o mirante de olinda

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Olinda, abril de 2012 - ano 02 nº 09 Distribuição GRATUITA/DIRIGIDA Historiador Marcelo Lins Os Faróis de Olinda. Pág. 3 Olinda - Patrimônio Cotidiano Atores da Gastronomia Olindense. Pág. 13 Cine Olinda O Cine Olinda passará por reformas e estará disponível ao público. Pág. 16 Perfil ICEI Brasil Musicalidade Resgate Cultural Historiando ROTEIRO MENSAL DE CULTURA E TURISMO de Olinda Ator, músico, palhaço, compositor, dançarino, veio de pastoril, radialista, garoto propaganda, Walmir Chagas é um saltimbanco da nossa cultura. Pág. 7, 8 e 9 Find here the best places in Olinda Walmir Chagas Lucinha Guerra Veste Saias de Samba - Lucinha prepara seu novo CD. Pág. 5

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Roteiro de Cultura, Turismo, Gastronomia e História - Olinda-PE / Brasil

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Page 1: O Mirante de Olinda

Olinda, abril de 2012 - ano 02 nº 09 Distribuição GRATUITA/DIRIGIDA

Historiador Marcelo Lins Os Faróis de Olinda. Pág. 3

Olinda - Patrimônio Cotidiano Atores da Gastronomia Olindense. Pág. 13

Cine Olinda O Cine Olinda passará por reformas e estará disponível ao público. Pág. 16

Perfi l

ICEI Brasil

Musicalidade

Resgate Cultural

Historiando

ROTEIRO MENSAL DE CULTURA E TURISMO

de OlindaO MiranteO MiranteO MiranteAtor, músico, palhaço, compositor, dançarino, veio de pastoril, radialista, garoto propaganda, Walmir Chagas é um saltimbanco da nossa cultura. Pág. 7, 8 e 9

Find here the best places in Olinda

Walmir Chagas

Lucinha Guerra Veste Saias de Samba - Lucinha prepara seu novo CD. Pág. 5

Page 2: O Mirante de Olinda

O Mirante de OlindaEditorialDaniela Câ[email protected]

Farol de Olinda Foto: Saulo de Tarso

Ela nasceu no Engenho cachoeirinha em Vitória de Santo Antão. Perdeu o pai logo cedo, aos 7 anos de idade. Tempos depois veio para o Recife morar na Rua da Glória. Ainda adolescente, conheceu em Garanhuns, o homem o qual veio a se casar e ter 9 fi lhos. Escolheu para sua morada o bairro do Poço da Panela, onde criou seus fi lhos ensi-nando-os as verdades e os padrões educacionais

mais tradicionais. Mesmo tendo nascido em primeiro de abril, ironi-camente a data em que se celebra o dia da mentira. Sem pieguice, falo da batalha dessa senhora elegante, distinta e reconhecida em todos os meios em que circulou. Foi pro-fessora de educação e ética social, membro do Comitê Nacional do Cerimonial Público (CNCP), na universidade da Paraíba minis-trou cursos de conduta profi ssional, ocupou cargo de chefe de ce-rimonial da Prefeitura de Jaboatão dos Guararapes. Como jornalista trabalhou no Diário de Pernambuco as-sinando a coluna Moda e Modos, tendo sido ainda editora da su-cursal Nordeste da Revista Persona de Brasília. Foi assessora de imprensa da Sociedade Consular de Pernambuco, além disso, durante 7 anos, trabalhou no centro do imaginário da Fundação Joaquim Nabuco, assessorou o sociólogo Gilberto Freyre em suas exposições de arte, dentre elas a mostra Sobrados e Mocambos. Organizou a parte iconográfi ca do livro do Jornalista Poti-guar Matos sobre Gilberto Freyre, inspirada na obra “Casa Grande e Senzala”. Ela também trabalhou na academia Pernambucana de Letras na equipe de tombo do acervo. Preparou com suas aulas de etiqueta social, diversas primeiras damas dos Estados de Pernam-buco e da Paraíba. É formada em letras pela Fafi re, e é bacharel em história pela Unicap. Ester Câmara foi marchand de muitos artistas plásticos de Recife e Olinda, chegando a ter duas belíssimas galerias de artes no bairro de Casa Forte e, em Olinda. Cumprindo bem todas essas etapas, ainda educou os fi -lhos e foi muito bem casada com Amaro Câmara, administrador de empresas da Celpe e descendente da família Câmara de Portugal, onde há alguns anos atrás, ela esteve na Ilha da Madeira, conhe-cendo a tradicional história da Câmara de Lobos, que originou a família. Mulher de destaque na sociedade, Ester Câmara é sim-ples e sofi sticada ao mesmo tempo, além de ser uma mulher que esteve à frente do seu tempo e reinventou sua própria história de vida, após a perda do marido e companheiro. O Mirante além de homenageá-la, vem lembrar aqui seus feitos em prol da nossa cul-tura. Essa mulher, que fez aniversário em 1º de Abril esteve jun-to aos grandes gênios da nossa cultura, a exemplo de Gilberto Freyre, Francisco Brennand, Montez Magno, Marcus Accioly, den-tre tantos outros artistas e intelectuais de destaque do Recife e de Olinda. Pois bem, estamos esse mês comemorando a data do seu aniversário e dando graças a Deus pela existência do dia da men-tira, com orgulho das verdades que ela mostrou ao longo do seu trajeto. Isto é herança de valor imaterial, que ela deixou para os que com ela conviveram e que ainda convivem nos dias atuais. Parabéns Dona Ester Câmara, pelo banho de cultura que a senhora deu em tantos que hoje trabalham na área das artes.

O dia da mentira foi o dia em que nasceu uma mulher

culta e verdadeira

Page 3: O Mirante de Olinda

3Os Faróis de Olinda

farol existente em Olinda ao lon-go de todo o período colonial, mesmo sendo possível que a presença desta primitiva baliza de navegação seja fruto da ima-ginação do artista que produziu a gravura. A existência de um fa-rol para alertar sobre os perigos dos arrecifes diante da vila de Olinda não é uma construção de todo absurda. No entanto, só em fi ns do século XIX, a Marinha Imperial do Brasil decidiu instalar um farol para si-nalizar a ponta da velha Marin. Sobre este primeiro, ou segun-do, farol de Olinda, o relatório do Mi-nistério da Mari-nha para o ano de 1869, informa que o barão de Cote-gipe, ministro da Marinha, havia autorizado o en-genheiro Zózimo Barroso a contra-tar na Inglaterra nove faróis de torre e lanterna de metal, um deles o farol da Ponta de Olinda., pagos pela delegacia do tesouro em Londres. No rela-tório do ano de 1870, o engenheiro informa que os quatro últimos faróis, o de Olinda entre eles, não haviam sido remetidos ainda por causa do cerco de Paris, que atrasou a produção dos apare-lhos. No ano seguinte Barroso dá conhecimento do embarque dos faróis e a contratação de dois ofi ciais mecânicos para tra-balharem no levantamento das torres metálicas e na montagem das lanternas. A construção dos faróis dos Reis Magos, Rio Gran-de do Norte e de Olinda foi con-tratada com Francisco Ferreira

Borges, sob a fi scalização do engenheiro Júlio Álvaro Teixeira do Macedo, segundo o relatório para o ano de 1871. O farol iniciou seu fun-cionamento em 18 de novembro de 1872, erguido sobre um dos baluartes do antigo forte Mon-tenegro nas areias da praia de Olinda. Consistia de uma torre octogonal de ferro fundido, com

16 metros de altura e altura de foco 19 metros acima do ní-

vel do mar. Foi equipado com lanterna dióptrica

de lampejo de 4ª. Or-dem com alcance de 12 milhas náuticas (22 Km). Em 1873, foi publicada a “Instrução para se demandar o porto de Pernambuco avistando-se o pharol de Olinda” assinada pelo ca-pitão de fragata Antonio Joaquim de Mello Tambo-rim, a bordo da canoeira Aragua-ry, em 22 de se-tembro de 1873. O

relatório de 1886, informa que o farol

de Olinda com sua lâmpada de lampejo

de com intervalos de dois minutos encontra-

va-se em bom estado e a torre metálica pintada de

vermelho. O aparelho era ope-rado por dois faroleiros que cus-tavam dois contos e 400 mil reis anuais, de acordo com o relatório de 1896. Em 1927, o aparelho lu-minoso foi trocado pelo sistema AGA, mais moderno e econômi-co. Durante 70 anos, o antigo farol marcou a paisagem praiei-ra da cidade de Olinda Algumas poucas imagens existentes mos-tram sua torre de ferro fundido

No fi nal da década

de 30 do século passado, a Marinha

do Brasil iniciou a modernização do

sistema de sinalização e iluminação costeira. Segundo o relatório de

1941, o velho farol de ferro não mais se adequava

às necessidades do porto do Recife, sendo

urgente a modernização de equipamento tão

importante para segurança da

navegação

3Olinda, abril de 2012 Marcelo Lins

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No artigo anterior ex-ploramos um pou-co a gravura “Marin d’Olinda de Per-nambuco” do livro

de Johannes de Laet, datada de 1644. E partindo de alguns ele-mentos daquela mesma gravura procuro construir o fi o da mea-da do texto de hoje. Para quem navega, “terra a vista” pode sig-nifi car terra fi rme ou porto segu-ro, mas também, perigos para a embarcação e sua segurança representados por mar raso e arrecifes, tão perigosos como os que encontramos no litoral de Pernambuco “onde quebra netu-no a fúria esquiva”, segundo os versos do poeta Bento Teixeira em sua Prosopopeia (1601)¹. No seu roteiro da costa do Brasil (1625), o cosmógrafo mor do reino de Portugal, Mano-el Figueiredo (1568-1630), alerta os pilotos dos navios que dian-te da costa de Pernambuco “há muitos arrecifes aguados, que não aparecem senão de baixa mar, os quais botam uma légua ao mar”². O perigo representa-do pelos arrecifes também está presente na gravura de De Laet, onde a letra M da legenda aponta a existência de arrecifes submer-sos diante da praia de Olinda, e completa orientando os nave-gantes a passarem a perigosa barreira de pedras pelas laterais. Para sinalizar o perigo podemos ver no item P da legenda um Ba-ecken op een bergh – farol sobre um morro - na grafi a da primeira metade do século XVII. Pela de-fi nição do “A large dictionary En-glish and Dutch” edição de 1735, a palavra holandesa “Baken” – poste com um pequeno barril ou cesta no alto, para sinalizar raso no mar ”. O farol representado na gravura Marin d’Olinda seria a única referência a um primitivo

sobre base de alvenaria fi ncada na areia da praia entre jangadas, caiçaras e banhistas. No fi nal da década de 30 do século passado, a Marinha do Brasil iniciou a modernização do sistema de sinalização e ilumina-ção costeira. Segundo o relatório de 1941, o velho farol de ferro não mais se adequava às neces-sidades do porto do Recife, sen-do urgente a modernização de equipamento tão importante para segurança da navegação. Um novo farol foi cons-truído no alto do morro do Sera-pião, e entrou em funcionamento no dia 7 de setembro de 1941. Segundo o relatório do Ministério da Marinha daquele ano, o novo farol constava de uma torre de concreto armado com 88,50 me-tros de altura, fi cando seu foco a 131 metros acima do nível do mar, sistema luminoso elétrico com alcance de 28 milhas náu-ticas (51Km). Como sistema re-serva o farol contava com um bico de luz AGA para o caso de interrupção na energia elétrica. O alto da cúpula era equipado com um dispositivo para projeção de luz destinado a auxiliar a navega-ção aérea.³ Sobre o farol hoje exis-tente no morro do Serapião, en-contramos uma discrepância en-tre os dados do relatório de 1941, e o Serviço de Sinalização Náuti-ca do Nordeste, que informa que o atual farol de Olinda tem uma altura de 42 metros, com torre cônica de concreto armado, pin-tado com faixas horizontais pre-tas e brancas. Nas noites escuras e estreladas da lua nova, apesar da luminosidade urbana, ainda podemos ver o feixe luminoso do novo farol de Olinda, que ao longo das últimas sete décadas vem orientando os navegadores, assim como os seus antecesso-res dos séculos precedentes.

¹ Bento Teixeira. Prosopopéia. Reprodução fi el da edição de 1601 segundo exemplar existente na Biblioteca Nacional e Pública do Rio de Janeiro. Rio de Janeiro: Typographia do Imperial Instituto Artístico, 1873; p. 24. Disponível em http://www.archive.org.² Figueiredo, Manoel. Hidrographiaexame de pilotos: no qual se contem as regras que todo piloto deue guardar em suas nauegações ... : com os roteiros de Portugal pera o Brasil, Rio da Prata, Guinè, S. Thomé, Angolla, &Indias de Portugla&Castella, Lisboa: Vicente Alvarez,1625. Disponível em: http://www.archive.org.³ Relatórios do ministério da Marinha (1821-1960). Disponível em: Center for Research Libraries - http://www.crl.edu. Serviço de Sinalização Náutica do Nordeste, Faróis no Estado de Pernambuco. https://www.mar.mil.br/ssn-3/images/pernambuco/faroispernambuco.htm

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4

Historiando

Page 4: O Mirante de Olinda

Misael [email protected]

04 Alto da Sé / Olinda - PE

Foto: Saulo de Tarso

Leia mais cordeis no portalwww.omirantedeolinda.com.br

“Vim cantar pra toda a genteOs cantar do meu sertãoSou o poeta mais valenteMais brabo que Lampião...”

Se quiser, eu vô lhe dizer quem souSou poeta que lança o desafioQuem se bate comigo perde o brioSeja frio cangaceiro ou matadorSou cordão com cerol que decepouO pescoço do afoito motoboySou do ferro a ferrugem que corróiSou marquise que cai no transeunteNão me bote conversa e nem me assuntePois meu verso é punhal que fere e dói

Nem veneno de cobra me destróiCascavel, faço o rabo de chocalhoSua carne inda vendo no retalhoSe quiser ela viva, eu pego um móiSou as bombas lançadas em HanóiEstilhaços que saltam da granadaSou o tétano após uma furadaSou nocaute do murro bem no queixoQuando deita na lona eu cuspo e deixoVer o mundo rodando da porrada

Mike Tyson eu bati de uma lapadaSou pior que a dentada de um vampiroQuando o sangue se acaba eu me arretiroSou a morte cruel de uma facadaNem piranha num rio me dá dentadaTubarão lá no mar nem chega pertoPit Bull sai correndo: ôh bicho esperto !Sucuri, eu que a mato de um arroxoKing Kong pra mim é fraco e xôxoMesmo em cima da torre eu lhe acerto

Sou pior que a serpente do desertoQuando eu parto, o meu bote vai certeiroEu atiro melhor que um cangaceiroNão importa a distância, o tiro é certoO maior matador nem chega pertoÉ dez bala e um buraco só, na testaSó rezar para Deus é o que lhe restaMas eu mando é falar com LuciférInda pego pra mim sua mulherSou o castigo do cabra que num presta!

“Vim cantar pra toda a genteOs cantar do meu sertãoSou o poeta mais valenteMais brabo que LampiãoLanço agora o desafioPro poeta que tem brioCabra frouxo, tem vez não!”

Poeta é feito sertão: “mais tranquile do

que Nossa Sinhora rezando, balançando os pé numa nuve...”,assim falou o grande

Jessier Quirino, em seu Berro Novo... Sei

não, heim? Eu sou poeta, mas, tem dias,

que acordo com um azougue no couro

e com a brabeza do bando de Lampião

todinho brigando com uma volante no

mêi da caatinga. O gênio de duzentos siri dentro de uma lata de

querosene é pouco! Então, macho véi, se

vier me peitar, fique logo sabendo quem

eu sou!

SE QUISER, EU VÔ LHE DIZER QUEM SOU !

Poesia e Cordel

Todos os direitos reservados. Obra registrada no EDA/FBN. Não é permitida a reprodução total ou parcial desta obra, sem o consentimento do autor. Veja mais fotos no portal: www.omirantedeolinda.com.br

Page 5: O Mirante de Olinda

05MusicalidadeO MiranteO MiranteO Mirante de Olinda Olinda, abril de 2012

O novo processo criativo da cantora Lucinha Guerra, intitulado “Saias de Sam-ba”, expressa o sentido do vestir das saias no enten-

dimento de sair em busca de sons que estejam no universo do samba. Lucinha Guerra, uma das mais criativas cantoras do Estado é diversa tanto em sua versa-tilidade no cantar, como em suas cria-ções musicais. Ela gosta da diversidade rítmica e estilística da música. Seu novo projeto “Saias de Samba”, junta novos sambas autorais inéditos dela e dos seus parceiros sambistas, a exemplo de Selma do Samba, em torno das rodas de samba, do samba canção, bem como das antigas gafi eiras. Corajosa e cheia de atitude, Luci-nha vem levantando custos para a grava-ção de um disco independente após fazer tournée no carnaval de Recife e Olinda. A agenda da cantora já tem em pauta show na Expoidea, que acontece de 05 a 13 de maio. Desde já, ela vem preparando repertório para os shows do ciclo junino pernambucano, que une sambas de Jackson do Pandeiro e Gon-zagão, com show intitulado de “Baião de Dois”. Outro evento já previsto em agen-da é dentro da programação de shows do projeto de Gonzaga Leal, o “Receitas de Samba”. Com 14 anos de carreira solo, a atriz e cantora Lucinha Guerra atuou em espetáculos como “Mangaba com Ca-tuaba” de Walmir Chagas, entre outras montagens do grupo Romançal de Aria-

no Suassuna e Romero Andrade Lima. A partir do espetáculo de Walmir Chagas, no ano de 1997, Lucinha que já atuava em teatro, passou a dedicar a maior par-te do seu tempo à música, iniciando sua carreira de cantora no ano de 2001. Em 2007 Ela é a vencedora do troféu ACINPE, com “O Samba de Maria-zinha”. A cantora que tem uma forte for-mação na música erudita e estudou can-to na UFPE, resolveu partir para o estilo popular, desde o começo da sua trajetória solo. Ela tem gosto por estilos musicais como os sambas, carimbós e maxixes. Quando fala do mercado musical de Per-nambuco em torno de estilo e diversida-de musical, ela enfatiza: “Aqui, se não há espaço para a música popular, imagine a erudita. O popular foi me chamando, mas eu também gosto muito de cantar músi-cas francesas por exemplo. Gosto de be-ber em todas as fontes. Não gosto dessa exigência de um estilo único, defi nido. Eu canto o que gosto e porque sei cantar es-ses diversos ritmos e estilos musicais”. Tocando sanfona na sala de sua casa, um pequeno acordeón vermelho, ela termina: “Eu quero um dia interpretar as músicas que Héctor de Rosas cantava com Piazzolla, com minha sanfona à pu-nho. Gosto muito dessa coisa demodée e gosto de cantar o amor. Não sigo as ten-dências musicais da moda”.

Serviço:Contato para shows: 91330236

E-mail: [email protected]

Lucinha Guerra veste Saias de SambaDona de uma das mais belas vozes de Pernambuco

Lucinha prepara seu novo CD

Lucinha Guerra, uma das mais criativas cantoras do Estado é diversa tanto em sua versatilidade no cantar, como em suas criações musicais.

Page 6: O Mirante de Olinda

Gillberto Marques

Contos e Crônicas06 O MiranteO MiranteO Mirante de Olinda

Vinícius pode não ser um bom exemplo: bebeu muito; fumou à vontade;

com o violão embaixo do braço, varou noites e madruga-das. Saiu pelo mundo, cantou de tudo um bocado. Teve várias mulheres, mas descobriu que o amor é um só. O poetinha camarada foi o Castro Alves que eu conheci ainda vivo. O baiano do Navio Negreiro veio bem antes. Jun-tei à Guilherme de Almeida que chegou com você em 1968. Até hoje declamo de cor: “Escute aqui uma coisa, você é linda...”. Na minha adolescência, Vinícius chegou para fi -car. Chega de saudade bateu forte no Brasil e espalhou-se para o mundo. Turbilhão convocou o jovem eternamente apaixonado: “não se esqueça de fazer tudo que pedir esse coração”. A Carta a Pedro: a poesia foi uma mulher cruel em cujos vórtices me perdi sem remissão... Trouxe o meu Pe-drinho e foi o canto que eu queria cantar. Mariana, o nome da neta, fez o maior sucesso na noite do 27 de fevereiro que anunciou a madrugada do primeiro encontro, em 1982. No terceiro fui direito. Consuelo concordou e o escrivão, concitado, escreveu: Vinícius. Henrique veio pronto pela mão de Flávia e completou com Giba o meu time eclético: Santa Cruz, Náutico, Sport, América, Íbis. O poetinha foi diplomata. Subi na tribuna do júri antes do diploma sem per-der a ternura jamais. De qualquer lado defendi a vida e a poesia. Na malediscência, repetiam: é o advogado trovador. O bloco que me aguarda não é o da Saudade. E, mais uma vez, vou entrar na rinha de peito aberto. No bloco cirúrgico, como cantava Vinícius: “eu viro a cara pro perigo e seja o que Deus quiser”.

DE PEITOABERTO

O Projeto Monumento Videomapping, patrocinado pelo Funcultura, reali-za intervenções artísticas em edifi -

cações de quatro municípios do Estado de Pernambuco. O grupo de VJ’s Retinantz propõe um diálogo através de suas projeções, em um mapeamento de vídeos que visitam 4 ci-dades entre elas Recife, Goiana, Garanhuns e Triunfo. As intervenções artísticas estão sendo realizadas nas fachadas de imóveis, que proporcionem uma boa visibilidade ao público que irá assistir as apresentações, em pontos estratégicos de cada cidade con-templada. Considerado futuro da projeção, o mapeamento é uma técnica com base na topografi a, onde as imagens não se limitam mais as duas dimensões de uma tela. O con-teúdo audiovisual, é produzido de maneira a interagir precisamente com os detalhes da superfície em que a projeção se realiza, seja ela plana ou volumétrica. Não só a fachada arquitetônica, mas todos os seus detalhes como colunas, arestas, portas e janelas, po-dem ser delimitados e explorados nas proje-ções. O projeto foi pensado no intuito de homenagear a cultura de Pernambuco, em uma linguagem inovadora, utilizando técni-cas modernas de projeção e videocenogra-fi a, amplifi cando a riqueza da cultura local de cada um dos municípios visitados.

A realização do projeto contribui para o desenvolvimento e estabelecimento das práticas de artes visuais, que contemplam a tecnologia digital no Estado de Pernambu-co, o qual possui artistas conceituados e re-conhecidos nacionalmente nessa área das artes, tornando necessária a criação de es-paços e oportunidades para esse tipo de exi-bição. Além disso, viabilizando o acesso ao público de cidades do interior. O conteúdo exibido nos vídeos salienta os aspectos da cultura de cada uma dessas cidades, come-çando pela arquitetura. A imagem e o som andam juntos, mas o som explorado dá des-taque aos ritmos locais específi cos daquela região, valorizando e destacando ainda mais aquele patrimônio. Essa técnica ainda não é muito ex-plorada em Pernambuco e só foi utilizada uma única vez, no Festival de Garanhuns de 2010, pelos VJ’s do grupo Retinantz, que é pioneiro em nosso Estado. Na primeira apresentação do grupo, em Goiana, o conteúdo exibido foi inspirado na história do município, que tem fatos inte-ressantes como a primeira biblioteca pública de Pernambuco e a primeira banda de músi-ca do Brasil, a Banda Curica, que ainda está em atividade, além da libertação de escra-vos da localidade, um ano antes da lei Áurea ter sido assinada.

Projeto Monumento Videomapping

Page 7: O Mirante de Olinda

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Olinda, abril de 2012

Multimídia e multifacetado ele nasceu para brilhar sem maiores esforços

Walmir Chagas

Por onde passa deixa um rastro de alegria, um jeito de ser feliz, uma palhaça-da visível. Tem uma coisa de amor e tragicomédia, ao mesmo tempo um olhar

doce de Véio. É assim mesmo que se escreve, conforme ele explicou: Véio Mangaba com acento agudo no e. Na época em que o Véio foi criado, ainda não tínhamos sofrido alterações orto-gráfi cas em nossa língua. Mas o paralelo que quero fazer aqui é entre dois personagens incríveis. O Véio Mangaba e o ator multimídia Walmir Chagas, que são dois persona-gens queridos da nossa cultura. Um da vida real, do que é ser um artista com-pleto, e do Véio, que quer queira quer não, está entrelaçado ao ator, porque fi ca lá guardado dentro dele. E isso torna - se aparente na forma de falar, de expressar-se, como se um morasse dentro do outro. De fato isso é percep-tível.

Daniela CâmaraPerfi l

“Eu não sou mais garoto propaganda, eu sou Veio propaganda”.

Page 8: O Mirante de Olinda

O MiranteO MiranteO Mirante de Olinda08

O ator fala pelos coto-velos, tem um vozei-rão e é simpático que só vendo. Foi incrível passar um período da tarde em sua casa,

ouvir sua trajetória. E que trajetória ! Há muita coisa para contar sobre Walmir Chagas e sobre a fi gura do Véio. Va-mos conhecer aqui esses dois marcan-tes personagens. Ator, músico, compositor, dan-çarino, palhaço, veio de pastoril, radia-lista, garoto propaganda, (ele corrige e diz que já é um veio propaganda). Wal-mir Chagas é um saltimbanco da nos-sa cultura. Aos nove anos de idade, já aparecia ao público e nunca mais iria largar a carreira de artista. Irmão de mágico de circo, fi lho de clarinetista, ele nasceu no bairro de São José. No início dos anos 70, após ter tido experiência com seu irmão, que era o mágico Professor Ramy e o amigo desse irmão, que era o Palhaço Gameloso, o pequeno Walmir Chagas, aventurava-se em viagens mambem-bes no circo que eles trabalhavam, em período de férias escolares. Logo de-pois, o artista conheceu a rádio atriz Linda Maria, que tinha um programa na TV Jornal, intitulado “Cidade Encanta-da”. Ela percebeu o talento de Walmir e o estimulou a entrar no universo da televisão. Ele começou fazendo pontas em seu programa, descobrindoassim seus dotes artísticos e dando um pontapé inicial em sua extensa carrei-ra. Em 1975 entrou através de um teste, para o Teatro Escola de Pernam-buco. A partir daí, começou de verdade sua carreira, quando tornou - se um ator de teatro, nesse tempo ele despertava também para a dança. Em 1976, sur-gia o Grupo Circense de Dança Popu-lar, liderado por Ariano Suassuna, que era secretário de cultura do Recife na época e, estava à frente do Movimen-to Armorial, junto à família Madureira. Logo depois, Walmir veio participar dos espetáculos de Antônio Nóbrega, tam-bém multiartista, no famoso Grupo Ro-mançal. Nele contribuiu como músico e cantor. Estudou bateria, teoria e solfe-jo no Conservatório Pernambucano de Música e estagiou na Orquestra Sinfô-

nica do Recife. Na música seu passeio foi longo. Walmir além de instrumentista tem uma voz privilegiada. Foi premiado por diversas trilhas sonoras que conce-beu para espetáculos de teatro. Atuou no “Baile do Menino Deus”, nas funções de ator e cantor. A partir dessa época, passa a ser também diretor musical de espetáculos. Em “Salto Alto”, espetácu-lo de teatro, foi premiado melhor ator e diretor musical, em uma atuação hila-riante e provocante. Nesse espetáculo, o trabalho de ator de Walmir Chagas foi importantíssimo para a montagem. Em TV atuou em mais de dois mil VT’S. Em rádio criou inúmeros jin-gles para campanhas publicitárias. Eis que surge em 1996, o Véio Mangaba, criado por Walmir junto ao músico e publicitário Lula Queiroga, em tempos de campanha política televisiva. Lula queria um tipo popular que fosse inspirado nos personagens dos veios

de pastoril. Foi nessa oportunidade, que surgiu um dos mais queridos per-sonagens dos pernambucanos, inspira-do entre os veios Faceta e Barroso, os quais Walmir sempre foi fã, chegando a assistir apresentações tempos antes. Barroso se apresentava no Pá-tio de São Pedro e Faceta no Janga. Acontece que Walmir Chagas deu um caráter mais contemporâneo ao seu personagem, ainda acrescido de ele-mentos dos universos do circo, do te-atro e da própria televisão. Um veio de pastoril numa leitura contemporânea. Esse também foi um caminho extenso na carreira do ator, que passou a fazer shows em festivais e apresentações nos bares mais descolados da cidade, dentre eles a Soparia de Roger de Re-nor, que foi espaço das rodas de choro que o multiartista promovia junto aos seus amigos músicos, dentre eles Cha-ruto e Bozó. Foram diversos discos e

shows do Véio Mangaba, que fi zeram sucesso dentro e fora de Pernambuco. Mas a grande novidade do mo-mento é o que ele vem aprontando de novo. Walmir está com um programa de rádio, intitulado “O Circo do Véio Mangaba”, na Rádio Capibaribe, que-acontece todos os Sábados a partir do meio dia. É só sintonizar em AM 1240, para o ouvinte se deliciar com dicas culturais, entrevistas e eventos que ele vem divulgando no programa de forma-to interessante, com efeitos de áudio que remetem as platéias de circenses. No programa do Véio, sempre chegam grandes fi guras da nossa cultura para serem entrevistadas a exemplo de Mô-nica Feijó, o maestro Fábio César da orquestra Raízes, Bráulio de Castro, entre outros famosos da nossa terra. Mais adiante vem um monte de coisa nova. E o melhor, muitas coisas boas a serem lançadas por ele, que é

Page 9: O Mirante de Olinda

9Olinda, abril de 2012 09

shows do Véio Mangaba, que fi zeram sucesso dentro e fora de Pernambuco. Mas a grande novidade do mo-mento é o que ele vem aprontando de novo. Walmir está com um programa de rádio, intitulado “O Circo do Véio Mangaba”, na Rádio Capibaribe, que-acontece todos os Sábados a partir do meio dia. É só sintonizar em AM 1240, para o ouvinte se deliciar com dicas culturais, entrevistas e eventos que ele vem divulgando no programa de forma-to interessante, com efeitos de áudio que remetem as platéias de circenses. No programa do Véio, sempre chegam grandes fi guras da nossa cultura para serem entrevistadas a exemplo de Mô-nica Feijó, o maestro Fábio César da orquestra Raízes, Bráulio de Castro, entre outros famosos da nossa terra. Mais adiante vem um monte de coisa nova. E o melhor, muitas coisas boas a serem lançadas por ele, que é

um artista que está sempre “na moda”. Expressão muito utilizada por nós nor-destinos, o Véio Mangaba é um artista que está pós-modernizando sempre a nossa cultura, sem ser cafona e com um estilo invejável. Um dos seus novos projetos é o arrojado ensaio fotográfi co, para fazer um contra ponto entre ele e o Véio Mangaba, que já vem sendo pen-sado por sua produtora Carla Sena e será culminado com uma grande expo-sição no Espaço Mamulengo, no Recife Antigo. São muitos projetos futuros em processo de criação. Ele conta que em breve está lan-çando livro com música para crianças pela Edições Bagaço, em parceria com os músicos José Aírton e Silvio Rober-to de Oliveira. O texto é de sua autoria e chama-se “Brincadeira de Criança”. Fora isso tem o projeto de fi lmagem do documentário sobre sua vida, intitulado “Walmir Chagas X Véio Mangaba, Uma Vida, Uma História”. Em seu dia a dia, Walmir lê mui-to, escreve e idealiza seus projetos. Em família, cuida também das ativida-des domésticas, já que sua mulher bate ponto todo dia. Maria Burichel trabalha na área de saúde e, é mãe de Francis-co, o fi lho caçula do ator. Além do fi lho menor, ele tem mais três herdeiros. Ma-íra, mãe do seu neto Miguel e mais dois fi lhos, Tainá e Tendy.

Ator, músico, palhaço, compositor, dançarino, veio de pastoril, radialista, garoto propaganda, Walmir Chagas é um saltimbanco da nossa cultura.

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Percorrendo a orla marítima temos um leque de op-ções. Para quem quer curtir um na-moro à beira-mar

degustando dos seus frutos fresquinhos, começamos o passeio pelo Marisqueira, que tem uma excelente cozi-nha e está para além das co-midas marítimas. No restau-rante do empresário Piauí, o casal pode apreciar uma costela de porco ou carne de sol, dentre tantas outras delí-cias. O interessante é que lá podemos pedir que o garçon ponha a mesa à beira-mar, de onde se vê o quebrar das ondas, degustando um bom vinho.

Walking along the shoreline have a wide range of options. For those who want to enjoy dating in front of the ocean while tasting a fresh seafood, we started the tour with the Marisqueira Restaurant, which has an ex-cellent cuisine going beyond the sea food. In the Piaui’s Reastaurant, the couple can enjoy a pork chop or a deli-cious “Carne de Sol”, among many other delights. Interest-ingly, there we can ask the waiter to set the table by the seaside, where you see the breaking waves, enjoying a good wine.

Ainda à beira-mar de Olinda, encontramos o Hotel Costeiro. Esse hotel tem 79 partamentos climatizados e cozinha internacional. O hós-

Roteiro OlindenseOlinda é para quem

gosta de dançar, ouvir MPB, degustar da alta

gastronomia, ou passear descompromissadamente pela

orla ou pelo sítio histórico. Neste roteiro, o turista

encontra as melhores opções.

pede desfruta de banho de piscina, enquanto pode so-licitar um drink a sua borda. Além dessas características, fica próximo ao Centro de Convenções, Veneza Water Park, Chevrolet Hall, shop-pings centers, bancos e sítio histórico, o que torna ainda mais favorável a estada do turista.

Still on the ocean front, we find the Hotel Costeiro. This hotel has 79 air-conditioned suites and international cuisine. There you can enjoy a swimming pool, while sipping on your favorite drink. Besides these features, it’s near the Con-ventional Center, Veneza Water Park, Chevrolet Hall, shopping malls, banks and historical sites. Adiante, na altura do Fortim do Queijo, A Fábrica Bar tem promoções todas as terças-feiras com clone de cerveja e nas quintas, de whisky. Tem espaço para se dançar, além de poder es-cutar MPB. Os proprietários da casa, Robson e Gustavo,

cuidam da programação cul-tural. A Fábrica Bar tem um público fiel e “habituée”. Os frequentadores dos clubes não deixam de dar aquela passada semanal na casa.

Soon after, next to the Fortim do Queijo we’ll find the Fábrica Bar with its famous Tuesdays Special buy one and get one free beer and on Thursdays buy one get one free whisky. It has space for dancing, in ad-dition to being able to listen to MPB. The owners, Gusta-vo and Robson are in charge of the cultural program. The Factory bar has a loyal and “habitué” clientele.

No Alto da Sé come-se bem, bebe-se das me-lhores cachaças do país e vê-se a mais linda paisagem de Olinda, além da boa mú-sica de Pernambuco. O bar também serve um excelente churrasco. Para quem gosta de frutos do mar, o Olinda Art & Grill tem também diversas opções e para a sobremesa, peça uma cartola tropical,

Olinda is for those who like to dance, listen to MPB, taste of haute cuisine, or simply stroll

along the seashore, or historic site. In this tour, tourists find the

best options.

Find here the best places in Olinda

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1119O MiranteO MiranteO Mirante de Olinda

ting and attractive, because it offers cabins for those who want to enjoy the revelry of Olinda, in one of the hottest places in the historic site.

São inúmeras as op-ções. Nas sextas-feiras ain-da pode-se caminhar pelas ladeiras de Olinda, ao som de uma típica seresta, que nos remete aos tempos de outrora.

There are a wide range of options. On Fridays you can still walk the hills of Olinda, enjoying the sound of a typical songs, which takes us back in time.

que é servida com abacaxi e mel de engenho. Ao lado, na cachaçaria, o turista pode levar na bagagem o melhor do artesanato regional e das mais famosas “Branquinhas” da região Nordeste.

At Alto da Sé we can eat well, drink the better “ca-chaça” of this country, see the most beautiful landscape of Olinda and listen the good music of Pernambuco as well. The bar also serves an excellent barbecue. For who likes of seafood, the Olinda Art & Grill also have several options and to des-sert, ask for a “cartola tropi-cal”, which is served with pi-neapple and honey wit. Next, at Cachaçaria, the tourist may take in your baggage the better of regional handicraft and the most famous “bran-quinhas” of northeast.

Há mais de 40 anos, o Bar e Restaurante Cantinho da Sé, mantém a tradição da comedoria regional. No car-dápio caldinhos deliciosos, regados a uma cerveja gela-díssima, além de uma vista do mais belo cenário da cida-de alta. For over 40 years, the Corner Bar e Restaurante See, maintains the tradition of regional eater. The menu

delicious broth, washed down with an ice-cold beer, and a view of the most beautiful scenery of the upper city.

Um lugar agradável para o turista visitar e comprar lem-branças é a Galeria São Sal-vador, que fi ca no Alto da Sé e tem os artesanatos mais engraçados e interessantes, além de poder conhecer as melhores cachaças brasilei-ras.

A nice place for tou-rists to visit and buy souvenirs is the Gallery São Salvador, located in the Alto da Sé and has the funniest and interes-ting crafts, also you can learn the best Brazilian cachaça.

Um bom almoço re-gional pode ser saboreado no Cangaço 34. A comida é maravilhosa e o espaço é amplo e agradável. Fica ao lado do Mercado da Ribeira. O restaurante está com uma programação interessante e atrativa para quem quiser curtir Olinda, em um dos mais badalados lugares do sítio histórico.

A good regional lunch can be enjoyed in Cangaço 34. The food is wonderful and the space is ample and plea-sant. Situated next Mercado da Ribeira. The restaurant is planning a carnival interes-

Lá podemos pedir que o garçon ponha a mesa à

beira-mar, de onde se vê o quebrar das ondas.

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12 Roteiro Olindense

Esquina do Mar fi ca localizado na Av. Ministro Marcos Freire, 729 / Beira-Mar, Olinda-PEMaiores informações pelo telefone: (81) 3429.7754

PROGRAMAÇÃO:TERÇA do VINIL, com DJ440QUARTA tem CLONE de CERVEJA + RODA de SAMBAQUINTAS CLONE de WHISKY + EMERSON CADILLAC '65SEXTA CAFUSU, com SANDRO LIMA (SAMBA na abertura)SÁBADO de POP ROCK com CADILLAC '65DOMINGO de CARNAVAL com SANDRO LIMA

O Bar e Restaurante Esquina do Mar é um canto especial em Olinda, que oferece uma programação musical interessante para cada dia da semana. O Club do Whisky faz muito sucesso na casa e tem um preço diferenciado. Para quem gosta de whisky,

vale lembrar que a promoção é sempre das terças até as quintas feiras. Além da boa programação, o bar fi ca em um dos melhores points da orla de Olinda. Vale à pena conhecer e freqüentar. O ambiente é agradável, a comida muito saborosa e o atendimento, excelente! Os que são amantes do samba irão encontrar um lugar propício para dançar e se divertir muito na noite de Olindense.

Lugar perfeito para dançar na noite olindense

Galeria de fotos

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1313

Site: www.turismodagente.com.br / Fone: (81) 3493.9990 / E-mail: [email protected]ço: Ladeira da Misericórdia, N° 58, Carmo, Olinda

Na casa de número 62, situ-ada na Ladeira da Miseri-córdia, em Olinda, as horas que antecedem as três re-

feições básicas diárias são acompa-nhadas pelo saboroso aroma da culi-nária de Dona Inajá, conhecida pelas troças carnavalescas que sobem a Rua do Bonfi m e cruzam a Misericór-dia, guiando através do cheiro da sua comida, repórteres de emissoras em transmissões e turistas com a ani-mosidade em alta na esperança de saborear os atrativos pratos cozinha-dos especialmente para sua família. As refeições compartilha-das pelos parentes e amigos dos moradores de Olinda não fazem parte de uma tradição gastronômica exclusiva a eles. Os visitantes tam-bém podem conhecer o maravilhoso universo da culinária local, desde a tapioca (que carrega o título de pa-trimônio imaterial concedido pelo Conselho de Preservação do Sítio Histórico), passando por trattorias italianas, comidas macrobióticas, vegetarianas, frutos do mar, cozinha internacional e até experimentações regionais, como a conhecida coxi-nha vegetariana da Rua 13 de maio. Comedorias Populares nas ruas de Olinda - No “portão de

entrada” da cidade, bairro do Vara-douro, já é possível conhecer os pratos regionais do Chef Ricardo, no Meu Cariri Comedoria, onde todo o processo é realizado exclusivamen-te por ele, desde a seleção das fru-tas, legumes e verduras; cardápio, elaboração dos pratos, atendimento aos clientes, fechamento da con-ta e até limpeza do ambiente. De um sabor característico regional, no restaurante podem ser encontradas refeições como a mão de vaca, ra-bada com pirão, arroz de polvo e galinha à cabidela, entre outros. No bairro do Bonsucesso, há três anos, o sabor inconfundível e ca-seiro da Comedoria Popular do Buba, do Sr. José César Soares, possibilita aos interessados o prazer de almoçar diariamente no quintal de sua casa, uma verdadeira variedade das comi-das mais tradicionais da cozinha per-nambucana, como o arroz com fei-jão, macarrão, legumes, verduras e carnes, oferecendo além do delicioso ambiente, preços acessíveis e a pos-sibilidade de entrega em domicílio. Desde 1963, o Bar do Déo, é um ponto de encontro de artistas das mais variadas vertentes, mas é na cozinha e na localização central do Largo do Amparo que o bar pos-

sui seu maior destaque, tendo como principal atração o Sanduíche de Lombo, criado pelo próprio Déo, que em tempos carnavalescos, torna-se um dos principais camarotes da cida-de, proporcionando apreciar além dos desfi les e gastronomia, o viver comu-nitário do popular bairro.Caso a culi-nária internacional seja o interesse, a Rua Prudente de Moraes, no bairro do Carmo, abriga o Atelier e Come-doria Lautréamont, onde o ambiente intimista com capacidade máxima para 30 pessoas oferece o conforto e exclusividade de desfrutar das sabo-rosas refeições do Chef Valdir Brito e Cipriano Sanchez, muito bem acom-panhadas das suas próprias obras de arte, entre pinturas e cerâmicas. Das casas dos moradores olindenses, cozinhas regionais e in-ternacionais, a gastronomia da cida-de torna-se um patrimônio imaterial impossível de ser ignorado e total-mente relevante, seja na casa da vizinha, num quintal que se tornou uma comedoria, uma simples coxi-nha vendida através da janela ou na sofi sticação de um prato internacio-nal.

Atores da Gastronomia Olindense

Os visitantes também podem conhecer o maravilhoso universo da culinária local, desde a tapioca até a cozinha internacional.

Ateliêr e Comedoria Lautréamont Av. Prudente de Morais, 249

Carmo / Olinda -PE

Dona Inajá / Saboroso aroma na culinária

Meu Cariri ComedoriaAv. Santos Dumont, 100 Varadouro / Olinda -PE

Comedoria Popular de Buba Estrada do Bonsucesso, 493

Bonsucesso / Olinda -PE

Bar do Déo Rua São João, 345

Amparo / Olinda -PE

Texto - André Soares

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Olinda, abril de 201214 As ÚltimasO MiranteO MiranteO Mirante de Olinda

Final da Tournée de Morena Rosa no Tribuna

A cantora Morena Rosa fez sua última apresentação dia 30/03, no restaurante Tribuna Sabores Ibéricos. Morena Rosa

parte agora para temporada de shows na Europa.

Arte no TribunaExposição de artes plásticas de Helton

Geriz convida Roberto Vieira da Cunha. A exposição fi ca no restaurante no período de 20 de abril a 15 de maio. O Tribuna fi ca na Rua de São Bento, próximo à Prefeitura de Olinda.

IndividuaisVisite as exposições individuais de Pedro Dias

(“Sonhos”) e Lorane Barreto (“Veneza Um Olhar”), no Museu de Arte Contemporânea. As exposições, que

tiveram abertura no dia 29 de março estão em cartaz até 13 de Maio, de terça a domingo, sempre das 09

às 17h. O MAC fi ca na Rua 13 de Maio, 157, no sítio histórico em Olinda.

Lançamento de livroCélia Labanca lança o livro “A Noite tem Razão

Uma História Real Quilombola” no dia 10 de abril a partir das 19h, no atelier de Ana Veloso, que situa-se à Rua Jeremias Bastos, 266 no Pina.

Curso de Drama Grego com a atriz

Augusta FerrazA atriz, diretora e

produtora de teatro Augusta Ferraz ministra curso de drama grego,

que terá início no segundo sábado de maio e vai até setembro. As aulas serão

ministradas no Espaço Cênicas de Repertório

na Rua Marquês de Olinda. O acesso ao espaço tem entrada pela Rua

Vigário Tenório 199, 2º andar, Recife Antigo. Podem se inscrever pessoas acima dos 16 anos. Maiores

informações 9166 7344/ 9609 3838/ 8756 3261.

Nova geração da MPB em OlindaPernambuco é celeiro de novos cantores. Dentre tantos novos talentos surge o trabalho de Bianca Menezes, que tem foco na MPB. A cantora de 22 anos, já está em processo de gravação do seu primeiro CD com músicas autorais.

Alceu Valença e Orquestra Ouro

Preto No ano em que comemora 40 anos de carreira, Alceu

Valença recebe homenagem da Orquestra Ouro Preto no

espetáculo Valencianas. Sob regência do Maestro Rodrigo

Toffolo, a Orquestra realiza três concertos em abril, com

participação do cantor e compositor homenageado, em Belo Horizonte (quarta, 18, no Grande Teatro do Palácio das Artes); Ouro Preto (sexta, 20, no

Centro de Convenções da UFOP) eRio de Janeiro, (segunda, 23, no Teatro Oi Casa Grande). No segundo semestre, o espetáculo chega a São Paulo,

Brasília, Recife e outras capitais.

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15

ExpedienteEdição / Diagramação: Emanuel Sacramento

Editora Chefe / Redação: Daniela CâmaraDesenvolvimento / Arte: Saulo de Tarso

ColaboradoresFotografi a: Saulo de TarsoHistoriador: Marcelo Lins

Cronistas: Gilberto MarquesCordelista: Misael Godoy

Tradutor: Gabriel SacramentoRevisão: Rubens Sacramento

Agenciador Gabriel Sacramento

9449.9770 (Tim) / 8552.2919 (Oi) / 9309.1890 (Claro)Lion Antônio

9684.4384 (Tim)

Pontos de distribuição (Olinda):EMPETUR / Secretarias de Turismo e Cultura da Prefeitura de Olinda / Pontos de

Informação Turística da Praça do Carmo e dos Quatro Cantos / Lojas Moto Mais Honda de Olinda e Abreu e Lima

Bibliotecas: Biblioteca Pública de Olinda / Biblioteca da Facotur

Museus:MAC / Museu do Mamulengo - Espaço Tiridá Bares, restaurantes e pousadas:

Marisqueira, Blues Bar, Tribuna Bar e Restaurante, A Fábrica Bar, Restaurante Flor do Coco, Dogão, Estação Maxambomba, Sargação, Olinda Art e Grill, Gomes Cachaçaria e Artesanato, Pousada do Amparo, Pousada

D’Olinda, Hotel Costeiro, Esquina do Mar, dentre outros.Bancas de Revista:

Banca Visão Comercial / Av. Gov. Carlos de Lima Cavalcante, 236 (Bairro Novo / Olinda) - Banca Ler e Lazer / Av. Gov. Carlos de Lima Cavalcante, 667 “A” (Bairro

Novo / Olinda) - Banca Olinda Revistas / Av. Gov. Carlos de Lima Cavalcante, 667 (Bairro Novo / Olinda) - Banca Circular / Av. Getúlio Vargas, 166 (ao lado da Sorveteria Bacana / Olinda) - Banca Varadouro / Largo do Varadouro, 35

(Varadouro / Olinda) - dentre outras.

Pontos de distribuição (Recife):AABB / Aeroporto Gilberto Freyre / Casa da Cultura Recife Antigo / Livraria Jaqueira /

Passadisco

E-mail: [email protected]: (81) 3083.2588 - 8787.0020

Sócios-DiretoresEmanuel Sacramento

Daniela CâmaraSaulo de Tarso

O MiranteO MiranteO Mirante de Olinda 15Olinda, abril de 2012

Anuncie aquiFone: (81) 3083.2588 / 8787.0020 / 9116.6144

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Reservamo-nos o direito de não aceitar publicações que, ao nosso critério,

julguemos inadequadas ou inconvenientes.4 CANTOS

CN

PJ

13.

966.

984/

0001

-01

Um empreendimento daFones: (81)3083.25889810.28228787.0020

Os artigos assinados ou declarações aqui veiculadas, não refl etem necessariamente

a opinião do informativo.

Em comemoração ao aniver-sário da cidade patrimônio, Prefeitura de Olinda � rma compromisso com a cultu-ra local.

Dia 12 de Março Olinda co-memorou 477 anos de história com várias ações e opções de lazer. A prefeitura caprichou na pro-gramação cultural da data de aniversá-rio da cidade. A partir das 6 horas, já se ouvia o repique dos sinos das igrejas do sítio histórico e, du-rante a tarde, o prefei-to Renildo Calheiros assinou a lei que cria a política municipal do livro, da leitura, da literatura e das bi-bliotecas de Olinda. O vereador Marcelo Santa Cruz foi quem propôs a criação da lei, junto à sociedade civil. O prefeito na ocasião sancionou a lei que cria em Olin-da, o dia municipal da poesia popular. No mesmo evento também foi lançado o livro “Olinda: Um presen-te do Passado”, do escritor olindense Carlos Bezerra Cavalcanti, que relata os principais acontecimentos históri-cos da cidade. A Prefeitura e o Iphan assina-ram o convênio para a etapa � nal das obras do Cine Olinda Convenções, que estava fechado há 40 anos, con-

templando climatização, acústica, equipamento e mobília. São mais de 2 milhões de reais, que foram captados pelos deputados federais Luciana San-tos e João Paulo, através de emendas parlamentares. O Cine Olinda contará com uma sala de cinema e teatro - conven-ções com 320 lugares, um auditório, uma sala multifuncional no piso infe-rior com 80 lugares, uma sala multimí-

dia, sala de reunião no piso superior para 30 pessoas, uma sala para administração do espaço, uma cabi-ne de projeção, um depósito e uma copa lanchonete. Às 18h aconte-ceram apresentações dos corais Encanto de Olinda com 120 crianças, sobre a re-gência do maestro Spock e participação da orquestra Spock Frevo, e do Coral

São Pedro Mártir, o mais antigo em atividade da América Latina, que fez uma bela apresentação com regência do maestro Paulo Andrade. Às 19h, houve o corte do bolo gigante. Para encerrar a festividade, a partir das 21h, subiram ao palco a cantora Alexa e a Banda Mundo Li-vre S/A, em uma ação realizada com apoio do governo do Estado.

O Cine Olinda contará com uma sala de cinema e teatro

A Prefeitura e o Iphan assinaram

o convênio para a etapa � nal das obras

do Cine Olinda Convenções, que estava fechado há

40 anos.

Olinda, abril de 2012Resgate CulturalO MiranteO MiranteO Mirante de Olinda