o uso do livemocha como ferramenta de ensino aprendizagem para aquisição l2

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UNIVERSIDADE DO ESTADO DA BAHIA UNEB DEPARTAMENTO DE EDUCAÇÃO CAMPUS XIV CURSO DE LETRAS-LICENCIATURA EM LÍNGUA INGLESA Elcione de Araujo Silva Lima “O USO DO LIVEMOCHA COMO FERRAMENTA DE ENSINO/APRENDIZAGEM PARA AQUISIÇÃO DE L2” Conceição do Coité 2012

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Page 1: O uso do livemocha como ferramenta de ensino aprendizagem para aquisição l2

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UNIVERSIDADE DO ESTADO DA BAHIA – UNEB DEPARTAMENTO DE EDUCAÇÃO – CAMPUS XIV

CURSO DE LETRAS-LICENCIATURA EM LÍNGUA INGLESA

Elcione de Araujo Silva Lima

“O USO DO LIVEMOCHA COMO FERRAMENTA DE ENSINO/APRENDIZAGEM PARA AQUISIÇÃO DE L2”

Conceição do Coité 2012

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Elcione de Araujo Silva Lima

“O USO DO LIVEMOCHA COMO FERRAMENTA DE ENSINO/APRENDIZAGEM PARA AQUISIÇÃO DE L2”

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Departamento de Educação – Campus XIV, da Universidade do Estado da Bahia - UNEB, como requisito avaliativo para obtenção do Grau de Licenciatura em Letras com Habilitação em Língua Inglesa. Orientador: Prof. Emanuel do Rosário Santos Nonato

Conceição do Coité 2012

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Elcione de Araujo Silva Lima

“O USO DO LIVEMOCHA COMO FERRAMENTA DE ENSINO/APRENDIZAGEM PARA AQUISIÇÃO DE L2”

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Departamento de Educação – Campus XIV, da Universidade do Estado da Bahia - UNEB, como requisito avaliativo para obtenção do Grau de Licenciatura em Letras com Habilitação em Língua Inglesa.

BANCA EXAMINADORA

_________________________________________

Prof. Orientador: Emanuel do Rosário Santos Nonato

_________________________________________

Profª. Neila Maria Oliveira Santana

_________________________________________

Prof.ª Mary Valda Souza Sales

Conceição do Coité 2012

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3

Dedico este trabalho a todos os que militam e

dedicam a sua vida a educação, principalmente ao

professores de Língua Inglesa que encontrem nesta

pesquisa uma ferramenta para facilitar o

ensino/aprendizagem, e porque não dizer, a

aquisição de L2.

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Agradecimentos

A Deus, autor da vida e fonte de sabedoria, pelo seu amor imensurável e pelo seu

cuidado todo especial, em todas as etapas da minha vida. A Ele eu devo minha

saúde e sabedoria, minha vida e tudo que tenho e sou.

Aos meus Pais, minhas irmãs e ao meu irmão, meus avós, meus primos e toda a

família por tudo o que fazem por mim, pelo incentivo e disponibilidade, compreensão

e todo o apoio a mim dispensado;

Agradeço a meu esposo Jivanildo e a minha Filha Ludmylla que entenderam as

preocupações e urgência da universidade, e souberam o valor que a falta de tempo

para eles teriam para a minha formação profissional.

A Dindinha Zefa (in memorian) que na sua sabedoria divina, sempre me incentivou a

ir em busca do conhecimento, mostrando que esse é o maior bem que uma pessoa

pode ter.

Ao Professor Emanuel do Rosário Santos Nonato, meu orientador, que com muita

sabedoria, interesse, competência e prazer me ajudou a desenvolver este trabalho.

Sou grata pelo afeto transmitido, e por que não agradecer pelas brincadeiras e

conversas descontraídas, processo fundamental para que o trabalho fluísse com

responsabilidade e naturalidade.

Aos Professores do Campus XIV, especialmente do curso de Letras com Habilitação

em Língua Inglesa, que contribuíram de forma significativa para a minha formação

pessoal e profissional, e aqueles que nos momentos difíceis, com amizade e

companheirismo me impulsionou a não desistir desta jornada.

Aos professores que passaram pelo nosso curso e se tornaram inesquecíveis:

Maiana Rose, Flavia Aninger, Paulo de Tarso, Plínio Oliveira, Rosana Dórea e

Cristina Carvalho, Luis Roberto Resende, meu carinho e agradecimento. Aos

professores que permaneceram Irenilza Oliveira, Raulino Batista, Mônica Veloso,

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Neila Santana, Rita Sacramento, Ivana Libertadoira e Fernando Sodré meu muito

obrigado.

Aos colegas que com incomparável carinho, ultrapassaram os limites formais de um

grupo com afinidades acadêmicas para se transformar em amigos verdadeiros. Em

especial a minha equipe de trabalho: Evanilson, Jussiara, Mikaely e Marilene que

diante dos novos desafios sempre estávamos juntos para aprender com as

dificuldades encontradas, e nos alegrar com as vitorias alcançadas.

Ao meu Médico Dr. José Coriolano, que com sabedoria divina soube cuidar de

minha saúde com eficiência, agilidade e atenção, contribuindo para a minha cura

física.

Aos Fisioterapeutas Dr. Sócrates Eduardo, Manásseis Mascarenhas, Sarah Leite,

Luziane Simões e Luziane Santos, que com dedicação e persistência me ajudaram

na recuperação da cirurgia e me ensinaram recomeçar.

Aos amigos, que contribuíram com a minha trajetória, compartilhando as

adversidades do dia-a-dia, sorrisos e lágrimas, preocupação e diversão, sem eles a

vida não teria sentido.

A direção e funcionários do departamento, em especial a Henrique Valença, Roberto

Freitas, Margarete Simões que tiravam nossas dúvidas e sempre estavam dispostos

a nós ajudar, sem esquecer-me de Laerte (nosso motorista), que não media

esforços pra nos levar a outros espaços de conhecimentos e Dona Lita (nossa

maezona) que cuidava da nossa sala como se fosse a extensão de nossas casas.

A direção, professores e os alunos do Colégio Estadual Professora Olgarina

Pitangueira Pinheiro que contribuíram para que esta pesquisa fosse realizada e a

professora e colega Dalila Araujo pela sugestão e incentivo para coletar os dados

em sua turma. E a todos que de alguma forma contribuíram significativamente para

a realização deste trabalho.

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O sonho pelo qual eu luto, exige que eu

invente em mim a coragem de lutar, ao lado da

coragem de amar.

Paulo Freire

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RESUMO

Este trabalho descreve e analisa a inserção de ferramentas telemáticas, principalmente a Internet e a comunidade de idiomas Livemocha no ensino/aprendizado de Língua Inglesa e apresenta alguns fundamentos teóricos sobre educação e tecnologia e sua contribuição para a aquisição de LI. Tem como objetivos verificar a pertinência da adoção da comunidade Livemocha para o ensino/aprendizagem de LI e se esta contribui para o aprimoramento das habilidades necessárias para aquisição de segunda língua. A metodologia é definida como Estudo de Caso, que com os instrumentos necessários permitiu conhecer o problema, os sujeitos desta pesquisa, suas influências e, a partir da análise dos dados, os resultados alcançados. Estes resultados mostram que a inserção do Livemocha permitiu a interação com falantes nativos, práticas úteis para aperfeiçoar as habilidades para aquisição de LI. Esta pesquisa também possibilitou identificar abordagens estimuladoras, concretas e contextualizadas para que os alunos possam adquirir habilidades para se tornar um ser bilíngue. Palavras-chave: Educação. Tecnologia. Ensino/Aprendizagem de LI. Abordagem de Ensino. Livemocha.

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ABSTRACT

This paper describes and analyzes the inclusion of telematic tools , mainly the Internet and the language community Livemocha in the process of teaching/learning English Language and it presents some theoretical foundations on education and technology and their contribution to EL acquisition. It also aims to verify the validity of adopting the community Livemocha for teaching / learning of EL and whether this contributes to the improvement of skills of second language acquisition. The methodology is defined as a Case Study, and with the usage of the necessary tools they helped to identify the problem, the subjects of this research, and their influences, from the data analysis, to the results achieved. The results show that the insertion of Livemocha allowed students to interact with native speakers, a useful practice In order to improve the skills for EL acquisition. This paper also enabled the identification of stimulatory, concrete and contextualized approaches so that students can acquire the skills needed to become bilingual.

Keywords: Education. Technology. Education / Learning LI. Approach to Teaching . Livemocha.

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SUMÁRIO

Páginas

1 INTRODUÇÃO 10

2 A INTERNET E O ENSINO/APRENDIZAGEM DE LÍNGUA INGLESA 12

2.1Internet 13

2.2 Internet na sala de aula 16

2.3 Ensino de L2 19

2.4 Internet: prós e contra no ensino/aprendizagem de L2 21

2.5 Comunidade de Idiomas: Livemocha 23

3 METODOLOGIA 26

3.1 Fundamentos Epistemológicos 26

3.2 Método 27

3.2.1 Do problema 30

3.2.2 Do Objetivo Geral 30

3.2.3 Dos Objetivos Específicos 30

3.2.4 Locus 30

3.2.5 Sujeitos 31

3.2.6 Instrumentos 32

4 ANÁLISE DE DADOS 33

5 CONSIDERAÇOES FINAIS 44

REFERÊNCIAS 46

ANEXOS 49

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INTRODUÇÃO

No contexto atual, em que se percebe o desenvolvimento da ciência e da

tecnologia, é urgente a inserção da Tecnologia de Informação e Comunicação (TIC)

na Educação. É inegável a importância das TIC para todos os setores da sociedade,

e principalmente no contexto escolar. Usar ferramentas tecnológicas para facilitar o

ensino/aprendizado é uma metodologia atual, dinâmica e presente na vida dos

alunos.

Partindo desse princípio Educação e Tecnologia, percebe-se a necessidade

de adotar para as escolas e principalmente para as aulas de Língua Inglesa essas

ferramentas. A Internet é uma dessas ferramentas que possibilita o acesso à

informação, supera fronteiras, promove a interação de muitas pessoas ao redor do

mundo. É uma rede com múltiplos recursos, na qual facilita a comunicação e motiva

para que a aprendizagem seja mais rápida e significativa.

Como a língua predominante na Internet é o inglês, a aprendizagem dessa

língua se torna cada vez mais necessária e também cada vez mais acessível a um

grande número de pessoas. Pois, com os benefícios da Internet o professor pode

fazer uso dela para criar ambientes de aprendizagem. Nessa perspectiva, muitos

teóricos estão escrevendo sobres estes temas, os quais nos dão base teórica para

escrever e pesquisar cada vez mais. Apesar do crescimento exponencial de

pesquisas sobre Internet nas áreas de Educação e Comunicação, o tema “O uso do

Livemocha como ferramenta de ensino/aprenzidagem para aquisição de L2” ainda

não se tornou objeto de estudos de pesquisadores brasileiros e essa é uma das

razões pelas quais foi abordado neste trabalho.

O interesse em pesquisar sobre a Internet e posteriormente a comunidade

Livemocha surgiu a partir da necessidade de aprender uma segunda Língua com

falantes nativos de forma prática, dinâmica e sem precisar sair de casa. Essa

pesquisa apresenta uma geração que interage cotidianamente com a Internet, que

constroem saberes a partir dessas interações, mas que apresentam dificuldades

para se comunicar devido à falta de uma segunda Língua.

A comunidade de aprendizado Livemocha é a maior comunidade global on-

line para estudantes de idiomas, com lições gratuitas e um número considerável de

usuários ao redor do mundo que contribui para a aquisição de um novo idioma. Com

a Livemocha, é possível desenvolver as quatro habilidades linguísticas, com

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estratégias que irão ajudar o aprendiz a conduzir conversas em um idioma

estrangeiro.

A inserção do Livemocha como uma abordagem complementar ao ensino/

aprendizagem de Língua Inglesa no Colégio Estadual Professora Olgarina

Pitangueira Pinheiro, pela Professora Dalila Araujo na turma do 2° ano matutino foi o

fato que possibilitou essa pesquisa. Diante disso, foi questionado como a

comunidade Livemocha impacta na aquisição de Língua Inglesa na turma do 2º ano

do ensino médio?

Respondendo a esta questão, levam-se em conta os objetivos que verificaram

a aquisição de Língua Inglesa e o aprimoramento das quatro habilidades a partir da

inserção da Internet e da comunidade Livemocha na turma do 2° ano do ensino

médio. Os dados indicam que é possível inserir as ferramentas telemáticas no

ensino de Língua Inglesa e que, a partir delas, pode-se adquirir as habilidades

necessárias ao falante de LI, através de interações com falantes nativos e a

produção escrita com feedback de professores.

Esta pesquisa está estruturada em três capítulos: capítulo teórico, capítulo

metodológico e capítulo de análise de dados. No primeiro capítulo aborda-se o

contexto histórico da Internet, a inserção da Internet na sala de aula, o que significa

ensinar e aprender L2, os prós e contra da Internet no ensino de Língua Inglesa e o

que é, e quais as características da comunidade de aprendizagem Livemocha no

processo de ensino/aprendizagem de LI.

No segundo capítulo, o da metodologia foi apresentado uma pesquisa de

campo com procedimentos de um Estudo de Caso, visando conhecer a escola, os

sujeitos e o problema a ser analisado. Diante disso, foram usados alguns

instrumentos como observação, questionário e entrevista semi-estruturada a fim de

consolidar os dados pesquisados para, no capítulo 4, analisá-los, sistematizando as

informações sobre a interação dos sujeitos com outros usuários do Livemocha e

analisando essa experiência a partir dos questionários e das observações

realizadas. Esta análise permite caracterizar esta comunidade como uma ferramenta

atual e importante para a aquisição de Língua Inglesa.

Durante a leitura desta monografia o leitor se defrontará com o universo da

Internet e suas ferramentas que seduzem uma geração conectada, que diante do

desafio de aprender uma segunda língua desenvolve uma estratégia eficiente e

envolvente, capaz de adentrar ao mundo dos idiomas.

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2 A INTERNET E O ENSINO/APRENDIZAGEM DE LÍNGUA INGLESA

O contexto histórico da educação mostra que as mudanças no ensino formal

foram ocorrendo de forma gradual, de acordo com a realidade e perspectivas da

humanidade para o momento vivido. Novos paradigmas surgiram e impulsionaram

as transformações que deveriam ocorrer no processo educativo, em grande parte

porque a sociedade e o setor produtivo exigiam tais mudanças.

Atualmente, a educação formal defronta-se com um novo desafio: incorporar

as Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC) para facilitar a inclusão de seus

alunos no mundo contemporâneo. As tecnologias possibilitam novas formas de

ensinar e aprender, proporcionando maior dinamismo e interação no processo de

construção do conhecimento. Com as TIC foram disponibilizadas diversas

ferramentas que, gradativamente, estão sendo incorporadas à educação, dentre elas

a Internet. A Internet é uma ferramenta com várias estratégias que podem ser

utilizadas para o ensino/aprendizagem, como o correio eletrônico, as

videoconferências, as comunidades virtuais, dentre outras. A Internet potencializa a

interação social, a capacidade de comunicar-se, o desenvolvimento do pensamento

e o prazer de aprender, na qual a construção coletiva do conhecimento se efetiva,

permitindo ainda, acompanhar a aprendizagem do aluno.

Assim, como toda ferramenta tecnológica, a Internet tem suas potencialidades

e limitações. Portanto, faz se necessário que os professores saibam manipulá-las,

conhecendo seus prós e contras, sabendo dominá-la, para depois inovar, inventar,

criar atividades, interligar com o conteúdo da maneira adequada, para que a aula

seja dinâmica e o conhecimento proveitoso. Castells (1999, p. 36) menciona que o

surgimento de um novo sistema de comunicação global “está mudando e mudará

para sempre nossa cultura atribuindo a tecnologia as mudanças culturais a ela

associada.” Sendo assim, é relevante destacar o aumento do interesse dos alunos

quando se deparam com as diversas possibilidades oferecidas pelas TIC. A atenção

voltada as TIC e, principalmente, a Internet levam o educador a explorar e aproveitar

ao máximo esses recursos.

No ensino de língua estrangeira não pode ser diferente. O educador deve

conhecer os recursos disponíveis na Internet, lapidá-los e por em prática em sala de

aula, para que seus alunos sejam motivados a aprender uma segunda língua,

buscando ser autônomos e que cada dia mais aperfeiçoem seu conhecimento. Por

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isso, “é preciso desenvolver dispositivos em que simultaneamente, se ensine e se

aprenda” (ALAVA, 2002, p. 203).

Assim, se a Internet for usada de maneira específica, os materiais disponíveis

vão se tornando mais interessantes, pois ela é um ambiente rico em informações e

mecanismos que permitem a interação direta, que contribuem para aquisição da

língua inglesa. À medida que a tecnologia vai se desenvolvendo, as ferramentas da

Internet são mais utilizadas: os blogs, os correios eletrônicos, os chats, as

comunidades virtuais, o wiki, assim como alguns programas a exemplo do “ensino

de línguas on line” criado por Lefta1, são inseridos na sala de aula, e se, explorado

de forma adequada valorizará o ensino/aprendizagem de língua inglesa. Pois, é

urgente que se busquem aperfeiçoar cada dia mais as quatro habilidades (listen,

speak, read and write) que o aprendiz de língua inglesa deve dominar para que

alcance o objetivo principal de quem almeja aprender uma segunda língua que é a

interação social e global.

2.1 Internet

A Internet é um meio de comunicação que permite a interação de muitos com

muitos, em escala mundial. Ela pode ser definida como um sistema global de redes

interconectadas de computadores que transmitem informações através de “nós”. A

conectividade e a flexibilidade da Internet permitem que os usuários desfrutem desta

tecnologia de maneira diversas, como a web, os correios eletrônicos, os chats, as

comunidades virtuais, os blogs e wiki contribuem para o desenvolvimento

educacional, intelectual, social e econômico de uma sociedade. Desta maneira “a

Internet é um instrumento fundamental para o desenvolvimento do Terceiro Mundo”

(CASTELLS, 2000, p. 10). Contudo, qualquer pessoa com conhecimento técnico

pode usar a Internet, pois ela incluiu a sociabilidade, diminui distâncias de tempo e

espaço, e apresenta um novo suporte para que as pessoas continuem a se

comunicar.

Segundo Castells (2000) as origens da Internet são encontradas na Arpanet,

uma rede de computadores montadas pela Advanced Research Project Agency

(ARPA) em Setembro de 1969. A ARPA foi formada em 1958 pelo Departamento de

1 Disponível em http://www.leffa.pro.br/elo/index.html

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Defesa dos Estados Unidos com a missão de mobilizar recursos de pesquisas,

particularmente do mundo universitário, além de estimular a pesquisa em

computação interativa.

A Arpanet era um pequeno programa que surgiu de um Departamento da

ARPA, o Information Processing Techniques Office (IPTO). Para montar uma rede

interativa de computadores, a IPTO usou a comutação por pacote, desenvolvida por

Paul Baran e Donald Davies que trabalhava no centro de pesquisa Rand Corporation

e British National Physical Laboratory. O projeto visava uma comunicação flexível,

descentralizada, capaz de resistir a um ataque nuclear. Os primeiros nós foram

testados na University of California in Los Angeles (UCLA) e em Santa Barbara e na

Universidade de Utah. Com dois anos, já havia 15 nós interconectados.

A estratégia da ARPA, com sua política de flexibilidade e liberdade

acadêmica, revelou-se correta, pois “forneceu recursos para transformar idéias em

pesquisas e pesquisas em tecnologias viáveis” (CASTELLS, 2000, p. 23). Em 1972

introduziu um novo conceito: uma rede de redes. Para que pudessem se comunicar,

as redes de computadores precisavam de um Protocolo de Comunicação

Padronizados (TCP), que surgiu em 1973. Depois disso, alguns estudiosos dividiram

o TCP em duas partes, acrescentando um protocolo Internet Protocol (IP), gerador

do protocolo TCP/ IP, padrão que a Internet continua operando até hoje.

A Arpanet passou a ser administrada pela Defense Communication Agency

(DCA), pois necessitava de uma rede de comunicação que permitisse aos militares

envolvidos na Guerra Fria realizar trocas de informações de uma base militar a outra

em tempo rápido e de forma segura. A ferramenta inicial da Internet foi o correio

eletrônico associado à possibilidade de transferência de arquivos de textos através

do acesso remoto. Porém, o Departamento de Defesa, com receio que a Arpanet

não fosse totalmente segura, criou uma rede independente, e retirou-a da operação

militar, liberando-a para pesquisas.

A partir de 1990, a Internet foi privatizada e alguns fabricantes de

computadores dos EUA incluíram o TCP/IP nas suas produções. Com isso, a

maioria dos computadores tinha capacidade de entrar em rede, lançando as

alicerces para a difusão da interconexão, que possibilitou um rápido crescimento da

Internet, como uma rede global de redes de computadores, descentralizada, com

protocolos de comunicação abertos. Isso permitiu a expansão de novos nós,

facilitando a comunicação. Porém, foi com a criação de sistemas operacionais, e o

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desenvolvimento do World Wide Web (WWW), que reúne informações em forma de

texto, imagens, vídeo e som, de forma isolada ou multimídia que a Internet abarcou

o mundo.

Em 1995, quando a Microsoft descobriu a Internet e começou a usar o

software Windows 95, os empresários e a sociedade em geral passaram a fazer

parte dessa sociedade em rede e aproveitaram as vantagens que a Internet oferece.

Dessa maneira estes usuários contribuíram para sua expansão. No entanto, “a

Internet não teve origem no mundo dos negócios. Era uma tecnologia ousada

demais, um projeto caro demais, e uma iniciativa arriscada demais para ser

assumida por organização voltada para o lucro” (CASTELLS, 2000, p. 23), Por isso,

a Internet se desenvolveu num ambiente seguro, financiado por recursos públicos,

com pesquisas voltadas para a missão, mas que não impedia a liberdade de

expressão, nem ideias para a inovação. Sem a contribuição cultural e tecnológica

das redes pioneiras, a Internet não teria expandido tão rapidamente pelo mundo.

A história da Internet demonstra que os usuários são os principais produtores,

adaptando-a a seus usos e valores, transformando-a. As modificações introduzidas

são transmitidas ao mundo em tempo real. Assim o intervalo entre o processo de

aprendizagem e produção, é abreviado. Atualmente, ela se tornou uma vantagem,

pois permite aos usuários acessar qualquer informação, em qualquer lugar do globo.

A Internet mudou a vida e forma de educar e de aprender. Por isso:

A história da criação e do desenvolvimento da Internet é a história de uma aventura humana extraordinária. Ela põe em relevo a capacidade que tem as pessoas de transcender metas institucionais, superar barreiras burocráticas e subverter valores estabelecidos no processo de inaugurar um novo mundo. Reforça também a idéia de que a cooperação e a liberdade de informação podem ser mais propicias à inovação do que a competição e os direitos de propriedade (CASTELLS, 2000, p.13).

O avanço da Internet é proporcional a sua importância no dia-a-dia das

pessoas. Muitas pessoas não conseguem viver sem esta ferramenta, pois ela se faz

presente em muitos setores da sociedade. Por isso que “a Internet é o tecido de

nossas vidas” (CASTELLS, 2000, p. 7). Sua capacidade de distribuir informação por

todo o domínio da atividade humana, com adaptabilidade e flexibilidade, alavanca

uma nova forma de sociedade: a sociedade em rede: “a formação de redes é uma

prática humana muito antiga, mas as redes ganharam vida nova em nosso tempo

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transformando-se em redes de informação energizadas pela Internet” (CASTELLS,

2000, p. 7).

A Internet é uma tecnologia maleável e suscetível a mudanças. O ser humano

modifica esta rede a partir do seu uso, experimentando-a, transformando-a. Por isso,

“a Internet é a expressão de nós mesmos através de um código de comunicação

específico, que devemos compreender se quisermos mudar nossa realidade”

(CASTELLS, 2000, p. 11).

A evolução da Internet faz parte da produção humana, que com o propósito

de alcançar a liberdade com o poder da informação abre caminhos para as novas

descobertas. E, não foi diferente com a Internet, pois quando não se tem recurso

nenhum é que as pessoas são obrigadas a inventar, criar soluções. Assim “a

tecnologia faz parte desse contexto não como algo fora, mas como parte de um todo

em que o homem cria, recria e se beneficia da sua própria realização e das demais

colocadas na sociedade.” (GRINSPUN, 1999 apud COSCARELLI, 2005, p. 19).

Mesmo sendo uma criação humana, as tecnologias moldam comportamento, tem

características próprias, com grande potencialidade e muitas limitações, porém o

professor precisa conhecer e dominar para usá-lo de modo adequado, como um

componente da atividade de ensinar e aprender uma língua. A Internet permite que o

aluno use a língua alvo para se integrar numa comunidade autêntica de usuários,

trocando experiências com pessoas de qualquer parte do mundo em que a língua

que estuda seja usada, de forma consciente e autônoma. Pois “a Internet é, acima

de tudo, uma criação cultural”. (CASTELLS, 2000, p. 32).

2.2 Internet na sala de aula

Todo o processo de educação foca-se na ampliação dos conhecimentos, na

relação entre o ensino e a aprendizagem e, principalmente, na formação de

cidadãos. Desse modo, cada vez mais, procura-se ir além dos métodos tradicionais

de ensino. Entre as atuais possibilidades para a educação está à inclusão da

Internet como ferramenta pedagógica na sala de aula, como mais um meio de

vincular o ensino às ações/relações cotidianas dos alunos. Pois, “a chegada da

Internet nos estabelecimentos escolares, assim como seu desenvolvimento nos

locais de formação, favoreceu a emergência de novas práticas de aprendizagem

autodidatas” (ALAVA, 2002, p. 203). Ao utilizar a Internet na sala de aula, o

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professor instiga seus alunos a um processo de descoberta constante, voltado aos

seus interesses e com possibilidades de ampliar a visão que têm do mundo. Logo,

os alunos construirão cada vez mais conhecimentos e habilidades. Portanto, “é uma

lição comprovada da história da tecnologia que os usuários são os principais

produtores da tecnologia, adaptando-a a seus usos e valores e acabando por

transformá-la” (CASTELLS, 2000, p. 28).

Entende-se que o uso dessa tecnologia na sala de aula pode fazer o aluno

aprender de uma forma mais autônoma, tornando-o também responsável pelo seu

próprio conhecimento. Ao tornar-se autônomo, o aluno não necessitará

exclusivamente da interação com o docente para aprender, mesmo que a presença

do professor seja extremamente importante quanto à orientação frente ao uso da

Internet. Nesse contexto, o professor deverá também mudar a sua forma de agir, ou

seja, ele deverá assumir o papel de moderador, consciente de que as tecnologias o

auxiliam no processo ensino e aprendizagem. Porém, nada substitui um bom

professor.

O trabalho com a Internet requer conhecimentos básicos em relação a essa

tecnologia, para que o professor possa tirar o total proveito da rede. Também devem

ser verificadas as condições técnicas da escola, a infra-estrutura e equipamentos

para que os alunos possam acessar a Internet. Sabe-se, quais influências as redes

exercem e os benefícios que elas trazem para a sociedade, por isso: “ser excluídos

dessas redes é sofrer uma das formas mais danosas de exclusão em nossa

economia e em nossa cultura” (CASTELLS, 2000, p. 8). Por isso, todas as pessoas

buscam constantemente estar inseridas nessa sociedade da informação. Contudo,

sabe-se, que muitas escolas não possuem laboratórios ou acesso à rede. Este,

ainda é um problema a ser resolvido, já que todos têm direito a inclusão digital.

Por isso, buscando minimizar esse problema, o Ministério de Educação e

Cultura (MEC) criou o ProInfo: um programa educacional com o objetivo de

promover o uso pedagógico da informática na rede pública de educação básica.

Este programa leva às escolas computadores, recursos digitais e conteúdos

educacionais. Em contrapartida, estados, Distrito Federal e municípios devem

garantir a estrutura adequada para receber os laboratórios e capacitar os

educadores para uso das máquinas e tecnologias.2

2 Disponível em

<http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_content&view=article&id=244&Itemid=462>

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Para que os professores possam garantir um ensino diferenciado aos seus

alunos, faz-se necessário que eles participem da formação continuada, com o

objetivo de utilizar a Internet em prol do ensino, transformando-a em uma ferramenta

diária de comunicação, pesquisa e interação. Além de aprimorar as suas habilidades

com o uso da rede, o professor deve interagir com outros professores, buscando e

trocando informações, para tornar-se um profissional reflexivo, crítico, competente e,

acima de tudo, inovador.

Com o desenvolvimento da Internet e o crescimento da WWW, um número

incalculável de home pages tem sido criado e os recursos para a aprendizagem de

inglês tornaram cada vez mais diversificados e sofisticados. À medida que a

tecnologia vai se desenvolvendo, os materiais disponíveis para ser usados na sala

de aula passam a ser mais interessantes para o ensino de língua inglesa. A

interatividade proporcionada pela Internet através dos livros didáticos eletrônicos

incluindo som e vídeo, comunidades de aprendizagem como o Livemocha,

exercícios com feedback online; tarefas interativas são mecanismos que permitem a

comunicação do professor com os alunos e destes com outras pessoas, que muitas

vezes são de outros países.

O uso da Internet no ensino de língua inglesa torna-se um instrumento

privilegiado para observar as situações reais do uso do idioma, uma vez que grande

parte do que é publicado na rede está em inglês. A Internet possibilita, ainda, a

comunicação com falantes de língua inglesa de diferentes partes do mundo. Porém,

o uso da web no ensino de L2 não se restringe somente à formação de estruturas e

de vocabulário. Em muitas atividades, o aluno pode se deparar com questões

culturais relacionadas aos países falantes desta língua.

Portanto, o sistema educacional deve criar condições favoráveis para inserir a

Internet como uma ferramenta que facilita o ensino/aprendizagem mais eficaz e

proveitoso, aproveitando as informações nela contidas para transformar-las em

conhecimentos. Caso contrário, a Internet corre o risco de se juntar aos outros meios

de comunicação que fizeram parte da educação, mas que perderam a oportunidade

de renovar o sistema educativo. Pois, “as ferramentas devem ser utilizadas, não pelo

fascínio do novo, mas pela necessidade de utilizar as melhores ferramentas

possíveis” (ALAVA, 2002, p. 125-126). Porém, em um sistema no qual a tecnologia

assegura a difusão da informação, ensinar deve significar construir o saber, ensinar

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19

a pensar, e isso só tem sentido se a educação for uma prioridade assumida por

todos.

2.3 Ensino de L2

O Ensino de Línguas no Brasil tem origem com os Jesuítas quando inseriram

na cultura indígena a Língua Portuguesa. A partir de então, outras línguas foram

sendo incorporada a Educação Brasileira. Inicialmente o Latim e o Grego, mais tarde

o Francês, o Inglês, o Alemão e o Italiano devido aos novos habitantes que o país

acolhia. Cada um trazia um pouco da sua língua e sua cultura.

Com o passar do tempo, a Língua Inglesa tornou-se a língua obrigatória a ser

trabalhada nas escolas, tanto nas escolas particulares quanto nas públicas. Por isso,

introduziu-se o método direto. Leffa (1999) afirma que essa metodologia enfatizava a

importância de se ensinar a língua estrangeira utilizando a própria língua; a

seqüência ouvir, falar, ler e escrever; o uso de gravuras e objetos para a explicação

de palavras desconhecidas, evitando a tradução; a compreensão do aluno das

regras gramaticais pelo uso, e não pela explicação de tais regras; leitura de autores

indicados, e também de manuais, revistas, almanaques e impressos que

possibilitassem ao aluno conhecer o idioma como ele é utilizado no país de origem.

Em 1996 foi aprovado no Brasil, a Lei de Diretrizes e Bases da Educação,

que apresentou algumas regras para a educação. Com isto na LDB, (BRASIL, 1996)

no Art. 26 e § 5º reforçou a necessidade de uma língua estrangeira nas escolas

brasileira, no ensino fundamental: "Na parte diversificada do currículo será incluído,

obrigatoriamente, a partir da quinta série, o ensino de pelo menos uma língua

estrangeira moderna, cuja escolha ficará a cargo da comunidade escolar, dentro das

possibilidades da instituição”, e no ensino médio: a lei dispõe que "será incluída uma

língua estrangeira moderna, como disciplina obrigatória, escolhida pela comunidade

escolar, e uma segunda, em caráter optativo, dentro das disponibilidades da

instituição" (Art.36, Inciso III). Assim toda escola teria que incluir no seu currículo

uma língua estrangeira.

Como o capitalismo ainda é dominante, e os Estados Unidos uma potência

mundial, os gestores da educação optaram por adotar a Língua Inglesa para o

currículo escolar. Pois “o interesse de vários países em promover o ensino desse

Page 21: O uso do livemocha como ferramenta de ensino aprendizagem para aquisição l2

20

idioma é uma forma de se ter acesso à ciência e à tecnologia ocidental, ao comércio

e ao turismo internacional e à ajuda militar e econômica” (PAIVA,1996, p. 10).

Porém, foi com os Parâmetros Curriculares Nacionais de Língua Estrangeira

PCN-LE que o ensino de língua Inglesa passou a ser valorizado no Brasil. Pois, “a

aprendizagem de Língua Estrangeira é uma possibilidade de aumentar a

autopercepção do aluno como ser humano e como cidadão” (BRASIL, 1999, p.15).

Assim, docentes e discentes de L2 devem reconhecer que o aprendizado de uma ou

mais línguas lhe possibilita o acesso a bens culturais da humanidade construídos em

outras partes do mundo, sem esquecer os seus.

Focando na aprendizagem e desenvolvimento do aluno, os PCN-LE

corroboram para que alunos e professores identifiquem no universo que o cerca as

línguas estrangeiras que cooperam nos sistemas de comunicação, percebendo-se

como parte integrante de um mundo plurilíngüe, além de compreender o papel

hegemônico que algumas línguas desempenham. Permite também que os alunos

vivenciem uma experiência de comunicação humana, pelo uso de uma língua

estrangeira, refletindo sobre os costumes ou maneiras de agir e interagir e as visões

do seu próprio mundo, possibilitando maior entendimento de um mundo plural e de

seu próprio papel como cidadão do seu país e do mundo.

Conhecer o mundo nunca foi tão importante, e o Governo Federal atento a

tais necessidades propõe um ensino de LE mais voltado à comunicação e

contextualização de conteúdos. Por isso, muitas escolas trabalham com a

abordagem comunicativa, na qual valoriza o sentido, o significado de uma língua,

bem como a interação entre os sujeitos que estão aprendendo uma nova língua.

Como afirma Celani (1997) em uma entrevista sobre o ensino de Língua Inglesa: “A

língua confere uma formação global ao indivíduo”. Assim a sociedade brasileira

reconhece um valor educacional formativo na experiência de aprender outras

línguas na escola e admite esse bem cultural ao garantir de alguma forma a

presença da disciplina Língua Estrangeira no currículo. Ela é “a língua do poder, do

progresso e do prestígio” (PAIVA, 1996, p. 11).

Como o objetivo de muitas pessoas é ter “poder”, a Língua Inglesa é a Língua

Estrangeira que tem maior facilidade de ser adotada para o ensino de L2 no Brasil e

em outros países cujos falantes não tem a língua inglesa como língua alvo. Contudo,

as condições das escolas públicas, a falta de professores, de materiais adequados,

Page 22: O uso do livemocha como ferramenta de ensino aprendizagem para aquisição l2

21

além de salas de aulas super lotadas, e com o número de aulas reduzidas, muitas

vezes, inviabilizam o ensino de L2.

Entretanto, os PCN-LE (BRASIL, 1999) surgiram numa época em que o

mundo se comunica com a velocidade da Internet e do telefone celular, e onde o

acesso aos mais diversos meios de comunicação se democratiza e faz com que

pessoas das mais diversas regiões do país, e das mais variadas camadas sociais,

busquem está inserido e atualizado sobre o que acontece ao seu redor. Essa

facilidade contribui para que o ensino/aprendizagem de L2 seja repensado, e que

através das ferramentas tecnológicas esse processo seja mais significativo.

2.4 Internet: prós e contra no ensino/aprendizagem de L2

A evolução do homem é caracterizada pelo desenvolvimento de instrumentos

cada vez mais sofisticados. Na medida em que esses instrumentos são difundidos

na sociedade, seu domínio torna-se necessário por um segmento cada vez maior da

população, como foi, por exemplo, o caso do livro, no fim do Século XV, e como

certamente é o caso do computador, neste início do Século XXI.

As mudanças na forma de apresentação do livro e de textos seguiram as

evoluções de cada época. Chartier cita que esse foi um processo fundamental e

necessário para a história do livro: do pergaminho para o códice, do códice ao livro

impresso e do livro impresso ao livro digital. Por isso, “a obra não é jamais a mesma

quando inscrita em formas distintas, ela carrega a cada vez, um outro significado”

(CHARTIER, 1999 p.71). Assim, a interação entre texto/leitor é influenciada pelo

suporte textual que varia em função de sua forma de difusão e da percepção

individual do texto no ato da leitura.

Os meios de comunicação estão surgindo com a capacidade de interação

entre os produtores de informações e o público. Nos blogs, por exemplo,

disponibiliza o espaço para que os usuários postem, em uma velocidade

incomparável. A aprendizagem através desses recursos é natural e espontânea,

pois podem selecionar os materiais e escolher os caminhos de acordo com

interesses e motivação de cada um. A aprendizagem se dá através de descobertas

individuais, de solução de problemas, de tentativas diversas, do fazer e refazer, de

acordo com o ritmo de cada um. Mas a Internet não é apenas um local para se

resolver problemas. É um local para apresentar novas ideias, experimentar, criar.

Page 23: O uso do livemocha como ferramenta de ensino aprendizagem para aquisição l2

22

Desse modo, o uso da Internet no ensino de língua inglesa desenvolve a

aceitação de diferentes maneiras de expressão e comportamento, viabilizando ao

ensino a relação íntima entre a língua, cultura e sociedade. Pois “Inglês é uma

língua sem fronteiras” (PAIVA, 1996, p. 10). Contudo, o desenvolvimento da

tecnologia permite o barateamento dos meios de produção e aumentam as

possibilidades que as pessoas têm de se apoderarem destes meios. Nestes termos,

é dever do professor aprender técnicas de produção, usar a Internet não mais como

adversária e sim como parceira, identificar os benefícios e os malefícios, avaliando-a

para “dar aos jovens a capacidade de se apoderarem dos meios de comunicação e

garanti lhes autonomia” (COSCARELLI, 2005, p. 28). Os jovens lidam com aparatos

modernos com extrema desenvoltura, porem é necessário usar com consciência

crítica. Assim, é relevante afirmar que:

Formar alunos conhecedores dos meios de comunicação a ponto de poder interferir nos produtos oferecidos pelos veículos é um objetivo que devemos perseguir diariamente no processo escolar. E ainda, formar cidadãos que passam criar seus próprios veículos dentro dos meios de comunicação existentes é essencial para a evolução da sociedade como um todo. (SILVA, 2008, p. 27).

As novas tecnologias não substituem o professor, mas ampliam seu papel,

tornando-o mais importante. Os professores e alunos deverão saber lidar com a

Internet, compreendendo e produzindo. O desafio, para o professor, será “encontrar

novas maneiras de utilizar esses recursos tecnológicos para o benefício da

aprendizagem” (CELANI, 1997, p. 161). A máquina pode ser uma excelente

aplicadora de métodos, mas o professor precisa ser mais do que isso. Para usar a

máquina com eficiência, ele precisa ser justamente aquilo que a máquina não é, ou

seja, crítico, criativo e comprometido com a educação. Pois, o conhecimento é

construído pelo indivíduo através de ações no mundo.

Quando a Internet é usada, é impossível prever todas as conexões que o

aluno fará através das inúmeras possibilidades que esta lhes possibilita. As pessoas

e os conhecimentos estão inseridos em um emaranhado de informações. Ao ensinar

os alunos a buscar e processar informações armazenadas na Internet, os docentes

contribuem para formar cidadãos responsáveis pela construção de seu

conhecimento e preparados para a aprendizagem ao longo da vida. De sua casa, ou

do laboratório de sua escola, o estudante pode acessar bibliotecas em várias partes

do mundo, assistir vídeos, participar de diversos cursos online, comunidades de

Page 24: O uso do livemocha como ferramenta de ensino aprendizagem para aquisição l2

23

aprendizagem e, ainda, acessar um imenso mar de recursos para desenvolver as

várias habilidades envolvidas na aprendizagem de Língua inglesa.

Entretanto, deve-se ter cautela ao usar a Internet, pois os pontos positivos

trazem também os pontos negativos, como: o excesso de informações, muitas vezes

não confiáveis; a ausência de atualizações de algumas páginas, muitos conteúdos

são anônimos e outros estão em construção, além do desgaste quando os alunos

permanecem muito tempo em frente ao computador para escolher as informações

necessárias relacionadas ao seu objetivo. Por isso, ensinar utilizando a Internet

exige atenção do professor, diante de tantas possibilidades de busca, a própria

navegação se torna mais sedutora do que o necessário trabalho de interpretação.

Os alunos tendem a dispersar-se diante de tantas conexões possíveis, pois navegar

e descobrir coisas novas são mais atraentes do que analisá-las, separá-las o que é

realmente essencial.

Percebe-se que a motivação mediada pela Internet contribui para o

ensino/aprendizagem de L2. Pois aumenta o interesse dos alunos pelas aulas, pela

pesquisa, pelos projetos. São novas possibilidades que permite o acesso à

informação e à produção do saber. Por isso, professores e alunos devem estar se

atualizando, sempre que necessário, para que a disciplina de Língua Inglesa seja

importante e significativa, no contexto escolar e social.

2.5 Comunidade de Idiomas: Livemocha

A rede social Livemocha é uma comunidade criada em Seattle nos Estados

Unidos, em 24 de setembro de 2007. A rede disponibiliza atualmente 35 idiomas e

qualquer pessoa pode participar desta comunidade. Acessando essa comunidade os

usuários podem aprender uma ou mais línguas através de lições audiovisuais,

feedback de outros usuários, dentre outras atividades proposta por essa rede como:

leitura, escrita, gramática, vocabulário, compreensão e expressão oral.

A Livemocha é baseada no conceito de colaboração e põe em contato

aqueles que querem aprender com os nativos de cada idioma ou falantes de uma

segunda língua. Para quem precisa, ou quer, se aperfeiçoar em outro idioma essa

comunidade permite que as quatro habilidades sejam exploradas.

A maioria dos cursos é gratuito, mas existem opções pagas (Active Course)

para alguns cursos, nas quais o usuário conta com recursos adicionais, como tutores

Page 25: O uso do livemocha como ferramenta de ensino aprendizagem para aquisição l2

24

oficiais, possibilidade de download de arquivos e textos que explicam a gramática da

língua estudada.

Além disso, o Livemocha traz todas as outras características de uma rede

social convencional, aos moldes do Orkut. Isso permite que os usuários encontrem

internautas nativos em outros idiomas, independente de sua língua de origem. A

possibilidade de conhecer pessoas com interesses comuns e o intercâmbio cultural

fazem do Livemocha uma plataforma de aprendizagem muito rica para aqueles que

desejam dar os primeiros passos em uma nova língua. A partir de sua página

pessoal, você tem acesso a todas as informações atuais dos cursos, amigos, tarefas

e uma lista das atividades recentes de amigos, além de muito mais.

Em 2009, com mais de 2 milhões de usuários, a rede se destacou como

iniciativa na web e chamou a atenção da Pearson, editora multinacional de

educação. Em março deste mesmo ano, foi anunciada uma parceria para

desenvolver, na plataforma Mocha, um novo sistema de aprendizado de inglês

completamente baseado na conversação. Sob os termos do acordo, Livemocha e

Pearson iriam construir uma série de cursos em Inglês com conversação on-line:

Conteúdo de aprendizagem de Inglês da Pearson foram integrado com a abordagem

inovadora de colaboração para a aprendizagem de línguas do Livemocha, que

integra a prática de uma língua estrangeira com falantes nativos. Outras parcerias

também apoiaram Livemocha como Collins e Abril Editora.

Segundo Moran (2004, p.36) “Em relação aos produtores e criadores de

mídias, é legítima a preocupação manifestada por educadores que juntam educação

e comunicação: preocupam-se excessivamente com os meios e esquecem-se das

mediações culturais e educacionais”. É importante lembrar, no entanto, que

conforme explicitado em Moran (2004, p. 12): “as tecnologias não são boas ou más

em si, podem trazer grandes contribuições para a educação, se forem usadas

adequadamente, ou apenas fornecer um revestimento moderno a um ensino antigo

e inadequado”.

A possibilidade de diálogos a distâncias entre indivíduos geograficamente

dispersos pode ainda favorecer a criação coletiva. Cada sujeito pode expressar e

produzir saberes, contribuindo e construindo comunicação e conhecimento

coletivamente. No lugar de apenas receber a informação, o aluno tem a experiência

da participação na elaboração do conteúdo da comunicação e na criação de

conhecimento. E essa criação atualiza-se por causa da interatividade, que segundo

Page 26: O uso do livemocha como ferramenta de ensino aprendizagem para aquisição l2

25

Belloni (2003, p. 59): “contribui para sustentar a idéia de que educar significa

preparar para a participação cidadã, e que esta pode ser experimentada na sala de

aula interativa, não mais centrada na separação da emissão e recepção”.

Portanto, desde o lançamento em 2007 até os dias atuais, a comunidade

Livemocha cresceu e são mais de 11 milhões de associados em 190 países,

sublinhando uma forte demanda por uma abordagem envolvente e colaborativa para

aprendizagem de línguas. Essa comunidade também contrata os melhores usuários

para serem tutores on-line para os cursos pagos. A seleção é feita dentro da própria

plataforma e os estudantes que tiverem melhor desempenho na correção de

exercícios em sua língua nativa podem ser contratados mediante pagamento de

salário.

Esta comunidade é diferenciada das outras redes sociais como o Orkut,

Facebook, MSN, pois além de possuir as ferramentas que estes possuem, a

exemplo de bate-papo, atualização de status, postagem de fotos e outras atividades,

o Livemocha tem uma ferramenta principal que é o ensino/aprendizagem de línguas.

Essa singularidade demonstra que o Livemocha não é apenas uma rede social, mas

um método de ensino/aprendizagem à distância, autônomo, além de integrar a

participação de pessoas do mundo inteiro, que estão conectadas diariamente à

Internet. Para Castells (1999):

As redes interativas de computadores estão crescendo exponencialmente, criando novas formas e canais de comunicação, moldando a vida e, ao mesmo tempo, sendo moldadas por ela. (p.22).

Assim, a comunidade Livemocha continua a crescer com o objetivo de criar

um mundo no qual cada ser humano autônomo é fluente em vários idiomas,

modificando e deixando ser modificado, pelo ambiente que vive, pelas comunidades

que participam e pelas redes que acessam.

Page 27: O uso do livemocha como ferramenta de ensino aprendizagem para aquisição l2

26

3 METODOLOGIA

3.1 Fundamentos epistemológicos

O homem vive buscando um sentido para a vida. Responder perguntas,

resolver problemas, criar objetos para facilitar as ações cotidianas, além de

interpretar a si mesmo e ao mundo em que se vive é a condição para a sua

existência. Desta maneira, o ser humano evoluiu para a busca de respostas através

de caminhos que pudessem ser comprovados, nos quais pudesse refletir sobre as

experiências e transmiti-las a outros. A necessidade de saber o porquê dos

acontecimentos foi o impulso para a evolução do homem e o surgimento da ciência.

Segundo Cervo e Bervian (2002, p. 16):

A ciência é um modo de compreender e analisar o mundo empírico, envolvendo o conjunto de procedimentos e a busca do conhecimento científico através do uso da consciência crítica que levará o pesquisador a distinguir o essencial do superficial e o principal do secundário.

Por isso, a ciência é constituída pela observação sistemática dos fatos; por

intermédio da análise e da experimentação, extraindo resultados que passam a ser

avaliados universalmente, esses resultados denominam-se conhecimento. Segundo

Oliveira Netto (2006, p.03) existem alguns tipos de conhecimento que interferem nas

decisões da vida diária do homem, são eles: conhecimento popular, científico,

filosófico, religioso, artístico e técnico.

Neste trabalho aborda-se apenas o conhecimento científico que

“é aquele resultante da investigação metódica, sistemática da realidade, pela

transcrição de fatos e fenômenos em si mesmos e analisando-os a fim de descobrir

suas causas e concluir sobre as leis gerais que os governam” (OLIVEIRA NETTO,

2006, p.04).

Nunca se tinha visto tanto avanço na ciência como no século XX. Não foram

apenas as descobertas científicas que se aceleram, os equipamentos tornaram-se

cada vez mais poderosos e sofisticados, obtendo-se resultados muitas vezes

inesperados. A ciência no século XX também foi transformada pelo desenvolvimento

de sua tecnologia que facilitou a pesquisa em muitas áreas. Porém, é preciso citar

que a ciência do século XXI está cada dia se renovando, permitindo que muitas

coisas possam ser descobertas ou modificadas. Assim a ciência e a tecnologia são

Page 28: O uso do livemocha como ferramenta de ensino aprendizagem para aquisição l2

27

os pilares fundamentais para atender aos objetivos de aumento e melhoria do

conhecimento humano.

Contudo, o conhecimento científico é produto resultante da investigação

científica, que surge da vontade de fornecer explicações que possam ser testadas e

criticadas através de fundamentos mais sólidos, provas empíricas e da discussão

intersubjetiva. É, portanto:

um compromisso ético de fidelidade e coerência teórico-metodológica ante o objeto, para evitar o perigo de se transformar o método científico em uma maneira de se justificar posições incompatíveis com o fato empírico observado, não uma isenção absoluta ante o objeto, uma anulação da subjetividade do pesquisador, uma abstração de si mesmo, um esvaziamento (NONATO, 2006, p. 127).

Como a ciência é um processo em construção, e a pesquisa uma atividade

voltada para a solução de problemas, faz-se necessário que pesquisadores

busquem cada dia mais, conhecer, investigar e analisar fatos para produzir

conhecimento, pois, segundo Nonato (2006, p. 127) "o eu do sujeito pesquisador se

constrói na pesquisa, no diálogo da pesquisa, na interação com os outros sujeitos e

com ela interage”.

Segundo Demo (2000, p. 161), “o trabalho científico leva o aluno a aprender

melhor e a tornar-se um profissional capaz de usar a pesquisa como processo

permanente de aprender, de renovar sua competência”. Por isso, o incentivo a

pesquisa deve ser uma prática constante na universidade e em qualquer setor da

sociedade.

3.2 Método

Este trabalho está fundamentado em uma pesquisa descritiva em que se

busca analisar e interpretar como se deu o processo de ensino/aprendizagem com o

uso da Internet e do Livemocha. Para isso, adota-se a pesquisa de campo com

objetivos descritivos usando os procedimentos de um estudo de caso que busca

justamente entender o fenômeno dentro do seu contexto e na sua complexidade,

para obter informações sobre o ensino de língua Inglesa e o auxílio da ferramenta

Internet, principalmente o uso da comunidade de aprendizado de línguas no mundo:

“Livemocha”.

Page 29: O uso do livemocha como ferramenta de ensino aprendizagem para aquisição l2

28

Este trabalho foi realizado a partir de uma revisão de literatura para a

fundamentação teórica. Alguns autores como Alava (2002), Castells (1999, 2000),

Celani (1997), Coscarelli (2003, 2005), Freire (2008), Leffa (2011), Moita Lopes

(1996), Moran (2004, 2011), Paiva (1996) e Silva (2003) embasaram e definiram

esta pesquisa. Segundo Lakatos e Marconi (2003) sua finalidade é colocar o

pesquisador em contato direto com tudo o que foi escrito, dito ou filmado sobre o

assunto, inclusive conferências seguidas de debates que tenham sido transcritos por

alguma forma, quer publicadas, quer gravadas. O material já publicado permitiu que

toda a fundamentação fosse elaborada e desenvolvida para que este trabalho se

realizasse. Pois, segundo Nonato (2006, p. 127)

A pesquisa é entendida como uma tomada de posição ante a realidade, um posicionar-se frente ao mundo e, como tal, um ato pleno de subjetividade no âmbito dessa “duplicidade imanente da pesquisa: a objetividade dialética do fato estudado e a subjetividade dialógica da análise procedida”.

Posteriormente, para que esta pesquisa fosse realizada optou-se por aplicar

um Estudo de Caso, que segundo Yin (2005) representa uma investigação empírica

e compreende um método abrangente, com a lógica do planejamento, da coleta e da

análise de dados. Pode incluir tanto estudos de caso único quanto de múltiplos,

assim como abordagens quantitativas e qualitativas de pesquisa. Portanto, por meio

do estudo do caso o que se pretende é investigar, como uma unidade, as

características importantes para o objeto de estudo da pesquisa.

Yin (2005) afirma também que o estudo de caso representa a estratégia

preferida quando se colocam as questões do tipo “como” e “porque”, quando o

pesquisador tem pouco controle sobre os acontecimentos e quando o foco se

encontra em fenômenos contemporâneos inseridos em algum contexto da vida real

e como estratégia de pesquisa o Estudo de Caso contribui com o conhecimento

sobre os fenômenos individuais, organizacionais, sociais, políticos e de outros

grupos.

Por isso, foi necessário conhecer as metodologias de ensino da Professora

Dalila Araujo nas turmas de Língua Inglesa do ensino médio, sendo viável optar pela

forma de aprendizagem a partir da comunidade Livemocha, bem como conhecer os

alunos que participaram desta comunidade. A observação, os questionários e a

entrevista semi-estruturada foram os métodos de pesquisa que contribuíram para a

realização deste trabalho.

Page 30: O uso do livemocha como ferramenta de ensino aprendizagem para aquisição l2

29

A observação é considerada como principal método de investigação, já que

possibilita um contato maior entre o pesquisador e o objeto de pesquisa. Através

dela é possível coletar informações e ter impressões sobre o tema estudado de

acordo com a visão do observador e do observado. Entretanto essa colocação não

impede que esta técnica de coleta de dados seja associada a outras como a

realização de entrevistas e a aplicação de questionários para que haja um

enriquecimento do trabalho de pesquisa.

Para interrogar os indivíduos que compôs esta pesquisa, uma das

abordagens usadas consistiu em preparar um questionário sobre o tema, com

perguntas escolhidas em que responderiam o problema especificado anteriormente.

O questionário é em um instrumento privilegiado de sondagem, por isso deve ser

objetivo, limitado em extensão. Por isso o passo seguinte foi à aplicação dos

questionários, e com estes a comparação das atividades propostas e realizadas no

Livemocha

A realização de entrevistas, juntamente com a observação é um instrumento

importante para a coleta de dados, a entrevista possibilita a interação entre

entrevistado e entrevistador. A liberdade no percurso de sua realização é um ponto

marcante nas entrevistas semi-estruturadas, não sendo obrigatório o

acompanhamento de um roteiro rígido, tornando possível às duas partes fazer

inferências ou esclarecimentos. Como afirma Ludke:

[...] É importante atentar para o caráter de interação que permeia a entrevista. Mais que os outros métodos de pesquisa, que em geral estabelecem uma relação hierárquica entre o pesquisador e o pesquisado, como na observação unidirecional, na entrevista a relação que se cria é de interação, havendo uma atmosfera de influência recíproca entre quem pergunta e quem responde (LUDKE, 1986, p.33).

Por isso, esses métodos permitiram que esta pesquisa fosse realizada e os

resultados apreciados e analisados. Com a colaboração da Professora de Língua

Inglesa Dalila Oliveira de Araujo e os alunos da turma do 2º ano de Ensino Médio-

matutino do Colégio Estadual Professora Olgarina Pitangueira pretende-se observar

se estas ferramentas potencializam o ensino/aprendizado de língua Inglesa,

utilizando as quatro habilidades e se elas auxiliam para que as aulas sejam mais

dinâmicas e participativas, já que o Livemocha permite a comunicação com falantes

Page 31: O uso do livemocha como ferramenta de ensino aprendizagem para aquisição l2

30

nativos, exercícios com feedback, jogos e bate-papos que possibilitam que a

aprendizagem seja concreta, e a aquisição de L2 comprovada.

3.2.1 Do problema

Com a Internet, o acesso ao ensino/aprendizagem de LI está cada dia mais

fácil. Os sites, as comunidades virtuais e alguns programas de Língua lnglesa são

ferramentas que possibilitam a aquisição e aprendizagem autônoma de segunda

Língua. Mas, como a comunidade Livemocha impacta na aquisição de Língua

Inglesa na turma do 2º ano do ensino médio?

3.2.2 Do Objetivo Geral

Pode se afirmar que o objetivo geral deste trabalho é verificar a aquisição de

Língua Inglesa, com o aprimoramento das quatro habilidades a partir da inserção da

Internet e da comunidade Livemocha na turma do 2° ano do ensino médio. Visando

comprovar que é possível inserir as ferramentas telemáticas no ensino de LI e que a

partir delas, pode-se adquirir as habilidades necessária ao falante de LI, através de

interações com falantes nativos e a produção escrita com feedback de professores.

Esse objetivo contempla a capacitação da compreensão oral, escrita e gramatical.

3.2.3 Dos Objetivos Específicos

Listando os objetivos específicos pretende-se analisar a importância da

Internet no ensino de L2, bem como as vantagens de trabalhar com o Livemocha na

sala de aula ou nas atividades extracurriculares. A partir do Livemocha é necessário

conhecer como foi a participação dos alunos na comunidade e quais as experiências

de aprendizagem em relação às atividades individuais e a interação com os falantes

nativos, observando também o nível de aprendizagem e quais as perspectivas

futuras em relação à aquisição da língua.

3.2.4 Locus

O locus desta pesquisa é o Colégio Estadual Professora Olgarina Pitangueira

Pinheiro. Ele foi escolhido em função de possibilitar a aquisição de LI através da

comunidade Livemocha, além de criar um ambiente propício ao estudo: as

características institucionais e pedagógicas da escola permitem aulas diversificadas,

e como o Livemocha é uma atividade extraclasse e muitos dos alunos participaram,

Page 32: O uso do livemocha como ferramenta de ensino aprendizagem para aquisição l2

31

eliminam a necessidade de estudo experimental, na medida em que não se precisou

criar a situação necessária à pesquisa-ação, mas utilizou a realidade concreta dos

sujeitos.

Esta escola está localizada na Rua Maximiliano Madureira, n° 291, centro,

Conceição do Coité/Bahia. O CEPOPP tem aproximadamente mil (1000) alunos,

oriundos da zona rural e da sede do município, que estudam no Ensino Médio, EJA

e PROJOVEM durante os três turnos. Com vinte e quatro (24) professores

graduados e/ou com especialização, atuando cada um na sua área de formação.

A proposta curricular do colégio visa uma política de igualdade que incide em

trocas de conhecimento entre o educador e o educando, numa ação compartilhada

que mobiliza afetos, emoções, cognições e habilidades intelectuais para aprender e

ensinar conteúdos curriculares e condições básicas para o exercício da cidadania.

Observando as relações interpessoais entre corpo administrativo, professores

e alunos na escola, percebe-se que é uma convivência agradável, porém a

participação da comunidade educativa e da família dos alunos ainda é pequena.

3.2.5 Sujeitos

Os sujeitos dessa pesquisa são os alunos do segundo ano do Ensino Médio

do turno matutino da referida escola e a professora de Língua Inglesa Dalila Oliveira

de Araujo.

Como o 2° ano era uma turma atenta, que participava de todas as atividades

sugeridas, e faziam os trabalhos com muita responsabilidade, organização e porque

não dizer perfeição, a professora se sentiu empolgada e decidiu fazer atividades

extraclasses, dentro das possibilidades dos alunos, já que todos tinham acesso à

Internet e passavam a maior parte do tempo acessando. Esta para facilitar a

aprendizagem de LI de forma dinâmica e atual, sugeriu que os alunos criassem uma

conta no Livemocha e participassem das atividades propostas pela comunidade.

Como forma de avaliação os alunos enviavam via e-mail à professora que lhes

davam um feedback.

O objetivo da professora era que essa turma tivesse contato com falantes

nativos, além de fazer atividades como forma de diversão, unindo Internet (passa-

tempo) e aprendizagem de LI.

Por opção da pesquisadora, os sujeitos da pesquisa foram apenas os alunos

que participaram da comunidade. Por isso que esta turma foi escolhida e na análise

Page 33: O uso do livemocha como ferramenta de ensino aprendizagem para aquisição l2

32

de dados serão exemplificados quais os objetivos foram alcançados e os pontos

positivos e negativos dessa abordagem.

3.2.6 Instrumentos

Essa pesquisa buscou aferir no ambiente escolar como se dão as práticas de

ensino/aprendizagem de L2 mediante a análise dos documentos pedagógicos que

constituem o arcabouço de sustentação da prática pedagógica da instituição. Por

outro lado, foram aplicados 36 questionários: um a docente e 35 aos discentes, com

o intuito de perceber quais os resultados do uso da comunidade de aprendizagem

nesta turma. Segundo LAVILLE & DIONNE, 1999 (apud NONATO2006):

Para coletar informações a propósito de fenômenos humanos, o pesquisador pode, segundo a natureza do fenômeno e a de suas preocupações de pesquisa, ou consultar documentos sobre a questão, ou encontrar essa informação observando o próprio fenômeno, ou ainda interrogar pessoas que o conhecem. (p. 137)

Contudo, optou-se também pelo método de observação, tanto no dia em que

foi aplicado o questionário na sala de aula, quanto na comunidade de aprendizagem

Livemocha, pois esta possibilita visualizar as ações que os alunos realizaram e quais

atividades cada usuário participou.

“Usada como o principal método de investigação ou associada a outras técnicas de coleta, a observação possibilita um contato pessoal e estreito do pesquisador com o fenômeno pesquisado, o que representa uma série de vantagens”. (LÜDKE E ANDRÉ, 1986, p. 26)

As observações foram muito importantes para esta pesquisa, pois muitas

vezes o que os alunos falaram não estava exposto nos questionários, e as

atividades realizadas na comunidade demonstraram a participação dos alunos e em

quais atividades e a concretização do saber. Pois a mesma revela o nível de

aprendizagem em cada exercício, com percentagem de acertos e erros, além de

apresentar o nível no curso básico completo de cada usuário.

Além disso, para dar sustentação a este trabalho, foi elaborada uma

entrevista semi-estruturada a ser realizada com a Professora Dalila Araújo para

coletar informações exposto nesta pesquisa.

Page 34: O uso do livemocha como ferramenta de ensino aprendizagem para aquisição l2

33

4 ANÁLISE DE DADOS Esta análise é fundamentada na metodologia descrita no capítulo anterior, os

dados constantes desta pesquisa são submetidos à análise, embasado nos

pressupostos teóricos levantados no primeiro capítulo deste trabalho. Do ponto de

vista do procedimento de análise, os dados obtidos na pesquisa de campo foram

interpretados segundo o embasamento teórico apresentada neste trabalho, com o

objetivo de demonstrar e sustentar as conclusões que se extraem deste estudo.

Por isso, ao longo deste capítulo, podem-se perceber as características dos

sujeitos envolvidos, visando confirmar ou refutar o problema em questão, analisando

como a comunidade Livemocha impacta na aquisição de Língua Inglesa na turma do

2º ano do ensino médio.

Assim, optou-se por analisar primeiro o questionário da professora e em

seguida dos estudantes.

A primeira questão citada abaixo investiga os métodos utilizados na sala de

aula.

1. Quais os métodos que você usa para facilitar o ensino/aprendizagem de

L2?

“Além do material didático utilizo vídeos, músicas, áudios de textos e para motivar o aprendizado autônomo à comunidade de idioma Livemocha ”.

Essa resposta demonstra que a professora utiliza métodos diversificados,

para ter aulas dinâmicas e envolventes, além de motivá-los com metodologias que

estão presentes no dia a dia, a exemplo das tecnologias de informação e

comunicação que facilita o ensino/aprendizado de LI. Pois, ao utilizar as TIC na sala

de aula, o professor instiga seus alunos a descobrir informações novas que

contribuem para a sua formação constante, a qual possibilita ampliar a visão que

eles têm do mundo.

A próxima questão proposta foi: 2. Porque você adotou a comunidade

Livemocha como uma ferramenta para aquisição de Língua Inglesa?

“Por que acredito que as horas de aula de LI são pouco suficientes para o aprendizado/comunicação em Língua Inglesa”.

A inserção do Livemocha como ferramenta de aprendizagem, representa uma

estratégia adotada para motivar os alunos a aprenderem fora da sala de aula,

Page 35: O uso do livemocha como ferramenta de ensino aprendizagem para aquisição l2

34

mostrando que é possível aprender línguas de forma autônoma e dinâmica. Por isso,

ao optar pela comunidade Livemocha a professora facilita a inclusão de seus alunos

no mundo contemporâneo, além de oferecer novas formas de aprender,

proporcionando maior dinamismo e autonomia no processo de construção do

conhecimento.

As perguntas seguintes questionam sobre o Livemocha e o seu aprendizado.

3. Há quanto tempo você participa da comunidade de aprendizagem Livemocha?

Por quê? “Há mais de três anos, com o objetivo de aprimorar/melhorar a comunicação e o vocabulário em Língua Inglesa”.

4. Qual a importância do Livemocha para a sua aquisição de L2?

“Através do Livemocha pude melhorar bastante o inglês através dos recursos como: vocabulário, áudio e as 4 habilidades”.

Estes dados revelam que a professora busca atualizar-se, para melhorar as

habilidades que um falante de LI necessita, além de conhecer novos métodos que

poderão contribuir para a aquisição de L2 por seus alunos. Por isso, ela não parou

de usar essa comunidade, pois a interação com falantes nativos permite o

aprimoramento cada vez maior de seu conhecimento e habilidades comunicativas e

ainda possibilita que ela use o que sabe para ajudar quem ainda está aprendendo.

A aprendizagem através dessa comunidade é fácil e espontânea, pois cada

pessoa pode selecionar os caminhos que irá trilhar de acordo com seu interesse e

motivação. A aprendizagem se dá através de descobertas individuais, de solução de

problemas, dos erros e acertos, de acordo com a evolução de cada um.

Portanto, como foi citado anteriormente, faz se necessário que os professores

saibam usar as ferramentas, conhecendo seus prós e contras, para depois inserir na

sala de aula com propostas e espaços para inovar, inventar, criar atividades,

interligar com o conteúdo da maneira adequada, visando uma aula dinâmica e o

conhecimento proveitoso.

A última pergunta deste questionário, respondido pela professora, visa

conhecer os pontos positivos e /ou negativos alcançados com o Livemocha.

5. Com a inserção do Livemocha nas aulas de Língua Inglesa, o que mudou?

“Com a inserção do Livemocha, uma percentagem considerável dos alunos motivou-se pela aprendizagem do inglês e com a utilização dos recursos eles começaram a

Page 36: O uso do livemocha como ferramenta de ensino aprendizagem para aquisição l2

35

desenvolver o idioma e acredito que eles continuem praticando fora da sala de aula e consigam desenvolver a comunicação na Língua Inglesa”.

Essa resposta indica que a inserção do Livemocha foi uma metodologia

apropriada para a necessidade dos alunos, a partir do ponto de vista da docente,

pois nesta era de globalização o uso das ferramentas telemáticas como método de

ensino/aprendizagem vem confirmar que ensino e tecnologia estão interligados, e

que as potencialidades das TIC contribuem para que novos saberes sejam

alcançados, de maneira que o computador, a Internet, e muitos softwares e

hardwares estão substituindo os materiais didáticos tradicionais, como o giz, a lousa,

o livro, etc.

Porém, as TIC não substituem o professor, mas facilitam suas aulas, pois as

ferramentas telemáticas se transformam em abordagens que contribuem para o

ensino de L2, além de ampliar o papel do professor na educação e na sociedade,

como um profissional aberto as novas formas de ensinar e aprender, buscando

informações em diversos meios, adotando metodologias que estão presentes no

cotidiano dos alunos, porém com responsabilidade, consciência e autonomia.

A primeira questão respondida pelos alunos serviu para selecionar o público

alvo, a amostragem, confirmando se todos participaram da comunidade em questão.

1. Você participou da comunidade Livemocha? Todos os trinta e cinco (35)

alunos dessa turma responderam que Sim.

Gráfico 1: Você participou da comunidade Livemocha?

Page 37: O uso do livemocha como ferramenta de ensino aprendizagem para aquisição l2

36

Esta questão representa o público alvo desse trabalho já que o objetivo desta

pesquisa é conhecer os alunos que usam o Livemocha como ferramenta de

aprendizagem. Todos os alunos dessa turma participaram desta comunidade, porém

muitos alunos foram motivados porque a professora sugeriu atividades que seriam

avaliadas quantitativamente na sala de aula.

As comunidades virtuais estão influenciando e modificando as formas de

relação social, por isso que a professora adotou esse método. A comunidade

Livemocha foi uma maneira positiva de incentivá-los a aprender uma segunda língua

de forma atual, dinâmica e autônoma.

Na questão 2. Qual seu o nível de participação da comunidade Livemocha?

Analisando o questionário em relação ao nível de participação na comunidade, três

(03) pessoas responderam ótimo, dezenove (19) bom, onze (11) regular e duas (02)

ruim, conforme pode ser visto no gráfico 2.

Gráfico 2: Qual seu nível de participação na comunidade Livemocha?

Este dado reflete que a maioria dos entrevistados foram motivados por essa

metodologia de ensino/aprendizagem. Os alunos avaliam seu conhecimento como

proveitoso, afirmando que a comunidade Livemocha contribuiu para a elevação do

nível em relação à Língua Inglesa. Ao observar o gráfico percebe-se que o número

de alunos que optaram por bom equivale a 55% dos alunos, refletindo que este

método foi satisfatório. Pois o surgimento das comunidades virtuais reflete não

Page 38: O uso do livemocha como ferramenta de ensino aprendizagem para aquisição l2

37

somente características humanas como a necessidade de agremiação e o espírito

de grupo, que as pessoas já experimentam no mundo real, mas também o desejo

das pessoas de se libertarem do modelo de passividade reforçado pelo rádio e pela

televisão. As pessoas querem participar ativamente, opinar, contribuir. Por isso, este

resultado foi significativo e proveitoso para o ensino/aprendizagem de L2.

Expondo a pergunta seguinte: 3. Quais atividades você participou? As

respostas foram diversas em relação às atividades realizadas: sete (07) pessoas

participaram de todas as atividades proposta que eram: listening, speaking, reading,

writing e bate-papo, seis pessoas (06) realizaram 4 atividades, oito (08) alunos três 3

atividades,cinco pessoas (05) realizaram somente 2 atividades, e nove (09) pessoas

fizeram apenas uma atividade que foi proposta. esses dados estão exposto no

gráfico abaixo.

Gráfico 3: Quais atividades (listening, writing, speaking, reading and bate-papo) você participou?

Esse gráfico representa como os alunos participaram da comunidade e quais

atividades eles mais se identificaram, além de responder o interesse destes em

relação à Internet, pois mesmo acessando uma comunidade de aprendizagem, a

maioria das pessoas optou pelo bate-papo, pois a interação com outras pessoas de

outras cidades ou países facilita a aprendizagem e contribui para que a aquisição

seja efetiva.

Page 39: O uso do livemocha como ferramenta de ensino aprendizagem para aquisição l2

38

Segundo Castells: “A integração, no mesmo sistema, das modalidades

escrita, oral e audiovisual, interagindo a partir de pontos múltiplos, no tempo

escolhido, em rede global, muda de forma fundamental o caráter da comunicação”

(2002, p. 414).

A aprendizagem através desses recursos é natural, pois cada um pode

selecionar as atividades que mais se identificam e praticá-las segundo o seu

interesse. Assim, o Livemocha é uma ferramenta diária de comunicação, interação e

pesquisa, na qual os usuários aproveitam as informações nela contidas para

transformá-las em conhecimentos.

Quando perguntados sobre a questão 4. As atividades que você fez nesta

comunidade foram? As respostas foram importantes e significativas: dezessete (17)

alunos responderam que foram ótimo as atividades realizadas no Livemocha, quinze

(15) bom e três (03) regular, apresentadas no gráfico a seguir:

Gráfico 4: As atividades que você fez nesta comunidade foram:

Esses dados representam que muitos alunos gostaram de participar da

comunidade Livemocha, pois apenas três alunos disseram ser regular, enquanto que

o resto da turma aprovou a comunidade como boa ou ótima, comprovando que a

aprendizagem de L2 pode ser interessante com os meios tecnológicos.

As comunidades virtuais apresentam características marcantes como à

colaboração, a autoria, a interatividade e a conectividade que seduz os usuários

para o acesso diário e a participação efetiva. As comunidades virtuais de

Page 40: O uso do livemocha como ferramenta de ensino aprendizagem para aquisição l2

39

aprendizagem apresentam um novo suporte para que as pessoas continuem a se

comunicar, mas que de forma concreta ensinem e aprendam outras línguas.

Também foi questionado o nível de aquisição depois do Livemocha na

questão 5. Depois do Livemocha sua aquisição em relação à Língua Inglesa é: nove

(09) pessoas disseram que seus desempenhos foram ótimo, dezenove (19) alunos

afirmaram que foram bons, e 07 regular, como aponta o gráfico.

Gráfico 5: Depois do Livemocha sua aquisição em relação à Língua Inglesa é:

Essa resposta demonstra que a comunidade de idiomas foi muito importante

para os alunos. Considera-se que o Livemocha permite que a aquisição de L2 seja

constante, fazendo com que as habilidades sejam aperfeiçoadas, e o conhecimento

estimulado. Ao ensinar os alunos a buscar e processar informações armazenadas

na Internet e nas comunidades de aprendizado, os docentes contribuem para formar

cidadãos responsáveis pela construção de seu conhecimento e preparados para a

aprendizagem ao longo da vida. Esta comunidade permite que o aluno use a língua

alvo para se integrar numa comunidade autêntica de usuários, trocando experiências

com pessoas de qualquer parte do mundo que buscam aprender uma segunda

língua. A conectividade e a flexibilidade da Internet permitem que os usuários

desfrutem desta tecnologia de maneira diversas: as quatro habilidades podem ser

aprimoradas e o conhecimento adquirido.

Já na questão seguinte foi investigada a comunicação com falantes nativos de

língua Inglesa. 6. Você se comunicou com falantes nativos em Língua Inglesa?

Page 41: O uso do livemocha como ferramenta de ensino aprendizagem para aquisição l2

40

Dezenove (19) pessoas disseram que bateram papo com nativos e 16 disseram que

não. Podendo ser observado no gráfico a seguir.

Gráfico 6: Você se comunicou com falantes nativos em Língua Inglesa?

Esse dado é bastante significativo, pois a interação com nativos é o fator

principal dessa comunidade. Como todos sabem que o objetivo de quem participa é

aprender, não tem espaço para a insegurança e a falta de motivação, pois falar

inglês com alguém que sabe e está disposto a ensinar é o diferencial desta

comunidade, e por isso que o número de usuários cresce constantemente.

Porém, não se pode desconsiderar o número de usuários que não usou o

bate papo. Alguns disseram que o motivo foi devido à falta de interesse deles

mesmos e outros porque ficaram com receio de falar errado. Muitas vezes a não

tentativa impede que haja abertura para a interação e isso prejudica a aquisição e o

conhecimento de LI. Por isso, é necessário lembrar que o homem cria, recria e se

beneficia de suas próprias invenções e das demais colocadas na sociedade, e por

isso que as pessoas devem aproveitar as vantagens que os meios telemáticos

proporcionam, bem como o Livemocha.

A questão seguinte foi: 7. Os usuários e a professora corrigiram as suas

atividades?

Como todas as atividades poderiam ser enviadas para outros participantes da

comunidade corrigir, e também a professora Dalila solicitou que todos os alunos

enviassem as atividades para que ela fizesse a correção. Essa questão verificou se

Page 42: O uso do livemocha como ferramenta de ensino aprendizagem para aquisição l2

41

as atividades foram corrigidas? E por quê? Oito (08) alunos disseram enviaram para

que os aprendizes de inglês como L2 que participam da comunidade corrigissem e

os demais apenas para a professora.

Gráfico 7: Os usuários e a professora corrigiram as suas atividades?

Todas as atividades enviadas aos usuários da comunidade foram corrigidas,

bem como as pronuncias, a escrita e a fluência na língua. Estes usuários deixaram

um feedback das atividades, incentivando-os a continuar participando da

comunidade para aprender cada dia mais. Essa atividade avaliativa representa um

fator importante, pois os alunos recebem o feedback e corrige os erros de forma

espontânea, usando os pontos positivos para aperfeiçoar seu conhecimento a partir

da participação na comunidade. Os demais alunos disseram que só enviou para a

professora, na qual corrigiu todas as atividades, avaliando-os.

Essa forma de avaliação sugere o Livemocha como uma abordagem que

pode ser adotada para a sala de aula, pois esta comunidade está entre as atuais

possibilidades para que a educação e tecnologia andem juntas, pois à inclusão do

Livemocha é um meio de vincular o ensino às ações/relações cotidianas dos alunos.

Finalizando e avaliando o interesse dos alunos em relação a continuar usando

a comunidade sem a cobrança da professora. 8. Você vai continuar participando da

comunidade? Quatro (04) alunos disseram que não, e trinta e um (31) disseram que

irão continuar.

Page 43: O uso do livemocha como ferramenta de ensino aprendizagem para aquisição l2

42

Indagados o porquê dessa decisão, os alunos que não querem participar

responderam que por falta de tempo e outro porque o idioma falado é o inglês

americano e ele prefere o inglês britânico. Porém, os que responderam que sim,

enfatizaram a importância da comunidade para aquisição de L2, afirmando que é

uma prática necessária para aprender uma segunda Língua, sendo uma maneira

fácil, dinâmica e eficiente para aprimorar o inglês.

Gráfico 8: Você vai continuar participando da comunidade?

Esses dados comprovaram que o ensino de LI, com o auxílio da ferramenta

Livemocha, contribue de forma significativa para o ensino/aprendizagem de línguas.

Portanto, a participação na comunidade e a interação com pessoas de diversos

lugares, outras culturas, melhora o desempenho em relação à língua, pois este

contato com nativos facilita a aprendizagem, além de ser uma maneira divertida de

aprender inglês, que impulsiona os alunos a não desistirem da comunidade.

Como foi citado no primeiro capítulo, a possibilidade de conhecer pessoas

com interesses comuns e o intercâmbio cultural fazem do Livemocha uma

plataforma de aprendizagem muito rica para aqueles que desejam dar os primeiros

passos em uma nova língua. As ferramentas da Internet potencializam a interação

social, a capacidade de comunicar-se, o desenvolvimento do pensamento e o prazer

de aprender, permitindo ainda acompanhar a aprendizagem do aluno.

Page 44: O uso do livemocha como ferramenta de ensino aprendizagem para aquisição l2

43

Portanto, esses dados comprovam que a comunidade de aprendizagem

Livemocha é uma ferramenta fundamental para o ensino/aprendizagem de L2 e

pode ser adotava como uma abordagem de ensino por todos os professores de LI

que desejam ter aulas dinâmicas, com interação e comunicação, além de trabalhar

com as ações diárias dos alunos, no qual aprendem com suas práticas.

Page 45: O uso do livemocha como ferramenta de ensino aprendizagem para aquisição l2

44

5 CONSIDERACÕES FINAIS

Este estudo é de fundamental importância para o ensino/aprendizagem de

Língua Inglesa, na medida em que tratou das metodologias aplicadas no ensino de

L2 na turma do 2° ano matutino do ensino médio da escola CEPOPP, verificando o

uso do Livemocha como ferramenta de aprendizagem e constatando a eficiência

dessa comunidade para a aquisição de Língua Inglesa.

Considerando os problemas no ensino de Língua Inglesa nas escolas

públicas, vale salientar que a inserção da comunidade Livemocha foi uma

abordagem positiva que a professora usou para motivar os alunos a se interessarem

por uma segunda língua, incentivando-os a usar uma rede social para aprender, com

objetivos de adquirir as quatro habilidades que o falante de LI precisa, para mais

tarde se comunicar em outras línguas.

Este trabalho configurou-se como pesquisa qualitativa que permitiu o

conhecimento aproximado da realidade investigada. O desafio desta pesquisa era

conhecer a comunidade Livemocha e o seu impacto na aquisição de LI. Observando

os objetivos traçados, percebe-se que é possível inserir ferramentas tecnológicas

como abordagem de ensino, bem como comprovou que o uso do Livemocha

contribuiu para o aprimoramento das quatro habilidades necessárias ao falante de

LI, permitindo que os alunos compreendam a oralidade, a escrita, e posteriormente,

seja um ser bilíngue.

Com os resultados deste trabalho, conclui-se que a comunidade Livemocha é

uma ferramenta adequada para a aquisição de L2, pois todas as atividades expostas

na comunidade são pontos positivos que facilitam o ensino/aprendizagem e

estimulam a comunicação e interação.

Vale ressaltar que é necessário, em etapas posteriores, retomar esta

pesquisa em um plano mais profundo no que tange às implicações colaterais do uso

do Livemocha, pois essa amostra foi rápida e sucinta apenas para mostrar que

existe essa abordagem nessa escola e a importância dessa metodologia para o

ensino de Língua Inglesa.

O descompasso entre o semestre letivo da universidade (UNEB) e o ano

letivo nas escolas públicas de ensino médio prejudicou o ritmo desta pesquisa

empírica, pois não houve tempo para comparar a aquisição de LI dos alunos que

Page 46: O uso do livemocha como ferramenta de ensino aprendizagem para aquisição l2

45

participam dessa comunidade com os que não participam e, ainda, realizar esta

pesquisa em outras salas e outras escolas, o que permitiria um trabalho de talho

contrastivo galgado em um campo empírico mais largo para subsidiar a discussão

da temática.

Entretanto, esta pesquisa foi satisfatória e acredita-se que poderá contribuir

para que reflexões futuras sobre a temática proposta, além de sugerir uma

abordagem prática e atual, que dialoga com o universo em que os alunos estão

inseridos, caracterizado pela colaboração e conectividade, no intuito de otimizar a

apreensão do conteúdo e aprendizagem de L2.

Page 47: O uso do livemocha como ferramenta de ensino aprendizagem para aquisição l2

46

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ANEXOS

UNIVERSIDADE DO ESTADO DA BAHIA – UNEB

Page 50: O uso do livemocha como ferramenta de ensino aprendizagem para aquisição l2

49

DEPARTAMENTO DE EDUCAÇÃO – CAMPUS XI CURSO DE LETRAS-LICENCIATURA EM LINGUA INGLESA

Questionário para os Alunos

Nome: ____________________________________________________

1. Você participou da comunidade Livimocha? ( ) SIM ( ) NÃO

2. Qual seu o nível de participação da comunidade Livimocha? ( ) PÉSSIMO ( ) RUIM ( ) REGULAR ( ) BOM ( ) ÓTIMO

3. Quais atividades você participou? ( ) Writing ( ) Listening ( ) Reading ( ) Speaking ( ) Bate-papo

4. As atividades que você fez nesta comunidade foram: ( ) PÉSSIMO ( ) RUIM ( ) REGULAR ( ) BOM ( ) ÓTIMO

5. Depois do Livemocha sua aquisição em relação à Língua Inglesa é:

( ) PÉSSIMO ( ) RUIM ( ) REGULAR ( ) BOM ( ) ÓTIMO

6. Você se comunicou com falantes nativos em Língua Inglesa? ( ) SIM ( ) NÃO - Por quê? ______________________________________________________________________________________________________________

7. Os professores corrigiram as suas atividades? ( ) SIM ( ) NÃO - Por quê ______________________________________________________________________________________________________________

8. Você vai continuar participando da comunidade? ( ) SIM - Por quê? ( ) NÃO - Por quê? ___________________________________________________________

________________________________________________

UNIVERSIDADE DO ESTADO DA BAHIA – UNEB DEPARTAMENTO DE EDUCAÇÃO – CAMPUS XI

CURSO DE LETRAS-LICENCIATURA EM LINGUA INGLESA

Page 51: O uso do livemocha como ferramenta de ensino aprendizagem para aquisição l2

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Questionário para a Professora

Nome______________________________________________

2. Quais os métodos que você usa para facilitar o ensino/aprendizagem de

L2?

___________________________________________________________

___________________________________________________________

___________________________________________________________

________________________________________

3. Porque você adotou a comunidade Livemocha como uma ferramenta para

aquisição de Língua Inglesa?

___________________________________________________________

___________________________________________________________

___________________________________________________________

________________________________________

4. Há quanto tempo você participa da comunidade de aprendizagem

Livemocha? Por quê? __________________________________

___________________________________________________________

___________________________________________________________

____________________________________________

5. Qual a importância do Livemocha para a sua aquisição de L2?

___________________________________________________________

___________________________________________________________

_______________________________________________

6. Com a inserção do Livemocha nas aulas de Língua Inglesa, o que

mudou?

___________________________________________________________

___________________________________________________________

___________________________________________________________

___________________________________________