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Ano II | Nº. 68 | Quartafeira, 27 de julho de 2016 Olá. Segue mais uma edição do nosso “CEJUR Notícias” jurisprudencial, noticiando os julgados mais relevantes da última quinzena. Uma boa leitura para todos e todas! SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL DESTAQUES Presidente do STF determina que RJ mantenha calendário de pagamento dos servidores O presidente do STF, ministro Ricardo Lewandowski, concedeu liminar para manter decisão da Justiça do Rio de Janeiro que determina ao Estado o cumprimento do calendário regular de pagamentos do funcionalismo público e dos inativos e pensionistas. O ministro entendeu que houve, à primeira vista, desrespeito à decisão por ele proferida na Suspensão de Liminar 968. A reclamação foi ajuizada pela Federação das Associações e Sindicatos dos Servidores Públicos do Estado do Rio contra decisão do presidente do TJRJ, que suspendeu decisão da Justiça fluminense no sentido de que o pagamento aos servidores deveria ser feito na data normal do calendário. Lewandowski explicou que naquela decisão manteve a determinação da Justiça estadual de cumprimento do calendário regular de pagamento, e ordenou que o estado quitasse, de uma única vez, as parcelas faltantes do décimo terceiro. “Dessa forma, ao suspender essa determinação, pareceme ter havido [pelo ato ao presidente do TJRJ] uma sobreposição e aparente desrespeito daquele decisum, que proferi”, destacou. Para ler a íntegra da notícia, clique aqui . Decisão do STF preserva recursos do RJ para segurança nas Olimpíadas Liminar concedida pelo presidente do STF, ministro Ricardo Lewandowski, impede que a União execute garantias e recolha de volta parte dos R$ 2,9 bilhões transferidos ao Estado do Rio de Janeiro este ano com o fim de garantir a segurança pública durante os Jogos Olímpicos. Segundo a decisão proferida na Ação Cível Originária 2898, a jurisprudência da Corte entende que as medidas impostas pela União aos estadosmembros não podem inviabilizar a prestação de serviços públicos essenciais. A liminar se baseia no entendimento de que é possível restringir judicialmente a execução das cláusulas de garantia dos contratos firmados pelo Estado do Rio de Janeiro que atinjam os recursos transferidos pela União para o uso na segurança pública. Com isso, fica suspensa a transferência dos recursos de volta para o governo federal e também determinada a devolução de recursos eventualmente atingidos, a fim de garantir a continuidade da execução das políticas públicas de segurança necessárias para a realização das Olimpíadas de 2016. Para ler a íntegra da notícia, clique aqui . Presidente do STF determina restabelecimento imediato dos serviços do WhatsApp O ministro Ricardo Lewandowski, suspendeu decisão do juízo da Vara Criminal da Comarca de Duque de Caxias (RJ) para restabelecer imediatamente o serviço de mensagens do aplicativo WhatsApp. Segundo o ministro, a suspensão do serviço aparentemente viola o preceito fundamental da liberdade de expressão e comunicação (artigo 5º, inciso IX, da Constituição Federal) e a legislação de regência sobre a matéria. Ao deferir a liminar, o presidente do STF observou que a Lei 12.965/2014 (Marco Civil da Internet) dispõe que a disciplina do uso da internet no Brasil tem como um dos princípios a “garantia da liberdade de expressão, comunicação e manifestação de

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Ano II | Nº. 68 | Quarta­feira, 27 de julho de 2016

Olá. Segue mais uma edição do nosso “CEJUR Notícias” jurisprudencial, noticiando os julgados

mais relevantes da última quinzena. Uma boa leitura para todos e todas!

SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL

DESTAQUES

Presidente do STF determina que RJ mantenha calendário de pagamento dos

servidores

O presidente do STF, ministro Ricardo Lewandowski, concedeu liminar para manterdecisão da Justiça do Rio de Janeiro que determina ao Estado o cumprimento docalendário regular de pagamentos do funcionalismo público e dos inativos epensionistas. O ministro entendeu que houve, à primeira vista, desrespeito àdecisão por ele proferida na Suspensão de Liminar 968. A reclamação foi ajuizadapela Federação das Associações e Sindicatos dos Servidores Públicos do Estado doRio contra decisão do presidente do TJ­RJ, que suspendeu decisão da Justiçafluminense no sentido de que o pagamento aos servidores deveria ser feito nadata normal do calendário. Lewandowski explicou que naquela decisão manteve adeterminação da Justiça estadual de cumprimento do calendário regular depagamento, e ordenou que o estado quitasse, de uma única vez, as parcelasfaltantes do décimo terceiro. “Dessa forma, ao suspender essa determinação,parece­me ter havido [pelo ato ao presidente do TJ­RJ] uma sobreposição eaparente desrespeito daquele decisum, que proferi”, destacou. Para ler a íntegrada notícia, clique aqui.

Decisão do STF preserva recursos do RJ para segurança nas Olimpíadas

Liminar concedida pelo presidente doSTF, ministro Ricardo Lewandowski,impede que a União execute garantiase recolha de volta parte dos R$ 2,9bilhões transferidos ao Estado do Riode Janeiro este ano com o fim degarantir a segurança pública duranteos Jogos Olímpicos. Segundo adecisão proferida na Ação Cível

Originária 2898, a jurisprudência da Corte entende que as medidas impostas pelaUnião aos estados­membros não podem inviabilizar a prestação de serviçospúblicos essenciais. A liminar se baseia no entendimento de que é possívelrestringir judicialmente a execução das cláusulas de garantia dos contratosfirmados pelo Estado do Rio de Janeiro que atinjam os recursos transferidos pelaUnião para o uso na segurança pública. Com isso, fica suspensa a transferênciados recursos de volta para o governo federal e também determinada a devoluçãode recursos eventualmente atingidos, a fim de garantir a continuidade daexecução das políticas públicas de segurança necessárias para a realização dasOlimpíadas de 2016. Para ler a íntegra da notícia, clique aqui.

Presidente do STF determina restabelecimento imediato dos serviços do WhatsApp

O ministro Ricardo Lewandowski,suspendeu decisão do juízo da 2ªVara Criminal da Comarca de Duquede Caxias (RJ) para restabelecerimediatamente o serviço demensagens do aplicativo WhatsApp.Segundo o ministro, a suspensão doserviço aparentemente viola opreceito fundamental da liberdade deexpressão e comunicação (artigo 5º,inciso IX, da Constituição Federal) e a legislação de regência sobre a matéria. Aodeferir a liminar, o presidente do STF observou que a Lei 12.965/2014 (Marco Civilda Internet) dispõe que a disciplina do uso da internet no Brasil tem como um dosprincípios a “garantia da liberdade de expressão, comunicação e manifestação de

pensamento, nos termos da Constituição Federal”. Além disso, há expressapreocupação com a “preservação da estabilidade, segurança e funcionalidade darede”. Segundo Lewandowski, é preciso destacar a importância desse tipo decomunicação por mensagens instantâneas até mesmo para intimação dedespachos ou decisões judiciais, como já vem sendo feito em alguns casos. Assim,em análise preliminar, concluiu que o poder geral de cautela do magistradoassegura a suspensão de ato aparentemente pouco razoável e proporcional, alémde gerar insegurança jurídica, deixando milhões de brasileiros sem esse meiocomunicação. Para ler a íntegra da notícia, clique aqui.

Mantida decisão do TRF­1 que garante fornecimento de fraldas a pessoas com

deficiência

O ministro Ricardo Lewandowski manteve decisão do TRF da 1ª região, queassegura a pessoas com deficiência o fornecimento de fraldas pelo programaFarmácia Popular, da mesma forma como já é garantido aos idosos. O caso teveorigem em ação civil pública ajuizada pelo Ministério Público Federal contra aUnião, o Estado de Minas Gerais e o Município de Uberlândia (MG). Ao indeferir opedido de Suspensão de Tutela Antecipada, ajuizado pela União, o ministrodestacou que a decisão questionada assegura a dignidade da pessoa humana,preserva a proteção das pessoas com deficiência e a efetividade do direito àsaúde. Citou o inciso II do artigo 23 da Constituição Federal, que prevê aassistência e proteção das pessoas com deficiência pelo Poder Público, o Decreto6.949/2009, que promulgou a Convenção Internacional sobre os Direitos dasPessoas com Deficiência, assinada em Nova York em 2007, e mencionandotambém a jurisprudência do STF que garante o controle judicial de atos eomissões do Estado. A Suprema Corte tem entendido, de forma sistemática,que, excepcionalmente, é possível o controle jurisdicional de legitimidade daomissão do Poder Público, em observância de parâmetros constitucionais quegarantem a proteção ao mínimo existencial do cidadão”, afirma. Para ler a íntegrada notícia, clique aqui.

Decisão do STF autoriza que Alagoas volte a receber verbas da União

O presidente do STF, ministro Ricardo Lewandowski, concedeu antecipação detutela na Ação Cível Originária 2894 para determinar à União que retire a inscriçãodo Estado de Alagoas dos cadastros federais de inadimplentes (Siafi, Cauc, Cadin,entre outros). O Estado de Alagoas ajuizou a ação no STF sob o argumento de queestá impedido de celebrar convênios, contrair empréstimos e recebertransferências voluntárias de recursos federais em razão de restrição acusada nossistemas de administração financeira do governo federal. Tal restrição, alega oEstado, diz respeito ao suposto descumprimento da imposição constitucional deaplicação do percentual mínimo de 25% da receita corrente líquida, no exercíciofinanceiro de 2015, na manutenção e desenvolvimento do ensino. ParaLewandowski, os serviços públicos essenciais à população não podem serinviabilizados pela ausência de repasse de verbas públicas ao estado­membro.Para ler a íntegra da notícia, clique aqui.

Mantida decisão do CNJ que determinou afastamento de juiz do MA

O ministro Roberto Barroso, do STF, indeferiu liminar por meio da qual o juizMarcelo Testa Baldochi buscava suspender decisão do Conselho Nacional deJustiça, que determinou a abertura do processo administrativo disciplinar contraele e determinou seu afastamento do exercício das funções junto à 4ª Vara Cívelda Comarca de Imperatriz (MA). No Supremo, o juiz questiona a validade do PADaberto contra ele, sob o argumento de que o CNJ teria cometido ilegalidade aoavocar sindicância instaurada no TJ­MA, na qual se apurava acusação de que eleteria cometido abuso de poder em benefício próprio. Em sua decisão, o ministroBarroso entendeu não existir, pelo menos em análise inicial, qualquerplausibilidade jurídica nas alegações apresentadas no MS e considerou que o CNJpoderia avocar o procedimento, conforme precedente do STF. Para ler a íntegra danotícia, clique aqui.

Rejeitado recurso de delegado da PF demitido por omissão de socorro a preso

A ministra Rosa Weber, do STF, negouseguimento a Recurso Ordinário emMandado de Segurança, interposto porR.P.M., delegado da Polícia Federal noParaná demitido do cargo pelo ministroda Justiça, em decorrência de omissão desocorro a preso sob sua guarda. Odelegado foi investigado em processoadministrativo disciplinar sob a acusaçãode que teria desferido golpes na cabeçade um preso a quem tinha acabado de

interrogar nas dependências da PF em Paranaguá (PR), em 2001, com o objetivode forçar o detido a confessar participação em um crime sob investigação. Emrazão da violência e por falta de assistência médica adequada, poucos dias após atortura a vítima faleceu. Em sua decisão, a ministra citou precedente da Corte nosentido de que o ministro de Estado, como autoridade maior do órgão, tem aprerrogativa de discordar das manifestações de seu corpo técnico, e pode proferira decisão que reflita sua convicção pessoal. De acordo com a relatora, oselementos de convicção estão bastante claros no contexto dos autos. Para ler aíntegra da notícia, clique aqui.

Suspensa decisão sobre distância entre postos de combustíveis em Dourados (MS)

O ministro Marco Aurélio, do STF, deferiu liminar para suspender decisão do TJ­MS, que julgou válido dispositivo de lei do Município de Dourados (MS) referente aregras sobre disposição de postos de combustíveis na cidade. O autor daReclamação 24383 foi um empresário do município que teve negado pedido deconcessão de licença para instalação de posto de combustível em determinadaárea da cidade, em razão da proximidade com outro estabelecimento do mesmoramo. O ministro entendeu plausível a alegação apresentada na Reclamação, queaponta desrespeito à Súmula Vinculante 49, a qual prevê que ofende o princípio dalivre concorrência lei municipal que impede a instalação de estabelecimentoscomerciais do mesmo ramo em determinada área. Para ler a íntegra da notícia,clique aqui.

Autorizada oitiva de testemunhas sobre desaparecimento de Mário Alves durante a

ditadura

O ministro Teori Zavascki, do STF,deferiu pedido da Procuradoria Geral daRepública e determinou que o juízo da 2ªVara Federal Criminal da Seção Judiciáriado Rio de Janeiro realize as inquiriçõesde testemunhas em processo relativo aodesaparecimento do político e jornalistaMário Alves em 1970. O ministro acolheua argumentação da PGR na Ação Cautelar(AC) 4058 no sentido de que as testemunhas sejam ouvidas antecipadamente,diante da urgência e relevância do caso. Na ação cautelar, o Ministério Públicosustenta que as testemunhas dos crimes que tiveram início no período da ditaduraestão em idade avançada. “Além da morte, há também forte probabilidade de quevenham a sofrer doenças que, com o passar do tempo, comprometam mais emais a sua memória e seu discernimento”, alega, citando o falecimento de duasimportantes testemunhas (Etienne Romeu e Jacob Gorender). Para deferir opedido, o ministro Teori observou que as razões da acusação para requerer aoitiva antecipada das testemunhas são relevantes, “levando à conclusão da efetivanecessidade de se excepcionar a ordem natural da instrução probatória e permitira produção de provas, mesmo em momento anterior ao recebimento dadenúncia”. Para ler a íntegra da notícia, clique aqui.

Mantida decisão que afastou prazo de inelegibilidade a caso anterior à Lei da Ficha

Limpa

O ministro Luís Roberto Barroso, do STF, indeferiu liminar por meio da qual oprocurador­geral da República buscava suspender os efeitos de decisão da JustiçaEleitoral que deferiu pedido de quitação eleitoral em favor do político sul­mato­grossense Nelson Cintra Ribeiro. Na decisão, tomada na Reclamação 24224, oministro afirmou que ainda está em análise no STF a tese da possibilidade deaplicação do prazo de oito anos de inelegibilidade, por abuso de poder, àssituações anteriores à Lei Complementar 135/2010 (Lei da Ficha Limpa), como é ocaso dos autos. Ele lembrou que alguns ministros se manifestaram em sentidocontrário à possibilidade de aplicação retroativa do prazo, e que o Plenário revisitao mérito da questão no julgamento do Recurso Extraordinário (RE) 929670, queteve repercussão geral reconhecida. O julgamento do recurso encontra­sesuspenso por pedido de vista do ministro Luiz Fux, e já foram proferidos dois

votos no sentido da irretroatividade. Para ler a íntegra da notícia, clique aqui.

Lei que transforma regime de trabalho de agentes de combate a endemias é

questionada no STF

O procurador­geral da República, Rodrigo Janot, ajuizou no STF a Ação Direta deInconstitucionalidade 5554, com pedido de liminar, contra dispositivos da Lei13.026/2014, na parte em que cria o Quadro em Extinção de Combate àsEndemias e autoriza a transformação dos empregos, criados pela Lei 11.350/2006,no cargo de agente de combate às endemias. Na avaliação de Janot, osdispositivos violam os artigos 7º, inciso I, 37, caput e inciso II, e 198, parágrafos4º e 5º, da Constituição Federal (CF), e o artigo 2º, parágrafo único, da EmendaConstitucional (EC) 51/2006. O procurador­geral alega que a Lei 13.026/2014excedeu o comando da emenda, ao transformar os empregos criados pela normaanterior em cargos de agente de combate a endemias, a serem regidos porregime estatutário, caracterizando provimento derivado de cargos públicos. Janotressalta ainda que a Súmula Vinculante 43 prevê que é inconstitucional todamodalidade de provimento que propicie ao servidor investir­se, sem préviaaprovação em concurso público destinado ao seu provimento, em cargo que nãointegra a carreira na qual anteriormente investido. Para ler a íntegra da notícia,clique aqui.

Quebra de sigilo por CPI não pode ter fundamentos genéricos

O presidente do STF, ministro Ricardo Lewandowski, concedeu liminar no Mandadode Segurança 34299 para suspender a quebra de sigilos fiscal e bancário daAssociação Brasileira de Antropologia, determinada pela CPI da Câmara dosDeputados sobre a Fundação Nacional do Índio e do Instituto Nacional deColonização e Reforma Agrária. A CPI investiga a demarcação de terras indígenase de remanescentes de quilombolas. Segundo ele, em uma análise preliminar, épossível concluir que as justificações apresentadas para a quebra dos sigilosparecem genéricas e insuficientes. Entendeu assim ser o caso de concessão daliminar a fim de evitar dano iminente e irreparável aos impetrantes, ante airreversibilidade do ato proferido pela CPI. A decisão se aplicará até que o relatororiginal do caso no STF, ministro Luiz Fux, possa analisar o caso. Para ler aíntegra da notícia, clique aqui.

SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

DESTAQUES

Mantida sentença que obriga prefeitura do Rio a adaptar ônibus para deficientes

Ministros do STJ rejeitaram, porunanimidade, recursos do município doRio de Janeiro e de empresaconcessionária do serviço de transportecoletivo contra decisão do TJRJ, quehavia obrigado ambos a adaptar osônibus municipais para pessoas comdeficiência física. Além disso, as decisõesde primeiro e segundo graus impediam aentrada de novos ônibus na frota domunicípio sem a adaptação necessária. A ação civil pública foi movida peloInstituto Brasileiro de Defesa dos Direitos da Pessoa com Deficiência. Os ministrosda Segunda Turma confirmaram as decisões de primeira e segunda instâncias, quejulgaram procedentes os pedidos do IBDD. Para ler a íntegra da notícia, cliqueaqui.

Aprovado obtém direito à posse em cargo ocupado por candidato com nota inferior

A Segunda Turma do STJ manteve decisão que determinou a nomeação e posse decandidato em cargo de técnico do Ministério Público da União, que tinha sidoprovido por outro candidato com nota inferior no concurso. Segundo o ministrorelator, Herman Benjamin, o STJ pacificou entendimento no sentido de que “aexpectativa de direito daquele candidato inserido em cadastro de reserva somentese convola em direito subjetivo à nomeação caso demonstrado de forma cabal quea Administração, durante o período de validade do certame, proveu cargo vago,para o qual há candidatos aprovados em concurso público vigente, com candidatosaprovados com notas inferiores no certame”. Para ler a íntegra da notícia, cliqueaqui.

Coerdeiro pode ajuizar ação para defender patrimônio deixado pelo falecido

Enquanto não realizada a partilha, o coerdeiro tem legitimidade ativa para ajuizaração em defesa do patrimônio comum deixado pelo falecido. Esse entendimentofoi adotado pela Terceira Turma do STJ, em julgamento de recurso especial. Como falecimento de um dos sócios de uma sociedade de advogados, que foiparcialmente extinta, duas de suas herdeiras reivindicaram em juízo a apuraçãode haveres societários, além de indenização por perdas e danos. Os demaissucessores haviam dado quitação à sociedade diante de quantia depositada nosautos do inventário. De acordo com o relator, ministro Villas Bôas Cueva,“tratando­se de ação ajuizada anteriormente à partilha, ambas as autoras, nacondição de herdeiras, detinham legitimidade para figurar no polo ativo dademanda”. Para ler a íntegra da notícia, clique aqui.

Sexta Turma cassa decisão que revogou concessão de indulto

A Sexta Turma do STJ cassou decisão de juízo de primeiro grau que revogouindulto (forma de extinção do cumprimento da pena), já transitado em julgado,após constatação de equívoco na aferição dos requisitos necessários à concessãodo benefício. Ao levar em consideração apenas a primeira sentença proferida, ojuízo de primeiro grau acolheu pedido de decretação da extinção da punibilidaderequerido pelo Ministério Público e concedeu o indulto. A decisão transitou emjulgado. Seis meses após o deferimento do indulto, entretanto, o mesmo juízo deprimeira instância, ao constatar equívoco na referida concessão, prolatou decisãorevogando o benefício. No STJ, essa revogação foi cassada. De acordo com orelator, ministro Nefi Cordeiro, diferentemente do processo civil, “no processopenal não podem sequer ser corrigidos de ofício os erros materiais, pelo prejuízoevidenciado ao condenado”. Para ler a íntegra da notícia, clique aqui.

Locatário é indenizado porque imóvel foi vendido a terceiro no prazo de preferência

A Terceira Turma do STJ manteve acondenação do proprietário de um imóvel,localizado em São Paulo, ao pagamentode indenização de 75 salários mínimos àempresa locatária, que pretendia adquiriro bem, mas fora impedida porque, dentrodo prazo de preferência, a Rádio eTelevisão Record conseguiu realizar acompra. De acordo com o ministro JoãoOtávio de Noronha, relator, o artigo 27 daLei 8.245/91 estabelece os requisitos para que o direito de preferência sejaexercido pelo inquilino que tenha interesse em adquirir o imóvel locado emigualdade de condições com terceiros. “Em caso de inobservância de talregramento pelo locador, poderá o locatário fazer jus a indenização casocomprove que tinha condições de comprar o bem nas mesmas condições que oadquirente”, explicou. Para ler a íntegra da notícia, clique aqui.

Guarda compartilhada de menor é negada em caso de desentendimento dos pais

Acompanhando o voto do relator, ministro João Otávio de Noronha, a TerceiraTurma do STJ , por unanimidade, negou pedido de um pai que buscava ocompartilhamento da guarda da filha de quatro anos de idade. O recurso especialfoi rejeitado por total falta de consenso entre os genitores. O julgado estabeleceuque os dois não demonstram possibilidade de diálogo, cooperação eresponsabilidade conjunta. Além disso, observou que o casal não conseguiuseparar as questões relativas ao relacionamento do exercício da responsabilidadeparental. Para ler a íntegra da notícia, clique aqui.

Em perda parcial, segurado tem direito ao valor correspondente ao prejuízo real

A Quarta Turma do STJ decidiu que, em caso de perda parcial no imóvel e emmercadorias, o segurado faz jus à indenização no valor correspondente aos

prejuízos efetivamente sofridos, tendo como teto a apólice firmada. O relator dorecurso, ministro Luis Felipe Salomão, destacou que já se pacificou no STJ,inclusive pela Segunda Seção, entendimento de que, em havendo perda total, ovalor devido deverá ser aquele consignado na apólice (e não dos prejuízosefetivamente sofridos). O ministro ressaltou também que, no caso, o tribunalestadual concluiu que houve perda apenas parcial do imóvel.“Dessarte, emhavendo apenas a perda parcial, a indenização deverá corresponder aos prejuízosefetivamente suportados”, assinalou Salomão. Para ler a íntegra da notícia, cliqueaqui.

Afastada responsabilidade de plano de saúde por assassinato em hospital

Em decisão unânime, a Segunda Seção do STJ afastou a responsabilidade da Caixade Assistência dos Funcionários do Banco do Brasil (Cassi) por assassinato queenvolveu dois pacientes internados em casa de saúde de Aracaju. Os ministros docolegiado entenderam que os contratos realizados pelos planos de saúde deautogestão, que não têm finalidades lucrativas, não estão sujeitos às regras doCódigo de Defesa do Consumidor (CDC). Dessa forma, não há relação de consumoque permita a responsabilização da caixa de assistência pela ausência de proteçãofísica dos pacientes internados no hospital conveniado. Na ação de indenização, osfamiliares do falecido narraram que, em 2008, o paciente estava internado emuma casa de saúde para tratamento médico psiquiátrico. Em dezembro do mesmoano, ele morreu após ser estrangulado por outro paciente dentro das dependênciasdo hospital. Os parentes do paciente morto alegaram negligência da casa desaúde, pois o centro admitiu pessoa agressiva sem adotar as medidas cautelaresnecessárias. Eles também defenderam a responsabilidade do plano de saúde dofalecido, a Cassi, em virtude das falhas de verificação e controle de hospitalcredenciado. Entretanto, o ministro relator, Luis Felipe Salomão, negou o recursodos familiares do paciente, mantendo a exclusão da Cassi do processo deindenização. Para ler a íntegra da notícia, clique aqui.

Decisão da Sexta Turma do STJ rejeita trancamento de ação penal por importação

de sementes de maconha

Um homem denunciado pelo crime de tráfico de drogas por ter encomendado 16sementes de maconha pelos Correios não conseguiu trancar ação penal no STJ. Ocaso aconteceu em São Paulo. Auditores da Receita Federal, em vistoria realizadana sede dos Correios, identificaram 16 sementes de Cannabis Sativa, plantautilizada na produção de maconha, em correspondência proveniente da Holanda.Ao ser inquirido, o homem, destinatário da correspondência, confirmou terrealizado a compra das sementes pela internet e disse que pretendia cultivá­laspara obtenção de plantas que originam a maconha, mas apenas para uso pessoal.No STJ, o relator, ministro Nefi Cordeiro, disse não encontrar razões paramodificar a decisão do TRF3, que, segundo ele, foi proferida nos termos daorientação jurisprudencial do STJ. Para ler a íntegra da notícia, clique aqui.

Denunciado por crime de injúria racial não consegue trancar ação no STJ

Um homem denunciado pela prática do crime de injúria racial por ter proferidopalavras pejorativas contra colega de trabalho não conseguiu trancar ação penalno STJ. A decisão foi da Sexta Turma. O caso aconteceu em 2013, no Pará. Deacordo com a denúncia, a vítima encontrava­se em sua sala de trabalho, quando odenunciado, apontando o dedo em sua direção, disse: “preto safado, não dá paraconfiar”. O ministro destacou a conclusão do Tribunal de Justiça do Pará (TJPA),que reconheceu a existência de “lastro probatório mínimo para persecuçãocriminal, pois a denúncia narrou a utilização de palavras relacionadas à raça/corpara ferir a honra subjetiva de alguém e o fato foi assim declarado em sedepolicial pela vítima e por testemunha que, embora não tenha ouvido toda frasedirigida à vítima, afirmou ter escutado o denunciado proferir a palavra preto”.Para ler a íntegra da notícia, clique aqui.

Decisão possibilita juntada de documentos para correto cumprimento de sentença

A Terceira Turma do STJ concluiu, antes do recesso, julgamento que discutia apossibilidade de juntada de documentos ao processo, mesmo após a sentença tertransitado em julgado. Por unanimidade, os ministros rejeitaram o recurso daempresa executora da dívida e aceitaram o recurso do Banco do Brasil, para ajuntada de documentos. Segundo o ministro Raul Araújo, autor do voto­vistaapresentado, a medida busca o correto cumprimento da sentença. O ministroafirmou que não se trata, como pretendia a empresa, da produção de novasprovas após sentença judicial. Para ler a íntegra da notícia, clique aqui.

Proprietário de semirreboque também vai responder por acidente com caminhão

Em decisão unânime, a Quarta Turma do STJ negou pedido de empresaproprietária de semirreboque que buscava o reconhecimento de sua ilegitimidadepassiva para figurar em ação de reparação de danos por acidente envolvendocaminhão que o tracionava. O relator, ministro Luis Felipe Salomão, entendeu nãoser possível afirmar a isenção de responsabilidade da proprietária dosemirreboque tendo por fundamento o fato de o veículo ser desprovido de forçamotora própria. Salomão também destacou o fato de a escolha do cavalomecânico ser do proprietário do semirreboque. Em relação à existência decontrato de comodato, atribuindo a responsabilidade exclusiva ao comodatário(quem recebe algo por empréstimo) pelos riscos do transporte, Salomão observouque os atos dos contratantes não aproveitam nem prejudicam a terceiros e queesse ajuste deve se restringir às partes contratantes, não àqueles estranhos aopacto, que, porventura, tenham sido prejudicados em decorrência do acidente.Para ler a íntegra da notícia, clique aqui.

Justiça do Trabalho julgará ação de jogador por foto em álbum de figurinhas

A Segunda Seção do STJ determinou que a Justiça do Trabalho do Rio Grande doSul analise ação de indenização do ex­goleiro Ademir Maria contra a editoraPanini, devido à suposta utilização indevida de sua imagem em álbuns defigurinhas do Campeonato Brasileiro de Futebol. O ex­jogador alegou que nãoautorizou a inclusão de sua imagem nas publicações, tampouco negociou com osclubes a licença para uso dela. Após receber a ação de indenização, o juiz da 4ªVara do Trabalho de Canoas (RS) estabeleceu o conflito de competência, porentender que a atribuição de julgamento do caso era da Justiça comum estadual.O ministro Raul Araújo, relator do conflito no STJ, considerou competente a Justiçado Trabalho, pois, segundo ele, “a análise do pleito indenizatório formulado contraa editora depende direta e precipuamente do exame de eventual autorizaçãoconferida pelo jogador aos clubes empregadores para a exploração de imagem nocurso da relação de trabalho existente entre ambos, circunstância que em tudorecomenda a apreciação da questão pela Justiça do Trabalho”, apontou. Para ler aíntegra da notícia, clique aqui.

MPs Federal e estadual só podem atuar em litisconsórcio em ação com razão

específica

A Terceira Turma do STJ decidiu afastar o litisconsórcio ativo entre o MinistérioPúblico Federal e o estadual. No caso, o MP estadual, em litisconsórcio com o MPF,o Procon mineiro e o Movimento das Donas de Casa e Consumidores de MinasGerais ajuizaram ação civil pública contra a Net e Way TV, impugnando a cobrançade taxa de instalação e mensalidade de ponto extra de TV a cabo. No STJ, oministro Noronha ressaltou que a ação ajuizada em Minas Gerais tem naturezahíbrida por envolver a tutela de direitos coletivos e individuais homogêneos.Assim, em relação aos direitos coletivos, a legitimidade ativa do MP estadual éinconteste; em relação aos homogêneos, também merece ser reconhecida, ante ointeresse social na proteção dos consumidores, feita de forma global e impessoal,que ultrapassa a esfera de interesses puramente particulares. Quanto àlegitimidade do MPF no caso, o relator afirmou que, estando os direitos einteresses dos consumidores de Minas Gerais já devidamente amparados pelainiciativa do MP estadual, não se vislumbra a presença de interesse específico doMPF que possa ser agregado ao do parquet estadual, de modo a justificar olitisconsórcio ativo facultativo. Para ler a íntegra da notícia, clique aqui.

Negada nomeação de candidatas aprovadas em concurso fora do número de vagas

Os ministros da Segunda Turma do STJ negaram recurso em mandado desegurança de um grupo de professoras que buscava nomeação em concursopúblico do Estado de Minas Gerais. As candidatas foram aprovadas fora do númerode vagas, mas apontaram a existência de vagas para nomeação, pois as própriasprofessoras ocupavam alguns desses postos por meio de vínculo temporário com aSecretaria de Educação estadual. O ministro relator do recurso, Humberto Martins,explicou que o STJ, de fato, adota o posicionamento da transformação da meraexpectativa de direito pelo direito líquido e certo quando, dentro do prazo devalidade do certame, há contratação de pessoal temporário para as vagasexistentes, em preterição daqueles indivíduos aprovados em concurso. “Todavia,[...] a alegação de existência de ilegal contratação temporária, a ensejarpreterição e, portanto, a convolação de uma expectativa de direito em liquidez ecerteza, precisa ser comprovada, o que não ocorreu no caso dos autos”, ressaltouo ministro ao negar o recurso. O relator sublinhou que o certame tem validade aténovembro de 2016 e, dessa forma, as candidatas ainda podem ser nomeadas.Para ler a íntegra da notícia, clique aqui.

Concursado não tem direito de ser lotado em local diverso daquele escolhido

A Segunda Turma do STJ negou recurso de candidato aprovado em concursopúblico que pretendia ser lotado em localidade diversa daquela escolhida nomomento de sua inscrição. No recurso ao STJ, o aprovado alegou que o edital deabertura foi omisso quanto à possibilidade de remanejamento de candidatosclassificados em vagas não preenchidas. Defendeu que não haverá prejuízo anenhum candidato caso seu pedido seja deferido, visto que há vagas disponíveisna capital. Embora tenha concordado que o edital foi omisso quanto à questão darealocação, o relator, ministro Humberto Martins, considerou que “a decisãocompete à administração, no seu poder discricionário, sendo vedada ainterferência do Poder Judiciário”. Ele afirmou que não existe o alegado direito,“muito menos líquido e certo”, de obter a realocação. Para ter acesso à notícia,clique aqui.

OUTROS TRIBUNAIS

TJRJ

Empresas de ônibus são condenadas por danos a passageiros

A 24ª Câmara Cível do TJRJ confirmou, por unanimidade, a sentença proferida emação civil pública ajuizada pelo Ministério Público do estado do Rio de Janeiro quecondenou a Viação Algarve e a Expresso Pégaso a melhorar as condições deconservação dos veículos das linhas 2307 e 2331, reparando o revestimentointerno do teto, os bancos quebrados, a luz do salão com luminárias quebras, omau estado da carroceria, o banco solto, os amassados e a porta com problemamecânico, submetendo­se à vistoria da SMTR , condenando­as igualmente acessar a inoperância do extintor de incêndio e dos limpadores de para­brisa, bemcomo a colocar em circulação o número de coletivos estabelecido pelo PoderPúblico Concedente, sob pena de multa, por ocorrência, no valor de R$ 10.000,00(dez mil reais). A relatora da apelação, desembargadora Regina Lúcia Passosdestacou no caso a ocorrência de dano moral coletivo e confirmou que as duasempresas têm o “dever de prestar serviço contínuo, adequado, eficiente, seguro emódico”, tendo o inquérito civil público mostrado, através de provas robustas,inúmeras irregularidades praticadas de forma reiterada. Para ler a íntegra danotícia, clique aqui.

TJRJ mantém absolvição de condutor no acidente do Bonde de Santa Teresa

A 2ª Câmara Criminal do TJRJ manteve, porunanimidade, a absolvição de Gilmar Silvériode Castro, motorneiro do bonde de SantaTeresa que descarrilou na via pública, no dia28 de agosto de 2011, provocando a morte decinco pessoas e deixando 41 feridos. Aojulgarem a Apelação de nº 0499501­34.2012.8.19.0001 os desembargadoresacompanharam o voto do relator,desembargador Antonio José FerreiraCarvalho, e mantiveram a decisão do juiz da 39ª Vara Criminal da Comarca daCapital, Ricardo Coronha Pinheiro, de absolver o réu, justificando que ele nãoestava conduzindo o veículo na hora do acidente. Antes do acidente, o bondeconduzido por Gilmar havia colidido com um ônibus. Ele recebeu a ordem deretornar para a oficina, mas decidiu que o veículo tinha condições de continuarfuncionando. No entendimento do relator, o descumprimento da ordem recebidapor Gilmar mereceria, no máximo uma punição administrativa. A íntegra danotícia pode ser vista clicando aqui.

TJSP

Casa de repouso é responsabilizada por negligenciar atendimento à idoso

Uma casa de repouso foi condenada a pagar R$ 30 mil de indenização por danosmorais e R$ 10,6 mil por danos materiais em razão do atendimento inadequadoprestado a paciente idoso, que teve quadro de saúde agravado e faleceu. Adecisão é da 7ª Câmara de Direito Privado do Tribunal de Justiça paulista. Aautora da ação afirmou que deixou o tio – com saúde frágil e dificuldades delocomoção – sob os cuidados da ré e que a casa de repouso não teria destinado aopaciente o atendimento necessário, apesar de informada sobre as condições desaúde quando o admitiu. Meses depois, o idoso precisou ser internado às pressascom quadro de desidratação, pneumonia, escaras infectadas, infecção no tratourinário e insuficiência renal crônica. O laudo pericial concluiu que os cuidados naclínica foram insatisfatórios, o que piorou o estado de saúde do paciente. Arelatora do recurso, desembargadora Mary Grün, afirmou que há nexo causalentre o dano e a conduta da empresa, e que a morte do ente querido certamenteé capaz de causar dano moral ao parente, principalmente para aquele quecontratou o serviço. Para ler a íntegra da notícia, clique aqui.

Casa de festa infantil indenizará por morte em equipamento

Uma casa de festas infantis da cidade de São Paulo foi condenada a pagar R$ 72,4mil por danos morais ao marido de uma advogada, vítima de acidente fatal emum brinquedo do estabelecimento. Também foi fixado pagamento de pensãomensal equivalente a 2/3 dos rendimentos líquidos da vítima, até a data em queela viesse a completar 65 anos. A decisão é da 6ª Câmara de Direito Privado doTribunal de Justiça. De acordo com o processo, o casal brincava na montanha­russa que não tinha restrição de uso por idade, peso ou altura; então o carrinhosaiu dos trilhos e caiu de uma altura de cinco metros, ocasionando a morte damulher em decorrência de traumatismo crânio­encefálico. Laudo pericial concluiuque o acidente ocorreu por falta de manutenção adequada. Para ler a notícia,clique aqui.

Estado de São Paulo indenizará família de detento morto por overdose de cocaína

O Estado de São Paulo foi condenado pela 1ª Câmara de Direito Público do TJ/SP apagar indenização por danos morais no valor de R$ 52.800 aos pais de um detentoque morreu por overdose de cocaína. O relator do recurso, desembargadorVicente de Abreu Amadei, afirmou que o pedido encontra­se lastreado naresponsabilidade objetiva do Estado pela falha na prestação do serviço público,uma vez que é responsável pela integridade dos presos que se encontram sob suacustódia. De acordo com o magistrado, “embora excessiva a pretensãoindenizatória, não há como negar a ocorrência de atuação danosa daAdministração Penitenciária, a justificar a obrigação de reparar os danos,efetivamente causados, independentemente de culpa, uma vez que o óbito do filhodos autores, por overdose de cocaína, ocorreu ao tempo de sua prisão emestabelecimento de custódia oficial”. Para ler a íntegra da notícia, clique aqui.

Prefeitura de Santos indenizará paciente por erro em diagnóstico

A 13ª Câmara de Direito Público do TJSPconfirmou sentença que condena aPrefeitura de Santos ao pagamento deindenização por informar erroneamente auma gestante que ela estava com sífilis. Atítulo de danos morais, o ressarcimento foifixado em R$ 30 mil. A autora compareceuao sistema público de saúde paraacompanhamento pré­natal e, apósexames, foi comunicada de resultado

positivo para doença sexualmente transmissível. Em decorrência, recebeu injeçõesde medicamentos e houve a proibição de realizar parto normal. Porém, maistarde, foi descoberto que os exames eram de outra paciente, com nome idêntico.O tratamento desnecessário, o abalo no casamento que a descoberta de supostadoença sexualmente transmissível causou e o medo, após a descoberta do erro,de que os remédios administrados causassem algum mal ao feto, deixam“evidente o abalo emocional que toda a situação provocou ao casal, especialmenteà autora, devido ao estado gestacional”, afirmou Spoladore Dominguez, relator docaso. Para ler a íntegra da notícia, clique aqui.

Banco é condenado por negar empréstimo a idoso

A 22ª Câmara de Direito Privado do TJSP condenou banco a indenizar idoso queteve pedido de empréstimo negado em razão de sua idade. Consta dos autos queo autor, ao solicitar crédito na referida instituição, teve o pedido negado pelo fatode se tratar de pessoa idosa. A sentença fixou a indenização em R$ 3 mil, razãopela qual ambas as partes apelaram. Ao julgar o recurso, o desembargadorRoberto Mac Cracken afirmou que ficou caracterizada ofensa aos artigos 4º e 5ºdo Estatuto do Idoso, o que gera o dever de indenizar. “A senilidade não pode,jamais, ser usada, como fez o banco apelante, como subterfúgio para atosdiscriminatórios, pois a situação fática retratada configura, ainda que de formaindireta, exclusão do sujeito de direitos, em tal fase de sua vida, do convíviosocial, o que não pode ser tolerado.” Para ler a íntegra da notícia, aqui.

Mantida sentença que determinou cancelamento de multa

A 1ª Câmara de Direito Público do TJSP manteve sentença que determinoucancelamento de multa aplicada pela Prefeitura de São Paulo a cadeirante quealterou calçada sem autorização. Consta dos autos que o autor, que é portador deparalisia cerebral, construiu uma rampa de acesso na calçada de sua residênciapara facilitar sua locomoção e, por esse motivo, foi autuado por agente daPrefeitura, que aplicou multa no valor de R$ 2,9 mil. Para o desembargadorDanilo Panizza a sentença deve ser mantida, pois deu correta solução ao caso. “Aoimpetrante não cabe nenhuma sanção, posto que a Constituição Federal determinaao Poder Público que assegure, com absoluta prioridade à pessoa com deficiência,os direitos básicos de cidadania, dentre os quais os direitos à dignidade, à saúde eà convivência social.” Para ler a íntegra da notícia, clique aqui.

Ginecologista é condenado por violação sexual

Médico ginecologista que atendia em posto de saúde foi condenado por violaçãosexual mediante fraude. A 16ª Câmara de Direito Criminal do TJSP mantevesentença da 1ª Vara Criminal de Barueri. De acordo com os autos, umafuncionária do posto de saúde passou por atendimento com o réu, ocasião em que,aproveitando­se da posição ginecológica necessária à consulta, acariciou a vítimade forma inapropriada. Apurou­se, posteriormente, que já havia reclamações depacientes em relação ao comportamento do médico junto à administração daunidade, além de dois procedimentos administrativos instaurados perante oConselho Regional de Medicina relativos ao mesmo tipo de comportamento. Para odesembargador Guilherme de Souza Nucci, a ação criminosa contém pluralidadede evidências, quer pelo depoimento da vítima e de outras testemunhas, querpelos procedimentos disciplinares aos quais o réu responde. “É conduta típica defraude afirmar que este tipo de exame é procedimento de rotina, como alegou oréu, que se valeu da atividade médica para a prática de atos libidinosos,” afirmou.Para ter acesso à notícia, clique aqui.

TJDFT

Hipermercado terá de indenizar idosa que se acidentou na esteira de acesso ao

local

O hipermercado Extra e o Grupo Pão de Açúcar foram condenados a indenizar umaidosa que se acidentou e quebrou o joelho na esteira de acesso aoestabelecimento. A sentença de 1ª Instância foi mantida, em grau de recurso, pela1ª Turma Cível do TJDFT e prevê pagamento de danos materiais, morais eestéticos. A autora relatou que, ao utilizar a esteira de acesso, esta começou afalhar e dar alguns trancos, o que a fez perder o equilíbrio e cair para trás,impulsionada pelo peso do carrinho de compras. O atendimento médico deurgência foi realizado sem a presença de nenhum preposto do hipermercado. Naocasião, foi constatada a necessidade de cirurgia no joelho esquerdo, comcolocação de placa de titânio na tíbia e oito parafusos. Além da cirurgia, a autoracontou que precisou fazer sessões de fisioterapia, usar medicamentos e contrataruma ajudante para os serviços de casa. Para ler a notícia, clique aqui.

Distrito Federal é condenado por amputação de dedo de menor em brinquedo de

parque público

A 2ª Turma Cível do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios, porunanimidade, deu parcial provimento ao recurso do Distrito Federal para alterar osíndices de correção monetária que incidem sobre a condenação em danos morais,em razão de omissão Estatal que culminou em acidente sofrido por menor queteve um dedo do pé arrancado em brinquedo de parque público. O autor,representado por seu pai, ajuizou ação na qual narrou que teve um dedo do pé

amputado em brinquedo de parque público da Quadra 114 de Samambaia, devidoa mal estado de conservação do brinquedo. A sentença proferida pelo Juízo da 3ªVara da Fazenda Pública do DF julgou procedente o pedido e condenou o DF aopagamento de R$ 15 mil a título de danos morais. Ambas as partes apresentaramrecursos, mas os desembargadores entenderam por dar provimento parcial aorecurso do DF, apenas para alterar os índices de correção monetária que incidemà condenação. Para ler a íntegra da notícia, clique aqui.

TJSC

Justiça deixa para futuro decisão de filha ter dois pais em registro civil

A 4ª Câmara de Direito Civil do TJSC, aosobrepor vínculo afetivo ao biológico,decidiu negar pleito formulado por pai quebuscava ver seu nome constar no assentoregistral da filha. Consta dos autos que amenor é fruto de um relacionamento entreo autor e uma garota de programa, cujocompanheiro registrou a menina como suafilha. De acordo com processo, o paibiológico não estabelecera nenhum vínculoafetivo com a criança, diferentemente dopai registral, que supria as necessidades materiais e afetivas da menor.“Conquanto não se olvide haja a "multiparentalidade" surgido para compatibilizar,no mais das vezes, o rigor da lei e o dinamismo da sociedade hodierna —viabilizando, com isso, a anotação dos nomes dos pais biológico e socioafetivo noassento registral do filho —, é certo que a adoção de tão excepcional medidadeve, irrecusavelmente, conformar­se a uma realidade fática que traduza, segurae efetivamente, essa necessidade, circunstância esta, contudo, não evidenciada nocaso dos autos", analisou o desembargador Eládio Torret Rocha, relator damatéria. Por fim, o desembargador decidiu dar parcial provimento ao apelo tãosomente para declarar a paternidade biológica do autor em relação à menor, sematribuir­lhe, porém, a carga de eficácia almejada – no caso, o registro de seunome na certidão de nascimento. Esta dependerá, segundo decisão unanime dacâmara, do interesse e iniciativa futura da menina em promover a pertinentealteração de seu assento registral. Para ler a íntegra da notícia, clique aqui.

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