objeto de aprendizagem colaborativo (oac)

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SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO – SEED SUPERINTENDÊNCIA DA EDUCAÇÃO – SUED DIRETORIA DE POLÍTICAS E PROGRAMAS EDUCACIONAIS – DPPE PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL - PDE OBJETO DE APRENDIZAGEM COLABORATIVO (OAC) IDENTIFICAÇÃO: Autora: Maria Nilce Valoski Rozário Estabelecimento: Colégio Estadual Unidade Pólo – São José dos Pinhais Ensino: Fundamental Disciplina: Língua Portuguesa Conteúdo Estruturante: O Discurso com Prática Social Conteúdo Específico: Ensino e Aprendizagem de Leitura 1- PROBLEMATIZAÇÃO CHAMADA: São várias as situações de leitura que o mundo contemporâneo oferece ao aluno. A escola precisa ensinar estratégias para a sua apreensão. TÍTULO: A Efetivação da Leitura “Ah, como é importante para a formação de qualquer criança ouvir muitas, muitas histórias ... Escutá-las é o inicio da aprendizagem para ser um leitor, e ser leitor é ter um caminho absolutamente infinito de descoberta e de compreensão do mundo ...”(Fanny Abramovich) ( Desde sempre as pessoas encontraram dificuldades para se aproximarem dos livros e conseguirem tirar proveito da leitura. Por isso a necessidade de intervenções específicas que ajudem os alunos a desenvolverem habilidades no ato de ler como: a interpretação orientada de textos literários e não-literários, extensos e breves, verbais e não- verbais. A intenção da proposta é relacionar textos com a experiência e 1

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Page 1: OBJETO DE APRENDIZAGEM COLABORATIVO (OAC)

SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO – SEEDSUPERINTENDÊNCIA DA EDUCAÇÃO – SUED

DIRETORIA DE POLÍTICAS E PROGRAMAS EDUCACIONAIS – DPPEPROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL - PDE

OBJETO DE APRENDIZAGEM COLABORATIVO (OAC)

IDENTIFICAÇÃO:

Autora: Maria Nilce Valoski RozárioEstabelecimento: Colégio Estadual Unidade Pólo – São José dos PinhaisEnsino: FundamentalDisciplina: Língua PortuguesaConteúdo Estruturante: O Discurso com Prática SocialConteúdo Específico: Ensino e Aprendizagem de Leitura

1- PROBLEMATIZAÇÃO

CHAMADA: São várias as situações de leitura que o mundo

contemporâneo oferece ao aluno. A escola precisa ensinar estratégias

para a sua apreensão.

TÍTULO: A Efetivação da Leitura

“Ah, como é importante para a formação de qualquer criança ouvir muitas, muitas histórias ... Escutá-las é o inicio da aprendizagem para ser um leitor, e ser leitor é ter um caminho absolutamente infinito de descoberta e de compreensão do mundo ...”(Fanny Abramovich)

(

Desde sempre as pessoas encontraram dificuldades para se

aproximarem dos livros e conseguirem tirar proveito da leitura. Por isso

a necessidade de intervenções específicas que ajudem os alunos a

desenvolverem habilidades no ato de ler como: a interpretação orientada

de textos literários e não-literários, extensos e breves, verbais e não-

verbais. A intenção da proposta é relacionar textos com a experiência e

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os conhecimentos da turma usando várias estratégias de leitura que vão

desde a divisão da obra por partes, exercícios de representação mental,

encenação, joguinhos, caça-palavras, letras de músicas, momentos de

curiosidade, pensamentos, imagens, contação de histórias, momentos de

brincadeiras, conversas informais para conhecer melhor a turma. Depois

de momentos da leitura e das reflexões realizadas, levar o educando a

usar a criatividade e a imaginação desenvolvendo trabalhos e tarefas

diversificadas. Assim procedendo, acredito estar trabalhando o que vem

disposto nas DIRETRIZES CURRICULARES DO ESTADO (2006) que “...

toda escola tem a responsabilidade de propiciar o contato do aluno com

uma ampla variedade de textos produzidos numa ampla variedade de

práticas sociais.”

REFERÊNCIAS:ABRAMOVICH, Fanny. Literatura Infantil – Gostosuras e Bobices. 5ª edição. São Paulo. Scipione, 2006.

COLOMER, Teresa e CAMPS Anna. Ensinar a ler, ensinar a compreender. 1ª edição. Porto Alegre. Artemed, 2002. LAJOLO, Marisa. Do mundo da leitura para a leitura do mundo. E.ed. São Paulo. Brasiliense, 1982.

PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares do Estado do Paraná. Curitiba, 2006.

2 - RECURSOS DE INVESTIGAÇÃO

2.1 - INVESTIGAÇÃO DISCIPLINAR

TÍTULO: Relação texto e leitura

De acordo com GERALDI (1997) a palavra texto é “uma seqüência

verbal escrita coerente formando um todo acabado, definitivo e

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publicado.” Sendo o texto uma seqüência verbal que apresenta sentido e

que abre a possibilidade de inúmeras interpretações, cabe ao leitor fazê-

las usando suas estratégias e seu conhecimento prévio para tal.

O texto passa a ser o eixo em torno do qual se constrói o conteúdo

do ensino da língua e a escola é o espaço desses confrontos, onde

encontramos sujeitos com práticas sociais e linguagens diferenciadas. A

prática de escrita precisa ser planejada pelo professor e o aluno para

que este tenha consciência de quem vai ser seu interlocutor. O aluno

deve ter em mente seu possível leitor ao produzir um texto, aspecto este

considerado fundamental nas Diretrizes Curriculares do Estado.

Também ZILBERMAN (1983) concorda com o que vem proposto nas

diretrizes, segundo ela “leitura não é aceitação passiva, mas a

construção ativa, é um processo de interação do texto com o leitor.”

O professor ao propor ao aluno produção de texto deve considerar

alguns elementos tais como: finalidade – para que escrever - qual o

objetivo do texto? Qual o gênero; o lugar de circulação do texto

produzido e, finalmente, quem é o interlocutor?

A determinação do interlocutor aponta o tipo de linguagem

empregada no texto, à maneira de expor o assunto, em virtude do gênero

escolhido e do lugar de circulação, conduzindo o autor a uma construção

mais adequada do texto.

Sugestão de proposta de atividade de produção textual:

Após pesquisa, produza uma notícia sobre a importância do Ibope

para a televisão. Essa notícia será veiculada através do Jornal do Colégio

e entregue em sala de aula para conhecimento e reflexão do tema pelos

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leitores (alunos). Portanto, os interlocutores serão os alunos de sala e a

comunidade escolar; o gênero é a notícia; a circulação será no colégio e

na sala de aula; a finalidade será a divulgação da importância do Ibope

para a televisão. EFERÊNCIAS:

GERALDI W. João. Portos de Passagem. 4ª edição. São Paulo. Martins Fontes, 2003.

_______. Concepções de Linguagem e Ensino de Português. In: O texto em sala de aula. 2ª São Paulo. Ática, 1997.

ZILBERMAN, Regina. Sociedade e democratização da leitura. Porto Alegre, 1983.

Conversa com lingüistas: Concepções de língua e sua relação com o sujeito, sociedade, pensamento, cultura e educação. Artigo – Professor e escrita: A construção de comandos de produção de textos –Renilson José Menegassi –UEM, 2003.

2.2 - PERSPECTIVAS INTERDISCIPLINARES

TÍTULO: Responsabilidade da leitura

Assim como Ezequiel, muitos outros estudiosos defendem que

promoção da leitura é responsabilidade de todo o corpo docente de uma

escola e não apenas dos professores de língua portuguesa como estamos

habituados a ouvir. A construção do conhecimento deve ser coletiva,

uma vez que as dificuldades e os desinteresses pela leitura não serão

superadas com ações isoladas. O conhecimento do mundo é constituído

pelo saber adquirido ao longo da vida de cada leitor sobre os diversos

assuntos e nas diversas áreas do conhecimento. Portanto, ler é

familiarizar-se com diversos textos produzidos em diferentes práticas

sociais. Além do mais, a leitura como um processo de aprendizagem deve

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ser oportunizada por todos os envolvidos na busca e na transformação

do conhecimento. Acredito que se todos os envolvidos no processo de

aprendizagem ensinarem estratégias de leitura na sua área de trabalho,

os resultados serão muito mais positivos, uma vez que a aprendizagem

significativa é o objetivo final de todos.

De acordo com Maria Alexandre de Oliveira, a literatura infantil “é

um dos suportes para o desenvolvimento do processo criativo, pois ele

oferece ao leitor uma bagagem de conhecimentos e informações capaz

de provocar uma ação criadora.” Então, porque não provocar o nosso

aluno com as várias leituras que lhe são oferecidas na escola? Usar o

momento de leitura para desenvolver atividades criativas e prazerosas.

REFERÊNCIAS:

SILVA, Theodoro Ezequiel, da. A produção da leitura na escola – pesquisas e propostas. 2ª edição. São Paulo. Editora Ática, 2004.

OLIVEIRA de A. Maria. Dinâmicas em Literatura Infantil. São Paulo. Paulinas, 1988.

2.3 – CONTEXTUALIZAÇÃO

TÍTULO: Preconceito Lingüístico

Nós, professores, somos formadores de opinião e temos que

combater o preconceito lingüístico. De acordo com Bagno, temos que

nos formar e nos informar para sermos cientistas e investigadores da

língua, abandonando as velhas atitudes. Devemos fazer uma crítica ativa

da nossa prática diária em sala de aula, uma vez que a língua oferece

muitas coisas para serem descobertas. Mostrar à comunidade escolar

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que todas as ciências evoluem e que a linguagem também evolui, que a

língua tem que ser ensinada de uma maneira diferente e nova. Sabemos

que todo falante da língua é um usuário competente e de que não existe

erro de português, mas existem diferenças de uso. E é na sala de aula

onde encontramos a diversidade lingüística. Temos que trabalhar com

esta diversidade resgatando a superação da linguagem do educando.

Para isto, nada mais coerente que toda a comunidade escolar desenvolva

atividades de leitura, escrita e oralidade durante as aulas. Citando mais

uma vez as Diretrizes Curriculares, afirmo que os conhecimentos

lingüísticos dos alunos devem ser considerados pelo professor como

ponto de partida para a escolha dos conteúdos e o trabalho desenvolvido

com os textos.

REFERÊNCIAS:

BAGNO, Marcos. Preconceito Lingüístico – 0 que é, como se faz. 17ª ed. São Paulo. Edições Loyola, 2003.

PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares do Estado do Paraná. Curitiba, 2006.

3 - RECURSOS DIDÁTICOS

3.1 - SÍTIOS:

Título: Criança e livro: uma história de amor e crescimento

Disponível em : www.educar.com.br Acessado em

11-12-2007 , nº 17

Comentário:

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O sítio acima apresenta a propaganda do livro que queria ser

brinquedo. Decidiu mudar e foi até o País dos Brinquedos. Só que lá ele

percebeu que não era muito fácil fazer as funções dos brinquedos e

aí ... . Que tal você descobrir o resto?

Também explica o porquê do dia 18 de abril ser o Dia Nacional do

Livro Infantil. Trabalha o imaginário e desperta a criança para a

criatividade.

SÍTIO: www.amigoddolivro.com.br

Possui vídeos que falam sobre a divulgação e promoção de livros,

além de promover o hábito da leitura entre os internautas dando espaço

para comentários sobre as obras.

VÍDEOS E FILMES

Título do filme: Nell

Diretor: Michael Apted; duração: 113 min ; local: Estados Unidos

Gênero: drama

Disponível em: DVD nas locadoras

Sinopse: Nell é uma jovem que nunca entrou em contato com a

sociedade até os trinta anos. Vive com sua mãe eremita que fala um

dialeto próprio. Após a morte da mãe, Nell é encontrada pelo médico

Jerome Lovell que a ajudará a se integrar à sociedade. Nell tem uma

linguagem própria, comunicando-se através da dança, da mímica e de

expressões bem particulares.

Comentário:

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Os problemas de linguagem de Nell, vindos do contato somente com

a mãe, servem de referência para entendermos eventuais “erros”

cometidos por nossos alunos ao se comunicarem oralmente ou por

escrito. O ambiente doméstico influencia bastante. A língua só pode ser

desenvolvida em sociedade com a escuta e a fala, o que não aconteceu,

inicialmente, com Nell .

MÚSICA

Título da música: Alphaville e a favela

Intérprete: Spainy e Trutty

Letra da música: disponível em http://letras.terra.com.br/spainy-

trutty/1074360/

“Hum...Oh no, no, no, noAlphaville e a favela

Faz muito tempo que a gente não se vêEu to legalComo anda você?

É, eu vou levando a vidaFazendo meu correE a estrada é estreita mas o meu caminhoEu vou driblando os espinhosMas não vou sozinhoTenho uma quadrada, tenho uma PTTo cuidando de mimPreciso me defender, me protegerA lei da rua é assimPura e seca, matar ou morrer

Mas to feliz em te ver fala mais de vocêTa morando aonde?Onde você se esconde?Hum, ta fazendo o que?

Na faculdade me formei doutorTenho uma multinacionalBairro nobre, carro importadoConheci o mundo num jato particularCasa em Miami, ilha nas BahamasTenho tanta granaTanto tempo morando lá foraNem português não sei mais falarEsqueci a pobrezaFartura na mesaVocê ta na mesma,Já deu pra notar.

Tá tirando a favelaNão faz assim não

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Comigo a vida foi dura,Foi sem opçãoEra isso ou nadaNão vem me julgarVocê não sabe o que é passar fomeNão ter onde dormir,Não ter onde morarVocê conhece o mundoE estudou a fundoEu não conheço São Paulo direitoConheço o ópio, o vício,A boca do lixo,Conheço treta, enguiço, bala de misseoConheço armas de guerra, tudo quanto é favelaConheço o que não é certo, a morte de perto,Conheço a satisfaçãoDe quem pega tomate estragado do final da feiraDe quem come as sobras do lixo do restaurante dos playbaConheço João, conheço MariaMe fala do tio, do primo e da tia.

Meu irmão se casou ta legal,Minha mãe não vai bem de saúde,Meu pai arrumou outro alguémTa morando em ParisE eu tenho varias mulheresSou bem sucedido.E a família, teu irmão ta legal?

Meu irmão foi baleado num assalto a bancoTa entre a vida e a morte num leito de um hospitalTa mal e tal, não ta legalTambém, o garoto era bicho solto,Era cachorro louco, se julgava o talSó porque tava no time do bola mais um.

Meu pai ta se matando de tanto beber,Minha mãe tem 40 e tralalá,Mas o sofrimento faz envelhecer,A coroa parece que tem 60Mas ta branco.Vamos levando entre trancos e barrancos

Precisamos encontrar, começar a se ver.Somos opostos nada a ver.Aparece lá em casa qualquer dia.Não, não, não, meu lugar é na periferia.Te arranjo emprego, roupa nova.Eu sou do hiphop, e a minha roupa é da hora.Temos o mesmo sangue, vamos se unir.Ah, sobrenome não é nada, e eu não colo com playba,Sai andando fulano me exclui dos seu planos,Eu to revoltado, e eu já tenho aliado,Eu sou reaper véio, você sabe o que é,Sou aliado dos manos. (2X)

We need to see us gave.Somos opostos nada a ver.Come to my place today.No, no, no, my house is the gueto brother.I buy you clothes, another job.Eu sou do hiphop, a minha roupa é da horaWe got a same blood don't knowAh, sobrenome não é nada, e eu não colo com playba,Sai andando fulano, me exclui dos seus planos,Eu to revoltado e eu já tenho

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aliadoEu sou reaper, você sabe o que éSou aliado dos manos.

We need to see us gave.Somos opostos nada a ver.Come to my place today.No, no, no, my house is the gueto gringo.I buy you clothes, a new job.Sou do hiphop, a minha roupa

é da horaWe got a same blood don't knowSobrenome não é nada, e eu não colo com playba,Sai andando fulano, me exclui dos seus planos,Eu to revoltado eu já tenho aliadoEu sou reaper véio, você sabe o que éSou aliado dos manos.”

Comentário:

A música fala de dois irmãos e dois mundos. Um escolhe a riqueza, o

outro seus irmãos (favelados) que estão onde falta tudo: a favela. A letra

faz uma crítica ao modelo de sociedade que temos e nos convida a

pensarmos nas desigualdades sociais. Aquele que tem acesso à cultura

dominante e o outro que não tem condições de ser valorizado na

sociedade. A linguagem da música é a coloquial, mostrando o

distanciamento do falante e a escola.

CDs Jograis – Fernando Pessoa. GSS Music. São Paulo. 2000.

O grupo de JOGRAIS DE FERNANDO PESSOA compõe-se de seis

integrantes (três brasileiros e três portugueses. O CD é comemorativo

aos 500 anos do Descobrimento do Brasil. Numa parceria entre poetas

brasileiros e portugueses, os integrantes do grupo declamam,

interpretam e cantam as poesias de: Fernando Pessoa, Gonçalves Dias,

Luís de Camões, Olavo Bilac, Antero de Quental, Casemiro de Abreu,

Raimundo Correa, Bocage, Fagundes Varela, Augusto dos Anjos entre

outros.

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CD – As Melhores Fábulas de Esopo, La Fontaine e Andersen. Compact Disc. Ed. Letra Viva Ltda. São Paulo.

Comentário:

O CD é composto por doze histórias e dez canções que mexem com a

imaginação da criança. As fábulas encantam com seus personagens e

suas lições de moral. Ideal para trabalhar o imaginário e a criatividade

da criança, onde tudo pode acontecer. As diversas músicas podem ser

trabalhadas para brincadeiras, descontração, linguagem dos gestos,

etc...

3.3 - PROPOSTA DE ATIVIDADE

TÍTULO: Lobato e a língua

Acreditando que o conhecimento do mundo é construído pelo saber

adquirido ao longo da vida das pessoas e que é através das várias

leituras que o sujeito se apropria do conhecimento. Como sugestão de

atividade, proponho a leitura da obra de Monteiro Lobato: Emília no País

da Gramática. O livro conta da viagem de Emília, Narizinho, Visconde e o

rinoceronte Quindim ao país da gramática. A língua é representada como

um país onde Portugália é uma cidade que apresenta as classes

gramaticais como sendo os bairros, uns centrais outros de periferia. Os

personagens neste passeio apresentam através do diálogo as classes

gramaticais, além da ortografia, significação e etimologia de alguns

vocábulos.

A partir da atividade de leitura o professor deve conduzir o aluno

para momentos de intuição, imaginação e criatividade fazendo com que

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ele possa interagir com o texto. Este espaço antes ou depois da leitura

serve para a troca de idéias e comentários pertinentes à compreensão.

Outras sugestões de atividades podem ser: maquete dos personagens

e do país da gramática apresentados no livro, pesquisa bibliográfica e

jornal falado. Ressaltar para os alunos a importância da bonequinha de

pano (Emília) e sua mania de falar tudo o que tem vontade e de trocar o

nome das coisas.

Esta proposta de atividade será válida em 8ª série ou 1ª série do

ensino médio, pois os alunos já estão familiarizados com as

nomenclaturas apresentadas. Acredito que a leitura será uma forma de

revisão gramatical e ao mesmo tempo oportunizar a leitura em sala de

aula para o educando.

Conseqüentemente, uma atividade é a própria leitura, outra é a

revisão do já conhecido com intervenções do professor e explicações no

caso de dúvidas. Outras leituras da mesma coleção de Lobato podem ser:

A Aritmética de Emília na disciplina de matemática; Histórias das

Invenções na disciplina de história; Geografia de Dona Benta na

disciplina de geografia. Tais livros contemplam o trabalho com leitura e

o conteúdo de cada área.

REFERÊNCIAS:

LOBATO, Monteiro. Emília no país da gramática. 27ª edição. Brasiliense. São Paulo, 1994.________. A Aritmética de Emília. 27ª edição. Brasiliense. São Paulo, 1994.

________. Histórias das Invenções. 27ª edição. Brasiliense. São Paulo, 1994.

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________. Geografia de Dona Benta. 27ª edição. Brasiliense. São Paulo, 1994.

3.4 – IMAGEM

(Fonte: Portal Dia-a dia da Educação)

Comentário:

A imagem selecionada por mim vem ilustrar minhas propostas de

atividades quando selecionei as obras de Monteiro Lobato. O desenho

representa os personagens do Sítio do Picapau Amarelo, onde se

destacam a bonequinha de pano Emília, o Visconde de Sabugosa e o

porco Rabicó. Ao fundo a representação do sítio da Dona Benta.

4 - RECURSOS DE INFORMAÇÃO

4.1 - LIVROS

Sabemos que todo falante de português possui um conhecimento

implícito altamente elaborado da língua, por mais que não consiga

explicar esse conhecimento, ele foi adquirido de maneira natural e

espontânea. E para que haja comunicação é preciso que os

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Page 14: OBJETO DE APRENDIZAGEM COLABORATIVO (OAC)

interlocutores tenham em comum mais do que o conhecimento de uma

língua, é necessário que compartilhem os mesmos conhecimentos do

mundo em geral. Quanto mais você souber sobre o mundo, mais chances

você terá de entender o que ler ou ouvir.

REFERÊNCIA:

PERINI, Mário. Sofrendo a gramática. Ática. São Paulo, 2005.

Antes mesmo de aprender a ler e a escrever palavras ou frases, já

estamos “lendo” o mundo que nos rodeia. Podemos dizer que a “leitura

da palavra não é apenas precedida da leitura de mundo, mas por uma

forma de escrevê-lo ou reescrevê-lo quer dizer, de transformá-lo através

de nossa prática consciente.” O entendimento das coisas que nos

rodeiam fazem parte da leitura de mundo que vamos adquirindo ao longo

de nossas vidas. Assim, quanto mais eu me formar e informar mais

condições terei de fazer as diversas leituras do mundo que me cerca.

REFERÊNCIA:

FREIRE, Paulo. A importância do ato de ler. Cortez. São Paulo, 2005.

No livro, Histórias de quadros e leitores, nove artistas plásticos e

nove escritores representam o mundo dos livros em diferentes

linguagens. Através de histórias de gente comum que fazem o Brasil, os

autores mexem com o leitor, instigando-o a entrar neste mundo

maravilhoso dos livros. Uma das histórias presente na obra é o texto:

Histórias de mãe e filho, de Moacyr Scliar e o quadro em aquarela e

guache de Lasar Segall, Gestante com livro. A narrativa começa assim:

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“Vou começar fazendo uma pergunta: quantas pessoas estão no quadro?

Uma pessoa, você diz. Sim uma pessoa a gente vê. Mas na verdade

existem aí duas pessoas. Melhor dizendo, uma pessoa e uma pessoinha.

Minha mãe e eu.” (...)

A história retrata a busca e a realização de uma mulher castigada

pela discriminação. Analfabeta, no início, mas no final consegue realizar

seu sonho.

REFERÊNCIA:

LAJOLO, Marisa. Antologia de contos contemporâneos: histórias de quadros e leitores. 1ª edição. Moderna. São Paulo, 2006.

Sartre tinha uma relação mágica com os livros, tanto que usa da

linguagem dos poetas para falar de seu envolvimento com a leitura e os

livros:

“Deixava-me vagabundear pela biblioteca e eu dava assaltos à

sabedoria humana.

Foi ela quem me fez (...)

As densas lembranças, e a doce sem-razão das crianças do campo,

em vão procurá-las-ia, eu, em mim. Nunca esgaravatei a terra nem

farejei ninhos, nem joguei pedras nos passarinhos. Mas os livros foram

meus passarinhos e meus ninhos, meus animais domésticos, meu

estábulo e meu campo; a biblioteca era o mundo colhido num espelho;

tinha a sua espessura infinita, a sua variedade e a sua imprevisibilidade.”

REFERÊNCIA: REVISTA NOVA ESCOLA. Ano XIII – Nº 112. Fundação Victor Civita. Maio de 1998.

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4.2 - INTERNET

TÍTULO: Biblioteca Virtual do Estudante de Língua Portuguesa – Escola do Futuro USP.

Disponível em: http://www.bibvirt.futuro.usp.br/content/view/full/211 : Acessado em fevereiro de 2008.

Comentário:

Este sítio está disponível para qualquer navegador da Internet que

queira conhecer mais e ler mais obras literárias. É um recurso que os

jovens podem utilizar para lerem mais, já que o computador se tornou

uma ferramenta de informação e lazer onde os mais novos se vêem

atraídos.

4.3 - REVISTA DE CIRCULAÇÃO

REFERÊNCIA: Revista Discutindo Literatura – Ano 2 , p.10 – Nº 10. Escala Educacional.

Texto:

“A curiosidade do ser humano é insaciável. Na sociedade moderna,

o leitor não se contenta com a obra. Às vezes, ele também quer saber as

motivações e o processo criativo que resultaram naquele trabalho (...) os

livros Por que Escrevo? e Como Escrevo? São coletâneas de depoimentos

de escritores, jornalistas e poetas sobre o ato de escrever. Ao fim de

cada um há uma série de artigos reflexivos sobre o tema.

O primeiro livro da série trata da pergunta que já foi repetida

inúmeras vezes: por que ou para que escrever? José Domingos de Brito

selecionou mais de cem personagens e um acervo de informações,

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obtidas em entrevistas publicadas em revistas, jornais e livros, sobre o

processo de escrita desses autores.

Não faltam declarações bem-humoradas, como a de Manuel

Bandeira, que dizia que fazia versos porque não sabia fazer música; ou a

de Gabriel Garcia Márquez, que afirmou que escreve para que os amigos

o amem mais. Também há gente que escreve por necessidade – como

diria Monteiro Lobato, por “exigência orgânica” -, outros consideram a

escrita uma missão das mais nobres – Nelida Piñon diz que é o

“compromisso mais avançado” que tem com a vida.

Se o primeiro livro apresenta as motivações que levaram as

pessoas a escrever, o segundo tenta desvendar o processo de criação

literária. Como Escrevo, afirma Domingos de Brito, foi inspirado em um

livro francês de 1932, encontrado por ele em um sebo de São Paulo.

Nesse mundo de paparazzi, câmeras ocultas e Bib Brother é divertido

descobrir as manias e superstições dos escritores.

Existem aqueles que planejam rigorosamente todo o processo:

José Saramago, por exemplo, escreve duas páginas diárias, nem mais

nem menos; Júlio Verne, por sua vez, diz nunca ter iniciado uma obra

sem saber o começo, o meio e o fim dela. Há os partidários da

inspiração, como Carlos Drummond de Andrade e Jorge Amado, da

mesma forma que existem os que não acreditam nessas palavras e são

estritos devotos da disciplina. Uns trabalham ao som de música; outros,

no absoluto silêncio.

Ao apresentar os bastidores da Literatura, o maior mérito do livro é

provar que essas pessoas – quase sempre tidas como ídolos inatingíveis,

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Page 18: OBJETO DE APRENDIZAGEM COLABORATIVO (OAC)

acima do bem e do mal – possuem as mesmas aflições e dificuldades que

nós, pobres mortais. Que o diga Clarice Lispector, para quem “o

processo de escrever é feito de erros.”

Comentário:

A reportagem apresentada acima fala a respeito da coleção

Mistérios da Criação Literária, onde revela o processo criativo e a

inspiração de autores consagrados como Saramago, Garcia Márquez,

Clarice Lispector e Júlio Verne entre outros. Afirma que os escritores

possuem as mesmas aflições e dificuldades que nós quando diante do ato

da escrita.

4.4 – DESTAQUE TÍTULO: Entre o papel e o eletrônico

REFERÊNCIA: Estado de Minas – 12/03/2008 – Jackson Romanelli

Texto:

“Ler algo em torno de 50 livros num ano é algo raro. Mas é o que

faz o estudante Thiago Lana, de 16 anos e no 2º ano do Colégio Santo

Antônio. Sempre com um livro à mão, tomou gosto pela leitura ainda

criança e a prática fez com que conseguisse ler de forma mais dinâmica.

Na escola percebe que são poucos os amigos que apreciam a leitura. A

maioria prefere ficar no vídeo-game, computador ou outras diversões.

Creio que temos uma carga de estudo muito pesada, exigindo do aluno

longas horas de estudo. Então compreendo que nas horas vagas não

queiram mais estar diante de um livro,”opina.

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Page 19: OBJETO DE APRENDIZAGEM COLABORATIVO (OAC)

Apesar de gostar de ler, Cecília Reis Braga Macedo, de 16 anos,

confessa não devorar tantos livros quanto gostaria. Fã de Harry Potter e

Senhor dos Anéis, diz adorar histórias de fantasias. Obras mais

reflexivas também fazem parte de sua biblioteca, tais como 1984 e

Admirável Mundo Novo. “Leio mais nas férias do que durante o período

que estou em aulas, quando tenho muito o que estudar”, justifica. O

contraste entre as obras literárias e a versão cinematográfica a fascina.

“Acho interessante essa comparação. Não deixa de ser um exercício que

compara a maior capacidade crítica de quem lê. Percebo um maior

amadurecimento, maior capacidade de organizar as idéias, melhoria na

escrita e fluidez na fala no texto em quem tem o hábito de ler”, destaca

Cecília que é aluna do 3º ano do Colégio Santo Antônio.

André Luiz Silva, de 22 anos, cursando o 4º período de jornalismo,

lê muito, de preferência, crônica. Tem em Machado de Assis, Affonso

Romano de Sant’ana, Rubem Alves e Carlos Drummond de Andrade seus

escritores prediletos. É deste último um dos livros que mais apreciou: De

notícias e não notícias fazem-se crônicas, lido duas vezes. “A leitura

molda minha forma de lidar e ver o mundo, pois passo a carregar

diferentes opiniões para formar a minha”, reflete.

Por perceber que é um hábito em desuso, até entre os colegas de

classe, no último Natal André optou por dar apenas livros de presente.

Foram 17 obras diferentes. “O Brasil tem o problema de o livro ser caro.

Mas as pessoas conseguem boa literatura e exemplares conservados em

sebos, a um preço bem melhor. As editoras deveriam apostar na venda

em quantidade, para garantir o lucro. E o governo poderia isentar de

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Page 20: OBJETO DE APRENDIZAGEM COLABORATIVO (OAC)

impostos”, propõe André, que em parceria com o irmão publica alguns

de seus textos no blog www.insightrepetido.blogspot.com.br.

No lado oposto está o estudante do 7º período de ciências de

computação na Famec, Victor Montanari Gott, de 26, que admite não ler

praticamente nada. “Quando leio alguma coisa, opto por jornal ou

assuntos relacionados ao meu curso, profissão ou futebol. Mas no meu

tempo livre prefiro algum programa de entretenimento na TV ou filme.

Lia mais quando ainda estava no colégio. Sei que deveria ler mais, mas

falta tempo. Creio que hoje a maioria dos adolescentes e jovens é assim.

Se perguntar se prefere ler um livro ou jogar vídeo-game, vai preferir o

eletrônico”, pontua ele, que não consegue se lembrar de um livro que

tenha lhe marcado.

O ritmo de leitura é menor do que o desejado para Raquel

Gonzaga de Oliveira, de 22, e no 7º período de veterinária na UFMG.

Segundo ela, o volume de livros caiu bastante na universidade. “Gosto de

leitura nacional, especialmente Machado de Assis, mas só consigo ler um

livro a cada dois meses. É uma ótima ferramenta para ampliar o

vocabulário. Essas obras mais antigas sempre trazem alguma palavra

nova. O dicionário tem que estar sempre perto”, sinaliza.

Comentário:

Através do depoimento de jovens de diversas idades, a reportagem

consegue evidenciar a falta de leitura que há mesmo no ambiente

escolar. Muitas desculpas para não se efetivar o ato de ler. É uma pena

que ainda tenhamos esta realidade, embora a Escola desde os primeiros

anos tente formar esse hábito.

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Page 21: OBJETO DE APRENDIZAGEM COLABORATIVO (OAC)

4.5 – PARANÁ

TÍTULO: Crianças têm Gincana da Leitura na Biblioteca Pública

durante as férias.

REFERÊNCIA: Agência Estadual de Notícias / janeiro de 2008.

Texto:

A criançada pode aproveitar o período de3 férias escolares para

participar da Gincana da Leitura na Biblioteca Pública do Paraná. A

atividade cultural será realizada sempre às segundas, quartas e sextas-

feiras,durante este mês, e a entrega de prêmios está marcada para 16 de

fevereiro. As inscrições abertas nesta segunda-feira(7), na Seção Infantil

da Biblioteca Pública e podem ser feitas das 8h30 às 19h.

Neide Camargo Muti, chefe da divisão de Coleções Especiais,”

explica que a idéia do projeto é motivar as crianças para a prática da

leitura como lazer.”Crianças de 5 a 12 anos serão agrupadas por faixa

etária e cada grupo terá listagem com 10 livros. O participante da

gincana escolhe 5 obras para ler até o dia 12 do mês que vem. A leitura

poderá acontecer na Seção Infantil ou mediante empréstimo do livro

para leitura em casa. De cada título sugerido um exemplar ficará

reservado na seção.

Durante o período da gincana, todas as segundas, quartas e sextas-

feiras, das 10h às 12h e das 16h às 18h, a criança vai à Seção Infantil

para responder a três perguntas de cada livro. “As perguntas serão

sorteadas de um total de 10 para cada título e cada resposta certa vale 5

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Page 22: OBJETO DE APRENDIZAGEM COLABORATIVO (OAC)

pontos. Com a leitura de cinco livros e acerto de todas as perguntas, a

criança poderá alcançar até 75 pontos, diz Neide.”

Segundo Neide, para completar a pontuação (máxima de 100

pontos) a criança deverá fazer um trabalho em artes plásticas na Seção

Infantil (desenho, dobradura, pintura ou colagem), conforme sua

escolha, representando algo relacionado ao livro lido. Os materiais serão

fornecidos pela Biblioteca Pública do Paraná (sucata, tinta, papel e lápis

de cor).

Todos os participantes que alcançarem no mínimo 50 pontos

receberão certificado.Troféus serão entregues aos três primeiros

colocados de cada faixa etária, no dia 21 do mês que vem a partir das

15h.

Comentário:

A iniciativa é válida e pode ser seguida pelos professores da rede

pública para incentivo à leitura, pois todo projeto que promova o ato de

ler é bem-vindo. Só resta fazermos acontecer nas realidades das escolas.

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