o globo suplemento investimentos 2013

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A queda dos juros reais trouxe um mun- do novo para o investidor pessoa física. Nesse cenário, os especialistas são prati- camente unânimes em dizer que, nos pró- ximos anos, será preciso correr um pouco mais de risco para obter retorno maior so- bre o dinheiro aplicado. Ricardo Correa, da Ativa Corretora, vai além: “agora é ne- cessário se empenhar mais na análise dos investimentos, diversificar, não ficar restri- to à poupança ou aos fundos tradicionais oferecidos pelos bancos de varejo”, diz o executivo. Para ele, essa nova conduta é essencial não só para ganhar mais como para não perder da inflação. Empresas administradoras de planos de previdência privada aberta, destino de boa parte dos recursos de quem planeja uma aposentadoria tranquila, já estudam ofere- cer opções mais agressivas de investimen- tos para garantir aos clientes rentabilida- de maior sobre a reserva acumulada, de modo a adequar o setor ao cenário de ta- xas de juros de um dígito. Uma estratégia para cada perfil - Cada pessoa tem uma alocação de risco ideal, mas analis- tas recomendam que os investidores pessoa física façam pelo menos duas opções bási- cas para montar uma estratégia de inves- timentos: ações e poupança. Para os mais conservadores, a dica é manter até 80% do patrimônio em renda fixa, desde que haja empenho em identificar boas oportunida- des e atenção para as informações passadas pelos gestores dos fundos. Para os empre- endedores, uma alternativa é apostar em uma franquia, aproveitando as facilidades de investir em uma marca ou produto já consolidados. Especialistas também identificam no mercado imobiliário novas e rentáveis oportunidades, especialmente no Rio de Janeiro, que vivencia momento de muitos lançamentos. Seja para alugar, morar ou in- vestir, a compra de imóvel desponta como uma boa alternativa para quem pode evitar financiamentos longos, de custo mais alto. Merece destaque o crescimento dos fun- dos imobiliários que, entre outras van- tagens, garantem isenção do Imposto de Renda. Esses fundos permitem às pesso- as físicas aproveitarem o boom de unidades hoteleiras e shoppings na cidade, com a se- gurança da gestão profissional, sem que o investidor precise lidar diretamente com in- quilinos ou lojistas. SUPLEMENTO ESPECIAL l Quinta-feira, 29 de novembro de 2012 Mundo novo para o investidor JUROS DECRESCENTES INDICAM QUE A HORA é DE DIVERSIFICAR E ATé OUSAR HOME BROKER - VIA INTERNET, ACESSO à BOLSA é DEMOCRATIZADO PáGINA 6 IMóVEIS - MERCADO AQUECIDO E CRéDITO FARTO AMPLIAM OPçõES PáGINAS 3 E 4 PREVIDÊNCIA - PLANOS AJUDAM A GARANTIR A APOSENTADORIA PáGINAS 7 E 8 l Continua na página 2

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O Globo Suplemento Investimentos 2013

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Page 1: O Globo Suplemento Investimentos 2013

A queda dos juros reais trouxe um mun-do novo para o investidor pessoa física. Nesse cenário, os especialistas são prati-camente unânimes em dizer que, nos pró-ximos anos, será preciso correr um pouco mais de risco para obter retorno maior so-bre o dinheiro aplicado. Ricardo Correa, da Ativa Corretora, vai além: “agora é ne-cessário se empenhar mais na análise dos investimentos, diversificar, não ficar restri-to à poupança ou aos fundos tradicionais oferecidos pelos bancos de varejo”, diz o executivo. Para ele, essa nova conduta é essencial não só para ganhar mais como para não perder da inflação.

Empresas administradoras de planos de previdência privada aberta, destino de boa parte dos recursos de quem planeja uma aposentadoria tranquila, já estudam ofere-

cer opções mais agressivas de investimen-tos para garantir aos clientes rentabilida-de maior sobre a reserva acumulada, de modo a adequar o setor ao cenário de ta-xas de juros de um dígito.

Uma estratégia para cada perfil - Cada pessoa tem uma alocação de risco ideal, mas analis-tas recomendam que os investidores pessoa física façam pelo menos duas opções bási-cas para montar uma estratégia de inves-timentos: ações e poupança. Para os mais conservadores, a dica é manter até 80% do patrimônio em renda fixa, desde que haja empenho em identificar boas oportunida-des e atenção para as informações passadas pelos gestores dos fundos. Para os empre-endedores, uma alternativa é apostar em uma franquia, aproveitando as facilidades

de investir em uma marca ou produto já consolidados.

Especialistas também identificam no mercado imobiliário novas e rentáveis oportunidades, especialmente no Rio de Janeiro, que vivencia momento de muitos lançamentos. Seja para alugar, morar ou in-vestir, a compra de imóvel desponta como uma boa alternativa para quem pode evitar financiamentos longos, de custo mais alto.

Merece destaque o crescimento dos fun-dos imobiliários que, entre outras van-tagens, garantem isenção do Imposto de Renda. Esses fundos permitem às pesso-as físicas aproveitarem o boom de unidades hoteleiras e shoppings na cidade, com a se-gurança da gestão profissional, sem que o investidor precise lidar diretamente com in-quilinos ou lojistas.

SUplemento eSpecial l Quinta-feira, 29 de novembro de 2012

mundo novo para o investidorJuros decrescentes indicam Que a hora é de diversificar e até ousar

home broker - via internet, acesso à Bolsa é democratizadopágina 6

imóveiS - mercado aQuecido e crédito farto ampliam opçõespáginaS 3 e 4

previDÊncia - planos aJudam a garantir a aposentadoriapáginaS 7 e 8

l continua na página 2

Page 2: O Globo Suplemento Investimentos 2013

produção: link comunicação integrada / edição: cláudia Bensimon / editor assistente: henrique Brandão / Desenho: João carlos guedes / Fotografia: eduardo martins e eduardo uzal, istock / reportagem: cezar faccioli, eduardo carvalho, márcia gomes e rosane de souzaa apuração das informações deste suplemento é de responsabilidade da link comunicação integrada

o desafio da diversificaçãoProfessor da Fundação

Getúlio Vargas e especia-lista da consultoria FCE em diversificação de in-vestimentos, Gyorgy Var-ga também acredita que o investidor terá que sair da zona de conforto e procu-rar opções novas, tais como os FDIC – fundos lastreados em direitos creditórios – para obter mais retorno. Mas aler-ta sobre a importância de se informar, previamente, sobre os títulos em que são feitas as aplicações.

“Hoje, até para se pro-teger, o aplicador tem que correr riscos e procurar cal-çar suas escolhas com uma boa assessoria e a disposi-ção de monitorar seu di-nheiro, ” diz Ricardo Corrêa, da Corretora Ativa. “O olho do dono engorda o gado,” é o ditado da moda para os especialistas.

Para Gyorgy Varca, o de-safio adicional para o aplica-dor é que o cardápio ofereci-do pelo mercado financeiro ainda é limitado. Ele diz que as taxas de administração também não fazem jus ao cenário atual. “Uma taxa de 2% para um fundo de ren-da fixa não era nada quan-do o juro era de 20%. Ago-ra que o juro é 7,5%, come boa parte do ganho líquido no ano”, diz.

mercado interno - A instabi-lidade internacional, por sua vez, impõe um alerta para quem vai investir na Bolsa de Valores. Não por acaso, o ana-lista-chefe da Walpires Cor-retora, Leandro Martins, foca suas indicações nas ações de empresas fortes no mercado interno, como AmBev e Bra-zilian Foods, holding de Sa-dia e Perdigão. “A conjuntura externa levou a AmBev a ul-trapassar a Petrobras em va-lor de mercado”, destaca. Na mesma linha, Ricardo Corrêa avalia que o cenário para em-presas exportadoras recomen-da cautela.

Para diversificar sem cor- rer risco excessivo, a opção re-comendada é o Fundo de In-vestimento Imobiliário (FII), que oferece rentabilidade su-perior à inflação e às ações e está isento do IR, embora seja um ativo de renda variável, su-jeito a oscilações.

“É da índole dos brasilei-ros, de todas as origens e clas-ses sociais, pensarem em apli-car em imóveis logo que fazem alguma poupança. Se sen-tem protegidos”, salienta Ju-liano Cornacchia, da PMKA Advogados. O fundo ofere-ce o benefício pela valoriza-ção do imóvel, com exemplos de retorno expressivo. Dados da Bovespa indicam que o nú-mero de aplicadores nos fun-dos imobiliários triplicou des-de janeiro de 2011, chegando a 60 mil.

A comodidade é outro pon- to a favor das aplicações nes-ses fundos. “Prestadores de serviços acompanham a roti-na de administração dos imó-veis,” esclarece Cornacchia. O crescimento das capta-ções levou ao surgimento de oportunidades inclusive para poupadores de reservas mais modestas. O Fundo Imobi-liário da Caixa Econômica, por exemplo, apresentava co-tas de R$ 2 mil, valor palatá-vel para a boa parte da classe média brasileira.

perfil do investidor i 13º salário

Com a conta bancária reche-ada por causa do pagamento do 13º salário, fica difícil resistir à tentação de sair gastando. As di-cas dos especialistas orientam quitar as dívidas existentes e se li-vrar dos juros do cartão, do che-que especial ou de outro finan-ciamento de longo prazo antes de partir para o consumo.

Para os não endividados, a dica é destinar uma parte do ren-dimento para as tradicionais des-pesas de início do ano, tais como pagamento de IPTU, IPVA, matrí-cula dos filhos e material escolar, além de fazer uma reserva finan-ceira de olho futuro. É exatamen-te isso que faz o analista de sis-temas Carlos Lapa. Ele tem uma planilha onde organiza seu orça-mento anual. Com os gastos con-

trolados até julho de 2013, Lapa vai usar o 13º salário para pagar o IPVA, visitar a família em São Paulo durante o reveillon e ain-da reservar uma parte para outras despesas. “Planejar o orçamento é bem vantajoso. Pagando o IPVA à vista consigo 10% de descon-to, exemplifica, dizendo que fazer uma reserva financeira ainda aju-da no caso de imprevistos, como possíveis problemas no carro ou com a saúde”, explica.

Para quem ainda não sabe o que fazer com o dinheiro extra que vai entrar, aí vai a recomen-dação de Lapa: “A conta é sim-ples: 25% para gastos de início do ano, 25% para viagem e, os 50% restantes, devem ser desti-nados a compor uma reserva fi-nanceira”, ensina.

muita calma nessa hora

planeJar o orçamento é Bem vantaJoso. pagando o ipva à vista consigo 10% de descontocarlos lapa l analista de sistemas

para oBter ganhos, especialistas admitem a necessidade de correr algum risco e recomendam comBinar aplicações convencionais com outras menos usuais. na Bolsa de valores, indicações apontam para ações de empresas voltadas para consumo

SUplemento eSpecial2 l Quinta-feira, 29 de novembro de 2012

até

r$ 1.000até

r$ 5.000até

r$ 10.000acima de

r$ 10.000 até esse valor, o indicado

para o investidor é a caderneta de poupança.

além da poupança, valem os fundos de investimento (considerando que este investidor detenha conhecimentos medianos sobre aplicações).

supondo Que o investidor detenha conhecimentos, o indicado é o tesouro direto.

fundos multimercado, tesouro direto e ações.

Fonte: silvio paixão, professor de finanças da fipecafi (fundação instituto de pesquisas contábeis, atuariais e financeiras).

como investir i opção deve ser feita de acordo com o montante disponível

ranking das aplicações em 2012 *

alternativas de aplicação conforme os valores disponíveis - numa coisa os especialistas convergem. não há receita de bolo ou fórmula mágica quando o assunto é investimento. o primeiro aspecto a levar em conta é o montante que o candidato a aplicador consegue poupar sem ficar no aperto. ricardo corrêa, da ativa corretora, lembra que o passo inicial é se livrar de todas dívidas, em particular as de custo mais alto, como cheque especial e cartão de crédito. feita essa faxina, aí sim é o momento de escolher as aplicações. em todos os casos, é necessário sempre respeitar o perfil de risco e tributário do investidor.

as recomendações para 2013 i leandro martins l analista-chefe da corretora Walpires

Qual a carteira ideal para uma estratégia conservadora, mais cautelosa, de investimen-tos para 2013?

Titulos públicos atrelados à in-flação, como os que são indexa-dos pelo IGP-M, e ações de em-presas de consumo como Ambev e Brasil Foods.

Qual a proporção de renda fixa dessa carteira hipotética? E qual a aplicação de renda fixa

mais imune a sustos?Pelo menos 60% dos investi-

mentos devem ser feitos em títu-los públicos atrelados à inflação, para defender o investidor de os-cilações bruscas.

Que fator de risco deve ser-priorizado na análise de opor-tunidades para o ano que vem?

Risco de crédito (atraso de pagamento, inadimplência) e de mercado.

Qual a proporção de ren-da variável deve constar dessa carteira? E quais os melhores instrumentos?

O investidor deve concentrar pelo menos 40% da sua carteira em ações de empresas de consu-mo. O foco deve ser o mercado interno

Quais as melhores opções para reduzir riscos inerentes a aplicações em renda variável?

Utilização da analise técnica e stop (fixação de piso a partir do qual as aplicações são resgatadas, para evitar perdas maiores).

Supondo uma pessoa com uma situação mais estável fi-nanceiramente, e metas de acu-mulação de longo prazo. Nesse caso, é possível pensar numa es-tratégia um pouco mais ousada?

Sim, com ações de outros se-tores.

eduardo uzal

ibovespa

* Base 26/11 ** Base 30/11 - Fonte: economatica

ourodólareurorenda fixa cdi

Page 3: O Globo Suplemento Investimentos 2013

um mercado em alta até 2017Juros baixos, déficit de 12 mil quar-

tos de hotéis, expansão de negócios em cidades próximas e dois importantes eventos esportivos mundiais alteraram o perfil do investidor carioca, que, hoje, busca formas diferenciadas de remu-nerar as suas economias. Neste cená-rio, o segmento imobiliário voltou a ser uma alternativa concreta de bons negó-cios, ao sinalizar com uma rentabilidade muito superior à oferecida pelo mercado financeiro. “Hoje, o investidor tem que ter uma carteira diversificada, na qual se inclui bons imóveis, porque o dinhei-ro não está rendendo quase nada”, afir-mou Rubem Vasconcelos, presidente da Patrimóvel e vice-presidente da Ademi (Associação de Dirigentes de Empresas do Mercado Imobiliário).

De fato, enquanto as aplicações fi-nanceiras que conseguem 100% de CDI oferecem, no máximo, 7,25% ao ano, os fundos imobiliários exibiram uma rentabilidade média de 30% ao longo de 2012 e o Fipezap (Indicador de Preços de Imóveis) acumulou nos últimos 12 meses o índice de 16% para

venda e 13,3% para aluguéis só no Rio de janeiro, de acordo com informações de Henrique Caban, assessor da pre-sidência do grupo Carvalho Hosken. O presidente da Ademi e da constru-tora Concal, José Conde Caldas, ava-lia que 80% dos imóveis são vendidos para o morador final, 15% para inves-tidores de aluguéis e 5% para aqueles que compram para vender logo que o imóvel fica pronto.”Mas, esse compra-dor é fundamental para trazer liquidez ao mercado, porque muitas vezes paga até 50% do valor de venda de entrada, no início da construção”, diz.

Luiz Franca, diretor do Global Equi-ty Properties, fundo de investimento imobiliário do Grupo Global, que lan-çou dois empreendimentos imobiliá-rios multiusos em Itaboraí e Campos, assinala que os investimentos imobi-liários, principalmente comerciais (su-ítes hoteleiras, flats, salas comerciais e lojas) têm proporcionado aos inves-tidores rentabilidades superiores às aplicações financeiras tradicionais, tais como poupança e CDB (Certificado de

Depósitos Bancários). “As unidades ho-teleiras do complexo multiuso Global Center Campos tem uma projeção de rentabilidade líquida mensal de 0,73% em seu primeiro ano de operação, com base em uma estimativa de taxa de ocupação de 65%”, diz.

Segundo o executivo da GEP, o maior potencial de valorização de flats e unidades hoteleiras são observados em cidades que receberão investimen-tos do setor de petróleo e gás, minera-ção, agronegócio e portuário, tais como Campos dos Goytacazes, Itaboraí, Ma-caé e Itaguaí, no Rio de Janeiro. “A valo-rização média destes imóveis, tem sido de 20% a 25% até a entrega das chaves, momento em que se inicia a geração da renda para o investidor”, destaca.

garantia de retorno futuro - Os imóveis em municípios como Nova Iguaçu, Du-que de Caxias, Itaboraí e Itaguaí também oferecem uma boa perspectiva de ganhos de capital e retorno futuro. “O valor geral de vendas(VGV) dos lançamentos imo-biliários na região metropolitana passou

de R$ 3,6 bilhões, em 2009, para R$ 10 bilhões em 2012”, atesta o porta-voz da Carvalho Hosken. Christian Bettoni, ge-rente Comercial da imobiliária JTavares, diz que, além de uma valorização maior do m2, unidades hoteleiras, apart-hotéis e residence services têm retorno melhor nos aluguéis.

De olho nesse mercado, a Incortel, em parceria com a rede hoteleira interna-cional Best Western está lançando o ho-tel Best Western Plus, na Barata Ribeiro 173, em Copacabana, prometendo renta-bilizar os investidores acima de 1% após estabilizados. “O mercado imobiliário do Rio sempre foi um dos mais fortes do país, especialmente no segmento hote-leiro, onde a Incortel estará focada pelos próximos 5 anos”, adianta Cecília Rody, diretora da empresa.

O hotel de Copacabana, vendido com exclusividade pela Brasil Brokers, poderá ser comprado em cotas de 100%, 50% ou 25%. Mário Amorim, da Brasil Brokers, revela que o empreendimento terá como atrativo adicional taxa de administração inferior à praticada pelo mercado.

imÓveis - Quem está em Busca de formas diversificadas de remunerar suas economias encontra no aQuecido segmento imoBiliário opções atraentes, Que oferecem retorno superior às aplicações convencionais do mercado financeiro

SUplemento eSpecial Quinta-feira, 29 de novembro de 2012 l 3

istockphoto®

Page 4: O Globo Suplemento Investimentos 2013

imóvel residencial de r$ 62,5 mil a r$ 500 mil

imóvel residencial acima de r$ 500 mil

imóvel comercial a partir de r$ 71,5 mil

investimento lucrativo

linha enquadramento valor definanciamento

prazo de amortização

taxa de juros nominal

cota máxima de financiamento

carta de crédito sBpe/sfh

carta de crédito sBpe/fora do sfh

carta de crédito fgts*

carta de crédito fgts - pró cotista**

aquisição de imóvel novo ou usado até r$ 500 mil

aquisição de imóvel novo ou usado acima r$ 500 mil

aquisição de imóvel novo ou usado até r$ 190 mil(renda familiar até r$ 5.400,00)

aquisição de imóvel novo ou usado até r$ 500 mil

até r$ 450 mil

sem máximo, atrelado à capacidade de pagamento do cliente

até 100% (para 240 meses)

90% (para 300 meses)

80% (para 360 meses)

até r$ 450 mil

até 420 meses

até 420 meses

até 300 meses (renda até r$ 3.275,00)

360 meses (renda até r$ 5.400,00)

360 meses

de 7,53% a 8,51% de acordo com o relacionamento e forma de pagamento

de 8,55% a 9,47% de acordo com o relacionamento e forma de pagamento

5% para renda até r$ 2.455,00

6% para renda até r$ 3.275,00

7,66% para renda até r$ 5.400,00

8,66%

90% do valor do imóvel (de acordo com a capacidade de pagamento do cliente

90% do valor do imóvel (de acordo com a capacidade de pagamento do cliente)

até 100% (de acordo com a capacidade de pagamento do cliente)

80% para imóvel usado e 85% para imóvel novo

caiXa econÔmica federal

linha enquadramento valor definanciamento

prazo de amortização

taxa de juros cota máxima de financiamento

crédito imobiliário – parcelas atualizáveis

crédito imobiliário – parcelas atualizáveis

imóvel residencial entre r$ 40 e r$ 500 mil

imóvel residencial acima de r$ 500 mil

100%

a partir de r$ 20 mil

até 420 meses

até 420 meses

o cliente recebe o salário pelo santander ou aderiu os serviços imobiliários santander van gogh – valor do imóvel: r$ 40 mil a r$ 500 mil, taxa de 9,6% a.a. + tr

o cliente recebe o salário pelo santander ou aderiu os serviços imobiliários santander van gogh - imóveis acima de r$ 500 mil, taxa de 10% a.a. + tr

até 80% do valor

até 80% do valor

santander*

linha enquadramento valor definanciamento

prazo de amortização

taxa de juros* cota máxima de financiamento

sistema financeiro de habitação

taxa de mercado

imóvel residencial até r$ 500 mil

imóvel residencial acima de r$ 500 mil

até r$ 400 mil

até 2,4 milhões

até 360 meses

até 360 meses

imóveis até r$ 170 mil: 8,90% ao ano.

imóveis de r$ 170 mil até r$ 500 mil: 10,50% ao ano

11% ao ano

até 80% do valor do imóvel

até 80% do valor do imóvel

*o banco tem também a linha “crédito imobiliário parcelas fixas”, com juros prefixados e reajuste pela tabela price.

linha enquadramento valor definanciamento

prazo de amortização

taxa de juros anual

cota máxima de financiamento

BB crédito imobiliário aquisição pf - sfh

BB crédito imobiliário aquisição pf - ch

aquisição de imóvel residencial até r$ 500 mil

aquisição de imóvel residencial acima de r$ 500 mil e comercial acima de r$ 20 mil

mínimo r$ 20 mil e máximo r$ 450 mil

máximo de 5 milhões

em até 360 meses

em até 360 meses

pós-fixada: 7,9% a.a. + irp* e/ou pré-fixada: 11,5%

pós-fixada: 9% a.a. + irp* e/ou pré-fixada 13%

até 80% do valor do imóvel

até 80% do valor do imóvel

Banco do Brasil

linha enquadramento valor definanciamento

prazo de amortização

taxa de juros cota máxima de financiamento

sistema financeiro de habitação

taxa de mercado

taxa de mercado

mínimo de r$ 50 mil. e máximo de r$ 400 mil

mínimo de r$ 50 mil. sem limite

de r$ 50 mil até r$ 2 milhões

até 360 meses

até 360 meses

até 144 meses

as taxas para crédito imobiliário são calculadas levando em consideração o perfil de crédito de cada cliente, adicionalmente às informações referentes ao imóvel a ser financiado

até 80% do valor do imóvel

até 80% do valor do imóvel

até 70% do valor do imóvel

itaÚ

créDito Farto em conDiçõeS FacilitaDaS

Bradesco

* pode ser concedido redutor de 0,5% para cotista do fgts ** somente para clientes com conta ativa no fgts ou com, pelo menos, 10% do valor do imóvel de saldo na conta vinculada do fgts

Experiente comprador de uni-dades hoteleiras, o engenheiro civil Manoel Luiz Azeredo expli-ca que, normalmente, esse tipo de investimento nem sempre dá retorno imediato. “Depois de terminada a obra, leva em mé-dia mais um ano para obter re-sultados”, diz, acrescentando que esse é o tempo de matura-ção do emprendimento. “Salvo caso atípico, o rateio dos lucros é sempre acima do meio por cen-to”, revela. O engenheiro de 50 anos conta que já comprou duas unidades hoteleiras em Macaé e Itaboraí – da cadeia Supreme, da NEP – e hoje pretende in-vestir no Grand Midas Conven-tion, residencial com serviço, a ser lançado na primeira quinze-na de dezembro pela Imobiliá-ria Calçada.

O empreendimento, que será administrado pela Protel, terá 288 unidades de quarto e sala divididas em 16 pavimentos. “O preço desse é um pouco mais salgado, mas ele tem a vantagem de ficar próximo ao Riocentro, onde não há nada desse tipo, o que significa mais regularidade na taxa de ocupação e na distri-buição de rendimentos”, ensina. João Paulo Matos, presidente da construtora Calçada, garante, no entanto, que esse tipo de inves-timento vem garantindo 6% ao ano de ganho real.

Investidor aplicado, Mano-el Luiz estuda também a com-pra de papéis do Fundo Imo-biliário que o Banco do Brasil está lançando neste fim de ano. “Esses papéis estão ren-dendo 0.71% ao mês, isento de Imposto de Renda”. O IR só incide quando o investidor se desfaz deles e, mesmo as-sim, apenas sobre a valoriza-ção das cotas. “São papéis ga-rantidos, pois estão lastreados nos imóveis do BB que estão alugados”, afirma Manoel.

aposta nos Fundos - Luiz Ri-mes, executivo da João Fortes Engenharia, que está lançando a segunda fase do empreendi-mento Fusion Work & Life, em Itaguaí, está convicto de que investir nos papéis dos fundos de investimentos imobiliários é um tipo de negócio que não tem como dar errado, princi-palmente em cidades que estão sediando complexos petroquí-micos, siderúrgicos, petrolífe-ros e portos. “Itaguaí, Maricá, Campos, Macaé e Itaboraí es-tão tendo um desenvolvimen-to extraordinário. É impossível não dar certo um investimen-to mensal de R$ 400 a R$ 500 para comprar um imóvel em uma cidade sem moradia, no caso Itaguaí, que vai duplicar o número de trabalhadores fixos e ampliar em 40% o número de habitantes”.

Mais do que realizar um sonho, atualmente comprar uma casa ou apartamento pode ser um negócio lucra-tivo. A escassez de unidades para hospedagem durante a Copa de 2014 e as Olimpía-das de 2016 tem chamado a atenção dos investidores, que estão apostando em empre-endimentos residenciais que oferecem serviços. O enge-nheiro elétrico Rubens Arbex, por exemplo, já havia investi-do em um imóvel residencial na Barra da Tijuca, e, recente-mente, comprou uma unida-de no Midas Rio Convention

serviços de arrumadeira, la-vanderia, de manutenção da unidade e de mensageiros, entre outros. Voltado para compradores que desejam ter uma fonte de renda ex-tra, o empreendimento terá seus resultados financeiros distribuídos mensalmente. “O cliente terá a oportuni-dade de comprar uma unida-de que fará parte de um pool de locação com previsão de rentabilidade mensal em tor-no de 1% sobre o valor ini-cialmente investido”, afirma João Paulo Matos, presidente da Calçada.

rentabilidade sem preocupaçãoo comprador não se preocupa com o aluguel, nem com as despesas de condomínio até que o imóvel seja locado. após a entrega da obra, o imóvel entra em operação e o proprietário começa a receber os rendimentos.

rendimentos acima da médiaimóveis residenciais rendem, em média, entre 0,4 e 0,5% ao mês e, os comerciais, entre 0,5 e 0,7%. os hoteleiros rendem, em média, entre 0,8 e 1,2% ao mês; após estabilizada a operação, rendimento 25 a 50% superior.

valorizaçãoaplicações financeiras garantem rendimento, mas o capital inicial continua o mesmo. no caso do imóvel, capital inicial também valoriza.

imóvel sempre conservadohotéis são sempre muito bem conservados e atualizados. o valor é descontado mensalmente da rentabilidade. livre de taxaso rendimento mensal é líquido, livre das taxas de administração, de reserva e de reposição, pois elas são previamente descontadas e recolhidas.

Segmento em expansãocom o turismo de negócios e a demanda crescente das classes c e d, a hotelaria no país avança cerca de 7% ao ano; diárias médias crescem em torno de 15% , especialmente no rio.

lei do inquilinato não há preocupação com desocupação do imóvel, pagamento do aluguel ou taxa de reajuste imposta por lei.

gestão profissionala operadora recolhe todos os tributos incidentes sobre o imóvel.

imóvel com grifeimóvel hoteleiro afiliado a uma rede internacional faz toda a diferença, especialmente quando a rede está entre as maiores do mundo.

prontos para operaçãoos hotéis são entregues completamente montados e mobiliados, prontos para a operação. sem taxas extras.

fonte: incortel

dez motivos para comprar uma UniDaDe hoteleira

Suites, da construtora Calça-da, residencial com serviços, na Estrada dos Bandeiran-tes, próximo ao Riocentro e à Vila Olímpica. “O empreen-dimento atendeu as minhas expectativas: localização, ad-ministração própria, além da rentabilidade prevista, devi-do ao atual déficit hoteleiro na cidade”, assinala Arbex.

Como diferenciais, o em-preendimento vai oferecer para os hóspedes serviços de TV por assinatura, Wi-Fi, res-taurante, bar na piscina, sau-na, auditório, e como op-cionais, estarão disponíveis

perfil do investidor i rubens arbex

o sonho da renda extra

imÓveis - unidades hoteleiras administradas por redes vinculadas a Bandeiras internacionais e aplicações em fundos imoBiliários começam a atrair a atenção dos investidores, pois oferecem a vantagem de contar com gestão profissional

* a taxa de juros pode ser alterada em função perfil do comprador e do relacionamento com o banco

SUplemento eSpecial4 l Quinta-feira, 29 de novembro de 2012

Depois da casa própria, arbex decidiu investir em um residencial com serviços

eduardo uzal

* Índice de remuneração da poupança

Page 5: O Globo Suplemento Investimentos 2013

promissor e rentável franquias - o Bom momento da economia e o aumento da renda da população são responsáveis

pelo crescimento do setor de franQuias, uma alternativa para aBrir um negócio com algumas garantias

Apostar em uma franquia pode ser o caminho mais acer-tado para quem deseja iniciar um negócio próprio com o má-ximo de garantias de êxito. In-vestir dinheiro em uma marca consolidada no mercado, em um negócio ou produto que já foi testado e aprovado, traz mais segurança para quem está se lançando no mundo do em-preendedorismo.

Foi isso que pensou Ariel Co-hen em 2001, quando decidiu partir para a abertura de um ne-gócio. Proprietário de quatro lo-jas da rede Spoleto, em Niterói, o empresário abrirá em dezem-bro mais duas novas franquias, dessa vez da rede Domino´s Pi-zza, e só vê vantagens em ser um franqueado:

“Investir em uma franquia é uma opção para quem não quer começar do zero. Além disso, poder contar com estrutura de uma rede, com um produto fi-

nal que já é bem aceito no mer-cado facilita a iniciativa”, afirma Cohen.

O investimento médio para abertura de uma loja de shop-ping com 100 m2, nos moldes da franqueada por Alex Co-hen, é de R$ 440 mil, com taxa de franquia a partir de R$ 60 mil. Os royalties correspondem a 6% do faturamento bruto mensal, e é necessário capital de giro de R$ 20 mil. O prazo médio para retorno do inves-timento é de 24 a 26 meses, e o faturamento médio mensal é de cerca de R$ 115 mil.

O mercado é promissor. Se-gundo dados da ABF – Asso-ciação Brasileira de Franchising - o segmento de franquias do Brasil cresceu 16,9% em 2011, registrando um faturamento superior a R$ 88 bilhões. Atu-almente, as franquias represen-tam 2,3% do PIB nacional. O bom momento da economia e o aumento da renda da popu-lação são responsáveis por esse crescimento. Até o fim do ano as 2.213 marcas franqueadoras registradas no país devem fa-turar juntas cerca de R$ 105 bi-lhões.

Fátima Rocha, presidente ABF – Rio, avalia que o crescimento do mercado de franquias mostra a evolução do país: “Hoje existe uma demanda muito grande por produtos e serviços que aten-dam a todas as classes”, justi-fica Fátima. O setor gera qua-

se 900 mil empregos diretos e o segmento de alimentação é o que mais cresce em número de unidades: em 2011 avançou 14,5% e foi responsável pelo ingresso de 54 novas marcas no mercado.

Mas no ranking de fatura-mento, os cinco segmentos que mais cresceram ano passado fo-ram: hotelaria e turismo (85,9%), móveis, decoração e presentes (35%), esportes, saúde, beleza e lazer (24,3%), negócios, ser-viços e outros setores de vare-jo (14,9%), alimentação (14,5%) e acessórios pessoais e calçados (13,15%).

Copa do Mundo, Jogos Olím-picos e grandes eventos progra-mados prometem fomentar ain-da mais o setor: “A cidade vai sediar grandes eventos espor-tivos e isso faz aumentar a visi-bilidade do Rio no exterior. Ter a marca estampada aqui é ter cer-teza de que ela aparecerá para o mundo inteiro”, conclui Fátima.

investir em uma franQuia é uma opção para Quem não Quer começar do zero. além disso, poder contar com estrutura de uma rede, com um produto final Que Já é Bem aceito no mercado facilita a iniciativaariel cohen

a cidade vai sediar grandes eventos esportivos e isso faz aumentar a visiBilidade no exterior. ter sua marca no rio de Janeiro é aparecer para o mundo inteiroFátima rocha l presidente aBf – rio

SUplemento eSpecial Quinta-feira, 29 de novembro de 2012 l 5

ariel cohen aposta no setor de alimentação, um dos que mais cresce no país

eduardo martins

Page 6: O Globo Suplemento Investimentos 2013

lucrando sem sair de casaEm 1999, a BM&FBovespa

lançou o home broker, ferra-menta que permitiu a negocia-ção de ações na Bolsa de Valo-res via internet. Começava ali a democratização do mercado de ações que possibilitou ao inves-tidor individual ter uma nova opção de investimento. Treze anos depois, dados do último mês de outubro mostram que quase 572 mil pessoas físicas (96% do total de investidores) operam na Bolsa atualmente, contra 85 mil, há dez anos. Cer-ca de 60% delas realizam suas operações pelo sistema online – em 2002, esse percentual era de 3%. O valor movimentado em 2012 pelos investidores do-mésticos já ultrapassa R$ 112 bilhões.

Para analistas do mercado fi-nanceiro, o crescimento do nú-mero de investidores pessoa fí-sica, sobretudo nos últimos seis anos, deve-se a dois fatores prin-cipais: a queda dos juros, que dá melhores condições de plane-jamento para investir no longo prazo (acima de cinco anos); e o

desenvolvimento e a populariza-ção do home broker, permitindo que as corretoras de valores pas-sassem a atender clientes de me-nor patrimônio.

De acordo com a planeja-dora financeira pessoal Letícia Camargo, em geral é mais ba-rato comprar ações por meio do home broker porque as ta-xas costumam ser fixas por operação.

“Porém, quando o investi-dor fica emitindo muitas ordens de compra e/ou venda ao lon-go do dia, pode ficar caro. Algu-mas corretoras têm um preço di-ferenciado para opções e para o fracionário. É importante verifi-car isso”, alerta.

O crescimento da nova clas-se média também influenciou o aumento do contingente de in-vestidores individuais, dizem os especialistas. Além disso, o pe-queno investidor tem benefícios fiscais nesse mercado: “Se o in-vestimento for direto, via compra de ações, é possível vender até R$ 20 mil por mês e ficar isento de imposto de renda no ganho

de capital, que é a diferença entre o preço de compra e o de venda”, diz Camargo.

novatos precisam ficar atentos - Fazer cursos para entender como funciona o mercado de ações é algo considerado essencial para quem pretende começar a inves-tir. Segundo o consultor finan-ceiro Alan Soares, o investidor novato precisa estar atento para não cometer erros que compro-metam o seu investimento e até o seu patrimônio. “O home broker democratizou o investimento na Bolsa, mas é apenas uma plata-forma para o investidor enviar a ordem de suas operações. O im-portante continua sendo a análi-se e as escolhas que ele fizer. O primeiro passo é procurar uma educação financeira que vai qua-lificá-lo para as tomadas de deci-são“, aconselha Soares.

Foi pensando nisso e de olho no crescente número de investidores individuais que a BM&FBovespa (www.bovespa.com.br) criou, há dez anos, um programa de educação finan-

ceira para todo tipo de público. Até outubro deste ano, mais de quatro milhões de pessoas par-ticiparam de atividades e cur-sos da Bolsa, de forma online ou presencial.

Conhecer a fundo o merca-do foi o que fez o gerente offsho-re Sérgio Rocha quando decidiu investir em ações, há 13 anos. Depois de ver o pai, que opera-va com ações de forma amadora, ter algumas perdas, ele decidiu que o primeiro passo seria estu-dar para adquirir uma base sóli-da na área.

“Não é por ser fácil de operar que se deve comprar e vender sem conhecimento e estratégia. Se você está investindo, e não especulando, estuda a empresa que está comprando. O mercado não perdoa quem não sabe o que faz”, afirma.

Para o investidor novato, Sér-gio sugere, além de estudar o mercado, que ele invista “um di-nheiro de que não precise”:

“Só se deve partir para o in-vestimento em renda variável depois que as necessidades bási-

cas estiverem resolvidas. Ou seja, você não deve investir na Bolsa se você tem um compromisso fi-nanceiro que exigirá fluxo de cai-xa constante, como a compra de um apartamento, porque pode ter que vender muito barato o que comprou”, ensina.

visão de longo prazo - A plane-jadora financeira Letícia Camar-go concorda: “Não se deve aplicar em ações quando o perfil é mui-to conservador e nem quando já se tem um compromisso, como comprar um imóvel, no curto pra-zo”, explica.

Outro erro comum de quem começa é entrar e sair do mer-cado acionário constantemen-te, tentando acertar o momento bom para comprar e o momen-to bom para vender. A dica é: co-mece a investir em ações regular-mente e mantenha sua posição visando ao longo prazo. Outra re-comendação ao investidor nova-to é que vá colocando o dinheiro aos poucos na Bolsa. Desta forma, ele pode obter um preço médio e correrá menos riscos.

no site da campanha educativa da Bolsa de valores (www.quersersocio.com.br), há vídeos didáticos sobre o mercado, acesso a cursos presenciais e online (www.bmfbovespa.com.br/cursos), além de simuladores (www.bmfbovespa.com.br/simuladores) e dicas para conhecer o seu perfil e começar a investir. abaixo, alguns exemplos.

como investir em açõeseste curso é gratuito e aborda os conceitos e o funcionamento do mercado de ações, a atuação da Bolsa, além de discutir os principais tipos de investimentos para a pessoa física e os primeiros passos para se investir em ações.

Finanças pessoais e mercado de açõeslançado em março de 2010, o curso já atendeu, online, 420 mil pessoas. ensina a organizar o orçamento pessoal, além de dar valiosas informações sobre como começar a investir em ações.

Simuladores de investimentosa Bm&fBovespa desenvolveu oito simuladores com o objetivo de oferecer ferramentas para que as pessoas físicas aprendam, na prática, sobre como investir. entre eles, estão:l o SimulAção, que oferece layout e funcionalidades iguais às do home broker;l o de Mercados Futuros, que permite aos participantes experimentar e conhecer a dinâmica das operações dos mercados derivativos diretamente no site da Bolsa; l o simulador do tesouro direto, que ensina ao investidor iniciante o quanto ele precisa poupar por mês e ainda em qual título do governo pode investir para obter a quantia desejada ao longo de um determinado período.

a Bolsa e a eDUcaçÃo Financeira

home broker - a aplicação em Bolsa de valores por meio da internet democratizou o acesso de pessoas fÍsicas ao pregão: hoJe, há 512 mil operando no mercado de ações. em 2012, investidores domésticos Já movimentaram mais de r$ 112 Bilhões

veja as principais vantagens de investir via home brokers e também as questões sobre a relação custo x benefício que o investidor doméstico deve levar em conta na hora de escolher um site para investir online em ações.

vantagensl Baixo investimento inicial (algumas corretoras sequer exigem investimento mínimo)

l acesso a cotações e investimentos em tempo reall relatórios de análises gratuitosl transparência no envio das ordens e acompanhamento das mesmas, pois todas as ordens são enviadas para a Bolsa sem a intervenção humana.

benefícios – informações importantesl há quanto tempo a corretora

existe?l fornece análises?l permite falar diretamente com o analista?l fornece um sistema de análise técnica, ou gráfica, gratuitamente, com indicadores e recursos interativos avançados?l tem promoções para abertura de conta ou fornece algum tipo de benefício se você operar muito?

custos – o que é preciso saberl a corretagem é fixa, independentemente do volume financeiro?l cobra custódia mensal? requer mínimo de ordens para não cobrar custódia?l exige mínimo para abertura de conta?l exige gasto mínimo de corretagem para ter acesso ao sistema?l cobra taxa mensal pelo sistema?

o que você precisa saBer

ação - valor mobiliário emitido pelas sociedades anônimas, representando a menor fração do capital destas empresas, que emitem ações para aumentar o capital social. os recursos levantados podem ser utilizados para vários fins, sobretudo futuros investimentos.

bolsa de valores - local onde se negociam títulos e valores mobiliários.

carteira de ações - conjunto de ações de diferentes empresas, de propriedade de pessoas físicas ou jurídicas.

home broker - canal de relacionamento entre investidores e sociedades corretoras que permite o envio de ordens de compra e venda de ações e outros ativos pela internet, possibilita acesso às cotações e acompanhamento de carteiras de ativos, entre vários outros recursos.

liquidez - no mercado financeiro, termo que determina a capacidade que um título tem de ser convertido em moeda.

mercado de capitais – conjunto de instituições, tais como bolsas de valores e instituições financeiras, ligadas à intermediação de ativos financeiros (ações e títulos de dívida em geral).

mercado de ações - segmento do mercado de capitais que compreende a colocação primária em mercado de novas ações emitidas pelas empresas e a negociação secundária das ações já colocadas em circulação.

pregão - intervalo de tempo durante o qual papéis listados em uma bolsa de valores são negociados, diretamente na sala de negociações e/ou pelo sistema de negociação eletrônica.

SiteS relacionaDoSwww.bovespa.com.brwww.traderbrasil.com*www.practa.com.br*www.investeducar.com.br*www.easynvest.com.brwww.apregoa.com.brwww.maximatrade.com.brwww.investshop.com.brwww.shopinvest.com.brwww.investbolsa.com.brwww.agorainvest.com.brwww.wintrade.com.br

*escolas de investidores/educação financeira

glossário

Investir em ações é uma boa opção para a pes-soa física no cenário eco-nômico atual?

Com a queda da taxa de juros, a queda dos juros re-ais e o aumento da infla-ção, fica inevitável para o investidor que busca retor-nos melhores procurar in-vestimentos de maior risco, como ações. O investidor com conhecimento do que está fazendo terá no merca-do acionário uma boa alter-nativa.

Quais são as vantagens de investir na Bolsa?

Em relação a investir em imóveis, por exemplo, a Bolsa tem vantagem quanto à liquidez, ou seja, a facili-

dade em transformar o ati-vo em dinheiro.

Para o pequeno investi-dor, vale a pena utilizar o home broker?

O home broker nada mais é do que uma pla-taforma de onde o inves-tidor enviará a ordem de suas operações. A ferra-menta democratizou o in-vestimento na Bolsa, mas o importante é a análise e as escolhas que o investidor virá a fazer.

Por que só recentemen-te o pequeno investidor brasileiro ‘acordou’ para a Bolsa?

Viemos de um passado recente de juros reais supe-

riores a dois dígitos. Era cô-modo ficar na poupança ou nos fundos DI. Com a mu-dança do cenário macro-econômico, com algumas aplicações perdendo para a inflação, o investidor viu--se obrigado a tomar mais riscos para conseguir maior rentabilidade.

Dê uma dica valiosa para o investidor novato?

O investidor principiante tem que ter consciência de que a vontade de se prepa-rar deve ser maior do que a de vencer. Ele deve procu-rar adquirir conhecimento sobre o tema, procurar pro-fissionais gabaritados que possam ajudá-lo na sua to-mada de decisão.

entrevista i alan soares l consultor financeiro

com juros baixos, bolsa é opção atraente

SUplemento eSpecial6 l Quinta-feira, 29 de novembro de 2012

divulgação

Page 7: O Globo Suplemento Investimentos 2013

Fim de ano, décimo-terceiro à vista, as empresas de previdência privada começam a incentivar as pessoas a usar a renda extra em algum tipo de investimento futu-ro e, de quebra, escapar, já no pró-ximo ano, da voracidade do Leão. O conselho vale para quem optar pela aquisição de um PGBL (Pla-no Gerador de Benefício Livre), uma vez que este tipo de Plano permite a dedução de até 12% da renda tributável.

Aos que já possuem algum plano na modalidade VGBL (Vida Gerador de Benefício Livre), os corretores avisam sobre a impor-tância de aumentar a contribuição e, com isso, incrementar as reser-vas para gozar de uma aposenta-doria mais gorda no futuro. Isso é particularmente importante ago-ra, por conta de o País estar viven-

ciando as menores taxa de juros dos últimos anos.

“A taxa de juro real abaixo de 3% atrai mais investidores que pensam no longo prazo”, afirma o vice-presidente da FenaPre-vi e diretor executivo de Investi-mento e Previdência do Itaú Uni-banco, Osvaldo do Nascimento. Ao mesmo tempo, o novo cená-rio deixa inquietos os que já pos-suem algum tipo de investimen-to e estavam acostumados a fazer aplicações num cenário de taxas de juros mais elevadas. “Nossos clientes têm nos procurado para saber o que fazer”, diz o vice-pre-sidente de Vida e Previdência da Sul América, Renato Terzi.

O executivo da Sul América adianta que os investidores ha-bituados a taxas de juros de dois dígitos vão ter que se adequar ao

Quanto mais cedo melhor

novo cenário, migrando para uma composição de carteira de fundos mais agressivos. Segundo Ter-zi, esse processo não vai ser nada traumático, uma vez que muita gente já investiu nestes fundos e teve ganhos expressivos, particu-larmente de 1999 a 2008. “As em-presas terão que ter capacidade de gestão diferenciada e oferecer uma cesta de novos fundos do mercado aberto”, enfatiza.

O superintendente de Inves-timentos da Brasilprev, Altair Ce-sar de Jesus, por sua vez, prevê o surgimento de novos produtos, com a compra de cotas de fundos de ações das empresas que mais pagam dividendos. “A Brasilprev já tem alguns nessa linha, den-tro dos planos denominados de ciclos de vida”, informa. O dire-tor de produto da Icatu Hartford,

Plinio Sales, concorda que as se-guradoras terão que estar atentas a uma variedade maior de risco, oferecendo produtos com grande potencial de retorno. “Um portfó-lio 100% conservador terá retorno menor”, diz.

Plinio Sales recomenda, aos que querem garantir o futuro, que comecem a contribuir para um plano de previdência bem mais cedo. “Antes, em quatro ou cin-co anos, o cliente dobrava o capi-tal. Agora, não faz isso em menos de 15 anos”. Lembra, ainda, que também ficará mais claro para os clientes a necessidade de aumen-tar a contribuição periódica. Fi-nalmente, ele avalia que um per-centual maior de investidores vai optar por um portfólio de inves-timentos com um grau de risco mais elevado.

investidores acostumados a taxas de Juros de dois dÍgitos vão ter Que se adeQuar ao novo cenário, migrando para uma composição de carteira de fundos mais agressivos renato terzi l vice-presidente de vida e previdência da sul américa

vão surgir novos produtos, com a compra de cotas de fundos de ações das empresas Que pagam mais dividendosaltair cesar de Jesus l superintendente de investimentos da Brasilprev

um portfólio 100% conservador terá retorno menor plinio Sales l diretor de produto da icatu hartford

previdência - no cenário atual, Quem Quiser constituir uma reserva para complementar a aposentadoria púBlica terá Que aumentar as contriBuições periódicas e até mesmo optar por plano cuJo portfólio ofereça um grau de risco mais elevado

SUplemento eSpecial Quinta-feira, 29 de novembro de 2012 l 7

fotos de divulgação

Page 8: O Globo Suplemento Investimentos 2013

mudança de regras em estudoAté o fim do primeiro semes-

tre do próximo ano, as regras da previdência privada devem ser alteradas para adequar o setor a uma economia de juros de um dígito. O executivo da Brasilprev, Altair Cesar de Jesus, revela que a Superintendência de Seguros Privados (Susep), órgão regula-dor do setor, já vem discutindo o aumento do limite das aplicações das reservas acumuladas pelos clientes no mercado acionário.

O percentual das aplicações em renda variável pode ser am-pliado até 70%. Hoje, apenas os planos fechados - empresariais - podem aplicar esse percentu-al em Bolsa de Valores. O limite na previdência aberta é de 49%. “Mas pode ser igualado”, diz o executivo da Brasilprev.

A diretora da Icatu Hartford, Aurea Rebelo, acredita que os clientes vão assumir perfil mais agressivo, mesmo nas escolhas mais conservadoras. Ela acredita que haverá “um aumento do ape-tite pela volatilidade”. Para o vice--presidente da FenaPrevi, Osval-do do Nascimento, a tendência é de crescimento do mercado e da

previdência - cenário de Juros decrescentes exige mudança de perfil no portfólio das empresas de previdência privada, Que Querem oferecer alternativas Que permitam ao investidor correr mais riscos e oBter retorno maior

perfil do investidor i olho no futuroprocura por aplicações de prazos mais longos, que dão mais ren-tabilidade. “Em 17 anos, as reser-vas subiram de R$ 3 bilhões para R$ 330 bilhões. E você percebe um crescimento consistente, uma média anual de mais de 30%”, afirma o executivo.

Todos os especialistas concor-dam que o ideal é começar desde cedo a montar uma carteira de in-vestimento pensando na aposen-tadoria, sendo parte do valor alo-cado em renda fixa e outra parte em renda variável. “O investidor tem que se informar sobre todas as opções para adquirir produtos que se adaptem às suas necessi-dades”, aconselha o vice-presi-dente da FenaPrevi.

pgbl e vgbl - O PGBL é ide-

al para quem declara IR pelo mo-delo completo e contribui para o INSS, porque permite o benefício fiscal na Declaração de Imposto de Renda. O investidor pode aba-ter até o limite de 12% os valores investidos no plano. No momen-to do resgate da aplicação, porém, o imposto é descontado sobre o total dos rendimentos.

simulação i como fica sua aposentadoria complementar (juros reais)

o nascimento do segundo filho levou o casal tatiana ribeiro e leandro lopes a pensar a longo prazo. garantir o futuro da prole passou a ser prioridade. como leandro é autônomo, optou por investir em uma previdência privada para conquistar uma aposentadoria tranquila. seguindo esse princípio, o casal decidiu assegurar a educação dos filhos arthur, de cinco anos e leonardo, de dois anos, e contratou um plano de previdência para cada um. eles aplicam, mensalmente, r$ 200 em cada plano. a estimativa é de que o valor investido hoje no vgBl (vida gerador de Benefícios livres) vai permitir a leandro obter uma renda mensal superior a r$ 2 mil quando decidir parar de trabalhar. os planos pgBl dos meninos (plano gerador de Benefícios livres) deverão alcançar uma reserva de, aproximadamente, r$ 200 mil cada, quando completarem 18 anos. e já tem destino certo: o custeio do curso universitário. “sempre que possível pretendo fazer aportes para aumentar o rendimento”, diz tatiana.

opção pela tabela Do ir

O plano VGBL é o melhor para quem é isento ou decla-ra o IR pelo modelo simpli-ficado, porque os valores in-vestidos não são dedutíveis do Imposto de Renda. O pa-gamento do imposto é adia-do até o momento do resgate do benefício, e incide apenas sobre a sua rentabilidade. As contribuições realizadas não são tributadas.

Na hora da aquisição do plano, o cliente pode esco-lher se vai pagar o IR pela tabela progressiva (que obe-dece ao padrão dos assala-riados, de 0 a 27,5%) ou re-gressiva. Esta última é uma boa escolha para quem dese-ja investir em longo prazo: o IR cai 5% a cada dois anos, chegando a 10% após dez anos de aplicação. Os dois produtos podem ser resgata-dos de uma única vez ou em parcelas mensais e vitalícias, para complementar a apo-sentadoria pública.

SUplemento eSpecial8 l Quinta-feira, 29 de novembro de 2012

premissas:idade de inicio - 30 anosidade que deseja se aposentar - 60 anoscontribuição mensal: r$ 30030 anos de acumulação

resultado:reserva estimada acumulada: r$ 292.353,89na aposentadoria a renda mensal estimada: r$ 1.503,10

premissas:idade de inicio - 30 anosidade que deseja se aposentar - 60 anoscontribuição mensal: r$ 30030 anos de acumulação

resultado:reserva estimada acumulada: r$ 205.581,17

na aposentadoria a renda mensal estimada: r$ 1.056,97

no cenário atual, para manter e compensar essa redução de 30% na renda mensal estimada será preciso:

l postergar a idade de

aposentadoria para 65 anos (aumentando tempo de contribuição em 5 anos).

l aumentar a contribuição mensal para r$ 450.

rentabiliDaDe anUal De 6% rentabiliDaDe anUal De 4% conclUSõeS

eduardo martins

fonte: icatu hartford