita curiosidade, e é importante que conheçam os caminhos
que a ciência tomou, para chegar onde está hoje, e que saibam que se tem
muito a avançar. Pois muitas doenças ainda são desconhecidas ou não existe
um tratamento eficiente para controlar ou curar.
Temos em nosso corpo várias barreiras naturais contra microrganismos
patógenos, como a pele, pelos nas narinas, cílios e o nosso sistema imunológico.
Mesmo assim pode ocorrer a infecção, pois existem organismos patógenos nos
mais diversificados ambientes.
A pele é o maior órgão do nosso corpo humano, corresponde a 15% do nosso peso e reveste e delimita o organismo, protegendo-o e interagindo com o ambiente. Por isso, está sujeito a uma grande quantidade de enfermidades e a ausência de asseio, agrava por fatores ligados a idade, ao sexo, ao ambiente de moradia, ao trabalho e ao transporte, contribui para aumentar esse risco. A falta de higiene pode causar além do mau cheiro, aparecimento de micoses, infecções e infestações de parasitas na pele humana (GASPARINI, 2013, p. 1).
Atividade 5 – Formas de contágio de algumas infecções
bacterianas
Nessa atividade o professor abordará brevemente formas de contágio de algumas
infecções bacterianas.
Duração – 2 aulas.
Algumas infecções transmitidas pelo ar são causadas por bactérias:
Pneumonia pneumocócica, Difteria, Coqueluche, Pneumonia atípica primária,
Meningite por Haemophilus, Meningite meningocócica, Psitacose. Como são
infecções transmitidas pelo ar, às bactérias iniciam contaminando as vias
respiratórias, e trazendo sérias complicações posteriores, uma das formas de se
prevenir é estar com a imunidade muito boa, ou seja, estar alta, caso contrário o
risco de contaminação torna-se evidente, em algumas infecções citadas acima
existe a campanha de vacinação como a coqueluche e a difteria, já alguns casos
de meningite existe a vacina, mas não há campanhas de vacinação.
Por sua elevada efetividade, as atividades de vacinação constituem componente obrigatório dos programas de saúde pública. Sua avaliação requer o contínuo acompanhamento da cobertura vacinal, da equidade no acesso, da incidência e gravidade das doenças objeto do programa, assim como sua segurança (FREITAS, 2007, p. 1033).
Infecções transmitidas pela água e alimentos contaminados também são
comuns, como por exemplo: Cólera, Gastroenterite, Diarreia, Disenteria,
Listeriose. Podemos prevenir essas infecções tomando cuidados essenciais com
os alimentos e a água que usamos para beber ou cozinhar. Nessas infecções as
bactérias contaminam principalmente o nosso sistema digestório. Para as
infecções citadas acima, existe vacina apenas para a cólera, e que é de curta
duração (Pelczar Jr., Chan, & Krieg, 1997).
Além das doenças bacterianas transmitidas pelo ar, água, alimentos, temos
doenças bacterianas transmitidas por vetores biológicos como, por exemplo,
pulgas, carrapatos, ácaros, piolho, etc. As doenças Febre recorrente endêmica e
epidêmica, Tifo epidêmico, rural e murinho, Riquetsiose variceliforme e Febre das
trincheiras, são exemplos de doenças transmitidas por vetores biológicos, em
alguns casos temos o hospedeiro em outros não. Os hospedeiros desses vetores
biológicos quando há são ratos, camundongos, roedores silvestres e outros
pequenos animais (TORTOLA, 2005).
Segundo (Pelczar Jr., Chan, & Krieg, 1997), outra forma de contaminação
bacteriana, provando infecções é por meio de lesões na pele tais como: cortes,
cirurgias, ferimentos, etc. Essas lesões na pele tornam-se a porta de entrada para
várias bactérias patogênicas, sejam elas aeróbias ou anaeróbias. As doenças
mais comuns provocadas pela contaminação por lesões na pele são: Abscessos,
Brucelose, Carbúnculo, Leptospirose, etc.
Para Silva Jr. (1995, p. 30), a contaminação do homem pelas mãos
“veiculam qualquer microrganismo com um simples contato; ocasionando
contaminações constantes e eminentes”. Conclui-se que dessa maneira, que
temos várias portas de entrada em nosso organismo para patógenos, conhecê-los
permite-nos, que saibamos como nos prevenir em muitas situações.
Para que qualquer ser humano tenha uma vida saudável, é necessário que
conheça as formas como os microrganismos interagem com o organismo
humano. No miniaurélio eletrônico (2004), encontra-se a seguinte definição para
saúde: “Estado daquele cujas funções orgânicas, físicas e mentais se acham em
situação normal”, e para doença: “Falta ou perturbação da saúde”. Compreender
quais são os fatores e riscos que comprometem nossa saúde e bem estar,
colaboram para uma vida saudável, hábitos comuns que tomamos em nosso dia-
a-dia, como lavar as mãos antes de qualquer refeição, não levar objetos a boca
como fazem crianças, para cozinhar tomar todos os cuidados necessários com o
manuseio dos alimentos a serem cozidos ou lavar muito bem e tomar cuidados
prévios com alimentação consumida crua, esses e mais cuidados são importantes
para manter a integridade da nossa saúde, sem correr riscos de ser infectados
por bactérias patogênicas, ou outros microrganismos.
Existem em nossos municípios políticas públicas para garantir a saúde e
integridade da população. Muitas vezes essas políticas são falhas:
...estratégias de prevenção e de educação e saúde pode ser encontrada na diferença entre planejadores de saúde e comunidade local quanto a sua percepção de tempo. Muitos desses programas são criados por indivíduos de classe média e são dirigidos a pessoas muito mais pobres do que eles próprios, de modo que grande parte da educação em saúde está baseada no que poderia ser denominado de um “modelo de investimento da classe média”. Ou seja, “invista” em você agora ( educação, poupança, alimentação nutritiva, evitar o fumo, usar preservativos e “adiar a satisfação” ), esse comportamento resultará em você colher um “lucro” ( ou dividendo no seu investimento) daqui a muitos anos no futuro. Em termos de saúde esse lucro virá na forma de uma melhor saúde física, melhor qualidade de vida e maior expectativa de vida. No entanto, essa abordagem ignora a realidade diária de pessoas que vivem de maneira precária, atingidas pela miséria. A luta diária, às vezes, luta horária pela sobrevivência – por comida, abrigo, dinheiro e segurança – de muitas pessoas que vivem em favelas ou bairros pobres, especialmente onde não há um sistema de assistência
social, significa que elas tem um período de vida muito curto. As pessoas que vivem essa existência precária podem ser incapazes de planejar mais do que um ou dois dias à frente (HELMAN, 2003, p. 326)
Atividade 6 – Coleta de microrganismos / análise (CEDETEG)
Nessa atividade o professor orientará os alunos em como proceder
para realizar as coletas de microrganismos pelo colégio.
Duração – 2 aulas.
Para essa atividade o material para a coleta de microrganismos será preparado
no laboratório de microbiologia da UNICENTRO campus CEDETEG, esses
materiais correspondem ao cultivo em placas petri. As placas em seguida serão
levadas ao colégio. No colégio os alunos serão divididos em grupos, e cada grupo
será responsável pela coleta em locais diferenciados como, por exemplo,
banheiros femininos e masculinos, lavabos, bebedouros, maçanetas de portas,
mesas, carteiras, cadernos, celulares, etc...
Atividade complementar:
Professor! para melhor compreensão do texto, oriente o aluno para que faça uma pesquisa
sobre as teorias da geração espontânea e da biogênese.
Para a devida coleta serão utilizados cotonetes, ao final os alunos passarão o
cotonete no meio de cultura e etiquetarão cada placa com o local da coleta.
Serão feitas observações nas próximas 48h a fim de observar as colônias
crescerem. Nesse período as placas ficarão em um recipiente que mantenha uma
temperatura superior a 30ºC, para garantir o crescimento das colônias de
bactérias.
Após 48h as placas serão levadas ao laboratório de microbiologia da
UNICENTRO campus CEDETEG, para fazer a observação quanto a forma das
bactérias durante a observação será feitas fotos no microscópio para que os
alunos diferenciem as bactérias quanto suas formas.
Atividade 7 – Elaborando a cartilha
Nessa atividade o professor orientará os alunos a formarem grupos e seguirem as
orientações para a elaboração de uma cartilha.
Duração – 12 aulas
Orientações iniciais:
1. Montar a cartilha em uma apresentação do Power point ou programa
semelhante.
2. A cartilha terá uma única capa e apresentação onde todos os alunos
participarão da elaboração.
3. Os grupos formados pelos alunos devem ser de 3 ou 4 componentes.
4. Cada grupo deverá definir por uma das seguintes infecções bacterianas:
Cólera
Meningite
Meningocócica
Tuberculose
Tétano
Leptospirose
Coqueluche
Hanseníase
Pneumonia
Gastroenterite
Listeriose
Peste
Bubônica
Brucelose
Carbúnculo Cárie
Dentária
5. Após a definição da infecção que cada grupo trabalhará, seja por sorteio ou
outro meio definido, iniciar a elaboração da cartilha.
6. Inicialmente será feita uma pesquisa sobre o tema na internet (com a
orientação do professor). Essa pesquisa deverá ser feita na escola, no
laboratório de informática ou espaço afim.
7. A pesquisa deverá ser orientada pelo professor, pois o aluno deverá ao
final da pesquisa apresentar as seguintes respostas: Nome da infecção,
agente etiológico da infecção, modo de transmissão, características
(sintomas), tratamento, medidas preventivas (profilaxia), histórico da
doença, curiosidades e desenho/imagens ilustrativas que representem a
infecção e para finalizar as referências.
8. Após o término da pesquisa é hora de colocar no papel e em seguida nos
slides.
9. A apresentação deverá ter entre 6 e 16 slides, os mesmos seguindo a
orientação 7.
10. Os slides devem ser informativos e contar com ilustrações.
Modelo representativo:
Atividade 8 – Manual de boa higiene
Orientações – Será dividido entre os grupos em forma de sorteio, itens para que
cada grupo relate a forma de higienização correta. Os itens a serem sorteados
serão:
- Higienização correta de: mãos, mamadeiras, dentes, verduras, utensílios
domésticos, frutas, boca, folhosos, ouvido, etc...
Os alunos farão pesquisas sobre o tema sorteado, após elaborarão um desenho
ou indicações de como se faz a higienização correta. Padronizar a explicação em
folhas de sulfite A4, pois a higienização fará parte da cartilha que será
encadernada e ficará na biblioteca para ser usada como fonte de pesquisa.
Duração – 4 aulas.
Atividade 9 – Pós teste
Orientação- O pré-teste foi a primeira atividade, onde o aluno mostrou o que sabia
sobre as bactérias, agora consideremos que ele já tem um bom embasamento
sobre o tema. Então, para comprovarmos o aprendizado iremos reaplicar o
mesmo teste, e novamente sem dar dicas ou fazer comentários enquanto eles
respondem a atividade.
Duração – 2 aulas
Aluno(a) ____________________________________________________data____/____/__________
Pré-teste
1 – Você considera as bactérias importantes para a nossa vida? Justifique.
2 – Faça um desenho, mostrando como você imagina ser uma bactéria.
3 – Com o que você poderia comparar o tamanho de uma bactéria? Comente.
4 –As bactérias podem causar doenças? Exemplifique.
5 – Em sua alimentação existem bactérias? Comente.
6 – Em uma cadeia alimentar as bactérias são os seres:
(a) Produtores
(b) Consumidores
(c) Decompositores
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