o papel institucional da ccee e a operação do mercado de energia

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O papel institucional da CCEE e a operação do mercado de energia 26/02/15 Escola de Políticas Públicas e Gestão Governamental Luiz Eduardo Barata Ferreira Presidente do Conselho de Administração

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Page 1: O papel institucional da CCEE e a operação do mercado de energia

O papel institucional da CCEE e a operação do mercado de energia

26/02/15

Escola de Políticas Públicas e Gestão Governamental

Luiz Eduardo Barata FerreiraPresidente do Conselho de Administração

Page 2: O papel institucional da CCEE e a operação do mercado de energia

Agenda

Criação e evolução do mercado de energia elétrica

A comercialização de energia elétrica

Contabilizações e Liquidações Financeiras

Preço de Liquidação das Diferenças

Mecanismo de Realocação de Energia

Ambiente Regulado - ACR

Ambiente Livre - ACL

Agenda CCEE para o desenvolvimento do mercado

Page 3: O papel institucional da CCEE e a operação do mercado de energia

Criação e evolução do mercado de energia elétrica

Page 4: O papel institucional da CCEE e a operação do mercado de energia

Breve histórico do Setor Elétrico Brasileiro

• Dom Pedro II concedeu a Thomas Edison o direito de introduzir o uso de eletricidade para a iluminação pública no país, em 1897

• Desde então o Setor Elétrico Brasileiro passou por diferentes etapas:

Anos 1930-1945 Anos 90 em dianteInício do séc. XX 1945-1980

LiberalismoEstado

reguladorEstado

investidorPrivatização e regulação

Page 5: O papel institucional da CCEE e a operação do mercado de energia

Os anos 90

• Crise do Estado no final dos anos 80

• Privatizações no setor elétrico e reformulação do marco regulatório para abertura à competição – modelo mercantil (Projeto RE-SEB - 1996)

• Desverticalização: geração, transmissão e distribuição são separados; comercialização também passa a ser realizada à parte

• Criada a estrutura para um mercado competitivo no setor elétrico:

1ONS (1998) Asmae (1999)Aneel (1996)

Regulação Operação Comercialização

Page 6: O papel institucional da CCEE e a operação do mercado de energia

A reforma de 2004

• Mudança de governo leva a um novo modelo para o setor elétrico

• Marco regulatório adotado a partir de 2004 parte de três premissas:

• No modelo, o consumo e a comercialização de energia elétrica são divididos em dois ambientes:

Segurança do suprimento Modicidade tarifária Universalização do acesso

Ambiente de Contratação Regulado

(ACR)

Ambiente de Contratação Livre

(ACL)

Page 7: O papel institucional da CCEE e a operação do mercado de energia

Ambientes Regulado (ACR) e Livre (ACL)

• Consumidor livre é aquele com demanda mínima de 3 MW que tenha exercido a opção de compra

de energia elétrica, conforme as condições previstas nos arts. 15 e 16 da Lei nº 9.074, de 7 de julho

de 1995 e no Decreto nº 5.163, de 30 de julho de 2004

• Consumidor Especial consumidor responsável por unidade consumidora ou conjunto de unidades

consumidoras do Grupo “A”, integrante(s) do mesmo submercado no SIN, reunidas por comunhão de

interesses de fato ou de direito, cuja carga seja maior ou igual a 500 kW

Obs: para ser consumidor livre é necessário se tornar agente da CCEE; caso a empresa deseje voltar ao

ambiente regulado, é obrigada a comunicar a distribuidora local com até 5 anos de antecedência

Page 8: O papel institucional da CCEE e a operação do mercado de energia

Ambientes Regulado (ACR) e Livre (ACL)

8

• O ambiente livre é um mercado atacadista, no qual os grandes consumidores podem negociar diretamente com os vendedores

• No ambiente regulado, o consumidor é suprido pela concessionária de distribuição, que tem as tarifas e a atuação fiscalizadas por um órgão regulador (ANEEL)

Ambiente de Contratação Regulado (ACR)

- Leilões públicos para a contratação de energia pelas distribuidoras ao menor preço

- Contratos de longo prazo entre geradores e o pool de distribuidoras

- Preços-teto de leilões definidos pelo MME

Ambiente de Contratação Livre (ACL)

- Consumidores livres podem contratar o suprimento com geradores e

comercializadores

- Contratos de curto, médio e longo prazo

- Preços livres, negociados de maneira bilateral

75%aproximadamenteda carga 25%aproximadamente

da carga

Page 9: O papel institucional da CCEE e a operação do mercado de energia

Câmara de Comercialização de Energia Elétrica

Agência Nacional de Energia Elétrica Empresa de Pesquisa Energética

Atual estrutura de governança do setor elétrico brasileiro

9

CNPE: Define a política energética do país, com o objetivo de assegurar a estabilidade do suprimento energético

MME: Responsável pelo planejamento, gestão e desenvolvimento da legislação do setor, bem como pela supervisão e controle da execução das políticas direcionadas ao desenvolvimento energético do país

EPE: Realiza o planejamento da expansão da geração e transmissão, a serviço do MME, e dá suporte técnico para a realização de leilões

CMSE: Supervisiona a continuidade e a confiabilidade do suprimento elétrico

ANEEL: Regula e fiscaliza a geração, transmissão, distribuição e comercialização de eletricidade. Define as tarifas de transporte e consumo, e assegura o equilíbrio econômico-financeiro das concessões

ONS: Controla a operação do Sistema Interligado Nacional (SIN) de modo a otimizar os recursos energéticos

CCEE: Administra as transações do mercado de energia e realiza os leilões oficiais

CNPEConselho Nacional de

Política Energética

CMSEComitê de Monitoramento

do Setor Elétrico

Operador Nacional do Sistema

Page 10: O papel institucional da CCEE e a operação do mercado de energia

A comercialização de energia elétrica

Page 11: O papel institucional da CCEE e a operação do mercado de energia

11

• Uma das características do mercado brasileiro é a separação entre o “mundo físico” e o “mundo comercial”

• Assim, um agente pode comprar energia de qualquer agente do SIN, independente de seu submercado

• O agente vendedor não é responsável pela entrega física de energia, uma vez que o despacho de usinas é realizado pelo ONS

• Os contratos de compra e venda de energia são puramente financeiros

Mundo físico x Mundo comercial

Sistema Interligado Nacional - SIN

Page 12: O papel institucional da CCEE e a operação do mercado de energia

Operação comercial no setor elétrico

Geração

•Produtores independentes

•Geração - serviço público

•Autoprodutores

Comercialização

Distribuição

Consumidores residenciais

Consumidores comerciais

Consumidores industriais

•Distribuidoras de energia

•Consumidores livres

•Consumidores especiais

•Consumidores cativos (regulados)

Tarifa FioTarifa Energia Elétrica

Page 13: O papel institucional da CCEE e a operação do mercado de energia

CCEE como operadora do mercado de energia elétrica

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• A CCEE é a operadora do mercado de energia elétrica, sendo a responsável pela gestão comercial do modelo

• Tem como missão viabilizar a comercialização de energia no Brasil, zelar pelo bom funcionamento do mercado e fomentar discussões sobre aprimoramentos

• A entidade é um órgão privado, sem fins lucrativos, regulado e fiscalizado pela ANEEL

• São associados da CCEE todos os agentes que atuam com comercialização de energia

Contabilizações e liquidações

Tecnologia e sistemas para operações

Divulgação de informações e resultados

Capacitação e treinamento

Registro dos contratos de compra e venda

Coleta de medição (geração/ consumo)

Principais atribuições

Page 14: O papel institucional da CCEE e a operação do mercado de energia

Classe [%]

Gerador a Título de Serviço Público 1,2%

Gerador Autoprodutor 1,6%

Distribuidor 1,7%

Comercializador 5,4%

Gerador Produtor Independente 24,4%

Consumidor Especial 43,2%

Consumidor Livre 22,5%

Total 100,0%

Participação

Expansão do mercado – Associados CCEE

2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015

58 95 126 146 194

662

826915 935

1007

1403

1645

2300

2625

2905 2914

Page 15: O papel institucional da CCEE e a operação do mercado de energia

Expansão do mercado – Contratos registrados na CCEE

• Em dezembro de 2014, 20.524 contratos de comercialização de energia eram contabilizados no sistema da CCEE, contra 1.337 registrados em 2004

Distribuição de contratos por tipo, em MW médios

Page 16: O papel institucional da CCEE e a operação do mercado de energia

A comercialização de energia elétricaAmbiente Regulado - ACR

Page 17: O papel institucional da CCEE e a operação do mercado de energia

Contratação de energia – mercado regulado (ACR)

• As distribuidoras, responsáveis pelo atendimento ao consumidor comum (regulado), podem comprar energia para atendimento a seu mercado apenas em leilões regulados

• Nos leilões, investidores disputam a concessão para construção e operação de hidrelétricas ou cadastram projetos próprios de outras fontes para vender energia

• O pool de distribuidoras fecha contrato para a compra de energia junto aos investidores que ofertarem a menor tarifa final para o consumidor

• Os contratos de longo prazo e o uso de recebíveis como garantia facilitam o financiamento aos empreendedores

• Também são realizados leilões de energia existente e de ajuste para suprir eventuais lacunas na contratação das distribuidoras

As distribuidoras devem possuir energia contratada para atender 100% de sua carga; até 105% o custo da sobrecontratação pode ser repassado para a tarifa

Page 18: O papel institucional da CCEE e a operação do mercado de energia

Contratação de energia – mercado regulado (ACR)

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“A-1”“A-3”“A-5”

Leilões de Energia ExistenteContratos de 1 a 15 anos

Leilões de Energia NovaContratos de 20 a 30 anos

“A”

Leilões AEntrega no mesmo ano

“Ajuste”

Leilões de Fontes Alternativas

Leilões de Energia de Reserva

• Tipos de leilões

Page 19: O papel institucional da CCEE e a operação do mercado de energia

2004

181

190

186

196

192182

110

97

208

173

185 185 188

96

122

160 166

80

117

114

115

97

113

128

125

110

126

170

196

0

50

100

150

200

250

Contratação de energia – mercado regulado (ACR)

19

• Desde 2004 já foram realizados 54 leilões, sendo 19 de Energia Nova

• Os certames fecharam contratos que somam um giro financeiro de mais de R$ 1 trilhão

Preço médio de venda por leilão de energia nova (em R$/MWh)181

190

186

196

192182

110

97

208

173

185 185 188

96

122

160 166

80

117

114

115

97

113

128

125

110

126

170

196

0

50

100

150

200

250

2014

Page 20: O papel institucional da CCEE e a operação do mercado de energia

Contratação de energia – mercado regulado (ACR)

20

Preço de venda médio por fonte (em R$/MWh)

Page 21: O papel institucional da CCEE e a operação do mercado de energia

Contratação de energia – mercado regulado (ACR)

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62 leilões realizados

R$ 1,2 trilhão movimentado

61.743 MWmédios contratados

20145 leilões realizados

R$ 171,9 bilhões movimentados

6.340 MWmédios contratados

• 14 leilões de Energia Existente (A/ A-1)• 19 leilões de Energia Nova - A-3• 20 leilões de Energia Nova - A-5 • 6 leilões de Energia de Reserva• 3 leilões estruturantes

Page 22: O papel institucional da CCEE e a operação do mercado de energia

A comercialização de energia elétricaAmbiente Livre - ACL

Page 23: O papel institucional da CCEE e a operação do mercado de energia

Contratação de energia – mercado livre (ACL)

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Podem migrar para o ambiente livre:

• Agentes com carga entre 0,5 MW e 3 MWConsumidor especialPodem comprar somente energia incentivada (eólicas, biomassa, PCHs, solar, biogás)

• Agentes com carga a partir de 3MW Consumidor livreLivres para comprar a energia junto a qualquer fornecedor

•Prazos, volumes e preço são livremente negociados entre as partes envolvidas

• Contratos não padronizados; maior parte das transações é selada via telefone (mercado de balcão)

• Plataformas eletrônicas de negociação ainda incipientes e sem soluções de cobertura de risco (clearing house)

• Assim como no ACR, existe obrigação de que o agente possua capacidade ou contratos de compra (lastro) para atender 100% de seu consumo ou de seus contratos de venda (apuração via média móvel dos últimos 12 meses)

Page 24: O papel institucional da CCEE e a operação do mercado de energia

Contratação de energia – mercado livre (ACL)

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Consumidor livre/especial

• Somente geradores e comercializadores podem comercializar energia no ambiente livre

• Os compradores no ACL são os consumidores livres e especiais, além de geradores e comercializadores

• Além disso, consumidores livres e especiais podem ceder montantes de energia elétrica a outros consumidores, a geradores ou a comercializadores

Venda

Venda

Venda

Consumidor livre/especial

Geradores

Cessão

Cessão

Comercializadores

Page 25: O papel institucional da CCEE e a operação do mercado de energia

Contratação de energia – mercado livre (ACL)

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Perfil dos participantes Distribuição do consumo no ACL por ramo de atividade (em %)

27%

17%

10%

8%

7%

7%

5%

4%

5%

3%

2%

2%

1%

1%

1%

0% 5% 10% 15% 20% 25% 30%

Telecomunicações

Saneamento

Bebidas

Transporte

Comércio

Têxteis

Serviços

Veículos

Extração de minerais metálicos

Alimentícios

Manufaturados diversos

Madeira, papel e celulose

Minerais metálicos e não-metálicosQuímicos

Metalurgia e produtos de metal

Page 26: O papel institucional da CCEE e a operação do mercado de energia

Contratação de energia – mercado livre (ACL)

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Perfil dos contratosNegociações de compra, por duração do contrato

Em novembro/14 foram contabilizados 6.630 contratos de compra fechados por consumidores no ACL, correspondentes a um volume de 12.250 MW médios

Page 27: O papel institucional da CCEE e a operação do mercado de energia

Contabilizações e Liquidações Financeiras

Page 28: O papel institucional da CCEE e a operação do mercado de energia

Compradores: Distribuidoras (consumidores cativos)

Contratos resultantes de leilões

Contabilizações e liquidações financeiras - MCP

Contratos livremente negociados

Ambiente de Contratação Regulada (ACR)

Liquidação das Diferenças

Todos agentes podem ficar credores ou devedores

Compradores: Consumidores livres, Geradores, Comercializadores

Ambiente de Contratação Livre (ACL)

Mercado de Curto Prazo

Page 29: O papel institucional da CCEE e a operação do mercado de energia

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Medição

Contratos

PLD

Liquidação Financeira

Contabilização Resultados

• A contabilização é o processamento mensal dos dados de contratos, medição, PLD e demais informações necessárias para cálculo do resultado final de cada agente na CCEE, efetuado com base nas Regras de Comercialização

• Após o cruzamento entre dados de contratação x consumo/geração, são feitos outros ajustes para se chegar ao resultado final de cada agente no MCP (ex: MRE, Encargos, inadimplência anterior, liminares)

Passo-a-passo da contabilização do MCP

Page 30: O papel institucional da CCEE e a operação do mercado de energia

Como funciona o MCP?

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Energia Contratada

Energia Consumida

Energia Gerada

Energia Vendida

Contratos de compra

Contratos de venda

Agente devedor no MCP Agente credor no MCP Sem exposição

Devedores pagam exposição ao MCP (MWh) x PLD

Credores recebem montante liquidado no MCP (MWh)x PLD

Page 31: O papel institucional da CCEE e a operação do mercado de energia

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• A CCEE verifica a posição de cada agente : credor (+) ou devedor (-) no MCP

• É divulgado então o valor de garantias financeiras a ser aportado antes da liquidação financeira pelos agentes

• São executadas quando houver insuficiência de recursos depositados pelo agente para cobertura de seu valor total a pagar na liquidação

• No caso de não aporte de garantia a CCEE pode suspender a eficácia do registro de contratos de venda do agente em descumprimento

•Os agentes compradores que tiverem redução em seus contratos precisam honrar a exposição ao MCP

São aceitos como garantia: títulos públicos federais, carta de fiança e outros ativos financeiros

Liquidação financeira do MCP – Aporte de garantias

Page 32: O papel institucional da CCEE e a operação do mercado de energia

32

• A liquidação financeira acontece em um processo multilateral entre o sistema e o conjunto de agentes, sem identificação das contrapartes:

Agentes Credores

Aporte de Garantias

Aporte de Garantias

Ordem de débito

Ordemde crédito

Pagamento Recebimento

CCEE divulga os resultados ao mercado

Liquidação financeira do MCP

Page 33: O papel institucional da CCEE e a operação do mercado de energia

33

• Quando um ou mais agentes não aportam garantias e não pagam sua parte na liquidação financeira, resta uma inadimplência no mercado

• A CCEE inicia imediatamente um processo para desligamento do agente por descumprimento de obrigações

• Os débitos do agente no MCP serão rateados entre todos os que estiverem em posição credora na liquidação (loss sharing)

• Os débitos serão cobrados e rateados novamente a cada liquidação financeira, até que sejam pagos ou que o agente em questão seja desligado da CCEE

O que acontece quando há inadimplência na liquidação?

Liquidação financeira do MCP

Page 34: O papel institucional da CCEE e a operação do mercado de energia

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Demais liquidações financeiras

• Cotas de Angra • Cotas de garantia física

A CCEE também promove a liquidação financeira referente a operações do mercado regulado:

Distribuidoras de energia

Geração dividida em “cotas”

Geração dividida em “cotas”

Contabilização das usinas nucleares

UHEs com concessão renovada (Lei 12.783/13)

Page 35: O papel institucional da CCEE e a operação do mercado de energia

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Demais liquidações financeiras

• Energia de Reserva • Mecanismo de Compensação de Sobras e Déficits - MCSD

A CCEE também promove a liquidação financeira referente a operações do mercado regulado:

Distribuidora

Distribuidora

CCEE é responsável pelo pagamento aos geradores e administração da Conta

de Energia de Reserva

CCEE contabiliza e liquida cessões de energia de

CCEARs existentes entre as distribuidoras

Page 36: O papel institucional da CCEE e a operação do mercado de energia

Demais liquidações financeiras

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• Contabilizações referentes às operações no período entre janeiro e dezembro de 2014 somaram R$ 47,5 bilhões

R$ 42,8 biR$ 2,1 bi

R$ 2 bi

R$ 221 mi

R$ 272 mi

Mercado de curto prazo

Cotas de GF

Cotas de Angra

MCSDEnergia

de Reserva

Page 37: O papel institucional da CCEE e a operação do mercado de energia

Preço de Liquidação das Diferenças

Page 38: O papel institucional da CCEE e a operação do mercado de energia

Preço de Liquidação das Diferenças - PLD

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• Os volumes de energia liquidados no Mercado de Curto Prazo são valorados ao Preço de Liquidação das Diferenças – PLD

• O PLD é calculado semanalmente pela CCEE, sendo válido para toda a semana operativa seguinte

•O cálculo considera previsões como a disponibilidade de geração, vazões afluentes e carga do sistema

• O PLD tem como base o Custo Marginal de Operação – CMO, calculado pelo ONS. A diferença é que o PLD é limitado por um preço máximo e um preço mínimo, determinados pela ANEEL

•PLD mínimo – 2015 – 30,26 [R$/MWh]•PLD máximo – 2015 – 388,48 [R$/MWh]

Page 39: O papel institucional da CCEE e a operação do mercado de energia

39

• Para se chegar ao CMO são utilizados dois softwares, que calculam cenários com base em séries históricas de afluências (chuvas) e dados de geração, carga etc

Dados do Planejamento de Longo Prazo

NEWAVESéries de AfluênciasPrevisão de Carga de

Longo Prazo

Função de Custo Futuro

DECOMP

Previsão de Carga

Previsões Mensais e Semanais de Vazões

Disponibilidade de Geração Térmica

Custos de Operação

CMO

5anos

2meses

PLD

•Sem restrições internas aos submercados•Preço Mínimo •Preço Máximo

Preço de Liquidação das Diferenças - PLD

Page 40: O papel institucional da CCEE e a operação do mercado de energia

•O cálculo do PLD é feito por submercadodo SIN e por patamar de carga

Preço de Liquidação das Diferenças - PLD

0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 Horas

MWh

Leve

Médio

Pesado

• Sendo que os patamares de carga são distribuídos de acordo com as horas do dia

Page 41: O papel institucional da CCEE e a operação do mercado de energia

Mecanismo de Realocação de Energia - MRE

Page 42: O papel institucional da CCEE e a operação do mercado de energia

42

•Como o despacho das hidrelétricas é feito de forma centralizada, pelo ONS, os agentes não podem controlar a própria geração

• O MRE compartilha e mitiga o risco hidrológico entre os participantes (UHEs e PCHs)

• Na hora da contabilização, o importante é que o conjunto de usinas do MRE tenha geração igual à soma de suas garantias físicas

O que é o MRE e por que ele foi criado?

Mecanismo de Realocação de Energia

Page 43: O papel institucional da CCEE e a operação do mercado de energia

Contabilização - MRE

• A hidrologia desfavorável e o baixo nível dos reservatórios têm feito a geração do MRE ficar abaixo da garantia física desde janeiro de 2014

Page 44: O papel institucional da CCEE e a operação do mercado de energia

Agenda CCEE para o desenvolvimento do mercado

2015-2017

Page 45: O papel institucional da CCEE e a operação do mercado de energia

Agenda para o desenvolvimento do mercado

Comercializador Varejista

GarantiasFinanceiras

ContabilizaçãoSemanal

Consulta Pública

Facilita migração de pequenos consumidores

Separação entre atacado e varejo

REN 622/14

Mais segurança para o mercado

-Limite Operacional

- Convênio com bancos

Julho de 2017

Reforça a segurança financeira do MCP

Maior agilidade nas operações

Bandeiras Tarifárias

Decreto 8.401/15

Sinal de preço ACR –Gestão pela demanda

Gestão do fluxo de caixa das distribuidoras

Page 46: O papel institucional da CCEE e a operação do mercado de energia

Obrigado

Luiz Eduardo Barata FerreiraPresidente do Conselho de Administração