oficinas de escrita criativa 2011-12

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  • 7/31/2019 Oficinas de Escrita Criativa 2011-12

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    Escola Secundria /3 ciclo de Tondela

    OFICINASDE

    ESCRITACRIATIVA7 ANOS

    BIBLIOTECA ESCOLAR

    05-06-2012

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    Numa tarde linda, a Marta e o melhor amigo viram passar estrelas cadentes

    e pediram um desejo; tal como pediram os seus desejos realizaram-se.

    Passaram uma bela tarde juntos e viram juntos o pr-do-sol.Marta dizia:

    - Que lindo! Adoro ver o pr-do-sol!

    Marta encontrou um rapaz chamado Tiago Marques e apaixonou-se por ele.

    Foi amor primeira vista. Eles amavam-se e depois beijaram-se.

    E ele pediu-a em namoro. Ela primeiro hesitou, mas depois acabou por

    aceitar. A ex-namorada viu-os e ficou cheia de cimes, fez uma cenadaquelas! A sua ex, chamada Maria foi para casa a chorar, agarrada ao seu

    peluche favorito, o Dartaco.

    2

    Num dia noite, noite de trovoada e tempestade, um cientista maluco e

    rapper, que danava hip-hop, tentou ressuscitar o Michael Jackson.Ele acordou e comeou a danar ao som da msica Thriller.

    O rapaz, enquanto danava, deu um pontap num co e partiu-lhe uma pata.

    O Scrates passou e levou-o para casa, para comer qualquer coisa.

    Depois, o Presidente da Repblica foi visitar o Primeiro-ministro e viu o

    co, que se chamava Snoopy, mas a mulher dele preferia que o chamassem

    Charlie Brown.

    Assim que viu o co, o Presidente da Repblica pediu a Jos Scrates para

    levar o co para sua casa, mas ele irritou-se e disse que NO! E Scrates

    foi embora juntamente com o seu co maravilhoso!

    3

    Num lindo dia, o menino PJ foi dar uma volta ao campo e encontrou uma

    rapariga chamada Tatiana, de olhos azuis, cabelo loiro, magra e alta.

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    O rapaz quando a viu apaixonou-se e deu-lhe um beijo. Ela no gostou e

    deu-lhe um estalo, em frente casa de banho do Presidente Barack Obama,

    e comeou a chorar por tal coisa ter acontecido.

    De seguida, o Presidente chama o segurana e diz:- Leva-me uma revista para o escritrio, a revista " s rir"!

    Depois o presidente abre a revista, v uma imagem e desata a rir feito

    "parvo".

    4

    Num lindo dia, o Snoopy foi ter com o seu amigo PJ, ao jardim da sua rua.Quando l chegou, o amigo do Snoopy no estava l, tinha ido embora

    porque ele tinha demorado muito tempo.

    Quando o Snoopy chegou a casa telefonou ao amigo, o Darth Vader, para

    irem jogar o novo "Star Wars - Galatic Wars". Assim que chegou,

    comearam a jogar; o Snoopy ganhava sempre, claro, j sabia o jogo de trs

    para a frente!No fim do jogo, foram ter com a Ana e com a Maria. A Maria era

    apaixonada pelo Snoopy e a Ana pelo Darth Vader.

    Francisca Santos, Maria Joo, Rodrigo Ferreira, Marco Monteiro; 7 D

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    Era uma vez uma Cebola Gorda e claro tinha vida.

    Eram oito da manh e o despertador, com forma de carro, comeou a tocar. A Cebola

    acordou, vestiu a roupa da marca Nika e tomou o pequeno-almoo. Ao fim de tomar o

    pequeno-almoo, foi para a escola, eram oito e meia.

    Quando chegou escola do Radiador, os rapazes e as raparigas comearam a gozar com

    ela. Como j sabia lidar com a situao, ignorou. Cada um era como era!

    No fim da aula de Portugumes foi ao centro comercial do Pastel de Nata, o mais

    conhecido da cidade

    No centro comercial foi comprar uma t-shirt a dizer Odeio Professores, para fazer

    uma manifestao contra os professores. A seguir foi papelaria, comprar madeira,

    carto, tintas e uma tesoura.

    Quando chegou a fez um cartaz a dizer: A escola uma treta.

    Chamou os colegas, para verem o cartaz, eles viram e disseram:

    - O que aquilo?! Tu s mesmo bruta!

    A Cebola olhou para o cartaz e leu em voz alta:

    - A escola uma treta e os meus colegas tambm! Assinado: Cebola Gorda

    Todos os colegas viram aquilo e decidiram que o diretor da escola tinha de ver.

    Chamaram-no. Ele viu aquilo e disse:

    - Cara aluna Cebola, neste caso tenho de te apoiar! Esta escola mesmo uma treta! E os

    colegas, nem se fala Despeo-me j aqui. Prefiro estar em casa a dormir e a comer.

    Adeus!

    - Adeus diretor, sendo assim tambm j no quero saber mais da escola - afirmou a

    Cebola.

    Chegou a casa, empanturrou-se de pipocas e sumo, e adormeceu a ver um filme.

    Alexandrina Martins, Diogo Daniel, Joana Carrapio, Samuel Duarte

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    Uma vida de quadro

    Eu sou um quadro de sala de aula e, de facto, no gosto da minha vida. Estou

    constantemente a ser arranhado pelas professoras.

    Estou completamente farto de letras, nmeros, contas...

    Qualquer dia fao greve, alis, hoje posso fazer... Felizmente tenho o meu amigo

    Gezuite, que me faz companhia no tempos de frias e nos intervalos.

    O Gezuite lava-me todas as noites com detergente Xau e com gua morna porque no

    gosto dela nem muito quente nem muito fria.

    Eu sonho com a reforma, a substituio, a morte... Um dia serei arrancado da parede e

    outro ir sofrer a minha dor! No dia em que isso acontecer, morro de alegria!

    Hei, tipo, tu nem sabes o que ! Tenho de sobreviver a lutas de giz, de borrachas,

    enfim...

    Mas com tudo isto sou feliz. Adoro ver alunos a fazer troa da professora e a utilizar

    auxiliares de memria...

    O bichinho

    Ontem, na escola, no pinhal, ao p de uma rvore, estava uma coisa que eu nunca tinha

    visto... Um cogumelo vermelho com pintinhas brancas!

    Havia muitos, a uns 10, mas o pior aconteceu... DESTRURAM-OS!

    No houve sobreviventes, quer dizer, apenas um, pequenino e bem escondido entre as

    folhas.

    No meio do cogumelo estava um bichinho a tomar banho. Assustou-se e tapou-se logo

    com a cortina da banheira e deu um berro:

    - Aaaaa!?Ele, de facto, ficou bastante assustado e coradinho da Silva... Depois daquele aparato

    decidi ir embora.

    No outro dia voltei para o ver, mas desta vez vinha preparado com luvas, um fato

    impermevel e um capacete para me proteger, pois tinha fobia a rpteis.

    No dia seguinte, voltei para l e tinham nascido novos cogumelos e ainda outros que

    estavam entre as plantas e que no tinham sido destrudos! Tinha tudo voltado ao

    normal.Rafaela Leito, Daniel Nunes, Rodrigo Borges, Salom Hernndez

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    Uma vez vi um homem num bar a beber vodka. Perguntei se ele estava bem, mas ele s

    se ria muito.

    Fiquei admirada e disse ao meu pai :

    - Ele no est bem - disse eu .

    O meu pai respondeu:

    - Pois, ele est bbedo e isso muito mau.

    Fui para casa a pensar no que tinha visto.

    No dia seguinte, ouvi uma notcia na rdio que dizia que na noite anterior um homem

    tinha tido um acidente e que tinha tido lcool no sangue. O acidente tinha acontecido no

    distrito de Viseu, s 2h50, em frente do Palcio do Gelo. Pensei: matou-se!

    Quem chegou a casa, logo a seguir a eu dizer matou-se, foi o meu tio e eu contei-lhe o

    que se tinha passado.

    Ele ficou muito admirado!

    Quando passei pelo caf Joozinho vi a foto, logo de seguida disse ao meu pai:

    - Paizinho, o homem que estava a beber morreu.

    O meu pai respondeu:

    - Pois, era o mais provvel, ele estava muito bbedo.

    - Pai, podemos ir ao funeral?

    Respondeu que sim e no dia seguinte fomos os dois ao funeral.

    Quando o estavam a enterrar eu disse:

    - Ainda no !

    - Pode estar vivo e dei-lhe um beijo; ele acordou!

    Por mais incrvel que parea, o homem estava vivo, era impressionante.

    Agradeceu-me. Passei a ir ter com ele para brincarmos juntos. Depois disso o homem

    passou a no beber tanto e comeou a sentir-se muito melhor

    Leandro Dias, Mariana Santos, Nuno Rodrigues, Slvia Pereira; 7E

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    Era uma vez um rapaz chamado Francisco. Vivia numa casa em Lisboa. A casa era

    muito grande, ele era muito rico. Tinha muito dinheiro e muitos amigos, era um grande

    sociality.

    Tinha 11 anos e andava sempre bem arranjado. A roupa era sempre de marca e os

    perfumes tambm.

    Os pais iam deixa-lo ao Colgio Internacional Superior de Carcavelos nos seus carros

    topo de gama.

    Ele tinha 4 carros, um de cada cor, todos os dias andava com um diferente. Mas

    comeou a querer ser mais importante, melhor, o mais interessante de todos, e com isso

    foi perdendo amigos, por causa de tal atitude.

    Os amigos que foi perdendo nunca mais lhe falaram por causa da atitude. Era muito

    armanso e ele foi perdendo vrias amizades.

    Assim, o Francisco ficou com dois ou trs amigos graas sua mentalidade que era a

    mania de ser o melhor, que mandava em todos.

    Tentou conseguir amigos novos e... eles recusaram ser amigos dele. Ento, Francisco

    reparou na sua atitude e tentou melhor-la. Foi ter com os seus amigos e pediu-lhes

    desculpa e muitos deles perdoaram-no, e assim nunca mais foi convencido.

    Mariana Cunha, Carolina Lopes, Francisco Oliveira, Mariana Ferreira, Deni; 7C

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    Era uma vez um grupo de cinco meninos que decidiu ir acampar. Chegaram ao

    acampamento todos cansados e acabaram por adormecer.

    Durante a noite, ouviram barulhos estranhos e viram sombras. Pareciam zombies.

    Abriram a porta da tenda e Era apenas o homem da limpeza. Mas, de repente, o

    homem tirou a mscara, esfaqueou um dos meninos e fugiu.

    Os senhores, que l estavam a vigiar os midos, ficaram muito preocupados pois

    eram responsveis por eles. O que iriam os pais dizer?

    Uma das meninas decidiu investigar e foi atrs do homem das limpezas sem ningum

    saber.

    Quando o homem parou, a menina reparou que ele estava a falar com outro, muito

    esquisito. Tinha bastantes piercings, usava um chapu que no dava para ver os seus

    olhos. De repente, viu-o a tirar uma arma do bolso e a dar um tiro ao ladro.

    No acampamento ouviu-se um grande grito, que vinha da tenda do Lus, os vigilantes

    foram a correr Ele acordou muito sobressaltado, cheio de medo.

    Aquilo tudo tinha sido um sonho, olhou para todos os lados e era mesmo verdade era

    um sonho.

    Na bela cidade de Stonewall, isolada de tudo, erguia-se majestosamente, por entre o bosque,

    uma casa centenria, onde, reza a lenda, tinha sido escondido um tesouro em ouro macio.

    Muitos tentaram entrar, mas segundo testemunhas locais ningum tinha regressado. Todos

    pensavam que a casa estava amaldioada. Um dia um grupo de jovens resolveu ir explorar a

    casa. O mais velho chamava-se Nigel, a irm Katherine os primos Edwin e Susan.

    Quando entraram descobriram algo parecido com uma escritura. Dizia que o ouro no podia ser

    tirado pois quem o ouro tirar em pedra se vai transformar. Acharam estranho e, de repente,

    viram uma alavanca. Ao retirarem a alavanca comeou tudo a tremer. Ficaram presos e quando

    tudo parou viram uma pedra cada da parede. Ao verem melhor essa pedra parecia ser feita de

    ouro, ou melhor de pirite, felizmente aperceberam-se disso a tempo, pois quem tivesse tirado

    mais pedras acionaria um sistema que abriria um poo, onde estavam umas seis serpentes

    enormes revestidas

    de escamas de um azul eltrico. Elas tinham um veneno que transformava qualquer infeliz que

    l casse em pedra e depois lentamente em p. Perceberam ento que mais valia estar vivo do

    que ser p. Saram, aps algumas tentativas. De repente, vindo do bosque, um encapuzado sem

    pernas nem braos aproximou-se

    Margarida, Beatriz, Gonalo, David; 7 B

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    Um dia, quando acordei, senti algo diferente. Fui janela ver o que se estava a passar.

    Para meu espanto, as pessoas estavam a mudar a cor da pele e a tornarem-se numa

    espcie de sereias. Os ces e os gatos transformavam-se em peixes e os pssaros em

    polvos. Eu achava tudo aquilo muito estranho. O nvel da gua estava a subir. Passado

    um pouco, j chegava aos cem metros de altura. As pessoas estavam muito aflitas, mas

    percebemos que conseguamos respirar debaixo de gua. Depressa descobrimos o que

    causava estas mutaes. Um meteorito cara no oceano e inundara todo o planeta. Era o

    fim do mundo, mas no aquele fim trgico muitas vezes retratado em livros e filmes.

    Era o fim do mundo terrestre e o comeo de um mundo marinho. Um mundo novo e

    melhor

    Margarida, Beatriz, Gonalo, David; 7 B

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    O encontro desastrado

    Era uma vez a rapariga que se apaixonou pelo rapaz errado, o Bruno. S que ela era

    muito envergonhada. E era gorda e feia.

    Convidou-o para sair. Foram jantar ao McDonalds, ela comeu um BigMac e ele um

    Happy Meal, sem pepino nem tomate. Ela disse que queria um bocadinho de pepino e

    tomate e comeou a desesperar, a chorar inconsolavelmente porque no pediu logo

    apenas os ingredientes que o seu amado queria; ia desiludi-lo no primeiro encontro.

    Ele disse-lhe que ela era um bocadinho tot e foi fazer queixa guarda; ela foi presa.

    Na priso, ficou triste porque no encontrava um homem que a fizesse feliz.

    Quanto ao Bruno, brincava com o telefrico do filho, de brincar claro. Bruno

    apaixonou-se por um homem musculado.

    Sandrina, Beatriz, Miguel, Diogo P., Abel, Bruno, 7F

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    O gato basquetebolista

    Era uma vez um gato feio que jogava basquetebol. Tinha umas botas que lhe permitiam

    fazer afundanos espetaculares. O seu nome era Dwiyane Cat. Marcava sempre

    frente do cesto.

    Como era gordo, no conseguia correr muito, mas marcava muitos cestos.

    Ele era horroroso e tinha muitas borbulhas. Mas era famoso, atraa muitas midas, tinha

    trs namoradas.

    O jogo da sua vida foi contra os Simnos Clube! L jogava Monat Ismaelov, irmo de

    Ismaelov.

    Uma das suas namoradas era a Daniela. Mas o gato era mesmo muito gordo, com uma

    barriga to grande que no conseguia dar-lhe um beijo. Mas ela insistiu que lhe desse

    um beijo, mesmo com aquela barriga.

    Ele foi dizer me e a me deixou, e eles tiveram muitos gatinhos na caixa de areia.

    Os nomes dos gatinhos era Beatriz, Bruno, Miguel e Abel.

    E finalmente a Sandrina, que era a mais quieta de todos. Ah! J me esquecia do Diogo:

    o gato maroto.

    Sandrina, Beatriz, Miguel, Diogo P., Abel, Bruno, 7F

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    As mas

    Est um tempo maravilhoso. Est sol e est calor.

    E as mas esto a cair do meu rabo.

    A macieira est com quase todas as mas no cho.

    Enquanto caem as mas, levo com uma na cabea.

    No fim da ma cair na minha cabea, apanhei-a e comi, engasguei-me! Tossi e inspirei.

    Inspirei o ar poludo da natureza que me rodeava.

    E pensei como era bom ter um terreno cheio de mas. Mas infelizmente no dava.

    Porque no tenho dinheiro, bom sonhar enquanto podemos.

    E tambm bom comer as mas enquanto podemos. Pois, enquanto no carem todas

    ao cho. Mas viram-me a apanhar mas. Apanhei-as sem vergonha.

    A vizinha s me chamava de ladra, sem abrigo, todos os nomes imaginveis. S por

    causa das mas. S me chateavam a cabea por causa das benditas mas. Mas quando

    me viram a apanhar as mas eu fugi.

    Mas se me perguntarem se eu as apanhei, digo que sim porque a verdade. E vou

    enfrentar todas as dificuldades e todas as consequncias.

    Ins Marques, Sara Duarte, Miguel Saldanha, Ins Saraiva, Andreia Ferreira; 7 C

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    Certo dia, Maria mandou o filho Joo s compras.

    Comprar cenouras, mas no havia, ento ele decidiu comprar corgetes. Por azar estavam

    esgotadas, foi buscar batatas para a me fazer uma sopa, mas no havia.

    Chegou a casa e ele disse para a me:

    - Me no havia cenouras, corgetes nem mesmo batatas.

    - A srio?! - respondeu a me quase sem acreditar.

    L foi o Joo novamente s compras. Pediu cenouras ainda no tinham chegado.

    Ficou furioso e ento foi ao talho comprar carne, mas o talhante no estava l pois era

    dia de greve.

    Foi ao arroz, meteu-o dentro do carrinho das compras. De seguida, foi a seco do atum,

    mas no havia, ento comprou feijo. Quando saiu da loja eram sete horas, apanhou um

    txi para casa.

    Quando chegou a casa disse para a me:

    - Me no havia carne, atum.

    - No havia?! Amanh vou l para saber se verdade - respondeu a me.

    E assim foi, de manh ela foi ao supermercado e j havia tudo.

    A me ps o Joo de castigo pois pensava que ele estava a brincar.

    O Joo ficou muito chateado pois no teve culpa de nada, ento disse para a me:

    - Mas me, eu no tenho culpa de nada...se me amasses acreditavas em mim porque

    nunca te menti.

    A me j acreditou nele e tirou-o do castigo pois ele nunca lhe tinha mentido.

    Daniela Neves, Francisco Pereira, Bruna Alexandre, Joana Pinto, Miriam

    Oliveira; 7A

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    Era uma vez uma rapariga chamada Ins.

    Um dia ela foi a uma loja de vesturio onde comprou muita roupa. Comprou uma saia,

    uma camisola, um vestido, uma carteira e um colar.

    Foi para pagar e no tinha dinheiro, ento decidiu roubar o vestido e a camisola. Tirou a

    etiqueta e meteu as roupas na carteira.

    Quando estava para sair encontrou uma amiga e ficaram a falar em frente da porta da

    loja. O telemvel dela tocou e, ao abrir a carteira, as roupas caram. A Ins comeou a

    fugir e a miga foi atrs dela, quando chegou ao p da Ins pergunto-lhe:

    - O que que fizeste? Roubaste isso?

    - Sim roubei, desculpa amiga mas

    - No a mim que tens de pedir desculpas a dona da loja.

    - Ok.

    L foi ela pedir desculpas senhora. Ela, ainda chateada, desculpou a Ins.

    Devolveu as roupas e ficou tudo resolvido.

    Foi ao Palcio do Gelo onde viu o filme dos Smurfs, comeu um quilo de pipocas e

    caiu pelas escada rolantes. Levou sete pontos na cabea.

    Quando a me sobe da notcia foi logo para l.

    Quando contou a me o que fez, ela ficou furiosa.

    No dia seguinte, quando chegou a casa, a me p-la de castigo. A Ins disse:

    - Prometo que no fao nenhuma tolice.

    Passado algum tempo ela saiu do castigo.

    A Ins nunca mais roubou nem comeu um quilo de pipocas, aprendeu a sua lio.

    Daniela Neves, Francisco Pereira, Bruna Alexandre, Joana Pinto, Miriam

    Oliveira; 7A

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    Rob aleijado

    Era uma vez um rob aleijado chamado Cludio. Ele vivia numa lixeira em Springfield.

    Era feito de ferro, tinha cabelo de cascas de banana e uma namorada chamada Leo.

    Mas havia trs outras raparigas, a Anita, a Fili e a Joana.

    O Cludio, certo dia, matou-as e cremou-as. Depois foi ter com a Leo, matou-a

    tambm e casou-se com a Angelina Jolie.

    Passados anos, a lixeira era governada pelo Cludio e a mulher.

    Sem querer, um sem-abrigo atirou plutnio para as campas das quatro mortas. Elas

    ressuscitaram e foram atrs do Cludio. Assim que o encontraram, disseram-lhe:

    - Cludio, vamos matar-te tal como tu nos mataste.

    - querido, tu trocaste-me por essa mulher horrvel? disse, por seu lado, a Leo -

    sendo assim vou juntar-me a elas e matar-te tambm.

    - No faam isso, por favor! Dou-vos tudo o que quiserem!suplicava o Cludio.

    Mas j era tarde demais, tinham acabado de o matar.

    No meio da confuso a Angelina Jolie acabou por fugir. Determinadas, correram atrs

    dela e mataram-na tambm.

    O reino da lixeira passou a ser governado pelo grupo das quatro assassinas de pessoas

    ms e todos lhes deram alcunhas:

    Leo - banana splite venenosa, Filipa - pra na cara, Ana - manga assassina, Joana -

    cereja que mata.E toda a gente comeou a cantar o hino delas: AXN assassinos. Ns somos frutas que

    matam.

    Ana Miguel, Joana Lopes, Ana Filipa, Alexandre Leo; 7 C

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    Estava um ambiente tenso na sala de aula enquanto se fazia o teste. Os alunos suavam,

    porque matutavam em respostas erradas, e de tempo a tempo um grito suava na sala, por

    causa de uma reguada. Era o professor mais temido da escola: Reitor Salazar Loureiro,

    ele tinha uma palmatria numa mo, e um chicote na outra.

    Quando ele via os alunos a fazer algo contra as regras, tinham que ir ao seu escritrio, e

    l dentro no seria coisa bonita.

    Todos tinham medo de fazer algo contra as regras, sem querer, porque eles l sabiam o

    que iria acontecer.

    O teste estava a acabar e os rufias tinham imensa vontade de atirar papelinhos ao

    professor, mas sabiam que ao mnimo erro, zazzzz! Era um grito terrvel.

    Nesse tempo, tudo era muito rgido, ou seja, que ningum se atrevesse a fazer algo, ou a

    levar negativa.

    Foi a que o George Legrob, farto do professor, decidiu contar aos Soldados da

    Guarda o que ele estava a fazer. Os soldados ao ouvirem tal palavreado, resolveram

    fazer uma revoluo, porque j bastava. J era muito sofrimento de toda a gente! E

    assim surgiu o 25 de Abril, o dia em que houve uma revoluo, e deixaram de haver

    reguadas injustas, deixou de haver chicotadas, as pessoas deixaram de ser julgadas por

    mexerem um dedo, e por fim todos ficaram contentes.

    Acerca do Reitor Loureiro, ningum nunca mais soube nada acerca dele.

    Afonso Cortez, Francisca Santos, Lus Rafael, Maria Paula, Santiago Oliveira; 7

    B

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    DILOGOS IMAGINADOS

    Ia a passar numa rua ladeada de arbustos, muitos. De repente, ouvi dois rapazes a

    combinar como roubar uma BMX que l estava parada, em frente de uma loja.

    Escondi-me atrs de um dos arbustos, que ficava mesmo junto da bicicleta, e continuei a

    escutar. Ento um deles disse:

    - Esperamos que a loja feche e que deixe de passar gente para a levarmos.

    O outro respondeu:

    - No sei, e se somos apanhados.

    E o outro replicou:

    - No te preocupes, no vamos ser apanhados.

    Ento o outro disse:

    - Ok, vamos faz-lo.

    Eles esperaram, esperaram e esperaram at que finalmente decidiram ir roub-la.

    Comearam a deslocar-se discretamente para o p da bicicleta e quando eles estavam

    quase a chegar perto dela eu sa detrs do arbusto, peguei na bicicleta e fui-me embora a

    toda a velocidade. Correram atrs de mim at no puderem mais e ficaram para trs a

    resmungar. E eu ganhei uma bicicleta nova.

    Carlos Dias, 7B

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    Um dia, estava a fazer um piquenique debaixo de uma frondosa rvore, quando comecei

    a ouvir uma conversa entre o Joo e a Maria, os meus melhores amigos.

    A conversa deles foi assim:

    - Maria - disse o Joo - posso falar contigo?

    A Maria sorriu e disse:

    - Claro que sim!

    Ele comeou a dizer coisas sem grande interesse. At que depois houve um grande

    silncio. Ela estava prestes a ir embora quando ele disse:

    - Gosto muito de ti Maria! Queres namorar comigo?

    - Sim - respondeu a Maria - claro que sim!

    Abraaram-se e beijaram-se. Fiquei extasiada. Estava prestes a ir felicit-los quando a

    Maria disse:

    - Devemos dizer a Ana, ela a minha melhor amiga.

    - Acho que no, acho que at melhor afastarmo-nos para ganhar algum espao para

    ns - disse o Joo.

    - Sim, tens razo.

    Fiquei muito triste e chateada por causa do que eles disseram. Por isso peguei nas

    minhas coisas e fui embora a correr. Passado algum tempo percebi o porqu deles

    quererem espao.

    Ana Silva, 7 B

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    Eu estava em casa, na cozinha. Como estava muito frio, decidi mudar para outro

    aposento. Sem que tivessem reparado em mim, estavam duas pessoas a falar baixo.

    Procurei ouvir o que diziam, falavam sobre uma mala de dinheiro.

    Saram e eu fui atrs delas. Abriram um buraco no jardim para esconder a mala. Quando

    foram embora, comecei a procurar uma p, como no encontrei nenhuma decidi

    desenterr-la com as mos. Depois de escavar tudo, constatei que a mala tinha um

    cdigo. Tinha tentado muitas vezes, mas no valia a pena. Encontrei um p-de-cabra e

    achei que daria resultado. Tentei abri-la e consegui, mas o pior foi que a mala tinha uma

    coroa de cristal e ento percebi que eles a queriam vender para ficarem ricos.

    Depois peguei na coroa e levei polcia, mas os dois homens que queriam ficar ricos

    apareceram na esquadra. Eu nem sequer olhei para eles. Perguntaram se no tinham

    visto nenhuma coroa, olharam para a mesa e viram-na, tentaram agarrar-me, mas o

    polcia prendeu-os. E foi assim, queriam a coroa para ficarem ricos.

    Andr Pais, 7 A

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    No dia 24 de Novembro de 2011, estava a fumar o meu cigarro no beco da escola e ouvi

    dois indivduos a planearem rebentarem com a escola. Quando ouvi aquilo apaguei o

    cigarro e escondi-me atrs de um carro a ouvir.

    Um deles disse:

    - Entramos na escola noite e pomos quatro bombas no piso de baixo de cada pavilho.

    No outro dia, hora das aulas com toda a gente na escola, fazemos um telefonema com

    ameaa de bomba, quando estiverem l os polcias rebentamos com a escola.

    O outro respondeu:

    - No, entramos na escola hoje noite, pomos as quatro bombas dentro dos cacifos para

    no as conseguirem ver; no dia seguinte de manh, pomos bombas no campo de jogos

    porque quando h emergncias todos os alunos, funcionrios e professores dirigem-se

    para l. No outro dia de manh, fazemos um telefonema com ameaa de bomba e

    quando estiverem os bfias dentro da escola e os alunos, funcionrios e professores

    estiverem no campo de jogos, accionamos a bomba e vai tudo pelos ares.

    O outro respondeu:

    - Sim, acho boa ideia, hoje noite colocamos as bombas.

    O outro respondeu:

    - Ento meia-noite, em ponto, encontramo-nos aqui. Adeus.

    No fim de ouvir aquilo tudo fiquei um bocado assustado, mas ocorreu-me a ideia de

    falar com o director da escola para contar o que tinha sucedido.

    O director da escola disse:

    - Tenho uma ideia, vou ligar polcia e contar o que se passa e esta noite preparamos

    uma cilada aos dois indivduos.

    Entretanto liguei minha me a dizer o que tinha passado e que ficava c para assistir

    ao plano.

    Eram 11 horas da noite, escondi-me dentro do carro, c fora, com um microfone;quando os indivduos entrassem, eu dava o sinal. Chegou-se a hora e eles apareceram.

    Dei o sinal, mas eles quando viram a polcia comearam a fugir. Como estava dentro de

    um carro da polcia, reparei que numa pistola que estava no porta-luvas. Peguei-lhe e

    matei os dois indivduos.

    No dia seguinte, deram-me os parabns porque salvei muitas vidas. Tambm me

    disseram que quando fosse mais velho podia ser polcia.

    Nunca mais me vou esquecer desta histria, que comeou s por estar a fumar umcigarro. Rodrigo Sousa

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    Numa tarde de Primavera, no recreio da Escola Secundria de Tondela, estava com uma

    amiga minha e reparmos em duas pessoas que estavam a falar. Aproximmo-nos

    discretamente e comemos a ouvi-las. Uma dizia outra para faltar s aulas da parte da

    tarde, mas ela negou-se. A que lhe tinha feito a proposta ficou furiosa e disse-lhe que

    no falava mais com ela. A outra respondeu que no mandava nela e que no ia faltar s

    aulas s porque ela queria. Por fim, chegaram a um acordo: ningum faltava s aulas e

    foram-se embora.

    Eu e a minha colega registmos tudo, mas o que ela escreveu era diferente e comemos

    a tirar concluses para ver qual era a melhor verso. Depois disso, fomos para as aulas,

    guardmos os registos para ns e no mostrmos a ningum.

    Registmos a conversa, pois achmos interessante e poderia servir para mais tarde, para

    a nossa escola ficar a saber de tudo, mas por enquanto no, porque depois podem

    descobrir quem eram essas pessoas.

    Andr Figueiredo, 7 E

  • 7/31/2019 Oficinas de Escrita Criativa 2011-12

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    Estava na aula de Portugus, a ter Oficina de Escrita, e tinha de fazer um exerccio. O

    professor Lus Chaves juntou alguns grupos. Estava sozinho e estavam todos os grupos

    a fazer uma histria. Comecei a deambular pela sala, um grupo perguntava: o que ests

    a fazer?. Nada estou a fazer o exerccio, respondi; outro grupo dizia: e vai acabar?

    O que que este gajo anda aqui a fazer? Anda sempre a passear pela sala! Fernando

    Miguel chega aqui j! Ests bem?. E foram sempre perguntas idiotas, frases sem

    interesse para mim. Para no escutar o que eles diziam podiam falar mais baixo. Por

    exemplo, quando passava ao p deles calavam-se, mas as pessoas nem se importam que

    ouam as conversas delas. Na sala de aula nem perceberam que eu era muito cusco e

    ouvia o que diziam.

    L andei a ouvir o que diziam. O primeiro grupo onde fui:

    - Olha o que ela fez? Acredita verdade.

    Muito contente fui a outro:

    - Que ests a fazer p? Ns vamos ser o melhor de todos.

    Continuei a ouvir, noutro grupo e diziam:

    - Que horas so? Ainda no percebi o que esto vocs a a fazer! J viste aqui esta

    tatuagem?

    J me doam os ouvidos deste tipo de conversas. Foi assim quase toda a aula, nem

    perceberam que eu era uma pessoa que gostava de saber o que diziam, mas no me

    importei e continuei. Fui outra vez a um grupo, passei e ouvi: A.X.N a defecar ovos

    todos os dias. Noutro ouvi coisas como: temos de fazer um acordo, Xico Xico, para

    que que vais levar a cadeira? Porque ela minha.

    J me fartei deste grupo, fui ouvir outro: mas tem de terminar em grande. p falem

    baixo.

    J faltava pouco para acabar a aula e no me interessava mais o que diziam.

    Acabou a aula, fui ouvir outras pessoas l para fora.

    Fernando Miguel, 7 C

  • 7/31/2019 Oficinas de Escrita Criativa 2011-12

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    LENDAS MODIFICADAS

    Contam as pessoas adolescentes, que em tempo de crise na Casa de Bragana reinava a

    minha me e a minha irm. Diz a tia Carolina que a minha tetrav conhecera um rapaz

    pelo qual se apaixonou. Em tempo de crise, no era permitido que as moas se casassem

    com nenhum rapaz que no tivesse dinheiro. Como o rapaz e a minha tetrav se

    amavam, o pai da minha tetrav decidiu impor uma prova de valor ao rapaz. Ento,

    mandou cham-lo sua presena, dizendo-lhe que se conseguisse roubar as cenouras da

    vizinha e lhas trouxesse que se podia casar com a filha. O rapaz ouvindo isto esperou

    pelo outro dia de manh porque o pai da minha tetrav tinha-lhe dito que podia roubar

    as cenouras at s 11horas, que era a hora a que a vizinha acordava. Ao chegar ao

    quintal roubou as cenouras e, feliz, foi a casa do pai da minha tetrav, que de pronto lhe

    disse:

    - Muito bem rapaz! Pode pedir a mo da minha filha em casamento.

    Casaram-se, tiveram filhos e viveram felizes para sempre.

    Ins Varela

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    Trs pessoas, uma chamada Prantegulho, outra Gerbsio e outra Viriato, fizeram uma

    aposta. Dois deles teriam de ir a um pinhal s 11 da noite, a fim de espiarem os romanos

    que ali tinham conquistado toda aquela terra. Foram o Gerbsio e o Viriato.

    Tal como combinado, os dois homens entraram no pinhal, s dez e meia da noite, com a

    igreja de l perto a dar as badaladas das dez e meia.

    Entraram e viram dez legionrios e um chefe. O chefe falou um cdigo que Viriato no

    percebia, mas que Gerbsio, traidor do seu povo, percebeu. Era hora de eliminar Viriato,

    para que os romanos pudessem conquistar o resto daquele stio.

    Viriato e Gerbsio enfrentaram os legionrios at que Gerbsio, assim que uma teve

    oportunidade, pegou numa estaca e espetou-o no Viriato. No final, Gerbsio estava

    contente, pois pensava que iria receber uma recompensa, mas o chefe apenas lhe disse:

    -Vai-te embora, Roma no paga a traidores.

    E ele foi. Mais tarde, Prantegulho, como reparou que j estavam a demorar muito, foi

    at ao pinhal. Entrou e deparou-se com Viriato morto no cho. S a percebeu que

    Gerbsio era um traidor e que nunca devia ter confiado nele para aquela aposta.

    Rafael Abreu, 7B

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    Segundo a lenda, os habitantes Bettys Bopps andavam procura de uma cerveja

    preciosa, da qual ainda no se tinha descoberto o criminoso. Certo dia, apareceu uma

    cerveja falante com um ar muito suspeito. Os habitantes ficaram todos cheios de medo

    pois eram s pequenos peluches. Ajoelharam-se perante ela e perguntaram:

    - Sabes da nossa cerveja preciosa?

    Ela respondeu:

    - Eu no disse outra cerveja, mas fao aqui uma promessa que a vou encontrar.

    Passados alguns minutos:

    - H aqui alguma arca? porque preciso de me refrescar.

    Responderam:

    - Sim h, mas s uma, e a nica!

    Ento os peluches puseram a cerveja no congelador.

    - Isto no uma arca um congelador! Eu quero uma arca, no me quero refrescar,

    quero dormir; protestou a cerveja falante.

    - Esta cidade, ou melhor isto, no nada, no tem uma arca, quero j um tribunal;

    reclamou.

    Ento assim foi, o juiz que no achou graa nenhuma e ento foi imediatamente

    julgado. E, poucos anos mais tarde, veio a descobrir-se que ele tinha raptado a cerveja

    preciosa e foi expulso da cidade sem nunca mais poder voltar a Bettys Boops.

    Ins Saraiva, 7C

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    Os sem abrigo de Carcavelos

    Muito perto de Carcavelos existem duas barracas, em forma de paraleleppedo, que a

    lenda diz terem sido habitadas por dois sem abrigo chamados: Melro e balo.

    Cada qual, em sua barraca, comeou a construir uma lareira, com apenas 100kg de

    cimento, 150 tijolos burros, uma placa e uma lixa. Tiveram de a construir porque

    estavam com medo de apanhar uma hipotermia e comearam a constru-la com sendo o

    seu aquecimento.

    A distncia de um para o outro era de 5 metros e como tinham de repartir as coisas

    comearam a dividir os materiais.

    Passado alguns minutos do incio da construo comearam a discutir, pois um queria

    ficar com mais tijolos do que o outro. Por causa da discusso, partiram para a violncia

    e foram-se partindo tijolos at que foram parar ao outro lado da aldeia, onde habitavam

    mais sem abrigo.

    A partir da a aldeia ficou conhecida com A aldeia dos sem abrigo.

    Maria Joo Fernandes, 7C

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    Na corte chinesa de Carlos Ninhum vivia um homem de sangue cor de petrleo e alma

    de medricas, Roberto Petroleiro, que tinha como melhor amigo D. Marreco. Roberto era

    um homem sensvel, pateta e que tinha o dom da palavra, por isso D. Marreco foi pedir-

    lhe para impressionar Ana de Chateirret com as suas palhaadas.

    Em vez disso eles gostaram um do outro, no entanto, o pai de Ana de Chateirret no

    aceitou e tiveram de fugir os trs num barco. A meio do caminho uma tempestade

    desviou-os da rota e foram parar Antrtica. Como estavam molhados, e com aquele

    fio, congelaram os trs e ainda hoje se podem ver mamutes ao seu lado.

    Rodrigo

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    Muito perto de Viseu, numa encosta, existem duas lojas de gelados, em forma de cone,

    que a lenda diz terem sido assaltadas por duas galinhas, a Bb e a Bb. Cada uma

    habitava, nas imediaes, o respetivo galinheiro e possuam apenas um idiota martelo

    do qual se serviam alternadamente.

    A distncia entre os galinheiros era curta, assim de dois quilmetros mais ou menos, e

    as duas galinhas atiravam o martelo uma outra quando dele necessitavam.

    Decerto j perceberam que as duas galinhas eram gigantes porque de outro modo no

    teriam fora para atirar o martelo.

    Um dia, a Bb zangou-se com a amiga Bb e atirou-lhe com o martelo, com tanta

    fora que ela deformou-se, caindo depois na encosta, ainda com tamanha violncia que

    fez brotar uma linda fonte de fitas coloridas, que se usavam nas festas mais importantes.

    O cabo de madeira do martelo veio a dar o nome povoao, que ficou batizada de

    Marteleiro. Quanto Bb, morreu por causa da martelada na cabea.

    Maria Joo, 7D

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    No tempo de D. Francisco I, vivia um homem chamado Henrique Oliveira, que tinha

    como melhor amigo e companheiro o D. Afonso.

    Henrique Oliveira tinha o dom da palavra por isso D. Afonso veio pedir-lhe para ir com

    ele esperar a sua jovem e bela amiga Maria Sousa, que D. Afonso queria impressionar.

    No entanto, os primeiros olhares e as primeiras palavras trocadas entre Maria Sousa e

    Henrique Oliveira foram suficientes para que surgisse um amor to intenso que resignou

    sinceramente D. Afonso. Mas os pais de Maria Sousa no aceitaram a unio com um

    pretendente to pobre e ordenaram o casamento de Maria com um dos fidalgos da corte.

    Henrique Oliveira no escondeu nem a sua tristeza nem a sua inteno de lutar por

    Maria e foi preso por ordem do rei durante alguns dias, enquanto a cerimonia de

    casamento se realizava. sada da priso esperava-o o seu fiel amigo D. Afonso que o

    informou que Maria estava a morrer de amor.

    Com a ajuda de D. Afonso, Maria e Henrique fugiram num barco em direco a Frana,

    mas uma brutal tempestade acabaria por o desviar para uma ilha paradisaca.

    Maria no resistiu febre que a tinha assolado durante a tormenta e foi enterrada na bela

    ilha. Conta-se que Henrique morreu em cima da campa da sua amada e nela foi

    enterrado pelo seu amigo. Um grande amor que atravs do nome de Henrique foi para

    sempre recordado na ilha da Madeira.

    rica Ramos, 7 F

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    Lenda do pastor rico e da toupeira

    Esta e a histria de um pastor rico que vivia numa aldeia alegre e que tinha por nica

    companhia uma toupeira.

    O pastor enchia o corao de alegria com a ideia de um dia viajar at lua com a sua

    toupeira.

    Numa noite de chuva, o pastor sonhava que estava na lua, at que caiu. Foi l porque era

    o seu desejo.

    A partir da, a toupeira nunca mais largou o pastor. At que um dia o pastor decidiu

    chamar aquela serra, a Serra da Toupeira.

    Os velhos e os novos da aldeia ficaram contentes por o pastor ter ido a lua com a sua

    toupeira.

    Passado uns dias, o pastor comeou a chorar porque a toupeira ficou doente, quase a

    morrer. Ele procurou uma soluo, acabando por a levar a um veterinrio e a toupeira

    ficou melhor.

    A lenda diz que hoje na Serra da Toupeira possvel ver aquela toupeira.

    Rodrigo Almeida, 7A

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    A lenda das cuecas grandes

    Na Cuecalndia, em Coimbra, h uma fbrica de cuecas do Pai Natal.

    Num dia e que ele andava por l, teve que fugir quando viu as suas cuecas ficarem cada

    vez maiores pelo esticador mortfero do coelho da Pscoa.

    Antes de fugir, o Pai Natal escondeu algumas cuecas, pensando vir mais tarde utiliza-

    las. Quando o coelho da Pscoa voltou a utilizar o esticador mortfero, encontrou as

    cuecas escondidas, excepo das cuecas aos coraes que estavam a ressaltar na

    mquina de lavar.

    Numa cidade diferente, o Pai Natal avistou o coelho da Pscoa a usar as suas segundas

    cuecas preferidas. Com a mo direita traou no cu umas cuecas coloridas, enquanto

    dizia umas palavras misteriosas. Nesse momento, o Pai Natal, que falava com o seu

    ajudante, viu as cuecas rasgarem-se num bico de um pssaro. A notcia foi espalhada

    pela fbrica toda e nunca mais se viu o pssaro.

    Em memria das cuecas, aquela cidade ficou conhecida por Aterrorizadora, em

    homenagem s cuecas do Pai Natal.

    Ainda hoje o Pai Natal diz que nunca mais se vai esquecer das suas cuecas.

    Bernardo Costa

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    A lenda da minha cadela

    A minha cadela, filha do meu co, revelou desde muito tenra idade uma grande vocao

    para a dormida e a comida.

    Apesar de ser obrigada a viver na casota, juntava-se o mais possvel de casa e passava

    grande parte do tempo a dormir e a comer. A cadela era muito bonita, tinha muito pelo e

    muitos pretendentes, mas a todos recusou. Com a minha autorizao, foi uns dias a casa

    de uma amiga minha porque ela tinha um co que a minha cadela gostava, mas

    terminando os dias vinha para casa. Esta ltima deciso foi contestada tanto pela minha

    me como pelo meu pai. Por outro lado, os meus pais discordavam da vocao da minha

    cadela e no queriam que ela dormisse e comesse tanto.

    Perante tanta discrdia, a minha cadela decidiu no dormir e comer tanto, mas declarou

    que s vezes o ia fazer, vivendo s vezes triste outras contente.

    A minha cadela enamorou-se pelo co da minha amiga, casaram-se e tiveram muitos

    cachorrinhos.

    Helena Matos, 7A

  • 7/31/2019 Oficinas de Escrita Criativa 2011-12

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    A lenda da tristeza

    Na corte Britnica de av Maria, vivia uma mulher de inspirao de trabalhar nas terras

    de seu nome Manuela Leito. Tinha como amiga uma galinha que punha ovos todos os

    dias. Manuela Leito era uma mulher forte e nervosa. Um dia, pediu galinha para ir ter

    consigo s terras porque andava l o Manuel, a pessoa de quem ela gostava.

    A Manuela Leito foi ter com ele e perguntou-lhe se precisava de ajuda, mas o Manuel

    disse que no. Passado muito tempo, Manuela morreu e Manuel pegou na galinha dela e

    matou-a para comer no seu prprio casamento.

    Carolina Matos, 7A

  • 7/31/2019 Oficinas de Escrita Criativa 2011-12

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    O Armindo e o meteorito

    Ontem aconteceu uma coisa. O Armindo era rico, vivia num castelo que se chamava

    Pompeiro, mas era uma pessoa triste. Tinha como companheiro um galo.

    O galo estava sempre a cacarejar e a olhar para um monte de erva que ficava para alm

    do monte.

    Um dia de manh, o Armindo avistava o cu limpo, que era lindo, de repente viu um

    meteorito a cair no mesmo monte de erva.

    O Armindo disse para o galo que queria ver o que era aquilo.

    Passou dias, semanas, meses e anos a chegar l. O Armindo estava cansado, mas nunca

    desistiu, o pobre galo que, j fraco, acabou por morreu. Os velhos e as crianas da

    aldeia h j muito tempo que no viam o Armindo nem o seu companheiro, o galo.

    O Armindo finalmente chegou ao monte de erva e comeou imediatamente procura do

    que ali tinha cado. Chegada a noite, dormiu em cima do monte de erva.

    No outro dia, continuou a procurar. Avistou uma pedra muito rara, que fez um buraco

    enorme.

    Ento, decidiu leva-la para o castelo. Limpou, poliu e ps numa redoma. Disse que toda

    a gente podia ver aquele meteorito.

    A partir desse dia todos os dias deles eram felizes.

    Sandrina Brs

  • 7/31/2019 Oficinas de Escrita Criativa 2011-12

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    Dizem as pessoas que no tempo de reis, na horta, reinava uma cenoura e a sua filha

    cenourinha. Diz a lenda, que a filha Cenourinha do rei Cenoura, conhecera o cavaleiro

    Ervilha, por quem se apaixonou.

    Naquele dia, no era permitido Cenourinha casar com nenhum rapaz que no

    pertencesse realeza. Como o Ervilha e a Cenourinha se amavam, o rei Cenoura decidiu

    impor uma prova de amor ao cavaleiro. Mandou chamar sua presena o Ervilha para

    lhe dizer que se ele conseguisse roubar as batatas da vizinha e lhas trouxesse, concedia-

    lhe a mo da filha.

    O cavaleiro, ouvindo isto, alimentou a seu cavalo a cebola. No dia seguinte, quando a

    hora chegou, foi a casa da vizinha e roubou-lhe as batatas. Chegou horta, e dirigiu-se

    ao rei. Mas, para seu espanto, o castelo estava fechado por ordem do rei.

    O Ervilha, no sabendo o porqu, cavalgou em volta do castelo, procura de uma outra

    entrada, mas no teve muita sorte.

    Farto, entrou fora no castelo para entregar as batatas ao rei.

    Conseguiu a mo da princesa Cenourinha. Casaram e tiveram muitos filhos.

    Daniela Neves, 7A

  • 7/31/2019 Oficinas de Escrita Criativa 2011-12

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    A lenda do astronauta e da lua

    Havia um astronauta que vivia numa aldeia alegre e tinha, como animal de estimao,

    um sapo. Ele olhava muitas vezes para a lua e o seu corao enchia-se de esperana de

    um dia viajar at l e talvez a outros planetas.

    Certa noite, um cometa com cara de bebe veio at ele e perguntou-lhe se queria muito ir

    lua. Ele disse-lhe que sim, o cometa respondeu que faltava pouco tempo para o seu

    sonho se realizar. Todas as noites a Lua sorria para ele.

    Passaram-se muitos anos e o astronauta decidiu ir embora pois talvez noutro stio o seu

    sonho se realizasse.

    Chamou o cometa e disse-lhe que se ia embora. E l foi ele, por muitos anos, de avio.

    O seu sapo morreu e foi sepultado na casa de banho. O astronauta chorou, mas mesmo

    assim foi procura do seu sonho.

    Envelhecendo com a lua, ele foi esperando pelo seu sonho, at que um dia pde,

    finalmente, visit-la.

    Quando chegou ao espao, ao ver a lua, sentiu uma grande alegria. Pouco depois, um

    meteorito bateu no vai e fica espacial e comea a incendiar-se. Antes do astronauta

    morrer disse para a lua que morria feliz pois o seu sonho tinha sido realizado. Ao fim de

    estas palavras morreu.

    Ele foi sepultado na Lua. E ela foi chamar D. Quixote.

    Miriam Oliveira, 7A

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    Esta a histria de um menino pequeno que vivia numa vila nevada e tinha por nica

    companhia um ratinho. Este menino fitava a rua e o seu corao enchia-se de esperana

    de um dia sair de casa para ir brincar para a neve que enchia a vila inteira. Uma noite

    fria de luar, em que o menino olhava a neve branca pela janela, achou uma estrela

    cadente, pequenina e rpida que lhe falou do seu desejo. Estava ali por vontade do seu

    pai, para guiar o menino onde quer que ele desejasse ir. A partir de ento, a estrela

    nunca mais abandonou o menino, acompanhando-o noite aps noite, at que veio o dia

    em que o menino quis ir para a rua e chamou a estrela. A vizinhana no concordava,

    porque o menino era muito pequeno para sair e ir brincar na neve. O menino

    saiu para brincar na neve durante horas. O seu ratinho no aguentou tanto frio e faleceu.

    O menino chorou muito, mas sabia que era o ciclo da vida, por isso continuou a brincar

    at se cansar, a estrela foi brincando com ele, mas tambm lhe aconteceu o mesmo.

    Chegou o fim do dia, e ambos voltaram para a sua casa, o menino na janela a mirar a

    neve fofa e branca, e a estrela para o cu da noite. O menino reparou que lhe pediam a

    estrela em troca de conforto e fortuna, mas ele dizia que a estrela podia no lhe

    pertencer, mas que era sua amiga, sua acompanhante e que nunca a abandonaria. A

    lenda diz que ainda hoje, apesar do menino ter crescido, morrido e a sua casa se ter

    tornado abandonada, da janela dessa casa, ainda possvel ver a estrela com que o

    menino passou muito tempo da sua infncia.

    Salom Leito, 7E

  • 7/31/2019 Oficinas de Escrita Criativa 2011-12

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    Os porcos de Curral Ville

    Muito perto de Curral Ville existem dois montes muito elevados, em forma de triangulo,

    que a lenda diz terem sido habitados por dois porcos, o Porco Burro e o Porco Burro

    Burro. Estando cada um em seu monte com a respectiva gamela, possuam apenas um

    tomate do qual se serviam alternadamente. A distancia entre o topo dos dois montes era

    curta, assim de dois quilmetros mais ou menos, e os dois irmos atiravam o tomate um

    ao outro quando dele precisavam. Decerto j perceberam que estes porcos eram gigantes

    porque de outro modo no teriam fora para atirar o tomate quela distncia. Um dia, o

    Porco Burro Burro zangou-se com o irmo e atirou-lhe o tomate com tanta fora que

    este se desconjuntou, caindo o tomate na encosta do monte triangular com tanta fora

    que lhe fez brotar uma fonte de molho de tomate. O molho de tomate foi escorrendo na

    terra a dois quilmetros de distncia, fazendo nascer um tomateiro, que veio dar o nome

    povoao de Tomatal.

    Catarina Ferreira, 7D

  • 7/31/2019 Oficinas de Escrita Criativa 2011-12

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    Contam os meus vizinhos que em tempo e reis, na S de Viseu, havia um rei que tinha

    um magnfico cavaleiro. Ele chamava-se Cavaleiro Negro.

    Nunca ningum lhe tinha visto a cara, ningum sabia quem era, s pensavam que era

    imortal.

    Um dia, o Rei foi atacado, por um reino muito forte que era do Castelo de Elvas. Este

    reino tinha um ponto forte, este reino tinha um ... Drago !!!!!!!!!!!!!!!!!!

    Ento, o rei chamou os seus cavaleiros e tambm o seu ponto forte... o Cavaleiro

    Negro!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

    O cavaleiro quis logo matar o drago mas no conseguiu. Infelizmente morreu, o reino

    da S de Viseu perdeu, o rei foi capturado e depois morto.

    Diz a lenda que ele anda por a, ele quer vingana, ele quer o Drago

    !!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

    Rui Vicente, 7 B

  • 7/31/2019 Oficinas de Escrita Criativa 2011-12

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    Lenda do palcio da Ovelha ou das Joaninhas

    Esta a histria de uma ovelha rica que vivia num palcio feliz e tinha muitas

    companhias, desde formigas a pulgas. A ovelha fitava a vertical e o seu fgado enchia-se

    de mgoas ao pensar na hiptese de um dia ter de abandonar o palcio, que inclua

    casinhas e cabanas.

    Numa manh fresquinha, em que a ovelha fitava o cho sujo, subiu at ela uma

    joaninha grande com um rosto de velha e lhe falou do seu desejo: queria expulsar a

    ovelha do palcio. A partir de ento a joaninha no abandonou a ovelha, por muito que

    esta quisesse. At que, numa noite em que a ovelha teve de ir s compras, a joaninha

    chamou o seu exrcito para expulsar dali a ovelha e as suas companhias.

    A ovelha tinha ido ao shopping comprar umas belas roupas. As suas companhias

    morreram com tanta roupa. A ovelha ficou feliz por no ter de as continuar a aturar.

    Quando voltou, deu de caras com um exrcito de joaninhas que a expulsaram do seu

    prprio palcio. A lenda diz que, ainda hoje, do palcio da Ovelha possvel ver as

    joaninhas vaidosas por l a viverem.

    Francisca Santos, 7 B

  • 7/31/2019 Oficinas de Escrita Criativa 2011-12

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    A lenda do rei Valente

    Contam os adolescentes, que em tempo de Carnaval, no Castrelo de Almourol reinava

    um mendigo e a sua filha.

    A filha do mendigo conhecera um rei pelo qual se apaixonou. Naquele tempo, no era

    permitido que a filha de um mendigo se casasse com o rei.

    Como o rei e a rapariga se amavam, o pai decidiu impor uma prova de valor ao rei.

    O mendigo chamou sua presena o rei, dizendo-lhe que se ela se atirasse de um pra-

    quedas que lhe concedia a mo da filha.

    O rei ouvindo isto foi a correr arranjar o equipamento. Chegou o dia de ele partir para a

    sua aventura. E l vai ele. Quando acabou a aventura, foi a correr ter com o mendigo.

    Quando chegou ao castelo, estava de portas fechadas por ordem do mendigo.

    O rei, que vinha um cavalo, cavalgou por todas as muralhas para ver se encontrava

    alguma entrada.

    O cavalo, de to cansado que estava , antes de morrer disse:

    - Morra o homem e deixe a fama.

    Beatriz Borges, 7E

  • 7/31/2019 Oficinas de Escrita Criativa 2011-12

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    A vila de Face, no Algarve, deve o seu nome filha do Alcaide de Farmvilar, Aben-

    Empires, que fugiu quando viu o seu castelo ameaado pelo exrcito de D. Afonso

    Henriques III. Antes de fugir, o Alcaide entregou o seu ouro ao Cavaco, pensando que

    este se reformasse graas esmolinha.

    Quando os cristos tomaram o castelo, encontraram-no vazio, excepo da linda filha

    do Alcaide que encontraram a jogar fervorosamente. Tinha preferido ficar no facebook

    a ir embora.

    De um arranha-cus vizinho, Aben-Empires avistou a filha cativa dos cristos e com a

    mo direita clicou no rato do computador enquanto proferia umas palavras misteriosas.

    Nesse momento, o cavaleiro D. Gonalo Peres que falava com a moura pelo facebook

    viu-a ir pelo servio de entregas, ficando sua frente uma esttua de pedra. A notcia

    espalhou-se pelo facebook e um dia essa esttua desapareceu. Em memria deste

    estranho acontecimento ficou aquela terra conhecida por Face, em homenagem jovem

    moura que preferiu ficar no Facebook a fugir. Ainda hoje se diz no Algarve que em

    algumas noites a moura encantada aparece no castelo de Face para ir ao seu Facebook.

    Carlos Dias, 7B

  • 7/31/2019 Oficinas de Escrita Criativa 2011-12

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    Crculo de ps em ps, de estdio em estdio. At que um dia fui parar ao mato, nessa

    altura s uma coisa me interessou: conseguir sair dali.

    Os animais assustavam-me com os seus sons e as suas garras, tudo na floresta me metia

    medo. Na escurido e com o vento parecia que os ramos se mexiam e me iam magoar.

    Tenho medo, tanto de noite como de dia. As ervas picavam e ouvia toda a gente a falar,

    pessoas que passavam por l, com navalhas e coisas cortantes; tinha medo que me

    matassem. Depois apareceu um rapaz, que me levou. Fiquei sem medo de nada e de

    ningum. Levou-me a stios que j tinha ido, vi pessoas que j tinha conhecido; estava a

    viver o que j tinha vivido.

    Jogou futebol comigo, durante muito tempo, depois cansou-se e deixou-me l no meio

    do jardim, que parecia no ter fim.

    Sou uma bola de futebol.

    Beatriz Bernardo, 7 C

  • 7/31/2019 Oficinas de Escrita Criativa 2011-12

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    A vida de um sapato

    Numa noite fria, senti-me gelado! Pensei que com o passar da noite fosse aquecer.

    Acordei num sobressalto, muito aflito e, sem fazer caso, olhei para a janela. Vi o tempo

    muito escuro e muito frio. Levantei-me da cama, estava to quieto e, de repente, vi

    algum a calar-me, mas no sou nenhuma luva! O ambiente dentro de casa arrefeceu,

    ouvi aqueles sons normais de uma casa, assim que me meteram no cho congelei! Eu

    sou um sapato!

    Bem vocs devem estar a pensar, um sapato a dormir na cama?, sim, dormia na cama,

    porque o meu dono era muito desarrumado. Pegava em mim e fazia tudo o que uma

    criana de 2 anos faz a um brinquedo! Ora arrumava-me, ora desarrumava-me, enfim!

    Dormia com ele. Uma coisa que sempre admirei no meu dono, nunca me deixar

    sozinho, se num dia no me usava, metia um peluche perto de mim, vejam l!

    Hoje no sirvo para nada, estou velho e quase a ir para junto dos outros sapatos velhos e

    estragados! Mas uma coisa vos digo, vale a pena ser sapato por um dia!

    Maria Joo, 7 D

  • 7/31/2019 Oficinas de Escrita Criativa 2011-12

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    Todos os dias ansioso para que algum pegasse em mim. A minha funo no das

    melhores, mas eu gosto do que fao. Foi com os erros dos alunos e com os exerccios

    propostos pelos professores que aprendi a escrever e a falar a nossa lngua, e tambm

    ingls, francs e at alemo.

    Tambm, s para terem a noo, consigo acompanhar as aulas de matemtica, mas fico

    muito triste quando vejo alunos a errarem o clculo mental de contas com algarismos

    baixos. Por vezes, at acontece exactamente o contrrio; fico parvo, por assim dizer,

    quando vejo alunos, que rapidamente, em menos de trs segundos, conseguem fazer

    uma multiplicao de nmeros para cima dos mil, sem fazer clculos ou at

    utilizar os dedos! Infelizmente, so raros estes casos.

    s vezes, nem conseguia conter a minha ansiedade e queria que os alunos errassem os

    exerccios para me puderem utilizar, at que um dia

    A professora de matemtica colocou dois problemas no quadro sobre os mltiplos e

    divisores e props dois alunos, o Joo e a Matilde, para irem resolver, cada um, um dos

    problemas.

    O Joo, que era um grande trapalho, pegou em mim para apagar a operao que tinha

    efetuado e que a professora disse que estava mal e, deixou-me cair ao cho. Ca em

    cima do p da Matilde que, por sua vez, tinha umas sandlias caladas. Como podem

    imaginar, deve ter dodo bastante! Ela comeou a choramingar e teve de ir enfermaria

    pr gelo, pois o seu p estava bastante inchado.Desde esse dia, tenho receio que algum erre algum exerccio ou que escreva mal uma

    palavra porque pode acontecer algo parecido com o que aconteceu Matilde e essa no

    a minha inteno.

    Alexandrina Martins, 7 D

  • 7/31/2019 Oficinas de Escrita Criativa 2011-12

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    Uma nica folha, numa nica arvore, no nico parque da cidade que consigo ver atravs

    da janela. Parece estar vento, mas no o consigo sentir, pois estou dentro de casa.

    Consigo fazer sinais de luz ao meu vizinho da frente, um candeeiro pequeno, em cima

    de uma secretria, que no me responde. Sou uma lanterna, amarela e cinzenta, que as

    crianas usam para brincar durante a tarde, enquanto o mais velho faz os trabalhos de

    casa.

    Estou quase a ficar sem pilhas, com apenas um dia de uso. Deixei de piscar, de ser

    usada e na cama acordo do nada.

    Renato Pacheco

  • 7/31/2019 Oficinas de Escrita Criativa 2011-12

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    Estava no meu stio habitual, como sempre com a minha irm gmea ao lado. De

    repente, vejo avies a aproximarem-se. L em baixo, nas ruas, s via pessoas a

    correrem. As minhas vigas a pesarem cada vez menos. Foi tudo muito rpido, quando

    reparei os avies estavam a furar os meus olhos, pessoas a carem, foi horrvel. Fui o

    ltimo, mas vi a minha irm morrer viga a viga... Depois vi nas televises AL-

    QUAEDA ataca Torres Gmeas. Fiquei esttico e acertou-me outro avio pois um no

    chegava. Foi a, comecei a sentir dor, foi to lento que eu s rezava Virgem Maria. Foi

    a que "bum bum cata pum..." e cai numa nuvem de poeira.

    Reencontrei-me com a minha irm no cu no bairro dos edifcios.

    Gustavo Silva, 7 E

  • 7/31/2019 Oficinas de Escrita Criativa 2011-12

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    No posso viajar. Fico todos os dias, todas as noites a ver os outros para l e para c,

    gostava de poder caminhar ao lado da margem do rio, ou beira do mar, gostava de

    poder ter pernas, e no razes. esse o meu sonho: caminhar, correr, saltar, pular pelo

    mundo fora, no ficar parada com os ramos que esvoaam pela vontade do vento, ou

    com as folhas e frutos que caem durante o ano, no gosto de servir de apoio aos

    pertences dos outros, adorava fugir para uma alvorada desconhecida, uma aventura

    prometedora, mas no. Apenas posso ficar parada, com os ramos mais do que secos,

    com os frutos bicados pelos indceis dos pssaros, com a casca mordida pelas formigas

    atarefadas, e, que mesmo sendo pequenas, tm pernas-palito, ou at mais finas do que

    palitos, mas permitem-lhes caminhar.

    Todos os dias falo com os pssaros, todos os dias tento fazer algo, procuro desde o cimo

    de toda a cidade, encontrar uma maneira de caminhar, mas, praticamente todas as

    tentativas so um fracasso. Um dia hei-de conseguir, h que ter esperana.

    Santiago Oliveira, 7B

  • 7/31/2019 Oficinas de Escrita Criativa 2011-12

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    Numa manh quente, j o sol brilhava na janela, senti algum a pegar-me e a vestir-me

    como se fosse uma meia, mas no era. Assim que acabaram de me vestir, senti um

    arrepio, alguma coisa estava muito fria, mas no consegui perceber o que era, a nica

    coisa que ajudava a aquecer-me era o p da pessoa que me calou, estava to quentinho!

    Quando me levaram l para fora senti o calor do sol, estava muito bem, mas passado um

    bocado uma pastilha prendeu-se a mim. O meu dono no deu conta, mas eu sentia-me

    pssimo, parecia que estava sujo e tive que andar at noite com a pastilha pegada a

    mim, s vezes s pensava porque no era eu outra coisa.

    noite, o meu dono descalou-me e de repente senti um cheiro irritante, mas no liguei,

    pois ele tinha-me posto dentro de um armrio onde estavam os outros calados. L

    estava quentinho e sentia-me melhor porque o meu dono j me tinha tirado a pastilha

    chata e irritante.

    Adoro ser um sapato mesmo acontecendo coisas ms porque afinal at as pessoas no

    escolhem como so!

    Catarina Rodrigues, 7 D

  • 7/31/2019 Oficinas de Escrita Criativa 2011-12

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    Quando sou nova todos me querem comprar, todos dizem que sou linda. Depois vou

    para uma gaveta e fico no meio da escurido com outras camisolas e t-shirts, em

    cima de mim. De vez em quando ainda sou vestida, mas houve um dia em que fui posta

    dentro de um saco e fui parar a outra menina, que me adora, mas j sei para onde vou

    quando se fartarem de mim

    Filipa, n11, 7D

  • 7/31/2019 Oficinas de Escrita Criativa 2011-12

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    Nasci num ninhoCom plo da minha me

    Quando era pequeninoEla protegeu-me e o pai tambm.

    Na casa onde nasciHavia um gato por pertoQuando viu a gaiola abertaL se foi o mano Humberto.

    Com o tempo fui crescendo

    A comer ervas e beterrabasA minha famlia desapareciaFiquei apenas eu e mais nada.

    Decidimos ento meninosArranjar a cama para deitarFoi a primeira coisa que se fezPara logo irmos coelhar.

    Com os meninos portaNo ninho j no sou precisoA coelha ficou preocupadaCom o meu final indeciso.

    Com isso no tinha de se preocuparPorque quem teve o mau finalFoi ela e no euQue teve a sorte de morrer.

    E foi enterrada no quintalHouve um diaEm que arranjaram uma coelhaEla era bela e tinha riscasParecia mesmo uma abelha.

    Sou um Coelho

    Hugo Fernandes, 7 B

  • 7/31/2019 Oficinas de Escrita Criativa 2011-12

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    O Meu Dia

    Ol! Gosto muito de aventuras e vou-vos contar uma histria sobre o meu dia. Hoje,

    quando o Antnio me tirou do estojo, eu estava muito suja. Tentou limpar-me, mas

    muito bruto e aleijou-me um bocado, mas fiquei limpinha.

    Quando ele fazia composies a Portugus usava-me bastante. Bolas! Aquele rapaz

    muito bom a escrever! Gosta de tudo perfeito e limpo por isso usa-me bastante.

    Os colegas dele tm muitas, de muitas cores, formas e tamanho e elas gozam comigo

    por eu ser espalmada e toda branca. Chamam-me fantasma, mas pronto, eu gosto de ter

    amigos.

    Em matemtica, no me usou muito porque ele uma barra na disciplina e nas aulas

    brinca muito comigo, mas aleija-me bastante. Faz-me buracos e depois pe l cola e

    aquece, aquilo di muito, mas eu sei que gosta de mim.

    Na aula de cincias, apareceu um colega novo na turma, que se sentou ao p do

    Antnio. Nem imaginam o que ele tinha no estojo: tinha uma borracha linda! Chamava-

    se Joaquina, foi amor primeira vista! Tive sorte porque o dono dela tambm ficou

    amigo do Antnio e ns comemos a namorar!

    No fim da escola, ele foi fazer os trabalhos de casa que eram bastantes; bolas! os

    professores no lhe do descanso.

    E assim costumam ser os meus dias. Ah! Esqueci-me de dizer que sou uma borracha.

    Joo Chaves, 7 F

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    Quando acordei, vi tudo escuro parecia que no tinha aberto os olhos. Sentia alguma

    coisa fofa e quente que me tapava a viso, mas de repente saiu de cima de mim e fiquei

    com frio. Depois senti que tambm estava a sair do stio escuro e fui desdobrada e

    alguma coisa se meteu dentro de mim. Era uma rapariga muito bonita de olhos azuis e

    cabelo loiro, chamavam-na Lili e por isso calculei que ela se chamava Liliana.

    Eu era cor-de-laranja com um corao vermelho cortado em pedaos grandes. A Lili foi

    tomar o pequeno-almoo, agasalhou-se e foi para a escola. Todas as amigas lhe

    disseram que eu era muito bonita e perguntara-lhe onde que me comprou e ela, na

    brincadeira com as amigas, disse que foi numa loja.

    Quando ela foi almoar deixou cair um pouco de comida em cima de mim e eu fiquei

    com uma ndoa muito grande. A Lili ficou muito preocupada e ligou me para lhe

    levar outra camisola.

    A me levou-lhe outra camisola e levou-me para casa. Quando chegamos, atirou-me

    para a mquina de lavar, fechou a porta da mesma e meteu-a a trabalhar. No incio,

    andava de vagar, mas depois comeou a andar muito depressa e eu comecei a ficar um

    pouco tonta.

    Quando a tortura acabou, eu sa e estava um pouco molhada. Fui posta a secar e a ndoa

    no saiu. Fui deitada para o lixo porque j no valia a pena ser usada.

    Pensava que era o meu fim, mas enganei-me. Quando estava no contentor do lixo houve

    algum que me puxou e me levou. Quando chegmos, senti logo pessoas a cortar-me, o

    que doeu muito, e a cozer-me. No fim de tudo, eu era uma nova camisola cor-de-laranja

    com um corao cortado aos pedaos grandes e com manchas cor de ndoa.

    Mariana Correia, 7 C

  • 7/31/2019 Oficinas de Escrita Criativa 2011-12

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    Hoje foi um dia diferente, senti-me impaciente na escola, no trabalho. Senti-me

    incomodada em casa, na rua. Senti-me indiscreta com toda a gente a olhar para mim e a

    dizer: "Limite dos Saldos Dia Trinta".

    Hoje foi um dia indescritvel, muitas pessoas tiveram sonhos inexplicveis. Ver os

    trabalhadores mais importantes com pressa porque era o dia trinta e dois. E algo

    inesperado, quando a pirmide desmoronou, com a incapacidade de se aguentar na

    histria.

    Eu sou a letra "I"

    Ins Silva, 7 B

  • 7/31/2019 Oficinas de Escrita Criativa 2011-12

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    Ol! Comeou mais um dia, j estou com alguma idade, mas ainda estou pronta para ir

    para as ondas.

    Como sempre, todas as manhs, o meu "dono" foi surfar e como bvio fui com ele.

    Quando chegmos praia estava l um grupo novo, mas ignoramos e fomos surfar. Um

    rapaz e outra prancha vieram ter connosco e confrontaram-nos para ver quem apanhava

    as melhores ondas. Como bvio, l fui eu

    O rapaz ia-se afogando na primeira onda. Pouco depois, escorregou! Estava espera

    que ele mudasse de ideias, mas no e l fui eu outra vez.

    De repente, surgiu uma onda enorme, fizemos um tubo altamente, mas o meu dono

    escorregou e mergulhou de cabea para dentro de gua, e eu fui directamente contra as

    rochas.

    Ele ficou bem, mas eu nem por isso. Fiquei partida ao meio, sem reparao possvel .

    Hoje acabou mais um dia, o ltimo.

    Beatriz Silva, 7B

  • 7/31/2019 Oficinas de Escrita Criativa 2011-12

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    Sou redonda, j andei pelo mundo fora. J parti pernas, braos, dedos e at ps. Estou

    cansada de tantos pontaps que j levei, no passo de uma simples bola sem importncia

    para muitas gente.

    Vrios jogadores j me utilizaram, bons e maus, outros pareciam obrigados a jogar e at

    j fiz parte de um jogo de meninas. Sa desse jogo cheio de dores, era pontaps de um

    lado para o outro e eu j estou velha, preciso da reforma, mas o meu pais s me a d aos

    65 anos de idade.

    Fui criada para ser pontapeada, no gosto de ser o que sou. Gostava de ser, por exemplo,

    um carro de corrida ou uma mota para poder fazer parte do Paris-Dakar e conhecer

    alguns corredores como Armindo Arajo.

    Mas sou uma simples bola no passo disso!!!

    Ufa! Aida bem que era apenas um pesadelo.

    O fim do peixinho dourado

    Era uma vez um peixinho dourado que gostava de cantar e tambm de comer. Um dia

    ele foi para a escola, e os amigos comearam a gozar com ele, por ele ser gordo. Ento,

    comeou a isolar-se. Ia almoar e todos logo se afastavam dele. Arranjou um

    esconderijo perto dos caixotes do lixo onde ningum o ia procurar.

    Passado um tempo, o peixinho dourado ganhou coragem e comeou a passar os

    intervalos sentado num baloio a cair de podre.

    Um dia, uma gaivota do 7 ano foi ter com ele e o peixinho comeou a fugir. Logo agaivota disse que tinha um recado para lhe dar, mas o peixinho no queria acreditar nas

    palavras dela e continuou a fugir. A gaivota, como era treinada para entregar mensagens

    a peixinhos, vestiu o fato de mergulho, ligou as turbinas e foi atrs dele. Passados

    segundos, a gaivota apanhou-o e disse: tenho uma mensagem para ti?

    Qual era a mensagem?

    - Estou cheio de fome e vou-te comer!.

    Tiago Oliveira, 7D

  • 7/31/2019 Oficinas de Escrita Criativa 2011-12

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    Ontem acordei na prateleira de uma papelaria. Uma senhora pegou em mim e nas

    minhas irms e levou-nos para um edifcio, que na entrada tinha escrito em letras

    grandes e gordas "Escola". Entrmos e a percebi que aquilo s podia ser um castigo,

    pois aquelas crianas riscavam em todo o lado.

    A senhora distribui-nos uma a cada criana. Comearam a riscar-nos, carregavam tanto

    nos lpis, nas canetas e at nos pincis!

    Hoje acordei no inferno, o caixote do lixo, porque a criana no gostou do desenho.

    Sou uma simples folha de papel.

    Rodrigo Ferreira

  • 7/31/2019 Oficinas de Escrita Criativa 2011-12

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    Acordei no meu curral s 7h00. A minha dona s vinha s 8h00 para me dar o comer.

    s 8h00 certas, j estava ela pronta para me dar a refeio. Fez-me festas e lavou-me o

    curral.

    Como j sou um bocado velha, um dia ela esqueceu-se de fechar o porto e eu fugi.

    Fui para os pinhais caar coelhos. Andava procura quando saltou um do meio das

    silvas, matei-o.

    O meu dono tinha uma cadela que se chamava Formiga. Ela era nova e foi ter

    comigo. O meu dono encontrou-me e viu o coelho que eu tinha caado.

    Ele disse:

    Muito bem Bonita!

    Como ele tinha a arma, fomos caar. A Formiga viu um coelho e eu saquei-o. A seguir,

    vi um javali e comecei a latir. O meu dono meteu os trs cartuchos e acertou-lhe com os

    trs tiros.

    Disse para mim e para a minha parceira que tnhamos feito uma bela caada.

    Trouxemos o javali e os dois coelhos. O meu dono ps-nos no curral, deu-nos um

    tabuleiro de rao e um coelho para eu e a minha parceira comermos.

    A cadela maluca

    Marco Viana, 7 D

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    No que eu me transformei

    Hoje acordei e estava escuro, mas mesmo muito escuro. Estava fechado dentro de algo

    estranho, que parecia ser uma garrafa, ou at uma caixa, mas muito bem fechada.

    Esperei, esperei, estava impaciente, pois ningum me abria e eu sentia-me apertado.

    Chegou um dia em que, j quase morto, senti algum ou alguma coisa a transportar o

    recipiente onde eu estava. Fiquei contente e ansioso, por um lado, mas por outro sabia

    que era um lquido qualquer e poderia vir a acabar num estmago, ou at noutro stio

    qualquer. Finalmente senti uma brisa e luz a entrar, logo olhei para cima e vi uma

    abertura. Aps segundos, apercebi-me de que estava a ser colocado num copo, de

    seguida numa boca e acabei num lugar escuro e sombrio, onde acabei por morrer.

    Comecei e acabei num lugar escuro. Eu era Vodka.

    Diogo Paula, 7 F

  • 7/31/2019 Oficinas de Escrita Criativa 2011-12

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    Hoje quando acordei levaram-me debaixo do brao e depois todos comearam a bater-

    me com um taco. s vezes, voo pelo campo e caio no cho. Poucas vezes, vou para o

    banco porque eu era a coisa mais importante que entrava em jogo. No campo andava

    sempre a voar, ia parar s mos de outras pessoas e outras vezes mesmo cara. Durante

    o jogo, fui substituda por outra colega minha, mas as minhas amigas, nem um minuto

    de jogo tinha passado, j estavam cansadas e eu era aquela que tinha de as substituir. O

    jogo terminou e finalmente pude descansar. Em casa volto para o armrio. Sou uma bola

    de Basebol.

    Rafael Pais, 7 A

  • 7/31/2019 Oficinas de Escrita Criativa 2011-12

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    Num lindo dia de sol, primeiro dia da semana de aulas, levou-me para a escola. Quando

    a professora de Lngua Portuguesa entrou na sala disse:

    - Meninos, hoje vo aprender o R maisculo e minsculo.

    Eu fiquei logo assustado porque pensava que me ia acontecer alguma coisa. Mas no,

    foi uma coisa boa. hora do lanche, Joana, a minha dona, deixou-me na mesa da sala.

    Depois do lanche, foram todos para o p da sala, espera da professora de matemtica.

    Ela chegou e entramos para a sala. A professora, um bocado triste, disse-nos:

    - Ol meninos. Hoje vamos aprender dois nmeros muito bonitos. Esses nmeros so o

    1 e o 2.

    Eu fiquei muito contente porque eram uns dos meus nmeros preferidos. Com muito

    entusiasmo, apressei-me logo.

    Chegou a hora de almoo, foram todos almoar. Eu tambm trouxe o meu almoo.

    Ento comecei a almoar. Quando os meninos acabaram de almoar, foram todos

    brincar s escondidas, s apanhadas e ao congela e descongela.

    Quando acabou a hora de almoo, foram todos para o p da porta da sala. Chegou a

    professora de Estudo do Meio e entraram na sala. A professora disse-nos:

    - Caros alunos, hoje vo comear a aprender o corpo humano.

    Eu como lpis, no fiquei l muito contente, porque no gostava muito do corpo

    humano. Logo a seguir, foram todos para a aula de Educao Fsica. Joana, a minha

    dona, deixou-me no estojo. J arrumada, depois de ela ter ido embora, sa do estojo e fui

    ter com os outros lpis.

    As tesouras e borrachas, naquela sala, estavam muito sossegadas. Eu, no meio de todos

    os outros lpis, era o pior em comportamento, mas o mais divertido de todos.Quando a aula de Educao Fsica acabou, l me foi meter dentro do estojo ao p da

    tesoura e da borracha. Depois, arrumou-me na mochila. Fomos para casa fazer os

    trabalhos da escola. Eu j estava farta de escrever, mas era divertido.

    Ela foi jantar e deixou-me em cima da secretria. Depois de jantar, foi arrumar a

    mochila. Despediu-se de mim.

    Foi um dia muito divertido.

    Daniela Neves, 7 A

  • 7/31/2019 Oficinas de Escrita Criativa 2011-12

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    Era dia, estava um sol bonito, estava quieta no meu stio a olhar para a janela a ver com

    tudo era bonito.

    A minha dona pegou-me e ps-me dentro de uma mala que me protegia. L dentro

    estava escuro, no se via nada, at que descansei um pouco. Depois de tanto tempo a

    descansar, a minha dona tirou-me da mala e juntamente com as suas amigas tiraram

    fotos. Chegou a hora de uma amiga da minha dona, que um pouco desajeitada, tirar

    uma fotografia. Quando a ia tirar deixou-me cair e partiu-me o vidro. Fiquei esmurrada

    nas pontas e estava cheia de dores. A minha dona comeou a chorar muito porque no

    sabia como ia dizer aos pais o que tinha acontecido. Quando os pais souberam, disseram

    que iam ver se dava para arranjar. Um homem tentou compor, mas afinal no dava.

    Deitaram-me no lixo e eu, a mquina fotogrfica, fiquei l at me levarem.

    Carolina Matos, 7 A

  • 7/31/2019 Oficinas de Escrita Criativa 2011-12

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    Ol! Quero-vos apresentar a pasta de dentes, a minha melhor amiga, sem ela eu seria

    intil.

    Todos os dias, a minha dona usava-me trs vezes por dia. A minha vida era sempre a

    mesma rotina e eu sempre fui muito aventureira

    Um dia de manh, a minha dona no me arrumou e deixou-me no cho! E a minha

    aventura comeou!

    No sabendo o que fazer fui-me arrastando at a um stio com um televisor muito

    grande, uma coisa no cho de pelo e umas almofadas gigante! Eu no sabia o que era

    alguma daquelas coisas, e continuei a arrastar-me

    De repente, ouvi um guizo e o cho comeou a tremer! Muito assustada escondi-me, era

    o gato!

    A minha dona entretanto chegou a casa e apanhou-me e volto a pr-me na casa de

    banho, e com isto aprendi que, c fora, h muitos perigos!

    Eu sou a pasta de dentes!

    Marta Marques, 7E

  • 7/31/2019 Oficinas de Escrita Criativa 2011-12

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    Estava no quarto a olhar para uma pessoa que por acaso era o meu dono. Ele estava a

    ver um site, que era um torneio de Games of Skate, e passamos ali muito tempo.

    Passado um bocado, pegaram-me e levaram-me para o parque urbano para o half-

    pipe. Comearam a andar comigo, a dar-lhe bues para subirem a rampa grande, e l

    ia ele em cima de mim a puxar para conseguir subi-la. Quando ia j a comear a subir,

    cai e eu sou projectado pelos ares at parar numa rocha. Fiquei todo riscado, mas isso

    no me importava, o que me importava era o meu dono porque sem ele eu no rodo. E

    l vinha ele todo esgaado, a correr para ver se eu me tinha partido. Pegou-me

    comeou a beijar-me e l foi ele a correr para ver se conseguia subi-la. Tentou, tentou,

    at que conseguiu. J me doam os rolamentos, s me apetecia ir para casa, mas o tolo

    do meu dono empresto-me a um serrano qualquer, com um cheiro a chul que tombava.

    Comecei a rezar para ver se ele se ia embora, e bem dito e bem certo, Deus ouviu-me.

    L fui eu a caminho de casa, com os olhos cheios de pedras e a minha tbua toda

    riscada.

    Chegmos a casa, e ele fartou-se de me engraxar e limpar at eu ficar a brilhar. Quando

    j estava pronto, ps-me na minha cama, apagou as luzes e eu cheiinho de medo

    adormeci.

    Carlos Pais, 7 E

  • 7/31/2019 Oficinas de Escrita Criativa 2011-12

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    Para j, passo a dizer que me acho um intil.

    No sei para que que me inventaram, na verdade no sirvo para nada!

    Havia uma altura em que achava que tinha ocorrido um erro mdico, mas depois

    apercebi-me que no eram todos iguais (uns com flor outros com risco).

    Para terminar acho-me intil!

    Segunda-feira:

    O meu dia foi passado na gaveta e acho que isto mais uma prova de que sou

    completamente intil.

    Tera-feira:

    Mais um dia que passei na gaveta escura do armrio. noite, ouvi dizer hoje o jantar

    pescada! e os meus olhos arregalaram-se, mas no mesmo momento ouvi no me! por

    favor no e a me responde ok, eu grelho umas febras e mais uma vez os outros

    iam ser usados e eu como de costume no

    Quarta-feira:

    Era Ceia de Natal e estava com esperana que fosse utilizado, mas era peru e os

    outros iam ser utilizados Normalmente sou utilizado no Natal, mas no era o caso.

    Na verdade prefiro ficar na gaveta porque detesto ser usado pelos dentes sujos das

    pessoas!

    Quinta-feira:

    Normalmente eu devia estar a tomar banho, mas como no fui utilizado mantive-me na

    gavetaComo sempre

    este o mini dirio de um garfo de peixe, que se acha intil, mas que prefere ficar na

    gaveta para no ser trincado

    Daniel Nunes, 7 E

  • 7/31/2019 Oficinas de Escrita Criativa 2011-12

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    Como de costume, acordei de manh bem cedo. Tinha registado trinta novidades... Sa

    da cama, calcei as pantufas e vesti o robe; fui casa de banho lavar os dentes e tomar

    um duche. Passados dez minutos, fui at ao meu quarto e vesti-me sem pressa nenhuma.

    Fui tomar o pequeno-almoo e entrei no meu Facebook. Vi as tais trinta novidades:

    mensagens, fotografias, msicas No respondi a nenhuma, pois da a pouco tempo ia

    estar com eles.

    Cheguei escola e estava l o LG, o HP e o TOSHIBA. Cumprimentamo-nos.

    Quando tocou para a entrada, fomos para a sala de aula. A nossa aula de Portugus

    estava a ser uma grande seca, ento decidi enviar uma mensagem aos meus amigos.

    Passado pouco tempo, recebi a mensagem deles e continumos assim o resto da aula. A

    professora TMN mandou-me ao quadro, mas eu no sabia a pergunta quanto mais a

    resposta!!!

    Escrevi que a letra a seguir ao A era o H. A professora disse que estava mal e

    perguntou-me o que que eu andava a fazer enquanto ela explicava a matria. Eu disse

    que estava desatenta e a mandar mensagens para os outros colegas. Mandou-me ao

    gabinete do professor VODAFONE. Cheguei l e o professor estava a namorar com a

    OPTIMUS. Eu disse que a professora TMN me tinha mandado para o gabinete

    dele, ele disse-me para eu ir embora pois ele estava muito ocupado a namorar.

    Fiquei estupefacta, pois no era costume ele reagir assim. Fui l para fora e encontrei a

    NOKIA, aproximei-me e vi que ela estava a chorar. Perguntei-lhe o que se passava e

    ela disse-me que o IPAD tinha acabado com ela. Respondi que lamentava imenso, ela

    agradeceu e tambm me perguntou por que razo que eu estava no intervalo e no nas

    aulas e eu expliquei-lhe o porqu.

    Quando o toque da sada soou todos saram, ela deu-me um beijinho na cara eabraamo-nos, disse-me que ramos as melhores amigas. Assim foi, ficmos amigas

    para sempre.

    Cheguei a casa e deitei-me no sof a ver os Morangos com Acar. Quando acabou, fui

    jantar e deitei-me a pensar como a vida de um telemvel , por vezes, muito dura

    Miriam Raquel, 7 A

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    Estou na prateleira de uma loja espera que algum me compre, fiquei horas espera e

    finalmente algum decidiu comprar-me.

    O meu dono no pra de me tocar, mexe em mim todo o dia, quando vai para a escola

    os amigos dele s me tocam e eu fico cansado e com calor. Quando chega a noite pe-

    me ao p do candeeiro e fico l at que chegue o dia.

    Tem de me carregar porque se me mexe muito fico exausto e preciso recuperar

    energia. Por isso ele hoje foi escola sem mim e eu fiquei muito melhor, sem ele aqui

    tenho de ficar no cho espera de acabar de carregar e enquanto fico espera vou

    descansando para no dia seguinte voltar a ficar cansado e com calor.

    Quando o meu dono chegou at fiquei espantado, foi para o computador a tarde

    inteira chegada a noite desligou-me e fiquei outra vez ao p do candeeiro.

    Eu sou um telemvel.

    Ricardo Costa, 7 A

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    Acordei de manh, como todos os dias, mas era um dia diferente de todos, porque ia

    pela primeira vez ser utilizada. Foi uma sensao muito boa mas, por outro lado, um

    pouco m porque tinha de levar todos os livros para a escola.

    Nunca tinha experimentado essa sensao, foi interessante ver o interior das salas, tudo

    cheio de cadeiras, mesas e quadros e tambm ver os alunos a andar de um lado para o

    outro. Nunca me imaginei a viver esta fantstica alegria, pois nunca pensei que sasse da

    loja. Via muita gente, mas ningum me comprava, pegavam-me e voltavam-me a pr no

    mesmo stio, ficava triste por ningum gostar de mim. Mas, de repente, veio um menino

    ter comigo, pensava que me ia descartar como toda a gente fazia. Mas no! Comprou-

    me e levou-me, fiquei to feliz! Afinal toda a gente precisa de mim! Aprendi que

    tambm h coisas boas na vida! Adoro ser mochila!

    Dbora Varela, 7A

  • 7/31/2019 Oficinas de Escrita Criativa 2011-12

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    Tubaro

    Hoje acordei muito estranho, com umas dores terrveis, mas o mais estranho que no

    sabia de onde vinham.

    Estava com muita preguia, no me apetecia levantar da cama, mas tinha de ser.

    Quando fui comer, foi a que me apercebi de onde vinham as dores, era dos dentes.

    A minha me disse que tinha de ir ao dentista, a minha primeira vez, fiquei um pouco

    assustado.

    O carro da minha me tinha ido para a oficina, por isso fomos de baleio-mobil.

    Quando chegmos estava l muita gente, pensei para mim mesmo, no sou o nico.

    Com umas quantas injeces fiquei com o cu-da-boca dormente, tiraram-me o dente.

    No fim de tudo, reparei que no tinha dodo nada, no tinha razes para ficar nervoso, e

    fim de tudo estava feliz.

    Rodrigo Rodrigues

  • 7/31/2019 Oficinas de Escrita Criativa 2011-12

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    Todos os dias, o meu dono pega em mim e leva-me para a escola. Mete-me no cacifo e

    vai para as aulas. Ao fim das aulas, no intervalo, vai-me buscar e vamos para o recreio

    divertir-nos. Eu gosto dos pontaps que me do, porque j estou habituada. Deram-me

    um pontap com tanta fora que eu sa do recreio e fui parar estrada.

    O meu dono voltou para as aulas. No final, foi a correr e saltou a vedao para me ir

    buscar. Andava minha procura quando um estranho, que eu no conhecia de lado

    nenhum, pegou em mim e levou-me recepo da escola. Quando me entregou, um

    amigo do meu dono reparou e foi a correr ter com o meu dono para que viesse para

    dentro da escola, porque eu j estava na recepo. Ele ento pegou na mochila, que

    estava no cho, saltou a vedao para dentro da escola e foi-me buscar recepo.

    Quando chegou, pegou em mim e fomos os dois felizes para casa.

    Eu sou uma bola.

    Bernardo Costa

  • 7/31/2019 Oficinas de Escrita Criativa 2011-12

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    Patins em linha

    - Sou o direito

    - E eu sou o esquerdo

    - Sirvo para travar

    - E eu para equilibrar

    - Tenho quatro rodas

    - E eu tenho outras quatro

    - difcil comear porque no me sei equilibrar

    - Mas depois sempre a andar

    - Gostamos de alinhar

    - E principalmente em rampas andar

    - O nosso inimigo so as pedrinhas

    - Porque ns somos patins em linha

    - Temos outros rivais

    - Tal como a areia e os metais

    - O episdio que vem a seguir

    - Foi numa estrada em que acabmos por ca