o uso da tecnologia no ensino de línguas

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  • 1. breve retrospectiva histrica Vera Lcia Menezes de Oliveira e Paiva

2. Quando surge uma nova tecnologia, a primeira atitude a de desconfiana e de rejeio. Aos poucos, a tecnologia comea a fazer parte das atividades sociais da linguagem e a escola acaba por incorpor-laem suas prticas pedaggicas. 3. Volumen Cdex Imprensa Computador 4. O aluno, na poca medieval, era proprietrio tanto do professor como do livro, mas somente o professor tinha acesso ao livro Aprenderumalngua significava aprender a sintaxe dessa lngua 5. Primeiro livro com figuras, destinado ao ensino de Latim. Acreditava- se que o aprendizado se daria a partir da contextualizao imagem/nome das coisas 6. Ao contrrio de Comenius, que defendia o uso do livro na sala de aula, havia educadores como Lambert Sauver que propunham sua proibio. Segundo Kelly (1969, p. 261), Sauveur advogava a proibio do livro nas escolas, pois acreditava que a sala de aula era local para ocupar os ouvidos. A funo do livro seria a de preparar os alunos para as aulas e deveria, portanto, ser usado apenas em casa. 7. Segundo Kelly (1969, p. 240), a grande revoluo no ensino de lnguas comeou com a inveno do fongrafo por Thomas Edson 8. Com a inovao tecnolgica de gravao e reproduo de som, foi possvel levar para a sala de aula material gravado,reproduzindo amostras de fala de falantes nativos O foco est na oralidade e buscava-se a imitao, a reproduo do que os nativos haviam gravado. 9. Walt Disney produz cartoons (1930) para o ensino de Ingls bsico. Inicia- se assim o uso de filmes para o ensino de lnguas. O gravador de fita magntica, na dcada de 40, permitiu que os alunos gravassem suas leituras e exerccios derepetioeavaliassem seu desempenho 10. Por volta da dcada de 50 criam-se laboratrios destinados ao aprendizado de Lnguas Estrangeiras seu fracasso pode ser atribudo no s a rigidez das instalaes, mas tambm aosprincpios lingsticos ede aprendizagem que lhe davam suporte: o conceito de lngua como conjunto de estruturas sintticas e de aprendizagem como criao de hbitos automticos 11. relevante registrar que o rdio, ainda que de forma tmida, , ocasionalmente, utilizado em estudos autnomos Dentre todas as tecnologias de udio e vdeo, incluindo o cinema, o rdio e a televisoforam asde maior socializao, mas seu impacto no ensino escolar formal, no entanto, no teve a dimenso esperada 12. Os canais educativos costumam veicular cursos de lnguas, mas assim como o rdio, geralmente, no atingem o ambiente escolar O livro ganhou a companhia do som e da imagem, oferecendo input menos artificial 13. Segundo Levy (1997), o ensino de lnguas mediado por computador teve inicio com o projeto PLATO (Programmed Logic for Automatic Teaching Operations), em 1960, na Universidade de Illinois 14. Storyboard um programa que permite reconstruir um texto, palavra por palavra, por meio de dicas textuais Adam&Eve permite que o professor use qualquer texto e o software faz a anlise do vocabulrio com base em dados de freqncia de palavras, indicando seu nvel de dificuldade 15. A tecnologia da informtica evoluiu rapidamente e o computador e seus perifricos, alm do correio e do telgrafo, passaram a integrar todas as tecnologias da escrita, de udio e vdeo j inseridas na sociedade: mquina de escrever, imprensa, gravador de udio e vdeo, projetor de slides, projetor de vdeo, rdio, televiso, telefone, e fax 16. A comunicao cada vez mais rpida, permitida por sites como o Orkut, ocasiona o contato de usurios no mundointeiro,possibilitando o interesse pelo uso da escrita e facilitando a aprendizagem de lnguas estrangeiras. 17. Rumo a normalizaoPennington (1996): a socializao dos computadorese seu uso na educao podem ser descritos em 7 fases: 18. Usados para clculos matemticos (elite); Alunos e professores (instituies deprestgio; Toda esfera educacional (pblica);4. Objeto de massa; 5. Maior acesso de educadores, mais presena nas prticas pedaggicas; 6. Crianas digitalmente letradas; 7. Acesso universal. 19. Bax (2003) prope sete estgios at a normalizao das atividades de ensino de lnguas mediadas por computador. Do primeiro ao stimo, apresenta a progressiva adeptabilidadedo computador, sedo que no stimo estgioo considera integrado em nossas vidas, tornando-se invisvel, normalizado. 20. No ensino de lnguas estrangeiras em universidades, as experincias se dividem em trs tipos: extenso, atividades curriculares e projetos opcionais. Pioneira na rea de extenso: Profa. Heloisa Collins (1997). Ana Silvia Ferreira: Surfing & Learning, elaborado por uma grande equipe sob sua coordenao. (de 1997 a 2002). 21. Collinse seu aluno de mestrado,Robert Wyatt (1997 e 1998),,planejaram o oferecimento doBusiness Writing on-line -Inglspara Negcios via Internet. NaUnicamp, Denise Bragacoordena, desde 2000, o projetoRead in Web. 22. Como atividade extracurricular, merece destaque o projeto Teletandem Brasil9 na UNESP, sob a coordenao de Joo Telles e que conta com parcerias de universidades noexterior. Finalmente, um dos pioneiros no desenvolvimento de material online no Brasil Vilson Leffa com seu sistema ELO10 (Ensino de Lnguas Online), um sistema de autoria para a produo 23. Concluindo Os governos tm feito empenho para universalizar o acesso tecnologia, mas as reaes ao computador ainda so fortes. Nunca houve tanto apoio governamental para a socializao de uma tecnologia como est acontecendo agora com o computador. 24. A histria da tecnologia no ensino de lnguas no poderia ser linear em um pas como o nosso onde as diferenas sociais impedem que tecnologias como o papel, o livro, e at a eletricidade esteja ao alcance de todos. 25. bem possvel que o computadorno chegue para todos, mas preciso tambm ter em mente quenem o livro e nem o computadorfaro milagres no processo deaprendizagem. 26. O sucesso da aquisio de uma lngua estrangeira depende da insero do aprendiz em atividades de prtica social da linguagem e, dependendo do uso que se faz da tecnologia, estaremos apenas levando para a tela os velhos modelos presentes nos primeiros livros didticos.