resoluções da dpge - xxv concurso

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1 RESOLUÇÕES DA DPGE-RJ Sumário - Resolução n. 382/07 Disciplina o procedimento de instrução no âmbito da Defensoria Pública e cria as Coordenadorias de Interesses e direitos coletivos ...................... 04 Resolução n. 555/10 Estabelece a recusa de atuação dos membros da Defensoria Pública em razão da ausência de hipossuficiência ou pela inviabilidade da demanda ou recurso ....09 Resolução n. 587/11 Cria a Coordenação de Execução de Honorários ............................... 12 Resolução n. 646/12 Cria o cartório unificado de tutela coletiva .......................................... 15

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  • 1

    RESOLUES DA DPGE-RJ

    Sumrio

    - Resoluo n. 382/07 Disciplina o

    procedimento de instruo no mbito da

    Defensoria Pblica e cria as Coordenadorias de

    Interesses e direitos coletivos ...................... 04

    Resoluo n. 555/10 Estabelece a recusa de

    atuao dos membros da Defensoria Pblica

    em razo da ausncia de hipossuficincia ou

    pela inviabilidade da demanda ou recurso ....09

    Resoluo n. 587/11 Cria a Coordenao de

    Execuo de Honorrios ............................... 12

    Resoluo n. 646/12 Cria o cartrio unificado

    de tutela coletiva .......................................... 15

  • 2

    Resoluo n. 647/12 Cria o sistema de

    tombamento eletrnico ................................ 22

    Resoluo n. 651/12 Disciplina o conflito de

    atribuies no mbito da Defensoria Pblica.29

    Resoluo n. 654/12 Cria o servio de

    Mediao e Arbitragem no mbito da

    Defensoria Pblica ........................................ 32

    Resoluo n. 691/13 Disciplina o

    procedimento para arguio de impedimento e

    suspeio ...................................................... 40

    Resoluo n. 702/13 Regimento Interno da

    Ouvidoria-Geral ............................................. 44

  • 3

    Deliberao n. 94/14 Regimento Interno do

    CSDP .............................................................. 51

  • 4

    RESOLUO DPGE N 382 DE 07 DE

    MARO DE 2007

    INSTITUI NO MBITO DA DEFENSORIA PUBLICA DO ESTADO

    DO RIO DE JANEIRO RESOLUO DE CRIAO DE

    COORDENADORIAS DE INTERESSES E DIREITOS COLETIVOS

    O DEFENSOR PUBLICO GERAL DO ESTADO DO RIO DE

    JANEIRO no uso de suas atribuies legais e

    CONSIDERANDO a funo precpua da Defensoria Publica de

    garantir o acesso a justia prestando assistncia jurdica integral ao

    hipossuficiente

    CONSIDERANDO a edio da Lei n 11 448/07 que alterou a Lei n

    7 347/85 e incluiu a Defensoria Publica no rol dos legitimados para

    a PROPOSITURA DA AO CIVIL PUBLICA CONSIDERANDO a

    necessidade de regulamentao da atuao dos rgos da

    Defensoria Publica do Estado do Rio de Janeiro para a conduo

    do processo coletivo visando uma uniformizao e otimizao do

    exerccio das atividades

    CONSIDERANDO a complexidade do procedimento que permeia

    todo o processo coletivo

    CONSIDERANDO a necessidade de uma atuao de forma

    integrada entre os rgos da Defensoria Publica e a necessidade

    da criao de banco de dados para gerenciamento das atividades

    RESOLVE;

    Art 1 Criar no mbito da Defensoria Publica as Coordenadorias de

    Interesses e Direitos Coletivos (CIDC) vinculadas aos Ncleos

    Especializados conforme Anexo

    1- Os Defensores Pblicos Coordenadores dos Ncleos

    Especializados sero responsveis pelas Coordenadoras previstas

    no caput de acordo com suas atribuies e na forma do Anexo

  • 5

    2 - As Coordenadoras de Interesses e Direitos Coletivos (CIDC)

    tem atribuio territorial em todo o Estado do Rio de Janeiro

    Art 2- Compete aos Defensores Pblicos integrantes das

    Coordenadorias de Interesses e Direitos Coletivos

    I- propor e acompanhar as aes CIVIS publicas no mbito de sua

    atribuio e especializao

    II - firmarmos termos de ajustamento de conduta isoladamente ou

    em conjunto com outros defensores

    III - realizar o atendimento e aconselhamento do interessa aos que

    demonstrem pertinncia com o tratamento coletivo

    IV - prestar assistncia as associaes populares vinculadas s

    suas reas especializadas quando seus membros forem ao menos

    em parte hipossuficientes

    Art 3 - Na hiptese de dano de interesse exclusivamente local a

    atribuio para propositura da ao civil publica ser do Defensor

    Publico em exerccio no Ncleo Cvel de Primeiro Atendimento da

    respectiva comarca

    1 - O Defensor Publico em exerccio no Ncleo Cvel de Primeiro

    Atendimento que tomar conhecimento de fato que constitua ameaa

    e leso a interesses ou direitos difusos coletivos ou individuais

    homogneos dever comunic-lo no prazo mximo de 48 horas por

    oficio a Corregedoria Geral bem como informar as providencias

    adotadas

    2 O Defensor Publico em exerccio no rgo de atuao em que

    tramitar a ao civil publica dever manter atualizadas as

    informaes de todo processado

  • 6

    3 - O Defensor Publico em exerccio no Ncleo Cvel de Primeiro

    Atendimento poder preferindo suscitar justificadamente a atuao

    em conjunto ou isoladamente das Coordenadorias de Interesses e

    Direitos Coletivos para a instaurao do procedimento de instruo

    (PI) ou mesmo para a propositura da ao civil publica

    Art. 4 - O Defensor Publico integrante da Coordenadoria de

    Interesse e Direito Coletivo e aquele em exerccio no Ncleo Cvel

    de Primeiro Atendimento na hiptese de dano exclusivamente local

    devero antes da propositura da ao civil publica empreender

    esforos para a celebrao de Termo de Ajustamento de Conduta

    (TAC)

    1 - O Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) dever sempre

    ser firmado em conjunto com a Coordenao Especializada e

    Assessoria Jurdica do Defensor Publico Geral

    2 - De acordo com a relevncia da matria ou interesse

    institucional o Defensor Publico Geral poder designar

    especialmente Defensor Publico para concorrer na celebrao do

    Termo de Ajustamento de Conduta (TAC)

    Art 5 - O Defensor Publico dever zelar para a melhor instruo da

    ao civil publica inclusive se necessrio e consoante as

    peculiaridades do caso concreto promover procedimento de

    instruo (PI) adotando todas as diligncias para a efetiva

    comprovao da ameaa ou leso ao

    interesse ou direito tutelado

    Art 6 - O Defensor Publico que iniciar procedimento de instruo

    de fato que possa deflagrar a propositura de ao civil publica

    comunicar a existncia do procedimento Corregedoria Geral de

    forma a impedir a concomitncia de atuaes

    Art 7 - Inaugurado o procedimento de instruo no caso de seu

    arquivamento ou a sua paralisao pelo prazo de 180 dias sem a

    propositura da ao civil publica devera o Defensor Publico

    comunicar a Corregedoria Geral que aps ouvido o coordenador

    temtico poder determinar o prosseguimento no mbito das

  • 7

    coordenadorias ou encerramento definitivo sendo essa ultima

    deciso levada ao conhecimento do Conselho Superior

    Art 8 A Corregedoria Geral devera manter banco de dados

    informatizado e atualizado das aes propostas termos de

    ajustamento de conduta e procedimentos de instruo

    Art 9 - Os coordenadores de interesses e direitos coletivos os

    assessores do Defensor Publico Geral e os assessores da

    Corregedoria Geral comporo um colegiado que se reunira

    periodicamente sob a presidncia de um de seus membros

    1 - A presidncia do colegiado ser exercida por cada

    coordenador alternadamente observada a ordem do anexo por

    perodo improrrogvel de 06 meses

    2 - O colegiado poder ser instado a se reunir por qualquer de

    seus membros pelo Defensor Publico Geral ou por terceiro

    interessado este ultimo justificadamente

    3 - Compete ao colegiado a definio das estratgias de atuao

    especfica para a propositura de ao civil publica e promover o

    aprimoramento continuo dos mtodos utilizados para resoluo

    restaurativa dos conflitos coletivamente considerados

    4 - O colegiado dotado de status consultivo encaminhar

    Corregedoria Geral mediante parecer os conflitos eventualmente

    surgidos na aplicao da presente resoluo ou nos casos omissos

    Art 10 - A Administrao Superior da Defensoria Publica

    disponibilizar os meios tcnicos e estruturais para a

    implementao do disposto nesta resoluo

    Art 11 - Esta resoluo em vigor na data de sua publicao

    revogadas as disposies em contrrio

    Rio de Janeiro 07 de maro de 2007

  • 8

    JOS RAIMUNDO BATISTA MOREIRA

    DEFENSOR PUBLICO GERAL DO ESTADO

  • 9

    Resoluo DPGE n 555, de 3/12/2010

    REGULAMENTA OS PROCEDIMENTOS A SEREM ADOTADOS

    NA HIPTESE DE RECUSA DE ATENDIMENTO POR ENTENDER

    O DEFENSOR PBLICO QUE O INTERESSADO NO PERFAZ

    OS REQUISITOS PERTINENTES DA HIPOSSUFICINCIA

    ECONMICA E, JURIDICAMENTE INVIVEL.

    O DEFENSOR PBLICO GERAL DO ESTADO, no uso de suas

    atribuies legais, CONSIDERANDO:

    a autonomia administrativa prevista no art. 134 da Carta

    Constitucional, atribuio do Defensor Pblico Geral do Estado

    para editar resolues e expedir instrues aos rgos da

    Defensoria Pblica, bem como para elegar as atribuies de sua

    competncia privativa, na forma do art. 8, I e XXII, da LC n 06/77, o

    disposto nos arts. 22, V, e 23 da LC n 06/77, bem como nos arts.

    128, XII, e 129, VII, da LC n 80/94, o disposto no art. 4-A, III, da

    LC n 80/94, com a redao dada pela LC n 132/2009, a

    necessidade de regulamentar os procedimentos a serem adotados

    na hiptese de recusa de atendimento por entender o Defensor

    Pblico que o interessado no perfaz os requisitos configuradores

    da hipossuficincia econmica, e na hiptese de no patrocnio de

    pretenso em razo de o Defensor Pblico consider-la

    juridicamente invivel ou impertinente, a necessidade de otimizao

    do servio pblico, fruto do princpio da eficincia, previsto no caput

    do art. 37 da Constituio da Repblica, e, em particular, os

    imperativos da observncia de prazos e da descentralizao

    administrativa, na forma do art. 106-A da LC n 80/94, com a

    redao dada pela LC n 132/2009, e que a avaliao da

    configurao da hipossuficincia econmica do interessado na

    assistncia jurdica gratuita matria de relevante cunho

    institucional.

  • 10

    RESOLVE:

    Art. 1 - Na hiptese de o Defensor Pblico entender que o

    interessado no faz jus assistncia jurdica gratuita, e havendo

    inconformismo deste ltimo, dever a deciso ser comunicada,

    atravs de ofcio, ao Defensor Pblico Geral, que reexaminar a

    questo em sede de recurso hierrquico.

    1 O ofcio dever ser instrudo com a documentao pertinente,

    necessria reanlise do caso.

    2- O Defensor Pblico dever facultar ao interessado a

    apresentao de razes do seu inconformismo, que devero ser

    anexadas ao ofcio mencionado no caput.

    3 - Na hiptese de pretenso subordinada a prazo, dever o

    Defensor Pblico comunicante inform-lo com o devido destaque.

    4 - Entendendo o Defensor Pblico Geral estar configurada a

    hipossuficincia econmica do interessado, designar para o

    atendimento o Defensor Pblico tabelar, que atuar por delegao

    do Defensor Pblico Geral.

    Art. 2 - Nas hipteses de no patrocnio de pretenso em razo de

    o Defensor Pblico consider-la juridicamente invivel ou

    impertinente, tais como no ajuizamento de ao, no interposio

    de recurso e situaes anlogas, e havendo inconformismo do

    interessado, o atendimento recair sobre o Defensor Pblico

    tabelar, que atuar por delegao do Defensor Pblico Geral.

  • 11

    1 O encaminhamento ao Defensor Pblico tabelar dever ser

    feito atravs de ofcio do Defensor Pblico natural, dele devendo

    constar as razes da no prtica do ato, bem como a assinatura do

    interessado.

    2 - Na hiptese de pretenso subordinada a prazo, dever o

    Defensor Pblico natural inform-lo com o devido destaque.

    3 - Entendendo o Defensor Pblico tabelar ser cabvel o ato

    negado pelo Defensor Pblico natural, dever pratic-lo,

    comunicando o seu proceder ao Defensor Pblico Geral.

    4 - Se o Defensor Pblico tabelar confirmar o entendimento inicial

    do Defensor natural, dever oficiar ao Defensor Pblico Geral,

    expondo sucintamente o seu proceder.

    Art. 3 - Esta Resoluo entra em vigor na data de sua publicao,

    revogadas as disposies em contrrio.

    Rio de Janeiro, 03 de dezembro de 2010

    JOS RAIMUNDO BATISTA MOREIRA

    Defensor Pblico Geral do Estado

  • 12

    RESOLUO DPGE N 587 DE 07 DE

    JUNHO DE 2011

    CRIA, NO MBITO DO CENTRO DE ESTUDOS JURDICOS, A

    COORDENAO DE EXECUO DE HONORRIOS

    ADVOCATCIOS.

    O DEFENSOR PBLICO GERAL DO ESTADO, no uso de suas

    atribuies legais,

    CONSIDERANDO:

    - que os honorrios advocatcios cabveis Defensoria Pblica em

    qualquer processo judicial constituem receita indisponvel do Fundo

    Oramentrio Especial destinado a atender s despesas efetuadas

    pelo Centro de Estudos Jurdicos no desempenho de suas

    atribuies, de

    acordo com a Lei n 1.146, de 26.02.87,

    - que o parecer normativo da Procuradoria Geral do Estado,

    aprovado por sua Excelncia o Governador do Estado do Rio de

    Janeiro, conforme despacho exarado no processo n E-

    14/36.608/82, publicado no D.O.R.J. I, pgina 02, de 08.05.83,

    deixa claro que prpria Defensoria Pblica incumbe patrocinar

    seus interesses no ajuizamento de ao competente

    para o recebimento de verbas,

    - que dentre as atribuies dos Defensores Pblicos compete

    requerer a fixao e promover o recolhimento dos honorrios

    advocatcios, quando devidos ao CEJUR/DPGE, nos termos do art.

    22, XVII da Lei Complementar n 06, de 12 de maio de 1977,

    - que a otimizao do recolhimento de verbas depende do efetivo

    cadastramento dos processos em fase de execuo,

    - Ainda a necessidade de melhor promover e fiscalizar a execuo

    de honorrios advocatcios em favor da Defensoria Pblica,

    RESOLVE:

  • 13

    Art. 1-Criar, no mbito do Centro de Estudos Jurdicos, a

    Coordenao de Execuo de Honorrios Advocatcios que em

    qualquer processo judicial, pelo princpio da sucumbncia, caibam

    Defensoria Pblica.

    Art. 2- A Coordenao ser composta por 01 (um) Defensor

    Pblico, com atribuio para subsidiar e auxiliar a execuo de

    honorrios advocatcios em favor da Defensoria Pblica, em

    qualquer foro e instncia, fomentando a atuao jurdico poltica a

    respeito, bem como acompanhando o andamento processual das

    execues j promovidas pelos Defensores Pblicos

    funcionalmente incumbidos de faz-las, podendo propor medidas,

    respeitada a atribuio do Defensor Natural .

    Art. 3-Quando no requerentes da execuo, os Defensores

    Pblicos em exerccio junto s Varas em que a Coordenao a

    promova prestaro todo o auxlio e colaborao necessrios ao

    bom desempenho destas atividades especficas.

    Art. 4- Todas as execues de honorrios advocatcios em favor da

    Defensoria Pblica, sejam aquelas j em andamento ou futuras,

    devero ser cadastradas pelos Defensores Pblicos naturais, sendo

    os respectivos cadastros prontamente remetidos Coordenao de

    Execuo de Honorrios Advocatcios, para acompanhamento.

    Pargrafo nico - Os Defensores Pblicos naturais devero,

    bimestralmente, remeter relatrios estatsticos de execuo de

    honorrios Corregedoria-Geral e Coordenao de Execuo de

    Honorrios Advocatcios.

    Art. 5-Para fins de estmulo execuo de honorrios, a

    Coordenao de Execuo de Honorrios Advocatcios divulgar

    anualmente um ranking de arrecadao dos rgos de atuao da

    Defensoria Pblica, encaminhando Corregedoria Geral

    requerimento de consignao de elogio funcional a todos os

    Defensores Pblicos que tiveram lotao nos trs rgos tanto com

    maior nmero de execues ajuizadas, quanto com o maior volume

    financeiro de honorrios executados.

  • 14

    Art. 6- Sero designados 03 (trs) estagirios e 01 (um) Tcnico

    Jurdico de Nvel Superior para atuao permanente junto

    Coordenao.

    Art. 7- A Direo do Centro de Estudos Jurdicos da Defensoria

    Pblica prestar, em carter prioritrio, todo o apoio administrativo

    necessrio Coordenao, cabendo ao Coordenador de Execuo

    de Honorrios Advocatcios, pelo menos uma vez por ms, reunir-

    se com Diretor do Centro de Estudos Jurdicos para a elaborao

    de relatrio estatstico e avaliao dos trabalhos realizados.

    Art. 8- Os casos omissos sero decididos pelo Defensor Pblico

    Geral do Estado.

    Art. 9- Esta Resoluo entrar em vigor na data de sua publicao,

    revogadas as disposies em contrrio.

    Rio de Janeiro, 07 de junho de 2011

    NILSON BRUNO FILHO

    Defensor Pblico Geral do Estado

  • 15

    RESOLUO DPGE N 646 DE 01 DE

    AGOSTO DE 2012

    CRIA O CARTRIO UNIFICADO DE TUTELA COLETIVA DOS

    NCLEOS ESPECIALIZADOS DA DEFENSORIA PBLICA DO

    ESTADO DO RIO DE JANEIRO E ESTABELECE REGRAS DE

    PROCESSAMENTO DOS PROCEDIMENTOS DE INSTRUO.

    O DEFENSOR PBLICO GERAL DO ESTADO, no uso de suas

    atribuies legais,

    CONSIDERANDO:

    -a autonomia administrativa, funcional e financeira prevista na

    Constituio Federal e na Lei Complementar n 80/94 e na

    Constituio Estadual, que autoriza a Defensoria Pblica a

    organizar-se de forma adequada melhor realizao do seu mnus

    pblico;

    - que, consoante s normas enunciadas no art. 4, inciso VIII da Lei

    Complementar n 80/94, com as modificaes introduzidas pela Lei

    Complementar n 132/2009 funo institucional da Defensoria

    Pblica promover ao civil pblica e todas as espcies de aes

    capazes de propiciar a adequada tutela dos direitos difusos,

    coletivos ou individuais homogneos, quando o resultado da

    demanda puder beneficiar grupo de pessoas hipossuficientes;

    -a nova redao do art. 5 da Lei n 7.347/85, dada pela Lei n

    11.448/2000, incluindo a Defensoria Pblica como legitimada para a

    propositura da ao civil pblica;

    - que o Defensor Pblico deve zelar pela melhor instruo da ao

    civil pblica, promovendo a abertura de procedimento de instruo,

    adotando todas as diligncias necessrias para a efetiva

    comprovao da ameaa ou leso ao interesse ou direito difuso,

    coletivo ou individual homogneo tutelado;

  • 16

    - que a boa instruo fundamental para o exerccio responsvel

    da Ao Civil Pblica, evitando-se lides temerrias, fadadas ao

    insucesso;

    - a necessidade de se conceder apoio aos Ncleos Especializados

    para o rpido e eficiente processamento dos Procedimentos de

    instruo; e

    - que o apoio aos Ncleos Especializados, atravs de um cartrio

    nico, alm de otimizar a utilizao dos recursos humanos e

    materiais da DPGE-RJ, possibilita uma atuao uniforme e

    padronizada da instituio na seara coletiva;

    RESOLVE:

    TITULO I - DISPOSIES PRELIMINARES

    CAPTULO I - DEFINIO

    Art. 1 - O Cartrio Unificado de Tutela Coletiva constitui-se num

    plo de apoio administrativo aos Ncleos Especializados, com o

    objetivo de promover o processamento dos procedimentos de

    instruo, bem como a recepo e encaminhamento dos autos das

    aes civis pblicas j deflagradas pelos mesmos.

    CAPTULO II - DAS ATRIBUIES

    Art. 2 - Incumbe ao Cartrio Unificado de Tutela Coletiva:

    I - a autuao dos procedimentos de instruo deflagrados pelos

    ncleos especializados;

    II - a expedio, recepo e controle de ofcios;

  • 17

    III - o monitoramento dos prazos de cumprimento das

    determinaes do defensor pblico presidente do respectivo

    procedimento;

    IV - o lanamento da movimentao do procedimento de instruo

    no sistema eletrnico respectivo;

    V - o armazenamento dos documentos importantes no sistema

    eletrnico, tais como Termo de Ajustamento de Conduta, despacho

    de arquivamento e iniciais de Ao Civil Pblica;

    VI- atendimento ao pblico e reduo a termo de declaraes,

    denncias e representaes;

    VII - apoio aos Defensores Pblicos dos Ncleos Especializados

    com atribuio em tutela coletiva, mormente na elaborao de

    despachos, peas e recomendaes;

    VIII - formao de banco de dados acerca de decises, sentenas e

    acrdos, prolatados em Ao Civil Pblica deflagrada.

    TTULO II - DO FUNCIONAMENTO DO CARTRIO

    CAPTULO I - DA DIREO DA SERVENTIA

    Art. 3 - O Cartrio Unificado de Tutela Coletiva, que dever abrir

    para o pblico das 11 s 18 horas, ser dirigido por um Tcnico

    Superior Jurdico, o qual ser responsvel pelo expediente do

    cartrio, zelando pela fiel consecuo das incumbncias

    estabelecidas no artigo anterior.

    Pargrafo nico - Na ausncia de servidor pblico ocupante do

    cargo de Tcnico Superior Jurdico, a chefia da serventia cartorria

    poder ser exercida por outro servidor ocupante dos quadros

    permanentes da Defensoria Pblica do Estado do Rio de Janeiro.

    CAPTULO II - DOS ATOS DOS SERVIDORES

    SEO I - DA AUTUAO

  • 18

    Art. 4- A autuao consiste em compor a base fsica do

    procedimento de instruo j devidamente tombado na plataforma

    web, mediante a colocao de capa prpria e insero do nome do

    rgo de origem, do apurado e do nmero do procedimento.

    Pargrafo nico- A autuao dever ser ultimada em 48 horas, a

    contar do recebimento da portaria de instaurao na serventia.

    Art. 5- Os autos devero ser numerados no canto superior direito

    de cada folha, sendo certo que, excedendo-se duzentas folhas,

    dever ser criado novo volume.

    Art. 6- O encerramento e abertura de novo volume devero ser

    precedidos da lavratura dos respectivos termos, em folhas

    suplementares e sem numerao, sempre observando a seqncia

    do volume encerrado.

    Art. 7- No caso de juntada de quantidade de documentos que

    exceda a 100 folhas, fica permitida a juntada por linha, ou seja, os

    documentos sero colacionados em autos anexos, tantos quantos

    forem necessrios, sem a necessidade de proceder numerao

    dos mesmos.

    Art. 8 - Aps a autuao do procedimento, o servidor dever

    observar s determinaes do Defensor Pblico que preside a

    instruo, expedindo ofcios e convites e o que mais for

    determinado tambm num prazo de 48 horas.

  • 19

    SEO II - DA EXPEDIO E RECEPO DE DOCUMENTOS E

    AUTOS

    Art. 9 - Cumpre ao cartrio a expedio dos ofcios solicitados pelo

    defensor pblico que preside o procedimento de instruo, em trs

    vias:

    uma a ser entranhada no procedimento de instruo, outra ser

    enviada ao destinatrio, e a ltima para recibo no protocolo da

    DPGE e posterior armazenamento em pasta prpria.

    Pargrafo nico - Sempre que o ofcio expedido consignar prazo

    para manifestao do apurado, o cartrio dever zelar para que os

    autos sejam remetidos conclusos ao Defensor imediatamente aps

    o trmino deste prazo.

    Art. 10 - Os documentos recebidos no cartrio devero ser

    anotados em livro protocolo de recebimento, onde ser consignada

    a data, o nome, a matrcula e a assinatura do funcionrio

    responsvel.

    Art. 11 - Recebido o documento na serventia, o entranhamento do

    mesmo aos autos dever ser antecedida do carimbo de juntada

    com a respectiva data, a fim de se apurar a tempestividade da

    manifestao.

    Art. 12 - Aps a juntada do documento, o servidor dever

    imediatamente abrir concluso dos autos ao defensor que preside o

    procedimento.

    Art. 13- Quando da recepo de autos de aes civis pblicas

    deflagradas, o cartrio dever lanar o carimbo de vista ao rgo de

    atuao respectivo, a fim de possibilitar o incio do prazo de

    manifestao, e encaminhar os autos imediatamente ao Defensor

    Pblico com atribuio para o feito.

    Art. 14 - Com a manifestao do Defensor Pblico nos autos, o

    cartrio dever providenciar a remessa dos autos ao Tribunal de

    Justia, observando o prazo legal de manifestao do rgo.

  • 20

    SEO III - DA CONSULTA AOS AUTOS

    Art. 15- A serventia poder disponibilizar os autos para consulta no

    balco aos interessados, sendo certo que quando se tratar de

    advogados e prepostos de empresa ou instituio apurada, os autos

    podero ser retirados mediante carga, desde que apresentada

    respectiva carta de preposto e procurao, alm da identificao do

    requerente.

    Pargrafo nico - A retirada dos autos mediante carga somente se

    dar aps despacho do Defensor Pblico autorizando tal

    expediente.

    SEO IV - DO LANAMENTO DA MOVIMENTAO DOS

    AUTOS

    Art. 16- Todo andamento do procedimento de instruo dever ser

    lanado pelo cartrio no sistema eletrnico prprio.

    Pargrafo nico - Alm do lanamento do andamento dos autos no

    sistema eletrnico, o cartrio dever providenciar o

    descarregamento na plataforma web das principais peas dos

    autos, a saber: Termo de Ajustamento de Conduta, despacho de

    arquivamento e Inicial da Ao Civil Pblica eventualmente

    deflagrada.

    SEO V - DO BANCO DE DADOS

    Art. 17 - O cartrio dever armazenar na plataforma web da DPGE,

    no programa eletrnico especfico, as decises, sentenas e

    acrdos proferidos nas Aes Civis Pblicas deflagradas pelos

    Ncleos Especializados.

    Pargrafo nico - Alm do armazenamento relativo s Aes Civis

    Pblicas deflagradas pelos Ncleos Especializados, o cartrio

    dever manter banco de dados relativo s decises, sentenas e

    acrdos oriundos de atuao dos demais rgos legitimados em

  • 21

    todo o Estado do Rio de Janeiro, desde que as indigitadas aes

    tenham sido devidamente

    registradas no sistema eletrnico prprio, hospedado na plataforma

    web da DPGE.

    TTULO III - DAS DISPOSIES FINAIS E TRANSITRIAS

    Art. 18- Fica criada a Coordenadoria Geral de Tutela Coletiva dos

    Ncleos Especializados, com a finalidade especfica de

    administrao das rotinas do cartrio unificado, a quem o chefe do

    expediente dever se reportar em caso de dvidas e conflitos

    funcionais.

    Pargrafo nico- A Coordenao a que se refere este artigo ser

    exercida em regime de rodzio, renovando-se anualmente, devendo

    o Coordenador Geral ser escolhido dentre os Defensores Pblicos

    com atribuio para deflagrao das Aes Civis Pblicas dos

    Ncleos Especializados.

    Art. 19 - Aplicam-se as regras de processamento dos

    procedimentos de instruo acima descritas (captulo II - Sees I e

    II) a todos os rgos legitimados propositura de Ao Civil

    Pblica.

    Art. 20 - Esta Resoluo entrar em vigor na data de sua

    publicao, revogadas as disposies em contrrio.

    Rio de Janeiro, 01 de agosto de 2012

    NILSON BRUNO FILHO

    Defensor Pblico Geral do Estado

  • 22

    RESOLUO DPGE N 647 DE 01

    DE AGOSTO DE 2012

    CRIA, NO MBITO DA DEFENSORIA PBLICA DO ESTADO DO

    RIO DE JANEIRO, SISTEMA DE TOMBAMENTO ELETRNICO

    DOS PROCEDIMENTOS DE INSTRUO E SISTEMA DE

    REGISTRO DE AES CIVIS PBLICAS, DISCIPLINANDO,

    AINDA, A FORMA DE ATUAO DOS RGOS DA

    DEFENSORIA PBLICA NA CONDUO DO PROCESSO

    COLETIVO, PARA FINS DE UNIFORMIZAO E OTIMIZAO

    DO EXERCCIO DAS ATIVIDADES.

    O DEFENSOR PBLICO GERAL DO ESTADO, no uso de suas

    atribuies legais,

    CONSIDERANDO:

    - a funo da Defensoria Pblica de garantir o acesso justia dos

    necessitados, prestando assistncia jurdica integral e gratuita;

    - a edio da Lei n 11.448/2007, que alterou a Lei n 7.347/85 e

    incluiu a Defensoria Pblica no rol dos legitimados para a

    propositura da Ao Civil Pblica, assim como da edio da Lei

    Complementar n 132/2009, que ampliou e ratificou esta

    legitimidade;

    - a Resoluo DPGE n 382, de 07 de maro de 2007, que instituiu

    no mbito da Defensoria Pblica do Estado do Rio de Janeiro as

    Coordenadorias de Interesses e Direitos Coletivos;

    - a necessidade de regulamentao da atuao dos rgos da

    Defensoria Pblica do Estado do Rio de Janeiro com atribuio para

    tutela coletiva, na conduo dos processos coletivos, com o objetivo

    de uniformizar e otimizar o exerccio das atividades, assim como de

    se instruir devidamente a ao coletiva ou de se fundamentar

    suficientemente o respectivo termo de ajustamento de conduta;

  • 23

    -a complexidade de atuao integrada entre rgos da Defensoria

    Pblica e a necessidade da criao de banco de dados para

    gerenciamento das atividades; e

    -a importncia de impedir a concomitncia de atuaes, assim

    como de se aprimorar os instrumentos capazes de proporcionar o

    intercmbio de informaes entre os diversos rgos com atribuio

    para tutela coletiva;

    RESOLVE:

    TTULO I - DISPOSIES PRELIMINARES

    Art. 1 - O Defensor Pblico no exerccio das atribuies definidas

    pela Resoluo DPGE n 382, de 07/03/2007, dever zelar para a

    melhor instruo da ao civil pblica, podendo promover, se

    necessrio e consoante as peculiares do caso concreto, a

    instaurao, sob sua presidncia, de procedimento de instruo

    (PI), adotando todas as diligncias para a efetiva comprovao da

    ameaa ou da leso ao interesse ou direito tutelado.

    TITULO II - DO PROCEDIMENTO DE INSTRUO

    CAPTULO I - DO TOMBAMENTO ELETRNICO

    Art. 2 - A instaurao do PI ser feita atravs de portaria, que

    dever ser

    tombada na plataforma web, de acesso restrito, mediante a

    utilizao de

    senha, informando-se:

    I - a origem (rgo de execuo);

  • 24

    II - o local de instaurao;

    III - o apurado;

    IV - a ementa (resumo do objeto da instruo).

    Pargrafo nico - Devero constar da portaria instauradora os

    seguintes elementos:

    I - descrio do fato objeto do PI e do respectivo direito coletivo

    ferido ou ameaado de leso;

    II -nome e qualificao do apurado a quem atribudo o fato, caso

    j exista indicao;

    III -nome e qualificao do autor da representao encaminhada ao

    rgo, se for o caso;

    IV -identificao dos meios pelos quais a Defensoria Pblica tomou

    cincia do fato;

    V - determinao das diligncias instrutrias.

    2 - O Defensor Pblico, ao iniciar PI pela plataforma web, j

    estar comunicando a existncia do mesmo Corregedora-Geral,

    na forma do art.6 da Resoluo DPGE n 382/2007, tendo em vista

    mensagem automtica gerada pelo sistema.

    3 -O Defensor Pblico com atribuio para tutela coletiva dever

    autuar o PI, tombado pela plataforma web, a partir dos documentos

    gerados pelo prprio sistema, utilizando-se de capa prpria,

    fornecida aos Defensores mediante solicitao.

    CAPTULO II - DAS PROVIDNCIAS INSTRUTRIAS

    Art. 3 - Para imprimir celeridade e efetividade s diligncias

    adotadas no bojo do PI, poder o Defensor Pblico se valer do

    poder requisitrio previsto em lei, necessrio ao exerccio de suas

    atribuies.

    Art. 4 - Nos autos do referido procedimento o Defensor Pblico

    ainda poder se utilizar de outros instrumentos de instruo, como

  • 25

    tomada de declaraes, a realizao de reunies, audincias

    pblicas, e a efetivao de diligncias e vistorias in loco, laborando

    para que tudo seja devidamente documentado.

    1- Em caso de audincia pblica, a organizao e a presidncia

    ficaro a cargo do Defensor Pblico responsvel pelo PI, o qual

    determinar a expedio de edital de convocao, garantindo

    razovel publicidade no portal DPGE e junto imprensa local,

    devendo o mesmo constar:

    I - a data, o horrio e o local da reunio;

    II - o objetivo;

    III - o regulamento, com a forma de cadastramento dos expositores,

    a disciplina e a agenda da audincia;

    IV - o convite de comparecimento aos interessados em geral.

    2 -Alm do convite genrico para a audincia, o Defensor Pblico

    poder expedir convites para as autoridades, peritos, tcnicos e

    representantes de entidades que estejam envolvidos na questo

    debatida.

    3 - Da audincia pblica ser lavrada ata circunstanciada, sendo

    que o seu resultado no vincular a atuao do Defensor Pblico.

    Art. 5- No caso de arquivamento do PI na forma do art. 7 da

    Resoluo DPGE n 382/2007, aps retorno do PI do Conselho

    Superior, dever o Defensor Pblico responsvel pelo PI, lanar a

    informao na plataforma web.

    Art. 6 - Para cumprir a atribuio definida no art. 2, IV da

    Resoluo DPGE n 382/2007, recomenda-se que, alm do

  • 26

    atendimento pessoal individual, o Defensor Pblico mantenha

    contato permanente com a sociedade civil organizada, atravs dos

    conselhos previstos legalmente, das associaes civis ou das

    organizaes da sociedade civil de interesse pblico, atuando

    quando seus integrantes forem, ao menos em parte,

    hipossuficientes.

    TTULO III - DO TERMO DE AJUSTAMENTO DE CONDUTA

    Art. 7 -Todos os Defensores Pblicos, antes de protocolizarem

    aes civis pblicas, devero envidar esforos para a celebrao de

    TAC - Termo de Ajustamento de Conduta, nos termos do art. 5,

    6 da Lei n 7.347/85.

    1- No caso de ser firmado TAC (extrajudicial ou judicial) tais

    informaes igualmente devero ser lanadas na plataforma web,

    pelo Defensor Pblico responsvel.

    2- O Termo de Ajustamento de Conduta dever conter:

    I - o nome e a qualificao do apurado;

    II - a descrio das obrigaes assumidas;

    III - o prazo para cumprimento das obrigaes;

    IV - os fundamentos de fato e de direito;

    V - a previso de multa cominatria para o caso de

    descumprimento;

    VI - outras informaes julgadas pertinentes.

    3 - Dever haver motivao quanto adequao das obrigaes,

    dos prazos e das condies estipuladas no compromisso,

    considerando o caso concreto.

    TTULO IV - DAS AES CIVIS PBLICAS

    Art. 8 - Deflagrada Ao Civil Pblica sem a prvia instaurao de

    Procedimento de Instruo, dever o Defensor Pblico providenciar

    o registro da mesma na plataforma web da DPGE, descarregando o

  • 27

    respectivo arquivo da petio inicial, mediante a utilizao de senha

    no espao restrito.

    Pargrafo nico - O registro da Ao Civil Pblica gerar

    comunicao eletrnica automtica Corregedoria e ao Cartrio

    Unificado de Tutela Coletiva dos Ncleos Especializados, o que

    oportunizar a este ltimo o acompanhamento das aes e a

    alimentao de um banco de dados.

    TTULO V - DAS DISPOSIES FINAIS

    Art. 9 -Em observncia unidade institucional, com finalidade de

    conferir solues uniformes aos casos semelhantes, podero as

    Coordenadorias de Interesses e Direitos Coletivos institudas pela

    Resoluo DPGE n 382/2007, bem como os assessores do

    Defensor Pblico Geral e os da Corregedoria Geral, propor

    enunciados sobre as matrias relacionadas sua atuao, os

    quais, entretanto, no tero carter vinculante.

    Art. 10 - Os TACs e as aes civis pblicas distribudos

    anteriormente a esta Resoluo pelos Defensores Pblicos devero

    ser encaminhados por via eletrnica, a fim de alimentar banco de

    dados de aes, devendo este ficar disponvel para consulta por

    todos os agentes.

    Art. 11 - Os eventuais procedimentos j instaurados para apurar

    ameaa de leso a danos coletividade devero ser adequados

    aos termos da presente Resoluo no prazo de 180 dias contados

    da sua publicao.

  • 28

    Art. 12 - Esta Resoluo entra em vigor na data de sua publicao,

    revogadas as disposies em contrrio.

    Rio de Janeiro, 01 de agosto de 2012

    NILSON BRUNO FILHO

    Defensor Pblico Geral do Estado

  • 29

    RESOLUO DPGE N 651 DE 10 DE

    AGOSTO DE 2012

    DISPE SOBRE A ATRIBUIO DOS DEFENSORES PBLICOS

    NAS HIPTESES DE CONFLITO DE COMPETNCIA.

    O DEFENSOR PBLICO GERAL DO ESTADO, no uso de suas

    atribuies legais,

    CONSIDERANDO:

    - que a Defensoria Pblica instituio essencial funo

    jurisdicional do Estado, conforme postulado constitucional,

    incumbindo-lhe o papel instrumentalizador no que diz respeito ao

    direito de acesso justia;

    - o crescente nmero de reclamaes oriundas da Ouvidoria Geral

    em que os assistidos so encaminhados de um rgo a outro, sem

    receber o atendimento adequado, em razo de questes de

    atribuio no formalizadas;

    - a necessidade de melhor regulamentar as substituies dos

    Defensores Pblicos em exerccio junto aos diversos rgos da

    Defensoria Pblica; e

    - a premente necessidade de otimizar o atendimento dos assistidos

    junto a DPGE/RJ para fiel cumprimento do princpio constitucional

    de acesso justia,

    RESOLVE:

    DO CONFLITO NEGATIVO DE ATRIBUIO

    Art. 1- Ao receber o assistido para atendimento e entendendo o

    Defensor Pblico que se trata de questo fora de sua esfera de

    atribuio, dever encaminhar o assistido ao Defensor Pblico que,

    segundo seu entendimento, dever atuar, utilizando-se para tanto

    das diretrizes contidas na Resoluo DPGE n 518, de30/11/2009,

    que trata da substituio dos Defensores Pblicos Naturais, nos

    casos de impedimento e suspeio.

  • 30

    Pargrafo nico- O encaminhamento dever ser feito por ofcio

    contendo a descrio circunstanciada dos fatos, suas razes e

    juntada de documentos, se necessrio, com a qualificao do

    assistido, endereo e telefone, informando ainda o Defensor Pblico

    suscitante, seu nmero de telefone e endereo eletrnico, para

    eventual contato.

    Art. 2 - O Defensor Pblico que receber o assistido munido do

    ofcio mencionado acima, admitindo ser sua atribuio funcional,

    realizar o atendimento.

    Art. 3 - Na hiptese de o Defensor Pblico suscitado inadmitir sua

    atribuio dever remeter ofcio, acompanhado de toda a

    documentao recebida, Corregedoria Geral, preferencialmente

    por fax ou correio eletrnico, apondo seu nome completo e

    matrcula, fundamentando sua posio e indicando o Defensor

    Pblico que, segundo sua anlise, o responsvel pelo

    atendimento.

    Art. 4- Nas hipteses dos arts. 1 e 3, havendo pendncia de

    prazo fatal ou urgncia na manifestao do assistido, dever

    formalizar destaque, em negrito, na parte superior do ofcio de

    encaminhamento, bem como naquele encaminhado Corregedoria-

    Geral.

    Art. 5 - Recebida petio mencionada no art. 3, esta ser

    autuada e numerada como Conflito Negativo de Atribuio e

    imediatamente encaminhada Assessoria de Assuntos

    Institucionais para apreciao.

    Art. 6- Caber a Assessoria de Assuntos Institucionais, por

    delegao do Defensor Pblico Geral, nos termos do art. 8, inciso

    XXII da Lei Complementar n 06/77, exarar parecer conclusivo

    sobre a atribuio.

    Art. 7- Acolhido o parecer da Assessoria de Assuntos Institucionais

    pelo Defensor Pblico Geral, os autos sero novamente remetidos a

    Corregedoria-Geral.

  • 31

    Art. 8 - A deciso acerca do conflito de atribuio ser informada

    aos Defensores Pblicos envolvidos e ao assistido.

    DO CONFLITO POSITIVO DE ATRIBUIO

    Art. 9 - Na hiptese de dois Defensores Pblicos entenderem que

    tm atribuio para atuar em favor de determinado assistido ou em

    um mesmo processo, dever o Defensor Pblico que no prestou o

    atendimento formalizar o processo de dvida atravs de ofcio

    dirigido Corregedoria contendo as mesmas informaes descritas

    no art. 1, dando cincia ao Defensor Pblico que efetivamente

    prestou atendimento, se possvel for, do incidente instaurado.

    Art. 10 - Recebida petio mencionada no art. 9, esta ser

    autuada e numerada como Conflito Positivo de Atribuio e

    imediatamente encaminhada Assessoria de Assuntos

    Institucionais para apreciao.

    Art. 11- Caber Assessoria de Assuntos Institucionais, por

    delegao do Defensor Pblico Geral, nos termos do art. 8, inciso

    XXII, da Lei Complementar n 06/77, elaborar parecer conclusivo

    sobre a atribuio.

    Art. 12- Acolhido o parecer da Assessoria de Assuntos Institucionais

    pelo Defensor Pblico Geral, os autos sero novamente remetidos a

    Corregedoria Geral.

    Art. 13 - A deciso acerca do conflito de atribuio ser informada

    aos Defensores Pblicos envolvidos e ao assistido.

    Art. 14 - Os casos omissos sero decididos pela Corregedoria

    Geral, que poder requisitar parecer da Assessoria de Assuntos

    Institucionais.

    Art. 15 - Esta Resoluo entrar em vigor na data de sua

    publicao, revogadas as disposies em contrrio.

    Rio de Janeiro, 10 de agosto de 2012

    NILSON BRUNO FILHO

    Defensor Pblico Geral do Estado

  • 32

    RESOLUO DPGE N 654 DE 21 DE

    AGOSTO DE 2012

    DISPE SOBRE A CRIAO, ESTRUTURAO E ATRIBUIO

    DO SERVIO DE MEDIAO, CONCILIAO E ARBITRAGEM

    DA DEFENSORIA PBLICA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO.

    O DEFENSOR PBLICO-GERAL DO ESTADO, no uso das

    atribuies legais,

    CONSIDERANDO:

    -a autonomia administrativa, funcional e financeira prevista na

    Constituio Federal, na Lei Complementar n 80/94 e na

    Constituio Estadual, que autoriza a Defensoria Pblica a

    organizar-se de forma adequada melhor realizao do seu mnus

    pblico;

    - que a descentralizao administrativa, atravs da criao dos

    Ncleos Especializados de Atendimento, prima pela excelncia e

    crescente aperfeioamento dos servios prestados e tem como

    escopo a prestao de atendimento cada vez mais eficaz aos

    hipossuficientes, para efetiva concretizao do acesso Justia;

    - que a Defensoria Pblica instituio essencial funo

    jurisdicional do Estado, gozando de autonomia administrativa;

    -que funo institucional da Defensoria Pblica a prestao de

    orientao jurdica e, em carter prioritrio, a promoo de solues

    extrajudiciais aos litgios;

    -o papel do Defensor Pblico como agente poltico de

    transformao social, cuja atribuio primordial a educao em

    direitos;

    -que a atuao jurdica preventiva constitui o principal mecanismo

    limitador e inibidor do surgimento de litgios;

    - a necessidade de fomentar a utilizao dos meios de soluo

    extrajudicial de conflitos para a pacificao social;

  • 33

    - que dentre os mecanismos de pacificao social, so a mediao

    e a conciliao exitosas experincias que propiciam o

    fortalecimento das bases comunitrias;

    - que a cultura da paz social implementada com a instituio de

    ncleos de mediao, conciliao e arbitragem tem por escopo a

    otimizao da soluo dos conflitos, a preveno de litgios, a

    incluso social pela valorizao do ser humano e pelo respeito aos

    direitos fundamentais; e

    - a convenincia de institucionalizar a atuao extrajudicial no

    mbito da Defensoria Pblica, primando por sua efetividade;

    RESOLVE:

    Art. 1- Criar como rgo da Defensoria Pblica do Estado do Rio

    de Janeiro o SERVIO DE MEDIAO, CONCILIAO E

    ARBITRAGEM, identificado pela sigla SEMEAR.

    Art. 2- O Servio de Mediao, Conciliao e Arbitragem da

    Defensoria Pblica (SEMEAR) formado por uma Coordenadoria e

    DOIS rgos de atuao identificados como Defensorias Pblicas

    do Servio de Mediao, Conciliao e Arbitragem.

    1- O Defensor Pblico Coordenador do SEMEAR, de livre

    nomeao do Defensor Pblico Geral, ser afastado de sua

    titularidade enquanto estiver exercendo a funo.

    2 - Caso o Defensor Pblico Coordenador seja escolhido dentre

    os Defensores Pblicos Titulares do prprio Ncleo, ser designado

    outro Defensor Pblico para atuar no rgo de atuao no qual o

    Defensor Pblico Coordenador seja titular.

    3 - O Defensor Pblico Coordenador ser substitudo em suas

    faltas, licenas, frias e impedimentos por Defensor Pblico

    indicado pelo Defensor Pblico Geral.

    Art. 3- Sero objeto de MEDIAO os conflitos de interesses que

    envolvam pessoas capazes, fsicas ou jurdicas, objeto lcito, que

    possuam, preferencialmente, relao de trato sucessivo ou

  • 34

    continuado, desde que, aps sugesto do Defensor, haja

    sinalizao de interesse do assistido.

    1 - A solicitao da Mediao dever ser formulada por escrito

    pelo Defensor Pblico solicitante, que far um breve histrico da

    situao, do que pretende o interessado, bem como informar nome,

    endereo e telefone para contato, se houver, dos envolvidos no

    conflito.

    2 - O SEMEAR convidar as partes para participar da Mediao,

    agendando dia e horrio para atendimento; se qualquer das partes

    desistir ou se uma delas no concordar em participar da Mediao,

    devolver-se- ao Defensor Pblico solicitante a questo e o

    assistido interessado para a orientao jurdica e eventual

    propositura de ao judicial.

    3 -As etapas que compem o procedimento da mediao sero

    definidas pelo coordenador do SEMEAR atravs de regulamento,

    com observncia das tcnicas e metodologias utilizadas para a

    resoluo extrajudicial de conflitos.

    4 -Os fatos ou circunstncias revelados aos mediadores sero

    mantidos em sigilo, ainda quando dos encaminhamentos aos

    Defensores Pblicos com atribuio para arbitragem ou para

    propositura de medidas judiciais.

    Art. 4 -Sero objeto de ARBITRAGEM as questes que envolvam

    partes capazes e direitos patrimoniais disponveis.

    1 - A arbitragem poder ser de direito ou de eqidade, a critrio

    das partes.

    2- As partes interessadas podem submeter soluo de seus

    litgios ao Juzo Arbitral da Defensoria Pblica mediante conveno

    de arbitragem, assim entendida a clusula compromissria e o

    compromisso arbitral, nos termos da Lei n 9307/96.

    3 - O corpo de rbitros ser composto por Defensores Pblicos

    em exerccio no SEMEAR, devendo a escolha dos rbitros pelas

    partes ser feita de acordo com o regulamento do processo de

    arbitragem estabelecido pelo coordenador do SEMEAR, assim

  • 35

    como o procedimento arbitral, respeitadas as disposies da Lei n

    9307/96.

    4 - A Sentena prolatada pelo Juzo Arbitral da Defensoria

    Pblica constitui ttulo executivo extrajudicial e no est sujeita a

    recurso ou a homologao pelo Poder Judicirio, desde que

    respeitados os requisitos obrigatrios previstos nos artigos 26 e

    seguintes da Lei n 9307/96.

    Art. 5 - So atribuies do Defensor Pblico Coordenador do

    SEMEAR:

    I - representar o SEMEAR perante o Defensor Pblico Geral, aos

    Poderes Judicirio, Legislativo e Executivo, rgos da

    Administrao Pblica em Geral e Entidades Privadas ou designar,

    Defensor Pblico em exerccio no rgo para represent-lo;

    II - informar o Defensor Pblico Geral acerca das atividades

    exercidas pelo rgo, com apresentao do relatrio;

    III - convocar os Defensores Pblicos do SEMEAR para reunies

    peridicas ou extraordinrias, a fim de tratar de temas relevantes a

    respeito de mediao, conciliao, arbitragem e demais formas de

    soluo extrajudicial de conflitos;

    IV- indicar Defensor Pblico em atuao no SEMEAR para

    representar ou participar de Seminrios, Congressos ou quaisquer

    outros eventos de carter institucional relacionados Mediao,

    conciliao ou arbitragem, com a devida autorizao do Defensor

    Pblico Geral e do Corregedor-Geral quando necessrio;

    V - opinar nos pedidos de afastamento formulados pelos

    Defensores Pblicos do SEMEAR para participar de cursos,

    eventos, seminrios, palestras, congressos e congneres,

    relacionados Mediao, conciliao e arbitragem;

  • 36

    VI - Propor ao Defensor Pblico Geral a celebrao convnios ou

    parcerias com instituies, rgos e entidades, para o atendimento

    das atribuies e finalidades do SEMEAR;

    VII - elaborar e emitir categoria comunicados tcnicos sobre

    temas relacionados s atribuies do SEMEAR;

    VIII - providenciar o aparelhamento do SEMEAR com os materiais e

    recursos indispensveis ao regular exerccio de suas atribuies;

    IX- supervisionar os horrios e atividades dos servidores e

    estagirios em atuao no SEMEAR;

    X - expedir determinaes, dentro do mbito do SEMEAR, para

    regulamentar a atividade administrativa do rgo;

    XI - representar ao Corregedor-Geral da Defensoria Pblica os

    casos em que se configura falta funcional de Defensor Pblico ou

    servidor em atuao no SEMEAR;

    XII - elaborar e remeter a escala anual de frias dos servidores e

    Defensores Pblicos em exerccio no SEMEAR ao rgo

    competente, observados, quanto a estes, antiguidade na carreira

    e a necessidade do servio;

    XIII- definir as etapas do procedimento de mediao e de

    arbitragem, de acordo com as tcnicas, metodologias e estudos

    envolvendo a matria;

    XIV - fomentar a especializao jurdica e a produo intelectual e

    acadmica dos Defensores Pblicos em atuao no SEMEAR,

    atravs da realizao e designao para participao em cursos,

    reunies, debates, seminrios, congressos e outras atividades afins;

    XV- desenvolver projetos, pesquisas e cursos de capacitao

    ligados ao tema soluo extrajudicial de conflitos;

    XVI - distribuir de forma proporcional os estagirios entre os

    Defensores Pblicos em atuao no SEMEAR;

    XVII- delegar quaisquer das atribuies acima a Defensor Pblico

    em exerccio no SEMEAR.

  • 37

    Art. 6-So atribuies dos Defensores pblicos em atuao no

    Servio de Mediao, conciliao e Arbitragem, sem prejuzo de

    outras decorrentes da Lei ou da matria:

    I - realizar atendimentos, prestar orientao jurdica, atuar como

    mediador, conciliador e rbitro na soluo extrajudicial de conflitos

    de interesses, reduzindo a termo os acordos celebrados que tero

    fora de ttulo executivo extrajudicial, bem como prolatar sentena

    arbitral, nos termos da Lei n 9307/96;

    II - observar as etapas do procedimento de mediao e arbitragem

    estabelecidas pelo coordenador do SEMEAR, com base nas

    tcnicas, metodologias e estudos envolvendo a matria;

    III - encaminhar, atravs de ofcio, em caso de impossibilidade de

    composio amigvel da lide, as partes ao rgo de atuao com

    atribuio para o ajuizamento de eventual ao judicial, com prvio

    conhecimento do coordenador do SEMEAR, ou, caso cabvel,

    propor-lhes a submisso da controvrsia ao Juzo Arbitral da

    Defensoria Pblica;

    IV - promover educao em direitos e prestar orientao jurdica

    preventiva nos casos individuais que lhe forem submetidos;

    V - garantir a manuteno da confidencialidade dos processos de

    mediao e arbitragem;

    VI - manter a qualidade relacional entre as pessoas em conflito;

    VII - preservar a comunicao futura e a relao entre as partes;

    VIII- nos casos de Mediao e Conciliao, favorecer a

    consolidao de um acordo mutuamente satisfatrio.

    Art. 7 - Compete, ainda, ao Defensor Pblico em atuao no

    SEMEAR:

    I - participar de reunies peridicas ou extraordinrias, sempre que

    convocado pelo Coordenador, a fim de tratar de temas relevantes a

  • 38

    respeito de mediao, conciliao e arbitragem ou qualquer outra

    forma de resoluo extrajudicial de conflitos;

    II- participar de Seminrios, Congressos ou quaisquer outros

    eventos de carter institucional relacionados resoluo

    extrajudicial de conflitos, sempre que designado pelo Coordenador

    do SEMEAR;

    III - participar de grupos de estudos e debates organizados pela

    Coordenao do SEMEAR;

    IV - elaborar e apresentar relatrio estatstico de suas atividades ao

    Coordenador do SEMEAR, sem prejuzo do relatrio estatstico de

    que trata o art.129, 1, inciso VIII, da Lei Complementar n 06/77,

    do Estado do Rio de Janeiro;

    V- manter total integrao com o Coordenador do SEMEAR, com

    fim de garantir uniformidade de atuao no que diz respeito aos

    procedimentos adotados para a soluo extrajudicial dos conflitos;

    VI - observar as determinaes expedidas pelo Coordenador,

    dentro do mbito do SEMEAR, para regulamentar a atividade

    administrativa do rgo;

    VII - fiscalizar as atividades dos estagirios do SEMEAR, com

    avaliao mensal do grau de interesse e assiduidade;

    VIII- representar, nos casos de delegao de funes, o

    Coordenador do SEMEAR.

    Art. 8- O SEMEAR contar com uma equipe de apoio

    multidisciplinar composta por psiclogos, assistentes sociais, e

    engenheiros, os quais devero acompanhar os procedimentos de

    mediao, conciliao e arbitragem, auxiliando as partes na busca

    por uma soluo eficaz e

    harmoniosa para o conflito.

    Art. 9 - Esta resoluo entrar em vigor na data de sua publicao.

    Rio de Janeiro, 21 de agosto de 2012

  • 39

    NILSON BRUNO FILHO

    Defensor Pblico Geral do Estado

  • 40

    Resoluo DPGE n 691, de 26/06/2013

    Revoga a Resoluo DPGE n 511, de 29 de outubro de 2009 e

    normatiza o trmitedas arguies de impedimento e suspeio dos

    Defensores Pblicos.

    O DEFENSOR PBLICO GERAL DO ESTADO, no exerccio de

    suas atribuies legais, com fundamento no art. 8, inciso I, da Lei

    Complementar Estadual n 06, de 12 de maio de 1977 e art. 100 da

    Lei Complementar n 80/94;

    CONSIDERANDO que cabe aos Defensores Pblicos, na forma do

    artigo 136, da Lei Complementar n 06 /77, comunicar ao Defensor

    Pblico Geral, em expediente reservado, a razo de sua suspeio

    quando houver motivo de ordem ntima que o iniba de funcionar;

    CONSIDERANDO a necessidade da regulamentao do

    procedimento de arguio de suspeio e impedimento;

    CONSIDERANDO que a anlise das arguies de impedimento e

    suspeio foge atividade fim da Corregedoria Geral da Defensoria

    Pblica que, nos termos do artigo 103, da Lei Complementar n. 80,

    de 12 de janeiro de 1.994, rgo de fiscalizao da atividade

    funcional e da conduta dos membros e dos servidores da

    Instituio; e

    CONSIDERANDO que a eficincia um dos princpios norteadores

    da Administrao Publica, nos termos do art. 37, caput, da

    Constituio Federal;

  • 41

    RESOLVE:

    Art. 1 - As hipteses de impedimento e suspeio obedecem as

    disposies legais vigentes, nos termos da Lei Complementar

    Estadual n 6, de 12 de maio de 1977, arts. 131 a 136.

    Art. 2 - As arguies de suspeio e impedimento devem ser

    instrumentalizadas em formulrio prprio, dirigido ao Defensor

    Pblico Geral, constante do anexo, que, a fim de evitar dvidas e

    atrasos na prestao jurisdicional, dever ser instrudo com os

    documentos a seguir relacionados, sob pena do no acolhimento:

    I - cpia do ofcio de encaminhamento do assistido ao Defensor

    Pblico tabelar, e

    II - cpia da manifestao nos autos do processo judicial, salvo

    quando o suspeio/impedimento for arguido por Defensor Pblico

    em atuao nos Ncleos de Primeiro Atendimento.

    Pargrafo nico - A ausncia de encaminhamento do assistido ao

    Defensor Pblico tabelar, nas hipteses previstas na presente

    resoluo, implicar em responsabilidade funcional.

    Art. 3 - O motivo da suspeio, notadamente na hiptese do artigo

    135, inciso II, da Lei Complementar Estadual n 06/77, deve ser

    minuciosamente relatado, instrudo, se possvel, com

    documentao pertinente, sob pena do no acolhimento.

    Art. 4 -No se considera motivo para arguio de suspeio o

    simples fato de haver formalizao de reclamao pelo assistido em

  • 42

    face do Defensor Pblico ou funcionrio/estagirio ou rgo de

    atuao, exceto se houver situao coerente e justificada de

    desrespeito ao Defensor Pblico.

    Art. 5 - A hiptese do art. 131, inciso I, in fine, da Lei

    Complementar Estadual n 06/77 dever ser explanada de forma

    especfica, de modo a apurar o interesse na causa pelo Defensor

    Pblico a justificar a hiptese legal de impedimento.

    Art. 6 -O pedido de suspeio / impedimento deve ser dirigido ao

    Defensor Publico Geral e entregue ao Protocolo Geral da

    Defensoria Pblica, onde ser autuado e numerado.

    1 - O processo ser encaminhado a Chefia de Gabinete do

    Defensor Pblico Geral que requisitar parecer conclusivo da

    Assessoria de Assuntos Institucionais e Aes Rescisrias.

    2 - A Assessoria de Assuntos Institucionais e Aes Rescisrias

    analisar o cumprimento dos requisitos mnimos para a instruo do

    requerimento, dispostos na presente resoluo.

    3 - Ao Defensor Pblico Geral caber acolher, ou no, o parecer

    conclusivo da Assessoria de Assuntos Institucionais e Aes

    Rescisrias.

    4 -A cpia da deciso do Defensor Pblico Geral de acolhimento,

    ou no, da arguio de suspeio/impedimento ser encaminhada a

    Corregedoria Geral da Defensoria Pblica para cincia e

    arquivamento na pasta funcional do Defensor Pblico.

  • 43

    Art. 7 - Esta Resoluo entrar em vigor na data de sua

    publicao, revogadas as disposies em contrrio, notadamente a

    Resoluo DPGE n 511, de 29 de outubro de 2009.

    Rio de Janeiro, 26 de junho de 2013

    NILSON BRUNO FILHO

    Defensor Publico Geral do Estado

  • 44

    RESOLUO DPGE N 702 DE 04 DE

    SETEMBRO DE 2013

    APROVA O REGIMENTO INTERNO DAOUVIDORIA GERAL DA

    DEFENSORIA PUBLICADO ESTADO DO RIO DE JANEIRO.

    O DEFENSOR PBLICO GERAL DO ESTADO, no uso de suas

    atribuies legais,

    RESOLVE:

    Art. 1- Aprovar o Regimento Interno da Ouvidoria Geral da

    Defensoria Pblica do Estado do Rio de Janeiro, na forma do Anexo

    nico desta Resoluo.

    Art. 2- Esta Resoluo entrar em vigor na data de sua

    publicao,revogadas as disposies em contrrio em especial a

    Resoluo DPGE n 383/2007.

    Rio de Janeiro, 04 de setembro de 2013

    NILSON BRUNO FILHO

    Defensor Pblico Geral do Estado

    ANEXO NICO

    REGULAMENTO INTERNO DA OUVIDORIA GERAL DA

    DEFENSORIA PBLICA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO

    CAPTULO I

    DAS DISPOSIES GERAIS

  • 45

    Art. 1 - A Ouvidoria Geral da Defensoria Pblica do Estado do Rio

    de Janeiro tem por objetivo contribuir para o aperfeioamento e a

    melhoria dos padres e mecanismos de eficincia dos servios e

    das atividades desenvolvidas pela Instituio, alm do

    fortalecimento da cidadania.

    Art. 2 -A Ouvidoria detm independncia funcional com relao a

    todos os demais rgos da Defensoria Pblica, atuando em regime

    de cooperao com eles sem relao de hierarquia funcional.

    CAPTULO II

    DAS ATRIBUIES

    Art. 3 - Compete Ouvidoria as seguintes atribuies:

    I -receber denncias, reclamaes, crticas, comentrios, elogios,

    pedidos de providncias, sugestes e quaisquer outros expedientes

    que lhe sejam encaminhados acerca dos servios e atividades

    desenvolvidas pela Defensoria Pblica, seus membros e servidores;

    II - formular proposta aos rgos e setores administrativos da

    Defensoria Pblica para a adoo de medidas e providncias que

    julgar pertinentes e necessrias a promoo da qualidade e do

    aperfeioamento das atividades por eles desenvolvidas, visando ao

    adequado atendimento da populao hipossuficiente e otimizao

    da imagem institucional;

    III - promover, em conjunto com a Corregedoria Geral a realizao

    de reunies de trabalho com os rgos da Administrao e de

    execuo, conforme o caso, inclusive com outros rgos pblicos e

    privados;

    IV - coordenar e executar os servios vinculados rea de sua

    atuao, promovendo os meios necessrios adequada e eficiente

    prestao das atividades funcionais;

    V - promover, consultado o Defensor Pblico Geral, articulao com

    outros organismos pblicos e privados, visando a melhoria da

    prestao de servio da Defensoria Pblica;

  • 46

    VI -manter os interessados informados sobre medidas adotadas,

    salvo nos casos em que a lei imponha o dever de sigilo;

    VII - divulgar o seu papel institucional sociedade;

    VIII -encaminhar relatrio trimestral das suas atividades, at o

    ltimo dia do ms subsequente, ao Defensor Pblico Geral;

    IX - apresentar relatrio geral anual das atividades da Ouvidoria;

    X - desenvolver outras atribuies compatveis com a sua

    finalidade.

    Art. 4 - Os expedientes dirigidos Ouvidoria no possuem

    limitao temtica e podero ser feitos pessoalmente ou por meio

    dos canais de comunicao eletrnicos, telefnicos ou outros de

    qualquer natureza.

    1 - No sero admitidos expedientes acobertados pelo

    anonimato, com exceo daqueles que, a critrio do Ouvidor, sejam

    de relevante interesse Institucional.

    2 - As manifestaes dirigidas Ouvidoria, para efeito de

    estatstica e relatrio, sero classificadas atendendo aos critrios

    de:

    a) meios de acesso;

    b) natureza da manifestao;

    c) rgos atingidos por denncias, crticas, reclamaes e elogios;

    d) natureza das questes suscitadas nas denncias, crticas e

    reclamaes;

    e) deciso da Ouvidoria.

    Art. 5 - Todos os expedientes formalmente encaminhados

    Ouvidoria sero registrados em banco de dados e, quando no

    puderem ser respondidos imediatamente, formaro procedimentos

    numerados sequencialmente.

    1 - Quando se tratar de manifestao verbal, a Assessoria da

    Ouvidoria dever providenciar a reduo a termo.

  • 47

    2 - O interessado ser informado, para fins de acompanhamento,

    do nmero do protocolo recebido pela respectiva manifestao na

    Ouvidoria.

    3 - Nas hipteses de encaminhamento do feito a rgo da

    Defensoria Pblica, dever o seu responsvel informar Ouvidoria

    as providncias adotadas.

    Art. 6 - Compete ao Ouvidor Geral:

    I -recorrer ao Conselho Superior da Defensoria Pblica contra a

    deciso de arquivamento de procedimentos disciplinares, iniciados

    por sua provocao;

    II - usar da palavra nas reunies do Conselho Superior da

    Defensoria Pblica nos procedimentos disciplinares, iniciados por

    sua provocao, sem direito a voto;

    III - elaborar o Regimento Interno e o Manual de Procedimentos da

    Ouvidoria, submetendo-os aprovao do Defensor Pblico Geral.

    IV - registrado e autuado o procedimento, aps parecer da

    Assessoria:

    a) - arquivar de plano, caso a matria seja manifestamente

    improcedente, no tenha relevncia para a Defensoria Pblica ou

    reclame providncias incompatveis com as possibilidades legais da

    Ouvidoria;

    b) - avaliar a reclamao, sugesto, crtica, elogio, ou qualquer

    manifestao contra servidores ou membros da Defensoria Pblica,

    encaminhando-as ao Defensor Pblico Geral e/ou Corregedoria-

    Geral para adoo das providncias para a soluo dos problemas

    apresentados;

    c) - remeter aos rgos competentes as reclamaes, crticas,

    comentrios, elogios, pedidos de providncias, sugestes e

    quaisquer outros expedientes que lhe sejam encaminhados acerca

    dos servios e das atividades desempenhadas por rgos alheios

    Defensoria Pblica;

  • 48

    Art. 7- Os rgos que integram a estrutura administrativa da

    Defensoria Pblica devem prestar o apoio necessrio ao

    desempenho das atividades funcionais da Ouvidoria e as

    informaes e esclarecimentos que lhes forem solicitados pelo

    Ouvidor, salvo os casos em que a lei assegure o dever de sigilo.

    1- No se tratando de caso de sigilo, as informaes, depois de

    recebidas e analisadas pelo Ouvidor, sero repassadas a outros

    rgos e aos interessados para cincia por meio de sistema

    eletrnico prprio da Ouvidoria.

    2- A omisso injustificada no atendimento s solicitaes da

    Ouvidoria ou o cerceamento das atividades inerentes ao exerccio

    de suas atribuies, depois de ter sido dada a oportunidade aos

    interessados, podero, ao juzo do Ouvidor, ser comunicados ao

    Defensor Pblico Geral e/ou Corregedoria-Geral.

    Art. 8-O Ouvidor comunicar as providncias adotadas e

    encaminhar as informaes solicitadas aos interessados em

    linguagem didtica e acessvel.

    CAPTULO III

    DA ESTRUTURA E DO FUNCIONAMENTO DA OUVIDORIA

    Art. 9 - A Ouvidoria composta pelo Ouvidor e por sua assessoria.

    Pargrafo nico- Para fins administrativos, a Ouvidoria vincula-se

    ao Gabinete do Defensor Pblico Geral.

    Art. 10 -Compete ao Ouvidor chefiar a Ouvidoria, praticando todos

    os atos administrativos e executivos a ela referentes e

    representando-a junto sociedade e ao Estado.

    Art. 11 - A Assessoria da Ouvidoria composta por coordenadores

    assessores nomeados pelo Defensor Geral.

    Art. 12 - So atribuies da Assessoria da Ouvidoria:

  • 49

    I - dirigir e coordenar os trabalhos de apurao dos fatos

    mencionados no art. 6, IV, encaminhando-os com parecer ao

    Ouvidor;

    II - promover as necessrias diligncias visando ao esclarecimento

    da questo em anlise, inclusive o chamamento das pessoas

    envolvidas no evento;

    III - abrir, registrar, autenticar, encerrar e zelar pela atualizao dos

    livros, procedimentos, arquivos e documentao da Ouvidoria;

    IV - assessorar os trabalhos gerais da Ouvidoria, sugerindo

    medidas no interesse das atividades da Defensoria Pblica.

    V - elaborar e encaminhar expedientes;

    VI - fornecer certides dos atos da Ouvidoria a quem solicitar;

    VII - administrar e inserir em sistema eletrnico prprio, traduzindo-

    lhes o contedo e os dados essenciais, as manifestaes dirigidas

    Ouvidoria;

    VIII - redigir pareceres, relatrios, despachos, correspondncias e

    outros

    documentos, submetendo os respectivos textos considerao do

    Ouvidor;

    IX - exercer outras atividades compatveis com suas atribuies.

    1 -No cumprimento do inciso II o Ouvidor ou Assessores, por

    delegao, podero entrevistar o reclamante para levantamento de

    todos os dados e informaes para esclarecimento do fato,

    reduzindo a termo as declaraes.

    2 - O Defensor Pblico ou servidor apontado poder se

    manifestar acerca do fato, no prazo de 15 (quinze) dias, contados

    da data de recebimento do expediente que o cientificou.

    Art. 13 - A Ouvidoria observar, no desenvolvimento de suas

    atividades, inclusive atendimento ao pblico, o horrio oficial de

    funcionamento dos rgos da Defensoria Pblica do Estado do Rio

    de Janeiro.

  • 50

    CAPTULO IV

    DAS DISPOSIES FINAIS

    Art. 14 - O Defensor Geral assegurar a estrutura administrativa

    mnima necessria ao funcionamento da Ouvidoria da Defensoria

    Pblica.

    Art. 15 - As dvidas que surgirem na execuo deste Regimento,

    sero resolvidos pelo Defensor Pblico Geral.

  • 51

    DELIBERAO CS/DPGE/RJ N 94 DE 24 DE JANEIRO DE 2014

    DISPE SOBRE O REGIMENTO INTERNO DO CONSELHO

    SUPERIOR DA DEFENSORIA PBLICA DO ESTADO DO RIO DE

    JANEIRO

    O CONSELHO SUPERIOR DA DEFENSORIA PBLICA DO

    ESTADO DO RIO DE JANEIRO , no uso de suas atribuies legais,

    nos termos dos artigos 101 e 102 da Lei Complementar Federal n.

    80, de 12 de janeiro de 1994 e art. 16, inc. XII, da Lei

    Complementar Estadual n. 06, de 12 de maio de 1977, DELIBERA

    instituir seu Regimento Interno, nos termos seguintes:

    DISPOSIO INICIAL

    Art. 1 - O Conselho Superior rgo da Administrao Superior da

    Defensoria Pblica.

    Ttulo I

    DO CONSELHO SUPERIOR

    Captulo I

    DA COMPOSIO DO CONSELHO SUPERIOR

    Art. 2 - Integram o Conselho Superior da Defensoria Pblica o

    Defensor Pblico Geral do Estado, o Primeiro Subdefensor Pblico-

    Geral do Estado, o Segundo Subdefensor Pblico-Geral do Estado,

    o Corregedor-Geral da Defensoria Pblica do Estado, o Ouvidor-

    Geral, como membros natos e 06 (seis) representantes estveis da

    Carreira, eleitos pelo voto direto, plurinominal, obrigatrio e secreto

    de seus membros, sendo facultado o voto aos membros da

    Defensoria Pblica aposentados, exceto aqueles que, aps a sua

    aposentadoria, exeram ou tenham exercido funo pblica em

    outra carreira na rea jurdica da Unio, Estados ou Municpios.

    1 - O Presidente da entidade de classe de maior

    representatividade dos membros da Defensoria Pblica do Estado

    do Rio de Janeiro ter assento e voz nas reunies do Conselho

    Superior, sem direito a voto, podendo se fazer representar por um

  • 52

    dos integrantes da respectiva Diretoria, na hiptese de

    impossibilidade eventual de comparecimento s sesses do

    colegiado.

    2 - Ouvidor-Geral ter assento e voz, no tendo direito a voto.

    3 - O Corregedor-Geral ser substitudo pelo Subcorregedor-

    Geral em suas faltas, impedimentos, suspeies, licenas e frias.

    Art. 3 - O Conselho Superior da Defensoria Pblica ter a seguinte

    estrutura administrativa:

    I- Presidncia;

    II - Conselheiros;

    III - Secretaria;

    IV - Secretaria Executiva.

    CAPTULO II

    DA COMPETNCIA DO CONSELHO SUPERIOR

    Art. 4 - Compete ao Conselho Superior:

    I- exercer as atividades consultivas, normativas e decisrias nos

    termos da Lei Complementar Federal n 80, de 12 de janeiro de

    1994 e da Lei Complementar Estadual n 06, de 12 de maio de

    1977;

    II - elaborar e alterar seu Regimento Interno e as normas

    reguladoras da eleio de seus membros Classistas;

    III - regulamentar a eleio para formao da lista trplice a ser

    encaminhada ao Governador do Estado para nomeao do

    Defensor Pblico Geral;

    IV - organizar as listas de promoo por antiguidade e por

    merecimento; V- regulamentar os critrios a serem adotados para

    as promoes por merecimento;

    VI - aprovar a lista anual de antiguidade, bem como julgar as

    reclamaes dela interpostas;

  • 53

    VII - atualizar as listas de antiguidade dos membros da Defensoria

    Pblica na data da ocorrncia da vaga na respectiva categoria;

    VIII - organizar o concurso para provimento de cargos da carreira da

    Defensoria Pblica, emitindo parecer aos componentes das Bancas

    Examinadoras bem como seus respectivos Presidentes;

    IX - recomendar as medidas necessrias ao regular funcionamento

    da Defensoria Pblica a fim de assegurar o seu

    prestgioeaplenaconsecuo de seus fins;

    X- representar ao Defensor Pblico Geral sobre qualquer assunto

    que interesse organizao da Defensoria Pblica;

    XI - pronunciar-se sobre qualquer assunto que lhe seja submetido

    pelo Defensor Pblico Geral;

    XII - regular o Estgio Confirmatrio e designar a Comisso que

    acompanhar a atuao do Defensor Pblico em estgio;

    XIII - confirmar, ou no, na carreira, o Defensor Pblico ao final de

    seu estgio probatrio;

    XIV - julgar os recursos contra decises proferidas em processos

    disciplinares de membros da Defensoria Pblica;

    XV - decidir sobre a fixao ou a alterao de atribuies dos

    rgos de atuao da Defensoria Pblica;

    XVI - decidir, em grau de recurso sobre os conflitos de atribuies

    entre membros da Defensoria Pblica;

    XVII - aprovar o plano de atuao da Defensoria Pblica do Estado,

    cujo projeto ser precedido de ampla divulgao, assegurando-se a

    participao de todos os Defensores Pblicos e popular, nos termos

    deste Regimento;

    XVIII - decidir a respeito de sua competncia;

    XIX - zelar pela autonomia funcional, administrativa e iniciativa para

    elaborao da proposta oramentria da Defensoria Pblica;

  • 54

    XX - promover a observncia das prerrogativas dos membros da

    Defensoria Pblica e dos princpios e objetivos desta bem como das

    respectivas funes institucionais;

    XXI - opinar sobre cesso de Defensor Pblico a outro rgo da

    administrao pblica direta, indireta ou fundacional;

    XXII - regulamentar e formar a lista trplice, dentre os integrantes da

    classe mais elevada da Carreira, a fim de que o Defensor Pblico

    Geral nomeie o Corregedor-Geral;

    XXIII - requisitar ao Corregedor-Geral os relatrios de correies

    ordinrias ou extraordinrias;

    XXIV- destituir o Corregedor-Geral, antes do trmino do mandato

    deste, por proposta do Defensor Pblico Geral, pelo voto de dois

    teros de seus membros;

    XXV - editar as normas regulamentadoras da formao da lista

    trplice para escolha do Ouvidor-Geral;

    XXVI - formar a lista trplice para escolha do Ouvidor-Geral pelo

    Defensor Pblico Geral;

    XXVII - definir a estrutura da Ouvidoria-Geral, aps proposta do

    Ouvidor-Geral;

    XXVIII - colaborar com a atuao da Ouvidoria-Geral, sugerindo as

    medidas pertinentes ao bom desempenho das funes acometidas

    por lei quele rgo, requisitando, inclusive, a apresentao de

    documentos, salvo nas hipteses de sigilo legalmente previstos;

    XXIX - conhecer e deliberar sobre as reclamaes a respeito da

    atuao da Ouvidoria-Geral;

    XXX - convocar, pela maioria de seus membros e a critrio destes,

    audincias pblicas, quando a matria submetida apreciao

    versar tema de relevncia institucional;

    XXXI - promover consulta direta Classe, por proposta de qualquer

    cidado, quando a matria submetida a sua apreciao for de

    relevncia institucional a critrio de seus membros e expedir as

    normas que a regulamentaro;

  • 55

    XXXII - decidir a respeito do licenciamento dos seus membros;

    XXXIII - deliberar a respeito das matrias que sero colocadas em

    pauta nas sesses;

    XXXIV - julgar os recursos interpostos contra decises que digam

    respeito s suas atribuies;

    XXXV - exercer outras atribuies que lhes forem conferidas pela

    Lei ou por este Regimento Interno.

    CAPTULO III

    DA PRESIDNCIA

    Art. 5 - O Conselho Superior presidido pelo Defensor Pblico-

    Geral. 1- O Presidente ser substitudo, obedecida a ordem,

    pelos 1 e 2 Subdefensores Pblicos Gerais do Estado, nas faltas,

    licenas, impedimentos e frias.

    2- O presidente do Conselho Superior ter, alm do voto de

    Conselheiro, o de qualidade, exceto em matria disciplinar.

    Art. 6 So atribuies do Presidente do Conselho Superior:

    I- observar e fazer observar este Regimento Interno;

    II - dar cumprimento s deliberaes do Conselho;

    III - dar posse aos Conselheiros;

    IV - exercer a direo administrativa do Conselho e presidir as suas

    sesses, zelando pela urbanidade e garantindo a tranquilidade dos

    trabalhos;

    V- determinar as providncias obteno de elementos

    necessrios ou teis ao exame de matria submetida ao Conselho;

    VI - despachar os expedientes, requerimentos, reclamaes,

    recursos, propostas, representaes e correspondncias dirigidos

    ao Conselho no prazo de 48 (quarenta e oito) horas aps o

    recebimento, determinando a sua cincia imediata aos demais

    Conselheiros, por meio de correio eletrnico ou qualquer outro meio

    que comprove a cincia inequvoca do destinatrio;

  • 56

    VII - comunicar aos demais membros, nas reunies, as providncias

    de carter administrativo em que haja interesse da Defensoria

    Pblica, bem como os assuntos que julgar conveniente dar cincia;

    VIII - submeter deliberao do Conselho as matrias de sua

    atribuio; IX - convocar sesses ordinrias, extraordinrias e

    solenes sempre que entender necessrio ou for regimentalmente

    exigvel, observado o interesse institucional e a solicitao de

    convocao pelos Conselheiros, cuja pauta ser amplamente

    divulgada;

    X- organizar a pauta das sesses observadas s solicitaes dos

    Conselheiros e as determinaes colegiado para incluso em pauta

    de assuntos;

    XI - encaminhar ao Secretrio, com antecedncia mnima de 10

    dias, as matrias que devam constar da pauta das sesses do

    Conselho Superior, ressalvados os casos de convocaes

    extraordinrias;

    XII - abrir, prorrogar, suspender e encerrar as sesses;

    XIII - proceder verificao do quorum no incio de cada sesso;

    XIV - determinar o encaminhamento por meio de correio eletrnico

    aos demais Conselheiros da ata da sesso anterior.

    XV - determinar seja consignado na ata de sesso em curso os

    fatos, declaraes, votos e deliberaes que nela tenham ocorrido;

    XVI - submeter a exame e, em sendo o caso, discusso e votao

    as matrias do Expediente;

    XVII - pr em discusso e votao as matrias da Ordem do Dia e

    proclamar o seu resultado;

    XVIII - conceder a palavra ao Conselheiro que a pedir, pela ordem;

    XIX - participar das discusses e votar, na qualidade de

    Conselheiro, proferindo tambm, em caso de empate, o voto de

    qualidade, salvo nos processos administrativos disciplinares;

  • 57

    XX - exercer a representao do Conselho, sem prejuzo da

    indicao do Colegiado de representante para solenidade ou

    evento;

    XXI - fazer publicar na imprensa oficial e no portal da defensoria

    Pblica mantido na rede mundial de computadores, sem restrio

    de acesso, a ntegra das atas das sesses, seus Assentos, Atos,

    Avisos e Recomendaes;

    XXII - convocar os Conselheiros Suplentes, nos casos previstos

    neste Regimento;

    XXIII - determinar as providncias necessrias ao bom desempenho

    das funes do Conselho Superior da Defensoria Pblica e

    observncia de seu Regimento Interno;

    XXIV - exercer as demais competncias e usar das prerrogativas

    fixadas em lei ou regulamento.

    CAPTULO IV DA SECRETARIA DO CONSELHO SUPERIOR

    Art. 7 - A Secretaria do Conselho Superior ser composta pelo

    Secretrio que a dirigir e por um Secretrio-Executivo, designado

    dentre os servidores nela lotados.

    Art. 8 - Exercer a funo de Secretrio do Conselho Superior,

    sem prejuzo de voto, o Conselheiro escolhido dentre seus

    membros e, em caso de no se apresentar nenhum candidato, o 2

    Subdefensor Geral do Estado.

    Pargrafo nico - Na sua falta eventual, licenciamento, suspeio

    ou impedimento, o Secretrio do Conselho Superior ser substitudo

    pelo Conselheiro que for designado pelos demais presentes

    sesso.

    Art. 9 - So atribuies do Secretrio:

    I- dirigir e supervisionar os servios da Secretaria do Conselho;

    II - submeter as pautas das reunies do Conselho aprovao do

    Presidente para publicao; III - secretariar as reunies do

    Conselho Superior e providenciar o registro, em livro prprio e em

    arquivo digitalizado, das atas das reunies, subscrevendo-as e

  • 58

    fazendo public-las no rgo da imprensa oficial e no portal da

    Defensoria Pblica mantido na rede mundial de computadores, sem

    restrio de acesso;

    IV - dar publicidade, atravs do rgo da imprensa oficial e do no

    portal da Defensoria Pblica mantido na rede mundial de

    computadores, sem restrio de acesso;

    V- zelar pela guarda e conservao dos livros e arquivos, inclusive

    digitais, do Conselho Superior;

    VI - auxiliar o Presidente no desempenho de suas funes;

    VII - expedir certides dos assentamentos do Conselho Superior;

    VIII - delegar ao Secretrio-executivo a assinatura do expediente da

    Secretaria do Conselho.

    CAPTULO V

    DA SECRETARIA EXECUTIVA

    Art. 10 - O Secretrio-Executivo ser designado dentre os

    servidores lotados na Secretaria do Conselho Superior.

    Art. 11 - Cabe Secretaria Executiva:

    I- organizar as pautas das reunies do Conselho, submetendo-as

    ao Secretrio do Conselho Superior;

    II - proceder lavratura, em livro prprio, das atas aprovadas das

    reunies do Conselho Superior;

    III - ordenar e instruir os feitos submetidos apreciao do

    Conselho Superior; IV - certificar a tempestividade dos

    requerimentos de promoo, recusa a esta e recursos;

    V- exercer todos os trabalhos pertinentes secretaria, arquivo e

    registro do Conselho Superior, em especial os servios de digitao

    e reprografia para os Conselheiros.

    CAPTULO VI

    DOS MEMBROS CLASSISTAS

  • 59

    Art. 12 - So elegveis para a funo de Conselheiro Classista os

    membros estveis da Carreira da Defensoria Pblica que no

    estejam afastados da carreira.

    Art. 13 - So inelegveis os Defensores Pblicos, alm dos que

    estiverem afastados da carreira, aqueles em exerccio de cargo ou

    funo na administrao da Defensoria Pblica e, ainda, os adidos

    ao Gabinete, salvo se afastados h mais de 6 (meses) anteriores

    eleio.

    Art. 14 - Os membros classistas sero eleitos na forma do artigo 2

    deste Regimento.

    Art. 15 - Sero considerados eleitos os que obtiverem o maior

    nmero de votos.

    Pargrafo nico - Eventual empate que ocorrer na votao resolver-

    se- em favor do mais antigo na Carreira.

    Art. 16 - Juntamente com os membros Classistas titulares e pelo

    mesmo processo, atendidas as mesmas condies de elegibilidade,

    sero eleitos 6 (seis) membros suplentes seguindo-se a ordem da

    votao.

    Art. 17 - O mandato dos membros eleitos do Conselho Superior

    de 2 (dois) anos, permitida uma reeleio.

    Art. 18 - O perodo do exerccio do mandato dos membros

    classistas do Conselho Superior ter incio com o ano civil,

    realizando-se as eleies respectivas dentro de sessenta dias

    anteriores ao trmino do mandato. Art. 19 - Perder o mandato o

    Conselheiro Classista que se afastar da carreira para exercer

    funes estranhas Instituio ou que deixar de comparecer

    injustificadamente, a critrio do Conselho Superior, a 3 (trs)

    sesses, ordinrias ou extraordinrias consecutivas ou 5 (cinco)

    alternadas.

    1- Suspende-se o mandato do Conselheiro Classista que assumir

    cargo ou funo junto administrao da Defensoria Pblica, ou se

    estiver adido ao gabinete.

  • 60

    2- O membro Classista do Conselho Superior dever apresentar

    ao Presidente, antes do incio da sesso ou, em casos

    excepcionais, na primeira oportunidade, a justificativa da

    impossibilidade de comparecimento sesso.

    3- O Conselho Superior da Defensoria Pblica na sesso

    seguinte apresentao da justificativa decidir, por maioria, o

    acolhimento ou no desta.

    4- Ser inserido em ata o resultado da deliberao acerca das

    justificativas apresentadas.

    5 - Decretada a perda do mandato, ser convocado suplente

    para preenchimento da vaga.

    Art. 20 - Na ausncia, justificada ou injustificada, do Conselheiro

    Classista titular ser convocado o suplente, obedecida a ordem

    decrescente da votao.

    Pargrafo nico - No se instalar a sesso se, comunicada a

    ausncia do Conselheiro Classista titular nas 48 (quarenta e oito)

    horas anteriores, no for possvel a convocao prvia, na forma

    deste regimento, dos conselheiros suplentes, obedecida a ordem de

    votao.

    Art. 21 - So atribuies dos Conselheiros:

    I- participar das reunies, deliberando e votando as matrias

    submetidas ao Conselho, assinar as atas aprovadas e pedir suas

    retificaes e seus aditamentos, se for o caso; II - relatar os feitos

    que lhe forem distribudos, proferir, redigir e subscrever o respectivo

    voto;

    III - comunicar ao Conselheiro Presidente os casos de impedimento

    ou suspeio; IV - comunicar Secretaria do Conselho, com

    antecedncia mnima de 5 (cinco) dias da sesso, se pretende

    exercer as funes durante as respectivas frias ou licenas; V -

    justificar eventuais faltas;

    VI - exercer outras funes previstas em lei.

  • 61

    1- O Conselheiro dar-se- por impedido ou suspeito nos casos

    previstos nos artigos 131 e 132 da Lei Complementar 80/94 e

    artigos 131, 132 e 135 da Lei Complementar 06/77, no que couber e

    nas demais hipteses previstas em Lei.

    2- Arguidos o impedimento ou a suspeio e no sendo acolhida

    pelo arguido o Conselho superior decidir por maioria de votos.

    TTULO IIDO PROCESSO

    CAPTULO IDAS DISPOSIES GERAIS

    Art. 22 - Os processos de atribuio do Conselho Superior seguiro

    o procedimento estabelecido neste ttulo.

    Art. 23 - Qualquer pessoa, fsica ou jurdica, poder exercer o direito

    de petio junto ao Conselho Superior.

    Art. 24 - O requerimento ser dirigido ao Presidente do Conselho

    Superior por escrito e dever ser entregue no Protocolo Geral ou

    por correio eletrnico, constando deste necessariamente:

    I- nome, qualificao, endereo e, se for o caso, matrcula do

    requerente;

    II - os fundamentos de fato e de direito que justifiquem a apreciao

    da matria pelo rgo colegiado;

    III - o pedido.

    1 - O requerimento dever ser instrudo obrigatoriamente com

    documento de identificao ou prova do registro dos atos

    constitutivos se o requerente for pessoa jurdica de direito privado.

    2 - Em se tratando de Defensor Pblico ser dispensada a

    apresentao de documento de identificao.

    3 - Os requerimentos formulados por correio eletrnico sero

    impressos pela Secretaria do Conselho Superior e protocalos no

    prazo mximo de 24 (vinte) horas.

    Art. 25 - Os requerimentos de qualquer espcie, recursos em

    procedimentos disciplinares, processos instaurados de ofcio e

  • 62

    quaisquer correspondncias sero protocolados no Protocolo Geral

    da Defensoria Pblica no dia da entrada, na ordem de recebimento,

    e registrados at o primeiro dia til imediato.

    1 - Se o requerimento inicial contiver cumulao de pedidos que

    no guardem pertinncia temtica, o requerente ser intimado para

    que, no prazo de cinco (5) dias, individualize em peas autnomas

    cada uma das pretenses deduzidas, sob pena de indeferimento.

    2 - O recebimento de qualquer requerimento, expediente,

    recurso, procedimento ou comunicado dirigido ao Conselho

    Superior dever ser informado, no prazo mximo de 24 horas teis,

    a todos os Conselheiros, cabendo Secretaria dar-lhes cincia do

    seu inteiro teor, podendo utilizar-se para tanto de correio eletrnico.

    Art. 26 - O registro far-se- em numerao contnua e seriada,

    observadas as seguintes classes processuais:

    I- Recurso em Procedimento Administrativo Disciplinar;

    II - Pedido de Providncias;

    III - Arguio de Suspeio e Impedimento;

    IV - Reclamao para Garantia das Decises;

    V- Ato Normativo;

    VI- Aprovao do plano de atuao da Defensoria Pblica do

    Estado;

    VII- Fixao ou a alterao de atribuies dos rgos de atuao da

    Defensoria Pblica;

    VIII- Requerimento de afastamento de titularidade;

    IX- Requerimento de cesso de Defensor Pblico para rgos da

    Administrao direta, indireta ou fundacional Federal, Estadual,

    Municipal, d