o que as empresas precisam compreender sobre o...
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O que as empresas precisam cOmpreender
sObre O cliente
SERVIÇOSBENS
Maio-2018 / número 157
Revista da Federação do Comércio de Bens e de
Serviços do Estado do Rio Grande do Sul
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sumário
Revista Bens & Serviços / 157 / Maio-2018
Especial marketing Conhecer o público-alvo e definir o posicionamento é fundamental para os negócios
Entrevista maria Julia kováCsa psicóloga e professora da usP fala sobre o luto e questiona a distanásia
saúde De olho nelesConheça os sinais que devem servir de alerta para procura um oftalmologista
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[ 12 ] Equipesretorno ao trabalho / algumas ações podem garantir uma transição mais
suave para a empresa e para o funcionário que retorna de longa licença médica
[ 14 ] sesc teatro / montagens gaúchas percorrem diversos estados brasileiros dentro do
Circuito nacional sesc Palco giratório
[ 21 ] info+Chatbot / o que já existe e o que se espera dos programas de computador
desenhados para simular conversações com usuários humanos
[ 22 ] senacCaminho De suCesso / senac-rs é reconhecido no melhores em gestão,
originário do Prêmio nacional da Qualidade e eleito Destaque por suas práticas
[ 36 ] sindicatoDesafio / em prol dos associados, sindicato dos Centros de remoção e Depósito de
veículos do estado do rs (sindicrd) busca aumentar frequência de leilões
PRODUÇÃO E EXECUÇÃO: temática Publicações
EDiÇÃO: fernanda reche (mtb 9474)
ChEfE DE REPORtagEm: laura schenkel
REPORtagEm: Cláudia boff, Diego Castro e laura schenkel
COlabORaÇÃO: flávio obino filho, laís albuquerque, nathália lemes e rafael Pandolfo
EDiÇÃO DE aRtE: eduardo mello
REvisÃO: flávio Dotti Cesa
imagEm DE CaPa: ©istock.com/D3Damon
Publicação mensal do sistema fecomércio-rs federação do Comércio de bens e de serviços do estado do rio grande do sul
avenida alberto bins, 665 – 11º andar – Centro – Porto alegre /rs – brasil / CeP 90030-142
fone: (51) 3284.2184 – fax: (51) 3286.5677
www.fecomercio-rs.org.br – [email protected]
COnsElhO EDitORial: Júlio ricardo andriguetto mottin, luiz Carlos bohn e Zildo De marchi
assEssORia DE COmUniCaÇÃO: aline guterres, Camila barth, Caroline santos, Catiúcia ruas, fagner alves, fernanda romagnoli, liziane de Castro, luana Penteado e simone barañano
COORDEnaÇÃO EDitORial: simone barañano
[ 05 ] Palavra do Presidente [ 06 ] Notícias & Negócios
[ 17 ] Especialista responde
[ 25 ] Pelo mundo
[ 30 ] #Pausa
[ 31 ] Visão Trabalhista [ 32 ] Em Trâmite [ 33 ] Visão Tributária [ 34 ] saiba mais [ 38 ] Dicas do mês
PALAVRA DO PRESIDENTE
Luiz Carlos Bohn
Presidente do Sistema
Fecomércio-RS/Sesc/Senac
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Nós, empresários, precisamos estar atentos às transformações do varejo – que não são poucas – para tomarmos as melhores decisões nos nossos negócios e, dessa forma, prosperarmos. É visivelmente marcante a ascensão das compras por meio de dispositivos móveis, assim como as mudanças no comportamento do consumidor e nas decisões de compra estão cada vez mais aceleradas.
De acordo com um estudo internacional da Cognizant, empresa de serviços de tecnologia, os consumidores esperam até 2025 uma experiência perfeita ao comprar, que será realizada por meio de uma gama crescente de dispositivos conectados. A pesquisa indica também uma valorização cada vez maior do imediatismo e da conveniência. Em outras palavras, sal-tam aos olhos características como a falta de paciência e a crescente necessidade de resol-ver tudo rapidamente e, se possível, na palma da mão.
As mudanças são um pouco mais lentas no Rio Grande do Sul, devido a um perf il mais tradicional dos gaúchos, segundo Liliane Antunes Rohde, mestre em Marketing que foi en-trevistada para a reportagem especial desta edição. O texto aborda a importância de se conhecer o público-alvo e traz um levantamento do Instituto de Pesquisa de Opinião (IPO) sobre os tipos de consumidores do Estado.
NCOMPREEnDER O COnSuMIDOR
juLIAnA MOSCOfIAn/fECOMÉRCIO-RS
NOTÍCIAS E NEGÓCIOS
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TRÊS PERGUNTAS
Maria Beatriz Dal Pont é so-mellier de azeites de oliva, com formação pelo IRVEA, na Itália. Também comanda o restaurante Amada Cozinha, em Caxias do Sul.
Você é uma das únicas sommeliers de azeites de oliva no Estado. Como surgiu esse interesse?Experimentei azeite de oliva extravirgem de qualidade pela primeira vez em 2000, quan-do estagiei no International Culinary Institu-te For Foreigners (ICIF), na Itália. Foi paixão à primeira vista. A partir daí, passei a fazer cursos e degustar. Em 2016 concluí a minha formação junto ao IRVEA.
Como você vê esse mercado no RS?A produção está crescendo muito. Na última safra foram mais de 100 mil litros de azei-tes. Produzimos com qualidade comprovada, muito superior à dos azeites importados. Te-mos mais de 15 produtores com azeites ex-travirgem no mercado, os quais recomendo, pois são produtos puros, bem elaborados e com premiações internacionais.
Quais são os desafios de trabalhar no ramo alimentício?Conquistar os clientes; manter a qualidade dos serviços e produtos controlando cus-tos e encontrar mão de obra de qualida-de, entre outros. Os desafios são enormes, mas quando acreditamos que podemos fa-zer melhor sempre o retorno é certo.
SUbSTiTUição TRibUTáRiA SERá mENoS bURoCRáTiCA
Os contribuintes enfrentarão menos burocracia ao efe-tuar a apuração da restituição dos valores pagos a mais no imposto do regime de substituição tributária no RS. A novidade foi anunciada no evento Substituição Tribu-tária do ICMS – Cenário Atual e Perspectivas, realizado pela Fecomércio-RS em parceria com a Agas, em abril. O auditor fiscal da Receita Estadual Ernany Müller disse que a decisão do Supremo Tribunal Federal garantiu o direito à restituição. O governo pretende fornecer ao varejista a informação unitária, para que ele possa cal-cular o imposto a ser restituído ou complementado.
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foi o percentual de crescimento das atividades do comércio no primeiro trimestre de 2018, em
comparação com o mesmo período do ano passado. Os dados foram divulgados pela Serasa Experian e são
a maior alta para os três meses iniciais dos últimos cinco anos. Os segmentos com melhores índices foram o de
móveis, eletroeletrônicos e informática (12,4%), veículos, motos e peças (4,9%) e supermercados, hipermercados,
alimentos e bebidas (1,7%).
7,3%
BBC FOTOgRAFIAS/FECOMéRCIO-RS
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NOTÍCIAS E NEGÓCIOS
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No RS, GASTo médio No diA dAS mãES SERá dE R$ 171,27
A partir da Pesquisa de Dia das Mães 2018, a Feco-mércio-RS apresenta dados sobre uma das mais im-portantes datas para o varejo brasileiro. Este ano, os consumidores gaúchos pretendem desembolsar, em média, R$ 171,27 com a compra de presentes. Os homens pretendem gastar R$ 203,03, enquanto as mulheres devem pagar R$ 147,06. Pelo menos 30,7% dos entrevistados vão investir mais ou muito mais do que em 2017. Entretanto, 19,8% gastarão menos ou muito menos e 49,5% comprarão o mesmo val-or que no ano anterior. Os tipos de presentes mais citados foram vestuário (55,8%), perfumes e cos-méticos (21,6%) e calçados (12,7%), e o pagamento à vista será a modalidade escolhida por 78,7% dos consumidores. A pesquisa ouviu em março 385 pessoas das cidades de Porto Alegre, Santa Maria, Caxias do Sul, Ijuí e Pelotas.
FEComéRCio-RS lANçA AGENdA TRibUTáRiAPara informar sindicatos e empresas sobre suas principais obrigações tributárias e demais deveres mensais, a Fecomércio-RS lançou em abril a Agenda Tributária Eletrônica. O item oportunizará que os interessados saibam os prazos estipulados de acerto das obrigações, assim evitando multas por atraso e trazendo segurança e eficiência na gestão tributária dos negócios. Para acessar a Agenda Tributária, clique aqui.
©ISTOCk.COM/VADIMguzhVA
©ISTOCk.COM/VADIMguzhVA
43,6bilhões é a estimativa do global Industry Analysts Inc para o crescimento
de faturamento, até 2020, do mercado masculino de beleza. Nos últimos
cinco anos o nicho dobrou mundialmente,
e deve continuar crescendo 7,1% até 2019. Esse dado é reflexo dos novos comportamentos dos homens, que estão mais preocupados com fatores como higiene,
beleza, emagrecimento e rejuvenescimento.
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NOTÍCIAS E NEGÓCIOS
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ACERVo GRATUiTo dE imAGENS é diSPoNibilizAdo
Para promover os destinos brasileiros, o Ministé-rio do Turismo criou o banco de imagens MTur Destinos. Disponível no Flickr, o acervo reúne mais de 5 mil imagens que representam a cultura, a gastronomia, a arquitetura e a natureza de 169 cidades brasileiras. Os atrativos turísticos do Rio grande do Sul também estão disponíveis: são 300 fotografias de municípios como Porto Ale-gre, Bento gonçalves, Caxias do Sul, gramado, São Miguel das Missões e Torres, entre outros. O material é totalmente gratuito, tanto para download quanto para sua utilização.
JEFFERSON BERNARDES/DIVulgAçãO MTuR
anunciantes investiram em publicidade no Brasil em 2017,
conforme o estudo Retrospectiva & Perspectivas 2017, da kantar Ibope Media. O documento reporta que, entre os dez maiores anunciantes, quatro são da área farmacêutica,
setor que seguido da administração pública e social foi o que mais
cresceu no período, com 38% e 22%, respectivamente. Entre as localidades, São Paulo é a líder,
absorvendo 24,6% do montante utilizado em espaço publicitário, seguido de Rio de Janeiro e Belo
horizonte. Juntos, os três mercados recebem 38% de todo
o investimento de mídia do país.
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ENERGiA TERá bANdEiRA AmARElA Em mAio Em razão do fim do período chuvoso e do baixo nível das hidrelétricas, a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) definiu que a bandeira tarifária de maio será amarela. Dessa forma, a tarifa terá o acréscimo de R$ 1 a cada 100 kWh consumidos. Com a mudança, os brasileiros devem sentir uma diferença nos valores das contas de luz no final do mês, pois a bandeira em vigor anteriormente possuía a cor verde, em que não há cobrança adicional de energia elétrica.
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NOTÍCIAS E NEGÓCIOS
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TENdÊNCiAS iNdúSTRiA AUTomoTiVA ENFRENTA dESAFioS
A partir das mudanças no comportamento de consumo, as montadoras de veículos estão tendo que inovar para ven-der automóveis. um estudo realizado pela consultoria Bain & Company mostra que, além de desenvolver carros mais modernos e tecnológicos, o setor precisa atender melhor seus clientes. Entre os novos hábitos estão as pesquisas pela internet, pois 60% dos entrevistados procuram informações online e a ida até a loja depende de uma boa indicação. Em média, a compra é efetuada após duas visitas. Outros 30% confiam em análises de veículos online, que tem como di-ferencial facilitar a comparação entre as marcas. As conces-
sionárias são consideradas como fonte mais confiável para somente 26% dos compradores. Entretanto, mesmo com a web ganhando força, as compras ainda acontecem mesmo nos estabelecimentos físicos, pois apenas 2% dos respondentes adquirem totalmente pelas lojas virtuais. Outro fator que não mudou é a influência de amigos e familiares na decisão de compra, pois 44% costumam levar em consideração as recomendações recebidas por pessoas de confiança.
dE olho NoS jURoS
O Monitor de Juros Mensal divulga as taxas de juros de seis modalidades
de crédito à pessoa jurídica, coletadas pelo Banco Central junto
às maiores instituições financeiras do Brasil.
Clique aqui para acessar os dados de abril.
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bohN REElEiTo PARA SEGUNdo mANdATo NA FEComéRCio-RS
Em 2 de maio, luiz Carlos Bohn foi reeleito para seu segundo mandato como presidente da Fecomércio-RS. Concorrendo em chapa única, o empresário dá pros-seguimento à primeira gestão (2014/2018), agora para o período 2018/2022. O pleito confirmou também os no-mes dos novos integrantes da diretoria da Fecomércio-RS, tendo como 1º vice-presidente, Joel Vieira Dadda, vice-presidente f inanceiro, André luiz Roncatto, e vice-presidente administrativo, luiz Antônio Baptistella. “Te-remos a responsabilidade e o desaf io de enfrentar uma nova fase de transição da economia e do mundo de representação empresarial”, af irmou Bohn, que também presidiu – entre 2004 a 2010 – o Sindicato das Empresas de Serviços Contábeis (Sescon-RS) e, desde 2008, pre-side o Conselho Fiscal do PgQP. A eleição aconteceu na sede da Federação.
SAÚDE
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A cegueira atinge, atualmente, cerca de 1,2 milhão de pessoas no Brasil, sendo que 80% dos casos pode-riam ser evitados ou tratados, caso tivessem sido diagnosticados a tempo. Os dados do Conselho Brasileiro de Oftalmologia foram divulgados pela passagem do Abril Marrom, o mês de prevenção e combate às diversas espécies de cegueira. Se 85% da nossa comunicação com o mundo exterior se dá por intermédio dos olhos, a importância da pre-venção e do tratamento adequado aos males da vista não pode ser minimizada.
As def iciências oculares mais prevalentes no país são os ví-cios refracionais, mais conhecidos por miopia, hipermetropia,
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CuidAdOS pArA dAr nA viStA
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© iStOCk.COM/rOBert SrOB
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SAÚDE
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astigmatismo e presbiopia. porém, há doenças que requerem tratamento cirúrgico ou medicamento-so contínuo, como a catarata e o glaucoma, tam-bém de grande incidência. “Mais recentemente temos visto um aumento na incidência de doen-ças como a degeneração macular relacionada à idade e a retinopatia diabética, que também são de especial interesse devido ao seu potencial de evolução para cegueira irreversível”, conta o vi-ce-presidente da Sociedade de Oftalmologia do rio Grande do Sul, Caio Augusto Scocco.
Segundo o médico, muitos sinais devem servir de alerta para a procura do oftalmologista. Qualquer dificuldade visual deve ser avaliada, inclusive ur-gentemente, se a diminuição for aguda. “O mais importante a frisar é que, mesmo na ausência de sintomas, o exame oftalmológico completo é man-datório para o adequado diagnóstico e prevenção de doenças, pois existem algumas inicialmente assintomáticas.” A frequência preconizada para o exame oftalmológico para jovens e adultos em ge-
ral é anual, devendo ser mais intensa nos primeiros anos de vida e após os 65 anos de idade.
ultimamente, os profissionais observam que o olhar prolongado e diário para telas (tv, celular, tablet, computador) tem ocasionado a agudização da Síndrome do Olho Seco, cefaleias oftálmicas ou tensionais e os distúrbios por uso excessivo do foco para perto, como a miopização acomodati-va, entre outros sintomas de cansaço visual. “Ain-da não possuímos dados estatísticos para deter-minar se estes distúrbios, considerados menores, podem ocasionar alguma doença mais grave em um cenário de longo prazo”, afirma Scocco.
no rio Grande do Sul, há 929 especialistas na área cadastrados, segundo o censo do CBO de 2014. A relação oftalmologista/habitantes é de 1/12 mil, acima do mínimo preconizado pela OMS, de 1/17 mil. entretanto, dos 497 muni-cípios do estado, apenas 86 contam com os serviços desses profissionais.
reCOMendAçõeS iMpOrtAnteS
– Consulte seu oftalmologista regular-mente, pelo menos uma vez ao ano. ele é o profissional qualif icado para realizar diagnósticos, prescrever óculos, adaptar lentes de contato e prevenir doenças oftalmológicas potencialmente cegantes
– teste a visão de ambos os olhos em separado regularmente. Alterações recentes na acuidade visual devem ser avaliadas com máxima brevidade
– não utilize colírios sem prescrição médica
– não utilize óculos ou adapte lentes de contato sem prescrição e acompanhamento
– procure saber das doenças oftalmológi-cas presentes em sua família. Muitas pos-suem forte hereditariedade.
© iStOCk.COM/eMir MeMedOvSki
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O retorno ao trabalho do colaborador que se afas-tou em virtude de uma licença médica prolon-gada é um período de ansiedade e insegurança. ainda há espaço para ele na empresa? Será que conseguirá desempenhar suas funções como an-tes fazia? Essas e outras questões f icam no imagi-nário de empregado e empregador, num cenário que, normalmente, é de abandono. a maior par-te das companhias não realiza qualquer acompa-nhamento formal durante o afastamento e não dispõe de programas de acolhida para a volta. Nunca é tarde, todavia, para se adotarem boas práticas nessa seara.
a principal ferramenta para se utilizar em casos assim é a em-patia. Entender como o outro se sente, colocar-se nos seus
OacolHimENto No rEtorNo
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sapatos e tentar ajudar da melhor forma pos-sível é uma tarefa recomendável aos líderes e gestores. conforme o psicólogo luciano mace-do, que faz avaliações laborais na Psicoworkers e presta serviços para a rH Premium, uma po-lítica de acolhimento bem planejada deve co-meçar por um acompanhamento eventual do afastamento, com mensagens, telefonemas, pe-dido de notícias ou felicitações, no caso de uma licença-maternidade. “É preciso ter a noção de que, em geral, os afastamentos por doenças ou acidentes são indesejados”, lembra.
Detalhes fazem a Diferença
No momento de retomada das atividades, o colaborador precisa se sentir valorizado. Em primeiro lugar, porque é uma etapa geradora de grande ansiedade. Em segundo lugar, por-que o retorno é terapêutico e deve fazer parte
do processo de cura ou recuperação. a coach executiva da Harvard Business School, anne Sugar, utilizou sua própria experiência de pa-ciente de câncer no cenário corporativo para dar dicas. Ela chama a atenção para o impacto positivo de pequenos detalhes de boas-vindas, como receber a pessoa em sua chegada ou deixar flores na mesa de trabalho. um proces-so gradual de readaptação à jornada e aos pro-jetos em andamento também é outro conselho da especialista.
Dentro da equipe, o aconselhável é o gestor fazer uma reunião com os colegas e avisar a todos sobre a data de retorno de quem esteve afastado. a mensagem pode ir a questões mais específ icas da prática profissional, comunican-do quais alterações na rotina serão processadas e suas razões, estimulando o bom ambiente. o trabalhador que se ausentou para tratamen-to de lesões por esforços repetitivos (lEr), por exemplo, pode não ter mais a capacidade de realizar a mesma função, de modo que é pre-ciso sensibilidade dos gestores para realocá-lo, com flexibilização de carga horária por causa das sessões de f isioterapia.
HumaNização Do rH
algumas empresas já estão instituindo se-tores de humanização em seus recursos Humanos, de modo a reduzir a postura burocratizada nas relações. “Nos hospitais, onde as pessoas sofrem muito por estresse, o processo está mais desenvolvido, o que chamamos de cuidar dos cuidadores”, ex-plica macedo. Segundo diz, é comum que trabalhadores procurem auxílio psicológico após uma ausência prolongada, porque na volta enfrentam um ambiente laboral des-sensibilizado ou hostil, ou tiveram essa per-cepção de forma errônea devido à falta de acolhimento.
coNfira aS DicaS Do PSicóloGo
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Mudar hábitos requer vontade, disciplina e continuida-de. incentivando a prática de exercícios para uma vida mais ativa e prazerosa, o sistema Fecomércio-rs/sesc realiza o dia do desafio. entre a zero hora e as 20h de 30 de maio, a população é convidada a realizar por pelo menos 15 minutos consecutivos alguma ati-vidade física. Mas desta vez, os confrontos saudáveis, realizados entre as cidades, serão ampliados. “eles se tornam permanentes por três anos, para dar conti-nuidade às atividades e ao contato entre os municí-pios participantes”, afirma a coordenadora estadual do evento, Melissa stoffel.
Por meio da novidade, segundo ela, o sesc busca incentivar a troca de informações sobre projetos na área esportiva e de
M
dia do desaFio é aMPliado
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lazer entre os municípios. além disso, será acrescido o desaf io Cidade + Cidade, no qual so-mam-se os resultados dos dois municípios que competirem entre si, que serão ranqueados dentro da sua categoria. esse percentual de mobilização será fechado a partir de um cálculo feito pelo sesc-sP. “o sesc será o mediador e incentivador des-ta comunicação, sendo de res-ponsabilidade das Prefeituras a continuidade. Queremos que, ao longo dos anos, elas se in-centivem a melhorarem a clas-sif icação”, frisa a profissional.
as programações estão sendo planejadas e de-finidas pelas unidades do sesc junto aos municí-pios. Para o lançamento estadual, que será em 15 de maio, Melissa conta que já está confirmada a participação do atleta e medalhista olímpico vanderlei cordeiro de lima. ele foi bronze em atenas, em 2004, e ganhou também a medalha Pierre de coubertin. a distinção é concedida pelo comitê olímpico internacional àqueles que demonstraram elevado grau de esportivi-dade e espírito olímpico durante a disputa dos Jogos. o sorteio dos municípios que irão inte-grar o confronto saudável está previsto para ser efetuado em 7 de maio, em são Paulo.
Solidariedade
No rio grande do sul, a data também será marcada pela mobilização das unidades do sis-tema Fecomércio-rs/sesc para a Arrecadação de calçados esportivos. “com certeza será uma ferramenta de incentivo à prática da atividade física”, expõe Melissa. ao longo do mês de maio, a campanha busca a doação de tênis e chuteiras
para crianças e adolescentes, com o propósito de auxiliar alguma instituição social do estado. “cada cidade terá os seus pontos de arrecada-ção, e o que for recolhido ficará na própria loca-lidade para entidades e projetos que incentivem a prática esportiva”, reforça a coordenadora.
tradicionalmente, o estado tem um histórico de ser o segundo com maior número de cidades participantes, e desde 2011 alcança mais de 90% dos municípios gaúchos. “temos como meta no mínimo manter este índice. a mobilização do dia depende sempre muito do clima, que no rs é um fator de dificuldade pelo período de frio e muitas chuvas que ocorrem nessa época do ano.”
a iniciativa é realizada por voluntários, através de entidades, ongs e equipes das Prefeituras. “o dia do desafio é o momento de plantar a sementi-nha do bem. Pela visibilidade que a data propor-ciona, conseguimos identificar muitos projetos e pessoas que dedicam muito do seu tempo para esta prática e com certeza fazem a diferença”, conclui Melissa.
Marcos NagelsteiN/divulgação sesc-rs
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aldeia SeSc capilé eM São leopoldoatrações teatrais, circenses, musicais e de dança têm en-trada gratuita na 13ª aldeia sesc capilé no sítio Histórico Museu do trem, em são leopoldo (r. lindolfo collor, 40), e estão no 21º circuito Nacional Palco giratório sesc.
NovaS etapaS do circuito SeSc de corridaSas próximas provas do circuito sesc de corridas 2018 ocorrem em rio grande e Porto alegre. Há categorias adulto (3km, 5km e 10km) e infantil com 1km (10 a 12 anos) e 2km (13 a 15 anos). inscreva-se pelo site ou junto às unidades do sesc-rs.
13º FeStival palco Giratório eM porto aleGreMais de 50 espetáculos e 100 sessões artísticas tomam conta da capital gaúcha na 13ª edição do Festival Palco giratório sesc/Poa. teatro, dança, circo, música, cinema, artes visuais e diversas ações formativas integram a programação, que pode ser conferida por aqui.
Seleção para a eScola SeSc de eNSiNo MédioÚltimo dia para se inscrever a vagas na escola sesc de ensino Médio, no rio de Janeiro. Há bolsa de estudo integral para despesas de instrução, alimentação e mate-rial escolar. Basta concluir o ensino Fundamental até dezembro e ter nascido entre 1º/01/2003 e 31/12/ 2005. confira edital e inscrições por aqui.
eNvio de artiGoS para a reviSta educaSeScconteúdos e experiências educativas inovadoras sobre educação, sustentabilidade, envelhecimento humano, esporte e lazer podem fazer parte da revista educasesc. o envio de artigos e relatos deve ser feito para o e-mail [email protected]. as regras estão no site da publicação.
ira Faz Show eM caraziNhoo projeto ira! Folk, de edgard scandurra e Nasi, apresenta os maiores clássicos da banda, a partir das 22h, no Biersite, em carazinho (av. Flores da cunha, 777). a atração do sesc carazinho (av. Flores da cunha, 1224) tem ingressos que vão de r$ 15 a r$ 35.
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Aureo Villagra
CEO da Goldratt
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ESPECIALISTA RESPONDE
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Por que demitir Pode não ser a melhor estratégia?
divulgação/goldratt Consulting Brasil
ParticiPe você tem alguma dúvida específica sobre uma área da sua empresa, uma tecnologia que gostaria de
implementar ou quer saber como proceder em uma determinada situação? mande a sua pergunta para esta seção pelo e-mail [email protected] com “especialista responde” no assunto.
Aureo Villagra algumas vezes o corte de custo é realmente necessário, mas, na maioria delas, focar apenas na redução de despesas não é a melhor estratégia. o segredo é criar valor para a empresa, hoje e no futuro. quan-do o caixa da companhia está comprometido não há liberdade de manobra. se não é o caso, a decisão deve ser muito bem pensada.
Cortar custos de forma linear, especialmente com reduções de pessoal, normalmente afeta a capacidade do negócio em entregar valor. de uma forma ou outra, a organização reduz seus serviços, sua flexibilidade ou sua agilidade em servir seus clientes. em uma situação de crise
generalizada, seus clientes provavelmente tam-bém estão em um ciclo de demissões e corte de despesas, muitas vezes precisando mais ain-da da ajuda de seus fornecedores, mais serviços, flexibilidade e velocidade. Por outro lado, seus concorrentes provavelmente também reduzi-ram quadros e não estão prontos para ofere-cer mais serviços. nessa situação, o gap entre a necessidade de valor e a oferta de valor tende a aumentar, criando uma grande oportunidade para se ter uma vantagem competitiva. o ideal é transformar o momento em uma oportuni-dade e não aumentar ainda mais o problema com decisões focadas em curto prazo. é o mo-mento de prestar atenção na nova realidade.
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entrevista [ Maria Julia Kovács ]
18revista Bens & serviços / 157 / Maio-2018
fotos: divulgação/usp
O que é a conspiração de silêncio?
É quando não há comunicação sobre o que de fato está aconte-cendo: ou não se fala ou se fala de outro assunto que não é o mais importante. o conceito se baseia na crença de que falar sobre morte traz sofrimento; então, se finge que nada aconteceu. a con-sequência é que a comunicação fica truncada, o paciente pode se sentir isolado e não compreendido, e os familiares, constrangidos.
A aproximação da morte pode ser encarada como uma busca de sentido da vida?
vale ressaltar que não existe uma maneira geral de os seres hu-manos serem. tem gente com doença em estágio final que não
precisamos falar sobre o luto
leia em 5 minutos
maria Julia Kovács coordena o laborató-rio de estudos sobre a morte, na usp. sua formação em psicologia está atrela-da a esse tema desde sua dissertação de mestrado, defendida em 1985 na mesma universidade. Hoje ela é professora do instituto de psicologia da instituição e autora de livros que abordam o assunto, que virou tabu sobretudo nos séculos 20 e 21. na entrevista a seguir, a pesquisa-dora questiona a distanásia e fala sobre as consequências do que ela intitula etiqueta do luto. “enfrentar perdas é um processo universal, mas a maneira de fazê-lo é muito singular.”
entrevistAdA pOr: laura scHenKel
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entrevista [ Maria Julia Kovács ]
revista Bens & serviços / 157 / Maio-2018
quer pensar em nada, não quer conversar, quer ficar sozinha ou está revoltada. para outros, o avanço da doença pode trazer um desejo de ressignificação da vida, de compreender o que aconteceu, necessidade de rever relações, aprofundar questões. para quem tem esse desejo, é importante que seja possibilitado colocá-lo em prática.
Como o tema pode ser abordado com as crianças?
as crianças fazem parte da família. Quando alguém próximo ou conhecido morre, é uma opor-tunidade de explicar que da morte não há volta e que acontece com todos. os sentimentos devem ser compartilhados, e não escondidos. na minha opinião, elas podem e devem participar de rituais junto com a família, o que inclui ir ao velório e ao enterro, claro, sempre acompanhadas de um adulto familiar. se ela ficar muito assustada, deve-se explicar a situação. Como diferenças culturais e de crença influenciam a interpretação da morte?
a cultura influencia a forma de lidar com o tema. por exemplo, no méxico, é festejado no dia dos mortos. Quando considero como evolução, o pesar pela perda é combinado com o festejo por essa nova etapa. na cultura ocidental, é visto como finitude e traz pesar e tristeza.
O que é o luto e como é possível auxiliar alguém que passa por ele?
É um processo natural da existência humana, de elaboração das perdas. o principal é cuidar do so-frimento estando presente e disponível para aten-der às necessidades do enlutado. cada um pode ter a sua maneira de elaboração das perdas, formas próprias ligadas a experiências já vividas, história de vida, com a família da qual ela faz parte, a comu-nidade na qual ela vive, características de persona-lidade. enfrentar perdas é um processo universal, mas a maneira de fazê-lo é muito singular.
Quais são os outros tipos de luto, além da morte?
o conceito compreende também a elaboração de perdas de situações significativas na vida de uma pessoa, como a separação. o adoecimento tam-bém causa várias perdas, como a da saúde, even-tualmente do trabalho, de situações de lazer, de relacionamento, mesmo que não haja óbito. Hoje em dia a perda de animais de estimação também é considerada algo que tem que ser cuidado. nesse
20revista Bens & serviços / 157 / Maio-2018
entrevista [ Maria Julia Kovács ]
contexto, o que importa é que essa perda de pes-soa ou situação seja significativa para o sujeito.
Qual é a importância de alguém viver o luto pela perda de alguém querido?
ele é natural do existir humano. se não está ocor-rendo, algum fator está interferindo, mas, ressalto, há muitos que não expressam isso. a sociedade, em geral, tem o que eu chamaria de etiqueta de luto. segundo essas normas, quem perdeu um ente queri-do deve se manifestar emocionalmente de uma cer-ta maneira, depois não deve mais. É uma cobrança muito grande em cima do enlutado, extremamente danosa. cada um deve ter a sua possibilidade de ex-pressar o luto da maneira que se sente melhor.
no caso de óbitos súbitos, a experiência é diferente?
nesses casos, o principal problema é que não há aquele preparo anterior, o que pode causar uma situação de um desespero maior. É diferente de quando você tem alguém com doença em estágio avançado e você já está acompanhando a situação. entretanto, não posso dizer que uma é mais pesada que a outra. para alguns, saber que alguém morreu rapidamente e sem sofrimento pode ajudar na elaboração. a outros, pode ficar um questionamento de que não teve chance de se despedir e que ficaram coisas por falar. É um pouco distinto quando é algo que já vem se desenrolando há algum tempo, mas, claro, não quer dizer que não se entra em choque depois da perda de alguém mesmo após longo tempo de enfermidade. no caso de pacientes com doença agravada, quando se tem um vínculo forte, muitas vezes já no diagnóstico ou durante o tratamento, com a piora da doença, começa o luto, tanto porque já existem perdas que são signif icativas para o paciente e para os familiares quanto pela possibilidade da morte que se configura como mais próxima. por que a senhora questiona a distanásia?
Quando você tem um procedimento que só prolonga o estado em que o paciente está e não traz ne-nhum benefício, e, pelo contrário, traz sofrimento, você está na perspectiva da distanásia. ela acontece com maior frequência hoje em dia por várias razões: desenvolvimento tecnológico, possibilidade de tratamentos sofisticados e por razões econômicas, entre outros. ocorre também porque, em alguns casos, os profissionais consideram que aquele é o melhor tratamento, quando não é. essa avaliação é muito importante. Quando um procedimento é adequado porque ele pode trazer um alívio de sintomas, um bem-estar, então se justifica. mas se apenas mantém o status quo à custa de sofrimento, é discutível. Hoje há uma forte discussão ética sobre o tema.
info+ [ chatbot ]
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Troque uma ideia com o robô
aceiTação para compras
Uma pesquisa da consultoria PointSource mostra que, em 2017, 54% dos consumidores utilizaram aplicações envolvendo Inteligência Artificial em algum
momento da jornada de compra. A pesquisa também perguntou se o auxílio de um assistente robô os faria comprar com mais frequência, e metade (49%) dos
entrevistados respondeu que sim.
Os chatbots são programas de computador desenhados para simular conversações com usuários humanos, especialmente pela internet, por meio de avatares ou não. A medicina, a psicologia, a
educação, o jornalismo, as finanças, o marketing e as vendas já estão percebendo as vantagens de se trabalhar com robôs, que oferecem até mesmo curadoria de conteúdo. Em 2015, este mercado foi avaliado em US$ 113 milhões. Com a previsão de seu crescimento, calcula-se que a ferramenta
representará um valor de US$ 994 milhões em negócios no ano de 2024.
aTendimenTo 24/7
Uma das maiores vantagens dessa
tecnologia para o varejo é a possibilidade de
atendimento 24 horas ao dia, sete dias por
semana. Manter uma equipe numerosa de
funcionários para isso pesa no orçamento. O desafio
pode ser encarado com o uso de chatbots,
que não descansam nunca e trabalham ininterruptamente,
fornecendo respostas e soluções em tempo real,
de forma direta.
Humanização acelerada
O ano de 2017 foi marcado por esforços de humanização dos chatbots por parte das empresas, cujo intuito é apenas um: estreitar o relacionamento do consumidor com a marca, ao tornar o atendimento virtual mais parecido com o contato humano. Não basta somente oferecer suporte online, é necessário munir todo o sistema com um apoio personalizado, que fique bem distante de algo frio ou impessoal.
queda dos apps
Um estudo realizado pela Gartner mostra que até 2019, 20% das marcas abandonarão seus aplicativos móveis devido ao excesso de aplicativos e ao alto custo com manutenção e suporte. Quem ganha espaço com isso são os robôs de atendimento omnichannel. Talvez seja exagero, mas há pesquisas afirmando que, até 2020, as pessoas conversarão mais com os chatbots do que com seus cônjuges!
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N os últimos anos, o Senac-RS tem conquistado prê-mios cada vez mais importantes em sua caminhada rumo à excelência. Em 27 de março, em São Paulo, a instituição ficou entre as 11 organizações reconheci-das pelo Melhores em Gestão, uma remodelação do tradicional Prêmio Nacional da Qualidade, promovi-do pela Fundação Nacional da Qualidade (FNQ).
As corporações foram avaliadas por um sistema dividido em oito fundamentos, incluindo liderança transformadora, desenvolvi-mento sustentável e orientação por processos. Com base nessa pontuação e nas melhores práticas, três receberam também o troféu Destaque, entre elas, a instituição gaúcha. “Isso é fruto de
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ColECIoNANDo CoNQuIStAS
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Revista Bens & Serviços / 157 / Maio-2018
©IStoCk.CoM/SoDAFIShum trabalho de longo prazo. Aderimos ao Progra-ma Gaúcho da Qualidade e Produtividade em 2003, passando a adotar práticas e ferramentas de gestão para atingir a excelência em gestão”, aponta o diretor regional do Senac-RS, José Paulo da Rosa. os processos adotados permitem o monitora-mento de indicadores e a realização de análises críticas para identificação constante de oportu-nidades de melhoria. uma das certificações que colaboraram nesse processo foi a ISo, que a ins-tituição tem desde 2004.
CamiNhada de suCesso
A distinção é muito celebrada, e não é para me-nos: o Senac-RS é a única instituição de educação do país a receber a láurea em toda a história da FNQ. “levando-se em consideração as dificulda-des que o brasil tem no que tange à qualidade da educação e à necessidade que existe de melhorá-la, acredito que nós mostramos que é possível ter excelência de gestão em uma instituição edu-cacional”, contextualiza.
No ano passado, o Senac-RS tornou-se a primeira instituição de ensino do brasil a receber o Prêmio Ibero-Americano da Qualidade, honraria máxima à excelência em gestão da Ibero-América, promovido pela Fundación Iberoamericana para la Gestión de la Calidad. Ao todo, 22 países participaram do pro-cesso de avaliação. “Desenvolvemos um modelo de plano estratégico que é muito elogiado e uma série de outras ações que se consolidaram e nos permi-tiram atingir bons resultados. Ao longo do tempo, tudo isso permitiu que em 2016 nós recebêssemos o Prêmio Nacional da Qualidade, em 2017 o Prê-mio Ibero-Americano da Qualidade e agora em 2018, o Melhores em Gestão e o troféu Desta-que”, ressalta o diretor. Segundo Rosa, o conjunto de ações provoca uma mudança organizacional, essencial para todas essas conquistas: “Não con-seguimos atingir bons resultados se as pessoas não
estiverem comprometidas e partícipes desses pro-cessos. todas as partes interessadas têm que per-ceber o valor dessas ações”.
Com o Prêmio Ibero-Americano da Qualidade e as marcas conquistadas no Melhores em Gestão, o próximo objetivo é pontuar ainda mais no prê-mio nacional. “Não existe hoje no mundo nenhum reconhecimento acima desses que nós conquista-mos. Chegamos ao ápice. Mas isso não quer di-zer que somos perfeitos”, avalia. “Neste modelo de excelência de gestão que permite chegar a mil pontos, estamos com 720, e podemos alcançar mais 280. é para isso que trabalhamos: melhorar ainda mais o que fazemos.”
ÁREAS AvAlIADAS
Confira os oito fundamentos do Melhores em Gestão:
– liderança transformadora
– Compromisso com as partes interessadas
– Desenvolvimento sustentável
– Pensamento sistêmico
– Adaptabilidade
– orientação por processos
– Aprendizado organizacional e inovação
– Geração de valor
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em Torres, Workshop Beleza & NegóCioso Workshop beleza & Negócios será realizado às 20h na avenida General osório, 146, em torres. o evento é gratuito e aberto à comunidade. Informações no site do Senac torres.
CoNheCeNdo o muNdo Com o seNaCvocê gostaria de estudar no exterior? A palestra Do Senac-RS para o mundo! vai abordar as possibilidades de intercâmbio oferecidas pela instituição. o evento, gratuito para alunos e ex-alunos, será realizado no Senac Centro histórico (R. Pinto bandeira, 292), em Porto Alegre, das 11h às 12h30min.
ofiCiNa de NegóCios para Cidades iNTeligeNTeso Senac Santa Cruz do Sul promove, em sua sede (R. venâncio Aires, 300) às 19h, a Oficina de Negócios para Cidades Inteligentes. o ministrante será luiz henrique Rauber Rodrigues, orientador de Educação Profissional da escola, com foco em programação. Inscrições online.
iNauguração seNaC gesTão & NegóCioso Senac Floresta tem grandes novidades: novo nome e endereço. Agora chamado Senac Gestão & Negócios, ele será inaugurado às 9h, no Shopping total (Av. Cristovão Colombo, 545, Prédio 1, 3º andar), em Porto Alegre. Informações pelo site ou pelo telefone (51) 3286-4008.
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Camaquã reCeBe maraToNa sTar WarsEm alusão ao Star Wars Day, o Senac Camaquã promove uma maratona de filmes da saga. voltado a alunos e convidados, o evento começa às 19h e acaba no dia seguinte, na avenida Marcírio Dias longaray, loja 01.
feira de oporTuNidades Nas esColas do seNaC-rso Senac-RS promove a 13ª Feira de oportunidades, voltada à qualificação profissional e ao mundo do trabalho com o tema Você e a chance de mudar de vida. Vai dar Match. Palestras, incluindo a de Max Gehringer, cursos, ofici-nas e workshops integram a programação, que é gratuita. o evento aconte-cerá em todas as escolas e unidades do Estado. Saiba mais clicando aqui.
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Museu celebra o fracassoO Museum of Failure é um projeto itinerante, inau-gurado em 2017, cujo acervo é formado por pro-dutos que não deram certo. Instalado até 2019 em Hollywood (EUA), o espaço apresenta mais de 80 casos de fracassos totais, não apenas em vendas como em conceito de desenvolvimento de mer-cadoria, como o Newton da Apple, o perfume da Harley-Davidson, a lasanha da Colgate, o jogo do Donald Trump, a caneta Bic para mulheres, o formato Betamax e a New Coke. Segundo os orga-nizadores, a intenção da iniciativa é celebrar a criatividade, experi-mentação e ousadia.
©ISTOCk.COM/COOpErr007
DIvUlgAçãO/MUSEUM OF FAIlUrE
seMáforos inteligentes eM Joinville (sc)A Associação Brasileira de Internet Industrial e a prefeitura de Joinville (SC) irão testar o uso de semáforos inteligentes. Os semáforos tradi-cionais serão convertidos em Sistemas de Transporte Inteligente (ITS) com o uso de câmeras térmicas de tráfego, tecnologia inédita no Brasil. O sistema permite a detecção de pedestres, ciclistas e automóveis com 100% de precisão, sem interferência de chuvas, neblinas ou quaisquer condições climáticas. A solução-piloto está sendo executada durante o primeiro semestre. As câmeras coletam dados como fluxo de veícu-los e pedestres, permitindo ajustes autônomos de intervalos.
EM gAlErIA, vEJA
AlgUNS DOS
FrACASSOS
cidades a ponto de ficar seM água
A Cidade do Cabo, na África do Sul, não é o úni-co lugar que está perto de ficar sem água. Usando uma nova plataforma que mapeia as dinâmicas po-líticas, sociais e ambientais de cada área, o World resources Institute encontrou quatro outros lo-cais com problemas semelhantes: Casablanca, no Marrocos, Buendía, na Espanha, gujarat, na Índia, e Mosul, no Iraque. Os reservatórios de água des-ses locais tiveram mais de 60% de sua capacida-de reduzida o longo dos últimos anos, colocando populações inteiras sob risco. A falta desse bem é uma das principais causas de migrações no plane-ta, de acordo com a entidade.
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texto:
Cláudia Boff
E ntender o consumidor é um grande desafio, de-vido às suas múltiplas facetas: como pessoa física, que pode ser também jurídica, como cidadão, que integra uma família, e assim por diante. Buscando compreender essas nuances, dentro do processo de tomada de decisões que leva ou não à compra, as empresas vêm, ao longo dos anos, estudando o comportamento de seus clientes. “Precisamos pen-sar na organização dos compradores em camadas,
e
de olho nos Consumidores
leia em 6 minutos
©istoCk.Com/maurusone
em áudio,
Confira a
íntegra da
matéria
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“Definir o posicionamento é fundamental para estar em
sintonia com os clientes.
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elis radmann
socióloga e mestre em
ciência política
como uma “cebola”, que forma diferentes tipos de perfis (veja no quadro ao lado). esse debate não é relativo apenas à condição econô-mica, mas envolve renda, qualida-de de vida e o tempo que se tem disponível, cultura, valores, crenças e ideias, assim como a relação e a influência com as tecnologias”, afir-ma a socióloga e mestre em Ciên-cia Política elis radmann.
Para a mestre em marketing e administradora de empresas li-liane antunes rohde, a lenta recu-peração na economia faz com que os gaúchos voltem a pensar em marcas e produtos de maior valor agregado. “de 2014 para cá, houve uma disrupção total de consumo, em que as pessoas tiraram os su-pérfluos, apostando em marcas mais simples e ba-ratas”, explica a também professora da esPm-sul. devido ao perfil tradicional do rio grande do sul, ela aponta que as mudanças no estado são mais lentas. “ao mesmo tempo que há um público de vanguarda, multicanal, com costume de pesquisar
offline e comprar online e vice-versa, existe uma massa maior, centrada nas classes C e d, que reto-ma seus hábitos de classe média.”
referência no estado, a churrascaria Barranco, de Porto alegre, é um exemplo de restaurante que está presente no dia a dia das famílias. “man-temos a churrasqueira funcionando diariamente entre 11h e 1h30min. são ‘50 anos no coração dos gaúchos’, com muita vitalidade”, comemora o sócio-gerente, ilmar tasca. o local possui 75 colaboradores, que prezam pela qualidade, aten-
Quem são os Consumidores gaúChos
estudos realizados pelo instituto de Pesquisa de opinião (iPo) identif icaram como tipif icação básica os compradores:
De tendências – é o que acompanha a moda, quer estar sem-pre atualizado e adora novidades. Para ele é vital a importância da marca no processo de decisão.
Racional – do tipo funcional, que manifesta uma decisão de compra utilitária. Planeja a compra, calcula o custo/benefício.
Impulsivo – tipicamente consumista. Compra tudo que vê, mesmo quando não pode.
Consciente – tem uma visão de mundo e acredita em ideais e princípios. Para escolher seus produtos, além do preço e da marca, leva em consideração o meio ambiente, a saúde humana e animal e as relações de trabalho.
Anticonsumo – é constituído pelo consumidor que não tem tempo ou não gosta de comprar e pelos que defendem a substi-tuição de produtos industrializados por caseiros e a realização de escambos de itens entre as pessoas.
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dimento e proximidade com os clientes. “nos-sas carnes são certif icadas, somos pioneiros na abertura de áreas para não fumantes e até citados na mídia internacional pela forma de recepcionar os turistas na Copa do mundo de 2014”, enumera. a empresa realiza ainda treina-mentos e premiações para os funcionários, além de ações nas redes sociais, que visam ao enga-jamento dos públicos interno e externo. ou-tro diferencial, segundo tasca, é o costume de conversar com os frequentadores. “Passamos nas mesas para ouvi-los, criando um laço forte.” a partir de sugestões recebidas, ele conta que foi reformado, em 2016, o Barranquinho. “inves-timos mais de us$ 1 milhão para modernizar o espaço, que oferece massas e parrilla.”
InfluênCIAs e pesquIsAs
Conforme as especialistas, as pessoas são im-pactadas a todo tempo por fatores internos e externos, tanto nos pontos de venda físicos ou online. “há diferentes gatilhos, que influenciam conforme o contexto. alguns debates clássicos são a credibilidade da marca, o atendimento e a relação qualidade/preço”, pontua elis. ela reforça ainda que o consumidor está empode-rado e vive na era da informação. “as pessoas utilizam os meios de comunicação tradicionais (tv, rádio e jornal) para ter conhecimento dos produtos e marcas, mas é no mundo digital que ocorre o relacionamento e o consumidor interage”, af irma a também diretora do institu-to de Pesquisa de opinião (iPo).
segundo a socióloga, podem-se compilar tan-to informações internas da carteira de clien-tes (perguntas relacionadas à curva aBC, por exemplo) como externas em relação aos con-correntes, clientes e potenciais clientes (pes-quisas de mercado e satisfação, entre outras). outra opção é sistematizar os dados digitais,
relativos à atuação online, e cruzar essas in-formações com sua atuação física. ações de comunicação, marketing, recursos humanos e promoção de vendas auxiliarão na conquista de objetivos, variando de acordo com o segmen-to. “Quanto mais cedo eu intervir no processo, mais rápido eu consigo conquistar e tornar f iel o meu cliente”, reitera liliane.
sIntonIA Com o públICo-Alvo
Cada empresa, segundo elis, deve ter claro qual o propósito de seu negócio. “definir o posiciona-mento é fundamental para estar em sintonia com o consumidor. temos que olhar para a carteira de clientes e compreender os vários perfis que ali estão com a leitura de que vivemos em um momento em que a empatia tem muito valor”.
uma das varejistas que buscam identificação com pessoas de 13 a 18 anos é a gang. de acordo com a gerente de marketing e visual Merchandi-
BarranCo ofereCe área aBerta aos Clientes
divulgação/BarranCo
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Conheça, em vídeo, algumas diCas de
liliane rohde Para imPaCtar os Clientes no
ProCesso de deCisão de ComPra
quista da fidelização, conforme elis, deve-se ofertar encantamento, oferecendo mais do que se espera. “o cliente quer um atendimento empático, basea-do em uma relação simples e verdadeira.”
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sing, flávia ogawa, o compromisso da empresa em mais de cinco décadas é entender esse público, que está em constante mutação. “há cinco anos, mu-damos nosso slogan para ‘a loja que me entende’. acompanhamos mudanças, fazemos pesquisas e analisamos o comportamento desses consumido-res, para estar sempre onde o jovem está.” nes-te ano, o mote da empresa são os stories. “usa-mos memes para que a nossa comunicação atinja uma linguagem bem zoeira. Buscamos impactá-los com algo pensado, personalizado e que lhes dê voz”, explica. a marca gaúcha conta com 43 lo-jas no rio grande do sul e em santa Catarina, e-commerce e canal de compras multimarca, com revenda autorizada para 100 clientes no país. “nos últimos meses, abrimos nove novos pontos de venda e reinauguramos duas unidades com layout moder-no”, descreve. outra ação, resultante de pesquisas, foi a criação do gang app música, que disponibiliza uma playlist com opção de ouvir canções offline.
Para alcançar bons resultados, a professora liliane indica que é preciso definir e conhecer a fundo seu público-alvo, atendendo a desejos e necessidades. “é preciso fazer uma oferta baseada nesses consu-midores e não ter medo de suas escolhas.” na con-
“É preciso fazer uma oferta baseada nos
consumidores e não ter medo de suas escolhas.
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Liliane antunes rohde
administradora de empresas e
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O mais importante ingrediente na fórmula do sucesso é saber como lidar com as pessoas.”Theodore Roosevelt, Presidente dos EUA de 1901 a 1909
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visão trabalhista
Flávio Obino Filho
Advogado trabalhista-sindical
da Fecomércio-RS
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A Justiça do Trabalho no Brasil nasceu tendo como princípios basilares a conciliação, orali-dade e gratuidade, mas com o passar dos anos perdeu o rumo. As ações ganharam em complexidade e o conflito foi incentivado. Com a gratuidade, o terreno ficou fértil para aventuras judiciais, loterias e ações sem compromisso com a verdade. A desnecessidade de pedido certo e com valor definido também funcionou como acelerador, mas a cer-teza de que o trabalhador ou ganhava ou não perdia na Justiça do Trabalho nos garantiu a medalha de ouro de campeões mundiais em número de ações trabalhistas.
A reforma trabalhista rompeu com esse modelo. A obrigação de pedido certo e em valores defini-dos, a sucumbência recíproca e o pagamento dos honorários periciais em caso de não constatação de agente insalutífero impuseram aos reclamantes e aos seus patronos novas responsabilidades.
É verdade que muitas ações estão represadas aguardando definições pela Justiça do Trabalho e STF a respeito das novas regras. O TRT do Rio Grande do Sul foi o primeiro a enfrentar a matéria e já admite que os valores certos não sejam indicados nas petições iniciais. O quadro é de insegurança jurídica, mas a diminuição do número de processos ajuizados é uma realidade. Comparando o 1º trimestre de 2018 com igual período de 2017, as ações distribuídas caíram em 50%. Os processos sumaríssimos (tramitação mais rápida), que eram menos de 5%, agora ultrapassam 30% – não eram usados porque o pedido tinha que ser certo – e refletirão em pouco tempo uma diminuição do número de ações em estoque nos tribunais.
Nesse cenário, chama a atenção o comportamento reacionário corporativo de advogados de empregados e empresas que combatem as alterações por olharem para os seus umbigos, deixando de lado o ideal de pacif icação e conciliação e a diminuição dos custos da sociedade com a manutenção dessa estrutura gigante da Justiça do Trabalho. São novos tempos. Hora de fazer a mea culpa e refletir.
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NúmeRO de pROCeSSOS NA JuSTiçA dO TRABAlHO deSpeNCA
lúCiA SimON
em trâmite
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aumento da pena para pirataria pode ser votado
O Brasil é o quarto país do mundo que mais con-some produtos pirateados, segundo relatório da empresa britânica Muso, especializada em análise de mercado. Três em cada dez brasileiros com-pram produtos de natureza ilegal. Na Câmara dos Deputados, o plenário poderá votar projeto (PL 333/99) que aumenta a pena de 1 a 3 meses de detenção para 2 a 4 anos em caso de crimes como os cometidos contra patente de invenção ou de modelo e contra o registro de marca. A fase de discussão do texto já foi encerrada. O projeto que aumenta a pena para o crime de pirataria já foi aprovado uma vez na Câmara e outra no Senado. Se passar novamente pelo crivo dos deputados, segue para sanção presidencial.
redução no custo do cartão de débito
O Banco Central decidiu limitar a tarifa de ope-ração do cartão de débito a partir de 1º de ou-tubro. O objetivo é estimular o uso dessa mo-dalidade de pagamento. O repasse da redução do custo para o consumidor final, contudo, de-penderá da concorrência no setor. Isso porque o Banco Central decidiu limitar a taxa que é paga pelos credenciadores – empresas que disponi-bilizam as máquinas de cobrança – aos bancos (emissores de cartão de débito). A tarifa de in-tercâmbio média, que é o percentual pago pelos credenciadores aos bancos, será fixada em 0,5% do valor da transação, e a tarifa máxima será de 0,8%. Antes, não havia limite.
alterações nas regras do cheque especialA Federação Brasileira dos Bancos (Febraban) decidiu que os bancos irão contatar os clientes que estiverem com mais de 15% de seu limite do cheque especial comprometido, desde que o saldo de-vedor seja maior de R$ 200, por um período superior a 30 dias. Nesses casos, deverão oferecer uma modalidade de crédito alternativa com prazos e taxas definidos pelas instituições. A medida entra em vigor a partir de julho. Associações do varejo consideram as novidades positivas, mas paliativas. De acordo com o Idec, as mudanças exigem que o consumidor continue atento, pesquise alternativas e evite limites incompatíveis com seu nível de renda. Segundo dados do Banco Central, a taxa de juros média dessa modalidade de crédito atingiu 324,1% ao ano em fevereiro.
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visão tributária
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Consultor Tributário da Fecomércio-Rs
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A criação de barreiras f iscais, como o diferencial de alíquota, tem sido a medida aplicada por diversos estados em defesa da competitividade dos respectivos se-tores industriais que, tributados a 17% (ICMS), sofrem com o ingresso de merca-dorias concorrentes adquiridas em operações interestaduais e tributadas a 12%. Essa medida vem prejudicando as empresas optantes pelo Simples, que acabam se sujeitando ao recolhimento de um diferencial de alíquota de ICMS por vezes superior à sua própria carga tributária. E prejudica, também, os contribuintes su-jeitos ao regime não cumulativo desse imposto, os quais acabam antecipando o ICMS que, de outro modo, seria recolhido na venda da mercadoria.
Os graves efeitos que decorrem desse caminho tarifário são evidentes e denotam o esgo-tamento de um modelo que não trouxe desenvolvimento econômico. Na contramão desse caminho, Santa Catarina reduziu para 12% a alíquota interna de ICMS nas saídas realizadas para contribuintes. Entendeu – corretamente – que a medida não acarretará desoneração f iscal. Isso porque os varejistas tomarão o crédito de 12% e gerarão saídas tributadas a 17%. Se fosse adotada pelo Rio Grande do Sul, a medida desafogaria os setores industrial e ata-cadista e, de quebra, resolveria o problema do diferencial de alíquotas exigido dos optantes do Simples (que seria também atenuado no caso de produtos importados).
Não se trata de guerra f iscal, mas de competitividade, autorizada nos exatos limites constitu-cionais. Santa Catarina largou na frente. E mudou para ganhar. Quem f icar para trás mudará para não perder ou, quiçá, para empatar.
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PROtaGONISMO dE SaNta CataRINa
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saiba mais
34Revista bens & serviços / 157 / Maio-2018
Em busca da divErsidadE dE gênEro A pesquisa International Business Report (IBR) – Women in Business, produzida pela Grant Thornton, apontou que 29% das empresas brasileiras possuem mulheres em cargos de liderança, aumento de 5 pontos percentu-ais em relação ao mesmo período do ano passado. Para que as companhias alcancem a diversidade de gênero, a pesquisa listou algumas recomendações: – Os líderes têm que acreditar na causa
– Diversidade e inclusão devem ser um valor relevante
– Estabelecer metas e métricas
– Fazer o link entre performance e compensação
– Evitar discursos vazios, sem atitudes reais
– Não recrutar nem promover apenas profissionais que pensam e se pareçam com os líderes
– É importante conhecer os benefícios da diversidade e estar aberto ao desconforto de falar sobre o tema
Uma pesquisa da Ipsos Mori feita para a BBC em 27 países mostra que os brasileiros se veem mais di-vididos e menos tolerantes, e apon-ta as divergências políticas como o principal foco de tensão polariza-dora. Os participantes foram ques-tionados sobre a tolerância em relação a pessoas com diferentes origens, culturas e pontos de vista, comparando-se com a década pas-sada. O resultado:
dos brasileiros disseram estar me-nos tolerantes.
45%
PrinciPal vEtor dE notícias falsas no WhatsaPP
Metade dos boatos que circularam no WhatsApp sobre a vereado-ra carioca assassinada em março, Marielle Franco (PSOL), surgiram em grupos de família. O dado é de uma pesquisa feita pelo Monitor do Debate Político no Meio Digital da USP, com respostas de 2.520 pessoas. Segundo a pesquisa da USP, o boato dominante no caso
de Marielle surgiu de variações de um texto ligando a vereadora ao traficante Marcinho VP, recebido por 916 pessoas. Desse montante, 51% responderam ter recebido o texto em grupos de família no WhatsApp; 32% em grupos de ami-gos; 9% em grupos de colegas de traba-lho e 9% em outros grupos ou mensa-gens diretas. Os pesquisadores cogitam que grupos de família sejam ambientes que permitam compartilhar conteúdos mais especulativos sem que quem com-partilhe seja alvo de julgamento.
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Revista bens & serviços / 157 / Maio-2018
Para
dos brasileiros, violência e corrup-ção afetam a educação no país.
O dado é da pesquisa retratos da Sociedade Brasileira, da Confede-ração Nacional da Indústria, reali-
zada com o movimento Todos Pela Educação. A percepção sobre o vínculo entre educação e os níveis de violência cresce com o grau de escolaridade do entrevistado. Entre aqueles com até a quarta série do ensino fundamental, 71% concor-dam com a afirmação, percentual
que chega a 82% entre os que pos-suem ensino superior.
concorrência no varEjo Até 2025, a distinção entre loja física e online deverá desaparecer, segundo estudo da Cognizant, empre-sa mundial de tecnologia e negócios. O conceito de loja online deverá sobreviver apenas como recurso de retaguarda no gerenciamento das transações, uma vez que os consumidores buscam uma satisfação em tempo real de suas necessidades de consumo. A pesquisa indicou pontos que os varejistas devem considerar para se manterem à frente da concorrência:
– Desenvolver habilidades de cientistas de dados, uma vez que os algoritmos começam a dominar a tomada de decisão
– Instrumentalizar equipe e estrutura para captar mais dados e melhorar a interação com consumidor
– Adotar a visão 360° como princípio-chave no engajamento do consumidor
– Analisar a possibilidade de firmar parcerias no lugar de apenas produzir ou comprar
– Inovar agora para assegurar relevância no futuro
77%
mElhora PErcEPção sobrE Profissionais maduros
Apesar de as empresas no Brasil ainda preferirem contratar jovens ao se depararem com profissionais de 50 anos ou mais nas mesmas condições técnicas, elas tiveram nos últimos cinco anos uma melhora na percepção positiva com relação a esses pro-fissionais. É o que aponta pesquisa do Núcleo de Estudos em Organizações e Pessoas da Escola de Administração Empresas de São Paulo da FGV e da Aging Free Fair. realizada em fevereiro e março, a pesquisa ouviu 140 empresas. Para as participantes, o perfil de profissionais com 50 anos ou mais con-ta com altos índices de comprometimento no tra-balho e maior equilíbrio emocional para enfrentar as situações, em comparação aos jovens.
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SINDICATO
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E m 2001, o Detran-RS implantou um sistema de remoção e depósito no Estado, pela portaria nú-mero 35. Formar um sindicato foi a maneira que as empresas encontraram para conseguir porta-rias melhores e discutir valores. Inicialmente, sur-giu com no máximo 30 pessoas, lideradas pelo primeiro presidente do Sindicato dos Centros de Remoção e Depósito de Veículos do Estado do RS (Sindicrd), Paulo Antônio Vianna. “Ele pegou essa ideia e colocou a força e a coragem que tinha para formar a entidade”, lembra Cristiane Josuinkas, que então era servidora do órgão de trânsito gaúcho e em 2005 tornou-se advogada do sindicato, cargo que ainda exerce. O trabalho da Fecomércio-RS, lembra Cristiane, foi fundamental para formatar a entidade e fazer o seu registro em 2013.
EEm DEFESA DOS CRDs
lEIA Em 2 mInutOS
FOtOS: DIVulgAçãO/SInDICRD
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na época, eram cerca de 400 CRDs creden-ciados, enquanto hoje são 218. “Foi um grande decréscimo. A partir do momento em que a empresa se credencia no Estado, as regras são muito rígidas, sob uma corregedoria muito for-te”, explica a advogada.
Em 2005, do valor que os proprietários dos veícu-los pagavam, 50% eram repassados ao Detran-RS. “Os Centros trabalhavam todos os dias, com des-pesas como manutenção, funcionários, guincho 24 horas, e o faturamento era dividido”, recor-da. Isso fez com que muitas empresas fechassem. “Hoje o Detran-RS, ao emitir qualquer portaria que envolva o sistema de remoção e depósito, chama o sindicato para negociar e conseguimos discutir as cláusulas e evitar desastres no setor”. O sindicato obteve uma redução desse percen-tual: atualmente, a taxa é de 26%.
no final de 2017, a festa de final de ano da enti-dade, sediada em São leopoldo, surpreendeu os associados com troféus, valorizando-os por sua parceria constante. neste ano, o presidente do sindicato, Daniel miguelito de lima, foi reeleito. A principal bandeira da sua nova gestão é a rea-lização mais frequente de leilões administrativos e de material inservível. Segundo a lei 13.160 de 2015, os veículos podem permanecer em depó-sito por 60 dias. A partir desse prazo, o Detran
está apto a realizar o leilão administrativo, em que o veículo é retirado pelo arrematante. “Já o leilão de material inservível tem outro viés. Re-colhemos muitos veículos – hoje representam 72% dos que estão nos depósitos – que estão à disposição da polícia civil e do Poder Judiciário, oriundos de crime”, explica a advogada. Eles não podem ser leiloados administrativamente, mas podem ser destinados como material inservível, para serem triturados por empresa licitada. “Ela passa com uma máquina e recolhe cerca de mil veículos que estão à disposição da polícia, após passar todos os trâmites legais. tudo vira ferro de novo.” Hoje, é essa medida que cria espaços nos pátios, evitando que os CRDs tenham que locar pátios adicionais. “A meta é que ambas as moda-lidades de leilão ocorram de 60 em 60 dias.”
nA FEStA DE FInAl DE AnO DE
2017, O SInDICRD SuRPREEnDEu
ASSOCIADOS COm tROFéuS
DAnIEl mIguElItO DE lImA COm wAltER
SEEwAlD, PRESIDEntE DO SInDIlOJAS SãO
lEOPOlDO E DIREtOR FInAnCEIRO DA
FECOméRCIO-RS
DICAS DO mÊs
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site | AprendA grAtuitAmente sobre
economiA colAborAtivAA economia colaborativa está ganhando espa-ço, pois possibilita que as pessoas comparti-lhem os seus bens e serviços, gerando práticas f inanceiras mais sustentáveis. Acompanhando a tendência, a escola online Descola está dis-ponibilizando um curso gratuito sobre o tema. As aulas serão ministradas pela especialista em economia colaborativa e cofundadora da pla-taforma Cinese, Camila Haddad. Com video- aulas de 1h20min e leituras complementares, a capacitação abordará temas como Paradigma da abundância; Organizações Tradicionais x Dis-tribuídas; Como saber se um negócio é colabora-tivo, e O que é consumo colaborativo.
livro | lições de produtividAde
Na obra Ferramentas dos Titãs, o escri-tor Tim Ferris organizou um grandioso manual sobre produtividade. O conteú-do veio das respostas mais interessantes que ouviu nas mais de 200 entrevistas com personalidades que realizou no
seu podcast The Tim Ferriss Show. Inicial-mente, o projeto era apenas uma ação pessoal, mas como deu bons resultados, o autor decidiu compartilhar as lições aprendidas com pessoas de sucesso.
Websérie | inspirAção por meio do esporteNo esporte podemos encontrar histórias inspiradoras para todos, não
importando sua área de atuação. Para conquistar seus objetivos, os espor-tistas precisam ter dedicação, foco e muita persistência. Para mostrar a
vida de diversos atletas brasileiros, o projeto do governo federal Rede do Esporte se debruçou durante três meses nas trajetórias de 21 esportistas
brasileiros, campeões de modalidades como boxe, ginástica artística, vôlei, natação, atletismo, tênis de mesa, tênis em cadeira de rodas e judô. E o
resultado foi a websérie Ninguém Nasce Campeão, que mostra que o es-porte tem a capacidade de mudar vidas e realizar sonhos. Os vídeos estão
disponíveis gratuitamente na plataforma YouTube.
FICHA TéCNICAtítulo: Ninguém Nasce Campeãogênero: Documentário/Websérieduração: 21 episódios Ano: 2018
FICHA TéCNICAtítulo: Ferramentas dos Titãs: estratégias, hábitos e rotinas de bilionários, celebridades e atletaseditora: IntrínsecaAutor: Tim FerrisAno: 2018
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Bento Gonçalves | 15 de maio
Pelotas | 05 de junho
Santo Ângelo | 17 de julho
Uruguaiana | 14 de agosto
18h30 às 21h30
Realização:
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