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PRODUÇÃO DE TEXTOS ACADÊMICOS: FUNÇÕES DO TEXTO E DA LINGUAGEM. A COMPREENSÃO E PRODUÇÃO DO TEXTO COMO PRÁTICA INTERDISCIPLINAR. TEXTUALIDADE, COERÊNCIA E COESÃO TEXTUAL. REDAÇÃO TÉCNICA E CIENTÍFICA. OFICINA DE TEXTO

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Page 1: Oficina de Textos

PRODUÇÃO DE TEXTOS ACADÊMICOS:

FUNÇÕES DO TEXTO E DA LINGUAGEM.

A COMPREENSÃO E  PRODUÇÃO DO TEXTO COMO PRÁTICA INTERDISCIPLINAR.

TEXTUALIDADE, COERÊNCIA E COESÃO TEXTUAL. 

REDAÇÃO TÉCNICA E CIENTÍFICA.

OFICINA DE TEXTO

Page 2: Oficina de Textos

ELEMENTOS DA COMUNICAÇÃO

emissor - emite, codifica a mensagemreceptor - recebe, decodifica a mensagemmensagem - conteúdo transmitido pelo emissorcódigo - conjunto de signos usado na transmissão

e recepção da mensagemreferente - contexto relacionado a emissor e

receptorcanal - meio pelo qual circula a mensagem Obs.: as atitudes e reações dos comunicantes são

também referentes e exercem influência sobre a comunicação

Page 3: Oficina de Textos

FUNÇÕES DA LINGUAGEM

Roman Jakobson, lingüista russo, elaborou estudos acerca das funções da linguagem e caracterizou-as em seis, cada uma delas estreitamente ligada a aos elementos que compõem o ato de comunicação.

Page 4: Oficina de Textos

FUNÇÕES DA LINGUAGEM

Page 5: Oficina de Textos

FUNÇÕES DA LINGUAGEM

FUNÇÃO REFERENCIAL: O referente é o objeto ou situação (tema) de que

a mensagem trata. A função referencial privilegia o referente da mensagem, transmitindo informações objetivas sobre ele. Valoriza-se , assim, o objeto ou a situação de que trata mensagem, sem que haja manifestações pessoais ou persuasivas. O emissor procura oferecer informações da realidade.

Mensagem objetiva, direta, denotativa, prevalecendo a 3ª pessoa do singular.

Exemplos: textos jornalísticos, acadêmicos.

Page 6: Oficina de Textos

FUNÇÕES DA LINGUAGEM

FUNÇÃO EMOTIVA OU EXPRESSIVAPor meio dessa função, o emissor imprime

no texto as marcas de sua atitude pessoal: emoções, opiniões, avaliações. Podemos sentir no texto a presença do emissor (clara ou sutil).

Exemplos: cartas pessoais, resenhas críticas, poesia confessional, canções sentimentais que predominam essa função.

Page 7: Oficina de Textos

FUNÇÕES DA LINGUAGEM

FUNÇÃO CONATIVAA palavra “conativo” provém do latim conatus, que

significa “esforço ou ação que procura impor-se a uma resistência”. Essa função procura organizar o texto de forma a que se imponha sobre o receptor da mensagem, persuadindo-o, seduzindo-o. Nas mensagens em que predominam essa função, busca-se envolver o leitor com o conteúdo transmitido, levando-o a adotar este ou aquele comportamento.

Exemplo: mensagens publicitárias.

Page 8: Oficina de Textos

FUNÇÕES DA LINGUAGEM

FUNÇÃO FÁTICAA palavra fático vem do grego phátis, que significa

“ruído, rumor”, Foi utilizada inicialmente para designar certas formas que se utilizam para chamar a atenção (psiu, ahn, ei). Essa função ocorre quando a mensagem se orienta sobre o canal de comunicação ou contato, buscando verificar e fortalecer toda eficiência.

Exemplos: para ela contribuem, nos textos escritos, desde a disposição gráfica sobre o papel, até a seleção vocabular e as estruturas de frase utilizadas

Page 9: Oficina de Textos

FUNÇÕES DA LINGUAGEM

FUNÇÃO METALINGUÍSTICAQuando a mensagem se volta sobre si mesma,

transformando-se em seu próprio referente. Nos textos metalinguísticos a mensagem se orienta para os elementos do código, explicando-os, definindo-os ou analisando-os.

Exemplos: dicionários, textos que interpretam outros textos, poemas que falam de poemas.

Page 10: Oficina de Textos

FUNÇÕES DA LINGUAGEM

FUNÇÃO POÉTICAQuando a mensagem é elaborada de forma

inovadora e imprevista, utilizando combinações sonoras ou rítmicas, jogos de imagem ou idéias.Nessa função a imagem é manipulada de forma pouco convencional, capaz de despertar surpresa e prazer estético.

Exemplo: poesias, pode ser encontrado em alguns textos publicitários, determinadas formas jornalísticas e populares.

Page 11: Oficina de Textos

FUNÇÕES DA LINGUAGEM

Em um mesmo texto podem aparecer várias funções da linguagem. O importante é saber qual a função predominante no texto, para então defini-lo.

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Exercitando o conceito

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VÍCIOS DE LINGUAGEM

Vícios de linguagem são incorreções ou defeitos no uso da língua falada ou escrita. Originam-se do descaso ou do despreparo lingüístico de quem se expressa. São os principais vícios de linguagem:

Ambigüidade:frases que apresentam duplo sentido. Jacinto, Vi a Célia passeando com a sua irmã.

Barbarismo: emprego de palavras erradas relativamente à pronúncia, forma ou significação.Os cidadões proporam uma nova ordem.

Cacofonia: Um por cada vez. Pleonasmo vicioso: redundância. Ele nutre uma inexplicável xenofobia

aos estrangeiros. Plebiscito popular Pleonasmo figura de linguagem/ não vício : chorei lágrimas de sangue, vi com meus próprios olhos.

Solecismo: erro de sintaxe ( concordância, regência, colocação) Eco: concorrência de palavras que têm a mesma terminação.

Page 14: Oficina de Textos

VÍCIOS DE LINGUAGEM

Estrangeirismo Um dos fatores relevantes da variedade lingüística são os

empréstimos vocabulares em conseqüência do intercâmbio cultural, político, econômico entre as nações. Porém existe um grande número de importações desnecessárias, em que a língua estrangeira ( em geral o inglês) é usada como fator de prestígio social.

PreciosismoAfetação da linguagem. Emprego de palavras rebuscadas, desconhecidas.Ex: Você nunca experimentou a emoção do ilapso.

Obs.: ilapso=influência divina, poder de Deus.

Page 15: Oficina de Textos

CONSTRUÇÃO DE TEXTO

Parágrafo: o parágrafo é uma unidade redacional. Serve para dividir o texto em partes menores, tendo

em vista os diversos enfoques. O parágrafo não muda o assunto,pode mudar a

abordagem; A cada novo enfoque, a cada nova abordagem, haverá

novo parágrafo. A compreensão da estrutura do parágrafo é o melhor

caminho para a segura compreensão do texto.

Page 16: Oficina de Textos

Parágrafo

Divisão de um parágrafo: Tópico frasal - é a idéia-núcleo extraída de maneira clara

e concisa do interior do parágrafo; Desenvolvimento - através do qual, o tópico frasal recebe

uma carga informativa onde, muitas vezes, se agregam as idéias secundárias;

Conclusão – nem sempre presente; serve para resumir o conteúdo do parágrafo, sublinhando seu ponto de interesse e localizando no final do mesmo;

Elemento relacionador- não obrigatório, mas geralmente presente a partir do segundo parágrafo; visa estabelecer um encadeamento lógico entre as idéias, servindo de elo entre o parágrafo em si e o tópico que o antecede.

Page 17: Oficina de Textos

Exercício

Texto: A língua do Brasil amanhã.Sublinhar as frases que se referem ao tópico

frasal de cada parágrafo.Colocar em colchetes as idéias secundárias.Circular o elemento relacionador, se houver.

Page 18: Oficina de Textos

O estudo do texto

Propósito do estudo – qual o seu objetivo ao ler determinado texto? Qual a razão reflexiva?

Delimitação do assunto:

ASSUNTO DELIMITAÇÃO OBJETIVO

esportes A prática de esportes Apontar as vantagens da prática de esportes na terceira idade

televisão O uso da televisão Entender os possíveis efeitos do uso excessivo do meio

Publicidade O idoso na publicidade

Analisar como o idoso é representado na propaganda atual.

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métodos de abordagem para o objeto de estudo

Analisar - é decompor um todo em suas partes para melhor estudá-lo.

Sintetizar - é reconstituir o todo decomposto pela análise.

Interpretar- é o julgamento que ocorre após as etapas de análise e síntese.

Page 20: Oficina de Textos

Facilitadores do estudo do texto

Sublinhar , esquematizar, resumirSublinhar:

Definir o objetivo Leitura prévia e sinalização Segunda leitura : sublinhar a idéia principal, os

pormenores mais significativos.

Nota: Sublinhe só o que é realmente importante para o estudo que está sendo feito.

Page 21: Oficina de Textos

Esquema

Esquema – é a representação gráfica, sintética, do que se leu. Esse tipo de anotação, geralmente feito em fichas, deve ser montado numa seqüência lógica que ordene as principais partes do conteúdo do texto numa subordinação hierárquica. O esquema destaca o propósito da leitura, possibilita a melhor compreensão do texto e facilita consultas futuras.

Exemplo: esquemas gráficos e sumários.

Avaliação

Prova

Trabalho

Participação

oral

escrita

Page 22: Oficina de Textos

ESQUEMA

Mantenha no esquema a fidelidade ao texto original.

Ordene a estrutura do esquema de forma lógica e compreensível (idéia clara sobre o conteúdo da leitura)

Page 23: Oficina de Textos

RESUMO

O resumo é a condensação do texto.Normas práticas de elaboração do resumo:

Não resumir antes de levantar o esquema ou preparar as anotações da leitura . O resumo tem de derivar sempre do estudo efetuado e ser conseqüência da leitura preparada. O resumo de texto deve manter a fidelidade ao texto original.

Ao redigir, usar frases breves, diretas e objetivas. – concisão e clareza ao transportar o pensamento do autor. Havendo necessidades, faça transcrições e coloque-as entre aspas, completando a referência com número da página entre parênteses.

Acrescentar referências bibliográficas e observações de caráter pessoal, sempre que necessário.

Page 24: Oficina de Textos

EXERCÍCIO

1- Escolha o assunto, a delimitação e defina o objetivo.

2- Sublinhe o texto3- Faça um esquema4- Faça um resumo

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Coerência e coesão

Coerência: capacidade argumentativa Sentido Relações de dados Lógica interna – rede de conceitos.

Coesão : manifestação lingüística da coerência. Capacidade lingüística Unidade formal

Page 26: Oficina de Textos

Coesão

Coesão é a conexão, ligação, harmonia entre os elementos de um texto. Percebemos tal definição quando lemos um texto e verificamos que as palavras, as frases e os parágrafos estão entrelaçados, um dando continuidade ao outro. Os elementos de coesão determinam a transição de idéias entre as frases e os parágrafos.

Page 27: Oficina de Textos

Coesão

Observe a coesão presente no texto a seguir:

“Os sem-terra fizeram um protesto em Brasília contra a política agrária do país, porque consideram injusta a atual distribuição de terras. Porém o ministro da Agricultura considerou a manifestação um ato de rebeldia, uma vez que o projeto de Reforma Agrária pretende assentar milhares de sem-terra.”

JORDÃO, R., BELLEZI C. Linguagens. São Paulo: Escala Educacional, 2007,

566 p.

Page 28: Oficina de Textos

Coesão

- Palavras de transição: são palavras responsáveis pela coesão do texto, estabelecem a inter-relação entre os enunciados (orações, frases, parágrafos), são preposições, conjunções, alguns advérbios e locuções adverbiais.

Page 29: Oficina de Textos

COESÃO

Exercício oralComplete as frases com elementos de coesão:1. ...............o esquecimento é normal em qualquer idade, .................

em idades avançadas há um complicador a mais: o acúmulo de perdas de células nervosas.

2. ..............., o envelhecimento está associado a dificuldades de memória e à lentidão de raciocínio..............., acredita-se que idosos ficam com dificuldades em lembrar e compreender situações novas que lhes são apresentadas rapidamente, ....................., superam os jovens em raciocínios que exigem maior "sabedoria".

3. A idade avançada deixa os idosos mais vulneráveis, ............,são vítimas de quedas e atropelamentos. ................não há segurança na travessia de semáforos ....................tempo suficiente para que cheguem do outro lado da rua.

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Técnica da ordenação de texto

1. Delimitar o tema2. Definir palavras-chave referente ao assunto.

1. Escrever em forma de frases tudo que sabe e quer dissertar sobre o assunto escolhido.

2. Inserir os elementos de coesão para harmonizar o texto.

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Ordenação do texto

Na TV, o discurso publicitário ganha um reforço considerável: a força das imagens em movimento.

Para a conscientização é necessário identificar as estratégias usadas para criar o apelo ao consumo.

Comerciais exibidos na televisão recorrem a estereótipos para criar a sensação de desejo no inconsciente do telespectador.

A linguagem da propaganda, em qualquer meio de comunicação, é sempre a da sedução, a do convencimento.

Aprender a “ler” as peças publicitárias veiculadas pela TV tem a mesma importância, na formação de um telespectador crítico, que saber analisar os noticiários e as telenovelas.

A publicidade funciona assim nas revistas, nos jornais, no rádio e nos outdoors, mas suas armas parecem mais poderosas na televisão.

Se é verdade, como dizem os críticos, que a propaganda tenta criar necessidades que não temos, os comerciais de TV são os que mais perto chegam de nos fazer levantar imediatamente do sofá para realizar algum desejo de consumo.