o estágio na educação profissional: desafios e responsabilidades

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I SEMINÁRIO DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL DO ESTADO DO AMAPÁ: DESAFIOS E OPORTUNIDADES O ESTÁGIO NA EDUCAÇÃO PROFISSIONAL: DESAFIOS E RESPONSABILIDADES FRANCISCO APARECIDO CORDÃO [email protected]

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I SEMINÁRIO DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL DO ESTADO DO

AMAPÁ: DESAFIOS E OPORTUNIDADES

O ESTÁGIO NA EDUCAÇÃO PROFISSIONAL: DESAFIOS E RESPONSABILIDADES

FRANCISCO APARECIDO CORDÃ[email protected]

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RESOLUÇÃO REGULAMENTADORA DO ESTÁGIO

• Abrangência: Alunos da Educação Profissional (qualificação profissional, técnico e tecnológico) e do Ensino Médio, inclusive nas modalidades de Educação Especial e Educação de Jovens e Adultos; Educação Superior: Graduação e Pós.

• O Estágio é sempre curricular e supervisionado, assumido intencionalmente pela escola como ato educativo.

• Como atividade curricular, o Estágio integra a proposta pedagógica da escola e os instrumentos de planejamento curricular do curso.

• O ato educativo da Escola exige supervisão e orientação do estagiário por profissional designado.

• O Estágio deve ser realizado ao longo do curso e não deve ser etapa desvinculada do currículo.

• Exigência de matrícula do aluno, orientação e registros escolares como componente curricular.

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A EDUCAÇÃO PROFISSIONAL E O ESTÁGIO SUPERVISIONADO: UM ATO EDUCATIVO

• Lei Federal nº 6.494/1977 (regulamentação primeira)

• Lei Federal nº 8.859/1994 (nova redação -inclusões)

• Medida Provisória nº 2.164-41/2001

• Lei Federal nº 8.069/1990 (ECA)

• Decreto Federal nº 87.497/1982

• Lei Federal nº 9.394/1996 (LDB – Artigo 82)

• Grupo de Trabalho Interministerial

• Portaria MPS/MTE/MEC nº 838/2003

• Parecer CNE/CEB nº 35/2003• Resolução CNE/CEB nº

01/2004• Indicação CNE/CP nº 01/2004• Parecer CNE/CEB nº 34/2004• Resolução CNE/CES nº

01/2005• Lei nº 11.788/2008 – ATO

EDUCATIVO• Comissão Bicameral –

concluindo trabalho aprovado na Comissão

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ESTÁGIO SUPERVISIONADO

• Definição de normas para a realização de estágios supervisionados: Parecer CNE/CEB nº 35/2003 e Resolução CNE/CEB nº 01/2004.- Educação Profissional nos níveis básico, técnico e tecnológico.- Ensino Médio, inclusive educação de jovens e adultos.- Educação Especial.

• Regulamentação do Artigo 82 da LDB, com apoio nos Artigos 90, - 8º - 1º e 9º - § 1º da LDB.

• Demandas das Escolas, das organizações empresariais, dos alunos e dos órgãos de integração.

• Consultas: MEC, MTE, Ministério Público do Trabalho, Consed , Fórum Nacional dos Conselhos Estaduais de Educação e em Debates em Grupo de Trabalho Interministerial.

• Nova Regulamentação: Lei nº 11.788/2008

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MINUTA DA RESOLUÇÃO SOBRE ESTÁGIO – I

• Art. 1º A presente Resolução, em atendimento ao prescrito na Lei nº 11.788/2008, de 25 de setembro de 2008, com base no Parecer CNE/CP nº XXX/2016, define Diretrizes Operacionais para a organização e realização de Estágio Supervisionado de estudantes da Educação Profissional e Tecnológica, da Educação de Jovens e Adultos, do Ensino Médio, da Educação Especial e da Educação Superior, nas etapas da Graduação e da Pós Graduação.

• §1º Para efeito desta Resolução entende-se que toda e qualquer atividade de estágio será sempre curricular e devidamente supervisionada, assumida intencionalmente pela Instituição de Ensino como um Ato Educativo desenvolvido em ambiente real de trabalho.

• §2º Os estagiários deverão ser necessariamente estudantes regularmente matriculados em Instituições de Ensino e o estágio deve, necessariamente, guardar compatibilidade entre níveis, etapas, modalidades e áreas de ensino do curso em que o estudante está regularmente matriculado e frequentando, com aproveitamento.

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MINUTA DA RESOLUÇÃO SOBRE ESTÁGIO – II

• §3º O estágio integra o projeto pedagógico do curso e o itinerário formativo do educando, contribuindo para o pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho, visando ao aprendizado e desenvolvimento de competências próprias da atividade profissional e à contextualização dos conteúdos curriculares, devendo as Instituições de ensino orientar e supervisionar essas atividades de estágio junto à parte concedente, além dos devidos registros nos prontuários próprios e nos respectivos históricos escolares do estudante que realizar essas atividades.

• §4º O Estágio obrigatório é requisito essencial para aprovação e conclusão de curso e obtenção do correspondente diploma, e integra o projeto do curso, com carga horária mínima definida pelas respectivas Diretrizes Curriculares Nacionais, estabelecidas pelo Conselho Nacional de Educação com fundamento em normas específicas relacionadas ao correspondente exercício profissional, seja integrando a carga horária mínima necessária para a integralização curricular do curso, seja computando-a como adicional aos mínimos estabelecidos, de acordo com as respectivas Diretrizes Curriculares Nacionais.

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MINUTA DA RESOLUÇÃO SOBRE ESTÁGIO - III

•  §5º As Instituições Educacionais, por decisão soberana de seus respectivos Projetos Pedagógicos Institucionais poderá transformar o estágio supervisionado sem obrigatoriedade legal em estágio obrigatório no âmbito da própria Instituição Educacional e, ao definir essa obrigatoriedade nos respectivos Planos ou Projetos de Curso, com previsão de carga horária adicional aos mínimos exigidos para integralização curricular dos mesmos, por força dessa decisão, se constituirá em requisito essencial para aprovação e conclusão de curso, bem como a obtenção do correspondente diploma.

• §6º O Estágio não obrigatório é definido como tal no respectivo Plano ou Projeto de Curso, com carga horária regular e obrigatória adicional aos mínimos exigidos para integralização do curso em questão e será desenvolvido como atividade opcional para os educandos, embora com obrigatoriedade de supervisão por parte da Instituição de Ensino.

• §7º No caso dos cursos de qualificação profissional com carga horária mínima de 160 (cento e sessenta) horas, na perspectiva do itinerário formativo do técnico de nível médio, podem ser incluídas atividades de estágio profissional supervisionado no respectivo plano do curso, em consonância com o correspondente perfil profissional de conclusão, explicitando a carga horária destinada à atividade de estágio supervisionado, a qual não poderá superar a carga horária prevista para o total dos demais componentes curriculares do curso.

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MINUTA DA RESOLUÇÃO SOBRE ESTÁGIO – IV

• Art. 2º O estágio, como procedimento didático-pedagógico e Ato Educativo, é essencialmente uma atividade curricular de competência da Instituição de Ensino, que deve integrar a proposta pedagógica da unidade escolar e os instrumentos de planejamento curricular do curso, devendo ser planejado, acompanhado, executado e avaliado em conformidade com os objetivos propostos.

• §1º A concepção do estágio como atividade curricular e Ato Educativo intencionalmente assumido pela Instituição de Ensino, com base nas Diretrizes Curriculares Nacionais definidas pelo Conselho Nacional de Educação, implica na necessária orientação, acompanhamento e avaliação, por parte do professor da área a ser desenvolvida no estágio, indicado pela instituição de ensino, bem como na supervisão exercida por funcionário do quadro de pessoal da parte concedente do estágio, com formação profissional ou experiência na área de conhecimento envolvida no curso do estagiário, respeitando-se a proporção exigida entre estagiários e orientadores, em decorrência da natureza da ocupação.

• §2º Cabe ao respectivo sistema de ensino, se possível, com a colaboração do correspondente órgão de fiscalização do exercício profissional, no caso das ocupações profissionais legalmente regulamentadas, à vista das condições disponíveis, das características regionais e locais, bem como das exigências profissionais, o estabelecimento de critérios e parâmetros para o atendimento do disposto no parágrafo anterior, no âmbito do Projeto Pedagógico da respectiva Instituição Educacional.

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MINUTA DA RESOLUÇÃO SOBRE ESTÁGIO – V

• §3º O estágio deve ser realizado ao longo do curso, em consonância com as Diretrizes Curriculares Nacionais definidas pelo Conselho Nacional de Educação e normas complementares definidas pelo respectivo Conselho de Educação de seu Sistema de Ensino, permeando o desenvolvimento dos diversos componentes curriculares e não deve ser etapa desvinculada do currículo escolar, devendo ficar claramente definido, em Plano ou Projeto de Curso, ou em Regimento Escolar, o momento adequado no qual o aluno poderá dar início às atividades de estágio supervisionado.

• §4º Observado o prazo-limite previsto para a integralização do Plano ou Projeto do Curso, bem como os limites regimentalmente estabelecidos, após a conclusão dos demais componentes curriculares do curso em questão, em caráter excepcional, quando comprovada a necessidade de realização do estágio obrigatório em etapa posterior aos demais componentes curriculares, este pode ser realizado nesse período em situação real de trabalho, desde que o aluno esteja devidamente matriculado no curso em questão e a Instituição educacional tenha condições de orientar e acompanhar o respectivo estágio, o qual deverá ser devidamente registrado no prontuário e histórico escolar do educando. 

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MINUTA DA RESOLUÇÃO SOBRE ESTÁGIO – VI

• Art. 3º As Instituições de Ensino, nos termos dos seus respectivos projetos pedagógicos, zelarão para que os estágios supervisionados sejam realizados em locais que tenham efetivas condições de proporcionar aos estudantes estagiários experiências profissionais, ou de desenvolvimento sociocultural ou científico, pela participação em situações reais de vida e de trabalho.

• Parágrafo Único. Será de responsabilidade das Instituições de Ensino a orientação e o preparo de seus alunos para que os mesmos apresentem condições mínimas de competências pessoais, sociais e profissionais que lhes permitam a obtenção de resultados positivos desse Ato Educativo supervisionado.

• Art. 4º Os estagiários com deficiência, quando necessário e requerido, terão o direito a serviços de apoio de profissionais da educação especial e de profissionais da área objeto do estágio.

• § 1º Os serviços especializados de que trata o caput deste artigo são de responsabilidade partilhada entre a Instituição de Ensino e a parte concedente do estágio.

• § 2º Fica assegurada às pessoas com deficiência o percentual de 10% das vagas oferecidas pela parte convenente do estágio, com a devida orientação da Instituição de Ensino.

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MINUTA DA RESOLUÇÃO SOBRE ESTÁGIO – VII

• Art. 5º O Estágio Supervisionado, conforme definido no Projeto Pedagógico Institucional, na qualidade de atividade curricular e ato educativo intencional da instituição educacional, será realizado com apoio e parceria da parte concedente da oportunidade de sua realização, podendo ter início apenas após a celebração do termo de compromisso tripartite entre o estudante, a instituição de ensino e a parte concedente do estágio.

• § 1º Imediatamente após o início do estágio, o estudante estagiário deverá elaborar seu plano de atividades do estágio, objetivando o cumprimento da carga horária mínima prevista no plano de curso, de comum acordo com o professor orientador, da instituição de ensino, e o supervisor técnico, da parte concedente do estágio.

• § 2º O estudante estagiário, com a colaboração do supervisor técnico indicado pela parte concedente do estágio, entregará à respectiva instituição de ensino, em prazo não superior a 06 (seis) meses, a apresentação de relatórios parciais das atividades no campo de estágio.

• § 3º A cada três meses, pelo menos, as Instituições Educacionais realização seminários de avaliação das atividades de estágio supervisionado de seus estudantes, sempre que possível, contando com a participação dos supervisores técnicos indicados pelas partes concedentes de oportunidades de estágios, na qualidade de parceiras na execução do ato educativo.

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MINUTA DA RESOLUÇÃO SOBRE ESTÁGIO – VIII

• Art. 6º Em caráter excepcional, a própria instituição de ensino poderá ser campo de estágio supervisionado para seus estudantes aptos a estagiarem, desde que a instituição:

• I. disponha de um departamento ou similar que preste serviços profissionais para a comunidade, remunerado ou não, mas que apresente condições reais de trabalho;

• II. disponha em seu quadro de pessoal de profissionais com formação ou experiência profissional desempenhando atividades na área de conhecimento desenvolvida no curso no qual o estagiário está matriculado, com disponibilidade para supervisioná-lo; e

• III. disponha de professor orientador, da área a ser desenvolvida no estágio, como responsável pelo acompanhamento e avaliação das atividades do estágio supervisionado.

• Parágrafo Único. No caso previsto no caput deste artigo, o Termo de Compromisso deverá ser assinado entre o estudante apto ao estágio, ou seu representante legal, o chefe do setor no qual se dará o exercício do estágio e o diretor da instituição de ensino.

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MINUTA DA RESOLUÇÃO SOBRE ESTÁGIO – IX

• Art. 7º As Atividades de extensão, de monitoria e de iniciação científica, desenvolvidas pelo estudante, poderão ser equiparadas ao estágio supervisionado, desde que estejam previstos no Projeto ou Plano de Curso, sejam desenvolvidos diretamente na área de atuação do curso no qual o estudante esteja matriculado e que as referidas atividades passem por avaliação da respectiva instituição de ensino.

• Art. 8º As Instituições de Ensino e as organizações concedentes de estágio poderão contar com os serviços auxiliares de agentes de integração, públicos ou privados, mediante condições acordadas em instrumento jurídico apropriado.

•  Parágrafo Único. Os agentes de integração poderão, a critério das Instituições Educacionais, responder por incumbências auxiliares tais como:

• a) Identificar oportunidades de estágio e apresentá-las aos estabelecimentos de ensino;• b) Facilitar o ajuste das condições do estágio que deverão constar de instrumento jurídico próprio e

específico;• c) Prestar serviços administrativos, tais como cadastramento de estudantes e de campos e

oportunidades de estágio;

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MINUTA DA RESOLUÇÃO SOBRE ESTÁGIO – X

• d) Tomar providências relativas à execução do pagamento da bolsa de estágio, quando o mesmo for caracterizado como estágio remunerado;

• e) Tomar providências pertinentes em relação ao seguro a favor do aluno estagiário contra acidentes pessoais ou de responsabilidade civil por danos contra terceiros;

• f) Co-participar, com o estabelecimento de ensino, do esforço de captação de recursos para viabilizar a realização das atividades de estágio supervisionado;

• g) Cuidar da compatibilidade entre as competências das pessoas com deficiência e as exigências da função objeto do estágio supervisionado.

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MINUTA DA RESOLUÇÃO SOBRE ESTÁGIO – XI

• Art. 9º A Instituição de Ensino deverá esclarecer à organização concedente de estágio sobre a parceria educacional a ser celebrada, mediante termo de compromisso a ser assinado entre o educando, a parte concedente do estágio e a instituição de ensino, explicitando as responsabilidades de cada parte, bem como o processo educativo de vivência no mundo do trabalho a ser desenvolvido pelos estudantes estagiários.

• §1º O estágio, com ou sem concessão de bolsa ou outra forma de contraprestação não gera vínculo empregatício de qualquer natureza, ressalvado o disposto sobre a matéria na legislação previdenciária.

• §2º A realização de estágio sem concessão de bolsa ou outra forma de contraprestação que venha a ser acordada entre as partes representa situação de mútua responsabilidade e contribuição no processo educativo e de profissionalização dos estudantes, devendo ser evitado que uma das partes onere a outra financeiramente, como condição para a operacionalização do estágio supervisionado.

• §3º A realização do estágio obrigatório, com ou sem a concessão de bolsa ou outra forma de contraprestação, obriga a Instituição de Ensino ou a administração das respectivas redes de ensino a providenciar, a favor do estudante estagiário, seguro contra acidentes pessoais, bem como, conforme o caso, seguro de responsabilidade civil por danos contra terceiros, caso os mesmos não sejam providenciados pela parte concedente da oportunidade de estágio.

• § 4º O valor das apólices de seguro retro mencionadas deverá se basear em valores de mercado, sendo as mesmas consideradas nulas quando apresentarem valores meramente simbólicos.

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MINUTA DA RESOLUÇÃO SOBRE ESTÁGIO – XII

• Art. 10. A carga horária mínima do estágio supervisionado é definida pelo Plano ou Projeto Pedagógico do Curso e não poderá exceder a 02 (dois) anos na mesma parte concedente, salvo quando se tratar de estagiário com deficiência.

• Parágrafo Único: O estágio firmado com pessoas com deficiência não se submete ao limite temporal previsto no caput deste artigo, podendo se estender até a conclusão do curso.

• Art. 11. A carga horária, a duração e a jornada do estágio, a serem cumpridas pelo estagiário, devem ser compatíveis com a jornada escolar do estudante, definidas de comum acordo entre a Instituição de Ensino, a parte concedente de estágio e o estagiário ou seu representante legal, objetivando não prejudicar suas atividades escolares, respeitada a legislação em vigor.

• §1º A carga horária do estágio supervisionado, no caso dos estudantes da Educação Especial e da Educação Profissional, principalmente a articulada com a Educação de Jovens e Adultos, não poderá exceder à jornada diária de 04 horas, perfazendo 20 horas semanais.

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MINUTA DA RESOLUÇÃO SOBRE ESTÁGIO – XIII

• §2º A carga horária do estágio supervisionado de aluno do ensino médio, de natureza não profissional, da Educação Superior e da Educação Profissional Técnica de Nível Médio não poderá exceder à jornada diária de 06 horas, perfazendo o total de 30 horas semanais.

• §3ºO estágio supervisionado referente a cursos que utilizam períodos alternados em salas de aula e nos campos de estágio, bem como para aqueles estudantes cuja única pendência seja a realização das atividades obrigatórias de estágio supervisionado, nos períodos em que não estão programadas aulas presenciais, não poderá exceder à jornada semanal de 40 horas, ajustadas de acordo com o termo de compromisso celebrado entre as partes e essa situação esteja prevista no Plano ou Projeto do Curso e da Instituição de Ensino.

• §4º No âmbito da Educação Superior, de Graduação ou Pós-graduação, bem como da Educação Profissional Técnica de Nível Médio, as limitações específicas definidas em lei ou em normas regulamentares, principalmente do Conselho Nacional de Educação e dos Conselhos de Fiscalização do Exercício Profissional, referentes à carga horária, duração e jornada de estágio, bem como supervisão do campo de estágio ou similares deverão ser contempladas nos respectivos Planos ou Projetos de Cursos.

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MINUTA DA RESOLUÇÃO SOBRE ESTÁGIO – XIV

• Art. 12. Somente poderão realizar atividades de estágio supervisionado os alunos que tiverem, no mínimo, 14 anos completos na data de início do estágio, a não ser que haja norma específica em contrário, especialmente em relação às ocupações legalmente regulamentadas e fiscalizadas ou à ação em atividades insalubres ou de potencial risco à vida dos educandos.

• Parágrafo Único. Devem ser consideradas as peculiaridades dos campos de estágio no que concerne à idade do estagiário, para os quais deve ser observada a fixação de 18 (dezoito) anos de idade como pré-requisito essencial para o ingresso em atividades de estágio profissional supervisionado, especialmente em locais onde haja proibição quanto à participação dos educandos em atividades insalubres ou sua exposição a determinados níveis de radiação ionizante ou, ainda, se tratar de ambiente com elementos que envolvam agentes químicos ou outros de potencial risco a saúde do estagiário.

• Art. 13. Os estágios supervisionados que apresentem duração prevista igual ou superior a 01 (hum) ano deverão contemplar a existência de período de recesso, proporcional ao tempo de atividade, preferencialmente, concedido durante o período de suas férias escolares.

• Art. 14. Para quaisquer das modalidades de estágio supervisionado, a Instituição de Ensino será obrigada a designar, dentre sua equipe de trabalho, um ou mais profissionais responsáveis pela orientação, acompanhamento e supervisão dos estágios.

• Parágrafo Único. Competem a esses profissionais, além da articulação com as organizações nas quais os estágios se realizarão, assegurar sua integração com os demais componentes curriculares de cada curso.

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MINUTA DA RESOLUÇÃO SOBRE ESTÁGIO – XV

• Art. 15. As Instituições de Ensino, nos termos de respectivos projetos pedagógicos, poderão, no caso de estágio obrigatório, possibilitar que o aluno trabalhador que comprovar exercer funções correspondentes às competências profissionais a serem desenvolvidas no campo do estágio, à luz do perfil profissional de conclusão do curso, possa ser dispensado, no todo ou em parte, das atividades de estágio, mediante avaliação da Instituição Educacional, de acordo com as respectivas Diretrizes Curriculares Nacionais definidas pelo Conselho Nacional de Educação.

• § 1º A Instituição de Ensino deverá registrar, nos prontuários escolares do educando, o cômputo do tempo de trabalho aceito parcial ou totalmente como atividade de estágio.

• § 2º No caso de estudantes que trabalham fora da área profissional do curso, a Instituição de Ensino poderá fazer gestão junto aos empregadores, públicos ou privados, no sentido de se conseguir eventual liberação de algumas horas de trabalho para criar condições de efetivação do estágio obrigatório.

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MINUTA DA RESOLUÇÃO SOBRE ESTÁGIO – XVI

• Art. 16. A Instituição de Ensino deverá planejar, de forma integrada, as práticas profissionais simuladas, desenvolvidas em sala ambiente, em situação de laboratório, e as atividades de estágio supervisionado, em especial quando obrigatórias, as quais deverão ser consideradas em seu conjunto, no âmbito de seu projeto pedagógico, sem que uma simplesmente substitua a outra.

• §1º A atividade de prática profissional simulada, desenvolvida na própria Instituição de Ensino, com o apoio de diferentes recursos tecnológicos, em laboratórios ou salas-ambientes, integra os mínimos previstos em termos de carga horária previstos para o curso no respectivo eixo tecnológico ou área de conhecimento, como prática profissional complementar à atividade de estágio supervisionado obrigatório realizado em situação real de trabalho, mas não como substitutiva ao mesmo, pois têm objetivos diferenciados.

• §2º A atividade de prática profissional realizada em situação real de trabalho, sob a forma de estágio profissional supervisionado obrigatório, deve ter sua carga horária acrescida ou incluída nos mínimos estabelecidos para o curso no âmbito do correspondente eixo tecnológico ou área de conhecimento, nos termos definidos pelo respectivo sistema de ensino, bem como pelas respectivas Diretrizes Curriculares Nacionais definidas pelo Conselho Nacional de Educação.

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MINUTA DA RESOLUÇÃO SOBRE ESTÁGIO – XVII

• Art. 17. O estágio curricular supervisionado é componente obrigatório da organização curricular dos cursos destinados à formação inicial para os profissionais do magistério da educação básica, em nível superior, tanto na graduação, nos cursos de licenciatura, nos cursos especiais destinados à formação pedagógica para graduados não licenciados ou nos cursos de segunda licenciatura, quanto na pós-graduação, em termos de educação continuada.

• Art. 18. O estágio profissional supervisionado, correspondente à prática de ensino nos cursos destinados à Formação de Professores para a Educação Básica integra o currículo do referido curso e sua carga horária será computada dentro dos mínimos exigidos, nos termos da legislação específica e das respectivas Diretrizes Curriculares Nacionais vigentes.

• §1º É de fundamental importância que o desenvolvimento das atividades de estágio supervisionado para os estudantes dos cursos de licenciatura ou similares, que estão se preparando para a docência na Educação Básica, sejam realizados preferencialmente em escolas públicas e sejam devidamente orientados para a necessária prática profissional docente, para que aprendam efetivamente a planejar atividades de ensino, mediar processos de ensino-aprendizagem e avaliar resultados de aprendizagem, bem como conheçam a realidade da Educação Básica.

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MINUTA DA RESOLUÇÃO SOBRE ESTÁGIO – XVIII

• §2º As Instituições Superiores dedicadas à oferta de cursos de graduação destinados à Formação Inicial de Professores para a Educação Básica devem manter intensa articulação com todas as instâncias dos Sistemas de Ensino de Educação Básica, objetivando a criação de escolas de aplicação, em regime de colaboração, para o desenvolvimento de estágios supervisionados.

• §3º As Instituições Superiores dedicadas à oferta de cursos de graduação destinados à Formação Inicial de Professores para a Educação Básica devem ser estimuladas ao desenvolvimento de Projetos Experimentais, nos termos do Art. 81 da Lei nº 9.394/1996, para adotar escolas públicas como unidades de aplicação para a realização das atividades de estágio supervisionado dos estudantes de seus cursos de Licenciatura e servirem de campos de pesquisa para seus participantes de programas de Mestrado e Doutorado em Educação, inclusive para eventual planejamento de Projeto de Residência Educacional ou similar.

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MINUTA DA RESOLUÇÃO SOBRE ESTÁGIO – XIX

• Art. 19. A manutenção de estagiários em desconformidade com esta Resolução e a Lei nº 11.788/2008, caracteriza vínculo de emprego do educando com a parte concedente de estágio para todos os fins da legislação trabalhista e previdenciária.

• Art. 20. A presente normatização sobre estágio não se aplica ao aprendiz, sujeito à formação profissional metódica do ofício em que exerça seu trabalho vinculado à empresa por contrato de aprendizagem, nos termos da legislação trabalhista em vigor.

• Parágrafo único. A presente normatização não se aplica, também, a programas especiais destinados à obtenção de primeiro emprego ou similares.

• Art. 21. Aplica-se ao estagiário a legislação relacionada à saúde e segurança no trabalho, sendo sua implementação de responsabilidade da parte concedente do estágio, a qual também poderá conceder ao estagiário os benefícios relacionados a transporte, alimentação e saúde, entre outros, sem que isso caracterize vínculo empregatício. 

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MINUTA DA RESOLUÇÃO SOBRE ESTÁGIO – XX

• Art. 22. O controle da frequência e do processo de avaliação da aprendizagem e do desenvolvimento das competências próprias da atividade profissional ou da contextualização dos conteúdos curriculares fica a cargo da Instituição Educacional em regime de parceria com a parte concedente da oportunidade de realização do estágio supervisionado, nos termos da legislação e normas específicas em vigor.

• Art. 23. Os cursos desenvolvidos na modalidade de Educação a Distância que exigirem o desenvolvimento de atividades de Estágio Supervisionado obrigatório deverão ser acompanhados, supervisionados e avaliados em regime de colaboração com os Sistemas de Ensino da Unidade da Federação de residência do estudante estagiário.

• Art. 24. Os Sistemas de Ensino estabelecerão normas complementares para a realização de estágio supervisionado em sua jurisdição, observada a legislação federal sobre a matéria e estas Diretrizes Operacionais.

• Art. 25. Estas Diretrizes Operacionais entram em vigor para alunos que iniciarem os Estágios  após a data de sua publicação, revogas as disposições em contrário.

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Colaboração federativa

1. Integração das políticas educacionais, sociais e econômicas.2. Aderência das ações, programas e projetos para atender as demandas sócio educacionais e culturais locais e regionais.3. Articulação entre os sistemas de ensino e as redes de educação.4. Definição de indicadores de qualidade social.

Sistema Nacional de Educação

POLÍTICAS DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL À LUZ DO PNE

Assegurar o direito à educação, proporcionando os meios adequados de

acesso, permanência e êxito e inserção socioprofissional.

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O êxito nas pistas aqui apresentadas exige muito e complexo trabalho, mas ...

“o único lugar onde sucesso vem antes de trabalho é no dicionário”.

(Einstein)