o trabalho infantil e o desperdício de alimentos

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TEMA: O desperdício de alimentos no Brasil e no mundo A Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO) advertiu, em estudo publicado em Roma (Itália), que os desperdícios com alimentos no mundo podem causar cerca de US$ 750 bilhões anuais de prejuízos. Pelo relatório, 1,3 bilhão de toneladas de alimentos desperdiçadas por ano provocam estragos no solo e no meio ambiente. O estudo alerta que o mau uso do lixo alimentar gera prejuízos também à qualidade de vida. Pelo relatório, 54% dos resíduos dos alimentos no mundo ocorrem na fase inicial da produção – na manipulação, após a colheita e na armazenagem. Os restantes 46% de prejuízos ocorrem nas etapas de processamento, distribuição e consumo de alimentos. Os produtos que se perdem ao longo do processo variam em cada região.

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Page 1: O trabalho infantil e O desperdício de alimentos

TEMA: O desperdício de alimentos no Brasil e no mundo

A Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO) advertiu, em estudo publicado em Roma (Itália), que os desperdícios com alimentos no mundo podem causar cerca de US$ 750 bilhões anuais de prejuízos. Pelo relatório, 1,3 bilhão de toneladas de alimentos desperdiçadas por ano provocam estragos no solo e no meio ambiente. O estudo alerta que o mau uso do lixo alimentar gera prejuízos também à qualidade de vida.Pelo relatório, 54% dos resíduos dos alimentos no mundo ocorrem na fase inicial da produção – na manipulação, após a colheita e na armazenagem. Os restantes 46% de prejuízos ocorrem nas etapas de processamento, distribuição e consumo de alimentos. Os produtos que se perdem ao longo do processo variam em cada região.

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Nos países em desenvolvimento, os maiores prejuízos ocorrem na fase após a colheita. A FAO recomenda que seja feito um esforço coletivo para orientar as colheitas e equilibrar a produção com a demanda.

Enquanto a fome ainda afeta uma em cada oito pessoas no mundo, um terço do que se produz não chega à mesa e engrossa o volume de lixo orgânico ainda sem destinação adequada.

No mundo, 1,3 milhão de toneladas de alimentos são perdidas ou desperdiçadas todos os anos, de acordo com a Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (ONUAA). Ao mesmo tempo em que a comida que se perde faz falta no prato de muitos – uma em cada oito pessoas passa fome no planeta – o desperdício contribui para agravar um outro tipo de problema: a produção de lixo urbano.

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Todos os anos, 7 milhões de toneladas de frutas e quase 6 milhões de toneladas de hortaliças produzidas no Brasil se perdem no caminho entre o campo e o consumidor final. Os dados são do setor de Agroindústria de Alimentos da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) e refletem um problema de escala planetária.

Os números brasileiros são apenas projeções da Embrapa. O químico Antonio Gomes Soares, doutor em Ciência dos Alimentos, conta que uma pesquisa feita entre 1997 e 2000 identificou os percentuais de perda na cadeia produtiva de frutas (30%) e hortaliças (35%), que geram estimativas sobre a produção atual no setor. Mas esses cálculos levam em conta apenas o que acontece antes de os alimentos chegarem ao consumidor final. Depois da compra no varejo, não existe qualquer projeção.

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Além da falta de estudos, o químico afirma que a diversidade cultural do país influencia na composição. O que ele assegura com certeza é o volume: 51,4% das 62 milhões de toneladas de lixo urbano produzidas anualmente no Brasil são resíduos orgânicos. Dados do vice-presidente da ABLP deixam clara a responsabilidade individual nessa cifra: “Em média, cada brasileiro produz por dia entre 750 gramas e um quilo de lixo doméstico.”

1,3 bilhão de toneladas, ou um terço da produção total de alimentos no mundo vai parar no lixo. Em termos de calorias, uma a cada quatro calorias produzidas são perdidas.

Enquanto isso, 870 milhões de pessoas passam fome e, a cada dia, mais de 20 mil crianças menores de 5 anos morrem de fome. Segundo a ONU, 26% das crianças em todo o mundo são consideradas raquíticas por desnutrição.

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Dos 1,3 bilhão de toneladas de alimentos desperdiçados, 44% é composto de frutas e vegetais, os produtos que mais vão pro lixo. Em seguida, aparecem raízes e tubérculos, compondo 20% das perdas; cereais com 19% e leite, com 8%.

O desperdício de comida significa também desperdício de recursos naturais, contribuindo assim para impactos ambientais negativos. Hoje, a produção global de alimentos ocupa 25% de toda a terra habitável do mundo. A quantidade de terras cultiváveis usada para produzir comida desperdiçada é equivalente ao tamanho do México.

A agricultura consome 70% de toda água usada no mundo. Mais da metade do desperdício de alimentos na Europa,

Estados Unidos, Canadá e Austrália ocorre na fase do consumo. Juntos, os países ricos são responsáveis por 56% de todo o desperdício.

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Enquanto nos países em desenvolvimento, cerca de dois terços da comida é perdida após a colheita e armazenamento inadequado. Melhorar a eficiência nessa etapa é fundamental pata reduzir as perdas.

Só nos Estados Unidos, 30% de toda a comida produzida no país é desperdiçada todos os anos, uma perda equivalente a 48.3 bilhões de dólares. Os segundos maiores componentes de lixões do país são resíduos orgânicos, que resultam na maior parte das emissões de metano.

Na África Subsaariana, onde muitos agricultores ganham menos que US$ 2 por dia de trabalho, as perdas econômicas associadas à pós-colheita ineficiente têm um valor estimado de US$ 4 bilhões.

Segundo a ONU, o mundo vai precisar de cerca de 60 por cento mais calorias dos alimentos em 2050 em comparação a 2006, se a demanda global mantiver sua trajetória atual de crescimento.

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Segundo a ONU, o mundo vai precisar de cerca de 60 por cento mais calorias dos alimentos em 2050 em comparação a 2006, se a demanda global mantiver sua trajetória atual de crescimento.

O desperdício de alimento no Brasil é estimado em 26,3 milhões de toneladas. Cerca de 10% desse total se perdem ainda no campo, outros 50% se dá no transporte e manuseio, e 10% da perda acontece na fase de consumo.

O link abaixo é um ótimo material sobre o desperdício de alimentos. É um vídeo do programa Globo Repórter. Deem uma olhada.

https://www.youtube.com/watch?v=WBFbLkD9F3s

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TEMA: O trabalho infantilO trabalho no Brasil é proibido para menores de 14 anos e, desta idade até os 15 anos, só é permitido na condição de aprendiz. Entre os 16 e 17 anos o trabalho é liberado, desde que não comprometa a atividade escolar e que não ocorra em condições insalubres e com jornada noturna.O UNICEF estima que cerca de 150 milhões de crianças com idades entre 5 e 14 anos, ou quase uma em cada seis crianças nessa faixa etária, estejam envolvidas em trabalho infantil nos países em desenvolvimento.De acordo com as últimas estimativas da Organização Internacional do Trabalho (OIT), 7,4 milhões de crianças na mesma faixa etária estão envolvidas no trabalho doméstico, que é desproporcionalmente realizado por meninas.

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A situação do trabalho infantil doméstico no Brasil pouco se alterou entre 2008 e 2011, de acordo com relatório divulgado pelo Fórum Nacional de Prevenção e Erradicação do Trabalho Infantil (FNPETI).

Enquanto o quantitativo de crianças e adolescentes na faixa etária entre 5 e 17 anos que trabalhavam caiu 17,9% nesse período, o número de casos de crianças e adolescentes ocupados no trabalho infantil doméstico diminuiu de 325 mil (2008) para 258 mil (2011) – uma redução de 67 mil casos. Em termos proporcionais, a redução foi de apenas 0,2 ponto percentual: de 7,2% em 2008 para 7% em 2011.

Esse número pode ser ainda maior. Em 2011, dos 3,7 milhões de crianças e adolescentes em situação de trabalho infantil, 57,5% – ou seja, 2,1 milhões de crianças e adolescentes – trabalhavam e ainda eram responsáveis pelas tarefas domésticas em suas próprias casas.

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Em 2011, do universo de 258 mil crianças e adolescentes (entre 5 e 17 anos) em situação de trabalho infantil doméstico que prestavam serviços para outras famílias, 102.668 (39,8%) estavam na Região Nordeste; 66.663 pessoas (25,9%), no Sudeste; 35.590 (13,8%), no Norte; 34.755 (13,5%), no Sul; e 18.015 (7%), no Centro-Oeste.

No mesmo período, os Estados de Minas Gerais (31.316), Bahia (26.564), São Paulo (20.381) e Pará (19.309) apresentavam os maiores números absolutos de crianças e adolescentes em situação de trabalho doméstico.

Apesar da redução do número de ocupados nos serviços domésticos no período de 2008 a 2011, de 325 mil para 258 mil, os Estados do Pará, Alagoas, Maranhão, Piauí, Rio Grande do Norte, Espírito Santo e Rio de Janeiro apresentaram aumento proporcional de crianças e adolescentes ocupados em atividades domésticas.

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Em 2011, 30 mil crianças e adolescentes em situação de trabalho infantil – ou seja, 11,56% dos 258 mil – viviam nas regiões metropolitanas de Salvador, Fortaleza, Distrito Federal, Belo Horizonte, Belém, Curitiba, Recife, Rio de Janeiro, Porto Alegre e São Paulo.

O trabalho infantil doméstico viola os direitos humanos de crianças e adolescentes à vida, à saúde, à educação, a brincar, ao lazer, e ainda acarretam prejuízos que comprometem o seu pleno desenvolvimento físico, psicológico, cognitivo e moral, definido como uma das piores formas de trabalho infantil no Decreto 6.481/2008.

A desigualdade social, a pobreza, os recursos naturais escassos, associado à falta de políticas públicas, tudo isso é apontado como causas do trabalho infantil.

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O Brasil, na tentativa de fazer frente a esse problema social, com ações efetivas, tem criado programas sociais específicos, como o bolsa-família, que busca criar condições para trazer suas crianças e adolescentes das ruas para suas casas e mantê-las na escola, dando suporte financeiro aos seus pais.

.O mapa do trabalho infantil, divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), revela que mais de 1.300 crianças estão no mercado de trabalho nas regiões Norte e Noroeste do estado do Rio. Em Campos dos Goytacazes, o número também é elevado: são 633 meninos e meninas sendo explorados.

De acordo com a pesquisa, nas duas regiões, pelo menos 8 mil crianças e adolescentes entre 10 e 17 anos já trabalham, algunss em serviços arriscados. O Ministério do Trabalho diz que fiscaliza os abusos. Pela legislação brasileira, os menores podem começar a trabalhar aos 14 anos como jovens aprendizes. Nesse caso, são capacitados e atuam em funções mais leves, também sendo remunerados.

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Abaixo, um documentário sobre o trabalho infantil no Brasil. Também um vídeo sobre o assunto. Assistam

https://www.youtube.com/watch?v=12bhboChEuI

https://www.youtube.com/watch?v=dCf_8uHR-Jw