ojb edição 05 - ano 2015

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1 ISSN 1679-0189 Ano CXIV Edição 05 Domingo, 01.02.2015 R$ 3,20 Órgão Oficial da Convenção Batista Brasileira Fundado em 1901

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Na edição de O Jornal Batista desta semana você confere um pouco da história da Aliança Batista Mundial. E na página de Missões Nacionais (07), você fica por dentro de tudo o que aconteceu na Trans Sul.

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Page 1: OJB Edição 05 - Ano 2015

1o jornal batista – domingo, 01/02/15?????ISSN 1679-0189

Ano CXIVEdição 05 Domingo, 01.02.2015R$ 3,20

Órgão Oficial da Convenção Batista Brasileira Fundado em 1901

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2 o jornal batista – domingo, 01/02/15 reflexão

E D I T O R I A L

Cartas dos [email protected]

Parabéns, OJB!

Quero, em primeira mão, agradecer de coração a boa vontade e amabilidade da equipe de OJB em me en-viar, via online, os exempla-res semanais. Gostaria de dizer que estou muito feliz por ter o privilégio de ter em meu e-mail a leitura dos exemplares de OJB e poder compartilhar aos meus ami-gos de contato. Tenho apren-dido muito com as informa-ções semanais do Jornal. É, para mim, uma grande satis-fação poder contar com este canal de informação, que faz a gente viajar nas notícias

da denominação Batista no mundo inteiro.

Parabéns pelos seus 114 anos divulgando a Palavra de Deus. Sem dúvidas, Deus está neste negócio. É meu desejo que o OJB cresça mais e mais na expansão da notícia de tudo o que acon-tece no âmbito do Reino de Deus aqui na terra. Muito obrigado pelo atendimento online. Que Deus os aben-çoe em Cristo Jesus. Abraço do seu leitor assíduo.

José Gomes Magalhães, Primeira Igreja Batista

no Guará - DF

Dia da Aliança Batista Mundial

Ao ensejo de cele-bramos neste do-mingo o Dia da Al iança Bat i s ta

Mundial (ABM), aprovei-tamos para trazer a sauda-ção do diretor da Divisão de Missão, Evangelização e Reflexão, pastor Fausto Aguiar de Vasconcelos.

“Reafirmo a alegria e o privilégio que a ABM tem de contar com a partici-pação abençoadora dos Batistas brasileiros - Con-venção Batista Brasileira, Convenção Ba t i s t a Na -cional e Convenção das Igrejas Batistas Indepen-dentes - no seu rol coope-rativo de 231 convenções batistas em 121 países e territórios. Encorajando e promovendo a comunhão e a cooperação de toda essa g igantesca famí l ia Ba t i s t a , de 42 mi lhões de membros em 177 mil Igrejas Batistas locais, a Aliança Batista Mundial cumpre o seu objetivo de ser ‘A sua rede de cone-xão com o mundo’ . Os

Bat is tas bras i le i ros têm um encontro com Batistas de todo o mundo em Dur-ban, no primeiro Congres-so no continente africano, que se r á r ea l i zado em julho deste ano. A grande celebração marcará a his-tória dos Batistas, ao fei-tio do 10º Congresso no Rio de Janeiro, em 1960. O presidente, doutor Luiz Roberto Soares Silvado,

s e r á e m p o s s a d o c o m o um dos vice-presidentes da ABM para o próximo quinquênio. Ao ensejo da 95ª Assembleia da Con-venção Batista Brasileira, na mais bela c idade da Região das Hortências, a Aliança Batista Mundial, na pessoa do presidente, doutor John V. Upton Jr; do secretário-geral, dou-tor Neville G. Callam; e

de todos os integrantes da equ ipe da Sede em Falls Church, roga ao Se-nhor para que abençoe abundantemente o pre -s idente e seus pares de diretoria, os mensageiros, e todas a t iv idades con-venc iona i s , de modo a impactar-nos a uma vida integralmente submissa a Cristo, sob a direção do Espirito Santo”.

As mensagens enviadas devem ser concisas e identificadas (nome com-pleto, endereço e telefone). OJB se reserva o direito de publicar trechos. As colaborações para a seção de Cartas dos Leitores podem ser en-caminhadas por e-mail ([email protected]), fax (0.21.2157-5557) ou correio (Caixa Postal 13334, CEP 20270-972 - Rio de Janeiro - RJ).

O JORNAL BATISTAÓrgão oficial da Convenção Batista Brasileira. Semanário Confessional, doutrinário, inspirativo e noticioso.

Fundado em 10.01.1901INPI: 006335527 | ISSN: 1679-0189

PUBLICAÇÃO DOCONSELHO GERAL DA CBBFUNDADORW.E. EntzmingerPRESIDENTELuiz Roberto SilvadoDIRETOR GERALSócrates Oliveira de SouzaSECRETÁRIA DE REDAÇÃOPaloma Silva Furtado(Reg. Profissional - MTB 36263 - RJ)

CONSELHO EDITORIALCelso Aloisio Santos BarbosaFrancisco Bonato PereiraGuilherme GimenezOthon AvilaSandra Natividade

EMAILsAnúncios:[email protected]ções:[email protected]:[email protected]

REDAÇÃO ECORRESPONDÊNCIACaixa Postal 13334CEP 20270-972Rio de Janeiro - RJTel/Fax: (21) 2157-5557Fax: (21) 2157-5560Site: www.ojornalbatista.com.br

A direção é responsável, perante a lei, por todos os textos publicados. Perante a denominação batista, as colaborações assinadas são de responsabilidade de seus autores e não representam, necessariamente, a opinião do Jornal.

DIRETORES HISTÓRICOSW.E. Entzminger,fundador (1901 a 1919);A.B. Detter (1904 e 1907);S.L. Watson (1920 a 1925);Theodoro Rodrigues Teixeira (1925 a 1940);Moisés Silveira (1940 a 1946);Almir Gonçalves (1946 a 1964);José dos Reis Pereira (1964 a 1988);Nilson Dimarzio (1988 a 1995) e Salovi Bernardo (1995 a 2002)

INTERINOS HISTÓRICOSZacarias Taylor (1904);A.L. Dunstan (1907);Salomão Ginsburg (1913 a 1914);L.T. Hites (1921 a 1922); eA.B. Christie (1923).

ARTE: OliverartelucasIMPRESSÃO: Jornal do Commércio

Page 3: OJB Edição 05 - Ano 2015

3o jornal batista – domingo, 01/02/15reflexão

(Dedicado ao leitor pastor Iomael Sant’Anna)

Desejamos que , em nossas igrejas, seja cada vez mais bela a “música de

culto”, em sua forma técnica e por seu objetivo espiritu-al. A beleza não é um fator decorativo, mas elemento constitutivo do culto que de-vemos prestar a Deus.

A situação da música, aqui examinada, tendo em vista alguns fatores que podem explicar o nosso propósito ao executá-la, exige de nós a apresentação do que ocorre em quatro áreas fundamen-tais.

I – Recursos humanos: com quem contamos. No meio Batista brasileiro, sempre houve musicistas que deram colaboração, espontânea e desinteressada, de remune-ração à execução musical nos cultos das igrejas. Entre-tanto, seria um trabalho mais eficiente se os musicistas das várias categorias (hinógrafos, tradutores, compositores, ar-ranjadores, cantores, coristas, instrumentistas e regentes) fossem formados como obrei-ros do culto, e identificados como participantes do am-plo ministério da adoração. Por meio de aulas práticas, em cursos breves oferecidos pelos dirigentes musicais, os musicistas receberiam no-ções sobre a genuína “música de culto”.

Cleverson Pereira do Valle, colaborador de OJB

O tema deste ano da nossa Conven-ção Batista Bra-sileira é muito

oportuno. Ser integralmente submisso a Cristo é o nosso dever. Estamos vivendo em uma época de total apatia às coisas de Deus. Entendo que estamos bem semelhantes à Igreja de Laodicéia.

A Igreja de Laodicéia orgu-lhava-se de ser rica, próspera; era uma Igreja onde estavam

O Estatuto da CBB diz que a Convenção tem, entre seus objetivos fundamen-tais, o programa coopera-tivo que mantém com as Igrejas Batistas, inclusive na área da música (Artigo 3º, item II). Nessa área, a Asso-ciação dos Músicos Batistas do Brasil é uma organização auxiliar da Convenção. En-tretanto, a Associação não é responsável pela formação de musicistas.

Cremos que seria muito útil a criação de um Conselho de Música, para assessorar a diretoria da Convenção. O Conselho, órgão consulti-vo, a pedido da diretoria da Convenção, expediria instru-ções relativas à formação de musicistas preocupados com o culto e a melhoria do am-biente espiritual nos cultos de nossas igrejas.

II – Patrimônio: o que te-mos em mãos. Os Batistas no Brasil herdaram e desenvol-veram um valioso patrimônio hinódico e musical que, com variações nas quantidades em que é usado pelas igre-jas, ainda pode ser por elas explorado e renovado, em benefício da elevação espiri-tual dos crentes em seus lares e em suas congregações.

O Conselho de Música, aqui sugerido, e a AMBB, po-deriam promover cursos de musicologia e de hinologia, tendo em vista o aprimora-mento de leigos e músicos no conhecimento da música,

em paz, não havia proble-mas doutrinários, enfim, uma Igreja onde qualquer um elo-giaria. Se você observar bem o texto de Apocalipse 3.14-22, não encontrará nenhum elogio de Jesus a esta Igreja, pelo contrário, Ele diz que a Igreja de Laodicéia não era fria e nem quente, era mor-na. Uma Igreja morna causa náuseas em Deus, significa uma apatia espiritual, falta de entusiasmo, sem fervor espiritual.

A Igreja precisa buscar diaria-mente a face do Senhor, ser en-

especialmente dedicada à igreja e ao culto, que alguns exageram: música sacra.

III – Execução musical: como realizamos o louvor. O Conselho de Música po-deria expedir instruções so-bre a promoção de recitais e concertos (de orquestras, de órgãos, de coros e de canto-res) nos templos das igrejas e em salas a isso destinadas para mostrar à sociedade e à comunidade local como lou-vamos a Deus “em espírito e em verdade”, sem intuito mercantilista.

A música executada nos templos atende ao desejo de crescimento espiritual das pessoas que apreciam algum gênero musical? E há expectativa dos crentes que frequentam os cultos, de ou-vir música religiosa genuína? A música gravada em discos (LP, CD ou DVD) tem, em sua maior parte, atendido à ganância dos produtores musicais.

Em 1976 as gravadoras so-licitaram um planejamento estratégico, a ser elaborado por uma agência de propa-ganda. Muito do que seria cantado e ouvido pelos evan-gélicos obedeceria àquele plano. Na década de 90, a música falsamente chamada de “gospel” expandiu-se, por meio de “shows”, festivais, programas no rádio e na te-levisão, e gravações. A TV Globo prometeu investir na “gospel music”. Cumpriu o

tusiasmada com o Evangelho de Cristo, viver este Evangelho no dia a dia. O verdadeiro fer-vor espiritual acontece quando os crentes desejam viver inte-gralmente submissos a Cristo. Não podemos ser crentes den-tro das quatro paredes, viver uma coisa no templo e outra fora dele. É preciso vivermos integralmente submissos a Cris-to, mostrar, através de nossas atitudes, a diferença.

Ser integralmente submisso a Cristo é viver todos os dias da semana, todos os dias do mês, todos os dias do ano.

prometido em 2012, com o “Festival Promessas”.

IV – Música de culto: o que ouvimos. O canto (vo-cal, coral e congregacional) e a música (instrumental) são apropriados ao culto da igreja? São apreciados pela congregação, que demonstra adesão aos textos e às melo-dias, em consonância com os momentos do culto? São re-conhecidos pelos musicistas o valor artístico e a utilidade das melodias e dos textos?

Nas Igrejas Batistas do Bra-sil, grandes e pequenas, cons-tituídas ou não por pessoas de elevado nível cultural e situação social, os musicistas locais têm o cuidado de esco-lher melodias que ressaltam a beleza e a eficácia dos atos de culto? E de celebrações especiais (Ceia do Senhor, batismo, matrimônio) e de comemoração das datas de-nominacionais? Ou são re-petidas ano a ano, protoco-larmente?

No âmbito da CBB e das igrejas locais, os hinógrafos e compositores batistas são acompanhados e incenti-vados em seu trabalho de criação de novos hinos para o canto da congregação ou do coro? Ou de composições (antemas, cantatas, oratórios) para serem apresentadas em concertos musicais? Há re-lacionamento da CBB com editoras, gravadoras e a mídia para divulgar o trabalho de musicistas batistas?

Integralmente não significa que não podemos tirar férias da nossa fidelidade a Cristo. Não tem cabimento viver como um santo no domingo e no resto da semana como um profano.

Quando pensamos em sub-missão vem à nossa men-te a entrega total, sim, não podemos ser crentes pela metade. Nunca me esqueço de uma ilustração que ouvi: uma criança que não tinha as pernas foi até a frente e entregou sua vida para Mis-sões. Ela perguntou ao pastor

As obras de compositores e cantores evangélicos são examinadas por musicistas batistas quanto à sua teologia e doutrina? As novas com-posições são bafejadas pela cultura musical profana, para facilitar seu ingresso na mídia? O Conselho de Música, por nós sugerido, poderia elabo-rar repertórios de “música de culto, como sugestões aos di-rigentes musicais das igrejas.

A AMBB, com o respaldo financeiro da CBB, poderia promover concursos para a composição de “música de culto” e de música especial para grandes eventos da de-nominação.

Seria interessante se o Con-selho de Música, assessorado pela Comissão de Apoio às Igrejas, fizesse um recense-amento dos coros e das or-questras existentes nas igrejas locais, com o objetivo de serem organizados o Coro Batista e a Orquestra Batista do Brasil.

Torna-se oportuno lembrar: 1) que os instrumentos mu-sicais devem acompanhar o canto e sustentar as vozes; 2) que o ideal para acompanhar o canto coral e congregacio-nal seria o órgão, especial-mente o de tubos.

Devemos evitar o mau exemplo de uma Igreja Batis-ta na capital norte-americana: entregou o louvor a um “disc--jockey” e saudou o “play--back” e o telão com palmas ritmadas.

se Jesus aceitaria alguém pela metade. O pastor respondeu: Cristo aceita alguém pela metade que se dá por inteiro, mas não aceita alguém intei-ro que se dá pela metade. Grande verdade.

É a Cristo que temos de prestar contas, não podemos esquecer que Ele é o Senhor de nossas vidas. Somos ser-vos de Cristo, devemos obe-diência a Ele diariamente.

Integralmente submissos a Cristo, vivamos na prática para que o mundo creia que Ele existe.

Integralmente submissos a Cristo

MÚSICARolando de nassau

A situação da música em nossas igrejas

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4 o jornal batista – domingo, 01/02/15

GOTAS BÍBLICASNA ATUALIDADE

OLAVO FEIJÓ Pastor, professor de Psicologia

O crime da má intenção

reflexão

“Eu, porém, vos digo que qualquer que, sem motivo, se encolerizar contra seu irmão, será réu de juízo; e qualquer que disser a seu irmão: Raca, será réu do sinédrio; e qual-quer que lhe disser: Louco, será réu do fogo do inferno” (Mt 5.22).

A grande revolução ética de Jesus aconteceu durante o Sermão do Monte, principal-mente na série de afirmações em que Ele reinterpreta a Lei, começando com a expressão “Eu, porém, vos digo...”. Que é matar, por exemplo? Disse Jesus: “Eu, porém, vos digo que qualquer que, sem mo-tivo, se encolerizar contra seu irmão, será réu de juízo” (Mt 5.22).

A revolução trazida por Je-sus é a do coração. Sua ênfase não é tanto sobre a maldade concretizada. A ênfase do

Mestre está na intenção, na motivação. Porque, na reali-dade, antes de cometer uma maldade, geralmente a pessoa sente a maldade no remoer da sua alma. O ensino não pre-tende minimizar os atos crimi-nosos. O que Jesus enfatiza é o extremo perigo de cultivar sentimentos negativos.

O apelo da Bíblia é “Filho meu, dá-me teu coração”. O apelo do Evangelho é o de entronizar, no coração, o po-der do amor de Cristo. Amor que transforma, que limpa e que constrói. Coração cheio de amor de Cristo não pensa em matar, em destruir. Pensa em autodoação, em ajudar, em cooperar. É essencial aceitar a Cristo no coração: é o modo poderoso de eliminar as intenções ruins, as moti-vações maldosas. E encher o coração de sentimentos construtivos.

Paulo Francis Jr., colaborador de OJB

Dirigindo por uma estrada, avenida ou rua qualquer de madrugada,

você se distrai com alguma coisa, passa por um momen-to de bobeira, desatento, e acaba por atropelar alguém. Essa pessoa, ferida, pode até estar morta. Você para o carro. Em princípio, não vê ninguém. Tudo está deserto. Você desce e dá assistência ao atropelado ou foge do local?

Quero que viaje comigo hoje para uma situação que as pessoas pouco discutem: a culpabilidade. A índole humana não mostra a fir-meza que se espera diante de determinados fatos; uma situação degradante nascida pela questão da punibilida-de. Ninguém quer assumir a culpa. A natureza humana tende, normalmente, a se omitir. Além dessa tendência, um agravante terrível cos-tuma ocorrer: incrimina-se outro pela besteira feita. Na vida costuma-se envolver um maior número possível de pessoas para que a punição “pulverizada”, seja branda. Raciocine se já não partici-pou de coisas desta ordem. Na sua casa, no trabalho, onde estiver, não há pro-cedimento diferente deste. Grosseiramente, joga-se a farinha no ventilador. O setor policial lida com esse proble-ma constantemente.

Quer algo ainda pior? Como atores fugimos da verdade, da nossa incompetência. Por vezes dizemos: “Nossa, fize-ram isto?”. É como o sujeito que mata a mãe ou pai e vai ao enterro, chorar no ataúde. Essa inclinação não é nova. A queda do homem tem esse matiz. Uma marca registrada da humanidade. Herdamos isso. Aquinhoamos com sata-nás nossos deslizes. Quando não, todo o erro. Nos acertos esquecemos do Criador. Egoís-mo. Criminalmente, as vítimas e seus defensores costumam partir dessa premissa, quase infantil no meu modo de ver. Não é à toa que, dentro dos presídios, o sentenciado diz não ter responsabilidade na ação cometida. Alega que foi envolvido inocentemente no lugar de outro. Diz que “Fui preso forjado. Armaram a minha detenção”. Os de-poimentos não incriminam os seus narradores.

Nessa linha, titubeamos como sociedade. Admita-mos. No campo do Direito Civil, a culpa se contrapõe ao dolo, a intenção. No Direito Penal produz-se quando, sem intenção de prejudicar, mas sem proceder com o devido cuidado, causa-se um resul-tado danoso, tipificado pela lei. Entende-se também, no caso de acidentes, que o fato é causado sem dolo ou culpa, e por isso não é punível. Isso não que dizer que, depen-dendo da abrangência da questão, não seja necessário um júri para o veredito.

No campo político é de dar dó. Não há expressão que re-trate melhor essa observação. O importante é confundir a plateia. Velhos políticos – e novos – já fizeram destas jogadinhas. Jânio Quadros tinha sempre a tiracolo as danadas das “forças ocultas”. Getúlio Vargas surpreendeu em sua Carta-testamento: “Se as aves de rapina querem o sangue de alguém, querem continuar sugando o povo brasileiro, eu ofereço em holocausto a minha vida”. Dessa carta espetacular de-duzimos: foi suicídio ou ele foi assassinado pelas aves que citou?

No Reino de Deus, culpa é recurso pedagógico e nunca arma depreciativa. É o que nos orienta o pastor Ricardo Gondim, que acrescenta: “Eu preciso de culpa, você preci-sa de culpa”. De acordo com ele, “Só quem não tem culpa são os psicóticos, os socio-patas, os loucos. Toda pes-soa normal lida com culpa. No campo pedagógico você pode usar a culpa para mu-dar”, acrescenta. Esclarece que “Nós aprendemos com os nossos erros. Aprendemos com coisas boas ou más. Também somos o resultado das besteiras que fizemos. Somos a somatória de bes-teiras e virtudes. Se só tivés-semos coisas boas seríamos anjos”. Gondim enfatiza a di-ferença entre o Espírito Santo e o diabo. “O Espírito Santo nos convence do pecado e satanás nos acusa do pecado.

Carlos Henrique Falcão, colaborador de OJB

A primeira impressão é que este instrumento de comunicação do celular incentiva os

grupos e separa as pessoas que não possuem WhatsApp. As pessoas formam grupos do seu interesse e se comunicam entre si. Marcam e desmarcam en-contros, comunicam coisas im-portantes ao grupo e mandam recados de emergência. Hoje, quem não instalou o WhatsApp no seu celular pode ficar sem saber o que está acontecendo ao seu redor. Pode não saber que mudou o restaurante da comemoração e não pode recla-mar porque o organizador diz: “Coloquei o aviso no grupo”.

Por outro lado, o WhatsApp é um instrumento poderoso

de comunicação. Com o fa-lecimento do meu pai, pastor Falcão, pude notar o alcance das informações por este ins-trumento. Rapidamente pes-soas de todo o Brasil ficaram sabendo e mandaram notas de conforto e expressaram a tristeza pela perda do amigo. Logo em seguida começamos receber recados dos EUA, Portugal e Itália. Pastores, mis-sionários e crentes comuns de todo o mundo ficaram sa-bendo quase em tempo real. É ou não é um instrumento poderoso de comunicação?

Percebi, então, que o sur-gimento de grupos que se fe-cham e não praticam a comu-nhão bíblica é um problema do coração, e não do instru-mento usado. Quem não ama e não deseja se envolver com o próximo vai promover a

divisão do grupo com ou sem o WhatsApp. Aliás, esse é um problema que Paulo tratou com os crentes imaturos de Corinto. Sem WhatsApp, usa-vam os líderes da Igreja para formarem grupos. Uns diziam que pertenciam ao grupo de Paulo, outros pertenciam ao grupo de Apolo e outros de Pedro. Alguns mais ousados diziam que pertenciam ao grupo de Cristo, achando que estavam fazendo a coisa certa, como descreve I Coríntios 1.11-12. Paulo afirma que Deus não faz diferença entre pessoas para formar grupos, segundo Romanos 2.11 e Efésios 6.9. Tiago escreveu a crentes que estavam forman-do o grupo dos amigos dos ricos e discriminando o grupo dos amigos dos pobres , como diz Tiago 2.1-13.

Também notamos que o primeiro grande pecado da Igreja foi a tentativa da quebra da comunhão. Estavam cheios do Espírito Santo anunciando, corajosamente, a Palavra de Deus e vivendo unidos na mente e coração. Ninguém considerava sua coisa alguma, mas compartilhavam tudo. A comunhão era grande porque tinham apenas um Senhor e podiam ter uma vida comum - Cristo. Ananias e sua esposa Safira andaram na contramão da comunhão. No lugar de disporem a vida, como todos estavam fazendo, retiveram parte dela, mas declararam que era tudo. Mentira! Deus não deixou que a comunhão fosse quebrada neste início da vida da Igreja e eliminou os dois do convívio. Deus não permitiu que se formasse o

grupo dos que retém, como relata Atos 4.32-5.11.

Comunhão é para as pessoas que vivem em Cristo. Indica maturidade espiritual. A Bíblia nos exorta a amarmos todos como Jesus amou, sem distin-ção, como está escrito em João 15.12. Este amor motiva o crente a dedicar-se aos outros com amor fraternal. Capacita o crente a abençoar aqueles que os perseguem, se alegra-rem com os que se alegram e chorarem com os que choram. O amor capacita o crente a ter a mesma atitude para com todos e, ainda, a se unirem com pessoas mais humildes, de acordo com Romanos 12.9-16. O grupo de WhatsApp não discrimina pessoas se seus participantes estiverem cheios do Espírito Santo. Lembre-se: em Cristo somos um.

A culpa que não admitimos

WhatsApp

O Espírito Santo é específico quando erramos. Você men-tiu, você foi egoísta, você foi mau naquele dia. Lembra? Aí você se arrepende. O diabo nunca é específico e sempre nos trata com generalidades você não presta, você não

vale nada. Como alguém vai se arrepender de não prestar? O diabo te deprecia como pessoa”.

Mas, voltemos ao princí-pio: você desce do carro e dá assistência à pessoa que atropelou ou foge?

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6 o jornal batista – domingo, 01/02/15 notícias do brasil batista

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Pregando a Palavra de Deus para a nova geração

7o jornal batista – domingo, 01/02/15missões nacionais

Redação de Missões Nacionais

As equipes de volun-tários da Trans Sul realizaram diversas atividades evange-

lísticas com crianças. Para al-cançarmos a nossa Pátria para Cristo, não podemos deixar de lado a evangelização dos pequeninos, eles são o pre-sente e futuro da nossa nação.

Os missionários e volun-tários da Trans Sul também tiveram a oportunidade de entregar uma Bíblia e orar pelo secretário de Cultura do município de Santo Antônio da Patrulha - RS.

O pastor João Marcos Mury participou de um programa de rádio em Santo Antônio da Patrulha - RS. Na ocasião, o pastor falou sobre a Trans Sul e pediu que a cidade es-

tivesse orando pela operação que acontecerá até dia 25 de janeiro.

Aproveitando as oportunidades

O pastor Alessandro, vo-luntário na Trans Sul em Canoas, usou de uma boa oportunidade para pregar o Evangelho. Ao agir com compaixão e graça com um morador da região, ele não poupou esforços em falar do amor de Deus.

Uma das equipes que está participando da Trans Sul também aproveitou a opor-tunidade para falar de Deus à população. Ao irem ao centro de Porto Alegre - RS comprar materiais para as atividades com crianças, eles proclamaram a salvação por meio de Jesus no ônibus.

Conversão

Steffani foi um dos muitos frutos da Trans Sul. Ela acei-tou a Jesus e disse que quer que todos saibam quem Ele é também. Desde terça-feira os voluntários estavam fazendo estudo com ela e na quinta--feira, ela entregou o coração a Jesus para a glória de Deus. Interceda por essa menina, ela foi a única que aceitou Jesus em sua família e precisa muito de nossas orações.

Louvamos muito a Deus por essa oportunidade que tivemos de ganhar mais vidas para Jesus.

Louvamos a Deus por essas maravilhas. Que Ele continue usando nossos missionários para alcançar vidas através do Evangelho.

Você também pode ser parceiro da Cristolândia na transformação de vidas. Acesse: www.missoesnacio-nais.org.br/producao/#/pam

Saiba o que aconteceu na Trans Sul

Nova vida para ex-aluno da Cristolândia SP

Tiago Canaes antes e depois de recuperado pela Cristolândia

Redação de Missões Nacionais

Ti a g o C a n a e s v i -veu sete anos na cracolândia de São Paulo e, para gló-

ria de Deus, foi alcançado pela Cristolândia da cida-de. Hoje, ele está resso-cializado e fazendo curso de Chef no Hotel Escola SENAC, em Campos do Jordão - SP.

O juiz Federal William Douglas, que realizou uma palestra na Cristolândia SP em novembro do ano pas-sado, ficou impressionado com a mudança do jovem que, na ocasião, coorde-nou o preparo do café da manhã da missão.

O jovem com o juiz Federal William Douglas em sua visita a Cristolândia SP

Steffani junto com as voluntárias que realizaram estudos bíblicos com ela durante a semana

Entrega de uma Bíblia para o secretário de Cultura do município de Santo Antônio da Patrulha - RS

Page 8: OJB Edição 05 - Ano 2015

8 o jornal batista – domingo, 01/02/15 notícias do brasil batista

Norte da África, dezembro de 2014.

“Porque um menino nos nasceu, um filho nos foi dado, e o governo está sobre os seus ombros. E ele será chamado Maravilhoso Conselheiro, Deus Poderoso, Pai Eterno, Príncipe da Paz” (Is 9.6).

(Paz seja convosco!)Nessa última carta de 2014, gostaríamos de apresentar a você uma retrospectiva 2014 do mundo árabe. Nossa intenção é relembrar os principais acon-

tecimentos naqueles países, acontecimentos que os levaram uma vez mais às principais manchetes dos jornais mundiais durante o ano.

Oriente MédioOutra vez as diferenças entre Israel e Palestina foi destaque em 2014. Após sete semanas de intensos combates, o conflito na Faixa de Gaza deixou mais

de 2 mil palestinos e 60 militares israelenses mortos. Grupos de direitos humanos mencionam que os ataques de ambos os lados, tanto os lançamentos de mísseis palestinos contra o território israelense, quanto a destruição de casas de militantes do Hamas em áreas civis de Gaza pelas forças de Israel, violaram o direito internacional humanitário e poderiam ser considerados crimes de guerra. Muitos dos mortos foram civis (mulheres e crianças em sua maioria), provocando comoção e preocupação de muitas organizações humanitárias.

Na Síria, a guerra civil, que já dura três anos, seguiu deixando muitas vítimas durante esse ano e, embora a oposição hoje ocupe mais territórios no país, os partidários do presidente seguem tendo sob seu controle as regiões com maior densidade populacional. E o que se viu durante o ano foi a continuação do êxodo de muitos sírios tentando encontrar um porto seguro longe de sua terra natal. Hoje são mais de 2 milhões de refugiados e eles têm chegado cada vez mais longe, um número considerável deles já chegou até mesmo a algumas regiões do norte da África.

E o que dizer do Estado Islâmico (Islamic State of Iraq and the Levant - ISIL)? Considerado por seus seguidores como o novo sistema de califado mundial foi proclamado em 29 de junho de 2014 e Abu Bakr al-Baghdad foi nomeado como o novo califa e o grupo passou a usar esse nome e a operar princi-palmente na Síria e no Iraque. Desde então, esse grupo tem obrigado as pessoas que vivem nas áreas que controla a se converterem ao islamismo, além de viverem de acordo com a interpretação sunita da religião e sob a lei charia (o código de leis islâmico). Aqueles que se recusam podem sofrer torturas e mutilações, ou serem condenados à pena de morte. Um dos principais jornais do mundo declarou que Abu Bakr al-Baghdad foi a personalidade mais influente de 2014 em todo Oriente Médio.

Norte da ÁfricaNo Egito, onde todos pensavam que as coisas seriam bem melhores após as manifestações e o desejo de mudanças governamentais trazidas pelo mo-

vimento da Primavera Árabe, as coisas não mudaram tanto e, na verdade, o que se ouve do próprio povo é que as coisas parecem estar cada vez piores. O ano de 2014 marcou uma nova tentativa de recomeço para a nação egípcia quando um novo presidente assumiu o comando e, hoje, a esperança do povo é que em 2015 as coisas possam ser diferentes. Lemos em um jornal local online que muitas mulheres têm sofrido diversos tipos de crimes rela-cionados à violência de gênero. Uma das vítimas cometeu suicídio jogando-se no rio Nilo, depois de ter tentado várias vezes denunciar o agressor. Mas, não alcançando nenhum resultado com as denúncias, tomou essa dramática decisão. A mídia nacional controlada pelo governo tentou abafar o caso e censurar a divulgação da notícia.

Líbia, é outro exemplo de que se as coisas podem não estar melhores após as manifestações da Primavera Árabe. A instabilidade econômica do país é evidente e o povo não vê uma solução aparente para os prejuízos sofridos pelo país desde que aquela revolução interna teve início. Hoje, a esperança de muitos está nas mãos de um general aposentado que declara limpar a Líbia de elementos militantes islâmicos e terrorista que ele descreve como tendo “infectado o país”.

Tunísia, foi a nação onde o movimento da Primavera Árabe começou em 2010/11, tendo como ponta pé inicial o suicídio de Mohamed Bouazizi, ven-dedor ambulante de frutas de 26 anos, que levantou o movimento de reforma em toda a região e foi onde o primeiro ditador árabe caiu após governar o país com mão de ferro por 24 anos. Porém, as mudanças tão esperadas ainda não chegaram e o que foi possível ver durante 2014 foi um retrocesso em termos de liberdade de expressão e religiosa. Hoje, a presença de radicais religiosos por todos lados é algo mais comum de se ver no país, e manifesta-ções e a violência continuam, levando o povo tunisiano a pressionar por mudanças políticas e sociais mais amplas.

Com sua forte política de recessão aos meios de comunicação, a Argélia segue não deixando que reais notícias sobre a situação interna do país chegue com clareza ao Ocidente. Mas o que se sabe é que o nível de perseguição aos cristãos e a abertura de novas comunidades eclesiásticas aumentaram em 2014, uma vez que a própria constituição argelina define “O islã, os árabes e os berberes” como “Componentes fundamentais” da identidade do povo argelino, e o país é tido como “Terra do islã, parte integrante do Grande Magreb, do Mediterrâneo e da África”.

O Reino do Marrocos, seguindo o mesmo exemplo de seus países vizinhos cedeu ao povo algumas de suas reivindicações quando da Primavera Árabe, o que levou o país a respirar um pouco melhor em comparação às outras nações árabes. Mas o clima interno do país em 2014, principalmente entre a população jovem, indica que a qualquer momento a panela de pressão poderá “estourar”, mostrando ao mundo o real sentimento de insatisfação do povo marroquino em relação ao regime em que vivem. Em relação à perseguição religiosa, esse ano foi claro perceber que a cada dia a situação para os crentes nacionais piorou e o sentimento de temor de algumas dessas comunidades as fazem “congelar” devido ao medo. Diversos casos de violência contra menores foram divulgados por um jornal local através de artigos escritos por jornalistas formados fora do país mencionando um relatório realizado pela UNICEF e pelo Conselho Nacional de Direitos Humanos, o que causou uma tensão interna enquanto à liberdade de expressão na mídia.

E chega o NatalA nossa ideia com essa retrospectiva foi justamente tentar mostrar a você o quanto o mundo árabe necessita crer naquele menino que nasceu, no filho

que nos foi dado, entender que todo o governo, definitivamente, está sobre os Seus ombros, e que só Ele pode ser chamado de Maravilhoso Conselheiro, só Ele tem todo o poder, só Ele pode ser nosso Pai Eterno (conceito que muçulmanos relutam em compreender) e para que as nações árabes possam viver dias melhores, dias pelos quais elas estão desesperadamente esperando há muito tempo. Está claro que isso só acontecerá quando elas, de fato, creem no verdadeiro e único Príncipe da Paz.

Para 2015, gostaríamos de pedir a você que pense sobre as nações árabes e busque a direção do Senhor de como você poderia colaborar para que no fim do ano essa retrospectiva possa ser mais esperançosa. Desejamos a você e sua família um próspero Ano de 2015!

Pastor Caleb & Rebeca Mubarak

Retrospectiva 2014!

Carta Missionária - Pastor Caleb & Rebeca Mubarak

(Ap 15.4b)

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9o jornal batista – domingo, 01/02/15notícias do brasil batista

Várias igrejas estão c o m p r o m e t i d a s com a missão en-sinada por Jesus.

Portanto, encontram-se en-volvidas em trabalhos sérios que visam apoiar os mais fragilizados de nossa socie-dade, buscando demonstrar o interesse que Deus possui por cada pessoa, em suas diversas necessidades.

Fundamentado nessa con-vicção, o Comitê de Ação Social da Convenção Batista Mineira tem apoiado Igrejas. Sua coordenadora, Simone Vieira, traz-nos relatos ani-madores sobre sua visita à cidade de Juiz de Fora - MG.

A Primeira Igreja Batista em Juiz de Fora - MG, visando melhor servir, fundou a ONG

Reconstruir e, por meio dela, realiza diversas ações de amor. A Igreja possui uma fazenda em que a ONG rea-liza o tratamento de homens dependentes químicos. Além desse serviço, a Igreja, por meio da associação Restituir, age em outras frentes: serviço de convivência e fortaleci-

mento de vínculos destinado aos idosos, crianças e ado-lescentes. Também executa o Projeto “Ser”, destinado às famílias de baixa renda e à população em situação de rua, além de inclusão digital e atendimento ambulatorial.

O serviço com a população de rua ocorre há 10 anos,

sempre às sextas. Há pales-tras, corte de cabelo, banho, alimentação, troca de roupas, informática, musicalização, oficina de leitura, atendimen-to terapêutico e encaminha-mentos diversos à rede de atendimento e parceiros. No Coral, composto pela popula-ção de rua e ex-moradores, há o Jeferson, ex-morador de rua, primeiro membro do Coral e que, liberado semanalmente para esta finalidade, continua a participar apoiando outros e sendo acompanhado em seu desafio de uma nova vida e ressocialização.

A Igreja Batista Nova Alian-ça criou a Associação Nova Aliança (Ana). Por meio dela, a Igreja expressa o amor de Deus oferecendo diversos

serviços relevantes destinados a crianças, adolescentes e ido-sos, são eles: assessoria jurídi-ca, atendimento psicológico, cursos profissionalizantes (ma-nicure e pedicure, depilação, cuidador de idosos, bordado à mão, inglês básico, informática básica), fisioterapia, neurope-diatria, jiu-jitsu e bazar. Além de realizar acompanhamento das famílias que participam da instituição.

Desejando aperfeiçoar seu ministério, a Igreja Batista Grajaú refletiu sobre a mis-são da Igreja, por meio de uma palestra elaborada pela coordenadora Simone Vieira. Somente em atos de amor a Igreja pode ser fiel a Deus. É sempre bom ver sinais do agir de Deus em nosso meio.

Departamento de Ação Social da CBB

Faces da Missão

O Lar da Criança, em seus 53 anos de existência, acolheu e foi o lar provisório de mais de 700 meninos e meninas. Muitos entraram pequenos e saíram adultos, outros permaneceram menos tempo, mas, para todos, ficaram as lembranças das amizades e brincadeiras, de um tempo que marcou suas vidas.

E pensando em rever as pessoas que fizeram parte desta época tão especial, alguns ex-acolhidos do Lar, através do Facebook, lançaram a ideia da organização de um evento que promovesse o encontro de ex-acolhidos e ex-funcionários (e seus familiares) do Lar da Criança. Assim nasceu o 1º Encontrão Henrique Liebich.

O evento acontecerá nos dias 01, 02 e 03 de maio de 2015, no Acampamento Batista Pioneiro, em Bozano - RS, com preleção do pastor Helmuth Matschulat, ex-diretor do Lar da Criança Henrique Liebich, além de diversas outras atrações, como gincana, mateada, noite da fogueira, noite dos talentos, visita ao Lar da Criança, programação especial para crianças e adolescentes, esporte e outros.

O período de inscrição é do dia 20 de novembro de 2014 até o dia 28 de fevereiro de 2015, no site larliebich.org.br.A Comissão Organizadora convida a todos os ex-acolhidos e ex-funcionários (e seus familiares) do Lar da Criança para participarem deste momento

que, certamente, será marcado por muita emoção e alegria.

Liane HartmannSecretária - 55-3332-1095/3333-3412

Lar da Criança Henrique Liebich - Sociedade Batista de Beneficência Tabea

1º Encontrão Henrique Liebich

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10 o jornal batista – domingo, 01/02/15 notícias do brasil batista

Alvanir Previdello, pastor da Igreja Batista da Paz - SP

Os vereadores da Câmara Munici-pal de Barrinha, no inter ior de

São Paulo, convidaram o pastor Alvanir Previdello, da Igreja Batista da Paz, para ministrar a Palavra de Deus e orar na posse da nova dire-toria daquela casa de leis no dia 01 de janeiro deste ano.

Diante de um momento tão difícil que enfrentamos politicamente, ali foi possível colocar, de maneira clara, que buscando a sabedoria e a orientação de Deus, os pode-res legislativo e executivo te-rão condições de alcançarem mais êxito em seus objetivos e beneficiar a população e o município através das suas ações.

Senti-me lisonjeado pelo convite e a maneira honro-sa como fui recebido pelas autoridades. Tenho somente que agradecer a Deus e aos nobres vereadores de nossa cidade pela oportunidade que me foi concedida e, junto com muitos muníci-

Jabes Nogueira Filho, pastor

Na quarta - fe i ra , dia 13 de janei-ro de 1965, to-mava posse na

Primeira Igreja Batista de Aracaju - SE o pastor Jabes Nogueira. Era apenas um recém-formado no Semi-nário, casado, e com uma filha de dois meses, com pouca – ou quase nenhu-ma – experiência efetiva de pastoreio, vindo do interior do Piauí.

Pelo que nos contam os que testemunharam aquele momento, considerando a história eclesiástica e as demandas que se apresenta-vam, aquele jovem – tinha menos de 30 anos – não parecia apresentar as cre-denciais necessárias para a tarefa. Mas Deus não pensa-va assim. Sem dúvida, ele foi trazido pelo Senhor da Igreja para assumir a liderança do rebanho. E por isso foi fican-do. Agora, passados 50 anos, os resultados e bênçãos po-dem dar testemunho.

Ele pastoreou, pregou, vi-sitou, evangelizou e acom-

pes ali presentes, tivemos a oportunidade de abençoar a nossa cidade, os nossos vereadores, a vice-prefeita que estava presente e nosso prefeito.

O atual presidente, verador Sant Clair, disse que esta é apenas a primeira de muitas outras oportunidades que te-remos para levar a Palavra de Deus aos nobres vereadores. Fica aqui registrado minha gratidão a Deus e a todos os vereadores da Câmara

panhou; celebrou casamen-tos e batismos; apresentou crianças e as viu crescer. Depois celebrou o casa-mento das gerações seguin-tes e o ciclo continuou. E de uma centena de almas há cinquenta anos, vemos hoje mais de milhares es-palhadas por aí.

Mas, deixe-me voltar um pouco. Eu nasci pouco de-pois; sou filho deste ho-mem. Não foi sorte, foi providência e bênção que o Senhor reservou para mim. E, ao longo dos anos, pou-cas vezes o vi apresentando um tratado teórico sobre o pastoreio ou argumentando explicações. Mas foi isso que ele fez: pastoreou na prática.

Hoje sou pastor e, quan-do celebramos os cinquen-ta anos de sua chegada a Aracaju, quero aproveitar para apontar algumas mar-cas que ele deixou impreg-nada em seu ministério e que me servem como para-digma. Sei que teria mais a dizer, mas vou fazer apenas alguns destaques.

Primeira: Bíblia. Meu pai sempre amou, leu, estudou,

Municipal de Barrinha. A nossa Igreja, em obediência a Palavra de Deus, sempre tem orado por todas as auto-ridades do nosso município.

“Exorto, pois antes de tudo, que se façam súplicas, ora-ções, intercessões e ações de graças por todos os homens, pelos reis, e por todos que exercem autoridade, para que tenhamos uma vida tran-quila e sossegada, em toda piedade e honestidade” (I Tm 2.1-2).

ocupou-se, tomou como padrão e buscou compre-ender e viver este Livro. Por seus registros, foram seten-ta e tantas vezes as leituras completas enquanto a vista lhe permitiu. E ainda hoje, com a ajuda dos novos re-cursos eletrônicos, ele a ouve sistematicamente. O Salmo primeiro se aplica a ele.

Segunda: púlpito. Nos tempos de maior pujança, ele chegava a pregar mais de dez ou 15 sermões por

semana (muitos deles ain-da tem o esboço arquivado – obra de minha mãe). O púlpito para o meu pai era sagrado: nunca cedeu à tentação de transformá-lo em palanque ou a reduzi--lo a questiúnculas pesso-ais. Ali Deus falaria, e ele era apenas o canal. Sem dúvidas, ele levou a sério o conselho paulino de II Timóteo 4.2.

Terceira: atenção. A capa-cidade que meu pai sempre teve de lembrar dos no-mes, histórias, situações e até graus de parentesco de todas e cada uma de suas ovelhas não só era notório como invejável. Ele sempre amou e acompanhou de perto o seu rebanho, pas-toreando de verdade. E se quiser um exemplo prático do conselho de Provérbios 27.23, veja o ministério deste homem.

Quarta: postura. Aqui é difícil definir. Talvez ca-ráter ou dignidade. Ele se deu ao respeito e honrou o cargo e função a que alçado pelo próprio Cristo. Não se tratava de arrogância ou petulância. Foi a santa alti-

vez daqueles que se sabem ocupados em grande obra. Eu vi encarnadas em meu pai as palavras de I Timóteo 4.12. E por aí vai.

Sei que ainda tenho que ralar muito o joelho no chão se quiser pelo menos seguir seus passos. Mas, agora, é imperioso, pelo menos, louvar ao grande Deus pelos 50 anos que meu pai pastoreou a nossa Igreja. Aleluia!

Quanto a foto, ela não é da posse. Se não me en-gano foi tirada lá nos pri-meiros anos da década de 1970 – mas a escolhi para ilustrar este texto porque as primeiras lembranças que tenho do meu pai no púlpito remetem àquele móvel e a pose reflete bem seu estilo. Quanto ao títu-lo, omiti deliberadamente o nome da Igreja para dar ênfase à cidade: mais que apenas uma igreja local, meu pai pastoreou Aracaju e tenho como referências as palavras di tas a Eze-quie l : “Ouçam ou não, Araca ju saberá que um profeta esteve aqui” (Ez 2.5).

Câmara convida pastor Batista para posse de nova diretoria

Há 50 anos pastoreando AracajuMomento de execução dos Hinos Nacional e Municipal

Pastor Alvanir Previdello dirigindo a Palavra à nova diretoria para 2015

Pastor Alvanir Previdello ministrando a Palavra de Deus aos vereadores e aos munícipes presentes

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11o jornal batista – domingo, 01/02/15missões mundiais

Willy Rangel – Redação de Missões Mundiais

No fim de 2014, o Seminário Te-ológico Batista em Santiago, no

Chile, completou 75 anos. Desde muito antes do envio do primeiro casal missioná-rio Batista brasileiro a esse campo, os Batistas brasileiros são citados por várias vezes como parceiros dos Batistas chilenos. Quem recebeu as palavras de gratidão pelo in-vestimento na obra teológica no Chile foi o casal Rawder-son e Mayre Rangel. Eles lecionam no Seminário com aulas de Antigo Testamento e Educação Cristã.

A parceria entre os Batistas brasileiros e chilenos data de 1908, quando ajudamos os chilenos a se organizarem em Convenção. E em 1910, o Seminário Teológico Batista do Sul do Brasil, no Rio de Janeiro, recebeu o irmão chi-

Marcia Pinheiro – Redação de Missões Mundiais

A parceria com as igre-jas é fundamental para o avanço mis-sionário nos campos.

O envolvimento de cada uma que ora, oferta, mobiliza e/ou envia vocacionados permite que a JMM alcance suas pró-prias metas, levando a voz de Deus às nações. É na ligação entre Missões Mundiais e as igrejas que atua o promotor voluntário de missões.

Atualmente, a JMM conta com 5.457 promotores es-palhados por todo o Brasil, segundo o pastor Fernando Leiros, coordenador nacional de Eventos e Mobilização. Ele espera uma aproximação maior entre os promotores e a JMM por meio dos missioná-rios mobilizadores.

“Precisamos ser mais unidos e focados em prol de missões dentro das igrejas locais, de modo que esses voluntários que amam missões sejam fo-mentadores do ideal missioná-rio, juntamente com as lideran-ças locais. Com esta atitude e pensamento, o Reino de Deus em todo o mundo, a começar na igreja local, crescerá, e vidas se renderão ao Senhor

leno Juan Domingo Alvarez, para estudar teologia em solo brasileiro.

A abertura oficial do campo aconteceu em 1985, com o envio do primeiro casal de missionários Batistas brasilei-ros, Carlos Alberto e Abegair Pires. Eles apoiaram o Semi-nário Teológico Batista em Santiago durante uma década inteira, de 1986 a 1996.

“O pastor Carlos foi re-conhecido como homem de coração missionário e profundidade teológica. De sua esposa, Abegair, disse-ram que foi uma mulher que influenciou a vida de muitos seminaristas, que a tinham como mãe”, conta o pastor Rawderson Rangel.

Após o casal Pires, foram enviados ao Chile os missio-nários Armando e Catarina de Oliveira. Eles estiveram envolvidos com o ensino te-ológico durante 11 anos, de 2000 a 2011, período após o qual seguiram para a Espanha.

Jesus”, comenta Fernando Leiros.

Para gerar essa maior aproxi-mação, a JMM quer aumentar o número de encontros com os promotores. A ideia é estreitar, valorizar e aumentar a relação com esses agentes de mobili-zação de missões.

Nesses encontros, os pro-motores ficam por dentro da ideia da campanha de mobili-zação; aprendem a usar cada peça publicitária e informativa, melhorando e dinamizando o potencial de comunicação de cada item.

“Nesses eventos, os promo-tores voluntários ouvem uma palavra inspiradora que mexe

“Muitas foram as vidas in-fluenciadas por eles. É pos-sível perceber que muitos de seus antigos alunos desen-volvem hoje, de norte a sul do Chile, a obra missionária, levando suas Igrejas a parti-ciparem não apenas junto à denominação, mas também observando a realidade local, desenvolvendo trabalhos em presídios, ministérios com crianças e música, algo que era raro no Chile, e em diver-sas outras áreas pioneiras”, destaca o pastor Rawderson.

No Seminário, atua hoje o casal Rawderson e Mayre Rangel, de Missões Mundiais, porém, em todo o Chile, vários missionários estão envolvidos na missão de ser voz de Deus nesse campo sul-americano.

“A partir dos primeiros mis-sionários, Carlos Alberto e Abegair, até nossa chegada, um período de 24 anos, pasto-res e líderes chilenos têm sido capacitados. Do total de todas

com seu coração e incendeia a alma, para que cada vez mais se engajem nesta tão bela mis-são”, conta o pastor Fernando.

Leiros espera que este ano a JMM realize 25 encontros missionários por todo o Brasil e 40 Congressos Conexão. Além disso, a mobilização missionária deverá contar ain-da com diversos congressos nas igrejas locais, que serão auxiliadas por nossos missio-nários mobilizadores.

Promova missões o ano in-teiro

É possível viver e promover missão transcultural o ano todo através de nossos informativos

as matérias lecionadas, 40% são relacionadas a missões. Os missionários deram aulas de diferentes matérias para mais de 2.200 alunos, juntando o Seminário e os institutos regio-nais”, diz o pastor Rawderson.

Segundo o missionário, o trabalho de capacitação de nacionais tem obtido êxito nos institutos organizados para apoiar de norte a sul do país. O trabalho apoiado pelos Batistas brasileiros na área de capacitação, feito junto com os obreiros nacio-nais e missionários de outros países, contribuiu muito para o desenvolvimento da obra.

O pastor Rawderson con-ta que, em 1982, eram 188 Igrejas e, aproximadamente, 15.800 membros em todo o Chile; em 2012, o número cresceu para 500 locais (en-tre Igrejas e Congregações) e 35.000 fiéis.

“São Igrejas fortes, com líderes preparados: este tem sido o desejo dos Batistas

impressos ou disponíveis na internet. Temos uma grande quantidade de materiais in-formativos e publicitários que permitem ao promotor uma atualização sobre o que de mais importante acontece em nossos campos missionários.

O que a JMM espera dos seus promotores

Oração, amor pelas vidas, evangelização, comunhão com o próximo, vida de san-tidade e dedicação à obra. O melhor de um bom cristão. É isso que a JMM espera dos seus promotores. “É preciso viver missões”, segundo o pastor Fernando Leiros.

chilenos. Como Batistas bra-sileiros, temos somado nos-sos esforços para que, cada vez mais, os Batistas chilenos tenham pastores com visão missionária e evangelística”, destaca o missionário.

“Agradecemos a Deus e seguimos neste ano na espe-rança de ainda maior cres-cimento do Reino de Deus aqui nesse país onde servi-mos. Agradecemos a você pelo apoio ao nosso trabalho no Chile através de orações, palavras de incentivo e ofer-tas”, conclui.

Quem pode ser promotor voluntário de missões

“Todo membro de igreja local devidamente envolvido com missões e que seja um apaixonado pela obra missio-nária e que tenha o reconheci-mento do seu líder local pode ser um promotor”, garante Fernando Leiros.

Recado para quem deseja ser um promotor voluntário de missões

“Peça a Deus que lhe dê forças para esta linda missão. Em seguida, tome uma atitude. Comece a procurar informa-ções do que acontece nos campos pelo mundo afora através da Revista “A Colhei-ta”, no portal e na página da JMM no Facebook, nas cartas de nossos missionários. Enfim, fale com seu líder, compartilhe com outros o seu desejo de viver mais a obra missionária. Você poderá se surpreender ao ver que existem outras pessoas como você. Dê o primeiro passo. Os demais acontecerão naturalmente”, afirma Leiros.

Confira a agenda de eventos 2015 da JMM em

www.missoesmundiais.com.br ou www.facebook.com/

MissoesMundiais

Seminário no Chile completa 75 anos de história e parceria com

Missões Mundiais

Promotores voluntários: força para mobilizar

Page 12: OJB Edição 05 - Ano 2015

12 o jornal batista – domingo, 01/02/15 notícias do brasil batista

Maria Nery, colaboradora de OJB

O Ministério Mães Unidas em Ora-ção (Moms In Prayer Internatio-

nal) celebrou seus 30 anos, realizando um Congresso Mundial, denominado “Festi-val of Joy”, no Hotel Sheraton, na cidade de Dallas,Texas, Estados Unidos da América. O evento aconteceu nos dias 17 a 21 de outubro de 2014. Agradecemos a Marlae Gritter, vice-presidente, que junto com o staff propiciou condi-ções para que o Brasil estives-se representado. A celebração contou com a participação de mulheres de diferentes partes do mundo, entre elas Jane Esther Monteiro de Souza de Paula Rosa - coordenadora do Brasil -; Rosângela de Luna Ormerod - coordenadora de Mães Unidas em Oração na Igreja Batista Peniel do Rio Comprido - RJ e assessoria de Imprensa de Mães Unidas em Oração -; Janilda Alves Ichter - coordenadora de Mães Unidas em Oração de Língua Portuguesa no estado do Texas – USA - ; e Élica Braga Almei-da - coordenadora de Mães Unidas em Oração de Língua Portuguesa na cidade de Or-lando, Flórida e intérprete.

Litza Alves, jornalista da Convenção Batista Mineira

Após um ano de mui-tas conquistas e vi-tórias, a Convenção Batista Mineira pla-

nejou fechar o ano com uma grande festa de confraterniza-ção, no desejo de promover a comunhão entre as Igrejas e estreitar o relacionamento entre a Convenção Batista Mi-neira (CBM) e associadas. Foi o maior evento já realizado pela Convenção neste sentido. Cerca de 1.900 convidados e mais de 50 colaboradores es-tiveram no CBTL em Ravena, desfrutando de muitas horas de descontração, lazer e gra-tidão a Deus pelas bênçãos recebidas ao longo do ano.

As atividades começaram logo pela manhã. Por volta das 9h um café foi servido aos primeiros irmãos que chega-ram ao local. O almoço foi preparado por 20 pessoas que trabalharam durante toda a ma-drugada. Ao todo, 16 pacotes

A visão do Ministério é co-brir todas as escolas (Educação Infantil até a Universidade) do Brasil e do mundo por uma rede de proteção espiritual através das orações de suas mães, sendo um apoio positi-vo e forte incentivo para que os filhos, suas escolas e seus colegas sejam guiados por altos valores bíblicos, morais e éticos. É lá onde eles estudam que tudo acontece. A mis-são é encorajar duas ou mais mães biológicas, adotantes, ou espirituais a assumirem o compromisso de se reunirem, regularmente, uma vez por semana e orar durante uma hora, em favor de seus filhos, suas escolas, seus colegas, seus professores, funcionários,

de arroz e 600 quilos de carne, além de salada e farofa foram servidos aos convidados, que ti-veram a oportunidade de fazer a refeição junto aos irmãos da Igreja, rever amigos, conhecer novas pessoas e desfrutar das atividades de lazer nas piscinas, quadras e trilhas de caminhada do acampamento. As crianças desfrutaram de um espaço es-pecialmente planejado para elas com pula-pula, grade para escalar, escorregador inflável e balanço.

A equipe que trabalhou na organização do evento foi li-derada por Adriano Cruz, que contou com a colaboração de 50 voluntários que se desdo-braram para atender a todas as demandas e garantir que todos fossem atendidos da melhor forma possível. Além da equi-pe de seguranças, cedida gen-tilmente pelo Colégio Batista Mineiro, uma ambulância do Hospital Evangélico e enfer-meiros da empresa Cuidar, estiveram a disposição para prestar atendimento.

diretores e todas as demais pessoas que tenham alguma influência sobre eles, tanto nas escolas, quanto na sociedade em geral.

Moms In Prayer Internatio-nal é um ministério interdeno-minacional criado no Canadá pela norte-americana Fern Nichols, em 1984. Deus não chamou uma organização, uma instituição, uma Igreja ou uma denominação. Não! Deus tocou no coração de uma mãe: Fern Nichols.

Está presente em 146 paí-ses. O Livreto: “Mães Unidas em Oração”, um guia para as reuniões semanais dos grupos, está traduzido em 56 idiomas. O Livro: “Todo Filho precisa de Uma Mãe que Ora”, escrito por

A equipe de comunicação da CBM trabalhou colhendo o depoimento dos convidados na intenção de saber o impac-to deste primeiro evento para as igrejas representadas, e a repercussão foi unânime. Os depoimentos enfatizaram a importância de um encontro como este para unir Igrejas e Convenção.

A maioria dos entrevista-dos destacaram que estavam felizes pela inciativa da CBM em proporcionar um evento deste porte, de forma gratuita e organizada. Pediram que o acontecimento se repita todos

Fern Nichols e que é um best seller mundial, foi autografado pela escritora para centenas de mães ali presentes.

Além de vários Workshops com temas relevantes, contou com a participação de vários cantores e oradores oficiais em todas as noites, e a presença ativa de Fern Nichols - funda-dora e presidente do Ministé-rio. Segundo a coordenadora do Ministério no Brasil, Jane Esther, o evento foi único e singular. “Um fim de semana absolutamente incrível que, certamente, terá impacto sobre a vida de todas as mães que estiveram lá”, disse ela.

Jane Esther contou ainda que outro momento importante foi o treinamento dado para as líderes de diferentes países, que aconteceu durante dois dias após o encerramento do Congresso. “Trabalhamos a liderança espiritual da mãe, visando o caráter de cada uma, a paixão pelo Ministério e a piedade pelas demais mães, aliados à fé, coragem e per-severança. Estudamos sobre toda a legalidade espiritual das mães sobre os seus filhos, além de orar pelas escolas de todo o mundo, pois a base do ministério são as escolas. É lá que tudo acontece. Fazer parte deste Ministério de Intercessão de Mães Unidas em Oração

os anos e prometeram voltar trazendo mais irmãos nos even-tos seguintes. Igrejas de várias cidades organizaram caravanas trazendo números expressivos de pessoas para o Acampamen-to Batista. Alguns irmãos se emocionaram ao rever amigos de outras Igrejas que há muito não viam. Outros, pediram que o encontro fosse amplamente divulgado para que outras Igre-jas também tivessem o privilé-gio de participar.

Tudo contribuiu para que o dia fosse proveitoso, inclusive o sol, que predominou, e o ca-lor fez a alegria da turma que

é ter a certeza de que nada, absolutamente nada, resiste ao poder da oração. A mãe tem a “fé” que vê o invisível, a “fé” que crê no incrível e a “fé” que recebe o impossível. Toda mãe comprometida com Deus e com a oração só deixa de orar pelo seu filho quando ela morre. Foi tudo inesquecível, maravilhoso”, acrescentou.

A irmã Jane Esther agrade-ce ao pastor Joaquim Carlos do Nascimento e sua esposa Marlene, que a hospedou em Dallas antes do início do Con-gresso, a Margareth Kepler Fanini e Janilda Alves Ichter e seu esposo Nelson pelo apoio logístico em Dallas e cidades vizinhas. Também agradece a Jeanette Évile, seu esposo John Hamlett, seus filhos Rebecca e Daniel, respectivamente irmã, cunhado e sobrinhos que a hospedaram após o Congresso na cidade de Richmond, na Virginia. Bem como a todas as mães Unidas em Oração do Brasil pelo apoio em oração. A Deus toda honra e toda glória.

“Se você ainda não é uma ‘Mãe Unida em Oração’, entre em contato com o Ministério através do site: www.maesu-nidasemoracao.org ou envie um e-mail para: [email protected]. Faça parte desse lindo exército de oração no Brasil”.

só deixou a piscina no culto de encerramento que contou com louvor, e uma palavra do secretário-geral Márcio Santos. O pastor ressaltou as conquis-tas dos Batistas mineiros ao longo do ano de 2014, que fechou com um balanço positi-vo com os novos projetos que foram colocados em prática.

Ele lembrou de alguns acon-tecimentos importantes como a criação da primeira esta-ção de rádio Batista no estado (CBM), a criação do informati-vo digital Expresso Mineiro, a produção da Revista Reflexões Bíblicas, cursos de capacita-ção, como o Pró-Jetro, entre outras coisas. Após a palavra do pastor Marcio, os pastores se ajuntaram e recitaram a benção apostólica, despedin-do os irmãos.

Por tudo isso, a CBM enten-deu que este era o momento para celebrar a Deus em famí-lia. Mais do que isso, celebrar a Deus com a Família Batista este ano tão especial para a nossa denominação.

Dia da Família Batista em Minas Gerais reúne cerca de 1.900 pessoas

Trinta anos de Mães Unidas em Oração no mundo

Page 13: OJB Edição 05 - Ano 2015

13o jornal batista – domingo, 01/02/15ponto de vista

Elizabeth Fragoso Vieira Medrado, educadora cristã da Igreja Batista do Cabo - PE

Estávamos às vésperas da nossa Campanha Pró Educação Cristã Missionária, preocu-

padas em como conseguir um alvo maior para atender-mos às necessidades do SEC e CIEM, em um período de 30 dias. Foi quando tivemos a ideia de solicitarmos ao nosso pastor o ensejo da semana de oração. Em ca-ráter de urgência, reunimos a diretoria da MCA para planejarmos as atividades desta semana, que não es-tava em nossos projetos. Como “A união produz a força”, as irmãs se aplicaram a todas as tarefas que eram necessárias e, assim, pode-mos realizar o trabalho a contento. Convidamos para aquela ocasião, ex-alunas do SEC, algumas delas que foram recomendadas por nossa Igreja. Durante cada noite de reunião, tínhamos o testemunho de uma “se-cista”. Também tínhamos o momento de dividirmos a congregação em dois grupos para receberem informações históricas, e assuntos gerais sobre SEC e CIEM.

Na noite de encerramento da semana fizemos uma ava-liação do aprendizado em grupos. Convidamos alguns voluntários para ir à frente falar sobre o que aprende-ram. Para a nossa surpresa, irmãs que lideraram o traba-lho foram testemunhar que, apesar de terem experiência no trabalho da UFM, ainda não haviam compreendido, tão bem, o que era Educação Cristã Missionária, como nes-ses dias. Vimos o trabalhar do Espírito Santo naqueles dias conscientizando cada crente

Mauro Souza Gomes, pastor, presidente da CBRR

Nos dias 20, 21 e 22 de novembro de 2014, os Ba-tistas roraimenses

celebraram mais um ano con-vencional. Sob o tema: “Vivo para a glória de Deus”, com a divisa em I Coríntios: “Assim, quer comais quer bebais, ou

façais, qualquer outra coisa, fazei tudo para glória de Deus”

a sentir as necessidades do nosso trabalho da UFMBB.

Enfim, chegamos ao desa-fio da Semana em Foco da MCA. O grupo estava coeso em cada atividade. Em tudo havia pontualidade, presteza e fervor espiritual. Todas as atividades foram cumpridas na íntegra. Porém, chegou o final do mês e tínhamos que alcançar o alvo de R$ 6.000,00, e não tivemos tem-po para trabalhar isso.

A Campanha foi lançada nas classes de EBD, e teve como divisa Isaías 52.7. Cada classe recebera um par de sa-patos representando os “pés formosos”. No final da Cam-panha, cada classe faria o sorteio com seus alunos para o sorteado ganhar o par de sapatos. Para glória de Cristo, todas as classes ultrapassaram seus alvos.

Também participaram da Campanha, as MCA’s das nossas Congregações. Con-vém salientar uma experi-ência que tivemos com uma delas. Pensando que as irmãs daquela Congregação, por estarem mais distantes, es-tivessem sem compreender o objetivo da Campanha, fomos ali fazer uma visita de esclarecimento e, para nossa surpresa, a coordenadora nos chamou à frente durante a reunião para receber de suas

(I Co 10.31), a Convenção Batista de Roraima se reuniu em sua XXIII Assembleia anual para celebrar Jesus Cristo, ao passo que também deliberou sobre assuntos inerentes ao seu caminhar no contexto da sociedade roraimense, bem como, sobre suas perspectivas de avanço, não somente como denominação, mas enquanto agente propagador do genuíno evangelho de Jesus Cristo e sua permanência n’Ele.

mãos o alvo levantado por aquelas irmãs. Mesmo as-sim, resolvemos dar a nossa palavra sobre a importância do SEC e CIEM para a nossa denominação Batista e acres-centamos a necessidade de ajudar o SEC a restaurar o seu patrimônio. Quando concluí-mos a palavra, a congregação se moveu a levantar uma oferta naquele momento. Al-guns irmãos se expressaram dizendo que nunca haviam entendido tão bem a impor-tância da existência dessas duas instituições educativas.

Encerramos a Campanha Pró Educação Cristã Missio-nária com o culto de cele-bração à noite. Contamos naquela ocasião com a pre-sença da ex-aluna do SEC, a educadora Léia Paiva, que nos trouxe riquíssima men-sagem bíblica de motivação para o chamado vocacional. Tomou parte especial na pro-gramação do culto, um grupo de jovens. Entre estes, alguns já decididos ao chamado vocacional. Apresentaram um jogral extraído da Revis-ta Visão Missionária, com o seguinte tema: “Prepara-te”, acompanhado pelo Coro principal da nossa Igreja, que cantou lindas músicas inspirativas dando ênfase à mensagem do jogral. Após a mensagem, o pastor da Igre-

Após a realização da aben-çoada programação, que contou com a massiva par-ticipação das Igrejas e Con-gregações a ela arroladas, elegeu a sua diretoria para o novo ano convencional. Segue a diretoria eleita para o interstício novembro/2014 a novembro/2015: Pastor Mau-ro Souza Gomes (presidente); pastor Adailson Nobre da Silva (1º vice-presidente); pastor Carlos Godoi (2º vice-

ja, Sandro Henrique Rosen-do, fez o apelo vocacional e oito jovens foram à frente, entre esses estavam alguns que participaram do jogral.

Em reunião com as senho-ras da nossa Igreja, quando relatávamos o quanto o Se-nhor nos auxiliou para que tivéssemos alcançado mara-vilhosos resultados durante o mês de Educação Cristã, uma irmã testemunhou dizendo ter percebido que, diferentes de outras Campanhas, des-ta vez havíamos dedicado mais ao trabalho espiritual do que ao prático para adquirir ofertas. Mesmo assim, conse-guimos um valor inesperado acima do nosso alvo, tota-lizando em R$ 16.675,00. Aqui, convém dizer, que um irmão visitou à nossa Igreja e, tomando conhecimento

-presidente); Debora de Lima Batista (1ª secretária:); pastor Amarildo Rocha da Silva (2º secretário) e Vereane Pinto do Carmo (3ª secretária).

O objetivo é dar continui-dade aos trabalhos já desen-volvidos até aqui em nosso estado, mas também com a responsabilidade de preservar o conceito do bom nome dos Batistas brasileiros, caminhan-do sempre sob a égide do Es-pírito Santo do Senhor, como

da Campanha, ofertou um cheque de R$ 8.000,00.

Não poderia deixar de rela-tar aqui a experiência de cer-ta ocasião, quando falamos em um domingo pela manhã, na abertura da EBD, sobre a importância da existência do SEC e CIEM, um jovem nos procurou para dizer que esta-va se decidindo ao chamado vocacional e falou que, até aquele momento, não sabia o que era Educação Cristã Missionária.

Louvamos a Deus por todos quantos têm entendido a ne-cessidade e responsabilidade que temos de manter o SEC e CIEM de portas abertas para preparar obreiros e obreiras para a seara do Senhor. “Con-vém que eu faça as obras daquele que me enviou, en-quanto é dia”.

uma denominação ordeira, sem mesclas com os modis-mos que têm solapado muitas de nossas Igrejas pelo Brasil a fora. O nosso campo começa a se ressentir da necessidade de líderes sérios e compro-metidos com o Evangelho do nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo, para que possamos combater os “delírios espiri-tuais”, mesmo que, ainda de maneira tímida, começam a emergir em nossos arraiais.

Eu não sabia o que era Educação Cristã Missionária

Batistas de Roraima realizam sua XXIII Assembleia Convencional

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14 o jornal batista – domingo, 01/02/15 ponto de vista

José Marcos da Silva, pastor da Igreja Batista em Coqueiral - PE

Eu não sou Charlie, porque não posso concordar com a “li-berdade” que ataca a

liberdade do outro.O mundo assistiu, estu-

pefato, o ataque à sede da Revista francesa Charlie He-bdo. De fato, esse foi um triste episódio que marcou a história da França e da humanidade. Antes de qual-quer outra palavra, quero que os leitores desse texto entendam que, nem de lon-ge, sou a favor das ações cri-minosas dos irmãos Kouachi. Ninguém tem o direito de tirar a vida alheia, por mais que se sinta injustiçado.

A imprensa mundial deu ampla cobertura ao fato e pessoas do mundo todo sa-íram às ruas com cartazes dizendo “Eu sou Charlie”, como forma de expressar a sua solidariedade aos assas-sinados no episódio. Isso foi bonito e digno. Certamente, temos que reagir a episó-dios tão brutais como este. Porém, o que o mundo todo está deixando de ver é que a ação dos irmãos Kouachi não é um fenômeno isolado, surgido da cabeça de duas pessoas que, de uma hora para outra, decidiram ma-tar. Eles estão plenamente errados, mas, o erro não é inexplicável.

Durante anos, a Revista Charlie Hebdo destila ata-ques a muçulmanos, cristãos e judeus do mundo todo, principalmente aos mais de seis milhões de muçulmanos franceses. Quer ver como é isso? Faça uma rápida con-

sulta ao setor de imagens de qualquer site de busca, com a frase “imagens ofensivas da Charlie Hebdo”. Dentre tantas, você verá uma retra-tando a Trindade e outra, o nascimento de Jesus. Se você for cristão, vai se indignar, sem dúvida.

O povo muçulmano foi vitimado por essa Revista com charges ofensivas a Maomé que, segundo um dos princípios fundamentais do Islã, não pode ser retra-tado de maneira alguma, quanto mais como o foi nas tantas formas desrespeitosas dos cartuns daquela Revis-ta. É um direito inerente à prática da fé muçulmana, e esse princípio deve ser respeitado, mesmo que, de acordo com o nosso sistema de crenças e valores, o clas-sifiquemos como algo sem grande importância.

Lendo a Declaração Uni-versal dos Direitos Humanos percebemos que todos os seus artigos falam de direi-tos, sendo que, o penúltimo, e apenas esse, fala de dever.

Nele (artigo 29) diz: “No exercício dos seus direitos e liberdades, todo ser humano estará sujeito apenas às li-mitações determinadas pela lei, exclusivamente com o fim de assegurar o devido reconhecimento e respeito dos direitos e liberdades de outrem...”. A grosso modo, o que isso diz em lingua-gem burilada é o que meu pai, analfabeto, aprendeu de minha avó e passou para mim: “O meu direito termina quando começa o direito do outro”. Isso é tão simples, que é inerente aos acordos de convivência mais rudi-mentares, presentes em todo

e qualquer grupo social. Será que a Charlie Hebdo se es-queceu disso?

Por que não há justiça para regulamentar os excessos incabíveis? Que liberdade de expressão é essa que não leva em conta o respeito ao outro?

Sou um cristão Batista, logo, sou a favor da liberda-de do indivíduo, inclusive para discordar do que eu concordo, mas, sei que o limite dos meus posiciona-mentos não podem ultra-passar os limites do respeito ao outro. A Charlie Hebdo

desrespeita o islamismo e o cristianismo de maneira aberta e sem limites, cons-ciente de que, quando uma caneta é usada da maneira errada, mata mais que mil fuzis. Um fuzil mata uma pessoa, mas, uma caneta pode matar uma alma, uma nação, uma religião.

Concluo asseverando que discordo plenamente das ações dos irmãos Kouachi, da Al-Qaeda, e de qualquer outro grupo terrorista, mas também discordo de liber-dade de expressão que fere

a liberdade do outro. Tudo tem limite. Religiosamente falando, sou contrário ao Islã, mas, serei sempre a fa-vor da liberdade de qualquer pessoa ser muçulmana, espí-rita, judia, budista, candom-blecista, e assim por diante, tendo o direito de seguir a sua fé sem ser ridiculariza-da por isso. Jamais teremos paz, enquanto não tivermos respeito pelas diferenças. A Charlie Hebdo desrespeita isso e o faz de maneira abu-siva e sem limites. Por isso, Je ne suis pas Charlie!

Je ne suis pas Charlie Eu não sou Charlie

Page 15: OJB Edição 05 - Ano 2015

15o jornal batista – domingo, 01/02/15ponto de vista

Eusvaldo Gonçalves dos Santos, colaborador de OJB

Estamos no início do ano, vários seminaris-tas terminarão o curso teológico, portanto,

serão executados em concílio para pastorear uma Igreja. Conheço Igrejas que ficaram marcadas em sua história por homens que foram aceitos como pastor sem nenhuma convicção de uma chamada especial de Deus para o mi-nistério. A razão não é a for-mação, mas, o chamado de Deus. Para alguns, o minis-tério é apenas uma aventura, uma curiosidade, ou mesmo Q.I. - quem indica.

Como um jovem sabe se é ou não chamado para o ministério pastoral? Creio ser uma indagação importante que merece respeito e sole-nidade. Antes, quero lembrar aos pastores que já estão no ministério, que não encon-tram realização e não satisfa-zem a Igreja. Com filosofias da modernidade, há várias maneiras de um homem se destacar, pela sua personali-dade, ambição, inteligência, liderança e política. Porém, a Bíblia restringe os objetivos do ministério pastoral, por tratar-se de uma chamada especial. A Igreja precisa de

um pastor para pastorear o rebanho e o pastor precisa de um rebanho para concretizar o propósito e a vontade de Deus, na execução da Obra.

O ministério pode ser uma experiência frustrante e ca-rente de ajuda. A semente do Evangelho começa criar raízes no coração de um adolescente, jovem, adulto. Quando recebemos uma chamada telefônica é muito importante saber quem está do outro lado da linha, isso fará a diferença quanto a res-posta da chamada. Pode ser uma pessoa conhecida em quem confiamos, ou pode até ser uma cilada.

Temos uma chamada para todas as pessoas. A vocação é uma particularidade do próprio Deus, que chama e sustenta aquele que foi cha-mado, e também sua família, dependendo da sua submis-são. Essa descrição traz uma pergunta, o que devemos responder?

Duas opções, uma chama-da vocacional, que é algo mais profundo e fundamen-tal, é Deus falando por meio de uma proclamação humana do Evangelho, que Ele chama para Si e a chamada para uma nova vida, em união com Cristo, pela graça, como diz Efésios 2. É a chamada para

sair da escravidão do peca-do e para entrar no Reino Celestial.

Essa compreensão do Evan-gelho nos leva a perder o gosto pelas outras literatu-ras e passamos a cultivar a cultura Bíblica. O chamado para pregar o Evangelho e plantar Igrejas é também um ministério, para o qual todo salvo está apto e qualificado.

Mas, o ministério pastoral exige uma ponderação do candidato, é uma chama-da especial, sua família está sempre dentro do contexto normal. A compreensão da chamada ilumina a mente e abre uma questão, o que vai acontecer se eu for pastor? Quais serão as minhas priori-dades? O próprio Evangelho vai definir a identidade. Pau-lo deveria tornar-se instru-mento para levar o Evangelho perante reis, magistrados, Israel e gentios, como rela-ta Atos 9.15. Para Paulo, o conhecimento de Cristo foi tão sublime que ele consi-derou como perda tudo pela excelência de Cristo Jesus, segundo Filipenses 3.8.

A chamada ao ministério pastoral cumpre os propósi-tos de Deus, em um relacio-namento intimo com o Pai por meio do filho. Muitos veem o ministério como uma

mistura de uma feliz e doce comunhão com Deus.

Uma abordagem mais acei-ta hoje é colocar aquele que julgamos dotado para tal en-vergadura, treiná-lo em uma faculdade, colocando-o em uma determinada Igreja. Te-mos faculdades e seminários ótimos, que desempenham uma ótima instrução teoló-gica, ajudando as Igrejas na manutenção da sã doutrina, treinando mestres e eruditos para o avanço do Evangelho.

A vivência cristã nos infor-ma que um pastor alcança eficácia no ministério após cinco ou sete anos de experi-ência no pastorado. Quando um candidato ao ministério entra para o pastoreio, sem o treinamento em uma Igreja local, ele não tem experiên-cia eclesiológica ou como cuidar das almas. Ele passa anos isolado do movimento da Igreja local. Ao se formar, tem um pensamento de que o amor pela Igreja virá au-tomaticamente junto com a prebenda.

Entretanto, o amor pela Igreja é demostrado por um compromisso, no reconhe-cimento que Deus está edi-ficando a sua Eklesía no seu Reino, para o cumprimento dos seus propósitos e von-tade. O envolvimento com

a Igreja diz respeito às suas prioridades, como salvo, como chefe de família, como pastor, no amor pela Igreja de Cristo.

A profissionalização pode representar uma ameaça constante e ofensa ao Evan-gelho de natureza espiritual da Obra. Contudo, a história está recheada de grandes pregadores que nunca rece-beram treinamento especial para o ministério. Também temos o registro de eruditos que ganharam honras aca-dêmicas. As qualificações para plantador de Igrejas são as mesmas para pastorear. A Igreja não deve contratar homens dotados para manter o grupo, deve ter uma estraté-gia para o desenvolvimento e preparo do seu pastor.

O ponto principal é Aquele que chama. Ele ama a sua Igreja, Ele está edificando a sua Igreja, Ele garante a eficácia da sua Igreja, Ele morreu pela sua Igreja. Por-tanto, como Igreja, temos que estar certos da direção ministerial. O que é chama-do gasta-se em beneficio da própria Igreja.

Estas opiniões foram con-sultadas no livro “Eu sou chamado?”, Dave Harley, Editora Fiel, 2013.

Formação teológica

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