o globo 280411

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Page 1: O Globo 280411

OGLOBORIO DE JANEIRO, QUINTA-FEIRA, 28 DE ABRIL DE 2011 • ANO LXXXVI • No- 28.388IRINEU MARINHO (1876-1925) ROBERTO MARINHO (1904-2003)

O GLOBO ● SEGUNDO CADERNO ● PÁGINA 1 - Edição: 28/04/2011 - Impresso: 28/04/2011 — 00: 07 h

oglobo.com.br

AZUL MAGENTA AMARELO PRETO

2a- Edição Metropolitana • Preço deste exemplar no Estado do Rio de Janeiro: R$ 2,50 • Circulam com esta edição: Classificados, Segundo Caderno, Revista Boa Viagem e Caderno Esportes: 106 páginas

SEGUNDO CADERNO

A novíssima geração da

MPB não é, como as

anteriores, acompanhada

pelo meio acadêmico.

Lençóis Maranhenses

ganham novas cores com a

rica natureza que se exibe às

margens do Rio Preguiças.

Empresas jásepreparampara disputar aeroportosEmpreiteiras e grupos estrangeiros têm interesse. Infraero ficaria fora do Galeão

● O sinal verde do governo para a concessãoà iniciativa privada da construção e operaçãode aeroportos no país já está despertando ointeresse de grandes empreiteiras nacionais ede operadoras estrangeiras. Antecipando-seà decisão oficial, Camargo Corrêa, AndradeGutierrez e Odebrecht fizeram associaçõescom companhias no exterior ou criaram sub-sidiárias de olho nesse mercado. Em conver-

sas no Palácio do Planalto, vários grupos es-trangeiros também mostraram forte apetitepelas licitações dos cinco principais aeropor-tos do país — Cumbica (Guarulhos-SP), Vira-copos (Campinas-SP), Brasília, Galeão e Con-fins (Belo Horizonte). Entre eles, estão a Fra-port (Alemanha), o Aéroport de Paris-ADP(França), o British Airport Authority-BAA(Reino Unido), a Aeropuertos Espanõles y Na-

vegación Aérea-Aena (Espanha) e a BrusselsAirport Company (Bélgica). Pressionada pe-los governadores Sérgio Cabral (Rio) e Anto-nio Anastasia (Minas), a União tende a passarintegralmente ao setor privado os terminaisde Galeão e Confins no regime “de porteirafechada”. Sendo assim, a Infraero deixaria deadministrá-los. Páginas 23 e 24, MervalPereira e editorial “Concessão é passo inicial”

Ministro dizque INSSvai cortarpensões

TST: greve dejuízes federaisé inadequada● Em meio à greve de juízesfederais ontem, o presiden-te do Tribunal Superior doTrabalho, João Oreste Dala-zen, disse que o movimen-to é impróprio e inadequa-do. “A sociedade não podeficar refém da magistratu-ra”, afirmou ele. Em diver-sos estados, não houve au-diências nos tribunais daJustiça Federal. Página 3

O fim dabusca por ETs

● A busca por seres aliení-genas será desativada a par-tir deste mês. Por falta deverbas, o Projeto de Buscapor Inteligência Extraterres-tre (Seti, na sigla em inglês),ligado à Universidade da Ca-lifórnia, anunciou a suspen-são de suas atividades, de-pois de 51 anos apontandosuas antenas para o céu. Atéhoje, nenhum sinal de ET foicaptado. Página 36

● O ministro Garibaldi AlvesFilho confirmou que preten-de mudar o critério de con-cessão de pensões por mor-te, como antecipou O GLO-BO em março. A mudançaabrangeria também a previ-dência do setor público, massem retroagir. Hoje, uma mu-lher jovem pode receber, pe-lo resto da vida, pensão pelamorte do marido, mesmoapós casamento recente, oque é visto pelo INSS comodistorção. Página 9

Tratamento padrão no metrôReprodução/TV Globo

● O segurança do metrô agride um usuário. A empresa ale-gou que não houve “uso indevido de força”. Página 15

SÃO CONRADOSÃO CONRADO

NO ELEVADO

1

1

Para Zona SulFAIXA QUE SERÁCONSTRUÍDA

FAIXAQUE SERÁ

CONSTRUÍDA

Para Barra

Para Zona SulPara Barra

A outra faixa inferior,sentido Zona Sul,ficará reservadapara ônibus

A faixa inferior sentidoBarra funcionará emsistema reversível paraas delegações olímpicas

As três faixassuperiores serãoreversíveis deacordo com omovimento deveículos

A faixa do meio será reversível

NOS TÚNEIS1

22

COMO VÃO FUNCIONAR NAS OLIMPÍADAS AS FAIXAS QUE SERÃO CONSTRUÍDAS

Túnel deSão Conrado

Túneldo Joá

Túnel deSão Conrado

Túneldo Joá

Rio 2016: túneis doJoá serão ampliados● Com aprovação do Comi-tê Olímpico Internacional(COI), a prefeitura decidiuque vai alargar os túneis doJoá e do Pepino na partesuperior do Elevado doJoá. Durante os Jogos de2016, será implantado um

sistema de rodízio paracarros de passeio em doistrajetos da ligação Barra-Zona Sul (entre a AvenidaMinistro Ivan Lins e a PraçaSibelius, e o cruzamentodas Avenidas Niemeyer eDelfim Moreira). Página 14

OBITUÁRIO

● Neusinha Brizola, filhado ex-governador LeonelBrizola, aos 56 anos, dehepatite. Página 21

REVISTA BOA VIAGEM

Estacionamentos ameaçam memóriaMarcelo Carnaval

● Na Rua do Teatro, um dos estacionamentos que serão extintos. Ontem, a Subprefeiturado Centro interditou outros quatro por não terem alvará. O subprefeito disse que ca-sarões antigos são incendiados para dar lugar a estacionamentos. Página 22

Kate e William ensaiampara o casamento quedeve modernizar realeza

Páginas 32 e 33

Mário de Queiroz/ 5-03-96

Copa do Brasil: Fla eVasco se classificam● Flamengo e Vasco, quedisputam domingo a deci-são da Taça Rio, se classi-ficaram para as quartas definal da Copa do Brasil. NoCeará, o rubro-negro ven-ceu o Horizonte por 3 a 0,com um golaço de Wil-lians, e enfrentará agora oCeará — terceiro adversá-

rio consecutivo do estado,pois pegara o Fortaleza nasegunda rodada. Em SãoJanuário, o Vasco empatoucom o Náutico em 0 a 0 ejogará com o Atlético-PR.● Pelas oitavas da Liberta-dores, o Fluminense en-frenta o Libertad, no Enge-nhão. Caderno Esportes

PIT STOP

● Com as mudanças decarros e pneus, a F-1, agoraimprevisível, deu salto dequalidade em 2011. CelsoItiberê, Caderno Esportes

NEGÓCIOS & CIA

● Na Argentina, festival deofertas mostra que paísperdeu a referência dospreços relativos. FláviaOliveira, páginas 26 e 27

STF critica partidosao decidir que vagassão das coligações

Página 10

Editoria de Arte

Page 2: O Globo 280411

2 Quinta-feira, 28 de abril de 2011

O GLOBO

O GLOBO ● ● PÁGINA 2 - Edição: 28/04/2011 - Impresso: 27/04/2011 — 22: 05 h PRETO/BRANCO

POR DENTRO DO GLOBO

Para ‘curtir’ e compartilhar AUTOCRÍTICA● Na página 2 de ontem:“A telinha que distrai.”Legenda: “...motorista nãopode assistir tevê enquantodirige.” Erro de regência.Certo: “...motorista não podeassistir à (ou a) tevêenquanto dirige.” P. 14:“Concerto dos músicos”(Ancelmo Gois). “Mas soumúsica e não é justo...” Errono gênero do substantivo (émasculino mesmo quando serefere a uma mulher...).Certo: “Mas sou músico enão é justo...” Ou melhor:“Mas sou musicista e não éjusto...” P. 22: “Parte de tetoem prédio da UFRJ cai.” Máescolha da preposição. Certo:“Parte de teto de prédio daUFRJ cai.” Melhor: “Parte doteto de prédio da UFRJ cai.”P. 27: “Obras do Porto deAçu...” “Após protestos,projeto volta a operar noturno noturno.” Crítica: eco.Melhor: “Após protestos,projeto volta a operar nohorário noturno.” P. 33:“Sem convite, mas comvista VIP.” “Fãs da realezaacampam por lugarprivilegiado em frente aabadia.” Falta do acentoindicador de crase (é umaabadia determinada,conhecida...) Certo: “Fãsda realeza acampam porlugar privilegiado emfrente à abadia.”

(Resumo da crítica internacoordenada pelo jornalista AluizioMaranhão, distribuída todos os diasna Redação do GLOBO)

S eis jorna-l i s t a sque mer-g u l h a m

diariamente nasredes sociais ena seção de jor-nalismo partici-pativo do GLO-BO terão agoramais um canalpara interagircom a audiên-cia. No blog NasRedes, os seisvão comparti-lhar descober-tas e análises re-lacionadas aoextenso repertó-rio desse univer-so com o qual li-dam sete diaspor semana naEditoria de Mí-dias Sociais e In-teratividade. E, como em uma boa conversa, aparticipação do público-leitor é essencial.

No primeiro post, a editora NÍVIA CARVALHOentrevista o jornalista argentino Pablo Manci-ni, gerente de Serviços Digitais do Grupo Cla-rín, autor do livro “Hackear el periodismo”, aser lançado no próximo dia 3. Mancini fala coma urgência de quem sabe que o jornalismo,nestes novos tempos, precisa se reinventar.“Temos que deixar de olhar o próprio umbi-go”, alerta ele, lembrando que outras indús-trias, como a cinematográfica e a de software,tiveram que se reprogramar para enfrentar asmudanças.

— No que se refere ao jornalismo, a ideia ésempre entrevistar profissionais comprometi-dos com as transformações que ocorrem naprofissão e na indústria de comunicação. As-sim, podemos aprender com a experiênciadesses profissionais e compartilhar com osleitores — afirma Nívia.

E se há alguém fazendo algo inovador é ojornal ista americano Andy Carvin, daNPR.org. Ele é responsável por uma das maiscompletas coberturas sobre as recentes revo-luções no Norte da África e no Oriente Médio.Tudo via Twitter. Na conversa com LIS MILLERe BERNARDO MOURA, ele fala como conseguiuestabelecer uma rede de contatos nesses paí-ses apesar de a internet ser controlada pelo Es-tado e da barreira da língua.

Além de entrevistas e análises, o blog terá di-cas de ferramentas (sites que facilitam a vidados usuários de redes sociais), infográficos,Trending Topics do dia (lista dos assuntos maiscomentados no Twitter) e a seleção semanal detweets, chamada É pra rir ou pra chorar?

A equipe de blogueiros é integrada tambémpor BERNARDO BARBOSA, PATRICIA ROYO e RE-NATA MONTI, gente que cresceu com ICQ, MSN,Orkut, Fotolog e MySpace e que agora “curte”Twitter e Facebook.

Carlos Ivan

A EQUIPE da Editoria de Mídias Sociais e Interatividade que atualizará o blog

O GLOBO NA INTERNET

a Leia a íntegra da colunaoglobo.com.br

Lluis Gene/AFP

Antônio Levi, da Coppe, éeleito novo reitor da UFRJ● Com 26,08% dos votos, o professor Car-los Antônio Levi, da Coppe, foi eleito ontemreitor da UFRJ. Apenas 12% dos estudantesparticiparam da escolha. RIO, página 17

Requião reclamou de bullying,mas já vetou lei sobre tema● Quando governador do Paraná, o hoje se-nador Roberto Requião — que se disse alvode bullying da imprensa — vetou projeto decombate ao problema. O PAÍS, página 12

Filho de Montoro diz que PSDBnão tem voz e já admite sair● Filho do ex-governador Franco Monto-ro, um dos fundadores do PSDB, RicardoMontoro disse que pode deixar o partidopor se sentir sufocado. O PAÍS, página 10

Apple confessa que armazenadados por 1 ano e culpa ‘bug’● Empresa nega uso indevido de rastrea-mento e diz que dados do iPhone só seriamguardados por 7 dias. Por um “defeito”, oprazo virou um ano. ECONOMIA, página 30

CORA RÓNAIO Instagram, nova mania dosapaixonados por fotografiaSEGUNDO CADERNO • PÁGINA 12

Obama exibe certidão paraprovar que é americano● Com a iniciativa, o presidente americanopretende encerrar rumores propagados porrivais republicanos de que teria nascido noQuênia, e não no Havaí. O MUNDO, página 34

Robô localiza chassi de caixa-preta de avião da Air France● Em sua primeira missão de busca dos des-troços do avião da Air France, no mar, umrobô achou ontem só o chassi de uma dascaixas-pretas da aeronave. RIO, página 19

Com 3 meses de atraso, Senadoinstala o seu Conselho de Ética● Com 7 dos 15 membros investigados noSTF, o Conselho de Ética do Senado foi ins-talado. “Acham pouco eu ter sido absolvido5 vezes?”, indagou Renan. O PAÍS, página 12

Fatah e Hamas fazem acordopara governar e irritam Israel● Um governo com as duas facções pales-tinas vai preparar as eleições. Mas Israel dis-se que o Fatah deve escolher entre a paz como país ou com o Hamas. O MUNDO, página 35

Lionel Messi festeja, com os

companheiros, um dos seus dois gols

na vitória do Barcelona sobre o Real

Madrid por 2 a 0, ontem, na capital

espanhola. Com o resultado, o time

catalão pode perder por até um gol

de diferença no Nou Camp que

estará na final da Liga dos Campeões

da Europa. Messi teve uma atuação

de gala, o que não acontecera nos

dois confrontos anteriores entre as

duas equipes. Se no primeiro gol ele

usou sua rapidez para tocar num

cruzamento, no segundo driblou

cinco adversários, desde o meio de

campo, num lance antológico. A

vitória do Barcelona foi facilitada

pela expulsão acertada de Pepe, do

Real Madrid, por uma entrada

violenta em Daniel Alves. Após o

lance, o técnico do time da capital,

José Mourinho, também foi expulso.

CADERNO ESPORTES

Um novo showde Messi

PANORAMAPOLÍTICO

de Brasília

Dilma e Lula na TV● A presidente Dilma Rousseff e o ex-presidente

Lula serão as estrelas de inserções nacionais e re-

gionais do PT, no rádio e na TV, que irão ao ar a

partir da próxima semana. Num dos comerciais,

Dilma e Lula estarão juntos, num tom emocional,

falando das conquistas dos oito anos de governo

petista. A escalada midiática começa amanhã com

pronunciamento da presidente Dilma, em rede na-

cional, sobre o Dia do Trabalho, 1o- de maio.

Bota-fora do PMDB na Funasa

E-mail para esta coluna: [email protected]

■ ■ ■ ■ ■ ■

● OS MINISTROS Fernando Haddad (Educação) eAlexandre Padilha (Saúde) convenceram o PT daCâmara a votar a favor da MP 520, que cria umaempresa pública para assumir a prestação deserviços nos hospitais universitários.

● O PSB quer que o novo Hospital do InstitutoNacional de Ortopedia e Traumatologia, no Rio, sejabatizado com o nome do ex-ministro Jamil Haddad.

● MALAS PRONTAS. O deputado Fernando Francischini(PSDB-PR) irá para o PSD junto com o ex-deputadoGustavo Fruet (PSDB-PR). O projeto de Fruet é sercandidato à prefeitura de Curitiba.

MARTELO BATIDO. O vice-presidente Michel Temer, o ministro

Wagner Rossi (Agricultura) e o presidente do PMDB paulista,

Baleia Rossi, acertaram ontem o ingresso do deputado federal

Gabriel Chalita (PSB-SP), na foto, no partido. Eles se reuniram

na Vice-Presidência ontem à tarde. Está sendo programada uma

grande festa de filiação no final de maio. Chalita está entrando

no PMDB para ser seu candidato à prefeitura de São Paulo.

Resolvi concordar. Fui compreensivo. Achei que

não devia esticar a corda” — Henrique Eduardo Alves,

líder do PMDB na Câmara (RN), sobre o PT emplacar Gilson

Carvalho de Queiroz Filho na presidência da Funasa

Descontinuidade● O senador João Pedro(PT-AM) reclamou ontemdo ministro Antonio Patrio-ta (Relações Exteriores),em audiência no Senado, daredução de investimentos efuncionários da Embrapana África. São compromis-sos do ex-presidente Lula.

A ressurreição● A senadora Marta Suplicy(PT-SP) promove jantar ho-je, em sua casa, com a pre-sença do ex-tesoureiro dopartido Delúbio Soares, umdos pivôs do escândalo domensalão. Amanhã o Dire-tório Nacional vai aprovar arefiliação de Delúbio.

Fora da pauta● Em reunião ontem com ascentrais sindicais, o presi-dente da Câmara, MarcoMaia (PT-RS), disse que nãopretende votar o fim do fa-tor previdênciário. Expli-cou que não dá para acabarcom o fator sem proporuma alternativa viável.

Turista acidental● O governo ofereceu aoPCdoB a presidência da Em-bratur. O nome sugerido pe-lo Palácio do Planalto é odo ex-deputado Flávio Dino(PCdoB-MA). O atual presi-dente da autarquia, MárioMoysés (PT), vai para a Au-toridade Pública Olímpica.

Europeus querem empregos no Brasil● A Comissão do Parlamento Europeu que visita o Brasil,nas gestões junto ao governo Dilma e nos contatos comparlamentares brasileiros, está pedindo que o Brasilescancare as portas para os desempregados de nívelsuperior daquele continente. Como a Europa continuaatolada na crise econômica, querem que o Brasil resolvao problema deles. Mas não dizem nada sobre facilitar amigração de brasileiros para lá.

Mastrangelo Reino/Folhapress)

ILIMAR FRANCO com Fernanda Krakovics, sucursais ecorrespondentes

● A presidente Dilma Rous-seff não quer o PMDB no co-mando da Funasa. Ela aceitouindicação de um aliado do ex-ministro Patrus Ananias, opresidente do Crea de MinasGerais, Gilson Carvalho deQueiroz Filho. O ministro Ale-xandre Padilha (Saúde) rela-tou a decisão para alguns su-perintendentes da Funasa. O

assunto é tratado com reser-va por causa da reação doPMDB, que já tinha sido defe-nestrado da Secretaria de As-sistência à Saúde (SAE). NoPT também há reações. Ao to-mar a decisão, o governo mi-nimiza auditoria da Funasaque constatou irregularidadeem obra da empresa de Quei-roz em Carbonita (MG).

Page 3: O Globo 280411

3

O PA Í SQuinta-feira, 28 de abril de 2011 O GLOBO

O GLOBO ● O PAÍS ● PÁGINA 3 - Edição: 28/04/2011 - Impresso: 27/04/2011 — 21: 53 h AZUL MAGENTA AMARELO PRETO

‘Sociedade não pode ficar refém’Presidente do TST diz que paralisação de juízes é inadequada; entidades protestam

Isabel Braga, Carolina Brígido, MarceloRemígio, Sérgio Roxo e Isabela Martin

BRASÍLIA, RIO, SÃO PAULO e FORTALEZA

O presidente do Tribunal Su-perior do Trabalho (TST),João Oreste Dalazen, criti-cou duramente ontem a pa-

ralisação de 24 horas dos juízes fede-rais por reajuste salarial de 14,79%,além de igualdade de prerrogativascom o Ministério Público, mais segu-rança para magistrados que comba-tem o crime organizado e mais estru-tura para os Juizados Especiais Fede-rais. Dalazen classificou o movimentode “impróprio e inadequado” e lem-brou que os juízes desempenhamserviço essencial à sociedade.

— Pessoalmente, entendo que agreve em relação a atividades judi-ciais, promovidas por juízes, é umaprovidência imprópria e inadequada.Os juízes desempenham função públi-ca como agentes de Estado. Não de-vem promover greve, desempenhamserviço essencial. A sociedade não po-de ficar refém da magistratura — afir-mou Dalazen, acrescentando: — Con-sidero uma decisão precipitada.

O presidente da Associação dosJuízes Federais do Brasil (Ajufe), Ga-briel Wedy, anunciou que, apesar dadisposição para o diálogo, a catego-ria não descarta a possibilidade denova greve. Os juízes vão se reunirem até 90 dias para decidir:

— Vamos nos reunir, e a Ajufe vaifazer o que a categoria decidir —disse Wedy, que cobrou do presi-dente do Supremo Tribunal Federal(STF), ministro Cezar Peluso, maiscomprometimento com a causa:

— É importante que o presidentePeluso se envolva mais. Nós acredita-mos no diálogo, mas precisamos deum empenho maior do presidente. Eledeveria conversar mais sobre essasquestões com os outros poderes.

Não foi feito um levantamento daadesão dos juízes à paralisação on-tem, mas, segundo a Ajufe, o movi-mento conta com o apoio de 83% dos1.492 magistrados federais. Para We-dy, a paralisação ganhou mais forçadepois da determinação do Conselhoda Justiça Federal (CJF) de cortar oponto de quem aderisse ao movimen-to. Caberá a cada Tribunal RegionalFederal identificar quem faltou ao tra-balho e formalizar o desconto.

— É inadmissível que se puna omagistrado que está lutando pelasua vida, pela sua carreira. Em todolugar do mundo, o direito de parali-sação e de greve é garantido — pro-testou Wedy, que considerou o cortede ponto inconstitucional e anun-ciou que a entidade vai recorrer.

A categoria pleiteia 14,79% a maisna folha de pagamento, conforme pro-

jeto de lei de iniciativa do STF que tra-mita na Câmara desde o ano passado.O presidente da Ajufe afirmou que,embora a Constituição preveja reajus-tes anuais, em seis anos teria havidoapenas uma revisão. De acordo com atabela disponibilizada pelo ConselhoFederal de Justiça (CFJ), de vigência apartir de fevereiro de 2010, o saláriodos juízes dos tribunais regionais fe-derais é de R$ 24.117,62; de juízes fe-derais é de R$ 22.911,74; e de juízes fe-derais substitutos é de R$ 21.766,16.

Segundo Wedy, os atentados e

ameaças a juízes e familiares têm au-mentado. Ele citou como exemplo oRio, onde três dos dez juízes de varascriminais estão ameaçados. O presi-dente da Ajufe disse que a Polícia Fe-deral não tem efetivo suficiente parafazer a escolta dos magistrados e, porisso, propõe a criação de uma políciajudiciária. Ele defende que sentençascontra o crime organizado levem a as-sinatura de três magistrados, para di-ficultar a retaliação dos bandidos.

No Rio, a paralisação suspendeuontem todas as audiências marcadas.

Somente casos urgentes, como con-cessão de liminares e habeas corpuspara presos, foram analisados. Deacordo com a juíza federal VeledaSoares, delegada da Ajufe no estado,os pontos de atendimento forammantidos abertos à população:

— No Rio, a questão da segurançase agrava. O juiz federal não tem apoiodo estado para garantir a sua seguran-ça e a de sua família. Tem que arcarcom segurança pessoal, carro blinda-do e a instalação de câmeras em casa.Nos locais de trabalho, há apenas se-

guranças patrimoniais, que sequertêm porte de arma. A violência temtrabalhado em silêncio e estamos cha-mando a atenção da sociedade.

As audiências suspensas no Rio fo-ram remarcadas, e hoje a Ajufe farábalanço da paralisação no estado.

Em São Paulo, a Associação dosJuízes Federais do Estado (Ajufesp)diz que apenas os casos de urgênciaforam atendidos. Os que aderiramao movimento não marcaram au-diências para ontem.

— Estou bem satisfeito e surpre-endido com a adesão — afirmou Ri-cardo de Castro Nascimento, presi-dente da associação paulista.

Cerca de 60 magistrados participa-ram de um ato no auditório do FórumMinistro Pedro Lessa, na capital pau-lista, à tarde. De acordo com o presi-dente do Ajufesp, os atendimentos fo-ram realizados com o bom senso dosmagistrados, principalmente para pri-sões em flagrante, relaxamento de pri-sões ilegais e concessão de liminarespara que doentes recebam remédios.

O desembargador Fausto deSanctis, que foi juiz do Caso Satia-graha, criticou o anúncio de que oConselho de Justiça Federal (CJF)cortará o ponto dos grevistas.

— O Conselho sinaliza, com essadecisão, que o juiz então passa a terdireito a hora extra e a compensaçãoporque está dando tratamento comose fôssemos funcionários públicoscomuns. É meio dúbia essa situação— atacou De Sanctis, que tambémcriticou as situações de risco vividaspor juízes que julgam casos envol-vendo o crime organizado.

Advogados paulistas disseram nãoter tido problema para acessar proces-sos, apesar de os servidores da Justiçaterem feito a paralisação. O único pro-blema ocorreu no protocolo:

— Em vez de dois minutos como énormalmente, demorei 25 para proto-colar uma petição. Eram dois funcio-nários no atendimento e não quatro— disse o advogado Felipe Franco.

No Ceará, cerca de 200 audiênciasdeixaram de ser realizadas, metadedelas em Fortaleza. Audiências urgen-tes, como os casos com réus presos,aconteceram normalmente. A parali-sação afetou principalmente as varasde juizados especiais e criminais, nor-malmente as mais movimentadas.

— A magistratura federal está sesentindo desprestigiada — disse o juizNagibe de Melo Jorge Neto, da 10a- Va-ra Federal em Mossoró (RN) e vice-presidente da Associação de JuízesFederais (Ajufe) para a 5a- Região. ■

O GLOBO NA INTERNETOPINIÃO Você concorda com a

paralisação dos juízes federais? Voteoglobo.com.br/pais

EM SP, funcionários da Justiça Federal em assembleia em frente ao Fórum Pedro Lessa; magistrados se reuniram no auditório

Promotora simula loucura para se livrar de processoVídeo mostra psiquiatra ensinando Deborah Guerner, suspeita de participar do mensalão do DEM, a fingir insanidade mental

● BRASÍLIA e SÃO PAULO. Em reuniãocom o psiquiatra Luis Altenfelder Sil-va, a promotora Deborah Guerner,acusada de envolvimento com o men-salão do DEM, planejou usar as mor-tes do pai e da mãe para simular in-sanidade mental e se livrar de proces-sos a que responde no Tribunal Re-gional Federal da 1a- Região e no Con-selho Nacional do Ministério Público.As cenas do “teatro da loucura”, di-vulgadas ontem pelo jornal “O Estadode S. Paulo”, estão entre os motivosque levaram Deborah e o marido, Jor-ge Guerner, à prisão. O casal e o psi-quiatra são acusados de fraude pro-cessual, entre outros crimes.

Pela denúncia do procurador re-gional da República Ronaldo Albo,Deborah, Jorge Guerner e Altenfelderse reuniram na noite de 29 de agostopara ensaiar os sinais de loucura quea promotora apresentaria na períciamédica no dia seguinte, no InstitutoMédico Legal. Se fosse consideradalouca, ele teria mais chances de es-capar das acusações de corrupção eextorsão que pesam contra ela. Al-tenfelder ensina a promotora a citaras mortes do pai e da mãe como mo-tivadores do desequilíbrio.

“Aí, o que você faz: segura (in-compreensível) meu pai é tudo pramim. Você tem que falar com espon-

taneidade: Com o falecimento domeu pai, que era tudo pra mim”, dizo psiquiatra. Jorge Guerner sugere,então, que a mulher descreva o paicomo um homem protetor. “Porqueela considerava ele um protetor”,explica Guerner. “Ah! Ele era ‘costaquente’ total!”, completa a promoto-ra. Empolgada com o teatro, Debo-rah diz que depois da morte do pai,“perdeu o chão”. O psiquiatra gostada ideia e carrega na dramaticidade:“Quando meu pai morreu, eu perdi ochão — você fala! Que eu fiquei mui-to, muito, muito, triste. Perdi a ale-gria, perdi o domínio”.

Num outro vídeo, a promotora si-

mula um mal-estar na presença deum funcionário do Conselho Nacio-nal do Ministério Público. Dez minu-tos depois de um suposto desmaio,ela se levanta, troca de roupa e sai decasa, como se nada tivesse aconteci-do. Pelas investigações do MinistérioPúblico, a promotora usou 16 atesta-dos para não comparecer a audiên-cias no Conselho Nacional e na Pro-curadoria Regional. Só por um dosatestados teria custado R$ 15 mil. De-borah é acusada também de com-prar um laudo da psiquiatra paulistaCarolina de Mello Santos. A promo-tora, o marido, Altenfelder e Carolinaforam denunciados por Ronaldo Al-

bo no TRF. O procurador também pe-diu que o Conselho Regional de Me-dicina de São Paulo investigue o en-volvimento dos dois psiquiatras nasuposta fraude. O Cremesp abriuuma sindicância.

Em três processos em tramitaçãono TRF, a promotora é acusada de va-zar informações sigilosas para DurvalBarbosa, o delator do mensalão doDEM, e tentar extorquir R$ 2 milhõesdo ex-governador José Roberto Arru-da. O dinheiro seria para que ela nãodivulgasse o vídeo em que Arrudaaparece recebendo R$ 50 mil de Bar-bosa. O vídeo foi divulgado mais tar-de e Arruda perdeu o mandato.

VÍDEO MOSTRA simulação de desmaio de Deborah, que é colocada na cama por paramédicos do Corpo de Bombeiros. Em seguida, fala ao telefone e, logo depois, levanta-se e sai como se nada tivesse ocorrido

Reprodução do circuito interno da casa/AE

Marcos Alves

Page 4: O Globo 280411

4 ● O PAÍS Quinta-feira, 28 de abril de 2011O GLOBO.

O GLOBO ● O PAÍS ● PÁGINA 4 - Edição: 28/04/2011 - Impresso: 27/04/2011 — 22: 05 h AZUL MAGENTA AMARELO PRETO

A conta-gotas● Para a esquerda mais radical, à qual se filiava Dilma

Rousseff antes de chegar à Presidência da República,

privatizar os aeroportos é a mesma coisa que privatizar

as Forças Armadas. Antigamente, quando havia golpes

na América Latina, o primeiro local que os revoltosos

ocupavam eram os aeroportos. Hoje, o objetivo de qual-

quer golpista, de direita ou esquerda, é o controle dos

meios de comunicação, especialmente a internet.

MERVALPEREIRA

E-mail para esta coluna: [email protected]

LOTERIAS

● MEGA-SENA: As dezenassorteadas no concurso1.278 foram 04, 16, 24, 25,30 e 56.

● LOTOMANIA: As dezenassorteadas no concurso1.135 foram 01, 16, 17, 19,29, 30, 35, 36, 38, 42, 43,45, 47, 52, 58, 68, 74, 81, 93e 97.

●QUINA: As dezenas sortea-das no concurso 2.581 fo-ram 05, 22, 36, 41 e 79.

•O leitor deve checar os resultados tambémem agências oficiais e no site da CEF por-que, com os horários de fechamento do jor-nal, os números aqui publicados, divulgadossempre no fim da noite pela CEF, podemeventualmente estar defasados.

‘Na segurança, há totalfalta de integração’Ministro da Justiça diz que está sendo concluídoprojeto para reunir índices de criminalidade do país

Paraguai pedeajuda para acharguerrilheiros● BRASÍLIA. Em visita às instala-ções da Comissão da Verdadedo Paraguai, a ministra da Secre-taria de Direitos Humanos, Ma-ria do Rosário, recebeu das au-toridades locais, ontem, pedidopara que o governo brasileiroajude na localização de restosmortais de seis guerrilheiros pa-raguaios. Eles teriam sido mor-tos em 24 de dezembro de 1960,no Paraguai, durante a ditadurade Alfredo Stroessner, e seuscorpos enterrados numa valacomum em Mato Grosso.

A diretora-geral de Verdade,Justiça e Reparação, Judith Ro-lon, explicou à ministra brasilei-ra que a informação de que es-tão enterrados no Brasil surgiuem depoimentos de ex-militan-tes e militares à comissão para-guaia, que funcionou entre 2004e 2008. A comissão analisou vio-lações de direitos humanos nos35 anos do governo Stroessner.Os guerrilheiros integravam oMovimento 14 de Mayo, de re-sistência ao regime militar. NoParaguai, já foram identificados17 desaparecidos políticos. ■

● BRASÍLIA. O Ministério da Jus-tiça pretende criar um sistemanacional de informações so-bre crimes que contabilize emtempo real casos de violêncianos estados. O ministro daJustiça, José Eduardo Cardo-zo, afirmou ontem que estásendo concluído um projetode lei do Executivo para regu-lamentar e agilizar a reuniãodesses índices de criminalida-de num único sistema, paraque, a partir desses dados, se-jam adotadas ações e políticasde segurança pública para re-giões específicas do país.

Em audiência pública na Co-missão de Direitos Humanos daCâmara, o ministro afirmou quea proposta vai contribuir para aintegração dos órgãos da área:

— Há total falta de integra-ção dos órgãos de segurança.Até mesmo as polícias Federale Rodoviária Federal nem sem-pre andaram juntas. É preciso

integração sistêmica. E, seminformações, é governar às ce-gas. Temos de parar de ser in-tuitivos.

O ministro defendeu aindaque os estados que não repassa-rem os dados ao sistema tenhamdificuldades para obter recursosdo governo federal na área. Tam-bém está nos planos do ministé-rio a criação de um plano nacio-nal de redução de homicídios.Entre as ações para alcançar es-se objetivo está a campanha dodesarmamento, que começa nopróximo dia 6. Cardozo disseque sempre após essa iniciativacaem os indicadores de crimina-lidade. Segundo ele, não há metade armas a serem recolhidas:

— Mas posso ter desejo. Te-nho R$ 10 milhões para gastar(para recompensar quem entre-gar armas). Espero que não so-bre um centavo desse dinheiro.E que eu seja obrigado a pedirmais recursos. ■

Planalto usa atiradores de elite porcausa de protesto de ex-servidoresManifestantes, demitidos da Aeronáutica, querem os cargos de volta

● BRASÍLIA. Três atiradores deelite foram posicionados ontemno teto do Palácio do Planaltopor causa de um pequeno masbarulhento grupo de ex-servido-res da Aeronáutica que reivindi-ca ser readmitido no trabalho.De manhã, três dos manifestan-tes subiram na torre da BandeiraNacional, de cem metros de altu-ra, na Praça dos Três Poderes,em frente ao Planalto, para pres-sionar o governo. Ficaram lá odia todo; no fim da tarde, acaba-ram retirados pela Polícia Militare presos para averiguação.

A manifestação — feita por 20representantes da AssociaçãoNacional de Ex-Soldados Espe-cializados da Aeronáutica (Ane-se) — obrigou a presidente Dil-ma Rousseff a mudar a rotina detrabalho. Desde a tarde de terça-feira, a presidente, muito gripa-da, está despachando no Alvora-da, para fugir do barulho inces-sante das vuvuzelas dos mani-festantes. Ontem, além dos atira-dores de elite no Planalto, barrei-ras de segurança foram monta-das nos arredores do Alvorada.

Os manifestantes fizeramconcurso para a Aeronáuticaentre 1994 e 2001, mas, no edi-tal, não constava que as vagaseram temporárias. Foram demi-tidos e agora reivindicam voltaraos postos. O governo aceitanegociar, mas só depois de con-cluído o parecer da Advocacia

geral da União (AGU), e se a ma-nifestação for suspensa.

Anteontem, a própria Dilmamandou um emissário pedirpara que parassem o corneta-ço durante a reunião do Con-selho de DesenvolvimentoEconômico e Social.

Ontem, os três atiradores deelite chegaram no meio da tarde,dirigindo uma ambulância pe-quena, entraram no Planalto car-regando maletas especiais parafuzis, com a marca Sauer estam-pada, e ficaram cerca de 40 mi-nutos lá. No Alvorada, a seguran-ça da Presidência fechou as duasvias de acesso ao Palácio, comhomens da PM e da segurançapresidencial. Os acessos esta-vam bloqueados por cones, bar-reiras metálicas e grades.

No fim da tarde, o Planalto in-formou que estava normal o es-quema de segurança da Presi-dência. Disse que os atiradoresestavam portando só lunetas,para observar os manifestantes.No entanto, o coronel AlbertoPinto, da PM do Distrito Federal,que comandava a operação, con-firmou que eram mesmo três ati-radores de elite. As lunetas esta-vam acopladas nos fuzis. ■

O GLOBO NA INTERNETGALERIA Veja mais imagens do

protesto na Praça dos TrêsPoderesoglobo.com.br/pais BOMBEIRO faz manifestante descer da torre da Bandeira, diante do Planalto

Gustavo Miranda

Esse pensamento anacrôni-co está na raiz da dificuldadeque o governo brasileiro tempara privatizar a gestão dos ae-roportos, que está saindo aconta-gotas, diante da ameaçareal de não estarmos prepara-dos para a realização da Copado Mundo de 2014 e das Olim-píadas dois anos depois.

Temos ainda que aguardaros decretos oficiais para saberaté que ponto o governo cedeuao anunciar que estimulariaparcerias com empresas priva-das nos cinco principais aero-portos do país. Mas, mesmocom o setor privado sendochamado a colaborar, estudorecente do Ipea, órgão ligadoao governo, admite que o pro-cesso burocrático até o mo-mento da licitação impediria,pelos critérios vigentes, que asobras ficassem prontas a tem-po da Copa em 2014.

Pelo estudo do Ipea, asobras de ampliação de novedos 12 aeroportos das cidadesque sediarão os jogos da Copanão deverão ser concluídas atéo início da competição.

Outro relatório, do Ministé-rio do Esporte, já tratado aquina coluna, revela que, do totalde 25 empreendimentos em ae-roportos, nada menos que 22estão com atraso em relação aoprimeiro cronograma, e pelomenos oito desses represen-tam algum risco para a Copa.

O plano proposto pela In-fraero para reduzir os proble-mas dos aeroportos tem pra-zos que não são factíveis.

Em Belo Horizonte, porexemplo, a previsão para ofim das obras em Confins, ou-tubro de 2013, tem possibili-dade de só se concretizar emmarço de 2014.

O plano da Infraero para ten-tar atingir os objetivos iniciaisprevê a redução do tempo dasobras em cinco meses em mé-dia, o que certamente implica-rá redução de qualidade.

Em Manaus, Brasília, PortoAlegre e Viracopos (SP), as mu-danças nos terminais de passa-geiros ainda estão em planeja-mento ou em projetos aindasem licitação, e é possível quetanto o de Viracopos quanto ode Manaus só fiquem prontosdepois da Copa.

Mesmo com as obras previs-tas, alguns dos nossos princi-pais aeroportos estarão funcio-nando além de suas capacida-des: Confins estará com 153%de saturação; Brasília e Fortale-za, com 118%; Guarulhos, emSão Paulo, e Cuiabá, com 111%;e Porto Alegre, com 110%.

Apesar de todos os fatosapontados pelos próprios ór-gãos governamentais, o go-verno continua querendo re-solver os problemas na basedo discurso político.

Assumindo pela primeiravez uma dependência que eratemida desde a campanha pre-sidencial, Dilma Rousseff recor-reu à ajuda do ex-presidenteLula para rebater as críticas doPSDB veiculadas na propagan-da partidária por rádio e TV re-centemente, com críticas aoatraso das obras para os doisgrandes eventos esportivos.

A presidente usará o tempopartidário do PT no rádio e naTV para responder às críticas,

escudada pelo ex-presidente,que, afinal, é o responsável pe-lo atraso das providências paraa realização dos dois eventosinternacionais, mais até do queo foi para que Brasil e Rio fos-sem escolhidos para sediá-los.

Do ponto de vista estrita-mente pessoal, o ex-presidentedo Banco Central HenriqueMeirelles, que ainda nem assu-miu o cargo de AutoridadeOlímpica oficialmente, mas jáestá envolvido nos preparati-vos das Olimpíadas de 2016 noRio, considera que a discussãosobre a infraestrutura para arealização da Copa chega embom momento, para chamaratenção de problemas que afe-tarão não só a realização doevento de futebol, mas podemtambém atrapalhar os JogosOlímpicos dois anos depois.

Assim como o prefeitoEduardo Paes, numa frase quetalvez tenha sido menos felizdo que sua intenção, disse quenão se preocupava com a pistade atletismo em que as provasserão disputadas, mas sim como que ficará para a cidade demelhoramento urbano depoisdas Olimpíadas, também se po-deria dizer, numa simplifica-ção, que Meirelles pensa tirarproveito das dificuldades paraa Copa de 2014 a fim de avan-çar nos preparativos das Olim-píadas de dois anos depois.

A discussão sobre se os es-tádios de futebol estarão pron-tos a tempo da Copa das Con-federações, em 2013, ou mes-mo para a Copa do Mundo na-da diz a ele como torcedor defutebol, que não é, mas o preo-cupa como cidadão brasileiroque não gostaria de ver o paísfalhar na organização do even-to esportivo mais importantedo mundo, que estará literal-mente voltado para nós.

Mas a situação dos aeropor-tos, por exemplo, é um assuntoque o toca de perto, e não ape-nas como cidadão e executivoque se vê às voltas com atrasosconstantes de voos. Foi comalívio que recebeu o anúnciode que o governo, finalmente,decidiu aceitar a parceria coma iniciativa privada para a re-forma dos aeroportos, e objeti-vamente ele aguarda a decisãosobre o Aeroporto Internacio-nal Tom Jobim, no Rio.

Meirelles, depois que saiu doBanco Central, que presidiupor oito anos, foi procuradopor diversos grupos financei-ros interessados em seus servi-ços, mas continua ainda ligadoà atividade pública e não con-seguiu recusar o convite dapresidente Dilma para assumiro comando da organização dasOlimpíadas, que considera, jun-to com a Copa, uma oportuni-dade única para explicitar o no-vo momento que o país vive.

Mas dificilmente estará àfrente da Autoridade Olímpicano momento da realização dosJogos. Quando (e se) sentir queas coisas entraram nos eixos,ele pode querer retornar à ati-vidade privada, e a permanên-cia à frente da organização dasOlimpíadas pode servir comouma espécie de quarentena pa-ra Meirelles, que não poderiaretornar ao mercado financeiroimediatamente após deixar apresidência do BC.

Page 5: O Globo 280411

O PAÍS ● 5Quinta-feira, 28 de abril de 2011 O GLOBO

O GLOBO ● O PAÍS ● PÁGINA 5 - Edição: 28/04/2011 - Impresso: 27/04/2011 — 20: 48 h AZUL MAGENTA AMARELO PRETO

Page 6: O Globo 280411

6 Quinta-feira, 28 de abril de 2011.

O GLOBO ● OPINIÃO ● PÁGINA 6 - Edição: 28/04/2011 - Impresso: 27/04/2011 — 21: 20 h

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SIP WAN

O G L O B O É A S S O C I A D O :

PRETO/BRANCO

O P I N I Ã O

Se ainda é acanhada a decisão do go-verno federal de bater o martelo pelaconcessão parcial à iniciativa privadados cinco principais aeroportos do

país, também é inegável que o movimento de-ve ser saudado como passo fundamental paradesbloquear gargalos. O dogma petista de ad-ministrar o sistema aeroportuário do paíscom obsessões ideológicas, em lugar deações efetivas para melhorar e aumentar a ca-pacidade operacional dos terminais, blo-queou desde o primeiro governo Lula quais-quer atos que afastassem a paquidérmica má-quina estatal da Infraero do setor.

Deu no que deu: apagões aéreos, com filasnos guichês, atrasos nos voos, serviços ine-ficientes e desconforto nos saguões. Ao au-mento da demanda de passageiros não cor-respondeu, em igual escala, o desenvolvimen-to da malha aeroportuária, a ponto de o radardo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada(Ipea) detectar nuvens pesadas na cabeceira

só devido aos dois grandes eventos esporti-vos internacionais: o próprio crescimento domercado interno exige soluções urgentes paraatender a uma demanda que se revela bemmaior que a atual capacidade operacional dosterminais. Desmanchar esse nó implica neces-sariamente rever o papel da Infraero no de-senvolvimento do setor no país.

Criada durante o ciclo militar com a pro-messa de funcionar com menos de mil empre-gados, a estatal transformou-se numa estrutu-ra com 20 mil funcionários — um cabide deempregos inchado ao extremo, onde sobramvagas para apaniguados de Brasília e falta efi-ciência (do que o caos no gerenciamento damalha aérea do país é prova inconteste). Por-tanto, deve-se saudar a mudança de hábito noPlanalto em relação à política aeroportuária,mas é fundamental que, dado o primeiro pas-so, o governo seja ágil e eficiente para evitar odesastre de pôr a perder a oportunidade demodernizar os aeroportos.

Concessão nos aeroportos é passo inicialde nove dos 13 aeroportos das cidades quevão sediar jogos da Copa em 2014. Segundo oórgão, mantido o atual ritmo da planilha deobras, sete deles só ficarão pron-tos em 2017, e dois em 2016 —fora do prazo para o Mundial, emesmo para as Olimpíadas. O es-tudo chama a atenção para oproblema do monopólio da In-fraero na administração dos ter-minais. Ela teria de passar porum choque de gestão para co-mandar os investimentos no se-tor, e não há mais tempo para is-so.

Espera-se que as preocupan-tes previsões sejam afastadascom a decisão da presidente Dil-ma de definir os modelos de concessão paraGuarulhos, Viracopos e Brasília, e ainda com aconclusão imediata de estudos para estendero projeto a Confins e ao Galeão. No entanto, a

mudança de rumo que se desenha, por si só,não acaba com os riscos de colapso do sis-tema aeroportuário. Corrigiu-se a rota, mas é

fundamental que o governo dêdemonstrações de ter capacida-de gerencial de agilizar os proce-dimentos que, de fato, possamatrair a iniciativa privada.

Este é o lado preocupante daequação: antes tarde do quenunca, quebrou-se o dogma, mascomo a decisão veio tarde (deve-se lembrar que o projeto deabertura da participação da ini-ciativa privada nos aeroportos fi-cou relegado às gavetas de Dil-ma Rousseff quando ela era a po-derosa chefe da Casa Civil), o go-

verno petista precisa mostrar uma agilidadegerencial que não apresentou nos oito anosde administração Lula, para o projeto de con-cessões parciais ser executado a tempo. E não

O governo tem de

mostrar agilidade

para implementar

o projeto em

tempo hábil

Ogrande crescimento do contin-gente do funcionalismo público éuma das marcas dos dois manda-tos de Lula. Em servidores con-

cursados, houve 115 mil admissões, elevan-do o quadro total para a faixa do milhão depessoas. Uma das justificativas foi a substi-tuição de empregados terceirizados. Mas, ajulgar pela evolução de despesas com estetipo de prestação de serviços, aconteceu ooposto: por exemplo, apenas com terceiri-zados contratados para o trabalho de copae cozinha, nestes oito anos, o gasto subiu245% acima da inflação. As cifras em valoresabsolutos não são grandes dentro de um Or-çamento contabilizado às centenas de bi-lhões, mas o percentual é sugestivo e coe-rente com uma política de rápida e desbra-gada expansão de gastos com pessoal.

O inchaço foi em todas as máquinas bu-rocráticas dos três poderes. Enquanto em

Da equipe da Pasta do DesenvolvimentoAgrário, convertida em capitania hereditáriade “movimentos sociais”, 63% são de servi-dores comissionados, nomeados sem con-curso, numa canetada, ou 330 pessoas comremuneração quase sempre superior à dosfuncionários de carreira. No Ministério daPesca, outro bunker companheiro, os cargosditos de confiança são quase 60% do quadrototal de 602 pessoas. Em Minas e Energia,sob influência de José Sarney, os postos co-missionados são 68% do total de cargos daPasta. Esta é outra faceta da má administra-ção de pessoal e despesas nestes últimos oi-to anos. Não houve preocupação com a qua-lidade do atendimento às demandas da so-ciedade, em todos os campos, e bilhões ser-viram para consolidar alianças político-elei-torais com corporações sindicais do funcio-nalismo, além de partidarizar ministérios eórgãos subordinados.

A farra dos cargos de confiança2002 a folha de salários dos servidores foi deR$ 75 bilhões, no ano passado atingiu a R$184 bilhões, mais de 80% de crescimentoreal. Outra justificativa: amplia-ção e melhoria dos serviços pú-blicos. Não se tem notícia nemde uma, nem de outra. A ofertade serviços continua deficiente,assim como a qualidade.

Há informações de ampliaçãode quadros em áreas de fato vi-tais, como a Educação — esco-las técnicas e universidades fe-derais — e Saúde. Mas, princi-palmente neste último setor, ogoverno continua deficiente,enquanto volta e meia há queminsista com a volta da CPMF, co-mo se o problema pudesse ser resolvido pe-la injeção de mais dinheiro do contribuintenuma estrutura mal gerenciada, regida por

normas esclerosadas e inspiradas no corpo-rativismo.

Outra válvula da gastança com pessoalsão os chamados “cargos deconfiança”, preenchidos, em ge-ral, por apadrinhamentos, vín-culos pessoais e/ou ideológicose políticos. Eram 18 mil em2002, aproximavam-se dos 22mil no final da Era Lula.

A estatística fornece a medi-da do aparelhamento, em al-guns casos, e da conversão deáreas do governo em cabidesde emprego a serviço do clien-telismo, em outros. Reporta-gem do GLOBO de domingotraz dados do Portal da Trans-

parência esclarecedores sobre o efeito doaparelhamento e do empreguismo clientelis-ta na montagem de equipes de ministérios.

Estatísticas

mostram os

efeitos do

empreguismo e

do aparelhamento

Não tem nada de mais

crofones, agredir fotógrafos, roubar oquanto quiserem, mas, cuidado, tem li-mite, é só enquanto não tem correge-dor. Isso aqui é sério!

Se ela podeA chefe da Polícia Rodoviária Fede-

ral, Maria Alice, perdeu a carteira demotorista. Estourou o limite de 30pontos. E só entregou a carteira de-

CARLOS ALBERTO SARDENBERG

Agente não pode querer o pa-drão japonês, pelo qual o di-rigente político ou empresa-rial se suicida quando é apa-

nhado fazendo alguma coisa muitoerrada. A verdade é que nem os japo-neses de hoje seguem essa regra. Ocomportamento em geral anda maisfrouxo. Mas os nossos políticos in-ventaram algo radical nessa linha, o“não tem nada de mais”.

O senador Requião arranca o grava-dor das mãos de um repórter porquese sentiu ameaçado pelas perguntas. Opresidente da Casa, José Sarney, expli-ca mais ou menos assim: pois é, me-lhor que não tivesse acontecido, mastambém não vamos exagerar, o Re-quião ficou nervoso, é assim mesmo.

Restrição à liberdade de imprensa?Imagine! Que é isso?Um assalto com violência física?Imagine! Só arrancou um gravador,

nem deu um soco, nem nada.De onde se pode concluir: se um

repórter se irritar com um pronun-ciamento de Sarney e achar que o se-nador está incomodando, fica autori-zado a arrancar-lhe o microfone.

Violação à imunidade parlamentar?Imagine!A pergunta que irritou Requião era

sobre sua aposentadoria como ex-go-vernador do Paraná — assunto quetambém está na categoria “não temnada de mais”.

O sujeito fica no cargo quatro anosou, vá lá, cansativos oito anos, e levauma aposentadoria integral. Nenhumtrabalhador comum consegue isso,mas, e daí? Reparem: o beneficiadoacha que nem precisa justificar a van-tagem obtida às custas do dinheirodos cidadãos. Toma o gravador de

quem pergunta e ainda se diz vítimade uma ofensa pessoal.

Passo seguinte, o repórter tenta le-var o caso para a Corregedoria do Se-nado, mas não vai dar. Sabe o que é,explica Sarney, ainda não deu paranomear o corregedor, então não háquem possa receber a denúncia.

Atenção, portanto, senadores: o jo-go está inteiramente liberado, os se-nhores e as senhoras podem tomar mi-

pois de notificada e denunciada.Qual o problema? Entre outras expli-

cações, disse que o carro em nome de-la, e que foi apanhado na série de in-frações, é usado por outros membrosda família. Daí o acúmulo de multas.

Ou seja, não tem nada de mais.Mas, reparem: estão nos dizendo

que a chefe da PRF e mais seus fa-miliares não cumprem as leis dotrânsito. E que, mesmo assim, elatem condições de chefiar a políciacuja função é cuidar para que os ci-dadãos respeitem aque-las regras.

Isso tudo em um paíscuja cultura de trânsitoreza o seguinte: você de-cide se pode passar umsinal vermelho, estacio-nar em baixo da placa deproibido, parar na fila du-pla etc. O argumento:não pode, certo, mas, sa-be como é, eu estavaatrasado, precisava pe-gar uma encomenda alimesmo, a criança não po-de ficar esperando na porta da escola.Não tem nada de mais.

Multado? Denuncie a indústria demultas. Há um novo excelente argu-mento: se a chefe da PRF cometeumais de 30 pontos...

Se ele podeO senador Aécio Neves foi apanha-

do numa blitz no Rio, de madrugada.Sua carteira estava vencida. E os po-liciais estavam aplicando o bafôme-tro nos motoristas interceptados.

A assessoria do senador explicou,primeiro, que ele não sabia que a car-teira estava vencida.

Ah!, então está tudo bem. Se ele

soubesse que a carteira estava ven-cida, aí sim, seria grave.

Portanto, se a polícia lhe apanharcom a carteira de outra pessoa, vocêpode alegar: puxa, seu guarda, nãosabia que não era a minha.

Carteira de motorista vale por cin-co anos, de modo que é até normaluma pessoa menos organizada nãoperceber que está vencida. Mas umsenador da República tem que fazertudo direitinho, não é mesmo? E, apa-nhado no erro, dizer que não sabia só

piora a situação.E por que não fez o tes-

te do bafômetro? Não foinecessário, explica sua as-sessoria, porque o sena-dor contratou um moto-rista para dirigir o carro apartir daquele momento.

Tudo considerado, ese Maria Alice, ela mes-ma, a chefe da PRF, apa-nhá-lo em excesso de ve-locidade, você explica:

1) não sabia qual era olimite de velocidade;

2) não é mais necessário multarporque você voltou a rodar abaixodo limite;

3) o carro é da família;4) todo mundo desrespeita a regra,

inclusive a senhora sabe quem.E, se ela insistir na multa, sinta-se

ofendido, arranque o talonário e aprocesse por bullying.

Se ainda assim for multado, peçaaos senadores Sarney e Requião umprojeto de lei de anistia para repararessa injustiça.

Não tinha nada de mais.

CARLOS ALBERTO SARDENBERG éjornalista. E-mail: [email protected];[email protected].

Marcelo

Requião

se irritou

e não explicou

a aposentadoria

de ex-governador

Page 7: O Globo 280411

OPINIÃO ● 7Quinta-feira, 28 de abril de 2011

O GLOBO ● OPINIÃO ● PÁGINA 7 - Edição: 28/04/2011 - Impresso: 27/04/2011 — 20: 48 h

O GLOBO

PRETO/BRANCO

VERISSIMOConcorrênciaameaçadaRENATO AYRES FONSECA

OBrasil ocupa o 5 o- lugarno ranking de produçãode automóveis e veículosleves, com mais de três

milhões de unidades. A frota circu-lante, cuja idade média é de 12,8anos, supera 34 milhões de auto-móveis conforme dados da Federa-ção Nacional da Distribuição deVeículos Automotores (Fenabra-ve). Decorre daí não apenas a im-portância para o país do mercadode produção de veículos, mas tam-bém dos mercados correlatos, sen-do o mais importante deles o de re-posição de autopeças, que sozinhomovimenta na economia nacionalalgo em torno de R$ 70 bilhões e acada dia ganha mais importância.

Com a abertura do mercado na-cional a partir de meados dosanos 90, com destaque para os úl-timos cinco anos, as grandes mon-tadoras multinacionais têm se vol-tado para este mercado de reposi-ção, provavelmente para recupe-rar nele uma lucratividade que foidiminuída com o acirramento con-correncial no mercado de vendade seus carros, ocorrida justa-mente com a concorrência queveio do exterior.

Para assegurar lucratividade nomercado de reposição, algumasmontadoras defendem o direito demonopolizar a reposição de peçasde seus veículos. Tal postura, nomínimo, contraria a história, já quetradicionalmente este mercadosempre foi livre, nele sempre exis-tindo sadia concorrência entre em-presas independentes das monta-doras e empresas delas dependen-tes (autorizadas). Justificam-se pe-lo argumento da exclusividadequanto ao design das peças deseus veículos, de modo que a pro-dução de peças de reposição ape-nas poderia ser feita diretamentepor elas ou por outra empresa porelas autorizada, o que significa, éclaro, delas dependentes.

Este interesse dessas montado-ras foi colocado em prática com ba-se em uma estratégia astuta, qualseja, alegar exclusividade do de-sign das peças, de modo que a re-posição apenas poderia ser feita di-retamente pela montadora ou poroutra empresa por ela designada.

Ocorre que na reposição, nasubstituição da peça, o design nãoimporta, pois o consumidor sem-pre irá comprar a peça que encaixeem seu veículo e lhe mantenha aaparência, tal qual ele a escolheuquando comprou o carro. É por is-so que no Brasil, há mais de 40anos, existe uma indústria inde-pendente das montadoras, quesempre livremente produziu peçasvoltadas à reposição.

A estratégia das montadoras sig-nifica eliminação completa destaconcorrência que sempre existiu.Sem concorrência, o consumidorserá escravizado, pois lhe será im-posto a fórceps o canal de distri-buição da montadora (muitas ve-zes insuficiente), além da imposi-ção nem sempre razoável e crite-riosa de preços (a diferença depreço entre uma peça autorizada euma fabricada no mercado inde-pendente pode chegar à metadedo valor).

É fácil perceber, neste cenário,que a luta pela existência das fa-bricantes independentes de auto-peças e por um mercado de repo-sição sadio é convergente com aluta dos consumidores por sua li-berdade de escolha. Em dezem-bro, o Conselho Administrativo deDefesa Econômica (Cade) afastouo argumento das montadorasFord, Fiat e Volkswagen de mono-pólio do mercado de reposiçãocom base em desenho das peças.A luta já durava três anos, tempono qual tais montadoras emprega-ram todos os seus esforços jurídi-cos e políticos para evitar a aber-tura de uma séria investigação desuas condutas. A investigaçãoagora ocorrerá no Sistema Brasi-leiro de Defesa da Concorrência(SBDC).

A Anfape e os consumidoresacompanharão atentos esta inves-tigação, da qual poderá resultar se-vera punição às táticas monopolis-tas das montadoras, bem como agarantia de um mercado livre e sa-dio, em benefício da indústria na-cional de fabricantes independen-tes de autopeças e dos milhões deconsumidores que dia a dia neces-sitam adquirir peças de reposição.

RENATO AYRES FONSECA é presidente daAssociação Nacional dos Fabricantes deAutopeças (Anfape).

Buuu

LAIS MENDES PIMENTELe PATRICIA ALMEIDA

Odebate sobre inclusão escolaravançou nas últimas semanasa partir de dois fatos: o anún-cio do “possível fechamento”

do Instituto Nacional de Educação deSurdos e do Instituto Benjamin Constant,para alunos cegos; e, o massacre de 12 jo-vens numa escola municipal de Realengopor um ex-aluno da instituição.

Não, o INES e o IBC nunca estiveram aponto de ser fechados. O que não significaque devam ficar imunes a mudanças pre-vistas pelo movimento mundial da inclu-são, que prevê a gradual extinção das es-colas especiais e incorporação dos alunoscom deficiência nas escolas regulares per-to de suas casas, direito inegociável inscri-to em nossa Constituição.

Há 17 anos o Brasil assinou a Declaraçãode Salamanca, assumindo um compromis-so internacional de promover a inclusão dealunos com necessidades educacionais es-pecíficas na rede regular de ensino, o quefoi ratificado na Convenção sobre os Direi-tos das Pessoas com Deficiência em 2008.

A educação básica é, então, direito de to-dos indiscriminadamente.

A segunda situação chocou o Brasil.Wellington Menezes, ex-aluno da Tasso

da Silveira, volta à escola e dispara 60 tiros,matando 12 crianças. Primeira reação: oassassino era um maluco! Logo, parentes eex-alunos da Tasso da Silveira revelaramque o rapaz tinha sabidos problemas psi-cológicos e fora vítima de bullying. O queWellington Menezes fez foi um acerto decontas. De vítima, ele passou a algoz.

Vem do Canadá o relatório que mostracomo escolas realmente inclusivas sãomais seguras.

“As raízes desse comportamento agres-sivo dos estudantes encontram-se em seussentimentos de alienação, no fato de nãoacharem que pertencem ao ambiente esco-lar. Este problema é agravado pelo fracassodas escolas em atender às necessidadeseducacionais e emocionais desses alunosque se sentem excluídos. É este tipo de si-tuação, em sua forma extrema, que propi-cia tragédias como as que ocorreram naColumbine High School e no Virginia Tech-nological Institute.”

No Brasil, salas de recurso foram criadaspara atender alunos com necessidades es-peciais. O que deve incluir também jovenssem diagnóstico de deficiência, mas queprecisam de uma atenção extra ministradapor uma equipe multidisciplinar. São alu-nos que sofrem abusos em casa ou mesmoque têm problemas psicológicos, como erao caso do Wellington Menezes.

Mas há quem seja contra a inclusãoescolar. São os que ignoram o quanto aeducação inclusiva estimula não só o“especial” como também educa a sensi-bilidade do aluno “não especial”. Fora osque preferem manter a alocação de vul-tosas verbas federais e o prestígio polí-tico das antigas instituições.

Quem defende a segregação com o ar-gumento de que a educação já é ruimsem inclusão está cometendo um peri-goso erro de lógica, uma inversão rudi-mentar da relação causa-efeito.

O preço da educação “exclusiva” é obullying. E ninguém está livre de ser umavítima dele.

LAIS MENDES PIMENTEL e PATRICIA ALMEIDAsão jornalistas e mães de crianças comsíndrome de Down.

Sem aspas, Garcia

Cavalcante

O preço daexclusão

DEMÉTRIO MAGNOLI

“Émesmo lamentável vero Brasil adotar essa po-sição”, reclamou SayadSajjadi, embaixador do

Irã na ONU, no dia 25 de março. Arepresentação brasileira votara a fa-vor de uma resolução patrocinadapelos Estados Unidos e diversos paí-ses europeus que institui um relatorindependente para investigar a vio-lação dos direitos individuais na di-tadura teocrática xiita.

“Não esperávamos isso do Bra-sil.” Na sua surpresa genuína, Sajja-di deixa entrever o diagnósticoque, por aqui, se procura ocultar: apolítica externa de Dilma Rousseffpromove uma ruptura conceitual,não um mero ajuste, em relação àde Lula. Dias atrás, no Palácio doItamaraty, a presiden-te esclareceu o senti-do da nova orienta-ção, conectando a de-fesa dos direitos hu-manos à pretensãobrasi leira de obteruma cadeira perma-nente no Conselho deSegurança da ONU.

Durante oito anos, oBrasil rejeitou todas asresoluções que conde-navam o Irã. Ano passa-d o , a l e g a n d o u m a“questão cultural”, absteve-se face àresolução que condenava o apedreja-mento de mulheres condenadas poradultério. “Eu sei que cada país temsuas leis, sua Constituição, sua religião— e, gostando ou não, temos que res-peitar o procedimento de cada país”,explicou Lula no momento da absten-ção ignóbil. O então chanceler CelsoAmorim, na sua característica arrogân-cia, deu um passo à frente para dizerque não votaria com a finalidade de“agradar a imprensa”. A mudança emcurso é indisfarçável, mas a facçãoderrotada tenta disfarçá-la para recon-quistar, no futuro próximo, uma in-fluência perdida.

Nas antigas enciclopédias soviéti-cas, lacunas narrativas ocupavam olugar de eventos históricos “indesejá-veis”. O assessor presidencial MarcoAurélio Garcia, em artigo consagradoà política externa do governo Dilma,publicado na edição de abril da revis-ta “Interesse Nacional”, simplesmentenão menciona a nova abordagem do

tema dos direitos humanos. Numa en-trevista, instado a falar sobre aquiloque o desagrada, atribuiu a reviravol-ta apenas a uma preferência pessoalda presidente, que refletiria seu pas-sado de prisioneira política. Ele falaaos tolos, supondo que todos o são.

Menos melífluo, o ex-chancelerAmorim admitiu que, provavelmente,votaria contra a resolução sobre o Irã,por considerá-la “política”. É, de fato,de política que se trata. Samuel Pinhei-ro Guimarães, o lugar-tenente de Amo-rim, num ensaio de 2002, qualificou apromoção dos “direitos humanos oci-dentais” como política destinada adissimular, “com sua linguagem huma-nitária e altruísta, as ações táticas dasGrandes Potências em defesa de seuspróprios interesses estratégicos”. Oadjetivo “ocidental”, agregado aos di-reitos humanos, é o sinal inconfundí-

vel de uma doutrina dejustificação dos regi-mes que violam siste-maticamente os direi-tos humanos.

Um artigo do diplo-mata Sergio Florêncio,também publicado na“Interesse Nacional”,mas em 2008, e devo-tado à defesa da abor-dagem dos direitoshumanos na políticaexterna de Lula, sinte-tiza exemplarmente

tal doutrina. Florêncio aponta umatensão entre “uma visão de fortale-cimento da universalidade dos direi-tos humanos” e “um olhar de preser-vação de identidades culturais con-sideradas ameaçadas por um mun-do globalizado” para, em seguida,denunciar os “propósitos políticos”das resoluções de condenação deregimes que criminalizam a opiniãopolítica, encarceram dissidentes, as-sassinam opositores. As passagenscruciais de seu texto poderiam serencampadas pelo governo chinêsou subscritas por Hosni Mubarak,Muammar Kadafi e Fidel Castro.

“O Brasil deveria mostrar que é umpaís independente, e não um país pe-queno que se curva aos interesses dosEstados Unidos”. A crítica, emitidaapós o voto contra o Irã, casualmentenão partiu de Amorim ou Garcia, masdo diplomata iraniano Mohammad Re-za Ghaebi. Dilma Rousseff pode usá-lacomo condecoração involuntária ofe-recida pelo representante de uma di-

tadura que borra, cotidianamente, afronteira entre civilização e barbárie.O voto brasileiro não é uma homena-gem aos interesses dos Estados Uni-dos, mas aos valores nacionais, pro-clamados pela nossa Constituição.

No seu artigo sobre política exter-na, Garcia cerca a expressão “interes-se nacional” com as aspas de uma ran-corosa ironia. Por meio de uma longadigressão em torno do óbvio, ensinaque o interesse nacional está sujeito acontrastantes interpretações, con-cluindo com uma afirmação tão vulgarquanto perigosa: “A política externa,como toda política, sempre dividiu edivide uma sociedade (...).” O interes-se nacional não é, evidentemente, umdogma inscrito em pedra. Mas, aocontrário do que imagina o ideólogo, aexperiência histórica das nações secondensa em valores coletivos e con-sensos duradouros. Quando a Consti-tuição os converte em princípios po-líticos, como no caso da prevalênciados direitos humanos nas relações in-ternacionais do Brasil, é preciso reco-nhecer a existência de um interessenacional não cerceado pelas aspas da“luta de classes”.

O discurso de Dilma Rousseff no Ita-maraty alinhou nossa política externaà prescrição constitucional — ou seja,ao interesse nacional. Nele, os direitoshumanos foram recolocados no seulugar: “Vamos promovê-los em todasas instâncias internacionais, sem con-cessões, discriminações ou seletivida-de, coerentemente com as preocupa-ções que temos a respeito em nossopróprio país.” A mensagem é cristali-na. As violações de direitos humanosnas democracias, inclusive na nossa,não invalidam os compromissos inter-nacionais com os direitos humanos.Guantánamo deve ser criticada, masnão mais será transformada em pre-texto para silenciar sobre as tiranias.

É uma mudança providencial, nahora em que os povos árabes se er-guem contra ditaduras tantas vezeselogiadas por Lula e Amorim, exigin-do precisamente o respeito às liber-dades políticas — isto é, aos direi-tos humanos “ocidentais”.

DEMÉTRIO MAGNOLI é sociólogo e doutorem geografia humana pela USP. E-mail:[email protected].

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Em artigo, ele

cerca “interesse

nacional” com

aspas de uma

rancorosa ironia

D iálogo urbano, no meio de umengarrafamento. Carro a carro.— É nisso que deu, oito anos degoverno Lula. Esse caos. Todo

mundo com carro, e todos os carros na ruaao mesmo tempo. Não tem mais hora depique, agora é pique o dia inteiro. Foramcriar a tal nova classe média e o resultadoestá aí: ninguém consegue mais se mexer. Enão é só o trânsito. As lojas estão cheias.Há filas para comprar em toda parte. E vátentar viajar de avião. Até para o exterior— tudo lotado. Um inferno. Será que nãopreviram isto? Será que ninguém se deuconta dos efeitos que uma distribuição derenda irresponsável teria sobre a popula-ção e a economia? Que botar dinheiro namão das pessoas só criaria essa confusão?Razão tinha quem dizia que um governo doPT seria um desastre, que era melhor emi-grar. Quem pode viver em meio a uma eu-foria assim? E o pior: a nova classe médianão sabe consumir. Não está acostumada a

comprar certas coisas. Já vi gente aper-tando secador de cabelo e lepitopi comose fosse manga na feira. É constrangedor.E as ruas estão cheias de motoristas no-vatos com seu primeiro carro, com aces-so ao seu primeiro acelerador e ao seuprimeiro delírio de velocidade. O perigosó não é maior porque o trânsito não an-da. É por isso que eu sou contra o Lula,contra o que ele e o PT fizeram com estepaís. Viver no Brasil ficou insuportável.

— A nova classe média nos descarac-terizou?

— Exatamente. Nós não éramos as-sim. Nós nunca fomos assim. Lula aca-bou com o que tínhamos de mais nosso,que era a pirâmide social. Uma coisa an-tiga, sólida, estruturada...

— Buuu para o Lula, então?— Buuu para o Lula!— E buuu para o Fernando Henrique?— Buuu para o... Como, “buuu para o

Fernando Henrique”?!

— Não é o que estão dizendo? Que tudoque está aí começou com o Fernando Hen-rique? Que só o que o Lula fez foi continuaro que já tinha sido começado? Que o gover-no Lula foi irrelevante?

— Sim. Não. Quer dizer...— Se você concorda que o governo Lula

foi apenas o governo Fernando Henriquede barba, está dizendo que o verdadeiroculpado do caos é o Fernando Henrique.

— Claro que não. Se o responsável fosseo Fernando Henrique eu não chamaria decaos, nem seria contra.

— Por que?— Porque um é um e o outro é outro, e

eu prefiro o outro.— Então você não acha que Lula foi ir-

relevante e só continuou o que o Fernan-do Henrique começou, como dizem osque defendem o Fernando Henrique?

— Acho, mas...Nesse momento o trânsito começou a

andar e o diálogo acabou.

Page 8: O Globo 280411

O GLOBO ● OPINIÃO ● PÁGINA 8 - Edição: 28/04/2011 - Impresso: 27/04/2011 — 20: 48 h

8 ● OPINIÃO Quinta-feira, 28 de abril de 2011.

DOS LEITORESO GLOBO

Pelo e-mail, pelo site do GLOBO, por celular e por carta, este é um espaço aberto para a expressão do leitor

AZUL MAGENTA AMARELO PRETO

O GLOBO acolhe opiniões sobre todos os temas.Reserva-se, no entanto, o direito de rejeitar acusa-ções insultuosas ou desacompanhadas de docu-mentação. Também não serão publicados elogiosou agradecimentos pessoais. Devido às limitaçõesde espaço, será feita uma seleção das cartas equando não forem suficientemente concisas, serãopublicados os trechos mais relevantes.

As cartas devem ser dirigidas à seção Cartas dosLeitores (O GLOBO — Rua Irineu Marinho 35, CEP20.233.900), pelo fax 2534-5535 ou pelo [email protected]. Só serão levadas em contacartas com nome completo, endereço e telefonepara contato, mesmo quando enviadas por e-mail.

A presidenteperde aoportunidadede demonstrarforça paramoralizar oserviço público— Marcos Pasche

● A presidente Dilma Rousseff comete umgrande equívoco ao privatizar os aeropor-tos. Perde ela uma grande oportunidade dedemonstrar força e habilidade administrati-va para moralizar o serviço público. Não hárelação direta entre intervenção da iniciati-va privada e resolução de problemas refe-rentes ao serviço público. O Metrô Rio com-prova isso diariamente.

MARCOS PASCHERio

● É isso aí, presidente Dilma! Vamos decolaresse Brasil! Privatizar aeroportos, rodovias,portos, estádios de futebol e o que for ne-cessário para que tenhamos orgulho dos fu-turos megaeventos e paremos de ficar an-siosos na expectativa de que o tempo urge.Não é uma questão de incompetência dequem ainda não consegue executar asobras, e sim parceria com quem já o faz ebem feito em seu cotidiano. Deixemos de la-do as oposições, porque realmente pareceque torcem para não dar certo, e sigamosavante, pois as vitórias serão nossas!

ANTONIO KÄMPFFERio

● Com a privatização dos aeroportos que apresidente Dilma determinou, urge que as li-deranças dos setores estatal e privado te-nham responsabilidade social para operacio-nalizar as soluções de nossos angustiantesproblemas de infraestrutura hoje existentes.

JOSÉ DE ANCHIETA NOBRE DE ALMEIDARio

● A incompetência da Infraero em cumprirprazos e desenvolver projetos que atendama demandas e compromissos internacionaisatinentes aos eventos negociados se deve aofato de o governo Lula ter substituído enge-nheiros e técnicos com background especí-ficos, por políticos e desempregados petis-tas. Deu no que deu. Agora, quando o tempomostra ser teoricamente inviável recuperar,o atual governo tenta trazer de volta os an-tigos diretores, alguns já atuando em empre-sas locais e no exterior. Torcemos para queum milagre ainda seja possível. Haja fé!

JESSE RIBEIRO DA SILVARio

Conselho de Ética● Renan Calheiros, processo tramitando emsegredo de Justiça; Romero Jucá, inquérito so-bre falsidade ideológica, crimes contra a or-dem tributária etc.; Gim Argello, processo porcrime contra a Lei de Licitações; Valdir Raupp,cinco ações contra ele tramitando no STF; Ma-rio Couto, inquérito no STF desde 2007; JaimeCampos, duas ações contra ele no STF; AcirGurgacz, inquérito que chegou ao STF em ja-neiro de 2010; Antonio Carlos Valadares, inqué-rito sobre crime eleitoral no STF desde 2007;João Alberto apoiou o ex-senador Jader Bar-balho antes de ser cassado; Lobão Filho, pro-cesso na corregedoria do Senado por suspeitade sonegação de impostos. Eu, Adelino Nasci-mento, nenhum processo ou inquérito emqualquer área jurídica, e sem indicação para otal Conselho de Ética! O que fiz de errado?

ADELINO DE ANDRADE NASCIMENTORio

● O Legislativo (Câmara e Senado) está escar-necendo, zombando mesmo do eleitor/contri-buinte. O primeiro nomeia Tiririca para o Con-selho de Educação e Cultura(!); o segundo vaide Renan, Jucá e outros menos votados para aComissão de Ética (!). Ou estão brincando, oua coisa é muito mais séria do que eu julgueique fosse. Vamos falar sério?

ANTONIO BANDEIRA CORRÊARio

● Só pode ser uma piada de mau gosto: RenanCalheiros, Romero Jucá e Gim Argello na Co-missão de Ética do Senado? Parece que colocaras raposas tomando conta do galinheiro é umaconstante nos governos que se seguem. Chegaa ser surrealista; bota qualquer Salvador Dali sesentindo um perfeito idiota. É, como diria aque-le comediante: o negócio é furunfar. É um es-cárnio o que estão fazendo com o nosso país.

ALEX XAVIER GALVÃORio

● Leio com desânimo e tristeza que, dos 15senadores que irão compor a Comissão deÉtica do Senado, oito respondem a processosou inquéritos no STF. Será que perdemos avergonha ou estão subestimando a inteligên-cia do eleitor? Um dia, a gente cansa e...

LUCINDA LUCIOLLA MAVILLIS FERRINHOPenápolis, SP

● Que moral terão esses senhores para julgarseus colegas? De sã consciência, Renan Calhei-ros e Romero Jucá — com uma ficha corridade maus serviços prestados à nação — pode-riam compor esse conselho? Das duas uma: ouesse conselho existe apenas para cumprir umaformalidade, ou esses senadores estão debo-chando do povo brasileiro. Num país sério, se-nadores dessa estirpe não estariam no Con-gresso. Estariam presos. Vergonha!

VICENTE SANTARÉMRio

● Após assistirmos pela TV o senador José Sar-ney dizer que o que aconteceu com o senadorRoberto Requião foi algo que pode acontecerem certos dias de nossas vidas, somos, no diaseguinte, brindados com a notícia de que o se-nador Renan Calheiros é indicado como mem-bro do Conselho de Ética do Senado, com in-clusive o beneplácito do sr. Lobão Filho, outroindicado para fazer parte deste “ilibado conse-lho” e que também é citado em denúncias deirregularidades. Quais são os parâmetros de re-ferência para a indicação de tal cargo?

ANTONIO FERRAZ CAVALCANTERio

‘Bullying’ político● O sr. Roberto Requião lançou uma nova mo-da para se proteger de eventuais críticas — o“bullying” político. E se ele coloca um projetono Congresso e é aprovado, daqui para a fren-te, nenhum político poderá ser criticado pelopovo, nem entre si, e aí vão ser mais chochasainda as sessões no Congresso, pois como di-zia Ulysses Guimarães, “em política, até brigaé ensaiada”. O que seria o mesmo que dizerque a hipocrisia vem de longe. O mais grave éo fato de o senador achar normal receber a talpensão, como tantos ex-governadores. Assim,concluímos que ele não é ele — ele é todomundo — sem personalidade.

JOÃO ROBERTO GULLINOPetrópolis, RJ

● O senador Roberto Requião (PR) toma oequipamento de um repórter, durante o exer-cício profissional, dizendo que sofria bullying.Se ele entende desse problema como entendedos demais, estamos muito mal. E se ele ageassim, agredindo e querendo inventar descul-pas para justificar seu ato, só porque a pergun-ta fazia referência ao absurdo direito de receberaposentadoria de ex-governador, estamos namesma condição e, aí, sim, sofrendo os efeitosde atos praticados por um bully (valentão).

JOÃO DIRENNAQuissamã, RJ

Imposto de Renda● Aos novos membros do Conselho de Éti-ca do Senado Federal, exemplarmente re-presentados pelos senhores Jucá, Calhei-ros e Argello, bem como aos demais parla-mentares, entre os quais o senhor RobertoRequião, vítima de “bullying” jornalístico;aos empertigados juízes do STF; aos em-preiteiros; aos “cumpanheros” que parasi-tam em ministérios, autarquias, estatais erespectivas fundações, cumpro o dolorosodever de informar que hoje paguei, em cotaúnica, o meu Imposto de Renda “devido”como cidadão, sem direito à assistênciamédica, segurança ou educação pública.

NELSON JOSÉ DE L. VALVERDERio

● Uma questão abordada por vários contri-buintes na coluna “Imposto de Renda”, destejornal, refere-se à possibilidade de deduzir nadeclaração de ajuste as despesas com paga-mento de mensalidades de plano de saúde defamiliares não dependentes, negada pelas nor-mas da Receita Federal. Tal fato representagrande injustiça contra o contribuinte, pois seo mesmo arca com tais despesas, presume-seque seu familiar ou os responsáveis legais domesmo não possuem rendimentos suficientespara tal. Pelo que sei, existe no Congresso umprojeto visando a permitir que o responsávelpelo pagamento das mensalidades possa de-duzir na declaração anual os valores despen-didos. Que tal projeto seja aprovado, para pôrfim a essa injustiça que muito concorre parasatisfazer a ganância da Receita Federal.

MANOEL FERREIRA DA COSTA FILHORio

Chuvas no Rio● Na década de 80, muito se falou emconstruir um túnel extravasor, transferin-do a água das enchentes do Rio Maracanãe afluentes para o mar, através do Costãoda Niemeyer. Na época, a ideia não foiadiante, mas hoje, 25 anos depois e ou-tras tecnologias disponíveis, poderia sera saída. Melhor ainda seria se, tal qual naÁsia, o mesmo túnel que levasse a águaem dias de chuva deixasse passar trens,devidamente projetado em sua seção. Se-ria o embrião de uma linha Leblon, Gávea,Praça da Bandeira, São Cristóvão, Fun-dão, Aeroporto do Galeão.

CLAUDIO VIANNARio

● Choveu muito? Choveu! No caminho paraa Rodoviária observo que a cidade estáimunda. Culpa da natureza? Não. Falta deeducação do povo? Sim. Falta de noções bá-sicas de higiene e solidariedade? Sim! Faltade serviços básicos que deveriam ser pres-tados pelo poder público? Sim! Será tão di-fícil cuidar da limpeza de córregos, rios ebueiros e do recolhimento do lixo, retiran-do-o das calçadas e fazendo a manutençãodas mesmas? Qual é a casa que não tem pe-lo menos uma faxina mensal? Onde estão osque deveriam ser responsáveis pela manu-tenção dos serviços básicos? Tenho a cer-teza de que a população paga por eles.

LÊDA REGINA AGUEDA MENDONÇARio

Canal e mosquitos● Em atenção à carta do leitor Ernesto Au-gusto Wolf (Canal assoreado, 22/4), a Subse-cretaria de Gestão de Bacias Hidrográficas(Rio-Águas) informa que a limpeza do canalda Avenida Visconde de Albuquerque estáprogramada e tem previsão de início paraesta semana. A intervenção contempla o tre-cho da Praça Sibelius até a Praça Rubem Dá-rio. Sobre a carta do leitor Luis de Andrade(Odor e mosquitos, 24/4), a subsecretaria in-forma que duas máquinas escavadeiras exe-cutam o trabalho de desassoreamento docanal: uma no Jardim de Alah, em constantefuncionamento; e outra na foz do canal daAvenida Visconde de Albuquerque, cuja lim-peza foi iniciada segunda-feira, 25/4, a fim dedesobstruir a saída da água para a praia.

THAINÁ HALACassessora chefe de Comunicação da Secretaria

municipal de Obras do Rio de Janeiro

Laços de amizade● Um mês se passou após o abalo sísmico doterremoto do Leste do Japão e a consequentecalamidade causada pela tsunami, que matoumais de dez mil pessoas. Ainda hoje, 14.866pessoas não foram encontradas e aproximada-mente 130 mil pessoas estão sendo obrigadasa viver em abrigos improvisados. Minha pro-funda condolência a todas as vítimas japone-sas e estrangeiras e a seus respectivos fami-liares. Quanto à situação da usina Daiichi, emFukushima, estamos mobilizando todos os re-cursos para resolver e estabilizar a situação omais rapidamente possível. Durante este ummês após o terremoto, o Japão tem passadopor um período bastante severo. Porém, aomesmo tempo, um período de gratidão. Atéagora, mais de 130 países e regiões, cerca de 40organismos internacionais, inúmeras ONGs epessoas do mundo inteiro têm manifestado so-lidariedade e ajuda financeira. Equipes de res-gate de vários países e regiões vieram ao Japãopara participar das atividades humanitárias,distribuindo alimentos, medicamentos e co-bertores. E, ainda, recebemos “senbazuru” decrianças de países distantes desejando a recu-peração das vítimas na regiões afetadas. Rece-bemos do Brasil uma calorosa mensagem dapresidente Dilma Rousseff, ajuda financeira dogoverno e várias outras manifestações deapoio e solidariedade do povo brasileiro. Pes-soas que têm familiares no Japão, ou que pos-suem ligações com o país devido ao trabalhoe, até mesmo, pessoas que não têm contato di-reto com o Japão têm demonstrado a sua so-lidariedade e apoio. Em nome do povo japo-nês, meu profundo agradecimento. O Japão vaise recuperar e será um país mais brilhante queantes. Um dia, com certeza, retribuiremos essacalorosa manifestação na forma de coopera-ção internacional. Para isso, pretendo empe-nhar-me ao máximo na reconstrução do país.

NAOTO KANprimeiro-ministro do Japão

As privatizações do PT● Eis que o governo do PT anuncia que os aeroportos de Guarulhos eViracopos (SP) e Brasília serão tocados pela iniciativa privada, através deconcessão; assim como Galeão (RJ) e Confins (BH), a médio prazo, tam-bém o serão; por ora, estuda-se o modelo. De verdade, foi abandonada aideologia petista pregada contra o modelo em três sucessivas campa-nhas, inclusive nesta última. Mudou a ideologia ou constataram que sãoincapazes de encontrar a solução para o gargalo aéreo, a falta de infraes-trutura, o overbooking, o desrespeito às ordens da Anac e, sobretudo, omedo de passar vergonha ante à Copa do Mundo e às Olimpíadas? Aguar-demos, conscientes e fiscalizadores, a efetivação da medida, pois a bu-rocracia e os ranços de processos licitatórios podem emperrá-la/dificul-tá-la/atrasar a sua concretização, o que não seria novidade.

JOSÉ LUIZ VILLAS BÔASRio

● A privatização de aeroportos pelo governoDilma é a admissão muito tardia de que estegoverno e o de Lula não tiveram competênciapara debelar o caos em que o setor se trans-formou nos últimos oito anos. Esgotada a sor-rateira justificativa de que os problemas sóocorreram porque os pobres passaram a an-dar de avião, recorre-se ao expediente das pri-vatizações, tão demonizado em campanhaseleitorais quando praticado pelos adversáriospolíticos do PT. É esse tipo de postura que temsido recompensado pelo voto do eleitorado.Enquanto o povo continuar sem memória, oPT vai insistir com o estelionato.

LUCAS SABOIARio

● Parabéns à presidente Dilma e ao ministroAntonio Palocci por desafiarem a ortodoxia doPT ao conceder parcialmente à iniciativa priva-da os cinco principais aeroportos internacio-nais do país. Os usuários agradecem e os bra-sileiros aguardam, com esperança, que outrostabus partidários sejam quebrados e possamosresolver os gargalos existentes em nossa eco-nomia de forma pragmática, sem os empeci-lhos ideológicos que só atrasam o progresso.

DIRCEU LUIZ NATALRio

● E agora, PT? Privatizar não era um atentadolesivo ao patrimônio nacional, coisa só cabívelnas mentes espúrias da oposição? Privatizarnão era medida excomungada por Dilma, Lula ePT, inclusive não foi assim nas últimas eleições?Serra defendia certas privatizações e vocês sócriticavam, acusando-o de interesses escusos edeturpando os evidentes resultados positivoscomo na telefonia etc. Para vencer uma eleiçãovale tudo, até mentir. Aí está!

LUIZ ANTONIO R. MENDES RIBEIROBelo Horizonte, MG

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N A I N T E R N E T E N O C E L U L A R

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COMENTÁRIO........................................................................................................................................................

NoTwitterJuízes param poraumento salarial“Sou servidor da JustiçaFederal, e, neste momento,a juíza com quemtrabalho saiu em razãoda ‘paralisação’ e hojenão vai trabalhar. Jáenviei processo comdecisão urgente para elaassinar, e ela mandourepassar amanhã para outrojuiz. Ou seja, não são osjuízes que fazem asdecisões e as sentenças,mas os servidores. Osjuízes somente as assinam,e, às vezes, leem. Para oJudiciário Federal andarrápido, é preciso valorizaros servidores, que estãohá três anos semaumento, ao contráriodos juízes.” — Carlos AlbertoMonteiro Junior, em comentário nosite do GLOBO.

Foto de Antônio dos Santos

APESAR DE o Código de Trânsito

Brasileiro prever que estacionar

na calçada é infração grave,

carros de uma comitiva da

Presidência da República — no

Rio, para o Fórum Econômico

Mundial para a América Latina

— foram flagrados no passeio da

Avenida Atlântica, em

Copacabana, ontem, pelo leitor

Antônio dos Santos. Segundo o

Palácio do Planalto, os carros, de

uma prestadora de serviços, estão

autorizados a parar em calçadas

para embarque e desembarque.

Como não era o caso, a

Presidência ordenou a retirada

imediata. — oglobo.com.br/eu-reporter

.........................................................................

AUDIÊNCIA● O post no blog da colunistaPatrícia Kogut sobre a viagem daatriz Cristiana Oliveira a Paris após“Insensato coração” foi o mais lidoontem no site, pelo segundo dia.

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MAIS COMENTADA● A reportagem sobre a paralisaçãodos juízes federais para cobrarmelhores condições de trabalho foia mais comentada pelos internautasnesta quarta-feira.

Na década de80, muito sefalou num túneltransferindo águadas enchentes doRio Maracanãpara o mar— Claudio Vianna

Manda ela rasgar dinheiro!(@wuilton_paiva )RT @JornalOGlobo: Promotorasuspeita de envolvimento nomensalão do DEM fez “aula” parafingir loucura.

Nós merecemos. (@mdialbuquerque)RT @JornalOGlobo: Sem Lei daFicha Limpa, João Capiberibe entracom ação no STF para garantirposse no Senado.

Ruim para eles, imagine o resto.(@Isonilda)RT @JornalOGlobo Juízes federaisrealizam paralisação por melhorescondições de trabalho.

Pois é, nós, cariocas, fazemos poronde. (@tiagoalencar47)RT @JornalOGlobo: Rio produzmaior quantidade de lixo do Brasil.

São essas pessoas que fazem ummundo melhor. (@talvanicabral)RT @JornalOGlobo: Criança inventacarrinho para ajudar coelhoparaplégico a se locomover.

Perdem a arte e a música!(@PauloCerri)RT @JornalOGlobo: Músicos nãocedem e OSB mantém demissão de36 integrantes da orquestra.

Siga: twitter.com/jornaloglobo

Page 9: O Globo 280411

O PAÍS ● 9Quinta-feira, 28 de abril de 2011 O GLOBO

O GLOBO ● O PAÍS ● PÁGINA 9 - Edição: 28/04/2011 - Impresso: 27/04/2011 — 21: 34 h AZUL MAGENTA AMARELO PRETO

Pensões do INSS por morte devem mudarPara ministro da Previdência, há ‘frouxidão total’ no controle dos benefícios; cortes podem atingir também setor público

Eliane Oliveira

● BRASÍLIA. O ministro da Previ-dência, Garibaldi Alves Filho,confirmou ontem que o gover-no pretende fazer ajustes paraacabar com irregularidades nopagamento de pensão pormorte. Ele revelou que asações não se limitarão aoINSS, atingindo também o sis-tema previdenciário do setorpúblico. A informação sobremudanças no pagamento debenefícios a viúvas foi anteci-pada há pouco mais de ummês pelo GLOBO.

Segundo ele, há uma “frouxi-dão total” no Brasil em relaçãoa pensões por morte, na arre-cadação da dívida ativa e nanegociação de imóveis em no-me do ministério. Técnicos daárea econômica reforçaramessa preocupação, dizendoque as regras atuais dão mar-gem a distorções, incluindo opagamento indevido de pen-são vitalícia e o acúmulo debenefícios.

— A (mudança) abrange osetor público também. O setorpúblico, sabemos, tem umamassa que recebe baixos salá-rios, mas na pirâmide há altossalários e não há praticamenteteto, que é no Empire State —ilustrou.

Mudança em estudo nãoterá efeito retroativo

Garibaldi citou como exem-plo um casal de promotores.Disse que, após a morte domarido, a mulher acumulou apensão do marido.

— O que queremos é estancara sangria no futuro — enfatizou,acrescentando que os proble-mas da Previdência não se resu-mem a pensão por morte.

— Não podemos só falar daspensões, pois corremos o ris-co do maniqueísmo de dizerque as viúvas são o problema.

Também não posso dizer quevamos curar todos os malesda Previdência, mas queroconseguir botar a Previdêncianos trilhos da modernidade —completou o ministro.

O ministro esclareceu que,independentemente do queestá sendo estudado, serãopreservados os direitos adqui-ridos dos atuais contempla-dos. Ou seja, não está previstaretroatividade. Garibaldi disseque está em estudo a venda deimóveis de sua pasta. Masponderou que é preciso caute-la, para evitar que a a aliena-ção resulte em novas fraudes.

— Se você visitar qualquercapital do país, verá que essesprédios estão no centro das ci-dades, alguns sem prestar ne-nhum serviço à própria Previ-dência. Temos que resolver is-so — afirmou.

Ele informou ter levado àárea econômica do governo anecessidade de pagar os apo-sentados que ganharam, noSupremo Tribunal Federal(STF), o direito de correçãodos benefícios com base no te-to fixado no ano em que seaposentaram. Trabalhadoresaposentados entre 1998 e 2003buscaram o STF sob o argu-mento de que de seus benefí-cios, na época, não foram cal-culados pelo teto vigente.

— O orçamento do ministé-rio tinha reservado R$ 2 bi-lhões para esse pagamento,mas o dinheiro foi cortado porocasião do contingenciamen-to — disse Garibaldi, acres-centando que a decisão judi-cial contempla cerca de 150mil aposentados. ■

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PF prende 9 acusados de fraudesCom beneficiários fictícios, grupo deu prejuízo de R$ 120 milhões ao INSS

Divulgação/ Polícia Federal

MATERIAL APREENDIDO pela PF: foram encontrados R$ 73 mil, além de documentos falsificados

Dandara Tinoco

● Nove pessoas acusadas defraude contra o INSS foram pre-sas ontem na Operação Highlan-der, realizada pela Polícia Fede-ral no Rio. A quadrilha, que já te-ria causado prejuízo de ao me-nos R$ 120 milhões, utilizava be-nefícios de pessoas que nuncaexistiram. As prisões ocorreramem São Gonçalo, na Região Me-tropolitana do Rio, Búzios e Ca-bo Frio, na Região dos Lagos.

A PF tinha 12 mandados deprisão preventiva. Três pessoascontinuam foragidas. Foram en-contrados R$ 53 mil em uma re-sidência e R$ 20 mil em outra,além de documentos. Segundo oMinistério da Previdência Social,esta é a maior fraude contra o

INSS nos últimos cinco anos.As investigações foram inicia-

das em 2009, a partir de denún-cia anônima. Segundo a PF, o es-quema foi montado entre 1983 e1994, antes da informatizaçãodo INSS, mas cerca de 340 bene-fícios continuavam ativos atéhoje. Três então servidores daagência da Previdência Social deSão Gonçalo conceberam o es-quema. Dois deles já morreram,e um foi preso na operação.

O esquema teria envolvidoainda um quarto servidor doINSS, responsável por atualizaras dados dos beneficiários fictí-cios. Ele faleceu em 2009.

Segundo a PF, desde 2005, aquadrilha, que tinha ainda cercade cem benefícios inativos, pas-sou a recorrer à Justiça Federal

para reativá-los. Os fraudadoresvão responder por estelionato,formação de quadrilha e falsifi-cação de documentos. A opera-ção foi batizada de Highlanderem referência ao personagemdo guerreiro imortal, já que asdatas de nascimento dos supos-tos beneficiários eram alteradasperiodicamente, de modo quenunca deixassem de existir.

Também ontem foi realizadono Tribunal de Justiça do Rioum leilão com parte dos bens deJorgina de Freitas, que coman-dou fraude de R$ 1 bilhão contrao INSS na década de 90. A vendade seis imóveis arrecadou R$ 2milhões. Um casarão de Petró-polis foi arrematado por R$ 930mil. Há outros 60 imóveis de Jor-gina que serão reavaliados. ■ .

Centrais vãopressionarCâmara

● BRASÍLIA. Depois das fes-tas do Primeiro de Maio,as centrais sindicais vãoiniciar uma mobilizaçãopara tentar impor a vota-ção, na Câmara, de umapauta de interesse dos tra-balhadores: redução dajornada de trabalho de 44para 40 horas, mudançasno fator previdenciário ouo seu fim, regulamentaçãodo trabalho terceirizado ea votação da Convenção158 da OIT (OrganizaçãoInternacional do Traba-lho), que dá garantias con-tra a demissão imotivada.

Os presidentes das cen-trais discutiram a pautaontem com o presidenteda Câmara, Marco Maia(PT-RS), e avisaram que asmobilizações, na Casa enos estados, serão intensi-ficadas. A estratégia é ini-ciar votações no segundosemestre, após negociaçãocom líderes e setores em-presariais. Maia é ex-meta-lúrgico e tem dito que quermarcar sua gestão com avotação de pontos da pau-ta trabalhista. Aos sindica-listas, deixou claro que épreciso negociar.

O presidente da ForçaSindical, deputado PauloPereira da Silva (PDT-SP),diz que os trabalhadoresvão pressionar o Congres-so, que tem entre seusmembros mais de 270 em-presários e apenas 73 sin-dicalistas.

braziltour.com

O segredo de uma grande celebraçãoé chamar todo mundo para participar.Exatamente como o Brasil faz.

“Brazil iscallingyou.Celebrate lifehere.”éotemadacampanhainternacional

na qual o Brasil convida turistas de todo o mundo para celebrar a vida

aqui. E os números não deixam dúvidas quanto ao seu sucesso. Hoje, o

turismo no Brasil cresce acima da média anual. Em 2010 recebemos

7,5% mais visitantes do que em 2009 e as receitas com negócios, lazer

e eventos cresceram 11,58%, chegando a US$ 5,919 bilhões. Provas de

que os esforços do Ministério do Turismo, EMBRATUR e empresários

do setor do turismo estão no caminho certo. Verdadeiros recordes

e motivos de muita comemoração.

Page 10: O Globo 280411

10 ● O PAÍS 2ª edição • Quinta-feira, 28 de abril de 2011O GLOBO.

O GLOBO ● O PAÍS ● PÁGINA 10 - Edição: 28/04/2011 - Impresso: 27/04/2011 — 23: 46 h AZUL MAGENTA AMARELO PRETO

Ministros do STF: falta ideologia aos partidosTribunal decide que vaga aberta por licença de parlamentar deve ser ocupada pelo suplente da coligação

Carolina Brígido

● BRASÍLIA. Por dez votos a um,o Supremo Tribunal Federal(STF) decidiu ontem que a vagade deputado federal afastado de-ve ser preenchida pelo suplenteda coligação, e não pelo do par-tido. A decisão não vai mudar aatual configuração de cadeirasna Câmara, pois essa orientaçãojá vinha sendo tomada pela Me-sa Diretora, mesmo tendo o Su-premo determinado a posse dealguns suplentes de partidos emdecisões liminares (provisórias).No julgamento de ontem, algunsministros aproveitaram para cri-ticar a falta de ideologia dos par-tidos brasileiros — que hoje so-mam 27 e, em breve, a lista ga-nhará mais um: o PSD.

Desde janeiro, tem sido alvode polêmica a substituição dedeputados que deixaram a Câ-mara para assumir outros car-gos. Até o início deste mês, oSTF recebeu 16 ações pedindogarantia de posse para suplentesde partidos e coligações. Em li-minares, a Corte estava dividida:cinco ministros beneficiaram su-plentes de partidos e quatro, decoligações. O presidente da Câ-mara, Marco Maia (PT-RS), man-teve o entendimento da Casa dedar preferência a coligações.

A decisão de ontem foi toma-da no julgamento de duas ações.Numa delas, Carlos Victor daRocha Mendes (PSB-RJ), que éprimeiro suplente do partido,queria assumir a vaga deixadapor Alexandre Cardoso (PSB-RJ), secretário de Ciência e Tec-nologia do estado do Rio. Emoutra ação, o primeiro suplentedo PPS de Minas, HumbertoSouto, buscava assumir a vagade Alexandre Silveira (PPS-MG).

A relatora, ministra CármenLúcia, mudou de ideia e defen-deu o direito dos suplentes dascoligações. Em decisões limina-res, ela havia determinado a pos-

se de substitutos de partidos:— As coligações se sobre-

põem durante o processo eleito-ral. Não há de se confundir or-dem de suplência com o tema dafidelidade partidária, cuja obser-vância se dá no âmbito estritoda relação partido e candidato.

Concordaram com CármenLúcia os ministros Luiz Fux, Joa-quim Barbosa, José Antonio Tof-foli, Ricardo Lewandowski, Car-los Ayres Britto, Gilmar Mendes,Ellen Gracie, Celso de Mello e opresidente da Corte, Cezar Pelu-so. Marco Aurélio Mello defen-deu os suplentes de partidos.

Ao longo da sessão, ministrosafirmaram que os partidos bra-sileiros carecem de ideologia.

— A grande falha no sistemaeleitoral brasileiro é a total au-sência de ideologia dos partidospolíticos. Se os partidos assu-missem posturas definidas, nãoteríamos os problemas que te-mos hoje, que são essas coliga-ções ‘sopa de letras’, que não fa-zem com que os eleitos se sin-tam minimamente vinculados aqualquer programa partidário.Nós hoje temos esses partidosfragmentados, que significammuito pouca coisa a respeito deideologia — disse Ellen Gracie.

Cezar Peluso concordou:— Todos os partidos têm

um programa, o problema éque nenhum deles segue o seuprograma...

— Todos os programas sãomuito parecidos, de modo que oeleitor não tem grandes opções— completou Ellen Gracie.

Hoje, há 48 titulares afastadosna Câmara. Dos 48 suplentes, 22são de partidos diferentes do ti-tular. Eles teriam de deixar oscargos caso a decisão do STFfosse favorável às legenda. ■

O GLOBO NA INTERNET

a Infográfico traz as principaismudanças da reforma políticaoglobo.com.br/pais

Filho de fundador do PSDB admiteengrossar grupo de dissidentesRicardo Montoro, aliado de Kassab, diz que se sente sufocado no partido

Flávio Freire

● SÃO PAULO. A crise instaladano PSDB aumenta a cada dia.Filho do ex-governador paulis-ta Franco Montoro, um dosfundadores do partido, o tuca-no Ricardo Montoro admitiuontem a possibilidade de en-grossar o grupo de dissiden-tes e deixar o PSDB. Aliado doprefeito Gilberto Kassab, Mon-toro não descarta se filiar aoPSD, mas faz mistério sobre osnovos passos. Depois doanúncio de que seis vereado-res e o ex-deputado WalterFeldman deixariam a legenda,Montoro disse que se sente su-

focado num partido em que“não tem voz”.

Assim como os colegas quesaíram do PSDB com críticas àcúpula tucana, Montoro acre-dita que a debandada pode au-mentar no ninho tucano. Se-gundo ele, nos últimos doisanos os integrantes da legendapassaram a ser perseguidos. Asituação, disse ele, começou ase tornar insustentável em2008, depois que parte dos tu-canos decidiu apoiar Kassabna eleição municipal. O tucanoGeraldo Alckmin, que concor-reu contra Kassab e perdeu,não teria até hoje digerido oque considerou traição.

— É difícil para um políticoque tem atuação política estarnum partido que não o quer. Nãodigo que o governador (Alck-min) estaria por trás dessa per-seguição, mas pessoas que o ro-deiam — afirmou ele, numa ten-tativa de contemporizar os atri-tos com Alckmin, já que aindapretende conversar com a dire-ção tucana antes de bater o mar-telo sobre a troca de partido. ■

O GLOBO EM SMSReceba notícias de política diretono seu celular. Envie um torpedocom o texto OGLPOL para 50020R$ 0,10 por mensagem (maisimpostos). Até 3 notícias por dia. .

Mensalão:STF apurarávazamento

● BRASÍLIA. O ministro Joa-quim Barbosa, do Supre-mo Tribunal Federal(STF), determinou ontema abertura de inquéritopara apurar o vazamento,para a imprensa, do rela-tório da Polícia Federalcom novas informaçõessobre o mensalão, o es-quema de pagamento depropina por parte do go-verno Lula a parlamenta-res. O ministro quer saberquem foram os responsá-veis pelo vazamento paraa revista “Época”, já queas investigações estão emsegredo de Justiça.

O pedido de aberturade inquérito foi feito pelobanqueiro Daniel Dantas,há duas semanas. Dantas écitado no documento ela-borado pelo delegado LuizFlávio Zampronha. O rela-tório da PF foi enviado aBarbosa e faz parte do in-quérito 2.174 — uma dasfrentes investigativas domensalão no Supremo.

Há duas semanas, Bar-bosa concedeu a Dantaso direito de consultar aspeças do inquérito, jáque é um dos investiga-dos. O banqueiro aindanão teve nas mãos o rela-tório da PF, pois o docu-mento está com o procu-rador-geral da República,Roberto Gurgel. No rela-tório, a PF relata o cami-nho do dinheiro queabasteceu o mensalão.

Gustavo Miranda/30-04-2009

CÁRMEN LÚCIA, a relatora: “Não há de se confundir ordem de suplência com o tema da fidelidade partidária”

Lula agradece apoio durante criseSem citar mensalão, ex-presidente lembra ‘momento difícil’

● SÃO PAULO. Em discurso noCongresso Nacional dos Meta-lúrgicos da CUT, o ex-presidenteLula fez um agradecimento aomovimento sindical por defen-der o governo em “um momentodifícil” de sua gestão, mas semcitar o escândalo do mensalão.

— Num momento difícil, nummomento de crise delicada nopaís, quem assumiu a defesa dogoverno não foi nenhum jornal,nenhuma televisão ou um em-presário. Foi exatamente o movi-mento sindical e popular que as-sumiu a defesa do governo.

O apoio dos sindicalistas em2006, auge do mensalão, foi importante parapermitir a reeleição de Lula. Recentemente, opresidente da CUT, Artur Henrique, lembrou daimportância de manter a articulação sindicalativa para o momento em que “acabar o namo-ro” da presidente Dilma Rousseff com a mídia.

Lula pediu mobilização de todos para serem“guerreiros contra a inflação” e tolerância emeventuais erros de Dilma, que “é nossa”:

— Ela vai precisar tanto ou mais do que eu(de apoio). Além de ser do meu partido, elaé mulher. Já estão tentando inventar diver-gências entre nós. Não existe possibilidade

de divergência entre eu e a Dilma (sic).Ele elogiou as medidas de Dilma e de sua

equipe econômica sobre a inflação.— Vocês tem de fazer com o governo Dilma

o que fizeram com o meu governo. Sei que asvezes ficaram chateados ou decepcionados.Podemos cometer um erro, mas é nosso. Se elacometer um erro, ela é nossa — disse.

Lula ainda ironizou a oposição:— Oposição é o bicho mais fácil de crescer.

Oposição é que nem carrapicho. Eu fui opo-sição a vida inteira. A gente cresce sem nin-guém precisar plantar.

Eliária Andrade

LULA, com o sindicalista Carlos Grana, discursa para metalúrgicos

NOTA

● MAESTRO DEMITIDOO maestro Júlio Medaglia,de 73 anos, foi demitidoanteontem da TV e RádioCultura depois de 24 anosde trabalho à frente deprogramas de música eru-dita da emissora estatalpaulista. Ontem, ele disseque foi demitido pelo pre-sidente da Fundação Pa-dre Anchieta, mantenedo-ra das emissoras, JoãoSayad. Segundo o maes-tro, Sayad não lhe fez pro-posta alternativa para re-novação de contrato. Já aFundação Padre Anchietareafirmou comunicado di-vulgado anteontem: “Fo-ram oferecidas a ele algu-mas alternativas”.

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Page 11: O Globo 280411

O PAÍS ● 11Quinta-feira, 28 de abril de 2011 O GLOBO

O GLOBO ● O PAÍS ● PÁGINA 11 - Edição: 28/04/2011 - Impresso: 27/04/2011 — 20: 48 h AZUL MAGENTA AMARELO PRETO

Page 12: O Globo 280411

12 ● O PAÍS Quinta-feira, 28 de abril de 2011O GLOBO.

O GLOBO ● O PAÍS ● PÁGINA 12 - Edição: 28/04/2011 - Impresso: 27/04/2011 — 21: h AZUL MAGENTA AMARELO PRETO

Jarbas: ‘Senado parece que busca o suicídio’Parlamentar pernambucano critica a presença no Conselho de Ética de senadores que respondem a processo na Justiça

O P I N I Ã O

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RECADO

Turismo ainda em cruzeiroPedro Novais faz definição confusa da sua pasta

Bolsonaro voltaa polemizar eofende Jean Wyllys● BRASÍLIA. O deputado Jair Bol-sonaro (PP-RJ) voltou a causarpolêmica ontem. Dessa vez, eleprovocou bate-boca na Comis-são de Direitos Humanos ao cri-ticar mais uma vez o que bati-zou de “kit gay”, material produ-zido pelo Ministério da Educa-ção para combater a homofobianas escolas. Ao perguntar ao mi-nistro da Justiça, José EduardoCardozo, que era ouvido em au-diência pública, sobre o materialdo MEC, Bolsonaro atacou indi-retamente o colega Jean Wyllys(PSOL-RJ), parlamentar que sedeclara homossexual, é profes-sor e estava presente à sessão.

— Uma pessoa já disse aquique as melhores professorasque teve foram as prostitutas.Tem professor que é gay. Seráque é bom também ? — afirmouBolsonaro, advertido pela presi-dente da comissão, ManuelaD’Ávila (PCdoB-RS).

— Não aceitarei provocação.O senhor se faz de ingênuo —disse Manuela, afirmando queBolsonaro atacava Jean Wyllys.

— Fui profundamente ofen-dido — disse Wyllys.

— Estou sendo vítima de pre-conceito contra heterossexual— rebateu Bolsonaro.

Cardozo disse que a escola éo local ideal para se aprender arespeitar as pessoas. ■

● BRASÍLIA. O senador JarbasVasconcelos (PMDB-PE), o úni-co a votar contra as indica-ções dos partidos para o Con-selho de Ética — que incluem,por exemplo, Renan Calheirose Romero Jucá —, disse ontemque o Senado parece caminharpara o precipício:

— Tem hora que acho que oSenado busca o suicídio. OConselho de Ética ter entreseus integrantes parlamenta-res que respondem a processona Justiça ou que já foram alvode representações na Casa éum verdadeiro deboche.

O Conselho de Ética do Se-nado foi instalado ontem nu-ma sessão rápida, que elegeucomo presidente o senadorJoão Alberto (PMDB-MA), umdos mais fiéis aliados do pre-sidente José Sarney (PMDB-AP). Dos oito titulares do novoconselho que respondem ou járesponderam a inquéritos noSupremo Tribunal Federal(STF), apenas dois optarampor se defender ontem peran-te os demais colegas. AntonioCarlos Valadares (PSB-SE), porexemplo, destacou que seuprocesso já teria sido arquiva-do desde 2009.

Já Jayme Campos (DEM-MT),eleito vice-presidente, que res-ponde a dois inquéritos no STFpor peculato e crime contra a leide licitações, argumentou que“são poucos os homens públicoshoje no país que não respondema qualquer tipo de processo, emrazão da falta de critérios e irres-ponsabilidade de representantesdo Ministério Público”.

O líder do PMDB, senador Re-nan Calheiros (AL), outro titularque responde a pelo menos umprocesso no STF e já enfrentoucinco representações no próprioConselho de Ética, preferiu nãose manifestar durante a sessão.Na saída, ironizou perguntas daimprensa sobre se ele se consi-derava apto a julgar colegas de-pois de ter respondido a açõesnaquele colegiado.

— Eu não entrei no Conselho,eu já era integrante dele. Aliás,nunca deixei de ser. Agora seráque acham pouco eu ter sidoabsolvido cinco vezes pela Ca-sa? — retrucou Renan, referin-do-se às três representaçõescontra ele arquivadas pelo Con-selho de Ética e às duas absol-vições no plenário do Senado,em processos por quebra dedecoro parlamentar.

Criado em 1993, o Conselhode Ética só foi instalado trêsanos depois. De 1996 até 2009,o órgão recebeu cerca de 30representações e denúnciascontra parlamentares, dasquais apenas duas resultaramem punições efetivas. ■

Ailton de Freitas

PEDRO NOVAIS: “os romanos diziam ‘humanus definutus periculosa’”

● A PRESENÇA de Renan Calheiros, Romero Jucá, Gim Ar-gello e outros de prontuário semelhante no Conselho deÉtica do Senado é bastante sugestiva.

SERVE PARA deixar claro quem manda na Casa.

CORREÇÃO

Ailton de Freitas

RENAN CALHEIROS (à esquerda) conversa com Romero Jucá durante a instalação do Conselho de Ética

● No inquérito 2629, queapura crime eleitoral e ain-da tramita no Supremo, aparte relativa ao senadorAntonio Carlos Valadares(PSB-SE) foi arquivada, dife-rentemente do que publicouO GLOBO ontem. A relatora,a ministra Cármem Lúcia,

declarou em 30 de junho de2009 “a extinção da punibi-lidade em relação ao sena-dor”, arquivando a açãocontra ele. Em agosto de2010, o caso foi considerado“transitado em julgado”. OMinistério Público Federalrequereu o arquivamento.

Maria Lima

● BRASÍLIA. Em sua estreia pú-blica como ministro do Turis-mo, na Comissão de Desen-volvimento Regional e Turis-mo do Senado, para falar so-bre os planos para atrair tu-ristas, Pedro Novais onteminiciou sua exposição lendoum longo texto para mostrarquão nanica é sua pasta. Dis-se que não vai apitar nada nasdecisões centrais sobre a Co-pa e as Olimpíadas, e que aúnica incumbência de seu mi-nistério é capacitar 306 milprestadores de serviços.

Como se estivesse atrasadoalguns anos na História, maisde duas vezes se referiu aoreal como cruzeiro e recorreu a uma citação ro-mana em latim de mais de dois mil anos paradizer como é difícil definir: o que é turismo?

— O dicionário tem uma definição quenão satisfaz. Os romanos, há dois mil anos,já diziam “humanus definutus periculosa”,mas vou me arriscar a dizer o que é: ir fazerum check-up no Incor, hospedar-se no Fasa-no e ver a Bienal é turismo — disse PedroNovais para um plenário quase vazio.

Nem mesmo a autora do requerimento, Lí-dice da Mata, ficou para a exposição.

E o que é o Ministério do Turismo? Novais,então, começou a desfiar um rosário de lamen-tações sobre o orçamento, cortado quase nasua totalidade pela equipe econômica. Disseque é um ministério pequeno, com 250 funcio-nários e um orçamento inicial de R$ 3,7 bilhões,que, com o contingenciamento e cortes de 85%,caiu para R$ 570 milhões. E os restos a pagar, deR$ 3,6 bilhões, também foram cortados.

Mesmo agradecendo o apoio dos poucospresentes, que também reclamaram dos cor-tes e da desidratação da pasta, Pedro Novaisdisse que está conformado e não se abate:

— Não reclamo nada. Sou um obediente ser-vidor e ainda aplaudo a presidente Dilma! —disse o aliado do presidente José Sarney.

Mesmo porque não teve oportunidade dereclamar. Até hoje ele não conseguiu umaaudiência com Dilma.

— Ela não me recebeu porque não pedi. Jáestive em várias reuniões, mas conversa depé de ouvido, não tive — admitiu.

Ao abordar o déficit da conta turismo noBrasil, disse que a culpa é da supervaloriza-ção da moeda brasileira, o “cruzeiro”:

— Muitos criticam o fato de mais brasileirosirem à Argentina do que argentinos virem aoBrasil. Mas esta falha não é do Ministério doTurismo. É do cruzeiro supervalorizado — dis-se Novais, depois corrigindo para real.

Requião já vetou lei decombate ao bullyingAnteontem, porém, ao se defender por teratacado a imprensa, ele se disse vítima

Adauri Antunes Barbosa

● SÃO PAULO E BRASÍLIA. O depu-tado estadual Douglas Fabrí-cio (PPS), do Paraná, fez umpronunciamento ontem na As-sembleia Legislativa manifes-tando sua estranheza à recla-mação do senador RobertoRequião (PMDB-PR), que afir-mou estar sendo vítima de bul-lying por parte da imprensa,depois de arrancar um grava-dor das mãos de um repórterque o entrevistava. Requião,que foi governador do Paraná,vetou em 2007 um projeto deDouglas que autorizava a cria-ção de um programa estadualde combate ao bullying.

— Achei muito estranho o se-nador Requião, com aquele jei-tão dele, aquele tamanhão todo,reclamar de bullying. Como elepode alegar que está sofrendobullying se foi contra o combateao bullying no Paraná? — argu-mentou o deputado.

Aprovado em todas as co-missões e pelo plenário da As-sembleia Legislativa, o projetode Douglas Fabrício foi elabo-rado quando se começava adiscutir o assunto no Brasil.

— Queria colocar o Paranána vanguarda do tema, come-çando a discussão sobre esseassunto — explicou ontem.

Mas, para decepção do depu-tado, o então governador Re-quião vetou a proposta no dia

24 de dezembro de 2007. As ale-gações eram de que o projetoera “contrário aos interesses pú-blicos”, sem mais explicações, eque a Secretaria estadual daEducação já tinha programasequivalentes, no Grupo de En-frentamento da Violência e nasaulas de Sociologia.

— Na verdade ele vetou por-que eu estava na oposição. Elearrumou esses argumentos co-mo poderia ter utilizado qual-quer outro — resumiu Douglasque, informou, já reapresentouo projeto este ano e espera queseja sancionado pelo atual go-vernador Beto Richa (PSDB).

Advogado do Senado analisapedido de retratação

O presidente do Senado, JoséSarney (PMDB-AP), decidiu on-tem encaminhar para o advoga-do-geral da Casa, Alberto Cas-cais, a representação do Sindi-cato dos Jornalistas Profissio-nais do Distrito Federal contra osenador Roberto Requião. A en-tidade solicita que o Senado fa-ça uma advertência ou censurepublicamente o parlamentarpor ele ter tomado um gravadordas mãos do jornalista VictorBoyadjian, da Rádio Bandeiran-tes, quando este o entrevistavaem plenário. Em seu despacho,Sarney pede a manifestação daAdvocacia Geral do Senado. ■

COLABOROU: Adriana Vasconcelos

Page 13: O Globo 280411

O PAÍS ● 13Quinta-feira, 28 de abril de 2011 O GLOBO

O GLOBO ● O PAÍS ● PÁGINA 13 - Edição: 28/04/2011 - Impresso: 27/04/2011 — 22: 05 h AZUL MAGENTA AMARELO PRETO

Por uma cidade mais sustentávelQualidade de vida será tema da 25a- edição do Prêmio Jovem Cientista

Catarina Alencastro

● BRASÍLIA. Sustentabilidade nas cida-des é o tema da 25a- edição do PrêmioJovem Cientista, lançado em solenidadeontem que também celebrou os 60 anosdo Conselho Nacional de Desenvolvi-mento Científico e Tecnológico (CNPq).O concurso vai premiar este ano os me-lhores trabalhos sobre qualidade de vi-da, mobilidade nas cidades, gestão daágua no meio urbano e impacto das mu-danças climáticas, entre outros. Jovenscientistas serão premiados em quatrocategorias: graduado, estudante do en-sino superior, estudante do ensino mé-dio e mérito institucional.

Além disso, há uma menção honrosapara o pesquisador com título de dou-tor que tenha se destacado por sua tra-jetória na área relacionada ao tema doprêmio, promovido pelo CNPq em par-ceria com a Fundação Roberto Mari-nho, a Gerdau e a GE. Além do prêmioem dinheiro — R$ 30 mil para o 1o- lugarda categoria graduado, R$ 15 mil para omelhor trabalho de ensino superior, elaptops para os três melhores trabalhosde estudantes do ensino médio —, osvencedores ganharão bolsas de estudo

do CNPQ e receberão o prêmio dasmãos da presidente Dilma Rousseff, emcerimônia no Palácio do Planalto.

O prêmio Jovem Cientista tem histó-ria. Há 30 anos, o engenheiro HenriqueSarmento Malvar ganhava pela primeiravez. Na época, o prêmio era uma inicia-tiva da instituição americana MarconiFoundation e da Fundação Roberto Ma-

rinho, que decidiu reeditá-lo. Professorde engenharia elétrica da Universidadede Brasília, Malvar desenvolveu estudosobre filtros eletrônicos sintonizáveis,técnica para “limpar” o ruído de grava-ções telefônicas. Ele tinha só 24 anos.

Malvar conta que o importante foi aprojeção que teve após a premiação. Na-quele mesmo ano, ganhou uma bolsa de

estudos para o Massachussetts Instituteof Technology (MIT). Depois, voltou aoBrasil para dar aulas na UnB e retornouaos Estados Unidos como vice-presiden-te da Picture Tel, empresa que criou oprimeiro sistema de videoconferência.Há 14 anos trabalha na Microsoft e é ho-je o cientista-chefe da empresa:

— Acho que o Jovem Cientista foi oinício de um processo. Tinha um traba-lho publicado, mas não tinha nome. Foibem importante. Tenho amigos que atéhoje me chamam de jovem cientista.

As inscrições para o prêmio serão de2 de maio a 31 de agosto, pela internetou pelos Correios. O regulamento com-pleto e a ficha de inscrição estão no site<www.jovemcientista.cnpq.br>.

HENRIQUE MALVAR , hoje (na foto menor)

e quando ele foi o ganhador da primeira

edição do Prêmio Jovem Cientista, em 81

Arquivo Dilma lança hojePronatec e anuncia120 novas escolas● BRASÍLIA. A presidente DilmaRousseff lança hoje o ProgramaNacional de Acesso ao EnsinoTécnico (Pronatec), destinado àcapacitação técnica e profissio-nal de jovens e adultos, numaresposta à demanda por mão deobra qualificada no país. A metaé formar 3,5 milhões de trabalha-dores até 2014, começando esteano com 500 mil, com foco nosalunos do ensino médio, reinci-dentes do seguro-desemprego ebeneficiários do Bolsa Família.

O governo também conce-derá incentivos às empresasprivadas para qualificação deseus quadros. As ações se con-centrarão nos setores mais ne-cessitados de profissionais es-pecializados, como constru-ção civil, tecnologia da infor-mação e serviços (hotelaria egastronomia, por exemplo).

Os cursos de formação serãooferecidos pelos institutos fe-derais de ensino técnico, porescolas estaduais e pelo Siste-ma S (Senai e Senac, por exem-plo). No evento, no Palácio doPlanalto, será anunciada a cria-ção de 120 novas escolas técni-cas federais no país. ■

Delúbio já participa hoje de uma reunião do PTDutra se reúne com Dilma no Alvorada disposto a anunciar que vai renunciar à presidência do partido

Gerson Camarotti e Maria Lima

● BRASÍLIA. Cinco anos e seis me-ses após ter sido banido do par-tido pela operação do mensalão,o ex-tesoureiro do PT DelúbioSoares volta hoje ao convíviodos antigos companheiros. Os84 membros do Diretório Nacio-nal do PT estão prontos paraaprovar seu pedido de refiliação,mas, antes, ele vai tratar pessoal-mente de sua situação numa reu-

nião reservada da correnteConstruindo um Novo Brasil(CNB). Será decidida junto comos companheiros da CNB, cor-rente majoritária do PT, a conve-niência de aprovar sua volta jáneste fim de semana, junto coma delicada renúncia do presiden-te da sigla, José Eduardo Dutra.

Na época do mensalão, o Di-retório Nacional aprovou relató-rio do conselho de ética que in-dicava a exclusão de Delúbio do

partido por 37 votos a favor, 16contra e três abstenções. A pre-visão é que sua volta seja apro-vada por pelo menos 59 votos.

— Há alguma resistência dacorrente Mensagem. Nessesquase seis anos, Delúbio não so-freu qualquer condenação. Euachava melhor que sua voltaacontecesse após o julgamentodo processo. Mas a maioria doDiretório concorda com sua vol-ta já — informou o líder do PT

no Senado, Humberto Costa.— O Delúbio segurou tudo

calado. Eu não fui beneficiada(com repasses do mensalão),mas eu voto a favor de sua vol-ta — argumentou a senadoraMarta Suplicy (PT-SP).

A reunião do grupo majori-tário com Delúbio aconteceráno mesmo dia em que a Execu-tiva Nacional do PT decidirá apauta do Diretório Nacional,de amanhã e sábado.

Na reunião do Diretório, Du-tra deverá apresentar um qua-dro detalhado de seu estado desaúde e do tratamento que vemrealizando para justificar a re-núncia ao cargo. Ele se reuniuontem à noite com a presidenteDilma Rousseff no Alvorada, pa-ra comunicar primeiro a ela adecisão de renunciar.

O Planalto quer uma soluçãorápida para a substituição do co-mando do partido. Dilma e o ex-

presidente Lula já avisaram à cú-pula petista que a sucessão temque ser imediata, sem espaçopara disputa interna.

Humberto Costa já recebeu oaval de Lula para assumir o co-mando do partido. Mas essa elei-ção só ocorrerá se houver umconsenso entre os dirigentes dopartido. Se as divergências inter-nas continuarem, o mais prová-vel é que seja marcada nova reu-nião do diretório em 30 dias. ■

Page 14: O Globo 280411

14

R I OQuinta-feira, 28 de abril de 2011O GLOBO

.

O GLOBO ● RIO ● PÁGINA 14 - Edição: 28/04/2011 - Impresso: 27/04/2011 — 22: 14 h AZUL MAGENTA AMARELO PRETO

Volta olímpica ao passadoPrefeitura resgata projeto dos anos 90 para desafogar Barra-Zona Sul; Jogos terão rodízio

Luiz Ernesto Magalhães

A prefeitura decidiu desarqui-var um projeto viário do fimdos anos 90 para reorganizaro trânsito entre a Barra da Ti-

juca e a Zona Sul a tempo dos JogosOlímpicos de 2016. A ideia é construiruma terceira faixa em vão livre e alar-gar os túneis do Joá e de São Conradona parte superior do Elevado do Joá(ou das Bandeiras). As obras vão co-meçar em 2013 e devem durar pelomenos dois anos, já que terão que serexecutadas principalmente durante amadrugada.

O projeto foi aprovado ontem du-rante uma reunião no Palácio Gua-nabara com a delegação do ComitêOlímpico Internacional (COI), queestá no Rio supervisionando o anda-mento dos projetos. Ainda não sesabe quanto custará a intervenção.

O plano apresentado pelo secretá-rio municipal de Transportes, Alexan-dre Sansão, recebeu sinal verde doconsultor do COI para transportes,Philippe Bovy. Ficou decidido tam-bém que será implantado um sistemade rodízio para carros de passeio emdois trajetos da ligação Barra-ZonaSul, entre a Avenida Ministro IvanLins e a Praça Sibelius e o cruzamen-to das Avenidas Niemeyer e DelfimMoreira. O rodízio acontecerá tantodurante os Jogos Olímpicos (de 5 a 21de agosto de 2016) quanto nas Parao-limpíadas (de 7 a 18 de setembro). Osistema prevê ainda outras restriçõespara carros particulares, para estimu-lar a população a usar os transportescoletivos .

— Na pista inferior do Joá, uma dasfaixas ficará reservada para os coleti-vos que deixam a Barra. A segundafaixa vai operar em sistema reversívelpara o deslocamento da família olím-pica. Os carros de passeio vão circu-lar pela parte superior do elevado e,ao chegar em São Conrado, serão des-viados para a orla. A Avenida Nie-meyer vai operar durante os eventosapenas no sentido Leblon. No sentidoBarra, a orientação do trânsito nãovai mudar para carros de passeio ecoletivos. As três faixas serão opera-das com reversíveis ao longo do diaconforme a demanda por sentido—detalhou Sansão.

COI queria soluçãopara acesso à Barra● O plano pôs fim a uma longa discus-são iniciada durante o processo decandidatura do Rio aos Jogos Olímpi-cos de 2016. Na avaliação do COI, aligação Barra-Zona Sul era o principalproblema do projeto do Rio, e por is-so cobravam-se soluções. O governoestadual decidiu construir a Linha 4do metrô, que deve entrar em opera-ção comercial em maio de 2016. Ain-da assim, o COI entendeu que a so-lução era insuficiente.

Antes, várias alternativas foram es-tudadas, como a duplicação da Lagoa-Barra, a implantação de um corredorde BRTs (faixa exclusiva para ônibusarticulados segregada do trânsitonormal) e a implantação de uma ter-ceira faixa na Avenida Niemeyer.

— Acreditamos que a solução en-contrada foi a que trará melhoriaspara o tráfego na região depois das

Olimpíadas. E que, ao mesmo tem-po, não cria a ameaça de transfor-mar a Zona Sul num corredor depassagem do trânsito de veículosque saem ou chegam à Barra da Ti-juca — disse o prefeito EduardoPaes, que acompanhou a reunião.

O secretário de Transportes acredi-ta que o projeto escolhido é o queprovocará o menor impacto urbanís-tico e ambiental. Sansão não descar-tou a necessidade de adoção de rodí-zio em outros pontos da cidade paraatender às necessidades dos Jogos.Ele lembrou que, durante as Olimpía-das, serão decretadas férias escola-res, o que já reduz o número de veí-

culos em circulação.Ainda não está decidido se o rodí-

zio na ligação Zona Sul-Barra seráidêntico ao de São Paulo — em cadadia útil, carros com dois finais de pla-cas são proibidos de circular a cadadia útil em alguns corredores — ou seserá aplicada outra limitação.

— O problema é que a Lagoa-Bar-ra recebe hoje 40 mil veículos emcada sentido, e nós precisamos re-duzir essa demanda em até 40% (16mil carros a menos) para implantaro sistema — disse o secretário.

Sobre o aproveitamento da tercei-ra faixa no Joá depois das Olimpía-das, Sansão explicou que serão fei-

tos estudos para decidir como elapoderá ser mais bem utilizada. Umadas hipóteses a ser estudada é seela poderá ser usada como corredorexclusivo para a circulação dotransporte coletivo.

O secretário municipal de Obras,Alexandre Pinto, acrescentou que,antes das obras de alargamento, oElevado do Joá passará por uma re-forma que inclui reforço estruturaldos pilares que sustentam a estru-tura. As obras, que custarão cercade R$ 6 milhões, começam no se-gundo semestre e foram propostaspor um estudo contratado pela pre-feitura à Coppe/UFRJ.

— Pelo projeto, essa terceira fai-xa terá 20 metros de largura. A Geo-Rio está aproveitando as interdi-ções do túnel para manutenção afim de fazer sondagens que vão aju-dar a definir, por exemplo, se pode-mos alargar o trecho de túneis ape-nas escavando por um lado da pa-rede rochosa. As informações servi-rão de base para licitar o projetoexecutivo da obra, que deve ser li-citado ainda este ano e contratadoprovavelmente em 2012 — acres-centou o secretário de Obras.

Origem dos recursosnão está definida● O custo total da obra ainda estáem fase de levantamento. Como setrata de um projeto que não era pre-visto do dossiê da candidatura, tam-bém ainda não está definido se osrecursos virão da prefeitura ou deoutra esfera pública.

A questão será debatida a partir dainstalação oficial da Autoridade Públi-ca Olímpica (APO). O presidente daAPO, Henrique Meirelles, acompa-nhou ontem a reunião, ainda na con-dição de observador. Escolhido parao cargo pela presidente Dilma Rous-seff, Meirelles explicou que, para serefetivado do cargo, ainda terá quepassar por uma sabatina no Senado.O prefeito Eduardo Paes informouainda que a economista Maria SilviaBastos Marques foi escolhida por elepara ser a Autoridade Olímpica Muni-cipal na estrutura da APO. ■

Centro da seleção de malas prontasCBF cogita construir complexo em outro estado

ENTENDA O PROJETO

Túneldo Joá

Elevadodo Joá

Túnel deSão Conrado

Estrad

a doJoá

Estrada do JoáSÃO CONRADO

BARRA DATIJUCA

ELEVADO DO JOÁ

Pista para ônibussentido Zona Sul

Nova pistaproposta

Reversível para afamília olímpica

Pista paraônibus Sentido

Zona Sul

Reversívelpara a família

olímpica

Ganhará uma terceira pista.As três pistas superioresserão reversíveis conformeo tráfego

TÚNEISPistas superioresOs carros de passeio e ônibus(sentido Barra) vão circular pelaparte superior dos túneis. As trêsfaixas serão operadas comoreversíveis ao longo do diaconforme a demanda

Pistas inferioresUma operará em reversívelpara a família olímpica e aoutra será usada pelos ônibusno sentido Zona Sul

Pista paraônibus Sentido

Zona Sul

Reversívelpara a família

olímpica

SentidoZona Sul

SentidoBarra

Reversível

SentidoZona Sul

SentidoBarra

Reversível

Nova pistaNova pistapropostaproposta

Nova pistaproposta

Pistasinferiores

Pistasuperiores

SÃO CONRADO

BARRA DATIJUCA

.

Obra chegou aser licitadaem 2000

● A proposta de construiruma terceira faixa no Elevadodo Joá surgiu na administra-ção de Luiz Paulo Conde(1997-2000). No ano 2000, aobra chegou a ser licitada,mas o projeto acabou sendoabandonado por falta de re-cursos. Em 2001, o então se-cretário municipal Eider Dan-tas apresentou outra ideia pa-ra ampliar a capacidade doelevado. Uma nova pista seriaconstruída por baixo dasduas existentes, com três fai-xas, sendo a do meio reversí-vel. Assim, duas pistas sem-pre seriam destinadas ao flu-xo maior: Barra-São Conradopela manhã e São Conrado-Barra no fim da tarde.

Em 2003, Eider apresentououtra proposta, arquivada de-vido a críticas de associaçõesde moradores da Zona Sul e doMinistério Público. O planoconsistia em construir umanova pista, com duas faixas,escavada no paredão rochoso.Além disso, dois novos túneisseriam abertos ao lado dos jáexistentes. A pista operariasempre como reversível nosentido de maior tráfego.

REFORMAS: pelo

projeto da

prefeitura, o

Elevado do Joá

ganhará uma

terceira pista em

vão livre; a

proposta já foi

aprovada pelo

Comitê Olímpico

Internacional

Divulgação/ 14-4-2011

INVASÃO: casas construídas irregularmente, com apoio de milicianos, dentro do terreno comprado pela CBF

● O presidente da CBF, Ricardo Teixeira, disseontem que o novo Centro de Treinamento daseleção brasileira, planejado para ser cons-truído num terreno no Recreio dos Bandeiran-tes já para a Copa das Confederações, em2013, pode ser transferido para um estado vi-zinho, provavelmente São Paulo ou Minas Ge-rais. O motivo é o impasse judicial em tornodo terreno comprado pela CBF no Recreio,disputado entre o empresário que vendeu aárea e um posseiro. A 19a- Câmara Cível do Tri-bunal de Justiça já reconheceu que a área per-tence ao empresário, e o processo retornou à7a- Vara Cível da Barra, que determinou umaperícia no terreno. Mesmo passados quaseseis meses da decisão em segunda instância,a sentença ainda não saiu. Devido ao imbró-glio jurídico, Teixeira admitiu que o Museu doFutebol e o hotel também projetados na área

não ficarão prontos para a Copa.Teixeira acrescentou que o prazo limite pa-

ra o terreno ser liberado é agosto. O novo CTsubstituirá a Granja Comary, em Teresópolis,como espaço oficial de preparação da seleçãobrasileira para os seus compromissos. Alémdo impasse judicial, a área onde fica o terrenoestá sendo invadida com a proteção de umamilícia, e pelo menos 30 casas já foram cons-truídas irregularmente .

Márcio Magalhães, diretor da construtoraAndrade Gutierrez, contratada para executar oprojeto, explicou que as obras do CT exigirãosoluções complexas de engenharia, devido aalgumas características do terreno. E, à medidaem que o tempo passa, o custo das obras tendea aumentar, para que tudo seja entregue em ja-neiro de 2013 conforme previsto. O plano ori-ginal era iniciar as obras em outubro de 2010.

Marco Antônio Cavalcanti/ 11-1-2010

Page 15: O Globo 280411

RIO ● 15Quinta-feira, 28 de abril de 2011 O GLOBO

O GLOBO ● RIO ● PÁGINA 15 - Edição: 28/04/2011 - Impresso: 27/04/2011 — 22: 07 h AZUL MAGENTA AMARELO PRETO

Agência reguladora investigacaso de agressão no metrôEmpresa disse que procedimento de seguranças foi padrão

Ediane Merola

● A Agência Reguladora deServiços Públicos Concedidosde Transportes Aquaviários,Ferroviários, Metroviários ede Rodovias do Estado do Rio(Agetransp) abriu um proces-so para apurar as responsabi-lidades de seguranças e de umusuário do metrô envolvidosnuma confusão, anteontem ànoite, dentro da estação emB o t a f o g o . P o r v o l t a d a s18h30m, o auxiliar de jardina-gem Gabriel Gonçalves, de 35anos, foi acusado por agentesde ter pulado a roleta para nãopagar a tarifa e acabou arras-tado para dentro de uma sala,onde diz ter sido agredido. To-dos os envolvidos no inciden-te prestaram depoimento nacentral de flagrantes da 13a- DP(Copacabana), onde ambas aspartes registraram ocorrên-cia. O caso foi encaminhadopara a 10a- DP (Botafogo).

Concessionária muda versãocom divulgação de imagens

A confusão, presenciada porvários usuários, foi filmada pelorepórter Rogerio Coutinho, daTV Globo. As imagens mostramque, após passar pela catraca, opassageiro foi abordado por umsegurança e puxado pelo braço.Um grupo saiu em defesa de Ga-briel, que foi arrastado pela ca-misa e pela mochila.

Num primeiro momento, aconcessionária divulgou nota in-formando que “o passageiro ten-tou pular o torniquete e foi de-tido pelos agentes de segurança,em procedimento de acordocom as normas, sem uso indevi-do de força”. Após a exibiçãodas imagens, no entanto, a em-presa mudou o tom e disse estar“apurando com rigor o inciden-

te”, ressaltando que seus funcio-nários são treinados para agir“sem uso indevido de força”.

A Metrô Rio ainda divulgouuma terceira nota, 24 horas de-pois do ocorrido, pedindo des-culpas à população e informan-do que os seguranças foramafastados das funções até a até acompleta apuração dos fatos.

Segundo a concessionária, aestação Botafogo passou por re-formas e as câmeras ainda nãoforam reinstaladas. As imagensfeitas pelo repórter, no entanto,mostram várias pessoas saindoem defesa de Gabriel. Mesmoassim, o homem é empurradopara dentro de uma sala de vi-dro. As imagens não mostramclaramente, mas numa das ce-nas é possível vê-lo deitado nochão, se contorcendo de dor epassando a mão sobre uma mar-ca na lateral do corpo, que pa-rece ser um hematoma.

No momento em que Gabrielé levado para a sala, as imagensmostram um outro homem rece-bendo uma “gravata” de um se-

gurança. Segundo um amigo, oacusado teria usado o cartãoRiocard de um colega para pas-sar pela roleta. Um segurança,com cassetete na mão, tentouimpedir que o repórter fizesseas imagens, mas não conseguiu.Um outro agente agrediu verbal-mente os usuários.

Hoje haverá audiência públi-ca na Assembleia Legislativapara discutir a qualidade dosserviços públicos, e a confusãoocorrida no metrô será abor-dada. Os deputados tambémquerem se reunir com repre-sentantes da concessionária,no dia 9, para que prestem es-clarecimentos sobre a forma-ção dos agentes. Os seguran-ças e os agredidos também se-rão convidados para apresen-tarem suas versões.

Em abril de 2009, quatro agen-tes de controle da SuperVia fo-ram flagrados pela TV Globo es-pancando passageiros com so-cos, chutes e chicotadas. Elesforam demitidos e a empresamultada pela Agetransp. ■

Reprodução da TV Globo

GABRIEL GONÇALVES (de azul) é agarrado por seguranças do metrô

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Educação de qualidade é formar profissionais,sem nunca esquecer que também está formando pessoas.

Pelo Dia da Educação. Pela educação todos os dias.28 de abril: Dia da Educação.

Page 16: O Globo 280411

16 ● RIO Quinta-feira, 28 de abril de 2011O GLOBO.

O GLOBO ● RIO ● PÁGINA 16 - Edição: 28/04/2011 - Impresso: 27/04/2011 — 22: 06 h AZUL MAGENTA AMARELO PRETO

Daniel Klajmic

LUÍZA BRUNET,nossa musa

eterna, tão

linda aos 48

anos, parece

irmã, repare,

da filha

Yasmin, de

22. As

duas modelos

posam juntas,

aqui, para

o mesmo

trabalho.

Serão as

estrelas, veja

que legal,

da campanha

de Dia das

Mães de

uma grife

internacional

de produtos

de beleza,

que começa

a ser veiculada

domingo

agora. Faz

sentido

Fla acerta a horaDepois da CBF, que anun-

ciou contrato com os relógiosParmigiani, agora é o Flamen-go que fecha acordo com outramarca suíça de luxo, a Hublot.

A grã-fina, que também pa-trocina o clubão inglês Man-chester United, vai lançar a li-nha Fla Bang, para comemo-rar os 30 anos da conquistado título mundial do Fla.

Segue...Serão apenas 250 unidades

do relógio — cada um, acredi-te, ao preço de R$ 40 mil.

O clube ganhará US$ 300 milpelo licenciamento, mais US$160 mil de verba publicitária.

Marriot FlaPor falar em Flamengo, o

botafoguense Eike Sempre EleBatista negocia a bandeiraMarriot para o hotel que pre-tende criar na antiga sede ru-bro-negra no Morro da Viúva.

Pelo acordo, o empresáriodeve reformar o Ninho do Uru-bu, centro de treinamento dotime de futebol profissional doclube, em Vargem Grande.

Nosso dinheirinhoA dupla César Menotti e Fa-

biano desembarcou ontem às17h30m num hangar de jati-nhos em Brasília.

À espera dos artistas, umcarro do Senado, placa 0073,do senador Magno Malta.

Aeroporto de NacalaA Odebrecht assina hoje o

primeiro contrato de financia-mento de infraestrutura entreBrasil e Moçambique, via BN-DES, para construção do aero-porto de Nacala.

Negócio de US$ 110 milhões.

Morar bemO mercado imobiliário no

Rio cresce sem parar, sem pa-rar, sem parar.

O número de licenças dadaspela prefeitura no primeiro tri-mestre superou em 22% o domesmo período de 2010, que jáhavia sido um recorde dos últi-mos 30 anos. Foram licenciadas1.220.000m² de novas obras.

Tem pediatra?A Secretaria estadual de Saú-

de do Rio investiga um supostoesquema de pediatras e orto-pedistas fantasmas no HospitalGetúlio Vargas, na Penha.

A suspeita é a de que saláriosde cerca de dez médicos, quenunca apareceram na unidade,foram parar no bolso de um al-to funcionário do hospital.

Rei das QuentinhasAriadne Coelho e seus três

filhos com o finado empresá-rio Jair Coelho, o Rei dasQuentinhas, entraram comagravo de instrumento contrao inventariante judicial LuizMarcondes Baptista Teles.

Acusam Teles de “dilapidar opatrimônio da família” por tervendido, contra a vontade deles,terreno de 85.000m² na Av. Brasilà empresa de ônibus Pégaso.

Prótese penianaA 7a- Câmara Cível do Rio de-

terminou que a Unimed indeni-ze em R$ 10 mil e dê uma pró-tese peniana a um seguradoque ficou impotente por causade um câncer de próstata.

Segundo o desembargador Jo-sé Geraldo Antônio, a prótese se-mirrígida oferecida pela empresaimplicaria “em constrangimentopara o autor, pela dificuldade deocultá-la em locais públicos, so-bretudo em piscinas e praia”.

Faz sentido.

Tá liberadaO juiz Alberto Fraga deu ha-

beas corpus que garante ao pes-soal da Marcha da Maconha odireito de expressar suas ideiasno ato do dia 7, na orla carioca.

Na prática, a medida protegeos manifestantes de possíveisprisões por apologia às drogas.

ZONA FRANCA● O ex-deputado Carlos Alberto Caó deOliveira criou o blog Do Olhar Negro.● Embaixador Jerônimo Moscardo dápalestra hoje no Clube da Aeronáutica.● Enoteca Fasano estreia na Expovinis.● Marcos Vilaça coordena oseminário Brasil, Brasis, hoje, na ABL.● A American Airlines procura novoespaço para reabrir loja em Ipanema.● Victor Biglione é o convidado dehoje do Jazz no Albamar.● Mediado por Osias Wurman, um de-bate sobre o Oriente Médio celebraráos 63 anos de Israel, dia 15, no Copa.● Jurandy da Feira, autor de clássicosde Luiz Gonzaga, relembra tempos doEmpório com show, hoje, no I Piatti.● O novo check-up do Centro de Me-dicina Nuclear da Guanabara é coor-denado pelo professor Eduardo Duarte.

Gois em BuckinghamO vestido de casamento de

Kate Middleton é, como se sa-be, segredo de Estado.

Mas, no casório de Diana como príncipe Charles, em 1981, osegredo atrapalhou. O vestidoda princesa era rodado demais,com sete metros de cauda, e acarruagem, estreita. Resultado:ao descer, o povão gritou: “Ih,está toda amarrotada!”

Quem conta...A história está no best seller

“Diana, crônicas íntimas”, dajornalista inglesa Tina Brown.

Outra de realeza...Há dúvidas sobre o tempo,

amanhã, em Londres, para ocasamento de William e Kate.

Conta a lenda que, no dia docasamento de Grace Kelly como príncipe Rainier III, em 1956,as nuvens cederam a um sol es-plendoroso quando ela pisouem Mônaco. Até hoje, nativoslá chamam de “sol de GraceKelly” um dia com luz bonita.

ANCELMOGOIS

oglobo.com.br/ancelmo

Page 17: O Globo 280411

RIO ● 17Quinta-feira, 28 de abril de 2011 O GLOBO RIO ● 17Quinta-feira, 28 de abril de 2011 O GLOBO

O GLOBO ● RIO ● PÁGINA 17 - Edição: 28/04/2011 - Impresso: 27/04/2011 — 22: 12 h AZUL MAGENTA AMARELO PRETO

GATÃO DE MEIA-IDADE Miguel Paiva

O P I N I Ã O

.

SEM PREVENÇÃO

Professor da Coppe, Carlos AntônioLevi é eleito novo reitor da UFRJMinistro Fernando Haddad deve aprovar a escolha em até dois meses

● O professor da Coppe CarlosAntônio Levi foi eleito ontemreitor da Universidade Federaldo Rio de Janeiro (UFRJ). Ocandidato da chapa 10 obteve26,08% dos votos, enquantoseu adversário no segundo tur-no, o professor da Faculdadede Letras Godofredo de Olivei-ra Neto, da chapa 20, ficou com19,31%. Brancos e nulos soma-ram 1,7% dos votos.

O baixo percentual da somados votos se deve à pequenaparticipação da comunidadeacadêmica: votaram apenas 12%dos cerca de 50 mil estudantes,50% dos nove mil dos funcioná-rios técnico-administrativos e

● PODE-SE ACEITAR que in-cêndios e cupins, vilões dadestruição de prédios nocampus da UFRJ, sejam pro-duto do azar.

INACEITÁVEL, NO caso, é aaparente inexistência de

uma política de preserva-ção do patrimônio público,de que os imóveis atingidosfazem parte.

HOUVESSE UM programa deprevenção, se reduziria achance dada à má sorte.

72% dos 3.500 dos docentes.O ministro da Educação, Fer-

nando Haddad, deve aprovar adecisão da UFRJ em até dois me-ses, e Levi deve tomar posse nodia 1o- de julho. Pró-reitor de Pla-nejamento e Desenvolvimentoda UFRJ na gestão do atual rei-tor Aloísio Teixeira, Levi era ocandidato da situação e defendea transferência dos cursos quedesejarem sair dos locais ondeestão instalados para a CidadeUniversitária.

— A ideia é dar sequênciaao projeto que vem sendoconstruído e consolidar as ini-ciativas da última gestão —afirmou Levi. ■

Alunos e professoresdo CAp protestam

Salários estariam atrasados

Duilo Victor

● Alunos e professores do Colégio de Aplicação (CAp) daUFRJ fizeram uma passeata ontem em frente à sede da uni-dade, na Lagoa, para protestar contra a falta de pagamentodos salários de 28 professores substitutos desde fevereiro,segundo os profissionais. Os professores sem salário repre-sentam 60% do corpo docente do colégio. As aulas estão in-terrompidas desde a quarta-feira da semana passada e só de-vem ser retomadas após uma assembleia do sindicato dosprofessores, marcada para 3 de maio.

Os docentes do CAp reivindicam a imediata regulariza-ção dos professores substitutos contratados em 2011 e pa-gamento dos salários atrasados. Os manifestantes tam-bém querem a homologação dos contratos dos 20 profes-sores aprovados em concurso no ano passado.

Enquanto o impasse com o MEC não se resolve, a rei-toria da UFRJ chegou a propor a solução provisória de in-cluir os professores sem salário como profissionais tercei-rizados. Em resposta ao GLOBO, o MEC informou que estáem negociação com Ministério do Planejamento para po-der autorizar a regularização dos professores. Para o dia 4está prevista uma reunião entre integrantes da Secretariade Educação Superior (Sesu) e do CAp da UFRJ.

PONTO FINAL

● Como es-te assuntonão é mui-to debati-do no Bra-s i l , d a sduas, uma:

Murillo Tinoco

BIANCARINALDI,a atriz, exibe

sua formosura

nos bastidores

do Prêmio

Atitude

Carioca 2011,

da TV Record,

no Theatro

Municipal,

terça

Divulgação

ZELITO VIANA, nosso diretor, posa com a roteirista Patrícia Braga e

Anderson Quak, ator e cineasta da Cidade de Deus, na gravação de

“Cultura da periferia”, série que será lançada pelo Canal Brasil

COM ANA CLÁUDIA GUIMARÃES, MARCEU VIEIRA, AYDANOANDRÉ MOTTA E DANIEL BRUNET

Email: [email protected] • Fotos: [email protected]

ou a ONU enxerga demais, ou é a gente que enxerga demenos. Com todo o respeito.

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Page 18: O Globo 280411

18 ● RIO Quinta-feira, 28 de abril de 2011O GLOBO.

O GLOBO ● RIO ● PÁGINA 18 - Edição: 28/04/2011 - Impresso: 27/04/2011 — 22: 08 h AZUL MAGENTA AMARELO PRETO

O TEMPO NO GLOBO

Prescreve crimedo qual ÁlvaroLins era acusadoEx-chefe de Políciado Rio respondia porfraude processual

Roberto Maltchik

● BRASÍLIA. A demora do Supre-mo Tribunal Federal (STF) paraanalisar a denúncia do Ministé-rio Público Federal (MPF) porcrime eleitoral contra o deputa-do federal Anthony Garotinho(PR) e o ex-deputado GeraldoPudim (PMDB) provocou aprescrição de um dos crimesatribuídos a outro suspeito deenvolvimento no caso: o ex-de-putado estadual e ex-chefe daPolícia Civil, Álvaro Lins. Linsera acusado pelo MPF de fraudeprocessual, mas a acusação foiextinta pelo ministro Celso deMello porque já expirou o prazode quatro anos, estipulado emlei, para que essa parte da de-núncia fosse julgada.

Os três denunciados sãosuspeitos de montarem um es-quema ilícito para favorecerLins e Pudim, candidatos naseleições de 2006. Eles teriamoferecido vantagens aos exce-dentes de um concurso parainvestigadores da Polícia Civildo Rio em troca de apoio nacampanha eleitoral.

Os excedentes foram aprova-dos no concurso, mas não fo-ram classificados dentro do nú-mero de vagas previsto no edi-tal. De acordo com o MPF, os ex-cedentes trabalhavam de graçana campanha, em troca da pro-messa de aproveitamento noscargos previstos pelo concurso.Segundo a denúncia, Pudim sevaleu de sua proximidade com aentão governadora, Rosinha Ga-rotinho, recentemente expulsado PMDB, para alterar o editaldo concurso e, assim, permitir oaproveitamento de excedentes.

O ministro Celso de Mello ain-da decidiu desmembrar a de-núncia, de forma que Lins con-tinuará respondendo, agora noJudiciário do Rio, pelo crime dedeclaração falsa à Justiça. O ex-chefe de Polícia, Garotinho e Pu-dim continuarão aguardando ojulgamento pelo STF da denún-cia por compra de votos.

O relatório do ministro Cel-so de Mello está pronto parajulgamento desde o ano passa-do. O inquérito foi remetidopara o plenário em 17 de ju-nho, porém até agora não en-trou em pauta. ■

Page 19: O Globo 280411

RIO ● 19Quinta-feira, 28 de abril de 2011 O GLOBO

O GLOBO ● RIO ● PÁGINA 19 - Edição: 28/04/2011 - Impresso: 27/04/2011 — 21: 41 h AZUL MAGENTA AMARELO PRETO

Robô encontra chassi de caixa-preta do voo 447Parte do equipamento, no entanto, não contém a memória da viagem que terminou tragicamente no fundo do mar

● O robô Remora 6000, querealizou sua primeira missãode mergulho em busca dosdestroços do avião da AirFrance que caiu no mar em2009, encontrou ontem o chas-si de uma das caixas-pretas daaeronave. De acordo com o Es-critório de Análises e Investi-gações da França (BEA, na si-gla em francês), o aparelho foiachado sem a memória, queguarda os dados de voo e gra-vações de voz que podem aju-dar a determinar as causas doacidente que matou todos os228 passageiros.

O chassi estava perto de ou-tros destroços. Ainda segundo o

BEA, outros mergulhos serãofeitos com o objetivo de recupe-rar a memória da caixa-preta, naparte traseira do avião. Para oórgão, o Remora 6000 terá umaação mais rápida graças à aná-lise das fotos tiradas por outrosrobôs submarinos, que localiza-ram partes da fuselagem no iní-cio de abril, dando coordenadasgeográficas precisas sobre a lo-calização dos destroços.

Missão também buscacorpos de passageiros

A missão francesa tenta aindaresgatar os corpos que estariamjunto com os destroços. Na se-gunda-feira, a Associação dos

Familiares de Vítimas do Voo 447da Air France enviou carta à pre-sidente Dilma Rousseff solicitan-do uma audiência dela com mu-lheres, mães e viúvas que perde-ram parentes no acidente. Se-gundo Nelson Faria Marinho,presidente da associação, háuma série de reivindicações aserem feitas, entre elas a de queos corpos de brasileiros não se-jam levados para a França, comopretende o governo francês.

O Airbus da Air France caiuno Oceano Atlântico na noite de31 de maio de 2009, quando fa-zia o voo entre Rio e Paris. En-tre os mortos, passageiros e tri-pulantes de várias nacionalida-

des, havia 58 brasileiros. Ascausas do acidente ainda sãodesconhecidas. O pouco que sesabe é que, pouco antes de de-saparecer, a aeronave envioumensagens automáticas para acompanhia aérea, informandoque os pitots (sensores de ve-locidade) apontavam valoresdiscrepantes, possivelmentedevido a um congelamento. De-pois do acidente, a Air Francetrocou todos os pitots de seusaviões. O BEA considera, po-rém, que, pelos dados disponí-veis até agora, ainda não é pos-sível afirmar que o problemacom os equipamentos tenhacausado a queda do avião. ■O CHASSI de uma caixa-preta achado no mar pelo robô Remora 6000

Johann Peschel/ AFP

Preso advogadoacusado dematar motoristaEle teria atirado emvítima, que dirigiaônibus, após uma briga

Marcos Nunes *

● Agentes da Divisão de Homicí-dios (DH) da Polícia Civil pren-deram, ontem à tarde, em Laran-jeiras, o advogado Flávio CarinoGuimarães, de 35 anos. De clas-se média alta e, segundo a polí-cia, dono de um temperamentoexplosivo, ele é acusado de ma-tar com três tiros, em 11 de mar-ço, o motorista de ônibus DanielRibeiro Oliveira, de 34 anos. Oassassinato teria acontecido de-pois de um desentendimentoentre os dois no trânsito.

O advogado, que estava coma prisão temporária decretadapelo juiz Fábio Uchoa, da 1a- Va-ra Criminal, foi preso em casa.Na residência, os policiais en-contraram um cigarro de maco-nha e um sacolé de cocaína. Deacordo com o delegado GabrielFerrando, não há dúvida de queFlávio esteja envolvido no as-sassinato do motorista.

— A discussão teria aconte-cido porque a vítima, que diri-gia o ônibus da linha Laranjei-ras-Central, teria fechado o Pa-lio prata, dirigido pelo advoga-do, por volta das 17h10m. Pou-co menos de duas horas de-pois, Flávio foi até o ponto final,dirigindo o mesmo Palio, e cha-mou o motorista. A vítima haviaacabado de estacionar o coleti-vo e, quando se aproximou doadvogado, foi morta a tiros. Te-mos, inclusive, testemunhas —contou o delegado da DH. ■

* Do Extra

Quatro feridosem colisão comveículo escolar● Uma colisão entre um micro-ônibus escolar com 22 crian-ças da Escola Americana e umônibus da linha 592 (São Con-rado-Leme), na Avenida Mar-quês de São Vicente, na Gávea,ontem de manhã, deixou qua-tro pessoas feridas: duas crian-ças e duas mulheres, uma de-las grávida. Segundo a Secreta-ria municipal de Saúde, as qua-tro vítimas, que tiveram feri-mentos leves, foram atendidasno Hospital Miguel Couto.

O acidente ocorreu por voltadas 7h30m na altura da EscolaMunicipal Arthur Ramos. Se-gundo o comerciante João An-tônio Marques, de 51 anos, pro-prietário de um restaurante emfrente ao local da colisão, oônibus da linha 592 estava forada sua faixa quando foi atingi-do pelo micro-ônibus. ■

Page 20: O Globo 280411

20 ● RIO 2ª edição • Quinta-feira, 28 de abril de 2011O GLOBO.

O GLOBO ● RIO ● PÁGINA 20 - Edição: 28/04/2011 - Impresso: 27/04/2011 — 23: 00 h AZUL MAGENTA AMARELO PRETO

Prefeitura não conseguiu agir em meia horaMunicípio alega que não teve tempo suficiente para mobilizar agentes com ruas sendo rapidamente alagadas

Isabela Bastos

● A prefeitura informou ontemque só teve 30 minutos paratentar evitar os efeitos do tem-poral da noite da última segun-da-feira, o mais volumoso dosúltimos cinco anos, já que asnuvens captadas pelo radarmeteorólogico teriam tomadouma velocidade imprevisívelao se aproximarem do Maciçoda Tijuca. Apesar de a prefeitu-ra contar com o radar, capazde monitorar os céus num raiode 250km e um Centro de Ope-rações com equipamentos deúltima geração e sala de crise àdisposição de órgãos comoGuarda Municipal, CET-Rio,Geo-Rio, Alerta Rio e Coorde-nadoria Geral de Conservação,a chuva pegou as equipes mu-nicipais de surpresa. O poucotempo foi a explicação dadapelo poder público para as di-ficuldades encontradas para li-dar com os transtornos causa-dos a motoristas e pedestres.

Segundo a prefeitura, a chuvaevoluiu de “moderada a forte”em meia hora e a mudança sófoi percebida pelo radar quandoo temporal praticamente já de-sabava sobre a Tijuca. A altera-ção da frente fria, que vinha sen-do monitorada desde a ZonaOeste por três meteorologistas,com o auxílio do radar e de 33pluviômetros, contrariou as pre-visões dos técnicos e atrasou amobilização de equipes.

Alagamento prejudicouatuação de equipes

Assim, para o Centro e a Ti-juca foi de pouca valia ter na vi-zinhança bases importantes co-mo o quartel da Guarda Muni-cipal em São Cristóvão e duasinspetorias da corporação (naAvenida Presidente Vargas e noMaracanã, esta última alagadapela chuva); uma base da Com-lurb na Rua Bela; e outra da Co-ordenadoria Geral de Opera-ções (CGO), vinculada à Secre-taria municipal de Conserva-ção, na Avenida Francisco Bica-lho. Segundo a prefeitura, umcontingente extra de 210 guar-das e um efetivo de 60 agentesda CET-Rio, com apoio de 22 re-boques, foram deslocados paraas ruas a partir das 22h de se-gunda-feira. Mas a atuação dasequipes ficou à espera do es-coamento das águas.

— Quando o alerta de chuva

forte foi dado, os problemas dealagamentos e trânsito já esta-vam consolidados em algunspontos. Enquanto a água esta-va alta, não havia o que fazer.Ficamos a madrugada toda nasruas — afirmou o secretáriomunicipal de Conservação eServiços Públicos, Carlos Ro-berto Osório.

Ontem, O GLOBO percorreu oCentro e a Tijuca à noite, na ho-ra do rush, no mesmo horárioem que desabou o temporal desegunda-feira. Havia agentes detrânsito, guardas municipais ePMs ao longo das principaisvias. Na Avenida Presidente Var-gas, em frente à Central do Bra-sil, a presença de agentes eramaciça. Mas, perto dali, no cru-zamento com o Campo de San-tana, um único guarda tinha di-ficuldades para controlar o trân-sito. Na Radial Oeste, PMs vigia-vam a via, que fluía bem. O mes-

mo aconteceu na Avenida Mara-canã. Na Inspetoria Bacana daGuarda Municipal, no Maracanã,invadida pelas águas durante aenchente, agentes se organiza-vam para a noite de trabalho.

De acordo com o Centro deOperações Rio, o radar inaugu-rado em dezembro indicou umachuva de intensidade fraca amoderada nos limites da cida-de, às19h. A frente fria viajoupela Zona Oeste sem grandesmodificações até chegar à Tiju-ca, às 20h24m. Naquele mo-mento, ainda era consideradamoderada. Somente meia horadepois, às 20h54m, quando jáchovia intenamente na cidade,o equipamento registrou a in-tensificação do fenômeno. Osinformes à população, segundoo secretário de Conservação,eram feitos à medida em que asituação se alterava.

— O radar funcionou. Mas

não previu com antecedênciaque a chuva mudaria de com-portamento — disse Osório.

Apresentado como um mo-derno sistema de gestão, in-cluindo um gabinete de crise pa-ra lidar com grandes eventos ouacidentes, o Centro de Opera-ções acabou subdimensionandoa chuva nas mensagens envia-das para as redes sociais. NoTwitter, as mensagens trataramo caos como uma forte chuvacorriqueira, até se render ao ób-vio, mais de três horas depois.Por volta das 21h, quando diver-sas ruas já estavam alagadas, oórgão informou, via Twitter, quea chuva diminuía em toda a ci-dade exceto na Tijuca, onde aprecipitação era de 7mm em 15minutos. Às 21h10m, o temporalainda era considerado modera-do pelo centro, que, na rede so-cial, informava a mudança parao estágio de atenção devido à

persistência das chuvas.Somente 17 minutos depois,

houve o primeiro aviso taxativopara que motoristas evitassem aRua São Francisco Xavier e aAvenida Maracanã. Com a re-gião mergulhada numa enormepiscina, o Twitter oficial relatavaapenas “pontos de alagamento”.Do is minutos depo is , às21h29m, a Praça da Bandeira,onde passageiros de ônibus, tá-xis e carros de passeio já esta-vam ilhados, recebia o mesmotipo de tratamento.

O estágio de alerta, que avisasobre a possibilidade de alaga-mentos e deslizamentos, sóaconteceu às 21h35m, quando oórgão passou a orientar os mo-toristas a evitarem as ruas na Ti-juca. Somente às 23h25m seriadivulgada a real dimensão dotemporal, com um informe deque, em poucas horas, choverao acumulado de 40 dias.

Segundo o secretário de Con-servação, equipes da prefeiturativeram pouco tempo tambémpara tentar restabelecer a or-dem até o amanhecer de terça-feira. Isto porque o nível do RioMaracanã só voltou ao normalàs 4h. Até aquele momento, nãohavia, segundo ele, como agirefetivamente na Praça da Ban-deira, último ponto a esvaziar.

Além da chuva forte — foram274 milímetros em 24 horas e99,6 milímetros em uma hora —e do longo histórico de cheiasda Tijuca, a prefeitura culpouontem o lixo domiciliar da re-gião pelo caos. Osório disse quea situação foi agravada porque otemporal caiu na hora da coletade lixo no bairro. Segundo ele,os caminhões da Comlurb nãoconseguiram chegar às casas ecerca de 160 toneladas de detri-tos deixaram de ser recolhidas,aumentando os transtornos. ■

Grajaú-Jacarepaguá éliberada ao tráfegoGeólogo da Coppe/UFRJ alerta que ainda hárisco de outras pedras rolarem da encosta

● A Autoestrada Grajaú-Jacare-paguá foi reaberta, em ambos ossentidos, por volta das 7h40mde ontem. A via estava interdita-da desde a madrugada de terça-feira, quando uma pedra de cer-ca de 600 toneladas rolou na al-tura do Morro da Árvore Seca,durante as fortes chuvas quedesabaram sobre a cidade.

A abertura da via foi possívelapós avaliação dos técnicos daGeo-Rio, da Conservação e daDefesa Civil. Segundo o Centrode Controle e Operações, equi-pes da prefeitura trabalharamdurante toda a madrugada paradesobstruir a autoestrada. Ape-sar da abertura, a via apresentoupouco movimento na manhã deontem. Como muitos motoristasnão sabiam da liberação da au-toestrada, a Linha Amarela aca-

bou sobrecarregada e permane-ceu com trânsito lento no senti-do Zona Norte pela manhã.

Apesar da limpeza do locale da liberação das pistas, ou-tras pedras podem rolar nasencostas da Grajaú-Jacarepa-guá, segundo o professor WillyLacerda, do Programa de En-genharia Geotécnica da Coor-denação dos Programas dePós-Graduação em Engenharia(Coppe/UFRJ). Ele diz que pe-lo menos dez pedregulhos es-tão com risco de vir abaixo.Para ele, a estrada pode serconsiderada um ponto de ris-co permanente, que deve serconstantemente monitorado:

— Naquele local havia umatela, mas incapaz de deter umbloco de 600 toneladas comoo que caiu na pista. ■

Protesto com os escombros do temporalRevoltados com demora da Comlurb, moradores fecham ruas com móveis e objetos perdidos

Ana Cláudia Costa

● Depois de quase 48h da chuva forte,em que a água chegou a dois metros dealtura, moradores e comerciantes dasruas Ceará e do Matoso, na Praça daBandeira, tiveram que enfrentar ontemmuito lixo e lama para retomar a rotina.Revoltados, eles decidiram fazer umprotesto diferente: a sujeira que retira-vam das casas e lojas, além de móveisdestruídos na enxurrada, foi usada parafechar as duas ruas. A sujeira interrom-peu o trânsito nas vias de 10h às12h25m. A Comlurb só apareceu após amanifestação que causou transtornosao trânsito da região.

Principal ligação entre a Praça da Ban-deira e São Cristóvão, a Rua Ceará, assimcomo outras vias próximas, foi uma dasque mais sofreram com a enchente de se-gunda-feira. Dono de uma loja especializa-da em motos importadas, André LuizHrihorowitsch, de 48 anos, disse que o es-tabelecimento ficou completamente ala-gado. Ele perdeu 48 motos que ficaramsubmersas e, ontem, lavava o local e tira-va a lama do que conseguiu salvar.

— Meu prejuízo foi de mais de R$ 200mil. A Rua Ceará foi esquecida pelas au-toridades. Toda vez que chove é assim— lamentou.

O mecânico Rui Felipe Andrade estavadesolado com a destruição de sua casa,onde também funciona uma oficina. Alémde móveis e pertences pessoais, ele ficouaté sem as ferramentas que utilizava paratrabalhar. Com a enxurrada, a parede dosfundos da casa desabou.

— Tive que subir nos móveis paranão morrer. Agora, nem local para tra-balhar tenho — disse o mecânico.

Tanto na Rua Ceará quanto nas ruas Lo-pes Sousa e Hilário Ribeiro, o cenário era

de pós-guerra. Muita lama, sujeira, móveisretorcidos, quebrados e muito lixo. Os pri-meiros caminhões da prefeitura só chega-ram para limpeza, às 11h25m de ontem.Um carro da PM e outro da Guarda Mu-nicipal apareceram para avisar aos moto-ristas que a Rua Ceará estava interditada.A liberação da via só aconteceu mesmoapós a chegada de uma retroescavadeirada Comlurb, às 12h30m.

Moradores da Rua Ceará dizem quepelo menos três pessoas morreram nolocal, que teria enchido mais do que aPraça da Bandeira. A Defesa Civil, po-rém, não confirma tais mortes. Moradordo local há 30 anos, o mecânico Salva-dor Freire, de 51 anos, disse que chuvade segunda-feira foi muito pior que a do

ano passado. Em sua oficina, vários car-ros ficaram submersos.

— Entra ano, sai ano, e é sempre amesma coisa — criticou.

Na Rua do Matoso, o comercianteFernando Silva, de 37 anos, disse que,como a prefeitura só limpou até a esqui-na da Rua Barão de Iguatemi, todos re-solveram fechar a via com móveis e ob-jetos destruídos pela chuva.

No final da Rua do Matoso, somente nagaragem subterrânea do prédio número109, oito carros foram cobertos pelo agua-ceiro. O comerciante Mário Norberto, de57 anos, disse que não deu tempo de re-tirar seu Toyota da garagem:

— Começou a chover e, em apenasdez minutos, a garagem alagou.

Genilson Araújo/ 26-4-2011

A ENCOSTA onde houve o deslizamento: outras pedras podem rolar

Marcelo Piu

UM MONTE de lixo, onde se vê até um caixão, fecha a Rua Ceará na Praça da Bandeira

Marcelo Carnaval

UM POSTO da Guarda Municipal em frente ao Rio Maracanã: proximidade com as áreas alagadas

O caos subestimado● A sequência de tweets en-viados pelo Centro de Ope-rações Rio na noite de se-gunda-feira mostra que, en-quanto o temporal era in-tenso e as ruas da Tijuca jáestavam completamentesubmersas, a prefeitura tra-tava o caos em que se trans-formou a região como chu-va “de moderada a forte” ecom “pontos de alagamen-to”. Mais de duas horas de-pois, a constatação de quechovera mais do que o pre-visto para 40 dias. Confira:

● 21h10: Mudança para Estágiode Atenção devido à persistênciadas chuvas e à possibilidade deque se mantenha o quadro dechuva moderada a forte.

● 21h27: Motoristas devem evi-tar trechos próximos à S. Francis-co Xavier e #AvMaracana. Pon-tos de alagamento registrados nolocal.● 21h29: #PracadaBandeiratambém apresenta pontos de ala-gamento neste momento, nosdois sentidos.● (...)● 22h40: Continua chovendoforte na região da Tijuca, Grajaú eSão Cristóvão. Motoristas e pe-destres devem evitar os locais.● 22h42: Previsão do @Alerta-Rio é de que a chuva moderada aforte continue nas próximas ho-ras.● (...)● 23h25: Choveu somente nesteperíodo mais do que o volumemédio previsto para 40 dias.

Marcelo Carnaval/ 26-4-2011

A PRAÇA DA BANDEIRA: só um “ponto de alagamento”

Page 21: O Globo 280411

RIO ● 21Quinta-feira, 28 de abril de 2011 O GLOBO

O GLOBO ● RIO ● PÁGINA 21 - Edição: 28/04/2011 - Impresso: 27/04/2011 — 21: 48 h PRETO/BRANCO

Bandido preso em blitz após roubos na BarraCriminoso, que levava morador de apartamentos assaltados como refém, foi parado por policiais em São Conrado

Athos Moura

● Um bandido foi preso, na ma-drugada de ontem, após assal-tar, com outros dois cúmpli-ces, dois apartamentos na Bar-ra da Tijuca e levar um dos mo-radores como refém. SandroHenrique da Rocha Fagundes,de 36 anos, dirigia o carro coma vítima sequestrada quandofoi parado numa blitz da PMem São Conrado. Os outrosbandidos, que estavam em ou-tro veículo, roubado de outromorador, conseguiram fugir. Apolícia acredita que a quadri-lha seja da Rocinha.

Segundo a PM, um mora-dor foi abordado quando es-tava parado com seu carronum sinal na Avenida dasAméricas, por volta das 18hde terça-feira. Os bandidosobrigaram o homem a dirigiraté seu apartamento, numcondomínio na Avenida Ser-nambetiba. Quando os crimi-nosos chegaram ao local, ren-deram outro morador, queestava entrando no prédio.

Os ladrões ficaram cerca deseis horas nos apartamentos emantiveram os moradores re-féns. Na fuga, a vítima que foraabordada entrando no condo-mínio foi levada por Sandro nocarro dela, um Toyota Rav 4.Os outros dois bandidos fugi-ram com o veículo do primeiromorador.

Policiais do 23o- BPM (Le-blon) realizavam uma blitz naAutoestrada Lagoa-Barra, porvolta da 1h de ontem, e des-confiaram do Toyota. Na revis-

ta, os PMs encontraram um re-vólver calibre 38 carregado noporta-luvas, TVs e cerca de 15mochilas no banco de trás doveículo. Sandro, que já tinhapassagem por roubo, foi pre-so. A vítima foi libertada e con-tou que os outros dois bandi-dos tinham passado por eleshavia pouco.

Na 14a- DP (Leblon), as ví-timas, que preferiram não seidentificar, contaram que oscriminosos foram agressivose queriam dinheiro e joias.Muito exaltado, um dos mo-radores tentou agredir San-dro. Dentro das bolsas queestavam no Toyota, os poli-ciais encontraram equipa-mentos eletrônicos, tênis,secadores de cabelos, câme-ras e lentes fotográficas eeletrodomésticos. ■

O GLOBO EM SMSReceba as principais notícias dacidade no seu celular. EnvieOGLRIO para 50020 (R 0,10 pornotícia, mais impostos. Até 3 pordia

Fotos de Fernando Quevedo

POLICIAIS EXIBEM o material encontrado com o criminoso: segundo a PM, a quadrilha viria da Rocinha

OBITUÁRIO

NEUSINHA: filha do ex-governador Brizola

Neusinha Brizola, aos 56 anosManoel Soares/04-01-1983

E-mail para esta seção:[email protected]

● O estilo radical da fi-lha de Leonel Brizolaganhou destaque noprimeiro mandato dopolítico gaúcho à frentedo governo do Rio, en-tre 1983 e 1987. NeusaMaria Goulart Brizola, aNeusinha, se autopro-clamava sacerdotisa doMovimento AnarquistaTropicalista Energéti-co, inventado por ela. Efornecia munição paraos adversários do pai:ela usou um prédio pú-blico, o Terminal Mene-zes Cortes, da Coderte,para fazer, em 1983, afesta de promoção deseu primeiro LP.

Na comemoração, Neusi-nha, vestida de Cleópatra, ce-lebrou sua união com FrancoBruni, cercada por cuspidoresde fogo. A festança acabou nademissão do então secretáriode Transportes e da diretora-presidente da Coderte.

O LP fez sucesso graças àmusica “Mintchura”. Em1987, Neusinha posou nuapara a “Playboy”. Alegandoque as imagens prejudica-riam os filhos de Neusinha,de 12 e 5 anos na época, Bri-zola conseguiu impedir a di-

vulgação das fotos.Neusinha foi detida

pelo menos duas vezespor posse de drogas.Um dos casos de maiorrepercussão aconteceuem 90, quando um ho-landês foi preso no ae-roporto do Rio tentan-do embarcar com doisquilos de cocaína paraAmsterdã. Ele disse àpolícia que a droga eraencomenda de Neusi-nha, que morava na Ho-landa. Nada ficou com-provado.

Neusinha morreuontem, na Clínica SãoVicente, aos 56 anos,das complicações pul-

monares de uma hepatite.Ela tinha dois filhos e quatronetos e será sepultada emSão Borja, no Rio Grande doSul, ao lado dos pais.

Falsa psicólogaatuava há 12anos em BotafogoMulher, que se diziaespecialista, atendiacrianças autistas● Uma falsa psicóloga, que seapresentava como especialistaem tratamento de crianças au-tistas, foi presa ontem por po-liciais da Delegacia de Defesado Consumidor (Decon), noconsultório que mantinha emBotafogo. Beatriz da Silva Cu-nha, de 32 anos, dizia ser tera-peuta ocupacional, pós-gradua-da em psicologia e integrantede diversas associações daárea. Ela clinicava há 12 anos ecobrava R$ 80 por uma hora detratamento de cada um dosseus cerca de 60 pacientes.

Segundo o delegado da De-con, Maurício de Almeida, Bea-triz dizia aos pais das criançasque o ideal seriam três horasde tratamento por dia. A polí-cia chegou à falsa psicólogaapós uma delegada, cujo filhoera atendido por ela, pedir oregistro profissional de Beatrizpara fazer a declaração de Im-posto de Renda. ■

SANDRO Fagundes, na delegacia

HELOISA MARQUESDE OLIVEIRA

Suas filhas Ana Lucia e Maria Elizabeth,seus netos Gustavo e Rafael e seus bisne-tos Vinicius e Juliana convidam para aMissa de 7º Dia de nossa querida Heloisa aser realizada na Igreja de Santa MargaridaMaria, na Lagoa, dia 29/04, 6ªf, às 8h.

DR. HÉLVIO SEBASTIÃO FRÓESCarmem Ildes, Alexandre, Mathias, Thales e Maria Augusta;Claudia Maria, Alexandre, Helena e Heitor, filhas, genros enetos e demais familiares, sensibilizados, agradecem asmanifestações de carinho recebidas durante as suasexéquias e convidam para a Missa em sulfrágio de sua

alma, a ser realizada às 16h, do dia 30 de abril de 2011, na IgrejaSão Francisco Xavier, à Rua São Francisco Xavier, 75 - Tijuca.

GEORGINA MALUHY BRIDI(GINA)

Seu esposo Marcel, seus irmãos Bruno, Omar eMarina, seus sobrinhos e demais parentes, aindaconsternados com seu falecimento ocorrido nodia 21/04/11, convidam para a Missa em Sufrá-gio da Alma de sua querida e inesquecível GINA,a ser celebrada no dia 30/04/11 (sábado), às10:00h, na Igreja Ortodoxa São Nicolau, situadana Avenida Gomes Freire, nº 569, Centro - RJ.

CARLOS LACERDA97° Aniversário

Para manter vivo o exemplo de moral, ética e competência na política, aSoc. dos Amigos e o Centro Cultural Carlos Lacerda, pelos seus presidentesMauro Magalhães e Ligia Gomide, convidam para a Missa, amanhã, 29/04,às 11h, na Igreja N.S. do Carmo, na Rua 1° de Março, Centro.

VICTOR DE MELLOVanessa, Thiago e filhos comunicam o faleci-mento de seu amado pai, sogro e avô, no dia 27de abril, na cidade do Rio de Janeiro.

VICTORIO CAPELLAROVera Condé e Antonio Muino; Marcia e FernandoCondé (filhos). Bruno, Roberta, Graziela e Con-rado (Netos) convidam para a Missa de 7° DiaMissa de 7° Diade seu falecimento que será realizada no dia 2828de abril, 5ª feira, às 17:30hde abril, 5ª feira, às 17:30h, na Igreja NossaSenhora da Paz - Ipanema.

A família comunica seu falecimento e convidapara a Missa de 7º Dia, às 9h de sábado, 30 deabril, na Igreja de São Paulo Apóstolo (RuaBarão de Ipanema, 85).

EMILIA DE MORAES

Page 22: O Globo 280411

22 ● RIO Quinta-feira, 28 de abril de 2011O GLOBO.

O GLOBO ● RIO ● PÁGINA 22 - Edição: 28/04/2011 - Impresso: 27/04/2011 — 21: 47 h AZUL MAGENTA AMARELO PRETO

Quatro estacionamentos fechados no CentroSubprefeitura interdita imóveis por falta de alvará; um deles funcionava em terreno onde casarão pegou fogo

Marco Antônio Teixeira

UM DOS estacionamentos interditados: a subprefeitura informou que vai intensificar a fiscalização

Corredor Cultural abandonadoMendigos, desordem e sujeira tiram o charme da Rua do Teatro

● Apesar de estar situada no Corredor Cul-tural, a Rua do Teatro é um verdadeiro re-trato do abandono em pleno Centro do Rio.Calçadas esburacadas, carros na calçada, li-xo e mendigos são alguns dos problemasque compõem o cenário da região.

Na tarde de ontem, havia mais de dez mo-radores de rua que literalmente montaramacampamento no Largo de São Francisco. Asgrades que separam o Instituto de Filosofia eCiências Sociais (Ifcs) da UFRJ da calçadaeram usadas como varal para a roupa de umgrupo. A bilheteria do Teatro João Caetanovirou abrigo para dois mendigos que dor-miam sem ser importunados.

Na Rua do Teatro, assim como no Largo deSão Francisco, havia trechos das calçadas

totalmente esburacados, com pedras portu-guesas soltas. Restos de comida deixadospelos moradores de rua estavam espalha-dos. Havia cheiro forte de urina e vazamen-tos de esgoto.

Segundo comerciantes da região, à noite asituação costuma ser ainda pior, com usuáriosde drogas que invadem os imóveis abandona-dos. Eles alegam que essas invasões teriam re-sultado inclusive em incêndios como o do ca-sarão que deu lugar ao estacionamento.

A subprefeitura do Centro informou quevai realizar uma operação especial para aco-lhimento ainda esta semana e estudará apossibilidade de instalação de grades emvolta do Teatro João Caetano para evitar queo espaço seja tomado pelos mendigos.CALÇADAS ESBURACADAS da Rua do Teatro...

Fotos de Marco Antônio Teixeira

... ONDE MENDIGOS dormem junto a uma bilheteria

Ronaldo Braga e Ruben Berta

● A Subprefeitura do Centrointerditou ontem quatro esta-cionamentos na Rua do Tea-tro, perto do Largo de SãoFrancisco. De acordo com oórgão, os imóveis não tinhamalvará para funcionar e estãosituados na Zona Especial doCorredor Cultural, que proíbeo uso exclusivo ou predomi-nância de garagem em área depatrimônio histórico.

O primeiro imóvel interdita-do pelos fiscais foi o estaciona-mento W Park, que ocupa osnúmeros 21 e 23 da Rua do Tea-tro. Um casarão situado no ter-reno pegou fogo no ano passa-do. Os outros empreendimen-tos estão localizados nos nú-meros 11, 13, 15 e 17. Em casode reabertura, a subprefeituraavisou que aplicará multa diá-ria de R$ 535,44.

O incêndio no casarão ondefuncionava o primeiro estacio-

namento interditado aconte-ceu no dia 18 de março do anopassado. Segundo os bombei-ros, o material inflamável quehavia no local — madeira,plástico e papel — contribuiupara a rápida combustão. Atéagora, não há informações so-bre a causa. Depois do incên-dio, o imóvel desabou.

— Existe uma prática crimi-nosa no Centro, principalmenteno Corredor Cultural, que visa aincendiar os casarões antigospara transformar os terrenosem estacionamentos — afirmouo subprefeito Thiago Barcellos.

Suposta dona usava coletedo Rio Rotativo

Segundo a subprefeitura, estásendo realizado um levanta-mento das garagens do Corre-dor Cultural para detectar asque estão irregulares. Ainda deacordo com o órgão, as opera-ções de interdição serão inten-sificadas ao longo deste ano.

Na tarde de ontem, repórte-res do GLOBO estiveram na Ruado Teatro. Apenas uma mulher,que disse ser dona do JF Esta-cionamento, mas não quis seidentificar, defendeu-se. O curio-so é que ela vestia um colete dosistema Rio Rotativo e admitiutrabalhar também com a vendade tíquetes para os motoristasque param ao longo da via.

— Eu tenho o estaciona-mento há oito anos. Por qua-tro anos, funcionei com alvaráprovisório. Há quatro estou naJustiça para recuperar o alva-rá. E vou entrar com uma limi-nar para cancelar a interdição.Pago R$ 1.100 mensais de IPTU— afirmou.

Em 15 de setembro do anopassado, numa ação seme-lhante, agentes da subprefei-tura interditaram um ferro-ve-lho e um estacionamento irre-gulares que funcionavam numterreno municipal, na AvenidaHaddock Lobo, no Estácio. ■

Page 23: O Globo 280411

23Quinta-feira, 28 de abril de 2011 • 2ª edição

O GLOBO

E C O N O M I A.

O GLOBO ● ECONOMIA ● PÁGINA 23 - Edição: 28/04/2011 - Impresso: 27/04/2011 — 22: 10 h AZUL MAGENTA AMARELO PRETO

Empreiteiras dos aresCamargo, Andrade e Odebrecht estão de olho na concessão de aeroportos. Estrangeiros também

GUINADA AÉREA

Danielle Nogueira, Chico de Gois,Fábio Fabrini e Geralda Doca

RIO e BRASÍLIA

G randes empreiteiras nacionaise empresas internacionaiscom tradição em gestão deaeroportos são as mais co-

tadas na disputa pelos terminais queserão concedidos à iniciativa privadapelo governo Dilma Rousseff. Ante-cipando-se à decisão oficial, CamargoCorrêa,AndradeGutierrezeOdebrechtcriaram joint-ventures ou subsidiáriascom este fim. E vários grupos es-trangeiros que mantiveram conversascom o Palácio do Planalto demons-traram forte disposição de participardas licitações dos cinco principais ae-roportos do país — Cumbica (Gua-rulhos-SP), Viracopos (Campinas-SP),Brasília, Galeão e Confins (Belo Ho-rizonte). Correndo por fora, estão asaéreas nacionais: todas as grandes játrocaraminformaçõescomogovernoesinalizaram interesse nas concessões.

Quem saiu na frente foi a CamargoCorrêa. Em 2008, a construtora seassociou à suíça Flughafen Zürich AG,que opera o Aeroporto de Zurique(Suíça), e à chilena Gestión e Ingenieríapara criar a A-port. O objetivo eraavançarsobreaconstruçãoegestãodeaeroportos na América Latina. A joint-venture já assumiu a operação de noveaeroportos em Chile, Honduras, Co-lômbia e Curaçao. No Brasil, a em-preiteira gerencia o estacionamento doAeroporto de Congonhas.

Também no páreo,aéreas nacionais● No exterior, a Andrade Gutierrez par-ticipa dos consórcios que operam osaeroportos de Quito (Equador), e SanJosé (Costa Rica). A empreiteira tam-bém já manifestou publicamente in-teresse na concessão do Aeroporto deSão Gonçalo do Amarante (RN), apon-tado como laboratório para o modelo.

Procuradas, as duas empresas nãocomentaram o assunto. Odebrechttampouco se manifestou, mas vemsinalizando interessepelosetor.Noanopassado, criou a subsidiária OdebrechtTransPort, para explorar concessõesem aeroportos, rodovias, portos etransporte urbano (metrô). Tem aindavasta experiência na construção, atéagora, foram 33 aeroportos no Brasil eno exterior, entre eles o de Miami.

Segundo uma fonte do setor, astrês empreiteiras estão dispostas ainvestir, mas avaliam que, para queo negócio seja rentável, o prazo deconcessão deveria ser de 30 anos e

não de 25, como prevê o governo.Entre os grupos internacionais, a

alemã Fraport é uma das mais in-teressadas. Semana passada, represen-tantes da empresa bateram às portasdo Palácio. Além dela, só na Europa, háquatro grandes grupos de referência:AéroportdeParis-ADP(França),BritishAirport Authority-BAA (Reino Unido),Aeropuertos Espanõles y NavegaciónAérea-Aena (Espanha) e Brussels Air-port Company (Bélgica). Todas estãoávidas por novos mercados, já que

atuam em mercados maduros.No caso das aéreas, o interesse é tão

grande que a participação delas po-derá ser elevada à fatia máxima, e nãolimitada a 10%, como em São Gonçalodo Amarante. A administração totalpoderá até ser liberada, como ocorreem EUA e Europa. Uma fonte lembrouque a American Airlines é responsávelpelo aeroporto de Miami, enquanto aDelta domina o de Atlanta, nos EUA.

A participação de aéreas estran-geiras nas licitações brasileiras ain-

da não foi avaliada. O Galeão é umdos aeroportos mais atrativos.

— Nos últimos dois anos, temossido procurados por administradoresda França, da Alemanha, da Espanha epor empresas nacionais. Há um enor-me interesse — disse o vice-gover-nador do Rio, Luiz Fernando Pezão.

O governo federal também deverápermitir a licitação em bloco dos ae-roportos. Ou seja, se um consórciotiver interesse em três unidades si-multaneamente,poderá fazerumaofer-

ta em pacote. O Planalto ainda nãodiscutiu a questão do financiamento,mas, em princípio, não quer colocardinheiro do BNDES nas intervençõesnas áreas concedidas. Porém, técnicosdo Tribunal de Contas da União (TCU)e da Agência Nacional de Aviação Civil(Anac) são céticos quanto às promessade agilidade do governo. Em São Gon-çalo do Amarante, por exemplo, a CasaCivil levou seis meses para publicar odecreto com o modelo a ser adotado,primeiro passo do cronograma.

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MG

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TOTOTOTO

MS

PR

SC

RS

OS PROBLEMAS MAIS URGENTES

RJSP

Pistas de pouso e decolagem:• necessita investimento nas atuais paraatender a demanda nos próximos 8 anosPátio de aeronaves:• necessita investimento para atender ademanda de 2014Terminal de passageiros:• necessita investimento para atender ademanda de 2014• salão de embarque• balcões de check in• restituição de bagagensAcesso ao aeroporto: gerenciável• precisa de soluções como ligaçãoferroviária com a cidade

VIRACOPOS (SP)

Filas no Aeroporto de Viracopos, em Campinas Obras de ampliação do sistemade pistas de Guarulhos

Obras na entrada do AeroportoInternacional Tom Jobim

Salão de embarque de Confins

Balcões decheck in doAeroporto deBrasília

Pistas de pouso e decolagem:• necessita investimento para atender ademanda nos próximos 18 anosPátio de aeronaves: já saturadoTerminal de passageiros: já saturado• necessidade de 3º terminal• balcões de check in• saguão de embarque• pontos de controle de passaporte• restituição de bagagens• alfândegaAcesso ao aeroporto: crítico• precisa de soluções como ligaçãoferroviária com a cidade

GUARULHOS (SP)

Pistas de pouso e decolagem:• necessita investimento para atender ademanda nos próximos 18 anos• construção de nova pista para demandade longo prazoPátio de aeronaves: capacidade adequadaTerminal de passageiros: necessidade dereformas e ampliação, com áreas saturadas• saguão de entrada• balcões de check in• restituição de bagagensAcesso ao aeroporto: crítico• precisa de soluções como ligaçãoferroviária com a cidade

GALEÃO (RJ)

Pistas de pouso e decolagem:adequadasPátio de aeronaves: necessitainvestimento para atender ademanda nos próximos 18 anosTerminal de passageiros: saturado• saguão de entrada• balcões de check in• salão de embarque• restituição de bagagensAcesso ao aeroporto: gerenciável• precisa de soluções como ampliara MG-010

CONFINS (BH)

RO

BRASÍLIA (DF)Pistas de pouso e decolagem:• necessita investimento nas pistas e noseu entorno (viadutos para atender)demanda nos próximos 18 anosPátio de aeronaves: já saturadoTerminal de passageiros: já saturado• salão de embarque• balcões de check in• restituição de bagagens• pontos de passaporte• necessidade de novo terminalAcesso ao aeroporto: crítico• precisa de soluções como ligaçãoferroviária com a cidade

Pistas de pouso e decolagem:• necessita investimento nas pistas e noPistas de pouso e decolagem:Pistas de pouso e decolagem:Pistas de pouso e decolagem:Pistas de pouso e decolagem:• necessita investimento nas pistas e no• necessita investimento nas pistas e noPistas de pouso e decolagem:

Terminal de passageiros:Pátio de aeronaves:Terminal de passageiros:Pátio de aeronaves:Terminal de passageiros:

já saturadoTerminal de passageiros:• salão de embarqueTerminal de passageiros:Terminal de passageiros:Terminal de passageiros:Terminal de passageiros:Terminal de passageiros:Terminal de passageiros:Terminal de passageiros:Terminal de passageiros:Terminal de passageiros:Terminal de passageiros:Terminal de passageiros:Terminal de passageiros:Terminal de passageiros:Terminal de passageiros:• salão de embarqueTerminal de passageiros:Terminal de passageiros:Terminal de passageiros:Terminal de passageiros:Terminal de passageiros:

Acesso ao aeroporto:• precisa de soluções como ligação• precisa de soluções como ligaçãoAcesso ao aeroporto:• precisa de soluções como ligação• precisa de soluções como ligação• precisa de soluções como ligação• precisa de soluções como ligação• precisa de soluções como ligação• precisa de soluções como ligação• precisa de soluções como ligaçãoAcesso ao aeroporto:

Pistas de pouso e decolagem:adequadasPistas de pouso e decolagem:Pistas de pouso e decolagem:Pistas de pouso e decolagem:Pistas de pouso e decolagem:Pistas de pouso e decolagem:adequadasPátio de aeronaves:Pátio de aeronaves:Pátio de aeronaves:adequadasPátio de aeronaves:Pátio de aeronaves:

demanda nos próximos 18 anosTerminal de passageiros:• saguão de entrada• saguão de entradaTerminal de passageiros:Terminal de passageiros:demanda nos próximos 18 anosTerminal de passageiros:Terminal de passageiros:Terminal de passageiros:Terminal de passageiros:Terminal de passageiros:

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de longo prazoPátio de aeronaves:Pátio de aeronaves:Pátio de aeronaves:de longo prazoPátio de aeronaves:Pátio de aeronaves:Pátio de aeronaves: capacidade adequadaTerminal de passageiros:Terminal de passageiros:Terminal de passageiros:Terminal de passageiros:Pátio de aeronaves:Pátio de aeronaves:Pátio de aeronaves:Pátio de aeronaves:Pátio de aeronaves:Pátio de aeronaves:Pátio de aeronaves:Terminal de passageiros:Terminal de passageiros:Terminal de passageiros:Terminal de passageiros:Terminal de passageiros:Terminal de passageiros:Terminal de passageiros:Terminal de passageiros:Terminal de passageiros:

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demanda nos próximos 18 anosPátio de aeronaves:Terminal de passageiros:

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atender a demanda nos próximos 8 anosPátio de aeronaves:Pátio de aeronaves:Pátio de aeronaves:atender a demanda nos próximos 8 anosPátio de aeronaves:Pátio de aeronaves:

Terminal de passageiros:• necessita investimento para atender a• necessita investimento para atender a• necessita investimento para atender aTerminal de passageiros:Terminal de passageiros:Terminal de passageiros:Terminal de passageiros:Terminal de passageiros:Terminal de passageiros:Terminal de passageiros:

• restituição de bagagensAcesso ao aeroporto:Acesso ao aeroporto:• restituição de bagagensAcesso ao aeroporto:Acesso ao aeroporto:Acesso ao aeroporto:Acesso ao aeroporto:Acesso ao aeroporto:Acesso ao aeroporto:Acesso ao aeroporto:Acesso ao aeroporto:Acesso ao aeroporto:

FONTE: Estudo da consultoria McKinsey contratado pelo BNDES

Ailton de Freitas/5-11-2010 Alexandre Guzanshe/9-7-2010

Alexandre Cassiano/8-7-2010

Eliária Andrade/8-7-2010Michel Filho/18-11-2009

Infraero pode sair do GaleãoModelo para Tom Jobim, ainda a ser definido, seria de concessão total

Geralda Doca

● BRASÍLIA. O Aeroporto InternacionalTom Jobim (Galeão) e o terminal deConfins (Belo Horizonte), que aindanão tiveram modelo de concessão de-finido, deverão ser privatizados nosistema porteira fechada, ou seja, todaa estrutura passaria à iniciativa privada— nos mesmos moldes de São Gonçalodo Amarante (RN). Isso significa que,aprovada esta modelagem, a Infraerovai se retirar totalmente da operaçãodo Galeão, que está sob sua admi-nistração desde a construção.

Já os outros três terminais (Gua-rulhos, Viracopos e Brasília) serão par-cialmente repassados, numa espéciede “concessão administrativa”, em queos investidores serão remunerados pe-lo aluguel de áreas comerciais. Nestecaso, as receitas operacionais (em-barque, pouso e decolagem) serão ar-recadadas pela Infraero.

— É neste modelo de concessãoadministrativa que as equipes in-terministeriais estão trabalhandopara Guarulhos, Viracopos e Bra-sília — disse uma fonte envolvidanas discussões.

No caso de Guarulhos, por exemplo,onde o setor privado poderá construir

apenas o terceiro terminal de pas-sageiros, os técnicos estão estudandoquanto tempo será necessário paraque as receitas comerciais paguem oinvestimento realizado, ou se será pre-ciso repassar ao investidor receitascom aluguel de lojas dos terminais jáexistentes. Em 2010, Guarulhos arre-cadou R$ 275,7 milhões em receitascomerciais (35,78% do total). Já o ae-roporto de Brasília levantou R$ 54,5milhões com a locação de lojas(41,84%), segundo dados da Infraero.

Pressão de governadores é porprivatização integral

Caso Galeão e Confins sejam in-tegralmente repassados ao setor pri-vado, proposta que a Secretaria deAviação Civil (SAC) levará à presidenteda República, Dilma Rousseff, os novosgestores farão os investimentos ne-cessários e vão explorar o serviço,tendo como contrapartida as receitasoperacionais (tarifas) e comerciais dosdois aeroportos, por um determinadoperíodo de tempo.

Segundo fontes da Infraero, no Ga-leão são necessários investimentos deR$ 350 milhões no terminal 2. Já emConfins é necessário construir um no-vo terminal de passageiros, além de

expandir as áreas de pista e pátio, oque demandaria R$ 400 milhões.

A pressão dos governadores do Rio,Sérgio Cabral, e de Minas Gerais, An-tonio Anastasia, é ingrediente a mais nadecisão do governo de conceder in-tegralmente os dois aeroportos ao se-tor privado. Segundo o secretário deTransporte do Rio, Júlio Lopes, essamedida é fundamental para aumentar aeficiência do Galeão.

— Não tenho a menor dúvida de queo processo de concessão de todo oaeroporto vai gerar ganhos de escalaem inúmeras áreas de operação —disse o secretário, acrescentando queo terminal de cargas está com 65% dacapacidade ociosa em função dos pre-ços altos cobrados pela Infraero.

O subsecretário de InvestimentosEstratégicos da Secretaria de Desen-volvimento Econômico de Minas, LuizAntonio Athayde, reforçou que a ne-cessidade de concessão integral deConfins está ligada aos planos pararegião, de ser transformada em polo dealta tecnologia. Várias indústrias jáestão em fase de instalação.

— Isso dará maior capacidade aoaeroporto de se transformar num mo-tor de desenvolvimento e vai melhoraro atendimento durante a Copa. ■

Na América do Sul, Lima éreferência de privatizaçãoHeathrow é apontado como um fracasso

● O modelo de gestão de aero-portos adotado mundo afora ébastante diverso, com exemplosbem e malsucedidos de gerencia-mento pela iniciativa privada. Oaeroporto de Lima, por exemplo,controlado pela alemã Fraport, éapontado como um caso de su-cesso por especialistas. Em 2009 e2010, foi considerado o melhor daAmérica do Sul pela consultoriaSkytrax, referência nesse tipo declassificação no setor.

A Fraport, uma das estrangeirasinteressadas nos aeroportos bra-sileiros, tem 70% da LAP, empresaque detém a concessão do Aero-porto de Lima desde fevereiro de2001. Desde então, já foram inves-tidos US$ 275 milhões em ampliaçãoe modernização de passageiros. Aconcessão é de 30 anos.

Já o aeroporto de Heathrow, emLondres, que também pertence àiniciativa privada, é apontado comoum fracasso do modelo de priva-tização. Com a privatização da au-toridade portuária local (BAA), em1987, ele passou às mãos da es-

panhola Ferrovial em 2006. De lápara cá, os investimentos não foramsuficientes para atender às neces-sidades dos passageiros.

— As taxas são altas e não háconforto para o passageiro. Ocapitalismo é selvagem. Temosque aproveitar o que ele tem debom, que é a flexibilidade e aconcorrência, mas é preciso re-gulação — diz Jorge Leal Me-deiros, especialista em transpor-te aéreo da USP.

Nos EUA, o modelo de gestão émisto. As empresas aéreas operamterminais onde detêm grande nú-mero de voos, mas a gestão dosaeroportos fica a cargo das câ-maras de comércio, que atuam aolado da administração municipal.

— É um modelo descentralizadoe bem-sucedido — diz Adyr daSilva, ex-presidente da Infraero.

Na Europa, o destaque são osaeroportos de Paris, administra-dos pela estatal Aéroport de Paris.Embora nas mãos do Estado, frisaSilva, a empresa tem autonomia nagestão. (Danielle Nogueira)

Editoria de Arte

Page 24: O Globo 280411

24 ● ECONOMIA Quinta-feira, 28 de abril de 2011O GLOBO.

O GLOBO ● ECONOMIA ● PÁGINA 24 - Edição: 28/04/2011 - Impresso: 27/04/2011 — 21: 46 h PRETO/BRANCO

COM ALVARO GRIBEL

oglobo.com.br/miriamleitao • e-mail: [email protected]

PANORAMA ECONÔMICO

MÍRIAMLEITÃO

Boi na linha● O JBS-Friboi não tem condições de garantir que não

está comprando boi de fazenda de desmatamento

ilegal. A empresa tem apenas condições de garantir

que se o pecuarista entrar na lista dos desmatadores

ou dos que praticam trabalho escravo sairá au-

tomaticamente do grupo de fornecedores do fri-

gorífico. Foi o que me disse o presidente do Conselho

de Administração do JBS-Friboi, Joesley Batista.

— O JBS não tem poderde Estado. Não tem o poderde montar o controle. O Es-tado me dá a lista dos quedesmataram ou praticaramtrabalho escravo e eu cum-pro a minha parte. Se o caranão está na lista, como vousaber se ele desmata ounão? Minha missão não é depolícia — disse.

Recentemente, o frigorí-fico, maior empresa de pro-teína animal do mundo,uma multinacional brasilei-ra, foi acusado pelo Minis-tério Público do Acre decomprar carne de fazendaembargada pelo Ibama oude fazenda autuada por tra-balho análogo ao de escra-vo. Escrevi sobre isso aquina coluna, ressaltando o fa-to de que o BNDES não éapenas financiador, mas só-cio do frigorífico, tem 20%das ações. O banco, aliás, étambém o gestor do FundoAmazônia. Difícil entendertanta contradição.

No dia que escrevi a co-luna, tentei falar com o fri-gorífico, como tentei todasas vezes em que tratei dequestões relacionadas àempresa. Esta semana, aempresa procurou a colu-na. Ontem, conversei lon-gamente com o presidente.As explicações que ele deunão me convenceram, masconto aqui porque ajudama esclarecer um pouco acomplicada questão da pe-cuária na Amazônia. Umaempresa que fatura US$ 40bilhões por ano, como eleme disse, deveria ter umsistema de controle dosseus fornecedores, mas eleconsidera que isso é fun-ção do Estado. No entanto,no pacto fechado entre fri-goríficos, ONGs, órgãos go-vernamentais e MinistérioPúblico, o JBS se compro-meteu, junto com outrosgrandes do setor, comoMarfrig e Minerva, a ga-rantir exatamente isso:que não comprariam dequem desmata ou praticatrabalho escravo. Ao fimdo prazo negociado, elespediram mais seis mesespara cumprir o prometido.Agora, ele me disse que sópode garantir que se a em-presa for flagrada pelo go-verno praticando qual-quer dos dois crimes es-tará fora da sua lista defornecedores, mas nãoacha que é seu dever tercontrole sobre a cadeiaprodutiva da empresa.

Sobre a ação do MinistérioPúblico do Acre, Joesley Ba-tista disse o seguinte:

— Foi um equívoco. Te-mos sofrido com isso. O Mi-nistério Público tem todo odireito de abrir uma inves-tigação, mas abrir um inqué-rito não quer dizer que pro-vou que houve alguma coisaerrada. Mas aí sai a notícia. Éapenas um início de inves-tigação. Além do mais, temque se saber quando houve ofato na fazenda. Eu possocomprar hoje de uma fazen-da, ela é autuada amanhã, eunão tenho culpa.

O procurador AnselmoHenrique Cordeiro Lopes,do Ministério Público doAcre, contou que não era uminício de investigação, masuma investigação concluída,

e por isso foi proposta aAção Civil Pública. Disse queeles entraram com a Açãoporque verificaram, atravésdas guias de transporte ani-mal, que 14 dos 50 frigo-ríficos que atuam no estado,entre eles o JBS, tinhamcomprado carne de fazen-das que estavam embarga-das pelo Ibama ou tinhamsido notificadas por traba-lho escravo. Isso, antes dacompra da carne.

— A empresa tem simcomo saber dos problemasporque mantém relações delongo prazo com seus for-necedores. Então é só con-ferir se as fazendas estãonas listas do Ibama ou doMinistério Público do Tra-balho. A empresa não podedizer que comprou gado an-tes de a fazenda entrar nalista. Quando conferimos asguias, temos o cuidado deolhar as datas para ter cer-teza de que a compra foifeita depois que a fazendaentrou na lista do Ibama oudo Ministério do Trabalho— disse o procurador.

O JBS assinou ontem mes-mo um Termo de Ajustamen-to de Conduta (TAC) paraencerrar a Ação Civil Públicado MP do Acre. Ao assinar oacordo, encerra-se a ação. OTAC funciona assim, a em-presa se compromete a nãoadotar mais aquela prática, ea ação é encerrada. Assim,evita-se o processo judicial.A empresa se comprometeunesse TAC, assinado ontem,a deixar de comprar carneoriunda de áreas embarga-das por órgãos de fiscali-zação ambiental, desde quea informação conste em listaoficial e esteja disponível nainternet. Ela se comprome-teu também a não comprarboi de terras indígenas. Alémdo MP do Acre, assinaram oacordo os procuradores deRondônia, Amazonas, Rorai-ma, Pará, Tocantins, Mara-nhão e Amapá.

Joesley tinha dito inicial-mente na conversa comigoque era “absolutamente fal-sa” a acusação, depois dis-se que tinha sido apenasuma abertura de investiga-ção, mas ontem mesmo es-tava assinando o Termo deAjustamento de Condutaque, como o nome indica,quer dizer mudar a con-duta. Perguntei por que elehavia pedido aos assinan-tes do pacto pela carne le-gal, como os supermerca-dos aos quais fornece, maisseis meses para dar a ga-rantia de que seus forne-cedores não desmatam. Eledisse que a empresa é muitogrande, tem 34 unidades,abate 30 mil bois por dia,seis milhões por ano.

Tamanho deveria dar àempresa mais possibilidadede ter um controle maiorsobre sua cadeia produtivae sobre sua lista de for-necedores. Empresas mo-dernas têm que trabalharexatamente para garantirao consumidor que o pro-duto que ele consome é deboa procedência, seja emtermos sanitários, ambien-tais, trabalhistas. Por sergrande, a empresa poderiausar seu poder para ajudara modernização da pecuá-ria brasileira. Se quisesse.

GUINADA AÉREA: Exploração comercial de terminais pode multiplicar receitas

Especialistas apoiam decisão dogoverno de privatizar aeroportosProfessor da USP alerta para risco de custo da obra ficar acima do estimado

Wagner Gomes

● SÃO PAULO. A concessão par-cial dos aeroportos brasileiros àiniciativa privada foi elogiada porespecialistas do setor aéreo, masainda há dúvidas sobre o modeloda permissão, ou seja, não sesabe se a medida abrange so-mente a construção de terminaisde passageiros ou também pistase áreas de estacionamento. Odiretor da consultoria McKinsey,Arlindo Eira Filho, disse que, co-mo detalhes ainda não foramapresentados, é difícil julgar ainiciativa do governo:

— Não tenho como avaliar seé a forma mais correta. É umaboa opção, mas não sei se amelhor. A outra seria dar à In-fraero condições para acelerarseu próprio plano de expansão.

No ano passado, a pedido doBNDES, a McKinsey divulgou umestudo no qual alertou que, paraevitar um colapso no setor, ainiciativa privada teria de par-ticipar da gestão, construção, re-forma e expansão dos aeropor-tos. Eira Filho destacou que aexploração comercial de termi-nais aéreos, como prevê o go-verno, é um bom negócio. Se-gundo ele, em vários países, 50%da receita dos aeroportos vemdessa forma de negócio:

— No Brasil, esse percentual éde 20% a 25%, o que significa umgasto de dois ou três euros porpassageiro. Mas a lógica é au-mentar esses valores para 13 ou14 euros, como em outros ae-roportos internacionais.

Por sua vez, o major-briga-deiro Rafael Rodrigues Filho, doDepartamento de Controle doEspaço Aéreo (Decea), disse quenão adianta construir terminaissem novos pátios e pistas:

—Nãoadiantacolocarpistasenão tiver pátio. E se não tiverterminal também não adianta.

Senadores da basealiada criticam iniciativaSegundo o professor da Uni-

versidade de São Paulo JorgeEduardo Leal de Medeiros, es-pecialista em transporte aéreo, aconstrução de um terminal estávinculada à instalação de novospátiosdeestacionamento.Comoo projeto ainda não saiu do pa-pel, ele disse que é difícil saberse o vencedor da licitação po-derá apenas explorar comercial-mente o espaço. Mas Medeirosacredita que haverá grande in-

teresse de construtoras.— Todas as empreiteiras do

país estão se preparando paraparticipar dessa construção.Agora, não se pode cair no queaconteceu no Rio de Janeiro comos Jogos Panamericanos, ondeas obras ficaram dez vezes maiscaras que o estimado. Quando sepaga com urgência, o preço é

bem mais caro — alertou.Em Brasília, a iniciativa do

governo provocou críticas daoposição e até de aliados. O maisácido foi o senador Jarbas Vas-concelos (PMDB-PE), que cha-mou de “oportunistas” os ata-ques petistas às privatizaçõesfeitas na gestão de FernandoHenrique Cardoso. Sua colega

Vanessa Graziotin (PCdoB-AM)também demonstrou contrarie-dade e fez um alerta:

— Guarulhos será o primeiro eé o mais rentável do Brasil, é agalinha dos ovos de ouro. Quemlevar Guarulhos tem de levar dezaeroportos deficitários junto. ■

COLABOROU: Maria Lima

.

Concorrência pode diminuir tarifasFim do monopólio da Infraero abre caminho para ofertas

● BRASÍLIA. Os efeitos positivos do aumento daconcorrência nas tarifas aeroportuárias, com aentrada do setor privado na administração dosterminais, vai depender da consolidação doprocesso de concessão que o governo pretendeiniciar em maio. Esses benefícios somente serãosentidos quando houver de fato uma disputa nosetor,comacobrançadetarifasdiferenciadasdeacordo com a demanda (hora, dia e temporada)e a melhoria na qualidade do serviço.

Pelos planos do governo, os três aeroportosque tiveram modelagem de concessão definidae vão receber recursos privados (Guarulhos,Viracopos e Brasília) continuarão sob respon-sabilidade da Infraero. Caberá à estatal receberas tarifas de embarque, pouso e decolagem,ficando com o investidor as receitas comerciais.Ou seja, não haverá preços distintos dentro deum mesmo aeroporto.

Já São Gonçalo do Amarante (novo aeroportode Natal), Galeão e Confins (de Belo Horizonte)— deverão ser repassados integralmente ao

setor privado. É nesse contexto que poderá seestabelecer um diferencial de serviço e de tarifa,disse um técnico, porque esses terminais ten-tarão se tornar mais atraentes do que os deoutros estados para chamar tráfego.

Por enquanto, o usuário conta com umaresolução da Agência Nacional de Aviação Civil(Anac), que flexibilizou as tarifas, fixando tetopara os valores e permitindo descontos oucobranças de valores adicionais, dependendodo horário do voo. Os efeitos dessa medida, noentanto, esbarram no monopólio da Infraero,que administra os 67 aeroportos mais impor-tantes do país.

A regra da Anac veio acompanhada de metasde eficiência para cada aeroporto, de acordocom a quantidade de passageiros, o volume decargas e o custo da operação. Falta aindaestabelecer critérios para medir a qualidade dosserviços. Os contratos de concessão deverãoter prazo máximo de 35 anos, podendo serrenovados uma única vez. (Geralda Doca)

0 AEROPORTO TOM JOBIM: modelo de concessão do terminal internacional do Rio ainda não está definido

Márcia Foletto/20-08-2010

Page 25: O Globo 280411

ECONOMIA ● 25Quinta-feira, 28 de abril de 2011 • 2ª edição O GLOBO

O GLOBO ● ECONOMIA ● PÁGINA 25 - Edição: 28/04/2011 - Impresso: 27/04/2011 — 22: 21 h AZUL MAGENTA AMARELO PRETO

BC dos EUA mantém estímulos contra desempregoQuebrando tradição de 97 anos, Bernanke dá entrevista sobre decisão de não subir juros. Objetivo é gerar emprego sem inflação

SEU IMPOSTO DE RENDADevo declarar separadamenteo valor do 13o- salário querecebo na pensão alimentíciade meu ex-marido? Se for ocaso, devo lançá-la em qualcampo? (Isabel)● Não, a pensão alimentícia étributada na forma do carnê-leão, portanto, deve ser de-clarada na ficha Rendimen-tos Tributados Recebidos dePessoa Física/Exterior.

Qual valor máximo pode ser de-duzido em relação a gastos comortodontia para filhos? (Ronaldo)● Não existe um limite paradedução de gastos médicos, in-clusive odontológicos. O que

deve ser observada é a com-provação desses gastos comdocumentação idônea.

Comprei um veículo em janeiro de2011. Preciso declará-lo? (Ro-drigo da Silva)● Não, o veículo será infor-mado no IR de 2012.

■ As respostas às dúvidasdos leitores estão a cargo daconsultoria DeclareCerto IOB.O GLOBO e a DeclareCertoIOB se reservam o direito deselecionar as perguntas queserão respondidas epublicadas no site e no jornal.

Multinacionais do Brasilpõem US$ 11 bi no exterior● Multinacionais com sedes noBrasil voltaram a aplicar recur-sos em outros países e impul-sionaram o desempenho daAmérica Latina como fonte deinvestimentos externos diretos(IED), segundo relatório trimes-tral da Unctad, braço da ONUpara comércio e desenvolvimen-to. A informação foi divulgadaontem pelo site BBC Brasil.

De acordo com a Unctad, em2009, companhias brasileirastrouxeram de volta ao país US$10,1 bilhões que haviam inves-tido no exterior. Porém, no anopassado, empresas enviarampara fora US$ 11,5 bilhões.

“Companhias brasileiras, co-mo Vale, Gerdau, Camargo Cor-rêa, Votorantim, Petrobras eBraskem, fizeram aquisiçõesnas indústrias de minério deferro, aço, alimentos, cimentos,químicos e refino de petróleoem países desenvolvidos”, dizum trecho do relatório, inti-tulado “Global InvestimentsTrend Monitor” (“Monitor deTendências de InvestimentosGlobais”, em tradução livre).

A Unctad revela que, em 2010,o Brasil perdeu apenas para oMéxico em volume de IED. Com-panhias mexicanas enviaramUS$ 12,7 bilhões ao exterior. ■

● WASHINGTON e BRASÍLIA. O pre-sidente do Federal Reserve (Fed)indicou ontem que o banco cen-tral americano não tem pressapara reduzir seu estímulo à eco-nomia, já que o mercado detrabalho ainda está num “buracomuito, muito profundo”. Em umacoletiva sem precedentes, que-brando 97 anos de tradição doFed de não informar nada alémdo comunicado que descreve asdecisões tomadas pelo Comitêde Mercado Aberto (Fomc), Ber-nanke disse que o BC dos EUAestá fazendo o que pode paraaumentar a geração de empregosem elevar a inflação.

— É uma recuperação rela-tivamente lenta — disse Ber-nanke, que parecia nervoso noinício. — Muitas pessoas estãotendo um período difícil.

A entrevista de Bernanke foidada após o Fed reduzir as pro-jeções de crescimento da eco-nomia americana este ano. Aestimativa feita em janeiro, de3,4% a 3,9% em 2011, caiu paraumaestimativaentre3,1%e3,3%.A redução deve-se ao fato de asexportações e os gastos comconstrução e militares terem si-do menores do que o esperado.O crescimento no primeiro tri-mestre deve ter ficado abaixodos 2%, segundo Bernanke.

As decisões do Fomc foramanunciadas ontem, ao fim do

encontro de dois dias do or-ganismo, e indicam que o bancocentral crê que a economia aindaprecisa de ajuda e que fornecê-lanão gerará inflação. As decla-rações dos últimos encontros doFed sugerem um aumento gra-dual em sua confiança na saúdeda economia. Já a nota de ontemaponta que a recuperação estáocorrendo num ritmo moderado.O comunicado afirma que ascondições do mercado de tra-balho “estão melhorando gra-dativamente”.

— Enquanto é muito, muitoimportante ajudar a economia acriar empregos e apoiar a re-cuperação, acho que cada ban-queiro central entende que man-ter a inflação baixa é absolu-tamente essencial para uma eco-nomia bem-sucedida e faremos oque pudermos para garantir queisso aconteça — afirmou Ber-nanke, que busca apoio público.

As observações do presidentedo Fed também podem servir deponto de referência para os in-vestidores, que estão confusoscom discursos contraditórios fei-tos por outros membros do co-mitê de política monetária àsvésperas de cada encontro.

O Fomc aprovou por unani-midade a manutenção de váriaspolíticas que estão sendo ado-tadas com o objetivo de es-timular o crescimento — como

manter as taxas de juros decurto prazo em 0% a 0,25% (des-de dezembro de 2008) e mantero portfólio de investimento doFed em seu nível atual, de cercade US$ 2 trilhões. O Fed tambémanunciou que vai concluir seuplano de compra de US$ 600

bilhões em bônus do Tesouroaté o fim de junho.

Um dia depois de acusar ospaíses desenvolvidos de praticarpolíticas monetárias “frouxas” eantes de saber o resultado dareunião do Fed, o ministro daFazenda, Guido Mantega, disse

ontem que espera que o orga-nismo mude a estratégia de man-ter uma expansão monetária pa-ra recuperar a economia.

— Bernanke deverá falar arespeitodoquantitativeeasing. Seessa política de expansão mo-netária vai continuar ou não. Eu

espero que ele nos diga que nãovai fazer o quantitative easing 3,de modo que tenhamos umaperspectiva de diminuir todo es-se fluxo de recursos monetáriosque atrapalha muitos países ecausa inflação no Brasil e emoutros países emergentes — dis-se o ministro, que não quis sepronunciar após a decisão doFed de manter a estratégia.

‘Inflação está ficando maisalta’, diz presidente do FedSegundo Bernanke, a recupe-

ração econômica dos EUA tor-nou-se autossustentável, o quesignifica que o crescimento con-tinuaria mesmo sem um grandeapoio do governo. Apesar disso,acrescentou que ainda quer verum ritmo mais rápido de ex-pansão e de geração de em-pregos. E alertou, porém, que sea economia fraquejar, pode sermais difícil para o Fed tomarmedidas de estímulo extras porcausa das pressão inflacionária:

— A inflação está ficando maisalta. Não está claro se podemosconseguir melhorias substan-ciais nas folhas de pagamentosem riscos adicionais de aumen-to da inflação, e minha visão é deque não podemos alcançar umarecuperação sustentável semcontrolar a inflação. ■

COLABOROU: Martha Beck

‘Educação, infraestrutura e inclusão’Presidente do Fórum Econômico Mundial indica desafios para América Latina

Bruno Villas Bôas

● Fundador e presidente do Fó-rum Econômico Mundial, o pro-fessor de economia alemãoKlaus Schwab afirma que ospaíses latino-americanos preci-sam “avançar em educação, in-fraestrutura, inclusão social, fi-nanciamento e inovação” paramelhorar o grau de competi-tividade de suas economias egarantir um crescimento sus-tentado. Em entrevista ao GLO-BO, Schwab, que abre hoje noRio a sexta edição para a Amé-rica Latina do fórum que criou40 anos atrás, em Davos, naSuíça, revela otimismo sobre oavanços conquistados e o papelque começa a desempenhar ospaíses da região.

— Desde que se consigaconstruir uma base sólida paraos próximos dez anos, estapode muito bem ser a décadada América Latina — dizSchwab. — A região retirou 40milhões de pessoas da pobrezaem apenas seis anos, embora adesigualdade permaneça co-mo um desafio importante.

Segundo ele, os países la-tino-americanos “já emergi-ram econômica e politicamen-te no cenário mundial” nosúltimos anos. Schwab lembraque o México é o próximo paísa assumir a presidência do G-20 e cita a presença do Brasilno grupo dos Brics.

Mas outros problemas tam-bém estarão em debate no fó-rum: inflação acelerada, câm-

bio apreciado e superaqueci-mento. Os problemas de curtoprazo dos países mudaram des-de a última edição regional doforum no Rio, em abril de 2009,quando os países estavam mer-gulhados na recessão.

Brasil e México devem liderarcrescimento econômico

O evento deste ano tambémficou maior: 700 participantesde 42 países, um recorde. Apresidente Dilma Rousseff, quefaria hoje a abertura do fórum,transferiu sua participação paraamanhã. Serão, ao todo, 29 pai-néis que tratarão de três temasbásicos: governança regional einternacional; avanços em ino-vação e produtividade para ocrescimento equitativo; e pro-

moção de parcerias para o de-senvolvimento sustentável.

Segundo Marisol Argueta deBarillas, presidente do Fórumpara América Latina e Caribe, ainscrição para o evento precisouser encerrada um mês antes porcausadagrandeprocura.Muitospaíses que não integram a Amé-rica Latina enviaram represen-tantes devido ao interesse naregião. Somente a comitiva dosEUA desembarca no país com 39participantes.

— Temos, agora, cinco paísesda América Latina com grau deinvestimento. O interesse égrande. E Brasil e China devemse tornar os grandes catalisa-dores desse crescimento eco-nômico e social da região —acrescenta Marisol Argueta.

BERNANKE: COM crescimento menor este ano, Fed não tem pressa para reduzir estímulos à economia dos EUA

Jason Reed

O mercado detrabalho ainda

está “num buracomuito, muito

profundo”BEN BERNANKE

700 participantes de 42 países estarão no evento,que terá sua abertura oficial hoje e terminará amanhã

PRINCIPAIS NOMESPRESIDENTESDilma Rousseff e Leonel Fernández (República Dominicana)

MINISTROSAntônio Patriota (Relações Exteriores), Aloizio Mercadante (Ciência eTecnologia), Izabella Teixeira (Meio Ambiente), Laurence Golborne

(Mineração do Chile), Felipe Kast Sommerhoff (Planejamento do Chile),Jyotiraditya M. Scindia (Comércio e Indústria da Índia)

GOVERNADORESSérgio Cabral (Rio)e Geraldo Alckmin(São Paulo)

Fortalecendo a governançaregional e internacionalAvanços em inovaçãoe produtividade parao crescimento equitativoPromovendo parcerias efetivaspara o desenvolvimentosustentável

TEMAS PRINCIPAIS1

2

3

Mais sobre o evento

OUTROSFrederico Fleury Curado, presidente daEmbraer • Vikram Pandit, presidente

do Citibank • Luis Moreno, presidente doBanco Interamericano de Desenvolvimento(Bid) • Klaus Schwab, fundador e presidentedo Fórum Econômico Mundial

Editoria de Arte

Page 26: O Globo 280411

26 ● ECONOMIA Quinta-feira, 28 de abril de 2011O GLOBO.

O GLOBO ● ECONOMIA ● PÁGINA 26 - Edição: 28/04/2011 - Impresso: 27/04/2011 — 21: 45 h AZUL MAGENTA AMARELO PRETO

Causa e efeitoReprodução

CAIXAS COM objetos deixados na areia das praias

cariocas (à direita) foram enviadas ontem a dez

mil pessoas. Com elas, uma mensagem: "O lixo

jogado no mar um dia volta. Pra todo mundo". O

alerta é da Surfrider Foundation Brasil. Criada pela

Script, a ação também foi realizada em bares.

NEGÓCIOS & ciaFlávia Oliveira

Furnas 1● A Eletrobras Furnas teráuma rede de mais de 150estações telemétricas até2013, com investimento decerca de US$ 40 milhões. Asestações serão usadas paramonitorar temperatura, ventoe nível do rio nas áreas dosempreendimentos. Há 21 nopaís, afora a central, na sededa empresa no Rio. Ao longodo ano, virão mais 42.

Furnas 2● As estações vão fornecerinformações em tempo real edar suporte a programas demanutenção, operação esegurança das usinas,garantindo mais eficiência emtransmissão, diz Paulo CesarBastos, gerente de Furnas.

Proteção à marca● O Bhering Associados,desde janeiro de 2010, fechou60 acordos com empresasque usaram indevidamentemarcas da Fifa no Brasil. Hácasos nos setores automotivoe de telefonia, entre outros. Oescritório foi contratado pelaFifa e pelo COI para combaterpreviamente a pirataria naCopa 2014 e nos Jogos 2016.Para o mundial de futebol, aFifa já depositou 45 marcas,algumas registradas no INPI.

É classe C● O comércio aindacontabiliza resultados dasvendas da Páscoa. Mas écerto que a data foi da classeC. Ovos que encalharam novarejo da Zona Sul e da Barraforam transferidos para lojasdo subúrbio e da Baixada. Esumiram das prateleiras,atesta um fabricante.

Jacarepaguá 1● A Delta Incorporaçãoestreia sábado, em parceriacom a Conx, no o-Minha Casa,Minha Vida. O Village VIP, emJacarepaguá, terá 388apartamentos. Com valor devendas de R$ 58 milhões, seráentregue em 2013. Este ano, aDelta anuncia ainda doisnovos residenciais na ZonaOeste, e um comercial naZona Norte. Espera crescer30% sobre 2010, quandolançou R$ 34 milhões.

Jacarepaguá 2● A construtora SantaCecília lança o Lagoa Azul,no Pechincha, emJacarepaguá. O projeto terá198 apartamentos de dois etrês quartos. A previsão devendas é de R$ 62 milhões.

Força no aluguel● A Renascença, de locaçãode imóveis, com sede naTaquara, vai abrir maisquatro filiais até julho,totalizando 12. Ficarão naBarra, na Zona Sul, em SãoGonçalo e na BaixadaFluminense. A meta é elevarresultados. Em 2010, foramR$ 1,6 milhão em negócios,alta de 81,5% sobre 2009.

Comércio aquecido● As vendas do comérciovarejista do Rio subiram 6,4%em março, na comparaçãocom o mesmo mês 2010. Odado é de pesquisa do CDL-Rio, com 750 lojistas. Outrodado positivo em março foi oaumento de 7,1% das dívidasquitadas, reabilitando oconsumidor para novascompras. No 1o- trimestre, asvendas cresceram 7,5%.

Enquanto isso, nos vizinhos...Inflação galopante na

Argentina faz varejo e bancosmultiplicarem promoções

Me leva pra casa?

Reprodução

MICHEL SPENCER, CEO da Icap, vem ao Brasil para o Rio Investors

Day, evento de prefeitura e Apimec, em maio. A Icap movimenta US$

2,3 trilhões por dia no mundo. No Brasil, está entre as corretoras top ten.

● Chama atenção na Argentina a profusãode ofertas de preços comércio afora. Res-taurantes, shoppings e redes de varejo seuniram a administradoras de cartões decrédito para seduzir a clientela local —turistas estão fora — com descontos quevão de 10% a 20% ou 25% em dias de-terminados da semana ou numa segundacompra no ponto de venda. Até postos decombustíveis aderiram ao regime. O braçodo Itaú na Argentina, no mês da Páscoa,oferecia descontos de 20% nos chocolatescomprados com cartões do banco. Lojas deeletrodomésticos cortam em 10% o preçodo produto pago em 24 prestações semjuros e em 20% no crediário em 12 meses.Após uma operação de qualquer valor,supermercados distribuem cupons com

desconto de 15% na compra seguinte. Nu-ma economia com inflação galopante — oinstituto oficial, o Indec, fala em 9,7% em 12meses, mas os analistas estimam 27% esteano —, a quantidade de promoções ajuda areordenar o valor das mercadorias, atrairclientes e ampliar a escala de operações deum setor financeiro penalizado pelo juroreal negativo e pela desconfiança históricados consumidores. “Uma economia queoferece esse nível de desconto claramente

perdeu a referência dos preços relativos. Apopulação empobrecida pela inflação altavai atrás das promoções e tanto o varejoquanto os bancos acirram a competição,sem pensar muito nas margens”, analisa oeconomista Luiz Roberto Cunha, da PUC-Rio. Famílias em Buenos Aires começam atomar decisões de compra com base nocronograma de promoções. Abastecem ocarro no dia do desconto no posto; usamcartões de crédito nas lojas conveniadas;carregam cupons e reivindicam os preçosmenores. Dão uma bela lição de economia ede enfrentamento das remarcações aosbrasileiros. Comparada à argentina, a in-flação no Brasil é até baixa. Mas não custacorrer atrás dos preços menores. Faz atébem ao bolso.

OS OLHARES de cãozinho sem dono estarão na nova

campanha do projeto “Adotar é tudo de bom”, da

Pedigree. Criado nos EUA em 2005, chegou ao Brasil

dois anos depois, com objetivo de conscientizar a

população sobre abandono, guarda responsável e adoção

de animais. Criação da Lew’Lara/TBWA, estreia 2a-.

HOJE é O diada EducaçÃO.

a gEntE tEm pElO mEnOs 6 milHõEsdE mOtivOs para cOmEmOrar.

Neste dia, queremos lembrar

uma história de compromisso pela

Educação no Brasil, que começou

a ser construída hámais de 30 anos,

quando o Telecurso foi ao ar

pela primeira vez na televisão.

Desde então, 40 mil professores já

participaram do programa e 6milhões

de alunos concluíram seus estudos

por meio do Telecurso.

Além de ser assistido na TV por

10,6 milhões de pessoas semanalmente

no país, o Telecurso está nas salas

de aula, como política pública, em

parceria com governos estaduais,

municipais, instituições do terceiro

setor e empresas privadas. Sua

metodologia, que inclui a utilização

das teleaulas em DVDs, livros

especialmente preparados para

o programa e formação de

professores, é aplicada hoje em

Pernambuco,Acre, Belo Horizonte,

Amazonas e Rio de Janeiro.

Celebramos com todos os

brasileiros o Dia da Educação, que

para nós é comemorado todos os dias.

Telecurso. Dando oportunidades

iguais a quem a vida deu caminhos

diferentes. Porque educação é tudo.

w w w . t w i t t e r . c o m / t e l e c u r s o | w w w . f a c e b o o k . c o m / t e l e c u r s o

Page 27: O Globo 280411

ECONOMIA ● 27Quinta-feira, 28 de abril de 2011 O GLOBO

O GLOBO ● ECONOMIA ● PÁGINA 27 - Edição: 28/04/2011 - Impresso: 27/04/2011 — 21: 47 h AZUL MAGENTA AMARELO PRETO

Agência de PauloGiovanni se uneà americanaLeo BurnettPublicitário transferirá100% das ações daTailor Made até 2016

Ronaldo D’Ercole

● SÃO PAULO. Depois de 38 anosno país, a americana Leo Burnettestá se associando a uma agên-cia brasileira. Recém-criada pelopublicitário Paulo Giovanni, aTailor Made foi comprada e Gio-vanni vai presidir a agência, quepassa a se chamar Leo BurnettTailor Made. O anúncio do ne-gócio foi feito ontem por TomBernardin, presidente mundialda Leo Burnett, que veio aoBrasil especialmente para divul-gar a operação e apresentar osnovos planos da agência aosclientes locais. A transação en-volveu troca de ações e o valornão foi divulgado.

— Nossos objetivos para aLeo Burnett Brasil são ousa-dos e agressivos. Queremosestar entre as cinco maioresdo mercado em três anos —disse Bernardin.

Em 2010, a agência faturou R$1,17 bilhão e ocupava a 13a- po-sição no ranking das maioresagências brasileiras. Entre seusclientes no país destacam-semarcas como Fiat, Samsung e aProcter & Gamble. Com sede emChicago, a Leo Burnett tem es-critórios em 84 países e é con-trolada pelo grupo francês Pu-blicis, o terceiro maior conglo-merado de comunicação domundo. Há duas semanas, o gru-po anunciou ter adquirido ocontrole da brasileira Talent, daqual detinha 49% do capital des-de setembro do ano passado.

As negociações com a LeoBurnett começaram há oito me-ses, segundo Giovanni, quandoele ainda estava estruturando aTailor Made. Inicialmente, o pu-blicitário está transferindo 5%do capital da sua agência à LeoBurnett, fatia que chegará aos100% até o ano de 2016. O grupode Giovanni tem duas outrasagências, a Mix Brand Expe-rience e a Pop Trade. ■

Americanas.com eSubmarino em quedaSites de venda da B2W despencam emranking que mede qualidade de atendimento

Gilberto Scofield Jr.

● SÃO PAULO e RIO. Problemasenvolvendo a entrega de pro-dutos e serviços levaram os doismaiores portais de comércio on-line do país — Submarino.com eAmericanas.com, ambos daB2W — a despencarem no ran-king anual de satisfação dos con-sumidores que o Instituto Bra-sileiro de Relacionamento com oCliente (IBRC) prepara desde oano passado a pedido da revista“Exame”, que chega hoje às ban-cas de todo o país.

Na versão deste ano, o siteSubmarino, que já foi apontadocomo modelo de varejo eletrô-nico em termos de qualidade deatendimento, caiu da terceira pa-ra a 41a- posição. A America-nas.com despencou do nono pa-ra o 45o- lugar. O estudo foi rea-lizado entre setembro de 2010 ejaneiro deste ano com base emmais de três mil entrevistas comconsumidores de todo o país.

— Essa foi, sem dúvida, agrande surpresa do rankingdeste ano — diz AlexandreDiogo, presidente do IBRC ecoordenador da pesquisa.

O número de queixas rece-bidas, este ano, contra a Ame-ricanas.com pela seção “Defesado Consumidor” do GLOBO cor-roboram a pesquisa. O total dereclamações nos quatro primei-ros meses do ano já supera o de2010 inteiro: 1.173 contra 1.1072.Juntas, as queixas sobre demorana entrega e não entrega de pro-dutos chegam a 70% do total.

O número de reclamações so-bre o Submarino também cres-ceu no ranking da “Defesa”. Fo-ram 544, no ano passado, e jásomam 291 apenas nos primei-ros quatro meses de 2011.

Em comunicado da B2W, osportais apontam para o extraor-dinário crescimento das vendason-line e problemas de parcerias(na área de transporte) como asrazões para as queixas sobreentregas de mercadorias. Tanto

Submarino quanto Americanas.com informaram que problemasoperacionais logísticos de algunsparceiros resultaram em trans-tornos para clientes nos últimosmeses de 2010, gerando impactona agenda de entrega. A empresaafirma que está renegociandocontrato com esses parceiros amelhora de suas operações einvestindo em logística, de en-trega, de tecnologia e de trei-namento de pessoal para ofe-recer uma melhor experiência decompra aos clientes.

— São desculpas que ser-vem para minimizar prováveisproblemas internos na B2W,sejam administrativos, estru-turais ou logísticos — diz oprofessor da Faculdade deEconomia e Administração daUSP Nelson Barrizelli, especia-lista em marketing de varejo.

Ações da B2W caíram39,08% nos últimos 12 meses

A B2W foi formada em 2006com a fusão dos dois portais,ficando o grupo Lojas Ame-ricanas com o controle acio-nário (53,25% das ações) e oSubmarino com o restante(46,75%). Hoje, a B2W incluiem sua carteira de negócios asmarcas Shoptime, Ingres-so.com, Submarino Finance,B2W Viagens e Blockbuster.

A B2W, no entanto, tem de-cepcionado os investidores.Quando estreou na Bolsa, emagosto de 2007, seu valor demercado era de R$ 9,689 bilhões(soma do valor das ações dacompanhia na Bolsa), segundodados da Economatica. Ontem, acompanhia valia R$ 3,347 bi-lhões, o que representa uma que-da de 65,45%. Considerando omesmo período de comparação,a ação recuou 73,69%. Em 2011,as ações recuaram 29,41%. E aqueda foi ainda maior, de 39,08%,nos últimos 12 meses. ■

COLABORARAM Luciana Casemiroe Lucianne Carneiro

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OPORTUNIDADES: Empresas aéreas brasileiras abrem vagas de olho

no crescimento do setor

ECO VERDE: Plásticos biodegradáveis podem prejudicar o meio ambiente....................................................................................................................................................................................................

O GLOBO

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3 P E R G U N TA S

L I V R E M E R C A D O

A CONTINENTAL Airlines terá chef a bordo nos voos Rio-Houston-Rio,

amanhã e dia 6. Vai preparar menu sofisticado para os participantes

da OTC. A feira de óleo e gás no Texas lotou os aviões da empresa.

E-mail: [email protected]

COM GLAUCE CAVALCANTI E MARIANA DURÃO

Quem vai● O Hortifruti aderiu ao Rockin Rio 2011. A rede vaimontar loja de sucos, saladase frutas frescas na área dofestival. Será a primeira vezque a empresa terá ponto devenda num evento. Éestratégia para aproximar amarca do público jovem ereforçar atuação no ramo dealimentação saudável, diz odiretor Fabio Hertel.

Quem vem● Joe Celia, número um daG2 Worldwide, chega aoBrasil dia 3. Quer conhecer omercado publicitárionacional, onde o grupo atuadesde 2005 via G2 Brasil. Aagência é 5a- do setor nomundo. Está em 42 países.

Quem fica● Luiz Lara será reeleitopresidente da Abap por maisdois anos. A eleição é amanhãe não há chapa de oposição.

“Empresa do Rio deveusar agência carioca”● Glaucio Binder, sócio daBinder Visão estratégica, seráeleito presidente da Abap-Rioamanhã. Quer convencercorporações do Rio a serematendidas por agências daqui.

● O bom momento econô-mico ajuda a publicidade?GB: A publicidade é o reflexoda economia local. A viradado Rio garante solo fértil paraa expansão do setor. Vamos,inclusive, recuperar talentosperdidos para São Paulo. E jáhá uma nova geração de pro-fissionais extremamente ta-lentosa. Em poucos anos, oRio subiu de 10% para quase15% do que a publicidademovimenta no país.

● Qual será sua maior metaà frente da Abap-Rio?GB: Convencer as empresasinstaladas no Rio a desen-volverem seus projetos demarketing com agências ca-riocas. A cidade está madurapara ser um polo de lança-mento de campanhas com-pletas, usando os diversoscanais de mídia de formacomplementar.

● E focará em concorrência?GB: Também. Vamos apoiarcom força o projeto da AbapNacional para criar uma su-gestão de modelo mais pro-dutivo para as concorrênciasprivadas. Nosso sonho é queas agências sejam remune-radas pelos projetos apre-sentados às corporações.

• CASAS BAHIA e Ponto Frioestarão no Via Brasil, JardimGuadalupe e Boulevard ShoppingCampos. Os três shoppings abremeste ano no Rio. No Via Brasil, asduas redes criaram 70 vagas.

• A FUNDIÇÃO Filomena abrirá lojasno Via Parque (Barra) e Via Brasil(Irajá). Vai investir R$ 510 mil.

• A MARIA FILÓ inaugura hojeloja no Iguatemi Alphaville (SãoPaulo). Até o fim do ano, abriráoutras quatro, três no Nordeste.Espera crescer 25%.

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Page 28: O Globo 280411

28 ● ECONOMIA Quinta-feira, 28 de abril de 2011O GLOBO.

O GLOBO ● ECONOMIA ● PÁGINA 28 - Edição: 28/04/2011 - Impresso: 27/04/2011 — 21: 46 h AZUL MAGENTA AMARELO PRETO

INDICADORES O GLOBO NA INTERNET

a Veja mais indicadores e números do mercado financeirooglobo.com.br/economia/indicadores

ÍNDICESNOVEMBRO DEZEMBRO JANEIRO FEVEREIRO MARÇO ABRIL

Bovespa -4,2% +2,36% -3,94% +1,22% +1,79% N.D.

Salário mínimo (Federal) R$ 510 R$ 510 R$ 540 R$ 540 R$ 545 R$ 545

Salário mínimo (RJ) R$ 581,88 R$ 581,88 R$ 581,88 R$ 581,88 R$ 581,88 R$ 639,26

TR

24/04:0,1116% 25/04: 0,1484% 26/04: 0,1300%

Selic: 11,75%

IMPOSTO DE RENDA

IR na fonte • Abril/2011Parcela

Base cálculo Alíquota a deduzir

R$ 1.566,61 Isento —

De R$ 1.566,62 a R$ 2.347,85 7,5% R$ 117,49

De R$ 2.347,86 a R$ 3.130,51 15% R$ 293,58

De R$ 3.130,52 a R$ 3.911,63 22,5% R$ 528,37

Acima de R$ 3.911,63 27,5% R$ 723,95

Deduções: a) R$ 157,47 pordependente; b) dedução especial paraaposentados, pensionistas e transferidospara a reserva remunerada com 65 anosou mais: R$ 1.566,61; c) contribuiçãomensal à Previdência Social; d) pensãoalimentícia paga devido a acordo ousentença judicial. • Obs: Para calcular oimposto a pagar, aplique a alíquota ededuza a parcela correspondente à faixa.• Esta nova tabela só vale para orecolhimento do IRRF este ano.Correção da primeira parcela: -Fonte: Secretaria da Receita Federal

INSS/AbrilTrabalhador assalariadoSalário de contribuição (R$) Alíquota (%)

Até 1.106,90 8de 1.106,91 até 1.844,83 9de 1.844,84 até 3.689,66 11

Obs: Percentuais incidentes de forma nãocumulativa (artigo 22 do regulamentoda Organização e do Custeio daSeguridade Social).

Trabalhador autônomoPara o contribuinte individual efacultativo, o valor da contribuição deveráser de 20% do salário-base, que poderávariar de R$ 545 a R$ 3.689,66

UfirAbrilR$ 1,0641Obs: foi extinta

Ufir/RJAbrilR$ 2,1352

Unif

Obs: A Unif foi extinta em 1996. CadaUnif vale 25,08 Ufir (também extinta).Para calcular o valor a ser pago,multiplique o número de Unifs por 25,08e depois pelo último valor da Ufir (R$1,0641). (1 Uferj = 44,2655 Ufir-RJ)

INFLAÇÃO

IPCA (IBGE)Índice Variações percentuais

(12/93=100) No mês No ano Últ. 12meses

Outubro 3149,74 0,75% 4,38% 5,20%Novembro 3175,88 0,83% 5,25% 5,63%Dezembro 3195,89 0,63% 5,91% 5,91%Janeiro 3222,42 0,83% 0,83% 5,99%Fevereiro 3248,20 0,80% 1,64% 6,01%Março 3273,86 0,79% 2,44% 6,30%

IGP-M (FGV)Índice Variações percentuais

(08/94=100) No mês No ano Últ. 12meses

Outubro 440,829 1,01% 8,98% 8,81%Novembro 447,206 1,45% 10,56% 10,27%Dezembro 450,301 0,69% 11,32% 11,32%Janeiro 453,875 0,79% 0,79% 11,50%Fevereiro 458,397 1,00% 1,80% 11,30%Março 461,249 0,62% 2,43% 10,95%

IGP-DI (FGV)Índice Variações percentuais

(08/94=100) No mês No ano Últ. 12meses

Outubro 434,882 1,03% 9,16% 9,11%Novembro 441,754 1,58% 10,88% 10,75%Dezembro 443,427 0,38% 11,30% 11,30%Janeiro 447,764 0,98% 0,98% 11,27%Fevereiro 452,047 0,96% 1,94% 11,12%Março 454,805 0,61% 2,57% 11,09%

CÂMBIO

DólarCompra R$ Venda R$

Dólar comercial (taxaPtax) 1,5697 1,5705Paralelo (São Paulo) 1,52 1,68Diferença entre paralelo e comercial -3,16% 6,97%Dólar-turismo esp. (Banco do Brasil) 1,48 1,62Dólar-turismo esp. (Bradesco) 1,50 1,65

Obs: A cotação Ptax do dólar americanode dias anteriores pode ser consultada nosite do Banco Central, www.bc.gov.br.Clicar em “Economia e finanças” e,posteriormente, em “Séries temporais”.

Outras moedasCotações para venda ao público (em R$)

Euro 2,30247Franco suíço 1,78075Iene japonês 0,0189671Libra esterlina 2,58898Peso argentino 0,381684Yuan chinês 0,239057Peso chileno 0,00337489Peso mexicano 0,135074Dólar canadense 1,63720Fonte: Mercado

Obs: As cotações de outras moedasestrangeiras podem ser consultadasnos sites www.xe.com/ucc ewww.oanda.com.br.

BOLSA DE VALORES: Informaçõessobre cotações diárias de ações eevolução dos índices Ibovespa e IVBX-2podem ser obtidas no site da Bolsa deValores de São Paulo (Bovespa),www.bovespa.com.br.CDB/CDI/TBF: As taxas de CDB e CDIpodem ser consultadas nos sites de Anbid(www.anbid.com.br), Andima(www.andima.com.br) e Cetip(www.cetip.com.br). A Taxa BásicaFinanceira (TBF) está disponível no sitedo Banco Central (www.bc.gov.br). Épreciso clicar em “Sala de imprensa” e,posteriormente, em “Séries temporais”.FUNDOS DE INVESTIMENTO:Informações disponíveis no site daAssociação Nacional dos Bancos deInvestimento (Anbid), www.anbid.com.br.Clicar, no quadro “Rankings eestatísticas”, em “Fundos deinvestimento”.IDTR: Pode ser consultado no site daFederação Nacional das Empresas deSeguros Privados e de Capitalização(Fenaseg), www.fenaseg.org.br. Clicar nabarra “Serviços” e, posteriormente, emFAJ-TR. Selecionar o ano e o mêsdesejados.ÍNDICES DE PREÇOS: Outrosindicadores podem ser consultados nossites da Fundação Getulio Vargas (FGV,www.fgv.br), do Instituto Brasileiro deGeografia e Estatística (IBGE,www.ibge.gov.br) e da Andima(www.andima.com.br).

Correção da PoupançaDia Índice24/04 0,5778%25/04 0,5549%26/04 0,5606%27/04 0,5839%28/04 0,6236%29/04 0,5371%30/04 0,5371%01/05 0,5371%02/05 0,5158%03/05 0,5483%04/05 0,5934%05/05 0,5626%06/05 0,5887%07/05 0,5828%08/05 0,5612%09/05 0,5365%10/05 0,5603%11/05 0,6036%12/05 0,5631%13/05 0,5771%

Dia Índice14/05 0,5851%15/05 0,5681%16/05 0,5395%17/05 0,5635%18/05 0,5927%19/05 0,5693%20/05 0,5765%21/05 0,5890%22/05 0,5890%23/05 0,5890%24/05 0,6122%25/05 0,6491%26/05 0,6307%

Obs: Segundo normado Banco Central,os rendimentos dos dias29, 30 e 31correspondemao dia 1o

- do mêssubsequente.

Com medidas do governo, crédito começa a cairSegundo o BC, volume diário de concessões de empréstimos a pessoas físicas diminuiu 5,4% este mês. Juros subiram

Patrícia Duarte

● BRASÍLIA. As mais recentesmedidas tomadas pelo gover-no para inibir o crédito e evitarmais altas na inflação — comoo aumento de 1,5% para 3% naalíquota do Imposto sobreOperações Financeiras (IOF)sobre os empréstimos volta-dos a pessoas físicas decididoeste mês — já estão surtindoefeito nas taxas de juros, comaltas expressivas, e nas con-cessões, com reduções no vo-lume de empréstimo. Porém, obom momento da economiabrasileira, com mais empregoe renda, pode minimizar estemovimento. Ou seja, as pes-soas vão continuar fazendosuas compras financiadas.

As concessões médias diá-rias de crédito perderam forçaem abril. Até o dia 12, haviamrecuado 5,4% para pessoas fí-sicas e 8% para as empresas.Em março, o BC apurou que amédia diária de concessõescresceu 3,5%, sendo que, paraas empresas, a taxa foi de 5,5%e para as famílias, de 0,7%.

De acordo com o Banco Cen-tral (BC), até o último dia 12, osjuros médios das famílias haviamsubido 2,1 pontos percentuais,para 47,1% ao ano, o maior pa-tamar desde maio de 2009(47,3%). Em março, elas já ha-viam crescido de 43,8% ao anopara 45%. Para as empresas, estemês, os juros médios não mu-daram, mas em março saltaramde 30,6% ao ano para 31,3%.

— Já estamos vendo o im-pacto do IOF — reconheceu ochefe do departamento Econô-mico do BC, Túlio Maciel, acres-centando que os efeitos de ou-tras medidas macroprudenciaistambém ainda são sentidos.

Entre as principais moda-lidades de crédito cobradasdas famílias, destaque para ocheque especial, com alta de

7,2 pontos percentuais emmarço, para 174,6% ao ano.

— Os juros devem continuarsubindo e o consumidor ficamais receoso, mas ainda há bas-tante confiança na economia.Ainda impera a ideia de que, se aprestação cabe no bolso, o con-sumidor faz crédito. É precisoficar muito atento — avaliou ovice-presidente da Anefac (en-tidade que reúne os executivosde finanças), Miguel de Oliveira.

Inadimplência acima de 90dias em março ficou estável

Em dezembro, o BC anunciouuma primeira leva de ações queencareceram e limitaram o cré-dito de longo prazo voltado abens de consumo duráveis. Ogoverno tem buscado segurar asconcessões de crédito para evi-tar mais pressões na inflação,reduzindo o consumo.

O crescimento do volumede crédito na economia per-

deu força em março, ao avan-çar 1% sobre o mês anterior.Em fevereiro, esse cresci-mento havia sido de 1,3% e,no trimestre, de 2,7%. Comisso, acrescentou o chefe dodepartamento, o volume deempréstimos já cresce no rit-mo esperado pelo próprioBC, na casa de 13% ao ano. Hápouco mais de um mês, opresidente do BC, AlexandreTombini, chegou a afirmarque expansão de 15% ao anonão era desejável, por serinflacionário, e defender queo razoável seria um ritmoentre 10% e 15%.

Ainda segundo o BC, a ina-dimplência acima de 90 dias emmarço ficou estável no segmen-to de empresas (3,6%) e, parapessoas físicas, houve uma levealta de 0,1 ponto percentual,para 5,9%. Maciel, no entanto,não descarta a possibilidade deos calotes subirem nos próxi-

mos meses, já que as medidasmacroprudenciais encareceramo acesso ao crédito. Sinal dissosão os calotes entre 15 e 90 diasque, só em março, subiram 0,6ponto percentual para pessoasfísicas, chegando a 6,5%.

— Deve haver um aumento(da inadimplência) na margem,mas nada muito significativo. Te-mos aumento de renda e deemprego que compensam .

Esse movimento, no entanto,já começou a ser sentido pelomercado. O executivo de umgrande banco nacional informouque a inadimplência já começoua dar sinais de força e prevê que,a curto prazo, ela pode avançarainda mais, sobretudo nos con-sumidores com renda inferior aR$ 3 mil mensais. Isso não é umproblema estrutural, que tragariscos graves de solvências, maslembra que as taxas de jurospodem subir mais em decor-rência da ampliação do risco. ■

48%

A EVOLUÇÃO DO SETOR NO PAÍS

Fonte: Banco Central

*Até o dia 12

*Até o dia 12

Taxa média de juros

Abr*MarFevJan/2011DezNovOutSetAgoJulJunMaiAbrMarFevJan/2010

PeríodoNovembro/10DezembroJaneiro/11FevereiroMarçoAbril*

Total6,7%-9,4%-7,3%8,4%3,5%-6,9%

Pessoafísica6%

-14,4%-0,7%8,9%0,7%-8%

Pessoajurídica

7,1%-6%

-11,3%8%

5,5%-5,4%

Variação no mês da média diáriade concessões de crédito

Operações de crédito (percentual do PIB)

*Estimativa

48%

2011*20102009200820072006200520042003

43% 42% 41% 41,1% 41,5% 40,4% 40,5% 39,9% 39,4% 40,4%39,1%

40,6%

43,8% 43,8% 45%47,1%

24% 24,5%28,1% 30,7%

34,8%40,5%

44,4% 46,7%

PESSOAS FÍSICAS (% ao ano)

O

Presidente do Citigroup dizque não há bolha no Brasil

Pandit se diz ‘confortável’ com crédito

Andrew Harrer/Bloomberg News/1-4-2011

VIKRAM PANDIT: pressões inflacionárias em vários emergentes

Déficit da Previdência recuou 56% emmarço e foi o 2o- menor desde 2003Saldo ficou negativo em R$ 3,1 bi. Aumento da arrecadação puxou resultado

Eliane Oliveira

● BRASÍLIA. A economia aindaaquecida e o crescimento dotrabalho formal contribuíram pa-ra uma queda real de 56,2% nodéficit da Previdência Social emmarço, em relação ao mesmomês do ano passado. A diferençaentre a arrecadação e o paga-mento de benefícios ficou ne-gativa em R$ 3,135 bilhões. Foi osegundo resultado mais baixodesde dezembro de 2003, quan-do o saldo mensal ficou R$ 3,3bilhões no vermelho.

Segundo o ministro da Pre-vidência, Garibaldi Alves Filho,além do aumento da arrecada-ção, houve queda de despesasno período. Ele citou como fa-tores que ajudaram na melhorado saldo reduções de pagamen-tos de precatórios e aposenta-dorias. Do lado das receitas,

ocorreu alta mensal real (des-contada a inflação do períodomedida pelo INPC) de 6,7%. Já opagamento de benefícios tevedecréscimo real de 12%.

Em março, Previdência pagou28,273 milhões de benefícios

No primeiro trimestre de 2011,o déficit acumulado no INSS foide R$ 9,5 bilhões, montante mui-to menor do que o apurado nomesmo período de 2010 (R$14,215 bilhões). Foram arreca-dados, nos três primeiros mesesdeste ano, R$ 52,913 bilhões epagos benefícios da ordem de R$62,386 bilhões.

— Estou encarando com certootimismo esses resultados, por-que eles vêm se verificando mêsa mês — afirmou o ministro.

Garibaldi destacou que o re-sultado obtido nas áreas urbanasfoi fundamental para as receitas

previdenciárias no período. Emmarço, o governo registrou oterceiro superávit consecutivodo ano nesta categoria, no valorde R$ 1,1 bilhão. É nas cidadesque se concentram os trabalha-dores com carteira, que con-tribuem ao longo da vida para oINSS. Já na área rural concen-tram-se benefícios quase assis-tenciais, que não resultaram demuitos anos de contribuição.

Em março de 2011, a Pre-vidência Social pagou 28,273 mi-lhões de benefícios, sendo24,523 milhões previdenciários eacidentários e os demais, as-sistenciais. Houve elevação de4,3% em comparação com omesmo mês do ano passado. Asaposentadorias somaram 15,707milhões de benefícios, volume3,6% superior ao número de apo-sentados existentes em marçodo ano passado. ■

Paulo Justus

● SÃO PAULO. O presidentemundial do Citigroup, VikramPandit, afastou ontem o riscode uma bolha bancária noBrasil. Ele se diz “confortá-vel”, tanto com a qualidadequanto com o volume de cré-dito. Pandit, que está no Bra-sil para co-presidir o FórumEconômico Mundial no Rio,disse que o maior desafioatualmente está no controleda inflação. Segundo ele, éum fenômeno comum a qua-se todos os mercados emer-gentes, por causa da impor-tância que passaram a ter naretomada do crescimento.

— Os mercados emergen-tes estão operando em plenacapacidade e, provavelmen-te, em pleno emprego. Poresse motivo, temos pressõessobre os preços aqui no Bra-

sil e em vários países emer-gentes no mundo. Para lidarcom isso, a longo prazo, te-mos de aumentar a capaci-dade produtiva. A curto pra-zo, controlar a demanda.

Pandit disse que o des-compasso entre demanda eoferta é também resultado docancelamento de projetos deinvestimento que estavamem curso na época da crise.

O presidente do banco aoconsumidor nas Américas,Manuel Medina-Mora, dizque 60% do faturamento e70% do lucro líquido do Ci-tigroup vêm hoje dos mer-cados internacionais. Den-tro desses mercados, aAmérica Latina é conside-rada prioridade. SegundoPandit, a região respondepor 20% do negócio do gru-po. No Brasil, o Citi empregahoje 7 mil pessoas.

.

Bovespa tem queda de 1,31%Aversão a risco derruba ações. Dólar sobe 0,44% e fecha a R$ 1,571

Lucianne Carneiro*

● Com um aumento de aversão ao risco nomercado, a Bolsa de Valores de São Paulo(Bovespa) fechou ontem em queda. O Ibo-vespa, referência do mercado, recuou 1,31%,aos 66.264 pontos, com um volume de ne-gócios expressivo, de R$ 6,2 bilhões. A cau-tela na expectativa do discurso do pre-sidente do Federal Reserve (o banco centralamericano), Ben Bernanke, e a preocupaçãocom a inflação no Brasil influenciaram o diano mercado, que viu investidores estran-geiros saírem da Bolsa.

Das 69 ações do Ibovespa, 54 caíram, comdestaque para bluechips. Petrobras PN (pre-ferencial, sem voto) teve queda de 1,76%, a R$25,74, enquanto a ordinária (ON, com voto)perdeu1,46%,aR$28,93.ValePNArecuou1,11%,a R$ 46,27, e Vale ON caiu 1,29%, a R$ 51,90.

As units da Santander foram exceção esubiram 4,74%, a R$ 18,80. O banco divulgahoje o balanço relativo ao primeiro trimestredo ano e o mercado espera desempenhomelhor que o dos últimos resultados.

— O volume de negócios forte indicousaída de investidores estrangeiros. A in-flação continua preocupando e os dados deconcessão de crédito mostram que o ritmode crescimento econômico deve desacele-rar, levantando cautela sobre o desempenhodas empresas — aponta o sócio-diretor daHera Investimentos Nicholas Barbarisi.

Já o dólar avançou 0,44%, a R$ 1,571. A altarefletiu a maior aversão ao risco, mas ana-listas reforçam que a tendência da moedaamericana ainda é de queda e o ganho deontem foi “um repique técnico”.

A agência de classificação de crédito Stan-dard & Poor’s (S&P) reduziu ontem de estávelpara negativa a perspectiva para a dívida doJapão, diante do temor que as consequênciasda tragédia no país compliquem ainda mais suasituação fiscal. A dívida do Japão está qua-lificada pela S&P como AA-, a quarta maior notana escala. O movimento ocorre pouco mais deuma semana de a mesma S&P ter reduzido aperspectiva para a dívida dos Estados Unidos.

(*) Com agências internacionais

Editoria de Arte

Page 29: O Globo 280411

ECONOMIA ● 29Quinta-feira, 28 de abril de 2011 O GLOBO

O GLOBO ● ECONOMIA ● PÁGINA 29 - Edição: 28/04/2011 - Impresso: 27/04/2011 — 21: 20 h AZUL MAGENTA AMARELO PRETO

E-mail para esta coluna: [email protected] siga a coluna: twitter.com/blogecoverde

Brasil não deveatingir metasde saneamento● Poucos indicadores representam tão bemo grau de desenvolvimento de um paísquanto o saneamento básico. E o Brasil, quehoje é a sétima economia do mundo e almejaser a quinta nos próximos anos, não temmotivos para se orgulhar dos seus números.Apenas 43% dos nossos esgotos sãocoletados e cerca de um terço deles recebealgum tipo de tratamento. Todo o resto, innatura, vai contaminar rios, praias e lagos, eprovocar doenças, principalmente emcrianças com menos de cinco anos.

O Brasil é signatário das Metas do Milênio,da ONU, que preveem, entre outras coisas,que os países devem reduzir em 50%, até2015, o número de pessoas sem acesso aágua potável e esgoto sanitário. Segundotécnicos do governo, será muito difícilalcançar essa meta. Com relação à água, asituação é melhor. Temos mais de 80% decobertura, mas convivemos com uma tristeestatística: quase 30 milhões de brasileirosnão têm água de qualidade em casa.

Em julho, a presidente Dilma assinará umdecreto criando o Plano Nacional deSaneamento Básico, que destinará, até 2030,R$ 420 bilhões para coleta e tratamento deesgoto, abastecimento de água, drenagem,gerenciamento de resíduos e para uma novarubrica intitulada “desenvolvimentoinstitucional”. Que nada mais é do quecapacitar prefeituras e órgãos estaduais afazerem projetos decentes e a gerenciá-los.

Para se ter uma ideia, dos 101 projetos desaneamento do PAC previstos para cidadescom mais de 500 mil habitantes, apenasquatro foram concluídos até hoje. Dos R$ 10bilhões anuais disponibilizados, somente30% foram gastos. Pelo menos 16 empresasde saneamento dos estados estão quebradase não podem sequer se habilitar a receberum financiamento. Uma história bem antigade descaso e abandono que deixa escorrerpelo ralo o projeto de país desenvolvido.

Melhores e piores● Quatro municípios da Baixada Fluminensedisputam o lamentável título de pior cidadebrasileira em termos de saneamento. Comuma população de quase três milhões dehabitantes, Duque de Caxias, Nova Iguaçu,Belford Roxo e São João de Meriti têmíndices de coleta e tratamento de esgotospróximos de zero, de acordo com o SistemaNacional de Informações sobre Saneamento(SNIS). Os dados são de 2008 e, em maio, vãoser divulgados os de 2009. Mas tudo indicaque a situação não mudará. No lado opostoda lista, as melhores do país: Jundiaí, Franca,Uberlândia e Niterói, apesar do acidente hádez dias numa estação de tratamento.

Primeiro mundo● Mesmo que o Brasil use com inteligênciaos R$ 420 bilhões previstos e cumpra a metade universalização do saneamento básicoaté 2030, ainda assim estaremos longe dospadrões adotados na maioria dos países daEuropa e nos Estados Unidos. De acordocom a professora Márcia Dezotti, engenheiraquímica da Coppe, os tratamentos usados noBrasil não evitam a contaminação das águaspor micropoluentes como produtosquímicos e fármacos que podem causarrisco à saúde humana e animal. Entre essesresíduos estão as pílulas anticoncepcionaisque alteram do sexo dos peixes.

NA COMUNIDADE de Nova Esperança, em Sepetiba, um menino tenta escapar da vala negra que corre

pela região. Quase 60% dos brasileiros não têm coleta de esgoto em suas casas e apenas um terço do

que é recolhido sofre algum tipo de tratamento. O Brasil havia se comprometido com a ONU, através das

Metas do Milênio, a resolver, até 2015, pelo menos parte desse problema. Não deve conseguir.

“FAÇA SUA PARTE

● O acesso ao saneamento básico e àágua potável, de acordo com a ONU, éum direito humano essencial. Noentanto, 2,6 bilhões de pessoas nomundo não dispõem de coleta e nemde tratamento de esgoto e cerca de 900milhões continuam vivendo sem terfontes confiáveis água potável.

ECO VERDEAgostinho Vieira • oglobo.com.br/blogs/ecoverde

● Um estudo feito pelo Instituto Trata Brasil, em 81cidades brasileiras com mais de 300 mil habitantes,mostra uma clara relação entre a falta de coleta deesgoto e o número de internações por doenças como adiarreia. A incidência de infecções é quatro vezesmaior nessas localidades do que em regiões mais bematendidas. Em 16 dessas cidades, 70% das internaçõeseram de crianças com até cinco anos. Dados da ONUindicam que para cada dólar investido em saneamento,quatro são economizados em saúde. Mas a falta deuma coleta adequada não é um problema exclusivo deáreas carentes. Mais de 20% dos condomínios da Barraainda convivem com ligações clandestinas. Cobrar umaação responsável do prefeito ou do síndico é uma boamaneira de fazer a sua parte.

Vamos triplicar osvalores investidos

em tratamento de esgotoe de água. O Brasilprecisa zerar o déficit emsaneamento porque éuma vergonha, no séculoXXI, ainda termos essetipo de problema

Presidente Dilma Rousseff, nodebate da Rede Globo, em outubro

Custódio Coimbra

Lucro do Bradesco cresce 28% no primeiro trimestreAguinaldo Novo

● SÃO PAULO. O Bradesco re-gistrou lucro líquido de R$ 2,702bilhões no primeiro trimestredeste ano, 28,5% a mais do quede janeiro a março de 2010. Oresultado refletiu a expansão de21% da carteira de crédito nosúltimos 12 meses e a alta da

Selic desde dezembro passado— que elevou a margem deganho entre captações e em-préstimos concedidos. De acor-do com compilação da consul-toria Economática, foi o segun-do maior lucro da história dosbancos no país para o períododo primeiro trimestre, só per-dendo para o do Itaú Unibanco

em 2010 (R$ 3,234 bilhões).— O cenário doméstico con-

tinua favorável e mantemos umavisão muito positiva — afirmou ovice-presidente e diretor de Re-lações com Investidores do Bra-desco, Domingos Abreu.

O banco não mudou as pre-visões para o crescimento dacarteira de crédito neste ano

(entre 15% e 19%), a despeito dossinais de que as medidas ado-tadas pelo governo para tentaresfriar a economia começaram adar resultado. Pelo balanço pu-blicado ontem, a carteira total decrédito somou R$ 284,6 bilhõesao fim de março, com alta de 21%desde março de 2010 e de 3,8%na comparação com dezembro

passado. O número foi puxadopelas operações com pequenas emédias empresas (29,4%) e gran-des corporações (23,4%). Já ademanda por financiamentos nosegmento de varejo, motor daeconomia até o ano passado,teve menor expansão: de 16,4%nos últimos 12 meses e de ape-nas 2% no trimestre.

Abreu diz que o consumo dasfamílias deve continuar crescen-do e descarta um novo repiqueda inadimplência. No primeirotrimestre, créditos vencidos hámais de 90 dias representaram3,6% da carteira total, estávelfrente a dezembro e interrom-pendo um ciclo de cinco tri-mestres de queda. ■

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O M U N D OQuinta-feira, 28 de abril de 2011O GLOBO

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O GLOBO ● O MUNDO ● PÁGINA 32 - Edição: 28/04/2011 - Impresso: 27/04/2011 — 21: 25 h AZUL MAGENTA AMARELO PRETO

União para resgatar ofascínio pela monarquia

Príncipe William e Kate participam de ensaio geral para ocasamento de amanhã, que promete modernizar a realeza

C A S A M E N T O

REALFernando Duarte

Correspondente • LONDRES

H ouve outras ocasiões do gênero nos úl-timos 30 anos. Nenhuma, porém, che-gou perto da expectativa com que fãsda monarquia britânica vão se aglome-

rar nas ruas de Londres ou à frente de telas aoredor do mundo amanhã, quando a partir de11h (7h de Brasília), o príncipe William e KateMiddleton farão muito mais do que consolidarum relacionamento que mesmo sem o protoco-lo da nobreza já teria jeito de conto de fadas. Do“sim” na Abadia de Westminster à aparição nasacada do Palácio de Buckingham, o casal es-tará intensificando os esforços na operação deresgate do fascínio despertado pela mais famo-sa família real do mundo.

Se em 1981 o casamento do príncipe Char-les com Diana foi um marco para a imagem dafamília real, o desmanche em praça pública daunião entre o herdeiro do trono e a Princesado Povo resultou numa publicidade negativaque teve sua intensidade multiplicada pela re-lativa frieza com que o Palácio de Bu-ckingham lidou com a morte de Lady Di — dademora em colocar as bandeiras do palácio ameio-mastro à relutância da rainha ElizabethII em vir a público prestar homenagem à ex-nora, ainda que o relacionamento entre asduas nunca tenha sido dos melhores.

Para britânicos, um casal‘cool’ que já mora junto● Agora, porém, o filho mais velho da princesasobe ao altar ao lado da primeira plebeia a sejuntar ao círculo principal da Casa de Windsorem 350 anos. Sua história pessoal, ainda que con-tada à revelia (Kate deu apenas uma entrevistaaté hoje, ao lado do príncipe William durante oanúncio do noivado, em novembro), também en-controu respaldo junto ao público. Tanto por de-safiar os estereótipos de classe britânicos — Dia-na era filha de um barão, por exemplo — quantopor sintonizar um pouco mais com as expecta-tivas de mulheres mais modernas.

— É um casal completamente cool. Está subin-do ao altar quase aos 30 anos, morou junto du-rante os últimos sete. Outro dia li também queKate é primeira futura rainha com um diplomauniversitário (História da Arte)! — diz a ameri-cana Eirin Powell, estudante de sociologia ame-ricana que veio a Londres esta semana especial-mente para tentar ver o casal de perto (ontem,por exemplo, ela observava osmelhores pontos de vista ao re-dor da Abadia de Westminster).

Tal combinação entre cool eapego à tradição explica por queas autoridades de segurança sepreparam para ver pelo menosum milhão de pessoas se espre-mendo ao longo do percursoque os noivos farão entre a aba-dia e o palácio, à espera tambémde espiar a rainha e outros famo-sos (outras personalidades bri-tânicas de apelo global, como ojogador David Beckham e o can-tor Elton John, estão na lista deconvidados).

Mesmo os que não testemu-nharem in loco (e a expectativa éde que o casamento poderá serassistido por dois bilhões depessoas) deverão presenciar ou-tra característica de Kate que an-da entusiasmando os comenta-ristas de assuntos reais. Se noi-vas anteriores pareciam coelhosparalisados por luzes mais fortes, a futura prin-cesa é vista como nascida para o papel.

— Diana e Sarah Ferguson (que se casou como irmão do meio de Charles, o príncipe Andrew)tiveram que se adaptar à mudança em suas vi-das com a entrada na família real. Kate já está lá— opina o historiador Hugo Vickers.

Já William concluirá amanhã sua transição dexodó para futuro rei dos britânicos. Ainda comas feições joviais que tanto lembram a mãe, o se-gundo na linha de sucessão do trono aproveitoua moratória dada pela mídia britânica após amorte de Diana, num acidente de carro em Paris,enquanto fugia de paparazzi, para tentar crescerde maneira mais normal possível (tinha apenas15 anos), antes de mergulhar no ofício com oqual já nasceu comprometido.

Os britânicos só não verão piadas sobre ocasamento. Em contrato com as emissoras, afamília real proibiu qualquer “comédia, sátiraou programa de entretenimento similar” como assunto.

A noiva e o noivo não têm água gelada nasveias. Ela, para não ser traída pelos nervos ama-nhã, participou há duas semanas de um ensaioda cerimônia religiosa, ao lado de parentes e deHarry, padrinho de casamento de William. On-tem, voltou ao local, dessa vez acompanhada deWilliam, e sob a escolta de comboio policial.

Nas primeiras horas do dia tinha sido a vez demil integrantes das Forças Armadas, que mar-charam pelo percurso, com uniformes comple-tos e simulando o desfile que acompanhará osnoivos. A única diferença para o que farão ama-nhã foi a ausência de sons nas bandas musicais,já que a lei do silêncio fica em vigor até 6h30m.

Difícil imaginar que será respeitada amanhã, ajulgar pelo fato de que fãs já vem acampando empontos-chave do percurso desde terça-feira. ■

SOLDADOS ESCOLTAM uma carruagem pela avenida

The Mall, centro de Londres, num ensaio para a

cerimônia de amanhã (acima); ao lado, fãs

acampam em frente à Abadia de Westminster, onde

o príncipe William se casará com a plebeia Kate

Middleton. Abaixo, os noivos chegam, junto com o

príncipe Harry, à abadia para um ensaio do enlace:

expectativa é que dois bilhões de pessoas

acompanhem o evento

Darren Staples/ Reuters

Linda, elegante e com umobjetivo: ser princesa

John Walsh

● A reviravolta na vida de Kate Middleton co-meçou no final de semana em que ela partici-pou de uma caçada, na Escócia, em 2007. Ves-tindo uma jaqueta de camuflagem, calça jeans,botas e brincos de pérola, ela ganhou instru-ções de como segurar o rifle e se preparou pa-ra acertar em um alvo de metal a pouco maisde um quilômetro e meio de distância.

Até então, ela nunca havia segurado uma ar-ma. Tampouco havia mostrado interesse poresportes sangrentos. Mas o outono de 2007 foidiferente. Ou a burguesa de Berkshire era acei-ta pela família ou não. Ela e William haviamrompido o namoro em abril daquele mesmoano. Os rumores davam conta de que eles ha-viam se separado porque o príncipe, na épocacom 24 anos, se achava muito novo para casar.A viagem a Balmoral era a oportunidade demostrar que a volta dos dois tinha sido paravaler, e Kate não perdeu a chance.

Desobedecendo aos ativistas dos direitosdos animais e esquecendo as fofocas de queela estaria fazendo de tudo para engolir a rea-leza, ela se entregou ao esporte. E funcionou.Dava para ver pelos olhos de William nas fotos.Em dezembro do mesmo ano, ela se mudoucom ele para Clarence House, em Londres.

Mas será que a vida de Kate foi construída

pelo desejo (dela e de seus pais) de conquistarum príncipe? Ou existe mesmo uma mulher in-teressante e independente atrás da inofensivabeleza e da educação impecável? Será que elaestá preparada para aguentar a famosa e con-turbada "firma" real só porque o amor de suavida é parte dela? Ou será o título de princesa(ou duquesa) seu grande objetivo?

Nascida em Berkshire, ela passou parte desua infância em Amã, na Jordânia, onde os paistrabalhavam para a British Airways. Seu pai vi-nha de uma família de comerciantes e sua mãe,de mineiros. Na Universidade de St. Andrews,ela estudou História da Arte. Depois trabalhoucomo compradora de acessórios da famosa re-de de lojas Jigsaw, antes de se voltar exclusi-vamente para a empresa de artigos de festados pais. Tudo sem um olhar de descontenta-mento, uma faísca de mau humor ou de com-portamento inapropriado da parte de Kate.

Seus amigos de colégio descrevem a futuraprincesa como “uma alma caridosa e sensível”.Colegas de classe na universidade dizem queela era imperceptível, passava batida aos olhosda maioria. Seu monitor de História da Artemal se lembrava dela:

— Não fazia nada para chamar atenção parasi mesma, era muito discreta — conta ele.

Não há uma mancha de anarquia sequer —uma noite de bebedeira nem uma pulada de

cerca — para atrapalhar o histórico de Kate.A perseguição, no entanto, é no mínimo cu-

riosa: Kate era apaixonada por William desde aadolescência e viu o príncipe pela primeira vezquando a escola dele, Eton, enfrentou a dela,Marlborough, em um jogo de hóquei. QuandoWilliam voltou de uma expedição no Chile, em2000, Kate viajou com o mesmo grupo tambémpara o mesmo país um mês depois.

Sempre houve a desconfiança de que suamãe, Carole, escolhera St. Andrews só por cau-sa do príncipe William. Mas há algo estranhotambém no fato de Kate ter frequentado umaescola conhecida por formar esposas de pri-meiros-ministros britânicos. E como Kate con-seguiu uma vaga no mesmo alojamento que opríncipe em St. Andrews? Nós, claro, não faze-mos a menor ideia.

É mais provável que Kate Middleton, sim-plesmente, seja uma pessoa sem grandes mis-térios. Ela é linda, elegante e sorridente. Aomesmo tempo, ela será a primeira rainha bri-tânica a ter um diploma universitário e poderádiscutir arte no palácio real.

Diante da chance de se tornar duquesa, Kateexpressou a preferência de ser chamada ape-nas de "princesa Catherine". Isto parece o cer-to e nós devemos desejar apenas felicidades.

JOHN WALSH é colunista do “Independent”

Toby Melville/ Reuters

Phil Noble/ Reuters

Page 33: O Globo 280411

O MUNDO ● 33Quinta-feira, 28 de abril de 2011 O GLOBO

O GLOBO ● O MUNDO ● PÁGINA 33 - Edição: 28/04/2011 - Impresso: 27/04/2011 — 21: 06 h AZUL MAGENTA AMARELO PRETO

Entrada

Nave

Galeriado órgão

Famíliada noiva

FamíliaReal

NoivosMadrinha:Pippa Middleton

Padrinho:príncipeHarry

Coral econvidadosespeciais

O arcebispode CanterburyTorres

OesteA CERIMÔNIA

Do altar ao esperado beijo

Naveconvidadosespeciais

Durará de 1h a 1h15m e estarãopresentes 1.900 convidadosentre familiares, amigos e chefesde Estado e governo.O arcebispo de Canterbury,Rowan Williams, celebraráa cerimônia

A ABADIADesde 1066 tem sido usadacomo local para coroação eenterros de monarcasbritânicos. Sob o solo daabadia estão os restos mortaisde 17 reis. Em 1245,Henrique III demoliu a antigaconstrução e reergueu aabadia no estilo gótico, comoé conhecida hoje. A igrejaficaria completa em 1745,com a construção das duastorres na entrada oeste

AS CARRUAGENSSerão usadas cincocarruagens, de quatro tipos,no transporte da família real

The Glass Coach: será usadapelo casal caso chova.Construída em 1881

Semi State Landau: serãoduas, uma levando a rainha eo duque de Edimburgo; eoutra com o príncipe de Gales,a duquesa da Cornualha e ospais de Kate Middleton

Ascot Landau: serão duas;uma com o padrinho e amadrinha, e a outra com asdamas de honra

State Landau: construída paraa coroação do rei Eduardo VII,em 1902

PASSEIO APÓSO CASAMENTOO príncipe William e KateMiddleton serão acompanhadospelos cavaleiros do regimentomontado no passeio da Abadiade Westminster até o Paláciode Buckingham. O trajetopermitirá ao casalcumprimentar os súditosbritânicos, e o percursocontempla diversos pontosturísticos, como o Parlamento,Whitehall e The Mall. Se nãochover, eles vão usar a StateLandau, carruagem usada porCharles e Diana em 1981

38 coroações17 sepultamentos15 casamentos2.000 lugares regulares

60m

TorresOeste

Claustro

Nave

Altar

CapelaHenrique VII

100m

Household CavalryMounted Regiment (HCMR)É o regimento mais antigo doExército britânico, com grandereputação histórica emcombates. Ao todo, 150soldados em suas montariasacompanharão a família real

CocheirosSão dois porcarruagem, quatrocavalos por carruagem

AjudantesuniformizadosSão dois, auxiliam ocasal a subir e descerda carruagem

Kate

William

Alvim e Fernando Alvarus/Editoria de Arte

Saint James Park

TheMall

Rio Tâmisa

Ponte Westminster

TrafalgarSquare Estacão

CharingCross

London Eye

Big BenPonte Westminster

TrafalgarSquare

Household

Residprimeiro-ministro

EstaçãoCharingCross

London Eye

Parlamento

Big Ben

8h15mDepois dacerimônia, osnoivos, as famíliase os convidadosvoltam em desfileaté o Palácio deBuckingham

Saint James ParkSaint James Park

TheMall

HouseholdHousehold

ResidResidprimeiro-ministroprimeiro-ministro

PaPa

8h15mDepoiscerimnoivose os cvoltamaté oBuckin

O casamento mais esperado doséculo começa às 7h (horáriode Brasília) e deve ser visto pormais de 2 bilhões de pessoas.Ao término da cerimônia, opríncipe William e KateMiddleton seguirão numacarruagem até o Palácio deBuckingham, onde, às 9h25m,devem aparecer no balcão etrocar um beijo, assim comoocorreu com o príncipe Charlese Diana (1981) e o príncipeAndrew e Sarah Ferguson(1986). Depois, haverá umarecepção a convite da rainhapara 600 convidados, seguidade um jantar e uma festaoferecidos pelo príncipeCharles para 300pessoas. No Brasil,o evento poderáser acompanhadopor Rede Globo,Globonews, GNT,CNN International,Record News eRede TV!

Residência realPALÁCIO DEBUCKINGHAMDe 6h25m a6h35mMembros dafamília real sedirigem à abadia6h40mA rainha e o duquede Edimburgodeixam o palácio

2

Residência do príncipeCharles e filhosCLARENCE HOUSE6h10mO noivo e o príncipeHarry (padrinho) saem6h38mCharles e Camillaseguem para a abadia

1

5h50mAutoridades erepresentantesde países6h15mO noivo William

6h45mA família da noiva erealeza já estão na igreja6h55mA noiva chega e ocasamento começa

CHEGADA À ABADIA DE WESTMINSTER4

Kate Middleton e famíliaHOTEL GORING6h20m a 6h48mA família da noiva deixa o hotel.A irmã de Kate (madrinha)sai logo depois6h51mKate parte em companhia do pai

3A irmã dsai logo6h51mKate par

ado doárioo poras.

o

de Residência realLÁ

Trajeto para a Abadia de Westminster

Trajeto para o Palácio de Buckingham

C A S A M E N T O

REAL

Page 34: O Globo 280411

34 ● O MUNDO 2ª edição • Quinta-feira, 28 de abril de 2011O GLOBO.

O GLOBO ● O MUNDO ● PÁGINA 34 - Edição: 28/04/2011 - Impresso: 27/04/2011 — 22: 10 h AZUL MAGENTA AMARELO PRETO

Obama, o havaianoAcossado por rivais, presidente divulga certidão para provar que não é queniano

EUA trocam figuras-chave da área de segurançaSecretário da Defesa será substituído por atual dirigente da CIA. Comandante da operação no Afeganistão assumirá a agência

Fernando Eichenberg

Correspondente

● WASHINGTON. A Casa Brancafinalizou a costura na espera-da mudança na cúpula de se-gurança nacional do governo.Quatro alterações importan-tes serão oficialmente anun-ciadas hoje pelo presidentedos Estados Unidos, BarackObama. Com a aposentadoriado secretário de Defesa, Ro-bert Gates — que deverá se re-tirar de cena nos próximosmeses —, assumirá o posto oatual diretor da CIA, a agênciacentral de inteligência ameri-cana, Leon Panetta. Para diri-gir a CIA, será designado o ge-neral David Petraeus, hoje co-mandante das operações mili-tares no Afeganistão.

Petraeus, por sua vez, serásubstituído pelo general daMarinha John Allen, o segun-do na hierarquia do comandomilitar americano na Ásia Cen-tral e no Oriente Médio. Paraembaixador em Cabul, no lu-gar de Karl W. Eikenberry seránomeado Ryan Crocker, diplo-mata aposentado com passa-gens pelo Iraque, Paquistão,Líbano, Síria ou Kuwait. No ho-rizonte também se configura,para mais tarde, a troca doatual chefe do Estado MaiorConjunto das Forças Armadasdos EUA, almirante Mike Mul-len, pelo seu vice, o general Ja-mes Cartwright.

Os movimentos nas princi-pais peças do tabuleiro da se-gurança nacional ocorrem àsvésperas de estratégicos ecruciais combates contras asforças talibãs no Afeganistão,próximo do prazo estipuladopara o início da retirada detropas americanas da região— o que poderá ser adiado—, e no ano do encerramentodas operações militares noIraque. Os novos responsá-veis escolhidos por Obamaterão de lidar ainda com asconsequências das insurrei-ções no mundo árabe e aguerra civil na Líbia.

Panetta terá que lidar comcortes no orçamento militar

Robert Gates estava no co-mando do Pentágono desde2006, nomeado pelo presiden-te George W. Bush e mantidono cargo por Obama. Sua atua-ção foi fundamental no con-vencimento do presidente emfortalecer as ações militaresno Afeganistão, em 2009. Suacumplicidade com a secretáriade Estado, Hillary Clinton, erabastante forte até a primeira

importante diver-gência, provoca-da recentementepela participaçãodos EUA no con-flito na Líbia.

Leon Panetta,72 anos, era o pre-ferido de Gatespara substituí-lono posto, e se tor-nará o mais velhosecretário de De-f e s a n o c a rg o .Além de lidar comos intr incadosdossiês de guer-ra, terá como umdos principais de-safios aprofundara redução do or-çamento militar,inflado após os ataques terro-ristas de 11 de setembro de2001. Há duas semanas, Oba-ma fixou o objetivo de mais U$400 milhões em cortes nascontas da Defesa e de progra-mas de segurança nos próxi-mos 12 anos. Panetta possuiexperiência nessa área: foi di-retor do Departamento de Ad-ministração e Orçamento daCasa Branca, durante o man-dato de Bill Clinton, e colabo-rou nas negociações para aaprovação do Orçamento dogoverno, em 1993.

A CIA foi capitaneada pelaúltima vez por um graduadomilitar no período 2006-2009,no mandato do general Mi-chael Hayden. O general Da-vid Petraeus — que se apo-sentará do Exército e exerce-rá suas novas atividades semuniforme — leva a vantagemde ter trabalhado em conjun-to com a CIA nas operaçõesmilitares americanas no Ira-que e no Afeganistão, alémde ter estabelecido próximasrelações com governos es-trangeiros.

Para Christopher Preble, di-retor de Política Externa doInstituto Cato, de nada adian-tará a troca de nomes da equi-pe se não forem alteradas po-líticas de segurança nacional.

— A CIA questionou algu-mas das previsões mais oti-mistas sobre um sucesso imi-nente no Afeganistão. De for-ma geral, Petraeus focou to-das as suas energias nos últi-mos nove anos tentando aper-feiçoar a capacidade militardos EUA em guerras às quais amaioria dos americanos seopõe. Ele parece comprometi-do com uma missão de longoprazo no Afeganistão, o queparece agradar a alguns — dis-se Preble. ■

● WASHINGTON. A política americana nun-ca cessa de surpreender o resto do mun-do em suas rixas internas. As rusgas par-tidárias por vezes alcançam nuances pa-téticas. Ao ponto em que, ontem, o pre-sidente da nação se viu obrigado a montartodo um aparato de comunicação paraexibir publicamente a sua certidão de nas-cimento. A iniciativa de Barack Obamapretende encerrar de vez com os boatos

de que teria nascido no Quênia, na África,e não no Havaí, nos Estados Unidos.

Na campanha presidencial de 2008, faceaos constantes questionamentos de seusadversários sobre seu local de nascimen-to, o então candidato já havia postado nainternet uma versão curta de sua certidão.Mas não foi o suficiente para estancar osrumores, incensados pela oposição repu-blicana e pelo movimento ultraconserva-

dor Tea Party. Mais recentemente, foi avez do bilionário Donald Trump, queameaça lançar sua candidatura para con-correr na eleição presidencial de 2012, de-safiar o atual titular da Casa Branca a pro-var que não apenas o pai dele — este sim,nascido no Quênia — veio ao mundo emsolo africano.

A certidão integral divulgada ontemcomprova que Obama nasceu na mater-nidade Kapiolani, em Honolulu, no Ha-vaí, às 19h24m de 4 de agosto de 1961.

— Esse assunto já vem há dois anos emeio. Confesso que assisti a tudo comdivertimento e fiquei confuso. Não te-mos tempo para esse tipo de bobagem.Temos coisas mais importantes para fa-zer. Temos grandes problemas para re-solver. Estou confiante de que podemosfazê-lo, mas teremos de focar neles —desabafou Obama em seu pronuncia-mento à imprensa.

Seu principal contestante, o magnataTrump, aproveitou a oportunidade etambém subiu ao palanque para, ao mi-crofone, dizer que se sentia “orgulhoso”e “honrado” pelo papel que teve no ca-so, obrigando o presidente a se mani-festar de forma transparente.

— Eu me sinto orgulhoso por ter con-seguido algo que ninguém antes conse-guiu. Sinto que consegui algo realmentemuito importante, e estou honrado porisso — disse Trump. (F.E.)CERTIDÃO ANTIBOATOS: documento prova que Obama nasceu na capital do Havaí em 1961

J. Scott Applewhite/AP

PANETTA SERÁ o mais velho

secretário da Defesa (acima).

Gates (ao lado, à direita) se

aposenta e Patraeus (ao lado,

à esquerda): militar na CIA

Reuters/ 09-01-2009 Reuters/ 07-03-2011

WikiLeaks: papéis sem valor judicialAdvogados de presos de Guantánamo são impedidos até de falar sobre relatórios

Scott Shane

Do New York Times

● WASHINGTON. Qualquer pes-soas que estiver surfando na in-ternet essa semana pode aces-sar gratuitamente os documen-tos sobre prisioneiros da basemilitar americana de Guantána-mo, em Cuba, imprimi-los ou en-viá-los por email. Com exceção,no entanto, dos advogados querepresentam os prisioneiros.

Na última segunda-feira, ho-ras após o vazamento pelo Wi-kiLeaks, o Departamento de Jus-tiça informou aos advogados dedefesa dos prisioneiros de Guan-tánamo que os documentos, le-galmente, ainda permaneciamconfidenciais, mesmo após te-rem sido revelados ao público.Como os advogados devem res-peitar cláusulas de segurança,eles são obrigados a tratar osdocumentos “de acordo com to-das as precauções relevantes”— manuseando-os, por exem-plo, somente em edifícios gover-namentais, de acordo com o De-partamento de Justiça. Esse éapenas o último obstáculo ab-surdo imposto à enxurrada dematerial confidencial obtido pe-lo WikiLeaks recentemente.

Joseph Margulies, advogadode Abu Zubaydah — preso tor-turado pela CIA — disse que nãopode comentar as novas revela-

ções a respeito de seu cliente.— Todo mundo pode falar

sobre isso, menos eu.Os obstáculos impostos a ad-

vogados de Guantánamo trazemimplicações sérias, segundoMargulies, que escreveu um li-vro sobre a prisão. Decisões so-bre quem é libertado são in-fluenciadas por pressões políti-cas e públicas, segundo ele.

— É importante poder usaresses documentos para in-fluenciar a discussão em praçapública — disse. — Se um do-cumento contiver acusaçõesinfundadas contra um prisio-neiro, um advogado deveriapoder refutá-las publicamente.

Mas, para o professor de Di-reito Internacional da TempleUniversity Peter Spiro, o dilemaenfrentado pelo governo é real.A lei é clara: somente um docu-mento que tenha sido propria-mente desvelado perde sua pro-teção. E se o governo decidisseque documentos confidenciaisrevelados perdessem automati-camente o status de protegido,isso criaria um incentivo maiorpara que funcionários contri-buíssem com vazamentos.

— Mas isso faz com que o go-verno pareça totalmente inade-quado — afirma Spiro. — Há do-cumentos na primeira páginados jornais, e parece ridículo fin-gir que eles não existem. ■

CORPO A CORPO

SALIL SHETTY

‘EUA perderam legitimidade’● BRASÍLIA. Diante dos vaza-mentos do WikiLeaks, o se-cretário-geral da Anistia In-ternacional, Salil Shetti, dis-se ao GLOBO que os EUAnão têm legitimidade para“ensinar direitos humanos”.

Roberto Maltchik

O GLOBO: Nesta semana, oWikiLeaks confirmou umasérie de violações na prisãode Guantánamo. Como o se-nhor avalia tais revelações?SALIL SHETTY : Para nós,essa não é uma grande his-tória nova. Uma vez lá, nãohá julgamento justo. Osamericanos não podem en-sinar lições sobre direitoshumanos, me desculpe.

● De que forma o senhoranalisa os desdobramentosdas revoluções popularesno norte da África e noOriente Médio?SHETTY: Na Tunísia, háuma situação muito melhor,

no Egito ainda se tem desa-fios e na Líbia e na Síria te-mos grandes problemas. Osditadores estão caindo,mas as ditaduras, não.

● Como o Brasil será trata-do no relatório anual sobredireitos humanos, que serádivulgado em maio?SHETTY: As nossas pesqui-sas retratam a gravidade daviolência da polícia, as condi-ções das prisões, a falta dedemarcação das terras indí-genas. Outro ponto em desta-que é o impacto dos projetosde desenvolvimento nas co-munidades locais. Quanto àpolítica externa, ainda hámuita ambivalência.

● O senhor crê que a socie-dade brasileira apoia polí-ticas de direitos humanos?SHETTY: Esse é o grandeproblema do Brasil. A médiada sociedade não pensa emdireitos humanos, mas simem direitos dos criminosos.

Patriota critica paísesdesenvolvidos por abusosSegundo chanceler, debate sobre direitoshumanos está polarizado entre Norte e Sul

Catarina Alencastro

● BRASÍLIA. Em sua primeira vi-sita à Comissão de Relações Ex-teriores do Senado como chan-celer, o ministro Antonio Patrio-ta criticou ontem duramente ospaíses desenvolvidos, acusan-do-os de serem os principaisresponsáveis por abusos de di-reitos humanos. O ministrotambém se disse preocupadocom a escalada de violência naSíria, onde há uma grandequantidade de brasileiros, e empaíses do Norte da África queenfrentam conflitos, mas disseque o governo está à disposi-ção dos brasileiros que estãona região. Ele afirmou que, paraquem queria voltar, o Itamaratyorganizou o retorno. Agora está“atento” para resolver situa-ções de emergência, à medidaque elas surgirem.

— O debate sobre direitoshumanos é polarizado entreNorte e Sul, como se os paísesdesenvolvidos só tivessem oque ensinar aos países em de-senvolvimento. É uma visãoequivocada, porque os pioresabusos foram cometidos porpaíses desenvolvidos. Todosdevem se submeter a examese a reexaminar suas próprias

situações e práticas — dissePatriota, reiterando que, nestaárea, a presidente Dilma Rous-seff afirmou que quer “liderarpelo exemplo”.

Diplomatas na linhade frente de crises

Ao avaliar a política externanestes cem primeiros dias dogoverno Dilma, o chanceler dis-se que a presidente demonstroupragmatismo ao buscar “resulta-dos concretos” em setores nosquais o Brasil precisa estabele-cer parcerias para alcançar oque chamou de “próximo está-gio de desenvolvimento”. Ele ci-tou encontros de Dilma com opresidente dos Estados Unidos,Barack Obama, e da China, HuJintao. Sobre sua própria gestãono comando do Itamaraty, Pa-triota aproveitou para elogiar osdiplomatas brasileiros que esti-veram na linha de frente em paí-ses em conflito, e no Japão, apóso terremoto e crise nuclear.

— Nesses poucos meses emque estive no Itamaraty, conteicom o heroísmo de diplomatasque se encontraram em situa-ções-limite no mundo árabe, noCairo, na Líbia e no Japão. Tenhoorgulho de contar com tamanhopatriotismo — afirmou. ■

Page 35: O Globo 280411

O MUNDO ● 35Quinta-feira, 28 de abril de 2011 O GLOBO

O GLOBO ● O MUNDO ● PÁGINA 35 - Edição: 28/04/2011 - Impresso: 27/04/2011 — 21: h PRETO/BRANCO

Irmãos erivais

Israel critica acordo entre Fatah e HamasFacções palestinas, rompidas há 4 anos, vão formar governo interino. Para Netanyahu, medida inviabiliza paz

● JERUSALÉM. O Partido Fatah,do presidente palestino, Mah-moud Abbas, e o rival Hamaschegaram ontem a um acordopara formar um governo inte-rino e realizar eleições geraisem aproximadamente oito me-ses. O acordo, que deve ser as-sinado na próxima semana,para unir Cisjordânia e Faixade Gaza novamente sob um sócomando, no entanto, esbarrana resistência do governo is-raelense, para quem o Fatahdeve fazer uma escolha:

— A Autoridade Nacional Pa-lestina deve escolher entre a pazcom Israel e a paz com o Hamas.Não há a possibilidade de fazera paz com os dois, porque o Ha-mas quer destruir Israel — disseo primeiro-ministro israelense,Benjamin Netanyahu.

O acordo foi alcançado noEgito, após reuniões secretas.Os dois lados romperam em2007, após uma guerra civil quedeixou o movimento islâmico nocontrole de Gaza, enquanto o Fa-tah, mais secular e com o apoiodo Ocidente, comandava a Cis-jordânia. Críticos acusam Israelde fomentar a divisão.

EUA reagem com frieza echamam Hamas de terrorista

A reaproximação foi lenta edifícil, com uma proposta deacordo no ano passado, me-diada pelo Egito, empacandoem algumas questões, como ofato de o Hamas não reconhe-cer a legitimidade de Israel.

Para analistas, a reconciliaçãosó foi possível porque as duasfacções se encontram enfraque-cidas: o Fatah devido ao fracas-so da última rodada de negocia-ções com Israel e ao crescimen-to das colônias judaicas; o Ha-mas, pelo bloqueio de produtosa Gaza. Retomar a unidade pa-lestina é visto como crucial parareviver a perspectiva de um Es-tado independente compreen-dendo os dois territórios.

— Concordamos em formarum governo composto por figu-

ras independentes que podemcomeçar a preparar as eleiçõespresidenciais e parlamentares— disse Azzam al-Ahmad, nego-ciador do Fatah. — As eleiçõespodem acontecer em cerca deoito meses a contar de agora.

Segundo Mahmoud al-Zahar,negociador do Hamas, o acordoestabelece cinco pontos, in-cluindo uma força de segurançaconjunta e a reativação do Con-selho Legislativo Palestino(Parlamento). Foi discutida ain-da a reativação da Organizaçãopara a Libertação da Palestina.Eles também concordaram emlibertar prisioneiros detidosdos dois lados. Ele será imple-mentado logo após a assinatu-ra, na próxima semana.

Num pronunciamento pelaTV, Netanyahu lançou uma ad-vertência a Abbas. Ele deixouclaro que não fecharia umacordo com a Autoridade Na-cional Palestina numa uniãocom o Hamas.

— O Hamas dispara fogue-tes contra nossas cidades emisseis antitanques contranossos filhos — disse. — Aideia de reconciliação mostraa fraqueza da ANP e levanta aquestão se o Hamas vai tomara Judeia e a Samaria (Cisjordâ-nia), como fez com Gaza.

Nabil Abu Rdaineh, asses-sor de Abbas, reagiu dizendoque “esse é um assunto inter-no e não tem nada a ver comIsrael”.

O P I N I Ã O

.

ESPERANÇA

AZZAM AL-AHMAD, negociador do Fatah, anuncia o acordo, sentado entre dois membros do Hamas: rivais tentam superar divisões do passado

Asmaa Waguih/Reuters

● Os problemas entre aAutoridade Nacional Pa-lestina, dominada peloFatah (do falecido líderYasser Arafat), e o movi-mento islâmico Hamasse intensificaram apósas eleições legislativasde 2006 e resultaramnum conflito sangrentoque separou Cisjordâniae Faixa de Gaza. Abaixo,alguns momentos desserompimento:

● JANEIRO DE 2006: OHamas vence as elei-ções leg is la t ivas de2006, conquistando 74das 132 cadeiras no Par-lamento palestino e de-satando uma crise polí-tica nos territórios.

● MARÇO DE 2006: O Ha-mas assume o poder,mas outras facções pa-lestinas se recusam a to-mar parte. Os EstadosUnidos restringem con-tatos com os palestinos.EUA e União Europeiacortam a ajuda aos terri-tórios no mês seguinte.

● FEVEREIRO/MARÇO DE2007: É assinado umacordo. Mahmoud Ab-bas, presidente da ANP,pede a Ismail Haniyeh,do Hamas, para formarum Gabinete e respeitartratados assinados comIsrael.

● JUNHO DE 2007: O Ha-mas assume o controleda Faixa de Gaza. O go-verno de união nacionalé desfeito, e Israel acir-ra o bloqueio à Faixa deGaza.

Kadafi recrutou 121 adolescentes em escolasSegundo ativista, muitos dos jovens, de 15 a 17 anos, foram feridos ou mortos em ataques da Otan

● TRÍPOLI. Uma equipe da ONUenviada à Líbia para investigaracusações de abusos de direitoshumanos cometidos por tropasleais a Muamar Kadafi encon-trou-se ontem com funcionáriosdo governo de Trípoli, que pro-meteram cooperar com o grupo.A equipe pediu acesso a prisões,hospitais e regiões do país ondehá suspeita de que abusos este-jam sendo cometidos. Além deserem acusados pela morte decentenas de civis, pela prisão dejornalistas estrangeiros e portorturas, as forças de Kadafi es-tão agora sendo denunciadaspelo uso de adolescentes de 15 a17 anos em combates.

A informação, revelada pelo“El País”, foi obtida pelos rebel-des quando capturaram o gene-ral do Exército Mohamed Jafir,em Ajdabiya, há duas semanas.O militar portava documentosque indicam que ao menos 121adolescentes foram retirados deescolas no oeste do país e envia-dos à frente de combate.

— Eles estudavam em escolas

que incluem treinamento militar— disse Ahmed Mefré, membroda organização de direitos hu-manos Alkarama, que enviou osdocumentos ao Tribunal PenalInternacional. — O que não sig-nifica que possam combater,pois nenhum tem 18 anos.

Otan vai instalar escritórioem Benghazi

Segundo Mefré, muitos des-ses jovens foram feridos e aten-didos em hospitais, e outrosmorreram — alguns em decor-rência dos bombardeios das for-ças internacionais. Além disso,há relatos de que Kadafi está ar-mando jovens de 17 anos comfuzis AK-47 para construir umafrente contra a Otan.

Funcionários do governo líbiogarantiram que a idade mínimapara receber o armamento é 17anos, mas um repórter do“Guardian” constatou que, na ci-dade de Sbia, a menos de 100quilômetros de Trípoli, meninasde 7 anos frequentam centros detreinamento militar, e são educa-

das sob a doutrina do regime.Paralelamente, a Otan e os

EUA deram mais um voto deconfiança aos rebeldes. A Alian-ça Atlântica decidiu estabelecerum escritório em Benghazi paraestreitar as relações com o Con-selho Nacional Líbio, liderançados insurgentes. A decisão re-presenta uma mudança de estra-tégia da Otan, que há alguns diasdeclarou não ter intenção de seenvolver na política líbia.

Num golpe involuntário con-tra os rebeldes, no entanto, umbombardeio da Otan matou 12insurgentes perto de Misurata.

Até então cautelosos em rela-ção à liderança insurgente, osEUA declararam que o Conse-lho rebelde merece o apoioamericano, mas ainda não deci-diram reconhecer o grupo co-mo representante oficial da Lí-bia. Nas últimas semanas, con-gressistas americanos e funcio-nários do governo haviam ex-pressado o temor de que terro-ristas estivessem infiltrados naliderança rebelde. ■ESTUDANTE LÍBIA segura arma e retrato de Kadafi na cidade de Sbia

O GLOBO

MAIS MUNDO HOJENA INTERNET:oglobo.com.br/mundo

FOTOGALERIA: Os

casamentos reais

mais badalados da

História recente.

ESPECIAL: Casamento

real de A a Z

PARECE, MAS NÃO É:

Londres sedia concurso

de sósias dos noivos reais.

Partido de Assad já revela divisõesMais de 200 membros deixam Baath. ONU não chega a acordo sobre condenação

● DAMASCO. O Partido Baath, dopresidente Bashar al-Assad, co-meça a dar sinais de divisão.Ontem, cerca de 200 membrosem Deraa e regiões próximasdeixaram o grupo, num protes-to contra a repressão aos mani-festantes na cidade. Em Banias,outro foco de revolta, mais 28membros saíram.

A renúncia no partido, quegoverna a Síria desde 1963 se-ria algo impensável antes queas manifestações pró-demo-cracia eclodissem em Deraa,em 18 de março.

“Devido à posição negativaadotada pela liderança do parti-do em relação a Deraa, e após amorte de centenas de pessoas eo ferimento de milhares nasmãos das forças de segurança,anunciamos nossa renúncia co-letiva”, dizia a declaração. O Ob-servatório Sírio de Direitos Hu-manos elevou ontem o númerode civis mortos para 453.

Cercada, Deraa está ficandosem comida, água e remédios.Donos de mercados estão distri-buindo produtos — comida en-latada, na maioria. Um morador

contou ter visto um tanque atro-pelando um corpo na rua.

Ontem, um comboio levando30 tanques partiu de Damasco,provavelmente para Deraa ouBanias. Durante a madrugada,centenas de soldados chegarama Douma, um subúrbio de Da-masco. Banias, por sua vez, es-tava cercada por tropas.

A tentativa de países euro-peus de conseguirem uma con-denação do Conselho de Segu-rança da ONU contra a Síria caiupor terra ontem diante da resis-tência de Rússia, China e Líba-

no, segundo fontes.— Não haverá uma declara-

ção — revelou um diplomata.A discussão agora deve ficar

com a União Europeia, que de-bate amanhã a possibilidade deimpor sanções. A Alemanhaanunciou ontem seu apoio à me-dida. A Comissão Europeia —corpo executivo do bloco — afir-mou que “todas as opções estãosobre a mesa”. A Comissão deDireitos Humanos da ONU tam-bém convocou para amanhãuma reunião de emergência so-bre a repressão. ■

NOTAS

● NOVE MORTOS EM CABULOito militares da Otan eum funcionário de umaempresa de segurançaprivada foram mortosontem num tiroteio en-volvendo um piloto dasForças Aéreas afegãs noaeroporto de Cabul —no maior ataque do gê-nero dos últimos doisanos. A Otan não deu de-talhes sobre a nacionali-dade dos mortos. O Tali-bã reivindicou o ataque,mas o Ministério da De-fesa do Afeganistão afir-mou que ele foi realizadopor um piloto militarapós uma discussão.

● CRIME NO AEROPORTOUm controlador de voofoi assassinado a faca-das num aeroporto deMulhouse, na França,perto das fronteiras comSuíça e Alemanha. O ho-mem, de 34 anos, foiachado numa poça desangue numa sala da tor-re de controle, onde aentrada é permitida ape-nas com o uso de um car-tão eletrônico. A vítimanão teve o nome revela-do e trabalhava no aero-porto desde 1998. Atual-mente, era chefe da torrede controle.

● REPRESSÃO NO IÊMENTreze pessoas foram mor-tas ontem em Sanaa e 220ficaram feridas quandoforças do regime iemenitadispararam contra mani-festantes. Milhares de pes-soas protestavam contraum acordo que prevê asaída do presidente AliAbdullah Saleh em 30 diasem troca de sua imunida-de. Os manifestantes exi-gem a renúncia imediata.Houve também protestose confrontos no sul dopaís, que resultaram namorte de um soldado e deum manifestante.

Mahmoud/AFP

— Netanyahu deve escolherentre uma paz justa com o po-vo palestino unido ou os as-sentamentos.

Já o Hamas respondeu apon-tando Israel como um dos obs-táculos à reconciliação.

— Israel não está preocupadocom a reconciliação palestina efoi um impedimento a isto nopassado — disse Taher al-Noo-no, porta-voz do Hamas.

O acordo despertou umareação fria dos EUA. A Casa

Branca declarou esperar quequalquer governo palestinorenuncie à violência, reconhe-ça o direito de Israel de existire aceite os princípios estabe-lecidos pelos quatro negocia-dores — EUA, Rússia, ONU eUnião Europeia, o Quarteto.“Os EUA apoiam a reconcilia-ção palestina que promova acausa da paz. O Hamas, no en-tanto, é uma organização ter-rorista, que tem civis como al-vo”, disse num comunicado.

Mais cedo, Netanyahu deuordens aos militares para quereforcem o bloqueio naval aGaza, em meio a informaçõesde que uma nova frota de aju-da humanitária está sendo or-ganizada. Ele disse que a me-dida é para evitar o contraban-do de armas. Em maio do anopassado, navios israelensesimpediram que uma frota deajuda humanitária furasse obloqueio. Nove ativistas forammortos num navio turco. ■

● EM MEIO aos ventos de mu-dança no mundo árabe, umacordo entre o Fatah e o Ha-mas pode ser boa notícia.

UM GOVERNO de união rea-

proxima os palestinos doprojeto do Estado próprio.

MAS O Fatah não pode é as-sumir o discurso e a postu-ra do Hamas.

Page 36: O Globo 280411

O GLOBO ● CIÊNCIA ● PÁGINA 36 - Edição: 28/04/2011 - Impresso: 27/04/2011 — 21: 06 h

36 Quinta-feira, 28 de abril de 2011

O GLOBO

C I Ê N C I A.

AZUL MAGENTA AMARELO PRETO

Eles ficarão sósProjeto que busca vida extraterrestre inteligente é suspenso por falta de recursosRenato Grandelle

M ais uma baixa na pesqui-sa espacial americana. Oprincipal projeto de bus-ca por vida extraterres-

tre inteligente terá de ser inter-rompido por falta de recursos paraseu radiotelescópio. O anúncioocorreu logo após a retirada emmassa de astronautas da ativa (oefetivo foi reduzido em cerca de40% na última década) e a apo-sentadoria dos ônibus espaciais,após 30 anos de serviço.

O equipamento, conhecido comoConjunto de Telescópios Allen, éadministrado pela Universidade daCalifórnia em Berkeley e pelo Ins-tituto Seti — uma corporação semfins lucrativos cujo nome é a sigla,em inglês, para “Busca por Inte-ligência Extraterrestre”. A institui-ção de ensino reduziu os recursosdestinados ao Hat Creek Radio Ob-servatory, onde o Allen está ins-talado. São necessários US$ 1,5 mi-lhão anuais para manter toda abase em plena operação. A partirde agora, no entanto, ela contarácom apenas US$ 150 mil.

A busca por ETs é temporaria-mente desativada no mesmo mês emque o projeto completa 51 anos.Neste período, jamais captou sinalde vida inteligente no Universo. Maso diretor do Seti, Tom Pierson, ementrevista por e-mail ao GLOBO, as-segura que a falta de resultados nãofrustra os integrantes do programa.

— Fizemos pouquíssimas buscasaté hoje — garante. — Menos de milsistemas solares foram examinadosde perto pelo Seti nestes 50 anos.Existem 200 bilhões de estrelas emnossagaláxia, ehábilhõesdegaláxias,então há muitos lugares onde po-demos procurar por vida inteligente.A falta de resultados não foi deter-minante para o corte orçamentário.

Em 2 anos, 1.235novos planetas● A astrônoma Duilia de Mello, doGoddard Space Flight Center, daNasa, também avalia que as mal-fadadas buscas em meio século nãotiveram influência na decisão deinterromper as atividades do Allen.

— Todos que investem no Setisabem da pequena chance de sedetectar qualquer sinal. Mas, se na-da tentarmos, será mais difícil ainda— pondera. — Realisticamente fa-lando, a possibilidade de contatocom outras civilizações é mínima,devido às grandes distâncias. Alémdisso, pode ser que as civilizaçõesnão sejam simultâneas. Ou seja, tal-vez a vida em um planeta estejacomeçando agora, até eles atingi-rem um avanço tecnológico quepossibilite a comunicação, não ha-verá mais ninguém na Terra.

Em seu site, o Instituto Seti in-forma que está realizando “nume-rosos esforços para assegurar que o

Array entre novamente em opera-ção assim que for possível”. Piersontenta convencer a Força Aérea ame-ricana de que o funcionamento dotelescópio teria utilidade para ela. Oprograma também busca doadoresentre empresas privadas.

A pausa do projeto coincidiucom avanços da missão Kepler, daNasa, cujo objetivo é encontrar pla-netas fora do Sistema Solar. Em doisanos, 1.235 candidatos a esta clas-sificação foram identificados.

— Estas descobertas facilitariamo Projeto Seti — opina o astrônomoWailã Cruz, da Fundação Planetá-rio. — Se você sabe quais estrelastêm planetas, elas devem ser asprimeiras a merecer uma análise doradiotelescópio.

Para Wailã, faltou envergadurapolítica para manter ativa a buscapor vida extraterrestre.

— Os EUA ainda sentem os efei-tos de uma grande crise econô-mica, que provocou o corte devários programas, e não só na áreada astronomia — explica. — Serãomenos prejudicados aqueles quetiverem maior peso político. Infe-lizmente, o Seti não se saiu bemnesse aspecto. E, para um leigo,pode não fazer sentido dar dinheiropara um programa que, em 50 anos,não colheu resultados.

A Nasa procura vida no espaço,mas não inteligente — este tipo demissão foi abortada em 1993. Exis-te, afinal, a possibilidade de queestejamos sozinhos no Universo?

— Sim, é possível — admite Pier-son. — Mas muitos cientistas acre-ditam que isso seria extremamentedifícil. E por essa razão continua-mos procurando. ■

Ben Margot/AP/9-10-2007

O CONJUNTOde Telescópios

Allen: manter o

observatório

onde ele está

instalado custa

US$ 1,5 milhão

por ano. A partir

de agora,

porém, os

recursos serão

dez vezes

menores — o

que inviabiliza a

busca por ETs

Multidão na despedida do EndeavourMais de 500 mil devem acompanhar lançamento do ônibus espacial

● Uma multidão estimada em 500 mil a 700 milpessoas deverá comparecer ao Centro Es-pacial Kennedy e arredores para acompanharo lançamento do ônibus espacial Endeavour,marcado para a tarde de amanhã. SegundoRobert Varley, diretor do Escritório de Tu-rismo da Costa Espacial da Flórida, pra-ticamente todos os mais de 11 mil quartos dehotel, 5 mil apartamentos de temporada e 35mil vagas para camping disponíveis na regiãojáestãoreservados, injetandocercadeUS$15milhões na economia local. O presidenteBarack Obama e a deputada democrata Ga-brielle Giffords também já confirmaram pre-sença no lançamento. Giffords é mulher doastronauta Mark Kelly, que vai comandar aúltima missão do Endeavour e penúltima dosônibus espaciais. Ela foi ferida com um tiro nacabeça em atentado em janeiro.

E quem quiser acompanhar o voo doAtlantis, o último de um ônibus espacial,previsto para partir no dia 28 de junho, deveseapressar.Paraele, asautoridadesdaFlóridaedaNasaesperamocomparecimentodemaisde 1 milhão de pessoas, batendo o recordeestabelecido pelo lançamento da Apollo 11,que levou os astronautas Neil Armstrong,Buzz Aldrin e Michael Collins para a Lua emjulho de 1969. Segundo Varley, em média oslançamentos dos ônibus espaciais atraiam umpúblico entre 100 mil e 200 mil pessoas, mas onúmero aumentou paulatinamente à medidaque eles foram se aproximando do fim.

— O último voo certamente vai atrairmais de 1 milhão de pessoas. Não tenhodúvidas, é histórico — disse.

AFP

VISITANTES ADMIRAM o Endeavour na plataforma do Centro Espacial

Evolução humana é acelerada por tecnologiaTeoria associa melhores padrões de vida e nutrição a mudanças no corpo no último século

Patricia Cohen

Do New York Times

● Durante quase três décadas, oeconomista e ganhador do Prê-mio Nobel Robert W. Fogel e umpunhado de colegas pesquisa-ram o que o tamanho e forma docorpo humano têm a dizer sobreas mudanças econômicas e so-ciais ao longo da História e vice-versa. Seus estudos originaramum novo ramo da historiografia euma provocadora teoria, segun-do a qual a tecnologia acelerou aevolução humana de forma semprecedentes no último século.

No mês que vem, a CambridgeUniversity Press publica o epí-tome desta investigação, “Thechanging body: Health, nutritionand human development in the

Western World since 1700” (emtradução livre, “O corpo em mu-tação: saúde, nutrição e desen-volvimento humano no mundoocidental desde 1700”). O livro,que resume o trabalho de de-zenas de pesquisadores, vai rea-limentar o debate das teorias deFogel sobre o que alguns con-sideram o mais significativoavanço da Humanidade.

Fogel e seus coautores, Ro-derick Floud, Bernard Harris eSok Chul Hong, defendem que“na maior parte, se não em todomundo, o tamanho, forma e lon-gevidade do corpo humano mu-daram mais substancialmente, emais rapidamente, ao longo dosúltimos 300 anos do que nosvários milênios anteriores”. Edestacam que essas alterações

aconteceram num espaço detempo que é “diminuto nos pa-drões da evolução darwiniana”.

— O ritmo da mudança tec-nológica e fisiológica do homemno século XX é impressionante— diz Fogel, que dirige o Centrode Economia das Populações daUniversidade de Chicago. —Além disso, a sinergia entre asmelhoras na tecnologia e na fi-siologia é maior do que a simplessoma das duas.

Mais acesso à saúde eao saneamento básico

Essa evolução “tecnofisiológi-ca” impulsionada pelos avançosna produção de alimentos e saú-de pública ultrapassou tanto aevolução tradicional que os au-tores argumentam que as pes-

soas de hoje são diferentes nãosó de outras espécies, mas detodas as gerações anteriores deHomo sapiens também.

— Não sei de nada mais im-portante na História humana doque as melhorias na saúde, queincluem altura, peso, capacida-des e longevidade — diz SamuelH. Preston, da Universidade daPensilvânia, acrescentando que,sem os avanços na nutrição, sa-neamento e medicina do séculoXX, só metade da atual popu-lação dos EUA estaria viva hoje.

Para citar alguns exemplos,em 1850 o americano médio me-dia 1,70m de altura, pesava 66quilos e tinha uma expectativade vida de 45 anos. Já nos anos1980, o americano típico de 30anos tinha cerca de 1,78m de

altura, pesava 79 quilos e pro-vavelmente passaria dos 75 anosde idade. Do outro lado do Atlân-tico, na época da RevoluçãoFrancesa, um francês nos seus30 anos pesava cerca de 50 qui-los, contra os 77 quilos atuais.

“O corpo em mutação” estácheio de tabelas e gráficos quesão testemunho do acúmulo deinformação. Mas seu argumentobásico é simples: a saúde e nu-trição das mulheres grávidas ede seus filhos contribuem para aforça e longevidade da geraçãoseguinte. Se os bebês não re-cebem nutrição suficiente noútero e na infância, ficarão maisfrágeis e vulneráveis a doençasmais tarde. Estes adultos en-fraquecidos gerarão, por suavez, filhos mais fracos. ■

NOTA

● DOENÇAS CRÔNICASCâncer, diabetes, arte-riosclerose, problemaspulmonares e outrasdoenças crônicas já al-cançam proporções epi-dêmicas, segundo a Or-ganização Mundial deSaúde (OMS). E elas es-tão matando mais do quetodas as outras combi-nadas. É o que mostra oprimeiro relatório sobremales não transmissí-veis, divulgado em Mos-cou. De acordo com odocumento, as doençascrônicas foram respon-sáveis por mais da me-tade de todas as mortesem 2008 (36 milhões, ou63%) e representam umaameaça maior do que in-fecções, incluindo Aids etuberculose, mesmo empaíses pobres.

Page 37: O Globo 280411

O GLOBO ● ESPORTES ● PÁGINA 1 - Edição: 28/04/2011 - Impresso: 28/04/2011 — 00: 17 h AZUL MAGENTA AMARELO PRETO

esportesesportesQuinta-feira, 28deabril de2011•2a.Ediçãooglobo.com.br/esportes

OG

LO

BO

FLAMENGOFLAMENGO

Caxias-RS*

Palmeiras*

Santo André

Atlético-PR*

Bahia

20/4Ontem

13/4Ontem

CearáCeará

Coritiba

0

4 Avaí*

São Paulo*

Goiás

1

0

1

0

Horizonte-CE*

1

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3

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G. Prudente*

2

1

2

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1º jogo2º jogo

1º jogo2º jogo

13/420/4

13/420/4

21/4Ontem

14/4Hoje - 19h30m

13/421/4

20/4Ontem*Faz o segundo jogo em casa

VASCO*VASCO

BOTAFOGO

Náutico

2

2

1

1

SEMIFINAL SEMIFINAL

FINAL

QUARTASDE FINAL

OITAVASDE FINAL

OITAVASDE FINAL

QUARTASDE FINAL 3

0

0

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2

1

1

0

1

1

5

0

Avaí

São Paulo

Atlético-PR

Palmeiras

HORIZONTE, Ceará

Venceu de novo, e destavez com uma boa atuação.Com uma nova escalaçãotestada por Vanderlei Lu-xemburgo, o Flamengo su-perou com tranquilidadeo Horizonte, por 3 a 0, on-tem, no Ceará, e avançouàs quartas de final da Co-

pa do Brasil. Galhardo, Deivid e Wil-lians marcaram. Na próxima fase, o ti-me voltará a Horizonte, desta vez pa-ra enfrentar o Ceará, que derrotou oPrudente por 2 a 1 ontem e tambémse classificou. Em outro jogo da Copado Brasil, o São Paulo bateu o Goiáspor 1 a 0, com gol de Dagoberto, etambém passou às quartas de final.

— Desde 2009, eu não marcava.Consegui fazer uma boa jogada. Vique estava aberto para mim, e fui in-do até o gol — disse Willians, recha-çando, com humildade, comparaçãode sua jogada com o golaço de Messicontra o Real Madrid à tarde.

Gol sem quererNa base da correria, o Horizonte co-

meçou o jogo tentando pressionar oFlamengo. Mas, aos oito minutos, numlance de sorte e falha do goleiro Alex, orubro-negro abriu o placar. Galhardorecebeu pela direita, bateu para a áreae o goleiro espalmou para o gol.

— Tentei cruzar, mas dei sorte —reconheceu o lateral no intervalo.

Com o placar favorável, o Flamengose acertou em campo e o esquemacom dois meias (Bottinelli e ThiagoNeves) e dois atacantes (Deivid eWanderley) passou a funcionar. Wan-derley teve duas chances de marcar, eDeivid também perdeu um gol quedeixaria a classificação garantida jána primeira etapa. Aproveitando al-guns espaços que o Flamengo deixavana marcação, o Horizonte tambémameaçou o goleiro Felipe, que apare-ceu bem sempre que exigido.

Logo aos três minutos do segundotempo, saiu o gol que decidiu a parti-da. Thiago Neves recebeu na área, dei-xou Carlinhos no chão com um belodrible e, de frente para o goleiro, foi ge-neroso e deu o gol a Deivid, que só te-ve o trabalho de tocar para as redes.

O segundo gol minou de vez o Ho-rizonte, e o Flamengo passou a jogarem ritmo de treino. As oportunidadesapareciam com naturalidade, e Fierro,Wanderley e Deivid perderam umachance incrível cada um. A expulsãodo lateral Hércules só facilitou. A pon-to de, aos 35 minutos, Willians pegaruma bola no meio-campo, entrar dri-blando a zaga adversária, tirar o golei-ro Alex e tocar para fazer um golaço.

Ronaldinho otimistaEnquanto o time fazia a obrigação

no Ceará, Ronaldinho e Léo Mourapermanecem no Rio em tratamentopara terem condições de jogar a finalda Taça Rio, domingo, contra o Vasco.Depois de fazer exercícios na piscina,na manhã de ontem, Ronaldinho disseque está otimista em participar da de-cisão. O meia, porém, ainda sente do-res no joelho esquerdo quando realizaalguns movimentos. A situação de LéoMoura é um pouco mais animadora. Olateral espera treinar com bola na sex-ta-feira. A torcida do Flamengo pratica-mente esgotou sua carga de ingressopara o clássico. Restam pouco menosde mil para o setor Leste Inferior.

Horizonte: Alex, Robert, Carlinhos,Douglas e Hércules; Valter (AndréLuiz), Elanardo, Júnior Cearense eDiego Palhinha; Isac e Siloé. Flamen-go: Felipe, Galhardo, Wellinton, DavidBraz e Rodrigo Alvim; Willians, Rena-to, Bottinelli (Fierro) e Thiago Neves(Diego Maurício); Deivid e Wanderley(Luiz Phelipe Muralha). Juiz: HéberRoberto Lopes (Fifa/PR). Cartõesamarelos: Carlinhos, Hércules, Siloé,Galhardo e David Braz. Cartão verme-lho: Hércules. ■

Despedida

Petkovic disputará um jogopelo Flamengo no Brasileiro

Carlos Eduardo Mansur e Miguel Caballero

● As datas podem ser anunciadas ainda hoje, mas os moldes da des-pedida de Petkovic do futebol já estão definidos. Ele fará seu últimojogo no Brasil pelo Flamengo em uma partida oficial, no próximoCampeonato Brasileiro, a partir de junho. O clube está decidindoqual partida no Rio será escolhida. Como o jogo valerá três pontos,Petkovic fará uma preparação especial com bola, já que vem fazendosó treinos físicos. Em seguida, provavelmente em agosto, haverá adespedida definitiva, desta vez na Sérvia, no Maracanã de Belgrado.O Flamengo disputará um amistoso contra o Estrela Vermelha, clubeque projetou Petkovic. Ainda com contrato em vigor, o meia seguefazendo treinos físicos em separado do grupo principal do Flamengo.No início do ano, ele foi afastado pelo técnico Vanderlei Luxemburgopor questões técnicas. O treinador entendeu que o sérvio não seriaútil nas competições de 2011.

E agora convenceu

WILLIANS AGRADECE os aplausos após sua belíssima jogada no terceiro gol do Flamengo: arrancando desde o meio-campo, ele invadiu a área, driblou o goleiro e marcou

Flamengo mostra bom futebol e derrota Horizonte, fora de casa, por 3 a 0, com direito até a umgolaço de Willians. Nas quartas de final da Copa do Brasil, time vai enfrentar o Ceará

Jarbas Oliveira

ATUAÇÕES

FlamengoFELIPE: Apareceu bem sempre que oHorizonte ameaçou. ● Nota 6.GALHARDO: Deu sorte ao ver umcruzamento se transformar em gol. Foi boaopção de ataque pelo lado direito. ● Nota 7.WELLINTON: Teve trabalho com o rápidoSiloé, mas não comprometeu. ● Nota 5,5.DAVID BRAZ: Sem enfeitar, protegeu bemseu setor. ● Nota 6.RODRIGO ALVIM: Avançou pouco, masteve atuação segura na defesa. ● Nota 6.

WILLIANS: Com apenas Renato a ajudá-lona marcação, correu muito, como sempre.Em ótima fase, ainda teve fôlego ehabilidade para um golaço em jogadaindividual. ● Nota 8.RENATO: Atuando como volante, melhoroua saída de jogo, fazendo a bola chegar maisrápido à frente. ● Nota 7.BOTTINELLI: Um ótimo primeiro tempo,com criatividade, bons passes e chegada aoataque. ● Nota 7,5. Saiu para a entrada deFIERRO, que compôs bem o meio, masperdeu chance clara. ● Nota 5,5.THIAGO NEVES: Rápido e habilidoso, criouvários lances. Não foi individualista e

ofereceu um gol a Deivid. ● Nota 8. Foisubstituído por DIEGO MAURÍCIO, queteve pouco tempo. Sem nota.DEIVID: Teve três chances e converteuuma. Mas movimentou-se e participou bemdo jogo. ● Nota 6.WANDERLEY: A raça e a indigência técnicade sempre. Perdeu três chances e tirou umgol de Rodrigo Alvim. ● Nota 4,5. Deu lugara LUIZ PHELIPE MURALHA, que ajudou afechar o meio. ● Nota 6.

VANDERLEI LUXEMBURGOA escalação com dois meias e dois

atacantes funcionou muito bem. Bemdistribuído, o time dominou amplamente apartida depois de abrir o placar no início,num lance de sorte. ● Nota 7.

HORIZONTEJogou pior do que no Engenhão. O goleiroAlex falhou feio no primeiro gol. O atacanteSiloé mostrou velocidade a alguma técnica.

ARBITRAGEMHéber Roberto Lopes teve atuação tranquilanum jogo fácil.

Editoria de Arte

Page 38: O Globo 280411

2 ESPORTES O GLOBO 28/04/2011 • 2ª edição

O GLOBO ● ESPORTES ● PÁGINA 2 - Edição: 28/04/2011 - Impresso: 28/04/2011 — 00: 07 h AZUL MAGENTA AMARELO PRETO

HÁ 50 ANOS José Figueiredo

Pelé não vai acabar para o futebolNeste mês de abril em que as notícias sensacionais sesucedem em todos os setores e em que a manchete de hojepode ser a simples nota de amanhã, a surprêsa de ontemficou por conta do esporte, com as condições físicas dePelé agravadas através de boatos alarmistas. Falou-se aténa possibilidade de o atacante acabar para o futebol.Ontem, o médico da seleção brasileira, Dr. Hilton Gosling,anunciou o seu diagnóstico:

— Uma luxação grave, uma simples e uma distençãofàcilmente curável. O jogador tem que operar a clavículaesquerda, a fim de que a contusão seja reduzida. Deve ficar ummês, pelo menos, imobilizado.

Mengálvio brilha em Álvaro ChavesSem Zito, apenas poupado, e Pelé, definitivamente cortado dalista de convocados em virtude de suas precárias condiçõesfísicas, a seleção realizou ontem à tarde em Álvaro Chaves oseu único e razoável treino de conjunto para o match de estréiade sua temporada internacional dêste ano. Depois de amanhã oscratch estará enfrentando os paraguaios, e o coletivo deapresentação e ao mesmo tempo de despedida foi bastanteconcorrido, com as arquibancadas sociais do Fluminense quaserepletas, notando-se também bom público pelas populares.Embora se tratando de um simples ensaio e atuando fora doseu pôsto habitual, Mengálvio foi a figura de primeiro plano,aliando bom domínio de bola à precisão nos lançamentos. Já onovato Amarildo pecou apenas pelo individualismo, ha

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28 DE ABRIL DE 1961

Vasco recupera ídolo e avançaNo dia do anúncio da volta de Juninho Pernambucano, time empata sem gols com Náutico e se classificapara enfrentar Atlético-PR. Apoiador, que só poderá jogar em agosto, será pago de acordo com os resultados

COPA DO BRASIL

Tatiana Furtado

Apesar da habitualconcentração paraum clássico com oFlamengo, o climade festa era com-preensível ontemem São Januário.No dia em que Feli-pe recebeu placa

pelos seus 300 jogos pelo clubee o Vasco assegurou sua classi-ficação às quartas-de-final daCopa do Brasil após empate de0 a 0 com o Náutico, o maior fei-to foi anunciado à distância pe-lo presidente Roberto Dinami-te. Do Qatar, ele confirmou avolta de Juninho Pernambuca-no. Vinculado ao Al-Gharafa até10 de junho, o apoiador só terácondições de jogo em agosto,quando se abre a janela detransferências internacionais.

— Eu e o Vasco somos par-ceiros, na alegria e na tristeza.Eu volto para ganhar um salá-rio mínimo, preciso ser justocom o torcedor. — explicou ojogador, que receberia um fixode R$ 600 mensais, além deprêmios por metas atingidas.—Tenho que dar resultado e,se acontecer, serei premiado.

Promessa de empenhoA última partida de Juninho

pelo clube foi contra o SãoCaetano na conquista do tetra-campeonato brasileiro em 18de janeiro de 2001, na qualmarcou o primeiro gol da vitó-ria por 3 a 1. A próxima já nãoestá distante para quem espe-rou dez anos pelo retorno.

— Me preparo nestes doismeses e volto em agosto, firmee forte, sabendo que não soumais o Juninho de dez anosatrás, mas posso ainda contri-buir muito. O torcedor podeconfiar na entrega e no espíri-to guerreiro que vou levar aosmeus companheiros.

Ontem, a dedicação deu lu-gar à cautela dos dois lados.Derrotado em casa por 3 a 0 eciente da dificuldade de inver-ter a vantagem no Rio, o Náu-tico poupou titulares para a se-gunda partida da semifinal do

A nova cavadinhade Loco Abreu

● Entre a tranquilidade para sededicar apenas à preparação eo abatimento pelos maus re-sultados, o momento do Bota-fogo traz sentimentos ambí-guos, a começar pelas declara-ções de Loco Abreu. Sem pê-naltis para cobrar nos próxi-mos dias, o uruguaio usou dacavadinha para sugerir um su-posto interesse do Corin-thians e precipitar a renova-ção do seu contrato, que ter-mina no fim do ano.

— Há rumores de que o Co-rinthians quer me levar mas,por agora, não há nada con-creto, nem uma proposta for-mal — disse ao site uruguaioQuenonino.com. — Se chegaruma boa proposta para o clu-be e para mim, não vamos fe-char as portas. Mas, hoje, aprimeira intenção é buscar arenovação com o Botafogo.

Uma semana depois da eli-minação da Copa do Brasil, aincerteza ainda está estampa-da no rosto dos jogadores enos muros da sede de GeneralSeveriano que, ontem, ama-nheceram pichados. Até a es-treia no Brasileiro, dia 23 demaio, contra o Palmeiras, emSão Paulo, não há chance dereconciliação com as vitóriase com parte da torcida.

— É difícil afirmar qualquercoisa antes da competição. Éimportante criar uma base,porque os maus resultados po-dem gerar pressão e descon-forto — reconheceu o atacanteCaio, ainda em dúvida quantoàs possibilidades do time noBrasileiro. — Vamos esperarpara sabermos qual o nível dosjogadores que chegarão, e sóentão saberemos se será possí-vel brigar pelo título. ■

Uruguaio revela suposto assédio corintianoe inicia debate por renovação com Botafogo

Cezar Loureiro

FELIPE BATE NA bola e leva nas costas o número de jogos que completou ontem pelo Vasco: o craque ainda foi homenageado com uma placaDivulgação

JUNINHO E Dinamite exibem camisa para celebrar o acerto no Qatar

ATUAÇÕES

VASCOFERNANDO PRASS: Fez umadefesa no susto em chute de forada área na etapa inicial. ● Nota 6.ALLAN: Tímido no apoio, cumpriuseu papel na marcação. ● Nota 5FÁGNER reapareceu no time aindalonge da melhor forma. ● Nota 5.DEDÉ: Seguro, aventurou-se nafrente mas teve poucasoportunidades. ● Nota 6.ANDERSON MARTINS: Tambémesteve bem marcação. ● Nota 6.RAMON: Marcou presença noataque, mas deixou alguns espaçospela direita da defesa. ● Nota 5,5.JUMAR: Muita disposição maspouca visão para distribuir o jogona saída de bola. ● Nota 5EDUARDO COSTA: Fisicamentepareceu bem, mas falta melhorar aqualidade do passe. ● Nota 5,5.FELIPE: Forçou jogadas e acabouerrando. Mas cadenciou o jogo. ●

Nota 6. ENRICO entrou semnenhum brilho. ● Nota 5.BERNARDO: Cassado em campo,buscou o gol o tempo todo. Acertouuma bola no travessão. ● Nota 7.ÉDER LUÍS: Perdeu uma chance noprimeiro tempo, mas levou o Vascoà frente sempre em velocidade. ●

Nota 6,5. CAÍQUE entrou no fim epouco apareceu. Sem nota.ÉLTON: Fez um gol mal anulado.Bem no primeiro tempo, sumiu naetapa final. ● Nota 5,5.

RICARDO GOMESSeu time administrou a vantagemsem correr riscos. ● Nota 6.

NÁUTICOSilas entrou e melhorou o poderofensivo do Náutico.

ARBITRAGEMO capixaba Devarly Lira poderia terexpulsado Peter, do Náutico, porentrada desleal em Bernardo, doVasco. Os assistentes erraram namarcação dos impedimentos emgols de Élton e Silas.

Pernambucano contra o Sport.Pendurados com dois cartõesamarelos, os vascaínos Rômu-lo, Márcio Careca e Alecsandroficaram fora do jogo para nãoterem a participação ameaçadano primeiro confronto dasquartas-de-final contra o Atléti-co-PR nos dias 4 e 11 de maio.Diego Souza foi poupado paradecidir a Taça Rio em melhorescondições físicas.

Antes do jogo, o goleiro Fer-nando Prass entrou em campocom uma menina que sobrevi-veu à tragédia de Realengo.Num primeiro tempo em queVasco e Náutico tiveram golsanulados por impedimento,sendo o primeiro de forma

equivocada, Bernardo acertouo travessão após driblar o golei-ro, aos 36 minutos. No segundotempo, foi o Náutico que teveum gol mal anulado.

Vasco: Fernando Prass, Allan(Fágner), Dedé, Anderson Mar-tins e Ramon; Jumar, EduardoCosta, Felipe e Bernardo; ÉderLuís (Caíque) e Elton. Náutico:Douglas, Wescley, Jorge Felipe(Enrico), Nietshe e Peter; Rodol-fo Potiguar, Elicarlos, DeyvidSacconi (Vinícius) e Jeff Silva;Fábio Reis (Silas) e Philip. Juiz:Devarly Lira (ES). Cartões amare-los: Ramon, Peter, Rodolfo Poti-guar, Deyvid Sacconi, Jeff Silva eJorge Felipe. Renda: R$ 64.240.Público: 3.793 pagantes. ■

Page 39: O Globo 280411

2ª edição • 28/04/2011 ESPORTES O GLOBO 3

O GLOBO ● ESPORTES ● PÁGINA 3 - Edição: 28/04/2011 - Impresso: 28/04/2011 — 00: 18 h AZUL MAGENTA AMARELO PRETO

Acompanhe apreparação doslutadores a doisdias do UFC129, em Toronto

CLIQUE MMA

Siga osprincipais lancesde Fluminensex Libertad-PAR,às 21h50m

CLIQUE TEMPO REAL

Veja as imagensda vitória doBarcelona sobre oReal Madrid naLiga dos Campeões

CLIQUE FOTOGALERIANA INTERNEToglobo.com.br/esportes

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Assista ao vídeodo técnicodinamarquês queagrediu um repórtere foi demitido

CLIQUE PLANETA

‘Boa sorte aos guerreiros’Abel Braga, futuro técnico do Fluminense, dá as dicas de como vencer hoje o Libertad, timeque ele já eliminou da competição quando foi campeão com o Internacional em 2006

COPA LIBERTADORES

Gian Amato

Bom dia e boa sor-te. Com Abel Bra-ga é assim que co-meçam as manhãsquando o Flumi-nense joga. Devi-do ao fuso horá-rio, o futuro técni-co do time a partir

do segundo semestre, e queestá a 90 minutos do título na-cional antecipado nos Emira-dos Árabes com o Al-Jazira,acorda de madrugada para as-sistir às partidas do time na Li-bertadores, como a de hoje, às21h50m, contra o Libertad, noEngenhão, pelas oitavas de fi-nal da competição.

— Contra o Argentinos Ju-niors, fiquei acordado atéapós as 5h. Depois, apaguei.Foi bom dia e boa sorte — dis-se Abel, por telefone.

Quando o jogo de hoje come-çar, o relógio irá marcar 4h50mnos Emirados Árabes, uma dife-rença de sete horas. É jogaruma água no rosto e sentar emfrente à TV. Contra um adversá-rio que Abel Braga conhecebem, o Fluminense terá a chan-ce de um novo despertar emuma competição em que estavapraticamente dado como mor-to. E vai precisar das vibraçõespositivas dos tricolores espa-lhados por toda a Terra, como oídolo paraguaio Romerito, quedará autógrafos e posará parafotos com torcedores na entra-da do Setor Leste.

— Desejo boa sorte aosguerreiros. Já está provadoque nada é impossível paravocês — declarou Abel.

Nada de volta antecipadaImpossível, não é. Mas para

não deixar tudo para a últimahora, como aconteceu na pri-meira fase, Abel dá as dicaspara vencer o Libertad, timeque o próprio técnico já elimi-nou nas semifinais da Liberta-dores em 2006, quando foicampeão da competição e doMundial com o Internacional.

— Decidíamos em casa, aocontrário do Fluminense. No pri-meiro jogo, em Assunção, empa-tamos em 0 a 0. Depois, vence-mos em casa por 2 a 0. Nossavantagem é que não levávamosgols em casa. Foram poucos (4).Mas o Libertad não é bobo. Ga-nhou duas e empatou uma forade casa na fase de grupos esteano — lembrou Abel.

Apesar da distância, Abel es-tá em sintonia com o interinoEnderson Moreira. A preocupa-ção de ambos é com a defesa.

— O Fluminense não podese atirar. O placar de 1 a 0 seráespetacular. Se for 2 a 0, seráexcepcional. Por isto a defesa

será tão importante quanto oataque. Você viu a LDU? Ficouruim para eles... (perdeu naterça-feira para o Vélez Sars-field por 3 a 0, em Buenos Ai-res, na chave de onde sairá oadversário de Fluminense ouLibertad) — disse Abel.

Enderson concorda:— Não construiremos o re-

sultado na força. Não correre-mos risco de sofrer dois gols.

Fred e Rafael Moura serãoos atacantes com a obrigaçãode fazer os gols. E marcar.

— O importante é não so-frer gols. A gente vai atacarforte e se cuidar para não sersurpreendido. A marcação vaicomeçar forte comigo e com oRafael — explicou o capitão.

Para furar a retranca que oFluminense imagina que o Li-bertad irá armar, Enderson ti-rou Souza do jogo, alegandoque precisa de jogadores comcapacidade de “infiltração”.Nem para o banco ele foi e dis-se, em nota, que não está sa-tisfeito por não ser titular.

— O time tem jogadores com

características distintas. O queo Enderson pensa bate com oque eu julgo — disse Abel.

Com 12 pontos de vantagempara o segundo colocado, o Ba-niyas, o time de Abel poderáser campeão na próxima roda-da. Mas isto não significa queele venha para o Fluminenseantes, porque a diretoria do Al-jazira quer que o time termineinvicto o campeonato.

— Falei com o Celso Barros(presidente da patrocinadora)na terça-feira. Está tudo certo.Mas voltar antes será compli-cado. Então, vou acompanhan-do e desejando boa sorte...

Fluminense: Ricardo Berna,Mariano, Gum, Edinho e JúlioCésar; Valencia, Diguinho,Marquinho e Conca, RafaelMoura e Fred. Libertad: Var-gas, Bonet, Portocarrero, Ca-nuto e Samudio; Cáceres,Pouso, Rojas e Ayala; Núñez ePavlovich. Juiz: Sergio Pez-zotta (Argentina). ■

TRANSMISSÃO: Sportv e rádios Globo eCBN

Fernando Maia

RAFAEL MOURA faz cara feia ao acertar belo chute no treino do Fluminense ontem nas Laranjeiras: atacante jogará ao lado de Fred e também terá que ajudar na marcação

Santos e Cruzeiro mais próximosNa Vila, time paulista faz 1 a 0 no América doMéxico. Na Colômbia, mineiros batem Once Caldas● SANTOS. Os dois times brasi-leiros que entraram em campoontem pela Copa Libertadoresconseguiram bons resultadosnos jogos de ida das oitavas definal. E ficaram mais perto de seencontrar num duelo pelasquartas de final. O Cruzeiroconfirmou sua excelente tem-porada e, em Manizales, na Co-lômbia, venceu o Once Caldaspor 2 a 1. No jogo de volta, dia 4de maio, jogará por um empate,mas se classificará mesmo que

perca por 1 a 0. Já o Santos, naVila Belmiro, derrotou o Améri-ca do México por 1 a 0.

O jogo de volta será no dia 3de maio, em Querétaro, já queo Estádio Azteca, na Cidade doMéxico, estará cedido para oshow da banda U2. Um empateclassifica o Santos. Se marcargol no México, o time paulistaavança até com derrota porum gol de diferença.

Na Colômbia, o Cruzeiro foipressionado no primeiro tempo

e levou até uma bola na trave,de Dayro Moreno, aos 10 minu-tos. O time de Cuca cresceu nosegundo tempo e, aos 26, Orti-goza cruzou para Wallyson abriro placar. Aos 38, em belo lancede Montillo, Ortigoza ampliou.Aos 43, Luis Nuñez descontou.

Inter inicia duelo no UruguaiNa Vila Belmiro, contra um

América que poupou quatro ti-tulares para jogos do Campeo-nato Mexicano, o Santos des-

perdiçou chances diante deum rival retrancado e conse-guiu a vantagem mínima. Aos38 minutos do primeiro tem-po, Neymar iniciou a jogada etocou para Paulo HenriqueGanso que, de fora da área,acertou belo chute no cantodireito de Ochoa.

Hoje, no Estádio Centená-rio, em Montevidéu, o Interna-cional enfrenta o Peñarol, às19h30m. Além de tentar levarum bom resultado para o jogode volta, em Porto Alegre, o ti-me gaúcho defende a invenci-bilidade do técnico Falcão,que venceu suas três partidasà frente da equipe. ■

Nelson Almeida/AFP

GANSO, CARREGANDO um companheiro, e Neymar comemoram o gol

OITAVAS DE FINAL

CRUZEIRO*

Once Caldas (COL)

Libertad (PAR)*

FLUMINENSE

LDU (EQU)*

Vélez (ARG)

INTERNACIONAL*

Peñarol (URU)

GRÊMIO

U. Católica (CHI)*

América (MEX)*

SANTOS

Junior deBarranquilla (COL)*

Jaguares (MEX)

Cerro Porteño (PAR)*

Estudiantes (ARG)

SEMIFINALSEMIFINAL

FINAL

QUARTAS DE FINALQUARTAS DE FINAL

OITAVAS DE FINAL

*Faz o segundo jogo em casa

Ontem4/5 - 21h50m

Ontem3/5 - 22h45m

Ontem5/5 - 23h50m

Ontem5/5 - 21h30m

1º jogo2º jogo

1º jogo2º jogo

Hoje - 21h50m4/5 - 21h50m

26/44/5 - 19h30m

Hoje - 19h30m4/5 - 19h30m

26/44/5 - 21h50m

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Editoria de Arte

Page 40: O Globo 280411

4 ESPORTES O GLOBO 28/04/2011

O GLOBO ● ESPORTES ● PÁGINA 4 - Edição: 28/04/2011 - Impresso: 27/04/2011 — 20: 49 h AZUL MAGENTA AMARELO PRETO

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Decisão difícilDepois das três primeiras corridas (Austrália, Malásia e

China), chegamos a duas conclusões sobre a temporada deste

ano: 1. As mudanças nos carros e os pneus Pirelli permitiram

enorme salto de qualidade do espetáculo, que passou de

tedioso e sonolento a emocionante e imprevisível; e 2. O

cenário ainda está em fase de construção, porque a vitória de

Lewis Hamilton e o corridaço de Mark Webber em Xangai,

fruto da aposta em pneus eficientes todo o tempo e mais uma

parada, levou equipes e pilotos a demoradas reuniões de

avaliação de estratégias.

Christian Horner, chefão dostouros vermelhos, acredita queapostas mais radicais poderãoacontecer na corrida do dia 8, emIstambul. Tanto ele comoDomenicalli, da Ferrari; Brawn, daMercedes; e Whitmarsh, daMcLaren, deram a entender que osucesso na Fórmula-1 deste anonão depende apenas develocidade, mas também deestratégia. Por isso, buscam aresposta para o grande dilema.

O que vale mais: economizarum jogo adicional de macios paraa corrida ou usá-lo para largar nafrente?

Não acredito em respostadefinitiva. Três paradasfuncionaram em Xangai, masdificilmente permitiriam vencer naAustrália. A estratégia vaidepender da pista, dastemperaturas, da qualidade doasfalto. Ninguém pode avaliarhoje, por exemplo, o que

acontecerá em Mônaco, ondeestarão disponíveis pneussupermacios e macios. Ali serápreciso considerar problemasespecíficos. Essas duas misturassoltam enorme quantidade depedaços de borracha pelocaminho, o que, ao fim de algumasvoltas, produz verdadeiro tapetenegro sobre o asfalto. A passagemdos carros forma uma trilha, equem sair dela estará emterritório minado, sujeito aenormes riscos. Nessascircunstâncias, em que qualquerultrapassagem representaaltíssimo risco, provavelmentevalerá a pena apostar naclassificação.

No caso da Ferrari, que tem umcarro com mais rendimento emcorrida do que na volta rápida, até

pode ser que valha a pena tentaressa mudança. Arrisco dizer quese Massa e Alonso tivessem, comoWebber, três macios novos para acorrida, poderiam ter compensadoos 23 segundos de perda por maisuma parada. Será que o time deMaranello jogará tudo contra abanca em Istambul? Pneus eriscos. Cada carro dispõe, paraclassificação e corrida, de seisjogos de pneus, três macios e trêsduros. No ano passado, com os“nunca acabam” da Bridgestone, adiferença de tempo entre oscompostos não era tãosignificante e os pilotos, sabendoque ninguém passava ninguém,usavam os três jogos de maciosna classificação. Largavam com oúltimo deles e paravam para atroca por duros, que aguentavam

até a bandeirada. Só por umabobeada dos boxes correriam orisco de perder posição.

Este ano a diferença derendimento é muito significativa.Em sua melhor volta em Xangai —a bordo, é claro, do eficientíssimoTouro Vermelho — Webbersuperou em 2,2 segundos asmarcas de todos os adversáriosdurante a corrida. Há, porém,outras coisas a considerar. Largarno meio do pelotão significaexposição enorme a acidentes nasprimeiras voltas. Além disso, arecuperação de posições exige,mesmo com pneus em excelentescondições, que o piloto assumamuitos riscos. Em outras palavras,quando é preciso levar o carrotodo o tempo no limite, crescegeometricamente a possibilidadede incidentes que comprometam acorrida, como um toque quedanifique o spoiler dianteiro, umerro no cálculo de freada que leveo carro para fora da pista etc.etc.

Merece atenção das equipes aprogressiva redução no desgastedos pneus à medida que o carrofica com menos combustível e apista ganha mais borracha.

RenatodecidemultarBorges● O atacante Borges foimultado ontem pelotécnico do Grêmio, RenatoGaúcho, por ter sidoexpulso após dar umacotovelada num rival aindano primeiro tempo daderrota por 2 a 1 para oUniversidad Católica,anteontem, pelaLibertadores. A punição foidecidida após reuniãoentre dirigentes, otreinador e o jogador, quereconheceu o erro e pediudesculpas.

GRÊMIO

Multaparachuteemcoruja● A agência de meioambiente de Barranquilla,na Colômbia, multou emUS$ 15 mil o zagueiropanamenho Luís Morenoque chutou dentro decampo uma coruja, queacabou morrendo horasdepois, há dois meses. Aentidade divulgou aindaque o jogador doDeportivo Pereira terá quefazer trabalhoscomunitários no zoológicoda cidade.

COLÕMBIA

Irmãosmarcamquatrogols● Os irmãos ganeses Ayewpuseram ontem oOlympique de Marselha denovo na liderança doCampeonato Francês,faltando seis rodadas parao fim da competição.Andrew fez três gols eJordan, o mais novo, um,na vitória da equipe sobreo Nice por 4 a 2, em jogoadiado. Com isso, oMarselha abriu um pontopara o Lille e cinco para oLyon, que superou oMontpellier por 3 a 2.

FRANÇA

Salgadonãoémaispresidente● A fase não anda mesmoboa para o rebaixadoAmérica. Ulisses Salgadose transformou anteontemno primeiro presidente declube do Brasil afastadodo cargo por malversaçãode verba de acordo com aLei Pelé. A decisão foi doConselho Deliberativo dodo clube — a dívida doAmérica chega a R$ 30milhões. As novas eleiçõespresidenciais estãomarcadas para outubro.

AMÉRICA

Fartura na terra de KanaanDepois de cinco meses desempregado, piloto brasileiro se reencontra com a alegria e osbons resultados na equipe KV, que alimentam o desejo de vitória inédita no GP São Paulo

FÓRMULA-INDY

Carol Knoploch

SÃO PAULO

São provas na se-quência e completa-mente dist intas.Uma em circuito derua, que está na se-gunda edição, e serádisputada no Brasil.A outra, tradiciona-líssima, em pista

oval, nos Estados Unidos. Noentanto, as etapas de São Paulo,no domingo, e de Indianápolis,no dia 29 de maio, têm a mesmaimportância para o piloto brasi-leiro Tony Kanaan, que chegoua dizer que prefere ganhar emcasa do que em um dos tem-plos do automobilismo.

— Faria história no meupaís, na frente da minha torci-da. Está certo que em Indianá-polis eu entraria para a históriado esporte. Mas prefiro ganharaqui, neste fim de semana —

declarou Kanaan, que ainda serecupera de uma virose. — Issonão é um delírio — brincou.

Desde domingo, Tony tevefebre alta e dores no corpo.Passou duas noites no hospitale agora está instalado na casada mãe, “tomando chocolatequente, com direito a cafuné”.

— Cheguei a me preocuparquando os médicos disseramque poderia ser dengue. Na ho-ra, falei que não importava oque fosse, entraria na pista nodomingo — conta, aos risos.

Presente de NatalPara ele, o repouso forçado

não irá atrapalhar o desempe-nho no treino classificatóriode sábado, nem na corrida:

— O lado bom disto tudo éque descansei numa etapa emque normalmente fico de umlado para o outro. É uma penater de desmarcar compromis-sos, mas não teve jeito.

Elétrico, simpático e falante,Tony Kanaan arrumou umaocupação. Sem videogame nacasa da mãe, o jeito foi fazerlimpeza nos armários, acharitens usados em corridas ante-riores e inventar promoçõespara os fãs via Twitter.

O episódio é um contrastecom o início de temporada.Após oito anos na equipe deMichael Andretti, Tony estreouna KV, em São Petersburgo(EUA), e já no pódio, pelo ter-ceiro lugar. No GP do Alabamafez largada incrível e ultrapas-sou dez carros. Saiu na 24a- po-sição e terminou em sexto. EmLong Beach, terminou em oita-vo (largara em décimo):

— Se você me dissesse noano passado que eu chegaria aoBrasil na terceira colocação nocampeonato, após um pódio naestreia, diria que está louca.

É que Tony ficou cinco me-ses desempregado. No meio do

caminho, acertou com o timede Gil de Ferran, mas, em feve-reiro, sem patrocinadores, o ex-piloto fechou a escuderia. Tonyteve apoio de vários amigos, in-cluindo Rubens Barrichello,que viveu situação semelhanteno final de 2008, quando a Hon-da deixou a Fórmula-1.

Tony definiu como desespe-radora a busca por parceirosque terminou apenas cincodias antes do início da tempo-rada. A KV é uma equipe jo-vem que ainda não ganhou ne-nhuma corrida:

— Por incrível que pareça,mesmo tendo visitado mais de90 empresas, ver o tempo pas-sar, nunca achei que fosse ficarfora do campeonato. Acho quetudo isso me fez dar mais valorao que tenho. É prazeroso en-trar num carro com patrocina-dores que consegui. Nunca ti-ve de montar projeto, fazercurrículo. Voltei à realidade

dura de vários profissionais.Nesta fase de incerteza, bus-

cou forças no convívio com ofilho, Leonardo, de 3,5 anos:

— Voltava para casa depoisde um dia difícil, cheio de de-cepções, e ele me fazia esque-cer os problemas. Um dia,quando ainda estava sem equi-pe, ele me ouviu falar ao tele-fone que queria ganhar um car-ro de corrida no Natal. Quandofomos escrever uma carta parao Papai Noel, ele pediu o carropara mim. Tive que largar a car-ta para ir chorar no banheiro.

Campeão em 2004, Tonymanteve a mão de Leonardo naestampa do capacete, na partetraseira, como se o menino oempurrasse. O piloto está em-polgado. Acredita que pode re-petir o desempenho da estreiae projeta, ao menos, duas vitó-rias na temporada. Quer levaro time para, no mínimo, a sextacolocação no ano. ■

Destaques na TV

REDE GLOBO12:45 “Globo esporte”

BANDEIRANTES11:15 “Jogo aberto”12:30 “Jogo aberto Rio”

REDETV!11:00 “RedeTV esporte”15:50 Liga Europa: Porto x Villarreal

SPORTV

09:00 “Sportv news”10:00 “Redação Sportv“11:45 “É gol!!!”13:15 “Sportv news”14:00 “Arena Sportv”18:15 “Sportv tá na área”19:30 Copa Libertadores: Peñarol x

Internacional21:50 Copa Libertadores: Fluminense x

Libertard-PAR23:50 “Sportv news”01:00 “Expresso do esporte”

SPORTV 210:00 “Rumo a Londres”19:30 Copa do Brasil: Caxias x Coritiba21:30 “Sportv repórter”

SPORTV HD21:50 Copa Libertadores: Fluminense x

Libertard-PAR

ESPN BRASIL10:00 “Pontapé inicial”11:30 “Sportscenter”

12:30 “Bate-bola”15:55 Liga Europa: Porto x Villarreal20:00 Paulista Feminino de Basquete:

Araçatuba x Santo André23:00 “Sportscenter”00:00 Boxe Internacional: Vic

Darchinyan x Yonnhy Perez (VT)

ESPN13:30 “Show da rodada do

Campeonato Alemão”16:00 Liga Europa: Braga x Benfica

19:00 Destaques da Liga dosCampeões da Europa

ESPN HD16:00 Liga Europa: Porto x Villarreal

ESPORTE INTERATIVO21:35 “Kajuru sob controle”23:30 NBA: Dallas Mavericks x

Portland Trail BlazersOBS: Horários e programação

fornecidos pelas emissoras

Chris O‘Meara/AP/25-3-2011

TONY KANAAN ajusta o fone de ouvido antes de uma corrida: “Está certo que em Indianápolis eu entraria para a história do esporte. Mas prefiro ganhar aqui, neste fim de semana”

Page 41: O Globo 280411

2ª edição • 28/04/2011 ESPORTES O GLOBO 5

O GLOBO ● ESPORTES ● PÁGINA 5 - Edição: 28/04/2011 - Impresso: 27/04/2011 — 22: 51 h AZUL MAGENTA AMARELO PRETO

Um craque diante da telinhaDe férias e ainda sem definição sobre jogar ou não o Pré-Olímpico, por causa da necessidade de umacirurgia, o ala-armador Leandrinho passa o tempo em casa, no Rio, assistindo à novela ‘Insensato Coração’

BASQUETE

Claudio Nogueira

As peripécias da be-la Natalie Lamour,ex-participante dereality show, sem-pre em busca dafama; as conquis-tas amorosas deAndré, de quemninguém escapa; o

desejo de vingança da presi-diária Norma e os golpes do vi-lão Léo. Essas e mais outrasatrações da novela “InsensatoCoração”, de Gilberto Braga,vêm preenchendo o tempo doala-armador Leandrinho, doToronto Raptors e da seleçãobrasileira de basquete, no Rio,após a participação do timecanadense na NBA.

Sem definição no horizonteComo o time quadricolor

(vermelho, preto, prata ebranco) não avançou na com-petição, o brasileiro está de fé-rias. Mas também vive a ex-pectativa de ter de operar opunho direito, no qual há umalesão que causou o “afasta-mento” entre os ossos da re-gião. Dependendo da cirurgia,poderá ficar de fora do Pré-Olímpico em Mar del Plata, naArgentina, de 30 de agosto a 11de setembro, quando o Brasiltentará conquistar a vagaolímpica no masculino, algoque não consegue desdeAtlanta-1996.

— Estou morando no Rio etenho ficado a maior parte dotempo em casa, vendo “Insen-sato Coração”. Sou noveleiromesmo, e lá em Toronto eu viapela Globo Internacional. Mashoje (ontem) e terça-feira, vimprestigiar os amigos. Eu deixeia novela gravando e vim ver umgrande jogo, como acabou sen-do — afirmou o jogador, ontem,na Arena Multiuso, na Barra.

Leandrinho foi aos dois jo-gos do Flamengo por amizadea jogadores como Jéfferson eMarcelinho. Sem atuar háduas semanas, mantém o sus-pense sobre ir ou não ao Pré-Olímpico.

— Por enquanto, não possogarantir nada quanto ao Pré-Olímpico. Vai haver uma grevedos jogadores da NBA, previs-ta para junho (tão logo termi-ne a atual temporada). Não se

sabe quanto tempo essa para-lisação vai durar e, enquantohouver a greve, não possooperar (por uma questão le-gal, os jogadores em greve nãopoderiam ter contato com mé-dicos credenciados pela liga).Uns dizem que a greve podedurar até a temporada inteira— disse o ex-atleta do PhoenixSuns, que não sabe se conti-nuará no Toronto. — Casoaconteça a greve, as outras se-

leções das Américas que têmjogadores da NBA, como Ar-gentina e Porto Rico, tambémficariam desfalcadas de seusjogadores de NBA, assim co-mo nós. Mas torço para que is-so se resolva logo.

Sobre a lesão no punho di-reito, só há uma solução:

— É a cirurgia. A distânciaentre um osso e o outro é desete centímetros, pelo que osexames mostraram. Assim,

não sei se vou ao Pré-Olímpi-co, por causa da cirurgia (nãotem previsão do prazo de re-cuperação) e da greve.

Mesmo à distância, Leandri-nho acompanha pela TV e pelainternet os playoffs da liga:

—Estou torcendo pelo Chi-cago Bulls. Acho que vai darChicago. O time está entrosa-do, com todas as peças nos lu-gares certos, e o Derrick Roseestá jogando muito. ■

ATLETISMO

Os 42 quilômetros que movem Nova YorkMaior e mais charmosa corrida de rua do mundo, a Maratona da cidade gerou, em 2010,um impacto de US$ 340 milhões na economia local, valor 25% maior do que em 2006

Fernando Maia

LEANDRINHO, NA Arena da Barra, durante o jogo do Flamengo, com a filha Alícia ao fundo: “Não posso garantir nada quanto ao Pré-Olímpico”

Djokovicvenceo25o- jogoseguido● O sérvio Novak Djokovicderrotou o romeno AdrianUngur por 6/3 e 6/2,ontem, na estreia no ATP250 de Belgrado, e chegoua 25 partidas deinvencibilidade no ano. Jáno ATP 250 de Estoril, emPortugal, Thomaz Belluccivenceu o francês EdouardRoger-Vasselin por 6/3, 5/7e 7/5 na segunda rodada.

TÊNIS

Regrasobredopingnaberlinda● O Comitê OlímpicoAmericano (USOC)questiona a regra queproíbe o atleta suspenso porseis meses ou mais pordoping de participar dasOlimpíadas. O caso foilevado pelo USOC e peloComitê OlímpicoInternacional ao TribunalArbitral do Esporte, quedecidirá sobre o assunto.

LONDRES -2012

ChamberseDaviscompetemnoRio● Campeões mundiais, obritânico Dwain Chambers(100m rasos) e o americanoWalter Davis (salto triplo)confirmaram presença noMeeting Internacional deAtletismo do Rio, dia 26 demaio. Chambers tambémdisputará as provas deBelém, Uberlândia e SãoPaulo. Já Davis irá a Beléme São Paulo.

ATLETISMO

Do New York Times

● NOVA YORK. Maior e maischarmosa corrida de rua domundo, a Maratona de NovaYork (42.195 metros) é, tam-bém, um grande evento doponto de vista econômico. Se-gundo estudo divulgado on-tem pela New York Road Run-ners, empresa que organiza aprova, o impacto da edição de2010 na economia da cidadechegou a US$ 340 milhões (cer-ca de R$ 530 milhões), valor25% maior do que em 2006.

O forte impacto econômicoaumentou nos últimos quatroanos não só por causa da provaem si — no ano passado, 45 milpessoas participaram —, mastambém por tudo que ela en-volve. Pelo menos metade dos

competidores é de outros luga-res. Eles levam amigos e fami-liares para assisti-los, costu-mam ficar mais de cinco dias egastam dinheiro na cidade.

O estudo foi divulgado algu-mas semanas depois de o De-partamento de Polícia de NovaYork afirmar que cobrará damaratona e de outras corridasde rua pelos gastos para asse-gurar a realização das provas,como controle do tráfego e in-terdição de ruas.

Essa decisão deverá custara Road Runners e outros orga-nizadores milhões de dólarespor ano, o que certamente for-çará um aumento nas taxas deinscrição para 2012, quandocomeçará a cobrança. Em2011, o corredor que quiserparticipar da maratona pagará

em torno de US$ 250 (R$ 392).A Road Runners sempre de-

fendeu que a maratona geramais benefícios do que custospara a cidade, o que o estudoapenas comprovou. De acordocom uma pesquisa realizadacom 1.012 competidores no anopassado, os corredores ameri-canos gastaram, em média, US$1.778 (R$ 2.791) por pessoa, in-cluindo transporte, hotel, comi-da e bebida, entre outros.

Inscrições recordes em 2011Já os estrangeiros gastaram

US$ 2.647 (R$ 4.156) e ficaram,em média, 5,7 dias na cidade.Eles ainda levaram 3,6 pes-soas com elas. Por sua vez, osamericanos de fora de NovaYork (20% do total de partici-pantes) gastaram US$ 1.585

(R$ 2.488) em média e levarampara a cidade 3,8 pessoas.

Ainda segundo a pesquisa, aprova gera cerca de US$ 17 mi-lhões (R$ 27 milhões) em im-postos estaduais, municipais,entre outras taxas.

— Nós queremos continuara mostrar o que significa, eco-nomicamente, a maratona pa-ra a cidade — disse RichardFinn, um porta-voz do RoadRunners. — Os números mos-tram que estamos sendo umvizinho muito bom, e o quãoimportante é a maratona paraNova York.

Também ontem, a RoadRunners confirmou a presençados campeões do ano passa-do, o etíope Gebre Gebrema-riam e a queniana Edna Kipla-gat, na prova deste ano, mar-

cada para 6 de novembro. Ven-cedor em 2009, Meb Keflezighitambém deve correr. Ele foi oprimeiro americano a vencer aprova desde 1982.

Em sua sétima maratona,Keflezighi pretende usar a pro-va como preparação para osJogos Olímpicos de Londres-2012. Outra atração da provadeverá ser o campeão olímpi-co de patinação de velocidadeApolo Anton Ohno, que vai es-trear na maratona.

Cada vez mais cobiçada, aMaratona recebeu, em 2011,um recorde de 140 mil inscri-ções. No entanto, como “ape-nas” 45 mil pessoas podemcorrer a prova, a organizaçãofará um sorteio. Os felizardosserão anunciados hoje, no sitedo evento. ■

● O Flamengo fez valer omando de quadra e ven-ceu, ontem, na Arena Mul-tiuso, na Barra, a segundapartida em casa sobre oBauru, por 79 a 73 (34 a32), abrindo 2 a 1 na sériemelhor de cinco das quar-tas de final do Novo Bas-quete Brasil (NBB).

Ao contrário de terça-feira, a partida começoumuito equilibrada. No pri-meiro quarto, o Bauru fi-cou na frente: 16 a 14. Nosegundo, foi a vez do Fla-mengo: 34 a 32.

Na volta do intervalo,Marcelinho, que não tinhatido uma boa atuação, me-lhorou e o Flamengo cres-ceu, fechando em 60 a 52.A vantagem se manteve naúltima etapa, com vitóriarubro-negra por 79 a 73.

Amanhã, os times vol-tam a se enfrentar, emBauru, às 20h30m. Se ven-cer, o Flamengo já estaráclassificado para as semi-finais da competição. Se otime paulista ganhar, oconfronto decisivo seráno próximo domingo, naArena da Barra.

Flamengo: Hélio (21),Teague (11), Marcelinho(19), Teichmann (11) e Wag-ner (2). Entraram Átila San-tos (4), Jefferson (8), Guto(3), Duda e Fred.Bauru: Lar-ry (12), Alex (8), Pilar (14),Nunes (7) e Fischer (24). En-traram Renato (6), TiagoAleo (2) e Gui.

NBB

Flamengo faz2 a 1 na série

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O GLOBO ● ESPORTES ● PÁGINA 6 - Edição: 28/04/2011 - Impresso: 27/04/2011 — 23: 17 h

o globo.com.br/esportes6 28/04/2011 •2ªedição

AZUL MAGENTA AMARELO PRETO

Messi derruba MourinhoCom dois gols do argentino, Barcelona derrota o Real Madrid no Santiago Bernabéu por 2 a 0 e ficapróximo de uma vaga na final. Português considera confronto definido e acusa rival de favorecimento

LIGA DOS CAMPEÕESFotos Sergio Perez/Reuters

MESSI COMEMORA o seu primeiro gol na vitória do Barcelona. Com os dois marcados ontem, o argentino chegou a marca de 11 gols em 11 jogos pela Liga dos Campeões, e 52 em 50 partidas na temporada

Fábio Juppa*

Lionel Messi já contra-riou a ciência. Numjogo contra o Getafe,marcou um gol que écópia fiel da obra pri-m a d e M a r a d o n acontra os ingleses,na Copa do México,em 1986, transfor-

mando o futebol no terrenoonde é possível um raio cairduas vezes no mesmo lugar. Jáseria um feito e tanto. Espan-toso foi perceber que não eratudo, o que Messi reafirmarianos anos seguintes com regu-laridade impressionante. Oprimeiro jogo entre Barcelonae Real Madrid pelas semifinaisda Liga dos Campeões, ontem,no Santiago Bernabéu, foi maisuma ocasião em que o mundopara, assiste ao clássico e ter-mina por ovacionar o argenti-no. Com dois gols, o segundoem sua jogada típica, em quecorre com a bola grudada aopé esquerdo fazendo fila atéguardá-la na rede adversária,ele garantiu a vitória catalãpor 2 a 0 e deixou o time comum pé na final da competição,dia 28 de maio, em Wembley.

— Foi um gol maravilhoso,para ficar na história do fute-bol. O Messi conduz a bolamuito perto do pé, cada passodele é um toque. É muito difíciltirar, e tem o fato de ele ser rá-pido demais — rendeu-se Ro-naldo Fenômeno, que comen-tou o jogo na TV Globo.

Os números de Messi naatual temporada fazem delemais que um craque, frase alu-siva àquela pela qual o Barce-lona se define como institui-ção: “Mais que um clube”. Em52 jogos, são 50 gols, 11 mar-cados em 11 partidas da Ligados Campeões, da qual é arti-lheiro. Desde que Kaká mar-cou 10 em 2006/2007, ninguémhavia chegado lá. Se fizer maisum, igualará o holandês RuudVan Nistelrooy, único a fazer

12 gols numa edição, em2002/2003. Caso seja nova-mente o goledor máximo da Li-ga, alcançará também o ale-mão Gerd Müller, até hoje so-litário na façanha de ser arti-lheiro três vezes consecuti-vas, entre 1972 e 1975. Na his-tória do Barcelona, para mui-tos Messi já é o maior, aindaque, em matéria de gols em jo-gos oficiais, seus 179 ainda omantenham atrás do húngaroKubala (194) e do catalão Cé-sar Rodriguez (235).

O confronto de ontem, o ter-ceiro dos últimos 11 dias, re-forçou a impressão de queBarcelona versus Real Madrid,

hoje, é o encontro entre o se-nhor absoluto dos gramados— há três anos o Barcelonatem mais posse de bola qualqualquer de seus oponentes— e o rival que tem de se sub-mete a uma estratégia que fo-ge às suas característicasquando está diante do algoz.Como já acontecera no clássi-co do último dia 16 pelo Cam-peonato Espanhol (1 a 1), e nafinal da Copa do Rei, vencidana prorrogação (1 a 0) peloReal Madrid, o técnico portu-guês José Mourinho elegeu Pe-pe peça-chave do esquema demarcação forte e saída emcontra-ataques. Num primeiro

tempo amarrado, emoção sóno intervalo, quando Arbeloae Keita se estranharam e o go-leiro Pinto, reserva do Barce-lona, acabou expulso.

Expulsão merecida de PepeA partida começou a ser de-

cidida quando o juiz alemãoWolfgang Stark deu a Pepe ocartão vermelho que ele fezpor merecer nos clássicos an-teriores, após uma solada emDaniel Alves. Mourinho ironi-zou a decisão e também foi ex-pulso. Com um homem a mais,o Barcelona teve espaço paratocar a bola mais à vontade.Aos 31, Afellay passou por

Marcelo e cruzou para Messi,antecipando-se ao zagueiro,tocar entre as pernas de Casil-las. Aos 42, sua última pintura.Da intermediária, partiu paracima da defesa. Driblou Diarrae Arbeloa, e, inalcançável porSérgio Ramos e Marcelo, tocouna saída de Casillas para fazermais um. Apoteose do craque,cólera de Mourinho, que con-siderou o Real já eliminado eacusou o Barcelona de ser fa-vorecido pela arbitragem:

— É um time fantástico, mastem muito poder.

O Barcelona, que consideradenunciar Mourinho à Uefapelas declarações, pode per-

● O submarino amarelo,como é conhecido o timedo Villareal, atracou on-tem no Porto disposto afincar sua bandeira entreos grandes do futebol eu-ropeu. Na abertura das se-mifinais da Liga Europa,hoje às 16h (de Brasília)contra o Porto no Estádiodo Dragão, com transmis-são da Rede TV, o time es-panhol quer deixar paratrás a história de insuces-sos nas competições con-tinentais. No outro con-fronto, que antecipa a par-ticipação portuguesa nadecisão do dia 18 de maioem Dublin, o Benfica rece-be o Braga no mesmo ho-rário em Lisboa, mas comsete desfalques, inclusiveNuno Gomes.

Além da vaga, está emjogo a artilharia, lideradapor Falcão do Porto, com11 gols, seguido por Rossi,do Villareal, com 10.

Liga Europa

Semifinais comsotaque ibérico

NO MEIO da torcida, José Mourinho (à esquerda) assiste, resignado, ao Barcelona vencer o Real Madrid após ser expulso do banco

der o jogo de volta, na próxi-ma terça-feira, por um gol, co-mo o Manchester, que venceuo Schalke 04 na Alemanha tam-bém por 2 a 0 e na quarta-feirajoga em Old Trafford.

Real Madrid: Casillas, Arbe-loa, Sérgio Ramos, Albiol eMarcelo; Pepe, Diarra, XabiAlonso e Özil (Adebayor);Cristiano Ronaldo e Dí Maria.Barcelona: Valdés, Daniel Al-ves, Mascherano, Piqué ePuyol; Busquets, Xavi e Keita;Villa (Roberto), Messi e Pedro(Afellay). Juiz: Wolfgang Stark(ALE). ■

(*) Com agências internacionais

Page 43: O Globo 280411

O GLOBO ● SEGUNDO CADERNO ● PÁGINA 1 - Edição: 28/04/2011 - Impresso: 27/04/2011 — 14: 57 h

SEGUNDO CADERNOSEGUNDO CADERNOQUINTA-FEIRA, 28 DE ABRIL DE 2011

AZUL MAGENTA AMARELO PRETO

Edu Lobo emociona ao relembrar as 11 faixas de‘O Grande Circo Místico’ no IMS • 2 e Gente Boa

Após denúncia de fraude, Ecad vai a Brasília eimpõe condição à sua fiscalização pelo MinC • 12

Quem pensaesta cena?

Renovação da música brasileira iniciada nos anos 1990 ehoje madura ainda não foi alvo de uma produção reflexiva

Fotos de arquivo

ROMULO FRÓES MARIANA AYDAR KASSIN TULIPA RUIZ JONAS SÁ MARCELO JENECI

KARINA BUHR

MARCELO CAMELO

TIÊ

CURUMIN

LUÍSA MAITA

MORENO VELOSODOMENICO LANCELLOTTITHALMA DE FREITAS

MARIANO MAROVATTO

LEO CAVALCANTI

PEDRO SÁ

RODRIGO AMARANTE

NINA BECKER

Luiz Fernando Vianna

Hoje não se fala em Tiê,por exemplo, sem sefalar em Marcelo Je-neci, Tulipa Ruiz, LeoCavalcanti e outrostantos. É possível,portanto, ver a nova

geração da música feita em São Paulonum só quadro. Mas é praticamente im-possível encontrar reflexões sobre essequadro e as condições que o formaram,ver suas relações com a também intensaprodução do Rio, entender o papel dessacena na história da música brasileira.

Embora não tenha começado ontem,mas esteja num momento maduro, a tur-ma que vem revitalizando a canção na-cional não encontra, no ambiente acadê-mico ou fora dele, quem a trate como te-ma prioritário de análises.

— Existe uma cena que começa nodisco do Mulheres Q Dizem Sim (de1994) e que tem no Los Hermanos a suamaior expressão — situa Romulo Fróes,decano (39 anos) da nova geração pau-lista e único ator da cena a escrever fre-quentemente sobre ela, incluindo artigossobre os cariocas Nina Becker e Dome-nico Lancellotti. — Como ninguém escre-via sobre a gente, eu fui escrever.

No texto “A nova música brasileira eseus novos caminhos”, de 2009, Romulomostra que a democratização dos meiosde gravação resultou no domínio destesmeios por parte dos artistas e, em segui-da, na criação de músicas que justificas-sem tal domínio, pois “antes uma grandecanção mal gravada do que uma boba-gem de altíssima qualidade sonora”.

— Mas ninguém precisava de ne-nhum endosso, queriam que os mais an-tigos se danassem. O movimento foi ocontrário: Caetano (Veloso) se aproxi-mou da turma ao montar a banda Cê(em 2006), e aí abriu os olhos de JoséMiguel (Wisnik) — diz Romulo. — Sintofalta de um diálogo com a geração sur-gida nos anos 1960, tida como a últimagrande da canção brasileira. Esse diálo-go só se dá com Caetano.

Opinião semelhante é a de Domenico,

parceiro e grande amigo do filho maisvelho de Caetano, Moreno Veloso:

— Não tem nenhum outro que con-tinue se arriscando assim.

O projeto +2, que os amigos fizeramcom Kassin, já foi tema de tese na Argen-tina e palestras no Rio Grande do Sul,mas nada no Rio, segundo Domenico.

— A academia tem extrema dificul-dade de lidar com o contemporâneo —afirma Frederico Coelho, historiador,DJ e pesquisador do Nelim (Núcleo deEstudos de Literatura e Música), daPUC-RJ. — Por um lado, investiga-se ofunk, o rap, pois é o outro, o estranho. Ehá o vício de se trabalhar com a músicados autores surgidos na década de1960. Para mim, que tenho 36 anos, adécada de 1980 já é história.

Coordenador do Nelim e interlocu-tor frequente de Maria Bethânia, JúlioDiniz vê um “hiato” na produção aca-dêmica sobre a música brasileira.

— Praticamente não há reflexão so-bre o que aconteceu nos últimos 20anos — diz ele, anunciando para o se-gundo semestre um seminário na PUC

sobre a nova cena musical.Santuza Cambraia Neves, da PUC, e

Fred Góes, da UFRJ, ressaltam que hámuita gente estudando o momento,mas são grandes a diversidade de es-tilos e a rapidez das mudanças.

— Você há de convir que a academiaé um pouco canônica. Mas, também, énormal que ela olhe coisas mais siste-matizadas, para não ficar superficial,presa a modas — diz Góes.

Participante de muitas bancas, Diniznão vê um panorama mais pujante emSão Paulo, lembrando que os trabalhosacadêmicos de Wisnik e Luiz Tatit nãosão lidos pelos fãs de suas composi-ções. Para Frederico, no entanto, “SãoPaulo nunca parou de dialogar com acanção brasileira”, e a cena atual agradaaos que procuram inserir novidadesnum painel histórico.

Especialmente em função do LosHermanos, Wisnik e Arthur Nestrovs-ki criaram o conceito “canção expan-dida”, que serve bem aos artistas queestão se revelando: melodias e letrasque digressionam, sem bases fixas.

— Sinto uma trajetória na minha mú-sica de desligar ou diminuir o sentidológico das coisas — diz Marcelo Came-lo, que, embora referência para eles jun-to com o também hermano RodrigoAmarante, diz conhecer pouco os no-mes que despontam em São Paulo.

Wisnik não enxerga “um estilo paulis-ta, mas uma sensibilidade de época”.

— Não acho que estejamos fazendoum acompanhamento crítico da movi-mentação de São Paulo. Se isso con-figura uma cena, é porque os músicosdessa geração têm feito eles mesmosque seja assim — acredita ele.

Tatit também não crê na necessida-de de um endosso:

— Os trabalhos artísticos em geralsão fenômenos que não dependem dacrítica ou dos modelos analíticos, as-sim como as plantas, por exemplo,não dependem dos botânicos paraque desenvolvam seu ciclo de vida.Portanto, não cabe ao acadêmicoaceitar ou rejeitar uma “cena” ou um“movimento” musical. Continua na página 2

“A academia tem extremadificuldade de lidar como contemporâneo. Porum lado, investiga-se ofunk, o rap, pois é ooutro, o estranho. E háo vício de se trabalharcom a música dosautores surgidos nadécada de 1960Frederico Coelho, historiador,DJ e pesquisador da PUC-RJ

LUCAS SANTTANA MARCELO CALLADOFERNANDO CATATAU

Page 44: O Globo 280411

2 ● SEGUNDO CADERNO Quinta-feira, 28 de abril de 2011O GLOBO.

O GLOBO ● SEGUNDO CADERNO ● PÁGINA 2 - Edição: 28/04/2011 - Impresso: 27/04/2011 — 15: 00 h PRETO/BRANCO

SEGUNDA-FEIRAFelipeHirsch

QUARTA-FEIRAFrancisco

Bosco

QUINTA-FEIRAPELO MUNDO

Eduardo Graça,de Nova York

Eduardo Levy,de Los Angeles

SEXTA-FEIRAHermanoVianna

SÁBADOJosé Miguel

Wisnik

DOMINGOCaetanoVeloso

TERÇA-FEIRAPELO MUNDO

Cristina Ruiz,de Berlim

Uma zanzada pelo L.E.S.Exatamente como em 2010, a primavera pas-

sou batida em Nova York. Semana passada

os termômetros não ultrapassavam os qua-

tro graus e agora, como num passe de mági-

ca, já é verão. Uma boa pedida para se apro-

veitar um espaço pouco explorado da cida-

de, especialmente durante os meses mais

frios, é alugar uma bicicleta para visitar as

galerias de arte às margens do East River.

Comece o seu dia naTraif Bike Gesheft (o nomesignifica algo como “lojade bicicletas não kosher”,em iídiche), na South 6th,entre a Bedford e a Berry,ao lado da Ponte de Wil-liamsburg e da estação demetrô da Marcy Avenue(linhas J, M e Z). Ali vocêconsegue alugar bicicle-tas por até US$ 10/dia. Nosúltimos quatro anos maisde 400 quilômetros de ci-clovias foram adicionadosà malha da cidade. Nãopor acaso, a primeira ci-clovia dos EUA surgiu noBrooklyn, em 1894, e aPonte de Williamsburg é amelhor, das que ligam osdois principais distritosda cidade, para se zanzarde Manhattan para o ladomais cool da cidade, e vi-ce-versa, em duas rodas.Há uma faixa separada,com entrada entre as ave-nidas Driggs e Roebling, ese chega ao Lower East Si-de em dez minutos.

Não, o L.E.S., como é co-nhecido pelos íntimos, nãoé o Chelsea. Ain-da não. Mas meanimei a percor-rer as galerias dobairro depois deum belo texto deK a re n R o s e n -berg no “Times”destrinchandoos novos espa-ços que se agru-pam nas cerca-nias do New Mu-seum e seguem alinha Chelsea deser, funcionandode terça a sába-do, com uma pe-quena diferença:o s a n i m a d o sopenings aos domingos,concessão ao espírito boê-mio do bairro imortalizadopor Martin Scorsese em “Asgangues de Nova York”.

Nesta terça-feira, minhaaventura começou na Spe-rone Westwater. Localiza-da no primeiro andar deum prédio projetado porNorman Foster na Bowery,a galeria tem três andaresdivididos de forma poucoconvencional, esparrama-dos em meio a um luxuosocondomínio. A entradaconta com gigantescasportas de aço pintadas depreto e para se admirarum dos quadros de Mal-colm Morley — presentecom sua série sobre a avia-ção , “Ru les o f engage-ment” — é preciso entrardentro de um elevador decarga. A imagem de aviõesda Primeira Guerra Mun-dial pintados em uma se-quência que lembra dese-nhos sobre o Barão Verme-lho dentro do elevadordão uma sensação de náu-sea certamente desejadapelo artista.

O melhor da casa, no en-tanto, está no último andar,com as mirropieces do vete-rano Robert Barry. Subita-mente, você vê seu reflexonos espelhos espalhadospara todos os lados, ao ladode palavras com grafiasimensas, que se interpõemem sua face: possibilidade,acontecimento, continuida-de. Ou, em espelho menos

simpático: cuidado, distan-ciamento, explicações.

Ande uma quadra e vo-cê encontrará, ao lado doNew Museum, o Salon 94Bowery. Até pouco tempoatrás mais um depósitoespecializado em produ-tos usados por restauran-tes da cidade, o espaço dedois andares impressionapelo cuidado, a elegânciae as dimensões das salasde exibição. E conta commetade de uma das expo-sições mais interessantesde fotografia da cidade, ade Katy Granann, “Thehappy ever after”, comimagens de mulheres cli-cadas por Grannan nos úl-timos três anos nas ruasde Los Angeles e São Fran-cisco. Preste atenção nadublê envelhecida de Ma-rylin Monroe. Uma mes-cla de documentário e fic-ção, o trabalho se com-pleta em um espaço vizi-nho , no Sa lon 94 Free-mans, na alameda maisdeliciosa da cidade.

Deliciosa porque além dagaleria em mi-niatura se en-contra um dosr e s t a u r a n t e smais gostososda cidade, o Fre-emans, ao ladoda Rua Riving-t o n , e n t r e aBowery e a Ch-rystie. Ponto deencontro de ar-t istas, famosopelo cheesebur-guer à piamonte-se. Mas a pausapara o lanchetambém podeser um aconteci-mento se você

atravessar a Houston e seinternar no Prune, tecnica-mente já no East Village.Por US$ 15, o veal paillardda chef Gabrielle Hamiltoné a pedida certa. E, conve-nhamos, bem mais em con-ta do que os R$ 90 do filé aometro do Lamas, no Fla-mengo. Nova York, definiti-vamente, está bem mais ba-rata do que o Rio.

Muitíssimo bem alimen-tado, você pode continuar aprocura por arte contempo-rânea de primeira no L.E.S.voltando para o sul daHouston e descendo a Ch-rystie até a Rua Stanton. Alifica a Lehmann Maupin, atéjunho com um presentãopara os fãs de arte mais po-lítica: “Fall frum grace, missPipi’s blue tale”, a novamostra de Kara Walker, re-sultado de sua viagem peloDelta do Mississippi. “Umaárea imortalizada na cultu-ra popular, mas que vive,mais do que nunca, uma de-pressão econômica sem ta-manho”, conta, no catálogo.Os vídeos — especialmenteo da tela principal, com ouso de marionetes para nar-rar o sofrimento dos negrosna América dos anos da se-gregação racial — são pun-gentes e tocam fundo naconsciência de quem vive aexperiência pós-racial daEra Obama. Se ainda não é oespaço definitivo para a ar-te contemporânea na cida-de, o L.E.S. disse a que veionesta primavera.

Se ainda nãoé o espaçodefinitivo

para a artecontemporânea

na cidade,o L.E.S. disse

a que veionesta

primavera

PELO MUNDOEDUARDO GRAÇA, de Nova York

EXPEDIENTEEditora: Isabel De Luca ([email protected]) • Editores assistentes: Bernardo Araujo ([email protected]), Fátima Sá ([email protected])

e Nani Rubin ([email protected]) • Fotografia: Leonardo Aversa ([email protected]) • Diagramação: Christiana Lee e Cristina Flegner •Telefones/Redação: 2534-5703 • Publicidade: 2534-4310 ([email protected]) • Correspondência: Rua Irineu Marinho 35, 2º andar. CEP: 20233-900

A emoção de Edu Lobo e do públicona volta de ‘O Grande Circo Místico’Compositor relembrou as 11 faixas do disco num IMS com direito a telão do lado de fora

Michele Miranda

A pós 20 minutos daabertura das bilhete-rias, os ingressos pa-ra ver Edu Lobo no

Instituto Moreira Salles esgota-ram. E foi com um clima inti-mista que os 140 presentes noauditório, somados aos cemque acompanhavam no telãoinstalado do lado de fora, seemocionaram ao ouvir 11 fai-xas de sua parceria com ChicoBuarque. O show revisitando oálbum “O Grande Circo Místi-co”, de 1983, aconteceu na noi-te de terça-feira, no Rio.

— Nossa parceria demorou aacontecer porque competíamosnos festivais. Chico é um letristabrilhante. Fizemos várias músi-cas juntos e nunca mexi em na-da — explicou o músico, queoptou pelo duo com o pianistaCristóvão Bastos e os sopros deCarlos Malta, em vez do sextetoque costuma acompanhá-lo.

‘Tem música nova?’O público ficou encantado

ao ouvir histórias — mediadaspelo jornalista Hugo Sukman —sobre as composições e memó-rias de Edu envolvendo TomJobim, Vinicius de Moraes, ElisRegina e Tim Maia.

— Vinicius sempre está em

alguma história. Compus mui-tas das minhas canções porcausa das festas na casa dele.Era chegar no lugar para al-guém perguntar: “Tem músicanova?” E você tinha que ter.Gosto de trabalho por enco-menda, porque o personagemsempre me pede uma trilha —contou Edu, ainda relembran-do que virou músico quandoassistiu, por volta dos 16

anos, ao filme “Amor, sublimeamor” (“West Side story”).

Os destaques do repertórioficaram para “A bela e a fera”,gravada na época por TimMaia, “Upa neguinho”, que,segundo Edu, foi divulgada aopúblico por insistência de ElisRegina, e “Sobre todas as coi-sas”. Esta última começousob elogios do cantor:

— Eu adoro, é uma das mi-

nhas preferidas do Chico.Para o bis, Edu escolheu

duas canções de outros traba-lhos. Foi sob lágrimas dele edos espectadores que “Cantotriste” e “Pra dizer adeus” fe-charam a apresentação. O IMSagora pensa em produzir proje-to semelhante com “Acabouchorare”, dos Novos Baianos. ■

● Veja mais na coluna Gente Boa

Quem pensa esta cena? • Continuação da página 1

Afalta de uma re-flexão crítica noRio pode ter umfundamento eco-nômico, pensammúsicos como

Romulo Fróes e Marcelo Cal-lado. Com o fechamento decasas como o Cinémathèque,faltam lugares para que umacena se dê fisicamente. A si-tuação vem melhorando comos projetos Rival Mais Tarde eOi Sonoridades, além da aber-tura anunciada do Studio RJ,versão carioca do Studio SP,sede dos novos paulistas.

Baterista de Caetano Velo-so e da banda Do Amor, Cal-lado diz que tem viajado comseu grupo pelo Brasil, mas sófez quatro shows no Rio.

— Temos artistas tão bonsquanto os de São Paulo, mas osde lá se organizam melhor —diz. — O público daqui só se in-teressa por quem está estoura-do. E nós, músicos, somos umpouco da turma do chinelinho,não temos um pensador comoo Romulo. Mas não me enver-gonho, é o nosso estilo.

Mariano Marovatto, que aca-ba de lançar um CD e faz dou-

torado na PUC, é mais duro:— Falta de tudo na música

do Rio. Talvez falte argumen-tação crítica por causa do co-modismo. Aqui acabou a mú-sica em processo. As pessoassó vão aonde todo mundo vai.E o cara faz uma canção, vai àpraia e já pensa que é artista.

David Pacheco registrará anova cena carioca no docu-mentário “A comunidade quevem”, que rodará até outubropriorizando as bandas DoAmor, Letuce e Os Outros.

A coesão entre esses jovensé maior do que entre os da

MPC (Música Popular Cario-ca), turma que a imprensa ten-tou rotular nos anos 1990: Pe-dro Luis, Farofa Carioca (comSeu Jorge), Boato e outros.

— Nós, os eleitos, fugimos,acho que muito pelo espírito li-bertário e múltiplo da reuniãoespontânea que assim quise-ram batizar — lembra PedroLuis. — A velocidade das co-municações jogou por terraqualquer possibilidade de mo-vimento, no sentido clássico.Mas a crítica e a teoria estão nasua função, pois a História pre-cisa de classificações. ■

Caçula do Buena Vista Social Club toca no RioBarbarito Torres, ‘o rei do alaúde’, se apresenta com sua orquestra hoje no Circo Voador

Cristina Tardáguila

E m 1966, Fidel Castrodecretou lei marcialem Cuba, usando co-mo pretexto um imi-

nente ataque dos Estados Uni-dos à ilha. O país viveu o caospor um bom tempo, mas, emMatanzas, cidade a cerca decem quilômetros de Santiago,Bárbaro Alberto Torres Delga-do só pensava em uma coisa:dedilhar o alaúde reluzente deseu pai. Ele tinha 10 anos.

Três décadas mais tarde e járebatizado como Barbarito Tor-res, o músico ganhou o título de“o rei do alaúde” e passou a in-tegrar o Buena Vista Social Clubcomo caçula do grupo que en-trou para a história da músicapelo resgate dos ritmos cuba-nos. Hoje, com 55 anos e um ins-trumento que carrega consigohá oito, sobe ao palco do CircoVoador, às 22h, na companhiada orquestra que fundou em1992 e que costuma ensaiar emsua casa, em Havana.

De Cuba, por telefone, Barba-rito prometeu uma apresenta-ção versátil, com muito jazz la-

tino e música típica de seu país.Antecipou a participação de Ga-briel Moura, do Farofa Carioca,que cantará “Soy America”, quecompôs com Seu Jorge, e con-tou que o corpo ainda não sen-tiu o passar dos anos.

— Ainda sou um jovem de 25!— berrou, às gargalhadas. —Continuo com aquela alegria,aquele otimismo e aquele sorri-so da juventude, mesmo já sen-do membro da geração interme-diária da música de meu país.

Para a abertura da apresenta-ção, Barbarito e os 13 integran-tes da orquesta têm prevista

uma homenagem a Iemanjá. Emseguida, pretendem engataruma sequência de boleros quelembrará os sucessos eterniza-dos pelo filme de Wim Wenderse saciará o público saudosistaque sempre os acompanha.

— “Chan-chan” e “Dos garde-nias” já estão na lista — adian-tou. — São ícones da nossa mú-sica e, se não tocarmos, o públi-co reclama. Ainda bem que sãocanções lindas e nós não noscansamos delas nunca.

Nesta primeira visita ao Rio,Barbarito contará com a com-panhia do filho Alberto Alejan-

dro Torres, violonista de 23anos, e da irmã Conchita Torres,cantora de 58. Diante da pergun-ta sobre uma possível carga ge-nética musical em sua família, ocubano gargalha alto.

— Somos quatro irmãos. Cin-quenta por cento deles virarammúsicos. Então pode ser.

Barbarito Torres desvia, noentanto, de todas as perguntassobre a situação política de seupaís ou sobre o fim da era FidelCastro.

— Vejo muito futuro pelafrente, porque as coisas estãocaminhando — esquivou-se. —Mas não falo sobre política, as-sim como acho que nenhum po-lítico deve falar sobre música.

Em quatro décadas de dedi-cação ao alaúde, Barbarito —que, depois do Rio, se apresentaem Curitiba e São Paulo — nãosabe dizer quantos instrumen-tos já teve, mas guarda um delescom especial carinho em casa:

— O alaúde com o qual ga-nhei o Grammy de 1998. Eleme faz lembrar os compa-nheiros já falecidos do BuenaVista Social Club e tem umquê de mágico. ■

BARBARITO TORRES: show com participação de Gabriel Moura

Divulgação

Divulgação/Aílton Silva

EDU LOBOdivertiu-se

ao contar

histórias

de amigos

e parceiros

como Elis

Regina e

Tom Jobim

Page 45: O Globo 280411

SEGUNDO CADERNO ● 3Quinta-feira, 28 de abril de 2011 O GLOBO

O GLOBO ● SEGUNDO CADERNO ● PÁGINA 3 - Edição: 28/04/2011 - Impresso: 27/04/2011 — 14: 37 h AZUL MAGENTA AMARELO PRETO

O bosque esculpido de Afonso TostesO artista abre exposição hoje na galeria Lurixs com esculturas feitas de madeira e galhos de árvores

Suzana Velasco

Q uando seus braçosestão doendo, Afon-so Tostes para e de-senha. E só volta pa-

ra sua companheira grosa, aferramenta de metal com ra-nhuras com que esculpe a ma-deira, quando dá vontade defazer o trabalho braçal. É as-sim diariamente, em seu ate-liê em Laranjeiras.

— Descobri uma maneirade trabalhar com muita tran-quilidade. Foi um entendi-mento de que meu processotem uma forma mais contem-plativa. Ficar sozinho é muitobom — diz o artista. — Eu nãofunciono com a ideia de pro-dutividade. Mas se há um pra-zo, tudo bem.

Surgiu um prazo, e era hoje.Tostes viu que precisava juntaros cacos de seu pensamento ede seu esforço físico para con-seguir montar a exposição bati-zada providencialmente de “Aomesmo tempo”, que será inau-gurada às 18h, na galeria Lurixs,em Botafogo. Às vésperas damostra, ainda produzia algumasobras da série “Árvores”, que opresenteou com uma tendinite.O cubo branco da galeria serátomado por esculturas de ma-deira cuja semelhança comtroncos sugeriam que elas que-riam voltar a ser árvores. O ar-tista cumpriu o que lhe pediamas esculturas e as uniu a galhosde verdade, finos e secos. Acre-dita que as árvores chamam aatenção para a criação humanados “troncos” criados por ele.

— A presença dos galhosreais destaca a mão escultóri-ca, que é racional, mental. Elaevidencia o trabalho manual— afirma ele, que produziupeças que, além de troncos,

lembram ossos ou estruturasarticuladas. — É um processode modelagem. As peças fi-cam abrutalhadas, eu não es-tou preocupado com a belezadecorativa da madeira.

Frágeis, quase mortos, os ga-lhos usados pelo artista iriampara o lixo. Assim como seriamdescartados os restos de suasesculturas, que, acumulados noateliê, há três semanas o atraí-

ram pelo desenho que forma-vam juntos. O artista vai levaressas sobras de madeira para ocorredor de entrada da galeriae ali montar a obra “Descartes”.A ideia remete a “Cidade peque-na” (2005), conjunto de 41 es-culturas formadas por escorasde madeira de demolição. Masenquanto em “Descartes” qua-se não haverá interferência doartista — ele vai apenas “arru-

mar” os pedaços —, os “edifí-cios” da “Cidade pequena” ti-nham um desenho mais pensa-do, uma geometria. Além disso,a base de cada escora era umamadeira lisa, esculpida, em con-traste com a escultura em si,precária. Essa inversão de qua-lidades entre base e esculturade certa forma também estápresente na série “Árvores”, emque cada obra, nas quais se ve-

em as marcas da ferramenta,apoia-se em superfícies de ma-deira lisas e inclinadas:

— Queria que as bases fi-zessem parte das árvores,que elas de alguma maneiradesequilibrassem as peças.

O artista ainda vai fincarduas esculturas de resina noscanteiros em frente à galeria,moldadas a partir de ossos deverdade — peças já expostasno Museu da Casa Brasileira,em São Paulo, e no Museu deArte Contemporânea de Nite-rói, em 2009. E vai expor algu-mas cunhas de bronze, ver-sões ampliadas das usadascomo calços de portas.

— A cunha tem uma geome-tria bonita e uma função mui-to específica. É para ser usa-da. Gosto da ideia de queaquilo que é arte pode virarum objeto cotidiano — dizele, enquanto põe sua obra“utilitária” sob a porta da ga-leria, para mantê-la aberta.

Em novembro, mostra no MAMTostes talvez exponha uma

maquete para uma esculturaao ar livre, uma pequena árvo-re presa ao chão por galhos deferro — mas quem sabe ela sóserá apresentada em sua expo-sição no MAM, em novembro.Talvez encha de desenhosuma das paredes da galeria.Dias antes de o prazo se esgo-tar, ele mantém na montagemda mostra a mesma tranquili-dade do ateliê. É como se aconfiguração das peças nãodependesse mais dele.

— A ideia é fazer uma ocu-pação cerrada, bem intensa— diz, sem saber bem comoserá o resultado. — São frag-mentos de pensamentos, quepodem virar outra coisa... Éum jogo aberto. ■

AFONSO TOSTES em seu ateliê: “A presença dos galhos reais destaca a mão escultórica, que é racional”

Leonardo Aversa

Escher inspira osaparelhos inéditos deespetáculo circense

D epois de atrair maisde 600 mil espectado-res aos salões exposi-tivos do CCBB este

ano, o artista plástico holandêsM.C. Escher (1898-1972) inspiraagora os aparelhos circensesinéditos que servem para asacrobacias do espetáculo “Pas-sos”, da Crescer e Viver de Cir-co. A direção é de Claudio Bal-tar, da Intrépida Trupe, convida-do por Junior Perim, coordena-dor executivo da companhia. Aestreia é amanhã (hoje paraconvidados), às 20h, na sede dogrupo, na Praça Onze.

O espetáculo traz 12 persona-gens, todos relacionados à itine-rância, característica do circo.Entre eles, a cigana, o andarilho,o mensageiro, o fugitivo, o exila-do, o retirante. Os aparelhos fo-ram idealizados por Baltar.

— Baseei-me em Escher. Emseus trabalhos, há desloca-mentos em vários planos. Vo-cê olha e tem gente andandona vertical, na horizontal, decabeça para baixo, na parede— diz ele, citando a ilusão deótica das obras.

Entre os aparelhos há doiscubos concêntricos — um de1,5m por 1,5m, dentro de outrode 3m por 3m — que ficam pen-durados nos quatro mastros docirco. Outro aparelho, tambémaéreo, traz vigas que não se to-cam, unidas por elásticos. ■

Divulgação/Isabel Ebert

“PASSOS”: direção de Claudio Baltar

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4 ● SEGUNDO CADERNO Quinta-feira, 28 de abril de 2011O GLOBO.

O GLOBO ● SEGUNDO CADERNO ● PÁGINA 4 - Edição: 28/04/2011 - Impresso: 27/04/2011 — 14: h AZUL MAGENTA AMARELO PRETO

CINEMA

CRÍTICA

CINEMA

CRÍTICA

CINEMASEGUNDA-FEIRA

Artes VisuaisQUARTA-FEIRAArtes Cênicas

QUINTA-FEIRACinema

SEXTA-FEIRATranscultura

TERÇA-FEIRAMúsica

À sombra de “Velu-do azul”, o diretorDavid Lynch sem-pre foi um farol pa-ra iluminar o labi-rinto que a ficçãodo quadrinista eescritor Lourenço

Mutarelli é. Seja em HQs como“A confluência da forquilha”,seja em exercícios literárioscomo “O cheiro do ralo”, seuprimeiro romance (filmadopor Heitor Dhalia em 2006), hásemelhanças univitelinas como mundo estranho de Lynch.Espectros lynchianos geram asensação de que Mutarelli éum formulador de alegorias,mascarando numa selva dequase-metáforas uma estrutu-ra realista cujo alvo recorren-te é a paranoia cotidiana. Talparanoia faz o caçador de ta-lentos vivido pelo autor em“Natimorto” tomar cada umade suas decisões baseado nasprevisões que tira das ilustra-ções impressas nas embala-gens de seus cigarros — ane-xadas ao reclame “Fumar fazmal à saúde”.

Maços cheios de tabaco in-dustrializado são usados co-mo cartas de tarô no momen-to “Mulholland Drive” de Mu-tarelli. Brotam reminiscênciasdo cultuado longa-metragemde Lynch, traduzido aqui co-mo “Cidade dos sonhos”, con-

‘Natimorto’

Rodrigo Fonseca

‘Mulholland Drive’à moda MutarelliEntre ecos de David Lynch, escritorbrinda o público com grande atuação

forme Paulo Machline vai es-truturando os ambientes poronde os personagens de “Onatimorto” perambulam. Emdiálogo fiel com o livro, o dire-tor de “Um história de futebol”fecha seu protagonista numabolha (um apartamento fedidoa nicotina) onde sua loucura,acentuada pela obsessão divi-natória de sua tarologia taba-gista, só faz crescer. Mas suabolha gravita como um satéliteopaco pela órbita de um mun-do de celebridades — de es-tranheza à la Lynch — ondeuma aspirante a cantora (vivi-da por uma Simone Spoladorecom visual digno de Betty Bo-op) deseja frequentar.

Artificialidade propositalNa tela, nunca se vê esse

outro mundo. Ouve-se apenasa cantora falar dele, num jogoquase sexual: ela se deixa con-finar pelo caça-talentos, nummisto de medo, dependênciae perversão, regado a frases-fetiche, que dispara só de cal-cinha, como “Vem cá que euvou cantar pra você dormir”.Não se sabe se esse outromundo, o da fama, é real — as-sim como não se sabia qualHollywood era real e qual erainventada em “MulhollandDrive”. Sabe-se apenas estardiante de um ensaio sobre ainsanidade, que usa a artificia-lidade (escancarada na foto-grafia de Lito Mendes da Ro-cha) para gerar distanciamen-to, forçar reflexões. ■

Um homem e umamulher voluntaria-mente enfurnadosnum quarto de ho-tel ao mesmo tem-po suntuoso e ana-crônico. Ele, umhomem desenga-

nado, niilista, vendo só o fim àsua frente. Ela, uma jovem ebela artista, cheia de aspira-ções, vislumbrando o mundointeiro diante de si. Esse é ba-sicamente o esquema de tabu-leiro e peões que o filme esta-belece frontalmente. Um climade mal-estar doentio se faz pre-sente desde que a situaçãodramática é instaurada, e ocontínuo isolamento dos per-sonagens só tornará essa at-mosfera mais intensa e pro-gressivamente mais maníaca àmedida que o filme evolui. Sãoessas as linhas básicas de “Na-timorto”, adaptação do roman-ce homônimo de LourençoMutarelli transposto para o ci-nema por Paulo Machline.

Adaptações cinematográfi-cas tendem a “arejar” o con-teúdo literário do material ori-ginal. “Natimorto” ousadamen-te opta pela estratégia oposta,mantendo a riqueza da escritade Mutarelli mesmo que issosignifique um distanciamentoda naturalidade de interpreta-ção. Alguns filmes entrarampara a história do cinema fa-

‘Natimorto’

Ruy Gardnier

Pouco mais doque um esboçoDireção equivocada reduz o filmea um tom de leitura dramatizada

zendo essa aposta, caso de“Hiroshima mon amour” (AlainResnais, 1959) e “Quem temmedo de Virginia Woolf?” (Mi-ke Nichols, 1966), mas isso de-manda um controle absolutode tom e de ritmo de cena (so-bretudo a dinâmica das trocasde diálogos), além de uma quí-mica completa entre os atores.Mas Machline não foi bem-su-cedido em sua tentativa.

Desnível entre os atoresOs atores em questão são

Simone Spoladore e Louren-ço Mutarelli — ou seja, umaótima atriz e um não ator ex-tremamente carismático. Éfácil atribuir a patente faltade química entre os atores àdistância de know-how entreeles, ou à inexperiência deMutarelli como intérprete,mas o erro fundamental é dadireção. Os diálogos têm umritmo primário, frequente-mente soando mais comouma leitura dramatizada ouum ensaio do que como umaficção coesa. E a paleta decores carregadas da fotogra-fia, ainda que contribua aoclima de enclausuramentoexistencial dos personagens,acaba colaborando para dei-xar o andamento duro e arti-ficial, retirando o que podiarestar da presença física dosatores. O universo de morbi-dez e redenção da obra deMutarelli é mantido, mas“Natimorto” deixa transpare-cer apenas o esboço. ■

P rimeiro longa-metragem de ficção do paulistanoPaulo Machline, indicado ao Oscar de melhorcurta em 2001 com “Uma história de futebol”,

“Natimorto” é uma adaptação do romance homônimode Lourenço Mutarelli que levou quase dois anos à es-pera de circuito exibidor. O próprio Lourenço assume opapel principal. Ele é um caça-talentos às voltas comuma candidata a cantora (Simone Spoladore) nesta tra-ma que rachou opiniões entre os Bonequinhos.

LOURENÇO Mutarelli é um caça-talentos e Simone Spoladore, sua aposta

Divulgação

AGENDA

Por Rodrigo Fonseca

Um Rio de encantos e de violência20 MINUTOS COM Vin DieselBILHETERIAS

No Brasil1. “Rio”

2. “Pânico 4”

3. “Eu sou o NúmeroQuatro”

4. “Hop — Rebeldessem Páscoa”

5. “A garota da capavermelha”

Cinco faces de Fassbender● Filmando “Prometheus”, com Ridley Scott, o alemãoMichael Fassbender será visto em cinco produções atéo fim do ano, indo do drama indie “Shame” a filmesmais comerciais como “X-Men: primeira classe”, othriller “Haywire” e o romance “Jane Eyre”. O trabalhomais esperado do ator é “A dangerous method”, deDavid Cronenberg, no qual vive o psicanalista GustavJung (1875-1961). O filme está previsto para dezembro.

Mulheres de Israel● Com foco na realidade is-raelense, a edição 2011 do Fe-mina — Festival Internacionalde Cinema Feminino, agenda-do de 11 a 17 de julho na Cai-xa Cultural, trará ao Brasil adiretora Michal Aviad, quevem de Jerusalém para abrira mostra com “Invisible”.

A dois passos... da telona● Inédita nos palcos, a peça“Paraíso, aqui vou eu”, deWalter Daguerre, virou filmecom direção do próprio dra-maturgo, em parceria comCavi Borges. Com o título de“A dois passos do paraíso”, olonga, já em finalização, nar-ra um triangulo amoroso.

CURTAS

Hoje• Às 17h, “Cidadão Boilesen”, deChaim Litewski, será exibido no Ar-quivo Nacional (2179-1350).• Estrelado por Treat Williams,“Hair”, de Milos Forman, será exi-bido às 19h no Oi Futuro Ipanema(3201-3010), seguido de debatecom o escritor Luiz Carlos Maciel,o diretor teatral Claudio Botelho, ocrítico de música Tárik de Souza eo DJ Marcelo Janot.• Grant Gee dirige “Joy Division”,que será exibido para convidados às

20h na reinauguração do Cine Joia(2236-5624), em Copacabana.

Amanhã, dia 29• Estreiam os longas “Thor”, “Águapara elefantes”, “Como você sabe”,“Marcha da vida”, “Natimorto” e“Bollywood dream — Sonho bol-lywoodiano”.• Lançado na Quinzena dos Rea-lizadores do Festival de Cannesde 2010, “A alegria”, de FelipeBragança e Marina Meliande, seráexibido às 18h no CCBB (3808-

2020),na mostra Cinema Brasilei-ro: Anos 2000, 10 Questões.

Sábado, dia 30• Indicado ao Oscar de melhor fil-me estrangeiro em 1989, “SalaamBombay!”, da indiana Mira Nair,será exibido às 18h no Cineclubeda Escola de Cinema Darcy Ribeiro(2516-3514), seguido de debatecom o professor Sérgio Almeida.• Em sessão hors-concours, com apresença do jogador Edson Arantesdo Nascimento, o documentário “Ci-

ne Pelé”, de Evaldo Mocarzel, inau-gura o 15o- Cine PE, em Recife.

Domingo, dia 1• Às 17h30m, a Caixa Cultural(2202-3086) exibe “A mulher detodos” (1969) na retrospectiva deRogério Sganzerla.

Segunda, dia 2• Às 14h, “Pão, amor e fantasia”,de Luigi Comencini, abre a mostraCommedia All’Italiana no EspaçoCultural Telezoom (3497-7620).

● Sem temer o martelo de “Thor”, que estreou ontem num cir-cuito restrito de telas nos EUA, expandindo seus domínios ci-néfilos no dia 6, o nova-iorquino Mark Sinclair Vincent, cele-brizado como Vin Diesel, vai enfrentar o Deus do Trovão e osdemais super-heróis desta temporada de candidatos a block-buster com seu “Velozes & Furiosos 5 — Operação Rio” (“Fastfive”). Em território americano, o quinto episódio da franquiamotorizada entra em cartaz amanhã, estacionando no Brasilsó na semana seguinte. Em solo brasileiro, onde o astro veiobadalar há duas semanas, houve rejeição da crítica ao retratoviolento que o longa-metragem pinta do Rio de Janeiro. Nestaentrevista, Diesel contemporiza com os cariocas.

O GLOBO: Por que o Rio apa-rece como uma cidade hostil earmada no filme?VIN DIESEL: Ao fim de umasessão-teste do filme, assimque a projeção acabou, ouvi-mos várias pessoas dizendoque mal podiam esperar paraconhecer o Rio. Fizemos umapremière de “Velozes & Furio-sos 5” de um porte que eununca vi igual em todos osmeus anos de cinema. De cer-ta forma, transformamos a ci-dade em personagem. Este éum lugar muito acolhedor. Asescolas de samba são impres-sionantes. E eu me surpreen-di também ao encontrar apa-relhos de ginástica instaladosnas praias, disponíveis para ouso de quem quiser, semônus. Quero muito filmaraqui outra vez.

● Ao largo dos filmes de açãoque o popularizaram, você fil-mou o thriller jurídico “Sobsuspeita”, que rendeu uma in-dicação ao Urso de Ouro noFestival de Berlim de 2006 pa-ra Sidney Lumet, um dos maisaclamados diretores dos EUA,morto no último dia 9. Qualfoi a importância de Lumetpara a sua carreira?Lumet validou a minha carrei-ra com um atestado de serie-dade. Ele me escolheu apesarde toda a rejeição de seus co-legas, que torciam o nariz pa-ra a escalação de um ator deação para um papel dramáti-co. Quando concluiu o pri-meiro corte durante a monta-gem do filme, ele me disse:“Vinny, foi uma pena não terte conhecido antes.” Sidneyera uma figura única.

● Frente à censura que o po-liticamente correto impõeaos filmes de ação, que lugaro heroísmo ocupa hoje no ci-nema americano?Viver um herói num filme deação pode gerar para um atoro mesmo efeito danoso que opapel de uma gostosona pro-voca na carreira de uma atriz: atipificação. Esse preconceitoimpede que as pessoas vejama dramaturgia existente entresequências de luta, de perse-guição. Nestes tempos de efei-tos digitais, um filme de açãose diferencia pelo realismo. E oheroísmo entra aí. E ele se rein-venta frente a roteiros sólidos.“Cidade de Deus” despertouno cinema o interesse de se fil-mar em favelas. Mas essa filma-gem tem que estar calçada nu-ma boa história.

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“A ALEGRIA”: amanhã no CCBB

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“RIO”

Nos EUA1. “Rio”

2. “Tyler Perry’s Me-dea’s Big happy family”

3. “Água paraelefantes”

4. “Hop — Rebeldessem Páscoa”

5. “Pânico 4”Fontes: Filme B e Box Office Mojo

O GLOBO NA INTERNET

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oglobo.com.br/cultura

twitter.com/OGlobo_Cultura

•Assista ao trailer de“Natimorto”

• Leitores debatem pontospositivos e negativos daanimação “Rio”, que lidera abilheteria há três semanas

Divulgação

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SEGUNDO CADERNO ● 5Quinta-feira, 28 de abril de 2011 O GLOBO

O GLOBO ● SEGUNDO CADERNO ● PÁGINA 5 - Edição: 28/04/2011 - Impresso: 28/04/2011 — 00: 52 h AZUL MAGENTA AMARELO PRETO

CURTINHAS

● Kim Poor abre hoje a mostra“London Collection” no antiquárioArnaldo Danemberg.● Moacyr Luz faz o “Samba doTrabalhador”, dia primeiro, a partirdas 14h, no Renascença, com oapoio da RioTur.● Claudio Baltar dirige “Passos”,que estreia hoje, no Circo Crescer eViver, na Praça Onze.● Maria Vitória Riera é uma das“Mulheres que fazem a diferença noséculo XXI”, do Lions Clube.● Guilherme Coelho e ArturDapieve falam sobre o projeto “Porque a gente é assim?”, hoje, no TalkShow Barteliê.● Douglas Andreghetti, daWineStock, faz almoço amanhã norestaurante Gero, em Ipanema, comvinhos da Borgonha.● Conselho Comunitário deSegurança será hoje, às 10h, nasede do 23o- BPM.

Circo Arpoador● É assim queficará a lonamontada noArpoador parao ViradãoCarioca,marcado para a últimasemana de maio. Homenageiao Circo Voador, que instalousua primeira lona ali, no finaldos anos de 1970.

Nua pelo drama● A artista plástica Elen Nasficará nua amanhã dentro deuma gaiola de arame farpado,na exposição de José Tannuri,na Galeria Tramas,Copacabana. Elen e Tannuriquerem “explorar os reflexosdo arame farpado no corpo”e “os aspectos dramáticos daprivacidade”. Toda a galeriaserá transformada numa jaula.

No fundo do mar

COM CLEO GUIMARÃES, MARIA FORTUNA E FERNANDA PONTES • E-mail: [email protected]

GENTE BOA

Kate e William no Rio● Kate e William, acima, são osnovos moradores do Zoo Rio.O casal de tigres de bengala,chegou esta semana de SantaCatarina, vindos do Zoo doBeto Carrero. O macho temquatro anos e pesa 150 quilos.A fêmea, 5 anos, pesa 115.A expectativa é que, comoos xarás reais, tragam filhotes.

Na casa certa● O acervo do compositorBraguinha, um dos reis damarchinha carioca, serátransferido para o novo Museuda Imagem do Som, a serinaugurado em 2012. A doaçãofoi feita por Maria CecíliaBraga, filha de Braguinha, àRosa Araújo, presidente do MIS.

Olha o documento● O superintendentedo Iphan/Rio, Carlos FernandoAndrade, foi barrado noferiadão ao tentar cruzar afronteira para visitar as ruínasdas missões jesuíticas naArgentina. Estava com carteirade motorista e a carteirado Conselho Regional deEngenharia e Arquitetura. Osdocumentos não são aceitospela fiscalização daquele país.

Hotelaria de charme

Edu Lobo canta as músicas do ‘Grande circo místico’

EDU LOBO, entre Cristóvão Bastos e Carlos Malta: aplausos da plateia que se emocionou com show e bate-papo

Longe das leis do showbizzJOAQUIM FERREIRA DOS SANTOS

Fotos de Marcos Ramos

‘T er um trabalho dessepara mostrar é umnegócio muito sério.Genial!”, resumia a

cantora Wanda Sá, depois de ou-vir Edu Lobo, seu ex-marido, can-tar as músicas de “O grande circomístico” em show que celebrou odisco clássico de Edu e ChicoBuarque anteontem, no InstitutoMoreira Salles.

● O show entremeava músicas eum bate-papo com o crítico mu-sical Hugo Sukman. Edu tambémfalou das histórias por trás deoutras composições, como “Can-to triste”, dos anos 60. “Viniciusde Moraes salvou essa música.Eu estava zerado porque tinhaacabado de compor uma trilha eele pediu música nova”, contou.“Toquei o que já tinha compostodessa e ele disse: ‘Pode tomaruns uísques, mas termina que euvou fazer essa letra’”.

● Trabalhar sob pressão, aliás, éum estímulo para o processo cria-tivo de Edu, como ele contou.“Adoro aquela história do ColePorter: ‘Sabe o que me inspira? Otelefonema de um produtor’”. Osbalacos do Poetinha também in-centivavam. “Vinicius dava festatodo sábado, terça, quinta... Esempre tinha alguém que pergun-tava por música nova.”

● Acompanhado pelo pianistaCristóvão Bastos e pelo multisso-pros Carlos Malta, Edu lia a letrada maioria das músicas. “Depoisde uma certa idade, o HD começaa não funcionar”, brincou.

● “Contrariando as leis do show bu-siness, que manda encerrar commúsica explosiva, vou fazer uma len-ta”, avisou, antes de cantar “Pra di-zer adeus”. Saiu do palco ovaciona-do, numa grande noite da MPB.

EDU FALA

BENA LOBO e Úrsula Corona

FLÁVIO PINHEIRO cumprimenta o cineasta Cacá Diegues

BEBEL e Paulo Niemeyer

A equilibrista inspiradora de’Beatriz’ originalmente se chamavaAgnés. Mas Agnés rima com o quê?

Chico teve que transformar

‘Ciranda da bailarina’ é versãomusical do ’Poema enjoadinho‘

do Vinicius de Moraes

Tem sempre um cara de marketingque diz que ‘não, tal música não vaivender bem’. Profissão ruim essa.Eu é que não queria ter um filho

gerente de marketing

Minha parceria com o ChicoBuarque demorou a rolar porque agente competia. Ele ganhava um

festival, eu ganhava outro

Chico manda a letra com algumaspossibilidades. Se você não gostardaquela, marca um xis na outra

Essa música eu não deveria cantarpor causa das gravações do MiltonNascimento e da Mônica Salmaso.

Ah, mas vou cantar, sim, sabepor que? Porque eu que fiz

EDU LOBO

Esther Nazareth

● Uma harpa especial foilevada ao fundo do mar ea francesa Claire Lefur, numescafandro, foi filmadatocando. O filme, com o somfeito ao vivo por Claire, numasincronia que é sucessointernacional, será atraçãodo RioHarpFestival, domingo,no Forte de Copacabana.

Qualquer operadora● O linguajar das operadorascaiu na boca do povo. Amigada coluna ouviu duas jovensconversando na mesa ao lado:“O namorado da Maria édesbloqueado”, disse umadelas. No decorrer daconversa o mistério foiesclarecido. “Desbloqueado”é a gíria para quem namoramulher ou homem.● O casarão acima, na Rua

Monte Alegre, Santa Teresa,pertencia à família do ex-presidente Castello Branco eestá sendo restaurado parareabrir como hotel com 16quartos. Será administradopelo mesmo grupo do hotelSolar do Império, emPetrópolis, também numcasarão histórico.

Galo no Cantagalo● Não é verdade, como estáno lindo samba “Nomes dafavela”, de Paulo Cesar Pinheiro,que o “galo já não canta maisno Cantagalo”. Canta, oumelhor, cantam, são muitosgalos. Isso poderia ser notíciaboa, passada por amiga dacoluna que mora ao lado domorro, num apartamento daBarão da Torre. O problema éque, urbanamente estressados,os galos cantam a qualquerhora — e começam a sinfoniadesde uma da madrugada. “Éimpossível dormir”, ela diz.

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Page 48: O Globo 280411

6 ● SEGUNDO CADERNO Quinta-feira, 28 de abril de 2011O GLOBO.

O GLOBO ● SEGUNDO CADERNO ● PÁGINA 6 - Edição: 28/04/2011 - Impresso: 27/04/2011 — 14: 06 h AZUL MAGENTA AMARELO PRETO

Este caderno não se responsabiliza por mudanças em preços e horários. Ambos são fornecidos pelos organizadores dos espetáculos.Como nem todas as casas fornecem a classificação etária, é recomendável a pais e responsáveis a consulta prévia por telefone, fax ou e-mail.

NOS BAIRROSZonaSul> Cine Glória — Praça Luís de Camões, s/nº,Memorial Getúlio Vargas, subsolo, Glória —2556-1586. O cinema funciona de ter a dom.(116 lugares): As aventuras de Sammy, 14h,16h. Bebês, 18h, 20h. R$ 12 (ter, qua e qui) eR$ 14 (sáb e dom).

> Cinemark Botafogo — Praia de Botafogo,400, Botafogo Praia Shopping, 8° piso, Bota-fogo — 2237-9485. Sala 1 (124 lugares): Eusou o número quatro, 12h30m, 15h, 17h30m,20h, 22h20m. Sala 2 (139 lugares): Rio, dub,11h50m, 14h10m, 16h30m; e A minha ver-são do amor, 18h50m, 21h50m. Sala 3 (219lugares): Hop — Rebeldes sem Páscoa, dub,11h30m, 13h50m, 16h10m, 18h30m,20h50m.. Sala 4 (186 lugares): Rio, dub,12h40m, 14h55m; Pânico 4, 17h10m,19h35m, 22h05m. Sala 5 (290 lugares): Rio,(3-D), dub, 12h10m, 14h30m, 16h50m,19h10m, 21h30m.. Sala 6 (290 lugares): Rio,(3-D), dub, 11h10m, 13h30m, 15h50m,18h10m; leg, 20h30m.. R$ 13 (qua), R$ 14(seg, ter e qui, até as 17h), R$ 16 (seg, ter equi, após as 17h), R$ 17 (sex a dom e feriados,até as 17h), R$ 19 (sex a dom e feriados, apósas 17h), R$ 22 (qua, 3-D), R$ 23 (seg, ter equi, 3-D) e R$ 27 (sex a dom e feriados, 3-D).Maiores de 60 anos e crianças menores de 12pagam meia-entrada. Toda a semana, na Ses-são Desconto, é selecionado um filme nas ses-sões das 15h em que o espectador paga R$ 4(consulte qual é o filme da semana por tele-fone, no site www.cinemark.com.br ou no pró-prio cinema).

> Cinépolis Lagoon — Av. Borges de Medei-ros 1.424, Estádio de Remo da Lagoa, Leblon.Sala 1 (235 lugares): Rio, dub, 14h10m; e Aminha versão do amor, 16h20m, 19h05m,21h50m. Sala 2 (150 lugares) : VIPs ,12h40m, 14h50m; Eu sou o número quatro,17h; e Pânico 4, 19h20m, 21h40m. Sala 3(162 lugares): Hop — Rebeldes sem Páscoa,dub, 12h30m, 14h55m, 17h05m, 19h15m; eEu sou o número quatro, 21h30m. Sala 4 (173lugares): Rio, (3-D), dub, 13h15m, 15h30m,17h45m, 20h, 22h10m. Sala 5 (161 lugares):Rio, (3-D), 14h, 16h15m, 18h30m, 20h45m.Sala 6 (232 lugares): Rio, (3-D), dub,14h30m, 16h45m, 19h; e pré-estreia de Comovocê sabe, 21h15m. R$ 19,50 (seg a qui, ex-ceto feriados), R$ 23,50 (sex a dom e feriados),R$ 25,50 (seg a qui, exceto feriados, 3-D) e R$29,50 (sex a dom e feriados, 3-D).

> Espaço de Cinema — Rua Voluntários daPátria, 35, Botafogo — 2266-9952. Sala 1(267 lugares): Homens e deuses, 14h,16h30m, 19h, 21h40m. Sala 2 (228 lugares):O amor chega tarde, 14h30m, 16h15m, 18h,19h45m, 21h30m. Sala 3 (104 lugares): Na-na Caymmi em Rio Sonata, 14h15m, 16h,17h45m, 19h30m, 21h15m. R$ 15 (seg aqui) e R$ 18 (sex a dom e feriados).

> Espaço Museu da República — Rua doCatete, 153, Catete — 3826-7984. (90 luga-res): Em um mundo melhor, 14h40m, 17h,19h20m. R$ 10 (seg a qui) e R$ 12 (sex a dome feriados).

> Estação Botafogo — Rua Voluntários daPátria, 88, Botafogo — 2226-1988. Sala 1(280 lugares): Bebês, 13h10m; Cópia fiel,14h40m, 19h20m; e Incêndios, 16h50m,21h30m. Sala 2 (41 lugares): Ricky, 13h; Opequeno Nicolau, 14h50m; Além da vida,16h40m; Biutiful, 19h; e O sequestro de umherói, 21h40m. Sala 3 (66 lugares): Que maisposso querer, 13h50m, 17h50m; Bebês,16h10m, 20h10m; e Turnê, 21h50m. R$ 15(seg a qui) e R$ 18 (sex a dom e feriados).

> Estação Ipanema — Rua Visconde de Pi-rajá, 605, Ipanema — 2279-4603. Sala 1(141 lugares): O amor chega tarde, 14h,15h45m, 17h30m, 19h15m, 21h. Sala 2(163 lugares): Homens e deuses, 13h50m,16h30m, 19h, 21h30m. R$ 16 (seg a qui) eR$ 20 (sex a dom e feriados).

> Estação Laura Alvim — Av. Vieira Souto,176, Ipanema — 2267-4307. Sala 1 (73 lu-gares) : Nana Caymmi em Rio Sonata ,14h15m, 16h, 17h45m, 19h30m, 21h15m.Sala 2 (37 lugares) : Amor? , 13h20m,15h30m, 17h30m, 19h45m, 21h45m. Sala3 (45 lugares): A minha versão do amor,13h50m, 16h30m, 19h, 21h30m. R$ 16 (sega qui) e R$ 20 (sex a dom e feriados).

> Estação Vivo Gávea — Rua Marquês deSão Vicente, 52, Shopping da Gávea, 4º piso,Gávea — 3875-3011. Sala 1 (79 lugares):Amor?, 14h, 16h10m, 22h10m; pré-estreia deComo você sabe, 18h10m; e Bebês, 20h30m.Sala 2 (126 lugares): O amor chega tarde, 14h,16h, 19h30m, 21h20m; e Bebês, 17h50m.Sala 3 (91 lugares): Homens e deuses,13h50m, 16h20m, 19h, 21h30m. Sala 4 (84lugares): Nana Caymmi em Rio Sonata,13h10m, 16h30m, 18h30m, 20h15m, 22h;e Bebês, 14h50m. Sala 5 (156 lugares): A mi-nha versão do amor, 14h15m, 16h45m,19h15m, 21h50m. R$ 18 (seg a qui) e R$ 24(sex a dom e feriados).

> Instituto Moreira Salles — Rua Marquêsde São Vicente, 476, Gávea. O cinema funcionade ter a dom — 3284-7400. Sala 1 (120 lu-gares): Amor?, 14h (qui), 16h (qui), 18h (qui),20h (qui). R$ 15 (ter, qua e qui) e R$ 17 (sex adom e feriados).

> Kinoplex Fashion Mall — Estrada da Gá-vea, 899, Fashion Mall, 2º piso, São Conrado— 2461-2461. Sala 1 (139 lugares): Hop —Rebeldes sem Páscoa, dub, 16h50m, 19h; eUma manhã gloriosa, 21h15m. Sala 2 (195 lu-gares): Rio, (3-D), dub, 15h20m, 17h30m,19h40m; leg, 21h50m. Sala 3 (114 lugares):Rio, dub, 17h, 19h10m; e pré-estreia de Comovocê sabe, 21h30m. Sala 4 (129 lugares): Aminha versão do amor, 15h10m, 18h10m,21h. R$ 20 (seg a qui), R$ 24 (sex a dom eferiados), R$ 26 (seg a qui, 3-D) e R$ 30 (sex adom e feriados, 3-D).

> Kinoplex Leblon — Av. Afrânio de MeloFranco, 290, Shopping Leblon, 4º piso, Leblon— 2461-2461. Sala 1 (170 lugares): Rio, dub,1 4 h , 1 6 h 1 0 m , 1 8 h 2 0 m , 2 0 h 3 0 m ,22h40m.Sala 2 (171 lugares): Hop — Rebel-des sem Páscoa , dub, 15h, 17h10m,19h20m; e Uma manhã gloriosa, 21h30m.Sala 3 (172 lugares): Eu sou o número quatro,14h45m, 19h10m; e Pân ico 4 , 17h ,21h45m. Sala 4 (161 lugares): Rio, (3-D),dub, 14h30m, 16h40m, 18h50m; leg, 21h.R$ 20 (seg a qui, exceto feriados), R$ 24 (sex adom e feriados), R$ 26 (seg a qui, 3-D) e R$ 30(sex a dom e feriados, 3-D).

> Leblon — Av. Ataulfo de Paiva, 391, lojas Ae B, Leblon — 2461-2461. Sala 1 (640 lu-gares): pré-estreia de Como você sabe,18h40m; e A minha ve r são do amor,15h50m, 21h10m. Sala 2 (300 lugares):R io , ( 3 -D ) , dub , 15h10m, 17h20m,19h30m; leg, 21h40m. R$ 20 (seg a qui, ex-ceto feriados), R$ 24 (sex a dom e feriados),R$ 26 (seg a qui, exceto feriados, 3-D) e R$30 (sex a dom e feriados, 3-D).

> Rio Sul — Rua Lauro Müller, 116, ShoppingRio Sul, 4º piso, Botafogo — 2461-2461. Sala1 (159 lugares): Rio, dub, 14h30m, 16h40m,18h50m, 21h. Sala 2 (209 lugares): Rio, (3-D), dub, 15h10m, 17h20m, 19h30m; leg,21h40m. Sala 3 (151 lugares) : VIPs ,14h20m, 19h; e Pân ico 4 , 16h30m,21h20m. Sala 4 (156 lugares): Hop — Rebel-des sem Páscoa , dub, 14h, 16h10m,18h20m, 20h30m. R$ 14 (qua), R$ 15 (seg,ter e qui, até as 17h), R$ 17 (seg, ter e qui,após as 17h), R$ 18 (sex a dom e feriados, atéas 17h), R$ 20 (sex a dom e feriados, após as17h), R$ 23 (seg a qui, 3-D) e R$ 26 (sex adom e feriados, 3-D).

> Roxy — Av. Nossa Senhora de Copacabana,945, Copacabana — 2461-2461. Sala 1 (304lugares): Hop — Rebeldes sem Páscoa, dub,14h50m, 17h, 19h10m; e Uma manhã glorio-sa, 21h20m. Sala 2 (306 lugares): Eu sou onúmero quatro, 14h, 16h10m; e pré-estreia deComo você sabe, 18h30m, 21h. Sala 3 (309lugares): Rio, (3-D), dub, 15h10m, 17h20m,19h30m, 21h40m. R$ 14 (qua), R$ 15 (seg,ter e qui, até as 17h), R$ 17 (seg, ter e qui,após as 17h), R$ 18 (sex a dom e feriados, atéas 17h), R$ 20 (sex a dom e feriados, após as17h), R$ 23 (seg a qui, 3-D) e R$ 27 (sex adom e feriados, 3-D).

> São Luiz — Rua do Catete, 311, Largo doMachado — 2461-2461. Sala 1 (140 lugares):Eu sou o número quatro, 14h30m, 16h50m,19h10m, 21h30m. Sala 2 (258 lugares): Hop— Rebeldes sem Páscoa, dub, 14h, 16h20m,18h40m; e pré-estreia de Como você sabe,21h15m. Sala 3 (267 lugares): Rio, (3-D), dub,15h10m, 17h20m, 19h30m; leg, 21h40m.Sala 4 (149 lugares): Rio, (3-D), dub, 14h30m,16h40m, 18h50m, 21h. R$ 14 (qua), R$ 15(seg, ter e qui, até as 17h), R$ 17 (seg, ter e qui,após as 17h), R$ 18 (sex a dom e feriados, atéas 17h), R$ 20 (sex a dom e feriados, após as17h), R$ 24 (seg a qui, 3-D) e R$ 28 (sex a dome feriados, 3-D).

> Unibanco Arteplex — Praia de Botafogo,316, Botafogo — 2559-8750. Sala 1 (150 lu-gares): Homens e deuses, 13h, 15h20m,19h30m, 21h50m; Bebês, 17h40m. Sala 2(126 lugares): Bróder, 14h, 16h, 18h, 20h,22h. Sala 3 (109 lugares): Contracorrente,14h, 16h30m, 19h, 21h30m. Sala 4 (165 lu-gares): Rio, (3-D), dub, 13h, 15h10m,17h20m, 19h30m; leg, 21h40m. Sala 5 (136lugares): Amor?, 13h10m, 15h20m, 17h30m,19h40m, 21h50m. Sala 6 (250 lugares): Rio,14h30m, 17h, 19h30m, 22h. R$ 14 (qua),R$ 16 (seg, ter e qui), R$ 20 (sex a dom e fe-riados), R$ 24 (seg a qui, 3-D) e R$ 26 (sex adom e feriados, 3-D).

BarradaTijuca/Recreio> Cinemark Downtown — Av. das Américas,500, Downtown, bloco 17, 2º piso, Barra —2494-5004. Sala 01 (143 lugares): Rio, dub,12h55m, 15h20m, 17h40m, 20h; e Pânico4, 22h20m. Sala 02 (131 lugares): Hop — Re-beldes sem Páscoa, dub, 11h20m, 13h35m,16h, 18h30m; e Bróder, 20h50m. Sala 03(261 lugares): Hop — Rebeldes sem Páscoa,dub, 12h30m, 14h50m, 17h10m, 19h30m,21h50m. Sala 04 (286 lugares): Rio, (3-D),dub, 11h40m, 13h55m; leg, 16h20m. Sala05 (159 lugares): Sobrenatural, 12h40m,17h20m, 19h40m, 22h; e Amor?, 15h. Sala06 (156 lugares) : Rio, dub, 13h15m,15h35m, 20h40m; e Bróder, 18h. Sala 07(172 lugares): Cine Cult (ver programação def i lmes); Pânico 4 , 15h40m, 18h20m,21h05m (qui). Sala 08 (297 lugares): Rio, (3-D), 12h10m, 14h30m, 16h50m.. Sala 09(154 lugares): Rio, dub, 11h25m, 13h40m,16h05m; e A minha versão do amor, 18h25m,21h20m. Sala 10 (172 lugares): Eu sou o nú-mero quatro, 11h30m, 14h05m, 16h25m,19h, 21h40m. Sala 11 (145 lugares): A garotada capa vermelha , 11h50m, 14h10m,16h30m, 18h50m, 21h10m. Sala 12 (267 lu-gares): Rio, (3-D), dub, 11h10m, 13h25m,15h50m, 18h10m, 20h30m. R$ 11 (qua), R$14 (seg, ter e qui, até as 17h), R$ 16 (seg, tere qui, após as 17h; sex a dom e feriados, até as17h), R$ 18 (sex a dom e feriados, após as17h), R$ 21 (qua, 3-D), R$ 22 (seg, ter e qui,3-D) e R$ 24 (sex a dom e feriados, Sala 3-D).Toda semana, na Sessão Desconto, é selecio-nado um filme nas sessões das 15h em que oespectador paga R$ 4 (consulte qual é o filmeda semana pelo telefone, no site www.cine-mark.com.br ou no próprio cinema). Para CineCult, R$ 10.

> Cinesystem Recreio Shopping — Av. dasAméricas, 19.019, Recreio dos Bandeirantes— 4005-9030. Sala 1 (286 lugares): Rio,dub, 14h20m, 16h40m, 19h, 21h10m. Sala2 (286 lugares): Hop — Rebeldes sem Pás-coa, dub, 14h, 16h30m, 19h10m, 21h30m.Sala 3 (212 lugares): Bróder, 14h30m, 17h,19h30m, 21h40m. Sala 4 (212 lugares):Rio, dub, 13h50m; e Pânico 4, 16h50m,19h20m, 21h50m. R$ 8 (seg), R$ 12 (qua,até as 17h; qui; ter), R$ 14 (sex a dom e fe-riados, até as 17h; qua, após as 17h) e R$ 16(sex a dom e feriados, após as 17h). Promo-ção do Beijo: às quintas-feiras, o casal queder um beijo na bilheteria paga R$ 12 (o ca-sal). Promoção Segunda Maluca: ingresso aR$ 8. Promoções por tempo indeterminado enão válidas em feriados.

> Espaço Rio Design — Avenida das Améri-cas, 7777, Rio Design Barra, 3º piso, Barra —2438-7590. Sala 1 (149 lugares): Rio, (3-D),dub, 14h, 16h30m, 19h; leg, 21h40m. Sala 2(88 lugares): A garota da capa vermelha, 14h,16h20m, 18h40m, 21h10m. Sala Vip (116lugares): Eu sou o número quatro, 14h20m,19h10m; e Homens e deuses, 16h40m,21h50m. R$ 19 (seg a qui), R$ 24 (sex a dome feriados), R$ 25 (seg a qui, 3-D), R$ 29 (sexa dom e feriados, 3-D), R$ 32 (seg a qui, SalaVIP) e R$ 40 (sex a dom e feriados, Sala VIP).

> Estação Barra Point — Av. Armando Lom-bardi, 350, Barra Point, 3º piso, Barra —3419-7431. Sala 1 (165 lugares): Bebês,14h; Nana Caymmi em Rio Sonata, 15h40m,19h50m, 21h30m; e Que mais posso querer,17h30m. Sala 2 (165 lugares): A minha versãodo amor, 13h45m, 18h45m; Incêndios,16h15m; e Cópia fiel, 21h15m. R$ 15 (seg aqui) e R$ 18 (sex a dom e feriados).

> UCI New York City Center — Av. das Amé-ricas, 5.000, Barra — 2461-1818. Sala 01(168 lugares): As mães de Chico Xavier,16h50m, 21h30m; e VIPs , 14h30m,19h10m. Sala 02 (238 lugares): Rio, (3-D),dub, 14h40m, 16h50m, 19h; leg, 21h10m.Sala 03 (383 lugares): A garota da capa ver-me lha , 13h20m, 15h30m, 17h40m,19h50m, 22h. Sala 04 (383 lugares): Rio,dub, 14h50m, 17h, 19h10m; e Sexo semcompromisso, 21h20m. Sala 05 (299 luga-res): Hop — Rebeldes sem Páscoa, dub,13h40m, 15h50m, 18h, 20h10m, 22h20m.Sala 06 (173 lugares): Eu sou o número qua-tro, dub, 14h40m, 17h, 19h20m; e O discursodo rei, 21h40m. Sala 07 (158 lugares): Ho-mens e deuses, 17h30m; e A minha versão doamor, 14h45m, 20h15m. Sala 08 (297 luga-

res): Eu sou o número quatro, 13h40m, 16h,18h20m, 20h40m. Sala 09 (159 lugares): Es-posa de mentirinha, dub, 14h45m, 17h15m; eRio, 19h45m, 21h55m. Sala 10 (166 luga-res): Gnomeu e Julieta, dub, 13h15m, 15h; ePânico 4, 16h45m, 18h55m, 21h05m. Sala11 (215 lugares): Sobrenatural, 14h05m,16h20m, 18h35m, 20h50m. Sala 12 (252 lu-gares): Rio, (3-D), dub, 14h10m, 16h20m,18h30m; leg, 20h40m. Sala 13 (383 lugares):Hop — Rebeldes sem Páscoa, dub, 13h30m,15h40m, 17h50m, 20h, 22h10m. Sala 14(252 lugares): Rio, (3-D), dub, 13h, 15h10m,17h20m; leg, 19h30m, 21h40m. Sala 15(215 lugares): Pânico 4, dub, 14h50m,17h10m, 19h30m, 21h50m. Sala 16 (166 lu-gares): Bróder, 14h45m, 16h50m, 18h55m,21h. Sala 17 (297 lugares): Rio, dub,14h30m, 16h45m, 19h; e Sem limites,21h15m. Sala 18 (277 lugares): Rio, dub,13h25m, 15h35m, 17h45m, 19h55m; e Cis-ne negro, 22h05m. R$ 13 (qua), R$ 14 (seg,ter e qui, até às 17h), R$ 18 (seg, ter e qui,após as 17h; sex a dom e feriados, até as 17h),R$ 20 (sex a dom e feriados, após as 17h), R$23 (seg a qui, 3-D) e R$ 26 (sex a dom e fe-riados, 3-D). Sessão Família: sáb, dom e feria-dos, os ingressos para as sessões iniciadas atéas 13h55m custam R$ 13. Ticket Família: nacompra de quatro ingressos — dois adultos eduas crianças de até 12 anos —, a família pa-ga R$ 39 para assistir a qualquer sessão (ex-ceto na sala 3-D) em todos os dias da semana.Na sala 3-D, o valor do Ticket Família é R$ 55.Promoções por tempo indeterminado e não vá-lidas para sessões em 3-D.

> Via Parque — Av. Ayrton Senna, 3.000,Barra — 2461-2461. Sala 1 (242 lugares):Rio, dub, 14h, 16h10m, 18h20m, 20h30m.Sala 2 (311 lugares): Hop — Rebeldes semPáscoa, dub, 14h20m, 16h30m, 18h40m,20h50m. Sala 3 (308 lugares): Rio, dub,14h40m, 16h50m, 19h, 21h10m. Sala 4(311 lugares): A garota da capa vermelha,14h30m, 16h40m, 18h50m, 21h. Sala 5(313 lugares): Rio, (3-D), dub, 15h10m,17h20m, 19h30m, 21h40m. Sala 6 (242 lu-gares): Eu sou o número quatro, 14h20m,19h10m; e Pânico 4, 16h50m, 21h30m. R$10 (qua e qui), R$ 12 (seg e ter), R$ 14 (sex adom e feriados, até as 17h), R$ 17 (sex a dome feriados, após as 17h), R$ 21 (seg a qui, 3-D)e R$ 24 (sex a dom e feriados, 3-D). Maiores de60 anos e crianças menores de 12 anos pagammeia-entrada. Segunda Irresistível: ingresso aR$ 7. Promoções por tempo indeterminado enão válida para feriados e filmes em 3-D.

ZonaNorte> Cinecarioca Nova Brasília — Rua NovaBrasília s/n, Bonsucesso. (93 lugares): Rio, (3-D), dub, 14h, 16h, 18h, 20h; e Bróder, 22h.R$ 4 (moradores da região, estudantes e pro-fessores) e R$ 8.

> Cinemark Carioca — Estrada Vicente Car-valho, 909, Carioca Shopping, Vicente de Car-valho — 3688-2340. Sala 1 (282 lugares):Hop — Rebeldes sem Páscoa, dub, 11h40m,13h50m, 16h10m, 18h20m, 20h30m. Sala2 (188 lugares): A garota da capa vermelha,13h30m, 15h40m, 17h50m, 20h, 22h10m.Sala 3 (188 lugares): Rio, dub, 12h30m,14h40m; e Sobrenatural, 16h50m, 19h10m,21h30m. Sala 4 (312 lugares): Rio, dub, 12h,14h10m, 16h20m, 18h50m, 21h20m. Sala5 (312 lugares): Rio, dub, 11h, 13h10m,15h20m, 17h30m, 19h50m, 22h. Sala 6(228 lugares): Rio, dub, 11h30m, 13h40m,15h50m; e A minha versão do amor, 18h,20h50m. Sala 7 (188 lugares): Bróder,12h40m, 17h20m, 21h50m; e Eu sou o nú-mero quatro, dub, 15h, 19h30m. Sala 8 (282lugares): Rio, dub, 11h50m; Cine Cult (ver pro-gramação de filmes); e Pânico 4, dub, 16h,18h30m, 21h. R$ 9 (seg, ter e qui, até as 17h;qua), R$ 11 (seg, ter e qui, após as 17h), R$14 (sex a dom e feriados, até as 17h) e R$ 16(sex a dom e feriados, após as 17h). Toda se-mana, na Sessão Desconto, é selecionado umfilme nas sessões das 15h em que o especta-dor paga R$ 4 (consulte qual é o filme da se-mana pelo telefone, no site www.cine-mark.com.br ou no próprio cinema). Para CineCult, R$ 10.

> Cinesystem Via Brasil Shopping — ViaBrasil Shopping. Rua Itapera, 500, Vista Alegre— 4003-7049. Sala 1 (143 lugares): Invasãodo mundo: batalha de Los Angeles, dub,14h20m, 16h50m, 19h20m; leg, 21h50m.Sala 2 (192 lugares): Hop — Rebeldes semPáscoa, dub, 14h10m, 16h20m, 19h10m,21h30m. Sala 3 (161 lugares): Rio, dub,14h15m, 16h45m, 19h15m, 21h45m. Sala4 (267 lugares): Rio, (3-D), dub, 14h30m,17h, 19h30m; leg, 22h. Sala 5 (213 lugares):Rio, (3-D), dub, 14h, 16h30m, 19h, 21h20m.Sala 6 (184 lugares): Esposa de mentirinha,dub, 14h05m, 16h35m, 19h35m, 22h05m.R$ 10 (ter e qua), R$ 12 (seg e qui), R$ 16 (sexa dom e feriados, até as 17h), R$ 18 (sex a dome feriados, após as 17h; ter e qua, 3-D), R$ 20(seg e qui, 3-D) e R$ 23 (sex a dom e feriados,3-D). Promoção do Beijo: às quintas-feiras, ocasal que der um beijo na bilheteria paga R$12 (o casal) e R$ 20 (o casal, em sala 3-D).Promoção por tempo indeterminado e não vá-lida para feriados.

> Kinoplex Nova América — Av. Martin Lu-ther King Jr., 126, Shopping Nova América, DelCastilho — 2461-2461. Sala 1 (206 lugares):Rio, dub, 14h20m, 16h30m, 18h40m,20h50m. Sala 2 (144 lugares): Eu sou o nú-mero quatro, 14h30m, 16h45m, 19h,21h15m. Sala 3 (183 lugares): Pânico 4,14h40m, 16h50m, 19h10m, 21h30m. Sala4 (155 lugares): A garota da capa vermelha,14h10m, 16h20m, 18h30m, 20h40m. Sala5 (274 lugares): Rio, (3-D), dub, 14h,16h10m, 18h20m, 20h30m. Sala 6 (311 lu-gares): Hop — Rebeldes sem Páscoa, dub,14h30m, 16h40m, 18h50m, 21h. Sala 7(285 lugares): Rio, (3-D), dub, 15h10m,17h20m, 19h30m, 21h40m. R$ 11 (qua), R$13 (seg, ter e qui, exceto feriados, até as 17h),R$ 15 (seg, ter e qui, exceto feriados, após as17h), R$ 17 (sex a dom e feriados, até as 17h),R$ 19 (sex a dom e feriados, após as 17h), R$21 (seg a qui, exceto feriados, 3-D) e R$ 24(sex a dom e feriados, 3-D). Maiores de 60 anose crianças menores de 12 anos pagam meia-entrada. Segunda Irresistível: ingresso a R$ 7.Promoções por tempo indeterminado e não vá-lidas para feriados e sessões em 3-D.

> Kinoplex Shopping Tijuca — Av. Maraca-nã, 987, Loja 3, Tijuca — 2461-2461. Sala 1(340 lugares): Rio, (3-D), dub, 14h40m,16h50m, 19h, 21h10m. Sala 2 (264 lugares):Pânico 4, 14h10m, 16h30m, 18h50m,21h30m. Sala 3 (197 lugares) : VIPs ,14h30m, 19h10m; e Sobrenatural, 16h40m,21h20m. Sala 4 (264 lugares): Rio, (3-D),dub, 15h10m, 17h20m, 19h30m; leg,

21h40m. Sala 5 (340 lugares): Hop — Rebel-des sem Páscoa, dub, 14h30m, 16h40m,18h50m; Uma manhã gloriosa, 21h.. Sala 6(405 lugares): Rio, dub, 14h10m, 16h20m,18h30m, 20h40m. R$ 15 (qua; seg, ter e qui,até as 17h), R$ 17 (seg, ter e qui, após as17h), R$ 18 (sex a dom e feriados, até as 17h),R$ 20 (sex a dom e feriados, após as 17h), R$24 (seg a qui, 3-D) e R$ 28 (sex a dom e fe-riados, 3-D).

> Madureira Shopping — Estrada do Portela,222, loja 301, Madureira — 2461-2461. Sala1 (159 lugares): Rio, dub, 14h30m, 16h40m,18h50m, 21h. Sala 2 (161 lugares): Hop —Rebeldes sem Páscoa , dub, 14h10m,16h20m, 18h30m, 20h45m. Sala 3 (191 lu-gares): Pânico 4, dub, 14h20m, 16h30m,19h, 21h15m. Sala 4 (191 lugares): Rio, dub,14h, 16h10m, 18h20m, 20h30m. R$ 7 (qua,exceto feriados), R$ 9 (seg, ter e qui) e R$ 12(sex a dom e feriados). Segunda Irresistível: in-gresso a R$ 7. Promoções por tempo indeter-minado e não válidas para feriados.

> Ponto Cine — Estrada do Camboatá,2.300, Guadalupe Shopping - 1º piso, Guada-lupe — 3106-9995. O cinema funciona de tera dom. (73 lugares): Bróder, 14h, 16h, 18h,20h. R$ 6.

> Shopping Iguatemi — Rua Barão de SãoFrancisco, 236, 3º piso, Vila Isabel — 2461-2461. Sala 1 (240 lugares): Rio, (3-D), dub,14h30m, 16h40m, 18h50m, 21h. Sala 2(156 lugares): Rio, dub, 14h50m, 19h20m; ePânico 4, 17h, 21h30m. Sala 3 (156 lugares):Rio, dub, 14h, 16h10m, 18h20m, 20h30m.Sala 4 (188 lugares): Hop — Rebeldes semPáscoa, dub, 14h20m, 16h30m, 18h40m,20h50m. Sala 5 (155 lugares): Eu sou o nú-mero quatro, 14h10m, 16h30m, 18h50m,21h20m. Sala 6 (152 lugares): A garota da ca-pa vermelha, 14h, 16h20m, 18h40m, 21h.Sala 7 (146 lugares): Bróder, 14h40m,16h50m, 19h, 21h10m. R$ 9 (qua, exceto fe-riados), R$ 11 (seg, ter e qui), R$ 14 (sex adom e feriados, até as 17h), R$ 16 (sex a dome feriados, após as 17h), R$ 17 (seg a qui, 3-D)e R$ 19 (sex a dom e feriados, 3-D). Maioresde 60 anos e crianças menores de 12 anos pa-gam meia-entrada. Segunda Irresistível: in-gresso a R$ 7. Promoções por tempo indeter-minado e não válidas para feriados e sessõesem 3-D.

> UCI Kinoplex — Av. Dom Helder Câmara,5.474, Pátio NorteShopping, Del Castilho —2461-0050. Sala 01 (244 lugares): Rio, (3-D), dub, 14h10m, 16h20m, 18h30m; leg,20h40m. Sala 02 (182 lugares): Eu sou onúmero quatro, dub, 14h35m, 16h55m,19h15m, 21h35m. Sala 03 (170 lugares):Rio, (3-D), dub, 13h, 15h10m, 17h20m,19h30m, 21h40m. Sala 04 (178 lugares):R i o , d ub , 14h30m; e Sob r ena t u r a l ,16h40m, 18h55m, 21h10m. Sala 05 (471lugares): Hop — Rebeldes sem Páscoa, dub,13h10m, 15h20m, 17h30m, 19h40m,21h50m. Sala 06 (471 lugares): Pânico 4,d u b , 1 3 h 5 0 m , 1 6 h 1 0 m , 1 8 h 3 0 m ,20h50m. Sala 07 (165 lugares): Rio, dub,13h20m, 15h30m, 17h40m, 19h50m,22h. Sala 08 (159 lugares): Bróder, 14h,16h05m, 18h10m, 20h20m, 22h25m. Sala09 (166 lugares): A garota da capa verme-lha, 13h30m, 15h40m, 17h50m, 20h,22h10m. Sala 10 (230 lugares): Rio, (3-D),dub, 14h50m, 17h, 19h10m, 21h20m. R$10 (qua, exceto feriados), R$ 12 (seg, ter equi, até as 17h), R$ 14 (seg, ter e qui, apósas 17h), R$ 16 (sex a dom e feriados, até as17h) e R$ 18 (sex a dom e feriados, após as17h). Maiores de 60 anos e crianças meno-res de 12 anos pagam meia-entrada. SessãoFamília: R$ 11 (sáb, dom e feriados, em ses-sões iniciadas até as 13h55m). Ticket Famí-lia: na compra de quatro ingressos — doisadultos e duas crianças de até 12 anos —, afamília paga R$ 39 para assistir a qualquersessão (exceto na sala 3-D) em todos os diasda semana. Na sala 3-D, o valor do Ticket Fa-mília é R$ 53. Promoções válidas por tempoindeterminado. Promoções por tempo inde-terminado e não válidas para feriados e ses-sões em 3-D.

Centro> Caixa Cultural Rio — Av. Almirante Barro-so, 25, Centro — 2544-4080. O cinema fun-ciona de ter a dom. (83 lugares): A luz e o ci-nema de Rogério Sganzerla, até 8 de maio (verprogramação de filmes). R$ 2.

> Centro Cultural Banco do Brasil — RuaPrimeiro de Março, 66, Centro — 3808-2007.O cinema funciona de ter a dom. (110 lugares):Cinema brasileiro: anos 200), 10 questões,até 8 de maio (ver programação de filmes). R$6 (acesso livre a todos os filmes da mostra).

> Cine Santa Teresa — Rua Paschoal CarlosMagno, 136, Largo dos Guimarães, Santa Teresa— 2222-0203. (56 lugares): Cópia fiel, 15h,19h20m; Rango, 17h10m; e As mães de ChicoXavier, 21h30m. R$ 12 (exceto sáb e dom) e R$14 (sáb e dom e feriados).

> Odeon — Praça Floriano, 7, Centro — 2240-1093. (600 lugares): Cisne negro, 14h,18h30m; O discurso do rei, 16h10m. R$ 12.

IlhadoGovernador> Cinesystem Ilha Plaza — Av. Maestro Pau-lo e Silva, 400, Ilha Plaza Shopping - 3º piso,Ilha do Governador — 2468-8100. Sala 1(292 lugares): Rio, dub, 14h30m, 17h20m,19h30m, 21h40m. Sala 2 (206 lugares): Eusou o número quatro, 14h20m, 19h20m; ePânico 4, 16h50m, 21h50m. Sala 3 (206 lu-gares): Hop — Rebeldes sem Páscoa, dub,14h, 16h30m, 19h, 21h30m. Sala 4 (292 lu-gares): Rio, (3-D), dub, 13h30m, 15h40m,17h50m, 20h; leg, 22h10m. R$ 7 (ter e qua,exceto feriados), R$ 9 (ter e qua, exceto feria-dos, 3-D), R$ 12 (seg; qui), R$ 16 (sex a dome feriados, até às 17h), R$ 18 (sex a dom e fe-riados, após as 17h; sex a dom e feriados, 3-D,até as 17h), R$ 20 (seg, 3-D; qui, 3-D) e R$ 23(sex a dom e feriados, 3-D, após as 17h).

ZonaOeste> Cine 10 Sulacap — Avenida Marechal Fon-tenelle, Jardim Sulacap. Sala 1 (406 lugares):Rio, (3-D), dub, 14h30m, 16h40m, 18h50m;leg, 21h. Sala 2 (235 lugares): Hop — Rebeldessem Páscoa , dub, 15h30m, 17h30m,19h30m, 21h30m. Sala 3 (255 lugares): Rio,dub, 14h40m; e Eu sou o número quatro, dub,17h, 19h20m, 21h30m. Sala 4 (239 lugares):Sobrenatural, 14h, 16h, 18h, 20h, 22h. Sala 5(137 lugares): Rio, dub, 15h, 17h20m; e Pâ-

nico 4, dub, 19h40m, 22h. Sala 6 (101 luga-res): Bróder, 15h, 17h, 19h, 21h. R$ 6 (ter equa), R$ 8 (seg e qui, até as 17h), R$ 10 (ter equa, 3-D; seg e qui, após as 17h), R$ 12 (sex adom e feriados, até as 17h; seg e qui, 3-D. Até as17h), R$ 14 (seg e qui, 3D. Após as 17h; sex adom e feriados, após as 17h), R$ 16 (sex a dome feriados, 3D. Até as 17h) e R$ 18 (sex a dome feriados, 3D. Após as 17h).

> Cinesercla Pátio Mix Itaguaí — RodoviaRio Santos s/n, Itaguaí, Shopping Pátio Mix, 1°piso, Itaguaí — 3781-8694. Sala 1 (121 lu-gares): Hop — Rebeldes sem Páscoa, dub,13h50m, 15h35m, 17h20m, 19h05m,20h50m. Sala 2 (178 lugares): Rio, dub,14h40m, 16h40m, 18h40m, 20h40m. Sala3 (177 lugares): Rio, dub, 14h30m; e Pânico4, dub, 16h35m, 18h40m, 20h45m. Sala 4(121 lugares): Eu sou o número quatro, dub,14h30m, 16h30m, 18h30m, 20h30m. R$ 8(seg e qua), R$ 10 (ter e qui) e R$ 12 (sex adom). Às terças e quintas-feiras, preço únicopara todos: R$ 5. Promoção por tempo inde-terminado e não válida para feriados.

> Cinesystem Bangu Shopping — Rua Fon-seca, 240, loja 145, Bangu — 4005-9030.Sala 1 (371 lugares): Rio, (3-D), dub,13h30m, 15h40m, 17h50m, 20h; leg,22h10m. Sala 2 (368 lugares): Rio, (3-D),dub, 14h, 16h30m, 19h, 21h20m. Sala 3(197 lugares): Rio, dub, 14h30m, 17h,19h30m, 21h40m. Sala 4 (187 lugares): Hop— Rebeldes sem Páscoa, dub, 14h10m,16h50m, 19h10m, 21h20m. Sala 5 (211 lu-gares): Rio, dub, 13h20m; e Pânico 4, dub,15h20m, 17h40m, 20h, 22h20m. Sala 6(201 lugares): Eu sou o número quatro, dub,14h20m, 16h40m, 19h20m, 21h45m. R$ 7(ter), R$ 10 (ter, 3-D), R$ 20 (seg, qua e qui, 3-D) e R$ 23 (sex a dom e feriados, 3-D). Pro-moção Terça Mais Cinema: às terças-feiras, to-dos pagam R$ 7. Nas salas 3-D, R$ 10. Pro-moção do Beijo: às quintas-feiras, o casal queder um beijo na bilheteria paga R$ 14 (o ca-sal). Nas salas 3-D, R$ 20 (o casal). Promo-ções por tempo indeterminado e não válidasem feriados.

> Kinoplex West Shopping — Estrada doMendanha, 550, loja 401 E, Campo Grande —2461-2461. Sala 1 (223 lugares): Hop — Re-beldes sem Páscoa, dub, 14h, 16h10m,18h20m, 20h30m. Sala 2 (221 lugares): Rio,(3-D), dub, 15h10m, 17h20m, 19h30m,21h40m. Sala 3 (202 lugares): Rio, dub,14h40m, 16h50m, 19h, 21h10m. Sala 4(133 lugares): Pânico 4, dub, 14h20m,16h30m, 18h50m, 21h20m. Sala 5 (285 lu-gares): Rio, (3-D), dub, 14h10m, 16h20m,18h30m, 20h40m. R$ 11 (qua, exceto feria-dos), R$ 14 (seg, ter e qui, exceto feriados), R$16 (sex a dom e feriados, até às 17h), R$ 18(sex a dom e feriados, após às 17h), R$ 21 (sega qui, exceto feriados, 3-D) e R$ 24 (sex a dome feriados, 3-D). Segunda Irresistível: ingressoa R$ 7. Promoções não válidas para feriados esessões em 3-D.

> Star Center Shopping Rio — Av. Geremá-rio Dantas, 404, Tanque, Jacarepaguá —3312-5232. Sala 1 (208 lugares): Bróder,14h50m, 16h50m, 18h50m, 20h50m. Sala2 (148 lugares): Hop — Rebeldes sem Páscoa,dub, 14h40m, 16h40m, 18h40m, 20h40m.Sala 3 (148 lugares): Rio, dub, 14h, 16h10m,18h20m, 20h30m. Sala 4 (148 lugares): Asmães de Chico Xavier, 13h40m, 16h,18h20m, 20h40m. R$ 6 (qua, exceto feria-dos), R$ 8 (ter, exceto feriados), R$ 12 (seg equi) e R$ 16 (sex a dom e feriados). Quarta-Maluca: toda quarta, R$ 12, com meia-entra-da para todos. Promoção por tempo indetermi-nado e não válida para feriados.

Baixada> Cinemaxx Imperial — Rua Dominique Le-vel, Centro, Paracambi. (272 lugares): Rio,dub, 15h, 17h, 19h, 21h. R$ 8 (seg a qui, ex-ceto feriados, até 17h59m), R$ 10 (seg a qui,exceto feriados, após 18h; sex a dom e feriados,até 17h59m) e R$ 12 (sex a dom e feriados,após 18h). Terça-feira, exceto feriado, todospagam meia-entrada.

> Cinemaxx Unigranrio Caxias — Rua Mar-quês de Herval, 1.216, loja A, box 306, JardimVinte e Cinco de Agosto, Duque de Caxias —2672-2875. Sala 1 (120 lugares): Rio, dub,14h30m, 16h30m, 18h30m, 20h30m. Sala2 (195 lugares): Eu sou o número quatro,14h50m, 18h50m; e Pânico 4, dub, 16h50m,20h50m. R$ 8 (seg a qui) e R$ 10 (sex a dome feriados). Maiores de 60 anos e crianças me-nores de 12 pagam meia-entrada. Promoçãopor tempo indeterminado e não válida para fe-riados: às segundas, quartas e domingos, todospagam meia-entrada.

> Cinesercla Nilópolis Square — Rua Pro-fessor Alfredo Gonçalves Filgueiras, 100, Cen-tro, Nilópolis — 2792-0824. Sala 1 (172 lu-gares): Rio, dub, 14h40m, 16h40m, 18h40m,20h40m. Sala 2 (102 lugares): Hop — Rebel-des sem Páscoa, dub, 13h50m, 15h35m,17h20m, 19h05m, 20h50m. Sala 3 (102 lu-gares): Rio, dub, 14h30m; e Pânico 4, dub,16h35m, 18h40m, 20h45m. R$ 8 (seg equa), R$ 10 (ter e qui) e R$ 12 (sex a dom eferiados). Às terças e quintas-feiras, preço úni-co para todos: R$ 5. Promoção por tempo in-determinado e não válida para feriados.

> Iguaçu Top — Rua Governador Roberto Sil-veira, 540, 2º piso, Centro, Nova Iguaçu —2461-2461. Sala 1 (222 lugares): Rio, (3-D),dub, 14h, 16h10m, 18h20m, 20h30m. Sala2 (234 lugares): Hop — Rebeldes sem Páscoa,dub, 14h20m, 16h30m, 18h40m; e Rio, dub,20h50m. Sala 3 (200 lugares): Pânico 4, dub,14h30m, 16h40m, 19h, 21h15m. R$ 10(qua), R$ 12 (seg, ter e qui), R$ 14 (sex a dome feriados, até as 17h), R$ 17 (sex a dom e fe-riados, após as 17h), R$ 18 (seg a qui, 3-D) eR$ 21 (sex a dom e feriados, 3-D). Maiores de60 anos e crianças menores de 12 pagammeia-entrada. Segunda Irresistível: R$ 7. Pro-moções por tempo indeterminado e não válidaspara feriados e sessões em 3-D.

> Kinoplex Grande Rio — Rodovia PresidenteDutra, 4.200, Jardim José Bonifácio, São Joãode Meriti — 2461-2461. Sala 1 (304 lugares):Hop — Rebeldes sem Páscoa, dub, 14h20m,16h30m, 18h40m, 20h50m. Sala 2 (305 lu-gares): Rio, (3-D), dub, 15h, 17h10m,19h20m, 21h30m. Sala 3 (231 lugares): Eusou o número quatro, dub, 14h30m, 16h45m,19h, 21h15m. Sala 4 (232 lugares): Rio, dub,14h30m, 16h40m, 18h50m, 21h. Sala 5(304 lugares): Rio, (3-D), dub, 14h, 16h10m,18h20m, 20h30m. Sala 6 (305 lugares): Pâ-nico 4 , dub, 14h10m, 16h30m, 19h,21h20m. R$ 10 (qua), R$ 12 (seg, ter e qui),R$ 14 (sex a dom e feriados, até as 17h), R$17 (sex a dom e feriados, após as 17h), R$ 19(seg a qui, 3-D) e R$ 22 (sex a dom e feriados,3-D). Segunda Irresistível: ingresso a R$ 7.Promoção não válida para feriados e sessõesem 3-D.

> Multiplex Caxias Shopping — RodoviaWashington Luiz, 2.895, Caxias Shopping, 2º

piso, Parque Duque, Duque de Caxias — 2784-2240. Sala 1 (392 lugares): Hop — Rebeldessem Páscoa, dub, 13h30m (exceto qui),15h30m (exceto qui), 17h30m, 19h30m,21h30m. Sala 2 (273 lugares): Rio, (3-D),dub, 13h30m (exceto qui), 15h30m (excetoqui), 16h (qui), 17h30m (exceto qui), 18h30m(qui), 19h30m (exceto qui), 20h30m (qui),21h30m (exceto qui). Sala 3 (254 lugares):Rio, dub, 15h15m, 17h15m, 19h15m,21h15m. Sala 4 (204 lugares): Pânico 4, dub,15h, 17h15m, 19h30m, 21h45m. Sala 5(193 lugares): Rio, dub, 15h, 17h; e Eu sou onúmero quatro, dub, 19h, 21h15m. Sala 6(193 lugares): Hop — Rebeldes sem Páscoa,dub, 15h15m, 17h15m, 19h15m, 21h15m.R$ 5 (qua), R$ 7 (seg; qua, 3-D), R$ 9 (seg, 3-D), R$ 10 (ter e qui), R$ 13 (ter e qui, 3-D), R$15 (sex a dom e feriados, até as 17h59m) e R$17 (sex a dom e feriados, a partir das 18h).

Niterói/SãoGonçalo

> Bay Market — Av. Visconde do Rio Branco,360, loja 3, Centro — 2461-2461. Sala 1(221 lugares): Hop — Rebeldes sem Páscoa,dub, 14h20m, 16h30m, 18h40m, 20h50m.Sala 2 (221 lugares): Rio, dub, 14h, 16h10m,18h20m, 20h30m. Sala 3 (207 lugares): Rio,(3-D), dub, 14h40m, 16h50m, 19h, 21h10m.Sala 4 (207 lugares): Eu sou o número quatro,dub, 14h10m, 18h50m; e Pânico 4, dub,16h20m, 21h. R$ 10 (qua, exceto feriados),R$ 11 (seg, ter e qui; sex a dom e feriados, atéas 17h), R$ 13 (sex a dom e feriados, após as17h), R$ 17 (seg a qui, 3-D) e R$ 20 (sex adom e feriados, 3-D). Segunda Irresistível: R$7. Promoções por tempo indeterminado e nãoválidas para feriados e sessões em 3-D.

> Box Cinemas São Gonçalo Shopping —Rodovia Niterói-Manilha, Km 8,5, Boa Vista —2461-2090. Sala 1 (169 lugares): Rio, (3-D),dub, 14h30m, 16h40m, 18h50m, 21h. Sala2 (159 lugares): Rio, dub, 13h30m, 15h40m,17h50m, 20h. Sala 3 (169 lugares): Bróder,14h50m, 17h, 19h15m, 21h25m. Sala 4(169 lugares): Eu sou o número quatro, dub,14h15m, 16h30m, 18h55m, 21h15m. Sala5 (169 lugares): Rio, dub, 14h, 16h10m,18h20m; e Esposa de mentirinha, dub,20h30m. Sala 6 (169 lugares): Rio, dub, 15h,17h10m, 19h20m, 21h30m. Sala 7 (215 lu-gares): Pânico 4, dub, 13h50m, 16h20m,18h45m, 21h20m. Sala 8 (215 lugares): Hop— Rebeldes sem Páscoa, dub, 14h40m,16h50m, 19h, 21h10m. R$ 7 (seg), R$ 9(qua), R$ 10 (ter e qui) e R$ 14 (sex a dom eferiados).

> Cinemark Plaza Shopping — Rua Quinzede Novembro, 8, Plaza Shopping, 3º piso,Centro — 2722-3926. Sala 1 (207 lugares):A garota da capa vermelha, 11h40m, 14h,16h20m, 18h40m, 21h. Sala 2 (301 luga-res): Hop — Rebeldes sem Páscoa, dub,13h40m, 16h, 18h25m, 20h40m. Sala 3( 345 luga r e s ) : R io , ( 3 -D ) , 11h10m,13h30m, 15h50m, dub, 18h10m, 20h25m.Sala 4 (345 lugares): Rio, (3-D), dub,12h10m, 14h30m, 16h50m, 19h20m,21h40m. Sala 5 (195 lugares): Rio, dub,12h45m, 15h; Eu sou o número quatro,22h05m; e Biutiful, 19h (qui). Sala 6 (225lugares): Pânico 4, 11h30m, 14h05m,16h30m, 19h10m (exceto qui), 21h45m.Sala 7 (317 lugares): Rio, (3-D), dub, 12h,14h15m, 17h05m, 19h30m, 21h50m. R$10 (seg, ter e qui, até as 14h), R$ 12 (sex adom e feriados, até as 14h), R$ 15 (seg, ter equi, das 14h às 17h; qua), R$ 17 (sex a dome feriados, das 14h às 17h; seg, ter e qui,após as 17h), R$ 19 (sex a dom e feriados,após as 17h), R$ 20 (qua, 3-D), R$ 22 (seg,ter e qui, 3-D) e R$ 24 (sex a dom e feriados,3-D). Toda semana, na Sessão Desconto, éselecionado um filme nas sessões das 15hem que o espectador paga R$ 4 (consultequal é o filme da semana pelo site www.ci-nemark.com.br ou no próprio cinema).

Redondezas

> Cine Bauhaus — Rua Dr. Nelson de Sá Earp,88, lojas 8 e 12, Centro, Petrópolis — (0xx24)2237-0312. Sala 1 (155 lugares): Jogo de po-der, 14h30m; e Desconhecido, 16h30m,18h45m, 21h15m. Sala 2 (130 lugares): Rio,15h, 17h, 19h, 21h. R$ 10 (seg a qui, excetoferiados, até às 15h59m), R$ 12 (seg a qui, ex-ceto feriados, após às 16h; sex a dom e feria-dos, até às 15h59m) e R$ 14 (sex a dom e fe-riados, após às 16h).

> Cine Itaipava — Estrada União e Indústria,11.000, Shopping Estação Itaipava - loja102 C, Centro, Itaipava — (0xx24) 2222-3424. O cinema funciona de ter a dom (84lugares): Rio, dub, 15h, 17h, 19h. R$ 6 (tere qua, exceto feriados) e R$ 14 (sex a dom equi e feriados).

> Cine Show Nova Friburgo — Praça GetúlioVargas, 139, Friburgo Shopping, 3º piso, Centro,Friburgo — (0xx22) 2523-1626. Sala 1 (188 lu-gares): Rio, dub, 14h30m, 16h45m, 19h; e Pâ-nico 4, 21h15m. Sala 2 (198 lugares): Rio, (3-D), dub, 14h, 16h15m, 18h30m, 20h45m. Sa-la 3 (190 lugares): Hop — Rebeldes sem Pás-coa, dub, 14h30m, 16h30m, 18h30m,20h30m. R$ 11 (seg e ter), R$ 14 (qua e qui),R$ 16 (sex a dom e feriados; seg e ter, 3-D), R$20 (qua e qui, 3-D) e R$ 24 (sex a dom e fe-riados, 3-D).

> Cine Show Teresópolis — Rua EdmundoBittencourt, 202, loja 201, Várzea, Teresópolis— (0xx21) 2641-4961. Sala 1 (174 lugares):Rio, dub, 14h30m, 16h45m, 19h; e Pânico 4,21h15m. Sala 2 (127 lugares): Hop — Rebel-des sem Páscoa, dub, 14h45m, 16h45m,18h45m, 20h30m. Sala 3 (200 lugares): Rio,(3-D), dub, 14h, 16h15m, 18h30m, 20h45m.R$ 11 (seg e ter), R$ 14 (qua e qui), R$ 16 (sexa dom; seg e ter, 3-D), R$ 20 (qua e qui, 3-D)e R$ 24 (sex a dom e feriados, 3-D). Promoção:meia-entrada todos os dias. Promoção portempo indeterminado.

> Cinemaxx Mercado Estação — Rua PauloBarbosa, 296, Centro, Petrópolis — (0xx24)2249-9900. O cinema funciona de ter a dom.Sala 1 (113 lugares): Rio, dub, 14h30m,16h30m, 18h30m, 20h30m. Sala 2 (117 lu-gares): Pânico 4, 14h40m, 18h50m; e Vovó...Zona 3: tal pai, tal filho, dub, 16h50m, 21h.Sala 3 (93 lugares): A garota da capa verme-lha, 15h, 17h, 19h, 21h10m. R$ 10 (ter, quae qui, até as 15h59m) e R$ 12 (sex a dom eferiados, até as 15h59m).

> Top Cine Hipershopping ABC — Rua Te-resa, 1.415, HiperShopping ABC, 2° Piso, Altoda Serra, Petrópolis — (0xx24) 2249-9900. Ocinema funciona de ter a dom. Sala 1 (210 lu-gares): Rio, dub, 14h30m, 16h30m, 18h30m,20h30m. Sala 2 (208 lugares): Hop — Rebel-des sem Páscoa, dub, 14h50m, 16h50m,18h50m, 20h50m. R$ 10 (ter, qua e qui, ex-ceto feriados, até as 15h59m) e R$ 12 (sex adom e feriados, até as 15h59m).

RIO SHOW

CINEMAOs endereços das salas de exibição e os preços

das sessões estão na seção Nos Bairros.

Pré-Estreia> ‘Como você sabe’. “How Do You Know”. DeJames L. Brooks (EUA, 2011). Com Owen Wil-son, Reese Witherspoon, Jack Nicholson.Comédia romântica. Aos 27 anos, Lisa Jorgen-son se vê no meio de um triângulo amoroso entreum homem de negócios e um jogador de beise-bol. 116 minutos. Não recomendado para me-nores de 10 anos.Zona Sul: Cinépolis Lagoon 6: 21h15m. Esta-ção Vivo Gávea 1: 18h10m. Kinoplex FashionMall 3: 21h30m. Leblon 1: 18h40m. Roxy 2:18h30m, 21h. São Luiz 2: 21h15m.

Estreia> ‘O amor chega tarde’. “Love comes lately”.De Jan Schütte (Alemanha/Áustria/EUA, 2007).Com Otto Tausig, Caroline Aaron, Olivia Thirlby.Comédia romântica. Baseado em um conto de IsaacBashevis Singer. Max Kohn, aclamado escritor decontos e imigrante austríaco que vive em Nova York,está chegando aos 80 anos, mas sente que sua vidaestá apenas começando. 86 minutos. Não reco-mendado para menores de 12 anos.Zona Sul: Espaço de Cinema 2: 14h30m,16h15m, 18h, 19h45m, 21h30m. EstaçãoIpanema 1: 14h, 15h45m, 17h30m, 19h15m,21h. Estação Vivo Gávea 2: 14h, 16h,19h30m, 21h20m.

> ‘A minha versão do amor’. “Barney’s Ver-sion”. De Richard J. Lewis (Canadá/Itália,2010). Com Paul Giamatti, Dustin Hoffman,Minnie Driver.Comédia romântica. Baseado no livro de Morde-cai Richler. A história de Barney Panofsky, umhomem aparentemente normal, cujas confissõesabrangem quatro décadas, dois continentes etrês casamentos. 134 minutos. Não recomenda-do para menores de 14 anos.Barra da Tijuca/Recreio: Cinemark Downtown09: 18h25m, 21h20m. Estação Barra Point 2:13h45m, 18h45m. UCI New York City Center07: 14h45m, 20h15m.Zona Nor te: Cinemark Car ioca 6: 18h,20h50m.Zona Sul: Cinemark Botafogo 2: 18h50m,21h50m. Cinépolis Lagoon 1: 16h20m,19h05m, 21h50m. Estação Laura Alvim 3:13h50m, 16h30m, 19h, 21h30m. Estação Vi-vo Gávea 5: 14h15m, 16h45m, 19h15m,21h50m. Kinoplex Fashion Mall 4: 15h10m,18h10m, 21h. Leblon 1: 15h50m, 21h10m.

Continuação> ‘Além da vida’. “Hereafter”. De Clint Eastwo-od (USA, 2010). Com Matt Damon, Cécile DeFrance.Drama. Um médium americano, uma jornalistafrancesa e um menino inglês protagonizam trêstramas vividas entre o mundo dos vivos e o dosmortos. 129 minutos. Não recomendado paramenores de 12 anos.Zona Sul: Estação Botafogo 2: 16h40m.

> ‘Amor?’. De João Jardim (Brasil, 2010). ComEduardo Moscovis, Lilia Cabral, Leticia Colin.Drama. Uma mistura de documentário e ficçãoem que atores e atrizes interpretam o depoimen-to de pessoas reais. 100 minutos. Não recomen-dado para menores de 14 anos.Barra da Tijuca/Recreio: Cinemark Downtown05: 15h.

Zona Sul: Estação Laura Alvim 2: 13h20m,15h30m, 17h30m, 19h45m, 21h45m. Esta-ção Vivo Gávea 1: 14h, 16h10m, 22h10m. Ins-tituto Moreira Salles: 14h, 16h, 18h, 20h. Uni-banco Ar tep lex 5: 13h10m, 15h20m,17h30m, 19h40m, 21h50m.

> ‘Bebês’. “Bébé(s)”. De Thomas Balmès(França, 2010).Documentário. O filme acompanha quatro bebêsdesde o nascimento até o primeiro ano de vidaem seus países e culturas de origem: Mongólia,Namíbia, Estados Unidos e Japão. 80 minutos.Livre.Barra da Tijuca/Recreio: Estação Barra Point 1:14h.Zona Sul: Cine Glória: 18h, 20h. Estação Bo-tafogo 1: 13h10m. Estação Botafogo 3:16h10m, 20h10m. Estação Vivo Gávea 1:20h30m. Estação Vivo Gávea 2: 17h50m. Es-tação Vivo Gávea 4: 14h50m. Unibanco Arte-plex 1: 17h40m.

> ‘Biutiful’. “Biutiful”. De Alejandro GonzálezIñárritu (Espanha/México, 2010). Com JavierBardem, Maricel Álvarez, Guillermo Estrella.Drama. Pai de dois filhos, Uxbal está à beira demorte e luta contra uma dura realidade e umdestino que o impede de perdoar e perdoar-se.147 minutos. Não recomendado para menoresde 16 anos.Niterói/São Gonçalo: Cinemark Plaza Shopping5: 19h.Zona Sul: Estação Botafogo 2: 19h.

> ‘Bróder’. De Jeferson De (Brasil, 2009).Com Caio Blat, Jonathan Haagensen, SilvioGuindane.Drama. A história de três amigos da periferia deSão Paulo e suas diferentes escolhas de vida. 93minutos. Não recomendado para menores de 14anos.Barra da Tijuca/Recreio: Cinemark Downtown02: 20h50m. Cinemark Downtown 06: 18h. Ci-

nesystem Recreio Shopping 3: 14h30m, 17h,19h30m, 21h40m. UCI New York City Center16: 14h45m, 16h50m, 18h55m, 21h.Niterói/São Gonçalo: Box Cinemas São Gonçalo3: 14h50m, 17h, 19h15m, 21h25m.Zona Norte: Cinecarioca Nova Brasília: 22h. Ci-nemark Car ioca 7: 12h40m, 17h20m,21h50m. Ponto Cine: 14h, 16h, 18h, 20h.Shopping Iguatemi 7: 14h40m, 16h50m, 19h,21h10m. UCI Kinoplex 08: 14h, 16h05m,18h10m, 20h20m, 22h25m.Zona Oeste: Cine 10 Sulacap 6: 15h, 17h, 19h,21h. Star Center 1: 14h50m, 16h50m,18h50m, 20h50m.Zona Sul: Unibanco Arteplex 2: 14h, 16h, 18h,20h, 22h.

> ‘Cisne negro’. “Black swan”. De Darren Aro-nofsky (EUA, 2010). Com Natalie Portman, Vin-cent Cassel, Mila Kunis.Drama. O sonho de Nina é ser a primeira bai-larina da companhia de dança. Mas, pressiona-da pelo diretor artístico de uma montagem de "Olago dos cisnes", ela terá que resolver sérios pro-blemas interiores, agravados pela chegada deuma rival. Vencedor do Oscar na categoria me-lhor atriz. 107 minutos. Não recomendado paramenores de 16 anos.Barra da Tijuca/Recreio: UCI New York CityCenter 18: 22h05m.Centro: Odeon: 14h, 18h30m.

> ‘Contracorrente’. “Contracorriente”. De Ja-vier Fuentes-León (Peru/França/Colômbia,2009). Com Tatiana Astengo, Manolo Cardona,José Chacaltana.Drama. Em uma pequena vila de pescadores,Mariela está prestes a ter seu primeiro filho comMiguel. Até que a chegada de Santiago ameaçao relacionamento do casal. 100 minutos. Nãorecomendado para menores de 14 anos.Zona Sul: Unibanco Arteplex 3: 14h, 16h30m,19h, 21h30m.

> ‘Cópia fiel’. “Copie conforme”. De Abbas Kia-rostami (França/Itália/Irã, 2010). Com JulietteBinoche, William Shimell, Angelo Barbagallo.Drama. Um escritor inglês na meia-idade conhe-ce uma jovem francesa enquanto está na Itáliapara promover seu último livro e embarca comela em uma viagem. 106 minutos. Livre.Barra da Tijuca/Recreio: Estação Barra Point 2:21h15m.Centro: Cine Santa Teresa: 15h, 19h20m.Zona Sul: Estação Botafogo 1: 14h40m,19h20m.

> ‘O discurso do rei’. “The king’s speech”. DeTom Hooper (Reino Unido/Austrália, 2010).Com Colin Firth, Geoffrey Rush, Helena BonhamCarter.Drama. Baseado em uma história real. Dono deuma incontrolável gagueira que o impede de dis-cursar para o público, o jovem e despreparadorei George precisa reencontrar sua voz e conduziro país na guerra contra os alemães. Vencedordos Oscars de melhor filme, ator, diretor, roteirooriginal. 118 minutos. Não recomendado paramenores de 12 anos.Barra da Tijuca/Recreio: UCI New York CityCenter 06: 21h40m.Centro: Odeon: 16h10m.

> ‘Em um mundo melhor’. “Haeven”. De Su-sanne Bier (Suécia/Dinamarca, 2010). Com Mi-kael Persbrandt, William Jøhnk Nielsen, MarkusRygaard.Drama. Anton é um médico que trabalha em umcampo de refugiados em um lugar qualquer daÁfrica. Na Dinamarca, seu país natal, estão suamulher e seus dois filhos, um deles vítima debullying. Vencedor do Oscar de melhor filme es-trangeiro. 118 minutos. Não recomendado paramenores de 14 anos.Zona Sul: Espaço Museu da Repúbl ica:14h40m, 17h, 19h20m.

> ‘Esposa de mentirinha’. “Just go with it”.

De Dennis Dugan (EUA, 2011). Com Adam San-dler, Jennifer Aniston, Nicole Kidman.Comédia romântica. Durante uma viagem, Dan-ny, um jovem cirurgião plástico, convence suaassistente a se fazer passar por sua ex-mulherpara conquistar uma garota. 117 minutos. Nãorecomendado para menores de 12 anos.Barra da Tijuca/Recreio: UCI New York CityCenter 09 (dub): 14h45m, 17h15m.Niterói/São Gonçalo: Box Cinemas São Gonçalo5 (dub): 20h30m.Zona Norte: Cinesystem Via Brasil Shopping 6:dub, 14h05m, 16h35m, 19h35m; leg,22h05m.

> ‘Eu sou o número quatro’. “I am numberfour”. De D.J. Caruso (EUA, 2011). Com AlexPettyfer, Teresa Palmer, Kevin Durand.Ficção científica. Baseado no livro de PittacusLore. Anos atrás, nove crianças ameaçadas pe-los Mogadorians fugiram do planeta Lorien e seesconderam na Terra, mas a caçada continuou etrês delas estão mortas. O jovem John Smith é opróximo alvo. 105 minutos. Não recomendadopara menores de 12 anos.Baixada: Cinemaxx Unigranrio Caxias 2:14h50m, 18h50m. Kinoplex Grande Rio 3(dub): 14h30m, 16h45m, 19h, 21h15m. Mul-tiplex Caxias 5 (dub): 19h, 21h15m.Barra da Tijuca/Recreio: Cinemark Downtown10: 11h30m, 14h05m, 16h25m, 19h,21h40m. Espaço Rio Design Vip: 14h20m,19h10m. UCI New York City Center 06 (dub):14h40m, 17h, 19h20m. UCI New York CityCenter 08: 13h40m, 16h, 18h20m, 20h40m.Via Parque 6: 14h20m, 19h10m.Ilha do Governador: Cinesystem Ilha Plaza 2:14h20m, 19h20m.Niterói/São Gonçalo: Bay Market 4 (dub):14h10m, 18h50m. Box Cinemas São Gonçalo4 (dub) : 14h15m, 16h30m, 18h55m,21h15m. Cinemark Plaza Shopping 5:22h05m.Zona Norte: Cinemark Carioca 7 (dub): 15h,

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SEGUNDO CADERNO ● 7Quinta-feira, 28 de abril de 2011 O GLOBO

O GLOBO ● SEGUNDO CADERNO ● PÁGINA 7 - Edição: 28/04/2011 - Impresso: 27/04/2011 — 14: 06 h AZUL MAGENTA AMARELO PRETO

O BONEQUINHO VIU...

> ‘Cisne negro’ — “Darren Aronofsky li-berta o demônio que mora na graciosa Na-talie Portman.” (R.F.)

> ‘Contracorrente’ — “Mostra comouma boa história pode ser contada de ma-neira eficiente, mesmo com poucos recur-sos financeiros.” (M.J.)

> ‘Incêndios’ — “Apoiado em roteiro bri-lhante, interpretações intensas, alta quali-dade de fotografia e trilha sonora, DennisVilleneuve exibe forte domínio narrativo.”(S.S.)

> ‘O pequeno Nicolau’ — “Um filmeinesquecível.” (E.R)

> ‘Rio’ — “É difícil segurar o fôlego frente àexuberância de seu visual.” (R.F.)

> ‘O sequestro de um herói’ — “Bel-vaux faz um filme de gênero sem recorreraos clichês de thriller policial.” (M.J.)

consegue equilibrar terror com romanceadolescente.” (M.A.)

> ‘Hop — Rebeldes sem Páscoa’ — “Aexperiência é enfadonha tanto para ascrianças, como também para os adultos.”(M.A.)

> ‘Sem limites’ — “Tem alguns dos mo-vimentos de câmera mais incríveis dos úl-timos anos, mas isso não é o bastante.”(A.M.)

> ‘VIPs’ — “Um mero filme de ação, bemproduzido e com boas atuações, mas su-perficial.” (A.M.)

> ‘As mães de Chico Xavier’ — “É umretrocesso narrativo.” (R.F.)

> ‘Vovó...zona 3: tal pai, tal filho’ —“As piadas têm gosto de prato requentado.”(T.M.)

RIO SHOW

> ‘As aventuras de Sammy’ — “Apesarde direcionado ao público infantil, tambémirá agradar ao adulto.” (M.A.)

> ‘Biutiful’ — “É coerente com a obra docineasta.” (S.S.)

> ‘Bróder’ — “Conjuga competência téc-nica e alta voltagem emotiva.” (R.F.)

> ‘Desconhecido’ — “Investe na diversãoescapista.” (M.A.)

> ‘Eu sou o número quatro’ — “Não es-capa dos chavões, mas traz muitos e bonsmomentos de ação.” (E.R.)

> ‘Gnomeu e Julieta’ — “Uma animaçãoapenas bonitinha, mas com uma ótima tri-lha sonora.” (E.R.)

> ‘Jogo de poder’ — “Peca pela super-ficialidade da trama e dos personagens.”(A.M.)

> ‘A minha versão do amor’ — “Um fil-me apenas correto.” (R.G.)

> ‘Nana Caymmi em Rio Sonata’ —“Costura depoimentos com delicadeza,embora sem refinamento plástico de mon-tagem.” (R.F.)

> ‘Pânico 4’ — “Não chega ao nível do pri-meiro, mas contém momentos antológi-cos.” (M.A.)

> ‘O retrato de Dorian Gray’ — “Umapoderosa crônica ao narcisismo e à obses-siva busca pela juventude.” (M.A.)

> ‘Sexo sem compromisso’ — “Não émais do que um passatempo corriqueiro.”(T.L.)

> ‘Sobrenatural’ — “O roteiro preserva asensação de ameaça constante.” (M.A.)

> ‘Esposa de mentirinha’ — “A duplaAdam Sandler/Jennifer Aniston tem char-me e cria empatia, mas o filme jamais achaum ritmo.” (R.G.)

> ‘A garota da capa vermelha’ — “Não

> ‘Além da vida’ — Para M.A., o bone-quinho aplaude sentado: “Mais um filmeaudacioso de Eastwood, que procura nãose repetir.” Para A.M., o bonequinho dor-me: “Ouve-se um ou outro suspiro na pla-teia, mas lá no fundinho bate aquela des-confiança de que alguma coisa não se en-caixou bem.”

> ‘Amor?’ — “Mistura-se na tela o melhorde dois mundos: o ficcional e o documen-tal.” (R.F.)

> ‘O amor chega tarde’ — “A trama éabordada com delicadeza e humor.”(S.S.)

> ‘Bebês’ — “Um bem-humorado tratadoantropológico.” (E.R.)

> ‘Cópia fiel’ — “Realização impecável,pode frustrar os súditos do diretor iraniano,mas também seduzir e intrigar por sua tra-ma bem urdida.” (S.S.)

> ‘O discurso do rei’ — “Não é nada

além da fala de um homem. E é justamenteisso que o faz tão interessante.” (A.M.)

> ‘Em um mundo melhor’ — “Exploramcom muita sensibilidade as relações entrepais e filhos.” (E.A.)

> ‘Homens e deuses’ — “Uma obra aus-tera, reflexiva e extremamente contempo-rânea.” (S.S.)

> ‘Que mais posso querer’ — “SilvioSoldini não transforma o longa em libelocontra o adultério.” (M.A.)

> ‘Rango’ — “Um filme de animação en-volvente.” (M.J.)

> ‘Ricky’ — “Um drama agridoce sobre asagruras e eventuais alegrias de uma famíliaproletária.” (R.G.)

> ‘Turnê’ — “Almaric trafega com elegân-cia pelas margens de um cinema de obser-vação.” (R.F.)

> ‘Uma manhã gloriosa’ — Para R.F., obonequinho aplaude sentado: “HarrisonFord presta um tributo a mestres do riso”.Para A.M., o bonequinho dorme: “As inter-pretações são compostas de trejeitos ex-cessivos.”

19h30m. Kinoplex Nova América 2: 14h30m,16h45m, 19h, 21h15m. Shopping Iguatemi 5:14h10m, 16h30m, 18h50m, 21h20m. UCIKinoplex 02 (dub): 14h35m, 16h55m,19h15m, 21h35m.Zona Oeste: Cine 10 Sulacap 3 (dub): 17h,19h20m, 21h30m. Cinesercla Itaguaí 4 (dub):14h30m, 16h30m, 18h30m, 20h30m. Cine-system Bangu 6 (dub): 14h20m, 16h40m,19h20m, 21h45m.Zona Sul: Cinemark Botafogo 1: 12h30m, 15h,17h30m, 20h, 22h20m. Cinépolis Lagoon 2:17h. Cinépolis Lagoon 3: 21h30m. Kinoplex Le-blon 3: 14h45m, 19h10m. Roxy 2: 14h,16h10m. São Luiz 1: 14h30m, 16h50m,19h10m, 21h30m.

> ‘A garota da capa vermelha’. “Red ridinghood”. De Catherine Hardwicke (EUA, 2011).Com Amanda Seyfried, Michael Hogan, ShilohFernandez.Horror. Versão sombria da história de Chapeu-zinho Vermelho, conto publicado no século XIXpelos Irmãos Grimm. 100 minutos. Não reco-mendado para menores de 14 anos.Barra da Tijuca/Recreio: Cinemark Downtown11: 11h50m, 14h10m, 16h30m, 18h50m,21h10m. Espaço Rio Design 2: 14h, 16h20m,18h40m, 21h10m. UCI New York City Center03: 13h20m, 15h30m, 17h40m, 19h50m,22h. Via Parque 4: 14h30m, 16h40m,18h50m, 21h.Niterói/São Gonçalo: Cinemark Plaza Shopping1: 11h40m, 14h, 16h20m, 18h40m, 21h.Zona Norte: Cinemark Carioca 2: 13h30m,15h40m, 17h50m, 20h, 22h10m. KinoplexNova América 4: 14h10m, 16h20m, 18h30m,20h40m. Shopping Iguatemi 6: 14h, 16h20m,18h40m, 21h. UCI Kinoplex 09: 13h30m,15h40m, 17h50m, 20h, 22h10m.Redondezas: Cinemaxx Mercado Estação 3:15h, 17h, 19h, 21h10m.

> ‘Gnomeu e Julieta’. “Gnomeo and Juliet”.De Joann Sfar (EUA, 2011). Vozes de Jason Sta-tham, Emily Blunt, Maggie Smith.Animação. Versão do clássico de William Sha-kespeare. Gnomeu e a jovem Julieta são anõesde jardim. Os dois estão apaixonados, mas vãoter que enfrentar muitos obstáculos para viveresse amor. Exibição em 3-D em algumas salas.84 minutos. Livre.Barra da Tijuca/Recreio: UCI New York CityCenter 10 (dub): 13h15m, 15h.

> ‘Homens e deuses’. “Des hommes et desdieux”. De Xavier Beauvois (França, 2010). ComLambert Wilson, Michael Lonsdale, Olivier Ra-bourdin.Drama. Em uma vila, oito monges franceses vi-vem em harmonia com a população muçulmanaaté que um grupo de trabalhadores estrangeirosé massacrado e o pânico assola a região. 122minutos. Não recomendado para menores de 12anos.Barra da Tijuca/Recreio: Espaço Rio Design Vip:16h40m, 21h50m. UCI New York City Center07: 17h30m.Zona Sul: Espaço de Cinema 1: 14h, 16h30m,19h, 21h40m. Estação Ipanema 2: 13h50m,16h30m, 19h, 21h30m. Estação Vivo Gávea 3:13h50m, 16h20m, 19h, 21h30m. UnibancoA r t e p l e x 1 : 13h , 15h20m, 19h30m,21h50m.

> ‘Hop — Rebeldes sem Páscoa’. “Hop”. DeTim Hill (EUA, 2011). Vozes de James Marsden,Elizabeth Perkins, Russell Brand.Animação. Depois que o coelhinho é atropeladoacidentalmente por um carro, cabe ao motoristasalvar a Páscoa. 97 minutos. Livre.Baixada: Cinesercla Nilópolis Square 2 (dub):13h50m, 15h35m, 17h20m, 19h05m,20h50m. Iguaçu Top 2 (dub): 14h20m,16h30m, 18h40m. Kinoplex Grande Rio 1(dub): 14h20m, 16h30m, 18h40m, 20h50m.Multiplex Caxias 1 (dub): 17h30m, 19h30m,21h30m. Multiplex Caxias 6 (dub): 15h15m,17h15m, 19h15m, 21h15m.Barra da Tijuca/Recreio: Cinemark Downtown02 (dub): 11h20m, 13h35m, 16h, 18h30m.Cinemark Downtown 03 (dub): 12h30m,14h50m, 17h10m, 19h30m, 21h50m. Cine-system Recreio Shopping 2 (dub): 14h,16h30m, 19h10m, 21h30m. UCI New York Ci-ty Center 05 (dub): 13h40m, 15h50m, 18h,20h10m, 22h20m. UCI New York City Center13 (dub): 13h30m, 15h40m, 17h50m, 20h,22h10m. Via Parque 2 (dub): 14h20m,16h30m, 18h40m, 20h50m.Ilha do Governador: Cinesystem Ilha Plaza 3(dub): 14h, 16h30m, 19h, 21h30m.Niterói/São Gonçalo: Bay Market 1 (dub):14h20m, 16h30m, 18h40m, 20h50m. Box Ci-nemas São Gonçalo 8 (dub) : 14h40m,16h50m, 19h, 21h10m. Cinemark Plaza Shop-ping 2 (dub): 11h25m, 13h40m, 16h,18h25m, 20h40m.Zona Norte: Cinemark Carioca 1 (dub):11h40m, 13h50m, 16h10m, 18h20m,20h30m. Cinesystem Via Brasil Shopping 2(dub): 14h10m, 16h20m, 19h10m, 21h30m.Kinoplex Nova América 6 (dub): 14h30m,16h40m, 18h50m, 21h. Kinoplex Shopping Ti-juca 5 (dub): 14h30m, 16h40m, 18h50m. Ma-dureira Shopping 2 (dub): 14h10m, 16h20m,18h30m, 20h45m. Shopping Iguatemi 4 (dub):14h20m, 16h30m, 18h40m, 20h50m. UCIKinoplex 05 (dub): 13h10m, 15h20m,17h30m, 19h40m, 21h50m.Zona Oeste: Cine 10 Sulacap 2 (dub): 15h30m,17h30m, 19h30m, 21h30m. Cinesercla Ita-guaí 1 (dub): 13h50m, 15h35m, 17h20m,19h05m, 20h50m. Cinesystem Bangu 4 (dub):14h10m, 16h50m, 19h10m, 21h20m. Kino-plex West Shopping 1 (dub): 14h, 16h10m,18h20m, 20h30m. Star Center 2 (dub):

14h40m, 16h40m, 18h40m, 20h40m.Zona Sul: Cinemark Botafogo 3 (dub): 11h30m,13h50m, 16h10m, 18h30m, 20h50m. Ciné-polis Lagoon 3 (dub): 12h30m, 14h55m,17h05m, 19h15m. Kinoplex Fashion Mall 1(dub): 16h50m, 19h. Kinoplex Leblon 2 (dub):15h, 17h10m, 19h20m. Rio Sul 4 (dub): 14h,16h10m, 18h20m, 20h30m. Roxy 1 (dub):14h50m, 17h, 19h10m. São Luiz 2 (dub):14h, 16h20m, 18h40m.Redondezas: Cine Show Nova Friburgo 3 (dub):14h30m, 16h30m, 18h30m, 20h30m. CineShow Teresópolis 2 (dub): 14h45m, 16h45m,18h45m, 20h30m. Top Cine Hipershopping ABC 2(dub): 14h50m, 16h50m, 18h50m, 20h50m.

> ‘Incêndios’. “Incendies”. De Denis Villeneuve(Canadá, 2010). Com Lubna Azabal, MélissaDésormeaux-Poulin, Maxim Gaudette.Drama. Adaptação da peça homônima de WajdiMouawad. Na leitura do testamento da mãe, osgêmeos Simon e Jeanne descobrem que têm umirmão e que o pai, que os dois achavam que es-tava morto, ainda vive. 130 minutos. Não reco-mendado para menores de 14 anos.Barra da Tijuca/Recreio: Estação Barra Point 2:16h15m.Zona Sul: Estação Botafogo 1: 16h50m,21h30m.

> ‘Jogo de poder’. “Fair game”. De Doug Li-man (EUA, 2010). Com Naomi Watts, SeanPenn, Ty Burrell.Suspense. Baseado nas memórias de ValeriePlame, agente da CIA que teve sua identidadesecreta revelada por um jornalista durante a in-vasão dos EUA ao Iraque. 108 minutos. Não re-comendado para menores de 12 anos.Redondezas: Cine Bauhaus 1: 14h30m.

> ‘As mães de Chico Xavier’. De Glauber Fi-lho, Halder Gomes (Brasil, 2011). Com NelsonXavier, Caio Blat, Via Negromonte.Drama. Baseado em histórias reais e inspiradono livro "Por trás do véu de Isis", de Marcel SoutoMaior. A trajetória de três mães que perderamseus filhos e vêem sua realidade se transformarquando recebem conforto através de cartas psi-cografadas por Chico Xavier. 111 minutos. Nãorecomendado para menores de 12 anos.Barra da Tijuca/Recreio: UCI New York CityCenter 01: 16h50m, 21h30m.Centro: Cine Santa Teresa: 21h30m.Zona Oeste: Star Center 4: 13h40m, 16h,18h20m, 20h40m.

> ‘Nana Caymmi em Rio Sonata’. “Rio So-nata: Nana Caymmi”. De Georges Gachot (Suí-ça, 2010).Documentário. A trajetória da cantora NanaCaymmi, ex-mulher de Gilberto Gil, musa deMilton Nascimento, amiga de Nelson Freire econsiderada uma das maiores cantoras do Bra-sil. 85 minutos. Livre.Barra da Tijuca/Recreio: Estação Barra Point 1:15h40m, 19h50m, 21h30m.Zona Sul: Espaço de Cinema 3: 14h15m, 16h,17h45m, 19h30m, 21h15m. Estação Laura Al-vim 1: 14h15m, 16h, 17h45m, 19h30m,21h15m. Estação Vivo Gávea 4: 13h10m,16h30m, 18h30m, 20h15m, 22h.

> ‘Pânico 4’. “Scream 4”. De Wes Craven(EUA, 2011). Com David Arquette, Neve Camp-bell, Courteney Cox.Terror. Dez anos se passaram e Sidney já con-seguiu deixar o passado para trás. Quando tudoparecia entrar nos eixos, ela recebe a visita doesfaqueador mascarado. 111 minutos. Não re-comendado para menores de 14 anos.Baixada: Cinemaxx Unigranrio Caxias 2 (dub):16h50m, 20h50m. Cinesercla Nilópolis Square3 (dub): 16h35m, 18h40m, 20h45m. IguaçuTop 3 (dub) : 14h30m, 16h40m, 19h,21h15m. Kinoplex Grande Rio 6 (dub):14h10m, 16h30m, 19h, 21h20m. MultiplexCaxias 4 (dub): 15h, 17h15m, 19h30m,21h45m.Barra da Tijuca/Recreio: Cinemark Downtown01: 22h20m. Cinemark Downtown 07:15h40m, 18h20m, 21h05m. Cinesystem Re-c re io Shopp ing 4: 16h50m, 19h20m,21h50m. UCI New York City Center 10:16h45m, 18h55m, 21h05m. UCI New York Ci-ty Center 15 (dub): 14h50m, 17h10m,19h30m, 21h50m. Via Parque 6: 16h50m,21h30m.Ilha do Governador: Cinesystem Ilha Plaza 2:16h50m, 21h50m.Niterói/São Gonçalo: Bay Market 4 (dub):16h20m, 21h. Box Cinemas São Gonçalo 7(dub): 13h50m, 16h20m, 18h45m, 21h20m.Cinemark Plaza Shopping 6: 11h30m,14h05m, 16h30m, 21h45m.Zona Norte: Cinemark Carioca 8 (dub): 16h,18h30m, 21h. Kinoplex Nova América 3:14h40m, 16h50m, 19h10m, 21h30m. Kino-plex Shopping Tijuca 2: 14h10m, 16h30m,18h50m, 21h30m. Madureira Shopping 3(dub): 14h20m, 16h30m, 19h, 21h15m.Shopping Iguatemi 2: 17h, 21h30m. UCI Kino-plex 06: dub, 13h50m, 16h10m, 18h30m; leg,20h50m.Zona Oeste: Cine 10 Sulacap 5 (dub): 19h40m,22h. Cinesercla Itaguaí 3 (dub): 16h35m,18h40m, 20h45m. Cinesystem Bangu 5 (dub):15h20m, 17h40m, 20h, 22h20m. KinoplexWest Shopping 4 (dub): 14h20m, 16h30m,18h50m, 21h20m.Zona Sul: Cinemark Botafogo 4: 17h10m,19h35m, 22h05m. Cinépolis Lagoon 2:19h20m, 21h40m. Kinoplex Leblon 3: 17h,21h45m. Rio Sul 3: 16h30m, 21h20m.Redondezas: Cine Show Nova Friburgo 1:21h15m. Cine Show Teresópolis 1: 21h15m.Cinemaxx Mercado Estação 2: 14h40m,18h50m.

> ‘O pequeno Nicolau’. “Le petit Nicolas”. DeLaurent Tirar (França, 2009). Com Maxime Go-dart, Valérie Lemercier, Kad Merad.Comédia. Baseado na obra de Jean-JacquesSempé e René Goscinny. Nicolau é um garotinhomuito amado pelos pais que leva uma vida tran-quila até que sua mãe fica grávida. Com medode não ter mais a mesma atenção, ele entra emdesespero. 91 minutos. Livre.Zona Sul: Estação Botafogo 2: 14h50m.

> ‘Que mais posso querer’. “Cosa voglio dipiù”. De Silvio Soldini (Itália/Suíça, 2010). ComPierfrancesco Favino, Alba Rohrwacher, Giusep-pe Battiston.Drama. Um homem e uma mulher começamuma relação extraconjugal, sem perceber que tu-do está saindo do controle. 121 minutos. Nãorecomendado para menores de 16 anos.Barra da Tijuca/Recreio: Estação Barra Point 1:17h30m.Zona Sul: Estação Botafogo 3: 13h50m,17h50m.

> ‘Rango’. “Rango”. De Gore Verbinski (EUA,2011). Vozes de Johnny Depp, Alanna Ubach,Abigail Breslin.Animação. Rango é um camaleão com crise deidentidade que, ao se ver numa cidade do VelhoOeste, infestada de bandidos, transforma-sesem querer em herói. 107 minutos. Não reco-mendado para menores de 10 anos.Centro: Cine Santa Teresa: 17h10m.

> ‘Ricky’. “Ricky”. De François Ozon (Fran-ça/Itália, 2009). Com Alexandra Lamy, Sergi Ló-pez, Arthur Peyret.Comédia. Quando Katie, uma mulher comum,conhece Paco, um homem comum, algo de má-gico e milagroso acontece: uma história de amor.Dessa união nascerá um bebê extraordinário: Ri-cky. 90 minutos. Não recomendado para meno-res de 12 anos.Zona Sul: Estação Botafogo 2: 13h.

> ‘Rio’. De Carlos Saldanha (EUA, 2011). Vozesde Anne Hathaway, Jesse Eisenberg, JamieFoxx.Animação. Blu é uma arara-azul domesticadaque nunca aprendeu a voar e vive nos EstadosUnidos, até descobrir que existe uma fêmea desua espécie no Rio. Exibição em 3-D em algu-mas salas. 96 minutos. Livre.Baixada: Cinemaxx Imperial (dub): 15h, 17h,19h, 21h. Cinemaxx Unigranrio Caxias 1( d u b ) : 1 4 h 3 0 m , 1 6 h 3 0 m , 1 8 h 3 0 m ,20h30m. Cinesercla Nilópolis Square 1( d u b ) : 1 4 h 4 0 m , 1 6 h 4 0 m , 1 8 h 4 0 m ,20h40m. Cinesercla Nilópolis Square 3(dub): 14h30m. Iguaçu Top 1 (3-D/dub):14h, 16h10m, 18h20m, 20h30m. IguaçuTop 2 (dub): 20h50m. Kinoplex Grande Rio 2( 3 - D / d u b ) : 1 5 h , 1 7 h 1 0 m , 1 9 h 2 0 m ,21h30m. Kinoplex Grande Rio 4 (dub):14h30m, 16h40m, 18h50m, 21h. KinoplexGrande Rio 5 (3-D/dub): 14h, 16h10m,18h20m, 20h30m. Multiplex Caxias 2 (3-D/dub): 16h, 18h30m, 20h30m. MultiplexC a x i a s 3 ( d u b ) : 1 5 h 1 5 m , 1 7 h 1 5 m ,19h15m, 21h15m. Mult ip lex Cax ias 5(dub): 15h, 17h.Barra da Tijuca/Recreio: Cinemark Downtown01 (dub): 12h55m, 15h20m, 17h40m,20h. Cinemark Downtown 04 (3-D): dub,11h40m, 13h55m; leg, 16h20m. CinemarkDowntown 06 (dub): 13h15m, 15h35m,20h40m. Cinemark Downtown 08 (3-D):12h10m, 14h30m, 16h50m. CinemarkDowntown 09 (dub): 11h25m, 13h40m,16h05m. C inemark Downtown 12 (3-D /dub ) : 11h10m, 13h25m, 15h50m,18h10m, 20h30m. Cinesystem RecreioShopping 1 (dub): 14h20m, 16h40m, 19h,21h10m. Cinesystem Recreio Shopping 4(dub): 13h50m. Espaço Rio Design 1 (3-D):dub, 14h, 16h30m, 19h; leg, 21h40m. UCINew Yo r k C i t y Cen t e r 02 (3 -D ) : dub ,14h40m, 16h50m, 19h; leg, 21h10m. UCINew York City Center 04 (dub): 14h50m,17h, 19h10m. UCI New York City Center 09:19h45m, 21h55m. UCI New York City Cen-te r 12 (3-D) : dub, 14h10m, 16h20m,18h30m; leg, 20h40m. UCI New York CityCen te r 14 (3 -D) : dub , 13h, 15h10m,17h20m; leg, 19h30m, 21h40m. UCI NewYo r k C i t y Cen t e r 17 ( dub ) : 14h30m,16h45m, 19h. UCI New York City Center 18( d u b ) : 1 3 h 2 5 m , 1 5 h 3 5 m , 1 7 h 4 5 m ,19h55m. Via Parque 1 (dub): 14h, 16h10m,18h20m, 20h30m. Via Parque 3 (dub):14h40m, 16h50m, 19h, 21h10m. Via Par-que 5 (3 -D /dub ) : 15h10m, 17h20m,19h30m, 21h40m.Ilha do Governador: Cinesystem Ilha Plaza 1( d u b ) : 1 4 h 3 0 m , 1 7 h 2 0 m , 1 9 h 3 0 m ,21h40m. Cinesystem Ilha Plaza 4 (3-D):dub, 13h30m, 15h40m, 17h50m, 20h; leg,22h10m.Niterói/São Gonçalo: Bay Market 2 (dub): 14h,16h10m, 18h20m, 20h30m. Bay Market 3 (3-D/dub): 14h40m, 16h50m, 19h, 21h10m. BoxCinemas São Gonçalo 1 (3-D/dub): 14h30m,16h40m, 18h50m, 21h. Box Cinemas SãoGonçalo 2 (dub): 13h30m, 15h40m, 17h50m,20h. Box Cinemas São Gonçalo 5 (dub): 14h,16h10m, 18h20m. Box Cinemas São Gonçalo6 (dub): 15h, 17h10m, 19h20m, 21h30m. Ci-nemark Plaza Shopping 3 (3-D): ; leg, 11h10m,13h30m, 15h50m; dub, 18h10m, 20h25m.Cinemark Plaza Shopping 4 (3-D/dub):12h10m, 14h30m, 16h50m, 19h20m,21h40m. Cinemark Plaza Shopping 5 (dub):12h45m, 15h. Cinemark Plaza Shopping 7 (3-D/dub): 12h, 14h15m, 17h05m, 19h30m,21h50m.Zona Norte: Cinecarioca Nova Brasília (3-D/dub): 14h, 16h, 18h, 20h. Cinemark Carioca

3 (dub): 12h30m, 14h40m. Cinemark Carioca4 (dub): 12h, 14h10m, 16h20m, 18h50m,21h20m. Cinemark Carioca 5 (dub): 11h,13h10m, 15h20m, 17h30m, 19h50m, 22h.Cinemark Carioca 6 (dub): 11h30m, 13h40m,15h50m. Cinemark Carioca 8 (dub): 11h50m.Cinesystem Via Brasil Shopping 3 (dub):14h15m, 16h45m, 19h15m, 21h45m. Cine-system Via Brasil Shopping 4 (3-D): dub,14h30m, 17h, 19h30m; leg, 22h. CinesystemVia Brasil Shopping 5 (3-D/dub): 14h, 16h30m,19h, 21h20m. Kinoplex Nova América 1 (dub):

14h20m, 16h30m, 18h40m, 20h50m. Kino-plex Nova América 5 (3-D/dub): 14h, 16h10m,18h20m, 20h30m. Kinoplex Nova América 7(3-D/dub): 15h10m, 17h20m, 19h30m,21h40m. Kinoplex Shopping Tijuca 1 (3-D/dub): 14h40m, 16h50m, 19h, 21h10m. Ki-noplex Shopping Tijuca 4 (3-D): dub, 15h10m,17h20m, 19h30m; leg, 21h40m. KinoplexShopping Tijuca 6 (dub): 14h10m, 16h20m,18h30m, 20h40m. Madureira Shopping 1(dub): 14h30m, 16h40m, 18h50m, 21h. Ma-dureira Shopping 4 (dub): 14h, 16h10m,

18h20m, 20h30m. Shopping Iguatemi 1 (3-D/dub): 14h30m, 16h40m, 18h50m, 21h.Shopping Iguatemi 2 (dub): 14h50m, 19h20m.Shopping Iguatemi 3 (dub): 14h, 16h10m,18h20m, 20h30m. UCI Kinoplex 01 (3-D):dub, 14h10m, 16h20m, 18h30m; leg,20h40m. UCI Kinoplex 03 (3-D/dub): 13h,15h10m, 17h20m, 19h30m, 21h40m. UCIKinoplex 04 (dub): 14h30m. UCI Kinoplex 07(dub): 13h20m, 15h30m, 17h40m, 19h50m,22h. UCI Kinoplex 10 (3-D/dub): 14h50m,17h, 19h10m, 21h20m.

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8 ● SEGUNDO CADERNO Quinta-feira, 28 de abril de 2011O GLOBO.

O GLOBO ● SEGUNDO CADERNO ● PÁGINA 8 - Edição: 28/04/2011 - Impresso: 27/04/2011 — 14: 07 h AZUL MAGENTA AMARELO PRETO

RIO SHOWSHOW

EXPOSIÇÃO

EVENTOS

PISTA

Grátis > Grafitismo: a arte das ruas. O debateabreoseminário“Brasil,brasis”,comparticipaçãodeDJs,rappersegrafiteiros.OsdebatedoressãoPanme-laCastro,AiráOCrespo,CarlosOsório,CarlosAcmeeAlexandreAfa.Academia Brasileira de Letras: Av. PresidenteWilson 203, Centro — 3974-2500. Qui, às 15h(exibição) e às 17h30m (debate). Livre.

Grátis > Projeto Música na Tela. Nesta edição, ofilme é “Hair”, e, com mediação de Tárik de Souza eMarceloJanot,osdebatedoressãoLuizCarlosMacieleCláudioBotelho.Oi Futuro Ipanema: Visconde de Pirajá 53,3201-3010. Qui, às 19h (exibição) e às20h30m (debate). Não recomendado para me-nores de 14 anos.

Grátis > Por Dentro do Palácio. Os visitantes sãorecebidos e guiados por um ator caracterizado comoRuyBarbosae têmaoportunidadedeconheceroan-tigoPaláciodaJustiça,de1926,apósrecentesobrasdereformaerestauro.Centro Cultural do Poder Judiciário: Rua DomManuel 29, Centro — 3133-3366. Qui, às 18h(senhas distribuídas 15 minutos antes). Livre.

CasasNoturnas

> Casa da Matriz. Rua Henrique de Novaes107, Botafogo — 2266-1014. Qui, a partir das23h. R$ 28. Não recomendado para menores de18 anos.Veneno: Na pista 1, DJs Túlio e Newton (pop erock). Na pista 2, DJs residentes Polly e (anos60’s aos 90’s, rock, pop, disco, synth, glam,progressivo e punk).

> Pista 3. Rua São João Batista 14, Botafogo— 2266-1014. Qui, a partir das 23h. R$ 20.Não recomendado para menores de 18 anos.Detroit: DJs Slim e Mateus (rock).

Gay/Bares

> TV Bar. Shopping Cassino Atlântico. Av. NossaSenhora de Copacabana 1.417, Copacabana —2267-1663. Qui, a partir das 22h. R$ 30. Nãorecomendado para menores de 18 anos.Não Faz a Janete: Com o VJ Lupa (os sucessosque marcaram a história da TV).

Gay

> Le Boy. Rua Raul Pompéia 102, Copacabana— 2513-4993. Qui, a partir das 23h. Homem,R$ 15 (até meia-noite), R$ 20 (até 1h) e R$ 25;mulher: R$ 50. Não recomendado para menoresde 18 anos.Connection: Na pista 1, DJs Ricardo Rodriguese Vine (house tribal). Na pista 2, DJ Arli Pinsard(mix music).

> Galeria Café. Rua Teixeira de Melo 31, Ipa-nema — 2523-8250. Qui, a partir das 23h. R$25 (até 0h30m) e R$ 35. Não recomendado pa-ra menores de 18 anos.PoParty: O VJ residente LC Ambient recebe o DJconvidado Pedro Machado (pop).

Zona Oeste: Cine 10 Sulacap 1 (3-D): dub,14h30m, 16h40m, 18h50m; leg, 21h. Cine 10Sulacap 3 (dub): 14h40m. Cine 10 Sulacap 5(dub): 15h, 17h20m. Cinesercla Itaguaí 2(dub): 14h40m, 16h40m, 18h40m, 20h40m.Cinesercla Itaguaí 3 (dub): 14h30m. Cinesys-tem Bangu 1 (3-D): dub, 13h30m, 15h40m,17h50m, 20h; leg, 22h10m. Cinesystem Ban-gu 2 (3-D/dub): 14h, 16h30m, 19h, 21h20m.Cinesystem Bangu 3 (dub): 14h30m, 17h,19h30m, 21h40m. Cinesystem Bangu 5 (dub):13h20m. Kinoplex West Shopping 2 (3-D/dub):15h10m, 17h20m, 19h30m, 21h40m. Kino-plex West Shopping 3 (dub): 14h40m,16h50m, 19h, 21h10m. Kinoplex West Shop-ping 5 (3-D/dub): 14h10m, 16h20m, 18h30m,20h40m. Star Center 3 (dub): 14h, 16h10m,18h20m, 20h30m.Zona Sul: Cinemark Botafogo 2 (dub): 11h50m,14h10m, 16h30m. Cinemark Botafogo 4 (dub):12h40m, 14h55m. Cinemark Botafogo 5 (3-D /dub ) : 12h10m, 14h30m, 16h50m,19h10m, 21h30m. Cinemark Botafogo 6 (3-D):dub, 11h10m, 13h30m, 15h50m, 18h10m;leg, 20h30m. Cinépolis Lagoon 1 (dub):14h10m. Cinépolis Lagoon 4 (3-D/dub):13h15m, 15h30m, 17h45m, 20h, 22h10m.Cinépolis Lagoon 5 (3-D): 14h, 16h15m,18h30m, 20h45m. Cinépolis Lagoon 6 (3-D/dub): 14h30m, 16h45m, 19h. KinoplexFashion Mall 2 (3-D): dub, 15h20m, 17h30m,19h40m; leg, 21h50m. Kinoplex Fashion Mall3 (dub): 17h, 19h10m. Kinoplex Leblon 1(dub): 14h, 16h10m, 18h20m, 20h30m. Kino-plex Leblon 4 (3-D): dub, 14h30m, 16h40m,18h50m; leg, 21h. Leblon 2 (3-D): dub,15h10m, 17h20m, 19h30m; leg, 21h40m.Rio Sul 1 (dub): 14h30m, 16h40m, 18h50m,21h. Rio Sul 2 (3-D): dub, 15h10m, 17h20m,19h30m; leg, 21h40m. Roxy 3 (3-D): dub,15h10m, 17h20m, 19h30m; leg, 21h40m.São Luiz 3 (3-D): dub, 15h10m, 17h20m,19h30m; leg, 21h40m. São Luiz 4 (3-D/dub):14h30m, 16h40m, 18h50m, 21h. UnibancoArteplex 4 (3-D): dub, 13h, 15h10m, 17h20m,19h30m; leg, 21h40m. Unibanco Arteplex 6:14h30m, 17h, 19h30m, 22h.Redondezas: Cine Bauhaus 2: 15h, 17h, 19h,21h. Cine Itaipava (dub): 15h, 17h, 19h. CineShow Nova Friburgo 1 (dub): 14h30m,16h45m, 19h. Cine Show Nova Friburgo 2 (3-D/dub): 14h, 16h15m, 18h30m, 20h45m. Ci-ne Show Teresópol is 1 (dub): 14h30m,16h45m, 19h. Cine Show Teresópolis 3 (3-D/dub): 14h, 16h15m, 18h30m, 20h45m. Ci-nemaxx Mercado Estação 1 (dub): 14h30m,16h30m, 18h30m, 20h30m. Top Cine Hi-pershopping ABC 1 (dub): 14h30m, 16h30m,18h30m, 20h30m.

> ‘Sem limites’. “Limitless”. De Neil Burger(EUA, 2011). Com Bradley Cooper, Robert DeNiro, Anna Friel.Suspense. O escritor Eddie Morra sofre há anosde um bloqueio criativo. Quando um amigo lheapresenta a um remédio revolucionário, ele pas-sa a viver sem limites. 105 minutos. Não reco-mendado para menores de 14 anos.Barra da Tijuca/Recreio: UCI New York CityCenter 17: 21h15m.

> ‘O sequestro de um herói’. “Rapt”. De Lu-cas Belvaux (França, 2009). Com Yvan Attal,Anne Consigny, André Marcon.Policial. Um rico industrial é brutalmente se-questrado. Enquanto ele passa por torturas físi-cas e psicológicas, a polícia e a diretoria de suacompanhia negociam um resgate de 50 milhõesde euros. 125 minutos. Não recomendado paramenores de 14 anos.Zona Sul: Estação Botafogo 2: 21h40m.

> ‘Sexo sem compromisso’. “No strings at-tached”. De Ivan Reitman (EUA, ). Com NataliePortman, Ashton Kutcher, Cary Elwes.Comédia romântica. Amigos de longa data, Em-ma e Adam quase estragam a amizade quandotransam em uma manhã. Para protegerem a re-lação, eles fazem um pacto para manter seu re-lacionamento sem qualquer compromisso, ciú-mes, brigas ou apelidos fofinhos. 108 minutos.Não recomendado para menores de 14 anos.Barra da Tijuca/Recreio: UCI New York CityCenter 04: 21h20m.

> ‘Sobrenatural’. “Insidious”. De James Wan(EUA, 2010). Com Barbara Hershey, Rose Byr-ne, Patrick Wilson.Horror. Uma família tenta impedir que maus es-píritos aprisionados em seu filho em coma do-minem sua mente. 102 minutos. Não recomen-dado para menores de 14 anos.Barra da Tijuca/Recreio: Cinemark Downtown05: 12h40m, 17h20m, 19h40m, 22h. UCINew York City Center 11: 14h05m, 16h20m,18h35m, 20h50m.Zona Norte: Cinemark Carioca 3: 16h50m,19h10m, 21h30m. Kinoplex Shopping Tijuca3: 16h40m, 21h20m. UCI Kinoplex 04:16h40m, 18h55m, 21h10m.Zona Oeste: Cine 10 Sulacap 4: 14h, 16h, 18h,20h, 22h.

> ‘Turnê’. “Tournée”. De Mathieu Amalric(França, 2010). Com Mathieu Amalric, MirandaColclasure, Suzanne Ramsey.Drama. Joachim, ex-produtor de televisão fran-cês, largou tudo para recomeçar a vida na Amé-rica. 111 minutos. Não recomendado para me-nores de 16 anos.Zona Sul: Estação Botafogo 3: 21h50m.

> ‘Uma manhã gloriosa’. “Morning glory”. DeRoger Michell (EUA, 2010). Com Rachel McA-dams, Harrison Ford, Diane Keaton.Comédia. Becky Fuller é produtora de TV e suacarreira não vai bem, assim como sua vida amo-

rosa. Diante do desafio de driblar o humor de seuelenco e ver o trabalho dar certo, ela encontraespaço para abrir seu coração e se encantar porAdam Bennett. 107 minutos. Não recomendadopara menores de 12 anos.Zona Norte: Kinoplex Shopping Tijuca 5: 21h.Zona Sul: Kinoplex Fashion Mall 1: 21h15m.K inop l e x Leb l on 2 : 21h30m. Roxy 1 :21h20m.

> ‘VIPs’. De Toniko Melo (Brasil, 2010). ComWagner Moura, Gisele Fróes, Juliano Cazarré.Drama. Baseado no livro “VIPS – Histórias reaisde um mentiroso”, de Mariana Caltabiano. Omaior prazer de Marcelo sempre foi imitar aspessoas e se passar pelos outros, até dar o maiorgolpe de sua vida: fingir ser o empresário Hen-rique Constantino, filho do dono da Gol, em umagrande festa no Recife. 98 minutos. Não reco-mendado para menores de 12 anos.Barra da Tijuca/Recreio: UCI New York CityCenter 01: 14h30m, 19h10m.Zona Norte: Kinoplex Shopping Tijuca 3:14h30m, 19h10m.Zona Sul: Cinépolis Lagoon 2: 12h40m,14h50m. Rio Sul 3: 14h20m, 19h.

> ‘Vovó... Zona 3: tal pai, tal filho’. “Bigmommas: like father, like son”. De John White-sell (EUA, 2011). Com Martin Lawrence, Bran-don T. Jackson, Max Casella.Comédia. No terceiro filme da série, o agenteMalcolm Turner e seu enteado Trent precisam sedisfarçar de vovós para proteger os estudantesde uma escola que foram testemunhas de umassassinato. 107 minutos. Não recomendadopara menores de 12 anos.Redondezas: Cinemaxx Mercado Estação 2(dub): 16h50m, 21h.

Reapresentação> ‘As aventuras de Sammy’. “Sammy’s ad-ventures: the secret passage”. De Ben Stassen(Bélgica, 2010). Vozes de Tim Curry, AnthonyAnderson, Melanie Griffith.Animação. A história de uma tartaruga marinha,desde o seu nascimento, em 1959, até a suamaturidade, em 2009, numa jornada de tirar ofôlego. Exibição em 3-D em algumas salas. 86minutos. Livre.Zona Sul: Cine Glória: 14h, 16h.

> ‘Desconhecido’. “Unknown”. De Jaume Col-let-Serra (EUA/Alemanha/Reino Unido/França,2011). Com Liam Neeson, Diane Kruger, AidanQuinn.Suspense. Baseado no livro "Out of my head", deDidier Van Cawelaert. Martin Harris acorda apósum acidente de carro em Berlim e descobre quesua esposa não o reconhece e que outro homemassumiu sua identidade. 113 minutos. Não re-comendado para menores de 14 anos.Redondezas: Cine Bauhaus 1: 16h30m,18h45m, 21h15m.

> ‘Invasão do mundo: batalha de Los Ange-les’. “Battle: Los Angeles”. De Jonathan Liebes-man (EUA, 2011). Com Aaron Eckhart, MichelleRodriguez, Bridget Moynahan.Ficção científica. Grupo de militares luta contrauma invasão alienígena nas ruas de Los Angeles.Exibição em 3-D e em 4K em algumas salas.116 minutos. Não recomendado para menoresde 12 anos.Zona Norte: Cinesystem Via Brasil Shopping 1:dub, 14h20m, 16h50m, 19h20m; leg,21h50m.

Extra> Cine Cult. No Cinemark Downtown 7, às14h: “Malu de bicicleta”, de Flávio Tambellini(Brasil, 2009. Não recomendado para menoresde 14 anos. No Cinemark Carioca 8, às 14h:“Um homem que grita”, de Mahamat-Saleh Ha-roun (França/Bélgica/Chade, 2010). Livre.Barra da Tijuca/Recreio: Cinemark Downtown2. Shopping Downtown (Av. das Américas 500,bloco 17, 2o- piso, Barra — 2494-5004). Atéqui, às 14h. R$ 10.Zona Norte:Cinermark Carioca 8 (Estrada Vicen-te de Carvalho 909, Carioca Shopping, Vicentede Carvalho — 3688-2340). Até qui, às 14h,R$ 10.

> ‘Cinema brasileiro: anos 2000, 10 ques-tões’. mostra, que começou terça-feira e segueaté 8 de maio, exibe cerca de 60 filmes nacio-nais e propõe uma reflexão sobre a produção ci-nematográfica nos últimos dez anos. Além daexibição de filmes, a mostra conta com debatesnos quais serão discutidas dez questões propos-tas pela curadoria do evento. Qui, às 13h30m:“Tropa de elite”, de José Padilha (Brasil, 2007).Não recomendado para menores de 16 anos. Às16: “Dias de Nietzsche em Turim”, de Julio Bres-sane (Brasil, 2001). Não recomendado paramenores de 14 anos. Às 18h: “Eu me lembro”,de Edgard Navarro (Brasil, 2005). Não reco-mendado para menores de 16 anos. Às 20h, de-bate: “Subjetividade: modo ou moda?”, comPaula Sibilia e Consuelo Lins.Centro: Centro Cultural Banco do Brasil/Cinema1 (Rua Primeiro de Março 66, Centro — 3808-2007). R$ 6.

> ‘A luz e o cinema de Rogério Sganzerla’.A mostra, em cartaz de 26 de abril a 8 de maio,exibe 24 filmes do cineasta catarinense RogérioSganzerla. Qui, na Sala 1, às 17h30m: “Nemtudo é verdade”, de Rogério Sganzerla (Brasil,1985). Não recomendado para menores de 12anos. Na Sala 2, às 19h: “Sem essa, aranha”,de Rogério Sganzerla (Brasil, 1970). Não reco-mendado para menores de 16 anos.Centro: Caixa Cultural Rio/Cinema 1 e 2 (Av.Almirante Barroso 25, Centro — 2544-4080). R$ 2.

Grátis >AnaCosta.Asambista relançaseusegun-doCDcomoshow“Novosalvos”,misturadetradiçãoeousadianogênero.Auditório do BNDES: Av. Chile 100, Centro.Qui, às 19h (distribuição de senhas a partir das18h). Livre.

> Anjos da Lua. O grupo lembra sambas deDonga, Ismael Silva, Wilson Batista, Noel Rosa ePaulinho da Viola, entre outros. Abertura com ogrupo Novíssimos.Clube dos Democráticos: Rua Riachuelo 91, La-pa — 9945-3244 (informações). Qui, às23h30m. R$ 16 (mulher) e R$ 18 (homem).Não recomendado para menores de 18 anos.

> Barbarito Torres. Estrela de Buena Vista So-cial Club, o músico cubano mostra seu repertórioe recebe os amigos René Zapata, Rolando Pa-lacio e Aniel Tamayo Mestre.Circo Voador: Rua dos Arcos s/n o-, Lapa —2533-0354. Qui, às 22h. R$ 60 (com 1kg dealimento não perecível) e R$ 120. Não reco-mendado para menores de 18 anos.

> Bruce Henri Trio. O guitarrista Victor Biglioneé o convidado da semana do projeto “Jazz no Al-bamar”. O repertório da jam session vai de MilesDavis a Jackson do Pandeiro.Albamar: Praça Marechal Âncora 186, Centro— 2240-8428. Qui, às 19h. R$ 15. Não reco-mendado para menores de 16 anos.

> Choro Vivo. O grupo mostra um repertório dechoros que vai de Jacob do Bandolim a Pixin-guinha e conta ainda com composições própriascomo “Valsinha”.Sala Baden Powell: Av. Nossa Senhora de Co-pacabana 360, Copacabana — 2255-1067.Qui, às 20h. R$ 20. Livre.

> Dodô Ferreira Trio. O baixista e sua bandaapresentam composições próprias, como “Débo-ra Blues” e “Cradle song”, além de standards dasmúsicas brasileira e americana.MC Galeria: Rua Francisco Otaviano 55, Arpoa-dor — 2247-7793. Qui, às 21h. R$ 20. Nãorecomendado para menores de 18 anos.

> Élidah Trinta. A cantora e compositora cario-ca faz o show “Brumas de Ipanema”, de bossanova, samba e pop internacional.Colher de Pau: Rua Farme de Amoedo 39, Ipa-nema — 2523-3018. Qui, às 19h. R$ 6. Livre.

> Iracema Monteiro. A cantora interpreta clás-sicos de Clara Nunes, Beth Carvalho, Alcione,Marisa Monte e Cartola, entre outros.Lapa Na Pressão: Av. Mem de Sá 61, Lapa —2507-0580 e 2507-0603. Qui, às 20h. R$ 15.Não recomendado para menores de 18 anos.

> Irmãos Brutos e Dinda. O trio faz uma MPBsofisticada, com influências de samba e ritmosafricanos, enquanto a banda Dinda passeia porestilos como rock, reggae, samba e marchinha.Espaço Cultural Sérgio Porto: Rua Humaitá163, Humaitá — 2266-0896. Qui, às 20h. R$30. Livre.

> João Gabriel. O cantor interpreta sucessos dosertanejo universitário, como “Meteoro”, “Fada”,“Robin Hood da paixão”, “Chora, me liga” e aclássica “Evidências”.Lapa 40° Sinuca e Gafieira: Rua Riachuelo 97,Lapa — 3970-1329. Qui, à meia-noite. R$ 20(mulher) e R$ 30 (homem). Não recomendadopara menores de 18 anos.

> Júnior Parente. O cantor e compositor re-lembra sucessos de Noel Rosa, Ataulfo Alves,Nelson Cavaquinho e Cartola.Café Cultural Sacrilégio: Av. Mem de Sá 81, La-pa — 3970-1461. Qui, às 21h. R$ 16. Não re-comendado para menores de 18 anos.

> Kiko Continentino e Samba Groove Trio.O pianista e o grupo tocam standards de jazz,samba-jazz e choros.Santo Scenarium: Rua do Lavradio 36, Lapa —3147-9007. Qui, às 20h. R$ 10. Não recomen-dado para menores de 16 anos.

> Maria Creuza. A cantora interpreta clássicosda bossa nova ao lado de seu quarteto.Vinicius Show Bar: Rua Vinicius de Moraes 39,Ipanema — 2523-4757. Qui a sáb, às 23h.Dom, às 22h30m. R$ 35 (dom) e R$ 40. Nãorecomendado para menores de 18 anos.

> Mart’nália. A cantora faz as últimas apresen-tações do show “Minha cara”, baseado em ál-bum que ela lançou há 15 anos e que marcou oinício de sua carreira.Teatro Rival Petrobras: Rua Álvaro Alvim 33/37,Cinelândia — 2240-4469. Qui e sex, às 21h30m.R$ 50 (os 100 primeiros pagantes) e R$ 60. Nãorecomendado para menores de 16 anos.

> Mulheres de Hollanda. Ana Cuba, Eliza La-cerda, Karla Boechat, Malu von Krüger e Mar-cela Mangabeira passeiam pelo universo de Chi-co Buarque no show “Imagina ela”.Bossa Nossa Lapa: Rua do Lavradio 170, Lapa— 2232-4959. Qui, às 21h. R$ 20. Não reco-mendado para menores de 18 anos.

> Nina Wirtti. No projeto “Nova Cena Musical”,a cantora gaúcha apresenta um repertório regio-nal e também tipicamente carioca, de samba deraiz e composições autorais.

Teatro Café Pequeno: Av. Ataulfo de Paiva 269,Leblon — 2294-4480. Qui, às 19h. R$ 20. Nãorecomendado para menores de 18 anos.

> Nó em Pingo d’Água. O grupo comemora omês do choro e o aniversário do mestre Pixin-guinha com shows às quintas-feiras.Rio Scenarium: Rua do Lavradio 20, Lapa —3147-9000. Qui, às 21h. R$ 20. No salão anexo.Não recomendado para menores de 16 anos.

Grátis >PedroLuiseAParede.Ogrupoapresentao recente trabalho “Naviloucaao vivo” durante a gra-vação do programa “Agora no Ar”. Apresentação deRicardoCravoAlbin.Rádio Roquette Pinto (auditório): Av. ErasmoBraga 118, 11o- andar, Centro — 2333-2094.Qui, às 12h30m. Livre.

> Quinteto TribOz. O quinteto residente apre-senta novos arranjos para standards de jazz ecomposições próprias.TribOz: Rua Conde Lages 19, Glória — 2210-0366. Qui, às 21h. R$ 15. Não recomendadopara menores de 18 anos.

> Roberta Nistra e Fernando Temporão. Osjovens músicos fazem uma roda de samba comclássicos do gênero e composições próprias.Bar Semente: Rua Joaquim Silva 138, Lapa —2507-5188 e 9781-2451 (informações). Qui,às 21h30m. R$ 12 (mulher) e R$ 16 (homem).Não recomendado para menores de 18 anos.

> Roberta Spindel. A cantora lança seu pri-meiro CD em uma série de shows todas as quin-tas de abril no Lapinha.Lapinha: Av. Mem de Sá 82, sobrado, Lapa —2507-3435. Qui, às 21h30m. R$ 10. Não re-comendado para menores de 18 anos.

> Roberto Serrão. O cantor e compositor co-manda uma roda com clássicos do samba acom-panhado pelo grupo Cara da Gente. Participaçãode Aninha Portal.Severyna: Rua Ipiranga 54, Laranjeiras —2556-9398. Qui, às 21h. R$ 10. Livre.

> Tonho Crocco. O músico gaúcho lança seuprimeiro álbum, “O lado brilhante da Lua”’, quepasseia por estilos como afrobeat, soul e samba.Teatro Odisséia: Av. Mem de Sá 66, Lapa —2266-1014. Qui, às 21h. R$ 20. Não recomen-dado para menores de 18 anos.

> Toninho Gerais. O cantor e compositor faz oshow do CD “Preceito”, que tem música homô-nima feita em parceria com Roque Ferreira.Abertura com Maria Menezes.Carioca da Gema: Av. Mem de Sá 79, Lapa —2221-0043. Qui, às 21h (abertura) e às 23h. R$21. Não recomendado para menores de 18 anos.

AberturaGrátis > ‘AmaMentAção’. A mostra que marca aaberturadoEspaçoCulturaldaAlerjreúne26fotogra-fias,doisbannerse14painéisbaseadosemregistrosfeitos desde1994pelo fotógrafoWilliamSantos.Até26demaio.Palácio Tiradentes: Rua Dom Manuel s/no-, Cen-tro — 2588 1000. Seg a sáb, das 10h às 17h.Dom, do meio-dia às 17h.

Grátis > ‘Mostra arte Brasil’. A exposição reúnefotosdeDomJoãodeOrleanseBragança,esculturasde Edgar Duvivier e pinturas de Maurício Barbato eDanielGrosman.Até17demaio.Palácio Itamaraty Rio de Janeiro: Av. MarechalFloriano 196, Centro — 2263-1703. Seg a sex,das 10h às 17h.

Grátis >‘Oquetealimenta’.Eminstalaçõeseob-jetos, Noemi Ribeiro trata de bulimia, anorexia e ou-trasdesordensquesurgemnabuscadoque,parapor-tadoresdessasdoenças, éocorpoperfeito.Até31demaio.Pequena Galeria do Centro Cultural CandidoMendes: Rua da Assembléia 10, subsolo, Cen-tro — 3543-6436, ramais 236 e 243. Seg asex, do meio-dia às 19h.

> Projeto Respiração. Na 13 a- edição doevento, o convidado é Carlito Carvalhosa, queusou mais de 200 lâmpadas fluorescentes, alémde copos e taças de vidro, em sua incursão noProjeto Respiração, que prevê intervenções noacervo da Fundação Eva Klabin. O artista expõesimultaneamente na Galeria Silvia Cintra + Box4. Até 26 de junho.Fundação Eva Klabin: Av. Epitácio Pessoa2.480, Lagoa — 3202-8550. Ter a dom,das 14h às 18h. Grátis (menores de 10anos) e R$ 10.

Grátis >‘Proposição’.A coletiva inaugura a ga-leria que tem 500 metros quadrados e três an-dares de espaços expositivos. Entre os 20 ar-tistas que compõem a mostra, estão nomescomo Sergio Romagnolo, Daniel Lannes eLeonardo Ramadinha. Até 28 de junho.Luciana Caravello Arte Contemporânea: RuaBarão de Jaguaribe 387, Ipanema — 2523-4696. Seg a sex, das 10h às 19h. Sáb, das 11hàs 14h.

Grátis > ‘Qualquer direção’. Carlito Carvalhosaapresenta a exposição composta por 20 trabalhosinéditos divididos em três blocos: lâmpadas fluores-centesquevãodochãoàparede,umgrupodeplacasde alumínio e um grande conjunto de pinturas sobrechapasespelhadas.Até24demaio.Galeria Silvia Cintra + Box 4: Rua das Acácias104, Gávea — 2521-0426. Seg a sex, das 10hàs 19h. Sáb, do meio-dia às 18h.

Grátis > ‘Véus’, Thales Leite mostra 20 fotografiasem preto e branco que partem das redes de proteçãousadasemedifíciosemobras.Até29demaio.Centro Cultural Justiça Federal: Av. Rio Branco241, Centro — 3261-2550. Ter a dom, domeio-dia às 19h.

MuseusecentrosculturaisGrátis > Arquivo Nacional. Praça da República173, Centro — 2179-1273. Seg a sex, das 8h30màs18h.’Registros de uma guerra surda’: O período som-brio da história brasileira entre 1964 e 1985, aditadura militar, é o tema da exposição. O país vi-via sob um sistema de vigilância e repressão queincluía prisões ilegais, torturas, assassinatos e de-saparecimentos. A exposição reúne material dosórgãos de repressão política da época. Uma mos-tra de filmes completa a exposição. Até 26 deagosto.

Grátis >CaixaCultural.Av.AlmiranteBarroso25,Centro — 2544-7666. Ter a sáb, das 10h às 22h.Domeferiados,das10hàs21h.‘A forma forjada’: Paulistano de 50 anos, Ro-gério Miranda Rezende se dedica à técnica deferronnerie, prática de forja em ferro usadana arquitetura. Na individual, exibe 26 qua-dros-esculturas em ferro cortado. Até 1 o- demaio.‘Poética Pop’: O artista mineiro Raymundo Co-lares (1944-1986) ganha mostra com 38 obras,entre desenhos, serigrafias e livros-objetos, nasquais explora o grafismo. Até 15 de maio.‘Rubens Gerchman: os últimos anos’: A expo-sição reúne 30 serigrafias de autoria de Gerch-man (1942-2008), além de prova de sua últimagravura. Até 8 de maio.‘O universo gráfico de Glauco Rodrigues’: Re-trospectiva do pintor, desenhista, gravador, ilus-trador e cenógrafo gaúcho Glauco Rodrigues(1929-2004) com mais de cem obras originais,entre litografias, serigrafias e capas de revistas,livros e discos. Até 8 de maio.

Grátis >CentroCulturalCorreios.RuaViscondede Itaboraí20,Centro—2253-1580.Teradom,domeio-diaàs19h.Erickson Britto: O artista paraibano expõe 30esculturas e objetos. Até 22 de maio.‘Fernando Pessoa, plural como o universo’: Aexposição aborda os heterônimos do poeta por-tuguês e explora recursos cenográficos para pro-porcionar uma experiência sensorial com a poe-sia de Fernando Pessoa. Até 22 de maio.‘Palavra e imagem’: A mostra reúne 11 álbunsde arte, feitos por artistas plásticos e escri-tores, que foram produzidos ao longo de 36anos pela Lithos Edições de Arte. Entre os tra-balhos estão as ilustrações de Carybé para “Ocompadre de Ogum”, de Jorge Amado. Até 22de maio.Paola Salgado: A artista uruguaia, radicada noRio, apresenta dez esculturas e quatro painéis degrande formato. Até 22 de maio.

Grátis >CentroCulturalJustiçaFederal.Av.RioBranco 241, Centro — 3261-2550. Ter a dom, domeio-diaàs19h.‘Memórias da cidade’: Imagens do Rio das dé-cadas de 50 e 60 compõem a mostra, com cu-radoria de Ricardo Mello. Os registros foram se-lecionados em uma pesquisa que reuniu mais detrês mil fotos do acervo da Agência O Globo, quetem mais de 5 milhões de imagens. A exposiçãotem 34 fotografias impressas e projeção de 40registros. Até 22 de maio.‘Thomas Henriot no Brasil’: A mostra traz ilus-trações que o francês Thomas Henriot fez quan-do passou pelo Brasil. As imagens são registra-

das em pergaminhos de até 22 metros de com-primento. Até 22 de maio.

Grátis > Centro Cultural Banco do Brasil. RuaPrimeiro de Março 66, Centro — 3808-2020. Ter adom,das9hàs21h.‘I in U — Eu em tu’: Retrospectiva da artistamultimídia, cantora e compositora americanaLaurie Anderson com 31 obras, incluindo duasinéditas. Uma mostra de filmes completa a ex-posição. Até 26 de junho.

Grátis > Instituto Moreira Salles. Rua MarquêsdeSãoVicente476,Gávea—3284-7400.Terasex,das 13h às 20h. Sáb, dom e feriados, das 11h às20h.‘Fayga Ostrower — Ilustradora’: Cem obras daartista, entre gravuras, desenhos e colagens. Até15 de maio.‘Retratos do Império e do exílio’: A mostra reúneimagens inéditas da família imperial brasileirapertencentes ao acervo fotográfico herdado pelopríncipe Dom João de Orleans e Bragança, queagora ficará sob a guarda do Instituto MoreiraSalles. Até 29 de maio.‘Video portraits de Robert Wilson’: A exposição,que já passou por Berlim, Milão, Nova York,Moscou, Miami, Praga, São Paulo e Porto Ale-gre, reúne 14 videorretratos de celebridades eanônimos. Entre os retratados estão os atoresBrad Pitt, sem camisa na chuva, e Winona Ry-der, que aparece como Winnie, personagem dapeça “Dias felizes”, de Samuel Beckett. Até 15de maio.

> Museu Casa do Pontal. Estrada do Pontal3.295, Recreio — 2490-3278. Ter a dom, das9h30m às 17h. R$ 10.‘Máquinas poéticas — Abraham Palatnik’: A ex-posição promove o encontro da arte cinética deAbraham Palatnik com os artistas popularesAdalton, Laurentino, Nhô Caboclo e Saúba. Até5 de junho.

> Museu da República. Rua do Catete 153,Catete — 3235-3693. Ter a sex, das 10h às17h. Sáb, dom e fer iados , das 14h às17h30m. Grátis (às quartas-feiras e aos do-mingos) e R$ 6.‘Estandartes do Museu Histórico da Cidade —Representações da nossa história’: Bandeiras eestandartes históricos, como o feito para a festade inauguração da estátua de Dom Pedro I(1862) e o da festa de fundação da cidade doRio de Janeiro (1910), compõem a exposição.Até 30 de abril.‘A Res publica brasileira’: A exposição se divideem seis ambientações que pretendem recriar, his-toricamente, o período republicano.

> Museu de Arte Contemporânea de Nite-rói. Mirante da Boa Viagem s/no-, Niterói —2620-2400. Ter a dom, das 10h às 18h. R$ 5.‘(Re)construções: Arte contemporânea da Áfri-ca do Sul’: Coletiva com obras de 13 artistassul-africanos com curadoria de Daniella Géo. Até15 de maio.

> Museu de Arte Moderna. Av. Infante DomHenrique 85, Aterro do Flamengo — 2240-4944. Ter a sex, do meio-dia às 18h. Sáb, dome feriados, do meio-dia às 19h. Grátis (até 12anos) e R$ 8. Dom, ingresso-família a R$ 8.Grátis ‘29ªBienaldeSãoPaulo—Obrasseleciona-das’:Com90obrasde17artistas, amostra éumre-corte da 29ª Bienal de São Paulo, que reuniu 850obrasde159artistasdeváriospaíses.Aseleção,queinclui vídeo de Jean-Luc Godard, foi feita pelos cura-dores Moacir dos Anjos e Agnaldo Farias. Até 15 demaio.Grátis ‘Celebrações/negociações—Fotógrafosafri-canosnacoleçãoGilbertoChateaubriand’:Aexposi-ção, com curadoria de Cezar Bartholomeu e MartaMestre,apresenta30imagensregistradasde1950a1970porMalickSidibé, SeydouKeita, JeanDepara,entreoutrosartistasafricanos.Até15demaio.‘Placebo’: O destaque da exposição de TatianaGrinberg é uma instalação multissensorial. Até 5de junho.Grátis ‘Terceira metade — Manuel Caeiro, TatianaBlass e Yonamine’: Com curadoria de Luiz CamilloOsorioeMartaMestre,oprojetoincluiexposições,se-minários,mostradecinemaetrabalhosdostrêsartis-tas que dão nome ao evento e articulam suas produ-çõescomaarquiteturadomuseu.Até15demaio.

> Museu Histórico Nacional. Praça Mare-chal Âncora s/n o-, Praça Quinze — 2550-9220. Ter a sex, das 10h às 17h30m. Sáb,dom e feriados, das 14h às 18h. Grátis (aosdomingos) e R$ 6.‘Novo circuito de exposições de longa duração’:O museu tem quatro novos grandes núcleos de ex-posição: “Oreretama”, “Portugueses no mundo:1415-1822”, “A construção da nação: 1822-1889”" e “A cidadania em construção: 1889 àatualidade”. As mostras abrangem da pré-históriabrasileira ao século XXI, incluindo obras de artis-tas contemporâneos.

> Museu Nacional de Belas Artes. Av. RioBranco 199, Centro — 2219-8474. Ter a sex,das 10h às 18h. Sáb, dom e feriados, do meio-dia às 17h. Grátis (dom) e R$ 5.‘A lírica da cor’: O holandês Leo Fisscher mostra20 obras em acrílica sobre tela selecionadas pe-lo poeta Carlos Dimuro. Até 15 de maio.

ColetivasGrátis >‘3xdesenho’.Coletivados jovensartistasGabriel Netto, Leandro Pereira e Marinho. Até 7 demaio.Largo das Artes: Rua Luís de Camões 2, sobra-do, Centro — 2224-2985. Ter a sex, do meio-dia às 18h. Sáb, do meio-dia às 17h.

Grátis >‘Botequim’.Naexposição-instalação,GigiManfrinatoeSandraLeemostramumavisãoestereo-tipada de um bar e seus frequentadores. Até 15 demaio.Espaço Cultural Eletrobras Furnas — Espaço deConvivência Herbert de Souza: Rua Real Gran-deza 219, Botafogo — 2528-4334. Ter a sex,das 14h às 18h. Sáb, dom e feriados, das 14hàs 19h.

Grátis >‘Crônicasurbanas’.Participamdacoleti-va os artistas Bárbara Schall, Binho Barreto, BrunoCançadoeoutros.Até10demaio.Galeria Anna Maria Niemeyer: Praça SantosDumont 140, loja A, Gávea — 2540-8155.Ter a sex, do meio-dia às 21h. Sáb e dom,das 14h às 18h.

Grátis >‘Desenhoemcampoampliado’.Coleti-va com trabalhos dos jovens artistas CarolinaPonte, Daniela Antonelli, Malu Saadi e PedroVarela e curadoria de Noéli Ramme. Até 29 demaio.Espaço Cultural Municipal Sérgio Porto: RuaHumaitá 163 (entrada pela Rua Visconde de Sil-va), Humaitá — 2535-3846. Ter a dom, das14h às 22h.

Grátis > ‘Poética expositiva’. Mostra com obrasde Adolfo Montejo Navas, Ana Linnemann, EduardoCoimbra,LenoradeBarros,RicardoAleixoeVictorAr-ruda.Até8demaio.Cavalariças do Parque Lage: Rua Jardim Bo-tânico 414, Jard im Botânico — 3257-1800. Seg a qui, do meio-dia às 20h. Sex adom, das 10h às 17h.

IndividuaisGrátis ‘Alucinação à beira-mar’. Com curadoria deFernando Cocchiarale, a mostra reúne 11 trabalhosde Marcos Chaves, sendo sete inéditos. Usando ví-deo, instalação,objetoefotos,oartistafazreferênciasàpaisagemdoRio.Até5de junho.Galeria Laura Alvim: Av. Vieira Souto 176,Ipanema — 2332-2017. Ter a dom, das 13hàs 21h.

Grátis >‘CeroUno.’Aexposiçãocom11esculturasde parede em acrílico, polímero de alta densidade ePVC, do argentino Abel Ventoso, inaugura a galeria.Até7demaio.Athena Contemporânea: Shopping CassinoAtlântico. Av. Atlântica 4.240, loja 211, Copa-cabana — 9494-9678 (informações). Seg asex, das 11h às 19h. Sáb, das 13h às 18h.

Grátis >‘Coisasdevaloreovalordascoisas’.Oportuguês Rodrigo Oliveira mostra telas e obje-tos pintados. Até 1o- de maio.Cosmocopa Arte Contemporânea: Rua SiqueiraCampos 143, 2o- piso, loja 32, Copacabana —2236-4670. Seg a sex, das 10h às 19h. Sáb,das 10h às 15h.

Grátis > Derlon e Marta Jourdan. O artista apre-senta pinturas sobre madeira. E a artista expõe“Óleo”, peça cinéticaque reflete o entorno.Até30deabril.Artur Fidalgo Galeria: Rua Siqueira Campos143, 2o- piso, lojas 147 e 150, Copacabana —2549-6278. Seg a sex, das 10h às 19h. Sáb,das 10h às 14h.

Grátis > ‘Extensão—Minhavista’.OpaulistanoDingMusamostra fotografias.Até22demaio.Centro de Arte Hélio Oiticica: Rua Luís de Ca-mões 68, Centro — 2242-1012. Ter a sex, das11h às 18h. Sáb, dom e feriados, das 11h às17h.

Grátis >‘Feminices’.SolangePalatnikmostrapin-turasfeitascomcolheres,pincéisepurpurina,emqueretrata figuras femininas.Até7demaio.Wall Street Escritório de Arte: Shopping Cassi-no Atlântico. Av. Atlântica 4.240, loja 308, Co-pacabana — 2287-5697. Seg a sáb, das 10h às19h.

Grátis >‘Afestanocéueasrosas’.BernardoRa-

malhomostradesenhos,esculturas,objetoseinstala-ções.Até21demaio.A Gentil Carioca: Rua Gonçalves Ledo 17, so-brado — 2222-1651. Ter a sex, do meio-dia às19h. Sáb, do meio-dia às 17h.

Grátis >‘Meumundo’.AciaStern,israelensedeTel-Aviv, apresenta 11 pinturas figurativas nas quais re-trata personagens inspirados na nobreza. Até 30 deabril.Academia Brasileira de Letras: Av. PresidenteWilson 203, Centro — 3974-2500. Seg a sex,das 10h às 18h.

Grátis > ‘Minhas pequenas vitórias’ e ‘Comquem você tem bordado?’. Na primeira exposi-ção,JúniorSucimostradesenhosevídeos.Nasegun-da,RodrigoMogizexpõe12trabalhosdeparede,umdípticoetrêsalmofadas,comosbordadosquedãono-meàmostra.Até6demaio.Galeria de Arte Ibeu: Av. Nossa Senhora de Co-pacabana 690, 2o- andar, Copacabana — 3816-9432. Seg a sex, das 13h às 19h.

Grátis > ‘Omistériootempoempoesias’ A expo-siçãodomineiroCacautem15obraseincluilegendasembraile,Libras,pisoquefacilitaoacessoaportado-resdenecessidadesespeciaiserecursosdeaudiodes-crição.Umaperformancecênicaemusicalde15mi-nutos é apresentada às sextas, sábados e domingos,às11h,aomeio-diaemeiaeàs14h.Até5de junho.Metrô General Osório: Praça General Osório s/no-,Ipanema. Diariamente, das 10h às 20h.

Grátis >‘Pedra,ferroefogo’.Ex-alunodeAmilcarde Castro, o artista Jorge dos Anjos, conhecido comoMineiro,exibeesculturasempedra-sabãoepeçasemmadeiraemetalnagaleria,alémdeumaesculturaemferro comdoismetrosdealtura expostanoParquedoFlamengo.Até28demaio.Galeria Coleção de Arte: Praia do Flamengo278, Flamengo — 2551-0641. Seg a sex, domeio-dia às 18h. Sáb, das 10h às 18h.

Grátis > ‘Preto/Branco—1963/1966’.Aexpo-sição reúne xilogravuras e desenhos de Roberto Ma-galhães.Até8demaio.Escola de Artes Visuais do Parque Lage: RuaJardim Botânico 414, Jardim Botânico —3257-1800. Seg a qui, das 9h às 22h. Sex adom, das 9h às 17h.

Fotografia

Grátis >‘Jorge’.OfotógrafoVanorCorreiaexibeumensaio fotográfico realizadode2007a2009nos fes-tejosdeSãoJorge.Amostratambémapresentaescul-turas feitasporartistaspopulares.Até20demaio.Galeria Cândido Portinari: Uerj. Rua São Fran-cisco Xavier 524, Maracanã. Seg a sex, das 9hàs 20h.

Grátis > ‘O ponto’. Fernanda Metello expõe dezobrasfeitascombotõeselinhasqueultrapassamosli-mitesdas telas.Até30deabril.Symposium: Rua Ipiranga 65, Laranjeiras —2205-3122. Seg a sáb, das 11h às 20h.

Grátis >‘Ramos’. ImagensdofotógrafopaulistaJu-lio Bittencourt registradas no Piscinão de Ramos em2008,2009e2010.Até7demaio.Galeria da Gávea: Rua Marquês de São Vicente431, loja A, Gávea — 2274-5200. Seg e sex,das 11h às 19h, mediante agendamento. Sáb,das 11h às 19h.

Grátis > ‘Rio’. Os fotógrafos Custódio Coimbra,Evandro Teixeira, Leonardo Aversa, Renan Cepeda eRogérioReismostramimagensqueregistraramnaci-dade.Até4de junho.Galeria Tempo: Av. Atlântica 1.782, Copacaba-na — 2255-4586. Ter a sáb, das 11h às 19h.

Extra

Grátis > ‘Atlântico contemporâneo’. O eventoreúnedezgaleriasdoshoppingCassinoAtlântico,on-de linhas amarelas no chão traçam uma espécie demapa das exposições participantes. Entre os artistasque têm obras na mostra, estão nomes como FransKrajcberg, na Marcia Barrozo do Amaral Galeria deArte, e Carlos Vergara, na Athena Contemporânea.Até30deabril.Shopping Cassino Atlântico: Av.Atlântica4.240, Copacabana. — 2523-8709. Seg a sex,das 11h às 19h. Sáb, do meio-dia às 18h.

Grátis >‘Cerrado,amãed’água’.Mostra multi-mídia com trabalhos de Paulo Jobim, Cafi, Ser-gio Bernardes e Washington Novaes. Até 20 demaio.Galpão das Artes do Jardim Botânico: Rua Jar-dim Botânico 1.008, Jardim Botânico — 2274-7012. Ter a dom, das 10h às 17h.

Grátis > ‘®Nova Cultura Contemporânea’.Mais de100artistas oriundosde várias partesdo mundo participam da mostra, que, além daCasa França-Brasil, ocupa espaço também noParque Lage. A ideia parte do coletivo Rojo®,fundado há dez anos, na cidade de Barcelona,por David Quiles Guilló, curador da mostra.Os trabalhos incluem arte em progresso, mul-tidimensional e colaborativa. Até 30 de abril.Casa França-Brasil: Rua Visconde de Itaboraí78, Centro — 2332-5120. Ter a dom, das 10hàs 20h.Escola de Artes Visuais do Parque Lage: RuaJardim Botânico 414, Jardim Botânico —3257-1800. Seg a qui, das 9h às 22h. Sex adom, das 9h às 17h.

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SEGUNDO CADERNO ● 9Quinta-feira, 28 de abril de 2011 O GLOBO

O GLOBO ● SEGUNDO CADERNO ● PÁGINA 9 - Edição: 28/04/2011 - Impresso: 27/04/2011 — 15: 04 h AZUL MAGENTA AMARELO PRETO

RIO SHOWTEATRO

INFANTIL/JOVEM

DANÇAGrátis >‘Favela’.AcompanhiaDançandoParaNãoDançar, oriundadosmorros cariocas, encenaoespe-táculo “Favela”, que combina hip-hop com concep-çõesclássicasecontemporâneasdadançaeexpressaa realidade, os sons eosmovimentosdas comunida-des onde o projeto atua. As direções geral e artísticasãodabailarinaTherezaAguilar,eoprojetotemaindamúsicasdorapperMVBill.Escola Estadual Monteiro de Carvalho: Rua Al-mirante Alexandrino 2.495, Santa Teresa —3826-0140. Qui, às 11h. Livre.

> ‘Núcleos’. O espetáculo do coreógrafo JoãoSaldanha comemora seus 25 anos de carreirae é inspirado na obra de Hélio Oiticica, artistaque em 1959 transferiu a pintura do quadropara o espaço.Espaço Sesc: Rua Domingos Ferreira 160, Copa-cabana — 2548-1088. Sex e sáb, às 21h30m.Qui e dom, às 20h. R$ 16. Até 8 de maio. Nãorecomendado para menores de 12 anos.

Estreias> ‘O pacto das 3 meninas’. Texto: RosaneSvartman e Lulu Silva Telles. Direção: ErnestoPiccolo. Com Rosamaria Murtinho, Marly Bue-no, Camilla Amado e Lafayette Galvão.Três senhoras se reencontram depois de 50 anose lembram a juventude e a época em que trans-grediam os próprios princípios.Teatro Clara Nunes: Shopping da Gávea, 3o- pi-so. Rua Marquês de São Vicente 52, Gávea —2274-9696. Qui, sex e sáb, às 18h. R$ 60 (quie sex) e R$ 70 (sáb). 75 minutos. Não recomen-dado para menores de 12 anos. Até 27 de ju-nho. Estreia hoje.

Únicasapresentações> ‘Adoniran’. . Concepção: Companhia 3 de Paus.Com Aguinaldo Bueno, Sergio Rocha e Vitor Bassi.Peça une música e dança para celebrar o cente-nário do cantor e compositor Adoniran Barbosa.Teatro Nelson Rodrigues (Caixa Cultural): Av.República do Chile 230, Centro — 2262-8152.Qui a dom, às 19h30m. R$ 10. 60 minutos.Não recomendado para menores de 14 anos.Até domingo.

Últimasemana> ‘O amante’. Texto: Harold Pinter. Direção:Francisco Medeiros. Com Paula Burlamaqui eDaniel Alvim.Sarah e Richard são casados há dez anos, mas ain-da preferem manter uma imagem irreal entre eles.Teatro do Leblon: Rua Conde Bernadotte 26,Leblon — 2529-7700. Qui a sáb, às 21h. Dom,às 20h. R$ 50 (qui e sex) e R$ 60 (sáb e dom).80 minutos. Não recomendado para menores de14 anos. Até domingo.

> ‘Amores de Sabrina’. Texto e direção: Ca-milo Pellegrin. Supervisão: Claudio Torres Gon-zaga. Com Alexandre Barros, Ana Paula Lopes,Ana Paula Novellino, Cláudio Garcia, Flavia Tol-ledo e Ricardo Gonçalves.Comédia romântica livremente inspirada nos ro-mances editados pela Nova Cultural.Teatro Ziembinski: Av. Heitor Beltrão s/no-, Tiju-ca — 2254-5399. Qui, às 20h. R$ 25. 80 mi-nutos. Não recomendado para menores de 14anos. Último dia.

> ‘Belelê balaio’. Direção: Gilvan Balbino.Com Bruno Olivieri, Filippe Neri, Gilvan Balbinoe Pâmela Vicenta.Na comédia de cordel, Maria Muxibenta desejacasar as três filhas: Maria Com Graça, MariaSem Graça e a Virgem Maria.Teatro Café Pequeno: Av. Ataulfo de Paiva 269,Leblon — 2294-4480. Qua e qui, às 21h30m.R$ 30. 55 minutos. Não recomendado para me-nores de 18 anos. Último dia.

OGLOBOindica >‘Hair’.Texto:GeromeRagni e Ja-mes Rado. Adaptação: Claudio Botelho. Direção:Charles Möeller. Direção musical: Marcelo Castro.ComHugoBonemer, IgorRickli,CarolPuntel, LetíciaColin,MarcelOctavioeoutros.Sucesso na Broadway e no cinema, o musical re-trata o movimento hippie nos Estados Unidos.Casa Grande: Av. Afrânio de Melo Franco 290,Leblon — 2511-0800. Qui a sex, às 21h. Sáb,às 18h e às 21h30m. Dom, às 19h. Qui e sex:R$ 40 (balcão setor 3), R$ 80 (balcão setor 2),R$ 100 (plateia setor 1) e R$ 120 (plateia VIPe camarotes). Sáb e dom: R$ 60 (balcão setor3), R$ 100 (balcão setor 2), R$ 120 (plateiasetor 1) e R$ 150 (plateia VIP e camarotes).130 minutos (com intervalo). Não recomendadopara menores de 14 anos. Até domingo.

OGLOBOindica >‘MariadoCaritó’.Texto:NewtonMoreno. Direção: João Fonseca. Com Lilia Cabral,LeopoldoPachecoeoutros.Virgem de 50 anos que foi prometida a um santofaz de tudo para burlar a promessa.Teatro dos Quatro: Shopping da Gávea, 2o- piso.Rua Marquês de São Vicente 52, Gávea —2239-1095. Qui a sáb, às 21h30m. Dom, às20h. R$ 60 (qui), R$ 70 (sex) e R$ 80 (sáb edom). 90 minutos. Não recomendado para me-nores de 12 anos. Até domingo.

O GLOBO indica > ‘O meu sangue ferve por vo-cê’. Direção: Marcelo Eduardo Farias. Com AnaBaird,CristianaPompeo,PedroHenriqueLopeseVic-torMaia.Uma comédia musical “bagaceira” com clássi-cos populares.Teatro dos Grandes Atores: Barra Square. Av.das Américas 3555, Barra — 3325-1645. Qui,às 21h. R$ 50. 70 minutos. Não recomendadopara menores de 12 anos. Último dia.

> ‘Solidão, a comédia’. Texto: Vicente Pereira.Direção: Claudio Tovar. Com Maurício Machado.Na comédia, cinco personagens apresentam di-ferentes formas de solidão.Teatro Candido Mendes: Rua Joana Angélica 63,Ipanema — 2267-7295. Qui a sáb, às 21h30m.Dom, às 20h30m. R$ 30 (qui) e R$ 40 (sex adom). 80 minutos. Não recomendado para meno-res de 12 anos. Até domingo.

> ‘Sonhos para vestir’. Texto e atuação: SaraAntunes. Direção: Vera Holtz.Durante a noite, uma mulher insone, em estado dedevaneio, tem uma viagem sensorial, e compartilhaseu diário e suas cartas com o público.Casa de Cultura Laura Alvim: Av. Vieira Souto176, Ipanema — 2332-2015. Qui e sex, às 21h.R$ 30. 50 minutos. Não recomendado para me-nores de 12 anos. Até amanhã.

> ‘Tempo de comédia’. Texto: Alan Ayckbourn.Direção: Eliana Fonseca. Com Julia Carrera, Eduar-do Muniz, Arnaldo Marques, Cris Larin, Bia Borin,Gustavo Damasceno e outros.Uma sátira aos bastidores da televisão que con-ta a história de amor futurista entre um roteiristae uma atriz andróide.Sesc Ginástico: Av. Graça Aranha 187, Centro —2279-4027. Qui a dom, às 19h. R$ 20. 100 mi-nutos. Não recomendado para menores de 12 anos.Até domingo.

ContinuaçãoOGLOBO indica > ‘Os 39 degraus’. Texto: PatrickBarlow. Direção: Alexandre Reinecke. Com DanStulbach,DantonMello,HenriqueStroetereFabia-naGugli.A comédia com toques de espionagem misturaAlfred Hitchcok e o humor do grupo inglês MontyPython para contar a história de um sedutor queconhece uma agente secreta, que depois é mis-teriosamente assassinada.Teatro do Leblon (Sala Marília Pêra): Rua CondeBernadotte 26, Leblon — 2529-7700. Qui a sáb,às 21h. Dom, às 20h. (Excepcionalmente nestasexta-feira não haverá espetáculo). R$ 39 (qui, sexe dom, durante o mês de abril) e R$ 78 (sáb). 100minutos. Não recomendado para menores de 12anos. Até 10 de julho.

> ‘45 minutos’. Texto: Marcelo Pedreira. Dire-ção, cenografia e iluminação: Roberto Alvim.Com Caco Ciocler.Na peça, sozinho em um palco vazio, um ator éobrigado a entreter o público por exatos 45 mi-nutos (tempo mínimo estabelecido para a dura-ção de um espetáculo teatral). Sem uma tramaou personagem no qual possa se amparar, eleprocura, desesperadamente, meios de preen-cher o tempo.Teatro Sesi: Av. Graça Aranha 1, Centro —2563-4163. Qui a dom, às 19h30m. R$ 40.60 minutos. Não recomendado para menores de12 anos. Até 26 de junho.

> ‘O barril — Uma comédia filosófica’. Tex-to: Ângela Dip. Direção:Vivien Buckup. Com Ân-gela Dip.Enquanto executa movimentos de contorcionis-mo, a atriz fala da solidão da personagem semnome, sexo e idade, que está confinada dentrode um barril.Teatro das Artes: Shopping da Gávea, 2o- piso.Rua Marquês de São Vicente 52, Gávea —2540-6004. Qua e qui, às 21h30m. R$ 50. 60minutos. Não recomendado para menores de 12anos. Até 12 de maio.

> ‘Cassino da Urca’. Texto e direção: PauloAfonso de Lima. Com Abílio Campos, AlfredoGarcês, Lú Gondim, Clícia Brandão e outros.A peça conta a história do Cassino da Urca, apartir de sua fundação até seus últimos momen-tos em 1946.Teatro Ipanema: Rua Prudente de Moraes 824,Ipanema — 2523-9794. Qui, às 20h30m. R$60. 120 minutos. Não recomendado para me-

nores de 14 anos. Até 26 de maio.

> ‘Os catecismos segundo Carlos Zéfiro’.Texto e direção: Paulo Biscaia Filho. Com ClaraSerejo, Leandro Daniel Colombo, Rafa de Mar-tins, Jandir Ferrari, Martina Gallarza.A peça conta a trajetória de Zéfiro, que mantinhauma vida dupla: de dia era funcionário do Minis-tério do Trabalho; à noite, pornógrafo.Solar de Botafogo: Rua General Polidoro 180, Bo-tafogo — 2543-5411. Qui a sáb, às 21h30m.Dom, às 20h30m. R$ 40 (qui e dom) e R$ 50 (sexe sáb). 90 minutos. Não recomendado para meno-res de 18 anos. Até 8 de maio.

> ‘Chuva de arroz’. Texto: Felipe Barenco. Dire-ção: Vinicius Arneiro. Com Carine Klimeck.Prestes a subir no altar, noiva descobre que foitraída e procurar candidatos à vaga de noivo.Centro Cultural Correios: Rua Visconde de Itabo-raí 20, Centro — 2253-1580. Qui a dom, às 19h.R$ 20. 80 minutos. Não recomendado para meno-res de 14 anos. Até 15 de maio.

> ‘Comédia de salto’. Texto, direção e atuação:Camila Vaz, Letícia Novaes e Larissa Câmara.Stand-up comedy sobre assuntos recorrentes aouniverso feminino.Teatro Maria Clara Machado: Planetário da Gá-vea. Rua Padre Leonel Franca 240, Gávea —2274-7722. Qui, às 21h30m. R$ 20. 80 minu-tos. Não recomendado para menores de 12 anos.Até 26 de maio.

> ‘Comédia sentado, em pé e deitado’. Tex-to, direção e atuação: Wagner Trindade.A peça é conduzida pelo personagem Gabriel Aphon-so, que apresenta integrantes de sua família.Teatro Miguel Falabella: NorteShopping, 2o- an-dar. Av. Dom Helder Câmara 5.332, Cachambi— 2595-8245. Qui a dom, às 18h. R$ 40. 60minutos. Não recomendado para menores de 12anos. Até 29 de maio.

> ‘Doidas e santas’. Texto: Regiana Antonini.Direção: Ernesto Piccolo. Com Cissa Guimarães,Giuseppe Oristanio e Josie Antello.A comédia conta a história de uma mãe de famíliaque está cansada da vida sem aventuras.Teatro Vannucci: Shopping da Gávea, 3o- piso.Rua Marquês de São Vicente 52, Gávea — 2274-7246. Qui a sáb, às 21h30m. Dom, às 20h. R$ 60(qui e sex), R$ 70 (dom) e R$ 80 (sáb). 90 mi-nutos. Não recomendado para menores de 12anos. Até 31 de julho.

> ‘Enfim, nós’. Texto: Claudio Torres Gonzaga eBruno Mazzeo. Direção: Cláudio Torres Gonzaga.Com Marcius Melhem e Fabiula Nascimento.A primeira noite do Dia dos Namorados de umcasal que acaba de ir morar junto.Teatro Miguel Falabella: NorteShopping, 2o- an-dar. Av. Dom Helder Câmara 5.332, Cachambi— 2595-8245. Qui a sáb, às 21h. Dom, às20h. R$ 50. 70 minutos. Não recomendado pa-ra menores de 14 anos. Até 29 de maio.

> ‘A estupidez’. Texto: Rafael Spregelburd. Di-reção: Ivan Sugahara. Com Alcemar Vieira, Cris-tina Flores, José Karini, Letícia Isnard e SauloRodrigues.A peça do elogiado autor argentino, montada pe-la Cia. Os Dezequilibrados, trata da estupidezpresente na vida cotidiana.Centro Cultural Banco do Brasil (Teatro 2): RuaPrimeiro de Março 66, Centro — 3808-2020.Qui a dom, às 19h30m. R$ 10. 120 minutos.Não recomendado para menores de 14 anos.Até 29 de maio.

> ‘A lição e a cantora careca’. Texto: EugeneIonesco. Direção: Camilla Amado. Com Nelson Xa-vier, Cecil Thiré, Thelma Reston, Renata Paschoal.A peça reúne dois textos de Ionesco para retratara solidão do ser humano e a insignificância desua existência.Teatro Maison de France: Av. Presidente AntônioCarlos 58, Centro — 2544-2533. Qui a sáb, às 20h.Dom, às 19h. R$ 60 (qui e sex) e R$ 80 (sáb edom). 110 minutos. Não recomendado para meno-res de 12 anos. Até 8 de maio.

> ‘Me salve, musical!’. Texto e direção: PedroBricio. Com Gustavo Gasparani, Susana Ribeiro,Fernando Alves Pinto, Isabel Cavalcanti, Celso An-dré, Keli Freitas e Juliana Medella.Um casal espera um vôo no aeroporto quando olugar é tomado por acontecimentos estranhos.Casa de Cultura Laura Alvim: Av. Vieira Souto176, Ipanema — 2332-2015. Qui a sáb, às21h. Dom, às 19h. R$ 30. 110 minutos. Nãorecomendado para menores de 12 anos. Até 15de maio.

> ‘Memória da cana’. Texto: Nelson Rodri-gues. Direção: Newton Moreno. Com CarlosAtaíde, Kátia Daher, Luciana Lyra, Paulo de Pon-tes, Marcelo Andrade e Viviane Madu.Inspirada em “Álbum de família”, a peça — quemarca os dez anos do Grupo Os Fofos Encenam— se passa em uma fazenda no Nordeste do-minada pelo modelo patriarcal.Centro Cultural Banco do Brasil (Teatro 2): RuaPrimeiro de Março 66, Centro — 3808-2020.Qua a dom, às 19h30m. R$ 10. 90 minutos.Não recomendado para menores de 16 anos.Até 5 de junho.

> ‘Mulheres alteradas’. Texto: Maitena. Dire-ção: Eduardo Figueiredo. Adaptação: AndreaMaltarolli. Com Luiza Tomé, Mel Lisboa, AdrianeGalisteu e Daniel Del Sarto.Três amigas passam por diversas situações típi-cas da mulher moderna.Teatro Clara Nunes: Shopping da Gávea, 3o- pi-so. Rua Marquês de São Vicente 52, Gávea —2274-9696. Qui a sáb, às 21h30m. Dom, às20h. R$ 70 (qui e dom) e R$ 80 (sex e sáb). 80minutos. Não recomendado para menores de 12anos. Até 5 de junho.

> ‘Murro em ponta de faca’. Texto: AugustoBoal. Direção: Paulo José. Com Gabriel Gorosito,Laura Haddad, Erica Migon, Sidy Correa, Abílio Ra-mos, Espedito Di Montebranco e Nena Inoue.A peça — que teve a primeira montagem dirigidatambém por Paulo José, em 1978 — conta ahistória de um grupo de brasileiros exilados du-rante a ditadura militar.Espaço Sesc (Arena): Rua Domingos Ferreira160, Copacabana — 2547-0156. Qui a sáb, às21h. Dom, às 19h30m. R$ 16. 100 minutos.Não recomendado para menores de 14 anos.Até 8 de maio.

OGLOBOindica >‘ShirleyValentine’.Texto:WillyRussel.Direção:GuilhermeLeme.ComBettyFaria.No monólogo, Shirley é uma dona de casa comumque se sente desvalorizada, mas recebe um convitepara uma viagem que muda sua vida.Centro Cultural Banco do Brasil (Teatro 1): RuaPrimeiro de Março 66, Centro — 3808-2020. Quae dom, às 20h. (Excepcionalmente, hoje não háespetáculo). R$ 10. 70 minutos. Não recomenda-do para menores de 12 anos. Até 8 de maio.

> ‘Subversões 21’. Texto: Aloísio de Abreu eLuis Salem. Direção: Stella Miranda. Com Aloí-sio de Abreu, Márcia Cabrita e Luis Salem.O projeto, que completa 21 anos, faz versões demúsicas famosas.Teatro do Leblon (Sala Fernanda Montenegro):Rua Conde Bernadotte 26, Leblon — 2529-7700. Qui a sáb, às 21h. Dom, às 20h. R$ 60(qui e sex) e R$ 70 (sáb e dom). 75 minutos.Não recomendado para menores de 12 anos.Até 18 de maio.

Cinema

> Cinema 6D. A nova tecnologia permite que ascrianças se divirtam em simuladores com ses-sões de cinema que duram de quatro a seis mi-nutos e combinam efeitos especiais de chuva,vento, aromas e luzes, além da imagem em trêsdimensões e do movimento das poltronas. NoRioSul, um dos filmes em cartaz é o clássico in-fantil “A fábrica de chocolate”. No São GonçaloShopping, há sessões com os temas MundoOceânico, Montanha Russa e Space Adventure.RioSul: Pista de patinação. Rua Lauro Müller116, piso G3, Botafogo — 3527-7257 e 2122-8070. Seg a sex, das 14h às 22h. Sáb, 10h às22h. Dom e feriados, do meio-dia às 21h. R$10 (por sessão). Livre.São Gonçalo Shopping: Av. São Gonçalo 100,1o- piso, Boa Vista, São Gonçalo — 3513-7200.

Seg a sáb, das 10h às 22h. Dom, do meio-dia às22h. R$ 5 (por sessão). Livre.

Planetário> Planetário da Gávea. A exposição perma-nente “Museu do Universo” tem 56 experimen-tos interativos nas áreas de astronomia funda-mental e astrofísica. Temporariamente, a expo-sição “Número e cores: uma história da Astro-nomia” conta a história da Astronomia atravésda evolução dos registros e imagens construídaspor nossos antepassados até os dias atuais. Nacúpula, há sessões de filmes de média-metra-gem para o público infanto-juvenil, com temá-tica espacial.Planetário da Gávea: Rua Vice-Governador Ru-bens Berardo 100, Gávea — 2274-0046. Ter asex, das 9h às 17h. Sáb, dom e feriados, das15h às 18h. Sessões na cúpula: sáb, dom e fe-riados, às 15h30m, às 16h45m e às 18h. R$16 (exposição e sessão na cúpula) e R$ 8 (só aexposição). Livre.

Museusecentrosculturais> Espaço Cultural da Marinha. O espaçomostra a história do Brasil e da navegação. A ga-leota Dom João VI, do século XIX, o submarinoRiachuelo e o helicóptero-museu são algumasdas atrações. Em cartaz, a exposição temporária“30 anos da mulher militar na Marinha do Bra-sil” mostra a participação feminina nas ForçasArmadas. Nos finais de semana, há uma peçasobre o tema. O visitante pode ainda fazer o pas-seio à Ilha Fiscal em escuna, de quinta a domin-go, ao meio-dia e meia, às 14h e às 15h30m.Espaço Cultural da Marinha: Av. Alfred Agaches/no-, Praça Quinze — 2233-9165. Ter a dom,do meio-dia às 17h. Peça “O passeio mágico”:sáb e dom, às 14h30m e às 16h. Grátis (visi-tação e peça) e R$ 10 (passeio). Até 30 de abril(a exposição). Livre.

> ‘História Através da Música’. O projeto érealizado por professores de história e músicosque contam a história do Brasil através de nos-sas músicas e de um ator que interpreta algunspersonagens históricos.Centro Cultural da Justiça Federal: Av. RioBranco 241, Centro — 3261-2550. Qui, às19h. R$ 20. Livre.

Grátis >MuseudeAstronomia.Osvisitantes po-dem conhecer o segundo maior meteorito do Brasil,chamadoSantaLuziadeGoiás,emexposiçãonomu-seu. Também em cartaz estão as exposições “Tesou-ros do patrimônio da ciência e tecnologia no Brasil”,com46objetosdevalorhistórico,“LeonardodaVinci:maravilhasmecânicas”,sobreosprojetosdemecâni-ca do artista, e “As estações do ano: Terra em movi-mento”, sobreosciclosdosdiasedasnoites,as fasesdaLuaeasestaçõesdoano.Museu de Astronomia: Rua General Bruce 586,São Cristóvão — 2580-7010. Ter, qui e sex, das9h às 17h. Qua, das 9h às 21h. Sáb, das 14h às21h. Dom e feriados, das 14h às 18h. Livre.

> Museu Nacional. No acervo do museu, hátrês mil itens de Antropologia, Botânica, Ento-mologia e Paleontologia, como a coleção de ar-tefatos egípcios de Dom Pedro I.Museu Nacional: Quinta da Boa Vista s/no-, SãoCristóvão — 2562-6042. Ter a dom, das 10h às16h. R$ 3. Livre.

Grátis > Museu da Vida. Os visitantes podem co-nhecer o Castelo Mourisco, visitar o Espaço da Bio-descobertaeaexposição “CarlosChagasFilho:Cien-tistabrasileiro,profissãoesperança”.Museu da Vida: Fiocruz. Av. Brasil 4.365, Man-guinhos — 2590-6747. Ter a sex, das 9h às16h30m. Sáb, das 10h às 16h. Livre.

Recreação> Jardim Zoológico. O parque conta com umplantel de 1.900 animais, entre aves, mamífe-ros e répteis.Quinta da Boa Vista: São Cristóvão — 3878-4200. Ter a dom, inclusive feriados, das 9h às16h30m. R$ 6. Crianças com menos de um me-tro, maiores de 60 anos e deficientes físicos nãopagam. Livre.

> Lagoa Aventuras. Os fãs de atividades ra-dicais podem fazer escaladas, arvorismo, tirole-sa e rapel.Parque da Catacumba: Av. Epitácio Pessoa3.000, Lagoa — 4105-0079. Ter a dom, das9h30m às 16h30m. R$ 15 (muro de escaladas).R$ 20 (arvorismo e tirolesa). R$ 40 (rapel). Nãorecomendado para menores de 4 anos.

> Sensações do Passado Geológico da Ter-ra. A formação dos continentes, os dinossauros,o surgimento da espécie humana e sua evoluçãosão retratados na mostra, que permite aos seusvisitantes sentir a sensação de um terremoto, to-car em rochas de bilhões de anos, explorar umainstalação multimídia sobre o surgimento do oxi-gênio e interagir com o Baurusuchus salgadoen-sis, espécie de crocodilo que viveu há 90 mi-lhões de anos no Brasil.Casa da Ciência da UFRJ: Rua Lauro Müller 3,Botafogo — 2542-7494. Ter a sex, das 9h às20h. Sáb, dom e feriados, das 10h às 20h. Até15 de maio. Livre.

Jogos> Barra Bowling. Espaço com 20 pistas.BarraShopping: Av. das Américas 4.666, Barra— 2431-9566. Seg a qui, do meio-dia à meia-noite. Sex, do meio-dia à 1h. Sáb, das 11h às3h. Dom, das 11h à meia-noite. R$ 55 (seg asex, até as 18h), R$ 75 (seg a qui, após as 18h)e R$ 105 (sex e véspera de feriados, após as18h; sáb, dom e feriados). A partir das 21h, me-nores de 13 anos só com o responsável.

> Big Boliche. Instalado numa área de dois milmetros quadrados, o boliche tem 12 pistas au-tomatizadas, dois salões de festas e área paragames.Shopping Grande Rio (estacionamento): Rodo-via Presidente Dutra 4.200, São João de Meriti— 2651-2337. Seg a dom, das 13h às 22h. R$48 (seg a qui) e R$ 56 (sáb, dom e feriados).Livre.

> Casabowling. Espaço com 14 pistas. Até ofim de abril, o atleta Mário Tavares, três vezescampeão carioca de boliche, ministra cursos pa-ra iniciantes a partir de 10 anos. As aulas têminício às 15h e terminam às 19h, sempre nosdias úteis da semana. Para participar, basta oaluno reservar horário em uma das pistas.CasaShopping: Av. Ayrton Senna 2.150, Barra— 2108-8142. Seg, das 16h à meia-noite. Ter asex, do meio-dia à meia-noite. Sáb e dom, das10h à meia-noite. Preço por período de uma ho-ra: R$ 55 (seg a sex, até as 18h), R$ 75 (seg aqui, após as 18h) e R$ 105 (sex e véspera deferiados, após as 18h; sáb, dom e feriados). Apartir das 21h, menores de 13 anos só com oresponsável.

> Philadélfia Park & Games. Espaço com no-ve pistas.Center Shopping Rio: Av. Geremário Dantas404, Jacarepaguá — 3410-5777. Seg a qui,das 14h à meia-noite. Sex e sáb, das 14h às 2h.Dom e feriados, do meio-dia à meia-noite. Preçopor período de uma hora: R$ 48 (seg a qui, sexe véspera de feriado, até 18h), R$ 58 (seg a qui,após 18h), R$ 79 (sex e véspera de feriado após18h), R$ 79 (sáb, dom e feriados). Menores de13 anos devem estar com um responsável.

> Top Kart Indoor. Adultos e crianças podemdisputar corrida nas pistas.NorteShopping: Av. Dom Hélder Câmara 5332,subsolo, Cachambi — 2178-4545. Seg a sex,das 15h às 23h. Sáb, dom, véspera de feriadose feriados, das 14h às 23h. Kart adulto: R$ 39

por piloto (modalidade 6,5hp), em 20 minutosde bateria. Kart infantil: R$ 29 por piloto, em 15minutos de bateria. Recomendado para criançascom altura mínima de 1,20 metro.Extra 24h: Av. Das Américas 1.510, subsolo,Barra — 2484-4545. Seg a sex, das 15h às23h. Sáb, dom, véspera de feriados e feriados,das 14h às 23h. Kart adulto: R$ 39 por piloto(modalidade 6,5hp) e R$ 59 por piloto (moda-lidade 9hp), em 20 minutos de bateria. Kart in-fantil: R$ 29 por piloto, em 15 minutos de ba-teria. Recomendado para crianças com alturamínima de 1,20 metro.

Patinaçãonogelo

> Barra On Ice. A pista tem 450 metros qua-drados e capacidade para 100 pessoas.Hipermercado Extra 24 horas: Av. das Américas1.510, Barra — 3151-3354 e 2431-4602. Tera qui, das 14h às 21h. Sex, das 14h às 22h.Sáb, dom e feriados, das 13h às 22h. R$ 30,por uma hora de patinação incluindo equipa-mento de segurança. Recomendado para maio-res de 5 anos.

> Espaço RioSul de Patinação no Gelo. A

pista tem 300 metros quadrados e comporta 70pessoas.RioSul: Rua Lauro Müller 116, Botafogo —3527-7257 e 2122-8070. Seg a sáb, das 10hàs 22h. Dom e feriados, das 15h às 21h. R$ 20(meia hora) e R$ 30 (1 hora) incluindo equipa-mento. Não recomendado para menores de 1ano. Crianças entre 1 e 4 anos entram na pistacom um trenó.

> Fun On ice. A pista com área total de 200metros quadrados e capacidade para 40 pes-soas conta com instrutores de patinação.São Gonçalo Shopping: Av. São Gonçalo 100,Boa Vista, São Gonçalo — 3513-7200. Seg asex, das 13h às 22h. Sáb, das 10h às 22h.Dom, das 11h às 21h. Até 22 de maio. R$ 20(45 minutos). Não recomendado para menoresde 5 anos.

> Norte On Ice. A pista de patinação no gelotem 300 metros quadrados, capacidade para100 pessoas e som computadorizado.NorteShopping: Av. Dom Hélder Câmara 5.474,Estacionamento Pedras Altas, Cachambi —2178-4606 e 2178-4607. Seg a qui, das 14hàs 21h. Sex, das 14h às 22h. Sáb, das 13h às22h. Dom e feriados, das 13h às 21h. R$ 25.Recomendado para maiores de 5 anos.

SSEÑOEÑOR TANGOR TANGOcom Sidnei Dominguez, Luiz Cesar, bailarinos de Jaime Arôxa

☎ 2274-7246 e 7690-1194Teatro Vannucci - quintas às 19hReservas: LI

VRE

Page 52: O Globo 280411

10 ● SEGUNDO CADERNO Quinta-feira, 28 de abril de 2011O GLOBO.

O GLOBO ● SEGUNDO CADERNO ● PÁGINA 10 - Edição: 28/04/2011 - Impresso: 27/04/2011 — 14: 24 h AZUL MAGENTA AMARELO PRETO

O GLOBO NA INTERNET

a

PATRÍCIA KOGUTC O N T R O L E R E M O T O

COM ELIZABETE ANTUNES E FLORENÇA MAZZA • E-mail: [email protected]

Div

ulga

ção

• Leandro Hassum, de “Oscaras de pau”, faz pose paraa revista “Camarim” e diz que,quando era criança, foi vítimade bullying. “No meu caso,por ser gordo. Sofri muito”.

oglobo.com.br/kogut

Olheiros do ‘Hipertensão’● As inscrições para o “BBB 12” já estão abertas. Já“Hipertensão”, previsto para o segundo semestre,não terá inscrições. Boninho vai espalhar olheiros emcidades do Brasil todo. Eles vão convidar potenciaiscandidatos. Isso acontecerá a partir de 11 de maio.

Christian Parente

... se Vênus ajudar...● João Bosco não vai sequerregravar a música, ela seráreaproveitada. Internamente,a avaliação é que aquelaabertura “marcou demais”. Eé a mais pura verdade. Revejano YouTube, vale a pena.

Salve, Miguel● Nasceu Miguel, primeiro fi-lho de Míriam Freeland e Ro-berto Bomtempo. Ela é mãe deuma menina, Maria Helena, deum casamento anterior. Aatriz teve parto normal, e o be-bê tem 3.265 kg e 48 cm. A fa-mília está feliz, e com razão.

APRESENTADORADO GNT, Mariana

Weickert estampa

a capa da revista

“Cabelos &

Cosméticos”.

E diz: “Não abro

mão de ter cabelo

comprido, acho

que a mulher fica

muito mais

sensual e

feminina”.

Leia mais no

oglobo.com.br/kogut

010Para Lilia Cabral,um elogio merecidoe já com atraso pormais esta Mercedesde “Divã”, agora na

TV. Mesmo que a série nãofosse tão boa (como é), jávaleria a pena assistir sópara ver o trabalho dela.

Para o AXN,por uma novamodalidade deproblemas comlegendas em “CSI:

Miami”, elas apareceramreduzidas a uma lâmina,absolutamentre ilegíveis.Quanto descuido.

... e mais● “Hipertensão” será nova-mente gravado na Argentinae com apresentação de Glen-da Kozlowski. Os nomes dascidades para onde os olhei-ros viajarão fazendo o castingsão mantidas em segredo pe-la equipe.

SporTV avança no mapa● O SporTV terá três correspondentes internacionais ainda apartir deste semestre. Marcelo Barreto segue para Londres,de onde acompanhará toda a movimentação para a coberturados Jogos de 2012. Edgar Alencar vai para a China, e MarcosPeres já se instalou em Nova York. O SporTV ainda estuda apossibilidade de um quarto posto, com jornalista e país aindaa confirmar. No canal, já há grupos regulares de discussão daspróximas Olimpíada e Copa.

Tapetão● Afastada da TV desde quefez “A fazenda”, na Record,Babi Xavier viajou para LosAngeles. Ela estará no tapetevermelho do Festival de Cine-ma Brasileiro que aconteceesta semana. Quer rever a mo-ça? Entre no www.labrff.com.

MARJORIEESTIANO posa

nos bastidores do

“Som Brasil” que

vai ao ar amanhã.

A atriz está

produzindo seu

terceiro álbum e

cantou versões

inéditas de

canções de

Nelson Motta,

homenageado

do programa

Renato Rocha Miranda

Mais ‘Astro’● Carolina Chalita, atriz deteatro que fez sucesso em “Vi-ver a vida”, vai voltar à TV em“O astro”. Ela será a Tâniamelhor amiga de Lili (AlinneMoraes). Elas vão morar etrabalhar juntas como caixasnum supermercado.

Em setembro...● A canção da abertura originalde “O astro”, “Bijuterias”, na vozde João Bosco, estará na vinhe-ta do remake. Um clipe com elajá foi até exibido na convençãodo departamento comercial daGlobo, semana passada.

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Veja a grade das emissoras e o resumo das novelas em oglobo.com.br/revistadatv

HOJE NA TV:O GLOBO NA INTERNET

a

Arquivo

‘A felicidade não se compra’“It’s a wonderful life”. EUA, 1946.Direção: Frank Capra. Drama fantástico.

Panetone remanescente. Tem cheirode Natal por trás de cada fotograma desteclássico do cronista da rotina americana:Francesco Rosario “Frank” Capra (1897-1991). Apoiado na polivalência dramáticade James Stewart (1908-1997), Caprasegue um suicida que revê glórias de suavida. Telecine Cult, 19h45m.

F I L M E S

‘A boneca que virou gente’“Life-size”. EUA, 2000. Direção: MarkRosman. Comédia fantástica.

Ursinhos Carinhosos. Ainda pimpolha,bem antes de embarcar numa tripquero-ser-uma-menina-má, LindsayDee Lohan interpretou Casey Stuart,uma órfã pidona que faz sua bonecapreferida ganhar as formas (e queformas!) de Tyra Banks após prepararum feitiço. Globo, 15h30m.

‘Susie e os Baker Boys’“Susie and the Baker Boys”. EUA,1989. Direção: Steve Kloves. Drama musical.

O fino da fossa. Radiante em suascurvas e em sua inteligência cênica,Michelle Pfeiffer concorreu ao Oscarpor seu desempenho como a cantoraque desestrutura a harmonia entre osirmãos Jack e Frank, retratados numacomposição de charme arranjada pelosmanos Jeff e Beau Bridges. TCM, 22h.

“Space jam — O jogo do século” (“SpaceJam”). EUA, 1996. Direção: Joe Pytka. Comédia animada. SBT, 17h45m.

‘O que é que há, velhinho?’

SE BILL Murray ofusca até o Pernalonga, o que dirá de Michael Jordan

P R O G R A M A S

TV Globo/Blenda Gomes

PAULÃO (EVANDRO Mesquita), Agostinho (Pedro Cardoso), Bebel (Guta Stresser), e Tuco (Lucio Mauro Filho)

“A grande família”. Série. Globo, 22h30m.

‘Na China’Documentário. Canal Brasil, 21h

O último episódio da série de documentários aborda adesigualdade imperando na China com a massificação. FelipeLacerda mostra dificuldades que vieram junto com o boomeconômico do país e revela curiosas mudanças nos hábitos doschineses, como os desejos estéticos das mulheres. “A operaçãoplástica mais comum na China hoje é a cirurgia de implante dadobrinha da pálpebra. Dizem que dá mais expressividade aoolhar, mas desconfio que seja para que os olhos fiquem abertoscomo o dos acidentais”, conta ele.

Ambição e confusões

Canal Brasil/Divulgação

‘Mundo.doc’Documentário. Canal Futura , 21h.

O programa abre a nova temporadacom o documentário “Leva”, queaborda a questão do défict de moradiano nosso país por meio de um prédiohabitado por integrantes demovimentos de ocupação urbana emSão Paulo.

‘Aconteceu’Jornalístico. RedeTV!, 22h10m.

Na véspera do casamento real, oprograma relembra outras uniões darealeza britânica como a da RainhaElizabeth com o Príncipe Philip, em 1947;o do Príncipe Andrew, filho do casal, comSarah Ferguson, em 1986; e claro, o deCharles com Diana, em 1981.

‘Foto em cena’Fotografia. Canal Brasil, 20h15m.

Especialista em fotos aéreas epanorâmicas, o fotógrafo CássioVasconcellos comenta sobre suacarreira premiada e o cuidado que temao ampliar uma imagem. Ele tambémrevela seu maior objetivo: a imagemperfeita.

RODRIGO FONSECANATALIA CASTRO

● Em pânico frente à evolu-ção digital da animação viaPixar e seu “Toy Story” (ooriginal, de 1995), a WarnerBros. acreditou ser pruden-te atualizar os personagensda série “Looney Tunes” pa-ra o século XXI. Mas retocá-los a partir de ferramentasda computação poderia nãoser o bastante para fisgar ocoração de novas plateias,que começavam a ser alfa-betizadas via teclado e mou-se. Só um enredo criativopoderia reapresentar Perna-longa, Gaguinho e cia con-servando o frescor da ironiaque marcou a fauna animada da WB desde ostempos de diretores como Chuck Jones (1912-2002) e Robert Clampett (1913–1984). Uma saí-da surgiu: misturar coelhos, patos e porcos fa-lantes com gente de carne e osso, nos moldesde “Uma cilada para Roger Rabbit” (1988), ten-do o cuidado para que a “gente” em questãofosse famosa. Se fama era o quesito, MichaelJordan, deus do basquete, então onipresentenas manchetes por sua (infeliz) opção de searriscar no beisebol, acabou se tornando “a”opção mais lucrativa do estúdio.

Foi disponibilizado um orçamento de US$80 milhões para o projeto, produzido porIvan Reitman, realizador de “Os Caça-fan-tasmas” (1984). Reitman confiou a direção a

Joe Pytka, clipeiro de Michael Jackson co-nhecido no cinemão pelo longa “A grandebarbada” (1989), com Richard Dreyfuss.Pytka narra a preparação para uma partidaentre Pernalonga e Jordan contra ETs. BillMurray, que deveria fazer uma ponta, aca-bou roubando para si o filme, que faturouUS$ 90 milhões nos EUA, mais US$ 140 mi-lhões mundialmente. Na versão brasileira,Marcio Simões (numa escalação equivoca-da) dublou Murray. Pernalonga se beneficiado gogó iluminado de Mario Monjardim, umdos mais criativos atores brasileiros.

● No episódio “Frota de elite”, Lineu (Mar-co Nanini) e Nenê (Marieta Severo) são sur-preendidos com a notícia de que a casa dafamília Silva será destruída para dar lugar aum viaduto. Enquanto o casal lamenta oocorrido, Agostinho (Pedro Cardoso) vê a anova construção com bons olhos. De olhona movimentação que o viaduto vai causar,o marido de Bebel (Guta Stresser) decide vi-rar empresário e começa a planejar a aber-tura de uma empresa de táxi. Mas é claro

que o novo negócio — que ainda nem existe— resulta em inúmeras dores de cabeça pa-ra o taxista.

Já Lineu tenta a todo custo impedir a de-molição. Além de descobrir que a casa jápertenceu a um importante senador, Cândi-do Saraiva, o funcionário público tambémfica por dentro de vários detalhes do pas-sado do político.

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SEGUNDO CADERNO ● 11Quinta-feira, 28 de abril de 2011 O GLOBO

O GLOBO ● SEGUNDO CADERNO ● PÁGINA 11 - Edição: 28/04/2011 - Impresso: 27/04/2011 — 14: 07 h PRETO/BRANCO

BICHINHOS DE JARDIM

LIBERTY MEADOWSDUSTIN

AGENTE ZERO TREZE

URBANO, O APOSENTADO

A CABEÇA É A ILHA

Clara Gomes

Frank ChoSteve Kelley e Jeff Parker

Arnaldo Branco e Claudio Mor

A. Silvério

André Dahmer

ESTA VAILONGE! ISSO MESMO,PESSOAL!

O MARC DeRAIL FOI RAPTADOPOR UMA FÃ LOUCA,A VACA,E UM GRUPO DE BUSCA FOIRAPIDAMENTE MONTADO.

VVAAMMOOSS,,GGAARROOTTOO!!VVAAMMOOSS!!

SÓ O FIEL CÃO DEMARC PODERÁENCONTRÁ-LO!

OLHA,ELE SENTIUUM CHEIRO!

NbO PRECISAVAARREMESSAR TbOLh EM CIMA,

Nm?

H Q s

T V GUTA S I O

DA

C R U Z A D A S

LO G O D E S A F I OSÔNIA PERDIGÃO

Foram encontradas 15 palavras: 14 de 5 le-tras e 1 de 6 letras, além da palavra original.Com a sequência de letras TA foram encon-tradas 20 palavras.

INSTRUÇÕES: Encontrar a palavra originalutilizando todas as letras contidas apenas noquadro maior. Com estas mesmas letras, formaro maior número possível de palavras de 5 letrasou mais. Achar outras palavras (de 4 letras oumais) com o auxílio da sequência de letras doquadro menor. As letras só poderão ser usadasuma vez em cada palavra. Não valem verbos,plurais e nomes próprios.

SOLUÇÃO:Agito,ativo,autos,aviso,gasto,guisa,ogiva,sagui,sutiã,tatuí,vasto,visão,vista,visto;astuto;GUSTATIVO.Comase-quênciadeletrasDA:adágio,aguda,ávida,data,dativo,guiada,ousada,ouvida,saída,soda,suada,toada,toda,usada,uvada,vas-tidão,vida,vidão,visada,votada.

CLAUDIA LISBOA

H O R Ó S C O P O

ÁRIES (21/3 a 20/4)Elemento: fogo. Modalidade: im-pulsivo. Signo complementar:

Libra. Regente: Marte.Antes de insistir em impor sua vonta-de, é preciso pensar sobre a possibi-lidade de provocar desentendimen-tos. Ainda que goste de desafios, tal-vez possa dispensar os que sejam to-talmente desnecessários. É tempo deoptar por viver em harmonia.

TOURO (21/4 a 20/5)Elemento: terra. Modalidade: fi-xo. Signo complementar: Escor-

pião. Regente: Vênus.Quando as condições são favorá-veis, as sementes germinam e pro-duzem belos frutos. Tudo indicaque as boas ideias podem ser facil-mente transformadas em realidade.É tempo de pôr mãos a obra pararealizar seus desejos.

GÊMEOS (21/5 a 20/6)Elemento: ar. Modalidade: mutá-vel. Signo complementar: Sagi-

tário. Regente: Mercúrio.Quando somos muito francos, dizen-do tudo o que vem à cabeça, pode-remos ferir suscetibilidades. Além dis-so, nem todos estão dispostos a ouviro que temos a dizer. É tempo de pen-sar bem antes de tomar a frentenas discussões.

CÂNCER (21/6 a 22/7)Elemento: água. Modalidade:impulsivo. Signo complementar:

Capricórnio. Regente: Lua.Sonhar é um bom modo para se sen-tir bem e encontrar conforto emocio-nal. A sensibilidade comanda o cora-ção e enriquece suas inspirações. Étempo de deixar que a intuiçãoconduza seus sentimentos por no-vos caminhos e direções.

LEÃO (23/7 a 22/8)Elemento: fogo. Modalidade: fi-xo. Signo complementar: Aquá-

rio. Regente: Sol.Se conseguirmos nos deixar levar pe-la razão e nos inspirar pelo amor, tor-naremos a vida mais fácil de ser con-duzida. É tempo de abrir o coração,deixar fluir a intuição e, somentedepois, avaliar racionalmente co-mo usá-la a seu favor.

VIRGEM (23/8 a 22/9)Elemento: terra. Modalidade:mutável. Signo complementar:

Peixes. Regente: Mercúrio.Ser um bom observador e não deixarescapar os detalhes, são qualidadesdaqueles que sabem fazer uma boacrítica. Porém, uma crítica dura de-mais pode atrapalhar mais do queajudar. É tempo de medir as pala-vras e ser claro ao se comunicar.

LIBRA (23/9 a 22/10)Elemento: ar. Modalidade: impul-sivo. Signo complementar: Áries.

Regente: Vênus.Se as pessoas estão dispostas a conver-sar, existe a chance de solucionar osproblemas. Tudo fica mais fácil quan-do temos um diálogo esclarecedorcom nossos parceiros de vida ou detrabalho. É tempo de apostar na forçada boa comunicação.

ESCORPIÃO (23/10 a 21/11)Elemento: água. Modalidade: fixo.Signo complementar: Touro. Re-

gente: Plutão.Ao abrirmos mão das máscaras de au-toproteção, aumentamos as chancesde ter uma conversa franca. Talvez apaz e o entendimento possam entãoser estabelecidos. É tempo de adotarum modo simples e transparentepara se relacionar com as pessoas.

SAGITÁRIO (22/11 a 21/12)Elemento: fogo. Modalidade: mutá-vel. Signo complementar: Gêmeos.

Regente: Júpiter.Nada melhor do que encarar a vidacom otimismo e entusiasmo. Assim,mantemos a disposição para fazer oque for necessário para realizar nossosdesejos. É tempo de fazer desse mo-mento, uma grande oportunidadepara experimentar seus ideais.

CAPRICÓRNIO (22/12 a 20/1)Elemento: terra. Modal idade:impulsivo. Signo complementar:

Câncer. Regente: Saturno.Muitas vezes, só adquirimos certezadas nossas condições emocionais seacontece uma grande reviravolta. Étempo de identificar formas de pre-servar sua estabilidade emocionalsem precisar de passar por gran-des provas.

AQUÁRIO (21/1 a 19/2)Elemento: ar. Modalidade: fixo.Signo complementar: Leão. Re-

gente: Urano.Qualquer restrição à liberdade pode cau-sar um grande impacto emocional. Pararestabelecer a condição ideal, é possívelque reaja de forma impulsiva e descon-trolada. É tempo de ter cuidado paraque seus impulsos não provoquemtempestades desnecessárias.

PEIXES (20/2 a 20/3)Elemento: água. Modalidade: mu-tável. Signo complementar: Vir-

gem. Regente: Netuno.A intuição permite que faça um balan-ço geral das possibilidades a vida lheoferece. Assim, são elas que o ajuda-rão a realizar seus desejos. É tempo deconfiar na sua sensibilidade paraexperimentar tudo aquilo que cha-ma sua atenção.

H Á 5 0 A N O SJOSÉ FIGUEIREDO

O GLOBO NOTICIAVA EM 28 DE ABRIL DE 1961

● Diante de uma pla-téia escolhida, elegan-te e amiga do teatro,foi inaugurado ontemà noite, em Ipanema(Rua Visconde de Pi-rajá 22), o Teatro San-ta Rosa. Antes do espe-táculo — “Procura-seuma rosa”, que tem noelenco, entre outros,Dirce Migliaccio eMoisés Ghivelder —,em breve discurso, ex-plicou o embaixadorPascoal Carlos Magno o sacrifício de Helio Bloch, Gláucio Gill e Léo Jusi naconstrução da obra e disse aos espectadores que pedissem a amigos e co-nhecidos que fôssem ao teatro (esta é, aliás, a campanha que está movimen-tando o mundo teatral do Rio).

● Na audiência que concedeu, na manhã de hoje, no Rio Comprido, o go-vernador Carlos Lacerda anunciou a solução para o programa dos tele-fones: será constituída uma emprêsa com ações subscritas pelo Estado, aLight e os usuários, e cada telefone custará ao assinante Cr$ 950. Cadaassinante será um acionista, com parcela de Cr$ 18 mil, dividida em pres-tações. Sua ação renderá juros nunca inferiores a 12% ao ano.

● Lacerda anunciou também ontem que o Rio terá o seu déficit de águacoberto dentro de seis meses. O plano dos técnicos do Departamento deÁguas divide-se em duas partes. A primeira permitirá um refôrço, no abas-tecimento, de 205 mil metros cúbicos diários, e a segunda, com o apro-veitamento do primeiro trecho de túnel-canal da nova adutora de Guan-du, trará mais 465 mil metros cúbicos por dia para a cidade.

● Fontes ligadas ao govêrno congolês anunciam que o Exército se rebeloue dominou o poder, prendendo o presidente Josep Casavubu.

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O GLOBO ● SEGUNDO CADERNO ● PÁGINA 12 - Edição: 28/04/2011 - Impresso: 27/04/2011 — 15: 04 h

12 ● Quinta-feira, 28 de abril de 2011

SEGUNDOCADERNOSEGUNDOCADERNO

AZUL MAGENTA AMARELO PRETO

Blog: cora.blogspot.com. E-mail: [email protected]

CORA RÓNAI

Instagram:mania de foto

Fotos e montagem de Cora Rónai

N em tudo o que é tecnologia é tecno-logia. Para ser mais exata, nem todatecnologia é apenas tecnologia. Nomomento em que passa a ser usada

e a influenciar o dia a dia das pessoas, a tec-nologia, tão necessariamente precisa, perdeespaço para toda a sorte de especulação so-cial, e transforma-se em cotidiano, papo debotequim e de cabeleireiro.

A internet e os celulares são apenas os exem-plos mais recentes e bem-sucedidos dessa muta-ção. Desenvolver hardware e software continuasendo a tarefa fundamental para que o mundo semantenha nos trilhos dos quais não consegue (enem quer) mais sair, mas o que ocupa as man-chetes e o tempo de todos nós é, sobretudo, ouso que se faz desses elementos. Ainda não vipesquisa sobre o assunto, mas tenho certeza deque hoje há muito mais páginas escritas sobre oimpacto da internet na sociedade do que sobre ainternet em si mesma —- de servidores a proto-colos, passando por modems, roteadores e tudoo mais que é necessário para que o que eu es-crevo no Rio, por exemplo, seja lido, na mesmahora, em qualquer ponto do globo.

E por que tudo isso agora e, especialmente, porque tudo isso no Segundo Caderno? Porque, co-mo eu escrevi lá no primeiro parágrafo, a tecno-logia não se faz só de tecnologia. A turma que usaiPhone, iPod Touch e iPad está se esbaldando nu-ma grande caixa de areia chamada Instagram.Quando vi este aplicativo pela primeira vez, acheique era apenas mais um dos muitos brinquedospara fotografia; mas ele é bem mais do que isso.Permitindo a divulgação rápida e simples de fotospelas várias redes sociais, o Instagram tornou-se,ele mesmo, a mais divertida de todas as redes dedivulgação de imagens. Ele reedita, numa escalamais simples e mais portátil, o fenômeno Fotolog,que durante muito tempo manteve usuários defotografia do mundo inteiro entretidos com trocade mensagens e imagens. Até hoje cultivo amiza-des feitas na época, e já me hospedei em casas defotologgers pelo mundo afora.

■ ■ ■ ■ ■ ■

O Instagram é gratuito e, por enquanto, sófunciona nos gadgets da Apple (o que o tornapor enquanto um tanto elitista). Foi lançadoem outubro do ano passado e, em três meses,alcançou um milhão de usuários; em fevereirodeste ano, já tinha dois milhões. Neste mo-mento, deve estar se aproximando de dois mi-

lhões e meio, já que cresce à razão de 130 milusuários por semana. Isso é muito, mesmo pe-los números estratosféricos em que se mede arede. Ainda não existe versão Android do apli-cativo, e tenho a impressão de que deve de-morar — o Instagram mal está dando contados usuários que já tem no mundo Apple.

■ ■ ■ ■ ■ ■

O que há de tão diferente do Instagram para,digamos, o Twitter? Simples: o Instagram fala alinguagem universal da imagem, e prescinde dapalavra, que pode gerar muitos mal-entendidos,especialmente quando estão na linha pessoas

que não escrevem bem língua alguma, sequer aprópria. Em contrapartida, nada aproxima maisdois seres humanos do que ver que, no fundo,tutto Il mondo è paese, como já diziam os italia-nos, muito antes da Aldeia Global. Somos dife-rentes no atacado, mas iguais no varejo. Uma fer-ramenta de troca de imagens é, essencialmente,uma ferramenta de paz.

As traquitanas da Apple aceitam um aplica-tivo chamado Emoji, que substitui as letras doalfabeto por figurinhas. Há flores, carinhas co-brindo o escopo das emoções humanas, pre-sentes, bombas, drinks, minúsculas ferramen-tas de comunicação sem fronteiras. Com elas,

o mundo do Instagram se entende, mesmo naausência do inglês.

■ ■ ■ ■ ■ ■

Há mais coisas que tornam o Instagram umbrinquedo interessante. Do ponto de vista foto-gráfico, é curioso como, depois da febre das pa-norâmicas, voltamos subitamente ao quadrado,tamanho dos negativos 6 x 6 das antigas Rollei-flex. Mesmo para mim, que comecei com Rollei,mas já estava acostumada há décadas ao forma-to retangular das 135mm, está sendo uma ginás-tica mental interessante encontrar cortes que seadaptem aos novos tempos.

O Instagram vem com uma série de filtrosque modificam as fotos, dando-lhe ora um arantigo, ora hiper-moderno, ora mais do quedetonado. Esses filtros são engraçados e, bemusados, podem transformar a foto mais trivialnuma boa imagem.

Na esteira, pipocam na Appstore quantida-des de outros aplicativos, cuja única finalida-de é incrementar ainda mais as figurinhas parao programa.

Já vi fotógrafos profissionais dizendo que têmengulhos quando veem o que está sendo feitopor lá. Pois não deviam. O Instagram está sendoo primeiro passo para interessar muitas e mui-tas pessoas pela sua arte. Que seja bem-vindo,com todas as suas falhas e virtudes.

■ ■ ■ ■ ■ ■

Recomendo “Sonhos Bollywoodianos”, deBeatriz Seigner — a história de três meninas(Paula Braun, Lorena Lobato e Nataly Cabanas)que vão tentar a sorte como atrizes em Bollywo-od, sem sequer saber direito onde fica a Índia nomapa-múndi. O filme é um “mockumentary”, umaficção com jeito de documentário. Foi feito compouquíssimos recursos, uma ideia na cabeça,uma câmera na mão e, acima de tudo, muita co-ragem. Os créditos finais passam voando, coisararíssima nesses tempos em que qualquer pro-jetinho à toa tem nomes e nomes e nomes a des-filar. Aliás, os créditos são lindos.

“Sonhos Bollywoodianos” é simpático e des-pretensioso, não leva a Índia nem as aventurasdas nossas heroínas excessivamente a sério, e éimpossível de encaixar em qualquer categoriade filme que eu me lembre de ter visto por essasbandas. Só por isso já vale o ingresso.

Filme dos Beastie Boys na web● “Fight for your right — revisited” é onome do filme em que os Beastie Boysrevisitam seu clássico clipe “(You got-ta) fight for your right (to party!)”, de1987, contando com rápidas participa-ções de atores como Will Ferrell, JackBlack, Steve Buscemi, Kirsten Dunst eOrlando Bloom. Dirigido por Adam Yau-ch, integrante do trio de rap de NovaYork, o filme, de 30 minutos, está dispo-nível na internet, em beastieboys.com.

Fura dels Baus no Rio● A espanhola La Fura dels Baus, umadas principais companhias teatrais domundo, virá ao Brasil em outubro. NoRio, a convite da Secretaria municipalde Cultura, serão dez apresentações noArmazém 6, na zona portuária. Antes, ogrupo estará em São Paulo. Ainda nãoforam anunciados os espetáculos queserão mostrados. La Fura faz versõespróprias, com efeitos especiais, paraclássicos como “Édipo” e “Quartett”.

Brasileiros em Montreux● O Montreux Jazz Festival, que se rea-liza de 1o- a 16 de julho, terá mais umavez uma noite brasileira. A 45a- edição dofestival suíço reunirá, no dia 9, as can-toras Maria Gadú, Maria Rita (que já vêmfazendo shows juntas) e Ana Carolina,no Auditório Stravinski. O festival anun-ciou ainda um Barco Tropical Brasileiro,com shows ainda não confirmados. Oprograma tem B.B. King, Paul Simon, Li-za Minnelli e o grupo Deep Purple.

Ecad impõe condiçãoà fiscalização do MinCEm audiência com o presidente da Câmara,entidade criticou suposta ‘demonização’

Cristina Tardáguila

O gerente de relaçõesinstitucionais do Es-critório Central deArrecadação e Distri-

buição (Ecad), Márcio do Val,disse ontem que a entidadenão se opõe à ideia de o Minis-tério da Cultura (MinC) fiscali-zar seu funcionamento. Ressal-tou, no entanto, que essa su-pervisão não deverá interferirno valor que os músicos co-bram da sociedade pelo uso desuas obras.

— É perfeitamente admissí-vel que o MinC fiscalize o Ecad,mas quem decide o valor dosdireitos autorais são os titula-res das músicas, e apenas eles— enfatizou o gerente do órgãoque recolhe e paga esses mes-mos direitos autorais a músi-cos por todo o país.

Na terça-feira — dia seguinteà publicação, pelo GLOBO, dedenúncia de fraude em que umsuposto autor, Milton Coitinhodos Santos, recebeu R$ 127,8

mil de direitos autorais devidosa outros compositores —, umacomissão formada por ele, Gló-ria Braga, superintendente doEcad, Jorge Costa, presidenteda Sociedade Brasileira de Ad-ministração e Proteção dos Di-reitos Intelectuais, Maria Cecí-lia Garreta, assessora jurídicada Associação Brasileira deMúsica e Artes, e quatro artis-tas — Jair Rodrigues, Luiz Viei-ra, Silvio Cesar e Walter Franco— foi recebida pelo presidenteda Câmara dos Deputados,Marco Maia, em audiência. Oencontro, agendado a pedidodo Ecad, também contou coma presença dos deputados fe-derais Alessandro Molon e Ali-ce Portugal, da Comissão deEducação e Cultura da casa.

Na audiência, os represen-tantes do Ecad criticaram a“demonização” do escritórioe pediram para ser ouvidosna audiência pública que aCâmara fará sobre o novoPlano Nacional de Cultura,em maio. ■

GOVERNO DO RIO DE JANEIRO, BNDES, ELETROBRAS, PETROBRAS E REDE GLOBO apresentam

P A T R O N O S O U R O C O P A T R O C I N A D O R E S V E N D A SR E A L I Z A Ç Ã OG R A N D E S P A T R O N O S

R$1R$101 de maio às 11h

LLiv

repara

todosos

públicos

DOMINGO NO MUNICIPAL

Direção Artística DALAL ACHCAR • Direção da Companhia MARIZA ESTRELLA

Coreografias de TÍNDARO SILVANO, IVONICE SATIE, ÉRIC FRÉDÉRIC, JANICE BOTELHO

COMPANHIA JOVEM DE BALLET DO RIO DE JANEIROCOMPANHIA JOVEM DE BALLET DO RIO DE JANEIRO

Page 55: O Globo 280411

QUINTA-FEIRA, 28 DE ABRIL DE 2011

OGLOBO

O GLOBO ● ● PÁGINA 1 - Edição: 28/04/2011 - Impresso: 27/04/2011 — 00: 43 h AZUL MAGENTA AMARELO PRETO

Quinta-feira, 28 de abril de 2011

O Rio de Janeiro voltou a ser a capitalmais desejada do país - ou até de foradele -, afirma o presidente da imobiliá-ria Patrimóvel, Rubem Vasconcelos. Háotimismo generalizado, que se refletediretamente no setor imobiliário. O mer-cado experimenta aumento de vendas,valorização do metro quadrado e a voltade lançamentos em bairros que estavamhá anos sem novos empreendimentos,como a Tijuca, consequência das açõesde segurança pública aliadas à deman-da reprimida. De um lado, o Centro serenova e se expande na direção da ZonaPortuária. De outro, graças às expectati-vas geradas pelas obras de infraestruturaviária, grandes empreendimentos sãoanunciados na Barra e no entorno daBaixada de Jacarepaguá. Ali, a AvenidaEmbaixador Abelardo Bueno despon-ta com ambições de se tornar o novoCentro Metropolitano do Rio, como te-ria imaginado, há 40 anos, o arquiteto eurbanista Lucio Costa.

Em 2010, os lançamentos na cidadecresceram 40% em relação ao ano an-terior, somando cerca de R$ 4 bilhões(40% em imóveis comerciais), na es-timativa do presidente da Patrimóvel.Este ano, podem chegar até R$ 6 bi-lhões, numa expansão de 20% a 50%,dependendo da fonte consultada. Deacordo com a Associação dos Dirigen-tes de Empresas do Mercado Imobiliá-rio (Ademi-RJ), foram vendidas cerca de19.976 unidades no ano passado, 39%a mais do que as 14.413 de 2009. Dototal, 3.245 foram imóveis comerciais,segmento que teve valorização de 53%,segundo o Sindicato da Habitação doEstado do Rio de Janeiro (Secovi-RJ).

“Contando apenas os projetos queeu conheço – nossos e de outras em-presas –, já são 50% a mais de unida-des comerciais a serem colocadas nomercado este ano”, calcula o diretor daBrookfield Incorporações, Caetano Sani.

Segurança pública e obras de infraestrutura fazem com que a cidade experimente aumento de vendas,valorização do metro quadrado e a volta de lançamentos em bairros que há anos não recebiam investimentos

SUPLEMENTO ESPECIAL/IMÓVEIS COMERCIAIS

Rio se transforma na capitaldos novos imóveis comerciais

Áreas consideradas ainda virgens hojevivem boom de construções comerciais,conta Rafael Duarte, da PercepttivaPágina 4

Cariocas como a advogada Myriam Reisvão às compras de salas comerciais emáreas que prometem valorizaçãoPágina 8

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São moradores de outros estados quequerem ter um lugar no Rio, investidorese empresas que chegam para dar contado aquecimento econômico do estado(na área de petróleo e siderurgia, emparticular) e do Brasil, de modo geral,diz Vasconcelos. Ele cita, por exemplo,a subsidiária da chinesa State Grid, daárea de energia, atualmente em buscade dois prédios na capital – um paraseus escritórios e outro, residencial, paraacomodar seus funcionários.

Em alguns bairros, contudo, o desen-volvimento é mais acelerado. “O futuroCentro do Rio vai ser a Barra daTijuca; oCentro Metropolitano será o que a Ave-nida Rio Branco é hoje”, profecia Sani.Ele diz que os imóveis comerciais naAvenida Embaixador Abelardo Bueno jáestavam sendo negociados, no ano pas-sado, a R$ 8,5 mil o metro quadrado.Mesmo valor cobrado, há dois anos, naAvenida das Américas, onde chega ago-ra aos R$ 10 mil. Ou mais: ali, o BarraBusiness foi lançado pela Brookfield evendido por R$ 14,5 mil o metro qua-drado em um dia e meio. O diretor-su-perintendente da imobiliária Basimóvel,Mário Amorim, diz que, até 2009, o me-tro quadrado na Barra da Tijuca estava

na faixa dos R$ 5 mil; no ano passado,passou a R$ 7 mil; e, este ano, já bateuR$ 8 mil, com expectativa de novos lan-çamentos a R$ 9 mil ou a R$ 9,5 mil ometro quadrado.

Afinada com a transferência dedemanda da Avenida das Américaspara a Embaixador Abelardo Bueno, aBrookfield vai anunciar, em maio, outroempreendimento na região. Na área, jáconta com o Brookfield PlaceWorldwideOffices, lançado em novembro, em par-ceria com o Grupo Teruszkin. Este com-plexo empresarial tem valor geral devendas de R$ 316 milhões e inclui torrecorporativa, dois edifícios de escritórios,e será construído em terreno de 15.963metros quadrados. Foi todo negociadoem um mês.

“Tudo próximo à Abelardo Bueno éum sucesso; lá é o epicentro do mer-cado”, garante o vice-presidente daRJZ Cyrela, Rogério Jonas Zylbersztajn.Até o final de maio, a empresa, emparceria com a Carvalho Hosken, vailançar na área o Universe Empresarial,programado para 2013, com 642 uni-dades. “A expectativa é vender todoo empreendimento no dia do lança-mento”, diz o executivo. Carlos Ban-deira de Melo, outro diretor da Cyrela,explica que, como parte da evoluçãoda região, ao lado do Universe seráinaugurado no final de 2012 o Shop-ping Metropolitano, em fase inicial deconstrução. O shopping está sendodesenvolvido pela CCP, RJZ Cyrelae Carvalho Hosken, com 64 mil me-tros quadrados de área bruta locável(ABL), 80% já alugada. “No comer-cial, a liquidez está altíssima. Antesde anunciar, já vendeu”, avalia oexecutivo

O diretor da Lopes Consultoria Rio,Luigi Gaino Martins, tem a mesmaopinião. “A [Avenida Embaixador]Abelardo Bueno é a bola da vez; a re-

gião do Rio II terá crescimento irrever-sível.” Ele aponta dois polos de maiorexpansão: a região que se aproximada Avenida Ayrton Senna, onde está oCentro Metropolitano; e a outra pon-ta, chegando no Recreio, em volta daAvenida Salvador Allende. “Nessesdois polos, mais a Avenida das Amé-ricas serão lançadas este ano cerca de3,5 mil unidades comerciais, em com-paração a mil do ano passado”, prevê.

Na esquina da Avenida SalvadorAllende (com a Avenida das Améri-cas), a Gafisa vai lançar, em junho,um dos vários comerciais que a em-presa programou para este ano e quedevem responder por um terço dassuas vendas (foram 20% em 2010).De acordo com o diretor de negóciosda empresa, Alexandre Millen, seráum empreendimento de grande porte,com salas corporativas e lojas, em umtotal de 700 unidades e valor geral devendas de R$ 300 milhões. “O prin-cipal foco do investimento continuasendo a Barra da Tijuca, a área commaior investimento e procura”, dizMillen. Mas o executivo nota que ataxa de vacância comercial na cidadeestá próxima de zero. Por isso, a em-presa planeja mais lançamentos paraoutras regiões. A começar pela Fre-guesia, onde outro complexo empre-sarial será anunciado, provavelmenteem junho, com 700 unidades.

Há demanda reprimida imensa, dizo diretor da Carvalho Hosken, Ricar-do Corrêa. Mas a grande novidade, naopinião dele, é o profissional liberal– o arquiteto, médico, engenheiro,etc. – que começou a comprar salasna Barra para atender os clientes quese mudaram para lá, vindos da ZonaSul. Sani concorda: “O carioca mu-dou para a Barra. E os prestadoresde serviços têm que acompanhar suaclientela.”

O futuro Centro doRio vai ser a Barrada Tijuca; o CentroMetropolitano seráo que a Avenida RioBranco é hoje

Caetano Sani

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2 ● ESPECIAL Quinta-feira, 28 de abril de 2011O GLOBO.

O GLOBO ● ● PÁGINA 2 - Edição: 28/04/2011 - Impresso: 27/04/2011 — 00: 51 h AZUL MAGENTA AMARELO PRETO

REVITALIZAÇÃO

2 - Quinta-feira, 28 de abril de 2011 SUPLEMENTO ESPECIAL/IMÓVEIS COMERCIAIS

Querem tomar o seu lugar, maso Centro do Rio ganha agora novofôlego e se expande para novas re-giões. O Porto Maravilha, iniciati-va da prefeitura, pretende construircerca de seis mil unidades na áreaportuária. E novos métodos de re-cuperação de imóveis estão trans-formando edifícios tradicionais emempreendimentos comerciais deponta, com serviços, materiais e re-cursos de alta tecnologia.

A Thishman Speyer, proprietáriae gestora de fundos de imóveis co-merciais de alto padrão em todo omundo, desenvolve vários projetosno Centro e se prepara, agora, paratocar o que promete ser o primeirogrande empreendimento do Porto.“Compramos ali um terreno de 32mil metros e as obras devem come-çar no segundo semestre”, contao presidente da empresa, DanielCherman. O edifício corporativo,na Avenida Rio de Janeiro, terá 20andares, sendo 18 de escritórios, em48 mil metros de área construída e35 mil metros quadrados disponí-veis para locação, com lajes de 1,7mil metros quadrados. Um inves-timento de R$ 200 milhões. A in-tenção é que as características desustentabilidade e uso mais racio-nal de energia permitam ao prédioobter a certificação internacionalGreen Building.

No Centro, a empresa tambémfoi responsável pelo Venture Cor-porate Towers, investimento deR$ 500 milhões em área construídade 170 mil metros quadrados, naAvenida Chile, coração do Centrodo Rio. E está à frente do retrofit doEdifício Galeria Sul América, mar-co arquitetônico da década de 30.Projeto de R$ 150 milhões, com28 mil metros quadrados de áreaconstruída, que respeita as carac-terísticas originais da fachada,mas atualiza sistemas de ar-con-dicionado, instalações elétricas ehidráulicas. “O Centro ainda é onúcleo econômico do Rio, com75% dos escritórios da cidade. NaBarra, estão 10% a 12%”, compa-ra Cherman. No trecho escolhidopela empresa, na Zona Portuária,ele acredita que seja possível ofere-cer locação na faixa dos R$ 90,00o metro quadrado, cerca de metadedo cobrado atualmente no Centrotradicional em edifícios modernos,de alto padrão. “Excelente relaçãocusto-benefício,” assinala.

Na opinião do presidente da As-sociação de Dirigentes de Empresasdo Mercado Imobiliário (Ademi-RJ),José Conde Caldas, em 2003 haviataxa de vacância de 15% a 25%para imóveis comerciais no Cen-

tro, mas “em prédios ruins, degra-dados, oferecidos praticamente apreços de custos, ou seja, cerca deR$ 3 mil o metro quadrado”. Porisso, ele diz que a Barra da Tijucafuncionou como “o primeiro anco-radouro dos lançamentos para darconta da demanda reprimida, comprédios de alta qualidade, até os cha-mados triple A, de alto luxo - comrecursos de inteligência - ar-condi-cionado, elevador, energia, acessoa garagens, câmeras, etc, contro-lados por computador; pé direitoalto; uma vaga para cada 35 me-tros quadrados; pisos elevados paraembutir cabos de fibra óptica, etc.”Agora ele acredita que muitas em-presas reforcem ou busquem suapresença no Centro.

A Eletrobras comprou, recente-mente, uma área na Avenida Chi-le, no Centro, para montar ali umescritório; o Banco Central está fa-zendo nova sede no Cais do Por-to; o banco Santander procura umprédio administrativo. “Mesmo asempresas que já estão no Centroda cidade estão mal instaladas, emimóveis sem estruturas modernas.Elas têm necessidade de até quatrovezes o espaço que ocupam”, ava-lia Conde Caldas. “O Rio voltou aser um mercado.”

No Porto Maravilha, especialis-tas estimam que os negócios sejamfechados, futuramente, em tornode R$ 12 mil a R$ 13 mil o metroquadrado. A intenção da prefei-

tura é habilitar construções para5 milhões de metros quadrados- 2 milhões de metros quadradospara imóveis comerciais e 3 mi-lhões de metros quadrados pararesidenciais, com a primeira faseprevista para até 2015. Serão de 5mil a 7 mil unidades comerciais,em padrão triple A, com laje commais de 2 mil metros quadrados,duas escadas de fuga, áreas com-plementares. Segundo o Panoramado Mercado Imobiliário do Rio deJaneiro 2010, do Sindicato da Ha-bitação (Secovi-RJ), nas áreas pró-ximas ao Porto - Centro, Saúde,Gamboa e Santo Cristo -, o preço

A modernização da região centralImóveis comerciais com maior metragem estão entre os mais valorizados para venda, equiparáveis aos de Copacabana

do metro quadrado dos imóveis re-sidenciais subiu entre 30% e 83%de janeiro a dezembro de 2010.

A revalorização do Centro afetaainda outras regiões sob sua influên-cia, na opinião de Conde Caldas.Ele cita, nesse sentido, São Cristó-vão – onde os imóveis podem sernegociados entre R$ 4 mil e R$ 5mil o metro quadrado – e a Ave-nida Francisco Bicalho. São, naavaliação dele, as novas fronteiraspara os lançamentos comerciaisde alto gabarito. “A Leopoldinavai ser a estação do trem-bala. Asempresas que saíram vão voltarpara o Rio de Janeiro. Se algum

executivo precisar ir a São Paulo,pega o trem e, em quarenta minu-tos, está lá”.

De acordo com levantamento fei-to pelo Centro de Pesquisa e Análi-se da Informação Cepai), do SecoviRio, as salas comerciais do Centrogeram rentabilidade anual média de35,55%, ainda superior às da Barra,de 21,53% (mas ambas inferiores àsunidades da Tijuca, que renderam45,54%). Para venda, a maior valori-zação acontece com as salas do Cen-tro de maior metragem, mais difíceisde serem encontradas. Na análiseda entidade, com salas de três tama-nhos (até 150 metros quadrados, de150 metros quadrados a 300 metrosquadrados e acima de 300 metrosquadrados), observa-se que, em ja-neiro de 2010, os valores do metroquadrado para venda eram próximosde R$ 2,5 mil. Mas em dezembro, osimóveis maiores tiveram valoriza-ção bem mais expressiva, de 53,4%(de R$ 2.861,00 para R$ 4.390,00o metro quadrado), quase o mesmoque Copacabana (o primeiro bairrodo ranking). As salas médias, de 150metros quadrados a 300 metrosquadrados, subiram 38,3% (de R$2.788,00 para R$ 3.857,00 o metroquadrado); e as de até 150 metrosquadrados, 15,6% (de R$ 2.606,00para R$ 3.012,00 o metro quadra-do). Os índices inferiores nas salasmenores se explicam, na pesquisa,pela oferta maior do que em ou-tros bairros.

Centro jan/10 dez/10 Var (%)

Até 150m² R$ 2.606 R$ 3.012 15,6%

151m² a 300m² R$ 2.788 R$ 3.857 38,3%

Mais de 300m² R$ 2.861 R$ 4.390 53,4%

Média geral R$ 2.716 R$ 3.293 21,2%

Centro Jan/10 Dez/10 Var (%)

Até 150m² R$ 16,76 R$ 21,36 27,4%

151m² a 300m² R$ 35,07 R$ 43,70 24,6%

Mais de 300m² R$ 39,58 R$ 44,83 13,3%

Média geral R$ 32,37 R$ 37,02 14,4%

Fonte: Secovi Rio

Valor médio de locação dos imóveis comerciais ofertados

Valores médios do m2 dos imóveis comerciais - VENDA

Novos métodos de recuperação de imóveis estão transformando edifícios tradicionais no Centro do Rio em empreendimentos comerciais de ponta, com serviços, materiais e recursos de alta tecnologia

Foto: Divulgação/CDURP

Produção: Link Comunicação Integrada Edição: Cláudia Bensimon Editor Assistente: Maurício Schleder Desenho: João Carlos Guedes Fotografia: Divulgação, Agência O Globo e Marcelo de Jesus Reportagem: Márcia Gomes, Rosane de Souza e Verônica CoutoA apuração das informações deste suplemento é de responsabilidade da Link Comunicação Integrada

O Porto Maravilha é uma iniciativa da prefeitura do Rio e a intenção é habilitar construções para ocupação de 5 milhões de metros quadrados

Custódio Coimbra/Agência O Globo

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ESPECIAL ● 3Quinta-feira, 28 de abril de 2011 O GLOBO

O GLOBO ● ● PÁGINA 3 - Edição: 28/04/2011 - Impresso: 27/04/2011 — 00: 51 h AZUL MAGENTA AMARELO PRETO

Zona Norte renasce e se valorizaA instalação de UPPs vem contribuindo para aumentar a demanda por imóveis na região, onde a Tijuca aparece como destaque

REVITALIZAÇÃO

Dois principais fatoresabriram caminho para a va-lorização imobiliária do Riode Janeiro, diz o diretor daRJZ Cyrela, Ricardo Corrêa.Um deles é o programa deobras de infraestrutura viá-ria, que prometem acabarcom os engarrafamentosno acesso à Zona Oeste. Ooutro são as UPPs (Unida-des de Polícia Pacificadora),que têm gerado percepçãode segurança maior no ca-rioca, novos lançamentosem bairros até então con-flagrados, e alta nos preçosdos imóveis. Não apenas naBarra e na Zona Sul, masem toda a cidade.

O Panorama do MercadoImobiliário de 2010, publi-cação do Secovi-RJ, avaliaque, nos bairros onde asUPPs estão atuando (13UPPs, desde 2008, em co-munidades do Centro e daszonas Norte, Sul e Oeste,até o fechamento do estu-do), os imóveis valorizaramde 20% a 60%. “E deverãovalorizar ainda mais. Áreassem liquidez alguma passa-ram a atrair compradores einquilinos, retornando aomercado.”

A Tijuca é um dos casosmais extremos de renas-cimento, com UPPs nascomunidades do Salguei-ro, Borel, Turano, Formiga.De apenas 18 unidadesresidenciais lançadas em2006, ganhou 523 no anopassado, segundo dadosda Ademi-RJ. “É precisodestacar o ressurgimentoda Tijuca, nos últimos doisanos”, diz Mário Amorim,diretor-superintendente daimobiliária Basimóvel, dogrupo Brokers Brasil. “Oslançamentos voltaram aobairro e têm liquidez pra-ticamente imediata. Anun-ciou, vendeu.”

Pesquisa do Sindicatoda Habitação (Secovi-RJ)também aponta valoriza-ção dos aluguéis comer-ciais na Tijuca – 27%, oude R$ 16,35 em janeirode 2010, para R$ 20,76em dezembro do mesmoano. Foi a segunda maiorentre os bairros pesquisa-dos, depois de Copacaba-na (52,9%), na Zona Sul,onde praticamente não hámais oferta, e as vendaspodem chegar a R$ 25 milo metro quadrado, comopor exemplo, no Leblon.

A retomada dos lança-mentos imobiliários nosbairros da Zona Norte re-sulta da ação policial, mastambém da conjuntura eco-nômica nacional. O acessoao crédito facilitado e omaior poder aquisitivo emfaixas das classes C fez res-surgir também, na opiniãode Amorim, um mercadode imóveis para classe mé-dia baixa. Ele está aque-cido em lugares como oGrande Méier, ou CampoGrande, onde o metro qua-drado é vendido por cerca deR$ 3,2 mil. Bairros a que sedeve acrescentar a Vila daPenha, diz o presidente daimobiliária Patrimóvel, Ru-bem Vasconcelos. Em Ho-nório Gurgel, a Ademi-RJregistra lançamento de 500unidades em 2010, e ne-nhuma, desde 2005. De lápara cá, também não haviacasa nova no Engenho daRainha, que recebeu 394unidades no ano passado.

A Brookfield Incorpora-ções lançou três condomí-nios na Zona Norte: o Villado Rio e o Pátio Carioca,na Vila da Penha, e o NorteVillage, no Cachambi, pró-ximo ao Engenhão e à LinhaAmarela. O diretor-executivo

da empresa, Luiz FernandoMoura, conta que esse último,lançado em 2007 com cercade mil apartamentos, tem hojevalor médio de R$ 3,5 mil ometro quadrado. Ele destaca aliquidez também em empre-endimentos em Belford Roxo,na Baixada Fluminense, e emMangaratiba, no litoral Sul.“Existe demanda, facilidadede crédito. E, com seguran-ça, as pessoas podem moraronde querem.”

De acordo com o Pano-rama do Setor Imobiliário2010, publicado pelo Sindi-cato da Habitação (Secovi--RJ), mais da metade doscondomínios se encontra naZona Norte (53%). A ZonaSul - praticamente sem ofer-ta de imóveis - tem a fatia de29%, seguida da Zona Oes-te, com 14%, e do Centro,com 4%. De 2008 a 2010,o total de unidades residen-ciais lançadas cresceu 76%.

Bairro Jan/10 Dez/10 Var (%)

Barra da Tijuca R$ 6.915 R$ 7.742 12,0%

Centro R$ 2.716 R$ 3.293 21,2%

Copacabana R$ 3.865 R$ 5.936 53,6%

Leblon/Ipanema R$ 12.498 R$ 15.252 22,0%

Tijuca R$ 2.800 R$ 3.879 38,5%

Fonte: Secovi Rio

Valores médios do m2 dosimóveis comerciais para venda

Quinta-feira, 28 de abril de 2011 - 3SUPLEMENTO ESPECIAL/IMÓVEIS COMERCIAIS

Paulo Barreto/Agência O Globo

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4 ● ESPECIAL Quinta-feira, 28 de abril de 2011O GLOBO.

O GLOBO ● ● PÁGINA 4 - Edição: 28/04/2011 - Impresso: 27/04/2011 — 00: 51 h AZUL MAGENTA AMARELO PRETO

Demanda elevada, mer-cado saturado, preços emalta e dólar em queda. Es-tes são os ingredientes parao crescimento explosivo, noRio de Janeiro, da constru-ção de imóveis comerciaisem bairros tradicionalmenteresidenciais. Só dez grandesconstrutoras planejam maisde 20 lançamentos de edi-fícios repletos de unidadescomerciais, desde pequenosescritórios até grandes espa-ços corporativos, este ano.

As incorporadoras domercado imobiliário chegama admitir que não estão con-seguindo atender à demandado mercado. Paulo Marques,sócio-diretor da Leduca,conta que sua empresa teveque cancelar o lançamentode um prédio comercial nobairro da Freguesia, em Jaca-repaguá, porque, ao liberar apré-venda do Global Officepara as imobiliárias, em qua-tro horas os corretores já ti-nham em mãos mais de 200cheques de depósitos de re-serva dos interessados em umdos 154 escritórios à venda.“Isso não acontecia há muitotempo”. O sócio-diretor daagência Percepttiva, RafaelMotta Duarte, informa que,nos últimos oito anos, foramlançadas cinco mil unidadesresidenciais na Freguesia,o que representa universode 20 mil novos moradoresque precisam preencher acarência de farmácias, la-vanderias, consultórios mé-dicos, dentários e cursos deinglês. A segunda região que

mais recebeu lançamentosde imóveis residenciais foiCampo Grande, daí a apostadas empresas em investir naconstrução de escritórios elojas no bairro.

O aquecimento do merca-do de construção de imóveisresidenciais em locais dife-renciados e distantes obri-gou as construtoras a adotara tendência paulista de levaros escritórios para perto dasmoradias, oferecendo aosseus proprietários um ativoreal valorizado, o confortode uma vida sem o estressediário do trânsito e boa infra-estrutura empresarial, alémde segurança e lazer. Hoje,muitos deles abrigam pisci-nas, spas, academias, giná-sios, assim como auditórios,salas de repouso, de reuniõese de serviços gerais.

A corrida por este tipo deescritório já começa a provo-car gargalos de mão-de-obra ede materiais, segundo o vice--presidente da Construtora RJZCyrela, Rogério Zylbersztajn.“Faltam escritórios no Rio eem São Paulo, cidades emque as taxas de vacânciasão muito baixas e os pre-ços dos imóveis comerciaisestão entre os maiores domundo”, diz o executivo. Se-gundo ele, o metro quadradoem locais como a AvenidaDelfim Moreira, no Leblon,custa hoje entre R$ 40 eR$ 50 mil, e a facilidade delocomoção - Linha Amarelae Metrô – está promovendoo crescimento comercial emlocais menos sofisticados, a

exemplo dos arredores doshopping Nova América, emDel Castilho. ”O mercado doRio ficou muito tempo repre-sado. Com a Copa do Mun-do em 2014 e, principalmen-te, as Olimpíadas de 2016, oinvestidor voltou a acreditarna cidade”, afirma.

Investimento lucrativo

Samuel Schvaitzer, dire-tor-geral da imobiliária Fer-nandez Mera, afirma que asunidades comerciais passa-ram a ser vistas como exce-lente opção de investimen-to, porque o retorno superao das aplicações financei-ras. Segundo ele, o princi-pal alvo dos investidoressão as salas menores, comcerca de 20 metros quadra-dos, por terem maior liqui-dez. “Quando a variávelem questão é rentabilidade,a locação ou a revenda deimóveis comerciais saem nafrente”, diz Schvaitzer.

Claudio Hermolin, diretorda Even, uma das incorpora-doras de ponta do mercadopaulista e que há três anosresolveu investir pesado noRio, acredita que a cidadeviverá um ano de comerciaisde bairro, com salas meno-res e serviços capazes deatender às necessidades dosnovos moradores. “CampoGrande e Jacarepaguá rece-beram muitas unidades resi-denciais e, agora, precisamde empresas de serviços lo-cais”, explica. Segundo ele,pesquisa de opinião da em-

presa mostrou que 85% dosmoradores de Campo Gran-de e adjacências têm interes-se em usar serviços prestadosna região. A Even tambémaposta na ressurreição domercado imobiliário da Ti-juca, bairro onde vai lançarum edifício comercial.

Na verdade, por contado aquecimento das vendasde imóveis residenciais, asconstrutoras e incorporado-res anunciam ou estudamlançamentos de prédios deescritórios em locais bemdiferenciados, como Vila daPenha, Vargem Grande e atémesmo no município de SãoGonçalo. “O topo de linhados lançamentos comerciaisé Campo Grande, a AvenidaAbelardo Bueno e as proxi-midades do Autódromo, maso retorno de grandes empre-sas e dos investimentos esta-tais e privados em transporte,refino do petróleo do pré-sal,no Comperj, na Copa e nasOlimpíadas está ampliandoa ocupação residencial e,em consequência, atraindoos empreendimentos co-merciais de bairro em várioslugares”, afirma Hermolin,também vice-presidente daAdemi – Associação de Diri-gentes de Empresas do Mer-cado Imobiliário.

Rafael Duarte conta quea nova onda comercial doRio começou a aparecer em

O conforto de trabalhar perto de casaTendência das construtoras no Rio de Janeiro é adotar o conceito paulista de oferecer escritórios próximos às moradias

TendêncIa

áreas consideradas ainda vir-gens, que hoje vivem boomde grandes construções. É ocaso da Avenida AbelardoBueno, na fronteira da Barracom o Recreio, e do bada-lado Centro Metropolitano,próximo ao Autódromo, pro-jeto já previsto pelo urba-nista Lucio Costa no PlanoPiloto do bairro há quase 40anos. “O impacto do CentroMetropolitano para a Barrae toda a cidade será muitogrande, pois se constituiráem uma região onde as pes-soas poderão trabalhar, se di-vertir e morar, tudo dentro doconceito walking distance”,afirmou o vice-presidenteda RJZ Cyrela, empresa queestá construindo o primeiroempreendimento comercialno Centro Metropolitano, oUniverse Empresarial.

A Cyrela está convicta deque a construção do CentroMetropolitano, imensa áreade quatro milhões de metrosquadrados, reunindo mora-dia, trabalho e lazer, vai exi-gir planejamento urbanísticorigoroso, com investimentosna implantação de redessubterrâneas de eletricidade,água, esgoto e iluminaçãopública e no sistema viário,assim como a construção daAvenida Imperatriz Leopol-dina, que vai ligar a AvenidaAbelardo Bueno à Estradados Bandeirantes.

Fugindo do óbvio

O diretor comercial daConstrutora Martins de Al-meida (Comasa), AntonioCarlos Moraes Rego, infor-ma que a empresa já estuda,em parceria com a Gafisa ea Pólo Capital Management,gestora de fundos de ações,empreendimento comercialde 518 salas e 45 lojas naFreguesia, em Jacarepaguá.“Somos íntimos da Fregue-sia e continuamos a apostarem bairros que são portas deentrada e saída para a LinhaAmarela, próximos da Barra epassagem obrigatória de quemtrafega pela Grajaú-Jacarepa-guá”, assinala. A Calçada,que atua no segmento imo-biliário desde 1959, tambémestuda o lançamento de pré-dios comerciais no mesmobairro, mas também namoraa Tijuca pós UPP. Bruno Oli-veira, executivo da incorpo-radora, lembra que o bairroda Zona Norte do Rio voltoua ser muito disputado. “Ometro quadrado, que era deR$ 4 mil, subiu para R$ 4,5mil um ano após a instala-ção da primeira UPP. Hoje,ninguém compra por menosde R$ 5 mil”.

Já a MDL Realty querfugir do óbvio. LeonardoBarbosa, diretor de Incor-poração, diz que os planosda empresa são investir emlocais de preços mais fac-tíveis para os comprado-res. Seguindo essa linha, aempresa lança, em maio,empreendimento comercialna Estrada do Tindiba com145 salas e três lojas. “É oideal para quem não temcondições de arcar com oscustos da Barra, mas querse manter por perto, jáque os preços médios sãode R$ 100 mil“. Ana Ca-rolina, sócia da Rubi, dizestar atenta ao movimentodas empresas e das regiõesque serão impactadas pelasobras necessárias à realiza-ção da Copa do Mundo edas Olimpíadas. Ela obser-va grande diversificação en-tre os compradores, muitosdos quais estão investindona valorização futura dessasáreas. Daí, as salas projeta-das no Neo Offices, terceiroinvestimento em salas co-merciais da empresa, terem25 metros quadrados, compossibilidade de chegar a100 metros quadrados.

O metro quadradona Tijuca, queera de R$ 4 mil,subiu para R$ 4,5mil um ano apósa instalação daprimeira UPP

Bruno Oliveira

O topo de linhados lançamentoscomerciais é campoGrande, a avenidaabelardo Bueno eas proximidades doautódromo

Claudio Hermolin

O impacto do Centro Metropolitano para a Barra e toda a cidade será muito grande, pois lá as pessoas poderão trabalhar, se divertir e morar, avalia vice-presidente da RJZ Cyrela, Rogério Zylbersztajn

4 - Quinta-feira, 28 de abril de 2011 SUPLEMENTO ESPECIAL/IMÓVeIS cOMeRcIaIS

Foto: Felipe Hanower/Agência O Globo

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ESPECIAL ● 5Quinta-feira, 28 de abril de 2011 O GLOBO

O GLOBO ● ● PÁGINA 5 - Edição: 28/04/2011 - Impresso: 27/04/2011 — 00: 52 h AZUL MAGENTA AMARELO PRETO

O crescimento da cons-trução civil e do mercadoimobiliário não acontece sóna cidade do Rio de Janeiro.O aquecimento econômico,especialmente nas áreas desiderúrgica, metalmecânicae petróleo, provoca a expan-são de empresas e de plantasindustriais também para ou-tras regiões. De acordo como Panorama 2010 do Secovi-RJ, “municípios, antes pou-cos explorados pelas cons-trutoras, como São Gonçalo,Nova Iguaçu, Duque de Ca-xias e Belford Roxo, tiveraminvestimentos no último anoe registraram índices com-parados aos da Zona Norte.”Ou seja, uma média de valo-rização dos imóveis, de 2009para cá, de 50%.

A W3 Engenharia, porexemplo, pôs à venda umempreendimento residencialem São Gonçalo, atualmenteem final de acabamento. E,este mês, lançou o CentralPark Shopping, em Campos,com estacionamento para300 vagas. “Será no Centroda cidade, na praça princi-pal”, conta o presidente daW3, Ivan Wrobel. “Camposé a bola da vez, devido aosinvestimentos da área depetróleo, da Petrobras, daOSX e de outras empresas.Vai crescer muito nos próxi-mos anos.”

Na opinião do diretorda Brookfield Incorpora-ções, Caetano Sani, Niteróitambém “vai sentir grandeinfluência da economia dopetróleo”. No ano passado,a empresa lançou o iOffices,com 242 unidades comer-ciais no Centro da cidade,no dia 11 de dezembro. Nodia 1º de janeiro, já tinhamvendido 90% das unidades.“Niterói tem altíssimo poderaquisitivo”, diz o executivo.

O diretor-presidente daAdemi-RJ, José Conde Cal-das, cita alguns projetosque terão impacto diretono mercado imobiliário.Entre eles, o Complexo Pe-troquímico do Rio de Janei-ro (Comperj), em Itaboraí,que prevê a geração demais de 200 mil empregose deve entrar em operaçãoem 2014. Ou a Compa-nhia Siderúrgia do Atlântico(CSA), parceria da Vale coma alemã ThyssenKrupp, quecomeçou a operar em junhodo ano passado na ZonaOeste do Rio de Janeiro.Ocupa cerca de 10 milhõesde metros quadrados, noDistrito Industrial de SantaCruz, e deve gerar movi-mento intenso no seu entor-no. Finalmente, destaca ospreparativos para a explora-ção em campos de petróleoda Bacia de Santos, que vãocontar com bases de apoioem Itaguaí (RJ). “Para se terideia, a Bacia de Camposrepresenta apenas cerca deum quarto da produção daBacia de Santos”, compara.

A Maxen, fabricante detubos de aço especializadano mercado de óleo e gás e

naval, por exemplo, está pro-curando área de 100 mil a120 mil metros quadrados,para construir nova plantaindustrial de 16 mil metrosquadrados, investimento deR$ 40 milhões. Na mira daspossibilidades, os municí-pios de Tanguá, Itaboraí e SãoGonçalo, diz o presidente daempresa, Luiz Fernando Pu-gliese. O principal objetivoé responder às demandas doComperj, sem deixar de aten-

der aos pedidos do mercadonaval na área de montagem efabricação de tubulação.

As operações devem seriniciadas no segundo qua-drimestre de 2011, de modoque a fábrica esteja pronta nofinal do ano. A nova unida-de deve gerar cerca de 200 a300 novos empregos diretos,numa ocupação total de até700 pessoas. A intenção é,ainda, crescer mais 50% emcinco anos.

Petróleo e siderurgia esquentam vendasExpansão industrial, economia aquecida e novos empregos estimulam lançamentos em municípios antes pouco atrativos

novos nichos

o complexoPetroquímico doRio de Janeiro, emitaboraí, prevê ageração de mais de200 mil empregos

José Conde Caldas

Quinta-feira, 28 de abril de 2011 - 5SUPLEMENTO ESPECIAL/iMÓvEis coMERciAis

Construção do Comperj terá impacto direto no crescimento do mercado imobiliário na região

Foto: Marcos Tristão/Agência O Globo

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6 ● ESPECIAL Quinta-feira, 28 de abril de 2011O GLOBO.

O GLOBO ● ● PÁGINA 6 - Edição: 28/04/2011 - Impresso: 27/04/2011 — 00: 53 h AZUL MAGENTA AMARELO PRETO

6 - Quinta-feira, 28 de abril de 2011 SUPLEMENTO ESPECIAL/IMÓVEIS COMERCIAIS

Edifícios que contam a história do RioEstudo analisa quatro prédios do Centro para percorrer 70 anos da arquitetura dos empreendimentos comerciais da cidade

HISTÓRIA

Jornalistas, músicos, artistas, ma-rinheiros, mulheres. Quando o edi-fício A Noite surgiu, em 1929, erao primeiro arranha-céu do Rio deJaneiro e o maior da América Lati-na. Virou, rapidamente, um íconeda boemia carioca de então. Sededa Rádio Nacional, mais poderosomeio de comunicação da época, edo jornal A Noite, fazia ponte coma Cinelândia, no outro extremo daAvenida Rio Branco, onde fervia aatividade política do país - Senado,Câmara dos Deputados, hotéis econspirações.

Começa ali, nesse prédio cheiode histórias, a análise de 70 anosde arquitetura corporativa, feita peloarquiteto e professor Heitor Derbli.“A Noite estabeleceu uma nova hie-rarquia, com seus 22 andares, queiria servir de referência para toda aavenida, eixo do desenvolvimentoda cidade”. O edifício iniciou a ver-ticalização da região central - evi-dente nas imagens publicadas nosuplemento Passos que Mudaram oRio, veiculado em O Globo em no-vembro de 2005, reproduzidas nestaedição e que mostra, passo a passo,a evolução da região central. A Noi-te é a primeira a se erguer acima dohorizonte do cenário.

Para o estudo, dissertação demestrado que Derbli apresentouna Universidade Federal do Riode Janeiro (UFRJ), foram escolhi-dos, além do prédio de A Noite,na Praça Mauá, o Edifício AvenidaCentral, de 1953, próximo ao Lar-go da Carioca; o Edifício Argentina,de 1978, em Botafogo; e o prédiodo Teleporto, de 1995, na CidadeNova. O recorte buscou capturaros caminhos da arquitetura corpo-rativa, junto ao desenvolvimentodas indústrias, dos materiais e tec-nologias de construção, das normaslegais, dos novos sistemas de voz edados - presentes em inovações quecada um desses projetos apresentoude forma pioneira.

No edifício de A Noite, HeitorDerbli conta que houve mistura sig-nificativa de correntes - estilo fran-cês e porte norte-americano.Trouxeo mega arranha-céu da Escola deChicago. Mas construído em con-creto, sem a tecnologia de estruturametálica característica da Escola,que não havia chegado ao Brasil.Foi projetado pelo mesmo arquite-to francês que, poucos anos antes,havia desenhado o Copacabana Pa-lace, Joseph Gire, com traços já doArt Déco, mas ainda flertando como Art Nouveau. “Não tinha ar-con-dicionado, mas grandes ventilado-res, nem banheiro privativo; mas foium marco,” diz Derbli.

O Art Déco introduziu as basesde granito preto, estruturas maci-ças, que usavam elementos artísti-cos para indexar o próprio estilo, enão para rebuscar os elementos daconstrução, como no Art Nouveau.“Como os prédios neoclássicos, aexemplo do construído na esquinada Praia do Flamengo com a RuaBuarque de Macedo”, explica.

As estruturas metálicas vão apa-recer pela primeira vez no EdifícioAvenida Central, representante doque seria a década de 60. Já existiaa Companhia Siderúrgica Nacional(CSN), e a tecnologia dos esquele-tos de metal da Escola de Chicago,inicialmente misturados ao con-

creto, representou mais velocidadede construção e, segundo Derbli,tornou os prédios mais “esbeltos.”Além disso, a nova “galeria co-mercial” - antiga Galeria Cruzeiro- trouxe salas individuais com ba-nheiro, sistema de refrigeração e aproposta de elevadores por segmen-tos, características que o colocaramna vanguarda da arquitetura comer-cial. Projeto de Henrique Mindlin(irmão do bibliófilo José Mindlin),veio “impregnado de vidro”, traçoforte da cultura americana. “Para aépoca, foi uma novidade fantásti-ca”, diz o arquiteto.

Não eram mais os boêmios, masos intelectuais, os pré-parnasianos,os poetas que satirizavam o gover-no, discutiam política, frequen-tavam o hotel Avenida Central, aConfeitaria Colombo. Apesar damesma altura do prédio de A Noite,tinha mais andares, porque a alturade cada andar era menor. O projetomimetizava o arquiteto de vanguar-da Mies van der Rohe, alemão quemigrou para os EUA, autor da sededa Seagran, enorme e moderna cai-xa de vidro. Ele era o arquiteto porexcelência do “International Style”,fortemente funcionalista. “A formaé a função”, teria ditoVan der Rohe.O estilo privilegiava, ainda, o usode vidros, por seus valores de luz etransparência e como contrapontoao concreto armado.

Já o Centro Empresarial Rio, tam-bém chamado de “Edifício Argen-tina”, uma iniciativa da João FortesEngenharia, marca a migração doeixo empresarial do Centro paraBotafogo, na Zona Sul. A oportu-nidade de abrigar empresas de pe-queno e grande portes, deixando deser uni-empresarial, fomentou, emgrande medida, esse deslocamentode escritórios de um bairro a outro.

“Também incorpora novos con-ceitos de andar corrido e aderênciaàs normas de necessidade, uso eoferta de vagas de garagem comodiferencial de comercialização”,explica, em sua dissertação, o ar-quiteto. “Além do topete monu-mentalista”, diz Derbli. O projetode Cláudio Fortes e Roberto Wag-ner faz referência ao “brutalismo”dos anos 60/70 do Rio de Janeiro,em que a volumetria é fio condutorda proposta.

O Centro Empresarial CidadeNova - Teleporto, por sua vez, sím-bolo dos anos 2000, explora a ideiade edifício inteligente e os novos re-cursos de telecomunicações, infor-mática, ao lado do uso de materiaismodulares. O prédio atravessa afronteira do alto conteúdo tecnoló-gico. Projeto da PontualAssociados,também se destaca pela preocupa-ção em aproveitamento total daárea, outro aspecto de vanguarda.

A arquitetura do Rio de Janeiro,desde a visita de Le Corbusier, em1929, a pedido do então presiden-te Getúlio Vargas, sempre teve for-te viés modernista. Desde então,avalia Derbli, busca-se, na cidade,novas leituras do Modernismo. Osprojetos mais contemporâneos,contudo, na avaliação dele, nãotêm mais um único traço predomi-nante. Ao contrário, são muitas in-terpretações coexistindo na cidade.É o ambiente pós-moderno.

Heitor Derbli deu aulas de geo-metria descritiva e desenho artísticode projetos comerciais durante 38anos na Faculdade de Arquitetura eUrbanismo da UFRJ, e está à frentedo HDAA Arquitetos & Associados,atualmente envolvido em váriosprojetos de edifícios universitários eeducacionais. Foi responsável, porexemplo, pelos projetos da PUC,do Colégio Corcovado, e do IFC (In-ternational Financial Corporation).Nos últimos seis anos, está fazendoprojetos educacionais também naNigéria, na África.

A dissertação “Edifícios comer-ciais como marco do processo detransição na arquitetura carioca - ANoite, Avenida Central, Centro Em-presarial Rio e Teleporto” evidencia,diz ele, que os edifícios empresariaisde vanguarda “estão diretamente re-lacionados ao trajeto histórico e cul-tural da cidade, seu momento políti-co, seu desenvolvimento”.

1608

1710

1817

1930

2002

Ponto de referência para a boemia dosanos 30/40, o edifício de A Noite misturavaestilos norte-americano e francês

A chegada da tecnologia dos esqueletosde metal, da Escola de Chicago, aosprédios brasileiros

Fachada lateral de A Noite Teleporto

A ARQUITETURA EM DOIS TEMPOS

A Noite estabeleceuuma nova hierarquia,com seus 22 andares,que iria servir dereferência para todaa avenida, eixodo desenvolvimentoda cidade

Heitor Derbli

Reproduções/imagens de Guta

Marizilda Cruppe/Agência O GloboAna Branco/Agência O Globo

As imagens acima foram reproduzidas do suplemento especial Passos que Mudaram o Rio, publicado em O Globo em 2005

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ESPECIAL ● 7Quinta-feira, 28 de abril de 2011 O GLOBO

O GLOBO ● ● PÁGINA 7 - Edição: 28/04/2011 - Impresso: 27/04/2011 — 00: 53 h AZUL MAGENTA AMARELO PRETO

Quinta-feira, 28 de abril de 2011 - 7SUPLEMENTO ESPECIAL/IMÓVEIS COMERCIAIS

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8 ● ESPECIAL Quinta-feira, 28 de abril de 2011O GLOBO.

O GLOBO ● ● PÁGINA 8 - Edição: 28/04/2011 - Impresso: 27/04/2011 — 00: 53 h AZUL MAGENTA AMARELO PRETO

Cariocas vão às compras de salas comerciaisRetorno do investimento atrai cada vez mais compradores, ávidos por fugir das aplicações tradicionais, de baixa rentabilidade

INVESTIMENTOS

Nem o carioca mais oti-mista apostaria que o Rio deJaneiro viveria dias tão prós-peros como os testemunhadosdesde o início do ano. Nadalembra os tempos de êxodode empresas e de fuga dos in-vestimentos, provocados pelaestagnação econômica, peloabandono do governo federale pela violência. Hoje, não sóseus moradores recuperarama autoestima e voltaram a in-vestir em si mesmos, como asempresas, nacionais e estran-geiras, passaram a acreditarna cidade. Relatório interna-cional recente da consultoriaimobiliária global Cushman &Wakefield destacou o Rio deJaneiro como o melhor lugardo Brasil e da América do Sulpara investimentos em imó-veis comerciais.

O Rio que é hoje visto nastelas dos cinemas transfor-mou-se em um imenso can-teiro de obras, desde reformade estádios até a construção

de prédios residenciais e co-merciais. Algumas incorpora-doras e construtoras já apos-tam em 2011 como o ano deedifícios comerciais de bairro.Já os cariocas, ávidos por fugirde investimentos tradicionaise de pouco retorno financei-ro, correspondem a essa ex-pectativa. A pesquisa OfficeSpace Across the World, daCushman & Wakefield, colo-ca o Rio de Janeiro na quar-ta posição entre as cidadescom os aluguéis comerciaismais caros do mundo, só per-dendo para Hong Kong (US$216), Londres (US$ 209) eTóquio (US$ 148,90). “O

aquecimento do mercado noRio é o maior dos últimos 40anos”, acredita Cláudio Cas-tro, diretor da Sérgio CastroImobiliária. “Só meu pai (Sér-gio Castro) testemunhou umboom semelhante”, assinala.Ele diz, ainda, que o índicede imóveis vazios no Centroe na Zona Sul da cidade nãochega a 1,3%, ou seja, ape-nas um em cada 100 mil nãoestá alugado. “E o retorno noinvestimento é tão grandeque os fundos imobiliáriosinternacionais estão com-prando prédios inteiros paralocação”, destaca.

A dificuldade de encon-trar salas comerciais comboa infraestrutura e tamanhorazoável, no Centro da cida-de, transformou a Barra daTijuca em líder na compra deimóveis comerciais, mas jáseguida de perto pela regiãode Jacarepaguá. Rafael MottaDuarte, sócio-diretor da agên-cia Percepttiva, especializadaem marketing imobiliário ena consultoria a construtorase incorporadoras, revela que,pelo menos, 50% das unida-des comerciais que estão ouserão construídas na cidadesão adquiridas por investido-res. “A grande maioria comprapensando em alugar os escri-tórios, no futuro, utilizandoesse patrimônio como umaespécie de aposentadoria oupara aumentar esses benefí-cios”, assegura.

O sócio da Percepttiva tam-bém não tem qualquer dú-vida de que o Rio manterá oboom imobiliário de prédioscomerciais até 2016, ano dasOlimpíadas, e a prova disso éo aumento de 40% a 50% nopreço do metro quadrado dosimóveis destinados à instala-ção de escritórios. ”Nos pró-ximos dois anos, a subida depreços será mais lenta, mas,mesmo assim baterá a casados 60%, afirma.

Fonte extra de renda

A tese de Rafael Duarte éconfirmada por quem com-prou imóvel comercial em2011. A administradora deempresas Luciana Vieira, porexemplo, adquiriu, este ano,seu primeiro imóvel comer-cial. Inicialmente, ela pensaem transferir seu escritório

para mais perto de sua resi-dência, mas não descarta apossibilidade de usar a salacomo fonte extra de renda.“Eu comprei, antes, um apar-tamento para morar. Decidi,então, montar um escritóriomais próximo de minha casa.Ainda não estou certa do quevou fazer com a sala, que po-derá também ser ocupadapelo consultório de minhafilha, que está estudando me-dicina”, diz. Luciana lembra,ainda, que, dependendo domercado, pode alugar a salapara garantir uma boa renda.

A unidade comercial de25 metros quadrados, no

Evolution Corporate Center –prédio comercial com 61 es-critórios e dez lojas -- possuibenefícios extras, porque oempreendimento da Rubi En-genharia, no ponto nobre daFreguesia, à rua ComandanteRubens Silva, terá o confortode salas de reuniões, espaçocafé e até auditório para usocompartilhado. “É um bompatrimônio”, diz Luciana,acrescentando que Jacarepa-guá vem crescendo bastantee os imóveis não são tão ca-ros como os vendidos na Bar-ra da Tijuca.

Unindo o útil ao agradável

Já o pequeno empresárioMarcelo Blanco comprou umasala de 22 metros quadradosno edifício Primus Offices Ge-remário, também em Jacare-paguá, para, como ele mesmodiz, “unir o útil ao agradável”.Proprietário da fábrica de cor-tinas Sayonara, com sede emSão Cristóvão, ele tambémainda não está 100% segurodo que fará com o imóvel. Àsvezes, pensa em utilizar a salacomo o novo escritório da em-presa de construção e reforma

que mantém em Jacarepaguá;outras, em ceder o espaçopara a esposa, que é psicólogae acabou de sair de um em-prego com carteira assinada.“Ela planeja abrir uma empre-sa de consultoria em Jacarepa-guá”, revela.

Marcelo Blanco lembra, noentanto, que o “vento muda atoda hora” e ele pode optar,mais tarde, por alugar a sala,cuja compra considera um óti-mo negócio. “Se tivesse maisdinheiro, compraria outra, poisJacarepaguá virou sinônimode bons investimentos. Nãovou perder dinheiro”, enfatiza.Localizado à rua GeremárioDantas, o Primus Offices terá20 lojas e 215 salas, centrode convenções e salas de reu-niões e de negócios, além defácil acesso à Linha Amarela.

Vizinhos lucrativos

A advogada Myriam Reis,sócia da Riel Engenharia e daRiel Instalações e Projetos,criada em 1975 para atuar nofornecimento de infraestruturade energia para grandes em-presas e escritórios moder-nos – energia, processamen-to de dados e venda de nobreaks – decidiu comprar qua-tro confortáveis salas no Ceo– Corporate Executive Offices,empreendimento comercialda incorporadora RJZ Cyrela,com quatro torres, 500 salascomerciais, circuito fechadode TV, segurança perimetral eaté mesmo sensores de presen-ça. “Atualmente, a Riel tem 58funcionários, investe em novostalentos e passou a represen-tar, no Rio, o fabricante de nobreaks APC Schneider ElectricInvestimentos e, portanto, ne-cessita de um novo escritório ede um bom espaço de produ-ção de projetos”, afirma.

Hoje, a Riel Engenhariadiversificou a ponto de ofe-recer soluções completas emprojetos de engenharia, sis-temas de geração de energiasrenováveis (eólica e solar), declimatização, automação e detelecomunicações, além dedesenvolver e fabricar produ-tos voltados à área tecnológica.“Mas, o nosso principal foco,hoje, é fornecer infraestruturade energia, centrais telefônicase processamento de dados”,revela a executiva da empresa

que fez a instalação de todo osistema elétrico da ilha de Fer-nando de Noronha, em parce-ria com a Universidade Federalde Pernambuco.”Não tem umfio. É tudo energia eólica”, en-fatiza orgulhosa.

Os escritórios e a fábri-ca da Riel estão abrigados,atualmente, numa área de cer-ca de 3 mil metros quadradosna Estrada dos Bandeirantes,em Jacarepaguá. Porém, a ad-vogada acrescenta um outroforte motivo para fazer comque a Riel buscasse um novolocal para abrigar parte desuas instalações e atividades:a Copa do Mundo de 2014.“Nós fazemos um trabalhodiversificado de fornecer qua-lidade estrutural para empresasdo porte da Embratel, da Oi,da Telemar, da Siemens, daTV Globo e de outras grandescompanhias. Temos múltiplosprojetos, alguns em parceriacom empresas terceirizadas eaté universidades, e o escrito-rio de Jacarepaguá ficou pe-queno para tanta atividade”,acrescenta.

A escolha do Ceo Officesnão poderia ser melhor, acre-dita Myriam. Afinal, o empre-endimento imobiliário estásendo erguido na ponta da Pe-nínsula, atrás do Via Park, umdos locais mais valorizados daBarra. Com uma área equiva-lente ao bairro do Leblon, ocondomínio-bairro da Penín-sula será ocupado por 64 pré-dios que compartilharão 8%de sua extensa área verde. Nolocal, tem sido feito, inclusi-ve, um trabalho de despolui-ção da Lagoa da Tijuca, assimcomo de recuperação de todaa área de mangue que envolveo terreno. “É uma localizaçãoperfeita para nossos planos,pois até seremos vizinhos daOi”, assinala a advogada. Osquatro prédios comerciais fi-carão prontos no início dopróximo ano.

Cercada de engenheiros nafamília – “meu marido e meustrês filhos optaram pela profis-são” –, Myriam Reis, além decomprar a sala e ampliar suasinstalações, está oferecendoduas vagas na empresa para en-genheiros elétricos, mas diz quenão encontra candidatos paraocupar o posto nem na Univer-sidade Federal do Rio de Janeiro(UFRJ). Candidatos, mexam-se.

Se tivesse maisdinheiro, comprariaoutra sala, poisJacarepaguá virousinônimo de bonsinvestimentos. Nãovou perder dinheiro

Marcelo Blanco

O retorno doinvestimento étão grande que osfundos imobiliáriosinternacionais estãocomprando prédiosinteiros para locação

Cláudio Castro

Myriam Reis, sócia de duas empresas de engenharia, decidiu comprar quatro salas no Corporate Executive Offices, que está sendo erguido na ponta da Península, um dos locais mais valorizados da Barra

8 - Quinta-feira, 28 de abril de 2011 SUPLEMENTO ESPECIAL/IMÓVEIS COMERCIAIS

Fotos: Marcelo de Jesus

Page 63: O Globo 280411

ESPECIAL ● 9Quinta-feira, 28 de abril de 2011 O GLOBO

O GLOBO ● ● PÁGINA 9 - Edição: 28/04/2011 - Impresso: 27/04/2011 — 00: 54 h AZUL MAGENTA AMARELO PRETO

Fundos imobiliários seguem em altaValorização de imóveis e isenção do IR tornam aplicação cada vez mais atrativa. Rentabilidade média alcançou 32,86% em 2010

INVESTIMENTOS

Com a alta dos imóveis,valorizam os investimentosassociados a eles, diz o sócioda Aria Capital, Bruno Nahon.Em 2010, os fundos imobiliá-rios tiveram uma rentabilidademédia de 32,86%, ou seja,483% a mais que os ganhosda poupança (6,81%) e 337%que os do CDI (9,75%), refe-rência usada pelos fundos derenda fixa e pelo mercado comum todo. O melhor desempe-nho, de acordo com o espe-cialista, registrou um retornode 44,97% – um fundo imobi-liário multiuso (escritórios paralocação e hotéis). “Neste caso,o resultado apurado com a ex-ploração do empreendimentoé distribuído mensalmente aoscotistas. O valor da cota refletenão somente o resultado dosaluguéis – escritórios e quartosde hotel – , mas também a va-lorização do imóvel como umtodo”, explica.

Os fundos de investimen-to imobiliário surgiram em1993, mas só em 2005, coma isenção de Imposto de Ren-da, o volume de operaçõescom esses ativos aumentou.Atualmente, de acordo comNahon, são mais de 80 fun-dos, com patrimônio total emtorno de R$ 9 bilhões. “So-mente em 2010, foram emi-tidas cotas de novos fundosque somaram R$ 4 bilhões.”Do total, 50 fundos possuemnegociação de cotas no mer-cado secundário (ambiente debolsa ou balcão organizado daBM&FBovespa) e movimenta-ram R$ 377 milhões em 2010,ante R$ 229 milhões em 2009.“Apesar de relativamente inci-piente, o mercado secundáriode cotas de fundos de inves-timento imobiliário vem cres-cendo ano após ano”, destacao sócio da Aria Capital.

Pequeno investidor

Os bons ventos do mercadosopram nas vendas e tambémna locação. Os ganhos mensaiscomaluguel variam,emmédia,entre 0,5% e 0,6% sobre o va-lor total nominal do imóvel, dizo diretor da Lopes ConsultoriaRio, Luigi Martins. “Em algunscasos, podem chegar a 0,8%,o que é excelente.” No Ame-ricas Corporate, prédio ondeestá a própria Lopes Consulto-ria, na Avenida das Américas,ele conta que a rentabilidadeé de 1%. “Atualmente, tenhoo metro quadrado locado porR$ 110,00. E posso vendê-loa R$ 12 mil, R$ 13 mil.”

Além do profissional liberalque aplica na compra de umescritório na Barra, pequenosinvestidores buscam imóveiscomerciais como alternativade poupança. “Um imóvelvaloriza, seguramente, da or-dem de 30% ao ano”, estimao presidente da imobiliária Pa-trimóvel, Rubem Vasconcelos.Com um desembolso inicialde R$ 160 mil, por exemplo,ele diz que é possível comprarsalas com 27 metros quadra-dos na Barra. “Ficou muito fá-cil adquirir um imóvel. A pes-soa paga 25% na obra e 75%na entrega. Isso incrementoumuito os negócios com unida-des comerciais.”

Do total de compradoresde imóveis empresariais, ovice-presidente da RJZ Cyre-la, Rogério Jonas Zylberszta-jn, calcula que 54,3% sãoinvestidores. Nos residenciais,esse índice, até março, erade 22,2%, que procuram, emmédia, apartamentos de 80metros quadrados.

Essa recuperação vemamparada não só na neces-sidade do comprador final,mas marca, na avaliação dodiretor-superintendente daimobiliária Basimóvel, MárioAmorim, a entrada no setordo pequeno investidor. “Esse

poupador descobre um mer-cado de boa rentabilidade eliquidez, alternativo ao merca-do financeiro, que oferece altorisco ou aplicações de perfilconservador, de retorno maisbaixo. O poupador individualé quem compra uma ou váriassalas. Além, claro, dos grandesinvestidores, muitas vezes ba-seados em fundos internacio-nais, que também aumentamseus aportes nas construções.”

Nos imóveis empresariais,Amorim estima que 60% das

unidades são vendidas parapoupadores, com fins decomplemento de renda ouprevidência.

Como funciona

Os fundos de investimentoimobiliário são fundos fecha-dos, ou seja, que não admitemresgates de cotas. O retornoprevisto para os aplicadoresse dá por meio da distribuição(em geral mensal) dos resulta-dos dos investimentos/portfólio

da carteira ou da dissoluçãodo fundo a partir da venda deseus ativos. Os recursos cap-tados podem ser destinadostanto a projetos imobiliários,como à aquisição de imóveisprontos, além de títulos e va-lores mobiliários lastreadosem ativos imobiliários. A clas-sificação dos fundos pode serfeita pelo tipo de imóvel inves-tido (hospedagem, hospitalar,industrial, varejo, escritórios,etc.), ou por finalidade do in-vestimento. Nesse caso, os de

renda regular são aqueles comganhos obtidos de aluguéis dosimóveis investidos ou pelo pa-gamento das parcelas dos títu-los de crédito adquiridos pelofundo, como CRIs (Certificadosde Recebíveis Imobiliários). Jáos fundos de ganho de capitaloperam pela valorização dascontas através da valorizaçãodos bens imobiliários adqui-ridos pelo fundo. Os fundosimobiliários de investimentosgerais, por sua vez, resultamdo conjunto de aluguéis, juros,

dividendos e ganhos de capitalna compra e venda de ativos.Finalmente, os de securitiza-ção são os fundos que viabili-zarm uma operação de secu-ritização pré-definida, comoum build-to-suit ou um saleand lease-back.

Dentre os fundos mais ren-táveis de 2010, estão presentesos variados tipos de imóveis,como shoppings, hospitais, ho-téis e edifícios comerciais. Amaioria pode ser enquadradacomo fundo de renda fixa.

Quinta-feira, 28 de abril de 2011 - 9SUPLEMENTO ESPECIAL/IMÓVEIS COMERCIAIS

Page 64: O Globo 280411

10 ● ESPECIAL Quinta-feira, 28 de abril de 2011O GLOBO.

O GLOBO ● ● PÁGINA 10 - Edição: 28/04/2011 - Impresso: 27/04/2011 — 00: 54 h AZUL MAGENTA AMARELO PRETO

10 - Quinta-feira, 28 de abril de 2011 SUPLEMENTO ESPECIAL/IMÓVEIS COMERCIAIS

“Por ter sido escolhida paraser a sede dos Jogos Olímpicosde 2016, a cidade do Rio deJaneiro vai produzir em cincoanos o que levaria 30 para con-cluir”, afirma o diretor da Car-valho Hosken, Ricardo Corrêa.Para o mercado imobiliário,têm especial importância osinvestimentos em infraestru-tura viária provocados pelosJogos, que prometem resolveros engarrafamentos no acessoà Barra e promover novo sal-to de valorização na região ena qualidade de vida dos mo-

radores de toda a cidade. Ouseja, os corredores expressosda Transcarioca, Transoeste,Transbrasil e Transolímpica,além do túnel da Grota Funda.

As obras ainda estão emcurso, mas já impactam omercado. “Devido à proximi-dade com os locais de com-petição, bairros como Barrada Tijuca, Centro, Deodoro,Jacarepaguá, Maracanã eTijuca tiveram valorizaçãodos preços de locação dosimóveis de 20% a 152%,menos de seis meses após

o anúncio do Comitê Olím-pico Internacional”, segun-do o Secovi-RJ. O corredorolímpico, entre a Barra daTijuca e o Recreio, valori-zou 50% em 2010. E, de 6mil unidades a serem cons-truídas na Barra, este ano, aentidade estima que 2,5 milestarão nesse trecho.

Segundo o diretor-execu-tivo da Brookfield Incorpora-ções, Luiz Fernando Moura,“é o boom imobiliário queprecede os grandes eventosesportivos”. Para ele, o esta-

do do Rio de Janeiro entrouem um “círculo virtuoso deinvestimentos em infraes-trutura”. A empresa lançoumais de R$ 600 milhõesem imóveis em 2010 (40%a mais do que no ano ante-rior) e espera crescer cercade 50% até dezembro. Partedisso, com outros projetos naregião olímpica, mas não sópor conta dos Jogos. “O de-senvolvimento da economiade modo geral permite maioroferta para empresas e pro-fissionais liberais.”

Também nesse trecho, asincorporadoras W3 Engenha-ria e Promall vão lançar, emjulho, o Crystal Mall, proje-to com valor geral de vendade R$ 30 milhões e prazo deconclusão de um ano. Terá105 metros de frente para aEstrada dos Bandeirantes, demodo que todas as unida-des tenham vitrine. “É umaregião que vai apresentar amaior demanda na cidadepara esse tipo de unidade”,aposta o presidente da W3,Ivan Wrobel.

A Vila Olímpica propria-mente está a cargo da Carva-lho Hosken. Tem orçamentode R$ 2,5 bilhões e o terre-no, de propriedade da em-presa, está avaliado em cercade R$ 700 milhões. Segundoo assessor da presidência daCarvalho Hosken, HenriqueCaban, as unidades que vãoabrigar 18 mil atletas serãolançadas por fases, mas oscompradores ou interessadossó poderão visitá-las depoisdos Jogos, por questões desegurança.

Círculo virtuoso de investimentosObras para as Olimpíadas, como corredores expressos, prometem valorizar ainda mais regiões próximas a locais de competição

INFRAESTRUTURA

Não há nada mais parecidocom o Rio do que os novosprédios comerciais que uti-lizam o conceito de walkingdistance. De tão informal,todo carioca sonha ir a pé oude bicicleta para o trabalho.Atentas ao movimento dosconsumidores, as construtorasestão lançando muitos empre-endimentos imobiliários co-merciais com esta novidade:são próximos às residênciase possuem áreas de lazersemelhantes às dos edifíciosresidenciais. Ou seja, cadavez mais sofisticados, os em-preendimentos corporativosestão tentando unir trabalhoe qualidade de vida.

Com lançamento pre-visto para o fim de maio,o Universe Empresarial,da RJZ Cyrela em parceriacom a construtora CarvalhoHosken, chega perto dessesonho. O gigantesco em-preendimento comercial noponto mais nobre do CentroMetropolitano da Barra vaireunir num único lugar seteblocos de prédios, 632 salas,dez lojas, bicicletário, praçacontemplativa e uma áreade business & health, na co-bertura, com espaço fitness,piscina coberta, sauna e du-chas. Melhor, impossível.

Outras grandes construto-ras e incorporadoras já apos-tam nesse novo filão. O O2Corporate Offices, parceriada Calçada com a PDG CHL,ao lado do Península, na Bar-

ra da Tijuca, segue o mesmoconceito inovador. RogérioChor, diretor executivo daPDG CHL, garante que dos70 mil metros quadradosdo empreendimento, apenas28% são de área construída,sendo que as salas de reuniãoao ar livre são novidades nomercado. Os espaços variamde 21metros quadrados a 120metros quadrados.

O O2 também ofereceacademia, vagas de estacio-namento cobertas, espelhosd´água, calçadas arboriza-

das, praça de eventos, riacho,redário, lounges externos evários jardins. Proprietáriode duas salas triplex no local,o empresário e construtorAntônio Carlos Moraes Regose encantou com o projeto.“Ele é moderno e humaniza-do. É muito simpático levarseu cliente para tomar umcafé, depois de uma reuniãode trabalho, num local comuma vista arborizada”, dizAntônio Carlos, que se mudapara o novo endereço até ofim do ano.

Praticamente todo vendi-do, o edifício Ponto Norte,também da PDG CHL, temlocalização privilegiada, pró-ximo ao Norte Shopping e àLinha Amarela. Além das sa-las comerciais, o complexoagregará espaço fitness, SPA,lounge e sala para café, no-vidades em serviços para osprédios comerciais constru-ídos na Zona Norte. Outroexemplo de empreendimentoque agrega edifícios comer-ciais e espaços inéditos deconvivência é o Brookfield

Place Worldwide Offices, naBarra da Tijuca. Ele foi até des-taque no Master Imobiliário2010 da Ademi - Associaçãode Dirigentes de Empresas doMercado Imobiliário do Rio deJaneiro, na categoria melhorprojeto de prédio comercial degrande porte. O ambiente ba-tizado de Mall Mediterranée,uma área aberta com 3.200metros quadrados, com jardinse espelhos d´água abrigará nofuturo um mix de 20 lojas.

Segundo o superintendenteda Brookfield Incorporadora,

Fernando Merçon, , os novosprojetos imobiliários preten-dem tirar os empresários eseus funcionários do confi-namento dos escritórios. Elestambém privilegiam o pedes-tre. Já suas torres de alturasdistintas permitirão tambémque todos possam ter a vistada Barra da Tijuca. “Algumassalas terão ainda sky office- espécie de escritório ao arlivre - que funciona comoambiente de descompressãodos escritórios”, explica oexecutivo.

Os novos ambientes de trabalhoEmpreendimentos corporativos que possuem infraestrutura de lazer traduzem o espírito carioca e representam qualidade de vida

Os novos projetosimobiliários pretendemtirar os empresáriose seus funcionáriosdo confinamento dosescritórios

Fernando MerçonAntonio Carlos Moraes Rego vai se mudar no fim do ano para as salas que comprou no O2 Corporate Offices: “ele é moderno e humanizado”

A Avenida Abelardo Bueno concentra boa parte dos novos lançamentos na Barra da Tijuca. O grande volume de unidades residenciais da área vem gerando uma demanda por novos serviços e infraestrutura comercial

Foto: Marcelo de Jesus

Foto: Hipólito Pereira /Agência O Globo

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ESPECIAL ● 11Quinta-feira, 28 de abril de 2011 O GLOBO

O GLOBO ● ● PÁGINA 11 - Edição: 28/04/2011 - Impresso: 27/04/2011 — 00: 54 h AZUL MAGENTA AMARELO PRETO

Quinta-feira, 28 de abril de 2011 - 11SUPLEMENTO ESPECIAL/IMÓVEIS COMERCIAIS

SUSTENTABILIDADE

Além da Barra da Tijuca,bairros como Campo Gran-de e Jacarepaguá ganharãoempreendimentos corpo-rativos com áreas de la-zer. A construtora Even,por exemplo, aposta naadaptação do modelo aosprédios comerciais debairro, com salas meno-res, capazes de atenderprofissionais liberais eempresas de médio porte.

Cresce entre as cons-trutoras a ideia de rea-proveitamento de recur-sos naturais nos novosprojetos de construçãocivil. O uso de técnicase tecnologias diferen-ciadas permite que issoseja feito de modo maiseficiente. O uso de sen-sores de presença ligadosà iluminação das áreascomuns, lâmpadas debaixo consumo de ener-

gia e grande durabilidade,hidrômetros individuais,descargas com caixa acopla-da para um menor consumode água, torneiras e válvulascom regulagem para evitaro desperdício, reaproveita-mento das águas pluviaispara regar os jardins, vi-dros semi-reflexivos, quereduzem a temperaturaambiente, o que diminuio consumo do ar condi-cionado, elevadores commonitoramento, além decentros de coleta seletivado lixo, são algumas dassoluções incorporadasaos projetos.

“A inserção de açõessustentáveis e que geremeconomia nos projetos éconsiderada essencial pelocliente na hora da compra”,afirma Carolina Feijó, geren-te de marketing da constru-tora Calper.

As novidades nas cons-truções comerciais vêmtransformando a paisagemdo Rio de Janeiro. A arqui-tetura evoluiu e as estrutu-ras metálicas, superfíciesenvidraçadas, cores clarase pisos de vidro cada vezmais fazem parte dela.

O arquiteto Rogério An-tunes, do escritório de ar-quitetura Antunes & Schor,há 27 anos no mercado,afirma que, hoje, o projetocorporativo se alinha como bairro e os costumes decada local. “Por exemplo,há diferenças claras de umprojeto para a Barra da Ti-juca e outro para CampoGrande, áreas com pode-res aquisitivos distintos,geografia dessemelhante eações urbanas também di-ferenciadas. O único pon-to de interseção que vemosnos dois é a sustentabilida-de, que está diretamente li-gada à qualidade de vida”,afirma Rogério.

Há 17 anos no mer-cado imobiliário cario-ca, a Calper estreou nosegmento comercial em2008, com o lançamentodo Lumina Offices e doLumina Workstation, naBarra da Tijuca.

Agora a construtora seprepara para lançar no pró-ximo mês o A5 Offices, noRecreio dos Bandeirantes.O empreendimento classeA surpreende: todas as suasparedes são de vidro. Alémde internet sem fio (redewi-fi) nas áreas sociais,terá elevadores de últimageração, sistema de CFTVnas áreas comuns comgravação digital 24horas,sistema de segurança pe-rimetral e estacionamentocom controle de entrada esaída de veículos automati-zados e estações de cadas-tramento na recepção paravisitantes, com controle deacesso integrado.

É da Calper também ou-tro projeto ousado, o Lu-mina Corporate, em NovaIguaçu, com design inspi-rado nos arranha-céus deDubai, cidade dos Emira-dos Árabes Unidos conhe-cida mundialmente por serextremamente moderna,futurista e com enormestorres e largas avenidas. Aconstrutora enviou enge-nheiros e arquitetos paraconhecer de perto o paísdas construções faraônicase trazer de lá a inspiraçãopara desenhar um prédiocom 171 salas e 12 lojas naBaixada Fluminense.

Ricardo Ranauro, só-cio-diretor da Calper, justi-fica o investimento no mu-nicípio de Nova Iguaçu, forado eixo Barra da Tijuca: “Asconstruções do ComplexoPetroquímico do Estado doRio de Janeiro (Comperj),em Itaboraí, e da Compa-nhia Siderúrgica do Atlân-tico (CSA), em Santa Cruz,incentivam empreendimen-tos comerciais próximos aoArco Metropolitano e nosmunicípios que ele cortará”,explica Ranauro.

A Tijuca também vai ga-nhar seu empreendimentocomercial de grande porte.A João Fortes Engenharialança no próximo mês oCorporate Tijuca, ao ladodo shopping Tijuca e pró-ximo à estação do metrôSaens Peña.

“O tradicional bairro temrecebido diversos empreen-dimentos residenciais. O Cor-porate Tijuca vai levar para obairro a tecnologia e os servi-ços dos prédios corporativosda Barra da Tijuca”, adiantaLuiz Henrique Rimes, diretornacional de Negócios da JoãoFortes Engenharia.

Até o fim do ano a cons-trutora lançará mais doisempreendimentos comer-ciais, um no Jardim Botâni-co e outro na Tijuca.

Tecnologiascontribuempara preservaro ambienteAlém de áreas de lazer,projetos incorporam práticas dereutilização de água e outras queevitam desperdícios e reduzemconsumo de água e energia

Arquitetura transformaa paisagem da cidade

Empreendimento da Calpe no Recreio, com lançamento previsto para maio, o A5 Offices surpreende: todas as paredes são de vidro

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OGLOBO

12 ● Quinta-feira, 28 de abril de 2011.

O GLOBO ● ● PÁGINA 12 - Edição: 28/04/2011 - Impresso: 27/04/2011 — 00: 54 h AZUL MAGENTA AMARELO PRETO

12 - Quinta-feira, 28 de abril de 2011 SUPLEMENTO ESPECIAL/IMÓVEIS COMERCIAIS

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OGLOBO

IQuinta-feira, 28 de abril de 2011 GEMBO

Preguiçasalém dosLençóis

Preguiçasalém dosLençóis

Rio com vegetaçãoexuberante e águas

perfeitas para um mergulhomerece ser incluído em um

roteiro pelo Maranhão

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Boa Viagem ● 3

COPENHAGUEAtrações gastronômicasque vão além do Noma

CHICAGOLeilões virtuais por uma mesa nonovo restaurante de Grant Achatz

NOVA YORKPor Fernanda Godoy

6

18

38

NESTA EDIÇÃOEX

PEDI

ENTE

EDITORA Carla Lencastre ([email protected])EDITORES ASSISTENTES Cristina Massari ([email protected]) e Gustavo Alves ([email protected])REPÓRTERES Bruno Agostini ([email protected]) e Eduardo Maia ([email protected])DIAGRAMADOR Marcio Coutinho Telefones Redação 2534-5000 Publicidade 2534-4310 [email protected]ência Rua Irineu Marinho 35, 2o- andar, Rio de Janeiro, CEP 20230-901/RJ.

CAPA Crianças navegam noRio Preguiças, no Maranhão,perto do povoado de Tapuio.Foto de Bruno AgostiniI GEM

BO

Fotos de Bruno Agostini

AVES NALOCALIDADEribeirinha deVassouras

D ia desses, com a família reunida, fotos de viagens re-

centes eram reproduzidas na TV exibindo alguns des-

tinos imbatíveis do Brasil. Entre imagens de Bonito,

Foz do Iguaçu e Lençóis Maranhenses, foi a paisagem lunar das

dunas entrecortadas por lagos de água doce as que deixaram

aquela pontinha de inveja nos que não foram. Mas era inveja

boa, daquela que dá vontade de fazer as malas na mesma hora

e rumar para Barreirinhas, onde, atrás de uma duna se descortina

o Rio Preguiças, cenário das andanças vividas por Bruno Agostini

naquelas bandas e protagonista das histórias que ele conta a par-

tir da página 20. Para além da aridez e imensidão das dunas de

beleza infinita, ele nos mostra que é explorando as águas tran-

quilas desse rio que se admira o que há de melhor por lá: a sim-

plicidade das populações ribeirinhas que tiram o sustento do

que a natureza lhes dá, a beleza dos pássaros que se aninham na

vegetação e a diversão nas águas de igarapés. Ô, inveja boa!

● CRISTINA MASSARI, EDITORA ASSISTENTE

.............................................................

NO TWITTERtwitter.com/BoaViagemOGlobo

oglobo.com.br/viagem

Page 70: O Globo 280411

4 ● Boa Viagem

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Page 71: O Globo 280411

Boa Viagem ● 5

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Campos do Jordão3 dias - Dia dos namoradosHotel Capivari Plaza

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EM JUNHO E JULHO CRIANÇA NÃO PAGA NA CVC

Page 72: O Globo 280411

6 ● Boa Viagem

ESTR

ELAS

DONO

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JANELÕES PARA OPARQUE: no Herman,

cozinha francesa evista para o Tivoli

Div

ulga

ção

Page 73: O Globo 280411

Boa Viagem ● 7

Com restaurantes que somam 11 estrelas Michelin,Copenhague é o epicentro da nova gastronomia nórdica,

que inclui outras ótimas opções além do Noma

Luisa Valle

Ben Stansall/AFP

DELICADEZA: a trouxinha doA|O|C abriga cubinhos de porcoe pétalas de maçã e rabanete

O CHEF René Redzepi, do Noma,eleito pela segunda vez omelhor restaurante do mundo

Luisa Valle • COPENHAGUE

A gastronomia dinamarquesa saiu da cozinha para en-

trar no mapa-múndi com o Noma, restaurante de Co-

penhague comandado pelo chef René Redzepi, que,

semana passada, foi eleito pela segunda vez consecutiva como o

melhor do mundo pelo The S. Pellegrino World’s 50 Best Restau-

rants. A lista organizada anualmente pela revista inglesa “The Res-

taurant” ainda não ganhou o prestígio das estrelas concedidas pe-

lo Guia Michelin, mas tem chamado a atenção para a nova gas-

tronomia nórdica, com seus produtos locais e suas técnicas que

dão um ar de simplicidade a pratos complexos. A capital da Di-

namarca, que ostenta 11 estrelas Michelin, é o epicentro dessa

tendência, que inclui vários outros bons restaurantes além do ce-

lebrado Noma, único da cidade com duas estrelas. Um deles é o

A|O|C, do chef Ronny Emborg, que em 2010 recebeu sua primeira

estrela Michelin, o mais recente a ser agraciado no país. E já que

a cidade se orgulha de ser verde, a culinária orgânica também se

destaca em casas como o BioM, que se esmera em oferecer uma

delicada e saborosa combinação de texturas aos clientes que não

abrem mão de ingredientes saudáveis. Nas próximas páginas, fa-

zemos uma deliciosa seleção dos melhores restaurantes na terra

do melhor restaurante da semana passada.

Page 74: O Globo 280411

8 ● Boa Viagem

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Page 75: O Globo 280411

Boa Viagem ● 9

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12 dias/10 noites10 Refeições | Cairo, 4 dias decruzeiro no Nilo (Assuão, Edfu, Luxor), Istambul |Cartão Assistência | Saída Brasil, 8 JUN, 3 AGO, 2 NOV

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Page 76: O Globo 280411

10 ● Boa Viagem

À mesa, belas vistas para o porto de Copenhague e o TivoliFotos de Luisa Valle

FIOS DEBATATA comtrufas, umadas entradasdo deliciosoA|O|C,restaurantemais recentea receberuma estrelaMichelin emCopenhague

No coração da bala-da Bredgade, ruaonde estão as gale-rias de arte, lojas de

design e casas de leilões deCopenhague, fica o discretoA|O|C, o mais novo endereçoda capital da Dinamarca a re-ceber uma estrela do Guia Mi-chelin, ano passado, honran-do-a na classificação de 2011.Discreto, aliás, é pouco paradescrever a casa comandadapelo jovem chef Ronny Em-borg, de apenas 27 anos. Difi-cilmente você encontra a por-ta de primeira, já que a pe-quena placa que indica a en-trada fica praticamente es-condida, no alto da escadaque leva ao restaurante.

Instalado numa adega sobo antigo Palácio de Moltke,um dos quatro prédios quecompõem o Castelo de Ama-lienborg, que foi a residênciade inverno da família real daDinamarca, o restaurantetem ambiente próprio paraum jantar romântico, com de-coração moderna — massem exageros. Nas mesas, oaparelho de jantar é compos-

to pelas belas porcelanas daRoyal Copenhague, e arran-jos de flores completam o ce-nário que convida ao bompapo e à boa comida.

E como todo bom restau-rante que serve a nova gas-tronomia nórdica, o menudo A|O|C não poderia deixarde oferecer opções feitascom ingredientes locais, res-

Dentro do belíssimo Admi-ral Hotel, bem próximo aoCastelo de Amalienborg, en-contra-se o Salt. O restauran-te, comandado pelo chef Ras-mus Möller Nielsen, tem car-dápio inspirado na culináriafrancesa. Mas seu maior te-souro, na realidade, não é suaboa comida. É a localização.A casa faz parte do AdmiralHotel, classificado com qua-tro estrelas, e funciona numantigo armazém de grãos, si-tuado numa barreira centená-ria construída para enfrentarataques ingleses. O salãomantém a estrutura com gran-de vigas de madeira, mascom decoração moderna. Àmesa, pequenos potes comtrês diferentes tipos de sal fa-zem alusão ao nome da casa.Bem em frente ao belíssimoprédio da Ópera, a vista parao porto é de tirar o fôlego, eabre o apetite.

Dizem que o parque Tivoli,com seus teatros e brinque-dos, teria inspirado Walt Dis-ney a criar seus parques temá-ticos. Mas parece que o lugarandou inspirando também os

saltando os frutos do mar, oslegumes e as frutas. A levezados pratos e os sabores sur-preendem quem lê o menu,que muda constantemente.As apresentações lúdicas edivertidas chamam a aten-ção. O rabanete com maçã epedacinhos de porco frito setransforma numa pequenatrouxinha com uma textura

delicada, e os camarões commaionese chegam à mesacomo se estivessem numailha sobre pedras.

— Gosto de trabalhar comtexturas, e a minha inspira-ção vem de lugares impor-tantes para mim e das esta-ções do ano. Mas nem tudoprecisa lembrar a natureza —diz o chef Emborg.

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Boa Viagem ● 11

Divulgação

AMEAÇA AO FAMOSO: o salão agitado na Brasserie Nimb, comandada por ex-sous chef de René Redzepi

tras conferem certa privacida-de às mesas. De uma janela épossível observar a cozinhado restaurante, e de outra —essa que toma uma parede in-teira — a vista é para as luzesdo parque e a entrada do ho-tel.

O chef é famoso por rein-ventar pratos clássicos da cu-linária do país, com um to-

franceses do Guia Michelin. OHerman, instalado dentro doHotel Nimb, que fica dentrodo parque, merece uma visi-ta. Agraciado por uma estrelana publicação, o restaurantecomandado pelo chef Tho-mas Herman tem uma ar umpouco mais formal que oA|O|C. O salão em dois níveisdivide o ambiente, e as pilas-

que de sofisticação e saboresmarcantes. É o caso do lagos-tim acompanhado de gotasde gel de algas, ou dos famo-sos bolinhos dinamarqueses,que, na versão de ThomasHerman, ganham sabor debacon e cebola. São delicio-sos e viciantes. Para acompa-nhar, a manteiga orgânicaque não falta em nenhum

restaurante da cidade.Já a Brasserie Nimb, que

adota o nome do hotel que aabriga, também vem rece-bendo elogios. Recentemen-te, um crítico chegou a ava-liar a casa comandada porRobert Jacobsson, um ex-sous chef de René Redzepi,do Noma, como uma amea-ça aos restaurantes mais fa-mosos da cidade, porque ser-ve uma comida de qualida-de equiparável a dos de-mais, por preços mais acessí-veis. O cardápio muda a ca-da mês, e o ambiente com a

cozinha aberta é descontraí-do. Vale conferir.

Ainda no Tivoli, o The Paul,que funciona no Glass HallTheatre, tem uma estrela noGuia Michelin. A casa é co-mandada pelo inglês PaulCunningham, e fecha duranteo inverno, quando o chef viajapelo mundo em busca de ins-piração para o cardápio, quemuda a cada duas semanas.No menu, além de pratos refi-nados, há diversos sanduí-ches. O restaurante que já estáreaberto para a temporada deprimavera/verão.

LAGOSTIM COM GOTAS de gel de algas na mesa do Herman, no Tivoli

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12 ● Boa Viagem

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Boa Viagem ● 13

Page 80: O Globo 280411

14 ● Boa Viagem

Orgânicos commuito orgulho

Luisa Valle

COLORIDO ECAPRICHADO:o raviólide legumesno BioM éenvolto emfina camadade batata,e vemacompanhadode folhase legumes

D ifícil é entrar emqualquer restauran-te de Copenhague enão encontrar ao

menos uma opção de suco or-gânico no cardápio. A preocu-pação com a alimentação sau-dável é levada a sério pelos di-namarqueses, que prezam pe-la qualidade dos produtos quesão servidos às mesas. Veiodaí, inclusive, a base para oconceito que deu origem àchamada nova gastronomianórdica. O país é um dos pio-neiros na produção de ali-mentos orgânicos, como quei-jos e manteigas; o frango orgâ-nico da ilha de Bornholm, noMar Báltico; os cordeiro cria-dos ao ar livre, próximo ao

mar do Norte, que serve comotempero natural para a carne.

Não é à toa que alguns dosrestaurantes mais famosos deCopenhague sejam orgânicos.É o caso do BioM. Localizadono centro da cidade, a simpá-tica casa com decoração atualse concentra em aproximar acomida natural da gastronomiamoderna. A ideia, segundoHeinz Lodahl, um dos proprie-tários, é mostrar que ingredien-tes orgânicos resultam em pra-tos tão gostosos como os de ou-tros restaurantes. Até a apresen-tação é divertida. Um ravióli delegumes vem caprichadamen-te arranjado no prato, envoltoem massa com fina camada debatata. Legumes e folhas acom-

panham, naturalmente.Nos restaurantes de comida

orgânica, o que conta é a for-ma de produção e a criaçãodos víveres. No BioM, tudo éextremamente fresco. O car-dápio idealizado pelo chef co-proprietário Brian Johansenmuda constantemente, con-forme a época de cada produ-

to. E inclui, por exemplo, riso-to de cogumelos com baconou língua de vitela.

Outro restaurante de comidaorgânica popular é o Cap Horn,em Nyhavn, ou novo porto. Asmesas são disputadas neste an-tigo bar de marinheiros quefuncionava como prostíbulo noséculo XVII. Apesar do clima de

taberna que confunde os maisdistraídos, o restaurante traba-lha com pratos preparados comingredientes orgânicos. Alémdos ovos, da farinha de trigo edo leite, até o chá, a cerveja e ovinho da casa são orgânicos.

Luisa Valle viajou a convitedo VisitDenmark

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Page 81: O Globo 280411

Boa Viagem ● 15

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❁ RESTAURANTESA|O|C: Mais novo endereçoa receber uma estrela doGuia Michelin. DronningensTværgade 2. Tel.(45) 3311-1145.www.restaurantaoc.dkHerman: O restaurante ficadentro do Hotel Nimb,no parque Tivoli.Bernstorffsgade 5. Tel. (45)8870-0020. www.tivoli.dkBrasserie Nimb: Também nohotel de mesmo nome,comandado por umex-sous chef do Noma.Bernstorffsgade 5. Tel. (45)8870-0010. www.tivoli.dkThe Paul: Outro restauranteestrelado que fica dentro doTivoli. Vesterbrogade 3.Tel. (45) 3375-0775.www.thepaul.dkSalt: Fica dentro do AdmiralHotel, e a vista para o portoé imperdível. Toldbodgade24-28. Tel. (45) 3374-1444. www.saltrestaurant.dkBioM: Ideia é aproximara comida natural dagastronomia moderna.Fredericiagade 78. Tel. (45)3332-2466. www.biom.dkCap Horn: Por fora, nemparece que a especialidade éa comida orgânica. Nyhavn21. Tel. (45) 3312-8504.www.caphorn.dk

❁ PASSEIOTivoli: O parque onde ficamo Herman e o The Paul temo maior aquário de águasalgada da Europa e acabade abrir para a temporadade primavera/verão. Visitas apartir das 11h. Ingressos a 75coroas (R$ 23). www.tivoli.dk

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16 ● Boa Viagem

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Boa Viagem ● 17

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Cariocas naÍndia com Dubai 13 diasSaídas 7/julho e 8/setembro.Visitando Delhi, Jaipur, Agra, Jhansi,Orchha, Khajuraho, Varanasi, Dubaicom safári no deserto.

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Cariocas naÁfrica do Sul 11 diasSaídas 16/julho e 19/novembro.Visitando Cidade do Cabo; penínsulado Cabo da Boa Esperança: cruzeiroà Ilha das Focas; praia de Boulders Beach(praia dos pinguins), Pretória; safári emjeep 4x4 nas savanas do Kruger Park;Canyon do Blyde River.

À vista R$ 6.550, ou 10x R$655,Base US$ 3.878, em apartamento duplo.Preço para saída 19/novembro.

Cariocas em Dubai,Cairo e Jordânia 13 diasSaídas 28/junho, 12/julho e 13/setembro.Visitando: Dubai, passeios pelos principais pontosturísticos e Desert Safari. Visita a cidade do Cairo.Na Jordânia, city tour panorâmico pela cidadede Amman. Consulte outros passeios inclusos.

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À vista R$ 11.800, ou 10x R$1.180,Base: US$ 6.988, em apartamento duplo.Preço para saída 2/junho.

Cariocas em Portugal 11 diasSaídas 9/julho, 10/setembro, 5/novembro.Visitando a cidade do Porto, Adega de vinhoem Porto, passeio de barco pelo rio Douro,Santiago e Lisboa.

À vista R$ 7.220, ou 10x R$722,Base € 2.998, em apartamento duplo.Preço para saída 10/setembro.

Cariocas em Londres,Vale do Loire e Paris 15 diasSaídas 6 e 20/julho, 7/setembro.Visitando Londres, Castelo de Windsor(com entrada), Rouen, Saint Michel, Angers,Tours, Paris e Palácio e jardins de Versalhes.

À vista R$ 8.500, ou 10x R$850,Base € 3.528, em apartamento duplo.Preço para saída 7/setembro.

Cariocas nasCapitais Europeias 15 diasSaídas 14/julho e 5/outubro.Visitando: Roma, Museus Vaticanos,Basílica de São Pedro, Paris, Palácio eJardins de Versalhes, Londres e Windsor.

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Page 84: O Globo 280411

18 ● Boa Viagem

UM JANTAR MARCADO LANCE A LANCEFotos de Sally Ryan/The New York Times

O CHEF GRANT Achatz (à direita) na cozinha do Next: mesa por US$ 3 mil

UM DOS PRATOS do cardápio atual, inspirado em Paris em 1906

Emma G. Fitzsimmons • DO NEW YORK TIMES

I nspirando-se tanto nos cambistas do estádio de beisebol Wrigley Field, o campo

do Chicago Cubs, quanto nas lojas de penhores, obcecados por dinheiro e co-

mida em Chicago iniciaram um comércio frenético de entradas para um novo

restaurante com lances que, em pelo menos um caso, chegaram a US$ 3 mil, para uma

mesa perto da cozinha. A causa destes leilões amadores on-line no Craigslist e em

outros sites é o Next, a nova casa do chef celebridade local, Grant Achatz, do aclamado

Alinea. O Next não faz reservas pelo telefone, apenas pelo seu site. Assim, disputam-se

refeições, com tudo incluído, por preços que começam entre U$ 45 e US$ 75.

É este valor inicial que levoua uma guerra de lances entrecomensais ansiosos em provarum menu que exige um dicio-nário de gastronomia (um dospratos é o caneton rouennais àla presse, par example) paraser melhor apreciado. Comonoticiado no site Eater.com,dúzias de bilhetes foram ofere-cidos para a revenda, a preçosque vão de US$ 500 (mesa pa-ra dois, em uma quarta-feira,às 21h30m) até um valor seis

vezes maior, para uma mesapara seis, praticamente encos-tada no chef (mas este vende-dor recuou e preferiu manter asua reserva).

O restaurante, que fica emum distrito em rápido desen-volvimento a oeste do Centrode Chicago, vai mudar o menua cada três meses para um di-ferente tipo, ou era, da culiná-ria. O atual tem como inspira-ção Paris em 1906. Os preçostambém variam de acordo

com a noite e a demanda. Éalgo que Achatz gosta de ele-var a preços de passagem aé-rea (embora a comida certa-mente não seja de avião).

Um aviso no site do restau-rante diz que as entradas são“completamente transferí-veis” — embora advirta que“vender os bilhetes por pre-ços muito maiores do que seuvalor inicial talvez seja ilegal”.Mais de 20 mil pessoas regis-traram seus e-mails no site pa-ra serem notificados de me-sas disponíveis, levando osproprietários do Next a limi-tar as vendas a somente duasmesas por pessoa.

Achatz, cuja história pes-soal inclui a superação de umcâncer, prefere não chamartanto a atenção para a quali-dade excelente da comida dorestaurante. Ele diz que estámais entusiasmado com o po-tencial de variação de preçose a economia de trabalho quea marcação de reservas com-putadorizada permite. E em-bora afirme que esteja surpre-so com atividade dos cambis-tas, o chef não necessaria-mente a desaprova.

— Você quase tem de dizer“que bom para eles” — reco-nhece. — Mas nós não ganha-mos mais dinheiro por isso.

Next: 953 W Fulton Market.www.nextrestaurant.com

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Boa Viagem ● 19

Um chef emascensão

A última edição dasempre polêmica lista demelhores restaurantes domundo, divulgada sema-na passada, botou GrantAchatz no topo entre oschefs dos Estados Uni-dos. Ele ficou na sextacolocação geral, à frentede figurões como Tho-mas Keller, com quemtrabalhou no início dacarreira, e os francesesDaniel Boulud e Jean-Georges. Na realidade,Achatz foi além: para osjurados da revista “TheRestaurant”, que organi-za a lista, o Alinea, emChicago, é o melhor res-taurante fora da Europa.

Chef e dono da casade fachada discreta, queostenta três estrelas Mi-chelin, Achatz é um cozi-nheiro em ascensão. Se-guidor da linha pós-mo-derna de Ferran Adriá, járecebeu prêmios de “me-lhor dos EUA” por publi-cações, como a revista“Gourmet”, e entidades,como a James BeardFoundation (organizaçãonão governamental dedi-cada à divulgação da gas-tronomia americana).

O menu degustação,em 21 etapas, custa US$195, e tem receitas comoa chao tom, que combinaaçúcar, camarão e men-ta, e um rolinho primave-ra de barriga de porco —todas com linda apresen-tação. Ao lado de BarackObama, Achatz ajudou abotar Chicago em evidên-cia — pelo menos no uni-versos dos apreciadoresda boa mesa. Sei de pes-soas que visitaram a cida-de só para comer no Ali-nea (www.alinea-restaurant.com).

● BRUNO AGOSTINI

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20 ● Boa Viagem

AFLUENTE DO RIOPreguiças visto a

partir do farol:mirante com vista

privilegiada

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Boa Viagem ● 21

RIO DE EMOÇÕESFotos de Bruno Agostini

A ESCADARIA que conduz ao alto do farol, no povoado de Mandacaru, quase na foz

ARTESANATOde palha deburiti, tambémreproduzidona páginaao lado, àesquerda

PERIQUITO nacasa dafamília Dias:parada paraágua de coco

Bruno Agostini • BARREIRINHAS, MA

S empre me perguntam qual é o melhor período para se visitar

os Lençóis Maranhenses. A resposta está na ponta da língua:

vá entre maio e setembro, talvez em abril, ou, no mais tardar,

em outubro, com as lagoas cheias. Se possível, acrescento: vá em junho,

quando, além das águas absurdamente claras, há os lindos festejos de

São Luís, ponto de chegada ou de partida mais comum dos viajantes

nestas paragens. É preciso reconhecer que as lagoas de água doce e

transparente são, de longe, a principal atração do pedaço. Mas o que

pouca gente sabe é que existe um lado B dos Lençóis, menos badalado

e tão bonito quanto. Para muitos turistas, o Rio Preguiças, que margeia a

cidade de Barreirinhas, é um obstáculo, vencido por travessia de barca,

no caminho para se chegar às lagoas. Ou, ainda, apenas o caminho para

se chegar a Atins e Caburé, vilarejos que ficam em sua foz. Mas o Pre-

guiças é muito mais que isso. Tem igarapés, comunidades ribeirinhas

que produzem rico artesanato usando a fibra do buriti, margens com

vegetação exuberante, animais coloridos e águas calmas, limpas e per-

feitas. Explorar essas virtudes fluviais é tão gostoso quanto visitar as la-

custres, acredite. Não falta o que fazer no Preguiças: observar os animais,

mergulhar nas águas de temperatura amena, comer nos bons restauran-

tes que o margeiam, visitar os artesãos e as casas de farinha, subir as

escadas do farol para curtir o visual alucinante... Em meu passeio por lá,

eu me lembrei de Paulinho da Viola: “Foi um rio que passou em minha

vida, e meu coração se deixou levar”.

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22 ● Boa Viagem

No Canto de Atins, uma receita de camarão secreta e deliciosaFotos de Bruno Agostini

O FAROLPREGUIÇAS,quase na fozdo rio demesmo nome:instalado em1940, tem170 degrause bela vista

POVOADO DEMANDACARU:criançasrecebemvisitantescantando“O xote dasmeninas”

A vida selvagem exi-ge alguns cuida-dos. Por exemplo:ao comprar o seu

coco na casa da família Dias,na pequenina localidade deVassouras, às margens do RioPreguiças, fique muito atento.Algum macaco-prego podepegar a fruta e correr para amata. Pior é se for uma câme-ra fotográfica, ou uma cartei-ra. Portanto, não descuidedos objetos pessoais, espe-cialmente os mais leves (e ca-ros). Ele pode não querer de-volver. No fim das contas, astravessuras dos animais aca-bam sendo um dos pontosmais divertidos da visita ao lu-gar, habitado por muitos ou-tros bichos, como periquitos,garças e corujas.

— Os animais vivem na ma-ta, mas se acostumaram como contato com os humanos. OIbama esteve aqui e disse quenão ameaçamos as espécies,mas pediram para não darmosmais comida para os maca-cos. Só que eles são abusadose roubam — conta Ana LúciaGomes Dias, que há dez anosvive ali com o marido, Nalber-to Ribeiro Dias.

Além dos animais silvestres,há patos com filhotes peram-bulando pelo chão de areia. Olugar é umaparada estra-tégica paramatar a sedecom água decoco ou cer-veja, no ca-minho entreBarreirinhase a f o z d oPreguiças.

M e l h o rainda é mer-gu lha r na sá g u a s d etemperaturaperfeita, nem quentes nemfrias, e sempre muito limpas: apraia fluvial de Vassouras étão deliciosa quanto as famo-sas lagoas. Entre um gole e um

mergulho, admire as roupas eos acessórios artesanais vendi-dos por Ana Lúcia, produzi-dos com fibra de buriti, um ti-po de palmeira da região.

O povoado de poucas casasgeralmente é uma das paradasno passeio de barco até a fozdo Preguiças. Mesmo que nãoesteja no roteiro, peça para o

piloto fazer uma escala. Vale apena pelos bichos, pela sim-patia da família, pela cervejagelada diante do visual privile-giado e, principalmente, pelobanho de rio, que é redentor.Sem falar na fileira de redes àsombra. Mas Vassouras é sóuma etapa. A razão últimadeste passeio seria a foz, e ofarol que está perto dela. De-pois das excursões pelas la-goas, o roteiro rio abaixo é ofavorito dos visitantes que es-tão em Barreirinhas.

Chamado de Farol Pregui-ças de Mandacaru, a instala-ção da Marinha foi batizadodessa maneira por ficar emuma localidade que leva o no-

me do cacto. Talvez seja por is-so que, assim que o barco an-cora no modesto cais, ascrianças venham correndo,em troca de algum dinheiri-nho, apresentar o seu repertó-rio, não tão afinado assim,mas de uma beleza rara. Pelomenos para quem, como eu,acha que criança cantando ésempre bonito:

— Mandacaru quando fulo-ra na seca é o sinal que a chu-va chega no sertão...

E dá-lhe Luiz Gonzaga com“O xote das meninas”. A peti-zada vai ficar feliz se você tirarumas fotos — e também pagarum guaraná Jesus e um copi-nho de sorvete, na lojinha quefica à entrada do farol. Do ou-tro lado da rua, se é que po-demos chamar assim o cami-nho de areia, funciona umaloja de peças de artesanatoconfeccionados com palha deburiti, como quase tudo o queé feito na região.

A visita ao farol propria-mente dito, que parece vesti-do de presidiário, por ser pin-tado com listras pretas e bran-cas, seria absolutamente dis-pensável, se não fosse por umdetalhe: a vista que se tem ládo alto, e a simpatia dos ma-rinheiros que tomam contado lugar (como já deu paranotar, sim, são muito simpáti-cos os moradores dos LençóisMaranhenses). Vale a penaencarar os cerca de 170 de-graus que levam até lá em ci-ma. Vemos o mar, os rios, oscampos cheios de buritis eaçaizeiros (chamados de ju-çara), as dunas.

Apesar da imponência dofarol, instalado em 1940, comos seus 35 metros de altura, aprincipal atração dessa por-ção dos Lençóis está um pou-co mais adiante. Mais precisa-mente no vilarejo conhecidopor Canto de Atins: trata-se docamarão da Luzia, uma pre-ciosidade não incluída nopasseio de barco.

A receita é um segredo. Na

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Boa Viagem ● 23

BOLSAS feitascom buriti(acima): palhaé trabalhadapor artesãoscomo AnaLúcia Gomes(à esquerda)

UM RANCHO DE PESCADORES na margem tranquila do Rio Preguiças

realidade, o que está guarda-do a sete chaves são os ingre-dientes do tempero. Em resu-mo, o crustáceo, aberto aomeio, é marinado em umamistura com base de urucum,limão, manteiga de garrafa ealho (segundo suspeitam osfrequentadores). Depois, ele éacomodado gentilmente nagrelha posta sobre a brasa for-te, que assa os camarões noponto perfeito.

O tal passeio de barco nor-malmente prevê almoço emalgum dos restaurantes de Ca-buré, na foz do Preguiças. Masquer saber qual é a boa? Fiqueem Atins, pelo menos umanoite. Lá tem praia, dunas e la-goas, tudo junto, tudo lindo.Também é possível se hospe-dar em Caburé, mas não é tãobonito quanto Atins, do outrolado do rio. Nem tem o cama-rão da Luzia...

Se o passeio rio abaixo é

um programa clássico, o mes-mo não se pode dizer dos ro-teiros que sobem o Rio Pre-guiças, passando pelos po-voados de Tapuio (leia no boxabaixo) e Marcelino, que co-

meçam a entrar nos roteirosde operadoras especializadasem aventura e natureza, co-mo a Pisa Trekking e a Fre-eway. Em Marcelino, dá umaponta de orgulho de ser bra-

sileiro, ao encontrarmos umacomunidade unida e organi-zada, que cuida da naturezaao redor e faz dela, de manei-ra sustentável, o seu meio devida, em atividades como acriação de tambaquis ou naextração de fibra de buriti pa-ra o artesanato.

— Tirar a palha do buriti dátrabalho. Temos que subir atéo topo e cortar com muitocuidado, para não matar aplanta. E só fazemos isso a ca-da três meses, temos uma ta-

bela de controle — explicaSonia Maria Batista Cabral, de40 anos, vice-presidente daCooperativa dos Artesãos dosLençóis Maranhenses, quereúne pessoas de dez comuni-dades diferentes.

O trabalho cuidadoso dosartesãos de Marcelino, que in-tegra os projetos Artesanatoem Fibra de Buriti, do Sebraedo Maranhão, e o Projeto Ta-lentos do Brasil, vem chaman-do a atenção do mundo damoda. A ponto de o estilistamineiro Renato Lourenço terdesenhado algumas peçaspara eles, que participaramda última edição do Rio-à-Porter. Marcelino é um mode-lo de comunidade. E indocontra ou a favor da corrente-za, o passeio pelo Rio Pregui-ças mostra que os LençóisMaranhenses são muito maisque apenas uma bela cole-ção de lagoas.

Histórias na casa de farinhaVisitar uma casa

de far inha gera l-mente é uma expe-riência interessan-te. Mas se ela esti-ver na beirada deum rio de água de-liciosa, o programafica imperdível. Se,além disso, a pes-soa que recebe osv i s i t a n t e s t e m asimpatia e a sabe-doria de Maria JoséDiniz Araújo (na fo-to ao lado), de 63anos, aí, então, opasse io se to r namais que obrigatório.

— Fazemos a farinha co-mum e a d’água, que émais grossa. Ela leva essenome porque, depois de ra-larmos a mandioca, e antesde levarmos ao fogo paratostar, deixamos a massapor três dias dentro do rio— explica Maria.

Ela não se limita a falarapenas sobre a produção

de farinha de mandioca.Conta histórias da região, eainda explica como se fazo chamado bolo de goma,uma iguaria típica que levapolvilho azedo, coco euma pitada de sal.

— Esse doce é servidona Festa de São Gonçalo.Pena que hoje não tem,vocês iam adorar — dizMaria José.

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24 ● Boa Viagem

Um passeio boêmioao redor da duna

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PÔR DO SOL atrás da imensa duna que marca a paisagem da cidade de Barreirinhas, que fica às margens do Rio Preguiças

FORRÓ FLUTUANTE em bar que funciona num barco atracado

C idades cortadas ouàs margens de rios,há muitas, no mun-do inteiro. Mas com

uma duna imensa, bem naárea central, é mais difícil.Pois Barreirinhas tem umaimensa e bela montanha deareia, colada ao Rio Pregui-ças, que mesmo na zona urba-na é limpo e muito agradávelpara um mergulho. Coisa queque os nativos fazem costu-meiramente no fim do dia, di-ferentemente dos turistas, quenão são muito chegados a umbanho ali — e não sabem oque estão perdendo.

Também estão à beira-rioos bares com música, que fi-cam cheios nas noites dosfins de semana, feriados e fé-r ias escolares brasileiras.Quase todos têm shows demúsica, o que pode ser umtormento para uns, e diverti-díssimo, para outros, depen-dendo do humor. No caso domeu grupo, que estava bemanimado, foi ótimo. Em pri-meiro lugar, porque o músicoera bom. Em segundo, o re-pertório era interessante, comMPB e rock. E o rapaz aindaatendia aos nossos pedidos,escritos em papel, ou gritados

nos intervalos entre uma mú-sica e outra — como o clás-sico “Toca Raul!”.

De lá seguimos o Preguiças,caminhando pela areia, e con-tornando a duna. Já víamos asluzes, algumas delas colori-das. O destino? Um bar, que

na realidade é um barco an-corado, o último sopro deboemia na cidade naquelanoite de quinta-feira. O reló-gio marcava umas 23h30mquando pagamos o ingresso(R$ 5 para os homens, e R$ 3para as mulheres).

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Boa Viagem ● 25

Lá dentro, nos esperavauma daquelas experiênciasantropológicas do tipo ame-a ou deixe-a. Nós gostamos.A cerveja estava gelada e acasa, não muito cheia. Turis-tas? Apenas uns quatro oucinco estrangeiros. O restan-te eram locais, que nos olha-vam intrigados em saber oque fazia ali aquele grupo depessoas de fora. Logo quechegamos, a música estavaruim de dar dó. Era aqueleforró com teclados, acelera-do, com letras cheias de pi-cardia. Mas não tinha senti-

do reclamar, fazia parte daexperiência, e não deixavade ser engraçado.

Mas resolvemos tentar asorte: “Toca Luiz Gonzaga!”,pedimos, quase em unísso-no, sem muita esperança desermos atendidos. Mas não éque o sujeito que tocava nobar-barco arrumou uma san-fona, e o set list melhoroucons iderave lmente, pas-seando pelos maiores clássi-cos do Rei do Baião, com di-reito a hits de Domingui-nhos? Como não adorar umbar desses?

Bons pratos à beira do rioCom exceção do imbatí-

vel camarão da Luzia, emAtins, os melhores restau-rantes da região ficam àsmargens do rio. O Bambaênão apenas é o mais boni-to e agradável, mas é umdos mais animados, comfestas e shows nos fins desemana. Funciona numcasarão rústico, de madei-ra e palha, bem de frentepara o Preguiças, com di-reito a cais para embarquee desembarque e, o que émelhor, um trampolim. A

comida também é a me-lhor, com uma propostaque mescla referências ereceitas regionais com al-guma criatividade e in-fluência internacional.

Outro endereço quecombina boa comida comambiente agradável é o res-taurante da Pousada Murici,voltado às especialidadesregionais, como o filé depescada-amarela com mo-lho de camarão, a caldeira-da de camarão, o baião dedois e a carne de sol.

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26 ● Boa Viagem

Oeste de Lençóisé menos explorado

Fotos de Bruno Agostini

A LAGOA DO PARAÍSO com baixo nível de água, em novembro: melhor período para visitar começa em maio

PARA SECHEGARao ParqueNacionaldos LençóisMaranhensesé preciso irde 4x4 emuma pequenaaventura quecruza riachose passa porestradasde areia

P or mais que o RioPreguiças seja far-to em atrações na-turais, não faz mui-

to sentido ir até os LençóisMaranhenses para ver as la-goas vazias — existem algu-mas perenes, mas ficam bai-xas, e o cenário não é tão be-lo e exuberante. Esses aquá-rios de água doce, clara e detemperatura amena são o filémignon do pedaço, uma daspaisagens mais lindas e dese-jadas do Brasil, com todos osméritos. Bom para quem pla-neja uma viagem ao Mara-nhão é saber que começaexatamente agora, em maio,o período perfeito para se vi-sitar a região, que está comas lagoas cheias até por voltade agosto, quando elas co-meçam a esvaziar. As cons-tantes chuvas do início doano já se foram, deixando onível da água em seu pontomais alto, realçando — emuito — a beleza do lugar.

A maioria dos turistas ex-plora pouco a região, limitan-do-se a visitar as lagoas maispróximas de Barreirinhas empasseios feitos em grupos nu-

merosos — a Lagoa da Pregui-ça foi batizada assim por ser ade acesso mais simples, etambém por causa disso, umadas mais visitadas. Dá paraapreciar a formosura quaseinacreditável do local e des-cobrir como é deliciosa aágua doce no meio de ummar de areia. Mas para sentiro verdadeiro impacto da bele-za única dos Lençóis Mara-nhenses é preciso fazer umvoo panorâmico em mono-motor a partir de Barreirinhas(o programa custa R$ 180 porpessoa, e garante as melhoresfotos do lugar). Ou então, iralém das lagoas mais próxi-mas da “capital dos LençóisMaranhenses”, tendo comobase de apoio o povoado deSanto Amaro do Maranhão, aporta de entrada oeste do Par-que Nacional, com modestaestrutura de hospedagem ealimentação. Mas, em com-pensação... a paisagem, alémde ser mais bela (as dunassão maiores, e as lagoas têmáguas ainda mais claras), nãorecebe centenas de visitantesdiariamente. Pouca gente, pe-lo menos por enquanto, se

aventura por aquelas bandas.Não podemos nos esquecer:as ruas são de areia.

A partir de Santo Amaro épossível fazer travessias a pécom duração de até quatrodias, seguindo no sentido les-te, em direção a Atins. Vásempre com auxílio de guias

locais, porque a paisagemmuito parecida dificulta a lo-calização, e só quem conhecebem a região é capaz de seorientar. Mas, para explorar asbelezas do parque, não é pre-ciso encarar as dunas com ta-manho espírito de aventura epreparo físico. É possível subirem carros 4x4 para percorreras trilhas que levam a algunspovoados localizados dentrodos limites da área de preser-vação ambiental, como Quei-mada dos Britos, Atins e Ca-sante, e também para algu-mas lagoas como a da Gaivo-ta, a maior dos Lençóis e umadas mais lindas, a cerca de 30minutos a partir de SantoAmaro do Maranhão.

De cinco anos para cá, osvisitantes começaram a ter al-guma estrutura de hospeda-

gem e alimentação, com ainauguração de pequenaspousadas (com cama limpi-nha, banho e restaurante). Omelhor endereço, tanto paracomer quanto para dormir, éo número 14 da rua OsvaldoCruz, na Pousada Água Doce,que também tem um restau-rante, simples como ela, mascapaz de servir um já famosocamarão grelhado — e tam-bém especialidades locais,como cabrito no leite de co-co e galinhada. Apesar de es-tar perto do mar e cortadapor rios abundantes em pei-xes, a cultura de fazenda émuito comum na região, daíhaver muitos pratos típicos daroça e até uma vaquejada,que acontece em julho, movi-mentando ainda mais a cida-de de Barreirinhas.

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Boa Viagem ● 27

Diversãofluvial

Além do Preguiças, ou-tros rios garantem a diver-são fluvial nos LençóisMaranhenses — isso semfalar nos igarapés quecortam a região. O maisfamoso desta turma é oRio Cardosa, que está acerca de 35 quilômetrosde Barreirinhas. Ali, sim, apreguiça toma conta dosvisitantes, que não preci-sam fazer nada, basta dei-xar a boia descer rio abai-xo, calma e lentamente.

Outras localidades daregião, que é muito irriga-da, também apresentamcada qual o seu agradá-vel curso d’água. Assimcomo Barreirinhas, SantoAmaro do Maranhão tam-bém tem a sua Rua Beira-Rio — e nela também es-tão boa parte dos bares,restaurantes e pousadas.Perto dali fica o povoadode Betânia, um dos bonspasseios a serem feitos apartir de Santo Amaro.Uma das atrações do lu-gar é o Rio Alegre, deli-cioso para um banho.

O povoado de Cantode Atins também tem oseu riozinho gostoso, noqual navegam turistas emembarcações rústicas,embaladas pelas velas —com sorte, é possível veruma revoada de guarás.O passeio é feito no fimde tarde, para coincidircom o pôr do sol, essasim uma qualidade uni-forme em qualquer lugardos Lençóis Maranhen-ses: de qualquer lugar, ésempre lindo.

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28 ● Boa Viagem

Canto

óis

Santo Amarodo Maranhão Atins

VassourasVassouras

LençóisMaranhenses

Barreirinhas

AtinsCanto

de Atins

Casante

Santo Amarodo Maranhão

Queimadados Britos

Santo Amarodo Maranhão

Mandacaru

São Luís Vassouras

Caburé

Rio Preguiças

Oceano Atlântico

(260 km)

(Parque Nacional)

MA402

Em vez de forró, arraiais juninos no Maranhão têm cacuriá e boi

V ocê pode querer ouprecisar visitar oMaranhão em ou-tras épocas do ano.

Mas o mês perfeito é o de ju-nho. É a época de esplendormaior das lagoas dos LençóisMaranhenses, abastecidas pe-las chuvas. Além disso, é tem-pos de festejos de São Joãoem São Luís, que é ponto departida ou chegada de quasetodos os turistas que passeiampelo estado.

Em todo o Nordeste, o SãoJoão é festejado com muitaanimação. Mas em nenhumacapital há tanta farra comoem São Luís. Farra, e não for-ró, porque ali são outros osritmos que comandam a fes-ta, como o tambor de criou-la, o cacuriá e os diferentessotaques do boi. São cinco:matraca, o mais popular,também conhecido como

sotaque da ilha; zabumba,que reflete a influência afri-cana; orquestra, que apre-senta influências europeias,e os sotaques da baixada ecosta de mão.

Os arraiais se espalham portoda a cidade, e o mais impor-tante deles é promovido noCeprama (Centro de Produ-ção de Artesanato do Mara-nhão), um dos pontos de visi-ta da cidade, bem perto doCentro Histórico. Apesar doestado precário das constru-ções, o Centro ainda mereceatenção, pelo seu casario pre-cioso. Como brincadeira nun-ca é demais, julho, período deférias escolares, é o mês doVale Festejar, uma micaretabovina que embala as madru-gadas da cidade.

Bruno Agostini viajou a con-vite do Sebrae

❁ COMO CHEGARDe avião: A TAM tem voosdiretos entre o Rio e São Luís,com saída às 23h e chegadaàs 2h20m, e retorno às 3h comchegada às 6h30m, a partir deR$ 473. A Gol também tem voosdiretos entre as duas capitais,com saída às 21h30m e chegadaà 1h, e retorno às 3h20m comchegada às 6h40m. O bilhetecusta a partir de R$ 691.Preços de ida e volta, com taxas,pesquisados para a segundaquinzena de maio.De carro: De São Luís paraBarreirinhas são 257quilômetros, seguindo pela MA-402. O carro alugado é poucousado quando você estiver nacidade, onde todas as atraçõesestão ao alcance de um passeioa pé, mas o veículo garante maisconforto na ida e na volta. Váriasempresas também providenciamo transporte a partir de São Luís,e podem ser contratadas pelohotel em que você for sehospedar. Também é possívelir no ônibus da viação CisneBranco (www.cisnebrancoturismo.com.br), que faz otrajeto em quatro horários pordia: 6h, 8h45m, 14h e19h30m, a ida, e 6h, 9h, 14he 18h30m, a volta. Ambos ostrechos custam R$ 28.

❁ ONDE FICARBARREIRINHASPousada Murici: Diárias a partirde R$ 105. O restaurante tambémé um dos melhores da cidade.Rua Domingos Carvalho 590.Tel. (98) 3349-1192.www.pousadamurici.com.brPorto Preguiças Resort: Diárias apartir de R$ 315. Tel. (98) 3349-6050. www.portopreguicas.com.brResort Lençóis Maranhenses:Diárias a partir de R$ 222.Rua Anacleto Carvalho, Cruzeiro.Tel. (98) 3349-1139.www.lencoisresort.com.brATINSPousada Rancho do Buna:Diárias a partir de R$ 145. Praiado Atins. Tel. (98) 3349-5005.www.ranchodobuna.com.br

SANTO AMARO DO MARANHÃOPousada Água Doce: Diárias apartir de R$ 120, tem um ótimorestaurante. Rua Osvaldo Cruz14. Tel. (98) 3369-1105.Pousada Cajueiro: Diárias a partirde R$ 115. Rua Oswaldo Cruz2-A. Tel. (98) 3369-1119.www.pousadacajueiro.com

❁ ONDE COMERBARREIRINHASBambaê: Estrada de SãoDomingos, Boa Vista.Tel (98) 3349-0691.www.encantesdonordeste.com.brATINSCamarão da Luzia: É orestaurante mais famoso doMaranhão. Canto de Atins.Tel. (98) 8709-7661.

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Page 95: O Globo 280411

Boa Viagem ● 29

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Preços publicados por pessoa em apto./cabine dupla + aéreo desde São Paulo. Consulte suplemento de embarque/desembarque no Rio de Janeiro. *Preços correspondentes às datas de saídas. **Não inclui passagem aérea. São osvalores mínimos de cada programa convertidos pelo câmbio vigente na data de fechamento do jornal. Preços em reais serão reconvertidos pelo câmbio turismo na data de pagamento. Pagamentos parcelados no Credi-Cheque. Todasas taxas e suplementos (não inclusos nos preços) devem ser pagos juntamente com a 1ª parcela. Disponibilidade e preços sujeitos a alterações sem aviso prévio. (Câmbio: US$ 1,00 = R$ 1,66 ou ¤ 1,00 = R$ 2,42 em 25/04/2011).

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Page 96: O Globo 280411

30 ● Boa Viagem

A POLÔNIA DO BEATO KAROL WOJTYLAFotos de Gustavo Alves

ESTÁTUA DE JOÃO PAULO II, que vai ser beatificado, em frente à praça de Wadowice, onde ele nasceu

ADOLESCENTESNA PAREDEda Catedralconsideradaum dos“chacras daTerra”: locaisse demoramno lugar,ao contráriodos turistas

Gustavo Alves • CRACÓVIA

K arol Wojtyla volta a atrair multidões e

atenções. Com a beatificação do papa

João Paulo II, marcada para o próximo

domingo, o Vaticano deve receber uma legião de

católicos que irão homenagear o antecessor de

Bento XVI. Mas os caminhos do “papa do povo” não

levam só a Roma. Levam também à Polônia, terra

natal de Wojtyla. Lugares por onde ele passou e até

um doce típico formam um roteiro de passeio ins-

pirado na trajetória do mais popular papa da his-

tória, em Cracóvia e Wadowice, a cidade em que

nasceu João Paulo II.

O interessante passeio podecomeçar no castelo Wawel,fortificação na área históricada Cracóvia, onde Wojtyla élembrado por uma estátua emfrente à catedral que faz partedo complexo arquitetônico.Foi nas catacumbas desta ca-tedral que ele rezou sua pri-meira missa: era 1946, e os en-tão novos dirigentes comunis-tas não queriam saber de ca-tolicismo. A fachada da cate-dral divide-se em dois estilosmedievais: a parte branca, nabase, é românica, e a verme-lha, em cima, é gótica. A torreverde por cima é barroca.

No pátio interno do castelo,encoste na parede no canto àesquerda da entrada: o lugartem fama de ser um dos “cha-cras” da Terra e, por isso, trans-mitiria boas doses de energiapara o nosso corpo. Ideia quenão saiu da Igreja Católica,mas de sábios hindus queidentificaram sete chacras noplaneta. É difícil se concen-t ra r com tur i s t a s que seapoiam rapidamente na pare-de para tirar uma foto. Mas os

locais sempre conseguem fi-car parados recebendo as taisenergias boas, indiferentes aovaivém dos visitantes. Da pa-rede de boas energias, vocêpode ir para o interior da ca-tedral, onde estão enterradosreis poloneses, o primeiro san-to do país, Stanislaw (comoWojtyla, ele foi bispo de Cra-cóvia), e Santa Edwiges, a pa-droeira dos endividados — ospreços na Polônia são relativa-mente baratos, mas por segu-rança, ore à santa pela contado seu cartão.

Do castelo e da catedral, o

acesso para a praça principaldo Centro Histórico é pela Uli-ca Kanonicza, a rua em quemoravam os cardeais e prela-dos de Cracóvia. João Paulo II,que também foi cardeal da ci-dade, morou nos números 19e 21 da via com casas em es-tilo renascentista. É na ruaque está agora o Copernicus,um hotel da Relais & Cha-têaux que é um dos melhoresda cidade (o astrônomo polo-nês que desenvolveu o siste-ma heliocêntrico era padre etambém passou por lá).

A praça medieval de Cracó-

via é a maior da Europa. Parepara ouvir um trompetista to-car de hora em hora, em dire-ção dos quatro pontos car-deais, no alto da torre da Ba-sílica Mariana. Depois, percor-ra o Mercado Central, ondepeças de âmbar são vendidasem barraquinhas, a preços en-tre 200 e 240 zlotys (R$ 115 aR$ 135). Outras opções decompra estão na Florianska,que começa ao lado da basí-lica. Explore as galerias ondehá lojinhas com camisetas detimes de futebol poloneses eacessórios da moda hip hop,

como bonés, tênis e camise-tas. O Carlito é um restaurantee pizzaria com decoração in-terna bem cafona, mas seu ter-raço é perfeito para tomaruma cerveja, descansar e con-templar os outros passantes.

Wojtyla foi para Cracóvia es-tudar, e era obrigado a tomaraulas de teologia escondidono quarto do cardeal da cida-de, porque os nazistas haviamfechado o seminário em queele havia se matriculado. Cra-cóvia, hoje, continua uma ci-dade de estudantes, mas semmedo nenhum de se mostrar ede dar um pouco o tom da vi-da na cidade: há 200 mil delesem 15 universidades. Se vocêquiser sentir um pouco do am-biente universitário, pare paraum chocolate ou outra bebidaquente no Nowa Prowincja,café na Rua Bravka que per-tence a Grzegorz Turnau, umcantor e compositor famosono país. Inclusive por uma mú-sica que ele fez sobre a chuvacaindo na Bravka, para falarde nostalgia. Velhos livros,aparelhos de rádio e fotos de-

Page 97: O Globo 280411

Boa Viagem ● 31

Wadowice

Cracóvia

Varsóvia

P O L Ô N I A

coram o ambiente pouco ilu-minado onde Turnau frequen-temente aparece.

A juventude de Cracóviadeu outro aspecto a uma par-te da cidade que antes era so-turna: o Kazimierz, antigobairro judeu, hoje é a zonaboêmia mais nova da cidade.O bairro foi completamenteesvaziado pelos nazistas, quelevaram seus moradores paraum gueto e depois, para oscampos de extermínio — umprocesso que o jovem estu-dante Wojtyla testemunhou.

Até 1937, João Paulo II mo-rava em Wadowice, a 50 qui-lômetros de Cracóvia. Hoje,Wadowice expõe em sua igre-ja a pia onde ele foi batizado.Perto, há a casa onde nasceuo futuro beato, com uma ex-posição sobre sua vida comfotos e objetos. Atualmente, aexposição está na casa epis-copal também ao lado daigreja, porque a antiga resi-dência dos Wojtyla está em re-formas previstas para termina-rem em 2013.

Uma estátua de Karol Wojty-

la marca o lugar em que elemudou a pâtisserie da cidade-zinha. Quando voltou a Wa-dowice em 1999, João Paulo IItrocou o discurso escrito porum improvisado, em que, naprática, conversou com osmoradores sobre os temposem que morava por lá. O papalembrou do caminho que fa-zia para caminhar e esquiarnas montanhas, da casa ondemorou, da escola em que es-tudou — e da padaria em quecomia kremowka, um folhadocom recheio doce que é umdos doces típicos da Polônia.

“Era tão boa! Será que ain-da existe?”, perguntou Wojtylapela padaria aos seus conter-râneos. Eles tiveram de res-ponder em coro “nããããão”.Mas para agradar ao seu filhomais famoso, logo depois daviagem de Wojtyla, pipocaramdocerias e padarias oferecen-do o doce. Hoje, Wadowice,além do berço do papa, é aterra da kremowka.

Gustavo Alves viajou a convi-te do Turismo da Polônia

❁ COMO CHEGARDe avião: A Lufthansa voa do Riopara Cracóvia, com conexões emSão Paulo e Frankfurt, a partir deR$ 2.365, com o primeiro trechofeito pela TAM. A TAP voa comconexões em Lisboa e Varsóvia (ida)e Varsóvia, Frankfurt e Lisboa (volta)a partir de R$ 2.800. Preços deida e volta, válidos para a segundaquinzena de maio, com taxas.

❁ ONDE FICARCopernicus:Tarifas a partir de800 zlotys (R$ 456). Kanonicza16. Tel. 48 (12) 424-3400.www.copernicus.hotel.com.plGoodbye Lenin: Hostel emKazimierz com quartos a partir

de 120 zlotys (R$ 70). BercaJoselewicza 23. Tel. 48 (12)421-2030. www.goodbyelenin.pl

❁ RESTAURANTESNowa Prowincja: Rua Bracka3-5. Tel. 48 (12) 422-0422.www.nowaprowincja.krakow.pl

Carlito: Florianska 28. Tel. 48(12) 429-19 12.Szara Kazimierz: Szeroka 39.Tel. 48 (12) 429-1219.www.szarakazimierz.pl

❁ PASSEIOSCRACÓVIACatedral Wawel: Segunda-feiraa sábado, das 9h às 17h.Domingos e feriados, das12h30m às 16h. Entradas:10zlotys (R$ 5,50). Monte Wawel.Tel. 48 (12) 422-1697.WADOWICEMuseu João Paulo II: Terça-feiraa domingo, das 9h às 17h45m.Entrada: 5 zlotys (R$ 2,25).Praça do Mercado.

FLORIANSKA VISTA do terraço do Carlitos: para parar e contemplar

KREMOWKA:O FOLHADOpolonês queficou namemória dopapa é aespecialidadede Wadowice

Comdoisincríveisparquestemáticos,vidanoturnanon-stop, e 3 sofisticados hotéis no complexo,Universal Orlando® Resort é um universo de açãoe aventura para todos os membros da família.Além disso, você pode ainda mergulhar na magiae emoção do The Wizarding World of Harry Potterno Universal’s Islands of Adventure®. Depoisaproveite tudo que Orlando tem para oferecer,desde compras com descontos e restaurantessofisticados a atividades ao ar livre. Com umagrande variedade de pacotes turísticos de férias,visitar Orlando nunca foi tão acessível.

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Page 98: O Globo 280411

32 ● Boa Viagem

PASSAPORTETaxa: R$ 156,07. Documentos (originais e xerox): carteira de identidade (maiores de 18 anos) ou certidão de nascimento(menores de 18 anos sem RG); certidão de casamento e identidade para mulheres com estado civil diferente de solteira e quenão conste no RG; título de eleitor e comprovante de votação da última eleição (dos dois turnos, se for o caso); certificado dereservista (18 a 45 anos); CPF; protocolo da solicitação, que deve ser feita pelo site <www.dpf.gov.br>, no qual o requerentedeverá também agendar o atendimento, e passaporte anterior, se for o caso; comprovante do pagamento da taxa em qualquerbanco, casa lotérica ou agência dos Correios, por meio da Guia de Recolhimento da União (GRU), que deve ser impressa domesmo endereço eletrônico. Endereços: Aeroporto do Galeão, Terminal 1, 3o- piso. De segunda-feira a sexta-feira, das 8h às18h. Tel. 3398-3142. Via Parque (Av. Ayrton Senna 3.000, Barra). De segunda-feira a sexta-feira, das 10h às 20h. Tel. 3421-9290. Rio Sul (Rua Lauro Müller 116, Botafogo). De segunda-feira a sexta-feira, das 10h às 20h. Tel. 3527-7200. ShoppingLeblon (Av. Afrânio de Melo Franco 290, Leblon). De segunda-feira a sexta-feira, das 10h às 20h. Tel. 3138-8050.

País Telefone para informações

Angola 2220-9372

Austrália (61) 3223-7772

Canadá (11) 5509-4343

China 2551-4578

Cuba (11) 3873-2800

Egito 2554-6318

Emirados Árabes Unidos (61) 3248-0717

Estados Unidos 4004-4950

Índia (11) 3171-0341

Japão 3461-9595

Jamaica 2122-8464

Jordânia (11) 3285-5521

México 3262-3200

Sérvia/Montenegro (61) 3223-7272

Ucrânia 2542-1704

Cidade Hora emrelação a Brasília*

Brasil EUA Europa

36 14 36

37 14,5 37

38 15 38

39 15,5 39

40 16 40

41 16,5 41

42 17 42

CAMISAS MASCULINAS

Brasil EUA Europa

39 7,5 41

40 8,5 42

41 9,5 43

42 10 44

43 11 45

44 12 46

CALÇADOS MASCULINOS

Brasil EUA Europa

36 2 34

38 4 36

40 6 38

42 8 40

44 10 42

46 12 44

48 14 46

A lista com os endereços e telefones de todas as embaixadas do

Brasil no exterior pode ser consultada no site <www.mre.gov.br/

portugues/enderecos/embaixadas.asp>.

ROUPAS FEMININAS

Aerolineas Argentinas 0800-7073313 www.aerolineas.com.ar

Air France-KLM 4003-9955 www.airfrance.com.br

American Airlines 4502-5005 www.aa.com.br

Avianca 4004-4040 www.avianca.com.br

Azul 4003-1118 www.voeazul.com.br

Alitalia* (11) 2171-7610 www.alitalia.com

British Airways 0800-7610885 www.ba.com

Continental Airlines 0800-7027500 www.continental.com

Copa 0800-7712672 www.copaair.com

Delta Air Lines 4003-2121 www.delta.com

Gol/Varig 0300-1152121 www.voegol.com.br

Iberia (11) 3218-7130 www.iberia.com.br

LAN 0300 788 00 45 www.lan.com

Lufthansa** (11) 4700-1700 www.lufthansa.com

Pantanal 0800-6025888 www.voepantanal.com.br

Pluna 0800-8923080 www.flypluna.com

TAAG 2206-3072 www.taag.com.br

Taca 0800-7618222 www.taca.com

TAM 4002-5700 www.tam.com.br

TAP 0300-2106060 www.flytap.com.br

Team 3814-7510 www.voeteam.com.br

Trip 0300-7898747 www.voetrip.com.br

United Airlines 0800-162323 www.unitedairlines.com.br

US Airways 0800-7611114 www.usairways.com

Webjet 0300-2101234 www.webjet.com.br

COMPANHIAS AÉREAS

NUMERAÇÃO

EMBAIXADAS

VISTOS

FUSOS

SERVIÇOS

COTAÇÃODólar 1,57Euro 2,29Coroa dinamarquesa 0,31Coroa norueguesa 0,29Coroa sueca 0,26Dólar australiano 1,69Dólar canadense 1,65Iene japonês 0,02Franco suíço 1,78

EMPRESAS QUE VOAM A PARTIR DO RIO

OUTRAS EMPRESAS QUE OPERAM NO BRASIL

AeroMexico*** (11) 3253-3888 www.aeromexico.com

AeroSur (11) 3214-0484 www.aerosur.com

Air Canada*** (11) 3254-6630 www.aircanada.com.br

Cabo Verde 0300-3136868 www.flytacv.com

El Al*** (11) 3075-5500 www.elal.co.il

Emirates*** (11) 5503-5000 www.emirates.com

KLM*** 4003-1888 www.klm.com.br

Korean (11) 3525-6700 www.koreanair.com

Qantas*** (11) 3145-8181 www.qantas.com.au

Qatar Airways*** (11) 2367-2146 www.qatarairways.com/br

South African*** (11) 3065-5115 www.flysaa.com

Singapore Airlines*** (11) 4305-3507 www.singaporeair.com

Swiss*** (11) 4700-1543 www.swiss.com/brasil

Turkish Airlines*** (11) 3371-9600 www.thy.com

Brasil EUA Europa

34 5,5 36

35 6 37

36 7 38

37 7,5 39

38 8,5 40

39 9 41

40 10 42

CALÇADOS FEMININOS

Brasil EUA Europa

18 2,5 20

19 4,5 21

20 5,5 22

21 6 23

22 7 24

23 7,5 25

24 8,5 26

CALÇADOS INFANTIS

Amsterdã +5

Atlanta -1

Bogotá -2

Buenos Aires 0

Cidade do México -2

Cidade do Panamá -2

Dubai +7

Frankfurt +5

Houston -2

Johanesburgo +5

La Paz -1

Lima -2

Lisboa +4

Londres +4

Los Angeles -4

Luanda +4

Madri +5

Miami -1

Montevidéu 0

Moscou +7

Nova York -1

Paris +5

Pequim +11

Roma +5

Santiago 0

Sydney +13

Tóquio +12

Toronto -1

Washington -1

Zurique +5

* Voo direto Rio-Roma a partir de 4 de junho** Voo direto Rio-Frankfurt a partir de 30 de outubro*** Companhias aéreas que operam o trecho Rio-São Paulo-Rio em parceria com outras empresas

Libra esterlina 2,59Peso argentino 0,38Peso chileno 0,0033Peso mexicano 0,14Rand sul-africano 0,23Rublo russo 0,06Shekel israelense 0,46Yuan chinês 0,24

VOOS ATRASADOS*

*Análise comparativa divulgada pela Infraero.Consideram-se atrasados voos que decolam mais de 30 minutos depois do horário previsto.

TAM Gol/Varig Azul Webjet Avianca

Abril (até 25/4) 10,6% 14,7% 6,7% 6,3% 11%

Março 9,4% 10,5% 7,4% 7,3% 8,6%

Fevereiro 8,7% 10,3% 5,9% 7,4% 6,6%

Janeiro 23,5% 15% 7,9% 31,2% 7,3%

Page 99: O Globo 280411

Boa Viagem ● 33

VIA AÉREAPARISNOVO AVIÃO. A Air France estreou, domingopassado, um novo Boeing 777-300 na rotaRio-Paris-Rio, que comporta 175 passageirosa mais que o antigo modelo, o Airbus A330.O destaque é a nova classe executiva, com27% mais espaço para seus passageiros epoltronas que viram camas de 2m de com-primento e 61cm de largura. São 42 assentosnessa classe, 24 na Premium Voyager (inter-mediária) e 317 na econômica, num total de383 lugares — há uma tela de vídeo para ca-da passageiro. A bordo também há dois ba-res na executiva e dois na econômica. O 777-300 faz os voos AF443, que sai diariamentedo Rio às 16h20m e chega a Paris às 8h (ho-rário local), e o AF442, que decola da ca-pital francesa às 23h30m e pousa no Galeãoàs 5h20m. O outro voo diário do Rio-Paris-Rio continua sendo no A330.AVIA

ÇÃO

JUBILEUSUECOUma das atrações maispopulares deEstocolmo comemorou50 anos domingopassado. É o VasaMuseum, criado paraguardar o navio deguerra sueco Vasa(foto), resgatadointeiro do fundo domar em 24 de abril de1961. A embarcação,que naufragou apoucos quilômetrosdo porto da capitaldurante sua viageminaugural, em 1628,se transformou num

orgulho nacional. Alémda carcaça do navioe alguns de seusornamentos e armas,o museu (Vasamuseet,em sueco) temdiversas exposições

relativas às atividadesmarítimas. Osvisitantes podem vervídeos, fotos e atéroupas usadas noresgate da embarcação.Há também mostras

sobre como era aSuécia nos anos 1620,quando o navio foiconstruído, e sobre avida em alto-mar aolongo dos séculos.vasamuseet.se/en

Anders Wiklund/AP

Page 100: O Globo 280411

914 ● Serra

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Page 104: O Globo 280411

38 ● Boa Viagem

FERNANDAGODOY

NOVA YORK

Chova ou faça sol, é ‘dia de museu’Fotos de divulgação

DESENHOS DE RICHARD SERRA naretrospectiva do artista que vai até agostono Metropolitan; Cézanne, Rembrandt ePicasso também estão em cartaz em NY

N a Inglaterra, onde sem-pre chove, aprendi adefinição de um dia demau tempo como “dia

de museu”. Aqui em Nova York,agora é primavera, mas chova oufaça sol, o dia de museu tem deestar na programação do turistacarioca. Uma expedição aos mu-seus de arte da Quinta Avenida,entre as ruas 70 e 90, tem comoatrativos mostras temporárias noMetropolitan, no Guggenheim ena Frick Collection, além das fan-tásticas exposições permanentes.O Metropolitan acaba de inaugu-rar uma grande retrospectiva dedesenhos e instalações de Ri-chard Serra, que vai até 28 deagosto. E apresentou anteontemcinco esculturas de Anthony Ca-ro, que marcam os 50 anos da es-treia do artista britânico, e serão aatração, até 30 de outubro, do Ro-of Garden, sempre um ponto de

BROOKLYNPARA VER E SER VISTO. Os preçosexorbitantes dos imóveis ex-pulsaram artistas e alternativosem geral de Manhattan, e a ilhavirou o paraíso dos endinheira-dos e dos turistas. Então, paraver gente diferente e interes-sante, desembarque no Broo-klyn. Na primavera, as feiri-nhas de antiguidades e quin-quilharias brotam como cogu-melos em Williamsburg. Nãose acha coisa boa para com-prar, mas o verbo a ser conju-gado é o “peoplewatching”.

MÚSICAJAM SESSIONS NO LINCOLN CENTER.Nova York possui alguns dosmaiores templos do jazz, doApollo Theater, no Harlem, aoVillage Vanguard. Mas foi-se otempo em que o ritmo era real-mente de vanguarda e seus mú-sicos e apreciadores viviam en-furnados em recintos escuros eenfumaçados. Não que elesnão tivessem o seu charme,mas hoje o templo do jazz nova-iorquino é bem iluminado, con-fortável e tem acústica perfeita:Jazz at Lincoln Center. São vá-rias áreas, que vão desde agrande escala do Rose Theaterao espaço mais intimista do Di-zzy’s Club, com linda vista parao Central Park e o skyline notur-no de NY. Até domingo, o Diz-zy’s homenageia Tom Jobimcom numa série de shows.

Tim

othy

A.C

lary

/AFP

ESCULTURA deAnthony Carono Roof Gardendo Met

encontro na temporada primave-ra/verão. Ainda no Met, há umamostra de Cézanne (até o próxi-mo dia 8); a interessante coleção“Rooms with a view” (até 4 de ju-lho), que capta o momento, no sé-culo XIX, em que a pintura euro-peia incorpora as paisagens vistasda janela, e “Guitar heroes” (até 4de julho), uma seleção de cria-ções de grandes luthiers, desdeStradivarius até os tempos atuais.No Guggenheim, toda a rampaem espiral está tomada pela mos-tra “The great upheaval: modernart from the Guggenheim collec-tion, 1910-1918” (até 1o- de junho),com mais de cem obras de Cha-gall, Léger, Picasso e outros. E, naFrick Collection, as cinco telas deRembrandt da coleção se fazemacompanhar, até 15 de maio, de66 desenhos do artista e de algunsde seus mais diletos discípulos.Sol e calor para quê?

Page 105: O Globo 280411

Boa Viagem ● 39

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40 ● Boa Viagem

Antfer
O Globo
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