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Pela decisão conclusiva em realizar a Reforma Agrária e o Ordenamento da Estrutura Fundiária que o Brasil precisa e pela Autarquia com condições suficientes, estrutural e legal, em executá- los. Em busca de efetivamente promover a política de desenvolvimento do Brasil rural, a democratização do acesso à terra, a gestão territorial da estrutura fundiária, a inclusão produtiva e a ampliação de renda da agricultura familiar, e a contribuição com a soberania alimentar, o desenvolvimento econômico, social e ambiental do país. 1

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Pela decisão conclusiva em realizar a Reforma Agrária e o Ordenamento da Estrutura Fundiária que o Brasil precisa e pela Autarquia com condições suficientes, estrutural e legal, em executá-los.

Em busca de efetivamente promover a política de desenvolvimento do Brasil rural, a democratização do acesso à terra, a gestão territorial da estrutura fundiária, a inclusão produtiva e a ampliação de renda da agricultura familiar, e a contribuição com a soberania alimentar, o desenvolvimento econômico, social e ambiental do país.

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Presidente da RepúblicaDilma Vana Rousseff

Ministro do Desenvolvimento AgrárioPatrus Ananias de Sousa

Presidente do INCRAMaria Lúcia de Oliveira Falcón

Diretor de ProgramaVago

Diretora de Gestão EstratégicaMaria Jeigiane Portela da Silva

Diretor de Gestão AdministrativaJuliano Flavio dos Reis Rezende

Diretor de Ordenamento da Estrutura FundiáriaRichard Martins Torsiano

Diretor de DesenvolvimentoCésar Fernando Schiavon Aldrighi

Diretor de ObtençãoMarcelo Afonso Silva

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Serviço Público FederalMinistério do Desenvolvimento Agrário - MDA

Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária - INCRA

SUMÁRIO

APRESENTAÇÃO.............................................................................................................................4

1. Reforma Agrária e Ordenamento da Estrutura Fundiária........................................................51.1. Controle efetivo das informações..................................................................................................51.2. Principais ações que devem continuar sendo precípuas do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária - INCRA....................................................................................................................61.3. Principais passivos e desafios a serem enfrentados, resultados que se pretende alcançar com o fortalecimento institucional, e condicionantes.....................................................................................8

2. Superintendências Regionais.......................................................................................................11

3. Estrutura.......................................................................................................................................113.1. Gabinete......................................................................................................................................113.2. Administração.............................................................................................................................113.3. Ordenamento da Estrutura Fundiária........................................................................................113.4. Obtenção.....................................................................................................................................113.5. Desenvolvimento.........................................................................................................................113.6. Organograma..............................................................................................................................11

4. Força de trabalho.........................................................................................................................134.1. Carreira.......................................................................................................................................134.2. Novos servidores.........................................................................................................................144.3. Impactos financeiros da ampliação da força de trabalho..........................................................174.4. Breve resumo da proposta de ajuste da capacidade operacional...............................................17

5. Desafios..........................................................................................................................................185.1. Dispositivos legais.......................................................................................................................185.2. Gestão..........................................................................................................................................18

6. Defesa pela conclusão da Reforma Agrária em 05 (cinco) anos...............................................20

CONSIDERAÇÕES FINAIS...........................................................................................................23

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Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária - INCRA

APRESENTAÇÃOA reforma agrária é o conjunto de medidas para promover a melhor distribuição da terra,

mediante modificações no regime de posse e uso, a fim de atender aos princípios de justiça social, desenvolvimento rural sustentável e aumento de produção (Estatuto da Terra - Lei nº 4.504 de 30/11/1964).

Com essa definição se afirma que historicamente diversos governos almejaram a implantação efetiva da reforma agrária de forma que essa buscasse transformar as condições de vida de seus beneficiários, que fosse inserido em estratégias produtivas, que assegurasse a sustentabilidade econômica e ambiental, e que essa fosse pensada não somente como meio de sobrevivência das famílias, mas, principalmente, como fonte geradora de excedentes, que assegurassem novos investimentos e permitissem a ampliação da produção e da produtividade da agricultura familiar brasileira.

E, é o que se deve buscar veementemente! Neste sentido, diversas iniciativas foram empreendidas, contudo, muitas lacunas, decisões e trabalhos ainda precisam ser executados para se declarar que o Brasil alcançou, pelo menos, a reorganização da estrutura fundiária objetivando a distribuição justa das terras.

“Reconhecendo o importante papel que teve e tem na história, a Autarquia clama por ajustes, atualização e melhorias, administrativa, física e salarial!”

Com a recente alteração na presidência do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária - INCRA e sinalização de se proporcionar oportunidade de dialogar acerca dos ajustes necessários à melhoria da Autarquia, e sem, contudo, ter a pretensão de sobrepor, atropelar ou ignorar as iniciativas anteriores, os servidores elaboraram a presente proposta.

Assim, essa surgiu da vontade dos servidores em participar ativamente da construção do futuro da Autarquia, estando alicerçada em delinear forma e situações, buscando a atualização da instituição e apontando as condições suficientes para proporcionar, com a amplitude necessária, as políticas públicas no meio rural.

E, mesmo buscando ser robusta, afirmativa, ampla e apontando alguns caminhos, essa representa fagulha para alimentar a chama da discussão, podendo ou não ser aprovada, total ou parcialmente no que se propõe, não é definitiva e nem esgota o tema, contudo, busca decisão conclusiva em se realizar a reforma agrária que o Brasil precisa.

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Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária - INCRA

1. Reforma Agrária e Ordenamento da Estrutura Fundiária

1.1. Controle efetivo das informações (Gestão do conhecimento)Entende-se que o conhecimento, incluindo a identificação, captura, seleção e validação,

organização e armazenagem, o compartilhamento: acesso e distribuição, aplicação e criação desse (conhecimento), é recurso estratégico para se buscar a sobrevivência do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária - INCRA, com isso a base ou suporte central da presente proposta, partindo do pressuposto que o Brasil carrega desde os primórdios a herança da falta de governança relacionada à terra, é recuperar a capacidade de fiscalizar e acompanhar a evolução da malha fundiária e, dessa forma, fornecer informações úteis para a realização de outras políticas públicas nas áreas ambiental, trabalhista, tributária e agrícola.

Criando base de dados unificada e confiável, que permita qualificar, orientar e aprimorar a emissão do Certificado de Imóveis Rurais - CCIR, controlar e cobrar o Imposto de Propriedade Territorial Rural - ITR, entre outros, que serão possíveis com a total integração de todas as bases de dados associadas à terra.

Todas as instituições diretamente ligadas à gestão de terras devem funcionar de forma integrada, o que proporcionará a supervisão, orientação e controle das atividades de discriminação, arrecadação de terras públicas e devolutas da União e a ratificação de títulos de imóveis localizados em faixa de fronteira, aquisição por estrangeiros, e essa base de dados permanecerá em constante atualização.

Com essa integração, a proposta é realizar levantamento amplo para se conhecer a realidade da estrutura fundiária nacional, alcançando total conhecimento da malha, como terras indígenas, de remanescentes quilombolas, particulares, áreas ambientalmente protegidas, terras públicas irregularmente ocupadas, terras devolutas, entre outras (aqui podem ser incluídas outras situações que possam subsidiar nas decisões de reorganização da estrutura fundiária).

Somente com esse conhecimento é que será possível levantar, entre outras situações, o estoque de terras, e decidir sobre cada cenário identificado - como, por exemplo, as terras públicas irregularmente ocupadas, para a qual inclusive, propõe regularizar parte da área, sendo identificado e estabelecido o quantitativo máximo em hectares passível dessa regularização em cada região, para o posseiro que efetivamente explora e que pudesse ser considerado como cumprimento de função social da terra, e a parte remanescente da área comporiam as opções de estoque de terras.

Em pesquisa, realizada em 2014, foi constatado que o Brasil possui estoque de terras maior que a demanda de famílias acampadas que requerem serem assentadas, contudo questiona-se, por que essas famílias ainda não foram efetivamente assentadas? Porque se encontram em áreas em que as terras são insuficientes para a efetiva distribuição. E, como convencê-las a saírem de sua origem para as localidades onde têm terras? Com conhecimento e apropriação do leque de opções de terras. Com critérios bem definidos e delineados sobre a priorização das famílias que primeiramente devem ser assentadas, as demais teriam a opção de escolher para qual região poderiam ir, e buscar sua fixação naquele campo. E, se ainda assim, essas não aceitassem sair de sua origem, estariam cientes de que deveriam esperar pelo surgimento de vagas nos projetos criados.

Contudo, tudo isso, ocorrerá após conhecimento amplo da malha fundiária ao qual esse item tem alicerce. E, que a questão de se esgotar o passivo de famílias acampadas, ou que mesmo sem estarem organizadas em acampamento, mas demandam serem assentadas, perpassam pelo conhecimento, que se vislumbra através da integração das informações em uma única base de dados.

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Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária - INCRAE, mesmo compreendendo a vastidão de terras que o Brasil possui, essas são finitas, é se

torna inconcebível que o órgão criado para seu gerenciamento, após quase cinqüenta anos de existência, ainda não conheça efetivamente o espaço territorial.

Com esse conhecimento será possível inclusive identificar imóveis, que além de não cumprirem o dispositivo constitucional da função social da propriedade, ainda consigam gerar produção e renda suficientes para retirar as famílias beneficiárias da pobreza, e que lhes estimulem a continuar na propriedade apesar das oportunidades existentes nos centros urbanos próximos.

Essa proposta requer diversas condicionantes, como: decisão política, articulação entre todas as instituições ligadas à gestão de terras, gestão de processos de negócios (BPM), soluções de informática e capacitação de uso da nova ferramenta.

Propõe-se ainda, a contratação de consultoria especializada (cartografia / geoprocessamento) para mapear todo o território nacional, tendo em vista que o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária - INCRA não tem de fato pessoal suficiente para a missão de tamanha envergadura. E, se estima que 24 (vinte e quatro) meses seria prazo suficiente para a conclusão do projeto.

A proposta dos servidores da SR(15)AM, é que o mapeamento de todo o território nacional deva ser realizado pelos técnicos do INCRA. Dessa forma, temos maiores argumentos para propor a reestruturação do INCRA.

“Entende-se que se, e somente se, alcançarmos o efetivo conhecimento da malha fundiária, com todos os cenários conhecidos, delineados e constantes em sistema transparente e atualizável, com decisão impositiva de como tratar e resolver a cada um, é que será possível efetivar e concluir a Reforma Agrária no Brasil”.

1.2. Principais ações que devem continuar sendo precípuas do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária - INCRA

As propostas dos ex-Diretores de Gestão Estratégica, senhores Roberto Kiel e Ivan Jairo Junkes, elaboradas em 2010 e 2012, respectivamente, trazem elementos muito consistentes, principalmente através do estabelecimento de processos e macroprocessos, onde destaca que ao Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária - INCRA são atribuídas 04 (quatro) finalidades transcritas no regimento interno, derivadas da proposição do Estatuto da Terra:

I. Promover a Reforma Agrária visando a melhor distribuição da terra, mediante modificações no regime de sua posse e uso, a fim de atender aos princípios de justiça social;

II. Promover, coordenar, controlar e executar a colonização;III. Promover as medidas necessárias à discriminação e arrecadação das terras devolutas

federais e a sua destinação, visando incorporá-las ao sistema produtivo, eIV. Gerenciar a estrutura fundiária do país.

Do ponto de vista operacional, se denominou o item I de “Reforma Agrária” no sentido estrito, o item II de “Colonização”, o item III de “Regularização Fundiária” e o item IV de “Gerenciamento da Estrutura Fundiária”.

Como o item II - Colonização, do ponto de vista operacional, não existe mais na Autarquia, tendo em vista que os projetos de colonização não são mais objeto de trabalho sistemático, e o item III - Regularização Fundiária é tratado dentro da estrutura regimental do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária - INCRA no macroprocesso “Ordenamento da Estrutura Fundiária”, se considerou o trabalho em 02 (dois) macroprocessos finalísticos, a saber:

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(i) Ordenamento da Estrutura Fundiária, que compreende a Regularização Fundiária e o Gerenciamento da Estrutura Fundiária, inclusive a obtenção de terras para Reforma Agrária e

(ii) Reforma Agrária: Criação, Implantação e Desenvolvimento de Projetos de Assentamento Rurais, ou Reforma Agrária em seu sentido estrito.

Principais processos que compõe os macroprocessosMacroprocesso Processo

Ordenamento da Estrutura Fundiária

Cadastro e atualização cadastral de imóveis ruraisCertificação de imóveis ruraisRegularização FundiáriaQuilombolasFiscalização da Função Social (vistorias)Obtenção de ImóveisDestinação de Terras Públicas

Reforma Agrária: Criação, Implantação e Desenvolvimento de Projetos de Assentamento

Cadastro, Seleção e Homologação de FamíliasLicenciamento das Atividades AmbientaisCriação de AssentamentosImplantação de Infraestrutura Básica (água, estradas e luz)Disponibilização de Crédito InstalaçãoGestão dos Recursos NaturaisAssistência Técnica (ATER)Educação no Campo - PRONERATerra Sol (apoio à agroindustrialização e comercialização)TitulaçãoConsolidação de Assentamentos

Entende-se que a definição de macroprocessos e estabelecimento dos processos que os compõem representam fluxo factível de atividades a ser considerada para a atualização da Autarquia, no cenário onde não mais se realizam trabalhos como a colonização e ainda há muito que se trabalhar no gerenciamento da estrutura fundiária, obtenção e desenvolvimento dos projetos de assentamentos.

Não que esse estabelecimento de fluxo represente a existência de 02 (duas) Divisões, mas a identificação de que poderão permanecer as Divisões de Ordenamento da Estrutura Fundiária, Obtenção e Desenvolvimento, mas com mais clareza de que essas são complementares e os trabalhos possam seguir fluxo nas tramitações, que partem do gerenciamento da estrutura fundiária, atividades que antecedem a criação do projeto de assentamento (obtenção), desenvolvimento e até chegar a consolidação desses.

Reforçando que a preocupação central da proposta elaborada pelos servidores é aproveitar os recursos existentes para que se procure, encontre e empregue as melhores práticas, em vez de tentar criar algo que já havia sido criado, se resgata transcrição da proposta elaborada em 2014, em conjunto com o Ministério do Desenvolvimento Agrário - MDA, totalmente pertinente ao que se almeja na presente proposta, onde se assumiu como grande desafio pensar a Reforma Agrária que qualificasse os projetos de assentamentos, com governança fundiária sobre as áreas reformadas,

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Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária - INCRApromovendo acesso à terra com condições dignas de viver no campo e na floresta, de forma integrada à dinâmica da agricultura familiar, portanto, com cidadania, que se desenhou o mapa estratégico, representação visual, para orientar a atuação e a elaboração dos planos e metas institucionais, conforme a seguir:

Mapa Estratégico

Resultados

Governança fundiáriaDemocratização do acesso a terra e conquista da paz no campo Desenvolvimento socioeconômico e ambiental da agricultura familiarSuperação da pobreza ruralAutonomia das mulheres ruraisPromoção do etnodesenvolvimentoAutonomia e emancipação da juventude rural

Forma de Atuação Abordagem territorial, integração e articulação de políticasGestão e participação social

Processos Eficiência operacionalGestão do conhecimento

Pessoas Satisfação das equipes

As iniciativas apontadas acima visam proporcionar eficiência e transparência à gestão do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária - INCRA e reafirmar os valores públicos e produtos a serem entregues à sociedade, como: democratização do acesso à terra, qualidade de vida nos projetos de assentamentos, fiscalização e garantia do cumprimento da função social da propriedade rural, reconhecimento da propriedade rural e garantir os direitos territoriais dos povos e comunidades tradicionais.

1.3. Principais passivos e desafios a serem enfrentados, resultados que se pretende alcançar com o fortalecimento institucional, e condicionantes

Neste item, se apresenta resumidamente os principais passivos e desafios a serem enfrentados na possibilidade de aceitação, parcial ou total, da presente proposta, os resultados que os servidores almejam alcançar com o fortalecimento do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária, como também as principais condicionantes para que os resultados possam ser alcançados conforme almejados.

Esclarecendo que as condicionantes salário e força de trabalho serão tratadas em item específico, assim, não serão listadas nos quadros a seguir.

Ordenamento da Estrutura FundiáriaPrincipais passivos e desafiosEstoque de processos abertos para titulação de áreas de quilombos =Área cadastrada e certificada = Demanda represada de processos de Certificação de Imóveis Rurais = Recuperar a capacidade de fiscalizar e acompanhar a evolução da malha fundiária, identificando os cenários existentes visando subsidiar decisões acerca das suas tratativas. Existem outros passivos e desafios?

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Resultados almejadosTerritórios de quilombos decretados e desintrusados = Área cadastrada e certificada, viabilizando o seu controle e confiabilidade = Fiscalização e ampliação da disponibilização de áreas para fins de Reforma Agrária = Atendimento dos novos pedidos de certificação de imóveis sem geração de novos passivos = 100%Superação do passivo e atendimento ágil da demanda.Criar base de dados unificada e confiável, o que proporcionará a supervisão, orientação e controle das atividades de discriminação, arrecadação de terras públicas e devolutas da União e a ratificação de títulos de imóveis localizados em faixa de fronteira, aquisição por estrangeiros, entre outras, e essa base de dados permanecerá em constante atualização.Existem outros resultados?CondicionantesAmpliação da capacidade operacional de Elaboração e publicação dos Relatórios Técnicos de Identificação e Delimitação - RTID para áreas quilombolas.Ampliação do Orçamento do Programa Brasil Quilombola.Modernização do Sistema Nacional de Cadastro Rural - SNCR, nas dimensões gráficas e literais, formando base de dados única, com todas as instituições que lidam com a gestão de terras.Existem outras condicionantes?

Obtenção de Terras e Implantação de Projetos de AssentamentosPrincipais passivos e desafiosFamílias acampadas =Desintrusão de famílias não índios =Desintrusão de famílias não quilombolas = Desintrusão de posseiros em áreas ambientalmente protegidas =Reassentamento de famílias atingidas por barragens =Quantidade de projetos de assentamentos criados com idade superior a 17 (dezessete) anos =Existem outros passivos e desafios?Resultados almejadosAssentamento de famílias = Reassentamento de famílias =Dessas famílias assentadas / reassentadas em áreas novas = Existem outros resultados?CondicionantesVerificar se fluxo do processo de obtenção precisa ser atualizado, ou se existe iniciativa nesse sentido.Verificar se a concepção de organização espacial dos assentamentos com objetivo de otimizar/qualificar o uso das terras destinadas às Reforma Agrária precisa ser atualizado.Aprimorar os critérios de seleção e eletividade das áreas a serem obtidas para fins de Reforma Agrária.Incrementar ações de retomadas de lotes em Projetos de Assentamento.Ampliar orçamento para Obtenção de Terras para = R$ é possível estimar quanto se precisa?Existem outras condicionantes?

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Desenvolvimento de Projetos de AssentamentosPrincipais passivos e desafiosFamílias assentadas =Projetos de Assentamentos criados =Não têm abastecimento de água =Têm estradas de acesso aos lotes em estado ruim ou péssimo =Km de estradas a serem construídas e/ou recuperadas = Famílias assentadas não dispõem de energia elétrica no lote =Não dispõem de unidades habitacionais =Unidades habitacionais estão em estado ruim ou péssimo =Dívida acumulada pelas famílias assentadas no crédito-instalação = R$Não estão sendo atendidas pelo Programa Assessoria Técnica, Social e Ambiental - ATES = Beneficiários (as) da reforma agrária, acima de 14 anos, são analfabetos (as) =Baixa produtividade e dificuldade de comercialização nos Projetos de Assentamentos.Projetos de Assentamentos com mais de 20 anos de criação sob tutela do INCRA = Existem outros passivos e desafios?Resultados almejadosAtendimento de 100% do passivo de famílias com abastecimento de água no Programa Água Para Todos.Famílias assentadas com estradas de acesso aos seus lotes = Zerar demanda de acesso a energia elétrica (INCRA / MME - Luz para Todos).Famílias (INCRA/CEF) com unidades habitacionais construídas - PMCMV (100% da demanda).Famílias (INCRA/CEF) com unidades habitacionais recuperadas - PMCMV (100% da demanda).Dívida de crédito instalação dos assentados remida = xxx processos.Famílias atendidas com ATES =Jovens e Adultos assentados alfabetizados = Ampliação da produção dos assentamentos com agregação de valor aos produtos da Reforma Agrária = em xxx%Consolidação de xxx projetos de assentamentos.Existem outros resultados?CondicionantesAprimoramento dos critérios de desenvolvimento de projetos de assentamento, viabilizando condições para autonomia socioeconômica das famílias assentadas.Incremento dos recursos orçamentários e financeiros para atendimento das demandas do Programa Assistência Técnica e Extensão Rural - ATER = Tem como estimar em R$ quanto é necessário?Ministério da Integração Nacional implanta o “Programa Água Para Todos” em parceria com o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária - INCRA.Incremento do orçamento de Infraestrutura (Estradas, Água, luz) para R$ xxx milhões/ano.Conclusão das atividades de remissão das dívidas contraídas pelas famílias assentadas beneficiadas pelo crédito-instalação.Incremento dos recursos orçamentários e financeiros para o programa PRONERA em R$ xxx milhões/ano.Execução do Programa Terra Sol em parceria com a CONAB, BNDES, Governos Estaduais e

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Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária - INCRAMunicipais (R$ xxx milhões/ano).Existem outras condicionantes?

2. Superintendências RegionaisÉ necessária a formação de grupo de trabalho para realizar análises, visando subsidiar o

estabelecimento de critérios para classificação das Superintendências Regionais, de acordo com a atual importância estratégica para o cumprimento da missão e foco da Instituição.

Após conclusão das atividades a serem previstas no III Plano Nacional de Reforma Agrária possivelmente seja necessária nova análise, decorrente dos novos rumos e direcionamentos a serem seguidos, ou seja, essa análise e definição se a Superintendência Regional é tipo I, II ou III deve ocorrer periodicamente, se atualizando para beneficiar aquelas que estejam no auge ou “olho do furacão” das demandas.

Propõe-se que os estudos sejam direcionados em identificar as Superintendências Regionais localizadas nos Estados com maior estoque de terras cultiváveis de qualidade disponíveis, estabelecendo quais os critérios de qualidades a serem considerados, para a destinação à Reforma Agrária.

3. EstruturaDecorrente da análise em macroprocessos e processos, onde se estabelece fluxo para a

realização das atividades, se faz necessário ajuste na estrutura, principalmente na distribuição das ações e atividades que cada uma das Divisões executa, e abaixo se desenha possibilidade do ajuste.

3.1. GabineteSuperintendente Regional e Substituto, Procuradoria Federal Especializada, Assessoria de

Planejamento, Corregedoria, Comunicação Social, Núcleo de Tecnologia da Informação, Sala da Cidadania, e Ouvidoria Agrária e Assessoria para Processos Administrativos Disciplinares e Sindicância.

3.2. AdministraçãoServiços Gerais (Protocolo, Garagem e Almoxarifado), Comissão Permanente de Licitação,

Setor de Convênios, Gestão de Contratos, Gestão e Qualidade dos Processos, Recursos Humanos e Pagamento, Contabilidade e Finanças.

3.3. Ordenamento da Estrutura FundiáriaCadastro Rural, Fiscalização Rural, Regularização Fundiária, Regularização Quilombola,

Demarcação Topográfica e Georreferenciamento, Titulação.

3.4. ObtençãoVistoria e Avaliação de Imóveis Rurais, Obtenção de Imóveis, Implantação de Projetos de

Assentamentos (criação, assentamento das famílias e emissão dos contratos de concessão de uso - CCU).

3.5. DesenvolvimentoDesenvolvimento de Projetos de Assentamentos (Supervisão, fiscalização e

acompanhamento), Infraestrutura (estrada, água e energia elétrica), Assistência Técnica e Extensão

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Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária - INCRARural - ATES, Concessão de Crédito, Educação e Cidadania (PRONERA e PNDTR), Terra Sol (Agroindustrialização), Licenciamento das Atividades, Gestão Ambiental.

3.6. OrganogramaA seguir, possibilidade de re-desenho do organograma institucional.

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Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária - INCRA

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Superintendência Regional(*) SR(00)Divisão de AdministraçãoSR(00) AServiços GeraisCPLSetor de ConvêniosGestão de ContratosGestão e Qualidade de ProcessosRH e PagamentoContabilidade e FinançasDivisão de Ordenamento da Estrutura FundiáriaSR(00) FCadastro RuralFiscalização RuralRegularização FundiáriaRegularização QuilombolaDemarcação e GeorreferenciamentoTitulaçãoUnidades AvançadasSR(00) UADivisão de ObtençãoSR(00) TVistoria e AvaliaçãoObtenção de ImóveisImplantação de AssentamentosDivisão de DesenvolvimentoSR(00) DDesenvolvimento de AssentamentosInfraestruturaATESCréditoEducação e CidadaniaTerra SolLicenciamento de AtividadesGestão AmbientalAssistente Técnico(Superintendente Regional Substituto)

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(*) As Superintendências Regionais têm a mesma estrutura básica, não significa, contudo, a obrigação da instalação física de todos os Setores. A definição to tipo I, II ou III decorre do número de cargos de assessoramento (DAS 102.1) que cada uma dispõe.

4. Força de trabalhoO Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária - INCRA ao longo de sua existência

teve e ainda hoje tem grande importância no cenário sócio-econômico do Brasil, contudo para que esta Autarquia continue desempenhando seus objetivos e até mesmo as competências institucionais de forma eficiente e eficaz são necessárias algumas introspecções, e nesse sentido se observa algumas situações da sua força de trabalho.

a) Aumento no quantitativo de abonos permanência, ou seja, servidores da ativa que já detêm a possibilidade de aposentadoria imediata por terem atingido o tempo de serviço necessário para tal, situação essa que vêm representando significativa queda no rendimento operacional;

b) Defasagem assustadora no quadro de pessoal, principalmente, devido ao grande número de aposentadorias. Contrastando com o expressivo aumento do público da reforma agrária e com a significativa ampliação das ações e das atribuições;

c) Redução também observada em decorrência das transferências, cessões e desligamentos de servidores. O Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária - INCRA não dispõe de benefícios suficientes e até mesmo salário atrativo que estimule a permanência dos servidores.

Nesse contexto, as aposentadorias representam situação grave de desmonte que necessita correções urgentes!

E, registre-se que a não providência imediata resultará na paralisação completa, em curtíssimo período de tempo, que acarretará prejuízos irreparáveis a sociedade, principalmente a rural, pois esta Autarquia fora criada especialmente para cuidar dessa tão importante tarefa - a reforma agrária, que é estratégica para o desenvolvimento sustentável, tanto do ponto de vista econômico, social e ambiental, contudo, sua efetiva aplicação trata-se de decisão política.

“Os servidores não querem que o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária - INCRA morra de inanição!”

4.1. CarreiraA obra de Adam Smith intitulada A Riqueza das Nações afirma: “Uma subsistência

abundante incrementa o vigor físico do trabalhador, e a consoladora esperança de melhorar sua condição, a fim de determinar seus dias, talvez, no conforto e na prosperidade, anima-o a empregar ao máximo esse vigor. Assim, quando os salários são altos, se vê sempre os trabalhadores mais ativos, diligentes e desembaraçados do que quando os salários são baixos...”

A questão de remuneração é central em ações de atualização institucional, devendo ser vislumbrada sob o enfoque de reestruturação das carreiras visando à paridade com outros órgãos assemelhados, sobretudo ao Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis - IBAMA, cujos desenvolvimentos e características das atividades se vinculam aos trabalhos de campo e ao meio rural brasileiro.

Objetivando a estabilidade do ingresso dos servidores, melhoria na qualidade dos profissionais selecionados e menor redução da evasão das carreiras de reforma e desenvolvimento agrário é imprescindível o estabelecimento de negociação salarial, tratada de forma diferenciada, sobretudo no sentido de recuperar a capacidade de mantimento do corpo de servidores competentes e diferenciados, com reflexos nas diversas políticas encampadas pelo Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária - INCRA.

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Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária - INCRARessalta-se a necessidade de inclusão de 02 (dois) dispositivos nas discussões acerca das

melhorias remuneratórias, a seguir destacadas:

a) Remuneração conforme disposição territorial dos servidores, sobretudo quanto à fixação na região amazônica e faixas de fronteira. Neste sentido, seria importante a incorporação de Gratificação de Localidade o que para as unidades de faixas de fronteira significaria impacto anual de R$ xxx, posto que existem cerca de xxx servidores lotados nessas localidades, ao custo unitário de R$ xxx, calculado por dia de efetivo exercício. Destacando que no âmbito do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária - INCRA alguns servidores, que ingressaram ações judiciais, já recebem o benefício, que deverá ser estendido administrativamente a exemplo de outros órgãos que conquistaram o benefício através da Lei nº 12.885 de 02/09/2013;

b) Previsão de Gratificação por Qualificação para os servidores que ao longo dos anos de permanência no Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária - INCRA se qualificaram alcançando formação superior à mínima exigida para o cargo em que foi contratado (graduação, pós-graduação, mestrado, doutorado e pós-doutorado).

Sugere-se que os aumentos decorrentes da equiparação requerida ocorram em 04 (quatro) parcelas, anuais e subseqüentes, a serem efetivadas no período de 2016/2019, de maneira a acompanhar a evolução orçamentária e arrecadatória do Governo Federal.

Os valores propostos para o Plano de Carreira dos Cargos de Reforma Agrária e Desenvolvimento Agrário seguem atualizados, em anexo.

4.2. Novos servidores Para se responder aos questionamentos de quais profissionais faltam ou são insuficientes no

quadro atual e onde esses deverão ser lotados se elaborou o quadro a seguir:

Distribuição dos servidores novos (lotação ideal)Divisão / Setor Especialidade Quantidade

Gabinete 35Superintendente + Secretaria 04Assessoria de Planejamento 03Corregedoria 03Comunicação Social 03Núcleo de Tecnologia da Informação 03Procuradoria Federal Especializada 08Ouvidoria Agrária 03Sala da Cidadania 05Assessoria de Processos Disciplinares e Sindicância 03Divisão de Administração 52Chefe da Divisão + Secretaria 03Serviços Gerais (Protocolo + Garagem + Almoxarifado) 20Comissão Permanente de Licitação 06Setor de Convênios 04Setor de Gestão de Contratos 03Gestão e Qualidade dos Processos 02Setor de Recursos Humanos e Pagamento 08Setor de Contabilidade e Finanças 06Divisão de Ordenamento da Estrutura Fundiária 42Chefe da Divisão + Secretaria 03Setor de Cadastro Rural 06

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Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária - INCRASetor de Fiscalização Rural 05Setor de Regularização Fundiária 05Setor de Regularização Quilombola 06Setor de Demarcação Topográfica e Georreferenciamento 12Setor de Titulação 05Divisão de Obtenção 19Chefe da Divisão + Secretaria 03Setor de Vistoria e Avaliação 04Setor de Obtenção de Imóveis 04Setor de Implantação de Assentamentos 08Divisão de Desenvolvimento de Projetos 71Chefe da Divisão + Secretaria 04Setor de Desenvolvimento de Projetos de Assentamentos 19Setor de Infraestrutura 09Setor de Assistência Técnica e Extensão Rural - ATES 08Setor de Crédito 11Setor de Educação e Cidadania 04Setor de Terra Sol 02Setor de Licenciamento de Atividades 08Setor de Gestão Ambiental 06

Total 219

Obs: nos números para a SR(15)AM não estão incluídas as quantidades para a Unidades Avançadas.

A tabela acima representa o resultado da consolidação das informações apresentadas por cada Superintendência Regional.

Esclarecendo que para o preenchimento foi orientado que fosse considerado o quantitativo mínimo para o funcionamento de cada Setor / Divisão.

Cada Superintendência Regional deve responder: Qual o quantitativo necessário para contratação imediata (em 2016)?

Colocar alguma coisa sobre concurso diferenciado para a Região Amazônica, pois os servidores que passam nos concursos não permanecem na sua lotação original.

E, para identificar o quantitativo e os cargos necessários que foram levantados ao longo do trabalho se elaborou a tabela a seguir:

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Cargos e quantitativo por Superintendência RegionalCargos Quantitativo por Superintendência Regional

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30Administrador 0Analista Administrativo 09

Analista em RDA 21

Economista 02Engenheiro Agrônomo 21

Engenheiro Florestal 03

Fiscal de Cadastro e Tributação Rural

02

Geógrafo 01Orientador de Projetos de Assentamento

02

Técnico em Comunicação Social

0

Procurador 02Assistente de Administração 40

Motorista 14Técnico Agrícola 08

Técnico em RDA 08

Total 133Existem outros cargos necessários?

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4.3. Impactos financeiros da ampliação da força de trabalho

Impacto anual com ingresso dos novos servidoresAno Quantidade Remuneração

Básica 13 meses Férias PSS Auxilio Alimentação Total

2016201720182019Total

4.4. Breve resumo da proposta de ajuste da capacidade operacionalOs principais pontos de pauta de reivindicação, quanto à capacidade operacional, observados ao longo da presente proposta são:OBS: SR(15)AM propõe que seja instituído o Concurso de Remoção, e que este ocorra antes da definição do concurso geral.a) Autorização de concurso para o provimento imediato (2016) de xxx vagas para se alcançar a lotação mínima para continuidade dos trabalhos

das Superintendências Regionais;b) Autorização de concurso público em 2016/2019 para o provimento de xxx vagas, visando compensar as atuais defasagens, futuras

aposentadorias e evasão de cargos;c) Promoção da equivalência salarial entre os servidores do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária - INCRA e outros órgãos

com atribuições assemelhadas, em especial ao Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis - IBAMA (tanto para nível superior quanto para médio).

OBS: SR(15)AM propõe que haja uma revisão nos valores da tabela do IBAMA para o nível, que a atual não atende a reivindicação desses servidores. A remuneração justa seria na faixa de 70% do salário do nível superior.

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5. DesafiosAlguns desafios foram delineados ao longo da presente proposta, contudo, a principal delas

é a decisão política em se realizar os ajustes necessários ao alcance dos resultados propostos.A realização dos diversos ajustes com a continuidade dos trabalhos iniciados, como o

desenvolvimento dos projetos de assentamentos criados se torna grande desafio, pois os ajustes deverão ocorrer de forma gradativa (ou imediata) com incorporação desses.

São considerados ainda grandes desafios a serem enfrentados:

a) Reduzir o êxodo rural fixando as famílias ao campo;b) Selecionar de forma mais acurada as famílias a serem assentadas;c) Desenvolver novo sistema de informações oficiais dos Projetos de Assentamentos do

Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária - INCRA em substituição ao Sistema de Informações de Projetos de Reforma Agrária - SIPRA. A ferramenta deve ser confiável, robusta, permitir acesso ao público externo e suportar data mining (mineração de dados) para tomada de decisões.

Existem ou podem ser observados outros desafios?

5.1. Dispositivos legaisO principal dispositivo legal a ser ajustado é o regimento interno.

É necessário apontar todas as disposições legais, normas, leis ou outros que precisam de ajustes.

5.2. GestãoPara que todos os ajustes propostos sejam efetivamente alcançados se faz necessário criar

mecanismos que levem em consideração, dentre outros, os aspectos relacionados com:

a) Discutir o perfil dos gestores da Autarquia, principalmente dos Superintendentes Regionais e Chefes de Divisões, de forma a adotar lista tríplice com servidores do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária - INCRA, a exemplo do que ocorre em outros órgãos, como a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária - EMBRAPA;

Obs: como critério para a permanência dos gestores instituir avaliação anual dos mesmos pelo conjunto de servidores.

b) Fixar formação mínima para todos os cargos de Chefia: nível superior;c) Superintendências Regionais que apresentam expressividade no alcance das metas

merecem destaque e serem consideradas como exemplo para as outras;d) Buscar diminuir o tempo da abertura dos processos de fiscalização até a sua conversão em

assentamento, estabelecendo maiores controles sobre a execução;e) Maior governança sobre as Superintendências Regionais, visando sincronizar os tempos

entre deliberação nacional e execução regional, evitando o descumprimento de comandos e deliberações nacionais (normativos, planejamentos e outros), com métodos novos de gerenciamento e pactuação de metas institucionais e com conseqüências sobre as avaliações de desempenho institucional e individual dos servidores, visando proporcionar maior transparência às ações realizadas;

f) Fortalecer a metodologia de trabalho integrado, incluindo o trabalho de campo, entre as áreas finalísticas;

g) Promover amplo e permanente processo de capacitação / formação extensiva aos servidores para que as mudanças implementadas sejam internalizadas por todos;

h) Implementar em todo o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária - INCRA o gerenciamento eletrônico de documentos (GED) com ferramentas de workflow (fluxo de dados),

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Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária - INCRAtomando como referência o PJe (Processo Judicial Eletrônico) do Poder Judiciário. Por este modelo todos os processos administrativos iniciariam e tramitariam inteiramente em ambiente virtual. Este projeto é antecedido pelo mapeamento completo de todos os processos, através de técnicas de BPM (Business Process Management - Gerenciamento de Processos de Negócios) e digitalização e indexação de todo o acervo processual existente. Consultoria especializada seria contratada para trabalhar internamente no Órgão, apoiada por servidores com experiências em cada área.

Principais passivos e desafiosRecurso orçamentário inscrito em restos a pagar sem o correspondente recurso financeiro.A força de trabalho está reduzida e xxx% dela têm condições para aposentadoria imediata. (Quantidade de servidores que estão no status abono permanência)Baixa remuneração dos servidores, quando comprado com órgãos semelhantes (execução x dotação).A estrutura organizativa é sobreposta e assimétrica.Limitação/déficit de recursos para manutenção das Unidades Administrativa.A política de capacitação dos servidores (as) é de balcão/pontual/fragmentadaClima motivacional/organizacional é ruim.Baixa confiabilidade e disponibilidade das informações geradasA imagem do INCRA é de órgão ineficiente.Existem outros passivos e desafios?Resultados almejadosZerar os restos a pagar acumulados.Incremento da força de trabalho.Aprimoramento informacional de processos.Incremento do padrão remuneratório aos níveis dos demais órgãos assemelhados.Redefinição da matriz organizacional do MDA/INCRA.Melhoria no clima organizacional.Confiabilidade e disponibilidade das informações geradas.Recuperação da imagem do INCRA como órgão eficiente.Existem outros resultados?CondicionantesIncremento do fluxo de desembolso dos recursos financeiros para garantir o pagamento dos Restos a Pagar. Recomposição da força de trabalho com ingresso de xxx novos servidores, no período de 2016/2019.Incremento da estrutura organizativa (DAS Unitários).Equiparação da remuneração básica dos cargos que integram o Quadro de Pessoal do INCRA com os demais órgãos assemelhados.Existem outras condicionantes?

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6. Defesa pela conclusão da Reforma Agrária em 05 (cinco) anos

“No exterior, problema resolvidoquem fez reforma, fez;quem não fez, perdeu o interesse.”

"Foi então, pela primeira vez, promulgada a lei agrária, que, desde aquela época até hoje, nunca mais foi discutida sem provocar as mais violentas emoções", escreveu o historiador romano Tito Lívio, quase 2.000 anos atrás, sobre um episódio ainda mais antigo, a redistribuição de terras ordenada pelo tribuno Caio Graco um século antes. Se Tito Lívio, que morreu há 1.980 anos, soa tão atual é porque a reforma agrária nunca foi discutida sem provocar violentas emoções. Reforma agrária não é simples instrumento para dar terra aos sem-terra. Como desafia o direito de propriedade e chacoalha a estrutura de poder, carrega consigo o espírito de uma autêntica revolução social. Mais de quarenta países experimentaram projetos de redistribuição da posse da terra neste século - e nenhum deles permaneceu o mesmo depois disso.

Caio Graco pagou com a vida a ousadia de desapropriar os latifúndios patrícios. No final do século XVIII, a Revolução Francesa implodiu as relações de trabalho no campo, abolindo a servidão rural. Meio século depois, os Estados Unidos moldaram o destino do país ao distribuir de forma igualitária a terra pública. Apesar dessas marcantes experiências do passado, a reforma agrária, do jeito que hoje se pratica, é um fenômeno inteiramente moderno. A ordem estabelecida no campo foi virada de cabeça para baixo pela primeira vez em 1910, com a Revolução Mexicana, ao preço de 01 milhão de mortos. À frente de um exército de camponeses, Emiliano Zapata distribuiu terras na marra e, como Caio Graco, acabou assassinado. A semente plantada na revolução demorou duas décadas para germinar. Mas nos anos 30 o México entregou 70 milhões de hectares de áreas agrícolas a 03 milhões de lavradores, realizando uma das maiores redistribuições de terra da História.

Sete anos depois da Revolução Mexicana, os comunistas russos aboliram a propriedade privada da terra com um decreto assinado no dia seguinte à tomada do poder. O abismo ideológico entre as duas experiências pioneiras marcou, dali para diante, a história das mudanças nesse âmbito. O México tomou a terra de grandes fazendeiros e a distribuiu entre vários, menores, multiplicando o número de proprietários. A União Soviética expropriou a terra de todos em benefício de um único grande patrão, o Estado, o nome verdadeiro da "propriedade do povo". Os dois modelos foram amplamente copiados, quase sempre misturados e adaptados às circunstâncias específicas de cada país. Bandeiras vermelhas e camponeses em armas, contudo, tão marcantes nas duas reformas pioneiras, raramente voltaram à cena. A reforma agrária é quase sempre iniciativa de governos às voltas com crises, que precisam resolver ou amainar. Algumas foram impostas por exércitos de ocupação, como fizeram o Exército Vermelho na Europa Oriental e os Estados Unidos no Japão e na Coréia do Sul.

O objetivo básico das reformas em países não comunistas é melhorar a vida do homem do campo e redistribuir a renda a seu favor. Depois da II Guerra, percebeu-se também que se tinha ali um excelente instrumento para dar à agricultura um papel estratégico no desenvolvimento dos países pobres. São dos anos 40 e 50 as quatro grandes experiências em países de economia de mercado - Japão, Taiwan, Coréia do Sul e Egito -, com decisiva influência nas que vieram depois. Como os três primeiros se transformaram em potências econômicas, suas experiências servem como vitrine. Comparadas à coletivização forçada na União Soviética, a grande experiência socialista nos anos 30, que custou 6 milhões de mortos e resultou numa agricultura até hoje ineficiente, as reformas asiáticas são mesmo de dar água na boca.

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Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária - INCRANo final da II Guerra, os três países tinham em comum a enorme concentração da posse da

terra e a economia destroçada. Cerca de 70% do solo agrícola japonês era cultivado por arrendatários - os kosakus -, que entregavam aos proprietários ausentes metade da produção. No comando das forças de ocupação americanas e, como tal, imperador de fato, o general Douglas MacArthur simplesmente exigiu uma reforma agrária em 1946. O governo japonês tentou safar-se propondo o teto de 05 hectares para as propriedades rurais - artifício que, visto o tamanho nanico do latifúndio japonês, limitaria a reforma a somente 20% das terras. MacArthur, que tinha entre seus objetivos aniquilar o poder político dos latifundiários, um dos pilares do militarismo japonês, impôs 01 hectare.

O terreno excedente foi desapropriado a preço vil e revendido aos agricultores com financiamento camarada. Toda essa revolução, que entregou lotes a 04 milhões de famílias e acabou com os resquícios de feudalismo na estrutura social, demorou apenas 21 meses. "Ao incorporar os kosakus ao processo político, a reforma foi fundamental para a modernização do país", diz Ikutsune Adachi, diretor do Centro de Pesquisas Sociais em Agronomia, em Tóquio. Do ponto de vista macroeconômico, a contribuição foi bem menor. O minifúndio japonês, nascido da reforma de 1946, depende ainda hoje para sobreviver de gordíssimos subsídios estatais e produz o arroz mais caro do mundo. É mais negócio, porém, pagar para manter o agricultor no campo do que lhe dar emprego na cidade.

A ironia é que essas grandes transformações foram obras de governos profundamente anticomunistas. Expulso da China continental pela vitória comunista, o generalíssimo Chiang Kai-chek reproduziu o modelo japonês em Taiwan. A inovação local foi a indenização parcialmente paga em ações, convertendo os antigos latifundiários em sócios da industrialização do país. O resultado social foi de tirar o chapéu: em 1952 a reforma agrária tinha transferido aos agricultores o equivalente a 13% do PIB, pacificando o campo e criando uma nova classe de consumidores.

A situação sul-coreana era agravada pela falta de espaço (só 4% do território é cultivável), pela má distribuição da posse e pela guerra, que continuou devastando o país até 1953. O governo anunciou regras tão severas que a maioria dos proprietários, temendo o calote das indenizações, se apressou em vender a terra diretamente ao arrendatário. O impacto na distribuição de renda foi superior ao ocorrido no Japão e em Taiwan garantiu a comida barata de que o país precisava para se transformar numa potência econômica.

De forma muito parecida com a Coréia do Sul, só 4% do solo egípcio era aproveitável para a agricultura. A maior parte dessa terra estava nas mãos de uma classe de 12.000 proprietários. Dez milhões de felás - os camponeses e arrendatários do Vale do Nilo - penavam sob aluguéis exorbitantes, que chegavam a 75% da produção. Seis semanas depois de derrubar a monarquia, em 1952, Gamal Abdel Nasser acabou com as grandes propriedades. Cerca de 1,7 milhão de egípcios receberam lotes com tamanho médio de 01 hectare cada. Em quantidade de terra e número de beneficiados, foi a maior reforma agrária dos anos 50. O resultado, contudo, nem se compara ao dos países asiáticos. O regime detonou o poder dos latifundiários - mas os felás continuam miseráveis como sempre.

O pós-guerra foi também o período em que a União Soviética impôs seu modelo agrícola à Europa Oriental, ainda que a maioria dos países tenha conservado algum tipo de pequena propriedade individual. A China fez a maior revolução camponesa de todos os tempos e, no início dos 60, Cuba implantou a versão caribenha da agricultura coletiva. Diante do avanço comunista, a reforma agrária ganhou impulso, também, como ferramenta da Guerra Fria. Na periferia latino-americana, governos de alguma inclinação esquerdista produziram suas próprias reformas. No Peru e na Bolívia, com grandes populações indígenas, a redistribuição de terras aliviou injustiças, mas pouco contribuiu para aumentar a produção ou amenizar a miséria. No Chile, o processo foi peculiar. A reforma, iniciada pela Democracia Cristã e ampliada pelo socialista Salvador Allende,

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Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária - INCRAobviamente tropeçou com o golpe militar. A ditadura, porém, não devolveu a terra à velha oligarquia rural. Os lotes, de tamanho reduzido, foram comprados por capitalistas urbanos, que modernizaram a produção e iniciaram o modelo moderno de exportação de alimentos, principalmente frutas.

A reforma agrária saiu da agenda dos países a partir dos anos 70. Ou já tinha sido feita, com resultados variados, ou não era mais necessária como fator de desenvolvimento. "Até os anos 60, ela era fundamental para a modernização. Depois, a produtividade da agricultura moderna mostrou-se capaz de garantir o abastecimento sem outra revolução que a tecnológica", analisa o professor Bastiaan Reydon, do Núcleo de Economia Agrícola da Unicamp. "Como a própria agricultura perdeu importância na economia global, a reforma agrária reduziu-se a uma questão de justiça social." Os teóricos do desenvolvimento, que também saíram de moda, agora mudaram de enfoque e temem que a fragmentação do solo agrícola em propriedades menores prejudique a escala da produção.

"Reforma agrária dá certo quando se consegue o que se queria, seja aumentar a produção de alimentos, seja resolver problemas sociais graves", ensina o professor José Eli da Veiga, da Faculdade de Economia da USP. "A História mostra que isso só acontece naquelas realizadas rapidamente, de um a três anos no máximo. Quando entrava, é porque a sociedade não está preparada e a reforma está condenada ao fracasso." Mudanças radicais na posse da terra não são garantia absoluta de benefício econômico. Muitas vezes, nem mesmo de justiça social. A agricultura soviética oferecia condições de vida tão ruins que, para impedir a migração para a cidade, o governo negou passaporte interno aos membros das fazendas coletivas até 1974. O fim do comunismo não mudou muito as coisas, exceto pelo fato de que agora os agricultores podem largar o campo. Por falta de interessados em se tornar proprietários, o Estado continua dono de 95% da terra.

No México, onde tudo começou, a reforma agrária agoniza. O ejido, a propriedade comunal explorada individualmente, segundo a tradição indígena, viveu anos de relativa prosperidade entre 1940 e 1965, mas retrocedeu diante da produtividade crescente das modernas empresas rurais. Sessenta anos depois da revolução, o México está de volta ao ponto de partida. Em Chiapas, no extremo sul, alçou-se o exército de camponeses que reivindica a estirpe zapatista. Na terra onde nasceu, a reforma agrária produziu um paradoxo dramático: transformou uma imensa massa de sem-terra numa imensa massa de pequenos proprietários sem perspectivas É o que de mais parecido existe com o Brasil.”

Publicado em http://veja.abril.com.br/idade/exclusivo/reforma_agraria/contexto_5.html

Diante do contexto histórico apresentado, considerando que o Brasil até a atualidade não realizou Reforma Agrária profunda, a exemplo de outros Países, e que a via revolucionária para execução desta missão está descartada se propõe a inclusão no III PNRA a ser elaborado da conclusão da reforma agrária no período determinado de 05 (cinco) anos. Tendo como principais focos a desocupação de terras públicas irregularmente ocupadas, com a devida indenização e desapropriação de terras comprovadamente improdutivas que não alcançam o cumprimento da função social, explícito no Estatuto da Terra. Esgotadas estas opções o Estado Brasileiro deverá recorrer à aquisição de áreas privadas. E, prevendo avaliações periódicas visando verificar grau de alcance até o seu total cumprimento, com as devidas responsabilizações, se for o caso ou onde couber.

Assim como a colonização se esgotou, a Reforma Agrária, através da redistribuição justa de terras deve ser finalizada no Brasil, abrindo mais espaços e possibilidades para o gerenciamento da malha fundiária, e principalmente para o desenvolvimento efetivo das áreas reformadas.

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Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária - INCRA

CONSIDERAÇÕES FINAISO que se busca em qualquer empresa da iniciativa privada? Retorno financeiro aos

acionistas, cortar desperdícios em tempos de crise, ter responsabilidade social, ambiental, agir com ética, honestidade, transparência e, acima de tudo ser moralmente defensável. Estes atributos, guardadas as devidas peculiaridades devem ser intrínsecos ao Serviço Público e, por conseguinte ao Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária - INCRA.

“É iminente, “para ontem” a modernização, atualização, melhorias e que definitivamente mostre a que veio, através de resultados mensuráveis, auditáveis.”

O Brasil, segundo a Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura - FAO é o País com o maior volume de terras agricultáveis do mundo possuindo cerca de 400 (quatrocentos) milhões de hectares e utilizando cerca de 80 (oitenta) milhões (excluindo áreas ambientalmente protegidas), o que nos “condena”, de acordo com o professor Marins, “a sermos o produtor de alimentos do mundo”.

Além de terras temos também o maior volume de água doce do planeta, portanto se reúnem todas as condições para avançarmos na produção de alimentos e grãos, não apenas in natura, mas industrializados, com valor agregado.

Diante deste cenário quais os Órgãos envolvidos neste desafio? Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária - INCRA e Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária - EMBRAPA, o primeiro focado na agricultura familiar enquanto que o segundo se dedica às pesquisas científicas largamente aplicadas ao agronegócio. Neste ponto, o viés ideológico deve ser deixado de lado e a compreensão de que se trata de 02 (dois) setores complementares e não mutuamente excludentes.

Um País de dimensões continentais, com 8,51 milhões de km2, que ocupa a 5ª posição em extensão territorial global, não pode aceitar passivamente a estatística de 120 (cento e vinte) mil famílias acampadas.

É vergonhoso e configura vexame nacional o Estado Brasileiro ser incapaz de fornecer soluções definitivas para este problema, o de acesso à terra. O primeiro passo é vencer esta etapa, ao mesmo tempo, incutir nessas famílias, futuramente assentadas, a importância estratégica de produzir alimentos não apenas para seu próprio sustento, mas para alimentar a população urbana cada vez maior, e contribuir para a erradicação da fome nacional e mundial, retorno sobre o investimento (ROI) para o País, contribuindo assim para o desenvolvimento da nação!

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