oficio circulado - 165347 e 181044 - obrigatoriedades na emissão de documentos de facturação e de

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C I V A APLICAÇÕES ARTIGO 35.º n.º 5 – e) Ofício n.º 165347 do SIVA de 91.10.31: Obrigatoriedade da utilização de facturas ou documentos equivalentes numerados, seguida e tipograficamente ou através de mecanismos de computador. 1 - A partir de 01 de Janeiro de 1992, a impressão e a numeração das facturas ou documentos equivalentes referidos no art.º 35.º do código do IVA devem obedecer aos requisitos exigidos no n.º 3 do art.º 3.º, art.º 4.º e art.ºs 7.º a 11.º do Decreto-Lei n.º 45/89, de 11 de Fevereiro (cf. art.º 5.º do Dec.-Lei n.º 198/90, de 19 de Junho). 2 - Com vista a publicitar essa nova obrigatoriedade e a esclarecer dúvidas que se poderão levantar sobre a sua interpretação, procede-se à divulgação dos esclarecimentos que se seguem: 3 - As facturas ou documentos equivalentes devem apresentar-se sob a forma de impressos numerados seguida e tipograficamente ou através de mecanismos de saída de computador. A numeração deverá ser aposta no acto da impressão, ser progressiva e não conter mais de onze dígitos. 4 - A utilização de facturas ou documentos equivalentes cujo conteúdo seja processado por mecanismos de saída de computador, deve ser comunicada previamente, pelo sujeito passivo, à direcção de finanças do distrito da sua sede. Os documentos processados nesses termos devem conter a expressão «Processado por computador» e devem provir integralmente de programas de facturação e não, por ex., de programas de processamento de texto. 5 - As facturas ou documentos equivalentes que não sejam processados por mecanismos de saída de computador, devem ser impressos em tipografias devidamente autorizadas pelo Ministro das Finanças, devendo conter a referência à autorização ministerial relativa à tipografia que os emitiu e ainda os elementos identificativos daquela. 6 - O pedido da referida autorização deve ser apresentado na repartição de finanças da área da sede ou domicílio do requerente, devendo conter e ser acompanhado dos elementos referidos, respectivamente, no n.º 5 e correspondentes alíneas a) e b) do art.º 7.º do Dec.-Lei n.º 45/89, de 11/02. 7. Quanto ao número de exemplares, mantem-se a obrigatoriedade do seu processamento apenas em duplicado. A exigência do triplicado é apenas válida para efeitos da utilização de facturas ou documentos equivalentes para os fins previstos no Dec-Lei n.º 45/89, de 11/02, caso em que deverão obedecer aos demais requisitos exigidos nesse Decreto-Lei. Ofício n.º 181044 do SIVA de 91.12.06: Requisitos das Facturas: Numeração, denominação dos bens e serviços. Documentos equivalentes a Facturas. Direito à dedução. 1. Nos termos do nº 5 do Artº 35 do Código do IVA, as facturas devem conter «a quantidade e denominação usual dos bens transmitidos..., com especificação dos elementos necessários à determinação da taxa aplicável», isto é, devem identificar correctamente os bens vendidos. 1.1 Não são aceitáveis designações genéricas como, por exemplo, «Brinquedos», "Artigos de limpeza" ou semelhantes; do mesmo modo, é inadmissível o qualificativo "diversos". 1.2 Não serão de considerar como correctamente quantificados os bens, quando se indicam caixas ou volumes, sem se especificar as unidades ou outras medidas correspondentes. 1.3 A facturação das prestações de serviços deverá sempre quantificar e especificar as operações, não podendo aceitar-se, por exemplo, a mera indicação de «serviços prestados». 1.4 Estes tipos de facturas processadas com deficiências conduz à penalização de quem as passou e de quem as detem, já que o adquirente procedeu à dedução do imposto, com base em documentos passados sem a forma legal. 2. Devem ser inutilizadas as facturas em branco (não utilizadas), no final de cada sequência numérica, a partir do momento em que se passa a utilizar facturas com outra numeração. 3. Têm-se levantado dúvidas sobre a correcta definição dos documentos que se devem considerar equivalentes a facturas para efeitos de Código do IVA. 3.1 - As guias de remessa nunca poderão ser consideradas documentos equivalentes a facturas, ainda que mencionem o IVA, não dando direito à dedução nem obrigação de entrega do imposto, e exigindo a passagem de uma factura subsequente. 3.2 - São considerados documentos equivalentes a facturas os recibos mod.6, a que se refere o art.º 107 do Código do IRS,assim como qualquer outro tipo de recibo, desde que, para a mesma operação, não seja passada factura. 3.3 - Também é equivalente a factura o modelo oficial de conta apresentada pelos Despachantes Oficiais aos seus clientes. 4. Tem-se verificado que muitos sujeitos passivos procedem à dedução do IVA correspondente a despesas privadas dos sócios, dos proprietários ou dos trabalhadores da empresa, constantes de facturas em nome da própria empresa, o que, evidentemente, não é permitido e obrigará à exigência do imposto e aplicação de penalidades. Page 1 of 1 CIVA - APLICAÇÕES ARTIGO 35.º n.º 5 - e) 17-05-2010 http://www.igf.min-financas.pt/inflegal/codigos_tratados_pela_IGF/civa_novo_modelo/aplicacoes/...

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2. Devem ser inutilizadas as facturas em branco (não utilizadas), no final de cada sequência numérica, a partir do momento em que se passa a utilizar facturas com outra numeração. 3. Têm-se levantado dúvidas sobre a correcta definição dos documentos que se devem considerar equivalentes a facturas para efeitos de Código do IVA. APLICAÇÕES ARTIGO 35.º n.º 5 – e)

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Page 1: Oficio Circulado - 165347 e 181044 - Obrigatoriedades na Emissão de Documentos de Facturação e De

C I V A

APLICAÇÕES

ARTIGO 35.º n.º 5 – e)

Ofício n.º 165347 do SIVA de 91.10.31 : Obrigatoriedade da utilização de facturas ou documentos equivalentes numerados, seguida e tipograficamente ou através de mecanismos de computador. 1 - A partir de 01 de Janeiro de 1992, a impressão e a numeração das facturas ou documentos equivalentes referidos no art.º 35.º do código do IVA devem obedecer aos requisitos exigidos no n.º 3 do art.º 3.º, art.º 4.º e art.ºs 7.º a 11.º do Decreto-Lei n.º 45/89, de 11 de Fevereiro (cf. art.º 5.º do Dec.-Lei n.º 198/90, de 19 de Junho). 2 - Com vista a publicitar essa nova obrigatoriedade e a esclarecer dúvidas que se poderão levantar sobre a sua interpretação, procede-se à divulgação dos esclarecimentos que se seguem: 3 - As facturas ou documentos equivalentes devem apresentar-se sob a forma de impressos numerados seguida e tipograficamente ou através de mecanismos de saída de computador. A numeração deverá ser aposta no acto da impressão, ser progressiva e não conter mais de onze dígitos. 4 - A utilização de facturas ou documentos equivalentes cujo conteúdo seja processado por mecanismos de saída de computador, deve ser comunicada previamente, pelo sujeito passivo, à direcção de finanças do distrito da sua sede. Os documentos processados nesses termos devem conter a expressão «Processado por computador» e devem provir integralmente de programas de facturação e não, por ex., de programas de processamento de texto. 5 - As facturas ou documentos equivalentes que não sejam processados por mecanismos de saída de computador, devem ser impressos em tipografias devidamente autorizadas pelo Ministro das Finanças, devendo conter a referência à autorização ministerial relativa à tipografia que os emitiu e ainda os elementos identificativos daquela. 6 - O pedido da referida autorização deve ser apresentado na repartição de finanças da área da sede ou domicílio do requerente, devendo conter e ser acompanhado dos elementos referidos, respectivamente, no n.º 5 e correspondentes alíneas a) e b) do art.º 7.º do Dec.-Lei n.º 45/89, de 11/02. 7. Quanto ao número de exemplares, mantem-se a obrigatoriedade do seu processamento apenas em duplicado. A exigência do triplicado é apenas válida para efeitos da utilização de facturas ou documentos equivalentes para os fins previstos no Dec-Lei n.º 45/89, de 11/02, caso em que deverão obedecer aos demais requisitos exigidos nesse Decreto-Lei.

Ofício n.º 181044 do SIVA de 91.12.06 : Requisitos das Facturas: Numeração, denominação dos bens e serviços. Documentos equivalentes a Facturas. Direito à dedução. 1. Nos termos do nº 5 do Artº 35 do Código do IVA, as facturas devem conter «a quantidade e denominação usual dos bens transmitidos..., com especificação dos elementos necessários à determinação da taxa aplicável», isto é, devem identificar correctamente os bens vendidos.

1.1 Não são aceitáveis designações genéricas como, por exemplo, «Brinquedos», "Artigos de limpeza" ou semelhantes; do mesmo modo, é inadmissível o qualificativo "diversos". 1.2 Não serão de considerar como correctamente quantificados os bens, quando se indicam caixas ou volumes, sem se especificar as unidades ou outras medidas correspondentes. 1.3 A facturação das prestações de serviços deverá sempre quantificar e especificar as operações, não podendo aceitar-se, por exemplo, a mera indicação de «serviços prestados». 1.4 Estes tipos de facturas processadas com deficiências conduz à penalização de quem as passou e de quem as detem, já que o adquirente procedeu à dedução do imposto, com base em documentos passados sem a forma legal.

2. Devem ser inutilizadas as facturas em branco (não utilizadas), no final de cada sequência numérica, a partir do momento em que se passa a utilizar facturas com outra numeração. 3. Têm-se levantado dúvidas sobre a correcta definição dos documentos que se devem considerar equivalentes a facturas para efeitos de Código do IVA.

3.1 - As guias de remessa nunca poderão ser consideradas documentos equivalentes a facturas, ainda que mencionem o IVA, não dando direito à dedução nem obrigação de entrega do imposto, e exigindo a passagem de uma factura subsequente. 3.2 - São considerados documentos equivalentes a facturas os recibos mod.6, a que se refere o art.º 107 do Código do IRS,assim como qualquer outro tipo de recibo, desde que, para a mesma operação, não seja passada factura. 3.3 - Também é equivalente a factura o modelo oficial de conta apresentada pelos Despachantes Oficiais aos seus clientes.

4. Tem-se verificado que muitos sujeitos passivos procedem à dedução do IVA correspondente a despesas privadas dos sócios, dos proprietários ou dos trabalhadores da empresa, constantes de facturas em nome da própria empresa, o que, evidentemente, não é permitido e obrigará à exigência do imposto e aplicação de penalidades.

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17-05-2010http://www.igf.min-financas.pt/inflegal/codigos_tratados_pela_IGF/civa_novo_modelo/aplicacoes/...