o mirantede olinda - edição nº 1

16
ROTEIRO DE CULTURA E TURISMO de Olinda Olinda, agosto de 2011 - ano 01 nº 01 Distribuição GRATUITA/DIRIGIDA Em cena Sabor e Arte Roteiro Cultural Turismo Perfil Pág. 6 Pág. 14 e 15 Pág. 7, 8 e 9 Pág.4 e 5 Pág. 11 É quase uma loucura a minha relação com a leitura. Minha maior paixão é a literatura. Sem a palavra não dá”. A casa de Badida É em sua casa que seu mundo mágico aflora em quadros e instalações. Ainda nesta edição: Em uma casa pra lá de cenográfica, a artista abre a porta com um sorriso. Maurício Galvão Secretário de turismo de Olinda “Fazer de maneira estru- turada, com organização, limpeza, logís- tica, para que possamos ter uma cidade propícia ao turismo”. Da bodega à alta gastronomia, as op- ções são variadas. “Costumo dizer que olho o mercado atra- vés da janela da cozinha”. Cine club solidário em Olinda com o ator Adriano Cabral. Olinda: Fortalecendo o turismo. Chef Ruben Grunpeter

Upload: o-mirante-de-olinda

Post on 06-Mar-2016

239 views

Category:

Documents


15 download

DESCRIPTION

Roteiro de Cultura e Turismo da cidade de Olinda-PE / Brasil

TRANSCRIPT

Page 1: O Mirantede Olinda - Edição nº 1

ROTEIRO DE CULTURA E TURISMO

de OlindaOlinda, agosto de 2011 - ano 01 nº 01 Distribuição GRATUITA/DIRIGIDA

Em cena

Sabor e Arte

Roteiro Cultural

Turismo

Perfil

Pág. 6

Pág. 14 e 15

Pág. 7, 8 e 9

Pág.4 e 5

Pág. 11

“É quase uma loucura a minha relação com a leitura.

Minha maior paixão é a literatura. Sem a palavra não dá”.

A casa de BadidaÉ em sua casa que seu mundo mágico aflora em quadros e instalações.

Ainda nesta edição:

Em uma casa pra lá de cenográfica, a artista abre a porta com um sorriso.

Maurício Galvão Secretário de turismo de Olinda

“Fazer de maneira estru-turada, com organização, limpeza, logís-tica, para que possamos ter uma cidade propícia ao turismo”.

Da bodega à alta gastronomia, as op-ções são variadas.

“Costumo dizer que olho o mercado atra-vés da janela da cozinha”.

Cine club solidário em Olinda com o ator Adriano Cabral.

Olinda: Fortalecendo o turismo.

O Mirante

Chef Ruben Grunpeter

Page 2: O Mirantede Olinda - Edição nº 1

estaremos focados em fatos e abordagens que retratem a cidade de uma maneira leve e alegre, contribuindo para a divulgação do trabalho dos artistas que em Olinda mantém seus ateliers, bem como seus músicos, atores, chefs de cozinha, estilistas, hoteleiros, dançarinos e poetas.

Olinda respira um universo peculiar e é uma cidade admirável por suas belezas naturais e suas vistas panorâmicas, bem como pelo estilo de vida dos seus artistas.

O jornal O mirante de Olinda, mostra uma forma simples e cul-ta na maneira de enxergar o mundo, ressaltando valores culturais e ar-tísticos e tornando-se influente, na construção de um informativo que promove as iniciativas da sociedade olindense.

Eis a que viemos. Vamos respirar aqui juntos essa verve artísti-ca, culta e histórica, vamos ver em cores um novo jornal que mostra a cara dessa cidade que tanto amamos.

Sejam bem vindos!

“Olinda é só para os olhos, não se apalpa é só desejo, nin-guém diz é lá que eu moro, diz somente é lá que eu vejo”.

Como na poesia de Carlos Pena Filho, Olinda é uma cidade de ver-se, de admirar-se. Seu visual inspira poetas, compositores e artistas das mais variadas vertentes.

Com freqüência, vimos estampadas em diversos jornais, notí-cias de ações violentas de banditismo, que assustam os habitantes de várias cidades brasileiras.

Aportamos em Olinda, cidade patrimônio histórico e cultural da humanidade, para colorir nossas páginas com O Mirante de Olinda. Um jornal que formata a cor do povo da cidade de Olinda e suas ações.

Por ser uma cidade favorável ao turismo, a arte e a gastronomia,

Editorial

Foto: Nando Chiappetta

Page 3: O Mirantede Olinda - Edição nº 1

“Parabéns pela iniciativa do lançamento do tablóide em Olinda! A cidade estava

precisando de um veí�culo de co�municação deste tipo. O acesso à notícias so�bre cultura,

turismo e gastronomia será de grande importância para todos.”

Carlos LiraAtor

“.�mportan�.�mportan�tíssimo este t r a b a l h o , não lembro de nos anos r e c e n t e s de ter visto

algo parecido; uma publica�ção voltada para a cultura com foco na cidade que é patrimônio da humanidade. Parabéns e sucesso!”

Flávio MamohaMúsico, produtor cultural e jornalista

“Morei em Olinda um tem�pão, mais especificamente em Rio Doce. E não sabia de nada que acontecia na cida�de. Seja de quem for a ideia, acho uma maravilha ! Estou às ordens”.

Cássio SetteCantor e compositor

Importância da implementação

de um jornal com cunho cultural, gas-tronômico e turís-tico em Olinda.

“Toda cidade merece e precisa de um jornal com este cunho, mas numa cida�de que é patrimônio cultural como Olinda; que recebe mi�lhares de turistas anualmen�te; que tem inúmeras opções gastronômicas e turísticas, essa necessidade torna�se fundamental. Os próprios olindenses ou moradores desta cidade não conhecem esse leque de opções já que são tantas e tantas. O que di�ríamos sobre quem mora em Recife ou em outra cidade do estado de Pernambuco, do Brasil ou do mundo?Espero que muito em breve este jornal, que promete uma riqueza de qualidade e in�formações, nos traga ótimas notícias sobre teatro e cine�ma dentro de uma cidade tão importante e tão bela quanto Olinda.Boa sorte a todos!

Alexandre Sampaio Produtor cultural e ator

Cultural

“Uma das mais bem pre�servadas cidades coloniais do Brasil. Foi a segunda ci�dade brasileira a ser decla�rada Patrimônio Histórico e Cultural da Humanidade pela UNESCO, em 1982 qua�se 400 mil habitantes, e não tem um jornal próprio? Espera aí! Uma cidade da importân�cia de Olinda tem de ter um jornal próprio, o jornal que tem em Olinda é o de Recife! Olinda precisa de um jornal de Olinda”.

Junio BarretoCantor e compositor

“Desejo sucesso a toda equi�pe do recém�publicado jor�nal O mirante de Olinda! É extremamente convidativo e encorajador saber que sur�ge nesta cidade efervescen�te, um trabalho realizado por pessoas que carregam consigo o compromisso com a informação e o respeito à memória social e cultural de toda uma comunidade reple�ta de artistas e anônimos. E melhor ainda: com distribui�ção gratuita! Urruuu! Longa vida ao jornal O mirante de Olinda!

Amanda Ramos - Cineclu-bista

“Relevante. Esse servico que situa e instiga o turista a des�cobrir e realizar seus dese�jos de maneira mais objetiva e confortável pela cidade , dando um suporte maior em i n f o r �mações durante a sua es�tada”.

MR. JAM Baterista

“Olinda é uma cidade bela, cheia de riquezas na�turais e culturais. Mas fal�ta, ou melhor, faltava um espaço para propagar as coisas boas desta cidade. Que seja bem vindo este veículo de comunicação. Que tenha vida longa e seja recheado de sucesso”.

Emília LucenaJornalista

“Um jornal chamado O Mirante de Olinda, chama a atenção pelo título, além de oxigenar o mundo cultural da nossa antiga capital”. Parabéns !

Valmir Jordão Poeta

“O jornal de Olinda é de grande utilidade ao seu povo. �nformações sobre cultura, história e gas�tronomia para facilitar a vida dos seus moradores e admiradores eternos. Es�pecificamente em relação à cultura, torna�se rele�vante pela valorização e divulgação do trabalho de artistas da terra, bem como das manifestações culturais do estado. Dese�jo todo o sucesso do mun�do aos editores deste novo jornal. Fiquem certos da minha contribuição”.

Cleyton Santana- Cantador, compositor e produtor cultural.

Olinda, agosto de 2011

Page 4: O Mirantede Olinda - Edição nº 1

A noite de Olinda é para quem gosta de dançar, ouvir MPB, degustar da alta gastronomia, ou passear descompromissadamente pela orla, ou pelo sítio his-tórico. Neste roteiro, o turista encontra as melhores opções.

Percorrendo a orla marítima temos um leque de opções. Para quem quer curtir um namoro à beira mar degustando dos seus frutos fresquinhos, começamos o passeio pelo Marisqueira, que tem uma excelente cozinha e está para além das comidas marítimas. No restaurante do empresário Piauí, o casal pode apreciar uma costela de porco ou carne de sol, dentre tantas outras delícias. O interessante é que lá podemos pedir que o garçon ponha a mesa à beira mar, de onde se vê o quebrar das ondas, degustando um bom vinho.

Ainda à beira mar, encontramos o Hotel Costeiro. Este hotel tem 79 aparta-mentos climatizados e cozinha internacional. O hóspede desfruta de banho de piscina, enquanto pode solicitar um drink à sua borda. Além dessas caracterís-ticas, fica próximo ao Centro de convenções , Veneza Water Park, Chevrolet Hall, shoppings centers, bancos e sítio histórico, o que torna ainda mais favo-rável a estada do turista.

No bar de Paulete, temos um caldinho de marisco ou feijão, com uma cerveji-nha geladíssima para se beber de forma bem descontraída numa Sexta – feira à noite, ou no happy hours a caminho de casa. É só dar aquela paradinha na rua do Sol e aproveitar.

Logo adiante, na altura do Fortim do Queijo, A Fábrica Bar tem promoções to-das as terças- feiras com clone de cerveja e nas quintas, de whisky. Tem espa-ço para se dançar, além de poder se escutar MPB. Os proprietários da casa, Robson e Gustavo estão cuidando da qualidade musical e afinando cada vez mais a sua clientela. Esse bar tem um público fiel e “habituée”. Os frequenta-dores dos clubes não deixam de dar aquela passada semanal na casa.

Olinda para todos os gostos4 Roteiro Cultural

Page 5: O Mirantede Olinda - Edição nº 1

Subindo as ladeiras pela cidade alta, come-se o famoso sanduíche de lombo no Bar do Déo, feito com a tradição que existe desde 1963, onde, as filhas re-solveram manter a receita original do sanduíche criado por seu pai. Nas quin-tas- feiras, o bar tem uma programação musical comandada pelos músicos da cidade. É lá onde eles se encontram para bater papo e fazer suas tocadas. A gastronomia é regional e o bar também abre espaço para recitais de poesia.

Para quem quer conhecer a autêntica música de Pernambuco e do Brasil, pode chegar na Oficina da Música. Fica na Rua do Amparo. Além de boa mú-sica, o cliente encontra camisetas, acessórios para instrumentos, artesanato, bolsas, sandálias em couro, dentre outros.

Descendo pela Rua de São Bento, encontramos os sabores ibéricos trazidos pelo chef Jaime, que é português e serve desde a cozinha de sua terra até os sabores da Espanha, França e Itália. Além deste cardápio especial, come-se um almoço bem preparado e saboroso a preços módicos. O carro chefe da casa é o tradicional bolinho de bacalhau e a sobremesa, o pastel de Belém. Enquanto sai o almoço, um papo com o chef faz o ambiente ainda mais es-pecial.

Para um bom sossego no sítio histórico, a Pousada D’Olinda no varadouro, tem banho de piscina e restaurante, além de quartos climatizados. É bem pertinho do Mercado Eufrásio Barbosa, onde pode-se comprar peças artesa-nais.

São inúmeras as opções. Nas sextas - feiras ainda pode-se caminhar pelas ladeiras de Olinda, ao som de uma típica seresta, que nos remete aos tempos de outrora.

Da bodega à alta gastronomia,as opções são variadas.

O Mirante de Olinda

Page 6: O Mirantede Olinda - Edição nº 1

O ator Adriano Ca-bral trabalha há 22 anos com teatro, cinema e TV e tem 10 prêmios soma-dos em diversos festi-vais.Ele não trabalha só no palco. Adriano atua nas comunidades carentes com arte de inclusão para crianças, jovens e adolescentes.Um dos projetos que vem desenvolvendo é o do Cine Clube Solidário na comunidade Boa Fé em Rio Doce, Olinda.Lá, as crianças adqui-rem formação em ética e cidadania, acesso à internet e à cultura, ten-do como instrumento viabilizador o cinema. Tudo o que o Cine Clube

Cine Clube Solidário em Olinda

Adriano Cabral somou mais de dez prêmios em sua car-reira de ator

Lá, as crianças adquirem formação em ética e cidadania, acesso à internet e à cultura, tendo como instrumento viabilizador o cinema.

Em cena6 Olinda, agosto de 2011

Solidário necessita para iniciar sua programação é de um Projetor e um telão, que podem ser doados por uma empre-sa que queira divulgar sua marca como contra-partida ao patrocínio.As empresas ou pesso-as que queiram apoiar o projeto podem fazer contato direto com o ator.

Serviço: Adriano CabralTeatro, Dança, Circo e Performance.Fones: 99326418 [email protected]

Luciana Canti. Uma atriz plural.

Nascida e criada em Olinda, a atriz Luciana Canti tem reestreia marcada para dia 06 de Agosto, do espetáculo “Um rito de mães, rosas e sangue”, que são adaptações de três textos de Lorca: “Bodas de sangue”, “Casa de Bernarda Alba” e “Yerma”. A dire-ção é de Cláudio Lira e o espetáculo estará em cartaz no teatro Hermilo Borba Filho, aos Sábados e Domingos, sempre às 20h.Além deste projeto, a inquieta Luciana atua em vários outros projetos. Ela é integrante do Coletivo Muda e está envolvida em um novo projeto de teatro que tem estreia pre-vista para ano que vem em Recife. A peça chama-se “Cinema” e tem direção do mineiro Anderson Aníbal da Cia Clara de Teatro.Luciana é mãe de três filhos, sendo desses três, um casal de gêmeos.

Ela começou sua carreira no ano de 1989 e desde o começo de sua trajetória atua em ci-nema, teatro e televisão.Essa cidadã Olindense, adora passear com seus filhos no Alto da Sé e comer a famosa tapioca do Sítio histórico. Além do passeio com os filhos, não deixa de curtir as noites da cidade alta.“Minha relação com Olinda é desde peque-nininha. Aqui vi a praia cheinha de cajueiros quando ainda nem existia a orla marítima. Morei sete anos no Rio de Janeiro, mas voltei por amor à cidade e pela grande oportunida-de de ser mãe e poder criar meus filhos aqui. O que sinto falta em Olinda é de um movi-mento teatral e de teatros disponíveis para se montar e ensaiar espetáculos”. Contato de Luciana: 87852116.

“Minha relação com Olinda é desde pequenininha. Aqui vi a praia cheinha de cajueiros quando ainda nem existia a orla marítima”.

Page 7: O Mirantede Olinda - Edição nº 1

Perfil

“Pensei no poema de Cobra Norato que diz assim: vou fazer minha casa aqui de porta azul bem clarinha pintada com lápis de cor. E então pintei”.

A casa de Badida

Em sua casa pra lá de ceno-

gráfica, a artista abre a porta com um sorriso largo e todo o bom hu-mor do mundo.Cearense de Fortaleza, Badida Campos (Marisa Alcides Campos), expli-ca que seu nome artís-tico veio da dificuldade de sua irmã ainda pe-quena, em pronunciá-lo corretamente. Filha do escritor Morei-ra Campos, ela diz que teve a infância cercada de arte , literatura e mui-ta ternura. Sua mãe pin-tava lindamente.Suas primeiras aspi-rações artísticas eram pensadas na escrita, mas ela confessa que sendo filha de um gran-de escritor, não se sentia segura em seguir a mes-ma profissão. Achava que jamais alcançaria a escrita do pai. Começou

então a ilustrar as histó-rias dele e as suas pró-prias histórias, que se transformavam em qua-drinhos. Badida sempre desenhou. O que vimos em seus quadros é o seu cotidiano rechea-do de símbolos, muitas vezes histórias simples, que segundo ela, são as melhores para se con-tar, dos tempos de sua memória, até os dias de hoje.Ao perceber o talento de Badida, o seu marido a colocou na escola de belas artes. No começo ela pintava para vender. Quando passou a pintar para si própria, perce-beu a legitimidade do seu trabalho.Em dado momento, reti-ra da gaveta do quarto, poesias escritas à má-quina antiga e lê uma apenas. Pergunto se não pensa em publicá-

Daniela Câmara

Page 8: O Mirantede Olinda - Edição nº 1

tomava.”Seu mestre foi Pierre Chalita. Refere-se a ele como um grande mes-tre que a decepcionou. “Eu fiz um quadro de uma mulher com olhar distante que ele disse que estava muito bom. Mas eu ainda não tinha terminado a obra. Eu quis fazer uma mulher que estava à procura de outros mares. En-tão coloquei um navio

em cima de sua cabe-ça. Meu mestre, ao ver a obra, colocou um X por sobre a tela. Aque-le gesto me decepcio-nou. Deixou-me muito triste”.A relação de Badida com sua casa é incrível. É uma casa cenográfi-ca, mas tem o aspecto do real. Esse cenário está em sua realidade, em seu cotidiano. Cada canto da casa de Badi-

da é uma surpresa. São personagens que habi-tam o ambiente de for-ma latente.“Faço instalações ar-tísticas pela casa e amo quando elas são felizes. Adoro instala-ções. Cheguei a pintar uma casa que tive com portas e janelas com lápis de cor por causa de um poema. Pensei no poema de Cobra Norato que diz assim:

las e ela quase esconde os escritos. Coloca-os de volta à pasta e diz: “Como? Com o pai que tive, não posso publicá-las”. A partir daí entende-se porque seus quadros, são na maioria das ve-zes fraseados, escritos. É a literatura permean-do as pinturas da ar-tista plástica. Quando falamos de casamento, ela diz que separou-se após 21 anos de rela-cionamento. Diz que foi um tempo feliz e que sentiu-se cuidada e protegida por seu mari-do, o pai de seus filhos. “Ele tornou-se um gran-de amigo”. Badida tem mais vivência em Reci-fe do que em Fortaleza, sua terra natal. Adora a capital pernambucana. “Vim para Recife por-que me casei e foi aqui que passei a acreditar em minha arte”.Quando chegou a Re-cife, em 1965, já havia feito a primeira exposi-ção em Fortaleza. Mas foi aqui que sua carreira foi reconhecida. Certa vez, um crítico de arte chamado Walmir Ayala, deixou a artista ainda em começo de carreira, em momento de tensão. Ao examinar a obra de Badida, que esperava

ansiosa a resposta, ele disse que se ela paras-se de pintar, isto seria um crime. Ela diz que esses minutos de análi-se do crítico ao seu tra-balho, lhe pareciam cem anos.Dos prêmios conquista-dos ela registra um na Alemanha, o prêmio Sa-lão Abril de Fortaleza, mas parece não querer ressaltar seus méritos. Prefere falar que as au-las que dá na Hobby Mania nas Graças, as deixa encantada e que tem alunos preciosos. Acrescenta ainda, que é necessário repassar as técnicas da pintu-ra, mas que o forte em seu trabalho de mestra é a aula de criação ar-tística, em que propõe temas e trechos de tex-tos e poesias para que seus alunos explorem. Ela cita que certa vez numa exposição de be-las artes viu uma série de quadros quase todos iguais e que não quer a repetição de temas. Pre-fere abrir oportunidades para novas criações e concepções dos seus alunos.É impossível conversar com Badida sem morrer de rir com as piadas que ela escuta em seu dia a dia e as coloca em um

repertório vasto. Uma das que cita é a de Picasso. “Ele tinha uma amiga que che-gou pra ele e disse: Picasso se eu fosse casada com você, eu colocava veneno em seu café da manhã e ele responde: e se eu fosse seu marido,

A casa de Badida8

Page 9: O Mirantede Olinda - Edição nº 1

vou fazer minha casa aqui de porta azul bem clarinha pintada com lápis de cor. E então pintei”.Badida é doce e cari-nhosa. É perceptível o cuidado com os filhos e netos, seu carinho e de-dicação são orgânicos, naturais.Pergunto sobre o que faz quando não está tra-balhando. Ela diz que lê, que gosta de passar horas sentada em uma livraria pesquisando no-vos livros. “É quase uma loucura a minha relação com a leitura. Minha maior paixão é a literatura. Sem a pa-lavra não dá”. Além da leitura gosta das redes sociais e está sempre no Facebook. “Lá te-nho as pessoas por perto. Parece que es-tamos todos juntos. A internet é uma rua e podemos conversar com quem está pelo mundo afora”.Badida define-se mais como simbolista do que surrealista. “Não gos-to da obviedade. Não sendo óbvia, sou sim-bolista”.Em relação à crítica de arte diz que tudo de-

pende da ótica do críti-co, porque a arte é uma das coisas mais difíceis de se definir. A arte para ela só é arte, se desper-tar um sentimento de emoção a quem apre-cia. Uma das coisas que ressalta é que o merca-do das artes plásticas não é fácil, embora seja generoso com ela e que com sua aposentadoria, pode dar-se ao luxo de não vender seus qua-dros de forma indevida.Nossa conversa aconte-ceu no quarto da artista. Observei alguns sapa-tos dela pintados à mão, com dedos que parecem estar expostos. Ela diz que acha engraçado as pessoas pararem para conferir se os dedos são de verdade ou pintados.“Certa vez eu estava em uma lanchonete com o braço enges-sado. Coloquei um passarinho empalha-do sobre o gesso. Eu pedi que trouxessem um hambúrguer e um prato de alpiste”.Esse espírito bem hu-morado foi herdado do tio Hildebrando que era genial e tinha humor que fugia à vulgaridade.Dentre os diversos ta-

lentos de Badida, um deles é tocar violão muito bem. Sambas, Bossa Nova e MPB são seu forte. “O violão foi comprado para a mi-nha irmã, mas ela não desenvolveu. Minha mãe percebeu que eu tinha jeito e me colo-cou para estudar com um professor que vi-nha em casa, mas toco violão de ouvido”.

Essa artista cheia de do-tes diz que gosta de viver a vida com inteligência e que queria ter mais tem-po em vida para realizar mais coisas. Quando fa-lamos das mulheres e o que elas tem feito, Badi-da afirma que estamos, nós mulheres, cada vez mais escoladas pelo bi-cho homem. As proibi-ções dos homens nos permitem saber enga-

nar. “As mulheres são fabulosas”!Badida em sua juventu-de foi modelo da Rho-dia, campeã de esqui aquático e Glamour Girl quando ainda morava no Ceará. Hoje é mode-lo de cidadania, geniali-dade e talento.E é em sua casa, que seu mundo mágico aflo-ra em quadros e instala-ções.

Fotos: Daniela Câmara

SERVIÇO:Contato para aquisição de quadros da artista: (81) 9103-2402.Para fazer o curso de pintura de Badida, vide anúncio abaixo.

O Mirante de Olinda

Page 10: O Mirantede Olinda - Edição nº 1

O MIRANTE : Há quan-to tempo você assu-miu a Secretaria de tu-rismo de Olinda?

Maurício Galvão: As-sumi no início da ges-tão do Prefeito Renildo. Temos dois anos e meio de atuação na Prefeitu-ra de Olinda, que ante-riormente só tinha uma diretoria e não uma se-cretaria de turismo. Im-plantamos a Secretaria para estruturarmos me-lhor a nossa gestão.

OM: O que a Secreta-ria de turismo tem fei-to por Olinda?

MG: Em primeiro lugar, a secretaria interage com as outras secretarias, a fim de articular as

Secretário de turismo de Olinda

“Tenho mais de trinta anos na área de turismo. Comecei a trabalhar desde antes de me formar em engenharia”.

Maurício Galvão

O SECRETÁRIO DE TURISMO Mauríco Galvão fala sobre o trabalho em Olinda.

Olinda, agosto de 201110

Olinda: Fortalecendo o turismoTurismo

Arquivo: O Mirante de Olinda

Page 11: O Mirantede Olinda - Edição nº 1

ações para então fazer um turismo de maneira estruturada, com orga-nização, limpeza, logís-tica, para que possamos ter uma cidade propícia ao turismo. Estamos implantando a revitali-zação do sítio histórico. Em Setembro teremos a obra do Alto da Sé concluída. Treinamos os ambulantes das bar-racas, para que possam ser pequenos empreen-dedores. Foram 60 dias de curso. O alto da Sé é o ponto turístico mais visitado do estado de Pernambuco.

OM: Com relação orla de Olinda. O que a Pre-feitura tem feito para melhorar e movimen-tar o acesso do turista à praia?

MG: Olinda tem a maior orla da região metropoli-tana. São 9 KM de orla. Anteriormente, só eram utilizados 3,5 KM. Abri-remos a orla até a ponte do Janga. Ainda terá a etapa do trecho do Del Chifre, que ficará para mais adiante, depois da conclusão dessa primei-ra etapa.

OM: Desde quando você trabalha na área de turismo?

MG: Tenho mais de trin-ta anos na área de tu-rismo. Comecei a traba-lhar desde antes de me formar em engenharia. Meu primeiro empreen-dimento nesta área foi a implantação de um al-bergue em Olinda.

OM: Você é um empre-endedor do turismo?

MG: Sim, sou um dos sócios do Hotel Costeiro aqui em Olinda.

OM: O que você pode falar sobre a questão da violência urbana em Pernambuco. So-bre os aspectos que afastam o turista do nosso roteiro em suas viagens?

MG: O Governador do estado, Eduardo Cam-pos, tem tido sucesso com o novo sistema de segurança pública, que retirou das manchetes de jornal as questões de violência contra o tu-rista. Um desses exem-plos é que no carnaval, não houve uma notícia

de morte. Houve no car-naval uma redução de 30% da violência no es-tado. O CIATUR, (Com-panhia independente de apoio ao turista), tem vínculo com a polícia militar, que acompanha toda a segurança do sí-tio histórico.

OM: Como Olinda tra-balha com o turismo e com o turista?

MG: Temos dois pontos de informação turística na cidade. Um na Praça do Carmo, que é do go-verno do estado e o ou-tro é o da Prefeitura, que fica nos Quatro Cantos. Lá temos profissionais treinados para receber o turista, mesmo que ele não tenha chegado à cidade através de uma agência de turismo.

OM: Como foi a im-plantação do trabalho dos meninos de Olin-da, que são guias tu-rísticos nativos da ci-dade?

MG: Há anos atrás, um religioso teve a boa ideia de treinar os meninos de Olinda. Só que eles não tiveram um acompa-nhamento devido. Eles cresceram e muitos se desvirtuaram, formando grupos distintos. Na ges-tão de Luciana criou-se uma única associação. Depois o governo fede-ral criou a lei do turismo, que regulamentou a pro-fissão de guia. Hoje eles são chamados de con-dutores nativos, porque não tem ainda um apro-fundamento para serem guias, mas por serem

O Mirante de Olinda

nativos conhecem bem a cidade. Esses meni-nos estão sendo estimu-lados a estudarem, para que possam ser guias profissionais e então po-derem trabalhar de for-ma mais ampla. Vários desses meninos hoje fa-lam outras línguas.

OM: Fale um pouco do trenzinho que tem cir-culado pelas ladeiras de Olinda:

MG: Foi uma licitação. Fechamos contrato com o trenzinho do Mirabi-lândia. Somos o primei-ro município vriar um transporte turístico desta natureza. São duas op-ções de passeio, sendo uma mais simples que custa R$ 7,00 e outra de R$ 15,00. Esta última oferece um passaporte que dá livre acesso ao trem em qualquer ponto da cidade alta naquela data do passeio. O turis-ta recebe um passapor-te que dá essa mobilida-de.

OM: Quais são as pa-radas turísticas que o trem percorre?

MG: O trem sai do Car-mo. As paradas são as seguintes: Praça Laura Nigro (perto do Mercado da Ribeira), Prefeitura, Praça de São Pedro, Quatro Cantos, Rua do Amparo, Alto da Sé (em frente à Academia Santa Gertrudes), Igreja da Sé e finalmente, em frente à Igreja de São Francis-co.

PONTOS DE INFORMAÇÃO TURÍSTICA: Um na Praça do Car-mo (foto) e o outro nos Quatro Cantos.

Arquivo: O Mirante de Olinda

Page 12: O Mirantede Olinda - Edição nº 1

Marcelo Lins é his-toriador formado pela UFPE e trabalha como pesquisador em projetos desde 2002. Trabalhou com Ulisses Pernam-bucano de Mello Neto e com a historiadora Virgí-nia Pernambucano, no levantamento arqueoló-gico e histórico de Vila Velha em Itamaracá.

Desenvolveu um traba-lho como pesquisador para os livros de autoria

Um pesquisador da nossa história

do historiador e jorna-lista Leonardo Dantas, “Pernambuco Preserva-do” e “Os holandeses em Pernambuco”.

Lins será nosso colunis-ta a partir da segunda edição deste impresso, vindo contribuir com o resgate histórico da ci-dade patrimônio e esti-mular nossos leitores a passearem pela história da cidade. A história de Olinda será contada des-

de o princípio, fazendo um paralelo entre a his-tória de dentro da cida-de e do que veio de fora influenciar sua formação histórica, a exemplo de Recife, que tem a histó-ria atrelada a de Olinda, porque as duas cidades

já andaram juntas, mas têm ambiências diferen-tes em suas característi-cas arquitetônicas.

“As duas cidades sofrem influência das culturas portuguesa e holandesa, mas a formação urbana

de Recife é mais plana, porque sofreu as influ-ências holandesas, en-quanto que Olinda tem sua arquitetura mais ca-racterizada pelas cons-truções portuguesas”.

Atualmente, Marcelo está trabalhando junto a Leonardo Dantas, em pesquisa acerca do tra-balho do artista plástico Vicente do Rêgo Mon-teiro.

O historiador que estará conosco a partir da nos-sa segunda edição, é autor do livro “Mercados do Recife” publicado em 2007.

Foto: Nando Chiappetta

“Olinda, cidade heróica,Monumento da velha geração.

Olinda, serás eterna e eternamenteViverás em meu coração”.

Capiba

Daniela Câmara

12 Olinda, agosto de 2011

Page 13: O Mirantede Olinda - Edição nº 1

Ao som de Chico Buar-que – “Seu padre, toca o sino/ Que é pra todo mundo saber/ Que a noite é criança/ Que o samba é menino/ Que a dor é tão velha/ Que pode morrer/ Olê, olê, olê, olá” – escrevo mi-nha primeira crônica (de muitas que virão) para o Jornal O Mirante de Olinda. O convite para participar desse projeto partiu da minha amiga de profissão e editora-

Vida Longa

O Mirante de Olinda

chefe desse periódico, Daniela Câmara, que, com seu talento, docili-dade e profissionalismo (de primeira), ofereceu-me este espaço de crô-nicas para que eu dialo-gasse e partilhasse da minha experiência de viver nesta cidade linda e encantadora.Por se tratar de estreia, acho bom me apresen-tar. Sou Bruno Souza, tenho 20 anos, estudo jornalismo e atualmen-

te estou estagiando na Assessoria de Comu-nicação e Marketing do Sesc Pernambuco. Interesso-me por assun-tos que envolvam lite-ratura, música, cinema e redes sociais. Tenho perfil em todas elas. Fa-cebook, Twitter, Orkut e Blogs e não consi-go passar um dia sem postar, twitar, comentar ou curtir alguma coisa nelas - sem dúvida as redes sociais reconfigu-raram a maneira como nos relacionamos com as pessoas e o mundo.Porém, deixando de lado a pós-modernida-

Bruno Souza

de e todos os aparatos tecnológicos desta nova era, em que estamos vi-vendo e nos adaptando, gostaria de parabenizar toda a equipe do Miran-te de Olinda, pela bela e ousada iniciativa de co-locar nas ruas do Sítio Histórico olindense esse jornal que enaltece e, ao mesmo tempo, valoriza o que o município tem de melhor para oferecer, conhecer e ver. Que me perdoem as más línguas, também nem quero bancar o de-fensor dos órgãos muni-cipais, mas é muito fácil criticar e apontar com

o dedinho indicador os inúmeros problemas que a cidade enfrenta. Difícil mesmo é enxer-gar além dessas dificul-dades e propor ideias, assim como esta, que visam promover posi-tivamente a imagem de Olinda. Desejo vida longa a esse veículo e, mais ainda, espero que a partir dele surjam ini-ciativas tão boas quanto esta, pois amo Olinda. Aqui nasci, cresci, fiz bons amigos, aprendi a ler, escrever e amar. E aqui pretendo passar o resto dos meus dias, vi-vendo e amando.

Foto: Nando Chiappetta

Page 14: O Mirantede Olinda - Edição nº 1

diferenciado e em meu cardápio sempre disponho de uma opção sem carne e mais três com carnes varia-das. Sempre costumo fazer aquela pergunta da música do Titãs. “Você tem fome de quê”?OM: O que você gosta de cozinhar? RG: Sou apaixonado pela cozinha italiana. Preparo um sugo que passa 5 horas cozinhando. Gosto de fazer

Ragú Gnochi e Gulash, que é um prato húngaro que me remete à infância. Mas até o Gulash é feito em releitu-ra do preparo original.OM: O que você gosta de comer?RG: A feijoada da Lucia-na, minha namorada, pão francês com galeto, um bom feijão com arroz e bife. Gosto de pizzas e da comida que eu faço.OM: Quais são as novas

tendências em gastrono-mia?RG: Cozinhar sem sal é um novo conceito e muito bem vindo, porque há pes-soas que nem imaginam ser hipertensas. É um conceito novo e mais saudável. Ou-tra nova tendência é tam-bém a “Nouveille couisine pernambucana” (Nova co-zinha pernambucana).OM: O que você tem sem-pre em sua cozinha? RG: Azeite, pimenta cala-bresa, alho, cebola, cenou-ra e vinagre balsâmico.OM: Para você o que é ser um grande chef?RG: É encarar a gastrono-mia como ofício e só de-pois disso, fazer dela uma arte. O chef tem que em primeiro lugar compreen-der sua comida, sua equi-pe e sua clientela. Tem que ter a sorte de cair na boca das pessoas e ser persona-gem da mídia, para poder se dar bem. Já o consultor tem o compromisso com a realidade do lugar e das circunstâncias desse lugar.

RUBEN GRUNPETER

“ Costumo dizer que olho o mercado através da janela da cozinha”.

O MIRANTE: Fale do conceito de cozinha de bolso e da cozinha expe-rimental que você desen-volve:RUBEN GRUNPETER: Gosto da ideia de se provar algo novo. É interessante essa coisa de trocar sempre as opções de pratos em um restaurante. Nada como surpreender o cliente com um cardápio mutante e de-licioso, com adaptação de grandes pratos já conheci-dos. OM: Qual a sua forma-ção em gastronomia?RG: Sou autodidata e tenho formação em comunicação social. Minha família é de cozinheiros. Sempre obser-vei minha mãe e minha avó cozinhando. Minha grande paixão é a gastronomia e o futebol.OM: Quando iniciou sua carreira e há quanto tem-po trabalha com gastro-nomia?RG: Tenho 33 anos de car-reira e comecei por acaso na gastronomia. Trabalhei

em um hotel em Eilat (fron-teira do Egito), na função de carregador de malas e por imposição superior, tive que prestar serviços na cozinha. Então comecei aí minha trajetória. Comecei descascando cebolas e ba-tatas, fui auxiliar de cozi-nha, até finalmente chegar ao fogão e trabalhar como chef.OM: Onde você já traba-lhou como chef?RG: Burburinho, La Pren-sa, esfera 7, Abracadabra, Arauak, London Pub e em alguns restaurantes euro-peus. Hoje prefiro trabalhar como consultor em gestão de criação de pratos e car-dápios, embora eu ame a cozinha.OM: Qual o seu estilo em culinária?RG: Sou um estudioso e gosto de adaptar os pratos. Gosto de aprender e depois criar fazendo uma releitura do que já foi criado. Costu-mo dizer que olho o mer-cado através da janela da cozinha. Meu estilo é bem

O Chef de cozinha e consultor em gastronomia, Ruben Grunpeter, desenvolve um trabalho em gastronomia experimental. Nessa entrevista vamos ver como funcio-nam as releituras de pratos clássicos por esse chef e a proposta de se degustar um cardápio que não é repetitivo.

O Mirante entrevista:

Page 15: O Mirantede Olinda - Edição nº 1
Page 16: O Mirantede Olinda - Edição nº 1

4CANTOSCOMUNICAÇÃO & ARTE

Fone: 81 3083.2588

“Meu maracatu pesa uma tone-lada”. Como diz a letra da mú-sica de Jorge Du Peixe, o peso e rufar dos tam-bores do maracatu são extremamente conta-giantes. Mais contagian-

te ainda foi o encontro que celebrou essa mani-festação cultural. 01 de Agosto é o dia estadual do maracatu. A come-moração se deu em for-mato de evento reche-ado de palestras, rodas de diálogo, solenidade e exposição de fotogra-

fias, além de oficinas e participação de vários grupos de maracatu. Os participantes deste ano foram: Leão Coroado, Maracatudo Camaleão, Maracambuco, Badia, Estrela de Olinda, Axé da Lua, Nação de Lu-anda e alguns grupos

de batuques e batuca-das. As culminâncias do evento se deram no auditório da AESO, na Rua de São Bento em Olinda. Esse tipo de ini-ciativa que uniu cultura, educação e lazer, vem resgatar a força de nos-sa cultura e do folclore

de Pernambuco.O maracatu é um rit-mo que tornou-se um símbolo de resistência racial e cultural. Esse evento foi comemorado na data de nascimento do mestre Luiz de Fran-ça, que nasceu no dia 01 de Agosto.

01 de Agosto é o dia estadual do maracatuO maracatu é um ritmo que tornou-se um símbolo de resistência racial e cultural.

O Mirante de Olinda

CN

PJ

13.

992.

630/

0001

-31

Exp

edie

nte

Col

abor

ação

FotografiaNando ChiappettaHistoriadorMarcelo LinsCronistaBruno Souza

Edição / DiagramaçãoEmanuel SacramentoJornalista / RedaçãoDaniela CâmaraDesenvolvimento / ArteSaulo de Tarso

Os artigos assinados ou declarações aqui veiculadas, não refletem necessariamente

a opinião do informativo.

Reservamo-nos o direito de não aceitar publicações que, ao nosso critério, julguemos

inadequadas ou incovenientes.

Um empreendimento da