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O PROCESSO DE INTEGRAÇÃO ECONÓMICA E MONETÁRIA NA EUROPA - Ao longo do tempo, a integração económica desenvolveu uma vertente externa União Aduaneira Pauta Externa Comum Política Comercial Comum Mercado Interno União Económica e Monetária Moeda Única

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Page 1: O PROCESSO DE INTEGRAÇÃO ECONÓMICA E MONETÁRIA NA EUROPA - Ao longo do tempo, a integração económica desenvolveu uma vertente externa União Aduaneira Pauta

O PROCESSO DE INTEGRAÇÃO ECONÓMICA E MONETÁRIA NA EUROPA

- Ao longo do tempo, a integração económica desenvolveu uma vertente externa

UniãoAduaneira

Pauta Externa Comum

Política ComercialComum

Mercado Interno

União Económica e MonetáriaMoeda Única

Page 2: O PROCESSO DE INTEGRAÇÃO ECONÓMICA E MONETÁRIA NA EUROPA - Ao longo do tempo, a integração económica desenvolveu uma vertente externa União Aduaneira Pauta

O processo de integração monetária na Europa

. Porquê a necessidade de integração monetária?

. O papel do Sistema Monetário Europeu (SME)

. Origens do SME

. A disciplina das serpentes monetárias. O par franco-alemão em acção

SME: Quatro elementos fundamentais

1) ECU (European Currency Unit)2) Mecanismo cambial e de intervenção3) Mecanismos de crédito4) FECOM (Fundo Europeu de Cooperação Monetária)

Page 3: O PROCESSO DE INTEGRAÇÃO ECONÓMICA E MONETÁRIA NA EUROPA - Ao longo do tempo, a integração económica desenvolveu uma vertente externa União Aduaneira Pauta

O ECU: características e composição

. Unidade monetária compósita (cabaz de moedas): constituída por diferentes pesos de cada moeda comunitária (elemento central do SME)

Peso de cada moeda em Março de 1998 – última revisão

DM: 31,6 FF: 20,1GBP: 13,4 Florim: 9,9 FBL: 8,4 Lira: 7,7

ESP: 4,1DK: 2,6Libra Irlandesa: 1,1PTE: 0,7Dracma: 0,4

. Como é definido o peso de cada moeda: proporcional à importância relativa de cada economia

- Participação no PIB comunitário e no comércio intra-comunitário (médias dos últimos 5 anos)

- Quota de cada BC no mecanismo de apoio monetário de curto prazo

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O Mecanismo Cambial e de Intervenção

. Objectivo: limitar a flutuação das taxas de câmbio das moedas participantes no Mecanismo de Taxas de Câmbio (MTC)

A

+6% (banda larga)

+2,25% (banda estreita)

-2,25%

-6%Paridade central1 2 3

Crises do SME – passagem à UEM

Paridades pouco flexíveis Choque da reunificação alemã

Triângulo de incompatibilidades. Câmbios fixos. Livre circulação de capitais. Autonomia da política monetária

Page 5: O PROCESSO DE INTEGRAÇÃO ECONÓMICA E MONETÁRIA NA EUROPA - Ao longo do tempo, a integração económica desenvolveu uma vertente externa União Aduaneira Pauta

A União Económica e Monetária: ponto de partida

O Triângulo de Incompatibilidades(Modelo de Mundell Fleming)

Alemanha

Câmbios fixos

Liberdadede circulaçãode capitais

Política monetáriaautónoma

Page 6: O PROCESSO DE INTEGRAÇÃO ECONÓMICA E MONETÁRIA NA EUROPA - Ao longo do tempo, a integração económica desenvolveu uma vertente externa União Aduaneira Pauta

As Fases da UEM

1ª Fase da UEM: entre 1 de Julho de 1990 e 31 de Dezembro de 1993

Objectivo: promover a convergência gradual das performances económicas dos vários EM

Acções desenvolvidas: -completar o Mercado Único/reforçar a coesão económica e social- apresentação de programas anuais de convergência- processo de independência dos Bancos Centrais

2ª Fase: de 1 de Janeiro de 1994 a 31 de Dezembro de 1998 – Fase A da introdução do Euro (Maio de 1998 a 31 de Dezembro de 1998)

Objectivos:- reforçar o processo de convergência económica - intensificar o trabalho de preparação para a 3ª Fase - coordenação das políticas económicas, principalmente da Monetária - Bancos Centrais independentes

Acções desenvolvidas: - criação, em 1994, do Instituto Monetário Europeu, antecessor do BCE - selecção dos EM que passam à 3ª Fase: Critérios de Convergência - definição das taxas de câmbio bilaterais – Maio de 1998 - criação, em 1998, do BCE, desaparecimento do IME

Opting out do Reino Unido e da Dinamarca

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Os critérios de convergência

 Taxa deinflação

Taxa de juro Défice público Dívida pública

Participação no MTC

Critério 2,7 7,6 3 60 simBélgica 1,4 5,7 2,1 122,2 sim

Dinamarca 1,9 6,2 -0,7 65,1 sim

Alemanha 1,4 5,6 2,7 61,3 sim

Grécia 5,2 9,8 4 108,7 não

Espanha 1,8 6,3 2,6 68,8 sim

França 1,2 5,5 3 58 sim

Irlanda 1,2 6,2 0,9 66,3 sim

Itália 1,8 6,7 2,7 121,6 sim

Luxemburgo 1,4 5,6 -1,7 6,7 sim

Holanda 1,8 5,5 1,4 72,1 sim

Áustria 1,1 5,6 2,5 66,1 sim

Portugal 1,8 6,2 2,5 62 sim

Finlândia 1,3 5,9 0,9 55,8 sim

Suécia 1,9 6,5 0,8 76,6 não

Reino Unido 1,8 7 1,9 53,4 não

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3ª Fase: a partir de 1 de Janeiro de 1999Objectivos: - introdução da moeda única; conclusão do processo de implementação da UEM

Acções desenvolvidas:- euro substitui oficialmente o ECU (1 para 1):[ Fase B – 01/01/99 a 31/12/01] - entrada em funcionamento do SEBC, responsável pela condução da Política Monetária Única

- atribuição às instituições comunitárias das competências monetárias - início da circulação física do euro e recolha das moedas nacionais

[ Fase C – Janeiro a Junho 2002]

40,3399 francos belgas/luxemburgueses

1,95583 marcos alemães

166,386 pesetas espanholas

6,55957 francos franceses

0,787564 libras irlandesas

1936,27 liras italianas

2,20371 florins holandeses

13,7603 xelins austríacos

200,482 escudos portugueses

5,94573 markas finlandesas

340,750 dracmas gregas

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O SISTEMA EUROPEU DE BANCOS CENTRAIS (SEBC)

Banco Central Europeu (BCE) Bancos Centrais Nacionais (BCN) dos 27 EM

Orgãos decisórios do BCE

Conselho de Governadores(Conselho do BCE)

-Membros da Comissão Executiva-Governadores dos EM da Zona Euro

Comissão Executiva(mandato mínimo de 8 anos)

-Presidente do BCE-Vice-Presidente- Quatro membros

Conselho Geral

-Presidente do BCE-Vice-Presidente-Governadores dos BCN dos 27 EM

Eurosistema: formado pelo BCE e pelos BCN dos países da zona Euro

Page 10: O PROCESSO DE INTEGRAÇÃO ECONÓMICA E MONETÁRIA NA EUROPA - Ao longo do tempo, a integração económica desenvolveu uma vertente externa União Aduaneira Pauta

. Objectivo do Eurosistema: manutenção da estabilidade dos preços (Tratado da UE e Estatutos e BCE)

. Atribuições básicas do Eurosistema (Independência face aos Governos dos EM e Instituições Comunitárias

- Definir e executar a política monetária da área do euro - Realizar operações cambiais - Deter e gerir as reservas cambiais dos EM - Promover o bom funcionamento dos sistemas de pagamentos - Estabilidade do sistema financeiro - Papel consultivo perante a Comunidade e as autoridades nacionais - Recolha de estatísticas

Estratégia assente em dois pilares-Papel fundamental da moeda-Avaliação global com base num conjunto de indicadores

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Zona Euro Zona Não - Euro

Banco Central % Capital Banco Central % Capital

Bélgica 2,47% Dinamarca 1,51%

Alemanha 20,50% Suécia 2,33%

Grécia 1,81% Reino Unido 13,93%

Espanha 7,54% Subtotal 17,78%

França 14,30% Bulgária 0,88%

Irlanda 0,88% R. Checa 1,38%

Itália 12,52% Estónia 0,17%

Chipre 0,12% Letónia 0,28%

Luxemburgo 0,15% Lituânia 0,41%

Malta 0,06% Hungria 1,31%

Holanda 3,89% Polónia 4,87%

Áustria 2,01% Roménia 2,51%

Portugal 1,71% Eslováquia 0,67%

Eslovénia 0,31% Subtotal 12,52%

Finlândia 1,24%

Total Zona Euro 70% Total Zona Não-Euro 30%

Repartição do capital do BCE pelos EM (27)

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O euro como moeda âncora para terceiros países/regiões

1. Dentro da UE: Mec. Taxas de Câmbio II- Dinamarca; Novos membros da EU

2. Dentro da Europa: Balcãs Ocidentais; Micro-Estados; Rússia3. Zona Franco CFA; Cabo Verde; Comores4. Territórios Ultramarinos Franceses5. Médio Oriente; Norte de África

Em suma...

Desenvolvimento gradual daimportância do euro, principalmente nos mercadosfinanceiros

US Dolar continua a sera primeira moeda internacional,Principalmente em termos comerciais

Euro com uma implantação regional,US Dolar como moeda global

- Em direcção a um SMI bipolar; - Introdução do euro beneficiou o SMI

Várias formas de ligação ao euro