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Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Sul Campus Rio Grande Núcleo de Arquitetura Grupo de Pesquisa “ Representação, Resgate e Inovação do Ambiente ConstruídoTUTORIAIS DO NÚCLEO DE ARQUITETURA produzido por Daniel dos Santos Cunha e Nikolas Urrutia Heinz Junho de 2017 CRIAÇÃO DE MAPAS AXIAIS AutoCAD Map 2012 – Licença Educacional 1. DEFINIÇÃO DE MAPA AXIAL Os mapas axiais (Figura 1) são identificados, basicamente, como o menor número de linhas retas que objetivam representar um conjunto de determinados espaços convexos no meio urbano (OLIVEIRA et al., 2015). Trata-se de uma das principais ferramentas de análise urbana capaz de gerar gráficos auxiliares em cálculos matemáticos de algumas medidas espaciais, como a integração global e a integração local (FERREIRA, 20??). Figura 1: Exemplo de mapa axial – Mapa axial de Goiânia, GO, Brasil. Fonte: Google Images. 2. UNIDADES E SISTEMAS DE COORDENADAS 2.1 UNIDADES Como a unidade padrão para qualquer tipo de atividades de medidas é o metro, deve-se realizar a alteração das configurações preestabelecidas pelo AutoCAD MAP. Para efetuar tal modificação, há duas possibilidades: através da barra de ferramentas ou através da barra de comandos.

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Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do SulCampus Rio Grande

Núcleo de ArquiteturaGrupo de Pesquisa “Representação, Resgate e Inovação do Ambiente Construído”

TUTORIAIS DO NÚCLEO DE ARQUITETURA

produzido por Daniel dos Santos Cunha e Nikolas Urrutia HeinzJunho de 2017

CRIAÇÃO DE MAPAS AXIAISAutoCAD Map 2012 – Licença Educacional

1. DEFINIÇÃO DE MAPA AXIAL

Os mapas axiais (Figura 1) são identificados, basicamente, como o menor número de linhas retas que objetivam representar um conjunto de determinados espaços convexos no meio urbano (OLIVEIRA et al., 2015). Trata-se de uma das principais ferramentas de análise urbana capaz de gerar gráficos auxiliares em cálculos matemáticos de algumas medidas espaciais, como a integração global e a integração local (FERREIRA, 20??).

Figura 1: Exemplo de mapa axial – Mapa axial de Goiânia, GO, Brasil. Fonte: Google Images.

2. UNIDADES E SISTEMAS DE COORDENADAS

2.1 UNIDADES

Como a unidade padrão para qualquer tipo de atividades de medidas é o metro, deve-se realizar a alteração das configurações preestabelecidas pelo AutoCAD MAP. Para efetuar tal modificação, há duas possibilidades: através da barra de ferramentas ou através da barra de comandos.

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2.1.1 BARRA DE FERRAMENTAS

Ao iniciar o AutoCAD MAP, a workstation apresentará diversas ferramentas como mostrado na Figura 2. As ferramentas do AutoCAD MAP assemelham-se muito as do AutoCAD básico.

Figura 2: Interface inicial do AutoCAD MAP. Fonte: Autores.

Para alterar a unidade preexistente, deve-se selecionar o botão no canto superior esquerdo (M 3D; logotipo da versão do AutoCAD), como mostra a Figura 3. Surgirá uma aba com diversas opções, selecione “Drawing Utilities” e, em seguida, escolha a opção “Units”, como mostrado na Figura 4.

Figura 3: Botão a ser selecionado na barra de ferramentas. Fonte: Autores.

Figura 4: Percurso até a opção “Units”. Fonte: Autores.

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Após selecionar “Units” surgirá a janela “Drawing Units”, onde o usuário deverá alterar, na opção “Intersional Scale”, de “Inches” (polegadas) para “Meters” (metros), como demonstra a Figura 5. Em seguida selecionar o botão “OK”. Feitos esses passos, a alteração nas unidades de medida está concluída.

Figura 5: Alteração das unidades. Fonte: Autores.

2.1.2 BARRA DE COMANDOS

Para alterar as unidades a partir da barra de comandos, deve-se digitar “UN” e apertar o botão “Enter” no teclado como demonstrado na Figura 6.

Figura 6: Digitação do comando “UN” para alteração de unidades. Fonte: Autores.

Surgirá a janela “Drawing Units”, onde o usuário deverá proceder de maneira similar ao demonstrado na Figura 5.

2.2 SISTEMA DE COORDENADAS

A localização precisa de pontos sobre a superfície da Terra, segundo FITZ (2008) se dá através de um sistema de coordenadas. Por meio de valores angulares (coordenadas geográficas) ou lineares (coordenadas UTM) este possibilita o posicionamento preciso de um ponto em um sistema de referência.

Para a elaboração de mapas axiais, usamos o sistema de coordenadas Universal Transversa de Mercator (UTM). Existem alguns Datums recomendados para tal operação, por exemplo WGS 84, SAD 69 e SIRGAS 2000.

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2.2.1 BARRA DE FERRAMENTAS

Com intuito de definir o sistema de coordenadas, deve-se selecionar a aba “Map Setup” localizada na parte superior da barra de ferramentas. Após isso, escolher a opção “Assign” como mostra a Figura 7.

Figura 7: Caminho para inserção do sistema de coordenadas. Fonte: Autores.

Ao selecionar a opção “Assign” irá surgir uma janela com o nome de “Coordinate System - Assign”. Nela serão apresentadas informações sobre o sistema de coordenadas, como apresenta a Figura 8. Nota-se que não há nenhuma informação sobre o sistema de coordenadas.

Figura 8: Informações sobre o sistema de coordenadas. Fonte: Autores.

Para inserir o sistema de coordenadas, deve-se procurar pelo sistema e Datum pretendido na opção “Search”. Para fins explicativos, será buscado o sistema de coordenadas UTM Datum WGS 84 22S, como demostrado na Figura 9. Na janela de busca, deve-se digitar “UTM84” ou incluir o número da zona digitando “UTM84-22”, surgindo opções N (para hemisfério Norte) e S (para hemisfério Sul).

Em seguida, deve-se clicar no botão “Assign” para concluir a seleção do sistema de coordenadas.

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Figura 9: Selecionando sistema de coordenadas pretendido.

2.2.2 BARRA DE COMANDOS

Para definir o sistema de coordenadas através da barra de comandos, é necessário digitar o comando “MAPCSASSIGN” (Figura 10). Em seguida será aberta a janela de “Coordinate System - Assign”. A partir dessa etapa, deve-se proceder de maneira similar à da barra de ferramentas, como salientado nas Figuras 8 e 9.

Figura 10: Digitação do comando “MAPCSASSIGN” para inserção do sistema de coordenadas. Fonte: Autores.

3. IMAGENS GEORREFERENCIADAS

A respeito das imagens georreferenciadas, ressalta-se sua importância para a criação de mapas axiais, servindo de auxílio para a vetorização das linhas axiais (responsáveis pela formação do mapa). Destaca-se, ainda, que as imagens georreferenciadas de um município inteiro são, na grande maioria das vezes, de grande porte, podendo chegar a 10 gigabytes ou ainda mais, dependendo do recorte espacial realizado.

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3.1. INSERÇÃO

3.1.1 BARRA DE FERRAMENTAS

Para inserir uma imagem georreferenciadas no AutoCAD MAP através da barra de ferramentas, deve-se selecionar a opção “Connect” no canto superior esquerdo, como aponta a Figura 11. Em seguida, a janela “Data Connections by Provider” surgirá na tela. Deve-se verificar se a opção “Add Raster Image or Surface Connection” está selecionada, como mostra a Figura 12. Então se deve selecionar o botão indicado na Figura 12 para escolher a imagem a ser trabalhada.

Figura 11: Localização da ferramenta “Connect”. Fonte: Autores.

Figura 12: Tela para inserção de imagens. Fonte: Autores.

Por fim deve-se selecionar a opção “Connect” (como demonstrado pela seta azul na figura 12) e, logo em seguida, “Add to map”, para concluir a inserção da imagem, como demonstra a Figura 13. Em seguida, deve-se aguardar o carregamento da imagem. Isso poderá demorar alguns minutos. Após o carregamento, podem-se iniciar as atividades de vetorização do mapa axial.

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Figura 13: Indicação do botão “Add to map”. Fonte: Autores.

3.1.2 BARRA DE COMANDOS

Para inserir imagens a partir da barra de comandos, é necessário digitar o comando “MAPCONNECT”, como mostra a Figura 14. Em seguida a janela “Data Connections by Provider” surgirá na tela. A partir dessa etapa, deve-se proceder de maneira similar à da barra de ferramentas, como demonstrado nas Figuras 12 e 13.

4. CUIDADOS PARA A ELABORAÇÃO DO MAPA AXIAL

Como dito anteriormente, mapas axiais tratam-se de uma representação de objetos no espaço urbano através do menor número de linhas retas possível. Para a realização dessa vetorização é necessário tomar alguns cuidados.

As linhas não devem sobrepor os quarteirões. Elas devem permanecer sempre dentro dos limites impostos pela via;

Figuras 14 e 15: Representação imprecisa (à esquerda) e representação precisa (à direita) de uma travessa. Fonte: Autores.

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Avenidas devem ser representadas por uma única linha, posicionada de maneira central entre as duas vias como demonstrado na Figura 16.

Figura 16: Representação de uma avenida no Mapa Axial. Fonte: Autores.

Para a vetorização de vias em um mapa axial deve-se atentar para as linhas, que devem ser o mais contínuas possível (Figura 17) e evitar quebras desnecessárias.

Figura 17: Exemplo de linha axial continua dentro dos parâmetros da via. Fonte: Autores.

Para realizar uma correta representação das vias, deve-se cruzar as linhas como mostra a Figura 18, proporcionando que os softwares de Sintaxe Espacial entendam a intersecção das linhas como pontos e assim apliquem cálculos conforme a Teoria de Grafos.

Figura 18: Cruzamento de linhas axiais. Fonte: Autores.

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4. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

FERREIRA, Victor. Mapas Axiais, Espaços Convexos e Isovistas. A Teoria da Sintaxe Espacial e o Uso de Aplicações Informáticas. 73 p. Faculdade de Arquitetura da Universidade de Lisboa. Disponível em: <http://home.fa.utl.pt/~pmgaspar/00_Seminarios/03a_Space%20Syntax.pdf>. Acesso em: 20 de junho de 2017.

FITZ, P. R. Geoprocessamento sem complicação. São Paulo: Oficina de Textos, 2008.

OLIVEIRA, Vítor et al. O Estudo da Forma Urbana em Portugal. 1ª ed. Porto: Universidade do Porto, 2015.

Material didático produzido para o grupo de pesquisa “Representação, Resgate e Inovação do Ambiente Construído”, a partir da pesquisa “Ruído Urbano: Mapeamento e Correlação com Medidas Morfológicas para cidade do Rio Grande, RS”, com recursos PROBICT e AIPCT (Edital PROPPI/IFRS 013/2016 - Fomento Interno 2017/2018), em colaboração com o programa de extensão “Geotecnologias na Gestão Municipal”, com recursos do PIBEX (Edital PROEX-IFRS nº 042/2016).

Equipe de execução:

Profa . Msc. Vanessa Patzlaff Bosenbecker (coordenadora do grupo de pesquisa)

Prof. Msc. Christiano Piccioni Toralles (orientador e coordenador do projeto de pesquisa)

Daniel dos Santos Cunha (bolsista, acad. Tecnólogo em Construção de Edifícios)

Nikolas Urrutia Heinz (bolsista, acad. Técnico em Geoprocessamento)

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