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Sindicato dos Trabalhadores Federais em Saúde, Setembro 2016 | SINPRECE | 1 projeto de Estado mínimo perpassa pelos governos, não interessa quem lá esteja, estará a serviço do capital até que possamos organizar uma alternativa dos trabalhadores para quem vive do trabalho. O neoliberalismo deu fôlego aos patrões, muitos disfarçados de políticos, que pregam pela imprensa o discurso de preocupação com a crise nacional e tentam retornar a um programa monarca, fazendo desmoronar as conquistas de 50 anos para cá. Na saúde, o atual Governo propôs o desmonte e o fim do SUS. Como pode o responsável pela pasta afirmar em rede nacional que “O POVO BRASILEIRO IMAGINA ESTAR DOENTE”? Outro sinistro pronunciamento foi comunicar que é “cultura do brasileiro” só achar que foi bem atendido quando passa por exames ou recebe prescrição de medicamentos, e esse suposto “hábito” estaria levando a gastos desnecessários no SUS, conforme citação do ministro da Saúde, Ricardo Bastos. A desvinculação da DRU de 30% dos valores destinados à seguridade social já aponta o desmonte da Saúde. A Reforma da Previdência com aumento da idade mínima para aposentadoria de homens e mulheres aos 65 anos é outro ponto questionado, além do teto mínimo para aposentadorias e fim dos benefícios por invalidez. São apenas algumas das crueldades do Governo Federal. O próximo período será de maior enfrentamento, devemos organizar estratégias eficientes para conter os avanços do neoliberalismo. É inaceitável observar tantos ataques contra os direitos trabalhistas. O SINPRECE como sempre está na luta pelos direitos conquistados da classe trabalhadora, unindo a categoria, fortalecendo a luta, unindo os que queiram se posicionar contra estes ataques e criar uma ferramenta de luta dos trabalhadores. BOLETIM Sindicato dos Trabalhadores Federais em Saúde, Trabalho e Previdência Social no Estado do Ceará FILIADO À FENASPS Os brasileiros pagam a conta do descaso político EDITORIAL SETEMBRO 2016 A trama dos parlamentares que tentam fazer o servidor público engolir calado a PEC 241 e PLP 257 hoje, já aprovado na câmara e aguardando comissão no senado com o número PLC 54/2016, revela o projeto do capital contra os trabalhadores e também ataca o povo brasileiro. São medidas catastróficas que propõem conter os gastos públicos, extingue a Previdência Social, o SUS e o MTE, além do congelamento salarial entre outras maldades. Especialistas apontam que, haverá demissões de servidores, suspensão de concursos públicos e possível corte no aumento real do salário mínimo, mas os trabalhadores ainda não acordaram. Os líderes classistas já iniciaram o combate, entretanto, os trabalhadores ainda dormem e parecem esperar um milagre. Somente a radicalização nos movimentos possibilitará que direitos trabalhistas não sejam extintos. Nem mesmo na época tucana, apesar do PMDB estar no mesmo barco, os bandoleiros congressistas atacaram ou planejaram agredir o servidor público e a sociedade civil como têm feito. Nesse cenário confuso, não podemos esquecer que algumas dessas perversidades foram encaminhadas ao congresso ainda na era do Partido dos Trabalhadores, bem como a malfadada reforma da previdência de 2003. Alguém duvida da árvore genealógica do PLP 257, que leva o sobrenome da ex-presidente Dilma Rousseff? Lamentavelmente o Partido dos Trabalhadores feriu suas próprias convicções e ideais, traiu a classe trabalhadora ao se vender ao capital, ao invés de defender o trabalhador. Embora tenhamos denunciado em todos os meios, ainda encontramos cidadãos que não entenderam que o Sindicato dos Trabalhadores Federais em Saúde,

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Sindicato dos Trabalhadores Federais em Saúde, Trabalho e Previdência Social no Estado do Ceará

FILIADO À FENASPS Setembro 2016 | SINPRECE | 1

projeto de Estado mínimo perpassa pelos governos, não interessa quem lá esteja, estará a serviço do capital até que possamos organizar uma alternativa dos trabalhadores para quem vive do trabalho.

O neoliberalismo deu fôlego aos patrões, muitos disfarçados de políticos, que pregam pela imprensa o discurso de preocupação com a crise nacional e tentam retornar a um programa monarca, fazendo desmoronar as conquistas de 50 anos para cá. Na saúde, o atual Governo propôs o desmonte e o fim do SUS. Como pode o responsável pela pasta afirmar em rede nacional que “O POVO BRASILEIRO IMAGINA ESTAR DOENTE”? Outro sinistro pronunciamento foi comunicar que é “cultura do brasileiro” só achar que foi bem atendido quando passa por exames ou recebe prescrição de medicamentos, e esse suposto “hábito” estaria levando a gastos desnecessários no SUS, conforme citação do ministro da Saúde, Ricardo Bastos. A desvinculação da DRU de 30% dos valores destinados à seguridade social já aponta o desmonte da Saúde. A Reforma da Previdência com aumento da idade mínima para aposentadoria de homens e mulheres aos 65 anos é outro ponto questionado, além do teto mínimo para aposentadorias e fim dos benefícios por invalidez. São apenas algumas das crueldades do Governo Federal.

O próximo período será de maior enfrentamento, devemos organizar estratégias eficientes para conter os avanços do neoliberalismo. É inaceitável observar tantos ataques contra os direitos trabalhistas. O SINPRECE como sempre está na luta pelos direitos conquistados da classe trabalhadora, unindo a categoria, fortalecendo a luta, unindo os que queiram se posicionar contra estes ataques e criar uma ferramenta de luta dos trabalhadores.

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Os brasileiros pagam a conta do descaso político

EDITORIAL

SETEMBRO2016

A trama dos parlamentares que tentam fazer o servidor público engolir calado a PEC 241 e PLP 257 hoje, já aprovado na câmara e aguardando comissão no senado com o número PLC 54/2016, revela o projeto do capital contra os trabalhadores e também ataca o povo brasileiro. São medidas catastróficas

que propõem conter os gastos públicos, extingue a Previdência Social, o SUS e o MTE, além do congelamento salarial entre outras maldades. Especialistas apontam que, haverá demissões de servidores, suspensão de concursos públicos e possível corte no aumento real do salário mínimo, mas os trabalhadores ainda não acordaram. Os líderes classistas já iniciaram o combate, entretanto, os trabalhadores ainda dormem e parecem esperar um milagre. Somente a radicalização nos movimentos possibilitará que direitos trabalhistas não sejam extintos.

Nem mesmo na época tucana, apesar do PMDB estar no mesmo barco, os bandoleiros congressistas atacaram ou planejaram agredir o servidor público e a sociedade civil como têm feito. Nesse cenário confuso, não podemos esquecer que algumas dessas perversidades foram encaminhadas ao congresso ainda na era do Partido dos Trabalhadores, bem como a malfadada reforma da previdência de 2003. Alguém duvida da árvore genealógica do PLP 257, que leva o sobrenome da ex-presidente Dilma Rousseff? Lamentavelmente o Partido dos Trabalhadores feriu suas próprias convicções e ideais, traiu a classe trabalhadora ao se vender ao capital, ao invés de defender o trabalhador. Embora tenhamos denunciado em todos os meios, ainda encontramos cidadãos que não entenderam que o

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FILIADO À FENASPS2 | Setembro 2016 | SINPRECE

Ações em 2016

Diretores do SINPRECE são recebidos pelo interventor da GEAP Previdência

SINPRECE participa da 1ª Plenária Nacional

SINPRECE participa de reunião com o Secretário de Relações do Trabalho do MTE em Fortaleza e apresenta

reivindicações da categoria.

Abordagens do XIII CONSINPRECE são deliberadas em Assembleia Geral.

A primeira Plenária Nacional da FENASPS de 2016 teve como deliberação principal o indicativo de paralisação de 24 horas para o dia 14 de abril. Os trabalhadores do Seguro, Seguridade e Anvisa, decidiram pela ação, a fim de fazer frente aos ataques contra os direitos

conquistados, reforma da Previdência e Trabalhista, bem como impor ao governo o cumprimento integral dos acordos de greve e suspensão do ciclo de avaliação do IMA/GDASS, condições de Trabalho, 30 horas para todos e contra redução salarial.

As representantes da diretoria do SINPRECE, Carmem Marques e Nair Fernandes estiveram presentes na reunião em que diversas entidades classistas receberam a carta sindical do secretário Carlos Cavalcante de Lacerda. O evento foi oficializado pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE). No evento, ao falar sobre as mudanças no Ministério do Trabalho, Lacerda ouviu reclamações de trabalhadores do setor de homologação de rescisão

O XIII CONSINPRECE, que tem como tema “Política Sindical: da organização à luta dos trabalhadores”, foi debatido em Assembleia Geral no dia 9 de agosto, na sede da entidade. Foi tema da assembleia ainda o Estatuto da Entidade no que tange à escolha de delegados, o que ficou deliberado que seriam

No mês de agosto, diretores, assessoria jurídica e conselho fiscal do SINPRECE, foram recebidos em Brasília pelo interventor da GEAP Previdência, João Luiz Medeiros, para tratar do Plano Pecúlio. A reunião ocorreu onde funciona a atual GEAP Previdência. Na ocasião, os diretores apresentaram a indignação da categoria que discorda da intervenção do GEAP Pecúlio, que já teve início há três anos.

de contrato sobre o sistema operacional que há muito tempo está sem funcionar.

A diretora Carmem Lúcia Marques, apresentou as reivindicações da categoria como: 1 - valorização dos profissionais; 2 - Plano de Carreiras; 3 - Reabertura imediata do Grupo de Trabalho – GPCOT entre outros. O Secretário de Relações de Trabalho se prontificou a encaminhar as demandas à Brasília.

escolhidos em assembleias setoriais e específicas. Na mesma assembleia ficou deliberado ainda que, devido ao momento de eleição municipal que ocorrerá em outubro, não serão convidados políticos com ideologia partidária, evitando qualquer desconforto nos assuntos políticos.

Questionaram que o Governo Federal não tem nenhuma participação financeira dentro do plano, portanto, não tem o direito de colocar nenhum interventor. Que a PREVIC deve elaborar relatório em relação à governança e acabar com a intervenção. Que as entidades desde o início denunciaram que a intervenção foi política com o único propósito de deixar na mão do governo os planos saúde e pecúlio.

Ato contra o PLP 257Novo ataque do governo aos trabalhadores com

o PL 257. O SINPRECE também participou do ato pelas ruas de Fortaleza contra PLP 257/16, proposta feita pelo Governo Federal, Dilma Rousseff, que prevê o congelamento dos salários dos servidores públicos, aumenta a contribuição à previdência e demissão de funcionários públicos.

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FILIADO À FENASPS Setembro 2016 | SINPRECE | 3

Seminário “Previdência para quem?

Dentre outros questionamentos, os diretores perguntaram qual era o montante das despesas e qual o número de filiados da GEAP. Respondendo, o interventor não relatou números, mas disse que as despesas não eram tão altas e nem os salários tão elevados. Ele declara que até final de setembro estaria finalizando o período de intervenção e que o Pecúlio que tem hoje o montante de dois bilhões e seiscentos milhões de reais.

Seminário em defesa da SaúdeAinda no mês de agosto, o ministro da saúde

Ricardo Barros, declarou que a população gasta demais com saúde. Diante das declarações do ministro e das propostas do Governo Federal pela extinção do SUS, o SINPRECE participou e apoiou o Iº. Encontro Popular de Saúde, em Defesa da Saúde Pública e contra a Privatização do SUS, realizado no auditório da ADUFC, pelo Fórum em

Defesa do SUS e pelo Concurso Público Já. O grupo nasceu da iniciativa de diversos

profissionais inseridos na área de saúde, que discutem os impactos que comprometem a qualidade dos serviços prestados à população. A Defesa do Sistema Único de Saúde e aprovação da Carta de Fortaleza foram os principais temas debatidos entre os participantes.

“A intenção do governo é vender a previdência complementar pra todos servidores públicos”, relata Carmem Marques, diretora do SINPRECE.

O interventor afirmou que após a conclusão do relatório será criado um conselho com a participação das entidades para direcionar a administração do pecúlio. Para surpresa da direção do sindicato, uma semana depois o interventor foi cassado e nomeado novo interventor – Denis Kostrisch.

No dia18 de agosto do corrente ano, a diretoria do SINPRECE participou do Seminário “Previdência para quem?”, entendendo que o momento, é importante para o debate frente à conjuntura de extinção da Previdência Social. Os representantes da entidade, que estão participando de diversas ações regionais e nacionais consideram a realização do evento como fundamental para esse momento para poder debater e se apropriar dos informes em relação, se há déficit ou superávit na Previdência, e o que pode mudar com a assustadora Reforma da Previdência.

O Seminário aconteceu no auditório da Receita Federal, na Aldeota. A professora e doutora em economia, Denise Gentil, que estava entre as convidadas, fez suas pontuações sobre a Previdência superavitária. O auditor-fiscal da Receita Federal do Brasil e vice-presidente do SindFisco Nacional, Marcelo Lettieri, criticou o fato do teto de Previdência não chegar a seis salários mínimos, mesmo com a

implantação da política de valorização do salário mínimo.

”É obvio que se desvincularem o salário mínimo em pouco tempo teremos um plano de renda mínima”, declarou Lettieri, considerando que houve um aumento de 61% no programa de renda mínima, segundo pesquisa do estudioso. O conteúdo revela ainda que, há 9 anos, cerca de 14 milhões de beneficiários do INSS ganhavam um ou menos que salário mínimo, no entanto dados atualizados em fevereiro de 2016 mostram que já são 22 milhões de brasileiros na mesma situação.

O economista Flávio Ataliba falou sobre a proposta que tramita no congresso nacional que congelar os gastos reais do orçamento para os próximos 20 anos. “Imaginem o que vai acontecer com a nossa saúde. Imaginem gastar na saúde de hoje o mesmo valor que foi gasto em 1996. Seria um caos completo! Precisamos alertar a população”, disparou o palestrante.

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FILIADO À FENASPS4 | Setembro 2016 | SINPRECE

RetrospectivaTriênio 2014 a 2017 - O NOVO TEMPO

SINPRECE se posiciona contrário à criação do SUT

SINPRECE na luta em defesa do Ministério do Trabalho e Emprego e contra a criação do SUT

A diretoria que encerra o triênio em curso, teve início no dia 06 de junho de 2014, no Hotel Praia Centro, localizado na Praia de Iracema com a posse da diretoria e jantar. Na ocasião, foi apresentado um

Em agosto de 2014, a diretoria colegiada do Sindicato dos Tra-balhadores Federais em Saúde, Trabalho e Previdência Social (SINPRECE) se posicionou, du-rante seminário realizado pelo Fórum Permanente em Defesa do Serviço Público, contrário as mudanças na forma de utilização dos recursos do FAT – Fundo de Amparo ao Trabalhador. O FAT é responsável pelo pagamento de benefícios como o seguro-des-emprego, abono-salarial, casa popular, saneamento básico, entre outros benefícios.

Na época, a proposta do Governo era transformar o FAT em Fundo Nacional do Trabalho (FNT). O projeto foi criado, segundo o Governo, nos mesmos padrões do SUS (Sistema Único de Saúde). A fiscalização era outro ponto preocupante, pois com a descentralização através da municipalização ou estadua- lização do sistema, ficaria difícil

Em Brasília, a representante do SINPRECE, Carmem Marques, que integra o Fórum Nacional Permanente Contra o SUT (Sistema Único do Trabalho) participou, em agosto de 2014, de uma reunião que discutiu en-caminhamentos políticos em busca de fortalecimen-to da luta dos trabalhadores, além disso, debateu o

SUT de forma mais aprofundada nos estados.Considerou a importância do encontro, pautando

a união de vários representantes de entidades a nível nacional, o que provocou a deliberação de ações tomadas para esclarecimento e na tentativa de combater o novo sistema que foi criado pelo Governo Federal sem a discussão da classe tra-balhadora. Participamos e publicamos:• Dia Nacional de Luta contra o SUT (Sistema

Único do Trabalho). Ato em frente ao prédio Ministério do Trabalho e Emprego (MTE);

• Publicação de artigo no jornal O POVO sobre o Dia Nacional de Luta contra o SUT;

• Protesto contra criação do SUT durante visita do ministro Manoel Dias ao Ceará (Setem-bro/2014).

decidir quem seria o fiscal. O principal objetivo era criar o Sistema Único do Trabalho (SUT), instituindo a criação de 27 conselhos estaduais do trabalho, além de conselhos municipais. O SUT ficaria encarregado de elaborar as políticas públicas de emprego, fiscalizando as práticas de trabalho escravo e teria como braço financeiro o FNT (sucessor do FAT), responsável pelas des- pesas do seguro-desemprego, o abono salarial e a qualificação profissional.

O SINPRECE discutiu o tema no cenário regional e nacional, enviando a diretora Carmem Lucia para encontro em Brasília, a fim de aprofundar os conhecimentos acerca do projeto. A Diretoria participou também da apresentação da minuta do projeto feita pelo Governo Federal às Centrais Sindicais, no auditório do DIEESE em São Paulo. Por fim, o SINPRECE estava

entre os remetentes no envio do documento reafirmando o “NÃO” ao projeto. A Direto-ria colegiada interpretou que, tal projeto seria prejudicial à classe dos trabalhadores e, na ocasião, sugeriu o fortalecime-nto do Ministério do Trabalho e Emprego, com a valorização dos profissionais, plano de carreira e criação uma política de Trabalho e Emprego Nacional.

Fique Sabendo:• Participamos do Seminário

que tinha como tema - “SISTEMA ÚNICO DO TRABALHO: A QUEM INTERESSA? IMPACTOS E CONSEQUÊNCIAS DA CRIAÇÃO DO SUT”, rea- lizado na Superintendência Regional do Trabalho, em Fortaleza (14 de agosto de 2014);

• Enviamos nota de repúdio ao ministro do Trabalho e Emprego Manoel Dias.

documentário sobre a história do sindicato e a diretoria colegiada conclamou a união de todos reafirmando o compromisso em cumprir todas as promessas de campanha.

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FILIADO À FENASPS Setembro 2016 | SINPRECE | 5

Em Defesa dos servidores cedidos ao Governo do Estado

SINPRECE discute composição remuneratória de servidores do INSS

Em julho de 2014, a Diretoria do SINPRECE cobrou ao Secretário de Saúde do Estado do Ceará, na época o médico Acilon Gonçalves, pontos das diretrizes e critérios para aperfeiçoar procedimentos de cessão de pessoal no âmbito

A Diretoria colegiada do Sindicato dos Trabalhadores Federais em Saúde, Trabalho e Previdência Social no Estado do Ceará (SINPRECE) debate, durante Seminário no mês de agosto de 2014, a nota elaborada pela diretoria de gestão de pessoas do Instituto Nacional de Seguro Social (INSS), que tinha como proposta a alteração na composição remuneratória dos servidores de carreira. O encontro esclareceu e mobilizou os trabalhadores na tomada de posição política, a fim de pressionar o Governo Federal a cumprir o que o Tribunal de Contas da União (TCU) havia recomendado.

Carmem Marques, diretora da entidade, destacou na época, que o Tribunal de Contas da União (TCU) orientou que as aplicações fossem incorporadas as gratificações e salários desses servidores. A diretora destacou ainda que o órgão fiscalizador apontou a necessidade de soluções urgentes dada às condições precárias de trabalho. O Tribunal ainda apresentou dados de incompatibilidade com o número de trabalhadores que compõe o quadro do INSS, considerando com insuficiente para atender melhor a demanda.

O número de servidores lotados nas Agências da Previdência Social – APS, um percentual próximo de 60%, já estão em condições de exigir a aposentadoria, foi outro ponto questionado e discutido, além da perda de 40% do valor da remuneração.

Deliberações:• Indicativo para encontro nacional dos servidores

do INSS nos dias 13 e 14 de setembro de 2014 em Brasília.

• Criação de um abaixo-assinado reforçando o pedido de incorporação da GDASS aos salários

• Reestruturação da carreira.

do Sistema Único de Saúde. Carmem Marques lembrou que os profissionais federais cedidos ao Governo do Estado continuavam enfrentando os mesmos problemas de ordem jurídica, política e administrativa.

A Diretoria pontuou, durante a reunião, que os trabalhadores amargam a falta de ajustes no ambiente de trabalho, sofrendo com a falta de relação mais humanizada dos gestores com servidores de hospitais e postos de saúde.

Outro questão discutida foi das transferências indevidas, fato ocasionado em ocorrência do assédio moral praticado por alguns gestores.

Outros pontos debatidos:• Problemas no sistema de

informática implementado pela Secretaria de Saúde do Estado no posto Meireles;

• Relógio de ponto (O SINPRECE considerou que o servidor trabalha com vida e não com máquina);

• Horas extras não registradas• Falta de comprovante de

assiduidade.

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FILIADO À FENASPS6 | Setembro 2016 | SINPRECE

SINPRECE em ação contra a retirada de diretos dos trabalhadores

Dia do Aposentado 2015 em Maranguape

SINPRECE faz denúncias às mudanças no atendimento do HGF

O mês de outubro de 2014 foi marcado o ato nacional contra a retirada dos direitos dos trabalhadores. A paralisação contou com a presença de servidores de hospitais e postos de saúde e teve como ponto de concentração a sede do Ministério da Saúde, localizado à Rua do Rosário, no Centro.

A Diretoria colegiada reivindicou o plano de carreira para todos; reposição das perdas salariais; incorporação das gratificações; adicional de qualificação; 30 horas; melhores condições de trabalho; defesa do MI 880; defesa da insalubridade;

O SINPRECE denunciou as diversas irregularidades no Hospital Geral de Fortaleza, ainda no mês de janeiro, quando a gestão criou uma sistemática de atendimento na emergência da unidade hospitalar, mesmo ferindo a Constituição que, garante a todo cidadão o direito à saúde. A Diretoria esteve na unidade hospitalar no dia 15 de janeiro de 2015, buscando explicações para tal situação, porém, naquele dia nada foi resolvido, tendo em vista a ausência dos diretores do hospital.

Em janeiro de 2015, a Diretoria Colegiada do SINPRECE comemorou o dia do aposentado no hotel Acrópoles, na serra de Maranguape, disponibilizando dois ônibus saindo de Fortaleza. A Diretoria investe no evento por acreditar que, essas pessoas inseridas na terceira idade construiram bons caminhos a atual sociedade.

fim do assédio moral, paridade (ativo, aposentado e pensionista); contra a implantação do Sistema Único do Trabalho (SUT) e contra o fechamento de postos da Anvisa nos portos, aeroportos e fronteiras.

Ainda sobre as ações realizadas contra a retirada de direitos, os servidores do Instituto Nacional de Seguro Social (INSS), profissionais lotados nos postos de saúde e o núcleo do Ministério da Saúde paralisaram as atividades por duas horas no dia 08 de outubro.

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FILIADO À FENASPS Setembro 2016 | SINPRECE | 7

SINPRECE apresenta montante proveniente do pecúlio durante Assembleia Geral da categoria

Problemas estruturais foram observados durante a visita da unidade, além de cirurgias suspensas por falta de material, pacientes em atendimento nos corredores, terceirização, precarização dos serviços e o assédio moral sofrido pelos trabalhadores. Isso tudo é reflexo da política de cargos comissionados. O Governo deixou de investir em concurso público para lotear espaços públicos que deveriam ser ocupados por servidores concursados.

Vale destacar que o SINPRECE fez várias tentativas através de ofícios, solicitando o agendamento de reuniões com os secretários de saúde da gestão Camilo Santana e anteriores, mas as reivindicações foram ignoradas, mostrando o

Em fevereiro de 2015, durante reunião com a presidenta do INSS, Elisete Berchiol da Silva, que esteve em Fortaleza para participar da inauguração da APS de Aquiraz. Na Gerência Fortaleza, os diretores do SINPRECE cobraram um posicionamento satisfatório das reivindicações da categoria. A reunião também teve a presença de José Nunes Filho, diretor de Gestão de Pessoas, e Júlio César Araújo Sousa, gerente-executivo em Fortaleza.

Pautas abordadas na reunião:– Demanda espontânea;– Agendamento x quantidade de servidor;– Plano de ação mais participativo das agências

com os servidores;– Parecer do Tribunal de Contas da União

(TCU);– Progressão funcional de 12 meses;– Devolução dos 29 dias de greve de 2009;– IN-74;– Assédio moral;– Cumprimento de metas e análise dos

indicadores;– Turno estendido;– Inauguração de agências sem médico perito

e assistente social para atender a população;

– Necessidade de abertura de agências, especialmente no Centro de Fortaleza e no bairro Conjunto Ceará;

– Garantia de retorno da agência no bairro Parangaba;

– A questão de dispensa do serviço de vigilância no INSS;

– Resolutividade da situação da agência de Camocim;

– Liberação de diretores para participar das atividades sindicais;

– Incorporação das gratificações;– Concurso público;– Quantidade de agendamento, observando as

“ausências” (l icença, férias) dos servidores nas agências.

real descompromisso dos gestores e executivo com a população e com os servidores.

Fique Sabendo:O SINPRECE foi recebido no mês de março de

2015, pelo médico Carlile Lavor, ex-secretário de Saúde do Estado. Os sindicalistas expuseram a antiga pauta defendida pela categoria, enfatizando que os problemas não haviam sido solucionados pelos antigos responsáveis pela pasta. O sindicato lembrou que muitos ofícios foram enviados solicitando reuniões, mas os documentos não foram respondidos. Carlile Lavor se prontificou a abrir o diálogo com a entidade para resolver os problemas.

Peculistas filiados ao Sindicato dos Trabalhadores Federais em Saúde, Trabalho e Previdência Social no Estado do Ceará (SINPRECE) participaram, em fevereiro de 2015, uma assembleia geral que debateu como pauta principal o pecúlio na GEAP. O evento teve como principal objetivo atender à solicitação da FENASPS, que propôs aos estados a discussão sobre a GEAP/Previdência (pecúlio) e seus mais de R$ 2 bilhões, pertencentes aos 50 mil participantes.

Em maio, houve nova Assembleia Geral para anunciar os encaminhamentos decidido pelos peculistas. Resgate total do pecúlio com rateio proporcional; denunciar a intervenção do governo na imprensa e no Ministério Público; ocupar a sede do GEAP/Previdência – exigindo a saída do interventor – e que o sindicato faça o recadastramento de todos os peculistas para acompanhamento foram as sugestões apresentadas.

Reivindicações são apresentadas à presidente do INSS

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FILIADO À FENASPS8 | Setembro 2016 | SINPRECE

Do encontro, também foram extraídos os seguintes encaminhamentos: que a FENASPS solicite audiência com a PREVIC para questionar a governança do Pecúlio; que a federação solicite a GEAP/Previdência a relação estadual dos peculistas para que entidades sindicais possam contatá-los e auxiliá-los; que a FENASPS solicite à GEAP/Previdência a prestação de contas das receitas, despesas e aplicações dos valores de contribuição do pecúlio; o encaminhamento de orientação política e jurídica aos participantes do pecúlio; que a GT-GEAP da federação discuta sobre o pecúlio e reúna com a assessoria jurídica/FENASPS para debater propostas possíveis a serem encaminhadas à categoria para discussão nos estados; e que, no máximo, em três meses, a Federação decida o que fazer em relação ao pecúlio.

Em apoio ao docente da universidade pública

Em defesa do serviço públicoA Diretoria do SINPRECE participou

no mês de março de 2015, de reunião do Fórum Permanente em Defesa do Serviço Público que, na época, em momento anterior, havia lançado a campanha salarial dos servidores públicos federais na sede do Ministério da Fazenda (Receita Federal).

O encontro dos sindicalistas aconteceu na sede do Sindicato dos Trabalhadores das Universidades Federais no Estado do Ceará (SINTUFCe). Os filiados ao SINPRECE estavam representados pela diretora da Secretaria de Administração e Finanças, Carmem Marques.

Sempre presente aos eventos sindi- cais das diversas categorias do serviço público, o SINPRECE compareceu ao ato dos Servidores da Universidade Federal do Ceará (UFC), Universidade Federal do Cariri (UFCA – Crato, Juazeiro do Norte e Barbalha), Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasilei-ra (UNILAB) e dos campus de Sobral, Quixadá e Pentecoste, que lutavam pelo não cumprimento do Governo no movi-mento de 2012.

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FILIADO À FENASPS Setembro 2016 | SINPRECE | 9

Falta de Médico Perito e Assistente Social no interior do Ceará

Paralisação ‘‘dia 29 de maio’’

Trabalhadores do Seguro e da Seguridade Social aprovam indicativo de Greve

No mês de abril de 2015, o Sindicato dos Trabalhadores Federais em Saúde, Trabalho e Previdência Social do Estado do Ceará empossou os novos membros do Conselho Fiscal. A cerimônia aconteceu na sede da entidade onde foram empossados: Leda Maria Pereira Chaves, César Augusto Couto Martins, Denise Martins Palmeira Sampaio, Hélia Rocha Araújo, José Edmundo da Silva e Mônica de Cássia Costa de Oliveira.

Todos os conselheiros fiscais foram eleitos em assembleia geral realizada no SINPRECE, dia 5 de abril.

O SINPRECE denunciou a falta de médicos peritos e de assistentes sociais na agência do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) de Campo Sales. A APS ficou mais de três meses sem

Os servidores do Seguro e da Seguridade Social aprovaram durante encontro e plenária realizada em Brasília no início do mês de junho, indicativo de greve a partir do dia 07 de julho de 2015, por tempo inde-terminado. O principal motivo é a falta de negociação com o governo Dilma.

De acordo com os servidores, o Governo Federal não acena em dar reajuste algum, como

Os servidores do INSS aderiram à paralisação do dia 29 de maio e lançaram a bandeira de luta virtual e impresso com as seguintes reivindicações:• Por melhores condições de Trabalho;• Por Concurso Público para todos os cargos;• Pela imediata lotação de médicos e assistentes sociais;• Pelo fim das filas virtuais;• Pela incorporação das gratificações (GDASS);• Pela aprovação da PEC 271/13;• Pela imediata discussão do Plano de Cargos e Carreiras;• Pela regulamentação das 30h;• Contra a retirada dos direitos dos trabalhadores.

os profissionais. O sindicato constatou que das 22 agências da Previdência Social instaladas na região sul do Ceará, 13 não ofereciam serviços de perícia médica.

Posse do Novo Conselho Fiscal

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também não negocia incorporar as gratificações. Os trabalhadores também cobram do INSS a execução do parecer do Tribunal de Contas da União (TCU), que emitiu a Nota Técnica n° 03, mostrando verdadeira realidade vivida pelos servidores do INSS.

No parecer, o TCU também aponta insufi-ciência de servidores para melhor atender a

Os servidores decidiram pela greve por tempo indeterminado que teve início no dia 07 de julho. A paralisação das atividades dos servidores foi deliberada no dia 26/06, em assembleia realizada na sede do SINPRECE. A deflagração foi aprovada por unanimidade.

A falta de negociação com o Governo Dilma foi principal motivo da greve do movimento paredista. Um dia antes da decisão dos trabalhadores, em mais uma tentativa de avançar nas negociações, 49 entidades sindicais estiveram reunidas com representantes do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão.

O Governo apresentou uma proposta vergonhosa: 21,3%, parcelada ao longo de quatro anos (2016 a 2019). O aumento sequer cobre a inflação de cada um desses anos. Entre as principais bandeiras puxadas pelos manifestantes estava o reajuste da remuneração de acordo com a inflação, a incorporação das gratificações GDASS-GDPST, plano de cargos e carreiras, 30 horas de trabalho para todos os servidores, concurso público para repor quadro funcional, fim do assédio moral, isonomia salarial com paridade entre ativos e aposentados e contra as terceirizações, entre outros pontos.

população, má qualidade na gestão e na forma de avaliação da produtividade dos servidores, elevado número de pessoas na condição de se aposentar. Ignorando as orientações do TCU, o Governo Dilma desconsiderou as recomendações e seguiu na contramão da orientação, criando ainda mais metas e mecanismos de controle, a exemplo a Instrumento Normativo nº 74 (IN 74).

Greve Geral de 2015

Fortaleza

População em apoio a greve

Crato

Juazeiro

Sobral

Cariri

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Foram diversas rodadas de negociação e, no 35° dia da greve nacional, exatamente no dia 11 de agosto, Brasília parou com o grande movimento de dois mil trabalhadores de 17 estados e do Distrito Federal. Os servidores fecharam todas as vias de acesso ao Eixo Monumental, onde realizaram atividades.

As ações começaram com um ato no edifício-sede do INSS, logo pela manhã, de onde mais de dois mil servidores rumaram, em marcha, ao bloco C do Ministério do Planejamento (MPOG).

Lá, foram recebidos com truculência dos policiais militares, que não pensaram duas vezes em usar

Com as palavras de ordem “greve geral , in-terior e capital!” e “se o governo não negociar, a greve vai continuar!” , os servidores do INSS decidiram, em Assembleia Geral no início de setembro de 2015, que a greve continuaria por tempo indeterminado. O fato foi decidido após endurecimento da base dos trabalhadores, por não aceitar as mudanças estabelecidas pelo o governo Dilma Rousseff , que na época já en-frentava as pressões para início do processo de impeachment. A assembleia aconteceu no auditório da GEXFOR e contou com a partici-

cassetetes e gás de pimenta. Após o incidente foi realizado grande ato, que forçou o secretário de Relações de Trabalho, Sérgio Mendonça, a receber os servidores, já que não havia nenhuma reunião previamente agendada com o interlocutor do governo. Mendonça apenas repetiu a proposta do governo de reajuste em 21,3% em quatro anos, que de nenhuma maneira atendia às reivindicações dos trabalhadores.

Na capital cearense, os grevistas foram às ruas e levaram a informação do descaso político da ex-presidente Dilma Rousseff.

pação de servidores de Fortaleza e do Interior do Estado.

Uma delegação formada por oito servidores seguiu, logo após a Assembleia Geral , rumo à Brasí l ia, para participar de uma plenária organizada pela Federação Nacional dos Tra-balhadores em Saúde, Trabalho, Previdência e Assistência Social (FENASPS). A categoria retor-nou ao trabalho uma semana após a decisão de continuidade do movimento. No Ceará, mais de 95% dos cerca de 2.500 trabalhadores federais do INSS aderiram ao movimento grevista.

SINPRECE divulga relatório de Greve no Ceará

Rodadas de negociação com grevistas

Com ampla cobertura midiática durante o movimento grevista cearense, o SINPRECE divulgou relatório revelando que o setor de comunicação do INSS queria manipular os dados reais, quando na verdade houve 95% de adesão.

Continuação e fim de greve em setembro

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SINPRECE em apoio aos servidores de Camocim

Acordos da greve

Diretoria Colegiada do Sindicato dos Trabalhadores Federais em Saúde, Trabalho e Previdência Social no Estado do Ceará (SINPRECE)

Os servidores do INSS da agência Camocim paralisaram as atividades em janeiro deste ano, com apoio do SINPRECE, visto o risco de desabamento com a quadra chuvosa no município. Diante da situação de abandono, os servidores iniciaram o atendimento à população em um galpão de uma estação ferroviária desativada. Ao tomar conhecimento, o SINPRECE considerou o fato como inaceitável, já que os servidores desempenhavam os trabalhos em ambiente insalubre, precário e sem acessibilidade.

O SINPRECE acompanhou o desenrolar das diversas reuniões no Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão, que tinha como pauta principal o encaminhamento dos acordos de greve. O país passava por um momento político crítico, com a prisão do líder do Governo, Delcídio Amaral. A diretoria da FENASPS buscava no MPOG audiência para que o governo encaminhasse ao congresso os acordos de greve.

A situação piorava a cada dia com a denúncia

SECRETARIA DE ADMINISTRAÇÃO E FINANÇASCarmem Lúcia MarquesJoão Marques de FariasAntônia Rossicler Pereira do Carmo

SECRETARIA DE ASSUNTOS JURÍDICOSMaria Nair Fernandes SilvaJosé Orismar Albuquerque RibeiroLucinea Oliveira Pires de Freitas

SECRETARIA DE APOSENTADOSFrancisca Deurismar ArraisFrancisco Pereira Chaves

SECRETARIA DE FORMAÇÃO POLITICA E RELAÇÕES SINDICAISJorge Luís AlvesMaria Sulany Barros de SousaCícera Oliveira do Nascimento SECRETARIA DE IMPRENSA E COMUNICAÇÃOFábio Allan Santana CaldasFrancisco Castro de Oliveira

SECRETARIA DE SEGURIDADE SOCIAL E GEAPFlora Maria Brasil da SilvaFrancisco Aquino de SousaLaurentino Rodrigues Magalhães

SECRETARIA SOCIOCULTURALAdonias Gomes TertulinoAntônia Fátima Mendes de AlcântaraJosé Edson Martins

SECRETARIA DE ORGANIZAÇÃOLúcia Maria da CostaVanilse Ferreira de SouzaMaria do Carmo Santos Cavalcante

SUPLENTESMaria de Fátima Almeida MirandaFrancisca Bernardo de Lima DuarteVicente Teodorico de OliveiraLuciano Simplício de FariasAntônio Emílio Sampaio BarrosMaria Lourismar de Abreu Silva

A situação ultrapassou todos os limites e, por conta das chuvas, se agravou ainda mais. Com o desabamento do teto da sala de tributação da Prefeitura Municipal de Camocim (localizada ao lado do banheiro do galpão usado pelos servidores e assistidos). A entidade reiterou providências das várias denúncias feitas ao longo de mais de quatro anos ao Ministério Público Federal, ao Ministro da Previdência, a Direção Geral do INSS (Brasília), a Superintendência Regional (Recife) e a Gerência-Executiva de Sobral.

envolvendo membros do governo deixando a categoria apreensiva com a votação do acordo. A Federação buscou então os líderes do governo na Câmara e Senado para ajudarem no encaminhamento dos acordos ao congresso, o que aconteceu no fi nal do ano. Os diretores presentes expuseram um breve relato depois da mobilização dos trabalhadores do INSS que estiveram em greve por mais de 85 dias, após assinatura do termo de acordo.

Aumento abusivo da GEAPNo fi m de 2015, os servidores tiveram uma surpresa desagradável com o novo aumento

na GEAP com a resolução 99/2015 CONAD. A categoria participou da Assembleia Geral realizada na sede do SINPRECE, onde repudiaram, por unanimidade, o aumento abusivo de 37,55%. Por conta da decisão, os servidores deliberaram que a entidade entrasse com uma ação coletiva na Justiça Estadual, contrária ao valor exorbitante cobrado pelo plano, ação executada pelo setor jurídico da entidade. A ação tramita aguardando ainda sem decisão de liminar desde fevereiro deste ano.

Quanto à ação Nacional da FENASPS novamente no dia 30 de agosto foi reestabelecida a liminar pela juíza da 22a Vara Federal do DF que acatou nosso pedido. A GEAP enviou para casa dos servidores boletos de cobrança dos meses em que a liminar havia sido cancelada, cuja data de vencimento é no dia 20/09.

Tendo em vista o prazo exíguo para negociação, orientamos aos servidores a efetuar o pagamento do boleto que venceu último dia 20, e quem não pagou, deverá solicitar 2ª via na GEAP.

EXPEDIENTE