os benefícios da caminhada entre mulheres hipertensas e diabéticas da unidade de saúde da...
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Genildo da SilvaTRANSCRIPT
UNIVERSIDADE DO ESTADO DA BAHIA – UNEB
DEPARTAMENTO DE EDUCAÇÃO/CAMPUS II – ALAGOINHAS
LICENCIATURA EM EDUCAÇÃO FÍSICA
GENILDO DA SILVA SANTOS
OS BENEFÍCIOS DA CAMINHADA ENTRE MULHERES
HIPERTENSAS E DIABÉTICAS DA UNIDADE DE SAÚDE DA
FAMÍLIA URBIS III NO MUNICÍPIO DE ALAGOINHAS-BA
ALAGOINHAS
2012
GENILDO DA SILVA SANTOS
OS BENEFÍCIOS DA CAMINHADA ENTRE MULHERES
HIPERTENSAS E DIABÉTICAS DA UNIDADE DE SAÚDE DA
FAMÍLIA URBIS III NO MUNICÍPIO DE ALAGOINHAS-BA
Monografia apresentada para o curso de
Licenciatura em Educação Física da Universidade
do Estado da Bahia – Campus II, como requisito
parcial para obtenção do grau de Licenciado em
Educação Física.
Orientador: Profº Dr. Francisco Pitanga.
ALAGOINHAS
2012
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Não apenas esse trabalho, mas todas as
minhas conquistas profissionais são
dedicadas aos meus pais, Edivaldo e Joselita
e a meus irmãos, que admiro e amo muito,
osquais em nenhum momento deixaram de me
apoiar.
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AGRADECIMENTOS
Sempre, em primeiro lugar, agradeço a Deus, alicerce de minha vida. Sou grato pelas
conquistas que nem eu mesmo sabia que seria possível alcançar. Senhor, obrigada por todas
as oportunidades que tem colocado em minha vida!
A meu pai Edvaldo e minha mãe Joselita, eles que são a minha base de vida, que
estiveram e estão em todos os momentos me apoiando e transmitindo forças e carinho mesmo
de longe mais a todo o momento presentes no meu coração, pai amigo, guerreiro, simples e de
um coração do tamanho do mundo, mãe amiga, companheira, admirável, lutadora, forte de
espírito e muito confiante na vida, amo vocês.
A meus irmão e irmãs que amo muito, eles que de muitas formas me incentivaram e
ajudaram para que fosse possível a concretização deste trabalho, a minha amada e admirável
Genny, que sempre com seu carinho e atenção de irmã, de amiga, de confidente, e muitas
vezes até de mãe, esteve em todo o andamento do meu trajeto de vida interagindo comigo e
colaborando para minha tão sonhada formação.
A meus sobrinhos e sobrinhas, crianças lindas que sentir saudades e vontade de estar
pertinho para abraçar e ser abraçado, minhas cunhadas, que admiro muito, meus cunhados,
pessoas brilhantes, meu eterno afago a vocês.
A minha Avó Lerina, meus tios, tias, primas e primos o alcance de mais esta vitória
não seria possível sem a ajuda de vocês, obrigado pelo carinho, pela força vinda de vocês por
acreditarem que eu seria capaz!!
A Dona Iraci uma pessoa esplendida que surgiu em minha vida e ficou para sempre,
ela que muitas vezes com seu afeto e atenção me proporcionou inúmeras alegria e continuará
com certeza presente em minha vida, agradeço também a Dinha, menina super especial em
minha vida, agradeço pelas preces e carinho, agradecido a Dui, e toda essa família que ganhei.
A meus amigos que já faziam e aos que hoje fazem parte do meu rol de amizades, em
especial Alessandro Souza, Ana Isa Bastos, Helaine Costa, Alane Santos, Isis Moreira, e
Scheyla Ribeiro e aos demais que são tantos rs.!
A minha Amada e admirável amiga, irmã, conselheira, BRUNINHA que muitas vezes
foi meu porto seguro, que sempre esteve presente nos momentos bons e ruins que passei
durante esta trajetória, a você, minha pequena mulher grande, o meu eterno carinho e
agradecimento!!
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A Sandrinho, pessoa abençoada e um amigo fiel, a ele que muitas vezes com sua
experiência e tranquilidade contribuiu para dias melhores o meu eterno obrigado.
A Ravênia pela sugestão, contribuição e valiosa apreciação pelo meu trabalho, pela
paciência e incentivos.
A Cinthia Rosário pelo carinho, pela amizade, por suas contribuições e seu sorriso
lindo que contagia todos ao seu redor.
Ao professor Francisco Pitanga pelas orientações, atenção, sugestões e contribuição
para concretização deste trabalho.
A todos os Professores queridos que contribuíram para minha formação, a equipe
PIBID( Programa de Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência), a qual eu fiz parte como
bolsista e absorvimaravilhoso aprendizado.
As minhas meninas, meninas mães, meninas mulheres, meninas avós, meninas grandes
e meninas pequenas que fizeram parte deste projeto, e que traziam consigo, a cada encontro a
certeza de dias melhores o meu eterno obrigado.
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"Jamais considere seus estudos como uma
obrigação, mas como uma oportunidade invejável
para aprender a conhecer a influência libertadora
da beleza do reino do espírito, para seu próprio
prazer pessoal e para proveito da comunidade à
qual seu futuro trabalho pertencer."
Albert Einstein
7
RESUMO
SILVA, G.S-Os benefícios da caminhada entre mulheres hipertensas e diabéticas da
Unidade de Saúde da Família Urbis III na cidade de Alagoinhas-BA.
O objetivo do estudo foi analisar a caminhada como atividade física eficaz e capaz de
proporcionar, com a orientação do educador físico, efeitos positivos para a saúde de quem a
pratica. Os sujeitos escolhidos foram mulheres hipertensas e diabéticas da Unidade de Saúde
da Família da cidade de Alagoinhas - BA. O grupo pesquisado é composto por vinte e duas
mulheres, sendo doze hipertensas, uma diabética, seis que sofrem de hipertensão e diabetes, e
mais três senhoras que não fazem parte desse grupo de risco, porém estiveram durante todo o
andamento do projeto em prol de outros benefícios através das atividades ocorridas, com
idades entre quarenta e setenta e oito anos, com média de sessenta e dois anos. Os resultados
demostram queas variáveis de estudo como peso, estatura, circunferência abdominal, índice
de massa corporal, pressão arterial e glicemia,apresentadas e analisadas durante o
acompanhamento tiveram modificações no decorrer do processo, entretanto a variável Pressão
Arterial Diastólica foi a que teve resultado significativo de maior significância (p < 0,05), em
relação às outras variáveis. Assim sendo compreende-se que no geral a participação dos
sujeitos envolvidos foi unânime, e os resultados obtidos beneficiou para a saúde e bem estar
de todas.
Palavras-chave: Caminhada. Hipertensão Arterial e Diabetes. Qualidade de vida.
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ABSTRACT
SILVA, GS-Thebenefits of walkingamonghypertensive and diabetic womenfromthe
FamilyHealth UnitIIIUrbisin the city ofAlagoinhas-BA.
Theaim of this studywas to analyzewalking asphysical activityand capable of
providingeffective, with the guidance ofa physical education teacher, positive effectsfor the
health ofthose who practice it. The subjectschosen werehypertensive and diabetic
womenfromthe FamilyHealth Unitof the City ofAlagoinhas-BA. Theresearch groupconsists
oftwenty-two women, twelve hypertensive patients,adiabetic, sixsuffering from
hypertensionand diabetes, and threeladies whoare not partof thatrisk group, but
werethroughoutthe project's progresstowardsother benefitsthrough the activitiesthat
occurredbetween the ages offorty and seventy-eight, with an averageof sixty-two years. The
resultsshow thatthe study variablessuch as weight, height, waist circumference, body mass
index, blood pressure and glucose, submitted and evaluatedduring follow-uphadchanged
duringthe process, howeverthe variableDiastolic blood pressurewas
theresulthadsignificantlyhighersignificance (p <0.05) inrelation to other variables. Thusit is
understood thatin generalthe participationof the subjects involvedwas unanimous, and the
resultsreceivedfor thehealth and wellbeing of all.
Keywords:Walk. Hypertension andDiabetes. Quality of life.
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LISTA DE ABREVIATURAS
ACS – Agente Comunitário de Saúde
ACBC – Auxiliar de Saúde Bucal
DM – Diabetes Mellitus
HAS – Hipertensão Arterial Sistêmica
PA – Pressão Arterial
PSF – Posto de Saúde da Família
IDF - Federação Internacional de Diabetes
SUS – Sistema Único de Saúde
10
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO 11
2 OBJETIVOS 14
2.1 OBJETIVO GERAL 14
2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS 14
3 REFERENCIAL TEÓRICO 15
3.1
OS PRINCIPAIS AGRAVOS À SAÚDE PÚBLICA: HIPERTENSÃO
ARTERIAL E DIABETES MELLITUS
15
3.1.1
3.1.2
HIPERTENSÃO ARTERIAL
DIABETES MELLITUS
15
18
3.2 IMPORTÂNCIA DA PRÁTICA REGULAR DE ATIVIDADES FÍSICAS
COM ÊNFASE NA CAMINHADA
21
3.3 QUALIDADES DE VIDA COMO META PARA UMA BOA SAÚDE 24
3.4 BENEFÍCIOS DA ATIVIDADE FÍSICA PARA CRIANÇAS E
ADOLESCENTES NA ESCOLA
25
4 METODOLOGIA 28
4.1 TIPO DE PESQUISA 28
4.2 SUJEITOS DA PESQUISA 29
4.3
4.4
ESPAÇO DA PESQUISA
COLETA DE DADOS
30
30
5 TRATAMENTO ESTATÍSTICO 32
6 RESULTADOS E DISCUSSÃO 33
7 CONSIDERAÇÕES FINAIS E RECOMENDAÇÕES 36
REFERÊNCIAS 38
ANEXO 42
11
1. INTRODUÇÃO
A realização de atividades físicas é indispensável para que todas as pessoas preservem
sua saúde. Os indivíduos idosos, com hipertensão e ou diabetes possuem necessidades
específicas e limitações, muitos não possuem a mesma elasticidade, flexibilidade e capacidade
aeróbica, mas isso não impede a prática de exercícios físicos moderados. Muito pelo
contrário, os exercícios físicos melhora a qualidade de vida e pode até retardar os efeitos do
envelhecimento. Nunca é tarde demais para iniciar um programa de atividade física.
A caminhada é uma forma de terapia, sendo de extrema importância a sua realização
para o tratamento de cada problema de saúde, pelos seus variados benefícios, juntamente com
os cuidados na alimentação e o uso de medicamentos. Além disso, atua como forma de
tratamento e prevenção de agravos e promoção da saúde. Dos exercícios físicos a caminhada é
possivelmente a mais apropriada para os idosos, sobretudo os que tenham hipertensão e
diabetes, por ser prática e viável para todos, sem exigir esforço excessivo (DANIELSKI,
SCHNEIDER E ROZZA, 2008).
Os profissionais de saúde da rede básica têm importância primordial nas estratégias de
controle da hipertensão arterial, quer na definição do diagnóstico clínico e da conduta
terapêutica, quer nos esforços requeridos para informar e educar o paciente hipertenso, como
por exemplo, de estimulá-lo a seguir corretamente o esquema terapêutico.
As principais estratégias para o tratamento não farmacológico da HAS incluem as
seguintes proposições que se devidamente seguidas acarretará em melhores condições de vida
e controle da saúde, sendo elas: controle de peso, adoção de hábitos alimentares saudáveis,
redução do consumo de bebidas alcoólicas, abandono do tabagismo e prática de atividade
física regular, dessa forma promovem a saúde e garantem qualidade de vida (BRASIL, 2006).
O Diabetes Mellitus é um grupo de doenças metabólicas caracterizadas por
hiperglicemia e associadas a complicações, disfunções e insuficiência de vários órgãos,
especialmente olhos, rins, nervos, cérebro, coração e vasos sanguíneos. Pode resultar de
defeitos de secreção e/ou ação da insulina envolvendo processos patogênicos específicos, por
exemplo, destruição das células beta do pâncreas (produtoras de insulina), resistência à ação
da insulina, distúrbios da secreção da insulina, entre outros (BRASIL, 2006).
O Diabetes Mellitus configura-se hoje, como uma epidemia mundial, traduzindo-se em
grande desafio para os sistemas de saúde de todo o mundo. O envelhecimento da população, a
urbanização crescente e a adoção de estilos de vida pouco saudáveis como sedentarismo, dieta
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inadequada e obesidade são os grandes responsáveis pelo aumento da incidência e prevalência
do diabetes em toda parte do mundo (BRASIL, 2006).
A prática de atividades físicas proporciona inúmeros benefícios para qualquer
indivíduo (NIEMAN, 1999). No caso do Diabetes Mellitus e hipertensão arterial, a atividade
física regular e orientada é parte importante do tratamento. Isso porque são inúmeros os
benefícios que decorrem para os diabéticos e hipertensos em consequência da adequada
prática orientada. Tais benefícios são tanto de ordem físico-fisiológica quanto sócio
psicológica.
Desde os tempos de Hipócrates os exercícios físicos são recomendados e atribuídos na
sua grande maioria como uma estratégia terapêutica, mas foi a partir da segunda metade do
século XX que a literatura médica passou a demonstrar o quanto os exercícios físicos aeróbios
regulares contribuem para a diminuição da mortalidade e morbidade por doenças
cardiovasculares, auxiliam na perda de peso, melhoram o humor, elevam a autoestima,
controlam o Diabete Mellitus e a hipertensão arterial, dentre outros benefícios que sempre nos
são expostos de como preservar a função e prolongar a expectativa de vida ativa dos
indivíduos (CASCAES DA SILVA, FRANCIELE, 2008).
Sabe-se que hoje, as consequências com a falta de atividade física são consideráveis e
apesar do grande esforço realizado pela mídia e pelos órgãos competentes, somente uma
minoria de adultos nos países desenvolvidos se engaja na prática em grau suficiente para
manter ou melhorar sua saúde.
É importante também salientar que a prática regular de atividade física, por crianças e
adolescentes, ajuda a manter ossos, articulações e músculos saudáveis, evitando a obesidade e
desenvolve a função cardiovascular, contribuindo significativamente para o desenvolvimento
da coordenação, e no controle da ansiedade. Nota-se que entre crianças e adolescentes, quanto
mais praticam atividades físicas, menores são as chances de fumar; assim como, quanto mais
ativos fisicamente, maior é o desempenho escolar, portanto é fundamental que haja uma
ligação das aulas de educação física na escola em prol da saúde desses indivíduos.
O objetivo principal da atividade física inserida entre crianças e adolescentes é criar
hábitos e interesses de uma adoção de estilo de vida mais saudável, apropriado com a prática
de exercícios por toda a vida, sendo estes agradáveis, prazerosos, que garantam maior
aderência, assim garantindo qualidade de vida e promoção da saúde.
Nos dias atuais, a população cercada por tecnologia, meios de transportes cada vez
mais eficazes e aparatos que facilitam o seu dia a dia, se locomovem com menor frequência.
A adoção de uma cultura sedentária incorporada pela falta de estímulo e interesse na rotina
13
agitada da população, além da redução do tempo disponível para lazer, atividades físicas e
entretenimentos saudáveis tem influenciado negativamente na vida das pessoas. Essa postura
comportamental é fator decisivo na redução do índice de qualidade de vida.
Desse jeito pretende-se incentivar as pessoas a levarem uma vida fisicamente ativa,
com atividades físicas regulares, garantindo aos cidadãos promoção e prevenção da saúde. E
na busca para tentar incluir na equipe multiprofissional de saúde inseridas na Unidade Básica
de Saúde da Família outros profissionais, especialmente professor de Educação Física para
garantir, contudo aos usuários da unidade a inserção de atividades físicas diárias em prol de
qualidade de vida dos mesmos.
Assim surge à necessidade de um trabalho mais enriquecedor, detalhado voltado para
esse importante grupo de riscoque configura hoje pelo governo como prioridade na saúde
pública, analisando através da caminhada benefícios como qualidade de vida, redução de
peso, diminuição de circunferência abdominal, controle da hipertensão arterial e do diabete
mellitus. De tal modo é possível aliar prevenção e promoção de saúde para que estes sujeitos
possam ter melhores orientações a respeito do seu processo de adoecimento e se tornem aptos
a se auto cuidarem de forma adequada, conforme é proposto pelas diretrizes nacionais e
internacionais de controle do diabetes e hipertensão. Esta proposta esta vinculada a linha de
pesquisa do curso de Licenciatura em Educação Física da Universidade do Estado da Bahia
campus II, Alagoinhas- BA atividade física e saúde.
Dentro deste aspecto se faz necessário refletir qual o verdadeiro estado de saúde da
população brasileira e incentivar a prática de atividade física dentro do seu objetivo maior que
é a promoção de uma vida cada vez mais saudável. Para isso, é necessário que os cidadãos e
profissionais da área se dediquem à busca incansável de aliar benefícios desta atividade ao
prazer em executá-la.
Assim, a partir deste estudo pretende-se incorporar a caminhada como uma prática
saudável para os indivíduos da Unidade de Saúde da Família da Urbis III e incentivá-los a
adotar como um hábito positivo em seu dia a dia, já que as vantagens para o corpo e mente
são extremamente favoráveis tanto para a manutenção quanto para aquisição de uma nova
postura saudável. Deixando um legado de que a atividade física bem orientada e seguida com
certa frequência garante inúmeros benefícios para a saúde e o bem estar dos sujeitos que a
pratica.
Portanto, pretende-se verificar quais os benefícios que a caminhada proporciona a
mulheres hipertensas e diabéticas da Unidade de Saúde da Família?
14
2. OBJETIVOS
2.1 OBJETIVO GERAL
Avaliar os benefícios da caminhada orientada por um educador físico sobre a
qualidade de vida de mulheres hipertensas e diabéticas da Unidade de Saúde da Família.
2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS
Avaliar os benefícios da caminhada orientada por um educador físico
sobre variáveis antropométricas de mulheres hipertensas e diabéticas da Unidade de
Saúde da Família da Urbis III, Alagoinhas-BA.
Perceber a auto avaliação dos usuários envolvidos a respeito da sua
saúde e da relação desta com a caminhada.
15
3. REFERENCIAL TEÓRICO
Para dar subsídio ao estudo foi preciso buscar referências baseado na literatura
científica dos últimos anos e também, foi atribuído leituras em livros que tratam do tema,
caracterizando esclarecimentos a cerca dos conteúdos abordado assim dando auxilio ao
trabalho desenvolvido.
3.1. OS PRINCIPAIS AGRAVOS À SAÚDE PÚBLICA: HIPERTENSÃO ARTERIAL E
DIABETES MELLITUS
A Hipertensão Arterial e o Diabetes Mellitus são dois dos principais problemas que
preocupam a saúde pública no Brasil, devido às consequências que geram a população
brasileira especialmente aos idosos que na sua grande maioria acometidos é quem mais sofre
dessa doença.
3.1.1. Hipertensão Arterial
A Hipertensão Arterial Sistêmica, (HAS) ou meramente “pressão alta” é a mais
frequente das doenças cardiovasculares em todo o mundo. É também considerado o principal
fator de risco para as complicações mais comuns como acidente vascular cerebral e infarto
agudo do miocárdio, além da doença renal crônica terminal.É um problema grave de saúde
pública no Brasil e no mundo que acomete a maioria da população mundial principalmente os
idosos. Ela é um dos mais importantes fatores de risco para o desenvolvimento de doenças
cardiovasculares, cerebrovasculares e renais, sendo responsável por pelo menos 40% das
mortes por acidente vascular cerebral, por 25% das mortes por doença arterial coronariana e,
em combinação com o diabete, 50% dos casos de insuficiência renal terminal (BRASIL,
2006).
A hipertensão atinge 1 bilhão de pessoas no mundo, e avaliando-se que no Brasil
existam muitas ocorrências, pelo menos, 35 milhões de casos e, apenas pelo fato de serem
hipertensas já estão submetidas a um risco cardiovascular maior o que assusta a maioria dos
cidadãos. Esse risco cresce à medida que os valores tensionais se elevam, iniciando-se mesmo
em níveis considerados normais para alguns subgrupos, os quais precisam de bastante atenção
e cuidados, pois na sua grande maioria são idosos e com condições de vida desfavoráveis e
que precisam de maior assistência e cuidados. A importância de influências neonatais e nos
primeiros anos de vida sobre a sua prevalência futura tem sido muito valorizada nos últimos
16
anos pela biomedicina, caracterizando meios de enfretamento de alguns problemas á saúde
dos indivíduos (SANTELLO, 2002).
Na vida dos indivíduos a presença da doença provoca uma reordenação dos valores
pessoais, dos objetivos de vida e das percepções sobre o mundo. As mudanças impostas pela
doença às pessoas e aos seus grupos sociais determinam o desenvolvimento de estratégias e
papeis que implicam em novas e diferentes experiências, com a finalidade de adaptações,
registros e conexões mentais frente ao novo, tanto para os doentes quanto para os seus
familiares, dessa forma fazendo com que aja a compreensão do agravo que a doença pode
causar na vida destes portadores (VIEIRA, VIDIGAL DE ANDRADE, 2004).
É de fundamental importância modificações no estilo de vida no processo terapêutico
e na prevenção da hipertensão, pessoas com hábitos de vida saudáveis além de manter sua
saúde promovem também qualidade de vida. Alimentação adequada, sobretudo quanto ao
consumo de sal, controle do peso, prática de atividade física, tabagismo e uso excessivo de
álcool são fatores de risco que devem ser adequadamente abordados e controlados, sem o que,
mesmo doses progressivas de medicamentos não resultarão alcançar os níveis recomendados
de pressão arterial. Apesar dessas evidencias, hoje, incontestáveis, esses fatores relacionados a
hábitos e estilos de vida continuam a crescer na sociedade levando a um aumento contínuo da
incidência e prevalência da HAS, assim como do seu controle inadequado. A despeito da
importância da abordagem individual, cada vez mais se comprova a necessidade da
abordagem coletiva, para se obter resultados mais consistentes e duradouros dos fatores que
levam a hipertensão arterial, estes sendo controlados e adequados corretamente previne e
progride melhoras ao indivíduo .Uma reforça a outra e são complementares(BRASIL, 2006).
Algumas pessoas podem não saber que têm pressão alta até que apresentem problemas
no coração, cérebro ou rins, estes por sua vez são órgãos alvo do corpo humano os quais
detectados com problemas agride o comportamento do indivíduo. A pressão arterial alta
acorre na maioria dos casos em pessoas acima de 35 anos, sendo que o risco aumenta com a
idade e consequentemente com outros problemas de saúde que este indivíduo possua
(BRASIL, 2006).
Diagnosticar a hipertensão arterial apenas não é o suficiente. O essencial e administrar
corretamente o tratamento e convencer o paciente sobre a necessidade de adesão e controle da
doença, mostrando a eles que há meios de controle e prevenção, aconselhando que para uma
melhor adesão é preciso criar rotinas e controle em alguns aspectos, principalmente boa
alimentação e rotinas de atividades físicas. Este é um passo importante para redução do
17
impacto social, dos custos monetários para o indivíduo, família, sociedade, sistema de saúde e
previdenciário (LESSA, 2001; MION JÚNIOR; NOBRE, 2000).
É de fundamental importância orientar o indivíduo que a multiplicidade de fatores de
risco que determina a origem da HAS primária ou essencial envolve aspectos genéticos,
vasculares, humorais, renais e neurais alguns destes podendo ser modificáveis (tabagismo,
sedentarismo, alcoolismo, alimentação, obesidade) e outros não modificáveis como (etnia,
sexo, faixa etária, hereditariedade) é o que diz em seus estudos (NOBRE; LIMA; MOURA
JÚNIOR, 1998).
Na maioria das pessoas a hipertensão é uma doença assintomática, dificultando o seu
diagnóstico precoce e, na sua forma primária, constitui um autêntico problema de saúde
pública, pois na quase totalidade dos casos não é possível reconhecer uma etiologia bem
definida para a elevação da pressão arterial, nesse caso ela não é identificada, ou seja, os
sintomas decorrentes de sua elevação não aparecem para o portador, dificultando ações
primárias para o controle e cuidados. Assim sendo diagnosticar a hipertensão não é apenas
buscar um valor considerado como “normal” para a pressão arterial através da análise de
distribuição desta variável, mas sim, conhecer o seu significado clínico para cada organismo
ou população, de acordo com suas características particulares. E, diferentemente de uma
situação momentânea ou traumática, o seu desenvolvimento ocorre de forma lenta,
progressiva e silenciosa e muitas vezes ocasionam agravos irreparáveis ao indivíduo. Daí, o
apelido de “doença silenciosa” ou “assassina silenciosa” (LIPP E ROCHA, 1994).
A maior presença das doenças crônico-degenerativas nas populações coincide com o
período de industrialização e de uma maciça urbanização populacional, características
marcantes da época atual, com consequências diretas para a saúde das pessoas e das
populações, as quais deixam de praticar atividades e exercícios simples diário e tornam-se
sedentários. Essas doenças apresentam uma história natural prolongada, uma multiplicidade
cumulativa de fatores etiológicos conhecidos e desconhecidos, um longo período de latência e
de curso assintomático, um curso clínico em geral lento e prolongado, diversas manifestações
clínicas com períodos de remissão e de recrudescimento e possibilidades de evolução para
graus variados de morbidade ou para a morte (LESSA, 1998).
De acordo com Plavnik& Tavares (2003), a avaliação inicial do hipertenso deve ter
por base três pontos principais e todo indivíduo que cuida de seu bem estar deve fazer esta
avaliação: 1º) a confirmação do diagnóstico, feita com base nos valores da pressão arterial; 2º)
o registro da história clínica, através da anamnese e do exame físico; 3º) a avaliação
laboratorial mínima, que deve ser solicitada na primeira consulta. Esses procedimentos
18
iniciais poderiam contemplar os principais fatores de risco e as complicações para a
hipertensão, uma vez que são sobre esses parâmetros que devem ser traçadas as melhores
estratégias, senão definitivas pelo menos iniciais para o tratamento anti-hipertensivo.
Considera-se que os baixos níveis de controle da doença tenha haver com a pouca ou
quase nenhuma aderência ao tratamento, sabe-se que promover adesão ao tratamento da HAS,
por meio de estratégias que eleve e promova o controle da doença traz benefícios não só para
a instituição de saúde, bem como melhora o tratamento nesse nível de intervenção. Assim
garantindo maior disponibilidade de vagas em instituições terciárias, reduzindo o número de
acidentes vascular encefálico, a insuficiência cardíaca congestiva, doença renal e doença
arterial coronária que são complicações do não controle da hipertensão arterial (MANO;
PIERIN, 2005).
A adoção de hábitos de vida mais saudáveis, e a contribuição da equipe
multiprofissional de saúde e outros conjuntos de medidas, ou seja, uma boa aderência ao
tratamento é o grande fator predominante no sucesso desses indivíduos. A participação ativa
dos mesmos no processo que visa mantê-lo saudável, evitando o aparecimento de doenças
relacionadas ao aparelho cardiovascular, é condição indispensável para uma efetiva
observância aos princípios do tratamento.Prevenir e tratar a hipertensão arterial envolve
ensinamentos para o conhecimento da doença, de suas inter-relações, de suas complicações e
implica, na maioria das vezes, a necessidade da introdução de mudanças de hábitos de vida,
dessa forma garantindo melhoramento e controle da mesma (SOUZA ALL; MONEGO,
1996).
Devem ser metas dos profissionais de saúde a identificação precoce e a abordagem
adequada dos fatores de risco para o desenvolvimento da hipertensão arterial, principalmente
na população de alto risco. Entre as medidas preventivas, destacam-se a adoção de hábitos
alimentares saudáveis, a pratica de atividade física, o abandono do tabagismo, a não ingestão
de bebidas alcoólicas, reduzir o consumo de sal e sobre tudo manter o peso ideal.
3.1.2. Diabetes Mellitus
O diabetes mellitus configura-se hoje como uma epidemia mundial, assustando grande
parte da sociedade e traduzindo-se em grande desafio para os sistemas de saúde de todo o
mundo. O envelhecimento da população, a urbanização crescente e a adoção de estilos de vida
pouco saudáveis como sedentarismo, dieta inadequada e obesidade são os grandes
19
responsáveis pelo aumento da incidência e prevalência do diabetes em todo o mundo
(BRASIL, 2006).
Uma epidemia de diabetes mellitus (DM) esta em curso o que intimida a sociedade.
Em 1985 estimava-se que existissem 30 milhões de adultos com DM no mundo; esse número
cresceu para 135 milhões em 1995, atingindo 173 milhões em 2002, com projeção de chegar a
300 milhões no ano 2030, o que amedronta a sociedade e carece de cuidados e atenção
(DIRETRIZES SBD, 2006).
O diabetes mellitus é uma moléstia caracterizada por distúrbio no metabolismo de
açucares, gorduras e proteínas, e segue também diante da interação de fatores hereditários e
ambientais, que leva a falta de secreção da insulina, assim aumentando a glicose no sangue e
comprometimento de vários órgãos do corpo humano (DANIELSKI, SCHNEIDER E
ROZZA, 2008).
Atualmente odiabetes mellitus é uma doença crônica de alta prevalência. De acordo
com a Federação Internacional de Diabetes (IDF), no mundo cerca de 6% da população possui
a doença, o que corresponde a cerca de 240 milhões de pessoas. No Brasil, o último Censo
Nacional de Diabetes, realizado em 1988, estimou em 7,6% a população urbana entre 30 e 69
anos acometida por DM o que vem assustando muito a sociedade e os setores de saúde. O
estudo multicêntrico sobre a prevalência do diabetes no Brasil evidenciou a influência da
idade na prevalência de DM, com um incremento de 2,7% na faixa etária de 30 a 59 anos para
17,4% na de 60 a 69 anos. (SOCIEDADE BRASILEIRA DE DIABETES, 2009).
Existem algumas formas atuais de classificação do diabetes sendo que se destacam
nesse estudo os mais frequentes: sendo eles, o diabetes tipo 1, anteriormente conhecido como
diabetes juvenil, que compreende cerca de 10% do total de casos, e o diabetes tipo 2,
anteriormente conhecido como diabetes do adulto, que compreende cerca de 90% do total de
casos. Outro tipo de diabetes encontrado com maior frequência e cuja etiologia ainda não está
esclarecida é o diabetes gestacional, que, em geral, é um estágio pré-clínico de diabetes,
detectado no rastreamento pré-natal (BRASIL, 2006).
Indivíduos com sobrepeso ou obesidade têm um aumento significativo do risco de
desenvolverem diabetes, risco este cerca de 3 vezes superior ao da população com peso
considerado normal. Um estudo de Blackbum citado por Silveira (2008), demonstrou que
aproximadamente 80% dos indivíduos com diabetes tipo 2 têm sobrepeso, ou são obesos, o
que na maioria dos casos dificulta uma bom controle da doença se estes indivíduos não
dedicarem-se a uma reeducação alimentar e atividades físicas.
20
Sabe-se que o diabetes mellitus (DM) é uma doença que ocorre quando há falta de
insulina ou quando ela não atua eficientemente, resultando em um acúmulo de glicose no
sangue que se caracteriza por um quadro de hiperglicemia isolada ou associada às
complicações o que leva a uma disfunção de vários órgãos como os rins, olhos, nervos,
cérebro e vasos sanguíneos (BRASIL, 2006).
O aumento do número de indivíduos diabéticos se justifica pelo crescimento e ao
envelhecimento populacional dificultando uma melhor concentração de equipes de saúde para
atender este público, associado a isto vem também maior urbanização, à crescente prevalência
de obesidade e sedentarismo, bem como à maior sobrevida de pacientes com DM
(SOCIEDADE BRASILEIRA DE DIABETES, 2009). De acordo com o Ministério da Saúde,
o diabetes mellitusresponde por cerca de 25 mil óbitos anuais, sendo classificado como a
sexta causa de morte no país (MARIATH et al, 2007).
Ao adentrar-se em pleno início do século XXI, observa-se um grande avanço
tecnológico e científico proporcionando esperança de um futuro promissor, dando condições
às pessoas de buscarem melhores padrões de saúde e qualidade de vida, garantindo, contudo
inserção de atividades físicas no dia a dia das pessoas como benefício para a saúde.
A atividade física saudável, adequada e moderada, favorece o equilíbrio
lipídico, colesterol e triglicerídeos, beneficia a resistência imunológica, a regulação do sono e
da boa digestão, a melhor percepção e conhecimento corporal e elevação da autoestima
(APOR, 1999). Assim sendo cada vez mais se impõe a lógica de que a saúde, juntamente
com a educação, constituem armas poderosas para modelar o futuro, desempenhar um papel
dinâmico e construtivo para preparar e proporcionar correntes favoráveis aos indivíduos
garantindo aos mesmos promoção e qualidade de vida.
A atividade física regular pode prevenir e ajudar no tratamento do diabetes porque
ajuda a diminuir e/ou manter o peso corporal, a reduzir a necessidade de
antidiabéticos orais, a diminuir a resistência à insulina e contribui para melhora do
controle glicêmico, o que, por sua vez, reduz o risco das complicações associadas ao
diabetes (FORD ES, HERMAN WH, 1995 p.18: 27-33).
A prática adequada de atividade física regular é recomendada aos diabéticos pelas
mesmas razões às quais é à população em geral, ou seja, devido a seus benefícios aos sistemas
cardiovascular, metabólico e neuroendócrino, contribuindo assim para a melhora na qualidade
de vida do indivíduo portador da doença, este efeito relaciona-se não apenas as melhoras
somáticas e fisiológicas, mas também as psicológicas, a partir do momento que a pessoa se
sente mais ativa dentro da sociedade.
21
3.2. IMPORTÂNCIA DA PRÁTICA REGULAR DE ATIVIDADES FÍSICAS COM
ÊNFASE NA CAMINHADA
Atividade física entende–se como uma maneira de restaurar a saúde dos efeitos
nocivos da rotina do trabalho, do estresse do dia a dia, e acima de tudo dos agravos que o
indivíduo estar sujeito a passar, devido à má orientação e vida pouco ativa.
A atividade física pode e deve ser praticada em qualquer idade. Recomenda-se praticar
pelo menos 30 minutos de exercício físico moderado todos os dias. No entanto, algumas
práticas se associam a riscos, de forma que um profissional de saúde deve ser consultado
antes de se iniciar um programa de atividade física regular. Sabe-se que metade das pessoas
em atividade física vigorosa desiste do treinamento em um intervalo de um ano, deixando de
seguir essa rotina por falta de entusiasmo e incentivo. O segredo é praticar exercícios que
sejam excitantes, desafiantes e que tragam um grau de satisfação e bons resultados (BOA
SAÚDE, 2008).
É importante salientar que Pitanga,et al (2010) em alguns de seus estudos destaca que
a caminhada, traz inúmeros benefícios à saúde , porém ela isoladamente não foi bom preditor
da ausência de diabetes entre homens.
Em outro trabalho Pitanga, et al (2010) chama a atenção do fato da caminhada
isoladamente não se apresentar como contribuinte da ausência de diabetes tanto homens como
em mulheres, pois permanecem especulativa a quantidade necessária para que os efeitos
benéficos sejam maximizados.
Um dos fatores mais importantes para uma melhor qualidade de vida é a prática de
atividades físicas regulares, pois além dos benefícios físicos, há o aperfeiçoamento das
capacidades cognitivas, o que resulta em inúmeros benefícios á saúde do indivíduo.
Atualmente, a atividade física pode ser entendida como qualquer movimento
corporal, produzido pela musculatura esquelética que resulta em gasto energético,
tendo componentes e determinantes de ordem biopsicossocial, cultural e
comportamental, podendo ser exemplificada por jogos, lutas, danças, esportes,
exercícios físicos, atividades laborais e deslocamento (PITANGA, 2002, p. 51).
O exercício físico promove a saúde física e traz benefícios para a saúde mental, além
de fazer parte do tratamento de várias doenças como a hipertensão arterial, doenças
coronarianas, hiperlipidemias, diabetes mellitus, obesidade, distúrbios do aparelho
esquelético, depressão, doenças respiratórias e outras. Portanto, é importante que haja
interesse primordial em inserir atividades simples e de fácil aceitação, como exemplo a
caminhada, almejando os benefícios que esta proporciona e a prevenção para que estas
doenças não se instalem no indivíduo (DANIELSKI, SCHNEIDER E ROZZA, 2008).
22
A caminhada é uma atividade física simples de ser executada requerendo muito pouco
em termos de equipamentos e facilidades, o que permite que qualquer pessoa possa fazê-la.
Desta forma, a inclusão desta atividade na vida diária das pessoas garante uma melhor
autoestima e consequentemente melhores padrões de saúde e de bem- estar.
A caminhada é uma forma de terapia, sendo de extrema importância a sua realização
para o tratamento de cada problema de saúde, pelos seus variados benefícios, juntamente com
os cuidados na alimentação e o uso de medicamentos, além disso, atua como forma de
tratamento e prevenção de agravos e promoção da saúde. Dos exercícios físicos a caminhada é
possivelmente a mais apropriada para os idosos, sobretudo os que tenham hipertensão e
diabetes, por ser prática e viável para todos, sem exigir esforço excessivo (DANIELSKI,
SCHNEIDER E ROZZA, 2008).
Os indivíduos idosos, principalmente com hipertensão e ou diabetes possuem
necessidades específicas e limitações. A maioria destes não possuem a mesma elasticidade,
flexibilidade e capacidade aeróbica, o que não os impedem de praticar exercícios físicos
moderados. Esses exercícios físicos seguidos de orientação e continuidade sem dúvida iram
melhorara a qualidade de vida destes sujeitos e pode até retardar os efeitos do envelhecimento
(DANIELSKI, SCHNEIDER E ROZZA, 2008).
Com o crescimento da população idosa, surge a necessidade de estudos para
identificar e propor formas, onde esta fase seja vivida com mais dinamismo e entusiasmo, a
discussão dos meios para a manutenção das condições básicas de sobrevivência com
qualidade nessa população tornou-se um dos temas em destaque, principalmente nas áreas
relacionadas à saúde (HEIKKINEN, 2005).
Ao realizar a atividade física de modo regular os indivíduos adquirem um efeito
protetor para a doença cardiovascular. Para a sua realização é recomendado utilizar os
parâmetros de frequência, duração e modo de realização, devendo ser realizada por pelo
menos 30 minutos, de intensidade moderada, na maior parte dos dias da semana, de forma
contínua ou acumulada. As orientações aos pacientes que irão praticar a caminhada devem ser
claras e objetivas e é de grande valia que estes incorporem a atividade física nas atividades
rotineiras como caminhar, subir escadas, realizar atividades domésticas dentro e fora de casa e
optar sempre que possível pelo transporte ativo nas funções diárias (BRASIL, 2006).
O organismo humano foi construído para ser acionado, e assim deve ser sempre,
nossos ancestrais eram muito ativos por necessidade, na caça, pesca, fuga, busca de refúgio,
dentre outras atividades corriqueiras daquela época. Atualmente, a mecanização, a automação
e as tecnologias, nos têm eximido, em grande parte, das tarefas físicas mais intensas no
23
trabalho e nas atividades da vida diária, o que acaba tornando o indivíduo bastante sedentário.
E diante desse avanço tecnológico, tem-se reduzido muito a parcela de tempo livre, em que
somos ativos fisicamente. Assim sendo a adoção de uma cultura sedentária incorporada pela
falta de estímulo e interesse na rotina agitada da população, além da redução do tempo
disponível para lazer, atividades físicas e entretenimentos saudáveis tem influenciado
negativamente na vida das pessoas. O prazer, a alegria de viver, a satisfação pessoal e as
amizades, são fatores em nossas vidas que certamente antecedem e superam a preocupação
com a longevidade, e precisam ser continuamente cultivados para que uma vida mais longa
tenha sentido e consequentemente apresentem benefícios e qualidade de vida (NAHAS,
2006).
Os achados históricos de gregos e chineses já demonstravam a importância da
atividade física para o tratamento de doenças e melhoria da saúde o que até hoje, vem se
fortalecendo, pois os estudos reforçam que a atividade física regular reduz a incidência das
doenças crônico-degenerativas e que o sedentarismo deve ser combatido no intuito de tornar
os cidadãos fisicamente ativos (PITANGA, 2004).
Contudo Couberg (2003), diante de seus estudos compreende que os benefícios da
atividade física são inúmeros, abrangendo desde aspectos físicos até os emocionais, pois
através dela é possível ganhar músculos, perder gordura, diminuir o apetite, melhora o humor,
reduz o estresse e a ansiedade, aumenta o nível de energia, melhora a imunidade, torna as
articulações e músculos mais flexíveis e ainda favorece a melhora da qualidade de vida.
Os exercícios regulares ainda aumentam a longevidade, melhoram o nível de energia,
a disposição e a saúde de um modo geral. E além de tudo afetam de maneira positiva o
desempenho intelectual, o raciocínio, a velocidade de reação e o convívio social. Entretanto
diante das inúmeras possibilidades que a atividade física regular proporciona, é de
fundamental importância que aja progressão e continuidade desta atividade, pois dessa forma
haverá maior promoção da saúde e evolução significativamente da qualidade de vida.
24
3.3. QUALIDADE DE VIDA COMO META PARA UMA BOA SAÚDE
Qualidade de vida tem se tornado um tema significativamente importante para a
sociedade em geral e especialmente no campo da saúde,envolve o bem físico, mental,
psicológico e emocional, além de relacionamentos sociais, como família, amigos e educação.
Rueda (1997) considera a qualidade de vida como uma condição complexa e
multifatorial sobre a qual é possível desenvolver algumas formas de medidas objetivas,
através de uma série de indicadores, porém a vivência que o sujeito ou grupo social pode ter
de si mesmo, tem um importante peso específico.
Assim, entende-se que a qualidade de vida não pode ser tomada como um conceito
geral, mas entendida dentro da experiência cotidiana e pessoal de cada um dos envolvidos,
onde cada um deve progredir os meios de adesão de uma vida melhor inserindo no seu dia a
dia, práticas regulares de atividades físicas, fazendo uma reeducação alimentar, evitando
bebidas alcoólicas e uso de tabaco, desse jeito garantindo alívio do stress, melhorando o níveo
de condicionamento físico e acima de tudo promovendo uma melhor qualidade de vida.
Os níveis de atenção à saúde são representados pela promoção, proteção e recuperação
da saúde, nos quais deve ser sempre priorizado o caráter preventivo, no intuito de garantir e
promover a saúde da população. Trata-se de um modelo de atenção centrado na qualidade de
vida e na relação das equipes de saúde com a comunidade, privilegiando a abordagem familiar
(Brasil, 1996).
Qualidade de vida representa as sensações subjetivas de sentir-se bem, inseridas em
um sistema de valores, os quais seguidos e bem orientados dar condição de melhor qualidade
de vida com perspectivas que variam individualmente (VELARDE-JURADO; AVILA-
FIQUEROA, 2002). Devido a essa subjetividade e poucas discussões sobre o tema até a
década de 1980, o termo qualidade de vida era usado como sinônimo de satisfação com a
vida, autoestima, bem-estar, felicidade, saúde, valor e significado da vida, habilidade de
cuidar de si mesmo e independência funcional, o que atualmente não é diferente, justo que é
perceptível à qualidade de vida como sinônimo de saúde (CARR et al. 1996).
É notório que o aumento do número de óbitos como consequência de doenças crônico-
degenerativas tem muito a ver com o nosso modo de vida, pois estão diretamente relacionados
com o excessivo consumo de álcool e fumo, com a falta de atividade física, com a
alimentação inadequada (ingestão de muita gordura animal e excesso de sal) e com o aumento
da tensão e ansiedade. Precisa-se, implantar na vida dos indivíduos inativos fisicamente
25
atividades e mudanças no estilo de vida, dessa forma garantindo a estes probabilidades de
melhores qualidades de vida.
3.4. BENEFÍCIOS DA ATIVIDADE FÍSICA PARA CRIANÇAS E ADOLESCENTES NA
ESCOLA
É de suma importância à atividade física entre crianças e adolescentes ainda no
período escolar, visto que estes serão os idosos de amanhã, e precisam desde já, implementar
hábitos de vida saudáveis garantindo contudo melhores condições de vida .
A escola ao receber a criança e o adolescente tem em suas mãos a chance de progredir
numa educação de qualidade e sobre tudo, mudança de mentalidade, ela poderá ensiná-las
perante a educação de saúde levando estas a entender os benefícios da atividade física
continuada, e os ministrantes das aulas de educação física devem instruir e estimular tais
benefícios, para que se tornem praticantes e possam obter qualidade de vida. Segundo
Marques, (1999) a escola se torna um local privilegiado e estratégico para a promoção da
atividade física e de educação para a saúde, pois a escola acaba se tornando para muitas
crianças a única oportunidade de praticá-las e sempre que há esses propósitos haverá melhores
resultados no aprendizado e na vida destes indivíduos.
Segundo Buss (1993) em todos os estados brasileiros, considerando-se o conjunto de
todas as faixas etárias, as doenças cardiocirculatórias são responsáveis pelo maior contingente
de óbitos, além de afetar adultos e idosos vem agravando também consideravelmente crianças
e adolescentes em sua totalidade, o que são decorrentes de doença arterial coronariana,
doenças cerebrovasculares e insuficiência cardíaca, constituindo-se, atualmente, na principal
causa de gastos em assistência médica pelo Sistema Único de Saúde (SUS).
O excesso de peso e a inatividade física se tornou um malefício cada vez mais
frequente na vida contemporânea, as crianças e adolescentes estão muito mais sedentárias e
consumindo em grande quantidade alimentos ricos em gordura, e nas escolas principalmente
onde ainda não se tem um cuidado especial com a alimentação destas criaturas, acarretando
em sérios problemas de saúde das mesmas.
Pode-se constatar que à medida que o peso corporal aumenta maiores as
consequências na saúde do indivíduo, podendo acarretar inclusive a morte. Psicossocialmente,
a pessoa com excesso de peso é vítima de um grande preconceito, além de ter sua autoestima
bastante inferiorizada. Desse jeito as crianças e adolescentes com este trauma acabam levando
26
uma vida sofrida, sendo que estes cidadãos sofrem uma imensa pressão da sociedade, esta
acha que as pessoas com grande peso corporal são preguiçosas e gulosas. Contudo este
estigma é visto na educação, no trabalho, nas empresas de assistência médica e em diversos
outros ambientes (BRAY 2003).
Várias complicações podem ocorrer na saúde de uma criança e adolescente com
sobrepeso. A obesidade nessa fase do indivíduo também pode acarretar em elevação dos
triglicerídeos e do colesterol, alterações ortopédicas, problemas respiratórios, diabetes
mellitus, hipertensão arterial, entre outros distúrbios. Além disso, uma criança obesa aumenta
a probabilidade de se tornar um adulto obeso, o que pode gerar uma gama de problemas de
saúde tendo como consequência até a morte. Sob esta visão, Escrivão e Lopez (1995)
informam: a maioria das complicações da obesidade iniciadas na infância e na adolescência
acaba se manifestando na fase adulta, levando ao aumento da morbimortalidade e à
diminuição da esperança de vida.
O tempo excessivo em frente à televisão, ao computador, o ingestão de guloseimas e a
inatividade física tem causado inúmeros agravos na saúde de criança e adolescente, tornando-
o sedentário, o que remete a estes, problemas na saúde e consequentemente uma vida futura
menos prologada, ou seja, uma vida adulta cercada de complicações e problema decorrentes
deste estilo de vida.
Atualmente no mundo em que vivemos é necessário haver uma mudança no
comportamento da sociedade e criar um novo estilo de vida, sendo ele mais ativo fisicamente,
para evitar o surgimento das doenças hipocinéticas (doença causada pelo baixo nível de
atividade física), que vem crescendo de forma assustadora, na infância e adolescência. Várias
doenças como diabetes, dislipidemia, obesidade e hipertensão entre outras, podem ser
prevenidas e até controladas através da atividade física. É muito mais provável que uma
criança e um adolescente ativo possa se tornar um adulto também ativo fisicamente, Segundo
Lazzolli, (1998) o ponto de vista de saúde pública e medicina preventiva, devem promover
atividade física na infância e na adolescência fazendo estabelecer uma base sólida para a
redução da prevalência do sedentarismo na idade adulta, contribuindo desta forma para uma
melhor qualidade de vida e consequentemente uma velhice tranquila.
Quanto mais cedo existir a mudança nutricional e uma alteração no estilo de vida
sedentário, mais fácil será mudar os hábitos da criança, contribuindo para uma vida mais
saudável futuramente. Para que isso aconteça é imprescindível à participação ativa da família,
amigos e educadores ainda na fase escolar das crianças e adolescentes, já queestas muitas
27
vezes reproduzem as práticas de seus familiares e muitas seguem roteiros de vida saudáveis
indicados por educadores ainda na fase escolar (VIUNISKI, 2000).
Trombetta e Col (2002) dizem que um programa de treinamento físico entre crianças e
adolescentes deve constar de exercícios aeróbios, repetitivos e contínuos, que envolvam
grandes grupos musculares, tais como caminhada, ciclismo, natação, entre outros. Dessa
forma, o papel do lúdico será transformar estas atividades essenciais para perda de peso,
melhoramento da qualidade de vida, elevação de autoestima e consequentemente promoção
da saúde em exercícios alegres e gostosos de executar.
No momento em que a criança e o adolescente passam a ver a atividade física como
algo que proporciona grande encanto e alegria, ela inibe o sentimento de castigo e obrigação
que poderia sentir. O grande benefício disso é que, eles não só trocam hábitos sedentários por
hábitos ativos, mas também aumenta significativamente a possibilidade desta postura
saudável manter-se pelo resto de sua vida.
28
4. METODOLOGIA
Este estudo procura analisar a caminhada como atividade física eficaz e capaz de
proporcionar, com a orientação do educador físico, efeitos positivos para a saúde de quem a
pratica. Trata-se de uma pesquisa quantitativa, pois analisa os dados obtidos dos sujeitos
através das variáveis como peso, estatura, circunferência abdominal, índice de massa corporal,
pressão arterial e glicemia. Estes dados serão coletados no início e no final do estudo,
comparando os resultados obtidos e observando se houve mudanças e melhorias a respeito da
saúde dos envolvidos.
4.1 TIPOS DE PESQUISA
No sentido de alcançar o objetivo deste estudo, foi conduzida uma pesquisa
quantitativa onde nela se considera que tudo pode ser quantificável, o que significa traduzir
em números opiniões e informações para classificá-las e analisá-las. Requer o uso de recursos
e de técnicas estatísticas (percentagem, média, moda, mediana, desvio-padrão, coeficiente de
correlação, análise de regressão, etc.). Essa linha de pesquisa é um objeto das ciências socias
da qual se asseguram em seus estudos (MINAYO, 2007; LAKATOS et al, 1986).
Nesse sentido, compreende-se que a pesquisa quantitativa desse estudo envolveu a
obtenção de dados, coletados inicialmente no intuito de reverter e ou modificar os mesmos no
final do realizado estudo. Desse jeito tomou-se como base a pesquisa-ação, que se caracteriza
por uma pesquisa de campo, tendo como objetivo avaliar os benefícios da caminhada
orientada por um educador físico sobre a qualidade de vida de mulheres hipertensas e
diabéticas da Unidade de Saúde da Família.
Apropriando um sentido de mudança social e tentando transformar e propagar
melhores condições de vida de mulheres hipertensas e diabéticas faz se necessário elevar a
promoção da saúde tomando como base a atividade física, buscando se associar as ideias de
Thiollent (2007) quando o mesmo ressalta que as mudanças de ordem sociais estão agregadas
a diversas estratégias de ação coletiva, que são conduzidas com finalidade de resolução de
problemas ou de objetivos de transformação de forma planejada e de cunho social,
educacional e técnico. No mesmo sentido, Gil (2007) citado por Thiollent define a pesquisa-
ação como sendo um tipo de pesquisa com base empírica a qual é concebida e realizada em
estreita associação com uma ação ou com a resolução de um problema coletivo, onde os
29
pesquisadores e participantes representativos da situação ou do problema estão envolvidos de
modo cooperativo ou participativo, envolvidos numa tentativa de alcance de objetivos.
Sabendo que a pesquisa-ação implica em produzir mudanças e compreensão, buscou-
se aproximar os envolvidos da pesquisa à realidade de seu cotidiano, onde foi feito um
programa de atividade física prologado, no intuito de garantir maior participação e
continuidade dos mesmos promovendo dessa forma melhores resultados.
Como procedimento metodológico, foi introduzida a caminhada entre os participantes
que se inscrevessem voluntariamente na Unidade de Saúde da Família, localizada no bairro
Urbis III na cidade de Alagoinhas – BA, sendo que o público alvo de preferência foi mulheres
hipertensas e diabéticas, por constituírem o grupo prioritário da saúde pública no Brasil, onde
as políticas de prevenção e promoção da saúde enfocam a mudança de hábitos de vida,
incluindo a caminhada como pratica regular de atividade física.
A caminhada foi feita duas vezes na semana, orientada e realizada durante 60 minutos,
sendo reservados 10 minutos para o alongamento distribuído em 5 minutos no início e 5
minutos no final e o restante do tempo foi destinado á pratica da atividade, e no decorrer do
percurso que totalizavam 4 km por dia era feito também atividades dinâmicas, como saltos,
corridas curtas, agachamento, fortalecimento muscular e resistência aeróbicas. E uma vez na
semana foi feita atividades corporais totalizando três vezes na semana de atividade com o
grupo, este processo foi feito 3 vezes por semana, durante 3 meses consecutivos.
4.2 SUJEITOS DA PESQUISA
Os sujeitos selecionados foram mulheres hipertensas e diabéticas da Unidade de Saúde
da Família da cidade de Alagoinhas - BA. Estas por fazerem parte do grupo de risco para
desenvolverem doenças crônico-degenerativas e que fazem, atualmente, parte das políticas
prioritárias do Sistema Único de Saúde – SUS.
O grupo pesquisado é composto por vinte e duas mulheres, com idades entre quarenta
e setenta e oito anos, sendo a média de idade entre elas de sessenta e dois anos. O grupo é
formado por doze hipertensas, uma diabética, seis que sofrem de hipertensão e diabetes, e
mais três senhoras que não fazem parte desse grupo de risco, porém esteve durante todo o
andamento do projeto em prol de outros benefícios através das atividades ocorridas, houve
também outros participantes que voluntariamente participaram da atividade.
30
4.3 ESPAÇO DA PESQUISA
O local de estudo foi a Unidade de Saúde da Família da Urbis III, localizada no
município de Alagoinhas-BA. Alagoinhas é um municípiobrasileiro que está localizado no
leste da Bahia tem uma população aproximadamente de 142.160 habitantes. Esta Unidade foi
fundada em 30 de setembro de 1988 e tem como abrangência, Rua do Catu, Baixa da Santinha
e Parque São Francisco. De acordo com os dados do Sistema de Informação da Atenção
Básica (SIAB), a unidade conta com 302 hipertensos, 31 diabéticos e 99 diabéticos e
hipertensos.
A unidade funciona de segunda a sexta feira das 7:30 às 12:00 e das 13:30 as 17:00
horas. Possui uma equipe de multiprofissionais composta por um médico, uma enfermeira,
três técnicas de enfermagem, sete ACS (Agente Comunitário de Saúde), um dentista, um
ACBC (Auxiliar de Saúde Bucal), um auxiliar administrativo, um auxiliar de limpeza, e um
guarda municipal. O principal objetivo da Unidade é atender aos princípios e diretrizes
propostas pelo Ministério da Saúde frente aos PSF (Posto de Saúde da Família): prevenção,
promoção e curativo da saúde.
A Unidade de Saúde da Família é a porta de entrada prioritária dos usuários do
SUS.Está inserida em uma rede de atenção à saúde e tem por finalidade oferecer o primeiro
contato às pessoas quando procuram o serviço de saúde. Como estratégia estruturante dos
sistemas municipais de saúde, tem provocado um importante movimento com o intuito de
reordenar o modelo de atenção no SUS. Busca maior racionalidade na utilização dos demais
níveis assistenciais e tem produzido resultados positivos nos principais indicadores de saúde
das populações assistidas às equipes de saúde da família
4.4 COLETA DE DADOS
A coleta de dados foi feita em dois momentos, no início o no final do projeto.
Inicialmente foi feito uma visita a Unidade de Saúde da Família, onde já aconteciam
atividades corporais com mulheres que são hipertensas e diabéticas, sendo estas atividades
acontecidas nas quartas feiras uma vez por semana, ministradas por uma aluna do curso de
Educação Física da Universidade do Estado da Bahia- UNEB, universidade esta a qual eu
também faço parte, oriundo do mesmo curso da colega ministradora da oficina.
31
Nessa visita foi feita a proposta da inserção da caminhada, atividade física eficaz e
capaz de proporcionar benefícios á saúde de quem a prática orientada por um educador físico,
a qual teve foco principal, mulheres hipertensas e diabéticas, justamente por ser um grupo de
risco para desenvolverem doenças crônico-degenerativas e que fazem, atualmente, parte das
políticas prioritárias do Sistema Único de Saúde – SUS. Feito a proposta e assegurados pela
equipe de profissionais da unidade a qual foi bem aceita pelo grupo de mulheres, partiu-se
para a coleta inicialmente dos dados.
Primeiramente os participantes responderam a um questionário composto de
perguntas referentes a informações pessoais, dados clínicos e históricos familiar de saúde.
Num segundo momento, foi mensurado o peso, a altura, o índice de massa corporal, a
circunferência da cintura, a pressão arterial e a glicemia. Para identificar o peso os avaliados
ficaram de pé em cima da balança, sem calçado e com roupas leves, para medir a altura os
avaliados estiveram sem calçado, com os pés unidos e a parte de trás do corpo encostada à
parede. O IMC (Índice de Massa Corporal) foi determinado pela divisão da massa corporal
pela estatura elevada ao quadrado, sendo a massa corporal expressa em quilogramas (kg) e a
estatura em metros (m), para medir a circunferência da cintura foi passada a fita em volta da
cintura dos avaliados no ponto médio entre a última costela e a borda superior da crista ilíaca
(aproximadamente dois centímetros acima as região umbilical).
Para aferir a pressão arterial os avaliados foram orientados para estar com a bexiga
vazia, não ter praticado exercícios físicos, estar descansado, estavam num ambiente calmo,
com o braço relaxado, não deveriam ter ingerido bebidas alcoólicas e não poderiam falar
durante o procedimento e para avaliar a glicemia usamos o aparelho glicosímetro disponível
na unidade de saúde da família. Esse processo para coleta de dados foi feito com a ajuda de
enfermeiras e técnicas de enfermagem que fazem parte da equipe de multiprofissionais que
atuam nesta USF.
A atividade inserida no cotidiano destas mulheres foi à caminhada sendo esta ocorrida
duas vezes por semana, orientada e realizada durante 60 minutos, sendo reservados 10
minutos para o alongamento distribuído em 5 minutos no início e 5 minutos no final e o
restante do tempo foi destinado á pratica da atividade,e no decorrer do percurso que
totalizavam 4 km por dia era feito também atividades dinâmicas, como saltos, corridas curtas,
agachamento, fortalecimento muscular e resistência aeróbicas. E uma vez na semana foi feita
atividades corporais totalizando três vezes na semana de atividade com o grupo.
32
5. TRATAMENTO ESTATÍSTICO
Para caracterizar o universo amostral da pesquisa foi utilizada análise descritiva com
média e desvio padrão. Para comparações entre estratos pré e pós-teste foi utilizado o teste “t”
com nível de significância de 5%. Foi utilizado o programa estatístico do pacote Excel.
33
6. RESULTADOS E DISCUSSÃO
Nos dias de hoje, a prática regular da atividade física tem sido um fator de grande
importância para a manutenção da saúde e prevenção de doenças.
Assim sendo, a caminhada foi inserida entre mulheres hipertensas e diabéticas da
Unidade de Saúde da Família da Urbis III da cidade de Alagoinhas-BA, no intuito de garantir
a estas melhores condições de saúde e controle de doenças, incentivando- as a adotar como
um hábito positivo em seu dia a dia, já que as vantagens para o corpo e mente são
extremamente favoráveis tanto para a manutenção quanto para obtenção de uma nova postura
saudável.
Participaram deste estudo 22 mulherescom idade entre 40 a 78 anos, sendo que havia
doze hipertensas, uma diabética, seis que eram hipertensas e diabéticas e mais três que
participaram voluntariamente do estudo mais que não tinham nenhum destes problemas de
saúde, porém estiveram assiduamente durante todo o processo do trabalho, em prol de
benefícios também para a saúde e qualidade de vida. As variáveis mensuradas para analise de
estudo foram o peso, estatura, circunferência abdominal, índice de massa corporal, pressão
arterial e glicemia. Estes dados foram coletados no início e no final do projeto, fazendo assim
uma análise dos resultados durante o processo do estudo.
Uma provável limitação do estudo foi o reduzido “n” amostral, que pode ter
contribuído para a não significância estatística nos valores do teste “t”, apesar das reduções
observadas entre o pré e pós-teste nas variáveis analisadas.
As características gerais da amostra com relação às variáveis analisadas no estudo
estão demonstradas nas Tabelas 1e 2.
Tabela 1. Valores de Peso, estatura eidade, dos sujeitos pesquisados no pré-teste, expressos em média ± desvio-padrão.
Média DP*
Idade 62,4 + 9,27
Peso 67,76 + 12,52
Estatura 1,55 + 0,06
*Desvio Padrão
É importante salientar que os envolvidos na pesquisa eram senhoras com idade
acima de 40 anos e com o peso acima do normal, diante do cálculo ajustado para peso
34
ideal, o que de certa forma progrediu para uma importante redução deste agravo entre cada
sujeito envolvido.
Tabela 2. Comparação entre os dois momentos da coleta de dados e a análise estatística realizada através do teste t-Student pareado.
PRÉ PÓS
Média DP* Média DP* p (valor)
HAS** 138,64 +14,57 135,73 +19,62 0,58
HAD*** 88,18 +12,59 80,45 +10,9 0,04
Glicemia 119,68 +36,43 108,86 +36,83 0,33
CC**** 94,05 +9,05 90,50 +8,67 0,54
IMC***** 28,27 +4,33 27,81 +4,18 0,72
* Desvio Padrão **Hipertensão Arterial Sistólica ***Hipertensão Arterial Diastólica ****Circunferência da Cintura *****Índice de
Massa Corporal.
Observou-se que as variáveis de estudo apresentadas e analisadas durante o processo
da caminhada tiveram modificações no decorrer do processo, entretanto a variável
Hipertensão Arterial Diastólica foi a que teve resultado significativo de maior relevância(p <
0,05), em relação às outras variáveis.
A variável Hipertensão Arterial Sistêmica apresentou boa significação, emborafatores
emocionais como stress, ansiedade, depressão e outros tem grande influência sobre esta
variável, em se tratando de uma avaliação física mesmo com os valores pressóricos
controlados, podem ocorrer alteração no resultado do avaliado em virtude dos fatores acima
citados.A hipertensão arterial sistêmica (HAS) é uma condição clínica multifatorial
caracterizada por níveis elevados e sustentados de pressão arterial (PA). Associa-se
frequentemente a alterações funcionais e/ou estruturais dos órgãos-alvo (coração, encéfalo,
rins e vasos sanguíneos) e a alterações metabólicas, com consequente aumento do risco de
eventos cardiovasculares fatais e não fatais (VI Diretrizes Brasileiras de Hipertensão Arterial,
2010).
Na análise para a glicemia notou-se diante dos resultados redução dos valores entre o
pré e o pós-teste, porém sem significância estatística, mesmo com a atividade inserida e o
tratamento com osmedicamentos indicados por médicos. Freitas (2006) argumenta que os
níveis elevados de glicemia em jejum, principalmente pós-prandial, estão relacionados ao
aumento de riscos para doenças cardiovasculares. A avaliação dos níveis glicêmicos na
população em geral não tem sido preconizada para os idosos, exceto em pacientes de alto
risco, com história familiar de diabetes mellitus 2, obesidade, hipertensão arterial ou
35
hiperlipidêmica. Com base na história familiar e clínica a glicemia em jejum deve ser
realizada a cada três anos, enquanto naqueles com fatores de risco adicionais, os testes devem
ser feitos a cada ano ou até mais frequentemente.
Em se tratando da Circunferência da Cintura observou-se bons resultados, porém, mais
uma vez sem significância estatística. A redução desta variável foi notória em todas as
participantes do projeto,o que as deixavam mais encorajadas a continuar seus esforços e
dedicação. Atualmente os índices de sobrepeso e obesidade têm crescido no Brasil
significativamente nos últimos anos, a alimentação e a falta de exercícios são os maiores
precursores do aumento desse índice, o que vem assuntando grande parte da população
mundial, em especial idosos sedentários (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2010).
Quando observado os resultados de Índice de Massa Corporal compreende que houve
uma pequena redução desta variável, para tanto associar atividade física e reeducação
alimentar, favorece estes benefícios aliados a um estilo de vida saudável.
É interessante observar alguns relatos dos indivíduos durante o processo de atividade.
Dor nas costas, nos joelhos, cansaço físico, falta de estimulo, falta de amigos, formigamento
nos pés e mãos eram sintomas que acompanhavam alguns destes sujeitos antes da inserção
deste projeto em suas vidas. A caminhada surtiu inúmeros efeitos visivelmente na existência
destas mulheres sedentárias, a alegria estampada no rosto de cada integrante era plausível, a
disposição, os relatos diários faziam desta atividade uma motivação a mais para prevenir
problemas de saúde e promover maior qualidade de vida.
Além dos relatos positivos descritos pelos sujeitos da pesquisa, havia também
diagnóstico a respeito de que por mais que a caminhada fosse uma atividade simples e de fácil
acesso a todos, o diferencial desta foi à orientação por um educador físico, por ele estar
sempre variando as dinâmicas no decorrer do processo, contudo garantindo maior aderência
dos sujeitos envolvidos.
Este estudo pretendeu demonstrar os benefícios da caminhada como atividade física
eficaz e capaz de proporcionar com a orientação de um educador físico efeitos positivos para
a saúde de quem a pratica, garantindo através desta maior adesão e continuidade.
Deste jeito nota-se que no geral a participação dos sujeitos envolvidos foi unânime, e
os resultados obtidos favoreceu para a saúde e bem estar de todas, ocasionando também
maiores adeptas e garantindo maior aderência e continuidade da caminhada na vida das
mesmas. Assim sendoaatividade física deve ser parte de qualquer programa para melhorar o
estilo de vida, inclusive quando se quer diminuir o peso, controlar a pressão arterial, controlar
a glicemia e promover qualidade de vida.
36
7. CONSIDERAÇÕES FINAIS E RECOMENDAÇÕES
Com este estudo que traz como objetivo principal avaliar os benefícios da caminhada
orientada por um educador físico sobre a qualidade de vida de mulheres hipertensas e
diabéticas da Unidade de Saúde da Família, percebe-se, que muitos indivíduos sabem que a
atividade física é muito eficaz na prevenção, tratamento e reabilitação das doenças
cardiovasculares, e, contudo muitos destes procuram meios de diminuir estes riscos,
principalmente inserindo em seu cotidiano hábitos de vida saudáveis.
É interessante destacar aqui também o local onde acontecia a caminhada, mesmo por
que no bairro, onde o projeto foi aplicado, não existe um espaço apropriado para se fazer
caminhada, então se optou por utilizar o acostamento da pista que liga Alagoinhas-Ba a
cidade de Aramari-Ba, esse espaço já é utilizado por outros moradores para se fazer atividades
deste tipo, além do perigo com carros na pista, há também diversas oscilações no calçamento,
onde buracos, espaço curto para se mover, entre outros não foram empecilhos para as
senhoras desempenharem a caminhada com dedicação e entusiasmo. O percurso percorrido
foi de quatro quilômetros nos dias da caminhada e para os sujeitos envolvidos se tornou uma
rotina prazerosa e feliz.
Na atualidade vêm sendo utilizadas diversas formas de prevenção e tratamento para a
hipertensão arterial e diabetes mellitus, de forma não medicamentosa e com baixo custo. Um
desses meios de prevenção e tratamento é a prática regular de exercícios físicos, em especial a
caminhada, a qual resulta em uma série de benefícios para a saúde, além de atuar no controle
direto da pressão arterial e do diabete mellitus, ainda, de forma secundária auxilia no combate
de outros fatores de risco associados a estes agravos, como redução do peso, controle da
glicemia, diminuição do estresse e ainda elevação de autoestima. É importante ressaltar que só
a atividade física não trata esses agravos, mas auxilia para que os efeitos causados por essas
doenças sejam minimizados.
A execução do grupo de caminhada proporcionou satisfação pessoal e profissional, por
trazer benefícios e melhora na qualidade de vida dos sujeitos envolvidos. Sabendo que ela traz
diversos benefícios para portador de doenças crônicas, para os idosos, crianças,adolescentes e
sendo fundamental para prevenir agravos, adiar o envelhecimento, e, contudo melhorar o
estado de saúde do indivíduo que a pratica. Sabe-se que a prática regular de exercícios físicos
promove bem estar tanto para o corpo quanto para a mente, e a caminhada por ser uma
atividade simples e de fácil acesso todos os indivíduos podem realiza-la, principalmente
37
idosos e pessoas portadoras de hipertensão arterial e diabete mellitus não exigindo esforços
excessivos e custos altos.
É necessário que se faça projetos e se desenvolvam atividades voltadas para o cuidado
de pessoas portadoras de hipertensão arterial e diabetes mellitus nas Unidades de Saúde da
Famíliana tentava de diminuir esses agravos e promover a saúde e qualidade de vida dos
mesmos, assim além de gerar melhores condições de saúde a estes sujeitos acarretará em
redução de medicamentos e consequentemente maiores alegrias a este publico que necessita
de muita atenção e carinho.
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42
ANEXO
43
TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO
Título do Projeto: Os benefícios da caminhada entre mulheres idosas hipertensas e diabéticas da
Unidade de Saúde da Família Urbis III, no município de Alagoinhas – BA.
Pesquisadores Responsáveis: Professor Dr. Francisco Pitanga (orientador) e Genildo da Silva Santos
(pesquisador)
O processo de envelhecimento causa no indivíduo alterações no corpo como aumento de gordura, perda
de força muscular, dificuldade de locomoção e equilíbrio, aumento do risco de quedas, entre outras. Como forma
de minimizar esses efeitos, proporcionando ao idoso uma velhice independente e com maior qualidade de vida
reduzindo os índices de doenças crônico-degenerativas e elevando sua auto estima, assim é recomendado que ele
tenha uma vida mais ativa, realizando atividade física diariamente e proporcionando a estes a inserção da
caminhada na sua vida diária.
Diante da informação acima e da necessidade de buscar mais dados que comprovem a relação positiva
entre a prática regular de atividade física e a saúde dos idosos, justifica-se a proposta desta pesquisa que tem
como objetivo avaliar os benefícios da caminhada orientada por um educador físico sobre a qualidade de vida de
indivíduos hipertensos e diabéticos da Unidade Básica de Saúde da Família, e com objetivos de analisar os
benefícios sobre variáveis antropométricas, bioquímicas e hemodinâmicas desses indivíduos, sensibiliza-los à
prática da atividade física promovendo qualidade de vida e perceber a auto avaliação dos usuários a respeito da
sua saúde e da relação desta com a caminhada, a partir da caminhada orientada por um educador físico e das
praticas corporais desenvolvidas entre os idosos do projeto Práticas Corporais - Inseridos na Unidade de Saúde
da Família pela Prefeitura da cidade de Alagoinhas-Ba.
Para que o objetivo deste projeto seja alcançado, será necessária a realização de alguns procedimentos.
Inicialmente os participantes responderão a um questionário composto por perguntas referentes a informações
pessoais, dados clínicos e histórico familiar de saúde. Num segundo momento, será medido o peso, a altura, o
IMC, a circunferência da cintura, a pressão arterial e a glicemia. Para medir o peso os avaliados deverão ficar de
pé em cima da balança, sem calçado e com roupas leves, para medir a altura a avaliada deverá estar sem calçado,
com os pés unidos e a parte de trás do corpo encostada à parede.
O IMC foi determinado pela divisão da massa corporal pela estatura elevada ao quadrado, sendo a
massa corporal expressa em quilogramas (kg) e a estatura em metros(m)para medir a circunferência da cintura
será passada a fita em volta da cintura da avaliada no ponto médio entre a última costela e a borda superior da
crista ilíaca (aproximadamente dois centímetros acima as região umbilical).
Para medir a pressão arterial os avaliados deverão estar com a bexiga vazia, não ter praticado exercícios
físicos, estar descansado, num ambiente calmo, com o braço relaxado, não deverão ter ingerido bebidas
alcoólicas e não poderão falar durante o procedimento. Para medir a glicemia usaremos o aparelho glicosímetro
disponível na unidade de saúde da família.
Considerando a simplicidade dos métodos acima descritos, somado ao fato de que cada procedimento
será acompanhado atentamente por um profissional da área de Educação Física, e demais profissional de saúde
da unidade conclui-se que estes não apresentam riscos a saúde e integridade física da participante. Após ler e
receber explicações sobre a pesquisa, e ter meus direitos de:
1. Receber resposta a qualquer pergunta e esclarecimento sobre os procedimentos, riscos,
benefícios e outros relacionados à pesquisa;
2. Retirar o consentimento a qualquer momento e deixar de participar do estudo;
3. Não ser identificado e ser mantido o caráter confidencial das informações relacionadas à
privacidade. Tendo recebido as informações acima e ciente dos meus direitos, concordo em participar
voluntariamente da pesquisa.
Alagoinhas, _____de_______ 2012.
______________________________ __________________________
Assinatura da participante Assinatura do pesquisador
Rua Quintino Bocaiuva, 220 – Centro. Alagoinhas/BA