relatÓrio das atividades realizadas pelo cejur no ano … · 2020. 10. 7. · tendo em atenção...

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RELATÓRIO DAS ATIVIDADES REALIZADAS PELO CEJUR NO ANO DE 2017

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  • RELATÓRIO DAS ATIVIDADES REALIZADAS PELO CEJUR NO ANO DE 2017

  • iii Relatório de Atividades|2017

    SUMÁRIO EXECUTIVO

    O Centro Jurídico da Presidência do Conselho de Ministros (CEJUR) foi extinto

    através do Decreto-Lei n.º 149/2017, de 6 de dezembro, sucedendo o Centro de

    Competências Jurídicas do Estado (JurisAPP) nas suas atribuições. A extinção do

    CEJUR apenas produziu efeitos a 2 de janeiro de 2018, pelo que durante o ano de

    2017 este serviço continuou a desempenhar as funções que lhe foram atribuídas

    pelo Decreto-Lei n.º 2/2012, de 16 de janeiro.

    Atendendo ao exposto e em cumprimento do estabelecido no Decreto-Lei n.º

    183/96, de 27 de setembro, em conjugação com o disposto na alínea e) do n.º 1 do

    artigo 8.º da Lei 66-B/2007, de 28 de dezembro, na sua redação atual, o presente

    documento visa apresentar as atividades executadas no ano de 2017 pelo CEJUR.

    A taxa de concretização do Plano de Atividades foi de 100% pois todos os

    objetivos foram alcançados.

    A taxa de realização final do QUAR foi de 105,8%. O objetivo de eficácia foi

    cumprido e os objetivos de eficiência e de qualidade foram superados, com as

    seguintes taxas de realização: eficácia – 100,0%; eficiência – 124,4% e qualidade –

    105,0%. Os parâmetros de avaliação do QUAR foram ponderados da seguinte

    forma: eficácia – 60%; eficiência – 20%; e qualidade – 20%. Nenhum indicador

    apresentou uma taxa de realização superior a 125%, o que revela um adequado

    planeamento das metas traçadas.

    Desta forma, os resultados obtidos no QUAR fundamentam a proposta de menção

    de “Desempenho Bom” para o CEJUR, no ano de 2017.

  • v Relatório de Atividades|2017

    Índice

    1. NOTA INTRODUTÓRIA .................................................................................................... 1

    1.1 ANÁLISE CONJUNTURAL ................................................................................................ 4

    1.2 ENQUADRAMENTO INSTITUCIONAL .............................................................................. 5

    2. OBJETIVOS PROSSEGUIDOS PELO CEJUR ................................................................... 9

    2.1. OBJETIVOS ESTRATÉGICOS .......................................................................................... 11

    2.2. OBJETIVOS OPERACIONAIS .......................................................................................... 11

    3. MATRIZ DE OBJETIVOS ESTRATÉGICOS, OPERACIONAIS E ATIVIDADES ....... 13

    4. ATIVIDADES DESENVOLVIDAS................................................................................... 17

    4.1. CONTENCIOSO E CONSULTORIA JURÍDICA ............................................................... 19

    4.1.1. DECISÕES NOS PROCESSOS PATROCINADOS PELO CEJUR ................................... 19

    4.1.2. SOLICITAÇÕES EM MATÉRIA DE PARCERÍSTICA .................................................... 21

    4.1.3. APOIO AO PROCESSO LEGISLATIVO ..................................................................... 22

    4.2. RELAÇÕES DE COOPERAÇÃO COM ENTIDADES INTERNACIONAIS E NACIONAIS ..... 25

    4.3. PARTILHA DE CONHECIMENTO ............................................................................... 29

    4.4. GESTÃO EFICAZ E EFICIENTE DOS RECURSOS FINANCEIROS E HUMANOS ............... 30

    4.4.1. LEGAL E REGULAR EXECUÇÃO ORÇAMENTAL ..................................................... 31

    4.4.2. CUMPRIMENTO DOS NORMATIVOS LEGAIS NO ÂMBITO DO SIADAP 3................ 31

    4.5. MECANISMOS DE PARTILHA DE SERVIÇOS COM A SGPCM ...................................... 32

    4.6. SATISFAÇÃO DE CLIENTES E COLABORADORES ....................................................... 33

    4.7. FORMAÇÃO PROFISSIONAL ....................................................................................... 35

    4.8. PREVENÇÃO DE RISCOS DE CORRUPÇÃO E INFRAÇÕES CONEXAS............................ 36

    4.9. IGUALDADE DE GÉNERO, CIDADANIA E NÃO DISCRIMINAÇÃO ............................... 39

    5. AVALIAÇÃO DO IMPACTO LEGISLATIVO ................................................................. 41

    6. PUBLICIDADE INSTITUCIONAL .................................................................................. 45

    7. GESTÃO PATRIMONIAL ................................................................................................. 49

  • vi Relatório de Atividades|2017

    8. MEDIDAS DE MODERNIZAÇÃO ADMINISTRATIVA ............................................... 53

    9. RECURSOS AFETADOS ................................................................................................... 57

    9.1 RECURSOS FINANCEIROS ............................................................................................. 59

    9.2 RECURSOS HUMANOS .................................................................................................. 61

    9.2.1 DIREÇÃO .................................................................................................................. 61

    9.2.2 CONSULTORES ......................................................................................................... 61

    9.2.3 TÉCNICOS SUPERIORES ............................................................................................ 61

    9.2.4 PESSOAL DE APOIO ADMINISTRATIVO ..................................................................... 62

    9.2.5 SÍNTESE DOS RECURSOS HUMANOS .......................................................................... 62

    10. AUTOAVALIAÇÃO DO SERVIÇO .............................................................................. 63

    9.1. OBJETIVOS DEFINIDOS NO QUAR .......................................................................... 65

    9.2. RESULTADOS ALCANÇADOS NOS OBJETIVOS CONSTANTES DO QUAR DE 2017 E

    ANÁLISE DOS DESVIOS ......................................................................................................... 66

    9.2.1. RECURSOS HUMANOS .......................................................................................... 69

    9.2.2. RECURSOS FINANCEIROS...................................................................................... 70

    9.3. APRECIAÇÃO, POR PARTE DOS UTILIZADORES, DA QUANTIDADE E QUALIDADE DOS

    SERVIÇOS PRESTADOS .......................................................................................................... 71

    9.4. AUDIÇÃO DE TRABALHADORES NA AUTOAVALIAÇÃO DOS SERVIÇOS...................... 73

    9.5. AVALIAÇÃO DO SISTEMA DE CONTROLO INTERNO ................................................. 73

    9.6. ANÁLISE DAS CAUSAS DE INCUMPRIMENTO DE AÇÕES OU PROJETOS NÃO

    EXECUTADOS OU COM RESULTADOS INSUFICIENTES ........................................................... 75

    9.7. MEDIDAS PARA UM REFORÇO POSITIVO DO DESEMPENHO ..................................... 76

    9.8. COMPARAÇÃO COM O DESEMPENHO DE SERVIÇOS IDÊNTICOS, NO PLANO

    NACIONAL E INTERNACIONAL ............................................................................................. 76

    9.9. AVALIAÇÃO FINAL ................................................................................................... 77

    ANEXO 1 .................................................................................................................................... 81

    ANEXO 2 .................................................................................................................................... 85

  • vii Relatório de Atividades|2017

    ANEXO 3 .................................................................................................................................. 107

    ANEXO 4 .................................................................................................................................. 129

    ANEXO 5 .................................................................................................................................. 137

    ANEXO 6 .................................................................................................................................. 145

    ANEXO 7 .................................................................................................................................. 153

    ANEXO 8 .................................................................................................................................. 161

    ANEXO 9 .................................................................................................................................. 189

    ANEXO 10 ................................................................................................................................ 195

  • viii Relatório de Atividades|2017

    Lista de abreviaturas e siglas

    AP Administração Pública

    CEJUR Centro Jurídico da Presidência do Conselho de Ministros

    CIG Comissão para a Cidadania e a Igualdade de Género

    CPC Conselho da Prevenção da Corrupção

    DGAEP Direção-Geral da Administração e do Emprego Público

    DGPJ Direção-Geral da Política de Justiça

    JurisAPP Centro de Competências Jurídicas do Estado

    OCDE Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico

    PA Plano de Atividades

    PCM Presidência do Conselho de Ministros

    PPRCIC Plano de Prevenção de Riscos de Corrupção e Infrações Conexas

    QUAR Quadro de Avaliação e Responsabilização

    SGPCM Secretaria-Geral da Presidência do Conselho de Ministros

    SIADAP Sistema Integrado de Gestão e Avaliação do Desempenho na

    Administração Pública

    V PNI V Plano Nacional para a Igualdade

  • ix Relatório de Atividades|2017

    Lista de figuras, quadros, gráficos e tabelas

    FIGURA 1 – ORGANOGRAMA DO CEJUR ………………………………………... 8

    QUADRO 1 – MATRIZ DE OBJETIVOS ESTRATÉGICOS, OBJETIVOS OPERACIONAIS E

    ATIVIDADES …..…..........................................................................................

    15

    GRÁFICO 1 – PROCESSOS FINDOS, TRANSITADOS EM JULGADO ENTRE 2013 E 2017. 20

    TABELA 1 – N.º DE SOLICITAÇÕES POR TIPOLOGIA DE PROCESSOS, NO ÂMBITO

    DO CONTENCIOSO E DA CONSULTORIA JURÍDICA (2013 A 2017) ……

    22

    GRÁFICO 2 – N.º DE SOLICITAÇÕES POR TIPOLOGIA DE PROCESSOS, NO ÂMBITO

    DO CONTENCIOSO E DA CONSULTORIA JURÍDICA (2013 A 2017)……..

    23

    GRÁFICO 3 – EVOLUÇÃO DA ATIVIDADE DESENVOLVIDA PELO CEJUR POR TIPOS

    DE PROCESSOS (1993 A 2017) …………………………….…………..

    24

    TABELA 2 – N.º DE TRABALHADORES QUE FREQUENTARAM AÇÕES DE

    FORMAÇÃO, EM 2017 ………………………………………………..

    36

    QUADRO 2 – MEDIDAS A ADOTAR NO ÂMBITO DA PREVENÇÃO DE RISCOS DE

    CORRUPÇÃO E INFRAÇÕES CONEXAS ………………..………………

    37

    TABELA 3 – ORÇAMENTO DO CEJUR EM 2017 ……………………………..…… 58

    TABELA 4 – EVOLUÇÃO DA DESPESA DO CEJUR NOS ÚLTIMOS 3 ANOS ………..... 59

    TABELA 5 – N.º DE TRABALHADORES EM 01/01/2017 E 31/12/2017……………. 61

    QUADRO 3 – OBJETIVOS ESTRATÉGICOS E OPERACIONAIS CONSTANTES NO

    QUAR|2017 …………………………………………………………

    64

    TABELA 6 – AVALIAÇÃO FINAL DO ORGANISMO (QUAR|2017) ………………… 67

    TABELA 7 – EVOLUÇÃO DOS INDICADORES DO QUAR, ENTRE 2015 E 2017 .. …... 68

    TABELA 8 – RECURSOS HUMANOS PLANEADOS E EXECUTADOS ………………… 68

    TABELA 9 – RECURSOS FINANCEIROS PLANEADOS E EXECUTADOS ………….….. 69

    TABELA 10 – BENCHMARKING - GESTÃO DE RECURSOS NO ANO DE 2017 ………... 75

  • 1 Relatório de Atividades|2017

    1. NOTA INTRODUTÓRIA

    __________________________________________________________________________

  • 3 Relatório de Atividades|2017

    O Decreto-Lei n.º 149/2017, de 6 de dezembro, extinguiu o Centro Jurídico da

    Presidência do Conselho de Ministros (CEJUR), sucedendo o Centro de

    Competências Jurídicas do Estado (JurisAPP) nas suas atribuições. A extinção do

    CEJUR apenas produziu efeitos a 2 de janeiro de 2018, pelo que durante o ano de

    2017 ainda esteve em vigor o Decreto-Lei n.º 2/2012, de 16 de janeiro, sua lei

    orgânica.

    Neste contexto, o presente documento apresenta as atividades executadas no ano de

    2017 pelo CEJUR, na prossecução dos objetivos definidos no Plano de Atividades

    para esse ano.

    Desta forma dá-se cumprimento ao estabelecido no Decreto-Lei n.º 183/96, de 27 de

    setembro, em conjugação com o disposto na alínea e) do n.º 1 do artigo 8.º da Lei

    66-B/2007, de 28 de dezembro, na redação atual. A referida legislação estabelece a

    obrigatoriedade de todos os serviços e organismos da administração pública central

    elaborarem relatórios anuais de atividades, demonstrando qualitativa e

    quantitativamente os resultados alcançados.

    O presente relatório encontra-se estruturado da seguinte forma:

    O primeiro capítulo apresenta uma breve análise conjuntural e o

    enquadramento da instituição no ano de 2017;

    Os capítulos 2 e 3 elencam os objetivos estratégicos e operacionais

    prosseguidos pelo serviço, bem como as atividades planeadas;

    No quarto capítulo são apresentadas as atividades desenvolvidas pelo serviço,

    bem como a forma elas contribuíram para o cumprimento dos objetivos

    estabelecidos no Plano de Atividades (PA) e no Quadro de Avaliação e

    Responsabilização (QUAR);

    O quinto capítulo dá nota das atividades prosseguidas e resultados obtidos no

    âmbito das avaliações do impacto legislativo;

    Os capítulos 6, 7 e 8 dão cumprimento a obrigações de prestação de

    informação pelos organismos da Administração Pública (AP);

    O nono capítulo mostra de que forma os recursos financeiros e humanos

    alocados à entidade foram utilizados ao longo do ano;

  • 4 Relatório de Atividades|2017

    Por fim, conclui-se com a autoavaliação prevista na lei, bem como com a

    proposta de avaliação final, expressa qualitativamente.

    1.1 ANÁLISE CONJUNTURAL

    No ano de 2017, a economia portuguesa beneficiou do momento de recuperação

    cíclica sentida na área do euro, que se prevê ter continuidade nos próximos anos.

    A correção estrutural das contas públicas continuou a ser uma prioridade, tendo-se

    verificado resultados positivos significativos.

    Na Administração Pública foram prosseguidos os trabalhos referentes ao SIMPLEX,

    reiniciados em 2016, com a assunção de novos compromissos que visam contribuir

    para a melhoria da qualidade dos serviços, com particular enfoque no atendimento

    aos cidadãos e empresários.

    Assim, às 65 medidas plurianuais iniciadas no SIMPLEX+2016 juntaram-se 172

    medidas de simplificação e modernização administrativa e legislativa através do

    SIMPLEX+2017, abrangendo todas as áreas da governação.

    Integrado na área de governação da Presidência e da Modernização Administrativa, o

    CEJUR contribuiu significativamente para a implementação e o desenvolvimento da

    medida “Custa Quanto?”.

  • 5 Relatório de Atividades|2017

    1.2 ENQUADRAMENTO INSTITUCIONAL

    O Decreto-Lei n.º 149/2017, de 6 de dezembro, extinguiu o Centro Jurídico da

    Presidência do Conselho de Ministros (CEJUR), sucedendo o Centro de Competências

    Jurídicas do Estado (JurisAPP) nas suas atribuições, com efeitos a partir do dia 2 de

    janeiro de 2018.

    Tendo em atenção que o presente documento visa relatar as atividades desenvolvidas

    pelo CEJUR no ano de 2017, o enquadramento institucional a seguir apresentado diz

    respeito ao extinto CEJUR.

    Nos termos do artigo 1.º do Decreto-Lei n.º 2/2012, de 16 de janeiro, o Centro Jurídico

    (CEJUR) era um serviço central da administração direta do Estado, dotado de

    autonomia administrativa, que dependia do Primeiro-Ministro ou do membro do

    Governo em quem aquele delegasse.

    Assim, as competências do Primeiro-Ministro relativas ao CEJUR foram delegadas na

    Ministra da Presidência e da Modernização Administrativa através do n.º 2 do artigo 13.º

    do Decreto-Lei nº 251-A/2015, de 17 de dezembro (lei orgânica do XXI Governo

    Constitucional).

    Pelo Despacho n.º 427/2016, de 28 de dezembro de 2015, publicado no Diário da

    República n.º 7, 2ª série, a 12 de janeiro de 2016, a Ministra da Presidência e da

    Modernização Administrativa delegou no Secretário de Estado da Presidência do

    Conselho de Ministros, com faculdade de subdelegação, os poderes que lhe estavam

    legalmente conferidos em relação ao CEJUR.

    Por seu turno, o Secretário de Estado da Presidência do Conselho de Ministros, pelo

    Despacho n.º 2723/2016, de 12 de fevereiro de 2016, publicado no Diário da República

    n.º 37, 2ª série, a 23 de fevereiro de 2016, subdelegou na Diretora do CEJUR a prática

    de diversos atos.

  • 6 Relatório de Atividades|2017

    Tendo ocorrido uma transição de Secretários de Estado da Presidência do Conselho de

    Ministros, em 2017, a Ministra da Presidência e da Modernização Administrativa

    delegou no novo Secretário de Estado da Presidência do Conselho de Ministros, com

    faculdade de subdelegação, os poderes que lhe estavam legalmente conferidos em

    relação ao CEJUR, através do Despacho n.º 6992/2017, de 24 de julho de 2017,

    publicado no Diário da República n.º 155, 2ª série, a 11 de agosto de 2017.

    Por conseguinte, o Secretário de Estado da Presidência do Conselho de Ministros, pelo

    Despacho n.º 7959/2017, de 11 de agosto de 2017, publicado no Diário da República n.º

    176, 2ª série, a 12 de setembro de 2017, subdelegou na Diretora do CEJUR a prática de

    diversos atos.

    A missão, as atribuições e a estrutura funcional do CEJUR, definidas no Decreto-Lei n.º

    2/2012, de 16 de janeiro, sua lei orgânica, são apresentadas de seguida.

    Missão

    O CEJUR tinha por missão o exercício de funções de apoio jurídico ao Conselho de

    Ministros, ao Primeiro-Ministro e aos restantes membros de Governo integrados na

    Presidência do Conselho de Ministros (PCM).

    Atribuições

    Nos termos do n.º 2 do artigo 2.º do Decreto-Lei n.º 2/2012, de 16 de janeiro, o

    CEJUR, prosseguia as seguintes atribuições:

    a) Representar em juízo, através de consultores jurídicos para o efeito

    designados, o Conselho de Ministros, o Primeiro-Ministro ou qualquer outro

    membro do Governo organicamente integrado na PCM, no âmbito do

    contencioso administrativo;

  • 7 Relatório de Atividades|2017

    b) Preparar os projetos de resposta nos processos de fiscalização da

    constitucionalidade ou legalidade das normas constantes de diplomas

    assinados pelo Primeiro-Ministro ou por qualquer dos membros do

    Governo integrados na PCM;

    c) Prestar apoio jurídico aos membros do Governo não integrados na PCM,

    quando determinado pelo membro do Governo responsável pelo CEJUR;

    d) Elaborar estudos legislativos e outros de caráter jurídico;

    e) Assegurar uma avaliação regular do funcionamento do sistema de avaliação

    preventiva e sucessiva do impacto dos atos normativos;

    f) Participar, a solicitação do membro do Governo, na análise e preparação de

    projetos de diplomas legais e regulamentares, contribuindo para a boa

    qualidade dos atos normativos e para a simplificação legislativa e

    regulamentar;

    g) Assegurar a interligação com outros serviços e organismos no âmbito das

    atribuições que prossegue, nomeadamente nos domínios da formação;

    h) Assegurar a participação e desenvolver relações de cooperação, no âmbito

    das atribuições que prossegue, nos domínios do aperfeiçoamento e da

    simplificação dos atos normativos, com outras entidades nos planos interno

    e internacional, nomeadamente no quadro da União Europeia, dos países de

    língua oficial portuguesa e da Organização para a Cooperação e

    Desenvolvimento Económico;

    i) Exercer as demais atribuições que lhe sejam cometidas por lei.

    Estrutura orgânica

    De acordo com o disposto no artigo 3.º do Decreto-Lei n.º 2/2012, de 16 de janeiro,

    conjugado com os artigos 6.º e 7.º do Decreto-Lei n.º 162/2007, de 3 de maio,

    mantidos em vigor pelo artigo 10.º do primeiro decreto-lei referido, a estrutura

    orgânica do extinto CEJUR era a seguinte (Figura 1):

  • 8 Relatório de Atividades|2017

    Figura 1 – Organograma do CEJUR:

    Fonte: JurisAPP

    O apoio logístico e administrativo indispensável ao funcionamento do serviço, no

    ano de 2017, foi prestado pela Secretaria-Geral da Presidência do Conselho de

    Ministros (SGPCM), na modalidade de partilha de serviços.

    Diretora

    Secretariado

    Consultores

    Apoio à Direção

  • 9 Relatório de Atividades|2017

    2. OBJETIVOS PROSSEGUIDOS PELO CEJUR

    __________________________________________________________________________

  • 11 Relatório de Atividades|2017

    2.1. OBJETIVOS ESTRATÉGICOS

    Os objetivos estratégicos prosseguidos pelo CEJUR no ano de 2017 foram os

    seguintes:

    Assegurar a representação em juízo do Conselho de Ministros, do

    Primeiro-Ministro e de qualquer outro membro do Governo

    organicamente integrado na PCM;

    Assegurar a eficaz resposta a todas as solicitações que lhe sejam

    dirigidas;

    Reforçar a eficácia, a qualidade e a eficiência internas.

    2.2. OBJETIVOS OPERACIONAIS

    Os objetivos estratégicos são geralmente alcançados de forma gradual através da

    definição de objetivos de curto prazo, designados operacionais.

    Neste sentido, os objetivos operacionais constantes no Plano de Atividades|2017 são

    os seguintes:

    Assegurar um elevado número de decisões favoráveis ao Estado

    nos processos patrocinados pelo CEJUR;

    Assegurar o tratamento das solicitações em matéria de parcerística;

    Assegurar o apoio ao processo legislativo, neste se incluindo a

    efetiva colaboração nos trabalhos que vierem a ser desenvolvidos

    no domínio da simplificação legislativa;

    Desenvolver relações de cooperação com entidades internacionais e

    nacionais;

    Partilhar conhecimento;

  • 12 Relatório de Atividades|2017

    Promover uma gestão eficaz e eficiente dos recursos financeiros e

    humanos;

    Aprofundar os mecanismos de partilha de serviços com a SGPCM;

    Aumentar a satisfação de clientes e colaboradores;

    Garantir formação profissional;

    Prevenir a corrupção;

    Assegurar o cumprimento do V Plano Nacional para a Igualdade

    (V PNI).

  • 13 Relatório de Atividades|2017

    3. MATRIZ DE OBJETIVOS ESTRATÉGICOS, OPERACIONAIS E ATIVIDADES

    __________________________________________________________________________

  • A matriz apresentada no Quadro 1 mostra a relação entre os objetivos estratégicos do

    serviço, os objetivos operacionais e as atividades previstas no PA. Para além disso, o quadro

    assinala que objetivos constam no QUAR|2017 e em que medida os objetivos foram

    cumpridos.

    Quadro 1 – Matriz de objetivos estratégicos, objetivos operacionais e atividades:

    Objetivos

    Estratégicos

    (OBE)

    QUAR Objetivos Operacionais Atividades Cumprimento

    OBE 1 QUAR

    Eficácia

    Assegurar um elevado número de

    decisões favoráveis ao Estado nos

    processos patrocinados pelo CEJUR

    Representar em juízo o Conselho de

    Ministros, o Primeiro-Ministro ou qualquer

    outro membro do Governo organicamente

    integrado na PCM, no âmbito do contencioso

    administrativo e/ou fiscalização da

    constitucionalidade

    Concretizado

    OBE 2 QUAR

    Eficiência

    Assegurar o tratamento das solicitações

    em matéria de parcerística

    Assessoria jurídica: elaboração de

    informações/pareceres

    Superado

    Não

    consta do

    QUAR

    Assegurar o apoio ao processo legislativo

    Assessoria jurídica: elaboração de informações/pareceres/simplificação legislativa

    Superado

    “ “ Implementar a Unidade de Avaliação de Impacto de Atos Legislativos

    Realizar a avaliação do impacto de atos legislativos

    Concretizado

    “ “ Desenvolver relações de cooperação

    com entidades nacionais e internacionais

    Cooperação com Cabo Verde e com

    Moçambique

    Concretizado

    “ “ “ Cooperação com organismos da União

    Europeia e com a OCDE

    Concretizado

    OBE 3 “

    Partilhar conhecimento Organizar ações de formação

    Superado

    “ “ Promover uma gestão eficaz e eficiente

    dos recursos financeiros e humanos

    Assegurar a legal e regular execução

    orçamental

    Concretizado

    “ “ “ Cumprir os normativos legais no âmbito do

    SIADAP 3

    Concretizado

    “ “ Aprofundar os mecanismos de partilha

    de serviços com a SGPCM

    Desenvolver a partilha de serviços com a

    SGPCM

    Concretizado

    “ “ Aumentar a satisfação dos clientes e dos

    colaboradores

    Aumentar a satisfação dos clientes Superado

    “ “ “ Aumentar a satisfação dos colaboradores

    Superado

    “ QUAR

    Qualidade

    Garantir formação profissional

    Qualificar e valorizar os Recursos Humanos Superado

    Não

    consta do

    QUAR

    Prevenir a corrupção Acompanhar a execução do Plano de

    Prevenção de Riscos de Corrupção e de

    Infrações Conexas (PPRCIC)

    Concretizado

    “ “ Assegurar o cumprimento do V Plano

    Nacional para a Igualdade

    Promover a igualdade de género, cidadania e

    a não discriminação

    Superado

    Fonte: JurisAPP

  • 17 Relatório de Atividades|2017

    4. ATIVIDADES DESENVOLVIDAS

    __________________________________________________________________________

  • Relatório de Atividades|2017 19

    PA e QUAR Objetivo de

    concretizado

    4.1. CONTENCIOSO E CONSULTORIA JURÍDICA

    As atividades realizadas pelo CEJUR no ano de 2017 no âmbito do contencioso e da

    consultoria jurídica decorreram das suas atribuições, definidas no artigo 2.º do

    Decreto-Lei n.º 2/2012, de 16 de janeiro.

    Neste domínio, foram fixados os seguintes objetivos para o ano de 2017:

    Assegurar um elevado número de decisões favoráveis ao

    Estado nos processos patrocinados pelo CEJUR;

    Assegurar o tratamento das solicitações em matéria de

    parcerística;

    Assegurar o apoio ao processo legislativo.

    4.1.1. DECISÕES NOS PROCESSOS PATROCINADOS PELO CEJUR

    Assim, no decurso do ano de 2017, no exercício das suas atribuições, o CEJUR

    representou em juízo o Conselho de Ministros, o Primeiro-Ministro e qualquer outro

    membro do Governo organicamente integrado na PCM, em processos de

    contencioso administrativo. Para além disso, preparou projetos de resposta em

    processos de fiscalização da constitucionalidade ou legalidade de normas constantes

    de diplomas assinados pelo Primeiro-Ministro ou por qualquer dos membros do

    Governo integrados na PCM.

    Neste âmbito, o PA definiu o seguinte objetivo:

    “assegurar um elevado número de decisões favoráveis ao

    Estado nos processos patrocinados pelo CEJUR”

    concluídos no ano de 2017.

  • Relatório de Atividades|2017 20

    O referido objetivo também foi integrado no QUAR, com um peso de 60% no

    parâmetro eficácia e com uma meta de obtenção de, pelo menos, 89% de decisões

    favoráveis ao Estado.

    Para o cálculo da taxa de sucesso considerou-se que o resultado positivo nos

    processos judiciais estaria, em grande parte, dependente de fatores exógenos, bem

    como do próprio mérito ou demérito do objeto processual; por isso, estabeleceu-se

    que deveria ser considerado como “resultado positivo” o efetivo vencimento

    jurisdicional ou a antecipação, através de informação remetida à tutela, de uma não

    vitória jurisdicional por razões relacionadas com circunstâncias objetivas.

    O resultado obtido pelo CEJUR nesta matéria foi de 85,37%, verificando-se assim

    que a meta estabelecida foi atingida.

    Como este objetivo foi igualmente prosseguido em anos anteriores, de seguida é

    apresentada uma comparação dos resultados obtidos nos processos findos, com

    decisões transitadas em julgado, nos últimos 5 anos (Gráfico 1):

    Gráfico 1 – Processos findos, transitados em julgado entre 2013 e 2017:

    Fonte: JurisAPP

    0

    50

    100

    150

    200

    2013 2014 2015 2016 2017

    14

    40

    152

    41

    70

    1 0 4 2 12

    Ganhos

    Perdidos

  • Relatório de Atividades|2017 21

    PA e QUAR Objetivo de eficiência superado

    O Gráfico 1 apresenta o número de processos ganhos, bem como os processos com

    causa perdida nos anos 2013-17. Analisando o gráfico, facilmente se verifica que a

    taxa de sucesso obtida nesses anos variou entre 85,37% e 100%. O ano em que se

    verificou um maior número de processos findos e ganhos foi o de 2015. No ano de

    2017, findaram 82 processos, entre os quais apenas 12 foram causas perdidas, o que

    corresponde a uma taxa de sucesso de 85,37%.

    A taxa de sucesso nos processos findos no ano de 2017, com decisões

    transitadas em julgado, foi de 85,37%.

    4.1.2. SOLICITAÇÕES EM MATÉRIA DE PARCERÍSTICA

    O segundo objetivo definido no PA consistia em “assegurar

    o tratamento das solicitações em matéria de parcerística”.

    Este objetivo também foi integrado no QUAR, com um peso de 20% no parâmetro

    eficiência. Foi estabelecido como indicador da execução deste objetivo a

    “percentagem de estudos, informações e pareceres cuja elaboração antecipou em

    10% o prazo estipulado”.

    Este objetivo foi superado pois 98,77% das solicitações em matéria de parcerística

    foram concluídas com uma antecedência mínima de 10% relativamente ao prazo

    estabelecido pela tutela, com a fundamentação e qualidade adequadas.

  • Relatório de Atividades|2017 22

    Plano de Atividades

    Objetivo superado

    4.1.3. APOIO AO PROCESSO LEGISLATIVO

    Ainda no âmbito das suas atribuições, constituiu objetivo

    do CEJUR para o ano de 2017 assegurar o adequado

    apoio jurídico ao processo legislativo, contribuindo para

    uma maior qualidade dos atos normativos, bem como

    para a simplificação legislativa e regulamentar.

    Para verificar a realização deste objetivo foi definido como indicador a percentagem

    de informações ou pareceres elaborados dentro do prazo estipulado pela tutela.

    Como meta, as respostas às solicitações no âmbito do apoio ao processo legislativo

    não deveriam ultrapassar o prazo concedido em, pelo menos, 80% dos pedidos.

    Este objetivo foi superado, tendo o CEJUR cumprido os prazos estabelecidos pela

    tutela em 89,6% dos pedidos de análise a projetos de diplomas.

    Antes de concluir esta secção, mostra-se na Tabela 1 o número de solicitações que

    ocorreram nos últimos cinco anos (2013-2017), por tipologia de processos, no

    âmbito do contencioso e da consultoria jurídica. O Gráfico 2 ilustra a sua evolução.

    Tabela 1 – N.º de solicitações por tipologia de processos, no âmbito do contencioso e da consultoria jurídica (2013 a 2017):

    Fonte: JurisAPP

    Anos

    Estudos,

    Pareceres e

    Informações

    (PCM)

    Informações

    ao Ministério

    Público

    Informações

    Internas

    (D.R. e

    Direção)

    Informações/

    Pareceres

    (Apoio ao

    processo

    legislativo)

    Contencioso

    Administrativo

    Informações

    (Recursos

    tutelares/

    hierárquicos)

    Contencioso

    Penal

    Contencioso

    Constitucionalidade

    Decreto-lei n.º

    148/2000Contencioso Cível TOTAL

    2013 75 42 2 33 178 15 6 351

    2014 70 57 60 116 22 4 329

    2015 81 31 4 70 96 30 4 3 319

    2016 118 50 276 70 30 1 545

    2017 83 42 3 154 68 14 1 2 2 12 381

  • Relatório de Atividades|2017 23

    Gráfico 2 – N.º de solicitações por tipologia de processos, no âmbito do contencioso e da consultoria jurídica (2013 a 2017):

    Fonte: JurisAPP

    Os dados apresentados revelam a seguinte evolução no período em análise:

    Acentuado decréscimo do número de estudos, pareceres e

    informações solicitados no ano de 2017, em cerca de 29,66% face ao

    ano anterior. Entre 2013-2017, a média de solicitações nessa tipologia

    foi de 85;

    Diminuição em 2017 dos pedidos de informação do Ministério

    Público, relativamente a processos em que a este cumpre assegurar a

    representação do Estado em juízo, em cerca de 16% face a 2016.

    Durante o período em análise, o número de pedidos anuais oscilou

    entre 31 e 57;

    No ano de 2016, foram solicitadas 276 informações no âmbito do

    apoio ao processo legislativo. Em 2017, verificou-se uma redução

    substancial de pedidos nesse âmbito, em cerca de 44,20%;

    0

    50

    100

    150

    200

    250

    300

    2013

    2014

    2015

    2016

    2017

  • Relatório de Atividades|2017 24

    Ligeira diminuição do número de processos entrados em 2017 na

    esfera do contencioso administrativo, em cerca de 2,86%

    relativamente ao ano anterior. É notória uma tendência decrescente

    no período considerado;

    O número de solicitações no âmbito de recursos tutelares ou

    hierárquicos diminuiu em 53,33%, face ao ano transato;

    Por fim, entre 2013 e 2017, verificou-se uma média de 3 entradas no

    serviço de processos do contencioso da constitucionalidade.

    De seguida, o Gráfico 3 apresenta o número de solicitações desde o ano de 1993 até

    ao ano de 2017, por tipologia, mostrando a evolução da atividade do CEJUR ao

    longo desses anos.

    Gráfico 3 – Evolução da atividade desenvolvida pelo CEJUR por tipos de processos (1993 a 2017):

    Fonte: JurisAPP

    0

    100

    200

    300

    400

    500

    600

    me

    ro d

    e p

    roce

    sso

    s

    Estudos, Pareceres eInformações

    Contencioso Administrativo

    Contencioso daConstitucionalidade

  • Relatório de Atividades|2017 25

    Atividade corrente

    Conforme se pode verificar no Gráfico 3, a atividade do CEJUR manteve-se

    relativamente estável até 2009. Nos anos seguintes verifica-se um aumento do

    volume de trabalho.

    O ano de 2016 apresenta um pico bastante acentuado no que diz respeito à

    elaboração de estudos, pareceres e informações. Tendo o número de solicitações,

    nesse ano, aumentado cerca de 71,79% face ao ano anterior.

    Em 2017, o número de solicitações reduziu cerca de 30% relativamente ao verificado

    no ano de 2016.

    Por fim, dá-se nota que, em 2017, foram elaboradas

    estatísticas sobre a atividade mensal desenvolvida no

    CEJUR ao nível do contencioso e da consultoria jurídica.

    Essa informação foi remetida mensalmente à tutela, para conhecimento, e divulgada

    no Portal da Intranet do CEJUR. (vide Anexo 1)

    4.2. RELAÇÕES DE COOPERAÇÃO COM ENTIDADES INTERNACIONAIS E NACIONAIS

    A par das competências relativas à representação judicial do Conselho de Ministros e

    do Governo, o CEJUR tinha também a incumbência de assegurar a participação e

    desenvolver relações de cooperação, no âmbito das suas atribuições, nos domínios

    do aperfeiçoamento e da simplificação dos atos normativos, com outras entidades

    nos planos interno e internacional, nomeadamente no quadro da União Europeia,

    dos países de língua oficial portuguesa e da Organização para a Cooperação e

  • Relatório de Atividades|2017 26

    Desenvolvimento Económico (OCDE), nos termos da alínea h) do n.º 2 do artigo

    2.º do Decreto-Lei n.º 2/2012, de 16 de janeiro.

    Neste âmbito, o PA estabeleceu o objetivo de

    “desenvolver relações de cooperação com entidades

    nacionais e internacionais”.

    As atividades programadas para a consecução desse objetivo consistiam, por um

    lado, em dar continuidade à cooperação institucional com a República de Cabo

    Verde e com a República de Moçambique, e, por outro lado, em participar na

    definição das posições nacionais a defender, pela área governativa dos Negócios

    Estrangeiros, em grupos de trabalho internacionais.

    Cooperação com Cabo Verde e com Moçambique

    O protocolo de cooperação estabelecido entre o CEJUR e o Centro Jurídico da

    Chefia do Governo da República de Cabo Verde, em março de 2015, visa

    essencialmente promover a partilha de experiências sobre o modelo de operatividade

    dos respetivos centros jurídicos, quer numa perspetiva histórico-institucional, quer

    numa perspetiva funcional.

    Face a este desígnio, o CEJUR propôs no PA dar resposta a todas as solicitações que

    fossem formuladas pelo Centro Jurídico da Chefia do Governo da República de

    Cabo Verde em 2017.

    Com efeito, o diretor do Centro Jurídico da Chefia do Governo da República de

    Cabo Verde mostrou interesse em conhecer in loco, o trabalho desenvolvido pela

    Unidade Técnica de Avaliação do Impacto Legislativo (UTAIL), designadamente: os

    Plano de Atividades

    Objetivos

    concretizados

  • Relatório de Atividades|2017 27

    detalhes do desenho organizacional adotado, as metodologias utilizadas, os recursos

    humanos, os desafios/ameaças enfrentados e outros aspetos importantes atinentes à

    génese da UTAIL.

    Nesse sentido, essa entidade homóloga solicitou a realização de duas sessões de

    trabalho nos dias 12/09/2017 e 13/09/2017. O CEJUR atendeu prontamente a este

    pedido e as sessões de trabalho foram realizadas pela UTAIL nos dias propostos pelo

    Centro Jurídico da Chefia do Governo da República de Cabo Verde.

    Por outro lado, as ações de cooperação desenvolvidas pelo CEJUR relativamente à

    República de Moçambique enquadram-se, designadamente, na partilha de

    conhecimentos e de experiências na área da legística. Estas ações são promovidas

    pela Direção Geral de Política de Justiça (DGPJ), entidade anfitriã de juristas

    oriundos de organismos públicos daquele país. A DGPJ geralmente proporciona-lhes

    ações de formação em diversos organismos públicos de relevo, entre as quais no

    CEJUR.

    Em 2017, a DGPJ não concretizou essa pretensão junto do CEJUR, ou seja, não

    solicitou a realização de qualquer ação de formação destinada a juristas de

    Moçambique.

    Assim, tendo o PA de 2017 estabelecido como meta uma “resposta na data fixada”,

    pelo CEJUR, às solicitações de entidades homólogas estrangeiras e nacionais,

    considera-se que o objetivo foi concretizado.

  • Relatório de Atividades|2017 28

    Cooperação com organismos da União Europeia e com a OCDE

    O PA estabelecia uma meta de, pelo menos, 3 participações do CEJUR na definição

    das posições nacionais a defender em grupos de trabalho internacionais.

    A concretização deste objetivo foi alcançada pelo acompanhamento quotidiano dos

    trabalhos prosseguidos ao nível da União Europeia e através de contactos diretos

    com a Direção Geral dos Assuntos Europeus (DGAE).

    Considera-se que a colaboração com esta entidade é muito profícua, atendendo a que

    ela tem por missão orientar a ação portuguesa nas instituições da União Europeia, as

    relações bilaterais com os seus Estados-membros, bem como acompanhar e

    coordenar a definição das posições nacionais sobre as políticas da União, em

    conjunto com todos os ministérios setoriais competentes e com os órgãos de

    governo próprio das Regiões Autónomas.

    Nesse sentido, o CEJUR participou em duas reuniões – promovidas pela DGAE –

    da rede de pontos focais dos ministérios e governos regionais para os assuntos

    relacionados com o Brexit (dias 9/10/2017 e 11/12/2017), na qualidade de

    representante da Presidência do Conselho de Ministros.

    Para além disso, a UTAIL acompanhou os trabalhos prosseguidos na Plataforma

    REFIT; bem como assegurou a representação externa nessa Plataforma,

    nomeadamente na reunião realizada nos 23 e 24/11/2017, em Bruxelas, onde

    apresentou a posição nacional relativamente a cada um dos assuntos agendados para

    debate nessa reunião.

    Pelo acima exposto, verifica-se que houve a participação do CEJUR na definição de

    posições nacionais em, pelo menos, 3 reuniões de grupos de trabalho.

  • Relatório de Atividades|2017 29

    Plano de Atividades

    Objetivo superado

    4.3. PARTILHA DE CONHECIMENTO

    A alínea g) do n.º 2 do artigo 2.º do Decreto-Lei n.º 2/2012, de 16 de janeiro,

    conferia ao CEJUR a competência para assegurar a sua interligação com outros

    serviços e organismos no âmbito das suas atribuições, nomeadamente nos domínios

    da formação.

    Adicionalmente foi atribuída ao CEJUR a responsabilidade de concretização da

    medida 3 da área estratégica 1 do V Plano Nacional para a Igualdade de Género,

    Cidadania e Não-Discriminação, nomeadamente a de “promover ações de formação

    em igualdade, impacto de género das iniciativas legislativas e orçamentos sensíveis ao

    género para os(as) juristas responsáveis pelo processo legislativo”, uma ação por ano,

    durante o período de vigência do plano (2014-2017).

    Por conseguinte, um dos objetivos do PA

    consistia em partilhar conhecimento através da

    realização de, pelo menos, 2 ações de formação.

    Na consecução deste objetivo, em 2017 foram realizadas as seguintes ações de

    formação, em parceria com a Comissão para a Cidadania e Igualdade de Género

    (CIG):

    1º Módulo do III Curso de Formação em Igualdade de Género intitulado

    “Igualdade entre mulheres e homens e políticas públicas:

    enquadramento internacional das políticas públicas para a igualdade”, no

    dia 27 de janeiro. No qual estiveram presentes 78 colaboradores(as) de

    vários gabinetes governamentais e da Administração Central do Estado;

    2º Módulo do III Curso de Formação em Igualdade de Género, sob o título

    “Igualdade entre mulheres e homens e políticas públicas:

    enquadramento nacional das políticas públicas para a igualdade”, no dia

  • Relatório de Atividades|2017 30

    30 de janeiro. Neste evento estiveram presentes 78 trabalhadores(as) de

    várias entidades da Administração Central e Local, bem como de

    gabinetes governamentais;

    3º Módulo do III Curso de Formação em Igualdade de Género intitulado

    “Igualdade entre mulheres e homens e políticas públicas: os usos do

    tempo e as políticas públicas para a igualdade”, no dia 7 de abril.

    Estiveram presentes 80 pessoas provenientes de vários serviços da

    Administração Pública;

    4º Módulo do III Curso de Formação em Igualdade de Género intitulado

    “Orçamentos sensíveis ao género: linhas orientadoras para o desenho,

    implementação e avaliação de políticas públicas promotoras de

    igualdade de género”, no dia 5 de maio, que contou com a participação

    de 68 pessoas de várias entidades da Administração Central e Local.

    Tendo-se previsto no Plano de Atividades a realização de, pelo menos, 2 ações de

    formação, verifica-se que essa meta foi sobejamente ultrapassada visto que foram

    realizadas 4 ações.

    4.4. GESTÃO EFICAZ E EFICIENTE DOS RECURSOS FINANCEIROS E HUMANOS

    No PA, o CEJUR propôs-se continuar a desenvolver esforços de racionalização e de

    rentabilização dos recursos disponíveis.

  • Relatório de Atividades|2017 31

    Plano de Atividades

    Objetivo

    concretizado

    Nessa medida, foi estabelecido como objetivo a

    promoção de uma gestão eficaz e eficiente dos

    recursos financeiros e humanos. As atividades

    programadas para a prossecução desse objetivo

    consistiam em:

    Assegurar a legal e regular execução orçamental;

    Cumprir os normativos legais no âmbito do SIADAP 3.

    4.4.1. LEGAL E REGULAR EXECUÇÃO ORÇAMENTAL

    Durante o ano de 2017, a execução orçamental foi cuidadosamente

    acompanhada, tendo o CEJUR cumprido as suas obrigações contratuais, os

    prazos de pagamento a fornecedores, bem como as previsões mensais de

    execução orçamental sem desvios assinaláveis.

    A execução orçamental foi pautada pela rigorosa observância das disposições

    legais em vigor, para o que contribuiu a existência de mecanismo de controlo

    interno mensal adaptado à estrutura e funcionamento do próprio serviço. Não

    foram detetados erros de relevância.

    Foram efetuados 12 reportes orçamentais ao longo do ano de 2017 (1 por mês).

    4.4.2. CUMPRIMENTO DOS NORMATIVOS LEGAIS NO ÂMBITO DO SIADAP 3

    No que diz respeito à avaliação do desempenho dos trabalhadores, o CEJUR

    cumpriu as disposições legais estabelecidas na Lei 66-B/2007, de 28 de

    dezembro, na sua redação atual, bem como as recomendações da Direção-Geral

    da Administração e do Emprego Público (DGAEP).

  • Relatório de Atividades|2017 32

    Tendo em conta que a avaliação dos trabalhadores é realizada com uma

    periodicidade bienal, no primeiro trimestre de 2017 procedeu-se à definição dos

    objetivos dos trabalhadores abrangidos pelo SIADAP 3 para o ciclo avaliativo

    2017-2018.

    4.5. MECANISMOS DE PARTILHA DE SERVIÇOS COM A SGPCM

    O intento inerente ao conceito de “serviços partilhados” consiste em permitir

    aos organismos manter como prioritária a sua missão principal, enquanto que as

    atividades periféricas são executadas por outra entidade que se dedica a fornecer

    determinados serviços, pois estes estão incluídos na sua área principal de

    desempenho.

    O CEJUR prosseguiu a sua missão e as suas atribuições com recurso a este

    modelo de funcionamento, tendo sido apoiado na modalidade de partilha de

    serviços pela SGPCM. Esta Secretaria-Geral assegurou o normal funcionamento

    das áreas de suporte à gestão em estreita colaboração com o CEJUR.

    Ao longo do ano de 2017 foram dadas as orientações consideradas relevantes

    pelo CEJUR à adequada execução orçamental, bem como foram prestadas,

    quando solicitadas, todas as informações necessárias aos interlocutores da

    SGPCM que apoiam o CEJUR nas áreas financeira (DSFC – Direção de

    Serviços Financeiros e Contabilidade), de recursos humanos (DSRH – Direção

    de Serviços de Recursos Humanos) e aquisição de bens e serviços (DSPA –

    Direção de Serviços de Património e Aquisições).

  • Relatório de Atividades|2017 33

    Plano de Atividades

    Objetivo

    concretizado

    Plano de Atividades

    Objetivo superado

    Tendo o normal funcionamento das áreas de

    suporte à gestão sido devidamente assegurado em

    estrita articulação entre o CEJUR e a SGPCM,

    verifica-se que o objetivo foi cumprido.

    4.6. SATISFAÇÃO DE CLIENTES E COLABORADORES

    Apurar a satisfação dos clientes e dos colaboradores é uma forma expedita de

    apurar lacunas e consequentemente melhorar o desempenho desse serviço. O

    feedback sobre o serviço prestado e as sugestões apresentadas contribuem para o

    desenvolvimento de uma filosofia de melhoria contínua passível de ser adotada

    pela entidade.

    Por esse motivo, em 2017 o CEJUR submeteu um questionário de satisfação aos

    seus principais clientes e/ou utilizadores diretos dos seus serviços e outro aos

    seus colaboradores, com o propósito de obter informação sobre a qualidade e a

    imagem transmitida pelo serviço e, de acordo com o feedback, corrigir eventuais

    falhas que possam se ter verificado na prestação de serviços, assim como alterar

    formas de atuação que possam ter deixado os clientes/utilizadores ou

    trabalhadores descontentes.

    O Plano de Atividades para 2017 definia como

    objetivo a obtenção de, pelo menos, 70% de

    satisfação dos clientes e dos colaboradores.

  • Relatório de Atividades|2017 34

    Em cumprimento do estabelecido no PA, entre os dias 13 e 30 de novembro de

    2017, foi aplicado um questionário em formato eletrónico (para garantir o

    anonimato) aos trabalhadores do CEJUR, com o intuito de apurar o seu nível de

    satisfação relativamente ao serviço durante o ano de 2017.

    Com uma taxa de respostas de 45%, os resultados demonstraram que, em

    termos médios, 75,31% dos colaboradores encontravam-se “muito

    satisfeitos” com o CEJUR e 24,69% “satisfeitos”. (vide Anexo 2).

    No mesmo período, foi aplicado um questionário, também em formato

    eletrónico e em total anonimato, aos utilizadores diretos dos serviços prestados

    pelo CEJUR. Numa amostra representativa de várias entidades no âmbito da

    Presidência do Conselho de Ministros (58), foram recebidas 21 respostas, o que

    equivale a uma taxa de respostas na ordem dos 36,21%.

    Em termos médios, os resultados mostraram que cerca de 48,81% dos

    clientes estavam “muito satisfeitos” com o trabalho realizado pelo CEJUR

    em 2017 e cerca de 39,88% estavam “satisfeitos”. (vide Anexo 3).

    Os 4 módulos do III Curso de Formação em Igualdade de Género organizados pelo

    CEJUR também foram objeto de avaliação por parte dos participantes.

    Em termos médios, os resultados demonstram um grau de satisfação nos

    níveis “Muito bom” e “Bom” de: 97% no 1.º módulo; 98% no 2.º módulo;

    96% no 3.º módulo; e 98% no 4.º módulo. (vide Anexos 4, 5, 6 e 7).

    Em suma, os resultados obtidos nos questionários aplicados aos clientes e

    destinatários dos serviços prestados pelo CEJUR, bem como aos colaboradores

    do CEJUR, demonstram uma superação do objetivo inscrito no Plano de

  • Relatório de Atividades|2017 35

    PA e QUAR Objetivo de qualidade superado

    Atividades, o qual estabelecia a meta de obtenção de, pelo menos, um nível de

    satisfação médio de 70%.

    4.7. FORMAÇÃO PROFISSIONAL

    A formação profissional constitui uma ferramenta de

    gestão de grande importância para os serviços, pois dela

    extrair-se-ão benefícios futuros, através do reforço, de

    forma contínua, das capacidades e das competências dos

    trabalhadores.

    O QUAR estabelecia como meta, para 2017, que o CEJUR assegurasse formação

    profissional a, pelo menos, 40% dos seus dirigente e trabalhadores.

    Conforme previsto no PA, no ano de 2017 foi realizado o diagnóstico das

    necessidades de formação, assim como elaborado o plano de formação.

    O Plano de Formação do CEJUR, estabelecido para o ano de 2017, teve uma taxa de

    execução global de 80%, tanto em termos de ações de formação realizadas, como de

    participações. Os custos diretos efetivos com formação interna corresponderam a

    39,1% das verbas inicialmente planeadas, atendendo a que a ação de formação com

    custos mais expressivos (60,9% dos custos planeados) não foi realizada (vide Anexo

    8).

    A Tabela 2 apresenta o número de trabalhadores que frequentaram ações de

    formação, por carreira/categoria/cargo e por género.

  • Relatório de Atividades|2017 36

    Plano de Atividades

    Objetivo

    concretizado

    Tabela 2 – Nº de trabalhadores que frequentaram ações de formação, em 2017:

    Carreira/Categoria/Cargo

    N.º total de

    trabalhadores em 31/12/2017

    N.º de trabalhadores que frequentaram ações de formação por género N.º horas

    H M

    Diretora 1 - 1 10,5

    Consultor 13 1 2 15

    Técnico Superior 1 - - -

    Assistente Técnico 4 1 3 89,5

    Assistente Operacional 1 - - -

    TOTAL 20 2 6 115

    H – Homens; M - Mulheres

    Fonte: JurisAPP

    A Tabela 2 demonstra que cerca de 40% do total dos trabalhadores do CEJUR, em

    efetividade de funções a 31 de dezembro de 2017, frequentaram ações de formação

    profissional.

    Constata-se, desta forma, que o objetivo de qualidade definido no QUAR (que

    estabelecia como meta 40%) foi superado.

    4.8. PREVENÇÃO DE RISCOS DE CORRUPÇÃO E INFRAÇÕES

    CONEXAS

    O Conselho de Prevenção da Corrupção (CPC), criado pela

  • Relatório de Atividades|2017 37

    Lei n.º 54/2008, de 4 de setembro, tem o propósito de desenvolver atividades no

    domínio da prevenção da corrupção e infrações conexas, a nível nacional.

    Assim, em 1 de julho de 2009, o CPC aprovou a recomendação n.º 1/2009 sobre

    Planos de Gestão de Risco de Corrupção e Infrações Conexas. O n.º 1 da referida

    recomendação estabelecia que os órgãos dirigentes máximos das entidades gestoras

    de dinheiros, valores ou património públicos deveriam elaborar planos de gestão de

    riscos de corrupção e infrações conexas bem como, anualmente, um relatório sobre a

    execução do mesmo.

    Para dar cumprimento ao determinado legalmente e ao estabelecido no Plano de

    Atividades de 2017, o CEJUR acompanhou a execução das medidas constantes no

    seu Plano de Prevenção de Riscos de Corrupção e Infrações Conexas (PPRCIC) e

    elaborou o respetivo relatório de execução, tendo dado conhecimento desse relatório

    às entidades competentes, no dia 12/03/2018.

    O quadro seguinte apresenta as medidas constantes no PPRCIC, bem como o seu

    nível de execução:

    Quadro 2: Medidas a adotar no âmbito da prevenção de riscos de corrupção e

    infrações conexas:

    PROCEDIMENTOS A ADOPTAR EXECUTADO AGENDADO POR

    EXECUTAR

    Cumprir e desenvolver as medidas previstas no Plano de Prevenção de Riscos de Corrupção e Infrações Conexas, que é de conhecimento direto de todos os trabalhadores do CEJUR

    Promover a comunicação ao Ministério Público de todos os factos que sejam do conhecimento dos trabalhadores que indiciem fraude, corrupção ou qualquer outra prática ilegal lesiva dos interesses do Estado Português, da União Europeia e de outro Estado, ou os dos direitos legais de particulares

    Promover uma atitude motivada de lealdade ao serviço público entre os trabalhadores do CEJUR no que respeita ao cumprimento dos deveres de denúncia relativamente a suspeitas de corrupção ou infrações conexas, oferecendo a total garantia de que os denunciantes não serão objeto de retaliação ou de qualquer outro tipo de tratamento discriminatório em virtude do cumprimento desse dever

  • Relatório de Atividades|2017 38

    Conforme se pode verificar no quadro acima, todas as medidas previstas no PPRCIC

    foram executadas, tendo essa execução sido devidamente acompanhada pela Diretora

    do então CEJUR.

    A divulgação do PPRCIC e do Código Deontológico foi ainda reforçada, junto dos

    trabalhadores e das trabalhadoras, através da publicitação desses documentos na

    intranet e na página eletrónica do serviço.

    Verificar cuidadosamente todos os materiais adquiridos a entidades externas, quer diretamente, quer fornecidos através da Secretaria-Geral da Presidência do Conselho de Ministros, como forma de assegurar que não existe discrepância entre o que é faturado e o que é efetivamente recebido

    Cumprir todos os procedimentos, sobretudo em matéria de contratação pública, com vista a garantir a transparência processual e a sã concorrência na celebração de contratos com terceiros

    Controlar a redação de todos os contratos celebrados pelo CEJUR por forma a evitar a inclusão de cláusulas ilegais, bem como a existência de omissões, erros, lacunas ou ambiguidades

    Garantir a publicidade dos atos e contratos que impliquem a realização de despesas, nos termos da lei

    Promover a segregação de funções como forma de combater as fugas de informação, bem como para garantir a independência funcional das entidades responsáveis pelas diferentes etapas em procedimentos de aquisição de bens e serviços

    Assegurar a absoluta confidencialidade, especialmente no que se refere aos projetos de diploma e a todos os assuntos recebidos no CEJUR para parecer

    Garantir a devida reserva quanto aos processos judiciais cujo patrocínio esteja cometido ao CEJUR

    Assegurar o efetivo cumprimento da lei no que respeita às situações de acumulação de funções públicas com atividades privadas ou públicas e respetivos conflitos de interesses

    Promover boas práticas dentro do serviço, por exemplo, evitando ausências desnecessárias do respetivo posto de trabalho e garantindo que o computador não fica acessível a terceiros durante as ausências necessárias.

  • Relatório de Atividades|2017 39

    Plano de Atividades

    Objetivo superado

    4.9. IGUALDADE DE GÉNERO, CIDADANIA E NÃO DISCRIMINAÇÃO

    O V Plano para a Igualdade de Género, Cidadania e Não-discriminação 2014-2017

    (V PNI), aprovado pela Resolução de Conselho de Ministros n.º 103/2013, de 12 de

    dezembro, constituiu um importante instrumento de políticas públicas de promoção

    da igualdade (com enquadramento nos compromissos assumidos por Portugal nas

    várias instâncias internacionais e europeias) pois determinava objetivos estratégicos e

    medidas operativas concretas em várias áreas de intervenção.

    Nesse PNI, o CEJUR foi designado responsável pela medida 3 da área estratégica 1 –

    Integração da Perspetiva da Igualdade de Género na Administração Pública Central e

    Local,

    que consistia em promover, anualmente, pelo menos uma

    ação de formação sobre “igualdade, impacto de género

    das iniciativas legislativas e orçamentos sensíveis ao

    género para os(as) juristas responsáveis pelo processo

    legislativo”.

    Em 2017, o CEJUR, em parceria com a CIG, promoveu o III Curso de Formação

    em Igualdade de Género. O referido curso foi constituído por 4 módulos. O 1º

    módulo intitulado “Igualdade entre mulheres e homens e políticas públicas:

    enquadramento internacional das políticas públicas para a igualdade” foi realizado no

    dia 27 de janeiro. O 2º módulo, subordinado ao tema “Igualdade entre mulheres e

    homens e políticas públicas: enquadramento nacional das políticas públicas para a

    igualdade”, foi realizado no dia 30 de janeiro. O 3º módulo, subordinado ao tema

    “Igualdade entre mulheres e homens e políticas públicas: os usos do tempo e as

    políticas públicas para a igualdade”, foi realizado no dia 7 de abril. Finalmente, o 4º

    módulo sobre o tema “Orçamentos sensíveis ao género: linhas orientadoras para o

  • Relatório de Atividades|2017 40

    desenho, implementação e avaliação de políticas públicas promotoras de igualdade de

    género” foi realizado no dia 5 de maio.

    Assim, verifica-se que a meta de realizar pelo menos 1 ação de formação no âmbito

    da igualdade de género foi superada.

    A participação dos trabalhadores e das trabalhadoras do CEJUR nestas ações de

    formação foi estimulada, tendo-se verificado uma adesão de cerca de 25% do total de

    trabalhadores.

    A dimensão da igualdade de género, cidadania e não discriminação foi integrada nos

    documentos e comunicações avulsas produzidos pelo serviço, de entre os quais: o

    Plano de Formação 2017; o Relatório de Atividades de 2017 e o Plano de Atividades

    de 2018.

    O CEJUR promoveu a utilização da licença parental por parte dos homens, contudo,

    em 2017, à semelhança dos anos anteriores não se verificaram nascimentos de filhos

    de trabalhadores que permitissem a solicitação de licenças parentais.

    O CEJUR manteve, ainda, a utilização de linguagem não discriminatória nos

    conteúdos do Portal de Intranet do serviço, na sua página eletrónica e na prática

    quotidiana.

  • Relatório de Atividades|2017 41

    5. AVALIAÇÃO DO IMPACTO LEGISLATIVO

    __________________________________________________________________________

  • Relatório de Atividades|2017 42

    A Resolução do Conselho de Ministros n.º 44/2017, de 24 de março, determinou a

    criação de um núcleo de avaliação de impacto legislativo no âmbito do Centro

    Jurídico da Presidência do Conselho de Ministros.

    Para além disso, estabeleceu que o referido núcleo deveria assegurar os

    procedimentos necessários à avaliação prévia de impacto económico legislativo, em

    estreita articulação com os gabinetes ministeriais proponentes e com os serviços,

    organismos e entidades indicados por cada área governativa.

    Apesar de a RCM acima referida apenas ter sido publicada em março de 2017, o

    desígnio de criar um núcleo de avaliação do impacto legislativo já constava na medida

    “Custa Quanto?” do SIMPLEX+2016, pelo que os trabalhos preparatórios para a

    criação desse núcleo iniciaram em 2016.

    Quanto a esta matéria foi incluído no PA do CEJUR de 2017 o seguinte objetivo:

    “implementar a Unidade de Avaliação de Impacto de Atos Legislativos”. A atividade

    prevista para a sua prossecução consistia em “realizar a avaliação do impacto de atos

    legislativos”. Como meta foi estabelecida a elaboração de, pelo menos, 80% de

    informações/pareceres dentro do prazo estipulado.

    Com efeito, ao longo do ano de 2017 foram submetidos à UTAIL 159 projetos de

    decreto-lei para análise e avaliação do impacto legislativo. Relativamente a estes

    projetos foram elaboradas 138 informações, designadas Relatórios de avaliação do impacto

    legislativo ou RAILs, até 26 de janeiro de 2018.

    Desta forma, verifica-se que foram elaborados RAILs relativamente a 86,79% dos

    projetos remetidos para avaliação do impacto legislativo.

    Contudo, não foi possível à UTAIL aferir se todos os relatórios foram elaborados

    dentro do prazo determinado pela tutela, uma vez que, tratando-se de uma fase

    “piloto”, os pontos focais das áreas governativas envolvidas na elaboração dos

    projetos de relatórios manifestavam, frequentemente, dificuldades no preenchimento

    do modelo que sustenta a elaboração dos referidos relatórios.

  • Relatório de Atividades|2017 43

    Plano de Atividades

    Objetivo

    concretizado

    parcialmente

    Assim, face à falta de informação quanto a este último

    aspeto, considera-se que o objetivo deve ser considerado

    “concretizado parcialmente”.

  • Relatório de Atividades|2017 45

    6. PUBLICIDADE INSTITUCIONAL

    __________________________________________________________________________

  • Relatório de Atividades|2017 47

    A Lei n.º 95/2015, de 17 de agosto, estabelece as regras e os deveres de transparência

    a que fica sujeita a realização de campanhas de publicidade institucional do Estado,

    bem como as regras aplicáveis à sua distribuição em território nacional, através dos

    órgãos de comunicação social locais e regionais.

    Com efeito, o artigo 7.º da referida lei determina que os serviços da administração

    direta do Estado, os institutos públicos e as entidades que integram o setor público

    empresarial devem incluir nos respetivos planos e relatórios de atividades uma secção

    especificamente dedicada à informação sintética sobre as iniciativas de publicidade

    institucional que tenham desenvolvido.

    Dando cumprimento a esta determinação, aqui se deixa expresso que o CEJUR não

    realizou qualquer forma de comunicação mediante a aquisição onerosa de espaços

    publicitários, no ano de 2017.

  • 49 Relatório de Atividades|2017

    7. GESTÃO PATRIMONIAL

    __________________________________________________________________________

  • 51 Relatório de Atividades|2017

    A Lei n.º 3-B/2010, de 28 de abril, no seu artigo 5.º, estipula que os serviços e

    organismos públicos utilizadores dos imóveis pertencentes ao Estado ou a

    organismos públicos com personalidade jurídica, dotados ou não de autonomia

    financeira, que não tenham a natureza, a forma e a designação de empresa, fundação

    ou associação pública devem promover a calendarização de regularizações matriciais

    e registrais dos seus imóveis próprios e informar a Direção-Geral do Tesouro e

    Finanças (DGTF), no final de cada semestre de cada ano civil, dos imóveis por

    regularizar e dos imóveis que foram regularizados.

    Para além disso, os serviços devem prestar à DGTF toda a informação necessária à

    inventariação dos imóveis, de acordo com o Programa de Gestão do Património

    Imobiliário Público.

    As obrigações referidas devem ser consideradas na fixação dos objetivos do serviço,

    regulados na Lei n.º 66-B/2007, de 28 de dezembro, e no momento da avaliação

    deve-se dar conta do respetivo cumprimento.

    Sobre esta matéria refere-se que o CEJUR não detém qualquer património imóvel.

    Como o CEJUR se encontra integrado no edifício da Presidência do Conselho de

    Ministros, a gestão do espaço que ocupa é assegurada pela SGPCM.

    Dá-se ainda nota que, no ano de 2017, o CEJUR cumpriu o princípio da onerosidade

    e da equidade intergeracional no âmbito da gestão do património imobiliário público,

    pagando a contrapartida referida no artigo 4.º do decreto-lei acima referido, pelo

    espaço por si ocupado no edifício da Presidência do Conselho de Ministros.

  • 53 Relatório de Atividades|2017

    8. MEDIDAS DE MODERNIZAÇÃO ADMINISTRATIVA

    __________________________________________________________________________

  • 55 Relatório de Atividades|2017

    O Decreto-Lei n.º 73/2014, de 13 de maio, aprovou um conjunto de medidas de

    simplificação e de modernização administrativa, procedendo a alterações ao Decreto-

    Lei n.º 4/97, de 9 de janeiro, e ao Decreto-Lei n.º 135/99, de 22 de abril.

    Relativamente aos instrumentos de apoio à gestão, o artigo 40.º, n.º 2 do referido

    diploma refere o seguinte: “Os planos e relatórios de atividades devem contemplar,

    em capítulo próprio, as medidas de modernização administrativa, nomeadamente

    relativas à desburocratização, qualidade e inovação, e, em especial, as que deem

    cumprimentos ao n.º 1 do artigo 2.º do Decreto-Lei n.º 74/2014, de 13 de maio, que

    se propõem desenvolver, bem como avaliar a sua aplicação em cada ano e a previsão

    das poupanças associadas a tais medidas”.

    Por sua vez o n.º 1 do artigo 2.º do Decreto-Lei n.º 74/2014, de 13 de maio,

    determina que “os serviços públicos devem, sempre que a sua natureza a isso não se

    oponha, para além do atendimento presencial, ser também prestados de forma

    digital, através da sua progressiva disponibilização na Internet.”

    Cumpre-nos, assim, apresentar as medidas de modernização prosseguidas no

    CEJUR.

    O CEJUR utilizou como meio de comunicação o correio eletrónico nas respostas às

    diversas solicitações de apoio jurídico ao Conselho de Ministros, ao Primeiro-

    Ministro e aos restantes membros de Governo integrados na PCM.

    Também na comunicação com os Tribunais e no envio de peças processuais foram

    utilizados os meios eletrónicos, designadamente: o SITAF e o correio eletrónico.

    Para além disso, foi utilizada a página web do CEJUR para prestar informações

    institucionais e as legalmente exigidas. No serviço, foi utilizada da página de intranet

    para partilha de informação e de documentos relevantes com os trabalhadores.

    A utilização dos meios eletrónicos referidos gerou poupança de custos, decorrentes

    da supressão da utilização de papel, e tornou a comunicação mais célere.

  • 56 Relatório de Atividades|2017

    Às obrigações referidas supra, acresce a seguinte: “os relatórios de atividades devem

    incluir indicadores que quantifiquem as solicitações entradas e as respetivas respostas,

    a que se refere o n.º 1 do artigo 39.º”, referida no n.º 3 do artigo 40.º do Decreto-Lei

    n.º 135/99, de 22 de abril, na redação atual.

    O n.º 1 do artigo 39.º desse decreto-lei estabelece que “toda a correspondência,

    designadamente sugestões, críticas ou pedidos de informação cujos autores se

    identifiquem, dirigida a qualquer serviço será objeto de análise e decisão, devendo ser

    objeto de resposta com a maior brevidade possível.”

    As atividades levadas a cabo pelo CEJUR em 2017 não se traduziram na prestação de

    serviços diretamente ao cidadão mas a entidades tuteladas pela PCM.

    Assim, em 2017, o CEJUR aplicou questionários de avaliação do nível de satisfação aos

    principais destinatários dos serviços que prestou, aos trabalhadores da Administração

    Pública que participaram nas ações de formação promovidas por esta entidade ao

    longo do ano, bem como aos seus colaboradores e colaboradoras. Todas as sugestões

    de melhoria e críticas referidas nesses questionários foram devidamente consideradas

    e analisadas.

    O CEJUR continuou a utilizar o portal de serviços da SGPCM para solicitar diversos

    serviços da competência desse organismo (marcação de reuniões, pedidos de livros à

    biblioteca, etc.). A utilização dessa plataforma tornou a comunicação com a SGPCM

    mais ágil, diminuiu o tempo de início da execução do serviço, diminuiu a utilização

    de papel e impressões, entre outras.

    Para além das medidas acima referidas, os recursos humanos do CEJUR foram

    estimulados a frequentar as ações de formação profissional de forma a poderem

    acompanhar as modernizações que as atividades que desempenham exigem.

  • 57 Relatório de Atividades|2017

    9. RECURSOS AFETADOS

    __________________________________________________________________________

  • 59 Relatório de Atividades|2017

    9.1 RECURSOS FINANCEIROS

    Para o ano de 2017 foi atribuído ao CEJUR um plafond de 867.155,00€. Contudo, a

    dotação orçamental inicial, exclusivamente suportada pela fonte de financiamento

    111 – receitas gerais não afetas a projetos cofinanciados, cifrou-se nos 855.321€.

    Posteriormente, o orçamento foi corrigido na sequência da publicação do decreto-lei

    de execução orçamental, tendo aquele montante diminuído para 731.779,00€ por via

    de cativações. Em novembro, o orçamento foi reforçado em rúbricas deficitárias,

    designadamente para suprir despesas com o pessoal.

    A dotação inicial, a dotação corrigida e o orçamento executado em 2017 são

    apresentados na Tabela 3, por agrupamento de despesa:

    Tabela 3 – Orçamento do CEJUR em 2017:

    (Valores em Euros)

    Agrupamento de Despesa

    Dotação inicial

    Dotação corrigida (-cativos)

    Dotação corrigida

    (+descativos)

    Execução orçamental

    Saldo

    01 Despesas com o pessoal 820.689 697.147 768.572 765.708 3.478

    02 Aquisição de bens e serviços 32.632 32.632 32.172 22.611 9.227

    07 Aquisição de bens de capital 2.000 2.000 2.000 0 1.386

    TOTAL 855.321 731.779 802.744 788.319 14.091

    Fonte: JurisAPP

    Como se pode verificar na Tabela 3, a dotação inicial (855.321€) foi sujeita a cativos.

    Ao longo do ano houve a necessidade de se efetuar diversas alterações orçamentais

    entre rúbricas, bem como um pedido à área governativa das Finanças de descativação

    de verbas do agrupamento 01 para atender despesas com o pessoal, pelo que a

    dotação corrigida final correspondeu a 802.744€.

  • 60 Relatório de Atividades|2017

    Assim, do orçamento proveniente da fonte de financiamento 111 foram executados

    788.319€, tendo o CEJUR encerrado o ano com um saldo positivo no valor de

    14.091€.

    A Tabela 4 mostra a evolução da despesa do CEJUR nos últimos três anos:

    Tabela 4 – Evolução da despesa do CEJUR nos últimos 3 anos:

    (Valores em Euros)

    Agrupamento de Despesa 2015 2016 2017

    01 Despesas com o pessoal 625.943 683.750 765.708

    02 Aquisição de bens e serviços 31.990 43.303 22.611

    04 Transferências correntes 0 0 0

    07 Aquisição de bens de capital 2.680 0 0

    TOTAL 660.613 727.053 788.319

    Fonte: JurisAPP

    Nos últimos 3 anos verificou-se uma tendência crescente na despesa do CEJUR. De

    2014 para 2015 o aumento da despesa foi cerca de 10%. E de 2016 para 2017 o

    aumento sensivelmente de 8,4%; este acréscimo deveu-se sobretudo ao aumento das

    despesas com o pessoal.

  • 61 Relatório de Atividades|2017

    9.2 RECURSOS HUMANOS

    9.2.1 DIREÇÃO

    A direção do CEJUR manteve-se a cargo da diretora nomeada em 2014, na sequência

    de concurso público, através do Despacho n.º 9790/2014, publicado no Diário da

    República, n.º 145, 2.ª série, de 30 de julho de 2014.

    .

    9.2.2 CONSULTORES

    Uma comissão de serviço que terminou em 31 de dezembro de 2016 não foi

    renovada a pedido do trabalhador. Assim, no início de 2017 encontravam-se em

    exercício efetivo de funções no CEJUR doze consultores.

    Entretanto, em março foi admitido mais um consultor principal, em regime de

    comissão de serviço.

    Um outro consultor mantem a sua comissão de serviço suspensa, desde 14 de

    dezembro de 2015, por estar a exercer funções de chefe do gabinete da Secretária de

    Estado Adjunta e da Justiça.

    Assim, no final do ano encontravam-se em exercício efetivo de funções no CEJUR

    treze consultores.

    9.2.3 TÉCNICOS SUPERIORES

    O número de colaboradores da UTAIL foi reforçado, a partir de 1 de novembro,

    através da mobilidade de uma técnica superior. A remuneração e demais encargos

    relativos a essa trabalhadora foram assegurados pelo serviço de origem, até ao final

    do ano.

  • 62 Relatório de Atividades|2017

    9.2.4 PESSOAL DE APOIO ADMINISTRATIVO

    No ano de 2017 prestaram apoio direto à área de contencioso e parecerística três

    oficiais de justiça, em regime de mobilidade intercarreiras.

    O CEJUR contou ainda com o apoio de uma assistente técnica e de um assistente

    operacional, estes dois últimos do quadro de pessoal da SGPCM.

    9.2.5 SÍNTESE DOS RECURSOS HUMANOS

    Em síntese, o número de trabalhadores em exercício efetivo de funções no CEJUR,

    no início e no final do ano de 2017, foi o seguinte (Tabela 5):

    Tabela 5 – N.º de trabalhadores em 01/01/2017 e em 31/12/2017:

    01/01/2017 31/12/2017

    Serviço

    efetivo

    Outras

    situações

    Serviço

    efetivo

    Outras

    situações

    Dirigente

    Diretor 1 1

    Trabalhadores

    Consultor principal 6 7

    Consultor 6 1* 6 1*

    Técnico superior 1

    Assistente técnico 4 4

    Assistente operacional 1 1

    TOTAL 18 1 20 1

    *Comissão de serviço suspensa

    Fonte: JurisAPP

  • 63 Relatório de Atividades|2017

    10. AUTOAVALIAÇÃO DO SERVIÇO

    __________________________________________________________________________

  • 65 Relatório de Atividades|2017

    Em cumprimento do disposto no artigo 15.º da Lei n.º 66-B/2007, de 28 de

    dezembro, na sua redação atual, procede-se no presente capítulo à autoavaliação do

    desempenho do CEJUR, tendo por base os resultados obtidos na prossecução dos

    objetivos definidos no QUAR de 2017.

    9.1. OBJETIVOS DEFINIDOS NO QUAR

    O Quadro 3 apresenta os objetivos estratégicos ou plurianuais (OBE) constantes no

    QUAR do CEJUR para o ano de 2017 (vide Anexo 9), bem como os objetivos

    operacionais (OB) prosseguidos pelo CEJUR que foram objeto de avaliação.

    Quadro 3 – Objetivos estratégicos e operacionais constantes no QUAR|2017:

    Fonte: JurisAPP

    OBE 1.

    OBE 2.

    OBE 3.

    OB 1.

    Ind. Percentagem de decisões favoráveis ou de antecipação, mediante análise jurídica produzida em fase

    inicial do processo, de elevado risco de decisão desfavorável

    OB 2.

    Ind. Percentagem de estudos, informações e pareceres cuja elaboração antecipou em 10% o prazo

    estipulado

    OB 3.

    Ind. Percentagem de dirigentes e trabalhadores abrangidos por formação profissional

    Eficiência

    Qualidade

    Assegurar um elevado número de decisões favoráveis ao Estado nos processos

    patrocinados pelo CEJUR

    Assegurar o tratamento das solicitações em matéria de parcerística

    Garantir formação profissional

    Eficácia

    Objetivos Estratégicos e Operacionais - QUAR 2017

    Objetivos Estratégicos (OBE)

    Assegurar a representação em juízo do Conselho de Ministros, do Primeiro-Ministro e de qualquer

    outro membro do Governo organicamente integrado na Presidência do Conselho de Ministros

    Reforçar a eficácia, a qualidade e a eficiência internas

    Objetivos Operacionais (OB)

    Assegurar a eficaz resposta a todas as solicitações que lhe sejam dirigidas

  • 66 Relatório de Atividades|2017

    9.2. RESULTADOS ALCANÇADOS NOS OBJETIVOS CONSTANTES DO QUAR DE 2017 E ANÁLISE DOS DESVIOS

    De acordo com o artigo 15.º da Lei 66-B/2007, de 28 de dezembro, na sua redação

    atual, a avaliação de desempenho de cada serviço assenta num quadro de avaliação e

    responsabilização (QUAR), sujeito a avaliação permanente e atualizado a partir dos

    sistemas de informação do serviço.

    Com efeito, a concretização dos objetivos estipulados no QUAR foi devidamente

    acompanhada, tendo-se procedido à sua monitorização no final do 1º semestre. Os

    resultados intercalares foram devidamente assinalados na aplicação GeADAP.

    De seguida, são apresentados os resultados finais alcançados em cada objetivo

    operacional do QUAR, bem como a análise dos desvios verificados.

    OB 1 Assegurar um elevado número de decisões favoráveis ao Estado nos processos patrocinados pelo CEJUR

    Meta

    Valor crítico

    Realizado Desvio

    Ind. Percentagem de decisões favoráveis ou de antecipação, mediante análise jurídica produzida em fase inicial do processo, de elevado risco de decisão desfavorável 89% 100% 85,4% -3,6%

    No que se refere ao patrocínio judiciário no contencioso administrativo, o

    CEJUR obteve uma taxa de sucesso de 85,4% nos processos findos em 2017,

    cumprindo o objetivo fixado no QUAR nessa matéria.

    Justificação do desvio:

    Em 2017, houve um desvio negativo face à meta prevista em cerca de 4%. Até ao

    final do ano transitaram em julgado 82 processos judiciais, tendo o CEJUR obtido

    decisão favorável em 70.

  • 67 Relatório de Atividades|2017

    Note-se que este indicador tem algum grau de imprevisibilidade, visto que as decisões

    favoráveis (ou não) dependem não só do trabalho realizado pelo CEJUR como

    também dos Tribunais e de fatores exógenos.

    Segundo a aplicação GeADAP a taxa de realização é de 114%.

    OB 2 Assegurar o tratamento das solicitações em matéria de parcerística

    Meta

    Valor crítico

    Realizado Desvio

    Ind. Percentagem de estudos, informações e pareceres cuja elaboração antecipou em 10% o prazo estipulado

    40% 100% 98,8% +58,8%

    98,8% dos estudos, informações e pareceres elaborados durante ao ano de 2017

    foram concluídos com uma antecedência mínima de 10% do prazo estabelecido pela

    tutela, pelo que a meta estabelecida foi superada.

    Justificação do desvio:

    Também este indicador tem um elevado grau de imprevisibilidade atendendo à

    complexidade que a elaboração de alguns estudos, informações e pareceres se

    reveste. Contudo, foi possível antecipar a entrega desses documentos em 98,8% dos

    casos.

    Segundo a aplicação GeADAP a taxa de realização é de 124,4%.

  • 68 Relatório de Atividades|2017

    OB 3 Garantir formação profissional

    Meta

    Valor crítico

    Realizado Desvio

    Ind. Percentagem de dirigentes e trabalhadores abrangidos por formação profissional

    40% 100% 40% -

    No ano de 2017, o CEJUR proporcionou formação profissional a cerca de 40% dos

    seus dirigente e colaboradores.

    Segundo a aplicação GeADAP a taxa de realização é de 105%.

    Justificação do desvio:

    A meta estabelecida foi ultrapassada devido ao facto de alguns/algumas

    trabalhadores/as terem participado em ações de formação extraplano.

    Resumindo, a avaliação final do CEJUR no ano de 2017 foi positiva com uma taxa

    de realização final de 105,8%, tendo-se cumprido 1 objetivo do QUAR e superado 2.

    Resumindo, a Tabela 6 mostra, em termos relativos, a avaliação final do CEJUR.

    Tabela 6 – Avaliação final do Organismo (QUAR|2017):

    Fonte: JurisAPP

    Eficácia 60% 100,0% 60,0% Atingiu

    Eficiência 20% 124,0% 24,8% Superou

    Qualidade 20% 105,0% 21,0% Superou

    105,8%

    Ponderação Taxa Realização Resultado Classificação

    Taxa de Realização final

    Parâmetro

  • 69 Relatório de Atividades|2017

    A evolução dos indicadores do QUAR entre 2015 e 2017 é revelada na Tabela 7.

    Tabela 7 – Evolução dos indicadores do QUAR, entre 2015 e 2017:

    Fonte: JurisAPP

    9.2.1. RECURSOS HUMANOS

    Relativamente aos Recursos Humanos, a Tabela 8 mostra os pontos planeados no

    QUAR e a respetiva execução.

    Tabela 8 – Recursos humanos planeados e executados:

    Fonte: JurisAPP

    2015 2016 2017 Δ 2016/2015 Δ 2017/2016

    Ind. Percentagem de decisões favoráveis ou de

    antecipação, mediante análise jurídica

    produzida em fase inicial do processo, de

    elevado risco de decisão desfavorável

    97,44% 95,35% 85,40% -2,14% -10,44%

    Ind. Percentagem de estudos, informações e

    pareceres cuja elaboração antecipou em

    10% o prazo estipulado

    - 75,00% 98,80% - -

    Ind. Percentagem de dirigentes e trabalhadores

    abrangidos por formação profissional75,00% 68,42% 40,00% -8,77% -41,54%

    Eficácia

    Eficiência

    Qualidade

    Objetivos Operacionais

    Recursos Humanos PontuaçãoPontos

    planeados

    Pontos

    executadosDesvio

    Dirigentes - Direção superior 20 20 20 0

    Consultores 12 168 156 -12

    Assistente técnico 8 32 32 0

    Assistente operacional 5 5 5 0

    TOTAL 225 213

  • 70 Relatório de Atividades|2017

    Verifica-se na Tabela 8 uma execução de 213 pontos face aos 225 pontos planeados

    para o ano de 2017. O desvio verificado é de 12, tendo o total de pontos executados

    ficado aquém dos planeados.

    9.2.2. RECURSOS FINANCEIROS

    O plafond inicialmente atribuído ao CEJUR para o ano de 2017 foi de 867.155€ mas

    esse montante sofreu várias alterações ao longo do ano.

    A execução orçamental foi de 788.319€, o que corresponde a uma taxa de execução

    de 90,91% face ao plafond inicialmente atribuído ao serviço. Os desvios observados

    em relação ao planeado no QUAR são apresentados de seguida (Tabela 9):

    Tabela 9 – Recursos financeiros planeados e executados:

    Fonte: JurisAPP

    No ano de 2017, verificou-se uma execução orçamental de 788.319€, o que,

    face ao montante planeado no QUAR (867.155€), resulta num desvio positivo

    de 78.837€.

    A dotação inicial cifrou-se nos 855.321€. Contudo, em março de 2017 esta dotação

    foi sujeita a cativos. Ao longo do ano houve ainda a necessidade de se efetuar

    (Valores em euros)

    Recursos Financeiros Planeados Executados Desvio

    Orçamento de funcionamento 867.155 788.318 78.837

    Despesas com pessoal 820.689 765.708 54.981

    Aquisições de bens e s