olhar(es) 26

12
Março de 2009 Publicação trimestral N.º 26 Coordenação: Isabel Vaz Ana Lotra O Homem, na busca da perfeição da sociedade em que se insere, vai tentando melhorar o seu estilo de vida, o seu conforto, com os custos ine- rentes à criação das grandes urbes. p. 8 Nesta edição CRE Leituras Em Inglês e Um Olhar Reflexões Urbanidade Galileu e a Astronomia Saídas de Campo EMRC 2 2, 3 4,5 6,7 8 9 10,11 12 QUE URBANIDADE? É ESTE O MUNDO QUE EU QUERO? ESCOLA SECUNDÁRIA DA LOURINHÃ No mundo de consumismo desmedido em que vivemos, a reutilização dos materiais é uma necessida- de que já devia estar bem presente na mente de cada um. Mas, muitas vezes, na sociedade actual, apesar de toda a informação que nos é fornecida, somos comodistas e recusamo-nos a fazer uma caminhada de dez metros para colocar o lixo no local devido. Como resultado desta atitude, o lixo aparece, cada vez com mais frequência, depositado em locais indevidos e das maneiras mais estranhas que possamos imaginar. A ideia das pessoas é sempre a mesma: “Se os outros fazem, por que é que eu não posso?”. É esta a educação que queremos dar às gerações vindouras? Ou melhor, é este o mundo que queremos para o pre- sente? A educação parte de cada um de nós, mas será que conseguiremos mudar? Estas são perguntas fáceis de fazer, cujas res- postas são difíceis de pôr em prática. É muito fácil dizermos que sim, mas o pior é fazê-lo. Tal como o velho ditado: “De promessas está o inferno cheio”... Temos a obrigação de mudar. Temos de conse- guir ser diferentes num mundo cheio destas atitudes perniciosas. Ou não? Ana Catarina Dias, E.F.A. C

Upload: agrup-de-escolas-da-lourinha

Post on 21-Mar-2016

219 views

Category:

Documents


2 download

DESCRIPTION

Jornal da Escola Secundária da Lourinhã, nº26 de Março de 2009

TRANSCRIPT

Page 1: Olhar(ES) 26

Março de 2009 Publicação trimestral

N.º 26

Coordenação: Isabel Vaz Ana Lotra

O Homem, na busca da perfeição da sociedade em que se insere, vai

tentando melhorar o seu estilo de vida, o seu conforto, com os custos ine-

rentes à criação das grandes urbes. p. 8

Nesta edição CRE Leituras Em Inglês e Um Olhar Reflexões Urbanidade Galileu e a Astronomia Saídas de Campo EMRC

2

2, 3

4,5

6,7

8

9

10,11

12

QUE URBANIDADE?

É ESTE O MUNDO QUE EU QUERO?

ESCOLA SECUNDÁRIA DA LOURINHÃ

No mundo de consumismo desmedido em que vivemos, a reutilização dos materiais é uma necessida-de que já devia estar bem presente na mente de cada um.

Mas, muitas vezes, na sociedade actual, apesar de toda a informação que nos é fornecida, somos comodistas e recusamo-nos a fazer uma caminhada de dez metros para colocar o lixo no local devido. Como resultado desta atitude, o lixo aparece, cada vez com mais frequência, depositado em locais indevidos e das maneiras mais estranhas que possamos imaginar.

A ideia das pessoas é sempre a mesma: “Se os outros fazem, por que é que eu não posso?”. É esta a

educação que queremos dar às gerações vindouras? Ou melhor, é este o mundo que queremos para o pre-sente? A educação parte de cada um de nós, mas será que conseguiremos mudar?

Estas são perguntas fáceis de fazer, cujas res-postas são difíceis de pôr em prática. É muito fácil dizermos que sim, mas o pior é fazê-lo. Tal como o velho ditado: “De promessas está o inferno cheio”...

Temos a obrigação de mudar. Temos de conse-guir ser diferentes num mundo cheio destas atitudes perniciosas. Ou não?

Ana Catarina Dias, E.F.A. C

Page 2: Olhar(ES) 26

vesse ao seu lado. O cão é descrito como um ser único, inteligente, teimoso, ignora as regras da casa e tem um papel já assumido na família. O autor descreve-o de forma emotiva, porque é tão "...cão como nós...", pois tinha comportamentos irreverentes como qualquer membro da família. Reflexão: Considero a história muito interessante pois faz-nos pensar não só no respeito que devemos aos animais, mas também na dimensão afectiva, na fidelidade a nós mesmos e aos nossos princípios, na liberdade que temos por natureza. A dor da perda é fortemente retratada, aliás, foi a necessidade de deitar para fora toda essa mistura de sentimentos e dor que deu origem ao livro, o que nos mostra que, por mais fortes, por mais resistentes que possamos ser ou queiramos parecer, preci-samos de exteriorizar todas as mágoas e ressentimentos para conseguirmos lidar com as situações. Não devemos ter vergo-nha dessa necessidade; deve ter vergonha, sim, quem não tem essa necessidade, por-que quer dizer que é uma pessoa "feita de pedra", sem qualquer sensibilidade. Esta obra não nos é indiferente, pela sua simplicidade e pureza ao abordar temas tão delicados, através de uma história tri-vial. Recomendo vivamente a sua leitura.

Ana Sofia Martins, 12ºC

EDITORIAL

Envolvidos no turbi-lhão do dia-a-dia que nos alucina e nos controla como autómatos, só por breves instantes temos a ténue per-cepção do que perdemos. Toca o despertador implacável. Depois de um banho que se impõe rápido, aceleramos para a hora certa do transporte que nos levará à escola, ao emprego, onde o relógio obriga, indiferente a razões, a uma entrada pon-tual. Estudamos, trabalha-mos, tomamos as refeições, conversamos (se conseguir-mos) em espaços de tempo controlados rigorosamente pelos ponteiros. Fim do dia. Regresso a casa. Impõem- -se outros afazeres - domésticos, de estudante, de mãe, de pai… enfim, o corpo grita a urgência de dormir umas horas de sono retem-peradoras… ou não. Nesta vertigem diária, gastamos o tempo que nos é concedido quase inscientes da sua irremediabilidade. Vivemos envolvidos numa teia de deveres, de necessi-dades imperiosas, de projec-tos para o amanhã, deixando de aproveitar o aqui e agora que nos é oferecido todos os dias, deixando de amar pequenas grandes ofertas do nosso mundo - um sol que nos ilumina e reconforta, uma árvore que se agita ao vento, um canto de pássaro anunciando a Primavera, uma brisa com cheiro a maresia, uma criança que brinca feliz e pura, o sorriso do amigo que está sempre lá, as pessoas que nos rodeiam e que precisam de amor ou que simplesmente no-lo querem oferecer e nós estamos demasiados ocupa-dos para o perceber…. Ousemos (re)pensar as nossas vidas, as nossas particulares formas de ser e assumamos o compromisso de amar e viver a vida em toda a sua extensão, de ser e de fazer os outros felizes.

B.E./C.R.E.

SUGESTÕES

2

Cão Como Nós

O autor: Manuel Alegre de Melo Duarte nasceu em Águeda, a 12 de Maio de 1936. Estudou em Lisboa, no Porto e na

Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra. Foi campeão de natação e actor no teatro da Universidade de Coimbra. Em 1961, é mobilizado para Angola onde parti-cipa num movimento de resistência no inte-rior das Forças Armadas. Preso pela PIDE, passa seis meses na fortaleza de S. Paulo em Luanda. No início de 1964, volta a Coimbra, mas a perseguição policial obriga-o à clandestinidade e à emigração. Em Outubro de 1964, é eleito membro do comi-té nacional da Frente Patriótica de Liberta-ção Nacional e passa a trabalhar em Argel, na emissora "Voz da Liberdade". Regressa a Portugal após o 25 de Abril de 1974. Assume as funções de deputado pelo Parti-do Socialista e vice-presidente da Assem-bleia da República. Sinopse: É a história de um cão chamado Kurika, com uma personalidade deveras especial. A sua morte cria um vazio no coração de toda a família. O narrador, dono do cão, intercala as memórias que vai contado com momentos em que pára de escrever e nos fala como se o cão ali esti-

Este foi o ambiente que envolveu alunos e professores, durante uma hora, no nosso Auditório, dia 4 de Março. Tivemos o privilé-gio de assistir ao espectáculo de Teatro

Um Poder Chamado PALAVRA Poético ‘Um Poder Chamado Palavra’, baseado em textos de autores portugueses como Fernando Pessoa, Augusto Gil, Eugé-nio de Andrade, Miguel Torga, Florbela Espanca, Júlio Dinis, Almeida Garrett, com a interpretação do ‘diseur’ Nuno Miguel Henriques. Tratou-se de uma abordagem dinâmica e interactiva da Poesia Portuguesa, próxima dos jovens, informal, num cenário de sons, músicas e adereços que deram vida a todas as palavras transportadas nos textos escu-tados. Com a entrega e Arte de Dizer de Nuno Miguel Henriques, desmistificou-se a ideia de que a poesia é algo de aborrecido e monótono e provou-se que a poesia é cati-vante, absorvente, sedutora e divertida...

Palavra

Poder

Magia

Poesia

Page 3: Olhar(ES) 26

S DE LEITURA Loucura

“Todas as sociedades primitivas respeitam os loucos”. O Autor: Este livro é uma prova de reconstrução, num espectacular espaço

de ilusão, desdobrado em superfícies sem obra, onde muitas vezes não conseguimos descobrir o verdadeiro sentido das coisas de que o autor nos fala ou mesmo descodi-ficar a imensidão que nos é deixada pelas suas palavras, tornando-se possível obser-var a complexidade de um dos mais fasci-nantes poetas nacionais da história, um poeta que foi um dos grandes expoentes do Modernismo em Portugal e um dos mais reputados da Geração d’Orpheu, em con-junto com o seu grande amigo Fernando Pessoa. Desiludido com a “cidade dos estu-dantes” (Coimbra), viveu alguns anos em Paris, tomando contacto com grandes nomes da época como Santa Rita-Pintor ou Óscar Wilde, entre outros. Todavia, nunca desligado de Portugal, ajudou a introduzir novos movimentos e correntes estéticas e literárias que marcaram a nossa literatura no início do século XX. Sinopse: O narrador narra a história da vida do seu maior amigo, explicando as razões que o conduziram à loucura do suicí-dio. Raúl era o contrário de todos os rapa-zes, evidenciava ideias loucas e, por vezes, sinistras. Era um grande artista, um exce-lente rapaz, mas também uma incompreen-sível criatura. Após uma traição, para provar o seu amor pela sua esposa, Raúl quis demons-

trar os seus sentimentos da maneira mais horrível, tirando a Marcela a sua beleza com um frasco de uma substância que lhe queimaria a cara e o resto do corpo, fazen-do dela uma mulher feia que só ele amaria. A sua loucura não foi conseguida e acabou por se suicidar ao beber o frasco. Amar mais que um simples corpo, uma aparência, era, sem dúvida, a maior prova de amor. Amar da maneira como Raúl queria amar, era uma loucura. Na sua loucura, a sua pro-va de amor era quase perfeita. Nesta obra, Mário Sá-Carneiro apre-senta-nos um texto cheio de sentimento e racionalização, criando um livro puramente fantástico. Constrói uma narrativa a partir de uma história que terá testemunhado de uma forma magnificamente arrebatadora, sem preconceitos. Foi uma obra criada para servir de alimento a todas as especulações que a morte do seu grande amigo Raúl Vilar, um dos mais importantes escultores contempo-râneos nacionais, deixara na sociedade. Reflexão: Considero que a vivência do autor, próxima do seu amigo, deu origem a um livro de muitíssima qualidade, a que qualquer amante de literatura não fica indi-ferente. É uma obra de grande complexida-de e perfeição, que desperta uma intensa auto-reflexão no leitor, podendo este ler o livro diversas vezes, mas experimentando sensações sempre diferentes. Este título liga-se também às novas ideias e concepções de Raúl Vilar, mostran-do o desajustamento desproporcional que o seu mundo interior mantinha em relação ao mundo exterior. Para quem gosta de literatura, aconselho esta desconcertante obra.

Fábio Luís, 12ºC

The Human Stain de Philip Roth Biografia do autor: Philip Roth nasceu em Newark, Nova Jersey, em 1933. É um dos autores contemporâneos mais galardoados, pois dois dos seus romances ganharam o National Book Award, outros dois foram finalistas. Obteve o Pulitzer e dois prémios do PEN Club. Esta obra que vos apresento foi considerada uma das suas obras-mestras. Sinopse: No agitado Verão do escândalo Lewinsky, Cole-man Silk, professor universitá-rio, vê a sua reputação e, pos-teriormente, a sua carreira serem arruinadas por proferir uma expressão pouco afortu-nada num momento inoportu-no. Como numa guerra sem armas, a febre do politicamen-te correcto desencadeia con-sequências devastadoras. Mas a verdade sobre Coleman não é a escandalosa relação que mantém com Faunia que, por acaso do amor, tem menos de metade da sua ida-de, nem o seu alegado racis-mo, mas um segredo que guardou toda a sua vida e que o forçará a mostrar a sua autêntica identidade antes que seja demasiado tarde. Reflexão: Esta obra reflec-te alguns estereótipos da sociedade americana, pelo que é difícil identificarmo-nos com alguma personagem, mas todo o enredo complexo que se difunde nos sentimen-tos do leitor marca-o e mostra- -lhe como é difícil, por vezes, tomar as decisões certas no momento certo da sua vida, e medir as consequências que estas desencadearão não só em si, mas também em toda a sua área de influência. Sem dúvida que se trata de um livro indispensável para quem gosta de desfrutar de uma leitura sóbria e densa, mas pode ser também uma oportunidade de entrar pela porta do grande mundo da literatura contemporânea e perceber que os livros não são "bichos maus”, mas sim gran-des “acessórios” que nos ensi-nam a vivermos a nossa vida com uma percepção mais alargada dos outros e do mun-do. Curiosidades: Esta obra está também adaptada ao cinema, num filme com o mes-mo nome, e com alguns dos melhores actores de Holly-wood na representação das principais personagens.

João Neto, 12º C

ESCOLA SECUNDÁRIA DA LOURINHÃ

A Encomendação das Almas

O Autor: João Aguiar é um jornalis-ta e escritor portu-guês. Nasceu no dia 28 de Outubro de 1943, em Lisboa. Licenciou-se em Jor-nalismo pela Univer-sidade Livre de Bru-xelas e trabalhou para a R.T.P., onde foi coordenador da equipa do programa infantil Rua Sésamo.

Colaborou em diversos diários e semaná-rios, com destaque para o Diário de Notí-cias, A Luta, Diário Popular, O País e Sábado. Sinopse: Num cenário rural, em ple-no século XXI desenrola-se uma história de amizade entre um idoso e um jovem, Gon-çalo Nuno, de 70 anos e Zé da Pinta, de 17, ambos vítimas de uma sociedade mesqui-nha e preconceituosa. Reflexão: O título A Encomendação

das Almas é um ritual antigo, praticado ain-da em algumas aldeias na Sexta-feira San-ta, que consiste em rezar pelas almas do Purgatório e pedir pelas almas dos que já morreram para que estas intercedam pelos que proclamam as orações. Posso dizer que foi um dos livros de que mais gostei de ler até agora. Chama a atenção para a exclusão social e para outros problemas da sociedade actual, ao mesmo tempo que nos transporta para um universo perdido algures, do qual os mitos e as superstições faziam parte. Este texto sensibiliza pelo facto de nos mostrar a realidade de duas pessoas que, embora rejeitadas pelos outros, lutam pela sua identidade e tentam ser felizes à sua maneira, inspirados por leituras de feiti-

çaria e bruxaria.

Ana Luísa Onofre,

12ºC

Imagem de uma Encomenda-ção das Almas.

Page 4: Olhar(ES) 26

4

EM INGLÊS... CROSSWORD PUZZLE

a

1 M Y

f

b L c 2 P E T

I G A

d 8 P Y E T 3 C S G g

e E

4 M L I O

h

7 C N 9 B D E

Y

5 P N O

A K E

i j

6 I E E T

X

O

a

1 M Y

f

b L c 2 P E T

I G A

d 8 P Y E T 3 C S G g

e E

4 M L I O

h

7 C N 9 B D E

Y

5 P N O

A K E

i j

6 I E E T

X

O

MAMMA MIA!

After Broadway’s successful musical, “Mamma Mia!” can now be seen on the big screen. This hilarious film shows us that sometimes, when we least expect it, our lives can change radically. Shot on the breathtaking island of Kalokairi, in Greece, it is full of happy and delightful moments while involving you in this charming story in which famous and gifted actors take part. A young girl named Sophie (Amanda Seyfried) is about to get married to her boyfriend Sky (Dominic Cooper) but she has never met her father and she really wants to. After having secretly read the diary of her mother Donna (Meryl Streep), she eventually finds out that her father might be one of her mother’s three teenage boyfriends: Sam (Pierce Brosnan), Bill (Stellan Skarsgard) or Harry (Colin Firth). Despite knowing her mother wouldn’t agree with it, Sophie invites them all to the wedding. The real action be-gins when Donna and her crazy friends Rosie (Julie Walters) and Tanya (Christine Baranski) dis-cover that the men are on the island – from this mo-ment on, there is a twist in the plot. Fun is just about to begin and many things will happen the night before the wedding. However, the film reaches its climax when Sophie is about to get mar-ried. Will her father’s iden-tity be revealed after all? Featuring the songs of ABBA, which are per-fectly adjusted for the story, and dances performed by the actors, “Mamma Mia!” takes you on a trip you wish will never end!

Diogo Santos,11º A

ACROSS 1.You use it when you buy and sell things; 2.Old Spanish coin; 3.Money in the form of coins or notes; 4.One thousand thousand (1.000.000); 5.A periodic payment made by the state to people who are above a certain age; 6.Money paid for borrowing money; 7.A flat, usually round, piece of metal used as money; 8.Money paid; 9.A plan that shows how much money you have and how you will spend it; DOWN a. Security for payment of a debt of on loan; b. Old Portuguese coin; c. Money received during a certain periodic (especially a year); d. Money that you receive every month payment for your job; e. A rise in amount, number or degree; f. Something which is lent, especially money; g. Money that you spend on something; h. An organization or place where you can borrow money, save money, etc; i. A unit of money used in European Countries that belong to the European Union; j. Money collected by the government from your in-come or property.

Trabalho executado por Elsa Plácido, Maria Antónia Sousa, Maria de Fátima Perdigão, Patrícia Subtil e Ricardo Terroso, EFA C.

SOLUTIONS:ACROSS:1-Money; 2- Peseta; 3- Cash; 4- Million; 5- Pension; 6- Interest; 7- Coin;8- Payment; 9- Budget. DOWN: a.Mortgage; b.Escudo; c.Income; d.Salary; e.Increase; f.Loan; g.Expense; h.Bank; i.Euro; j.Tax.

Palavras Sentidas ou a Magia das Palavras Encontra-se a decorrer o con-

curso Palavras Sentidas, em parceria com a Escola Secundária Madeira Tor-res e a Escola Secundária Henriques Nogueira. Numa primeira fase, os partici-pantes escreveram e enviaram poemas que, depois de devidamente selecciona-dos, farão parte de uma Antologia Poéti-ca. No dia 23 de Abril (Dia Mundial do Livro), decorrerá o concurso Partilha de Palavras, no Auditório da Câmara Muni-cipal de Torres Vedras. Aí, os participan-tes darão o seu melhor de modo a que o poder mágico das palavras se estenda a todos. Nesse mesmo dia, proceder-se-á ao lançamento da Antologia Poética.

Aceita este desafio e vem parti-lhar as tuas palavras connosco, sentidas ou não!

Ser poeta(2)

Ser poeta é estar de costas viradas para o mundo; Poeta é ser fiel aos sentimentos,

É ser radical c’os nossos tormentos, E tentar descobrir o nosso medo.

Ser poeta é vaguear pelo fundo, Sem ver quais são os nossos reais dignos;

É abrir asas ao céu breves momentos, Sem sequer caminhar para o pecado.

Posso não saber o que é ser poeta, Mas sei viver como tantos viveram:

Na pobreza do ouro destas palavras.

Sei chorar da pureza com que é feita, Sei erguer-me como tantos se ergueram;

Só não sei morrer por tais alianças… Ruben, 10º F

Page 5: Olhar(ES) 26

O fosso das muralhas em Peniche

Somos alunos do curso E.F.A., mas pertencemos ao concelho de Peniche, por isso, pareceu-nos interessante abor-dar o problema do fosso das muralhas, uma vez que este é um mau cartão-de-visita para a cidade de Peniche. Na verdade, este problema ambiental é muito antigo e, já em 1995, a Junta Autónoma dos Portos do Centro elaborou um estudo ou anteprojecto de recuperação deste espaço. Este estudo comporta três ideias fundamentais: manter o fosso convenientemente saneado, dar às muralhas a dignidade que lhes é devida e, por fim, aproveitar o pano de água do fosso para núcleo de recreio. Este projecto encontra-se em vias de concretização. Em Julho de 2008, foi assinado o Protocolo de Recuperação do Fosso da Muralha de Peniche. Com esta obra, Peniche ganhará um novo rosto e, até, uma qualidade ambiental há muito desejada. Trata-se de um projecto ambicioso, que contempla espaços de lazer. Para come-çar, o fosso será dividido em três áreas, separadas por açu-des: duas para embarcações de recreio (de diferentes dimensões) e outra para pequenas embarcações, como "gaivotas" ou barcos a remos. Haverá igualmente uma ilha, onde estão programados alguns espaços culturais, como um auditório e uma sala de conferências. Todo o espaço terá áreas ajardinadas e con-templará ainda bares, esplana-das, pistas de manutenção e ringues de patinagem. Daqui resultará um ecomu-seu que, associado a outros espaços de igual valor históri-co-natural, constituirá obrigato-riamente um magnífico pólo de atracção turística.

UM OLHAR sobre o património local

IC 11 Governo chumba traçado.

Conheça as principais razões.

No dia 21 de Janeiro de 2009, foi conhe-cido o resultado do estudo de impacto ambiental referente ao IC11 (um itinerário que vai ligar Peniche (IP6) a Torres Vedras (A8). Segundo este estudo, estima-se que, cerca de 71% da reserva agrícola, seja des-truída para a construção desta via rápida de 26 km, ou seja, cerca de 100 ha de terrenos agrícolas, muito importantes para a econo-mia da região. Com a investigação levada a cabo, chegou-se à conclusão de que esta reserva agrícola contém solos muito férteis e raros no país, onde a agricultura já está bem implementada, com sistemas de rega bem montados. Por esta razão, o governo decidiu chum-bar o projecto, para descontentamento dos autarcas do Oeste, que acusam o governo de estar a atrasar o desenvolvimento da Região, pois este IC iria ser uma boa forma para os agricultores do Oeste escoarem os seus produtos, e também serviria para apro-ximar o Oeste do Interior.

Património Histórico

Fizemos um levantamento dos principais monumentos do Concelho e verificámos que se encontram razoavelmente em bom estado de conservação. É de louvar o esfor-ço das entidades competentes na preserva-ção deste Património Histórico. Salientamos as recentes obras de res-tauro do Forte de Paimogo, edifício de inte-resse público, realizadas em Abril de 2007, financiadas pela Câmara Municipal. Depois da fase de recuperação da estrutura, está prevista uma redefinição dos espaços para fins culturais, com salas de exposições, galerias e sala de leitura, através de um protocolo estabelecido com a Direcção Geral dos Edifícios e Monumentos Nacio-nais. Destacamos, ainda, outros monumentos de importância notória na história do Conce-lho: a Igreja de Santa Maria do Castelo, a Santa Casa da Misericórdia, o Convento de Santo António, o Padrão comemorativo da Batalha do Vimeiro e o Monumento às Armas da Lourinhã.

O Passado O Futuro Laboratório ao ar livre na ilha

das Berlengas

Neste momento, está já a ser implemen-tado o projecto «Berlenga – Laboratório de Sustentabilidade», firmado em Julho de 2008, na própria ilha das Berlengas, obra de uma equipa do Instituto de Engenharia de Sistemas e Computadores do Porto (INESC Porto). A ideia desse projecto é transformar a ilha num laboratório interna-cional de fontes renováveis. Até ao final do ano, os investigadores do INESC do Porto vão instalar um sistema eléctrico mais adequado para a ilha da Ber-lenga, servindo assim o restante arquipéla-go, composto por 3 ilhéus. A missão é de cariz inovador porque, uma vez concretizada, contribuirá para a redução de mais de 40 toneladas de emis-sões de CO2, por ano, ajudando assim no cumprimento do Protocolo de Quioto.

Património Ambiental Foz do Rio Grande

O rio encontra-se hoje com um grau de poluição muito elevado, o que já levou mui-tas pessoas a exercerem o seu direito de manifestação. A grande carga de poluição do Rio Grande, que atravessa o concelho da Lourinhã e à beira do qual se situam suiniculturas, leva a que todos os anos a Foz seja coberta com areia, impedindo que corram águas contaminadas para o mar. Apesar de se estar a desviar as condutas de esgoto para ETAR's espalhadas pelo concelho, grande parte das águas residuais das pecuárias e outras indústrias continuam

a desaguar no rio, difi-cultando cada vez mais a sua reabilitação. A asso-

ciação ambientalista da Lourinhã Lourambi lançou um abaixo-assinado, via internet, exigindo a despoluição do Rio Grande para melhorar a qualidade ambiental no conce-lho. Esta associação entende que "o Rio Grande permanece um esgoto a céu aber-to" e acusa ainda a autarquia de "tardar em fazer o levantamento dos focos de poluição, contentando-se com o fecho da foz todos os anos, no início da época balnear". Apesar das campanhas políticas terem insistentemente incidido sobre a despolui-ção do rio, não se verificam melhorias.

E.F.A. A

ESCOLA SECUNDÁRIA DA LOURINHÃ

Page 6: Olhar(ES) 26

JARDIM

Olha para mim,

Estou aqui!

Não sou transparente,

Embora pareça.

Não sou gente

Embora o seja.

Tu, tens tudo…

Sonhos realizados,

Desejos concretizados…

Eu, tenho este jardim

E moro aqui.

Não tenho telhado…

Não tenho paredes…

Mas tenho os pássaros

Que sinfonias me can-

tam!

E tenho as estrelas

Que os pesadelos

espantam.

Juliana F. Gomes, E.F.A. C

«… adquire-se um produto, não apenas pelas suas funções, mas pelo prazer associado a outros valores e factores.»

Na sociedade global, as diferentes esferas do nosso quotidiano regem-se por um constante incentivo à aquisição de bens e serviços, tão característico da sociedade capitalista e de consumo em que vivemos.

Presentemente, adquire-se um produto, não apenas pelas suas funções, mas pelo prazer associado a outros valores e factores.

Um dos maiores responsáveis pelo excesso de consumo é o apelo do Marke-ting e da Publicidade. As pessoas não resistem ao chamamento sedutor das suas

6

A maioria dos portugueses depara- -se actualmente com grandes desequilí-brios a nível de consumo. Por definição, o consumo é uma actividade que pressupõe a satisfação, normalmente através da troca financeira de um conjunto de necessidades, mais ou menos essenciais. Assim, surge o proble-ma de determinar o que é ou não um bem essencial para as famílias. Habitualmente, ninguém se restringe ao que é essencial, o que, de certo modo, é bom porque a utilidade do consumo não tem como finalidade satisfazer as necessi-dades primárias do ser humano. Um con-sumo ilimitado permite manter as taxas do crescimento económico. Verifica-se, pois, uma interdependência entre o consumo e o crescimento económico interno e externo, uma vez que o consumo faz crescer o PIB (Produto Interno Bruto) e engorda o fisco.

Existem alguns inconvenientes rela-cionados com o consumo: – o fabrico de produtos apenas para quem tem dinheiro, logo, o que é produzido não é o mais necessário; – a publicidade que incita à aquisi-ção de certos bens que acabam por não ser usados ou são incorrectamente utiliza-dos pelo consumidor; – a forma como certas empresas, direccionadas pelas regras do mercado, acabam por prejudicar o equilíbrio ambien-tal.

propagandas com falsas ilusões, tornando- -se assim, eventualmente, consumidores compulsivos.

Considero esta “Civilização de Consumo” um fenómeno crescente e actual. Contudo, não a caracterizo apenas negativamente, uma vez que esta também pode levar-nos à democratização do desenvolvimento tecnológico e social.

Assim sendo, penso que o impor-tante é termos sempre presente, na nossa consciência, a responsabilidade, o bom-senso e o sentido crítico, mantendo-nos informados e esclarecidos para que, sem-pre que tivermos o impulso de comprar, este seja efectivamente para satisfazer as nossas verdadeiras necessidades.

Ana Maria dos S. D. Fernandes, E.F.A. C

SOCIEDADE DE CONSUMO

CONSUMO NOS DIAS DE HOJE «Diariamente, assistimos a todo o género de promoções e publicidade que nos invadem consciente e inconscientemente e nos levam a consumir desde aquilo que é mais necessário ao que poderíamos dispensar.»

Diariamente, assistimos a todo o género de promoções e publicidade que nos invadem consciente e inconsciente-mente e nos levam a consumir desde aqui-lo que é mais necessário ao que podería-mos dispensar. Hoje em dia, o consumidor está a comprar mais, só pelo simples facto de o fazer, não propriamente para satisfa-zer uma necessidade real.

Na sequência da adesão ao euro, os juros desceram acentuadamente e os portugueses recorreram aos créditos, con-sumindo de uma forma inexplicável. Neste momento, verifica-se que tudo o que desce também sobe, e os portugueses já não conseguem suportar os empréstimos con-traídos. Muitas famílias endividam-se sem necessidade aparente, mas apenas para satisfazer o desejo de possuir bens, reali-dade comprovada essencialmente nas camadas mais jovens. Este consumismo incontrolável assemelha-se a uma droga, à qual não conseguimos resistir. Em Portugal, assistimos cada vez mais ao aumento do número de centros comerciais, assim como à deterioração das condições sociais. É incrível como se gasta dinheiro em diversos produtos de cosmética, e se dei-xam morrer à fome e à sede milhares e milhares de seres humanos por todo o mundo. Sabemos que o consumo é inevitá-vel e essencial para a circulação e manu-tenção dos sistemas económicos, mas é necessário educar e responsabilizar as pessoas, principalmente as mais jovens, para um consumo mais responsável, de forma a diminuir as desigualdades.

Mónica Nunes, EF.A. C

« É incrível como se gasta dinheiro em diversos produtos de cosmética, e se deixam morrer à fome e à sede milhares e milhares de seres huma-nos por todo o mundo.»

Page 7: Olhar(ES) 26

Um profissional na área de Despa-chos tem como objectivo profissional repre-sentar os Importadores, os Exportadores e também os Transportadores, a fim de efec-tuar os procedimentos legais necessários à libertação da mercadoria. Mais concreta-mente, sempre que se efectua uma venda ou uma compra, existe uma factura, docu-mento a partir do qual se vai criar um des-pacho com toda a identificação do produto.

O meu trabalho era essencialmen-te fazer despachos (processos) para que a Alfândega permitisse a libertação da mer-cadoria.

Este processo faz-se através de um sistema próprio no computador que está ligado 24 horas à Alfândega.

Trabalhar sobre pressão é muito stressante, mas é a melhor forma para que as situações mais difíceis se possam resol-ver. É um trabalho de equipa, onde os erros se corrigem sem questionar quem os fez. É com os erros que se aprende.

Tentar dar sempre uma resposta válida e concreta sobre a mercadoria é um bom lema para que o cliente fique satisfeito e bem informado.

A empresa onde eu trabalhei vários anos tem várias sedes:

ESCOLA SECUNDÁRIA DA LOURINHÃ

TRÊS FORMANDAS

CERTIFICADAS NO PROCESSO

DE R.V.C.C. No passado mês de Dezembro, no Auditório da Escola Secundária da Lou-rinhã, as formandas Ana Matias e Delfina Oliveira, no dia 19, e Ana Luísa Leo-nardo, no dia 22, da turma de Formações Modulares – Grupo B3A, concluíram o processo de Reconheci-mento, Validação e Certifi-cação de Competências do Terceiro Ciclo do Ensino Básico. As formandas, que ini-ciaram o referido processo em Julho de 2008, foram elaborando, ao longo de cinco meses, um dossiê sobre os seus percursos de vida. Segundo as mesmas, o mais difícil foi demonstrar, nas suas histórias de vida, as competências que tinham de ser validadas. No entanto, o esforço valeu a pena porque reconheceram que os seus saberes estão para além daquilo que ima-ginavam. Esta retrospectiva serviu para aumentar a sua auto-estima. Futuramente, esperam que esta certificação lhes permita alcançar uma situa-ção profissional mais reali-zadora. Turma de Formações Modula-res - Grupo B3A, Área de Lin-guagem e Comunicação

UM DIA NA MINHA ACTIVIDADE PROFISSIONAL Camião: Alverca. Avião: Aeroporto de Lisboa. Barco: Cais de Santa Apolónia. Eu trabalhei sempre no Aeroporto

e, sendo assim, só mantinha contacto com os outros colegas através do telefone, quando necessário.

Na minha secção, havia um chefe, mas que não interferia no trabalho, apenas orientava e esclarecia quando era solicita-do. Os outros colegas faziam a entrega de documentos na Alfândega ou preenchiam despachos.

No Aeroporto, as firmas estão ins-taladas em salas, que são espaços abertos onde todos se vêem. Na sala onde traba-lhava, existia uma janela que tinha que estar sempre fechada, devido ao ruído dos aviões.

Os meus patrões reuniam-se sem-pre na sede e não tinham por hábito visitar as outras sedes.

Todos os anos, antes do Natal, era organizado um jantar de convívio onde todos os funcionários faziam questão de estar presentes.

Ana Maria dos Santos Dias Fernandes, E.F.A. C

A importância da promoção da Língua Portuguesa no Mundo

A promoção de Portugal, através da Língua Portuguesa, funciona como um importante mecanismo de divulgação do país. Portugal é promovido, nomeada-mente, através do turismo e das suas acti-vidades económicas. Com a promoção da língua portuguesa noutros países, quer nas plataformas on-line, quer no ensino univer-sitário, conseguimos chegar a um público-alvo totalmente diferente daquele que se encontra numa Feira de Turismo. É certo que este tipo de promoções

traz custos para o país mas, tal como os eventos de carácter turístico, também assim conseguimos que a imagem de Por-tugal seja vista de outra forma. Os países de língua oficial portugue-sa também funcionam como promotores do Português no Mundo. A imagem de Portugal não pode passar apenas pelas praias, vinho do Porto e Fátima. A nossa língua é igualmente um importante passaporte da nossa cultura.

Luís Miguel Bastos da Silva, E.F.A.C

A importância da divulgação de uma língua A língua é, acima de tudo, um instrumento de identidade de um país. Esta identidade é projectada através da divulgação da língua a nível social, cultural e económico - o mesmo será dizer que dá a conhecer a riqueza de um país. A língua é também um instrumento político e económico, sendo a sua difusão uma mais valia para o comércio externo. A divulgação de um país pode ser feita de várias manei-ras, desde exposições de arte e fotografia, formação à distân-cia, portais na Internet e até mesmo através do teatro e da música, entre outras.

Estas vias de divulgação têm como objectivo dar a conhecer as competências pro-fissionais, o modo de governação, a maneira de pensar, os usos e os costumes de um país, aumentando, assim, a competitividade e o desenvolvimento económico do mesmo a nível mundial.

Maria Antónia Sousa, E.F.A.C

Page 8: Olhar(ES) 26

«

No entanto, este modelo funciona-ria em pleno se todos os indivíduos incluídos nessa mesma sociedade cum-prissem com as responsabilidades que lhes competem. A manutenção das con-dições de habitabilidade de uma grande urbe depende não só dos serviços públi-cos no seu melhor, como também da civilidade de cada um. A falta de civismo conduz a espa-ços públicos degradados, negligenciados e perigosos para a saúde pública. O não funcionamento de serviços públicos, no seu mínimo, leva-nos a viragens surreais e de angústia, quando os lixos não são recolhidos com assiduidade. Estas são algumas imagens de caos urbano, de

Os habitantes de Nápoles, em Itá-lia, viveram uma verdadeira crise, duran-te o ano de 2008, digna de uma qualquer grande cidade de um país de Terceiro Mundo. Um desentendimento sindical tornou Nápoles numa lixeira a céu aberto. Este episódio veio despoletar uma situação que serve como um exemplo do

que pode acontecer em qualquer país mais ou menos desenvolvido. Uma socie-

dade pouco sensibilizada para a causa da reciclagem pode transformar, em pou-cos dias, uma cidade limpa num qualquer aterro sanitário, espelhando assim a dependência da recolha de lixo. Um exemplo de “boas práticas de reciclagem” é, sem dúvida, o concelho da Lourinhã. Uma rede de Ecopontos bem

REPARE COMO TRANSFORMÁMOS

A TERRA!

A minha avó dizia-me

que, antigamente, naquela

rua em que passava , exis-

tia um parque de diversões

para crianças, onde o meu

pai costumava brincar com

outros meninos.

Se a minha avó não

me tivesse contado, eu não

acreditava, porque fico

sempre espantada quando

por lá passo e observo o

que lá se encontra. Ali,

nada se parece com um

parque de diversão para

crianças, mas sim com uma

lixeira. Fico triste, pois é

mesmo uma lixeira. Confir-

ma-o o cheiro insuportável

e a imensa sujidade acu-

mulada em montes. Até a

natureza se esconde com

vergonha do que o Homem

faz!

Por isso, quando lá

passo com a minha avó,

peço-lhe para me contar,

mais uma vez, a linda histó-

ria da infância do meu pai,

naquele local onde ele

cresceu e se transformou

num homem.

É pena é que essa

transformação tenha altera-

do também a nossa nature-

za.

Orquídia Martins, E.F.A.C

8

QUE URBANIDADE? O Homem, na busca da perfeição da sociedade em que se insere, vai tentando melhorar o seu estilo de vida, o seu conforto, com os custos inerentes à cria-ção das grandes urbes.

miséria, de poluição, de modernidade pervertida. Todos os habitantes de uma cida-de deviam ter, desde crianças, educação cívica para que crescessem num meio harmonioso. O tratamento e recolha dos lixos não devia ser um negócio mas, sim, um serviço de excelência. As crianças não podem crescer num meio desleixado de selva urbana, perigoso, contaminado, de abandono e sem futuro. É correcto que seja o inver-so! As crianças têm de crescer num meio harmonioso, cuidado, gerando perspecti-vas de felicidade pessoal e social!

Hélder Correia Miguel, E.F.A. C

COLOQUE AQUI O SEU LIXO OU NÃO Uma socie-dade sensibilizada para a prática da reciclagem é um desfio para o presente, pois o futuro é já amanhã.

estudada, com um bom enquadramento urbanístico uma sociedade sensibilizada para as causas e consequências da reci-clagem levaram este concelho ao 1º lugar da reciclagem, por dois anos conse-cutivos, segundo a Regioeste, empresa que gere o aterro sanitário do Oeste. O meio ambiente e a natureza são preocupações constantes do Município da Lourinhã. Exemplos disso mesmo são as campanhas de sensibilização dirigidas à sociedade civil do concelho para as boas práticas da reciclagem e composta-gem e a promoção, por parte da autar-quia, da recolha de artigos electrodomés-ticos e de equipamentos informáticos. Uma sociedade sensibilizada para a prática da reciclagem é um desafio para o presente, pois o futuro é já ama-nhã.

Luís Silva, E.F.A. C

Page 9: Olhar(ES) 26

ESTA É A MINHA CIDADE?

É com tristeza que, no século XXI, ainda se veja esta miséria. O ambiente revela-se como um horror às portas da minha cidade que, por sinal, é de todos nós, resul-tado da pouca vontade de algumas pessoas para luta-rem pelo seu bem-estar e do seu semelhante. Será que a sensibili-zação nos “mass media” para a limpeza do meio ambiente ainda é diminuta? Penso que não. Trata-se da pouca vontade por parte de algumas pessoas social-mente excluídas, havendo, no entanto, aquelas outras também, ditas socialmente inseridas, a cometerem encapotadamente este atentado à saúde pública, que muito dificilmente desa-parecerá. Vamos educar os nossos filhos em casa e nas escolas para protege-rem o meio ambiente de forma correcta e cívica! Vamos dar às crianças uma vida saudável e livre de perigos! A lixeira à porta de uma cidade não demonstra modernidade, pelo contrá-rio, é sinal de desleixo, de falta de responsabilidade. Vamos, pois, deitar o lixo na lixeira! É a nossa obrigação!

Lécio Rodrigues, EFA C

Em Dezembro de 2007, a Organi-zação das Nações Unidas declarou 2009 o Ano Interna-cional da Astrono-mia. O Ano Interna-cional da Astrono-mia 2009 (AIA2009) será uma celebra-ção global da astro-nomia e da sua con-tribuição para a

sociedade e para a cultura, estimulando o interesse, a nível mundial, não só pela astronomia, mas pela ciência em geral, com particular incidência nos jovens. O AIA2009 assinala o passo de gigante que constituiu a primeira utiliza-ção do telescópio para observações astronómicas por Galileu e retrata a astronomia como uma iniciativa científica pacífica que une os astrónomos numa família internacional e multicultural, tra-balhando em conjunto para descobrir as respostas para algumas das questões mais fundamentais para a Humanidade. O AIA2009 é, antes de mais nada, uma actividade para os cidadãos do Planeta Terra. Pretende transmitir o entusiasmo pela descoberta pessoal, o prazer de partilhar conhecimento sobre o Universo, o nosso lugar nele e a importância da cultura científica.

O Contributo de Galileu Galilei (1564–1642) Foi um físi-co, matemático, astrónomo e filó-sofo italiano que teve um papel

preponderante na chamada revo-lução científica. Galileu Galilei desenvolveu os pri-meiros estudos sistemáticos do movi-mento uniformemente acelerado e do movimento do pêndulo. Descobriu a lei dos corpos, enunciou o princípio da inér-cia e o conceito de referencial inercial, ideias precursoras da mecânica newto-niana. Galileu melhorou significativamen-te o telescópio refractor e, com ele, des-cobriu as manchas solares, as monta-nhas da Lua, as fases de Vénus, quatro dos satélites de Júpiter, os anéis de Saturno, as estrelas da Via Láctea. Estas descobertas contribuíram decisivamente para a defesa do heliocentrismo.

A Invenção do Telescó-pio Reza a histó-ria que Hans Lipper-shey, um fabricante de lentes holandês, construiu, em 1608, o primeiro instrumen-to para a observação de objectos à distân-cia: o telescópio. O conceito que desenvolveu era a utiliza-ção desse tubo com lentes para fins béli-cos e não para observações do céu. A notícia da construção de um tubo com lentes espalhou-se rapidamen-te e chegou até ao astrónomo italiano Galileu Galilei, que, em 1609, apresentou várias versões do aparelho – a luneta. O uso deste instrumento óptico, por Gali-leu, marcou o início de uma nova fase da observação astronómica, na qual o teles-cópio passou a ser o principal instrumen-to, relegando para segundo plano os res-tantes instrumentos astronómicos da antiguidade (astrolábios, quadrantes, sextantes, esferas armilares, etc.). Pouco tempo depois de Galileu, Johannes Kepler descrevia a óptica das lentes, incluindo um novo tipo de telescó-pio astronómico com duas lentes conve-xas (um princípio muitas vezes referido como telescópio de Kepler).

Prof. Nelson Santos,  artigo compilado a partir de: 

http://www.astronomia2009.org http://pt.wikipedia.org/wiki/Galileo_Galilei 

2009 – O Ano Internacional da Astronomia

ESCOLA SECUNDÁRIA DA LOURINHÃ

Galileu demonstra o uso do telescópio ao senado de Veneza

Telescópio de Galileu

Page 10: Olhar(ES) 26

10

PELA PRÁTICA

10

Com as professoras Teresa Delga-do e Isabel Damião (no âmbito da discipli-na de Geografia) como organizadoras e a professora Isabel Vaz (no âmbito da disci-plina de Português) como acompanhante, no passado dia 23 de Janeiro de 2009, os alunos das turmas do 11ºD e 11ºE partici-param numa visita de estudo com o propó-sito de visitar e conhecer o Porto de Lisboa (de manhã) e de participar em actividades organizadas pela Faculdade de Letras da Universidade Lisboa (de tarde).

Depois da visita ao Porto de Lis-boa e durante o almoço na Baixa, os alu-nos tiveram oportunidade de comparar as características morfológicas e funcionais das diferentes áreas da Baixa (em situação real) com o que já tinham aprendido em aula. Assim, concluíram que: - se trata de uma área mais dinâmica a nível comercial e de serviços; - coincide com o centro histórico da cidade; - reúne variados tipos de comércio e servi-ços, desde bens e serviços vulgares aos mais raros (como joalharia e alta costura, hotéis, escritórios,…); - corresponde ao cento financeiro da cida-de, onde se encontram bancos, a bolsa e sociedades de investimento; - apresenta intensa circulação de pessoas e de veículos; - regista-se uma grande concentração de edifícios em altura; - inclui variados estilos de arquitectura des-de as mais antigas às mais modernas.

Para além das referidas caracterís-ticas, constataram os seguintes problemas: - grande intensidade de circulação de peões e de veículos; - elevada poluição sonora e atmosféri-ca; - grande insegurança;

- dificuldades de abastecimento e escoa-mento de produtos devido ao congestiona-mento de trânsito; - elevada competitividade pelo uso do solo; - elevada perda de tempo para aqueles que vivendo nas periferias, trabalham no centro e necessitam de se deslocar todos os dias. De seguida, já na Faculdade de Letras, ao participarem na Sessão de Apresenta-ção, foi-lhes explicado: - O que é a Geografia: “A Geografia é o conhecimento da Terra como a casa da Humanidade.” (Johnston); “A Geografia é como nós vemos o Mundo, como vemos as pessoas nos diversos lugares.” (Gale). - O que estuda: as características físicas e humanas dos lugares; a relação das pes-soas com o Ambiente; e como se organi-zam os territórios. - Para que serve: para saber em que mun-do vivemos, para saber o onde, e a razão para a existência de tudo o que nos rodeia. - Onde trabalham os que seguem esta área: no ensino, na investigação científica, no planeamento e gestão do território e como cartógrafos. Já no fim desta sessão, uma das orado-ras colocou a seguinte questão ao auditó-rio: Se já está tudo descoberto e estuda-do, será que ainda faz falta a Geografia? A sua resposta foi: É necessária porque o Mundo está sempre a mudar. Em seguida, os alunos em visita tive-ram a oportunidade de assistir a uma nova palestra, sob o título de “A Descoberta do Território”, na qual foi possível aprender algo sobre duas novas situações: como se realizam os trabalhos de investigação e que tipo de instrumentos são usados (em alguns casos, os G.P.S.).

Marcelo Silva, Miguel Silva, Pedro Levita, Ruben Gomes e Rute Marques, 11ºE

Porto de Lisboa No passado dia 23 de Janei-ro, efectuámos uma visita de estudo que se iniciou no Porto de Lisboa. Assim, chegámos às suas instalações por volta das 10 horas, onde fomos recebidos por um responsável que come-çou por nos mostrar os murais de Almada Negreiros, ícone da pintura portuguesa contemporâ-nea, nos quais representou cenas ribeirinhas do rio Tejo e da emigração portuguesa. De seguida, fomos conduzi-dos para um auditório, onde assistimos a uma palestra sobre o Porto, na qual ficámos a conhecer alguns aspectos novos relativamente a este local e que nos ajudaram a perceber a importância do mesmo para Portugal. Ficámos a saber que é o mais antigo porto nacional e um dos mais antigos em todo o mundo, que apresenta condi-ções naturais excepcionais bem como uma posição geográfica privilegiada. O Porto de Lisboa apresenta uma posição competitiva privile-giada no sistema portuário nacional dado possuir valências em todas as áreas portuárias: carga, cruzeiros e náutica de recreio. A nível da carga, o Porto de Lisboa apresenta infra- -estruturas capazes de corres-ponder a todas as necessida-des de movimentação de carga, desde contentores a granéis sólidos e líquidos. Aliás, situam- -se em Lisboa os maiores termi-nais do país no que se refere à movimentação de carga conten-torizada e de granéis alimenta-res. Em 2001, devido ao atenta-do de 11 de Setembro, a segu-rança foi reforçada e foram ins-talados elementos de seguran-ça raio-X para contentores e passageiros. No que diz respeito à activi-dade dos cruzeiros, na margem norte do rio Tejo, estão instala-dos três terminais que, integra-dos na malha urbana da cidade de Lisboa e com ligações a outras áreas do país, tais como Sintra, Cascais e mesmo Fáti-ma, oferecem condições únicas no que se refere à actividade turística. Por outro lado, as qua-tro docas de recreio existentes em Lisboa constituem uma boa oferta em termos de náutica de recreio, quer pelos serviços prestados, quer pelo seu posi-cionamento face à cidade e face aos tráfegos que passam ao largo da costa portuguesa.

André Matias, Luís Costa, Nuno Silva, Suse Monteiro e Tatiana

Belchior , 11ºD

O que é a Geografia?

Visita de Estudo (Penha Garcia, Monsa

Nos pas-sados dias 06 e 07 de M a r ç o (sexta-feira e sábado), os alunos das turmas A, B e C do 11º ano (turmas de Ciências e

Tecnologias) participaram numa visita de estudo a Idanha-a-Nova. Esta actividade inseriu-se nos conteúdos da disciplina de Biologia e Geologia. Por terras do Geo-parque Naturtejo, os alunos puderam des-cobrir como “a rocha ganha vida”… No primeiro dia de actividade, o grupo visitou Penha Garcia e Monsanto, sítios de enorme interesse, principalmente geo-lógico. A vila típica de Penha Garcia, que

celebra 750 anos de existência, coexiste com os icnofósseis de trilobites, que datam de há 480 milhões de anos. Aqui, encontrámos vivas as histórias milenares das suas gentes, em pleno casamento com o rio, as suas azenhas medievais e a sua cultura tradicional. Seguindo a “rota dos fósseis” de Penha Garcia, encontram-se numerosas pistas de Trilobites, Cruziana. Estes artró-podes marinhos surgiram há cerca de 542 milhões de anos e extinguiram-se há aproximadamente 250 milhões de anos. Viviam sobre o fundo marinho, escavando os sedimentos à procura de matéria orgâ-nica. Um dos mais importantes geossítios do Geoparque Naturtejo é Monsanto. Conhecido por ser a aldeia mais portu-guesa de Portugal, convidou a mergulhar

Page 11: Olhar(ES) 26

É QUE VAMOS...

Uma “saída de campo” importante e necessária…

Todos nós, ao irmos para o ensino secundário, sentimos dúvidas sobre o nosso futuro. Que curso escolher? Para onde ir? Neste âmbito, os profes-sores Pedro Rodrigues e Jorge Silva, de Geografia C e Econo-mia C respectivamente, tentaram responder a algumas dessas dúvidas, realizando uma visita de estudo, no passado dia 26 de Novembro, ao I .S.C.T.E. (Instituto Superior de Ciências do Trabalho e da Empresa) e ao I.S.E.G. (Instituo Superior de Economia e Gestão). Tivemos ainda a oportunidade de partici-par numa conferência subordina-da ao tema “A Globalização”, no I.S.E.G. Podemos afirmar convicta-mente que nos foi muito proveito-sa esta visita de estudo pelo con-tacto com alunos e professores destas instituições. Tivemos ain-da a oportunidade de visitar as instalações e observar o dia-a- -dia destes estabelecimentos de ensino, considerados os mais prestigiados do país na nossa área. Foi-nos facultada informa-ção relativa aos cursos que nos oferecem, as possíveis saídas profissionais e ainda relativas ao funcionamento de cada um. A Conferência proporcionou- -nos, por outro lado, uma noção mais aprofundada sobre a reali-dade da migração no mundo, no nosso país e até na vida universi-tária, através do programa “Erasmus”. Foi-nos dado a con-cluir que a globalização está cada vez mais presente na nossa vida, à medida que o contexto geográfico onde nos inserimos se vai alargando em dimensões sociais, tecnológicas e económi-cas. O envolvimento e interesse dos alunos nesta actividade, complementado pela boa dispo-sição e a ajuda dos professores coordenadores, transformou esta visita de estudo num momento de aprendizagens muito agradá-vel. Em nome da turma, o nosso muito obrigado aos professores.

Ana Sofia Martins e Fábio

Luís, 12ºC

No pas-sado dia 5 de Março, os alunos das tur-mas do 10º D e 11º G, acomp a-n h a d o s

pelos professores António Sérgio F. Fran-cisco, Maria João Sousa, Delfim Campos e pela funcionara de apoio Cidália Damião, realizaram uma visita de estudo ao Instituto Nacional de Estatística, em Lisboa, ao Are-na Shopping e Empresa Chagas S.A., em Torres Vedras. Esta visita encontrava-se incluída no Plano Anual de Actividades da escola e teve como objectivos: o contacto e trata-mento da informação estatística a vários níveis, a sensibilização para a realidade empresarial a nível da Produção, do Mar-keting, do Comércio e da Análise Financei-ra e Económica. Instituto Nacional de Estatística No I.N.E. (Instituto Nacional de Estatísti-ca) fomos recebidos pelo Dr. Alberto de Oliveira Pina que nos encaminhou para o Salão Nobre onde proferiu uma ligeira alo-cução relativa à história do Instituto e sua função actual, nomeadamente, a apresen-tação institucional do S.E.N. (Sistema Esta-tístico Nacional) e o I.N.E. Também nos foi apresentada informação com o respectivo tratamento a nível do concelho da Louri-nhã. Destacou-se, neste ponto, a análise de alguns indicadores estatísticos e de sites específicos com a participação dos alunos. Foi apresentado o Portal de Estatísticas Oficiais do I.N.E. e do site do A.L.E.A. (Acção Local de Estatística Aplicada). No fim desta visita, foram oferecidas pastas aos professores com informação estatística que será encaminhada para o

Centro de Recursos da nossa escola. Arena Shopping Neste espaço, os participantes tiveram a oportunidade de realizar uma visita infor-mal e de almoçar. Empresa Chagas S.A A recepção foi feita pelo Sr. Vítor Elisiá-rio, do Centro de Recursos Humanos-Formação, que nos guiou, durante as duas horas da visita, pelas diferentes áreas de Produção e Departamentos. Faziam parte da visita o cumprimento das seguintes condições: dar a máxima atenção à visita inicial das instalações, não haver dispersão do grupo, não mexer em material exposto e tirar fotos, desde que estas servissem somente para o trabalho escolar. Foram, na generalidade, cumpridas as condições ”impostas” pela Empresa por todos os alunos. No fim desta visita, fomos recebidos em sala pelo Director Financeiro, Dr. Luís Bolas, que acedeu a dar explicações sobre a área de formação dos alunos e respon-deu às múltiplas questões por eles efectua-das, tendo elogiado o interesse e o empe-nho dos mesmos. Após as fotos da praxe e o preenchi-mento dos inquéritos, regressámos à Esco-la Secundária da Lourinhã à hora prevista: 17:30 horas.

Considerações gerais: O com-portamento dos alunos foi exemplar. Fomos bem recebidos e foram tecidas con-siderações elogiosas, por parte das institui-ções visitadas, relativamente aos alunos da Escola Secundária da Lourinhã. O “balanço” final foi positivo. Quero realçar, nesta visita, a normali-dade com que esta decorreu para a aluna Vera Melrinho.

Prof. António Sérgio Francisco

a Idanha-a-Nova anto e Idanha-a-Velha)

de granito. Caracterizado pelo seu insel-berg, no alto do castelo, pudemos avistar toda a geomorfologia de um vasto território. Relevo residual só possível pelas altera-ções que, no fluir dos tempos geológicos, se foram desenrolando, Monsanto é teste-munho que evidencia a efemeridade das coisas e marca evidente da renovação e transformação contínua da face da Terra. Pelo modo brusco como se insere na superfície donde surge, chamam os cientis-tas a Monsanto inselberg ou monte-ilha. Após um longo dia de caminhada e de aquisição de conhecimentos, professores e alunos ficaram alojados na Pousada de Juventude de Idanha-a-Nova. No segundo dia da actividade, o grupo visitou Idanha-a-Velha, pequena aldeia de casario granítico e ambiente pitoresco.

Pelo notável conjunto de ruínas que conserva, ocu-pa um lugar de realce no contexto das e s t a ç õ e s arqueológicas d o p a í s . Ergue-se num espaço onde outrora existiu uma cidade de fundação romana. Aninha-da num meandro do Rio Pônsul, está no local onde foi a Civitas Igaeditanorum, cidade do Império Romano, servida por uma das principais vias da Lusitânia. Como balanço final da visita, fica o com-portamento interessado dos alunos, o ganho de conhecimentos científicos e cul-turais e, não menos importante, a beleza e imensidão da paisagem.

Prof.a Madalena Malho e Prof. Ricardo Monteiro

O que é a Estatística?

ESCOLA SECUNDÁRIA DA LOURINHÃ

Page 12: Olhar(ES) 26

ESCOLA SECUNDÁRIA DA LOURINHÃ

Câmara Municipal da

Lourinhã

O Banco da Nossa Terra ao serviço da Cultura do Concelho

FARMÁCIA LEAL

Religião e Cultura

Os alunos de E.M.R.C. iniciaram, nos dias 29 e 30 de Dezembro, o projecto Religião e Cultura, que consiste na visita a todas as capitais distritais de Portugal. Nesta primeira actividade, foram visitadas as capitais distritais do centro interior do país (Castelo Branco, Guarda e Viseu). Foi uma viagem cheia de sorrisos e emoções… Em Abril, vamos ao norte do país, para conhecer Bragança, Vila Real, Viana do Castelo, Braga e Porto. Se a anterior foi boa, esta ainda promete mais…

E.M.R.C.

Nos dias 16 e 17 de Janeiro, realizou-se mais uma edição da EMRC na Serra, que consistiu numa viagem à Serra da Estrela dos alunos de EMRC do 10.º ano. Tal como nas edições anteriores, não faltou a ale-gria e o divertimento, bem como a cooperação e ami-zade entre todos os participantes, incluindo os alunos da Madeira Torres e das escolas do Cadaval. Para o ano há mais…

E.M.R.C. na Serra