ojb edição 14 - ano 2015

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1 ISSN 1679-0189 Ano CXIV Edição 14 Domingo, 05.04.2015 R$ 3,20 Órgão Oficial da Convenção Batista Brasileira Fundado em 1901 “Porque todas as vezes que comerdes este pão e beberdes este cálice anunciais a morte do Senhor , até que venha” (1 Co 11.26)

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“Porque todas as vezes que comerdes este pão e beberdes este cálice anunciais a morte do Senhor, até que venha (1 Co 11.26)". Que neste domingo, quando celebramos a Páscoa, possamos relembrar o sacrifício de Cristo como verdadeiro significado desta celebração. Que Deus abençoe a sua família e que o sangue do Cordeiro esteja continuamente sobre o seu lar.

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Page 1: OJB Edição 14 - Ano 2015

1o jornal batista – domingo, 05/04/15?????ISSN 1679-0189

Ano CXIVEdição 14 Domingo, 05.04.2015R$ 3,20

Órgão Oficial da Convenção Batista Brasileira Fundado em 1901

“Porque todas as vezes que comerdes este pão e beberdes este cálice anunciais a morte do Senhor, até que venha” (1 Co 11.26)

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2 o jornal batista – domingo, 05/04/15 reflexão

E D I T O R I A L

Bíblia, o livro da Páscoa

A Páscoa é um tempo sacro. É uma das datas que apontam para um irromper

do Sagrado no calendário profano. A inspiração dessa tradição de fé tem origem nas Escrituras Sagradas, ponto de referência da tradição judai-co-cristã. A Páscoa judaica é descrita em Êxodo 12, no segundo livro da Lei (Torá), enquanto que a Páscoa cris-tã é narrada nos evangelhos sinóticos (Mateus 26; Marcos 14 e Lucas 22).

A sociedade brasileira está entre as mais elaboradas em sua relação empática com o Sagrado. A prova disso é a in-tensa procura pela Bíblia no território verde-amarelo por parte de todas as confissões. Há versões judaicas como a Torá, do Rabino Meir M. Me-lamed, e os Salmos de David (editora Sefer); as tradicionais versões católicas da Vulgata

de Antônio Pereira de Figuei-redo, de 1790 e a do padre Matos Soares, de 1930 e a clássica versão protestante de João Ferreira de Almeida de 1681, publicada integralmen-te apenas em 1753.

Nos últimos 30 anos o nú-mero de versões cresceu e a procura pelo Texto Sagrado atinge milhões de exemplares todos os anos. A versão de Almeida apresenta diversas revisões: Versão Corrigida (1995) e Versão Atualizada (1993) impressas pela Socie-dade Bíblica do Brasil; versão Corrigida Fiel (1994), da So-ciedade Bíblica Trinitariana e a Versão Revisada (1967), da Imprensa Bíblica Brasileira.

Novas versões, menos lite-rais e baseadas nas pesquisas linguísticas recentes têm se multiplicado. No contexto católico, foram publicadas várias versões: em 1976 sur-ge a Bíblia de Jerusalém,

muito erudita e repleta de notas técnicas; em 1982 sur-ge a Bíblia Vozes; em 1990 é publicada a Bíblia Pastoral, em linguagem popular e de perfil libertário; em 2001 sete editoras católicas lançam a versão da CNBB. No con-texto protestante destacam--se a Bíblia na Linguagem de Hoje (Sociedade Bíblica do Brasil, 1988), versão de linguagem popular, recen-temente revisada e lançada sob o título Nova Tradução na Linguagem de Hoje, e a Nova Versão Internacional (publicada em 2000 pela Editora Vida/IBS), de lingua-gem contemporânea e muita riqueza exegética e literária, afinada com a NIV, versão da Bíblia mais lida no mun-do anglo-saxão. Finalmente, devem ser citadas a série de André Chouraqui, de per-fil notavelmente literário e baseada em sólida erudição

hebraica, e a Tradução Ecu-mênica, lançada em 1997 pelas Edições Loyola, muito erudita e a mais rica em notas críticas e linguísticas disponí-vel em português.

Toda essa diversidade de versões mostra que o brasilei-ro tem fome de Deus e busca o Sagrado como ninguém. A Páscoa é a celebração da vida, da liberdade e da vi-tória da vida sobre a morte. No Brasil a celebração da vida não se opõe ao Sagra-do. Quem dera a reflexão desta Páscoa prolongue a convivência pacífica e res-peitosa das diversas fés do nosso país e permita que a experiência do Sagrado do nosso povo desdobre-se em ética, justiça e igualdade e, principalmente, na vitória da vida sobre a morte, sentido fundamental da celebração da ressurreição. LS

O JORNAL BATISTAÓrgão oficial da Convenção Batista Brasileira. Semanário Confessional, doutrinário, inspirativo e noticioso.

Fundado em 10.01.1901INPI: 006335527 | ISSN: 1679-0189

PUBLICAÇÃO DOCONSELHO GERAL DA CBBFUNDADORW.E. EntzmingerPRESIDENTEVanderlei Batista MarinsDIRETOR GERALSócrates Oliveira de SouzaSECRETÁRIA DE REDAÇÃOPaloma Silva Furtado(Reg. Profissional - MTB 36263 - RJ)

CONSELHO EDITORIALCelso Aloisio Santos BarbosaFrancisco Bonato PereiraGuilherme GimenezOthon AvilaSandra Natividade

EMAILsAnúncios:[email protected]ções:[email protected]:[email protected]

REDAÇÃO ECORRESPONDÊNCIACaixa Postal 13334CEP 20270-972Rio de Janeiro - RJTel/Fax: (21) 2157-5557Fax: (21) 2157-5560Site: www.ojornalbatista.com.br

A direção é responsável, perante a lei, por todos os textos publicados. Perante a denominação batista, as colaborações assinadas são de responsabilidade de seus autores e não representam, necessariamente, a opinião do Jornal.

DIRETORES HISTÓRICOSW.E. Entzminger,fundador (1901 a 1919);A.B. Detter (1904 e 1907);S.L. Watson (1920 a 1925);Theodoro Rodrigues Teixeira (1925 a 1940);Moisés Silveira (1940 a 1946);Almir Gonçalves (1946 a 1964);José dos Reis Pereira (1964 a 1988);Nilson Dimarzio (1988 a 1995) e Salovi Bernardo (1995 a 2002)

INTERINOS HISTÓRICOSZacarias Taylor (1904);A.L. Dunstan (1907);Salomão Ginsburg (1913 a 1914);L.T. Hites (1921 a 1922); eA.B. Christie (1923).

ARTE: OliverartelucasIMPRESSÃO: Jornal do Commércio

Cartas dos [email protected]

A Deus toda honra e toda glória

À redação de OJB, diretoria e funcionários. Deus aben-çoe a todos vocês, na Graça e na Paz do nosso Senhor Jesus Cristo.

A denominação Batista está de parabéns por manter o OJB por 114 anos transmi-tindo notícias aos batistas de todo o mundo e divulgando a Palavra de Deus até aos confins da terra. Estou certo de que o OJB é um ótimo instrumento de grande valor para Deus, na expansão do Reino do Senhor aqui e no mundo. E os homens valoro-sos que passaram ao longo destes 114 anos, desde a fundação em 1901, sem dú-vida deixaram suas marcas na preservação dos valores morais e éticos para a boa informação e divulgação dos ensinamentos da Palavra de Deus.

Tenho certeza de que Deus tem em altas cotas os seus servos que, direta e indireta-mente, contribuíram para a manutenção e funcionalida-de deste órgão de divulgação do que acontece no campo

missionário, no Brasil e no mundo. A CBB está em alta no meu conceito por gerir tão bem a ordem adminis-trativa e organizacional no crescimento da denominação Batista no Reino de Deus

desde o início, quando não havia recursos tecnológicos. O OJB sobreviveu a todas as dificuldades para chegar ao ótimo funcionamento que é hoje em 2015.

Não posso deixar de pa-rabenizá-los pela criação da Editora Convicção. Com certeza as literaturas das es-colas dominicais chegarão às igrejas com mais eficiência e rapidez. O trabalho de todos os irmãos que contri-buíram no passado e os que atualmente esmeram por um trabalho louvável, na inten-ção da continuidade e cres-cimento do Reino, a Deus toda honra e toda glória.

Meu muito obrigado pela atenção em me fazer ciente de tudo o que acontece no campo missionário.

José Gomes Magalhães, diá-cono da Primeira Igreja Batis-

ta no Guará, Brasília - DF

As mensagens enviadas devem ser concisas e identificadas (nome com-pleto, endereço e telefone). OJB se reserva o direito de publicar trechos. As colaborações para a seção de Cartas dos Leitores podem ser en-caminhadas por e-mail ([email protected]), fax (0.21.2157-5557) ou correio (Caixa Postal 13334, CEP 20270-972 - Rio de Janeiro - RJ).

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3o jornal batista – domingo, 05/04/15reflexão

(“In memoriam” da missioná-ria Zilda Moreira de Oliveira)

Logo após ter ouvido o anúncio do arcanjo Gabriel, de que ela fora escolhida por

Deus para ser a mãe de Jesus, Maria foi visitar sua prima Isabel. Na ocasião, entoou uma canção de louvor e gra-tidão, registrada no Evange-lho de Lucas 1.46-55.

Sabendo que estava grávida e seria a mãe do Salvador, a moça sussurrou para sua prima: “Magnificat anima mea Dominum” (A minha alma engrandece ao Senhor). A canção ficou conhecida na liturgia cristã, desde os primórdios do cristianismo, em latim, por essas primeiras palavras. No texto, a pessoa de Maria está representada como altamente favorecida por Jeová e entendida como imagem do povo judaico.

A versão bizantina, na lín-gua grega, é a mais antiga. Existe uma versão latina an-terior ao Concílio Ecumênico de Trento (1545-1563), man-tida por católicos anglicanos e luteranos, e uma posterior àquele Concílio, usada pelos católicos romanos.

No período barroco (1600-1750), as igrejas católica romana e luterana incen-tivavam a composição de cantatas e oratórios, que não exigiam a montagem de um palco, nem o uso de figurinos teatrais; essas obras se apoia-

Miriam Roberta Kemerer, membro da Primeira Igreja Batista de Piracicaba - SP

Recentemente, resolvi mostrar aos meus filhos um disco de vinil - não que eles

nunca tivessem visto um - mas, resolvi explicar a eles como aquilo era usado. Mos-trei as linhas que contém a música e a faixa, que é a passagem de uma música para outra. Expliquei como era importante se cuidar do manuseio do disco, da vitro-la, da agulha da vitrola, que era super sensível. Naquela

vam em temas bíblicos.Conhecemos e apreciamos

as composições musicais de Monteverdi (católico), de Schütz, Telemann e Bach (protestantes).

Entre as peças de Claudio Monteverdi (1567-1643), compostas em Veneza, sele-cionamos o “Magnificat” para seis vozes (1610) e o para oito vozes (1640), que foram marcando sua transição do estilo renascentista para o barroco. Na opinião de An-dré Maugars, Monteverdi era “Um dos primeiros composi-tores do mundo”.

Na época havia a rivali-dade entre Roma e Veneza. Talvez, por isso, a ortodoxia romana, com sua monodia, não conseguia interferir na liturgia veneziana, bafejada pela polifonia. Nos canais de Veneza, o Oriente e o Ocidente, o árabe e o cristão, lá se entendiam.

No “Magnificat” de 1610, as vozes são sustentadas pelo órgão; Monteverdi exigiu que esse instrumento tocasse lentamente e desse oportu-nidade à virtuosidade das vozes. No de 1640, o acom-panhamento é executado por dois violinos e quatro violas, em uma das mais belas pá-ginas do estilo concertante barroco.

Esses exemplares foram gravados pelo Coro Carmeli-ta e pelo “Taverner Consort”, de Londres, regidos por G. Malcom e A. Parrott.

época, as famílias tinham, na maioria das vezes, apenas uma vitrola. Os LP´s eram escolhidos com cuidado, era necessário realmente pagar pela música que você quisesse ter, assim se valo-rizava porque não era algo descartável.

O tempo passou e a era digital chegou. Que bom. Hoje temos acesso as músi-cas digitais e, na maioria das vezes, baixadas diretamente da internet. Não gostou? Apaga e baixa outra. O apa-relho não vem de graça, mas é comum se trocar de um para outro com muita

Em duas gravações em CD, Corboz, na década de 80, regeu o “Magnificat” com o conjunto de Lausanne.

Na Alemanha, o estilo bar-roco teve em Heinrich Schütz (1585-1672) um dos primei-ros cultivadores. Ele foi o ilus-tre predecessor de Johann Se-bastian Bach, tendo composto uma das mais extensas obras para coro e solistas vocais. Depois de estudar música em Veneza, onde conheceu Mon-teverdi, Schütz foi nomeado diretor musical na corte de Dresden (Alemanha oriental).

Na década de 60, a gra-vação em LP, regida por R. Mauersberger, com o “Kreu-zchor”, de Dresden, tornou--se um marco na discografia de música sacra erudita.

R. Norrington, na déca-da de 70, regendo o Coro “Schütz”, de Londres, gravou em um CD o “Magnificat”, em alemão. Desde 1721 em Hamburgo (onde foi diretor musical da cidade, ministro de música, mestre de capela em cinco igrejas principais, diretor da Ópera, fundador de um colégio musical e da primeira revista de música publicada na Alemanha), Ge-org Philipp Telemann (1681-1767) morreu com 86 anos de idade, coberto de glória pela Europa inteira. Em 1740, um jornal alemão publicou uma lista dos dez melhores compositores; em primeiro lugar estava Telemann; em sétimo, Bach.

facilidade.Nossa conversa tinha um

objetivo, e a curiosidade já estava escrita no olhar deles e nas perguntas. Logo, um comentou que aquilo era por causa da chegada do tablet; estava certo. Não exatamente por causa do aparelho, mas por conta do uso do mesmo para a leitura da Bíblia.

A Bíblia online (digital) é de uma praticidade incrível, não temos como negar. O que me preocupa em relação a isso é que ela se tornou apenas mais um ícone de fácil acesso dentro de um aparelho. Em uma rapidez

Compôs um “Magnificat”, na língua latina e na língua alemã; ambas as versões pos-suem um melodismo lumino-so e uma harmonia transpa-rente; uma, em clima festivo, começa por uma explosão de alegria na palavra “Mag-nificat”; a outra, mais íntima, pelas palavras alemãs “Meine Seele” (minha alma). Foram recuperadas pela pesquisa musicológica de Kurt Redel, que regeu as gravações em LP com o Coro de Lausanne e a Orquestra de Munique.

A Alemanha luterana uti-lizava o cântico da Virgem Maria sob duas formas: 1) - uma tradução em alemão (“Meine Seele erhebet den Herrn”); 2) - a versão latina permitida pelas autoridades luteranas de Leipzig.

A mais popular das obras vocais de Bach foi composta para a véspera da noite de Na-tal; esta primeira elaboração (BWV-243a) foi executada em 24 de dezembro de 1723.Na revisão da obra, realizada entre 1728 e 1731, foi-lhe conferida a grandeza da es-pécie mais sublime; a nova versão (BWV-243) teve sua estreia na Igreja de São Tomás (Thomaskirche, em Leipzig), em 02 de julho de 1733.

O obituário de Bach, escri-to por um dos filhos, men-ciona “Muitos Magnificats”. Destacamos nesta obra: 1) - no início, o coro polifôni-co, de caráter triunfal, arre-bata por seu brilhantismo;

incrível, as crianças deixaram de manusear o livro de folhas delicadas e apenas tiram do bolso um Iphone, um Ipod, um Palm (ou algo do tipo).

Para terminar nossa con-versa em família, mostrei as crianças a Bíblia que herdei de minha mãe. Nela há vá-rias anotações, versículos grifados, outros circulados com uma caneta trêmula. Em alguns lugares se lê uma data ou uma, duas palavras que expressam algo que ela esta-va sentindo ou vivendo na-quele momento; mas, apesar de usada, e muito bem usada, está em excelente estado. Eu

2) - o diálogo entre o oboé e a soprano; 3) - a fuga im-ponente, da qual participam dois baixos e um trompete; 4) - a beleza no trio para dois sopranos e um contralto; 5) - no final, o coro a cinco vozes e trompete. Bach escreveu uma composição rigorosa na forma e suave no efeito.

Daniel Barenboim regeu a gravação em um LP com o coro e a Orquestra “The New Philharmonia”. Outro LP foi o de Karl Richter, com a Or-questra “Bach”, de Munique.

Na década de 80, foram gravados do “Magnificat” de Bach pelo menos os CDs de Corboz, Gonnenwein, Grischkat, Karajan, Richter, Rotzsch e Schmidt-Gaden. Com a orquestra e o coro de Stuttgart, Karl Münchinger deu uma esplêndida inter-pretação.

No final de 2014, o King’s College Choir, de Cambrid-ge, sob a regência de Ste-phen Cleobury, executou o “Magnificat”, de Bach. As partituras e as gravações do “Magnificat”, compostas e executadas pelos mais impor-tantes músicos, constituem uma inestimável parte da cul-tura do Ocidente. As hordas sanguinárias do Oriente, por meio de golpes terroristas, estão ameaçando destruir a civilização ocidental. As massas incultas da Europa e das Américas estão preocupa-das com a preservação deste acervo cultural?

a tenho como um tesouro, uma herança real pelo que é e pelo que representa.

A Bíblia online está no nosso tablet, vai ser útil em alguns momentos, porém, espero que eles cuidem e usem, levem e tragam, per-cam e achem a Bíblia real, aquele Livro de folhas de-licadas e conteúdo único. Desejo que eles a tenham como única, pois ela não é mais um acessório, é a Bíblia, e espero que eles a tenham como quem tem um tesouro, um presente valioso, algo que não é descartável ou “baixável”.

“Magnificat”

A Bíblia e o vinil

MÚSICARolando de nassau

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4 o jornal batista – domingo, 05/04/15

GOTAS BÍBLICASNA ATUALIDADE

OLAVO FEIJÓ Pastor, professor de Psicologia

A ceia no Reino do Pai

reflexão

“Disse-lhe Jesus: em verdade te digo que, nesta mesma noite, antes que o galo cante, três vezes me negarás” (Mt 26.29).

A ceia com o pão e o vinho foi ordenada por Jesus aos discí-pulos, na véspera

da Sua morte e ressurreição. Ao instituí-la, Jesus fez uma promessa de implicações eternas: “Eu lhes digo que, de agora em diante, não beberei deste fruto da videira até aquele dia em que beberei o vinho novo com vocês no Reino de Meu Pai” (Mt 26.29).

Quando comemoramos a Ceia do Senhor, proclama-mos o passado e anunciamos o futuro. Ao falar do passado, contamos a história do sacri-fício voluntário do Filho de Deus, que cumpriu o plano

eterno do Senhor, que desig-nou como Seus filhos adoti-vos todos os que creem que Jesus é o Filho de Deus.

Na ceia, porém, Jesus nos prometeu um banquete eter-no, celestial. Vai chegar um dia, disse Jesus, em que to-dos os filhos adotados pelo amor do Senhor estarão na “nova terra”, à mesa com o Pai, celebrando o triunfo do Filho. Nos nossos dias de de-sânimo e de tristeza, tomar o cálice da ceia é uma injeção de ânimo, garantindo que um dia o Sol da justiça nos libertará das tribulações do mundo. A celebração da ceia, nas nossas limitações desta terra decaída, antevê relances do nosso destino eterno, dádiva do amor de Deus em Cristo Jesus. Em cada Ceia repetimos: até aquele encontro glorioso, no Reino do Pai.

Manoel de Jesus The, colaborador de OJB

Ai daquele por quem o Filho do Homem é traído, melhor se-ria não tivesse nas-

cido. Palavras do Senhor Jesus, na celebração da úl-tima Páscoa. Essas palavras servem para toda pessoa que rejeitou o sacrifício de Cristo em seu lugar. Toda pessoa que rejeitou a Cristo como seu Salvador terá o mesmo destino, então merece ouvir as mesmas palavras, ou seja, melhor lhe fora que não ti-vesse nascido.

O pior que pode acontecer a alguém neste mundo, é escolher viver independente de Deus, e cada vez que o Espírito lhe falar ao coração, incitando-o ao arrependimen-to, ir apresentando à sua cons-ciência desculpas até chegar ao ponto de cauterizá-la.

Um dos meus livros predi-letos, na minha adolescência, conta uma história que lem-bra bem o amor de Deus e a teimosia humana em ouvir a voz de Deus em sua consci-ência, a confiar em seu per-dão, oferecido pelo sacrifício de Cristo. Vamos relembrá-la.

Certo dia um pai alcoólatra caminhava com o seu filho de oito anos, às margens do rio Mississippi. O menino reclamava: “Pai, estou com fome! Nada comi desde on-tem!”. Em um ímpeto de im-paciência, o pai alcoólatra, lançou o filho às águas do Mississippi. No dia seguinte, acordou assustado, mas não disse nada a ninguém, nem mesmo à esposa. A partir daquele dia, o complexo de culpa passou a atormentá--lo. Viu na guerra entre o norte e o sul, a oportunida-de de um suicídio honroso. Acabou ferido. No hospital montado no campo de bata-lha, percebeu que estava no fim. Ao passar um dos mé-dicos, puxou-o pelo jaleco e, agonizando, pediu para confessar sua culpa. Com tantos pacientes a atender, o médico relutou, mas, não houve jeito. Confessou seu crime e disse que seu proble-ma era que, de tão hediondo, nem Deus o perdoava. O médico lhe disse: o amor de Deus é maior do que os mais hediondos pecados. Enquanto o senhor sofre por causa do seu tresloucado ato, alguém louva a Deus pelo

seu hediondo ato. Naquele dia, agarrei-me a uma tábua, depois de horas, fui recolhi-do por um vapor, a esposa do capitão adotou-me, fez de mim um médico. Pai, não só Deus te perdoou, mas seu filho acaba de fazê-lo. A vida daquele homem se findou dias depois, mas, sua alma ressuscitou. O corpo de Cristo conheceu, sofreu a morte, mas, a ressurreição do seu corpo deu vida a outro corpo, que é sua Igreja. O médico agradecia a Deus ter sido lançado às águas, pois, Deus, usando uma senhora piedosa, transformou-o em um servo de Deus, para curar corpos e almas também.

Amado irmão, que através de sua vida, Cristo conti-nue vivo e ressurreto, nesta terra de tanta dor e morte. Seja como a esposa daquele capitão, que transformou em verdadeira a vida de um menino menosprezado pelo próprio pai.

A verdadeira Páscoa trans-forma a morte em vida, mas, em uma vida verdadeira, su-perior, eterna, e nos liga uns aos outros, pois, o Corpo de Cristo transformou-se em um outro corpo, a Igreja.

Eusvaldo Gonçalves dos Santos, colaborador de OJB

Qual a diferença que encontramos nes-ses dois instrumen-tos que validam a

crucificação do filho de Deus?Quando Jesus aparece junto

aos dois discípulos que volta-vam para casa, na aldeia de Emaus, pouco distante de Je-rusalém, Ele faz uma pergun-ta, que nos parece um pouco curiosa, “Que palavras são estas que trocais entre vós e por que estais tristes?”. Dá-nos a ideia de que eles haviam esquecido as aulas e os ensinamentos a respeito do Filho do homem; parece que eles eram membros de uma Igreja Batista brasileira, após uma aula da Escola Bíblia Domuinical - E.B.D. Parece que nada sabem da lição que acaba-ram de participar.

O que acontece com o ser humano de modo geral? Fala-mos de Jesus Cristo, mostramos que Ele é o Deus que nos criou, que Ele é o Deus que provê todas as coisas, que Ele é o Deus da Paz, o Jeová Shalom, como diz o Salmo 95.6; Gêne-sis 22.14 e Jeremias 6.24. Mas o mundo continua angustiado. Hoje, como sempre, as pessoas parecem estar com as mentes

bloqueadas para entender as coisas de Deus. Paulo tinha razão quando disse em II Co 4.4 que o deus deste século cegou--lhes o entendimento,

Jesus viu que eles estavam preocupados mais com os últi-mos acontecimentos. Estamos nós preocupados também com as coisas materiais, ou estamos colocando as espirituais em segundo plano?

Os líderes evangélicos estão preocupados em ter uma Igreja que lhes dê status, os cantores e músicos estão preocupados com a renda financeira, os pas-tores não falam mais sobre o pecado para não desagradar os contribuintes; quando convida-mos para um culto de oração, não existe tempo.

O apóstolo Pedro nos informa que o dia do Senhor virá como ladrão, e tudo se desfará, tudo se queimará. Havendo de perecer todas estas coisas, que tipo de pessoas nos convém ser em santo trato e piedade?

O túmulo e a cruz vazios conti-nuam dando testemunho de que Jesus é o mesmo que foi crucifica-do e colocado naquela sepultura. E como foi para o céu, vai voltar, de acordo com Atos 1.11.

Paulo nos informa que o Se-nhor descerá do céu com alari-do e com vós de trombeta, para

o arrebatamento da sua Igreja. Ignorar isso é ter a mente blo-queada pela forma do mundo, segundo I Tessalonicenses 4.13 e Romanos 12.2.

O mundo está voltado para as coisas materiais, as nações estão angustiadas. Há uma per-plexidade social, política, finan-ceira e espiritual, como nunca existiu. Os emissários do diabo continuam fazendo as obras do mal, roubando, corrompendo, matando sem piedade, cada dia com mais crueldade.

Os homens não querem aque-le que abençoa, somente que-rem a benção. Há uma apostasia predita de forma geral, não há quem busque a Deus ou se in-teresse pela pregação da Palavra de Deus, a menos que haja retor-no financeiro.

Então podemos afirmar quan-do analisamos os fatos que evi-denciam a Sua volta que, real-mente, o tempo está próximo. O escritor do Livro “Estudo do Apocalipse”, na página 13, diz: “Na própria Igreja o amor está escasso”. Como já exemplifica Mateus: “E por se multiplicar a iniquidade o amor de muitos se esfriará” (Mt 24.12). A extrema corrupção mundial, a aparência da piedade, a falta de afeto na-tural, o abandono de genitores, a apostasia generalizada já são

sinais, como está descrito em Mateus 24.23-24; Tito 1.16 e Romanos 1.18.

Mas, o túmulo e a cruz vazios, instrumentos da manifestação do amor de Deus, continuam vali-dando a vida de milagres, a mor-te, a crucificação, sepultamento, e a ressurreição do Filho de Deus em favor da humanidade. Se eles não estivessem vazios, a nossa fé seria sem fundamentos, e tudo teria sido em vão.

Aqueles dois homens haviam esquecido das aulas sobre as profecias dos profetas que des-creveram o estabelecimento do Reino de Cristo em termos de um mundo redimido, como fala Isaías 11.6. Observe que os verbos es-tão sempre no futuro: “Morarão, viverão, pastarão, encherá”.

Para o mundo incrédulo, a validação da cruz e do túmulo vazio nada significa, mas serve como castigo predito da perdi-ção eterna, como está escrito em Mateus 25.41; mas, para os que estiverem a direita, lhes dirá: “Vinde, possuí a herança que está preparado desde a fun-dação do mundo, a eternidade com Cristo” (Mt 25.34).

Jesus vai consolidar a sua cru-cificação e ressurreição como propósito da redenção, também na ordem universal, que foi perturbada pelo diabo e pelo

pecado no âmbito espiritual, segundo Romanos 8.19.

A ressurreição é a reconcilia-ção escatológica como forma de garantia da nossa vitória, como relata Colossenses 2.14. Se o túmulo e a cruz não estivessem vazios, Jesus não seria exaltado e o Seu nome não seria o único pelo qual devamos ser salvos, como está escrito em Atos 4.12 e Filipenses 2.10-11. A ressurrei-ção é a chave para uma transfor-mação da vida material para a vida espiritual, de acordo com João 6.40.

O cristianismo é a única reli-gião que cultua um Deus vivo. Cultuamos e adoramos por sermos Seus filhos. Não só cul-tuamos, mas, testemunhamos que Ele vivo está.

Quando Estevão foi assassina-do, e as pedras dos seus algozes lhe feriam, ele viu o céu aberto, a glória de Deus e Jesus em pé aguardando a sua chegada, segundo Atos 7.55-56. Esse fato se repetirá na partida de cada salvo antes da volta de Jesus, pelo plano redentor que Ele executou na cruz, quando disse: “Está consumado”. E, por isso, o túmulo e a cruz continuam vazios, esta é a grande diferença dos demais líderes das religiões, que querem fazer algo em prol da sua própria salvação.

A ressurreição e a Páscoa

Túmulo e cruz vazios

Page 5: OJB Edição 14 - Ano 2015

5o jornal batista – domingo, 05/04/15reflexão

D’Israel (Israel Pinto da Silva), colaborador de OJB, membro da Quarta Igreja Batista do Rio de Janeiro - RJ

O povo bradava ensandecidoTotalmente cego espiritualmenteE ali gritava incessantemente Soltem Barrabás e a Jesus Crucifiquem-no; crucifiquem-no!O povo ingrato soltou um ladrão E crucificou o Filho de Deus!

Antes de chegar aquele momentoSofreu meu Jesus; grandes sofrimentos Na sua via crúcis muito dolorosaApanhou demais; foi chicoteado O sangue corria do seu corpo sagrado Ele foi cuspido; ele foi xingado E foi colocado numa rude cruzAli foi pregado e foi pendurado Lá foi humilhado por mestres da leiQue dele caçoavam dizendo para EleSe és filho de Deus, desça dessa cruzRidicularizavam meu Senhor JesusQue não reclamava pelo seu caminho Qual cordeiro mudo se deixou levarP’ra mostrar ao mundo que, como dizia,Era realmente o Filho de Deus.

Uma capa vermelha nele colocaramNa sua cabeça aquela coroa cheia de espinhos Nela enterraram mui covardemente Sua cruz pesada já não levantava Já não aguentava tanto sofrimentoMas Cirineu chegou e o ajudouA levantar a cruz.Furaram o seu corpo à base de lança E deram para Ele vinagre e felTiraram suas roupas; Ele foi despidoE ali repartiram entre eles Era meio dia; e durou três horas sua agoniaO dia virou noite; o solo se abriuRochas se fenderam; e lá todos viramO seu sofrimento, falando para Deus Meu Deus; meu Deus; por que me abandonaste? “Eloi; Eloi; lamá; sabactani?’’E ali morreu pelos pecadores...Túmulos se abriram e corpos de santosLá ressuscitaram e apareceram na Cidade Santa Ali demonstrou amor pela humanidade Ao dizer pra Deus: perdoa-lhes, meu Pai Não sabem o que fazem!Tiraram Jesus daquela cruz pós morte E o sepultaram logo num sepulcro Que foi bem guardado pelos dois soldados

Passaram-se três diasMaria Madalena e outra Maria foram visitá-lo Mas em lá chegando não O encontraram Pois tinha sumido o corpo de Cristo E um anjo que ali estava disse para elas Jesus ressuscitou! Já não está aqui.Jesus venceu a morte; da sepultura saiuPro seu Pai voltou e ao céu subiuEle confirmou ser o Filho de Deus!

Rogério Araújo (Rofa), jornalista, diácono da Igreja Batista Neves - São Gonçalo – RJ

O chocolate é algo delicioso, e não precisa necessa-riamente ser de-

gustado nesta época do ano - na Páscoa, em forma de ovos -, mas, durante o ano todo.

Quem “inventou” o coe-lhinho e o ovo de chocolate como símbolos da Páscoa, de vida, de prosperidade,

Cleverson Pereira do Valle, colaborador de OJB

Estamos próximos à Páscoa, época em que a mídia divulga os famosos ovos de

chocolate. Hoje, os ovos de chocolate têm diversas em-balagens, diversos formatos e diferentes sabores.

Quem não gosta de choco-late? Chocolate é muito bom. Minha esposa faz bolo, e o bolo que mais gosto é o de chocolate. Quando criança, por exemplo, ficava esperan-do o meu ovo de chocolate, gostava de ovos grandes e com bombons dentro.

Os publicitários sabem trabalhar com esse produto, eles abusam do visual para encantar as crianças e forçar os pais a consumir o produ-to. Eu não vejo problema algum em consumir choco-

justamente em uma referên-cia a ressurreição de Jesus, três dias após sua morte, está redondamente enganado.

Cristo morreu em uma cruz na sexta-feira da Paixão, so-frendo toda a carga de pe-cado para nos salvar, sem merecermos nada disso, por sermos pecadores. E ressus-citou no domingo de Páscoa, festa tradicional judaica.

A importância, portanto, deste período é muito grande para o Cristianismo e não por causa de ser o final de

late. Particularmente, gosto muito.

Se você perguntar as crian-ças na rua, “O que é a Páscoa para vocês?”, você ficará surpreso com as respostas. Para muitas delas, a Páscoa resume-se a ovos de chocola-te. Há um desconhecimento do significado desta data. A preocupação nesta época é comercializar os tão famosos ovos de chocolate, ganhar dinheiro e ser bem sucedido.

Será que os ovos de cho-colate são o símbolo da Pás-coa? Páscoa é sinônimo de consumir chocolates? Claro que não, essa data tem um significado muito profundo. A Páscoa para nós, cristãos, é Cristo. A Bíblia diz que Cristo é a nossa Páscoa.

No passado, o povo de Israel estava vivendo como escravo no Egito. Quando Deus tirou o povo da escra-vidão, foi enviada dez pragas

uma “quaresma” iniciada na quarta-feira de cinzas no Car-naval, quando todos fazem o que bem entendem e, depois, pedem perdão.

Deus enviou seu único Fi-lho terra, como relata João 3.16 para nos salvar das ar-madilhas do diabo e nos dar uma vida melhor neste mun-do e uma vida eterna lá no céu.

E você, acha que a Pás-coa é de Jesus mesmo ou do chocolate tão gostoso ou do coelhinho tão bonitinho?

e a décima foi a matança dos primogênitos de cada casa. O lar que não tinha o sangue aspergido, o anjo passaria e mataria o filho mais velho. O povo de Israel foi protegido por Deus e os primogênitos dos egípcios morreram todos. Ao sair do Egito foi celebrada a Páscoa, com pães ázimos e ervas amargas, comemoran-do a libertação do povo de Israel do Egito.

Hoje, a nossa Páscoa é Cristo, Ele veio para nos li-bertar da escravidão do pe-cado. Todo aquele que crê nEle recebe perdão dos seus pecados e passa a viver em novidade de vida. Em Cristo podemos comemorar a ver-dadeira Páscoa. Então, não associe ovos de chocolate com esta data.

Coma ovos de chocolate, mas, nunca perca o referen-cial. Jesus Cristo é a razão de comemorarmos a Páscoa.

Páscoa de Jesus ou de chocolate?

Ovos de chocolate

Da sepultura saiu; Jesus

ressuscitou!

Page 6: OJB Edição 14 - Ano 2015

vida em famíliaGilson e Elizabete Bifano

6 o jornal batista – domingo, 05/04/15 reflexão

Uma das passagens mais dramáticas que encontramos nas Escrituras Sa-

gradas está registrada em Êxodo 12. Quando leio esse texto e penso na realidade dos nossos dias, chego a con-clusão de que estamos viven-do uma noite, muito, muito escura em nossa sociedade. O ambiente é de morte, de choro, tristeza, horror, medo e indignação. É noite.

É noite na moralidade ao nosso redor. O que vemos é uma noite escura no que tange aos valores morais. Adultério, homossexualis-mo, drogas, violência, assas-sinato, prostituição, pedofi-lia, incesto, orgias são temas já tidos como corriqueiros e aceitos. O certo não é mais algo absoluto, mas relativo.

É noite nas questões éticas. Perdeu-se o escrúpulo até no roubar. É errado roubar um centavo ou milhões de dó-lares. Roubam de empresas públicas milhões e milhões de reais. Roubam de empre-sas que pertencem a você e a mim.

É noite no judiciário. Juízes que deveriam ser guardiões da ética, usam bens que estão sob a custódia da justiça. Ju-ízes, do Supremo, por exem-plo, que deveriam ser guardi-ões da Constituição, assinam e fazem valer decisões que contrariam a própria Cons-tituição Brasileira, como por exemplo, questões ligadas a união de pessoas do mesmo sexo, dando a este tipo abo-minável de relacionamento o status de casamento.

É noite no Executivo, no Legislativo. Já estamos quase nos acostumando a ouvir, todos os dias, casos de cor-rupção, de troca de favo-res, de orgulho, da empáfia de homens e mulheres que ocupam cargos eletivos. Di-nheiro dos nossos impostos, que deveriam ser usados para educação, saúde, saneamen-to são engolidos pelo ralo da roubalheira nos municípios, estados e na União.

É noite na mídia. A televi-são, todos os dias, joga nas

casas de nossa gente o lixo, o entulho da imoralidade na forma de lesbianismo, prostituição, da traição, do amor ao dinheiro. O choru-me que se destila deste lixo adoece, mata, destrói tudo ao redor.

É noite, até mesmo dentro da igreja. Basta estar atento ao que acontece ao nosso redor. Pastores que se ven-dem a políticos e a partidos políticos. Vendem a men-sagem profética por alguns milhões de reais. Pastores e líderes que usam o púlpito para enriquecer, abusam fi-nanceiramente do seu povo. Igrejas e pastores que não pregam mais sobre o pecado. Que não pregam mais com ousadia apontando o pecado do povo. Não chamam mais o povo ao quebrantamento e reconhecimento dos seus pecados. Não choram mais com o povo seus próprios pecados.

É noite! O que fazer, como famílias, nesta noite escura? O mesmo que Deus pediu que as famílias israelitas fi-zessem naquela noite escura no Egito: clamar, clamar pelo sangue de Jesus. Clamar para que Deus livre os nossos filhos e familiares da morte moral e espiritual.

Para livrar da morte nesta noite escura, precisamos co-brir, marcar os nossos lares com o sangue de Jesus. Não tem outra saída. Ou fazemos isto ou o anjo da morte le-vará de roldão nossos filhos, netos, casamentos e famílias. Requererá de nós, com cer-teza, sacrifício. Tal como foi exigido das famílias israelitas naqueles tempos no Egito.

Nestes tempos de Páscoa, decida, todos os dias, clamar pelo sangue de Cristo em fa-vor da sua querida família e coloque em seu lar, na forma de palavras, comportamentos e atitudes com as marcas do verdadeiro cristianismo, da cruz de Cristo. Se eu e você fizermos isto, esta noite não atingirá as nossas famílias, o dia amanhecerá e juntos caminharemos seguros para a Canaã.

Jeferson Rodolfo Cristianini, pastor da Primeira Igreja Batista de Bauru - SP

C.S. Lewis d isse : “Acho que, se a gente pudesse cor-rer sem nunca se

cansar, nunca mais iria que-rer parar. Mas, às vezes exis-tem razões muito especiais para se parar”. Em tempos de intensa correria é difícil quem para. Parar é sinônimo de desânimo, doença ou preguiça diante de uma vida agitada e corrida. Estamos aprendendo aos poucos e incorporando ao nosso estilo de vida a correria. Até parece que dá status dizer que se está muito ocupado, muito atarefado. Dá uma sensação de importância para a pes-soa, quando ela enche o pei-to e diz: “Não tenho tempo”. Não temos tempo mesmo, estamos sendo sugados por uma agenda capitalista que visa lucro, mas que na reali-dade só quer nossa mão de obra e o dinheiro que é bom não chega aos nossos bolsos. Para nos enganar, o capitalis-mo nos dá alguns brinquedos tecnológicos que disfarça e mascara nossos anseios. Na vida corrida da pós-moderni-dade ficamos parados mesmo é na frente da tela. Ficamos parados mexendo no smar-tphone horas e horas e só paramos quando a bateria está acabando. Paramos para carregar e depois já estamos parados “fuçando” nas redes sociais e conversando com nossos contatos. Essa vida tecnológica está robotizando a vida, e parece que a vida digital está suprimindo a vida real. Assim não temos tempo de parar, e como as ferra-mentas tecnológicas são cada vez mais velozes, queremos que o nosso cérebro seja tão

rápido quanto o nosso smar-tphone e/ou computador. A vida está cada vez mais acelerada.

Conforme nos afirma Lewis, se pudéssemos correr sem nunca cansar, não pararía-mos, e a vida estaria ainda mais louca do que já está. As pessoas estão correndo de um lado para outro, cor-rendo atrás de informação e interação e não percebem o cansaço chegando aos pou-cos. Nunca se viu tantos pro-blemas psicológicos e psi-quiátricos como nos nossos dias. As pressões, o excesso de informação estão geran-do uma geração imediatista, narcisista, ansiosa, tediosa e depressiva. A ansiedade é um dos males do nosso tempo. Queremos tudo para ontem e não nos ensinaram que às ve-zes precisamos parar, só nos ensinaram a correr. Corremos e corremos atrás de tantos so-nhos e ideais, corremos atrás de projetos alheios que foram plantados em nós. Salomão em sua sabedoria disse que “Tudo é vaidade” (Ec 1.2), e que gastamos muito tempo da vida correndo e correndo sem chegarmos a lugar algum, a não ser chegar ao ápice da vaidade. Corremos e quando a maturidade chega, falamos como Salomão “Tudo é vai-dade e correr atrás do vento” (Ec 2.17). Corremos muito atrás do vento e só gastamos tempo, força, energia e des-perdiçamos a vida.

Lewis diz que é necessário parar. Na realidade Lewis toma emprestado de Jesus essa proposta. Nosso Mestre viu muitas pessoas correndo atrás do vento, se preocu-pando com as necessidades básicas da vida e alimentan-do a ansiedade. Jesus parou e ensinou seus ouvintes a parar. Por vezes, diante de tantas demandas da multidão

que O seguia, Jesus parava e ia orar. Parava para orar, que lição. Parava para acolher crianças, parava para escre-ver no chão, para atender a alguém, para sentir que uma mulher com um fluxo de san-gue estava tocando em suas vestes, para ouvir o clamor de um cego à beira do cami-nho. Jesus parou e nos ensina a parar. Ele parou diante de um lírio do campo e nos deu uma grande lição. Um lírio foi usado como ilustração do sermão de Jesus. A expres-são do Mestre é “Conside-rai como crescem os lírios” (Mt 6.28-30). Considerar nas palavras de Jesus é “pare e veja”, “olhe atentamente”, “observe” ou “repare”. Jesus chama a atenção para o cres-cimento do lírio. Do lírio, e das demais flores, costuma-mos ver a sua rara beleza e não vemos as raízes, mas são as raízes que produzem o crescimento.

Jesus nos chama a parar-mos diante de tantas coisas e a observarmos como Deus cuida da vida. Se Deus cuida dos lírios e os reveste de rara beleza, sendo que depois de pouco tempo o lírio será lançado no fogo, pois mor-re, assim o Senhor cuida da nossa vida. Enquanto essa correria desenfreada nos en-sina a correr sem parar e essa agitação da correria provoca ansiedade, nosso Mestre, na contramão da nossa cultura, nos ensina a parar diante da criação do Pai e observar como Deus nos ama. Pare e observe o cuidado de Deus. Pare e veja Deus agindo. Pare e descanse nos cuidados do Senhor. Precisamos parar para ver e sentir o agir do Se-nhor sobre nós. Quem anda correndo não tem tempo nem sequer de ouvir, sentir e perceber o sopro do Espírito Santo que nos conduz. Pare!

É tempo de parar

É noite

Page 7: OJB Edição 14 - Ano 2015

7o jornal batista – domingo, 05/04/15missões nacionais

Redação de Missões Nacionais

Na sede de Mis-sões Nacionais, no Rio de Janeiro, foi realizado o 1º

Encontro de Mobilizadores Voluntários. Mais de 60 pes-soas participaram, incluindo pastores e líderes, bem como representantes de associa-ções dos campos fluminense e carioca.

A programação incluiu pa-lestras sobre diversos assun-tos pertinentes a missões, além de depoimentos de alguns mobilizadores. O pas-tor Jeremias Nunes, gerente--executivo de Comunicação e Mobilização, falou sobre mobilização de recursos.

“Dividimos os mobiliza-dores para serem represen-tantes de Missões Nacionais nas associações e em outros lugares. Explicamos o que se espera dos mobilizadores e apresentamos os projetos de missões, bem como o ca-lendário de atividades deste ano”, conta o pastor Exequias Santos, gerente regional de Alianças Estratégicas.

Para o participante Oton Júnior, da Segunda Igreja Batista em Barra Mansa - RJ, a expectativa de saber de que maneira poderia ajudar e ser mais útil na causa mis-sionária foi atendida. “Tudo foi muito bem explicado, e acho muito importante o contato pessoal com mo-bilizadores, associações e igrejas; a forma de lidar com os pastores e líderes, no in-tuito de impulsioná-los foi importante, e creio que, na prática, isso trará bons resul-

tados na expansão do Reino de Deus”, afirma.

De acordo com os organi-zadores do encontro, pastor Exequias e Maria Helena Santos, a ideia é que outros estados façam o mesmo, reu-

Redação de Missões Nacionais

O pastor Fernando Brandão, diretor de Missões Na-cionais, aceitou

o convite feito pelo dire-tor do Seminário Teológi-co Batista do Sul do Bra-sil (STBSB), professor Luiz Sayão, e falou para os alunos do primeiro ano do curso de Teologia.

“Foi uma noite maravilho-sa. Fomos confrontados, e saímos de lá tocados, inco-modados com nossa atual situação. Sabemos que Deus prepara todas as situações em nossa vida, mas também sabemos que, se assim Ele permitir, futuramente com a JMN poderemos abençoar muita gente, muitos povos. Obrigado, pastor Fernando Brandão!”, comentou o aluno Filipe Camara.

“Este grupo está a cada dia mais se desenvolvendo. Após apenas três encontros, vimos a necessidade de pensar em uma multiplicação porque a cada encontro temos mais pessoas participando”, con-tam os obreiros. Ainda de acordo com eles, cerca de 90% dos participantes são jovens e adolescentes.

Mobilizadores voluntários participam de encontro no Rio

Durante a palestra ministrada pelo pastor Jeremias Nunes

Fotos: Selio Morais

Pastor Fernando Brandão conversa com alunos do

STBSB

Seminaristas foram motivados a se envolver mais com missões

PGM em Porto Nacional resulta

em conversões

Pastor Paulo e Lídia Dias atuam como missionários em Por-to Nacional - TO.

Recentemente, eles inicia-ram mais um Pequeno Gru-po Multiplicador (PGM), e contam que quatro pessoas aceitaram a Cristo, sendo assim novos frutos do tra-balho.

nindo pessoas que possam atuar como voluntárias na mobilização missionária.

Missões Nacionais louva ao Senhor por cada vida que tem se mobilizado conosco visando ao alcance de vidas.

Grupo alinhado com a visão de mobilização

Missionários de alianças estratégicas falaram sobre o modo como cada voluntário pode ser mais útil na divulgação de missões

Page 8: OJB Edição 14 - Ano 2015

8 o jornal batista – domingo, 05/04/15 notícias do brasil batista

“Portanto ide, fazei discí-pulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo” (Mt 28.19).

A Igreja Batista Ebe-nézer - SP é conhe-cida por sua voca-ção missionária.

Em março de 2015, quando completou 74 anos, não fal-taram histórias que narram a sua vocação evangelística. A história tem início em março de 1941, mesmo período em que os primeiros missioná-rios americanos desembar-cavam no país. Na Mooca, bairro sede da Igreja, o tra-balho missionário começou um pouco antes, em 1925, quando imigrantes búlga-ros, gagauzos (Moldávia) e ucranianos se instalaram na região e deram início à pro-pagação do Evangelho com alegria e disposição.

O maior legado evange-lístico de Ebenézer hoje, no entanto, é um projeto ca-rinhosamente batizado de IDE. Idealizado em 1997 pelo pastor Manuel de Jesus The, à época pastor titular, o IDE começou como um retiro evangelístico de Carnaval que, a princípio, substituiria o habitual acampamento dos jovens. A ação tomou corpo, ganhou estrutura e uma pro-gramação fixa e, há 18 anos, é considerado o principal projeto missionário da Igreja.

Um Carnaval diferente

No feriado prolongado de Carnaval, membros da Igreja seguem para uma cidade no interior do estado de São Paulo, que ainda não tenha um trabalho Batista ou ne-cessite de apoio para a igreja local ou trabalho missioná-rio. Os participantes ficam hospedados em escolas ce-didas pela prefeitura durante três dias. Muitas atividades evangelísticas e sociais são realizadas em diversos espa-ços - ginásios, ruas, praças e vilas rurais. São diversas atra-ções, para crianças e adultos, divulgadas pela Igreja em cada uma das cidades em que o Projeto passa como um “Carnaval diferente”.

A primeira atividade do IDE é a passeata de impacto. Guiados por um carro de som, os voluntários seguem pelas ruas da cidade, fazen-do o primeiro contato com os moradores, entregando convites para as programa-ções, além de folhetos evan-

gelísticos. Ao final, todos se reúnem em uma praça prin-cipal, e oram juntos, em um só clamor, pelos dias que se seguirão.

A programação continua com outras atividades. Uma delas é o Kids Games, uma estratégia mundial utiliza-da para evangelização de crianças e adolescentes, que consiste em integrar peque-ninos de diversas idades em um circuito de gincanas ao ar livre. As crianças são organi-zadas em grupos por idade e, após cada brincadeira, os monitores levam uma aplica-ção bíblica baseada nos obje-tivos dos jogos. O circuito só tem início depois que todos recitam em uma só voz a se-nha: João 3.16. Através dos jogos, valores cristãos e de cidadania são ensinados aos participantes.

Na “Tarde Feliz”, os peque-ninos aprendem histórias da

Bíblia contadas de maneira divertida, por meio de teatro, clowns e fantoches. O pro-grama é todo interativo e as crianças aprendem verdades bíblicas de forma alegre e lú-dica. Enquanto os pequenos se divertem no aprendizado da Bíblia, as mães partici-pam de aulas de culinária, ministradas por profissionais da área. E, ao final de cada classe, uma Palavra é levada às mulheres. Ainda como ati-vidade do infantil, o grupo de fantoches e clowns apresenta intervenções artísticas em diversos pontos da cidade, coretos de praças, garagens, embaixo de árvores e até na boleia do caminhão.

A programação diária ter-mina com a participação do Coral Jovem Ebenézer, que entra em cena por meio da música, teatro e coreografia. São musicais impactantes, adaptados de narrativas bíbli-

cas ou criados pelos jovens. Histórias como as narradas no musical “O Testemunho”, carro-chefe do ministério. A peça conta de maneira con-temporânea a transformação que somente Cristo pode fazer em vidas tomadas pelas drogas, pela prostituição e pelo pecado.

Enquanto ocorrem as ativi-dades indoor, uma equipe de evangelismo sai às ruas pela manhã e à tarde, dividida em pequenos grupos, para levar o Evangelho de casa em casa. Na maioria das vezes, ao final de cada IDE, a equipe consegue percorrer e visitar praticamente todos os lares da região.

Para Wagner Köhler, pastor de Ebenézer, o IDE é uma chance de mostrar às pesso-as que o Carnaval vai muito além da imagem exibida pela mídia. “Os moradores das cidades ficam muito felizes

em ter uma opção no Car-naval que não seja só à base de bebidas, problemas, mas de alegria. E nós também nos alegramos em ver que o Evangelho pode chegar aos corações de uma forma tão simples”, afirma.

Diversas equipes trabalham no IDE – manutenção, segu-rança, cozinha, transporte, saúde, intercessão, além das áreas já mencionadas. Prova de que não importa qual o talento, há um espaço para todo aquele que se dispuser para o trabalho. Todo o custo é financiado pelos próprios participantes através de ofer-tas voluntárias. Participam do Projeto pessoas de todas as idades, desde crianças até idosos.

Conchal

A 18ª edição do Projeto IDE, realizada em 2015, teve como sede a cidade de Con-chal. Mais de 800 pesso-as, entre adultos e crianças, participaram das atividades, acompanhadas de perto, in-clusive pelo prefeito, Valdeci Aparecido Lourenço, que avaliou a ação como uma “grata surpresa” para todos.

“Para Conchal foi uma gra-ta surpresa receber um Proje-to desse porte. Esperávamos que fosse algo bom para a cidade, mas o que vimos foi muito além; foi melhor do que pensávamos que seria. Espero que voltem mais ve-zes”, afirma Lourenço.

A próxima cidade a receber o projeto IDE no Carnaval de 2016, ano em que a Igreja completa 75 anos, ainda está em estudo. Até lá, Ebenézer segue firme e empenhada em levar o Evangelho da sal-vação a toda criatura, como ordenado por Jesus nas Escri-turas Sagradas, em Mateus: “Portanto ide, fazei discí-pulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo” (Mt 28.19).

Confira, em ordem crono-lógica, quais cidades já re-ceberam o projeto IDE: João Ramalho (1998), Taquarituba (1999), Itaí (2000), Pindo-rama (2001), Taquarituba (2002), Maracai (2003), Taru-mã (2004), Guaiçara (2005), Santa Lúcia (2006), Indiana e Itajobi (2007), Saltinho (2008), São Manoel (2009), Taquarituba (2010), Bariri (2011), Angatuba (2012), Nova Campina (2013), Pedro de Toledo (2014) e Conchal (2015).

Igreja Batista Ebenézer - SP: um legado evangelístico de 74 anos

Fotos: Selio Morais

Page 9: OJB Edição 14 - Ano 2015

9o jornal batista – domingo, 05/04/15notícias do brasil batista

Ulisses Souza Torres, pastor, coordenador do Departamento de Evangelismo e Missões da Convenção Batista Carioca

Toda honra e g ló -ria sejam dadas ao nosso Senhor Jesus Cristo pelo início de

2015. “Porque todo aquele que invocar o nome do Se-nhor será salvo. Como, pois, invocarão aquele em quem não creram? E como crerão naquele de quem não ouvi-ram? E como ouvirão, se não há quem pregue? E como pregarão, se não forem en-

Nas dependências do Colégio Batista Shepard, na Tijuca – RJ, recebemos cerca de 500 voluntários no período do Carnaval. A programação ocorreu da seguinte forma: vigília no ginásio do Colégio Batista Shepard; treinamentos nas dependências do Colégio; evangelismo no Morro dos Macacos – Missão Estrela de Ouro; evangelismo na festa de rua da 28 de Setembro – Vila Isabel; evangelismo no Sambódromo nos dias

Cerca de 500 voluntários participam do Impacto de Carnaval 2015

“O Impacto de Carnaval representou uma nova experiência que marcou, não somente a minha relação com as pessoas, mas também a minha relação com Deus. Cheguei a conclusão de que na realidade eu fui para ser capacitada e lembrei das palavras que se encontram em II Timóteo 4.2a: “Preguem a Palavra, estejam preparados a tempo e fora de tempo”.

No Impacto nós oramos, conversamos, conhecemos pessoas diferentes e com pensa-mentos divergentes, que nos ensinaram, nos abraçaram, nos fizeram ver que não estamos sós e que há outros que se importam em tornar o nome do nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo conhecido para que vidas sejam salvas através delas. Todos unidos com o mesmo propósito, a construção de novas amizades, o olhar para aquelas pessoas nas ruas e amá-las, torna do Impacto uma experiência marcante, porque além de cumprir o chamado de Deus de ser voz dEle às nações, nós saímos impactados e vibrando, pois sabemos que ainda temos muito a fazer, mas não sozinhos. Primeiramente com Deus, mas, junto com os amigos que são mais que amigos, são irmãos.

Agradeço a Deus pela magnífica oportunidade que tive e agradeço por Ele ter me dado um amigo, Alexandre Henrique Freitas, que orou durante dois ou três anos para que eu pudesse participar e ter essa experiência que marcou a minha vida e ficará guardada em meu coração. Falam que quem vai uma vez ao Impacto não quer saber de outra coisa. E, sinceramente, eu sou uma dessas pessoas agora”.

Larissa Roberta do Couto Cruz,membro da Igreja Batista em Várzea das Moças – Niterói – RJ

viados? Como está escrito: quão formosos os pés dos que anunciam o evangelho de paz; dos que trazem ale-gres novas de boas coisas” (Rm 10.13-15).

Para alguns, o início do ano é o período de descan-so. Para o Departamento de Evangelismo da Convenção Batista Carioca é um dos períodos de mais trabalho. Os missionários e voluntá-rios trabalham arduamente nos meses de dezembro e janeiro para que o Impacto de Carnaval aconteça em fevereiro e pessoas sejam abençoadas.

“O Impacto de Carnaval foi realmente um impacto na minha vida. Vi a necessidade de anunciar o amor de Deus ao próximo em tempo e fora de tempo. Levar a razão que nos da esperança, alegria e a paz. O meu desejo é que o Impacto de Carnaval seja um projeto contínuo na vida de cada Impactante, pois o mundo grita por Cristo Jesus. Pre-cisamos avançar, sempre avançar”.

Régio de Mello,membro da Igreja Batista Central de Realengo – RJ

“O Impacto de Carnaval 2015 foi a minha quinta edição do Projeto. Desde que conheci não me vejo em outro lugar nos dias em que a cidade está entregue ao inimigo. São noites em que a Luz invade as trevas para resgatar aqueles que são especiais para Deus. Para a nos-sa cidade significa esperança em meio ao deserto, para muitas pessoas. E, para a minha vida, significa renovação da vontade de pregar libertação aos cativos”.

Maura Noronha,membro da Primeira Igreja Batista de Madureira – RJ.

de desfiles das escolas de samba; evangelismo no Sam-bódromo nos dias de desfiles das escolas mirim e evange-lismo na praia da Barra com trio elétrico em parceria com a Igreja Batista Central da Barra da Tijuca – RJ.

Mais de 35.500 ventarolas evangelísticas foram distri-buídas. Mais de mil pessoas tomaram decisões com Jesus. Foram momentos de muito trabalho, cansaço e também de muita festa no céu. A cada dia podemos perceber que

esse movimento missionário é para a glória de Deus. Além de todas as pessoas alcança-das no evangelismo de rua, muitos vocacionados voltam para suas igrejas impactados e desejosos de iniciar um movimento semelhante em sua localidade.

Ano que vem estaremos indo para o 20° Impacto de Carnaval e temos a certeza de que Deus fará grandes coisas. Que Deus nos dê sa-bedoria para conduzir todo esse processo.

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10 o jornal batista – domingo, 05/04/15 notícias do brasil batista

Ministério de Comunicação da Segunda Igreja Batista de Barra do Piraí - RJ

Aconteceu no dia 08 de março em Barra do Piraí - RJ a IV Caminhada da Fa-

mília, intitulada “Família, eu acredito”. Esta é uma mobi-lização grandiosa, que des-de 2012 passou a integrar a programação do aniversário do município, com envolvi-mento de pessoas de todas as idades.

Com a participação de quase todas as denomina-

Elias Valentim do Vale, pastor, presidente do Lar Batista Criança

Como fruto do dever social da Igreja, o Lar Batista Criança (LBC) foi fundado

nos idos de 1941. Hoje con-tinua a expressar o compro-misso social de uma igreja identificada com os ensinos de Jesus.

O LBC atende cerca de 980 crianças e adolescentes em abrigos, creches e centros da criança e do adolescente (CCAs) distribuídos em suas nove unidades. Para viabili-zar esse imenso trabalho, o LBC conta com outros dois parceiros: a Igreja e o Estado.

O papel do Estado

Somos parceiros do Estado. Como instituição do terceiro setor, assumimos o papel do Estado que, por essa razão,

ções evangélicas de Barra do Piraí, fato inédito foi reunir membros de várias Igrejas da cidade, em clamor a Deus em favor da família, desafia-dos pelo fato de que Barra do Piraí registra um dos mais elevados índices de separa-ções de casais no estado do Rio de Janeiro, além dos ata-ques insidiosos e sutis que a família vem sofrendo neste tempo. O evento constou de caminhada e concentração na praça principal da cidade, com a participação de Banda Marcial composta por crian-ças e adolescentes, além da

repassa verbas, conforme dispositivos legais vigentes. Com essa convicção e ampa-rados por lei, firmamos “Ter-mos de Parceria voluntária” (antigos convênios). O valor repassado, somados os três níveis de governo, atingem 80% do necessário para o funcionamento de nossas casas.

Outra fonte de receitas são as Emendas Parlamentares, obtidas através de deputados comprometidos com a dig-nidade humana. Tais verbas são destinadas unicamente para investimentos (bens, ve-ículos, imóveis) e não podem ser utilizadas em despesas de custeio (salários, alimentos etc.).

Por obtermos recursos pú-blicos e trabalharmos com crianças e adolescentes, o LBC é alvo de rigoroso acom-panhamento e fiscalização realizados por diversos agen-tes públicos: Ministério Pú-

magnífica apresentação de grande coro e orquestra das Igrejas Batistas e Assembleia de Deus, que abrilhantaram o evento, alcançando cerca de 5.000 pessoas, segundo dados da secretária de Tu-rismo.

Louvores foram entoados com muito fervor e foi emo-cionante ouvir a grande po-pulação reunida, cantando a uma só voz os hinos, jun-tamente com o coral. Uma breve, porém, poderosa men-sagem foi trazida ao povo pelo pastor Celso Martinez, da Segunda Igreja Batista em

blico, Vigilância Sanitária, promotoria pública, Direitos Difusos, Corpo de Bombei-ros, CRAS, CREA, prefeitura.

O papel da Igreja

O valor não coberto pelas verbas públicas (20%) é supri-do com ofertas (dinheiro e do-ação de bens, alimentos, etc.) realizadas por igrejas e irmãos comprometidos com o resgate das crianças e adolescentes. Sem essa ajuda o LBC não poderia funcionar. Somente com esse apoio é possível a realização de um serviço de qualidade e transformação.

O papel do Lar Batista

O LBC oferece às igrejas e pastores a oportunidade de exercer a sua missão social, por meio de diversas ações voluntárias e apoios diversos.

Devido à rigorosa fiscali-zação dos órgãos públicos,

Barra do Piraí - RJ e presiden-te do Conselho de Pastores da cidade, que inspirado pelo Espírito Santo, e baseado no texto de II Reis 4, desafiou as pessoas a terem esperança, buscarem ajuda e crerem que Deus pode restaurar a família.

Ninguém demonstrava de-sejo de sair, apesar de es-tarem tanto tempo em pé, pareciam petrificados com a mensagem, tamanho o inte-resse pelo tema abordado. A programação teve o seu en-cerramento com a presença do cantor Eli Soares.

aliada aos altos custos de manutenção dos abrigos, cre-ches e CCAs que mantemos, há constante qualificação de nosso quadro de profissio-nais. O esforço regular por mais capacitação se torna fundamental para atingir o nível de atendimento que desejamos, bem como para atender às exigências do po-der público.

A busca por qualificação também envolve a adminis-tração central (administração geral, presidência, diretoria e conselho). Afinal, precisa-mos estar capacitados para tomar as decisões no tempo que o processo de gestão exige e conseguir responder por elas diante do poder público, da diretoria e do conselho sob pena de não atender aos objetivos e de-mandas que a dinâmica do sistema exige em termos de qualidade e capacidade de atendimento à criança

Essa certamente foi mais uma das inúmeras Caminha-das em favor da família e deve inspirar outras Igrejas no Brasil a que façam o mes-mo. É hora de os homens de bem se levantarem e, juntos, propagarmos a mensagem de que Deus transforma a família adoecida, bem como fortalece aquela que está sau-dável. Os dias são maus, mas continuaremos clamando ao Senhor pela sobrevivência daquilo que é criação direta dEle, a família. Deus seja glorificado em Barra do Piraí e no Brasil.

e ao adolescente sob nossa guarda e cuidados. Visando aperfeiçoar ainda mais nos-sas ações, contratamos nosso consultor (voluntário).

Reconhecemos que há muito ainda para se fazer, investir e ampliar nas ações do LBC diante da grandeza e responsabilidade sócio-cristã dos Batistas do estado de São Paulo. Mas, temos que reco-nhecer que Deus tem nos abençoado e, assim, temos conseguido atender às exi-gências públicas e oferecer um atendimento de amor e qualidade às crianças e ado-lescentes.

Louvamos a Deus pelas igrejas, pastores e doadores que tem permitido ao Lar cumprir sua missão. “...Aque-le que faz o bem é de Deus” (III Jo 11b).

Conheça o Lar Batista: http://www.larbatista.com.br/

Igrejas de Barra do Piraí – RJ realizam a IV Caminhada da Família

Saiba mais sobre o Lar Batista de Crianças de São Paulo

Departamento de Ação Social da CBB - Faces da Missão

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11o jornal batista – domingo, 05/04/15missões mundiais

Marcia Pinheiro – Redação de Missões Mundiais

Oração. É sobre esse importante pilar que a Junta de Missões Mun-

diais está estruturada, assim como deve ser a vida de todo o cristão. Oração é diálogo com Deus e, sem ela, qual-quer outra ação fica compro-metida. Queremos incentivar você e todos os seus amigos e familiares a levar o mundo a ter essa conversa direta com o Pai. Vamos, juntos, orar por povos aflitos que hoje caminham sem Cristo. A Campanha 2015 de Missões Mundiais, com o tema “Meu Chamado, Voz de Deus às Nações”, terá um momento

Willy Rangel – Redação de Missões Mundiais

A m i s s ã o d e c u i -dar daqueles que estão no campo, diretamente en-

volvidos com as ações de conquista de vidas para Cristo, é uma das mais ex-ponenciais para Missões Mundiais. A agência mis-sionária da Convenção Ba-tista Brasileira se preocupa em cuidar tanto do mis-sionário que está no cam-po, quanto daquele que retornou dele ou está em treinamento. Preservar a sua saúde física, mental e, principalmente, a espiritual é um dos grandes desafios da JMM. Para isso foi criada a Coordenação do CIM – Cuidado Integral do Missio-nário – sob a liderança do pastor Renato Reis.

“Não é apenas mais um setor de Missões Mundiais, mas a busca por melhorar a atenção aos missionários que atuam ou já atuaram na linha de frente dessa missão”, disse o diretor--executivo da JMM, pastor João Marcos Barreto So-ares.

“Apesar do pouco tempo, o CIM já realizou uma con-ferência sobre o tema com a participação de colabo-radores da JMM e líderes

exclusivo dedicado à oração. Serão oito semanas de inter-cessão. De hoje, 05 de abril, a 31 de maio todos serão #chamadosparaorar.

Nossa campanha de ora-ção será 95% digital, o que possibilitará o envolvimento de mais pessoas e uma eco-nomia de recursos. Diaria-mente, você poderá acessar missoesmundiais.com.br; facebook.com/MissoesMun-diais ou youtube.com/Canal-JMM e ter acesso aos nossos alvos de oração e materiais importantes para uma vida de intercessão. Somente com um pleno envolvimento de nossos parceiros é que fare-mos com que esta campanha chegue a um número ainda maior de pessoas, formando

convidados de outras orga-nizações”, destaca o pastor João Marcos.

A conferência à qual o executivo se refere foi mi-nistrada por Bill Bacheller, líder do Ministério Oásis, entre os dias 18 e 20 de março na sede da JMM, no Rio de Janeiro. Participa-ram todos os coordenado-res de Missões Mundiais, além de colaboradores que atuam na sede, porém, di-retamente com os obreiros que estão em campo.

O pastor Renato Reis, que serviu como coordenador de Missões Mundiais para a Ásia até o início deste ano, destaca que Missões Mundiais sempre cuidou do seu quadro de missionários, porém, agora, se faz neces-sário conduzir esse cuidado de forma mais sistematiza-da e organizada.

“E alguns motivos leva-ram a isso: nós queremos chegar aos povos não al-cançados. Isso significa que são povos mais resistentes, avessos ao Evangelho e também à presença de es-trangeiros. O missionário que suporta esse tipo de situação precisa de mais cuidado”, explica o pastor Renato.

“A mudança no perfil do missionário que se apre-senta hoje à JMM também

uma grande corrente de ora-ção por países que figuram nos noticiários pelos mais diversos causadores da degra-dação humana: fome, doen-ças, analfabetismo, violência, extremismo religioso, entre tantas outras mazelas.

Vem com a gente ser voz de Deus às nações também por meio da oração. Hoje desenvolvemos cerca de 200 projetos em 86 países. Nossos mais de 1.500 missionários estão em ação com o pro-pósito de mostrar ao mundo que somente com Cristo é possível ter um povo ajustado aos 8 Objetivos de Desenvol-vimento Milênio, definidos pela ONU para serem alcan-çados até este ano de 2015. O compromisso para combater

mudou. A ênfase dada a miss ionár ios que usam suas profissões aumentou a necessidade de cuidado porque normalmente são pessoas sem muita experi-ência ministerial. Isso tam-bém fez a JMM perceber a necessidade de cuidar me-lhor de seus missionários”, acrescenta o coordenador do CIM.

Para o pastor Renato, o cuidado integral do mis-sionário também envolve as esferas familiar e ecle-siástica.

“Se não houver aqui ir-mãos, primos, tios com-prometidos com o envio do missionário, ele vai sentir que abandonou a família, que abandonou os pais. O apoio da família é impor-tante, mas, talvez também seja a parte mais frágil nes-se apoio, pois nem sempre os parentes são crentes. Mas é importante”, ressalta o coordenador do CIM.

Para o pastor Renato, o suporte e envolvimento da igreja no ministério do missionário é outra parte fundamental no cuidado integral do obreiro.

“A igreja local precisa acompanhar o missioná-rio. Porém, não é apenas colocar a mão no bolso e entregar a oferta total ou parcial. Cuidado do mis-

a extrema pobreza e outros males da sociedade foi firma-do em setembro de 2000 por 189 nações. Em setembro de 2010, o mundo renovou o compromisso para acelerar o progresso em direção ao cum-primento desses objetivos.

Mas, nós, temos o compro-misso de orar e agir por um mundo melhor. Os oito obje-tivos para 2015 estabelecidos pela ONU são:

1 – Redução da pobreza;2 – Atingir o ensino básico universal;3 – Igualdade entre os sexos e autonomia das mulheres;4 – Reduzir a mortalidade na infância;5 – Melhorar a saúde ma-terna;

sionário implica em acom-panhar o desenvolvimento desse obreiro em todas as etapas, desde o início do processo seletivo até o fi-nal”, destaca.

“Há coisas que só a igre-ja pode fazer e deve fazer para cuidar integralmente dos missionários. Muito importante que nesse envio

6 – Combater o HIV/Aids, a malária e outras doenças;7 – Garantir a sustentabilida-de ambiental;8 – Estabelecer uma parceria mundial para o desenvolvi-mento.

Os projetos de Missões Mundiais que contemplam todos esses objetivos pre-cisam de suas orações e participação efetiva, a fim de que possam alcançar um número maior de pessoas. Nossa campanha de oração terá início e fim. Mas nosso diálogo com Deus é cons-tante. Interceda diariamente pela obra missionária que tem compartilhado com o mundo o real sentido da vida.

de missionários o elo entre igreja e missionário não se perca, permaneça forte. Que haja correspondências diretas, contatos, visita aos campos, tanto do pastor quanto de grupos da igreja para apoiar o ministério no campo. Tudo isso faz parte do cuidado integral do mis-sionário”, conclui.

Cuidado integral do missionário

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12 o jornal batista – domingo, 05/04/15 notícias do brasil batista

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Departamento de Comunicação PIB do Recreio, RJ

Nos dias 5 a 8 de março, a Primei-ra Igreja Batista do Recreio, no Rio de Janeiro, realizou seu anual Con-gresso da Bíblia, com o tema “Deus deseja sacrifícios?”. O congresso foi idealizado por Wander Gomes, pas-tor sênior da igreja, e visa pôr sem-pre em discussão temas mais consis-tentes e aprofundados, palestrados por conferencistas bem conceitua-dos no ensino bíblico.

Neste ano, contou-se com a presen-ça de três ilustres convidados: o pas-tor Luiz Sayão, diretor e professor do Seminário Teológico Batista do Sul do Brasil, pastor e fundador da Igre-ja Batista Nações Unidas, em Santo Amaro, São Paulo, que atua como conferencista teológico e pastoral no Brasil e exterior, falando para diversas igrejas e denominações; o rabino messiânico Dr. Yehuda Hochmann, ordenado pelo Rabino Joseph Shulam, do Instituto Biblico Netivyah, PhD em Estudos Bíblicos pelo Trinity College San Antonio, Columbia, New York University, que tem ministrado seminários no Brasil, Israel e Estados Unidos; e o

Dr. Russell Shedd, Ph.D. em Novo Testamento pela Universidade de Edimburgo, Escócia, Presidente Emérito da Vida Nova e consultor da Shedd Publicações, que viaja pelo Brasil e exterior ministrando em conferências, igrejas, seminários e faculdades de Teologia.

Pr. Sayão e o Dr Russel Shedd di-vidiram as duas primeiras noites do evento. Inicialmente, o pastor Sayão abordou questões sobre o taberná-culo e o livro de Levíticos, mostran-do que Deus jamais pediu sacrifício algum que estivesse fora da realida-de diária de seu povo, focando tam-bém a glória de Deus e o imperativo

para a santidade: “o salario do pe-cado é a morte e o povo de Deus deveria sempre tomar cuidado para não sair dessa condição pela conta-minação, e o contaminado deveria, através de um ritual, ser readmitido à condição de puro”.

Em seguida, Dr. Russel Sheed ratifi-cou sobre a importância da fé, base-ado na Carta aos Hebreus: “Cristo é, por meio da fé, a garantia da nossa vida após a morte”. Os irmãos fo-ram lembrados, como diariamente devemos fazer, da posição de sumo sacerdote de Jesus Cristo, que em si mesmo cumpriu todo o rito para nos manter em santidade e pureza.No

sábado e no domingo pela manhã, com o rabino Yehuda, a igreja refletiu sobre questões históricas do conflito entre Israel e a Palestina. A exposição foi consistentemente esclarecedora devido ao conhecimento e, principal-mente, à vivência pessoal do rabino.

O evento foi um sucesso, contando com mais de mil e duzentas pessoas por dia, que juntas concluíram que Deus, de fato, deseja sacrifício, mas de relacionamento mais profundo e pessoal com ele, numa entrega com-pleta de nossas vidas. O nosso culto racional. O sacrifício posto em seu altar, agora, somos nós por inteiro e a ele inteiramente consagrados.

Congresso da Bíblia na PIB do Recreio. RJ

Pr. Russel Shedd Dr. Yehuda Hochmann

Pr. Luiz Sayão... ... e o Pr. Wander Gomes

Mais de 1200 pessoas presentes em cada palestra

Informe publicitário

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15o jornal batista – domingo, 05/04/15ponto de vista

Alex Oliveira, pastor auxiliar na Primeira Igreja Batista em Divinópolis - MG

Tenho me mantido calado diante da atu-al situação política do Brasil. Embora

me una a milhões de bra-sileiros que se mostram in-dignados frente a tantos e intermináveis escândalos, não podemos nos esquecer de que nós, povo de Deus, somos governados por um poder infinitamente maior. O que me entristece é que isso parece não fazer muita diferença. Se nossas vidas são dirigidas pela Palavra de Deus como afirmamos, por que insistimos em deixá-la de lado no tocante a nossa posição diante de um go-verno que, acima de tudo, também é alvo da graça de Deus? Será que nos esque-cemos de que as autoridades constituídas estão no poder única e exclusivamente pela permissão de Deus? Não questiono a falta de ética e respeito para com o povo brasileiro, nem a corrupção e a avareza presente no co-ração de muitos dos nossos governantes, tampouco que-ro parecer partidário deste ou daquele político em es-pecial. O que questiono são nossas atitudes no que tange a esses homens e mulheres vítimas do pecado. Temos orado por eles? Temos co-

locado suas vidas diante de Deus?

Olhando para a Palavra de Deus eu vejo um homem; Paulo, que talvez tenha sido um dos cristãos mais injus-tiçados da Igreja Primitiva. Sofreu muito nas mãos de políticos insanos e corrup-tos, chegando inclusive a ser martirizado por ordem de um deles; o imperador Nero. No entanto, em momento algum você verá Paulo incitando os cristãos a se rebelarem contra as autoridades, nem os incentivando a se unirem em prol da deposição de qualquer um dos governantes de sua época. Pelo contrário, em I Timóteo, ele nos exorta: “Admoesto-te, pois, antes de tudo, que se façam depreca-ções, orações, intercessões, e ações de graças por todos os homens; pelos reis, e por todos os que estão em emi-nência, para que tenhamos uma vida quieta e sossegada, em toda a piedade e honesti-dade” (I Tm 2.1-2).

Ainda, em Romanos, Paulo nos dá uma lição de como o cristão, enquanto cidadão do Reino, deve se portar dian-te das autoridades: “Toda a alma esteja sujeita às potes-tades superiores; porque não há potestade que não ve-nha de Deus; e as potestades que há foram ordenadas por Deus. Por isso quem resiste à potestade resiste à ordenação de Deus; e os que resistem

trarão sobre si mesmos a con-denação” (Rm 13.1-2).

Sem dúvida, a atitude de Paulo, alegada em I Coríntios 11.1, deveria servir de exem-plo para todos nós. Declaro, desde já, que não sou petista, mas preciso reconhecer que a presidente Dilma foi eleita com 51,45% dos votos váli-dos. Ela não subiu ao poder através de um golpe de estado ou de eleições indiretas. Tudo aconteceu em um ambien-te de democracia. Embora essa mesma democracia me garanta o direito de me ma-nifestar, não devo perder de vista quem sou. Enquanto uns continuam confiando em seus “carros e cavalos”, nós, filhos de Deus, deve-mos continuar confiando no “Nome que é sobre todo o nome”. Não sou contra mo-vimentos sociais, desde que sejam ordeiros, mas creio que o maior movimento social que existe e que realmente pode provocar mudanças é a pregação do Evangelho. Só o mesmo é capaz de mudar os valores, transformar o caráter e modificar as estruturas de qualquer governo. Fico pen-sando no que aconteceria se, em vez de ficarmos aqui e ali discutindo meios para a der-rocada de nossa presidente, estivéssemos orando insisten-temente por ela, clamando a Deus por sua salvação. Como cristãos, não deveria ser esse o nosso desejo? Esse era o de

Paulo. Em Atos, ele afirma: “Crês tu nos profetas, ó rei Agripa? Bem sei que crês. E disse Agripa a Paulo: Por pouco me queres persuadir a que me faça cristão! E disse Paulo: Prouvera a Deus que, ou por pouco ou por muito, não somente tu, mas também todos quantos hoje me estão ouvindo, se tornassem tais qual eu sou, exceto estas ca-deias” (At 26.27-29).

Tristemente, o que o Brasil tem visto nos últimos dias, principalmente nas redes sociais, é uma ferocidade sem precedentes por parte daqueles que deveriam estar de joelhos, clamando a Deus por misericórdia, orando por aqueles que, infelizmen-te, não tem governado com equidade por que ainda se encontram sob a égide do pecado e longe de Deus.

Será que atitudes como essa, de alguma maneira, contribuirão para melhorar a política nacional? Será que os xingamentos e palavras de baixo calão, presentes muitas vezes nas postagens de muitos irmãos em Cristo, surtirão o efeito desejado e provocarão mudanças no cenário político? Ao final, qual será o preço disso tudo?

Gostaria de encerrar este meu posicionamento com uma pergunta: quando olho para o Congresso, para a Câ-mara dos Deputados ou para o Senado Federal, sedes dos

governos estaduais, prefeitu-ras, Câmaras de Vereadores, o que vejo? Uma corja de ladrões? Um antro de corrup-ção e mentira? Pois a Bíblia me leva e ver outra coisa. A Palavra de Deus me mostra homens e mulheres que preci-sam da graça de Deus e de al-guém que interceda por eles. Vejo pessoas que ainda vivem na ignorância espiritual, mas que são amadas por Cristo. Pessoas naturais, em quem ainda não habita o Espírito de Deus, daí o porquê de sua conduta, fruto da ausência de temor a Deus. Quando olho para esse povo, vejo-os inseridos em um mundo pelo qual Jesus também morreu, como está escrito em I João 2.1-2; João 3.16; Tito 2.11 e I Timóteo 1.15.

Não quero mudar sua opi-nião, mas apenas entendo que é questão sine qua non estar diante de Deus em oração para ver mudanças significativas neste país. O cristão é chamado para fa-zer a diferença porque seu modus operandi é diferente, pelo menos é o que se es-pera. Queremos mudanças? Que tal começá-las por nós mesmos? Carregar a Bíblia e participar de cultos na igreja não muda muita coisa. O ver-dadeiro cristianismo é aquele que acontece o tempo todo, inclusive quando se está na frente de um computador. Que Deus nos abençoe.

Mea-culpa (Minha culpa)

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