objetividade e identidade durkheim

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    1t_ ,

    UR i v er sid * d :;~f"I"'", t~~ - - " " " " . . . . TIII

    :HO,i:iu e Cit.r lcias H u m

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    CADERNO DE TEXTOSDE SOCIOLOGIA I

    Capa: Segraf/FafichD ia gr am a~ ao : M au ro

    U'\fIGtFAFICH- Pri.met r- o CicIo da Area de CienciLlG Sociais - 1988, " . . ': ,1 ;

    E gu ip e de Pr of es so re sB er en ic e M ar ti ns G Ui ma ra esCarlo~ Eduardo de Ataide CastroC ar lo s Ma gn o G ui ma ra esH ir os hi W at an ab e

    ,Joao--Gabriel Teixeira, CoordenadorL~da Maria Benevello de CastroLlgia Maria Leite PereiraMaria Celina Pinto AlbanoMaria de Lourdes Dolabela L. PereiraMarcia Gardenia Monteiro de OliveiraOtavia Fernandes de Souza RodriguesR aq ue l M ir an da Lo pe sStael Luiza Rocha de SantanaVi ce nt e E us ta qu io Ro ch a

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    SEGUNDA UNIDADE

    A compreensao do social no pensamento classico: DurkheimMarxWeber

    Bibliografia Basica: pgDURKHEIM, E. Objetividade e identidade na analise da vida

    social in Foracchi, M.M. e Martins, J. de S. (or-gs ) Sociologia ~ Sociedade: leituras de introdugao a 8ocio-logia. R.J., Livros Tecnicos e Cientificos, 1977.

    MARX, K. A ideologia alema (vDl. I, l~ parte) in Fundamentos da Historia. IANNI, O. (org.).~a~x. Co1e

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    Objetividade e identidade na analise da vida eocieltEmile Durkheim

    Fates sociais: 0 estudo das representaciies coletivasOs fatos ~o

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    Objet ividade e identidade na analise da vida social ~ 2 Shio de surpreendSlo e desconcertfllo. O.a._ estamos lon~ de. ver a Socjol~g:iachegar a tal grau de maturidade int~lec~al. ~nq~a'!to ~ cientista, ao estudar anatureza fisica, tem 0 sentimento mUlt~ V1VO das reSlstenctaS que ela lhe oplle e das-~ quais triunfa com .tanto esforco, 0 soclologo pareee, na verdade. se mover entrecoisas imediatamente transparentes ao espiri to . t lo grande e a faci lidade eom queo vemos resolver as que s to e s mais obseuras. N I o s ab e mos o. yetdade, no estadoatual da eiSneia, 0.que sA o as principais iDstibaj~ mais - por exempJo, 0s -taik> ou a.familia.. 0 direi to de propriedade ou 0 cont rato, a pena ou a r e spong-bi l idade ; i enoramos .qua&.e,~mpletameDte as caulS de que dc:pcndem. ~, QJ , lC ,. . d . ~nba lD , as , l e i S _ d e ma m >1~10: e somente em alguns pontos co~e.eamos a entrever alguma claridade. No entanto, bas~ percon:er obras de ~IO-. togia para verificar quia raro 6 0 sentimento desta Ignorin~la e des tas di~l-dades. NAo somente consideram-se os soci~~omo,que,obripdos a d"8m~ti:z.:'rsobre todos os problcmas..ao. mesmo tempo. mas acreditam tambem poder ating1~.

    I :-..\:) em po~cas paginas ou em poucas frases. a propria es~ncia d ~ s fcnamenos mass* - ( : ; . ,complexos. 0que equivale a dizer que semelh~ntes teonas expnmem, nlo os fa~os(J\J \~. \) qu~ nio poderiam ser esgota~ com taata rapl~. mas a pren~40 ~ue.a respeitoJ i . . " ~C"\ .deles formulava 0 autor , antenormente a pesquisa, E certo que a ldela que fa-c - zemos das praticas coletivas. do que const ituem ou do que devem serf representa~' um dos fatores de seu desenvolvimc:nto. M a . s esta ideiae.,~la r n .esma um !"to q . ~ : .r ( para set' convenientenl~~_~~rJI1_!!l_ __~ de~e tambem ser estudado do e x t C : l : : : : .~ \ POls Q. . . .QWLimp,oda sMernln I : a manen" pel. qual ta l pensador cnncebc: m d . -

    l vidua lmente determinada instituK;ln. mas slm.Jlconce~lo_que dela formula 0i lfUPo; S9mente esta ~~io i socialme_t1.te e! icaz. Ora. e~a nio p~e ~ r co-(nhecidapor sunpteS Obse~ inten~r . u.Ola V e z q~ _nlo ext~te toda mtel fa em\ nenhum d e nos; 6 pteCtso. pois. J) rocurat alguns suws exW10reS que a tomem\ = ~ S i ~ : ~i;~:i~:~::ia'r~rD::~~~~~i~!;~!:i~~~~::~te:~futuro. Por mais que se f~a, e necessario volta r sempre &0 mesmo metodo. A propos~l1o que apresenta os fen&menos sociais como exteriores aos i nd ioviduos 1140foi menos vivamente discutida do que a precedente. 1 a nos coneedemhoje. com assaz boa vontade, a cxistencia de eerto grau de hete~geneidade entreo s f at os da vida individual e os da v id a cole tiv a: pod e-s e m es mo d ize r que um acor -do senlo uninime. pelo menos muito geral. esta nesse ponte em vias de se con-$Cluir. NAo existem mail quase s(X:i6~gos qu~ neguem a S~io~ogia toda e qua l-quer espccif icidade. Mas. porque a sociedade e composta de mdlvfduos,(2) ~~re:eao s en s e comum que a. vida social olP node let gutro substrata senlo a C'onSClenC'lItindividual' caso contMo, como que f i c : a r i a no at . plananoo no ~klJo.. Contudo. admire-S(!) correntemente nos ouhm reino" d a . Il.ture~. a{~7i1oqll':oom tanta facilidade ju'iS&mos inadmissh'el an .~ t ra ta r d~ f a t~ ' SO c :. 'l al S .1o~ asv e z e s que. a9.~c()JIlbinarem e d e vid o Aco~bm~lo. q ualS qu er e le me ntos ~ ~~ .cadei4m fenomenos novos, n40 s e -poaed"cuat d e concebe r que estes e s t r ? c~~uhdos, nlo nos eltmentos, mas no tado fonrlado pela r e f e r i d~ umAo. A d!Ul~ Iv anil) C O i i t ~ s e n l o partkulas minerais, c omo a .. sOC le dA dCDadii CODlew a.n.1O.~

    (2) A prop~io I lL> 6 , tadaria.. !oielli9 pud>illnlnm: ~n.Alem do;; inoit-ldulH: hi! t.m~mooiQ' q ue Uo eler.wnto$ 11l1~g!'Mt~$ ds wci!ade . ! '

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    Objetividade e identidade na analise dtz vida social - 27que a rodeia, e precise considerar a natureza da sociedade enlo 'a:doi individuos.Os simbolos atraves dos quais ela se encara, mudam conforme o q u e ela e . Se, porexemplc. ela se concebe como proveniente de um animal epon~. 6 porque formaum desses grupos espeeiais chamados clls. I: 'iP-s grupos em que 0 ~al foi subs-t ituido par um ances tral humane, porem ml! ic()J~mbem.() qQc\1OUvefoi que 0ellmudou de natureza. Se, acima das diviodades locals ou f a m U l a r e s . a sociedadeimagina outras das qua is e re depender, e porque osgrupos locai$ de que se com-pOe tendem a se concentrar e a. se unifiear; 0grau de unidade apresentado por umpanteao r e t ig io50 cop 'e ,spo~de aograu de unidade atingido nesse mesmo momentopela sociedade. Se e ia CQlldena certos modes de comportamento, e porque estesferem alguns de seus ser iUinentos fundamentais: e tais sentimentos .est lo presos asua constituicaq; como se prendem os do individuo ao seu tempe~l :Dento fi sko e ..sua organiza~ao mental. Assim, ainda quando a Psicoiogia indiVid~;nlo tivessemais segredos para nos, ela nao saberia nos forneeer a solu~lo denenhum dessesproblemas, uma vez que se ligam a ordens de fa tes por ela ignorados.

    No entanto, uma vez reconhecida a heterogeneidade, cabe perguntar se asrepresenta~Oes individuals e as representacoes colet ivas nio se assemelham, desdeq U e umas e outr.as sao igualmente representaeoes; e se, devido a tais semelhancas ,certas leis abstratas nao seriam comuns aos dois setores. Os mites, a s l endaspopula res, as eoncepcoes rel igiosas de toda a especie , as c rencas mora is, etc., ex-primem uma realidade diversa da reatidade individual; mas poderia ser que amane ira pela qual se atraem ou se repelem, se agregam au se desagregam, fosseindependente de seu conteudo, l igandp'se unicamente a qualidade geral de re..presentaeees que ambas apresentam. Embora compostas de material multo di-ferente, mites, crencas, lendas, comportar-se-iam em suss relacees mutuas damesma forma que se comportam as sensaeoes, as imagens ou as ideias de um in-dividuo. NAo se pode pensar, por exemplo, que a contiguidade e a parecenca, oscontraste s e os antagonismos 16gicos. aj am da mesma mane ira, sejam qua is foremas coi sas representadast Chega-se assim a conceber a possibil idade de u1lla Psi-cologia inteiramente formal, que seria uma especie de terrene comum entre aPsicologia individual e a Sociologia; seri a este o fundamento do esc rupulo que res-sentern cer tos espir itos em dis tinguir por demais nit idamente as duas ciencias.

    Se quisessemos examinar r igorosamente a questao assim colocada. nenhurnasolw;ao categorica lhe seria apli cavel no estado atua l .de nossos conhecimentos.Com efeito. t :wkLo.qlle sabemo~ sobre a forma de s(' ' ; :ombinarem as ideias individuais se reduz a essas poucas proposi"l>es. muito gerais e muito vagas. comu-mente chamadas de leis de associ~ilo de ideias: E ,g1iilntQ. .l s i

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    OhjetlVidtuh e idnctidluk lUI .vWIis. mitt soritIi - 29f i ni i ,' .a o n i h) e x pr i m e todos '.~caracteres do Iaro soc ia l e. pot co~te. nA o cons-ti;"l 4l unica defin~1W possrvel. De fate, coneebe-se prrieiumetl~ qu e 0 fato socialPO'S

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    Objetividdde e ide"lia..de Man.ilis~ dtJvid $OCUli- J 1. . .A_primdrl l s O pOOe set" fort~ na medida E ! ! l l Que as i .de ia .$e tend!ncias ~'OOlUlJS

    ~gOOs os~~ ~~QC ie d ao< ,k __I! t tTdos mednicol e attificialmente. Chamamo-Ia usim apenas per analocia com c(!(!slo qu e UDe efttft si os elementos do s eorpes brutes , em oposi~lo aquela que ci aunid&de aos corpos m o s , 0 que completa a justific~lo de W deDGmi~1o 6q ueo l~o que une 01 iftdividuos isociedade e ana. an que l iga a coisa a pe5soa. ACOI l s c i i ne i a i nd i v i dua l . comidenda so b e s s e a s p to . e a ma s im pl es dependinciado tipo eolet i' lO. sepindo-Ibe todos os movimentos - como 0 objeto possu idosepe aqudes que seu proprietirio lb e imprime. Na s sociedades Ofldr tal solid.r i e d ad e esti murto desenvolvida. ()individuo 010 se perteeee. como ,e l e rncK m.ais.Iim; de e lireralmate- wnacol~da qual a sociedade disp6e. Alem disso. nessest ipo& lOCiais, os direitos pessoa is nio doainda distintuidos do s direiros ~ais.Iicom a solidarif:dade que a divislo do trabalho produz. e m o o mvitodi-fenate. Encpaaato a pteeedente i .mpl ica em que 05 ig~Muos Ie panw:aJI1. eRasup6eque e_~am difereates entre si. A primein sO e ~el na medi4& qu e aj I I I t l '1OIIaIdadc iD d md ua l ~ ~.pCIa personaIidade co\ttiva; a s C t u a d a s O epouPeIsc QCIa WIl tem um a e sfe ra de ~io que th e e pr6pr ia - um a pcrtoIIali-dade. por :OIlSI!pin te . neeessirio. entlo. que a ~ coIet iTa dri1e ...pam c ia ~ individual d e s cob e r t a . para que ai se esta~am ;., ~especiais que et a nie pode l eau1ameDtAr , e quanta maas etU r e a i J . o se esceade.mais forte ~ a c:oesio que resulta desa sol idar iedade. Com detto. per u . I ado ,cada um depende tMi. estreitamentt: da soeieda.de quaato mais 0tr&balho eR!j&

    .32- .4Sacl:tJlogrtl com cli1lC:1adividide: e.. por outre Iado. a athidade de cad.. um e tanto mais pessoal quanro: n . us e'ipeciali7:ad. for. Sem dUvida. par mats circunscnta que seja. a atMdadeJamalS e completamente oogu\aj; mesmo no exerckio de nmsa profissao. confor .m am o-nos a usos e praticas qu e sA o com uns a too. ooua ~10. ~ smo as -S J n : . pore~. 0. juga ao quai DOS submetemos e muito ma suave do q u e qUAndo asocledade. mtetra pesa sobre nos, deixando muito peueo IUJu para 0 livre exerd.ciode DOSSa ffilClatn--a, A~u i . pols , a individualidad.e do todo cresee ao m e s m o tempoque a das partes: a socleda< ie S C ' I torna man capaz de lnontse em ConjUDto oonfor-m e s e us e ie m en to s t en ha m m ai s l'D O Y im e nt os pr Op ri os " T a l s oo d ar ie d .a d e p ar ec e -- se..Om a que observamos nos animais superiores . Cada 01' .-10 tem sua fiuonomia es-peeia l. sua autonornia . e. no entanto, a unidade do (lfganismo e tanto mator quan.to malSmarcada for essa individualidade

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    Objeti t idade e identidade na analise davli l4soCial : ._ 33. (.:.) A analise da pen a (punicao) confi rmou nossa defiil i~i~~. crJme . Co-mecamos estabelecendo indutivamente que 0 crime consist ia esseOdahnente emum ate contrar io as disposicoes precisas e fortes da consciencia COftl1l~; acabamosde ver que todas ascaracter is ticas da pena der ivam dessa natureiadc,em:ne. Logo.as regras que ela sanciona exprimem as semelhancas sociais mais e $ S eD C i a i s . .

    Ve-se. a ssim, qual a especie de solidariedade que 0direito penal simboliza.Todos sabem que hi uma coesao social cuja causa reside no fato de que todas asconsclencias particula tes estl lo emcerta conformidade com um t ipo comum - quenao e out ro senao 0 tipo psiquico da sociedade. Nessas condkees, com efeito, nioso todos osmembros do grupo sio individualmente a traidos unspclos outros por-que se parecem, mas sao tambem ligados a sociedade que formam com sua reu-niao. e que e a condicao de exi stenc ia do t ipa colet ivo. Os cidadaos n10 apenas seestimam e se procuram, de preferencia aos estrangeiros, mas tambem amam suapatria. Querem-na como a si mesmos, empenham-se em que ela se ja sO l i d a e pros-pera, porque sem ela uma boa parte de sua vida psiquica teria 0 funcionamentoentravado. Inversamente, a sociedade empenha-se em que eles .apresentem todasas sernelhancas fundamentais, porque essa e uma das condicees de sua coesao.Existe:n em nos duas consciencias: uma contem apenas as disp~s que slo.p~ssoa.ls a carla um, e que nos carac terizarn: enquanto que a out ra eompreende asdISPOSI,;6es comuns a toda a sociedade.(9) A primeira represents apenas nossapersonalidade ind~vidual e const ituida: a segunda represents 0 tipo coletivo e, porconsegumte , a sociedade , sem a qual ele n110 existiria. Quando e urn dos elementosdesta ultima que determine nossa conduta. nao agimos tendo em vista nosso in-teress~~pe?soal . ma~ s im visando f ins colet ivos . Ora. embora dist in tas, essas duasconsciencras ,es.t1ioligadas urna a out ra , pois em suma sao apenas uma , tendo paraas duas urn urnco e mesmo substrate organico, Sao, pois. selidaria s. Disso resulta~Ill~ .solid~ried~rle ~ui generis que, nascida das semelhan . .as. l iga diretamente 0individuo a socled~ae; poderemos mostrar melhor no proximo capitulo porque nospropomos a s::~ma-la de mecanica . Ta l solida ri edade nlio consi ste apenas em urnapego geral e mdete rminado do individuo ao grupo. mas tambem torna harmonicacad a detalhe dos movimentos, Efetivamente, como as causas colet ivas sAo asmes-mas por t~da parte , produzern sernpre os rnesmos eieitos. Em consequenc ia, cadavel que tats causas colet ivas entram em cena, as vontades se movern. em conjuntoeespontanearnente, no mesmo sentido. .

    ~ ::ssa sol~dariedad~, ~lo menos no que tern de fundamental. que o dire i torepressivo exprime. Com eleito, os atos que ele proibe e ql.la lifica de crimes sio ded\las especies: ou manifes tam diretamente )Jma difcren~a muito violenia entre 0agente que os comete e I)tipo cl)letivo, O!.lofendem 0 orgAo da conscienda Cotllum.Em ambos os casos, a fo!"!;? contrat iada pelo c:r ime, que: 0 repelc. e a mesma; eproduto das seme\han~as socia i s mnis essenciais, e tern po. efeito man.t er a COO5aosocial que ! 'esulta de tais semelhan~as . E : essa for~a que i) direito penal protegecon~ra t?do. e.n.' raque~imento, exigindo de nos urn minimo de semelhan~a~, 5em aiquaIs? mdlViouo sena uma amea;;:a para a unidade social, impondo-nos 0 resl?eitopelo slmbolo que exprime e resume essas scmelham;as 30 mesmo !empc que ;'isgllrante.

    (9) P ara simp li fi cl if a e~sil;lQ. supMamos qlle 0 indj,i~lIo W pefte!,,;-e ii,Ima SlX.1.:d;uk. Enle rdade. f tl .l .emos patte de muitos lJoul"'S C edst~1l'I em r;6 , Im;il ll .~ rom.:~:Kiu coletiv ..~; mas es'!:.!\compllC3A;' lo n! . .. .!Huda nada em rda l; .lo "" que es!"mo,; :enlllndo 1",1Ilmdc de 51'!'cnq'Hln!" e ~ te l ii ti m c l !: st !'ieoeimen!o de p,d.tic;l$ oo>{a~~ri~~'~ri,~s~ N:io i.~tl\C~ p7,):,~:n',!ntrar ncs,~ qlH~'~~l"iecasuij.'!ica. .

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    Ob,..uvi dade F identidade '1" analtse da vid soctui - 35que .icornunnao dos esprrttos na rnesrna te permanece inteifa. e. por isso. a dorrepara o mal GIltunentoscolenvos , de sO .pode desempen1lues-se. papel onde tais senumenres existam e a medida ql lt e51ejam vt'lOS. Nio h.aduvuta que. preveninoo nos espirnos ja abalados ur n llOYO enfraqueciaJen to da al-ma coleuva. pede impedir que O!; atentados se multlf~t&enl; mu tal resultado.liul ahas , e apenas um contragolpe partiCular. Em po~ palavras. para se teruma ideia exata da pena,e precise conciliar as duas teorias contrl rias que men-cionamos, a que v e oela urn. elpi~ e a que faz dda urn. arma de ddeusocial. E certo. com efeito. que a fUll4;io da pena e proteser a s . o c i e dade . mas issoocorre porque ela e expiatoria: e. pOT '*tro lado, se cIa deve ser expiat6ria. D aO eroque. atraves de algurna virtude mistica. a dor redime a Ialta; mas sim pgrquesornente sob essa rondl\,~9 If que a penajrode produzir seu efeito socialmenteutil.: 11)

    Corn este capitulo. concluimos que e:U!te urna 50hdaricdade sociaJ Que verndo Iato de que urn ce rro mimero de disposicoes de conscienc ia sAocomuns a todosos membros da rnesma soeiedade. E essa sol idar iedade que 0 direito repress iverepresents marenalmente. pelo menus 00 que ela tern de essenc ial . 0 papel que e laoesempenha na integracao gera I da soc iedade depende, evidentemente, ci a maiorou menor extensao da '(ida social. que envolve e regulamenta a COftU'iCncia co -mum. Quante mais a cQnwiinda comum Iaz sentif"sua ~ao sobre re~6et di'fersas. mail cna iat."Osque liga.m 0 individuo ao grupo; mats. por CODJeguiate, acoesa\) ~ocia1 der iva de!a e k\, jl sua mitrea. Por outro 1aOO.porim. 0 proprio ntimero de ta is rela .;Oes e proporcional ao numero W I Ij l. lua.da SotU papel dt t I ' .odo muito impcrletw. TraUt-lie ~&!l de u,ma jQlj.

    t :t tw:t.;Ao tel'a!.!.)At~ & .q lo ii ( ) IlI:lI1l>fOIl exuaido de bit is dl" lsw", ;, ",,,,,,ij ",,,,",,,,,pp, ~:HS

    5 0uvo. ,} mesrno acontecendo corn 'ot"U:' sernelhantes: no segundo case. de e socia-i i/.;l (io. porque tendo uma h"ltJnom,a ~ :.Im3 atividade pessoais que d disunguerndo~ outros.vdepe nde ,leies na mesrna rTlcdlkta em que ~e drsringue e. por consegumte. depende .0. . sociedade que results de \U.J urnao

    A ssmelaanca das con",!t ' :n1. ' lih da:ongem a regras juridicas que. ;;ob aamea..;a de medidas repressivas. lmpt '\ em a tooos crencas e prancas umformes,quante mars pronunciada e ia e . m"l~ a vida socia l se confunde completamente coma Vida r ti ig losa. mars as insntuicoes econcrmcas estao proximas do comunisrno.A dlvt!>. iO do ttaballio da origem a regras juridicas que determinant a na-tureza e as retacoes etas funl;Oeli divididas. mas cuja v1oi~ao acarreta apenas

    medidas reparadoras. sern cararer expiator:o.(a~. um de~ coajuntos de regras juridicas i: acompanaado de urn conjuntode regras .purarnente morais: Onde o direito penal e murto voiumoso. a moralcomum t muito extensa: l~SO qeer dizer que grande numero de praticas CO\eUVllSesta cokK:ado ..oo a guarda ci a opinilo publica, Onde 0 direito restirutivo est.muito desenvolvido, hi uma moral pro fissiona] para cads profisUo_ No interior deurn mesmo grupo det raba lhadores exi st e uma op inlAo di fusa em toda a extensaocies;seagregado res tr ito, e que. apesar de na.o ser munida de san~Oes legais, Iaz-seubedecer. H a u S C Y . ' > e costumes comuns a um .. mesena ordem de funcionarios f quenenhum deles pode mfringrr sem incorre r na eensura da corporacao.r 12) Todavia .esta moral se disringue da precedente por diferencas analogas aqueias que e-pararn as duas especies de direitos que the correspondem. Com efei to, el a esralocalizada e m urna regiao Iimitada da sociedade : a lem disso, 0 carat.er repressiveGas 5a~ re lac icnadas a ela e sensivelmente mats fraco. As faltas profissjonaisdetermiaam um movunento de reprov~!() rnuito menos acentuado do que os atentados contra a moral publka.

    Emretanto. as regras da mora! e do direi to profissionais sao rio imperati\'asquanto as outras. Obrigam ;) indhiduo a agtr vMndo fins que 010 !he sao pro-pnos, a (aze r coocess,)es. a it: compromele r. a levar em conta interesses supenoresaos seu r . . Por cons,eqi..~oci:l, oode a sociedade rep

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    Vimos, com efeiro, que a estrutura organizada - e. consequentemeate. adivisao do trabalho ._ \c desenvolve regularmente i~nedida que se t .:~t i: igut ' a es-trutura segmenter. Portanto, rrat a-se de saber se t.':~S.:J. ~:o.tin:;~(\e a causa do ci tadodesenvolvimento ou se, ao conrrario, e ~s t e que causa a ~xlin t ; :~G. .It ult ima hipotesee inadmissivel, pois sabernos que a organizacao segmentaria e urn obsraculo in -rranspcnfvel para a divisao do trabalho: obstaculo que deve let desaparecido,pelo menos psrcialmente. para que ela pOSs.0. surgir. A divisao do trabalho s6pode exist ir na mcdida em que tal obstsculo deixe de existi r. Scm duyic ia . urna velque exist a, a divi sao dotraba lho pode cont ribuir para acelerar it regressao da es-t rutura segmentar: mas e la 50 se torna vi sivel quando essa estrutura ja regrediu. 0efeito reage sabre a causa, mas corn isso nao perde a qualidade de efeito: conse-qUentemente. a reacao que ele exerce e secundaria. 0 aumento da di'lisio dotrabalho d"eve-se. pois, ao Iato de que os segmentos soc iai s perde m sua indivi-dualidade e as barreiras que os separam tornam-se mais permeaveis: em urnapalavra: efetua-se entre des uma ccalescencia que deixa a materia social livre paraentrar em novas combinacoes.

    Mas, .0 desaparecimento do tipo segrnentar 56pode ter tal conseqlleocia peruma unic~ rade. que de tern come resultado uma lig~!o entre individuos queestavam separados ou, pelo menos, urna l igac;ao mais In t ima do que a que existia:em consequencia disso, trocam-se movimentos entre partes da massa social que,ate ai, na.ose afetavarn mutuamente. Quante mais0sistema segmcntado se desen-volve, mais as relaeoes nas quais cada urn de nos esta comprometido se encerramnos limites do segmento a que pertencemos. Existern como que "vazios morals"entre os diversos segmeruos. A medida que 0 sistema se nivela, ao contrario, osvazios se somam, desaparecendo. A vida social se general iza, em lugar de secon-centrar numa mult idao de pequenos Iocos di st intos e parec idos. As relaeoes soc ial s_ mais exatamente lntra-sociais - tornam-se assim mais numerosas. pois esten-dem-se por todos oslados, alem de seus limites primitives. Portanto, a divisio dotrabalho progride tanto mais quanto existam mais individuos que estejam sufi-cientemente em contato para poder agir e reagir uns sabre os outros. Seconven-cionamos chamar de 'densidade dinamica ou moral a este relacionamento e aocomercio ativo que dele resulta, poderemos dizer que os progresses da divisac 10trabalh.o estio em rela no original).(19) Altcrthmu. IV. 3 (em a lemlo no originaJ). .(20) Soble ~tQ. V. Dumont. Depopulation et civilisation. Pa ri s. 1890 . Cap . V II I. e Oct ti n-am . ,\(~.tl#ik. pp.j273 e s cg .( 11 ) V .~."op. ~,., p. 200.

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    .ie(Jdem:lJ 2 21 M as nao Sf!oode percer d e vista que a Ias e agricola ~ tanto maiscur ta quamo rnal~ e i e v ado s e; a ( ) f lpO d as s oc re dad es . E nq ua nto que 0e Iormarao depois des nossos se carac-terizarao muito provavelrnente. por urn alasramento ainda mais lipido e corn-pleto da crviliz acao agricola.3) Por fun. temos ainda o nurnero e a rapidez das vias de comunicacao e detransmissao. Elas aumentam a densidade da sociedade. pela supresslO ou di-minulI , : ao dos vazios qu e separarn os segrnen tos SOCIalS. Por outr e lade. nem epreciso oernonstrar que elas sao mars numerosas e aj)lerfeil;oadas quando as so-ciedades sao de urn ripe mats eievado.Como e s s e s i rnbolo v i s iv e l e m e nsurav el r e fle t e as .. .ar i lU ;O e s daquilo qu echamamos densidade moral. i 23) podernos coloca-lo no lugar deste ult imo na for-mula que propomos. Devernos. alias. repetir aqui 0 que dissemos maiS acima. ~ asociedade, at) se condensar: deterrnina 0 desenvolvimento da divisio do trabalho.esta . .per sua vez, aumenta 1 1 . .condensacao da sociedade , Mas I ll importa : pois adi...sao do trabalho permanece sendo 0 fato derivado e. por consegui rlte. 0'>progresses que sotre !>Aodevidos aos progresses parale los da densidade social .sejam quais Iorem as causas destes ult imos. Isso e tude que queriarnos estabelecer.

    Mas esse fator nao e o unico.S~ a condensadlo d.a sociedade produl tal ~sultado, e porque ela multiplicaas rela,i'les in t r aSQ( ' l a i& . Mas esta~ ' > 30 a i nd a mais numerosas quando 0 n um er ototal de membros da .o(iedade se toma mais . . : :ons lde ra :veLSe ela e n v -o l v e ma is in-dhiduos ao mesmo temp') q ue e ie s esteJam malS intimamente em CODta to , 0 de i toneceSSta finaL(24) $octOtog:te, I I. 23

    /

    muitas scciedades anngas que 'it' mannverarn job ':SSi:I. forma Entre as subd iv r --oes. a.s mill:' ..impi.l.:\ .- .1> '-lue ,:n...oivem J) ,Jtltr:iS - corresponce m ..0 upc ......;:;:1/.nrencr mal; prox.mo do mesmo modo , entre ,h segrnentos que as cornpoern osmars extensos sao vesugros , 1 . . ) upo que vern imeciatamente JbJIXO do preceoente . ~assrm sucessivarnente. Encont r arn-s e entre os povos m a il . a v an ca d os . traces c iamars p r rr r nu v a o r ga n ll a, ,: i .o "()~laL(2SJ Assim. a rribo Iormou-se po r um agregadode hordas au de cias: a nacao i.4 nacao judaica. por exemplo) e a cidade por urnagregado de tribes, a cidade per sua vez, com as vi las que the sao subordinadas.entra como eiernento nas sociedades rna IS compostas. etc Portanro. o volumesocial n~o pode deixar de crescer pois cada especie e ..onsutuida por uma repe-t~ao de sociedades da especie imediatarneme anteriorHi excecoes. entreranro A na.;ao judaica. antes da con quista . sern duvida era\ multo mars vol~mo'>a que~a cidade romana do seculo IV: no entanto. ela per tence a. . . . . . " A uma e-pecie mrenor. A China. if RUSSia .s lo multo mais populosas queas nacoes.....~ct~YllizadaS da Europa. Entre esses pO'lOS. por conseguinre, a divrsao do rrabaJhO" ... nao se desenvolveu em razao do volume social. ~.que 0 aumento do volume nao e .necessariarnente. urna rnarca de superioridaoe. se a densidade nllo aurnenta ",0rnesmo tempo e n~ mesma proporcao. POLS um a sociedade pede atingir er.orrnesdimensoes por envolver grande numero de segmentos ~ qualquer natureza. se ateos mais amplos desses segmentos apenas reproduzirem sociedades de tipo muitointerior a esrrurura segmentana continuara muiro pronunciada e. assim a or-garuzacao IDoaJ sera p ou . .Q elevada Mesmc urn imensoagregado de clas estaabaixo da menor sociedade organi lada,pois esta ja percorreu es t agi t )S de evolucaoaquem dos quais tal agregado perrnaneceu. Do rnesrno mod;.>.~ 0mirnero da sumdaoes sociais tern influencra sobre .a divisao do trabalho. iSSO nao aconrece es-pontanea e necessanarnente . mas ~m~Till)umero de relacoes sociais aurnentacom o nurnero de individuos Ora. para que seja alcancado tal resul tado. na n bastaque it sociedade conte corn muitos membros, mas e precise l unda que eles estejarnem coatato mui to .numo para poder agir e r ea gl T U l lS sobre os outros. Se ao c'Jntraoo. elesestao separados. por meios opacos. nao podem est.lbokcer relil ;Ot-ss . enao rara e d ifi 'l lm erH e. e tude' . ' Ie ~ass.. CGmo 'ie f~ s:e m em pe que no numero.Entao. 0 aumentodo volume

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    Objetividade e identidade na analise da vu;;,~ ...;_1extensas e condensadas. A lei que acabamos de estabelecer e.ll_~~" l .lodizemos que 0crescimento e a condensacao das sociedades n. ",rn..it_,..necessitam de uma divisao maior do trabalho. Esta na o e umqual aq..cle se realiza;e sua causa determinante.(26} (*) (... ).,~W~bl t ra to cia v lcb i,soda I ' ~ J ,. c- __ .,-. ( ... ) Se as ~resenta~. uma vez q1Je e x t s t em, contmuamdentemente do e s t a a o dos centres nervosos. se sao capazes deulnas so6re a s o u t r a s . " d e ' s e c om bi na r segundo leis que lhes sio p n > o t ! t a : s . , ee las sao realidades sustentadas por se u substrato de r e l acoe s intimu... Il~t),tanto. em certa medida, independentes. Certamente sua ' ..'.. serrela th: t\ . pois nio hi. .dominic da natureza que nao se l igue 3:~S .' > .' demodo que nad a s er ia m ais absurdo do.que e r ig i r a @_a psiqUl9>C!" 11 ~ l ' P ~ 1 C d eabsolute -ue viesse do nada e nio esnvesse ligado ao resto do unlvel'lO. eevtdenteque 0estado do cerebroafeta todos os fenomenos inteiectuais e ~o fator imediatode alguns d e l e s (sens~Oes p ur as ), M a s. por out ro lade, de tudo que foi dito resultaque a vida representativa nlo e inerente a natureza intrinseca da'I!!!t!rlac..!WrvQ~.p o is s u 6s is f ee m ' parte po r suas pr6prias fo~as e tem modos de s er q.1he s ao e s -peciai s . A.Iep.resen~io _nlQ~Jlmsit11plC! ~s~_c:t~,do ~ ~ ~ ~ ~t 11 9 .u e ~ e tl On tr a 0elemento n er vo so n o m or ne nto em que e la aconteee, POlS man~mse m es mo quee s s e e~ do r i A e , exista mais: porque as rela~&soa.nepresen~Oessiode naturezadivena:_aquela dos ,!!lementosl1ervosQ$ ~ubJa~ntu. A represen~o ~.alga novo ,que certas caracteristicas da celula eertamente contribuem para produzjr, mas nlosA o suficientes para constitui-la, desdc'que e ta subsis te as ci tadas caracteris tkas emanifesta .propriedades diferentes d ew . Mas. dizel' que 0 estado psiquico 010d e n v . diretarnente da celula, e diu!' que ele nio es t i t incluido nela, que se forma,em parte. fora dela e que. em ignal medida, the e exterior. Se 0 estado psiquieoexistisse por causa da celula, estaria coutido neJa.pois sua realidadenio lhe vit iade outra parte. . .\ i Ora. quando dissemos, em algum outroponto, que os fatos $ O C i a i s sao. emcerto sent ido, independentes dos indiv iducs e exteriores a s consclindas indivi-duais, nao fizemos senao afirmar sobre 0dominio do social i sso qu e acabamos deestabelecer acerca do pslquieo. A sociedade te'!!..P_orsubstrate 0oon~~ de i nd i~_viduQ!~~s~ia~os-,- 0 sistr;1':!LQ!Jee kS formam a o s e . . unit - e que VatiIl5~~_dosuadispo~1~!,!>ri:-i~~p~icie~~,territ6rio. a nature~~ e Qnt lme ro de vias de CO n l _ ~ t t i : ~ ~ 'o -- c()nsti~ii1.l?~st: ~br~._t\,g\l3:l_~_~~ll.t!!~e a'vida s o ci aL A s r e ~ ~~ ll o: ;o o s,que sAo a trams dessa vida social. decorrem das r e ia ; ; e e s que se estabelecem entre

    lI

    ~

    {26} $cbn isso. po-:lemos aind .. !\OS ~If M aUt(lridade de CQmte: "DfNo apen&! inditM-.ora". d 1 z cle. "l oonlkn.u;;AlJ ptojl!'euiv!1de OOISA~ie (OlT;O lim tiitilOO ~lmIlto S'ra! que:;t,mcor", pua dettrminar II velo-:idade elerivl do mm-ime!l to s~'i.1. PO~-Sf.. em pnmei:ro.luB&. re..~lli1er 1aci1m~nt>:que tal inllu!ncb! cootrib\!i multo. !O;-br\!t'lUIOli onaem. pu~ determlDa~UDlk~l'~~ calia I'el mail especial do conjunto do trlbalbo hVMann.tlcc:essulai!>e~te ~~ativ~l ~~ umpequeno mirnem &l '-..lOPtfadora. Mu. por O1I/ro 1.&0. fllnI.,,, tk 11_ p r . . !" ,,;dBd# _ ~ ;" . I ft ~ . ._IICS conitid4. _bon llillda ",au flSUffCitJI. ,o t ,'OtUt~40 e_slimllia du'rt~1Ii U _~112"U,;/O f o r t e . 0 dfuft!fo/l f i", . , . ,o -u' I I t J i d o dlI fI~~c s f X I _ 4 1 . s e }l i l e w .a nd o .1 lS I n dM d uo s . a CftijJl'IS.prem noves e1fCl \ 'O I i paa u'Jeprw p(lr !HOS r u m s refiJWloj u..-na~lsI!n:"la q,lc. dt < ,.;uml modo .tetia mab dH 'k l l ; GV. eatlo. obr ipndo a lIOCicdade& mglr rom enSlI mAlS ob$tllUldae mais ()fp-Iliudav ll.t '& lut&!'mlliJ obstlnadamllnte ~Olltra 0 !:ntl.:i.mentc. de di"e:gmciu pllrtkYlue" De urn . : r u a ~outro modo. v!e que !ilo se tnt. &qui do numero .MoIuto dot indhiduO$. rna. 5Obretudo de SU3ooope r e . ;1 l .o Ma i s i l lt e n sa em umMtllrmiMdC'~IlAo sio obra~o indivlduo. mas emanam-( te uma forca moral que 0ultrapassa, fo r< ; ae s ta que sepode imaginar misttcamente soh 'a Io rma d e unfD eus ou da qual 50 pade ter umaconcepcao mais temporal e mais cientifica.(27) A mesma lei se .acootta, entio,nos dois domlnios, . .

    Alias . tal lei se explica da mesma maneira para os doiscases, Se e possiveldizer, depois de algumas consideracoes, que as represent~Oes ~1f:tiv~ sA o ex-teriores a s consciencias individuals, e porque elas n A o derivam do s ind"iduostoiuadosis.'51.:ldarnente. mas de sua cooperacao: 0 que e multo di ferente . Semduvida, na elaboracao do resultado comum, cada urn dAsua contr i.bu~io; mas ossentimentos particul~re5 naose tornam sociais a n~oser que se comb inem sob aaque cumjletem ASUI.d~!l(:iA.

    ~:!8)Cf. OOf4>O II'Jrc $nhrco hlkidio (i., _..i;;i;i

    ObjlIHUOUI.' t> idenudade IHIunalis da vida 50(W! ._ 4.3

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    serite. quer. ernbora nao possa querer . senrir ou agir s ena() por mterrnedio das' ;OnSol . : l enClaSparticulares. Ai esta, tam oem . como 0 fenomeno soc i a l na o dependeda nlltureza pessoal des mdividuos que. na fusao ci a qual ele resu lra . . todos oscaracteres inCl'ddualS. di\"ergenres por defini\ao. neutrahLam-~"ee supRmem-S;0-~ '- i r i u t u a ~ n t e ~ ' S ' o m e ne a s ' p r o p n e c f a f u malsger i r - . ; -a-a-i i i ture i i l1u mll .l1 a s ob r e vwem: e. devldO'eX,itamenteisual:"ifrema generalidade.elas n a o p o < 1 e n a ' m d a rIX)nta-dasformasmaiScomplexasque caractenzam os laros coietivos:Nio que taispropnedades i l ~ o - e s t e T am - em - n a d a no resultado: mas sao ape_nA~_';Qndk~ me-d iatas e distantes 0 r e sul t ado naot!'tlstlria5e e t a s. f o ~ s. e !T l irlfQ_JllPi1!j~~~Q!rI~le~m a : ; _ - n A o sao elas que 0 determinam.l*j .F .to patolOcico e aaomia

    Q ua lq ue r i en om e -n o sociologico c omo , de r e s r o qualquer fc:nomeno b iolbg!oCQ.e "useeriveI de revesri r Iorrnas di jerentes segundo os casos: permanecendo poremessencialmente igual a 5. 1 mesmo. Ora. ess.as.formas_s.,ao~t1oi1_~ U..tnM...H 0i!~ em toda a extensao da especie: sao encontradas. se nao em rodos os indio:, iduos. pelo rnenos na maioria deles e . se nio se repetem identicas em todos us ca-sos em que sao observadas ..ariando de urn para outroindfdduo. as variacoeses-tao compreendidas entre hmites muito proxirnos. Duu,s exisrem. ao contrario.que $~o excepcionais: sio enmntradas 010 aperias numa minoria de vezes, mas.mesmo quando se produzern, nao. .dw:am em genl a " ' id~ t Q < : t . i do individuo. Cons-utuem excecao no tempo como no espa.;o.(29) Estamos. entio. em presenca deduas vanedades disuntas de fenomenos. que devell1 ser designados por termos dife-rentes . Chamaremos norrnais os taros queapresentam a~formss rna iSge r_~ . e dar e mos aos outros 0 nome d e mOrbidos-ou-patol6gicosi Se decidirmos chamar detipo medic um s e r e sque mallC o -- especie de indt'lldualidack abstrata - cons-ti tuidc pela reuniao. num mesrno todo. dos caracteres mais freq ilentes da especieem suastormas mars haoituais. pudeJ : : .~ .~ .d i .z ; e . rqu~ ot~ponormal.se ronfundecom onP9m~cOiQ.e que todo desvio com relacao a este padr_!l? de s.audei urn IenbmenomQrb1do ... verda(je que 010 seria possivel determinar urn t ipo medic roma mesma l1lhdt:l que urn tlPO individuaL uma vez que seus atributos constltutivosniw estao Jixado~ de maneiu ; lb~oluta. mas sao sUM:etiveis..de vanar. porern. itpossibilidade de sua con"ntulltao nao e posta em duvida, uma. vez que consmui amatena imediara da Clen\:ia, pois conhmde-se \:Om 1 ) . ! i P . 2 genenco. 0 que 0 fislOiogin3 estuda s a o a.~bll'l;Oes do orgamsmo medio. eo so.:ioiogo faz I)mesmo.Sendo possivel distmg\w uma das outras as especies ~OC1&lS - questao de quetrataremos maisadiante- e s empre pOS$ivel descobrir qual a forma mais geralque apresentaumfeoomeno numa especie detenrnnadaVe- se que umfat nAopode seTqualif icado de pato16gico senao com re~io auma espttie dada, Ascondic6eS de saudt' e de doeru;a nao podem ser defin idas in

    [.) Ate&qu.iotertofOlutraido~SocJiologM'er PttutXIJOPlm. pp. 32 . . .(29) Pode-SI!' oisUflguir jXJI ai a d.~ da moostruosida

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    ()I,~tividade e identilJJNl~ 1M alUlJise v id41social - 4SNio fo t sem ruio, com ekito. que OS ca racte res cuja reuBi \O forma 0 tipo aonulpuder'a;;e generaliur numa especie. A ,eneralidade COft.ttltui. taJJ lbem. um_que neceuita set expiicado e que. par isso mesmo. recWna um . . CH$&. Ora. talfato seria inexplicave i se as fmas de ~io IUi$ espaihadas do fosIemtambem. ~Io ~ em Sr.Y cOltjUltfO. as malS Y&lltajous. Como ~ Iemuter. em tio Stude variedade de cira.mdftCias. se Dio p&'Oduz i ud l oos in-diyiduos mea de resistir melbor is caDsas de ~ao1 Se, par otatro!ado. asOUtTU fo rm as de orpR~lo sio aWl taras. e eridememell12 p o r q _ . _ mDd iadol CMOS. os illdiriduos que u ~tam tim mais di ficuld .ade para ~,A maim ' freqU&cia doprimeiru e . poU. pftWa de sua superioridade.(32)

    e'- r - " , ~ . " r j',~ ~Em liltima obsc r v~1Q fomecc ate wn mciO'de eontrolar 01 multados domitodo precedeatc.

    Sendo a "q,ri.a ,._.lidade. que cancteriza " _ l o t meate 05 r nameDOSnormals. \)Ri fenOmmo expJic i.el , necessUio PfOC\ l IU ' expJia-la. ap6s ter iaoal-nrta.tftftte ata6elCiiidi peta O bt eI 'v ~ io . D e actemlo se podo tel' cenna, $eatdu", ida. de ~ e ta tern uma causa. mas e rDdbo r procutat saber COlD seaur~!~qu,,' e HU. 0 cal'at!!;:r aomW do ~ s e r a . com _ t o . ineomestb;t~l. sedemonsi:rurhO$ q~ 0 sinal exterior que de primciro 0 tiD ha ~ Dl;;; enpuramente aparenW", masfwldado na natureza d& $ coisAs ; 58. mama paiavr;a, se'puder ericir esta O(l'ft\a1idadl! de Jato em fJOI"IMl idade de di r e - i to . 00 resto, ademoostrac;1o do c~tiri sempn eat fuel' M' q-.e 0 fenameDo e u ti l . 310or-pu.1a .mo. embora scja este 0caso nWs freq6eme pelas raz6es qu e aeabamos de0-plicar; pode ~ tamWm. como notamos atriI. < p s C va uraajo Kja ammalRIll que Una para Bada. &peDIS porque ad~_ impUci to Da on:tcmdo s e r . Assim. scria talftz \iti que 0 pa r to nio detemt iBasle pertattb~ ttoY i o & e a t a s DO orp.aiimo ktl l i . tUfto ; mas tal t impossiyei. Po t

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    Objet ividade e identidade na analise da vida s~cial - 4ide ter constituido a ossatura essencial Lias sociedades, vai se apagando mais ernais, devemosconcluir que constitui presenternente um estado morbi d o. por rnaisuniversal que se mostre. Todas as questoes controv~rt id~. do mesmo ifnero.- porexemploava liar se 0enfraquecimento das crencas religiosas, odeset' lvolvtm~ntodos poderes do Estado, sao Ienornenos norrnais ou nao - deverlo litresolvidassegundo 0mesmo metodo.Be) ('II) .

    (...) Ernbora tendo reconhecido que a divisao do trabalho euma fonte ~esolidariedade, Comte parece na o ter percebido que essa solidariedade e sui genertse subst itui pouco a pouco aquela engendrada pelas sernelhancas socials. porque.observando que ~lhan~as soda.i.s_e~~()muito apagadas onde asfUD(!Oes s a o__mais_.~~ped?-_I!z~.da~ v i ue m -f a; re X ti nc ii Q ~ m f en om e no . m6rbido. u ma am e ac a acoesao social devida ao excesso de especiali zacao, e expl icou desse modo a fa lta decoordenacao que por vezes acompanha 0 de s e n vo lv imen to da ~ivi~ d o ~balho.Mas. idesde quees tabelecemos que 0 enfraquecimento daconseienciacoletiva e umIenorneno normal. nao poder iamosapontar esse enfraquecimento com() ca~sa d.osI e nomenos anormais que vamos estudar agora. Se, em certos casos, ~ sol!dane.dude organica nao e tudo que deveria ser. isso nao se c ia p~rque a 5O~dane?ademecanica perdeu te rrene, mas sim porque nern todas ascondicoes de exls tencla daprimeira estao realizadas. .

    Sabernos que. sernpre que se observa a solldar iedade organica, encontra-se. aon.e s rno tempo uma regulamentacac suf icienternente desenvolvida que determineas retacoes mutuas das fl.lrsOes.(37) Para que essa solidariedade e~ista, na o bastaque haja tim si stema de 6rgaos neci!s~ario~ uns aos outros. e, que smtam de modogeral 'sua"sol idariedade. mas e precise ainda que a mane lF . t . como ele~ devel! 'cooperar , senao em toda especie de encontros , pelo !~enos na~ c:rcunsd.nclas marsI requentes, seja predeterrninada, De outre modo. sena necess~no a cada mo~en~onovas lutas para que eles pudessern se equil ibrar. pois as condieees des.seequilibr ioso podem ser encontradas at raves de tentat ivas cegas, durante as quai scade ~i 'l rtet ra ta a ourra como adversari e e como auxil iar, ao mesmo tempe.Esses conflitos,entao, se renovar iarn sern cessar. e . ass im, a scl idar iedade s e r i a quase que sornenrevirtua l. as obrigacoes rnutuas devendo ser novamente deba tidas em cada caw par-{361 E m lisa 2.cide!ltal, miU :1 . proPf!! ct!!lst;t\J~40 de nM!(1 :nel(l ~on.\!il;e CCtt:l(l. pur. ",,1m l:.(~, .lI.f. p." 1;....1arec lade s :C"'facteri$il\:E~ desta u Hu n. i C 5. tl o ~narntn.le in&t'S Gtsefivol\:idM h~l'! ,hl qu~ .iri!itP")::~~{~~~1(J h t oa da d e aoon ru .t e n~ q u~ Q~ { l !n 0 .m~n f . i, \ O i u e d:t!l~s \ i~ '~nd{ ; ; in ~..ejuri e t ~~ I n '! s ~ ( 't ' '' . .~~l~_ht:t~l~'Yi.E~tl! In.et!1do dHete d{i p rt :c tde n!e ap (n .s n o tuo de qu~-::s cotlrii\~Ot_sque ex:pli.::&i1 e j~i>~!:d':~:i;m F, l~"'rtt1-,ahdacie do fenon'tl!rl'() ~o H\Ju z~da~ e hl;"l ~la re ' .am~1He obsrrv~diU. Sabt~s.: que ele ~ hi.l a :r.9.t~:'f;l.:!do mti () so cl il l. ma~ ~el !' ~be r po r "nile fl~.m ,0'00. . . . . .~ .(-) Ale "qui 0 tnto foi el;\rllid0 de ."" '"1';;,'0$ do . . ." , : " ., 10 ; , ,r n l g !< :' f J. ~ . ;).

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    ou modera a produ~ao. Mas. em redo case. eia sO se resta~ depois de rup~do equilibrio e de prob~m&i mais ()U ~ preloapdos. Par outro l&d o . taftproblemas, Q:!Ituraimente slomais freqQcD. quem ~ ~adIu Ste j~ asfu~6es; pQr'bmto quaDto mais .~f !Y2~ orpruWIo, maD ~Jl~Q e wna . Mgtda",.,.tatt1o nw:nsa, A s rei~ do capital e do t t a~~necem . aft ~. lID mesmo~de mdei e r l i i lAadt> ~a. 0 coatrato pft~lo de setW;Ol aaapa em IIOS$OiCOdijos um !upi' bem pequeno, sobmudo q\laado Ie pea$& - ~ ~ n , aCOIDplexidadeda s rela(6H que elede\te rep. D e n::sto. do e ,....no JRt.l.ursobre urn. lacwu\ que atualmente todoI os povos vim seatiado. It~udopara preendaer.(40) )1 l'.,.a c~ !){ l~ PJ~ ' .-As . rcgras-do mitodo ilopara & c i enc_! . 0 DlflIIbO q ue a s rep-as do alto e de scostumes sao para a col1duta; das diriaem 0peftumeftto do siWo f.'f8O as irepftdas g ov e rna nl a s aK;Oft des ~. Ora. ire c ad a c ie u ci a tem s cu ~ . a ord emque este estabelece e iDtema. Coor4eo:- os paHC' daq~$ ~ cuttiY .... ~d~ncia. 010 SUM re~ com 0 estenor. Quae nio hidisctplinM que coatbmemos esforcos de c iinc ias dife rente$ em vista de \1m fu n comum. 1550e certo sobretudo para ti cienc ias mara is e soc iai s; pois as ciencias matematicas. fisKo-quimicas e manK) biolOgicas uio parecem tAo estranha.s umas uout~u. M~ 0jurista, 0 psk61ogo. 0 ant.ropOloco, 0 economista, 0 estatistico. 0 tiapiSU. 0his-tor il ltdor. procedem em ~uas iAves tipl ;6es como Ieas d:ivef$.U or" de 'a&os quee st ud a m f or m as se tn iguitl nUme r o de mundos indepcndenws. N. mUidade . eftrretanto, eW itpenetrat1, pot' todos os iados; em COllseqOf:OCia. deeria ~tecero mtmnO com AS cK'ftc i t i C0rTe5pondentes. Ai e s ta de oade vem a aN.fqUl& qu e seass ina . \ou. aIiU c om a ii ,l im naaero, sa c i C n c i . a em .-al, IUSq ue , v e rd ad e ir a~ret\ldo em algumu t:aeftt ' ias. Elas oferecem. dett.amtntc. 0~o devmatf'eaado de partes des4;o1\exti. que do contribuem entre si. E ~. ~mam um.oonjllflto sem unidade. 1\40 e porque niG tenham bastaft te ~ de suasseme~as: e que do e1U.Io orpnizadas.C om o ~ . 05 d i ~ rs os e x emp lo s s a o . . riedades de um a . .. .. upiI;it; emtodos es euos. se a . dirisio do trabalbo ftIo produz a ~ 4 porque a:ire~6es dos 6tpos nio es:: tlo rep1ameatadas. e st ioem una ut.ade .~.

    Mas de on. vem t . a 1 estado?Como um conjuftw de r e a ra s e a fomLl defiaida qBe as ~ que se estabckccm CSpoDta~lte eutre as fu~ socWs toawn como t e m a > O . pode-sedUu IIpriori que 0estado de __ c impossiYCl scmpre que 01egr.r. sotic Ii r ios

    cstIo ern eoatato suficiema c mfidc.ntemeate prolo!rtaado. Cae eII#o. ....CGft~ des f a e i lmeXl t~ pe rce bem - em eada cirCtJasdacia - & MCcl l i t J a deq ue t im UM d oc o uu os . e ~1emU. tfm \lID leatilaeato " " * 1 . ' l O A d a u o dema depcDClhcia m8tua. E tambem. pclo BteS8IO motho, as trocaI atre ....fuem sem ct i f icvlda4cs: fleqiea~ 01Ort* YIo. 4eqJe ~ ,.....riuDdo; replarizam-M po r Ii t 6p r iDs e0 t e m P o . . . . . . . obft .-~.Entim. c:omo as tIIeDOteS ~6es podcm SCI' .acidu de parte a padIt. as rearuque se formam adquire:m e s . s e car.~. is to 6. elas pre,fee as c:&Il~ de

    (40) _ ... amto em 1893. DIpuiI. a . ~ I oadlillrit! 'f'!io _par .. t ~___ 4iNiiD. O ... ,_. qu.e.!aaIM flll......'... foi ~ pnoIDdlif .

    equtl ibrio em 'lCU\ rmmmos detalhei. Mas se. at) contrario. e intetpOSto algum~,mta~uk). apenas as exeiracees de cert a intensidade podem se comWlica r d urnorgao .1 outro. As rel~Oes sendo raras, nio se repetem 0bastallte para se deter-min . oem: a cada OO\'a t nf~r.o oeorrem novas tentativas de aoordo. As linba.sde passagern seguidas pd., ondas de movimento nao podem cnuar-$e porque aspropr\as on.das iiomuito intermnentes. AJem do rnais. Sf: apesar de t1lOo ~umurqras v a n a s e CO I 1s tt tu ir . sio IFrais e v a ga s; pais em tais rondV;( le s IIfetlas o s C OR tornos rnais gerais do! fen6meoos e que se podem fiUl. A mesma coip acuntecerise a connnuidade. mnmo se'Rdo suf!ciente, for muito rea!Slte _ tMr doradomulto pouco.t 41)

    M&iscomumente. porem. essa cood~io e realizada pel . for~ du coisas. Pai suma fu~ nio pode se dividir entre duuau virw partes de ~ or.puismo. anA o ser que essas part es este jaf" mais 00menos contigwu. Alem diHo. ama vezque L trabalho esta dividido. elas tem nec :e s s id&de UrDaS da.s w,lra$ e tendem ad$minwr naturalmente a distincia que as separa. EiJ porquc. a l lleCfuia que seeleva 11. oca la arumal. V~ie os brllos se interIiprem e, como IIi: Spcn\..'et. in -troduziremse uns nos intersticios do s out ros. Mas um ronjunto de cirCUnHanCI.uexcepcionais pode fau-r corn que oeorra ooisa diferente.a 0 que ACOI.'I.te

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    rrerna rapidez e oJ, inte rcsses em contli to nt:adi

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    FU N DAME NT OS D A H lS TO IU A *1

    As roodi~ ~ da$ quais part i IDos nio sio bases atbittariu0 " d o em a s ~ s a o D a 5 C S reas.. qu.e 16 podemos absuair em ima~.s a o 0$ indivk1uoonai$, sua ~io e SUM ~ materiaia de ~c ia , a s qlde c f tCOOtr a tam jii p r oO ta . s , c omo t amWm a qu cl as q ue a uc er amde sUa p.roplia a~io. cuu base s sio, portanto. verifdveis a t r a v e s deum m ~ i( ) p ur a. me nt e c ro pi nc o.

    A COl~ao primeira de toda 1bJ l6 r i a humaoa 1:. awuraimcn&c. I(!xiiteocia de seres bumanos vivos. 0 primeiro estado rcaJ constataxe , portanto, 0 patrimOOio corporal deucs i I l d i v i duo s e as ~ queese patrim6nlo dcsen\'ohft; com 0 taeo da N~. Nio podem.Oi ,natundmente, fuer- aqUl um estudo aptotundado da p r o p r i a coostirui;ioflska do Homem. nero d.as condie$ D:amtais qu e 0$ hoo1ens encoe-trarazn j' prostas: wn4i~ geol6gic:a$. orogni.ficas. hidrofafl 'C"$.climatica.~ eooottas. T04a bi.ll6ria~partir dc~ .basH natutais ede sua lnodific,a~ao, atraves ~ ~ do$~$, no curse da HisWria.

    Pode~se distinguir 0;;' homens do5 animais. pela consciencia. pe larclitiio e por Iud 0 I'na.is que s e que i r a . I e ' S fDC$UlOS comecam a sedUtinpirdos animals desde que principtam a produul' os seus meiosde existenda, um passe wantc c oonsequencia de sua organ.iza~ao...!U Ao produzir os &euS meias de u. i . s tencia , 01 bomens produzem

    (i nd ir etam ent cc a s ua pr6pria v i d a DUIteI i a l .

    A maneira pel~~al 01 bomcos prodw:cm 01 .~ meio& ~ .e~i "neia depeode, primeiraracnte. da Dl. tu. rc :za dol JMlOS de e1 IS teoaa bprl.ldcido .. MAP. K. c ~ p. HFeuerbach. W hl: L'~ ~.Paria. !diMeI S o c : i a J c a . 1953. ,. UlI. A 1 t I 4 Wnft. o . T~ UiNtlfI-c.fl;lo Stxid. T r l l lo i . pott WilmaKov". Sio PlWIo. Cia. E d. N~ .971.p. u-n.

    I...a_-,_~ WlIUU\) e que pl'~um set reproduzidos, Nao Sf! deve wr!sidetat e$U;moda'tidade de pr()du~ao sob esse 'linica ponte de vi~a, apenas COlllOa. rtprodw;io da e.lUstenc~ (islea do s individoos.Em verda jarepresenta um modo detennmado da ativtdade desses individu()s. auDIUCira detcrmioada de manifestar a sua vida. w n modo tk vida deter.minIdo . A m.aneira pela qual os individuos manifestam a sua v ida'r cf te te muito exatameme a que s a o . 0 que etes sio coinOde.portmto,com a s ua ~io; t an to c om a qw p ro d uz e m q ua nt a c om a !l ti ll tl !i ra .

    \-__"aa~a pr~. 0 que os indivlduoi; ski depende. po.rtanto. das~ mlUeriais de sua prcxtusio.

    Es ta produ~ s6 aparect . con, 0 CfeKimenlO da popular;So: Ela~'11 p t e s s upOe de sua parte reI.w;tJes des indtv iduot i entre Ii Aforma dess.u nda~ t: , por sua vez, c:oodicionada pel. prod~io.

    As tel~s entre as difermus n~s dependem do e s t3gio 00de'seny,)lvunento em . que cada W'na d e R u se eeceatra, 00 que se r e f e n~_r(m;a& produtrvas, ii d,vtsjO do t tab-a Iba e i ts relaes intemu. F . . s s tprinc ipIa e W 'H vc rs alm ente r e:c onh e:c id o. N o e ntan to , n a o soGlence 1$fei~ de W1Uil na~ao com. as oot :ras n~" mat tamt>em tcda a es tru .tun intern .. des.u propria na~. depcndem do nive! de da.envolvimcnto~~a prod~io c de saw rela~ intemas e extemas, Podemos reco-n.beeer , de mode. l>utanre etaeo, oi fau de dcseuvclvimcnro atinJidopelasfor~ pnxi 'kt ivas de uma na~ p e w ni't't! de desenvoivw..maoatingido pcl .u $ Y : ' > \ ! > for~ti p rOOl . l t i vu , pew R i v e ! de desenvohimentoltinpio pela divj,iW do trabalho. Na mcdida em que CIt. nio C I.lm.as i m pl e s e x te n $. it ) 4 < li U l ti ta ti v a da s f o ri ,; & S p r OOu ti v as . c o nb e ci d a s ( cu lt ,i v ode tetras vir,ens, P O t exemplo), !Oda nova for~ de prod~io provoca,em consequencia, um novo aperf~oamento da divisao do trabalha.

    A diviUo do trabalho no iaterior de Ulna n~io acarre~. primei-~amen[e. it s.eparit.,Ao do trabalho industrial e comercial, por W1l ~.e do t tab~1ho al1:iooI~ por OUU'O. Assim sendo, provoca a ~.io

    - entre a cidade e 0 campo,c a oposi~io do$ $US intere:sses. 0 seudesenvolvimento ulterior acentua a separ~ do trabaibo comcrcia1 edo t r aba . lho industrial. Ao tnnmo tempo. devido .. divisio do ttabalho00 interior do s difc:rentes ~. desenvolvem-se, pot' sua Yel. . .dde-rm. .t e s s ubd i v i sO e s .. .dcntte os ind iv fd uosque coopcram Jim ttabalhosd e tc :rm i .. .. .. . , A ~io d e s s a s subdivisOa particulW. WIlU emre~io a s o u t r . . . con4icionada pel. modalidade de exp!o~ dotrabalho a crico la , industria l coraerciaf ( patriareado., I !5C1'avanua,Otdens e dasses). As mesmuanal.. apan=m qlWklo 01 iD tc r .C im blO S $.1 0 mats desoenvolvidos. . f las relaes eatre as drversas 1 l& i r ' 6 e : : t .

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    60Os diverros estiigios do ~\fOlvimento da cbvl$oo 00 ttabalho

    ~ta:m igual nUmen) d e : d i fe re nt es C o rr ol lS d e F~opf~f;. Emouuos tffmOl', cada novo.' ",agio. da divisao do trabaibQ dett:!ttnin.. ~;)~ tempo, fe1~6es dol indi \'idoos ent re .~ ne t(lCete M coisu..instf'UlUefllOS it produt,O$ do t rabalbo.,

    A p r im t ;i r a f o rm a da propriedade e a propriedade da t r ibo . E1 acorrespoude a. cue estligio rudimental ' da pr(.!du~io, quand o _ povoIe alimenta da ~ e da pesta, da cri~io de gado e m . a rigor. d .a If,ri- cWtuta. Neste ease, sop6e-se uma grande quan~ de terru ~.~.esU&io, II divjsio do t . rabatbo e a in da ,muit o pouco dcsen~6 iC limita a maWr extcnsio da divi:sio natural do t r abaJho. que I oRre~c i d a p da r am ,i li a" A c$ l tUtu r .a . $OC i : J : 1 So C limita, portasto, a um a e lte ns ioci a fami l ia : d.efes da triba patriaral, tendo &baixo de si 0$ membrosde l t r ibtQe: , f imlimt.n te . e s e s c r ll ~ \> ' os , . A e s c ra v a: tu .r a latentc n a f am ili aSlOmeottl s e d e t .! e nvo ! '1 e ll00'~ com 0 aumen&o da~ e da s~ id ~ e s e , tam bC lm , co m li am,plia~io da$ r e l~ e x te n '1 a , tank>pe la prr& como pels ttcw;. ,

    A s e :g un d a f orm a da pn)fil"~1c e It propried_ ,Mlitlll, p'(oprie~d~e comunlillle propri~ do f,stado, ftsultante sobmudo a a rCWIliiod@ vhiM. lriboli nwa :to ('kid, poT conttato 00 ~Ws t l . , 0 I ! I d t :s . ub s i. s t t:a e s a a va tur a , A .o l ad t ta p rf ;p d ~ comunai , a pm pr ie d a d ep r iv ad a. d e be e s mOm s e mtitS t a r . o o tm6ve i s , j i i . s e d e ' Slm ro lv e , mall $O bwaa fOf 'm. .a anormal , I). st:Joordl l~ad P 1 l ' j c , - d a d e pr iv ad a , em com.um 00 5 cidadios at i 'l lOfo. os quais. faceaos escravos, sic obrigadoo a perm.mecer nessa lonna natural detis oci tu;oo, S por e ssa rali< > q ue toda a e s tr ut ur a s o c : . i a . l btiHd a oeuafo rma e, j uat am e. nte r om eta, 0 poder do pe vo , H OcAgrcgam i ! fMlII i daqlie se dfie:uvolve a propried~. privada imt'lbtUaria. A divide do u.baillo j4 elita mais l!tditl1t~. J a . l I o I ! c:.ncontra a ~ e ntre I ~e ('I ~po e, m. .w$ tarde, a o~ en t r e es ~. r~Jl~ doimc:~ das c i d a d e s e l.!A{ut1srep~rUMtrts do interme do e a m p o .E DO .terior d a. pr6priM a proprieJade rura l [ojt ra ns fo rm a aa e m p a. $1 .a ge ns .,t ri lf l. sf on na ~i () J ,r o'f fo ca d a ( fo ra d a s causa,ccol1on'licas CO:ffHH1!'t vidida$ aindaem r105S0S dins) pel.. importais, como feoomcnos. podiam, naturalmeete, serro m p& do s p or $ , : 1 . . " w ;:;r, '

    Co m 0 des~;lWolvHt1em(f lia propriedade priv; .\:da, surgem, pel i~pri l1leirawiI!! :l .. as :el .\b;&:!i qlW reenconrraremos na propntXt

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    L

    um a c o nt ri bu ic a o digna de nota, condicionou essa r nudanca do pontode partida. Em opos icao a Grecia e Roma, 0 de s e n vo lv imen to feudalprincipia, portanto, sobre urn campo bern mais extenso, preparado pe la sconquistas romanas e pela e x t e n s ao da agricuItura, que delas d e p e n d e uno infcio.. Os ultimos seculos do Imperio Romano em decadencia ea conquista dos pr6prios barbaros anularama Massa de Iorcas produ-tivas: a agricultura havia declinado; a industria, caido em decadencia,por fal ta de escoamento; 0 comercio, estag:gtl~o, ou interrompidopelaviolencia; a populacao, tanto a rural como a urbana, tinha diminuido.Esse estado de coisas e a modalidade de organizacao da conquista quedisso decorreu, desenvolveram a propriedade feudal. sob a influencia daconstiruicao do exercito germanico. Como a propriedade da tribo e ada comuna, a propriedade feudal repousa, por sua vez, sobre umacomunidade na qual nao sao mais os escravos, como no sistema antigo,mas os pequenos camponeses avassalados que se erguem como classedire ramente produtora. Paralela rnente ao desenvolvimento completo dofeudal ismo apareceu, por outre lado, a oposicao a s cidades. .A estruturahicrarquica da propriedade imobil iari a e as escol tas armadas. surgidas depar com ela, conferirarn ~\ n obreza a onipotencia sobre os servos. Essaestrutura feudal, exaramente como a antiga propriedade comunal, erauma associacao contra a classe produtora dorninada. Entretanto, aforma de associacao e as relacoes com os produtores eram diferentes,porque as condicoes de prcducao eram diferentes.

    A essa estrutura feudal da propriedade lfl)obiliaria co r r e s pond i a ,nas cidades, a propr iedade corporative, organiza~iio feudal da profissao.Aqui, a propriedade consistia principal mente no trabalho de cadaindividuo. Mas a necessidade da associacao contra a nobreza espolia ..tiva, a necessidade de mercados cobertos comuns nurna epoca em que(1 industrial fazia as vezes de cornerciante, a crescents concorrencia dosservos que se evadiarn em Massa em direcau a s cidades prosperas, aestrutura feudal em cada regiao fizeram nascer 3S corporacties. Assim,os pequenos capitais econornizados aos poucos por artesaos isolados, eo inva ri avel mirnero destes numa populacao incessantemente aumentada,desenvolverarn as ccndicoes de artesfio e de aprendiz, fazendo com quenascesse nas cidades urna hierarquia sernelhante a do campo.A propriedade principal consistia, portanto, durante a epoca feu-daJ, por urn lado, na propriedade imobiliaria. a qual esta iigado 0trabalho des servos, e per outro, no trabalho pessoal com pequenocapital regendo 0 t r abaIho dos artesaos. A estrutura deuma e outraforma era condicionada pelos limitados lucros de producao, pela culrura

    rudilD~ntar e re~t~~a do solo e pela industria artesanal.. No apogeu dofeu~ahsmo, a dlvlsa~ do trabalho era muito limitada. Cada regiao ou~nJ?nt~ de feudos tinha a sua propria oposicao entre cidade e campo,A. divisao em ordens era na realidade fortemente rnarcada; mas, alernda s e pa r a cao em principes rein antes, . nobreza, clero e camponeses (nocampo) e a separacao em mestres, operarios e aprendizes e logot~~~m em plebe dos diarist~s (nas cidades) , nao houve importantedivisao do trabalho. Na agricultura, esta tornou-se mais diffcil pe Iaexploracao em pequenas propriedades,ao lado da qual se desenvolveua industria domestica dos pr6prios camponeses. Na indust ria, 0 trahalhotamb,em nao era dividido dentro de cad a profissao e muito pouco entreas. d~erentes ~rofiss~es. A divisao entre 0 cornercio e a industria jaexisna nas antigas cidades, mas so se desenvolveu nas novas cidades,quando estas travaram relacoes urnas com as outras.

    A reuniao de feudos de urna determinada extensao em reinosfeudais era uma necessidade, tanto para a nobreza Ia t i fundiar ia comopara as cidades. Por isso a organizacao da classe dominante isto 6da nobreza, teve pur toda parte urn monarca a sua freme.'

    P~r~;!nto, 0 f910 e 0 seguinte: individuos determinados, que ternuma atividade produtiva, segundo um rnetodo determinado, entram emr~lac;oes sociais e politicas determinadas. Emcada caso isolado, aobservacao empiric deve rnostrar, ernpiricarnente e scm nenhurnaespeculacao ou rnist ificacao, 0 elo entre a estrutura social e politic ae a prodllc,:iio. A estrutura social e o Estado resultant, constantementedprocesso vital de individuos deterrninados, mas desses individuos,nao mais cal como p od e rn a pa re nt ar em s ua p ro pr ia representacao ouna.d e outr em , mas t il com o sao em realidade, isto e. t al c om o t ra ba lh ar ne produzem rnaterialmenre. Porranro, como se agissern sobre bases eem condicoes e li111it. ';s materials dctcrminados e independentes de suavonrade.C . A producao das Jdeias, das representacoes e da consciencia esta,c : '_ antes d~ rnsis nada diretn e intimamentc ligada a "atividade mate rial e;.101 ao cornercro mate! HI des homens; e a linguagern da vida real, As! ' c :pre sen_t~< ;oe~,0 pensarncnto, ()cornercio in te lec tual dos homens apare -_~m aqur , a.nd a, como a e manac so direta d o sea comportamentorr.~ten"l. 0 rnesmo ocorrc com a producao int ele ctu al, ta l como seapresenta na linguagern da pounca. lias leis, da moral, da reli gi;;), dametafrsica etc., de um povo. Os hornens silo os produtores de suasrepresentacoes, de suas idcias etc., mas os homens rea i s, atuantes,condic ionados que sao par descnvolvimenso de(l.:rrnin~dode s ua s I or ca s

    flr'

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    51 52produti'llu e OU rei~Oc\S a eiu cerrespendeetes , induindo-se ail' mmamplaJ formas que nt3s possam tomar. A consciertei1l j .amai t~ seroutra rotu que o ::.ercoesciense e Q. Ser dos homens C I).~ ~.r e a l ~ __!.~'. E se, em todaa ideoiogta. os bom em e as s uas ~00'$ P8fecem. colocados de ~ para baixo, como m a m a dear.e s c u r a . . e s s e ftn6meno d e eo r r e do sell proce s s o ~ v id a h i st 6r i eo ~ . .mesma forma que a inversio do s objetos sobre a retina deeom do HUf)!0CfiI50 do v i d a diretamente JiJiro..::I I Ao eontririo da fijosotia altma que d e s c e do c e u sobR a ~c. ( e da tm11 ao c C v que sub imos aqui. E m . ' ootras pain .... ~.' He, :- ,) ,; patt im f daquiw que os homt:ns diam. i I n a " ~ . crkm. ~ I J . ' .W i t c

    .f '~c ~ ' J I ' ~!!tm 00 que sic nl);$p.vn!i, peD~ ima~ e rcpre:sattlfl!o. . "" outrem ., para atm.r rmalmente Os botMns em arM t OMO~ MiD.\ part.imos des bomens tomados e m sua atividade real, : s c~ j).~ lMm p ro e e s so ru1 de vida. rep t ' e1!f t \ tando tamb6m 0 dese l lVol" l inm' i to do s

    rcfie,\l;{)$e de s e eo s idwi6pCl:>1l. i J esse p r O C 8 $ l O vital. E mamo u tarltu--~rj" j .a5 eo cCrebro buma.no sin s u bUm a - e s . n e c~ r ia mtm t. e mmlt a e t 4 \ 1 $ do leU p ro ce s so l 'J la kr ii al de v i d a , as quaia s e po dc m C iO t'llS ti t3 reepi~~te e que ~t ~ bases nwerim. Por ~ a moral.a relipio, a JMta f i s . i ca e tOOo 0 rato c a ideoi~ c omo t U 1 b C r a asfmmas de ~!nCa que Ihe$ s.io ~ nte s . ~ t o s o t O O a~ia de~. aa,~ 1110 l~ histOria , nie tlm deHJrrot1l i~~~ de., ao COQtnl r lo , 0 41 homeu que. ao desenvoiverun a fUI!W~40 material e SUM Rl~ materiais, ttansformam. com tstar ea lid ad e q ue Iba e prOpr i a . 0 s e u pe n"m ento e cs produt ;o$ de :! leU~w. Na, a ~cia que detc(mina a vida.. mas a v i da que_ermina, co~cia. N . . primeira t'lWleira de Sf: COtlSiderar u~u. pcrte--te da Ct:m~$. eoeso sendo 0 Indlviduo vivQ~ na t.pmda muc:ira. que co:rn.sponde a vida tNl. pa~se des ~i n4 i v lduo s lUis e v J V O $ e c ot I$ id e ra -s e a C~ia ~ como.1 J t4~ .

    &t& 'l.D aM ira de (;on~r~r as c :oisas 1 1 1 0 desprovida de bas e s .P a t t I e de p A l m " prev ia ruis e n.io .. abandou WD ~ __ teoSuat ban. do os hornet ts . nio ~ e ~ (de ........... fda imapI~), .... UMIl.Idos an lINproceIIB de ... vol-' r itaeDro. real. em ~ ~ deleuvotviDrmto eae._,...rialmeate v iIIve!. A partir do rQ O tB eftto .. qu e Ie ~. aMPIOC'IIO de ~ v iW. & WHOna deiu de tel, wna ~ .. f a t O J. .. v id a. C O C I l . O 0Cl0tTt'! com 1,)$ empir~ eles mesmot a ia d a ~~

    {)U uma ~o imagtnma, .de aswntQS imaginarios, como ocerre com 0$ide:alistas.. , s > ( '. ,[!;' lue cessa a especulscso. E. portanto, IIIvida real que comeca'\ ~~ crenc ia rea~, pO~l1 t lVa. ,a .representa~ao da atividede pnitka, do processode ~nYO>l\llmento prsnco dosbomens. Cessam as frases vazias sobre

    a consciencia. devendo uma sabedcria verdadeira substitvi~las, A filo-sofia indepeadente perde 0 set! meio de existencla. c(')t'OOrepf~da realidade, Em seu lupr. poder-se-a , no maximo, c . o l o e a r WIlJl sintescdo s r e sultad os mals ge nus ., os quaise p.m.s i ve i atMnir do cstudo dedtienvolvimcmo historlco dm bomeos. Esus abst~$. tomadas emii. s e pa r 1 l i da s da hiSlor ia reai, nio te m 0 meno! ' valor . Padem . nomuimo. servir para ciassifK::arrom maWr f .ac;j. idade 0I ' fUlter ial r u s r o r l c opara iooi(,. ;", .a s .uc.~ao de sua e5tratir~ pecaliares. Mas ll~proporctooam., de l!aaneira algum a. com o a fi lo so fia, um a receita, um :~aemll seguodo 0 qual se podem ammod.a.' as t S p o c & $ bist6ncas. Ai li flculdade wmt" .;a, ao contrar io , somente quando !lC$ pruuos tit estudare dassifk.ar esse m.nt(;rial, $tja em SI C tratando ti t: umaepoca passaaaou do tanpc presente, e lit interpreta-lo n: :a imentt \ A etimin~io dessasd.flCUkia.dn ilepetl(lc: do'S dado! prev lO$. impossiveis de serem . f l q wdrexuvolvidos., pols r~f,ultam d estudo do processo real de v . t a e da~ a o dm i fl. 1. :li v" id uv 'j \ d te c a da e po c a, T r) m :a rem os a q t . u a l gumas des~as.abstt~Oe$., que CUJpf'ian1.OlJa prop6$ito da i d . eo i t lg i a , upJicand,o.u..traVelS d e u e :m p lQ l \ h i: it Or fCO li ..

    C)! ' ru} {liS a lem~ t :: " d e s p f t. 1 -v l : d oo de qua lquer d;adt" p ;f ev l( ), e fOf1YOSOque inicien\{,":\lpela 'AYn$tJ.!t~() do pfi~ito dado prli:vio d e . tooa exis-t , enc ia h um ll J' Ja, e c om ee em os p eia h is t6r ia.; po is ()5 hOmeXlI$ Qv e 1 n iXlde rviver pat1k pede! ufi llzer it h i s t6 r i a " . Ma~, para ' fiver. e precise, !U ' l tesde tudo. bd:1er , comer, morar, vestir-se, lliem de (~tta$ ccisas, 1 0primeitO fato bi. .~6ric( ,\ O. portanto . a produ~ dos meios que permitalna satisf~io dauls nf,:c~ It proow;ao da propria vtda mate' rial .o que ja constitl,lj ~ fato hist6rieo, urn.. coodi~io ~tal d e : todab ia cO ri a; ~ ' ; S o S . a S qu e s. c dnem. ainda boje como lui miihwe$de aaos atris.. satisfaur ~ d~. bora Ibora. sim~M pMa ~Of! homen s co m vida. Mesmo quando Ii m ate riaJ id ad e _ reduida J A .alwn 4_ true. Wan I II lI C It oU . . C iC lI Iu aa , . d ir cm : H c I e I . C~~ . h id i toarat" teM t:tt:. Ot ~~. NK~. Ul lbaJho ,

    b3

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    53um bastao, 0 estrito mmimo. como ocorreu com Sao Bruno, 2 estapressupoe ;1 atividade que produz esse bastao. A primeira coisa, emtoda concepcao his torica, e , portanto, a observacao desse fato funda-mental, em toda a sua importancia e toda a sua extensao; e fazer-lhejustica, Todos sabem que os alemaes jamais 0 f izcram; nunea tiveram,portanto, base terrestre para a historia e, consequentemente, jamaistiveram urn unico historiador. Embora so tenham percebido a liga~odesse Iato' com 0 que se denomina historia sob 0 angulo mais l imitado,sobretudo enquanto permaneceram encerrados na ideologia politica, osfranceses e os ingleses fizeram, nao obstante. as primeiras tentativaspara dar a histori a uma base rna teri ali st a, ao escrever primei ramenteas h i st or i . . c, d a sociedade burguesa, do comercio e d a industria.

    1j i .

    o segundo ponto e que , uma v e z s at is f ei ta a p r ime i r a nec e s s i dadeem si, a acao de satistaze-la e 0 instrumento dessa satisfa~ao impe ler ua novas necessidades, e essa producao de novas necessidades e 0 pri-meiro fato historico. E atraves desse fa to que logo se reconhece qualo espirito que a grande sabedoria historica dos alernaes tern por pai,Onde r l l i ca re .nc ia d~ m.aterial POSi t . iV~ e ~nde n~o se ,debat~m,~sneiraS).c. 1-

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    /.

    \ J:'i, :1

    um a "nist6ria" me sm. o q ua nd o D.Qo e Jr is u ur n nikHlen'W ~tioJ emr e li gi m o q l. la 1q u: e rq ue r e :o oa ainda m at s o s nomrrn5.~ E e i(;,J.".II~nte agora, ape ja ter examinado qwatro ~. qu.tm aspedOS das re:~ historic. or igina i s . q ue a cl 1 at 'DOSq~ G homcmtaIIJbem tern "~ncia". Mas nio se trata de mna ~ queseja. de inido, con~ "purs". 10e5de 0 lnicio, uma m~ p!UsobR 0 "esplri to", a de se r "maculado" }'Cia materia que sc ~sob a forma de c.amadas aptadas de SODS; em SWOI. pda ~.A lin~m e tao ve lha q~to a c o ns c i Cnc i a. A linpgem Ia corat-c~ real, pr3ti

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    do trabalho. Tambern, e por si explicative que "fantasmas", "rale","essencia superior", "conceito", "diividas", nada mais sao que a expres-sao mental idealista, a representacao aparentemente do individuoisolado, a representacao de cadeias e de limites muito empiricos, nointerior dos quais se movimentam a modalidade de producao da vidae a forma de- relacoes que e~ a ela ligada.

    Esta divisao de traba~~ue implica todas essas contradi~6ese r~ousa, por sua vez, sobre a divisao natural do trabalho na familia,, e sob;e-' asepara~ao aii-socleOade_ effifamiliaSisolaclas 'e:opostas.um.as

    ~\ as ou~ras, - esta divisao do trabalho implic.a, .ao. ~eslllo ~~IJ1E

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    o poderio social, isto e, ;iJ()rp produtiva_..el{l~teif~::a.LMg_~Z.u ..da cuitlJ&:a, .9isas Elue 'sti~em'-um grande aumento d.!.JQr~:J,. prndutlsa, i.sto e . urn est:ig;iQ"elevildQ-qo sel l aesenY.Q!Yfril~iltQ.__rQ ,QlltW .. 1!,ulQ,_~ssedesenvohdmenrod;s- -i~r~as prod'!t~v~~ ,(q,lle i~_imQFca_gue_ a_~empit~~ldes homens se desenrole sobre 0 plano da [email protected] desenrolar -soor 'aquele da 'vida local), esse.desensclcisaeatodas, fer-cas produtivas e uma condicao pratica previa absclutamente.indispeasa-vel, po is sem ele haveria a penuria geral, a cartncia.s: . . .a. Iuta.pelc.neces- , \sario que recornecaria, recaindo-se fatalmente na.mesma.velha imundicie. _,_\1: : i gualmente uma condicao prati ca sine qua_nQn.., porque as re lacoesuniversais do genero humane podem ser estabelecidas unicamente atra-yes desse desenvolvimento universal das forcas produtivas e porque estegera 0 fenomeno da massa "privada de propriedade", simul taneamenteem todos os pafses (concorrencia universal) tornando cada urn delesdependente dos transtornos dos outros e colocando, finalmente, homensempiricamente universais, historicos, no lugar dos individuos vivendo numplano local . Sem isso: 1.0) 0comunismo so poderia exi st ir como fenome-no local; 2.) as forcas das proprias relacoes humanas nao teriam podidose desenvolver como [orcas universais e, port anto, inexoraveis, e te riampermanec ido como "circunstancias" decorrentes das superst icoes locais;e 3.) qualquer extensao das relacoes human as aboliria 0 comunismo 6local. 0- comumsmo so e empiricamente possivel . como. 0 ate "repenti-no" e Slmultaneo dospovos dominantes,' '0 - q u e - s u P 6 e , p o r - ,sua v e Z ; - odesenvOIvi iii ento'uruversal 'da for~a piOdUtiva e as relacoes unive rsai sestreitamente ligadas ao comunismo. De outra forma, por exemplo, deque maneira poderia a propriedade, no final das contas, ter uma historia,

    tornar diferentes formas? Como, digarnos, teria a propriedade ruralpodido, nas condicoes adversas que se apresentararn, passar na Francado desmembramento a centralizacao, nas rnaos de uns poueos; e, naInglaterra, da centralizacao nas maos de uns poucos ao desmembra-mento, como e hoje efe tivarnente 0 caso? Ou entao, como se explicao fato de. 0 comercio, que no entanto representa a troca dos produtosdos individuos e de nacoes diferentes e nada alern disso, dominar 0mundo inteiro atraves da relacao da oferta e procura (relacao que,segundo urn econornista Ingles, paira sobre a terra como a antigafatalidade e dist ribui a traves de mao invi sive l a fe licidade e a infeli cidadeentre os homens, funda imperios, destroi imperios, faz povos nascereme desaparecerem). U ma vez abolida a base, a propriedade privada, einstaurada a regulamentacao comunista da producao, que abole nohomem 0 senti men to de estar diante do seu proprio produto comodiante de uma coisa estranha, a forca da relacao da oferta e da procurae reduzida a zero e os homens retomam 0 seu poder , 0 inte rcambio, aproducao, a sua modalidade de comportamento uns face aos outros,

    o cornunismo nao e para nos UITl estatk_9.ue. deve ser criado, uIJl__ideal seguf!~O_-o-qy:ar~irea I1d-ade ".deve se regular, N6s chamamosfOITlUnismo 0 movirnento real que'libole-6-estadoatu'ab As condicoesdesse ' mo- ,I i'mento- res~itam de b~~~~";tualmente existentes. Outross im,a massa de simples trabalhadores (forca de trabalho separada em massado capital ou de toda especie de satisfacao limitada) e tambem a perdade trabalho, atraves da concorrencia, e nao mais a titulo ternporario,tem como base previa 0 mercado mundial. 0 proletariado so pode,port anto, exi st ir na escala da histor ic universal , da mesma forma q_ueo comunismo, que e a acdo, nao pode absolutamente existir de outraforma que a de "existencia historica universal". Existencia historicauniversal dos individuos, em outras palavras, existencia diretamenteligada a historia universal.

    A forma das relacoes humanas, condicionada pelas forcas de pro-ducao existentes em todos os estagios historicos que precedem 0 nosso,e condicionando-os por sua vez, e a sociedade burguesa que, como ele,j a resulta daquilo que a precede, tern como condicao previa e basefundamental a familia simples e a familia composta, 0 que se denominatribo, cujas definicoes mais precisas j a foram dadas acima. J:i e ,portant~, evidente que est a . s~9:_" bJ!J.&_uesa e I) verdadei ro lar,verdadeiro teatro.~etQQ~ e ve-se a que ponto a concepcaopassadada fiist6ria era um non-sense, negl igenciando as relacoes reaise lirnitando-se aos grandes e estrondosos acontecimentos historicos e

    mailto:[email protected]:[email protected]
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    6 7ipolitkos. A sociedadc burguesa reune 0 conjunto das relecoes rnateriaisaDS ind iv ioU:OS, en r- ' t fn r e s tagio de .desel1\ 'o!viinC1'I t \ ) rtet~inado~f O i I ; 3 S p i O O i f t i V a 5 . " : 1 3 a 6 i a n g e o c o n r l J o i O ~ J a Y l d a comerci

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    LlW RA . .E ST RU TU R A E SLTPER .ESTRUTI JRA

    o "pI.ucW' t I a Contribuiriiod Critica da EconomicPolitka o primeiro trao.lho que emprecnoi, para resolver as duvidas que

    me : as.wtavam. fO J wn.a rnisio crftica da Filosofia do Direuo, de Hegel.t rabaJho cuja introdu~ apam:eu nos .41'Uli.t FrfJMo-aiemOs, publial,dos em Paris, em 1844. Minha$ investig~oo me coodur i ram ao~ resultado: as relaes juridicas, bem como as fonnb do E;;:~,'ftio podem !let e xp iic ad as po r si m. . . s .ma s , n e r o pel. . c h al 'l la d a e v o !~ o ogen.I do esp i r i lO humano~ eJtu r s :1a ' l l t :$ tem., s o c on tti ri o, ~ _a :_a i.U 'sna s c o n d i 9 ' i e s lDl f : t r iaj s de ui$ltncia, -cm..~j~nto, c o nd i ~ Oe s e s t~ sq_ueHc.@l. a . exempio dosinPses e

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    Nota previa

    (*)

    ( * * )

    Gabriel Cohn

    ; l~~As questoes levantadas nos cornentarios aos textos selecio-nados conduzern-nos, neste ponte, ao proprio esquema anahticode Weber . ,t :

    Weber definiu-se como sociologo numa etapa ja bastanteavancada da sua carreira. E, rnuito caracteristicarnente, 0 feznuma atitude critica em face das tendencias dorninantes da Socio-logia, Em 1920, ja no final da sua vida, ele escrevia, nurna cartaao economists Rober: Liefrnann, que

    "se agora sou sociologo entao e essencialmente para per um timnesse negocio de trabalhar com conceitos coletivos, Em outr aspalavras: tarnbem a Sociologia sornente pode ser implementada

    o A. - -se rc[ere as du~s sc~ocs anteriores des ua I nt ro Ju ~~ o d Weher. Gabrielc.ohn . Co l cca o C;randcs Ci cn tistasVol. 13, S.P. Ed. :~tica. 1986.

    Sociais.

    fJ.ib. pp . 25-31.

    he. FII. C. Humanas U F. M.

    '(0 7026 2 7

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    tornando-sc como [1"11(' l de part ida :l ( ; \~3- '- ;do i~~iduo '\ ou deum nurncro maior ou mcnor de indivi\:fu-o,. portant()---Je mojo~mcnk individualista quanta ao rnctodo". -----,---. ---.Por conseguinte 0 objeto de analise sociologica nao pede ser

    deiinido como a socicdadc, ou 0 grupo social. ou mediante qual-quer outro conccito com referencia coletiva. No entanto c claroque a Sociologia trara de fenorncnos coletivos, cuja existencia naoocorreria a Weber negar. 0 que ele sustenta e que 0 ponto departida da anali se sociologica so pode ser dado pela acao deindividuos e que cia c "individualista" quanto ao metoda. 1sso cinteiramente coerente corn a posicao sempre sustenrado par ele,de que no estudo dos Ienornenos sociais nao se pode presumir acxistencia ja dada de estruturas sociais dotadas' de urn senridointrinseco; vale dizer, em terrnos sociologicos, de 11m sentidoindependentc daqueles que os individuos imprimem as suas ~

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    processo de acao que nao se esfacela em multinlos atos isolados?Aqui atingirnos urn ponte em que e possivel um melhor entendi-memo do papel desernpenhado pelo conceito de sentido em Weber.Ao tratar d as "cate gonas fundamentais d a v id a econornica", emEconomia e sociedade.Weber cementa que "todos os processese objetos 'economicos' adqui rem 0 seu cunho econornico atravesdo sentido que. a a~30 t humana lhe d a como objet ivo. rneio ,obstaculo, consequencia acessoria", mas que isso nao significa quese trate de fenornenos "psiquicos"; 0 que ocorre e que essasentidades "economicas" tern Ur n sentido visado de natureza na rti-cular e que "sornente esse seatido consti tui a unidade dos processes

    , em questao e os t orn a . compreensivei s". Esta ul tima Io rrnu lacaoe fundamental: 0 sentido e res onsavei eJa uni I dos ro:'" "de Cl fao e e at raves m reenslveis, Ou seja:c ! sornente atraves o. sentido que podernos aprcender 0', nexosentre as. diversos elos significativos de urn processo particular deJ~:il) e reconstruiresse processo como uma unidade que nao sedcsfaz Duma poeira de :I . tOS isolados. Rea li zar isso e preci. .arncntecompreender 0sentido da a~50.

    Por outro lado, essa Icrmulacao tambern perrnite frisar quea_compreegsAo'nada tern a ver com qua lquer forma de "intuicao"nern se reduz a captacao imediata de vivencias, mas sornente epossivel atraves da reconstrupio do encadeamentQ s j j!T1i f i ca t i vodo processo de, as:iio. Finalrnente, fica tam bern enfatizado que areferencia a cornpreensao do sentido "subjetivarnente visado" nadate rn/a ver' Com processes psicologicos que ocorram no agente , vi st aqu e 0 que s e cornpreende nao e 0 agente mas 0 sentido d a sua.ll,'.:l(). Por isso mesrno Weber formula a exigencia de cue 0 n.:cur~oJ ~ompreensao sc d e mediante u rn "distanciarnento " 'do pesqui',a-J ~ . r em rela\ao ao s e l l objew e nunca atr a ves de algurn proccdi-menta de identil'icacao ernpatica com 0 agcntc em questfio.

    Cumpre agora examiner 0 papel de conceito de "3gentc"nesse esquema. Por que Weber cnf'auza tanto que a a.;;'iu s~;llpr~(: de agentes individuais, quando ele prctende fazer ana lis e SOCiO'logrca c de modo algum PSlcolt.>gica) Pelo que ja virnos antes. aprirneira resposra c irnediat a: porque 0 ageme individual~~G:rm;;L.enudade capaz de conferir sentiJo a\ a~{Jcs. Mas ha outre nonui.da maier irnportancia. Ja foi ;l~"malado,- no cornentario sobrc aSociologia da Religiao de Weber, a importancia que ele d a it

    QU, ' rnais precisamente, da 3iXao soc ia l o[i en tada po r sentidosparticulates, como e 0 caso da a~ao economica citada acima. Aimportancia fundamental da referenda ao agente individual, ne s s eponte, consiste em que ele e a unica entidade em que os sentidosespeciiicos dessas diierentes esieras da ar;iioestiio simultaneamentepresentes 'e podem entrar em contato. Ou seja, se as diversasesieras da exi st encia correm parale las, rnovidas pelas suas "lega li-dades propr ias " e s e e s ta afastada a id e ia d e a lguma de las s erobjetiva eefetivamente determinante ern relacao a s demais, aanalise das relacoes entre elas (au melhor, entre seus sentidos)so e possivel com referenda a essa entidade que as sustenta pelasua a

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    regularidades de conduta quanta do fato de que eias t e rn caratercolet ivo, no sentido de que multiplos individuos agern signifi cati -varnente de maneira analoga. Oconceito que permite essa passa-gem 6 urn desdobramento do de acao social: e 0 de "relacaosocial", que se retere a conduta de multiplos agentes que seorientam reciprocamenre em conformidade com urn conteudoespecif ico do proprio .sentido das suas acoes. A diferenca entre"arya~Ls2cial" e ','rela~~o_2()cial" 6 importante: na primeira aconduta do agente esta orientada sisnif~cativamente pe!a condutad;~~t~o o u t r o s ) , - a - t U J a s s o q ' u i . n a ' , s e g u n d a acori

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    chuvas. entao (normalmenre) a a~ap d~ cada urn nao esta orientada pela a~ao dosdemais. mas a acao de todos, de utn modo homogeneo, es t a impelida pela neces-sidade de.se defender da chuva, b) .E conhecido que a ~ao do individuo e for-ternente influenciada pela. simples circunstancia de esta r no inte rior de uma "mas-sa" espacialmente concentrada (objeto das pesquisas da "psicologia das massas" .a exemplo dos estudos de leBon); trata-se, pois, de uma ~ao condicionada pelarnassa. Esse mesrno tipo de a~Aopode se dar tambem num individuo por inf luenciad e uma massa dispersatpor intermedio da imprensa, por exemplo). percebida poresse individuo como proveniente da a~ao de muitos. Algumas formas de re~ao saofacllitadas; enquanto que outras sio dificultadas, pelo simples fate de urn indi-viduo se "sentir" fonnando parte de uma massa. De tal forma que urn detenninadoacontecimeneo ou uma conduta humana podeprovocardeterminados estados deanimo " : : ' a legr ia : : furor. entusiasmo, desesperoe paixoes de toda indole - que na ose dariam nomdi,iduo isolado (ou nao tao faeilmente): sem que exista, todavia{enl'muitos 'cases pelo menos ) , uma r e lacao significative entre a conduta do in -dividuoe ;',,"dinheiro". por exemplo, _._ '~!~c"" .>L

    3. Nem toda especie de contato entre os homens ~ d e carater social ; mas somenteurnaacao .corn sentido proprio, dirigidiipara a ac~ode out ros, Urn cheque de doisciclistas. por exemplo. e urn simpjeseventocomo. u 'm f e nomeno natural. PQfJ~utr()lado. haveria acao soc ial na tentativa dos cicl ist asse des\i~rem.?un~!bJiga ouconsideracoes arnisiosas subseqiientesaod,oque!f""" . .. - ..)~ _. . . . , er. l1~tJ"!>'' ' 'I ' ' \ ' socl~dad ' tW'!"de i()5.~Medin~ , I : . . ;ha.arr ia I!! a!. Fond",de'('u!WT" ic", . .. .(!xl~~:. 19f.~9.,pi. (pp:.I'S2':, nad~,,'p3'f~0'P6f.iuf~e.spor Amel i a C()hn.,~()nfTont.adll

    .' ~d,d,' aieril~:, , I :~" ( ' i! ' JS~f~ :A' ," :1 ;( ' i r )hh:,'Re:\"")r~:.~.:,iJ~yj{_\; ,;orr; jJ_~.H':1~~,.: i~!j~~":4t'Oll d\;~St:C i.il!jjr 'a )E t:(~ri\"'nu~a .'.,

    A"iio social e relaciio social - 141 142 - Conceitos sociologicos fundamentaisIerentes fins possiveis entre si: em todo caso. pois. e aquele que. nito age nem

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    S 2 . . A araosgciul. como_t()~_l!:~JI.Q_,..P9de.ser:J_lr.fl.fJQ1.l.gLrQ'!lela~jjua finsdeterrninada por eXpeC!ii1j\~~.I1Q._!;Qm'.Q.:-tarnentoH!mo de obj~tQ_Ld_g. ..~:rerior como de outros homens.eutHizandoess

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    mativa). subsistiu ou subsiste a relacao social em questao. Nao cabe unir urn sen-tido mais c lare a afirmacao de que um determinado "Estado' ainda existe oudeixou de existir.3, Nao afirmamos de modo a'gum que num caso concreto es participantes da acaomutuamente referida ponham 0mesmo sentido nessa acao, ou que adotem em suaintimidade a atitude da outra parte. vale dizer. que exista "reciprocidade" nessaacepcao dojermo. 0 que num ~"amizade"; "amor", "piedade", "fidelidade con-tratual", "sentimento da comunidade nacional". pode encontrar-se no OUtl'O comatitudes completamente diferentes. Os participantes associam entao it s~, condutaurn sentido diverse: a relacao social e assim. por ambos os lados. objetivamente"unilateral". Nao deixa todavia de estar referida na medida em que 0agentepr~ssupiie uma determinada atitude de seu parceiro diante dele (talvez de modo ~arclalou totalmente erroneo) e nessa expectativa orienta ~" a conduta. 0 que podera ter,,eft~ ~ das ve,p.'i t~m, ""n&eqiiem:ias para 0 desenrolar da acao e para a confi-gura~ao da relacao. Naturalmente. ela s6 e objetivamente bilateral na mc;Pirta~_que haja "correspondencia" no conteudo significative da acao de cada ~.~gundo as expectativas medias de cada urn dos participantes: Pf'I" e~ o. ~atitude do filhocom relac;ao it atitude do pai ~ dil a_prP!ri~~ como 0 p~)(no caso concreto. em media ou tipicamente) e~~O"'~'l.:'frul acao apOla?a em.autudes que signifiquem uma co"espondencitll< ~entldo plen~ e s~m rest~uos e narealidade urn caso limite. A auaincia ~ r.. .rprocidade, todavia, soexclui. em nos-sa terminologia, a existencia de ~ ""l,ar;3.osocial" quando tern por consequen-cia a falta efetiva de re/erenci "",tua .das duas acoes Aqui tarnbem a regra e a..p1'esellJOof!e transicoes de - o w especie.4, LIma relacao sott~ pode ter urn carater inteirarnente transitorio ou implicarpermanencia.\~1Zer. que existe nesse caso a probabilidade da recorrencia con-tinua de ~:a-conduta.com 0sentido correspondente (vale dizer. a tida como tal e.conseqji'etX'emente. esperada). A existencia de relacoes sociais consiste tiio-so"""_st na presenca desta "chance" - a maior ou menor probabilidade de quepOrrama ar;aode urn sentido determinado e nada mail>-. 0 que se devesempre) 'e\'ar em consideracao para evitar ideias falsas. Que uma "amizade" ou urn "Es-tado" existiu ou exista . significa pura e exclusivamente: nos iobservadoresi jul-gamos que existiu ou existe uma probabilidade de que. com base numa certaati tude de homens determinados. se aja de urna certa maneira com relacao a urnsentido visado determinavel em media. e nadamais do que isto cabe dizer (confer-me n? 2. final). A alternativa inevitavel na consideracao juridica de que urn deter-minado preceitojuridico tenha ou nao validade (em sentido juridico), de que sedeou nao uma determinada relacao juridica. nao pesa portanto na consideracaosociologica.5. 0 "conteudo significative" de uma relacao social pode variar: por exemplo,uma relacao politica de solidariedade pode se transformar numa colisao de in-teresses. Nestecaso e urn simples problema de conveniencia terminologica ou degrau de continuidade na transformacao dizer que secriou uma "nova" relacao ouque a anterior continua com urn "novo conteudo significative". Tambem essecon-teudo pode ser em parte permanente. em parte variavel.6. 0 conteudo significative que constitui de modopermanente uma relacao podeser formulado na forma de "rnaximas". cuja incorporacao aproximada ou emmedia podem os participantes esperar da outra ou outras partes e. por sua \~l.orientar por elas r aproximadamente OU em medial sua propria acao. 0 que ocorre

    q.uanto m~ior f~r .0 carater ra~ional - com relacao a valores ou a fins - 'da ac;ao.Nas relacoes erottcas ou afetivas em geralt de piedade. por exemplo). a possibili-dade de uma formu1a~ao racional de seu conteudo significativo e muito menor. porexemplo, do que numa rela~ao contratual de neg6cios.7. 0 con!eudo signific~ti~~ de uma relacao social pode ser pactuado por decla-rac;aoreciproca. Isto significa que os que nela participam fazem uma promessaquanto a sua condutafu.tura (seja de um a outro ou de outra forma). Cada urndospanlcll; 'antes - na medida em que procede racionalmente - conta normalmente(com dtferente grau de seguranca) com que0outro orientara sua a~ao pelo sentidoda prome.ssa tal como ele 0 entende. Orientara assim sua acao em parte - demodo racional com rela~ao a fins (com maior ou menor lealdade ao sentido dapromessa) - nessa expectativa e. em parte - de modo raeional com relacao. avalores - no dever de seater. por seu lado, it promessa segundo 0sentido que nela,.,os,rOJA.-1lF_dit~tsur~nte.p~r ago~.( .)1Co_o ~~~

    l:f)P..\CClI, '.1arialice '!. ~ '!A.RTI\!S, Jose de.., ..nio de J~neiro:

    vras TecnicC5 e Cientificos Editora1977. n. 139-144.

    Li -SA.

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  • 5/14/2018 Objetividade e Identidade Durkheim

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    U~ I\TRS TDADE FEDERAL DE \1T\:\S GER.U SPRDIEIRO CICLO D;\.~REA DE CTf \CIAS SOCIAlSrrmDI , s (TPLl : \A: $cc-i.o tL 'g (({ I

    4A Perspeetiva Sociologies_. 0 Homem na Sociedade

    Ao CHEGAR EM A l 'MA CER TA !DAD E . AS CR IA l" t;AS fICAMprofundamente adrniradas co m a possibilidade de se 10-c al iz ar e rn n um mapa. P ar e ce e s tr an ho que a vida fami-liar de uma pessoa tivesse transcorrido inteiramente numa:area delineada par urn sistema de coordenadas impessoais(e at e entao desconhecidas) na superficie d e uma mapa.As exclamacces da crianca - "Estive aqui!", "Agoraestou aqui!" _,_ revelam 0 assombro pelo taro de que 0local das Ier ias d o verao passado, um lo cal marcado namemor i a por fatos pessoais como a propr i edade do pri-rneiro cachorro ou uma colecao secreta d e minhocas,tenha latitudes e longitudes especificas, deterrninadas po restranhos que nao conhecem 0 cachorro, as minhocas OU"i t propr i a crianca, Essa local iza~ao do "eu" em contigu-ra\oesconcebidas por estranhos const itui urn dos aspectos;,.importantes daquilo que , talvez euf emi s t i camen te , e cha-mado de "crescer". Uma pes soa participa d o mundo realdos adultos por possuir urn endereco. A crianca quet al v e z r e ce n tem e nr e poria no co rr eio um a car ta e nd ere ca- .._ ;;; .; .., - ..da "A v ov o" agora info rma a urn co le ga cacad or d eminhocas s e u endereco exato - rua, cidade, estado eo qU e mais for necessario - e v e sua tentat iva de ingres-so na cosmovisao adulta legi timada espetacularmente pela. . ":! ;::~:-:~chcgada da carta do amigo.A m ed id a que. a , j2f.ia.,~ cc;ndnua a aceirar a 'realidadedessa cosrnovisao. continua a colecionar enderecos -

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    "Tenho seis anos", "Meu nome e Brown, como 0 de meupai,! porque rneus pais sao divorciados", "Sou pres-biteriano", "So!J americano", e, quem sabe, "Estou naclasse especial dos meninos intel igentes, porque meu Q.1.e 130". Os horizontes d o mundo, d a mane ira como osadultos 0 definern, sao. deterrninados pelas coordenadasde cartogratos remotes. A crianca pode exibir identifica-~6es alternadas ao se apresentar c