a objetividade no jornalismo

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A objetividade no Jornalismo

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  • A objetividade no Jornalismo

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  • Clovis Rossi, publica em seu livro o que jornalismo que a objetividade no existe, pois no possvel que durante o expediente o profissional se liberte de suas crenas, valores, ideologias.

  • O jornalista antes de tudo um ser humano, tem suas convices e seus signos pessoais que sempre iro influenciar sua viso do fato, tambm funcionrio ou autor de um veiculo sefreelancerproduz j pensando a que veculo enviar sua produo e cada veculo tem sua linha editorial ou sua orientao bem definida do que quer vender.

  • Jornalismo: relato verdico H uma expectativa social em relao ao Jornalismo: que ele seja verdico (baseado em fatos).

    Diferena em relao fico;Fatos reais uma redundncia.

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  • No se deve confundir, porm, veracidade com objetividade.* Como o Jornalismo tradicional coloca o conceito de objetividade:capacidade de observar os fatos em sua realidade material sem deformaes resultantes da perspectiva individual do observador.- Os fatos jornalsticos seriam compreensveis pelo que so,no pelo que possam valer ou significar.

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  • Viso criticada pela SemiticaAs coisas valem pelo que elas significam.

    - Exemplo clssico da piscadela de olho.Contradio dos defensores da objetividade: comear a notcia pelo que mais importante. Os fatos valem pelas razes que os geram, pelas intenes que os controlam e pelas consequncias que produzem.

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  • Textos opinativos X informativosA diviso em textos opinativos ou informativos no se sustenta: ela um produto (persistente) da falcia da objetividade.O que varia nos gneros e espcies do discurso jornalstico so as propores e estratgias diferenciadas do uso da informao (esquemas narrativos) e da opinio (esquemas argumentativos).

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  • Crise no jornalismo no sculo XXIAntes s acontecia o que o jornalista noticiasse (no havia notcia fora do Jornalismo);Revoluo tecnolgica diminui o tempo entre o fato e a notcia; O controle da notcia pertence hoje a quem produz os acontecimentos, os fatos, as falas.

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  • O Jornalismo, ento, est morto?Linguagem confivel: Jornalismo como espao pblico de conflitos, de confronto dos diferentes discursos das fontes institucionalizadas.Duas dicas do autor aos novos jornalistas:

    Olhar e entender sem arrogncias nem frustraes a dinmica nova em que atuam. Cultivar a sabedoria da humildade.

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  • Papel esperado do jornalista?Narrador crtico, confivel, independente, radicalmente honesto comprometido com o projeto tico da sociedade intelectualmente preparado para a observao, o entendimento e a elucidao dos conflitos da atualidade.

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  • Neutralidade no jornalismoJornalistas no so neutros, mas devem buscar independncia de esprito e mente.Quando o jornalista se recusa a assumir um papel neutral, dizem alguns tericos, ocorre uma deturpao e violao na transmisso dos fatos, no relato dos acontecimentos. D-se lugar parcialidade, ao escolher um caminho e a preterir os outros.

  • Falta de neutralidade = poder?Ter a imprensa o poder de derrubar quem quiser? De virar a opinio pblica contra determinados marcos? Claro que tem. Os media constroem e destroem a opinio pblica. Podem matar, publicamente falando, qualquer personagem. Ningum consegue resistir fora da imprensa. Mas, ser que a simples constatao desta evidncia, deste poder conferido imprensa pelo prprio pblico suficiente para justificar a imperiosa necessidade de iseno do jornalista no relacionamento com a realidade?

  • Neutralidade jornalsticaOs jornalistas, apesar de no as manifestarem, tm as suas posies em relao aos temas que abordam. Porm, isentam-se de responsabilidades, afirmando-se como neutros em relao temtica abordada.

  • Imparcialidade e neutralidade so construes ideolgicas. Ao enunciar qualquer texto ou discurso, o sujeito j se posiciona quanto a ele. No existe, portanto, discurso neutro ou imparcial. Falar tomar um lado, valorar um contexto ou uma posio, pondo no cho qualquer tentativa de neutralidade ou imparcialidade - que no funcionam sequer como objetivos ou utopias.

  • A vida profissional costuma se submeter linha editorial (ou seja, viso de mundo e ideologia) do jornal, da tev ou do portal que o contrata. A no ser que o jornalista prescinda de ser empregado de algum, o seu posicionamento emitido - parcial e ideologicamente - vai, s vezes, pouco corresponder ao que ele pensa, reafirmando as posies ideolgicas e a viso do mundo do padro.

  • A luta pela democratizao da mdia e pela mais ampla liberdade de expresso, por isso mesmo, passa pela luta para que seja garantido um tratamento tico e dentro das regras profissionais a toda informao e toda notcia. Alm disso, deve significar, tambm, a garantia ao direito de livre expresso individual a todo sujeito e/ou movimento social - seja no acesso ao espectro da radiodifuso seja, por exemplo, na liberdade e neutralidade da Internet.

  • Parcialidade x ImparcialidadeApurar um fato j conta como um ato de parcialidade. Escolhemos a fonte que acreditamos ser a melhor, os ngulos que pensamos serem os mais prprios, a pauta que imaginamos interessar o leitor ou quem tem coragem de assumir, que assuma o editor. Quando escrevemos colocamos em colunas encabeadas por leads o que achamos mais importante ou interessante. A deciso do jornalista e no do fato. Assumir-se neutro j consta como um ato no parcial, visto que declarar-se assim j uma posio que se toma diante de alguma coisa.

  • O certo que devamos buscar a tal imparcialidade como uma utopia a ser perseguida de forma a sermos o mais justos possvel, sem nos perdermos em iluses.

  • Ricardo Noblat em seu blog: ningum imparcial, porque voc obrigado a fazer escolhas a todo instante, e ao fazer toma partido. A imparcialidade j cai por terra quando um jornalista escolhe o que noticiar, pois ele est decidindo o que ou no notcia, o que deve ou no ser de interesse de determinada classe e o que as pessoas devem ou no saber, de acordo com critrios que ele utiliza e que s ele conhece.

  • Depois, o jornalista escolhe que palavras usar e todos sabemos o poder que as palavras tm. Uma palavra substituda, uma palavra mal colocada, um sinnimo inadequado e o sentido muda. Outra questo a ser definida pelo jornalista quando noticiar. Muitas vezes os jornalistas podem engavetar uma notcia esperando um determinado momento de torn-la pblica.

  • Tambm o pluralismo deve permear o jornal do comeo ao fim. As reportagens precisam relatar os vrios pontos de vista das pessoas envolvidas com o fato; ao pautar artigos, devem balancear-se tendncias diferentes e, se possvel, opostas; idem ao se pautarem debates, entrevistas etc.

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