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1 UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PRÓ- REITORIA DE PLANEJAMENTO E DESENVOLVIMENTO DIRETORIA DE PROJETOS ESPECIAIS PROJETO “A VEZ DO MESTRE” O PROCESSO DE ENSINO APRENDIZAGEM E O PROFESSOR AUGUSTO CÉSAR MORAES MENEZES ORIENTADORA: PROF ª. MARIA ESTHER DE ARAÚJO OLIVEIRA NITERÓI - RJ JULHO / 2004

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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

PRÓ-REITORIA DE PLANEJAMENTO E DESENVOLVIMENTO

DIRETORIA DE PROJETOS ESPECIAIS

PROJETO “A VEZ DO MESTRE”

O PROCESSO DE ENSINO APRENDIZAGEM

E O PROFESSOR

AUGUSTO CÉSAR MORAES MENEZES

ORIENTADORA: PROF ª. MARIA ESTHER DE ARAÚJO OLIVEIRA

NITERÓI - RJ JULHO / 2004

2

UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

PRÓ-REITORIA DE PLANEJAMENTO E DESENVOLVIMENTO

DIRETORIA DE PROJETOS ESPECIAIS

PROJETO “A VEZ DO MESTRE”

Trabalho monográfico apresentado como requisito parcial para obtenção do Grau de Especialista Docência do Ensino Superior.

NITERÓI - RJ JULHO / 2004

O PROCESSO DE ENSINO APRENDIZAGEM

E O PROFESSOR

AUGUSTO CÉSAR MORAES MENEZES

3

AGRADECIMENTO

Agradeço às minhas professoras e professores, a todas as pessoas que de forma direta ou indireta colaboraram para a concretização de mais um sonho.

4

DEDICATÓRIA

Dedico este trabalho a minha mãe, a minha esposa, as minhas irmãs, ao meu irmão, aos meus mentores espirituais, as minhas professoras e professores, aos meus colegas de turma, a todos, pelo permanente apoio e incentivo nestes dias tão difíceis que passei...

5

RESUMO

No capítulo I, expusemos através das novas diretrizes básicas da

UNESCO, as seis metas para a educação. No capítulo II, analizamos o processo

de ensino aprendizagem abordando as diversas linhas de pesquisas dos

estudiosos como White, Cook e Mayer, Winne e Marx, Ausubel, Vygostsky, Piaget

e Robert Gagné. No Capitulo III, utilizando-se das 3 (três) teorias básicas

existentes, o empirismo, o racionalismo e o construtivismo, para explicar o

processo de desenvolvimento intelectual da inteligência humana. No capitulo IV,

abordamos a Teoria das Múltiplas Inteligências como um conjunto de diferentes

capacidades. No capitulo V, utilizamo-nos das abordagens pedagógicas

caracterizando-as individualmente, nos atendo, a abordagem tradicional,

comportamentalista, humanista e cognitivista. Buscamos ressaltar as principais

contribuições individuais de cada uma. No capítulo VI, explicitamos as diferentes

abordagens do processo ensino aprendizagem, demonstrando as constantes

necessidades de requalificação na formação do professor. Trazendo a lume as

constantes inovações tecnológicas e seu caracter educacional construtivista.

Numa analise das novas tecnologias das teorias da aprendizagem; buscamos

esclarecer através das teorias comportamentalista, inatista, maturacionista,

piagetiana, e da teoria histórico cultural. Embora de forma sucinta, suas

contribuições ao processo ensino aprendizagem. Abordamos ainda o papel do

professor universitário como facilitador no processo de ensino aprendizagem.

Apresentamos também aspectos de relacionamento entre professor/professor,

professor/aluno, professor/diretor. Relacionando por fim o processo de mudança e

de desenvolvimento econômico com o papel do docente universitário.

6

METODOLOGIA

O desenvolvimento deste trabalho deu-se sob a ótica bibliográfica,

contando com um enfoque teórico, onde foram expostas e analisadas idéias e

conceitos científicos fundamentados a partir de grandes pesquisadores na busca

de novos métodos do processo de ensino aprendizagem.

7

SUMÁRIO

INTRODUÇÃO 08

CAPÍTULO I

A UNESCO 09

CAPÍTULO II

PROCESSO ENSINO APRENDIZAGEM 12

CAPÍTULO III

TEORIA DESENVOLVIMENTISTA 29

CAPÍTULO IV

INTELIGÊNCIAS E NOVAS TECNOLOGIAS 31

CAPÍTULO V

ABORDAGENS PEDAGÓGICAS 36

CAPÍTULO VI

O PAPEL DO PROFESSOR 47

CONCLUSÃO 58

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 59

ÍNDICE 60

FOLHA DE AVALIAÇÃO 62

8

INTRODUÇÃO

A relevância do estudo proposto vê-se em sintonia com a tendência a

demanda de informação na esfera nacional e internacional, a partir da conferência

mundial de educação para todos, realizada pela UNESCO, onde foram eleitas

metas visando expandir e assegurar a qualidade da educação.

Este estudo visa auxiliar o formando da docência superior na

interpretação e compreensão do processo ensino aprendizagem como

instrumento eficaz para a prática de sala de aula, tendo como objeto de estudo as

teorias cognitivas de diversos estudiosos, analisamos deste a abordagem

tradicional à abordagem sócio - cultural, e as novas e múltiplas inteligências.

Com o objetivo de promover a reflexão sobre a formação do docente

superior, consideramos os principais requisitos necessários, segundo as atuais

necessidades do mercado de trabalho e os aspectos positivos e negativos nos

relacionamentos entre o professor e o seu universo: professor/professor,

professor/aluno, professor/diretor, possibilitando ao formando da docência

superior uma visão panorâmica da discussão sob a ótica da escola moderna.

Através de um breve histórico do estudo sobre grupos e o seu

processo vivencial de aprendizagem, analisamos sua função de instrumento

facilitador de integração da aprendizagem.

9

CAPÍTULO I

A UNESCO

10

“Não e possível refazer este pais, democratizá-lo, humanizá-lo, torná-lo serio, com adolescentes brincando de matar gente, ofendendo a vida, destruindo o sonho, inviabilizando o amor. Se a educação sozinha não transformar a sociedade, sem ela tampouco a sociedade muda”.

(Paulo Freire)

A UNESCO foi criada em 16 de novembro de 1945, para promover a

paz e os direitos humanos com base na "solidariedade intelectual e moral da

humanidade". É uma das agências das Nações Unidas para incentivar a

cooperação técnica entre os Estados membros.

Ao tempo de sua criação, o mundo acabara de experimentar a maior

catástrofe de sua história – a Segunda Grande Guerra Mundial. Os

representantes dos países aliados, percebendo a importância e o alcance da

cooperação intelectual entre os povos, decidiram criar uma Organização para ser

um sistema de vigilância e alerta, em defesa da paz, da solidariedade e da justiça.

Como declara o Ato constitutivo de sua criação, "se as guerras nascem na

mente dos homens, é na mente dos homens que devem ser erguidas as defesas da

paz". Essa frase, que se tornaria antológica, passou a presidir a trajetória de lutas da

UNESCO, que já passa de meio século. Se é no espírito das pessoas que se devem

construir os alicerces da solidariedade, a cooperação intelectual constituiu desde os

primórdios um dos eixos centrais de sua atuação. Não uma cooperação

desvinculada dos problemas sociais que o mundo enfrenta, mas uma cooperação

capaz de oferecer uma contribuição efetiva aos países membros em suas políticas

de promoção do desenvolvimento da educação, da ciência e da cultura, como forma

e estratégia de progresso da cidadania e do bem estar social.

1.1. UNESCO E AS SEIS METAS PARA A EDUCAÇÃO

A partir da Conferência Mundial de Educação para Todos, realizada em

1990, a UNESCO defende as chamadas "seis metas da educação para todos", a

saber:

11

1. Expandir e melhorar a educação e cuidado com a infância, em

particular par as crianças em situação de vulnerabilidade;

2. Assegurar para todas as crianças, especialmente meninas,

provenientes de minorias étnicas, o acesso a uma educação primária

universal com qualidade;

3. Assegurar que as necessidades básicas de aprendizagem dos

jovens sejam satisfatórias, por meio de acesso a programas de

aprendizagem apropriados;

4. Atingir, até 2005, 50% de melhoria nos níveis de alfabetização de

adultos, em particular das mulheres, em conjunção com acesso

eqüitativo à educação básica e continuada;

5. Eliminar, até 2005, as disparidades de gênero na educação

primária e secundária e até 2015, a igualdade de gênero no acesso à

educação básica de qualidade;

6. Melhorar todos os aspectos relacionados com a qualidade da

educação, de modo a alcançar resultados reconhecíveis e mensuráveis

para todos, em particular na alfabetização.

Tendo como objetivo a busca da realização das seis metas anteriores,

a UNESCO, esforços no sentido de cooperar e auxiliar o governo e a sociedade

civil brasileira.

12

CAPÍTULO II

PROCESSO ENSINO APRENDIZAGEM

13

“O processo de ensino-aprendizagem inclui sempre aquele que

aprende, aquele que ensina e a relação entre essas pessoas” (Vygostsky)

A aprendizagem tem um forte componente de interação(para alguns

autores, esse é o aspecto principal a ser considerado ao falarmos sobre a

aprendizagem humana), o aspecto cognitivo não se circunscreve unicamente ao

subjetivo e pessoal, mas abarca também o contexto das interações em que a

aprendizagem acontece.

A seguir há reflexões sobre algumas dimensões básicas da

aprendizagem:

Em primeiro lugar a aprendizagem está condicionada pelo conjunto de

capacidades e habilidades que os alunos tem como equipamento pessoal e que

lançam mão adequadamente como estratégia de uso.

No entanto, o aprendizado dos alunos depende não apenas deles (da

sua sagacidade, das capacidades que tenham, do esforço que estejam dispostos

a fazer, da preparação com que chegam à universidade, etc). Mas também das

condições em que se dá o processo de aprendizagem e da capacidade dos

professores para ajudá-los. Dessa maneira, os alunos assim como as instituições

e os profissionais, são protagonistas, causa e condição da eficácia dos processos

de aprendizagem.

Por outro lado, a variável habilidade ou competência tem de positivo o

fato de que dirige seu olhar mais para o processo do que para o resultado, como

os sujeitos enfrentam a tarefa de aprender, de que capacidades lançam mão de

como lidam com ela.

Diversas habilidades foram sendo identificadas há bastante tempo na

literatura sobre a aprendizagem:

14

2.1. WHITE (1965)

Distinguiu, habilidades de associação (coleta inicial de dados e primeiro

agrupamento) de habilidades de cognitivas (processamento posterior e

transformação da informação).

2.2. COOK e MAYER (1983)

Identificaram quatro momentos do processo de aprendizagem que tem

correspondência com outras tantas capacidades dos sujeitos:

· Seleção (o aprendiz fica atento a alguns dos elementos da

informação e transfere-os para sua memória de trabalho), aquisição (o

aprendiz transfere a informação para sua memória de a longo prazo a

fim de conservá-la ),

· Construção (o aprendiz constrói nexos entre as unidades de

informação que mantém sua memória de trabalho: surgem os

esquemas) e;

· Integração (o aprendiz transfere conhecimentos prévios para sua

memória de trabalho, depois estabelece conexões entre a nova

informação e a que já tinha).

2.3. WINNER E MARX (1982)

Estudaram a forma como os estudantes operam com três estratégias

cognitivas:

· Orientação, relativa ao uso da atenção;

· Operações mentais, relativas aos processos de comparação,

criação de estruturas e metacognição;

· Consolidação, relativa ao armazenamento e à recuperação da

informação. No conjunto das referências assinaladas, diversos níveis

15

de habilidades são diferenciados: o estrutural básico (percepção,

memória, atenção, etc.), o qual constitui equipamento, em parte

genérico, em parte adquirido por meio de diversas práticas de

exercícios com que os sujeitos contam; o operacional cognitivo

Vygotsky “conexão de novo-velho”, (conforme Ausubel). Isso ilustra

como os indivíduos são capazes de lidar com seus recursos cognitivos

e tirar proveito de suas capacidades naturais.

2.4. PRINCÍPIOS BÁSICOS DE VYGOTSKY SOBRE A

APRENDIZAGEM E O DESENVOLVIMENTO.

Vygotsky levantou a questão da relação entre ensino e a aprendizagem

escolar e desenvolvimento cognitivo. Ele afirmou que os vários pontos de vista

relativos a esta questão enquadram-se em três categorias. Os psicólogos

pertencentes à primeira categoria afirmam, em essência, que a aprendizagem

escolar deve seguir o desenvolvimento: as funções psicológicas da criança devem

ter atingido determinado nível de amadurecimento antes que o processo de

aprendizagem possa começar. Considera-se que as funções psicológicas

desenvolvem-se de uma maneira "natural", às vezes porque os pesquisadores

ligam seu desenvolvimento diretamente à maturação das funções cerebrais. Esta

visão de que os processos de desenvolvimento da criança são independentes do

aprendizado, Vygotsky atribuía, entre outros, a Piaget e Binet.

Segundo ponto de vista sobre a relação entre aprendizagem e

desenvolvimento afirmava que o desenvolvimento cognitivo não se baseia no

amadurecimento e que a aprendizagem é a principal força que atua no sentido de

promovê-lo. Em última instância a conseqüência desta concepção é que o

desenvolvimento é considerado como a sombra da aprendizagem. Vygotsky via

Thorndike como representante desta categoria de pensamento, além da teoria

behaviorista (comportamentalista), onde a base de tudo é o aprendizado,

afirmando que a aprendizagem e o desenvolvimento na verdade coincidem.

16

Por fim, Koffka e o movimento gestaltista representavam o terceiro

ponto de vista. Tentaram conciliar os dois primeiros pontos de vista contraditórios,

afirmando que ambos estão parcialmente certos. O desenvolvimento da criança

baseia-se em parte nos processos de amadurecimento e em parte na

aprendizagem.

Vygotsky não estava plenamente satisfeito com nenhum dos pontos de

vista acima, afirmando que a aprendizagem e o desenvolvimento são processos

distintos e não deveriam ser confundidos, contudo interagem mutuamente.

Segundo Vygotsky o aprendizado vem antes do desenvolvimento, ou seja, a

aprendizagem é fundamental para o desenvolvimento desde o nascimento da

criança, o que esta aprende é a base fundamental para o seu desenvolvimento.

Dentro desse contexto, Vygotsky leva em consideração dois tipos de

desenvolvimento: real e proximal.

O desenvolvimento real consiste na solução independente dos

problemas. É definido por testes que medem o nível de capacidade mental. As

funções mentais da criança nesse nível se estabelecem como resultado de ciclos

de desenvolvimento já completados.

A zona de desenvolvimento proximal caracteriza a distância entre o

nível de desenvolvimento real e o nível de desenvolvimento potencial determinado

pela solução de problemas sob a orientação ou ajuda de um adulto ou crianças

mais capazes. O importante para Vygotsky é, além do que se faz sozinho o que

se faz com a ajuda dos outros.

Dessa forma, a aprendizagem desperta processos internos de

desenvolvimento que só podem ocorrer quando o indivíduo interage com outras

pessoas.

Vygotsky opunha-se à "educação livre" das crianças admitindo que

neste período do desenvolvimento, (desenvolvimento potencial), o contato com

outras pessoas que possam restringir a liberdade adquirida por estas crianças é

17

de extrema importância para que o desenvolvimento mental delas possa ser

direcionado. Portanto, a "interferência" dos pais e professores neste período é

fundamental.

Contudo, SMOLKA, A. L. B. A prática discursiva na sala de aula: uma

perspectiva teórico e um esboço de análise, Vygotsky afirma que a criança não

pode ser sujeito passivo na aquisição dos conhecimentos, ela deve ser ativa

neste processo, trabalhando o desenvolvimento intelectual dentro do ambiente

determinado pelos pais e professores.

2.5. AUSUBEL (1963)

A Teoria de Ausubel prioriza a Aprendizagem Cognitiva, Ausubel, D.

The Psychology of Meaningful Verbal Learning. New York: Grune & Stratton.que é

a integração do conteúdo aprendido numa edificação mental ordenada, a

Estrutura Cognitiva.

Essa Estrutura Cognitiva representa todo um conteúdo informacional

armazenado por um indivíduo, organizado de uma certa forma em qualquer

modalidade do conhecimento.

O conteúdo previamente detido pelo indivíduo representa um forte

influenciador do processo de aprendizagem. Novos dados serão assimilados e

armazenados na razão direta da qualidade da Estrutura Cognitiva prévia do

aprendiz.

Esse conhecimento anterior resultará num "ponto de ancoragem" onde

as novas informações irão encontrar um modo de se integrar a aquilo que o

indivíduo já conhece.

Essa experiência cognitiva, porém, não influencia-se apenas

unilateralmente. Apesar da estrutura prévia orientar o modo de assimilação de

novos dados, estes também influenciam o conteúdo atributivo do conhecimento já

armazenado, resultando numa interação evolutiva entre "novos" e "velhos" dados.

18

Esse processo de associação de informações inter-relacionadas

denomina-se Aprendizagem Significativa.

Em contrapartida Ausubel também coloca a ocorrência da

Aprendizagem Mecânica, que é aquela que encontra muito pouca ou nenhuma

informação prévia na Estrutura Cognitiva a qual possa se relacionar, sendo então

armazenada de maneira arbitrária. Em geral envolve conceitos com um alto ou

total teor de "novidade" para o aprendiz, mas no momento em que é

mecanicamente assimilada passa a se integrar ou criar novas Estruturas

Cognitivas.

Dessa forma a Aprendizagem Significativa é preferível a Aprendizagem

Mecânica, ou Arbitrária. Pois constituí um método mais simples, prático e

eficiente. Muitas vezes um indivíduo pode aprender algo mecanicamente e só

mais tarde percebe que este se relaciona com algum conhecimento anterior já

dominado. No caso ocorreu então um esforço e tempo demasiado para assimilar

conceitos que seriam mais facilmente compreendidos se encontrassem uma

"âncora", ou um conceito subsunçor, existente na Estrutura Cognitiva.

O subsunçor é uma estrutura específica ao qual uma nova informação

pode se integrar ao cérebro humano, que é altamente organizado e detentor de

uma hierarquia conceitual que armazena experiências prévias do aprendiz.

Uma grande questão levantada pela Teoria de Ausubel diz respeito a

origem dos subsunçores. Se eles não estiverem presentes para viabilizar a

Aprendizagem Significativa, como é possível criá-los?

Segundo Ausubel a Aprendizagem Mecânica e necessária e inevitável

no caso de conceitos inteiramente novos para o aprendiz, mas posteriormente ela

passará a se transformar em Significativa. Para acelerar esse processo Ausubel

propõe os Organizadores Prévios, âncoras criadas a fim de manipular a Estrutura

Cognitiva, interligando conceitos aparentemente não relacionáveis através da

abstração.

19

Para que ocorra uma Aprendizagem Significativa, segundo Ausubel, é

necessário que:

· O material a ser assimilado seja Potencialmente Significativo, ou

seja, não arbitrário em si. Mesmo materiais arbitrários então, podem

ser tornados significativos através de Organizadores Prévios.

· Ocorra um conteúdo mínimo na Estrutura Cognitiva do indivíduo,

com subsunçores em suficiência para suprir as necessidades

relacionais.

· O aprendiz apresente uma disposição para o relacionamento e

não para simplesmente memorizá-lo mecanicamente muitas vezes até

simulando uma associação. Muito comum em estudantes acostumados

a métodos de ensino, exercícios e avaliações repetitivas e rigidamente

padronizados.

A Aprendizagem Significativa se divide em 3 tipos:

· A Aprendizagem Representacional é basicamente uma

associação simbólica primária. Atribuindo significados a símbolos

como, por exemplo, valores sonoros vocais a caracteres lingüísticos.

· A Aprendizagem de Conceitos é uma extensão da

Representacional, mas num nível mais abrangente e abstrato, como o

significado de uma palavra, por exemplo.

· A Aprendizagem Proposicional é o inverso da Representacional.

Necessita é claro do conhecimento prévio dos conceitos e símbolos,

mas seu objetivo e promover uma compreensão sobre uma proposição

através da soma de conceitos mais ou menos abstratos.

Após esse estágio ocorre a Assimilação Obliteradora, onde o conceito

recém assimilado NS que antes podia ser desassociado em N e S, passa a

integrar o Subsunçor definitivamente não permitindo mais uma desassociação. No

caso do exemplo o conceito de "submarino" passará a ser definitivamente

incorporado ao subsunçor, integrando-o em uma Estrutura Cognitiva de forma

20

mais prática e econômica do que se o conceito fosse armazenado

separadamente.

A Aprendizagem Significativa também pode possuir uma das seguintes

naturezas:

· Subordinada: Onde a informação nova é assimilada pelo

subsunçor passando a alterá-lo.

· Superordenada: Quando a informação nova é ampla demais para

ser assimilada por qualquer subsunçor existente, sendo mais

abrangente que estes e então passa a assimilá-los. Por exemplo: Se o

indivíduo tem subsunçores para Catolicismo, Protestantismo e

Kardecismo, e depois aprende o conceito geral de Cristianismo. Esse

último conceito é que na realidade assimilará os 3 originais.

· Combinatória: Quando a informação nova não é suficientemente

ampla para absorver os subsunçores, mas em contrapartida é muito

abrangente para ser absorvida por estes. Assim para a se associar de

forma mais independente aos conceitos originais. Como exemplo

podemos citar o conceito de "Arca de Noé". Ele se relaciona com o

conceito de embarcação, mas poderia não assimilá-los nem ser

assimilado por estes, pois possuí peculiaridades muito específicas que

desafiam as características de uma embarcação comum, dependendo

do ponto de vista e linhagem de raciocínio do aprendiz, mas é

indiscutivelmente associável a este conceito. Ao mesmo tempo

associa-se também ao conceito Cristianismo por fazer parte de sua

crença, mas não de forma exclusiva a ponto de ser definitivamente

assimilado. Assim passa a ser relacionar com ambos e quaisquer

outros conceitos associáveis, mas ainda mantém uma certa

independência.

A categorização de Aprendizagem Significativa Subordinada,

Superordenada e Combinatória se ajustam à categorização em Representacional,

Conceitual e Proposicional.

21

Uma aprendizagem Representacional apresenta uma assimilação

geralmente Subordinada. Uma Conceitual pode ser Subordinada, mas tende mais

a ser Superordenada e menos freqüentemente Combinatória. Já uma

Proposicional tende mais a Superordenada ou Combinatória.

Da mesma forma na aprendizagem Representacional de característica

predominantemente Subordinada, ocorre a Diferenciação Progressiva, onde um

conceito original vai sendo progressivamente detalhado e especializado,

evoluindo através das assimilações subordinadas resultando num processo de

Análise.

Já numa aprendizagem de característica Superordenada ou

Combinatória tende a ocorrer a Reconciliação Integrativa, onde os conceitos

originais buscam associações entre si, interligando-se de forma expansiva e

Sintética.

"...o fator isolado mais importante infuenciando a aprendizagem é

aquilo que o aluno já sabe; determine isso e ensine-o de acordo." (Ausubel)

Essa frase do próprio autor resume seu ponto de vista, sendo assim o

mesmo propõe que a Estrutura Cognitiva pode ser estimulada Substantivamente,

através de métodos de integração e unificação de conceitos. E

Programaticamente, por uma organização estruturada que use a formação

seqüencial de subsunçores. De forma que o papel pedagógico envolve ao menos

4 partes:

· Determinação da estrutura da matéria de ensino e seu Potencial

Significativo, de modo a organizá-lo numa sucessão de melhor

possibilidade de assimilação. Organização Seqüencial;

· Identificação dos subsunçores do processo seqüencial de ensino

que devem possuir correlatos nas Estruturas Cognitivas do aprendiz;

· Identificação do Potencial Significante do aprendiz, isto é, a suas

Estruturas Cognitivas já consolidadas.

22

· Aplicação de um método de ensino que priorize a associação dos

conceitos da matéria com os subsunçores do aprendiz de forma a criar

uma Aprendizagem Significativa, e possibilitar uma gama de opções de

associação de conceitos de modo a levar e uma Consolidação do

aprendizado.

Podemos concluir que Ausebel então propõe a valorização da Estrutura

Cognitiva do aprendiz, subordinando o método de ensino a capacidade do aluno

de assimilar a informação.

2.6. ROBERT GAGNÉ

No pensamento de Robert Gagné, a aprendizagem é um processo que

permite a organismos vivos modificarem seus comportamentos de maneira

bastante rápida e de modo mais ou menos permanente.

Gagné destacou a importância de uma hierarquia de tipos de

aprendizagem que vai da mais simples associação de estímulos à complexidade

da solução de problemas.

Sua tipologia ou classificação de tipos de aprendizagem é interessante

porque cada tipo exige estratégias de ensino mais adequadas que outras.

Os tipos são:

· Aprendizagem de signos, qualquer coisa que substitui ou indica

outra coisa graças a algum tipo de associação entre elas;

· Aprendizagem do estímulo-resposta "Condicionante operante";

· Aprendizagem em cadeia estabelecimento de associação

Estrutura-semântica entre duas palavras;

· Aprendizagem de associações verbais;

· Aprendizagem de descriminações múltiplas, Associação de vários

elementos envolvendo também suas discriminações;

23

· Aprendizagem de conceitos;

· Aprendizagem de princípios. Um princípio é uma relação entre

dois conceitos;

· Aprendizagem de resolução de problemas Consiste em elaborar

um novo princípio combinando princípios já aprendidos.

O significativo destas classificações são aqueles tipos diferentes de

aprendizagem que requer tipos diferentes de instrução. Assim, Gagné identifica

cinco categorias maiores de aprendizagem:

1. Informação-verbal

2. Habilidades-intelectuais

3. Estratégias do cognitivo.

4. Habilidade-motora

5. Atitudes

Segundo Gagné não basta ver o comportamento do aprendiz, porém é

importante analisar o processo de aprendizagem (modelo de aprendizagem e

memória).

A educação não é como um simples veículo transmissor de

conhecimentos, mas um processo destinado a provocar uma mudança nas

disposições ou capacidades do sujeito. Com caráter de relativa permanência,

essa mudança pode consistir no aumento de capacidade de realizações ou ainda

numa modificação de atitudes e interesses de valores.

Gagné compartilha dos enfoques behavioristas e cognitivistas em sua

teoria, para ele as fases da aprendizagem se apresentam associadas aos

processos internos que, por sua vez podem ser influenciados por processos

externos. Mattos, Maria Isabel Leme de. Métodos de pesquisa de processos

cognitivos. Série Ciência Cognitiva - 20. São Paulo. USP Instituto de Estudos

Avançados. 1994.

24

2.7. JEAN PIAGET

Jean Piaget, psicológico suíço, estudou o desenvolvimento da

inteligência, do nascimento à maturidade do ser humano, analisando a evolução

do raciocínio. É tido como o pai do CONSTRUTISMO, a linha pedagógica mais

difundida entre os professores que defendem a "Escola Ativa" em detrimento da

"Escola Tradicional".

Sua teoria é formalmente chamada de EPISTEMOLOGIA GENÉTICA.

A partir dela surgiu o construtivismo que possuem 3 princípios básicos que

auxiliam o professor frente ao aluno. São eles:

a) Respeito à produção do aluno.

b) Espaço para o aluno testar suas hipóteses.

c) Trabalho em grupo para facilitar o aprendizado.

Piaget através de suas pesquisas concluiu que "o conhecimento se

forma e evolui através de um processo de construção". A partir das conclusões de

Piaget os educadores encontraram explicação para o processo de aprendizagem.

Estava estabelecida a ponte entre a psicogenética piagetiana e a criança. É

possível, então, verificar que: "a criança aprende por si, construindo e

reconstruindo suas próprias hipóteses sobre a realidade que a cerca, e que o erro

em vez de denunciar uma não aptidão, é uma etapa necessária do processo de

construção do conhecimento".

Piaget criou a Teoria dos Estágios a partir da observação contínua das

crianças e seus erros. Esta teoria mostra os estágios do desenvolvimento da

inteligência.

· Estágios da Evolução do Raciocínio Segundo Jean Piaget

Piaget achava que o desenvolvimento da inteligência se processa para

que o sujeito consiga manter o equilíbrio com o meio ambiente. Quando este se

rompe o indivíduo atua sobre o que lhe afetou e busca o equilíbrio através da

25

adaptação e organização. A adaptação inclui assimilação e acomodação. A

assimilação faz com que o sujeito use as estruturas psíquicas que possui e se

não forem suficientes é preciso construir novas estruturas e isso se constituí na

acomodação.

A organização estabelece um equilíbrio entre estruturas existentes e as

novas, ou seja, reorganiza todo o conjunto, construindo e reconstruindo as

estruturas num processo contínuo. Estas construções obedecem um padrão que

estabelece os estágios de desenvolvimento da inteligência segundo a idade:

· Estágio 1 - SENSÓRIO-MOTOR - (0 - 2 anos) é o estágio desde

o nascimento até a aquisição da linguagem. O bebê assimila

mentalmente o meio ambiente através dos reflexos neurológicos. A

noção de espaço e tempo é criado pela ação. A inteligência é prática.

Por reflexo o bebê "mama" o que ele coloca na boca, "pega" tudo o que

está ao seu alcance e "vê" o que está na sua frente, até que seja capaz

de ver um objeto, pegá-lo e levá-lo à boca.

· Estágio 2 - PRÉ-OPERATÓRIA - (2 - 7 anos) é o estágio no qual

a criança se torna capaz de representar mentalmente o que ocorre no

meio, priorizando alguns aspectos e outros não, numa percepção

global. Não consegue estabelecer relações é centrada em si mesma.

· Estágio 3 - OPERATÓRIO-CONCRETO - (7 - 11 anos) é o

estágio em que a criança já é capaz de executar operações concretas,

consegue fazer relações e abstrair dados da realidade. Apresenta

sinais de lógica, peculiar dos alunos e começa a pensar de forma

organizada e sistemática.

· Estágio 4 - LÓGICO-FORMAL - (11 - 15 anos) é o estágio no

qual a criança consegue abstrair totalmente, realiza operações formais.

É capaz de pensar em todas as relações logicamente possíveis.

26

2.8. CONSTRUTIVISMO

É uma preocupação para o homem a questão de como se dá o

conhecimento e de como o Sujeito aprende.

A corrente empiricista, ao procurar responder a questão, argumenta

que o homem, ao nascer, é uma folha em branco e que a fonte do conhecimento

é o mundo exterior. O conhecimento é, portanto, adquirido através da experiência,

logo, se o meio é de melhor qualidade o sujeito é mais inteligente.

A corrente racionalista, ao contrário, responde a questão a partir do

pressuposto de que a fonte do conhecimento é a razão e que ela é inata, ou seja, que

ela nasce com o sujeito e o que resta é a sua descoberta ou desenvolvimento.

Piaget, por sua vez, nega a forma absoluta como essas teorias

explicam a questão do conhecimento. Ele considera a experiência física ou

empírica (Empiricismo), mas defende que a inteligência não depende só dela.

Acredita na razão (Racionalismo), mas não que ela é inata.

Piaget aborda a inteligência como algo dinâmico, decorrente da

construção de estruturas de conhecimento que, à medida que vão sendo

construídas, vão se alojando no cérebro.

A inteligência, portanto, não aumenta por acréscimo e sim por

reorganização.

Essa construção tem a sua base biológica, mas vai se dando na

medida em que ocorra interação, trocas recíprocas de ação com o objeto do

conhecimento, onde a ação intelectual sobre esse objeto refere-se a retirar dele

qualidades que a ação e a coordenação das ações do sujeito colocaram neles. A

experiência lógica-matemática (inteligência) provém da abstração sobre a sua

própria ação.

27

Os fatores de desenvolvimento para Piaget são:

· A maturação biológica;

· A experiência com objetos (experiências físicas);

· A transmissão social (informações que o adulto passa à criança);

· A equilibração.

Este último ponto é o que contrabalança os outros três, ou seja,

equilibra uma nova descoberta com todo o conhecimento até então construído

pelo sujeito. Os mecanismos de equilíbrio são: - a ASSIMILAÇÃO e a

ACOMODAÇÃO.

Todas as idéias tendem a ser ASSIMILADAS às possibilidades de

entendimento até então construídas pelo sujeito. Se ele já construiu as estruturas

necessárias, a aprendizagem tem o significado real a que se propôs. Se, ao

contrário, ele não possui essas estruturas construídas, a assimilação é

deformante, resultando no ERRO CONSTRUTIVO. Diante disso, havendo o

desafio, o sujeito faz um esforço contrário ao da assimilação. Ele modifica suas

hipóteses e concepções anteriores ajustando-as às experiências impostas pela

novidade que não foi possível de assimilação. É o que Piaget chama de

ACOMODAÇÃO: onde o sujeito age no sentido de transformar-se em função das

resistências impostas pelo objeto.

O desequilíbrio, portanto, é fundamental para que haja a falha, a fim de

que o sujeito sinta a necessidade de buscar o reequilíbrio, o que se dará a partir

da ação intelectual desencadeada diante do obstáculo: a ABSTRAÇÃO

REFLEXIVA. É aí, na abstração reflexiva que se dá à construção do

conhecimento lógico-matemático (inteligência), resultando num equilíbrio superior

e na conseqüente satisfação da necessidade.

Piaget afirma, então, que a criança conhece como o cientista, ou seja:

· Observando a realidade;

28

· Interrogando-se sobre ela;

· Investigando epistemologia

· Levantando hipóteses;

Elaborando uma teoria, que ele chamou de estudo crítico da ciência. O

aluno é o sujeito construtor do seu conhecimento e as deficiências ocorrem

quando há falhas na troca de ação entre o sujeito e o objeto do conhecimento.

29

CAPÍTULO III

TEORIA DESENVOLVIMENTISTA

30

“Sem a curiosidade que me move, que me inquieta, que me insere na

busca, não aprendo nem ensino” (Paulo Freire).

Apenas conceituaremos de forma sucinta três correntes das teorias

desenvolvimentista por entendermos que elas já se encontram suficientemente

explicitas no capitulo V das abordagens pedagógicas.

3.1. EMPIRISMO

A teoria que afirma que o desenvolvimento intelectual é determinado

pelo meio ambiente, ou seja, pela força do meio e não depende do sujeito é de

fora para dentro. O indivíduo não nasce inteligente e é submetido a estímulos

externos que desencadeiam reações que são assimilados ou não. O

desenvolvimento da inteligência estaria nestes estímulos e não no ser humano.

3.2. RACIONALISMO

A teoria que afirma que o desenvolvimento intelectual é determinado

pelo sujeito e não pelo meio, ou seja, de dentro para fora. Afirma que o indivíduo

nasce inteligente e com o passar do tempo reorganiza a inteligência pelas

percepções do meio ambiente. A capacidade de cada ser humano determina

como ele percebe a realidade e isto independe de estímulos externos.

3.3. CONSTRUTIVISMO

A teoria que afirma que o desenvolvimento intelectual é determinado

pela relação do sujeito com o meio. A teoria se baseia em que o ser humano não

nasce inteligente mas também não é totalmente dependente da força do meio.

Pelo contrário, interage com o meio ambiente respondendo aos estímulos

externos, analisando, organizando e construindo seu conhecimento. A teoria

apregoa que a partir do ERRO é possível construir o conhecimento através de um

processo contínuo de fazer e refazer.

31

CAPÍTULO IV

INTELIGÊNCIAS E NOVAS TECNOLOGIAS

32

“A educação e o processo pelo qual o indivíduo desenvolve a condição humana, com todos os seus poderes funcionando com harmonia e completa, em relação à natureza e a sociedade. Além do mais, era o mesmo processo pelo qual a humanidade, como um todo, se elevando do plano animal e continuaria a se desenvolver ate sua condição atual. Implica tanto a evolução individual quanto a universal”.

(Friedrich Froebel[)

Howard Gardner, psicólogo americano é o autor da teoria das

inteligências múltiplas. Howard definiu sete inteligências a partir do conceito que o

ser humano possui um conjunto de diferentes capacidades. São elas:

4.1. LÓGICA-MATEMÁTICA

Está associada diretamente ao pensamento científico ao raciocínio

lógico e dedutivo.

4.2. LINGÜISTICA

Está associada à habilidade de se expressar por meio da linguagem

verbal, escrita e oral.

4.3. ESPACIAL

Está associada ao sentimento de direção, à capacidade de formar um

modelo mental e utilizá-lo para se orientar.

4.4. CORPORAL-CINESTÉSICA

Está associada aos movimentos do corpo que pode ser um instrumento

de expressão.

4.5. INTERPESSOAL

Está associada à capacidade de se relacionar com as pessoas.

33

4.6. INTRAPESSOAL

Está associada à capacidade de se estar bem consigo mesmo, de

conseguir administrar os próprios sentimentos.

4.7. MUSICAL

Está associado à capacidade de se expressar por meio da música, ou

seja, dos sons organizando-os de forma criativa a partir dos tons e timbres.

4.8. NATURALISTA

Howard atualmente estuda numa oitava inteligência, chamada

NATURALISTA, que está associada à capacidade humana de reconhecer objetos

na natureza.

Na verdade o fundamental não é quantas inteligências temos, mas o

desenvolvimento de todas elas segundo nossas aptidões. Na escola o professor

deve propor o estudo de um tema de mais de uma maneira, como por exemplo:

com histórias, trabalhos de arte, experiências práticas, projetos em grupo, fixação

dos conteúdos via softwares educacionais específicos etc. e posteriormente o

aluno deve ser avaliado por todas suas capacidades, por inteiro.

Os novos paradigmas para a educação determinam que os alunos são

os construtores do seu conhecimento. Neste processo a intuição e a descoberta

são elementos fundamentais para a construção do conhecimento. Neste novo

modelo educacional o aluno deve ser considerado como um ser total que possui

outras inteligências além da lingüística e da lógica-matemática, que devem ser

desenvolvidas e o professor deve ser um facilitador do processo de

aprendizagem, e não mero transmissor de informações prontas.

34

4.9. INTELIGÊNCIA EMOCIONAL

Daniel Goleman, psicólogo americano afirma que o controle das

emoções é o fator essencial para o desenvolvimento da inteligência do indivíduo.

Inteligência Emocional é uma teoria que redefine o que é ser inteligente e o

quanto à emoção interfere no desenvolvimento da inteligência. É um novo

caminho em busca do equilíbrio entre o intelectual e o emocional a fim de garantir

um futuro mais promissor e uma sociedade mais feliz.

4.10. NOVAS TENDÊNCIAS

Urie Bronfenbrenner, psicólogo russo, radicalizado nos EE.UU. é o

autor da teoria que atualmente é um dos principais referenciais teóricos para o

estudo do desenvolvimento da criança. A obra "A Ecologia do Desenvolvimento

Humano: experimentos naturais e planejados" é o estudo científico de uma

progressiva e mútua acomodação, através do curso da vida entre um ativo ser

humano em crescimento e as propriedades em mudanças nos ambientes

imediatos nos quais a pessoa em desenvolvimento vive; como este processo é

afetado pelas relações entre esses ambientes e num contexto maior pelos

ambientes nos quais estão inseridos (Bronfenbrenner, 1992, p.188).

A teoria pressupõe que o homem vive continuamente em

desenvolvimento e este depende diretamente dos microssistemas com os quais o

indivíduo interage.

A relação entre dois ou mais microssistemas onde a pessoa em

desenvolvimento interage é chamada de mesossistemas.

Existe mais um nível, o do exossistemas que envolve a ligação e os

processos entre dois ou mais ambientes, onde a pessoa em desenvolvimento

atua. Finalmente Bronfenbrenner apresenta o macrossistema que envolve todos

os outros.

35

Esta teoria com o modelo envolvendo diversos sistemas propõe a

discussão das questões referentes ao desenvolvimento humano e oferecem

possibilidades para futuras pesquisas.

36

CAPÍTULO V

ABORDAGENS PEDAGÓGICAS

37

“Tão importante quanto o que se ensina e se aprende e como se

ensina e como se aprende” (Cesar Coll).

5.1. ABORDAGEM TRADICIONAL

· Características Gerais: Trata-se de uma concepção e uma

prática educacional que persistem no tempo, em suas diferentes formas, e que

passaram a fornecer um quadro diferencial para todas as demais abordagens que

a ela se seguiram.

Como se sabe, o adulto, na concepção tradicional, é considerado como

homem acabado, "pronto" e o aluno um "adulto em miniatura", que precisa ser

atualizado. O ensino será centrado no professor. O aluno apenas executa

prescrições que lhe são fixadas por autoridades exteriores.

· Homem: O homem é considerado como inserido num mundo que

irá conhecer através de informações que lhe serão fornecidas. É um receptor

passivo até que, repleto das informações necessárias, pode repeti-las a outros

que ainda não as possuam, assim como pode ser eficiente em sua profissão,

quando de posse dessas informações e conteúdos.

· Mundo: A realidade é algo que será transmitido ao indivíduo

principalmente pelo processo de educação formal, além de outras agências, tais

como família, Igreja.

· Sociedade-Cultura: O objetivo educacional normalmente se

encontra intimamente relacionado aos valores apregoados pela sociedade na qual

se realiza.

Os Programas exprimem os níveis culturais a serem adquiridos na

trajetória da educação formal. A reprovação do aluno passa a ser necessária

quando o mínimo cultural para aquela faixa não foi atingido, e as provas e exames

38

são necessários à constatação de que este mínimo exigido para cada série foi

adquirido pelo aluno.

O diploma pode ser tomado como um instrumento de hierarquização.

Dessa forma, o diploma iria desempenhar um papel mediador entre a formação

cultural e o exercício de funções sociais determinadas.

Pode-se afirmar que as tendências englobadas por esse tipo de

abordagem possuem uma visão individualista do processo educacional, não

possibilitando, na maioria das vezes, trabalhos de cooperação nos quais o futuro

cidadão possa experienciar a convergência de esforços.

· Conhecimento: Parte-se do pressuposto de que a inteligência

seja uma faculdade capaz de acumular/armazenar informações. Aos alunos são

apresentados somente os resultados desse processo, para que sejam

armazenados.

Evidencia-se o caráter cumulativo do conhecimento humano, adquirido

pelo indivíduo por meio de transmissão, de onde se supõe o papel importante da

educação formal e da instituição escola.

Atribui-se ao sujeito um papel insignificante na elaboração e aquisição

do conhecimento. Ao indivíduo que está "adquirindo" conhecimento compete

memorizar definições, anunciando leis, sínteses e resumos que lhes são

oferecidos no processo de educação formal.

· Educação: Entendida como instrução, caracterizada como

transmissão de conhecimentos e restrita à ação da escola.

Às vezes, coloca-se que, para que o aluno possa chegar, e em

condições favoráveis, há uma confrontação com o modelo, é indispensável uma

intervenção do professor, uma orientação do mestre.

39

Trata-se, pois, da transmissão de idéias selecionadas e organizadas

logicamente.

· Escola: A escola é o lugar por excelência onde se realiza a

educação, a qual se restringe, a um processo de transmissão de informações em

sala de aula e funciona como uma agência sistematizadora de uma cultura

complexa.

Considera o ato de aprender como uma cerimônia e acha necessário

que o professor se mantenha distante dos alunos.

Uma escola desse tipo é freqüentemente utilitarista quanto a resultados

e programas preestabelecidos.

As possibilidades de cooperação entre pares são reduzidas, já que a

natureza da grande parte das tarefas destinadas aos alunos exige participação

individual de cada um deles.

· Ensino-aprendizagem: A ênfase é dada às situações de sala de

aula, onde os alunos são "instruídos" e "ensinados" pelo professor. Os conteúdos

e as informações têm de ser adquiridos, os modelos imitados.

Seus elementos fundamentais são imagens estáticas que

progressivamente serão "impressas" nos alunos, cópias de modelos do exterior

que serão gravadas nas mentes individuais.

Uma das decorrências do ensino tradicional, já que a aprendizagem

consiste em aquisição de informações e demonstrações transmitidas, é a que

propicia a formação de reações estereotipadas, de automatismos denominados

hábitos, geralmente isolados uns dos outros e aplicáveis, quase sempre, somente

às situações idênticas em que foram adquiridos. O aluno que adquiriu o hábito ou

que "aprendeu" apresenta, com freqüência, compreensão apenas parcial.

40

Ignoram-se as diferenças individuais.

É um ensino que se preocupa mais com a variedade e quantidade de

noções/conceitos/informações que com a formação do pensamento reflexivo.

· Professor-aluno: O professor-aluno é vertical, sendo que (o

professor) detém o poder decisório quanto à metodologia, conteúdo, avaliação,

forma de interação na aula etc.

O professor detém os meios coletivos de expressão. A maior parte dos

exercícios de controle e dos de exames se orienta para a reiteração dos dados e

informações anteriormente fornecidos pelos manuais.

· Metodologia: Se baseia na aula expositiva e nas demonstrações

do professor a classe, tomada quase como auditório.

O professor já traz o conteúdo pronto e o aluno se limita

exclusivamente a escutá-lo a didática profissional quase que poderia ser resumida

em dar a lição e tomar a lição.

No método expositivo como atividade normal, está implícito o

relacionamento professor-aluno, o professor é o agente e o aluno é o ouvinte. O

trabalho continua mesmo sem a compreensão do aluno somente uma verificação

a posterior é que permitirá o professor tomar consciência deste fato. Quanto ao

atendimento individual há dificuldades, pois a classe fica isolada e a tendência é

de se tratar todos igualmente.

· Avaliação: A avaliação visa à exatidão da reprodução do

conteúdo comunicado em sala de aula. As notas obtidas funcionam na sociedade

como níveis de aquisição do patrimônio cultural.

41

5.2 ABORDAGEM COMPORMENTALISTA

· Características gerais: O conhecimento é uma "descoberta" e é

nova para o indivíduo que a faz. O que foi descoberto, porém, já se encontrava

presente na realidade exterior.

Os comportamentalistas consideram a experiência ou a

experimentação planejada como a base do conhecimento, o conhecimento é o

resultado direto da experiência.

· O homem: O homem é uma conseqüência das influências ou

forças existentes no meio ambiente a hipótese de que o homem não é livre é

absolutamente necessária para se poder aplicar um método científico no campo

das ciências.

O homem dentro desse referencial é considerado como o produto de

um processo evolutivo.

· O mundo: A realidade para Skinner é um fenômeno objetivo; O

mundo já é construído e o homem é produto do meio.

O meio pode ser manipulado. O comportamento, por sua vez, pode ser

mudado modificando-se as condições das quais ele é uma função, ou seja,

alterando-se os elementos ambientais. O meio seleciona.

· Sociedade-Cultura: A sociedade ideal, para Skinner, é aquela

que implicarias um planejamento social e cultural.

Qualquer ambiente físico ou social deve ser avaliado de acordo com

seus efeitos sobre a natureza humana. A cultura é representada pelos usos e

costumes dominantes, pelos comportamentos que se mantém através dos

tempos.

42

· Conhecimento: O conhecimento é o resultado direto da

experiência, o comportamento é estruturado indutivamente, via experiência.

· Educação: A educação está intimamente ligada à transmissão

cultural.

A educação, pois, deverá transmitir conhecimentos, assim como

comportamentos éticos, práticas sociais, habilidades consideradas básicas para a

manipulação e controle do mundo/ambiente.

· Escola: A escola é considerada e aceita como uma agência

educacional que deverá adotar forma peculiar de controle, de acordo com os

comportamentos que pretende instalar e manter.

· Ensino-aprendizagem: É uma mudança relativamente

permanente em uma tendência comportamental e ou na vida mental do indivíduo,

resultantes de uma prática reforçada.

· Professor-aluno: Aos educandos caberia o controle do processo

de aprendizagem, um controle científico da educação, o professor teria a

responsabilidade de planejar e desenvolver o sistema de ensino-aprendizagem,

de forma tal que o desempenho do aluno seja maximizado, considerando-se

igualmente fatores tais como economia de tempo, esforços e custos.

· Metodologia: Nessa abordagem, se incluem tanto a aplicação da

tecnologia educacional e estratégias de ensino, quanto formas de reforço no

relacionamento professor-aluno.

· Avaliação: Decorrente do pressuposto de que o aluno progride

em seu ritmo próprio, em pequenos passos, sem cometer erros, a avaliação

consiste, nesta abordagem, em se constatar se o aluno aprendeu e atingiu os

objetivos propostos quando o programa foi conduzido até o final de forma

adequada.

43

· Considerações finais: O meio pode ser controlado e manipulado

e, conseqüentemente, também o homem pode ser controlado e manipulado.

O ensino é tratado em função de uma tecnologia que, além da

aplicação de conhecimentos científicos à prática pedagógica, envolve um

conjunto de técnicas diretamente aplicáveis em situações concretas de sala de

aula.

5.3. ABORDAGEM HUMANISTA

· Características Gerais: Nesta abordagem é dada a ênfase no

papel do sujeito como principal elaborador do conhecimento humano. Da ênfase

ao crescimento que dela se resulta, centrado no desenvolvimento da

personalidade do indivíduo na sua capacidade de atuar como uma pessoa

integrada. O professor em si não transmite o conteúdo, dá assistência sendo

facilitador da aprendizagem. O conteúdo advém das próprias experiências do

aluno o professor não ensina: apenas cria condições para que os alunos

aprendam.

· Homem: É considerado como uma pessoa situada no mundo.

Não existem modelos prontos nem regras a seguir, mas um processo de vir a ser.

O objetivo do ser humano é a autorealização ou uso pleno de suas

potencialidades e capacidades o homem se apresenta como um projeto

permanente e mau acabado.

· Mundo: O mundo é algo produzido pelo homem diante de si

mesmo. O mundo teria o papel fundamental de crias condições de expressão

para a pessoa, cuja tarefa vital consiste no pleno desenvolvimento do seu

potencial inerente. A ênfase é no sujeito mais uma das condições necessárias

para o desenvolvimento individual é o ambiente. Na experiência pessoal e

subjetiva o conhecimento é construído no decorrer do processo de vir a ser da

pessoa humana. É atribuído ao sujeito papel central e primordial na elaboração e

criação do conhecimento.

44

Ao experienciar o homem conhece. O conhecimento é inerente à

atividade humana. O ser humano tem curiosidade natural para o conhecimento.

· Educação: Trata-se da educação centrada na pessoa, já que

nessa abordagem o ensino será centrado no aluno. A educação tem como

finalidade primeira à criação de condições que facilitam a aprendizagem de forma

que seja possível seu desenvolvimento tanto intelectual como emocional seria a

criação de condições nas quais os alunos pudessem tornar-se pessoas de

iniciativas, de responsabilidade, autodeterminação que soubessem aplicar-se a

aprendizagem no que lhe servirão de solução para seus problemas servindo-se

da própria existência.

Nesse processo os motivos de aprender deverão ser do próprio aluno.

Auto descoberta e autodeterminação são características desse processo.

· Escola: A escola será uma escola que respeite a criança tal qual

é, que ofereça condições para que ela possa desenvolver-se em seu processo

possibilitando a autonomia do aluno. O princípio básico consiste na idéia da não

interferência com o crescimento da criança e de nenhuma pressão sobre ela.

O ensino numa abordagem como esta consiste num produto de

personalidades únicas, respondendo as circunstâncias únicas num tipo especial

de relacionamentos.

A aprendizagem tem a qualidade de um envolvimento pessoal.

· Professor-Aluno: Cada professor desenvolverá seu próprio

repertório de uma forma única, decorrente da base percentual de seu

comportamento. O processo de ensino irá depender do caráter individual do

professor, como ele se relaciona com o caráter pessoal do aluno. Assume a

função de facilitador da aprendizagem e nesse clima entrará em contato com

problemas vitais que tenham repercussão na existência do estudante.

45

Isso implica que o professor deva aceitar o aluno tal como é e

compreender os sentimentos que ele possui.

O aluno deve responsabilizar-se pelos objetivos referentes a

aprendizagem que tem significado para eles.

As qualidades do professor podem ser sintetizadas em autenticidade

compreensão empática, aceitação e confiança no aluno.

· Metodologia: Não se enfatiza técnica ou método para facilitar a

aprendizagem. Cada educador eficiente deve elaborar a sua forma de facilitar a

aprendizagem no que se refere ao que ocorre em sala de aula é a ênfase

atribuída à relação pedagógica, a um clima favorável ao desenvolvimento das

pessoas que possibilite liberdade para aprender.

· Avaliação: Só o indivíduo pode conhecer realmente sua

experiência, só pode ser julgada a partir de critérios internos do organismo. O

aluno deverá assumir formas de controle de sua aprendizagem, definir e aplicar

os critérios para avaliar até onde estão sendo atingidos os objetivos que pretende,

com responsabilidade. O diretivismo no ensino é aqui substituído pelo não

diretivismo: As relações verticais impostas por relações EU - TU e nunca EU -

ISTO; As avaliações de acordo com padrões prefixados, por auto avaliação dos

alunos.

Considerando-se, pois o fato de que só o indivíduo pode conhecer

realmente a sua experiência, esta só pode ser julgada a partir de critérios internos

do organismo.

46

5.4. ABORDAGEM COGNITIVISTA

· Características gerais: A organização do conhecimento,

processamento de informações estilos de pensamento ou estilos cognitivos,

comportamentos relativos à tomada de decisões, etc.

· Homem e mundo: O homem e mundo serão analisados

conjuntamente, já que o conhecimento é o produto da interação entre eles, entre

sujeito e objeto.

· Sociedade-cultura: Os fatos sociológicos, pois, tais como regras,

valores, normas, símbolos etc. De acordo com este posicionamento, variam de

grupo para grupo, de acordo como o nível mental médio das pessoas que

constituem o grupo.

· Conhecimento: O conhecimento é considerado como uma

construção contínua. A passagem de um estado de desenvolvimento para o

seguinte é sempre caracterizada por formação de novas estruturas que não

existiam anteriormente no indivíduo.

· Educação: O processo educacional, consoante a teoria de

desenvolvimento e conhecimento, tem um papel importante, ao provocar

situações que sejam desequilibradoras para o aluno, desequilíbrios esses

adequados ao nível de desenvolvimento em que a criança vive intensamente

(intelectual e afetivamente) cada etapa de seu desenvolvimento.

47

CAPÍTULO VI

O PAPEL DO PROFESSOR

48

“Mestre não e que sempre ensina, mas quem de repente aprende”

(Guimarães Rosa).

Tendo por base os princípios construtivistas, o professor redimensiona

o seu trabalho. É agora, o mediador da relação entre o sujeito que aprende e o

objeto do conhecimento. Mediação, que nada mais é do que a intervenção

planejada para favorecer a ação do aprendiz sobre o objeto. Ação essa que se

encontra na origem da aprendizagem.

Para o exercício da mediação, o professor precisa ter instrumentos

para detectar com clareza o que seus alunos já sabem e o que eles não sabem.

Para isso necessita de um conhecimento consistente do conteúdo, o objeto do

conhecimento e de informações sobre o processo de construção, que lhe permite

favorecer, antecipar o caminho através do qual o aluno vai se apropriar desse

conhecimento.

"Um mediador é alguém que, em cada momento, em cada circunstância, toma decisões pedagógicas conscientes: nunca está limitado a corrigir ou deixar errada, pois além de informar e respeitar o erro quando construtivo, ele pode problematizar, questionar, ajudar a pensar".

(Telma Weisz)

Numa proposta pedagógica embasada na teoria construtivista, o

professor VÊ, OLHA e ESCUTA o aluno. INTERROGA-SE sobre ele, sobre o

processo que está percorrendo e aí DEFINE A AÇÃO. Essa ação é a expressão

da hipótese formulada por ele através da leitura que faz da sua turma.

"É preciso ter presente que ao aprendiz como sujeito de sua prática de

aprendizagem corresponde, necessariamente, um professor sujeito da sua prática

docente e, para construir a sua competência, o único caminho é o da reflexão

sobre a sua prática”.

49

6.1. O PROCESSO ENSINO-APRENDIZAGEM E O

PROFESSOR

Segundo Mizukami, a partir de análises feitas sobre as diferentes

abordagens do processo ensino-aprendizagem pôde-se constatar que certas

linhas teóricas são mais explicativas de alguns aspectos do que de outros,

percebendo-se assim a possibilidade de articulação das diversas propostas de

explicação do fenômeno educacional. Ela procura fazer uma sistematização

válida de conceitos do fenômeno estudado.

Mesmo com teorias incompletas por estarem ainda em fase de

elaboração ou reelaboração, faltando validação empírica ou confronto com o real.

Lembrando ainda as teorias não são as únicas fontes de resposta possíveis e

incorrigíveis, pois ...

"elas são elaboradas para explicar, de forma sistemática , determinados fenômenos , e os dados do real é que irão fornecer o critério para a sua aceitação ou não , instalando-se, assim , um processo de discussão permanente entre teoria e prática."

(Mizukami, Maria da Graça Nicoletti, pág. 107)

Mizukami ainda critica a formação de professores colocando que o

aprendido pelos professores nada tinha a ver com a prática pedagógica e seu

posicionamento frente ao fenômeno educacional. A experiência pessoal refletiria

um comportamento coerente por parte do educador, pondo fim assim ao

permanente processo de discussão entre teoria e prática.

Uma possível solução seria repensar os cursos de formação de

professores, voltando às atenções principalmente para as disciplinas pedagógicas

que analisam as abordagens do processo ensino-aprendizagem, procurando

articulá-los à prática pedagógica.

Também é discutida uma forma de aproximar cada vez mais as opções

teóricas existentes como o analisar, discutir, da vivência na prática e à partir da

50

prática, se pudesse discutir e criticar as opções teóricas confrontando com a

mesma prática. É tentar criar teorias através da prática, analisando o cotidiano e

questionando Evitando-se assim a utilização de Receituários pedagógicos, que é

o que a autora chama de seguir cegamente a teoria ignorando a prática.

"Um curso de professores deveria possibilitar confronto entre abordagens, quaisquer que fossem elas, entre seus pressupostos e implicações, limites, pontos de contraste e convergência. Ao mesmo tempo, deveria possibilitar ao futuro professor a análise do próprio fazer pedagógico, de suas implicações, pressupostos e determinantes, no sentido de que ele se conscientizasse de sua ação, para que pudesse, além de interpretá-la e contextualizá-la, superá-la constantemente”.

(Mizukami, Maria da Graça Nicoletti, pág. 109)

Alguns dados revelam que são preferidas pelos professores as

abordagens cognitivista e sócio-cultural deixando as abordagens tradicional e

comportamentalista em segundo plano . E também que a abordagem que mais

faz sucesso neste momento histórico é a cognitivista.

"Na abordagem cognitivista apresentada neste trabalho (a piagetiana) e a preferida pelos professores, desde que o aluno se encontre em um ambiente que o solicite devidamente, e que tenha sido constatada a ausência de distúrbios biológicos ligados preponderantemente à atividade cerebral, ele terá condições de chegar ao estágio das operações formais. Não se justificam nem se legitimam, por esta abordagem, desigualdades baseadas nas potencialidades de cada um, tal como poderia decorrer dos princípios escolanovistas. Estaria neste detalhe, talvez de grande importância, já que o determinismo biológico age mais em função de determinar desenvolvimento, do que de determinar máximos de desenvolvimento para cada sujeito, a idéia que despertaria maior interesse para um trabalho realizado por um profissional com as idiossincrasias de um educador?"

(Mizukami, Maria da Graça Nicoletti, pág. 111)

De forma genérica tanto o cognitivismo, humanismo e

comportamentalismo apresentam aspectos ascolanovistas que os colocam contra

a escola tradicional. Um outro elemento a ser considerado é a ligação entre o

51

desenvolvimento intelectual e os ideais apregoados pelo ensino tradicional

elaborado através dos séculos.

Concluindo, de todas as abordagens analisadas obteve-se quase

plenamente preferência dos professores pela abordagem cognitivista por que esta

abordagem se baseia numa teoria de desenvolvimento em grande parte válida, e

também a abordagem sócio-cultural que complementa o desenvolvimento

humano e genético com aspectos sócio-culturais e personalistas. Sendo que a

abordagem sócio-cultural está impregnada de aspectos humanistas

característicos das primeiras obras de Paulo Freire.

O ideário pedagógico dos de alguns professores não segue nenhuma

das abordagens, e são classificados como tendência indefinida dentre as demais

abordagens.

6.2. PROFESSOR EFICAZ

Levando-se em conta a formação dos professores, é necessário se

fazer todo um processo de reformulação mudando-se a constituição dos sistemas

educacionais de licenciatura, magistério e pedagogia, para renovação e elevação

de sua qualidade.

Atualmente pesquisas são feitas no sentido de requalificar os cursos,

aumentando e enriquecendo o seu conteúdo teórico e prático com o intuito de

melhorar a baixa qualidade do ensino, pois acredita-se que este fato se deve à

falta de qualidade profissional.

Dados levantados informam que os níveis de qualificação profissional

dos professores vêm aumentando e melhorando nas redes Estaduais e

Municipais. Mas por outro lado também aumentam os índices de evasão e

reprovação que denunciam a baixa qualidade de educação escolar básica.

52

O confronto entre essas duas tendências, aumento dos níveis de

qualificação e persistência da desqualificação da escola, mostra a urgência de

colocar nossa reflexão e nossas políticas sobre a formação de professores em

níveis mais estruturais. E tentar agir de uma forma específica em que se

determine exatamente o problema que não está somente no professor e sim em

todo o processo.

6.3. TECNOLOGIA EDUCACIONAL

A globalização traz em seu escopo inovações tecnológicas, que por

seu caráter educacional construtivista, vem de encontro a mudanças necessárias

e importantes para os processos de ensino e aprendizagem, em função de novos

rumos paradigmáticos na construção do conhecimento individual e coletivo.

O volume de informações disponíveis hoje em dia, através dos vários

meios de informação e comunicação, atribuem uma nova característica a

sociedade transformando-a em uma sociedade de informação que tem

privilegiado a comunicação como elemento fundamental no seu relacionamento

com indivíduos, grupos ou comunidades.

A informação não é necessariamente conhecimento adquirido ou

produzido, maior, ou melhor. O conhecimento torna-se eficaz, quando a

informação é assimilada integrando uma visão ética pessoal da vida, do mundo e

da sociedade na qual vivemos e nos integramos. Quando transforma-se em

sabedoria, em saber pensar para melhor agir e viver.

O desafio educacional é tornar a informação significativa, pela melhor

escolha dentre uma gama abrangente, priorizando aquilo que é mais importante,

para que a informação seja compreendida, internalizada e venha a fazer parte do

referencial existencial do sujeito de saber.

Em geral aprende-se pela leitura, pelo interesse, pela motivação,

quando vivenciamos, experimentamos e sentimos novas dimensões do

53

conhecimento que tornam-se significativas para nós. Aprendemos quando

interagimos uns com os outros, com o mundo ao nosso redor. Quando nos

voltamos para nós mesmos e nos vemos como um sujeito de saber, existencial e

real.

A aprendizagem significativa ultrapassa os limites dos bancos

escolares e universitários, das salas de aula, dos professores, mantendo-se a

idéia de domínio de situações reais e contextualizadas da nossa vida. A

aprendizagem significativa transcende o comportamento ético, a modificação das

estruturas de conhecimento, as relações sociais e afetivas, objetivando tornar o

sujeito de saber, o indivíduo, um ser humano real, concreto e existente, aqui e

agora.

Em um contexto científico-cultural mecanicista, em que o conhecimento

é altamente departamentalizado e a aprendizagem é avaliada através de

processos que priorizam a mera reprodução do conhecimento, há que se

pretender modificar a estrutura básica, de modo que uma aproximação holística e

sistêmica venha a ser enfatizada, para que o sujeito de saber, o indivíduo, venha

a aprender significativamente tornando a informação um conhecimento existencial

na sua vida, no seu desenvolvimento profissional, no seu relacionamento em

sociedade. O advento das novas tecnologias de conhecimento e informação,

trazem à luz um novo perfil de sujeito de saber. As suas expectativas são muito

variadas, passando pela solução de problemas através da aplicação de estudos,

a satisfação de necessidades de conhecimento e competência, bem como pela

melhoria de sua posição profissional ou trabalhista. Deve-se levar em conta a

perspectiva de conhecimento de outras pessoas, com as quais venha a ter algum

tipo de relacionamento interativo e afetivo, além do reconhecimento social e do

sentimento de pertença, tão característico do ser humano.

Este novo sujeito de saber está em busca de autonomia e

competência. O seu tempo é precioso e não pode ser gasto de modo

desproposital. É o sujeito de saber que busca o sistema educacional por iniciativa

própria, que deve ter em si mesmo propósito e determinação ao perseguir seus

54

objetivos. É um sujeito de saber interagente e interativo. Ele mesmo participa do

seu próprio processo de aprendizagem, ele mesmo deve ser considerado centro

gerador do seu processo de aprendizagem significativa.

6.4. AS NOVAS TECNOLOGIAS DA APRENDIZAGEM

A educação brasileira está se adaptando às necessidades da

sociedade, e o principal desafio é a adaptação às grandes modificações sociais,

culturais e econômicas criadas pela explosão das novas tecnologias. Nesse

sentido, inovar é indispensável, e urgente, mas não se trata de adaptar a

educação às tecnologias, e sim iniciar um novo momento de aprendizado.

Muitas escolas já estão equipadas para fazer uso da nova filosofia. Por

outro lado, a frieza das altas tecnologias impõe uma contrapartida indispensável

de calor humano: quanto mais tecnológica é uma sociedade, mais necessita de

compensações ao nível dos valores humanos e da afetividade. É aqui que se

situa a função-chave de uma escola reinventada: dar estrutura a um mundo de

diversidade, fornecer os contextos e saberes de base para uma autonomia de

sucesso nesse mundo, e fornecer as respostas humanas compensatórias de que

a escola dos nossos dias se está a distanciar tão perigosamente.

E o professor? O computador, a TV ou qualquer outra tecnologia não

irá substituir o professor. Em contrapartida, ele, como capital humano, buscará

instrumentalizar-se apoiado por uma base compensatória. O “produto” que dele

sai: o aluno efetivamente alfabetizado, informado, politizado, conscientizado do

seu valor e da sua responsabilidade no mundo moderno é a mola mestra para

impulsionar a capacidade da aventura do professor por saberes diversificados.

Teoria e Prática: Para que o educador possa construir

progressivamente a sua competência profissional, é necessário que tematize sua

prática, produzindo conhecimento pedagógico enquanto planeja, pesquisa, avalia

55

e articula experiências com seus parceiros, criando intervenções que favoreçam o

desenvolvimento do aluno.

Dentro de um contexto psicológico e educacional, a escola passa por

inúmeras “experiências” e no decorrer deste século importantes vertentes teóricas

foram construídas. Procurando traçar um paralelo entre as teorias educacionais e

a tecnologia presente hoje dentro das escolas.

6.5. ASPECTOS POSITIVOS E NEGATIVOS NOS

RELACIONAMENTOS

· Professor/professor

Quanto ao relacionamento professor/professor, observamos duas

situações. A cooperação a ajuda mutua, o companheirismo.

A inveja, a perseguição e a falta de bom senso como obstáculos ao

desenvolvimento mutuo e recíproco.

· Professor/aluno

Na relação professor/aluno podemos verificar as seguintes situações:

cooperação e a integração, a superação de barreiras pelo aluno com o auxilio do

seu mestre, e o esforço na busca da técnica mais adequada por parte deste.

A parte negativa e quando ambos aluno e professor se indispõe ao

dialogo e conseqüentemente ao processo educacional.

· Professor/diretor

No relacionamento professor/direção vimos que cada um tem a sua

função, mas, que todos devem ter o mesmo objetivo. Caso contrario o processo

educacional pode não atingir o seu objetivo final.

56

6.6. O PAPEL DO DOCENTE UNIVERSITÁRIO.

Progresso verificado em muitas áreas do desenvolvimento humano, os

desafios do mundo de hoje são maiores. Uma rápida visão das tendências globais

mostra uma serie de processos concorrentes, às vezes ate contraditórios, com a

democratização, globalização, regionalização, polarização, marginalização e

fragmentação. Todas essas tendências te sua parte no desenvolvimento do

ensino superior e pedem respostas adequadas. Não menos importantes são as

mudanças imperativas de desenvolvimento econômico e tecnológico e as

modificações nas estratégias de desenvolvimento econômico e tecnológico e as

modificações nas estratégias de desenvolvimento com a contribuição da

UNESCO, que busca um desenvolvimento sustentável humano, em que o

crescimento econômico sirva ao desenvolvimento social e assegure um meio

ambiente sustentável.

A busca de soluções aos problemas que surge desses processos

depende da educação, incluindo-se ai o ensino superior. A relevância do ensino

superior e considerada principalmente em termos do papel e do espaço deste na

sociedade, suas funções com referencia ao ensino, a pesquisa e aos serviços

resultantes, assim como os termos de suas ligações como o mundo do trabalho

de uma forma geral, relações com Estado e recursos políticos, alem de interações

com outros níveis e formas de educação. Ao professor universitário e assegurado

especial papel pela eminência acadêmica por representar um importante fator da

autoridade moral e intelectual acadêmica, para a preservação e promulgação da

cultura institucional.

A tarefa do docente universitário no contexto socioeconômico

brasileiro. O sistema educacional e um sistema de inter-relacionamento com a

sociedade. No Brasil, a riqueza de nossa sociedade expressa-se pela diversidade

de valores culturais e históricos, o que torna a tarefa dos educadores brasileiros

um desafio enriquecedor, um dos desafios econômicos críticos que muitos paises

enfrentam, inclusive os mais industrializados, e como aumentar suas habilidades

para adaptar-se as mudanças na economia, na tecnologia e no comercio

57

internacional. A medida e a profundidade dessas mudanças são sem precedentes

e afetam muitos domínios da atividade humana. Eles criam novas oportunidades,

mas também trazem numerosos problemas, especialmente com referencia ao

mundo do trabalho. O ensino superior tem sido, cada vez mais, um parceiro

importante para todos os envolvidos no desenvolvimento humano e na construção

de relações mais cooperativas e participatórias na sociedade estão diretamente

relacionados ao uso efetivo e ao desenvolvimento das oportunidades

educacionais existentes inclusive em nível de ensino superior. A tarefa do

professor universitário hoje se integra com a função do ensino superior, que e um

dos aspectos-chave para se colocarem em movimento processos mais amplos,

que são necessários para se lidar com os desafios do mundo moderno. O ensino

superior e outras instituições e organizações cientificas e profissionais através de

suas funções no ensino, treinamento, pesquisa e serviços, representam um fator

necessário no desenvolvimento e na implementação das estratégias e políticas de

desenvolvimento. E necessária uma nova visão do ensino superior, que combine

a demanda da universalidade do ensino superior com o imperativo por maior

relevância, para que seja possível dar respostas às expectativas da sociedade na

qual tem sua função. Essa visão da ênfase aos princípios de liberdade acadêmica

e de autonomia institucional, ao mesmo tempo em que enfatiza a necessidade de

se prestar constas à sociedade.

58

CONCLUSÃO

A partir das diversas análises feitas sobre as diferentes abordagens do

processo ensino aprendizagem que podem ser constatadas em certas linhas

teóricas.

Podemos observar que as teorias são elaboradas para explicar de

forma sistemática determinados fenômenos, e os dados do real é que irão

fornecer o critério para a sua aceitação ou não, instalando-se, assim, um

processo de discussão permanente entre teoria e prática.

Este trabalho tem a intenção de colaborar na união da formação de

professores com a prática pedagógica em seu posicionamento frente ao

fenômeno educacional.

59

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ARANHA, Maria Lucia de Arruda. Filosofia da Educação. Ed. Moderna. São

Paulo, 1997.

ARAÚJO, Elizabeth de Melo Bonfin. Reforma Universitária: Suas Causas e

Conseqüências. In. TUBINO, Manoel José Gomes. Universidade Ontem e Hoje.

São Paulo: IBRASA, 1984.

AUSUBEL, D. (1963). The Psychology of Meaningful Verbal Learning. New

York: Grune & Stratton.

BELLONI, Isaura. Funções da Universidade: Notas para Reflexão. In

BRANDÃO, Zaia, WARDE, Miriam, IANNI, Otávio. Universidade e Educação.

Campinas: Papirus, 1992.

BOAVENTURA, Edivaldo M. Universidade e Multidisciplinaridade. Rio de

Janeiro: Tempo Brasileiro, 1986.

CARVALHO, André. Ecologia. 7ª ed., Belo Horizonte, MG: Lê, 1987.

CRUZ, Roseli Fontana Nazaré. Psicologia e Trabalho Pedagógico. Ed. Atual.

São Paulo, 1997.

CUNHA, L. A. A Universidade Brasileira nos Anos Oitenta: Sintomas de

Regressão Institucional. INEP/MEC, 1989.

DAVIS, C.; OLIVEIRA, Z. Psicologia na Educação. Editora Cortez. São Paulo,

1991

MATTOS, Maria Isabel Leme de. Métodos de Pesquisa de Processos

Cognitivos. Série Ciência Cognitiva - 20. São Paulo. USP Instituto de Estudos

Avançados. 1994.

PIAGET, Jean. Estudos Sociológicos. Ed. Forense. Rio de Janeiro, 1973.

PIAGET, Jean. O Julgamento Moral na Criança. Editora Mestre Jou. São Paulo,

1977.

SAVIANI, Demerval. Escola e Democracia. São Paulo: Autores Associados,

1987.

SMOLKA, A. L. B. A prática Discursiva na Sala de Aula: Uma Perspectiva

Teórico e um Esboço de Análise. Cadernos CEDES. Campinas.

Papirus/CEDES, 1991.

60

ÍNDICE

AGRADECIMENTO 03

DEDICATÓRIA 04

RESUMO 05

METODOLOGIA 06

INTRODUÇÃO 08

CAPÍTULO I

A UNESCO 09

1.1. A UNESCO E AS SEIS METAS PARA A EDUCAÇÃO 10

CAPÍTULO II

PROCESSO ENSINO APRENDIZAGEM 12

2.1. WHITE 14

2.2. COOK E MAYER 14

2.3. WINNER E MARK 14

2.4. PRINCÍPIOS BÁSICOS DE VYGOTSKY SOBRE A APRENDIZAGEM E O

DESENVOLVIMENTO 15

2.5. AUSUBEL 17

2.6. ROBERT GAGNÉ 22

2.7. JEAN PIAGET 24

2.8. CONSTRUTIVISMO 26

CAPÍTULO III

TEORIA DESENVOLVIMENTISTA 29

3.1. EMPIRISMO 30

3.2. RACIONALISMO 30

3.3. CONSTRUTIVISMO 30

CAPÍTULO IV

INTELIGÊNCIAS E NOVAS TECNOLOGIA 31

4.1. LÓGICA-MATEMÁTICA 32

4.2. LINGÜÍSTICA 32

4.3. ESPACIAL 32

4.4. CORPORAL-CINESTÉSICA 32

61

4.5. INTERPESSOAL 32

4.6. INTRAPESSOAL 33

4.7. MUSICAL 33

4.8. NATURALISTA 33

4.9. INTELIGÊNCIA EMOCIONAL 34

4.10. NOVAS TENDÊNCIAS 34

CAPÍTULO V

ABORDAGENS PEDAGÓGICAS 36

5.1. ABORDAGEM TRADICIONAL 37

5.2. ABORDAGEM COMPORTAMENTALISTA 41

5.3. ABORDAGEM HUMANISTA 43

5.4. ABORDAGEM COGNITIVISTA 45

CAPÍTULO VI

O PAPEL DO PROFESSOR 47

6.1. O PROCESSO ENSINO-APRENDIZAGEM E O PROFESSOR 49

6.2. PROFESSOR EFICAZ 51

6.3. TECNOLOGIA EDUCACIONAL 52

6.4. AS NOVAS TECNOLOGIAS DA APRENDIZAGEM 54

6.5. ASPECTOS POSITIVOS E NEGATIVOS NOS RELACIONAMENTOS

PROFISSIONAIS 55

6.6. O PAPEL DO DOCENTE UNIVERSITÁRIO 56

CONCLUSÃO 58

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 59

ÍNDICE 60

FOLHA DE AVALIAÇÃO 62

62

FOLHA DE AVALIAÇÃO

UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

INSTITUTO DE PESQUISA SÓCIO-PEDAGÓGICAS

PÓS-GRADUAÇÃO “LATU SENSU”

Título da Monografia

O PROCESSO ENSINO APRENDIZAGEM E O

PROFESSOR

Data da Entrega: ________________ Avaliado por: Maria Esther de Araújo Oliveira Grau: __________

Rio de Janeiro, ____ de _____________ de ____

__________________________________________________________

Coordenação do Curso