o espaÇo definitivo de divulgaÇÃo da literatura...

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264 O ESPAÇO DEFINITIVO DE DIVULGAÇÃO DA LITERATURA ANO XXII Julho e Agosto de 2016 ESCRITORES Avenida Independência, 3075/Alemães – Piracicaba/SP Fone: (19)3422-7191 (Cópias) * (19)3422-1200 (Engenharia) (19)3434-6622 (Impressão) * Fone/Fax: (019)3434-0554 URL: www .copiascia.com.br * E-Mail: [email protected] DEZESSEIS ANOS DE PARCERIA E DE SUCESSO Cadeira 065 - Ismar Domingos Lemes de Abreu - Patrono: Paulo Fraletti ACADEMICUS PRAECLARUS O CLUBE NÃO SUPORTA MAIS INADIMPLÊNCIA

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O ESPAÇO DEFINITIVO DE DIVULGAÇÃO DA LITERATURA

ANO XXII Julho e Agosto de 2016

ESCRITORES

Avenida Independência, 3075/Alemães – Piracicaba/SPFone: (19)3422-7191 (Cópias) * (19)3422-1200 (Engenharia)

(19)3434-6622 (Impressão) * Fone/Fax: (019)3434-0554URL: www.copiascia.com.br * E-Mail: [email protected]

DEZESSEIS ANOS DE PARCERIA E DE SUCESSO

Cadeira 065 - Ismar Domingos Lemes de Abreu - Patrono: Paulo Fraletti

ACADEMICUSPRAECLARUS

O CLUBE NÃO SUPORTA MAIS INADIMPLÊNCIA

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Revista Literária mensal do Clube dos Escritores Piracicaba.Diagramação e ArteFinal, Administração,Publicidade e Correspondência: Coopia Digitação e ServiçosEditoriais, Rua Jacob Diehl, 77, Bairro Morumbi, CEP 13420-410, Piracicaba/SP.Não fornecemos números atrasados. Matérias assinadas são de exclusiva responsa-bilidade de seus autores.CNPJ: 01.061395/0001-03. Fonefax: (0xx19) 3426-8568. EditorResponsável: Carlos Moraes Júnior, Mtb20.836. E-mail: [email protected] Site:www.clubedosescritores.com Para Pagamentos: Conta 8013-6, Agência 4252-8, Bancodo Brasil. Site:

REVISTA “ESCRITORES”

--------------------2 3 CRÔNICA CRÔNICA CRÔNICA CRÔNICA CRÔNICA----------------

Elda Nympha Cobra SilveiraColegiado/Piracicaba/SP

[email protected]

EDITORIALEDITORIALEDITORIALEDITORIALEDITORIAL

O CLUBE NÃO SUPORTA MAIS INADIMPLÊNCIA

Entra dia, sai dia, e o pessoal que nos deve continua silencioso, nãoresponde coisa nenhuma e também não paga nunca, mas continua recebendo a revista,que aliás sairá de dois em dois meses até o final do ano, para não comprometer a saúde daAcademia, que já está endividada! Não vou fazer mais nada fiado! Se não receber a revistasimplesmente não será mais publicada. Mas, os problemas do Clube dos Escritores nãotêm nada a ver com você, afinal, você está sendo procurado desde janeiro e não respondenada! Além de ser sem educação, você simplesmente virou as costas para o Clube e nãoestá nem aí. Que se dane o mundo! Mas não é assim...

Somos uma entidade séria, que sobrevive há mais de 27 anos comessa mania que todo mundo tem de pagar quando quiser, quando der na telha e depois queempurrar bastante com a barriga, porque, para muitos Acadêmicos, infelizmente, a anuidadedo Clube vem em último lugar, e muitas vezes, nem está no orçamento como uma coisa quede deve ser paga. Mas somos uma Sociedade Organizada, que tem estatuto, que precisaentregar Imposto de Renda, que tem despesas de telefone, de Internet, de material deescritório, temos que pagar medalhas, Cartório, caixinhas de medalha e Títulos, todos osanos. E tudo isso não vem de graça! Temos um Site novinho no ar, mas ninguém sabe porque não está interessado e tem muito Acadêmico que ficou surpreso quando soube que arevista está sendo enviada por e-mail. Mas espere... Faz seis anos que a revista éinformatizada!Não dá mais minha gente!

Ou isso aqui volta a ser uma coisa que verdadeiramente funciona,ou terá que parar. Todas as Categorias de anuidades referentes ao ano anterior, devem serpagas de janeiro a junho de cada ano. Ninguém paga adiantado. Veja o Imposto dfe Renda:você declara este ano o ano passado. No Clube é assim também. A anuidade é 16, mas serefere ao ano 15. Tirando essas explicações , temos o seguinte quadro: ou eu recebo, ounão haverá Sessão Magna no final do ano, nem haverá mais revista, infelizmente. Vamoslá! Tenho 30 mil reais para receber o mais rápido possível. Estou esperando... Pedimos àpessoa que entrou em contato para homenagear a Arthuzina OliveiraD’Incao, que me procure. Eu não sei mais quem é você e a Sessão estáchegando. A todos muita Luz.

Carlos Moraes JúniorPraeclarus/Piracicaba/SP

[email protected]

CONSELHOS DA VOVÓ

Os anos foram chegando inadvertidamente ou sorrateiramente, semque eu me desse conta, lá estava eu avó modernosa, querendo escapar das garras daidade e dos cuidados, que geralmente, todos têm conosco, sem precisar. Velho nãoquebra!E não precisa de tanto cuidado, pelo menos sinto assim agora. Mais tarde... quelo sa? Gostaria que meus filhos e netos se quedassem um pouco para ler este texto queescrevo agora, já que não sei se lerão, quando for publicado no jornal. Vou deixar dentrode um envelope, num lugar bem visível. Como uma espécie de isca!

Não precisei sofrer muito para aprender errando, mas sei que sofripor amar demais, se é verdade que se ama demais... Não existe amar demais, porque amarsempre faz bem, e quem usufrui do amor é o sujeito do verbo amar, porque o coração ficarepleto, sem nenhum cantinho desocupado.

Seu coração comanda tudo, já que o cérebro é apenas o condutordas prazerosas emoções. Como ainda sou jovem, pelo menos meu cérebro acha que eusou, com muitos descontos, claro, essas sensações ainda fazem parte da minha vida!Porque minha alma é saudavel ainda e não quer se limitar com os percalçoes que aparecemao longo do caminho, como colesterol, triglicerides, diabetes e outrras chatices.

E claro, minha alma não deve ter muitas marcas de idade, mas sim, ovigor e o viço da meninice.Para ser feliz é preciso acreditar em sí mesmo. Não perguntepara ninguem a seu respeito, porq1ue na verdade não interessa a opinião que os outrostêm, o que interessa mesmo é a sua própria análise, porque você o que você é e o quesente só tem interesse para você..Seu coração é a sua estrada.Ele sempre estaráabastecendo e conduzindo aquilo que você sente.Tenha desejos reais e escolha seumelhor caminho, e que ele seja o mais satisfatório e prazeroso possível. Construa umafamília para que sua passagem pela vidas não seja vã e para com continuidade passarsuas raizes, talentos, e os princípios que lhe marcaram a existencia. Não precisa ser umEinstein, um Bettoven, ou um Papa, apenas seja íntegro!

Não diga “no meu tempo era melhor”. Era nada! Também haviaguerras, violencia, maus governos, falcatruas, se bem que um fio de bigode valia comoaval, e hoje me parece que nem um bigode inteiro tem o poder de garantir coisa nenhuma!Tempos são diferentes, porque a vida é um ciclo contínuo, com mais ou menos decadênciaou melhoria...Com diversas nuances de qualidade mais ou menosd pitadas de amor,romance, esperança e ilusão. Deixe seu coração bater descompassado como se fosseprotagonista de um filme, de uma hisstória de amor escrita num bom livro cheio deromance e drama. Procure escolher um marido que ama de verdade e que esse sentimentoseja reciproco. Cante, dance, pinte, escreva, toque um instrumento, goste de cinema etelevisão. Relembre o passado, mas naõ seja chato!

Procure entender seus pais quando não concordam com vocêporque eles são seus verdadeiros amigos e sua origem é ser um pedaço deles e há um elode amor entre essas duas partes. Não queira se autoafirmar contrariando, os mais velhos,porque quem não tem experiencia de vida deve respeitar quem tem, deve buscar numaforma própria de viver, sofre com os erros e aprender. Cada ano vivido é acompanhado devitórias e derrotas, que ao longo da existencia, representarão enriquecimento de

maturidade.Lembre-se que a vida é bela, para quem sabe vivê-la, e nemsempre o dinheiro é a tônica! A saúde é necessária para que a vida sejaprazerosa, e cheia de alegria e de esperança.

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Almir Diniz de CarvalhoColegiado/Manaus/[email protected]

Ana Maria OsórioTitular Enperito/Pelotas/RS

[email protected]

Alceu Brito CorreaPraeclarus/Brasília/DF

[email protected]

Alberto SlompPraeclarus/São [email protected]

Adilson Roberto GonçalvesColegiado/Lorena/SP

[email protected]

PLANOS

Procurando acertar,Fiz planosAté pra me programar.Não queria por desenganosTer que passar.Agi buscandoA perfeição,Sempre com a razão,Que prevaleceu sobre a emoção.Quando o plano falhou,Não desanimei e tudo recomeçou,Porque uma lutaNem sempre traz vitóriaE as luzes também aparecemNa batalha inglória.Aprendemos com maus planosQue aperfeiçoamos com os anos.

À GAROTA DO BRINCOEM MEIA LUA

não é que não a queira nuamas meu sonhoé balançar-me na meia luado sussurrode tudo o que pensoem lhe dizerformas lindasperfil de amorreceita de mulher!

FULGORES

Li, nos teus olhos, de fulgores tantosclara mensagem de querer, vagandono céu dos sonhos de prazer mesclandoao misticismo esse broquel de encantos.

Teus olhos vivos, salpicando prantosdespedem brilhos que faiscam quandofalas baixinho e mesmo assim cantandopreces de amor, que até me dão quebrantos.

Há, nesse olhar oval, que tens, fugaz,princípio ativo a despedir, audaz,fagulhas vivas, de queimar retinas.

E quando, bela, me sugeres que,além do olhar, podes me dar prazer,então sucumbo... e nem sequer atinas.

ÍSIS, MINHA GATINHA

Estavas só, estava triste.Um carinho imenso nos uniu.Como joia rarate trouxe nos braços,pratinhos cor-de-rosacolar com sininho.Meu anjinho pretopelos escuros com douradoolhinhos olhando nos meus.Filhotinho alegresucumbiunum vírus maligno.Três meses de dor.Pratinhos cor-de-rosacolar com sininhojogados no lixo.Novamente só, pergunto a Deus:O que fez um bichinhopara sofrer neste mundo?No vaso com violetasuma florzinha rosaparece dizerainda vives aqui.TRAVA

trova, caixinha fechada,verso livre deve serpreso a mim, não a mais nada,fruto da alma a se ler.

ALVORECER NO SERTÃO

Madrugada fria e nevoeiroalgumas estrêlas insistem a brilhar.

Galo canta no poleirochamando o sol, pro dia clarear.

Inhambu pia na tiguera,juriti arrulha no cafezal.Sabiá no vergel, anuncia a primavera,

porcos do mato atacam firme o milharal.

Da casinha de barrote ao pé da serra,cercada de flores e coberta de sapé.

Fumaça branca voluteia,exalando pela furna, doce aroma de café.

Da cumeeira da tulha abarrotada,casal de corruíra a chamar.Anunciando à filhotada,

comida farta, acaba de chegar.

Como é linda a floradada poda bisél dos cafezais.

Avinhados e azulões, trilando na mata,sinfonia de chupins nos arrozais.

Ouvi histórias assustadoras,que o caboclo inventa e gosta de contar.

Encenando pra tornarem mais aterradoras,quanta crendice no jeito de narrar.

Histórias avançam madrugada afora,caboclo acolhedor, não se cansa de falar.

Pescarias, caçadas, mãe-d’água, caipora,...entre um café e baforadas, até o clarear.

Antonio Carlos FusattoPraeclarus/Piracicaba/SPAmália Gerda Bomheim

Decana/Caxias do Sul/RS

Profundo silencioSó a linguagem do luarplatinando a noite!

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Antonio Augusto Alves AlmozaraConselho/São Pedro/SP

Antonio Araújo LoiolaPraeclarus/Campo Maior/PI

DOIS CORAÇÕES

Corpos unidos pelo amor!Renasce com muito fervorA beleza da vida está em amarQuando corações constroem um lar!

O amor é como a flor.Tratada com carinho,Brilha com fervor;Quando dois coraçõesSe juntam nesse mundoÉ o amor mais profundo!

A vida é sempre bela,Vamos nos juntar e viver com ela!A vida é um caminho a percorrerEntre pétalas de rosas vamos renascer.

Quando o amor apareceÉ como uma preceDois corações querem juntos viverE no futuro com amor resplandecer!

O amor é belo!Como o perfume da flor singelo.Quando duas pessoasSe amam com ardorE na florescência eterna do amor!

SOLIDÃO

“A solidão é a saudadede um amor infinito”são retalhos do passadoque fazem um sonho bonito

De um amor infinitoFicam as boas lembrançasDe um passado bonitoSempre restam esperanças

Há passados que são presentesQue nunca ficam diferentesSão sempre os bons momentos

Que ficam com os amantesPara sempre, eternamenteFirmes, como diamantes

REENCONTRO

Grande tempo de espera, quase uma vida.Tristezas mil, dores imensas,Nas noites sem fim, náufrago da bebidaEu já tinha perdido todas as minhas crenças.

Quatro anos passados, quatro agonias,Esperança perdida, quanta ilusão!Que desespero pelas noites frias,Quanta tristeza num só coração.

E numa tarde quente de agosto,De olhos castanhos e covas no rosto,Tão conhecida eu te vi calada;

Nas mesmas ruas de antigamente,Lado a lado, corações contentes,Seguimos juntos sem nos dizer nada.

Antonio Benedito GalloConselho/Ribeirão Preto/SP

[email protected]

Antonio MoreiraPraeclarus/Rio de Janeiro/RJAntonio Rodrigues

Assinante/Santos/SP

O VENTO

O vento,Em sua trajetória,Nos presenteia sons.Para os mais atilados,Sons musicais.A nuvem nos brindaMoça rica - água -,Que, sendo pródiga,Fertiliza terra e mentes,Além de murmúrios,Os quais se transformamEm tocatas inebriantes.O vento é, pois,Um fortuna,Espécie de ventura.A noite é um Noturno valsante,Lembra cavaleiro andante,Acorde da natureza,Belo e vibrante.É finito,Vindo, todavia,Do infinito.Sua característicaÉ a Música,Alma do mundo,Segundo Platão,Filósofo do coração.Nos amanheceres,E nos caíres da tarde,É reconfortante,Inspira romances,Anuências,Clemências...

OBJETO DO MEU DESEJO

És sem dúvida alguma, objeto do meu desejoque se liga com frenesi, com a força do meubeijonuma fúria total, amamo-nos intensamentefundimo-nos como um só corpo, perdidamente

Infelizmente, sou uma pessoa comprometidaela também o é, mostrou-se arrependidaporém, a paixão foi mais forte que o pecadoninguém desistequando se está apaixonado

Arlete Mari RaminaColegiado/Curitiba/[email protected]

NATUREZA

A palavra natureza faz lembrarDa chuva com suas gotas a tintinir

Das plantas com seus caules a ramalharNa força própria do vento a zunir

Dos raios de sol a nos abarcarCom sua energia o frio reduzir

Das correntes dos rios a desembocarNas águas dos mares a terra cingir

Do canto dos pássaros a trinarDa voz desigual dos animais a incutirDo som diverso dos insetos a entoar

Da essência da vida a difundir

Do único animal bem singularCom seu intelecto a expandir

Mas, na prioridade negligenciar,Sem intenção de restringir

A estúpida ganância a galoparNo que está para se extinguir

Sem o meio ambiente preservarSendo que, o próprio irá sucumbir.

PECADORES

Salvemos nossosprincípios maiores.Salvemoso próprio homem,Pecadoressomos todos!

Djanira PioAssinante/São Paulo/[email protected]

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Carmelinda Rodrigues da CunhaPraeclarus/Campinas/SP

[email protected]

Areoaldo de PaulaTitular Emérito/Brasília/DF

[email protected]

Augusto Barbosa Coura NetoPraeclarus/Florianópolis/[email protected]

SOFRIMENTO MALDITO(In memorian de minha esposa Ivanir)

Desprovido de todas as vaidadesdo mundo, aqui estou!Trazendo o coração sangrandoneste farrapo humano que hoje sou!

Tencionando penitenciar-medas incompreensões e erros cometidos!Rogando-te perdão... perdão...pelos inflexos momentos comigo vividos!

Sempre primei por ofertar-te o melhor,colocando-te nas mãos tudo de mim!Ofertando-te amor e belos momentossó não imaginava terminar assim!

Como deste mundo pouco se levanão mais do que nesta vida se deu!Nela, tu me destes tudo... tudo...Infelizmente, nosso belo mundo morreu!

Meus dias tornaram-se amargos e tristes,as noites longas, quase sem fim!Não sonho, só pesadelos tenhoe o vazio toma conta de mim!

Minha cama vazia te chama,meu corpo anseia teu calor!Meus lábios ressequidos buscam os seuspara umedecerem no teu amor!

Sei que não vens e nem virás,estás hoje a viver no infinito!Não me ofertarás sequer um beijopara amenizar este sofrimento maldito!

INFINITO

Além dessa faixa deitadaque existe no céu

e que se chama horizonte,há um lugar bonito

que há muito procuroSei que se chama infinito

e busco algo nele;ou então eu o buscopara buscar algo...

Há tempos que andoprocurando por que

há tempos que ele existee nesse infinito negroexiste outro infinito

que talvez sejaum lindo céu azul...

Acredito que nada na vidaseja impossível porque,

para mim, só prevalece o possívelEntão é possível que atrás

desse horizonte esteja o infinito,e atrás do infinito uma vida melhor...

Nada no mundo é impossível,Então é possível que nesse infinito

que fica no horizontehaja uma vida melhor,

e que contém outro infinito,de amor, e sem fim...

AMOR E PAZ

Os majestosos pinheiraisResquícios da Mata Atlântica,As esculturas de Letícia LeirnerNuma visão ecológica,

A Serra da Mantiqueira e seus aisContorna a cidade e o coração.Nos convidam alegres a adentrarO Auditório Cláudio Santoro.

Músico, maestro, compositorAmazonense,Fundador de importantes orquestras,De renome nacional,E reconhecimento internacional.

Seu nome lembrado será,Na cidade turística Campos de Jordão.Conhecida, visitada, apreciada,Cultura contagiante...

A produção deste poemaCulmina com a apresentação,Da Banda Sinfônica doEstado de São Paulo.Emocionou turistas deTodo o Brasil.

VIDA VERDE

Desde que parti... Eu anjo jardineiro,Que amava as dálias, lírios e jasmim,Descuidaram das flores do canteiro,

Não regaram com amor o alecrim.

Não há mais rosas rubras, nem goiveiro,Só meu nome na estirpe do coqueiro.

As pétalas do gerânio carmesim,São chuvas de lembranças sobre mim.

Olho o vergel. Grande desdém. Que afronta!Planta abre seu estômato e conta:

Se é verdade ou apenas cruel sonho.

Vida verde... do meu jardim tristonho,Sei que em meu coração inda floresce,A flor saudade que jamais se esquece.

Aracy Duarte FerrariColegiado/Piracicaba/[email protected]

Leda ColettiConselho/Piracicaba/[email protected]

LUA COR DE PRATA

Lua companheira, minha grande amigaVolte toda noite

Não se esconda, não!Eu gosto da noite, mas ela é traiçoeira

Venha iluminar esta escuridãoLua assim redonda, com sua cor de prataMostre toda a luz à minha “inamoratta”

Deixe que eu contemple a sua figuraVenha refletir toda essa ternura

Passeie pelo céu sem nunca ir emboraDou-lhe estes meus versos

Que fiz ainda agora.

Contaram-me linda históriadaquela estrela-do-mar:viveu momentos de glóriaamando um raio lunar.

Carmen Elza Straub de AbreuDecana/Itapetininga/SP

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CRÔNICACRÔNICACRÔNICACRÔNICACRÔNICA CRÔNICACRÔNICACRÔNICACRÔNICACRÔNICA-----------------

Vitaminas, minerais e Linha Sidney Oliveira.Quem se interessar entre em contato:

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EM ALGUM LUGAR NO PASSADO

Sentado na varanda da casa onde morava, passava horas a recordarum passado que o tempo não o deixou esquecer. No silencio da noite de verão o senhorcontemplava as estrelas num céu de veludo azul marinho. Ali adormeceu. Em algum lugardo passado ele se viu num outro planeta, chamado de Planeta Azul. Este Planeta erahabitado pelos humanos que desde a sua criação tiveram seres iluminados a lhes ensinara trilhar o caminho da evolução. Os ensinamentos morais e éticos foram preteridos emprol do avanço tecnológico. Os humanos se tornaram totalmente dependentes da maquina.

O progresso tecnológico avançado fez com que os humanos nãopreparados, de corpo e mente, tornassem presas fáceis para serem manipulados poroutros humanos. Passaram a ser apenas maquinas humanas, pois, atrelados a aparelhos,comandados a distancia por outros humanos, que tinham nas mãos o poder de construire destruir estas poderosas maquina. As maquinas cada vez mais aperfeiçoadas, começarama criar outras e após algum tempo eram: criador e criatura.

Semelhantes a figuras humanas estas maquinas se misturaram comos humanos maquinas e passaram a dominá-los. Aproveitando a ociosidade dos humanos,que dependiam totalmente de seus serviços maquinas humanas junto com os humanosmaquinas, dominaram o Planeta. Os humanos inúteis foram exterminados. Restaram apenasaqueles mais sábios que souberam fazer das maquinas o bom uso para o progresso doPlaneta Assim o Planeta Azul renasceu das cinzas do passado.

Bateu meia noite, adormecido continuava o senhor sentado navaranda. Um dos funcionários da Instituição “Novo Lar” foi chamá-lo parase deitar, pois já havia passado da hora. Ao se aproximar, percebeu que elehavia partido para o seu Planeta Azul.

MAIS DE SETE BILHÕES

Renomados estudiosos, expertos em estatística, têm divulgado quea população do mundo ultrapassou a impressionante marca de sete bilhões e trezentosmilhões. Somente na China, vivem mais de um bilhão e trezentos milhões de seres humanos.

Se pensarmos que daqui a cento e vinte anos, com todo o avançoda ciência, apenas uns gatos pingados desse total mundial estarão vivos, dá para compor,em nossa mente, um quadro bem macabro. Onde esconder tanto osso, onde depositartanta cinza, proveniente de incinerações? Até desconfiamos de que as terras do mundoformarão um imenso canteiro, adubado com esse humo humano. Haja sementes e mudasde alimentos para plantar nesse incrível e arredondado canteiro!

Por outro lado, se pensarmos que a população do mundo estásempre em crescimento, não serão só sete bilhões de seres que morrerão, ao fim doscento e vinte anos. Difícil, quase impossível, prever esses números. Vamos viver e deixar

viver. Essa é a melhor teoria.

José Keitel RibeiroDecano/Tres Corações/MG

[email protected]

Hazel de São FranciscoPraeclarus/São Paulo/SP

[email protected]

RAPUNZEL DO SERTÃONuma região rural, ao nordeste da Bahia, tinha uma garota que se

destacava perante todas as outras famílias, que tinham como rotina, a subsistência naagricultura, plantando e colhendo feijão. As famílias sempre tinham uma renda baixa,contudo muita força de vontade, pois todos participavam alegremente dos serviços deplantio na maior boa vontade, onde era uma constante a amizade e união entre todos, semfalar na inocência que caracteriza todos que habitam o agreste. Nesse quadro, Mariana esua família mantinham o seu cotidiano, em que aqueles lindos olhinhos negros eram ajanela para uma mente cheia de força de vontade e de informação.

Certo dia, ao dirigir-se para a sede da cidade de Araci, a fim devender o produto do seu suor e desprendimento, Rivaldo, pai da nossa personagem,deparou-se com um livro chamado: A história de Rapunzel, cuja capa existia uma lindaprincesa com longos cabelos dourados numa das torres de um enorme castelo, o querealmente encantou a nossa garota, que pediu ao seu pai um exemplar do livro, pois aatraiu de pronto! Como ela não sabia ler, teve que pedir ao seu pai que não era bom na artede decifrar aquelas letras, contudo sempre ao meio dia, após o almoço, Reinaldo dava umjeito de concatenar as palavras e produzia um bom resultado.

Assim Mari, como era carinhosamente chamada, atentamente ouviaa leitura do seu genitor, participando de cada uma “cena” emocionante e tentava gravarcada parte para passar adiante, fingindo uma leitura, que realmente era o sonho dela. Asrodas iam se formando em um manto de admiração, pois uma garota tão pequena lendo umlivro! Era realmente de espantar a todos naquele quase inóspito lugarejo, onde todoschamam vulgarmente de roça. A garota percebeu que o mundo da leitura é a verdadeiraporta para a informação, diversão e sabedoria, por isso o seu grande desejo realmente eraaprender a ler aquele livro tão bonito e encantador, para de fato passar para as outraspessoas, o que repentinamente apareceu a sua chance, pois a prefeitura tinha acabado dedesignar uma professora para alfabetizar as pessoas do lugarejo, lá na casa de farinha,onde as pessoas processavam a mandioca.

Com isso, a nossa garotinha conseguiu decolar no seu sonho e aoalfabetizar-se, prosseguiu nos estudos, mesmo com uma defasagem diante dos colegas,sempre se destacava, até no colégio daquela cidadezinha - cujo lugar parece tão grandepara quem vem dos distritos - em que ela tinha que ir de carona numa carroça com umúnico morador que fazia o transporte de todos, rotineiramente.Hoje, a professora Mariana, trabalha em sua sala de aula com crianças sedentas deinformação igualzinho a ela, e sua amiga de tranças de mel, trancada na torre do castelo,“puxa” os alunos da nossa grande personagem, para o mundo mágico da leitura e doconhecimento ao ler aquele mesmo livro, mas a fama da garotinha esforçada, que lutoupara não ficar sem instrução ante as outras com maiores oportunidades, deixou um feito,

digno da estória infantil. Suas tranças negras ficaram na imagem de todos oslavradores, que sempre ao vê-la dizem: “Olhe a Rapunzel do Sertão!”

Marcelo de Oliveira SouzaConselho/Salvador/BA

[email protected]

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12 13POETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASIL POETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASIL------------------------------------------ ------------------------------------------

EU, MODO DE USAR

Pode invadir...Ou chegar com indelicadeza,Mas não tão devagarQue me faça dormir.Não grite comigo, tenhoO péssimo habito de revidar...Toque muito em mim...Principalmente nos cabelosE minta sobre a minhaNocauteante beleza.Tenha vida própria...Faça-me sentir saudades,Conte algumas coisasQue me fazem rir...Viaje antes de me conhecer...Sofra antes de mimPara reconhecer-me...Acredite nas verdades que digo...E também nas mentiras,Elas serão rarasE sempre por uma boa causa.Respeite meu choro...Deixe-me sozinha, Só volteQuando eu chamar e,Não me obedeça sempre,Que eu tambémGosto de ser contrariadaEntão fique comigo quandoEu chorar, combinado?Conte-me seus segredos...Faça-me massagem nas costasNão fume, beba, chore, elejaAgumas contravenções.Me rapte! Se nada disso funcionar...Experimente me amar!

CHÁ DE BEBÊSURPRESA

No chá de bebêA surpresa irá revelarQual o sexo do nenê?Azul ou rosa vai usar?

No chá de bebêTodos querem saberSerá homem ou mulher?No dia que vai nascer

O berço está montadoNo ultrassom foi reveladoMas é “segredo de Estado”

Qual a cor do enxoval?Não é simples nem trivialO segredo do pré-natal

Bruno Nascimento AlleoniConselho/Rio Claro/SP

[email protected]

Célia GevartoskiPraeclarus/Piracicaba/SP

[email protected]

Cecília Rodrigues de SouzaConselho/Manaus/[email protected]

MEU SOFRER

Meu amor... Ignorou!Minha amizade... Não aceitou!Meu carinho... Recusou!Minha esperança... Desestimulou!Só resta lhe oferecerMeu eterno sofrer!

Carmen Lúcia HusseinColegiado/São Paulo/SP

[email protected]

Caris Licia Garcia do AmaralPraeclarus/Indaiatuba/[email protected]

Benedito Carceles TavaresTitular/Mogi das Cruzes/SP

[email protected]

ÁGUA

Água

Pura e cristalinaQue desaba da cachoeiraÁguaQue eu beboPara matar minha sedeÁguaOnde mergulhoE vou bem lá no fundoÁguaDe chuva que caiPra molhar a plantaçãoÁgua da saudadeQue cai do meu coração.

SUPERAR A DOR

Procuro Deus no amorNa dorE na vidaMas é na dorQue se desperta o espíritoÉ no sofrimentoQue se acham osValores própriosAs suas escolhasE a sua vidaO Senhor lhe dá a graçaPara superar a adversidadePara ultrapassá-la

E compreendê-laÉ preciso ver a dorCom a fé divina.

NOSSOS PILARES

Infinitos ais esses, os meus...Que submergem dentro da insana

inglória e bastarda tempestade do breu...Em teu piscar de olhos alcanço meu nirvana...

Me arrasta para o sul e para o lesteou ao único lugar que me sinto segura

Aquecendo a alma fria com tua energia celesteNão acorda! Dura sonho... Dura!!!

Dentro da tua bússola sem ponteirosPara fora de teus versos sem rimas

a entrega de meu sorriso mais matreironão há força maior que este amor! Obra prima !

Fortaleza tua que me afeta em demasiaAo som das trombetas musicaise da nuvem distribuindo alforria

Teu Navio... Meu cais...

Tua voz mansa e forte,de todos os felinos reunidos

A única que vence todas as mortesSem você... O chão se faz perdido...

Na mesma força que o teu universodo meu único verso equilibra a vida

rebate a medalha do reversoÚnico conhecedor do meu ponto de partida

Para fora e dentro do teu aquáriocujo alguns dão o nome de oceano...

É o frescor destas tuas águas que eu amoNão as adjetivo com nenhum dicionário...

Banham-me por dentro e por foraPurificando ao nível mais alto

Olhos fixos no horizonte da tua auroraOh! Puro amor! Doce pureza, eu arrebato...

Entregando-me límpida e transparenteA direção exorcizo...Olha o princípio de tudo!

Nos teus mares, do meu céu confidenteNão preciso dizer...Nasce a dança em nosso som mudo...

Em tuas dimensões infindáveis, em teus marestua mão sempre está enlaçada na minha...

Castelo que nos pertence... Você é meu rei, eu tua rainha

Teus sussurros...”eu existo e estou aqui ...”Nossos pilares...

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CONTRADIÇÕES

Vivemos em conflito constante: É do bem e o mau, o certo e oerrado, verdade e a mentira, alegria e a tristeza, amor e o ódio, alma e o corpo, projeto e arealização, pensamento e a ação, o belo e o feio, natural e o artificial, concreto e o virtual,fantasia e o real. É essa busca imensurável do equilíbrio que movimenta a nossa vida. Adescompensação de qualquer um desses fatores é o problema em si.

E deve ser a razão de ampliar a leitura da emoção e equalizá-la coma realidade. Um problema não é maior ou menor do que ele é. Não podemos supervalorizarou subestimar qualquer porção que faz parte do problema.

O que podemos é transformar o problema em desafio, afim de sealcançar a superação. A solução de um problema é o começo de um outro. Para tanto, tem-se que avaliar cada ação, com uma reflexão e partir novamente para ação, voltando a

refletir e depois agir. Lembre-se: “A única coisa que se leva da vida é a vidaque se leva”.

José D. Nicolini Gonçales Colegiado/Osasco/SP

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A FÉ

Na longa caminhada, a fé é a melhor companheira; ela é o melhoralento da viagem e é a maior riqueza. A fé é a bússola que novos rumos orienta na imensajornada; é o fogo que consome todas as impurezas do coração, que remove as pedras docaminho, e que transporta as montanhas daqui para ali.A fé destrói a cobiça, o medo e oorgulho; ela ensina a cortesia e nos induz a ganhar o respeito; ela nos livra da sujeição àscircunstâncias; nos dá poder para vencermos as tentações; nos leva à prática das boas epuras ações; ela nos enriquece a mente com a sabedoria.

A fé é o incentivo que abate a fadiga quando a jornada é longa ecansativa, e que nos leva à iluminação. A fé nos faz sentir na presença do Pai Celestial enos leva a seus braços que nos amparam. A fé transmuta as nossas empedernidas eegoístas mentes em simpáticos e amistosos pensamentos.

Aqueles que têm fé, portam a sabedoria em reconhecer osensinamentos sagrados em todas as circunstâncias que os cercam. Têm o discernimentode entender que a sua vida é uma realidade pautada na lei de causas e efeitos.

E então, quando passam por situações adversas, é a fé que lhes dáa força para serem pacientes e tolerantes administrando com esperança o momento queaparentemente não apresenta saída. Mas eis que surge um raio de luz, e a vida, graças àsua fé, retoma o objetivo traçado.A fé lhes dá condição para reconhecer a transitoriedadeda vida e a graça para não se surpreenderem com o imprevisto.

A fé é a emanação Divina acrescentada à mente, que resulta namanifestação da natureza Critica à consciência. A fé é sagrada.

Mas ela é difícil de ser despertada em uma mente intolerante,particularmente quando existem as cinco dúvidas no umbral do interior humano, queatocaiam e tendem a desencorajar a caminhada. São elas: Duvidar da existência de Deus;

Duvidar dos Seus ensinamentos; Duvidar da existência dosIluminados que nos legaram ensinamentos; Duvidar quanto ao caminho indicado porEles; Duvidar dos que crêem nos ensinamentos Sagrados.

Na verdade, não existe nada mais aterrorizador do que a dúvida. Adúvida separa os homens. É o veneno que desintegra amizades e rompe as agradáveisrelações. É um espinho que irrita e fere; é uma espada que mata.As raízes da fé foram, há muito tempo, plantadas pelo Pai Celestial. Quando se tem fé,deve-se compreender este fato e agradecer a Deus por sua bondade.

Não se deve esquecer de que se tem a fé despertada, não pelaprópria compaixão, mas sim, pela graça do Pai que já lançou a Sua luz de fé nas mentes doshomens e lhes dissipou as trevas da ignorância.

O Cristo Cósmico afirmou: “E conhecereis a verdade, e ela voslibertará”. Aquele que tem fé entra na posse da herança legada pela compaixão de Deus.

Mesmo que se viva uma vida comum, é possível adentrar à “TerraPrometida”. Os desafios existem, porém quando se tem a fé despertada,torna-se fácil viver nesse mundo. Creia, ouça a Voz Interior e seja feliz.

José Vicente CamposPraeclarus/Jaguariúna/SP

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O PEIXINHO DOURADOMarquinho estava triste porque viu na casa da tia um peixinho lindo

numa vasilha de vidro, enfeitando a estante. Naquela tarde de folga da escola, ele resolveuir à casa da tia para brincar com o priminho. Na volta para casa Marquinho pensava...

— Acho que vou soltar aquele peixinho. Sei que ele está triste, vinos seus olhos. Preciso dar um jeito nisso, mas como?

Ao chegar em casa Marquinho vai logo dizendo:— Mãe, estou muito triste!”— Por quê? Diz a mãe.— Porque eu vi um peixinho lindo numa vasilha de vidro, lá na casa

da titia Marta. Mãe, pede para tia soltar ele, pede! Se não ele vai morrer! O lugar dele é noriacho. Atrás da casa dela há um que ainda não está poluído.

— Meu filho, fique tranquilo. Eu vou falar com ela hoje mesmo.Os dias passam e Marquinho resolve ir novamente à casa da tia.

Entra na casa correndo e vai direto para a sala. Qual a sua surpresa!— Poxa, diz ele... o pobre peixinho ainda está aqui. Está cada vez

mais triste. Ah, está magrinho,coitado! Não vai resistir por muito tempo. Já sei o que voufazer, vou levá-lo para o riacho agora mesmo!

Marquinho pega a vasilha e sai apressado para que ninguém o veja.Vai direto para o riacho e fica feliz quando entorna o peixinho nas águas límpidas. Por ummomento, o peixinho para, olha, a seguir nada velozmente sumindo entre as pedras.Marquinho ri feliz e fala consigo:

— Que bom! Agora ele vai viver!

Ruth Prestes GonçalvesConselho/Manaus/AM

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Carlos de MoraisPraeclarus/São Paulo/SP

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LINGUAGEM

Vontade de dizertodas as coisas que eu não disse.Vontade de correr atrás do tempoem busca dos hiatos de silêncioe ver, no espelho do passado,a boca aberta, articulando gritosevaporados na surdez ambiente.

Homem-inseto assustando insetos-homens:o pavor que causa umrodopio de levitação sem destino.

É sempre a palavra que não dissecontemplando todas as faces pálidas,pálidas pela avidez dos que não ouvem.

Por todas as palavras que eu não disse haverá sempre vestígios de sofrimento;mas, pela perplexidade dê quem olhapercebo que as palavras que eu não disseforam ouvidas como se eu dissessetodas as palavras que eu não disse.

Se eu não digo nada, vejo o caos por toda parte,pois eu sou deus e deus é o verbo.

Carlos Eduardo PompeuDecano/Limeira/SP

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VIDA DESVAIRADA(Do diário de um suicida)

Para vida,menino, parti,cheio de luta,a mim eludi,todo amor, todo amigo,foi-me sempreum castigo.

E das cruas lutasdo dia-a-dia,as lições nadaensinarame me deixei vencerpelas drogasem covarde letargia.Enfim, vaguei,cheguei no que restei,

E o que restoudesta vidadesvairada,foi muito pouco,um quase nada,que não valeu maisa angústia, de viver.

Cenira Almeida NogueiraColegiado/Mauá/SP

Carmen Maria F. PilottoAssinante/Piracicaba/[email protected]

Cecy Barbosa CamposPraeclarus/Juiz de Fora/MG

[email protected]

O SABEDOR

Zelaste pela sabedoria. Comcarinho,Acataste mão forte dos amigos.Separadamente de alguém.Que tem muito amor.À irmã Lavínia.Venceste. Com a erudiçãoDo Altíssimo. Digo semPreconceito. És cidadãoVencedor. Tem futuro livre.E sem limite. Confie sem temor.

Já sarado,Do dardo inflamado.Pode contar tua históriaAo mundo. Como tônicoPra mente. Aos fracosIncontáveis E aos dementes.

Teu horizonte. A partir é sem fim.Caminhe nele. Como âncoracarregue,A couraça do criador.Como escudo, de fé.Também o teu amor.

Capaz és. Como rocha forte,Rebentaste pra vitóriaDiante dos incontáveis,Sem memória De resto,Fábio, és sábio.Emocionei-me com tua história

DO UNIVERSO CRIATIVO

Em multifacetadas alegoriasde dissipações da alma do artistaa antes realidade estanquetransforma-se em pura poesiaregistrada em pinceladas vibrantesnas partículas agora formatadasdos retratos de silêncios contínuosem figuras simetricamente dispostastransformadas em perfeitos contornos

Recortadas as arestasa sinestesia percorre com os olhos da almaa matéria-prima da própria sinergiaultrapassando o espaço físicomaterializando o lúdico em tintasde uma nova visão do mundoda poesia de um coração urbanoque anseia pela beleza do campo...

CENA TRISTE

O sol friocolore o silêncioatravés da janelade olhos vazios.Lembrançaspreenchem espaçosindevassáveis.Sonhos,compulsórios, necessários,harmonizam os tonsna desarmonia da vida.

Maria de Lourdes S. MachadoPraeclarus/Porto Alegre/RS

[email protected]

encantomãosadolescentesfascínionaturalespontâneo.

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Cícero Pedro de AssisConselho/São Paulo/SP

[email protected]

Célia Lamounier de AraújoPraeclarus/Itapecerica/[email protected]

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DE LEVE Paz... um sonho de muitos homensque outros poucos consomemna ambição do poder. E o povo enfrentasempreefeitos colateraisde atos inopinadosraramente dosadosmas imperativos. Os insensíveiscaminhamdonos da verdade efêmeraciscando bijuteriaspara engabelarsofrido povo. Mas o povo pareceque desejacontinuar assim...Será?

O GREVISTA

Todos temos a razãoDe exigir nosso direito,Porém não de qualquer forma,Agindo de qualquer jeito.Em tudo usemos decência,Ordem, justiça e respeito.

Cobremos de quem nos negaAquilo que nos pertence,Tentando ludibriar-nos,Pensando que nos convence.Desistir de tal cobrança,De modo algum ninguémpense.

Peço haver sempre bom sensoEntre empregado e patrão,Sobre aumento de salário,Diante da inflação,Que nos devora dinheiroComo terrível dragão.

Vítima da carestiaO nosso salário some,Por sempre termos ganhadoUm ordenado de fome.A fera inflacionáriaÉ preciso que se dome.

Necessitando de greveFaçamos, mas com decência.Não com briga e quebra-quebra,No auge da violência.Tampouco com despudor,Que é falta de competência.

Quem está sendo lesadoPelo seu direito insista,E a seus opositoresCom intrepidez resista,Lutando incansavelmente,Nas vezes que for grevista

Cláudio Dortas AraújoDecanoEstância/SE

[email protected]

EU TE AMO SUSSURRADO

Quem não se dobra à delícia dum beijo,À sedução dum “eu te amo” sussurradoAo ouvido. Num cenário paradisíaco,Onde ondas selvagens se quebramDe sentimentos e a caricia e terna naBrancura das areias!?Ninguém consegue resistir!E é por essas e outras, que vale a penaBuscar Vida e procurar saber viver...Nesse mundo onde desencantos comungamCom o ter mais a qualquer custo para alguns,Só para deixar para outros... por que o amorReside em mim, e está pleno em ti!...

NASCI EM PIRACICABA

Nasci em PiracicabaOnde tem muito amorE o amor não se acabaTem muita flor

Tem muita ave tambémTem muito peixeE os pássaros chilram nas manhãsPor favor não me deixe

Piracicaba meu flertegosto de ti fotografarSeu por de sol na rua do PortoNa Agronomia

Seus gatos abandonadosNo cemitérioSeus cães abandonadosNo Jupiá no Bongue

Suas tristezasSuas gloriasEm ti hei de padecermeu berço meu adormecer

Clóvis Rolim da SilveiraConselho/Piracicaba/SP

[email protected] MARIA

Entra o vento, sai o solE com ele o cheiro doce da tardeMeus fantasmas se aproveitamSe aproximam, se instalamVai começar tudo de novoA penumbra a tudo engoleO quarto, os olhos, o peitoUma voz misteriosa me consolaOu tentaÉ hora da Ave Maria

DESLUSTRAR

Saindo das tintas em escovaPerdido em uma linha enganosaMultiplicado em boda invejosa

Como de hábito em hálito horrendoComo sábio em amnésia sofrendoCom horror a idéia morrendo

Denivaldo PiaiaConselho/Campinas/[email protected]

Edielson José GroppoTitular/Iguape/SP

[email protected]

A FORÇA DO AMOR

ma me simplesmente,Sem começo, meio ou fim;Seja meu cravo, lírio, jasmim;Toca-me terna e docemente.

Chega devagarinho, e de repente.Se nossa relação é assim:Sou a Lua para você; você é o Sol para mim,Que haja um eclipse, urgente!

Sol e Lua encontram-se e seguem lado a lado.Para o amor não há intransponível barreira.De fato, nunca deve ter amado

Quem não conhece a força do amor.Caso contrário, passaria a vida inteira

Acreditando no seu poder, no seu valor.

Selma Queiróz GradilDecana/São Paulo/SP

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20 21POETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASIL------------------------------------------ CRÔNICA CRÔNICA CRÔNICA CRÔNICA CRÔNICA

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A PRÁTICA DO BEM

É muito importante auxiliar os necessitados, aliviando suasnecessidades físicas, mas o auxílio espiritual é o mais elevado que se pode oferecer aohomem. Quem oferece conhecimento espiritual é o maior benfeitor do gê-nero humano epor isso vemos que têm sido sempre os homens de maior saber que têm auxiliado ahumanidade em suas necessidades espirituais, pois a espiritualidade é a verdadeira basede nossa vida.Um homem seguro espiritualmente será forte em qualquer aspecto, seassim o desejar. Depois do auxílio espiritual vem o intelectual.

A dádiva do conheci-mento é muito mais elevada do que a de doaralimentos e roupas. A igno-rância é morte; o conhecimento é vida.

Precisamos praticar o bem. O desejo de fazê-lo é o que de maiseleva-do podemos aspirar, é o desejo de servir, sem contudo esperar recompensas ougratidão, virtude rara nos corações humanos.

Devemos ser gratos para fazer algo pelos nossos semelhantes,recordando que não somos devedores do mundo e que este nada nos deve. E é umgrande privilégio para nós podermos fazer algo pelo mundo.

Ao ajudá-lo, em realidade nos ajudamos. Acompaixão é a essência do céu. Para sermos bons, devemos ser dementes.Até a Justiça e o Direito devem ser apoiados na clemência.

FRATERNIDADE, PAZ, AMOR

Família é a base da sociedadeRaro quem não a amaAlguém torna- se celebridadeTemos o poder que nos aclamaEnquanto muitos sofrem com a ansiedadeRequer parceria humana.Ninguém vive distante pela eternidadeInigualável o sentimento soberanoDamos louvor a Deus por termos liberdadeAlgo como vivemos, pois, somos seres humanosDaqui a pouco o jovem tem muita idadeEnquanto progride na vida, acha que é o bacana.

Para quem não tem coraçãoAmar é algo desnecessárioZangado vive e sem emoção.

Amar a vida, ela é para ser vividaMando abraços, beijos e carinhoOutrora, quero sorrir, porém fico inibidoRumo à alegria e à paz não sinto sozinho

Zadir Campos da SilvaConselho/Caldas Novas/[email protected]

Zilda Pires TeixeiraColegiado/Rio de Janeiro/[email protected]

Ednéa do Marco Pascoal, de Angra dos Reis/RJ, Cadeira JoséRodrigues e Arruda, da Área de Letras, da Galeria dos Decanos doConselho do Clube dos Escritores Piracicaba, lançou o livro“Bartolomeu Antunes Lobo-Angra dos Reis, século XVII”, queapresenta a historia de Angra dos Reis no século XVII, em partecontada pelo juiz Bartolomeu Antunes Lobo, neto e herdeiro dosprimeiros habitantes.

EDNÉA PASCOAL LANÇA NOVO LIVRO

Condorcet AranhaJoinville/SC/In memoriam

[email protected]

Cosme Custódio da SilvaDecano/Salvador/[email protected]

À INSÔNIA DO POETASe, tens papel e um lápis extra,

Além da insônia como companheira,Seja mais forte, não se entregue à mestra,

Mostre nos versos a melhor maneira.

Entre os bocejos pelas madrugadas,O lápis, extra, grafará sonetos,

Tal qual maestro a compor toadas,Para exibi-las em lindos coretos.

Então verás que as horas mortas...Vivem...E que os relógios correm por demais,

Mas, teus sonetos sempre nos exibem,

Tanta beleza em tramas magistrais,Que nos adoça e até nos escraviza,

Quando na aurora a paz nos preconiza.

O CEGO E A PRAIA

O cegoPara à beira-marSente o tempoCria a imagemEmbevecidoPelo o que não vê

A brisa amenaFarfalha as tuas vestesTeus lábiosLambem o salitreTuas mãos querem tatear

Uma mulher passaCom graça refletidaNas lentes escurasEmoldurada pelo céu e solBanhada de sal

Como se palco fosseUma criança corre na areiaAtrás da folha mortaQue rola com vidaLevada pela brisa

Um pássaro rasante voaA água lava os cegos pésA alma sorriOs olhos secosMolham as faces.

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2322 POETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASIL POETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASIL------------------------------------------ ------------------------------------------

Darcy Reis RossiColegiado/São Paulo/[email protected]

ROSA AZUL

Desabotoa...a tua rosa azul!Mostra as cores das tuas pétalas internas...escondida, assim, ó flor das flores,faz do meu coração, tua rosa,e da tua rosa, minha vida...

Sôfrego botão...entreaberto, assim,ficas a meio caminho, indecisa,entre a vida e a morte...

Magnética flor,que ameaçou se abrir,não podes mais cerrar-te, em recolhimento,habita teu solitário de cristalbanhada em meu vinho de ternura e prece...

Esta rosa é minhaEsta cor sou eu!Fica,divina...na janela do paraíso,no peitoril, onde brincam gêmeos,o raio lunar e o raio solar...

Por onde vagueia o absorto colibride bico dourado de tanto sorver o pólenda tua rosa.Desabotoa,Amor!Desabotoa a tua rosa azul!

Edvaldo RosaConselho/São Paulo/SP

[email protected]

ESSE TEU OLHAR.

Esse teu olhar...Arranha...Atiça...Instiga...A minha vontade em conhecer-te,A alma e o corpo, de mulher aranha,Inteira!Caminhos estranhos, estranha teia,Cheio de mistérios...Encantos ternos!Fúrias sem freios,Medos e receios,De perigos e besteiras...Teu olhar me faz cócegas,Pelo corpo inteiro,Pelas partes,Pela mente que silenciosamenteSonha!Criando desejos,Pelo teu calor,Por um bocado de amor,De teu corpo enroscando-se no meu...Que é teu todo teu!Esse teu olhar...Inocente mas sem inocência,Tão pecador sem ter pecado!Esse teu olhar...Apenas de amor!

Acadêmico Areoaldo de Paula, de Brasília/DF, Cadeira Admar Cervellini,da Área de Artes, do Quadro de Membros Titulares Eméritos do Clubedos Escritorezs Piracicaba, lançou o romance autobiográfico “ O so-nho e o enigma no voo do Anhanguera”.Contato com o autor paracompra: [email protected]

AREOALDO LANÇA ROMANCE AUTOBIOGRÁFICO

Eliseu OroColegiado/Descanso/SCFelícia Terezinha Soares Lopes

Praeclarus/Caçapava do Sul/RS [email protected]

Emiliana Souza TeixeiraTitular Emérita/Itapipoca/CE

[email protected]

Eloísa Antunes MacielDecana/Santa Maria/[email protected]

AO LOBO DA ESTEPE

Teu uivo faz-se ouvir em noite escura.E certamente tende a amedrontarO próprio caçador que te procura,Que por temer-te vai-se intimidar...

E na amplidão da estepe metes medoNaquele que aprendera a te temer,Supondo que reservas um “segredo”,Ou que deténs um singular poder...

E o teu uivar, na imensidão da estepe,Faz-se pavor, quando o noturno crepeReveste de negrume essa amplidão...

E nem o próprio caçador souberaQue teu uivar temido, triste fera,É teu protesto contra a solidão!

HOMENAGEMA NOEL ROSA

Encontro marcadoe a duvida:com que roupa eu vou?sem problemas!logo lembreida fita amarela e,minha costureiraneste momento,estava no botequimcom este apetrecho e,salvou a pátria;e lá no céu a estrela dalvame despertando para o amor,e logo recordeias belas cançõesdeste grande compositorNoel Rosa que sempreescreveu com amor.

QUE SERIA?

Que seriaDo dia-a-diaSem magiaDa Poesia?

Melhor seriaA sintoniaDa harmonia

RISCO

Muitas vezescaminho sobre alâmina das palavrasque esfola e fere asensibilidade deminha alma nabusca derespostas.

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24 25POETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASIL POETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASIL------------------------------------------ ------------------------------------------

FLOR QUE DESPETALA

Flor que não tem seu tempo,É a felicidade, rosa rara,Que se desmorona ao vento,Sempre que a vida a despetala..

Fingir alegria para que pensem,Que a felicidade é eterna companheira,É esconder, na verdade, o que se sente,Amargura sutil e sorrateira..

A vida aos tropeços vai passando,Como passa enxurrada em correntezas,E o lodo que fica vai juntando,Entulhos de mágoas e de tristezas.

Evane Barros BarbutoColegiado/Eugenópolis/MG

[email protected]

Francisco de Assis Ferraz de MelloColegiado/Botucatu/SP

Geraldo José Sant’AnnaColegiado/São José Rio Preto/SP

[email protected] Félix de MoraesColegiado/Brasília/[email protected]

Francisco Evandro de OliveiraColegiado/Belford Roxo/RJ

[email protected]

Frederico Eduardo WollmannTitular/Cachoeira do Sul/SP

SOMBRA

Inconscientementeesta sombrame aniquilame perseguee esplende o gumemas exalaesse cheiro de curtumecomo o fio da navalhana carne céptica,a poéticada dor domina

Não são nem as palavras frias— a química de icebergcom Ventos Elíseosque o teu poemame determinatal qual cegueirada melodia.

(Pois ainda prefiroas borboletas azuisque vagueiamcegas, inexatasna penumbra fortuitadesta ala escurada poesia).

SONETO DOIS

Acompanhei a evolução das raçasDesde os homens antigos das cavernas(Os peitos nus, os braços, troncos, pernas)Em promíscuas reuniões, pagas e crassas.

Ví o primitivo retirar das massasFormidáveis de silex, eternas,As pedras e fazer suas modernasArmas para caçar as suas caças.

E o ví, depois, mais tarde, muito mais,Domesticando plantas e animaisE tirando os metais de seus minérios.

Também o surpreendi a ver estrelas.A ver estrelas, mas sem entendê-las,Sem compreender os céus e seus mistérios.

A SOCIALIZAÇÃO DAS PERDAS

Foi um boom de perplexidade!!Todos se tornaram estáticos,Admirados eNão vislumbravam aRealidade do acontecido.Houve um rompimento do contrato.Houvera uma perda de confiançaE isso resultara em uma grandeAmeaça de perda maior.O essencial, que não é invisívelAos olhos, deixara de existir

Em consequência, muitos teriamQue pagar seus tributos.Porém alguém ou todos, teriam pagar.Nada mais justo a socializaçãoDas perdas é sagrado.A venalidade do cargoNão poderia ser afetada.

SE FOSSE

Se poder eu tivesse, se fosse DeusSaciaria o sedento do desertoA todos poetas outorgaria os céusO faminto, faria da fome liberto

Toda a dor, seria restrita aos museusBaniria toda a violência, é certoA morte - ao mundo proferiria: adeus...O prado, não seria de cardos coberto

Sem procelas, dos mares faria paraísoNa terra, nem tempestade nem granizoSó mesmo de contente, alguém choraria

Se eu fosse Deus, grassaria só venturaMas a ti, ó musa, a quem amo com ternuraFeliz, meu bem, qual és, te preservaria.

CAMINHOS

encanto-me com ariqueza dos caminhosveredasatalhossendasestradasencruzilhadasruasavenidaspistasintensos canais decomunicaçãoem todas as línguasem todas as culturasem todos os tempospelas trilhas seguemos homenssegue a vida em fluxosencontrodescobertasurpresasencantossurpresascompitoquadríviome encontrosubindo a ladeiravielatravessabecopadê de Exucaminhos são veiase artérias da vida.

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26 27 CRÔNICA CRÔNICA CRÔNICA CRÔNICA CRÔNICA----------------

CABELEIREIROSIVAN MARQUES

Rua Riachuelo, 545 * Centro * PiracicabaFones: 3433-7077/3371-1077

O PRÍNCIPE-GATO

Comparar homens bonitos com gatos é uma discrepância sem limi-tes: os gatos são muitos mais lindos, dedicados , carinhosos e..melhor companhia! Certoé que existem gatos e gatos. Tive um que chamamos de Mocorongo. O coitado era meiobesta mesmo.Não parava em casa, não via obstáculos p’ra sair. Quando lhe batia a vonta-de de vadiar ninguém o segurava. Um monte de pessoas na calçada e lá ia ele correndoentre as pernas de estranhos.Quantas vezes voltava esfolado, machucado, sem a gentesaber o que lhe acontecera.Certa vez entrou na máquina de lavar roupa da vizinha, numburaco, por baixo.E, foi o maior sufoco p’ra fazê-lo sair...

Era preto, pretinho de olhos verdes. Gordo igual o Garfield. Guloso,comia de tudo,macarrão, frango, ração.Tinha um miado especial , tão bonito! E, como todofelino que se preza, sabia quando e como ganhar toda atenção e carinho que merecia.Sótinha o defeito de ir e vir e tanto foi que de repente não veio mais.Que Deus o tenha comobom companheiro!O gato que vive comigo agora é diferente. Um princípe! O que marcavao outro como vagabundo, sobra neste em nobreza.Jamais andou pelas calçadas: nem decasa sai.Quando muito arrisca um olhar superior sobre os transeúntes.

Passem, passem, desfilem e sigam seus caminhos.Do terraço ou dasacada da janela, tudo vê e tudo sabe.Depois arrisca um bocejo, volta p’ra sala,calado,vagaroso deita-se no sofá e dorme tranquilo. Não lhe falta educação e higiene.Comer? Sóração e olhe lá, se não lhe apetece, enjeita.Sabe muito bem do que gosta, Toda vez quepára e me olha interrogativamente, já entendo: alguma coisa de anormal está acontecendo.

Brinca muito! Caçador, pega baratas , lagartixas e até insetos voado-res. È bonito vê-lo saltar e caçar mosquitos em pleno voo. Necessidades só faz na caixa deareia.A não ser, é claro,que eu o esqueça e distraidamente o abandone por algum tempo.Daié capaz até de fazer xixi no meu colo e então a mocoronga sou eu. Percebe qualquernovidade na casa e dá logo sua opinião; eu sou mais importante! Foi assim que quasesofreu uma cirurgia desnecessária. Não é que ao invés de urinar em qualquer lugar, negou-se.Quero dizer: ameaçava, me olhava, olhava, ameaçava , ia, voltava e nada.

Comecei a me preocupar. Estranhei tambem que ele não miava dife-rente, nada. Só ameaçava fazer e não fazia.Consultei o veterinário, por telefone, que ,mesmo sem vê-lo, diagnosticou. E combinamos vir buscar o gato p’ra colocar uma sondinhano pipizinho dele. Ai! Que horror! Mas, se for necessário...( não foi! Era só charminhonovo: ciúmes do computador...) Apiedei-me. Tão pequenimho, tão delicado. Logo ele quenem suporta a aproximação de homens!E o coraçãozinho, então!

Dá pra senti-lo aos saltos quando ouve os malditos rojões. Escon-de-se onde pode, e muitas vezes, no meu colo. Se a campainha tocar e for homem ele seafasta e se esconde como se disesse: nada a declarar!

Bom , se chegar um homem e ele não se retirar é porque o homem nãoé homem de verdade. Só engana!Dizem que ele fareja o tal de hormonio masculino...Sechegam mulheres ele faz a corte: vai se aproximando devagar, miando baixinho, olhando,conquistando. Já tem oito anos e é puro. Tenho certeza. Nunca foi á rua, nunca teve ondeprocurar gatas, nunca sai de casa, nunca namorou. Pensei, muitas vezes, em lhe arrumaruma companheira.Tive medo de perdê-lo. Ele pode passar a me odiar por encará-lo comoum gato comum e castigar-me, sei lá como( deconheço todos seus trunfos!). Bem, termina-das as devidas apresentações, entendam agora o fato acontecido.

Por sua própria culpa e vontade, geralmente levanto-me demadrugada. Ele prefere o ar puro da manhã para suas pesquisas exteriores. E logo cedinhocomeça o desfile da plebe ( o povo vai trabalhar..).Molho as plantas( gerânios,samambaias...) e deixo o prìncipe divertir-se.Muitas vezes me pedem mudas daquilo que

nem mesmo sei cultivar.Só planto e deixo a natureza agir. Algumas crescem tanto e ficamtão lindas que me surpreendem...Graças á Deus !

Mas, qual não foi minha maior surpresa quando uma senhora quepor aqui passa diáriamente fez o pedido mais estranho que poderia imaginar! Ela quer umfilhote do meu precioso gato! Impossível! Jamais conseguiria! Ele é único, original, semdescendentes! Seu reinado termina aqui . Não há, nunca houve nem haverá filhotes!

Cobicem, invejem e se contenham. Alegrem-se comigo ao vê-lo demanhãzinha exibindo-se e miando suavemente pelas sacadas dasjanelas.Educado, mágico, misterioso, nobre: “ele, só ele: é o príncipe dosgatos!”

CRÔNICA CRÔNICA CRÔNICA CRÔNICA CRÔNICA----------------

Dirce Ramos de LimaConselho/Piracicaba/SP

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PALCO DO PECADO

O automóvel estaciona.A moça morena, bonita, de short no banco da praça ergue o rosto e

fitando o carro espera, entendendo.O sujeito baixo, gordo, bem-vestido aproxima-se resoluto, movido

pelo interesse carnal.-- Vamos dar um giro minha linda?Ela sorri, aquiescendo e, lado a lado, sem palavras encaminham-se

ao veículo cinza-prateado que os espera, palco que é do pecado.-- Entra, coisa mais linda.A moça atende. E o coroa dando a volta entra pela outra porta e

logo, o carro parte, macio, para aonde?Não importa. Ela ganhou o freguês, o seu Júnior amanhã terá o leite,

não mais chorará de fome. E sorri. Tristemente sorri.--Sorrindo de quê, minha linda?A voz grossa, possante, do novo patrão.-- Nada não...

Disfarçando, com o dorso da mão trêmula entãoenxuga a vista embaçada pelas lágrimas

Paulo Murilo Carneiro ValençaPraeclarus/Recife/PE

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28 29POETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASIL POETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASIL------------------------------------------ ------------------------------------------

Ilda Maria Costa BrasilPraeclarus/Porto Alegre/RS

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Geraldo Gabriel BossiniColegiado/São José do Rio Preto/SP

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Gabriele Loureiro BruschiPraeclarus/Porto Alegre/[email protected]

GOTA DE SUOR

Escorreguei-me como gota de suorPelo teu corpo quase nuDancei em sua pele morna e maciaDeixei-me absorver teu cheiroVasculhei espaçosDescobri lugaresAlcei os céus em minúscula nuvemUm pouco de tiEm forma de gotaQue da chuva cai.

UMA ALAMEDA

A paisagem que aprecioe de uma tardeque cai.O céu é de um azulfascinante;o ar refrescantee agradável;o passado,extremamente vivoe coloridocom mil históriasinfantise sedutoras;tudo repletode um cheiro esverdeadoapaixonante,encanto e magia!Diante de meus olhos,aos poucos, vejoa minha infância correralegre e saltitantepor uma imensa alamedade eucaliptos gigantese vaporosos;respiro fundoe sinto o perfume puroe angelical da vidapenetrar na minh’almade menina peralta.Tudo muito gostosoe reminiscente!

BONDADE

Um dia, enquanto caminhavana minha rua, vi uma senhoratentando atravessar a rua.Com cuidado e carinho,ajudei-a.Mais adiante, deparei-mecom um cachorro abandonadoà sua sortee às maldades dos homens,com frio e fome,peguei-o e dei-lhe uma casa.No dia seguinte,ao fazer um passeio,dei com uma menininha perdida,que, desesperada,procurava por seus pais.Ajudei-a encontrá-lose esses me agradeceram muito.Depois disso, voltei para casaa fim de descansar.

PEDRAS

Na minha fugaTento remover as pedrasQue bloqueiam meu caminho.Amargurada, remonto uma a uma.Empurro forte para o lado.Desgarro-me de tudo. Sobressaio aliviada!No lirismo dos meus sonhosImagino estar segura,Mas os ventos são fortes,Arrancam-me os cabelos.Tenho sempre que voltar,Pisando no chão de novo,Tropeçando sobre pedras,Que estragam

Iolanda Martha BeltrameColegiado/Santa Maria/RS

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Inês Tafarelo TuonPraeclarus/Piracicaba/[email protected]

PONTA DE PRAIA

Fascinante mar...A ponta de praiaReduto acolhedor

Imenso giganteCurva-se aos pésDeslizam as vagas

Suave ondularCalmo, passivoEspumando areias

UM GESTO BREVE NUM BREVE MOMENTO

Uma cortina se abre no meu peitoComo a mágica de um momento suspiradoMinha alma vê com olhos translúcidosOs mistérios de sua imagem inacabada. São pedaços de angústia dilaceradosQue se alimentam de tristezas vivasPor um amor feito de ideias não comunicadas.São desejos irrealizadosCortando espaços infinitosQue se estilhaçam em chuvas de meteoritosDiluídos em segundos nos meus olhos.São amores construindo presençasPreenchidas e tão logo desencantadas.São múltiplas faces do seu corpo andróginoQue me impedem de reter sua apariçãoDiluída no tempo de minha vidaE lembrada em sonhos passageiros.São palavras encantadas que soam ao longeComo sombras de um amor impossível.

Irene Zanette de CastañedaPraeclarus/São Carlos/SP

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José Airton MellegaDecano/Piracicaba/[email protected]

O POETA

Poesia, expressão divinade sentimentos momentâneos,de uma mente inquilinaem um ser contemporâneo.

É uma manifestação singularde um possuidor de dom.Poesia, arte de vocabularem versos, com rimas ou não.

O poeta quando escreverecebe fluídos do além.No manifesto se atrevea impressionar os que leem.

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30 31---------------- CRÔNICA CRÔNICA CRÔNICA CRÔNICA CRÔNICAPOETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASIL

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Iva da SilvaColegiado/Francisco de Paula/RS

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José Ângelo GiacomeliColegiado/Barra \Bonita/SP

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POR CAUSA DE TUA AUSÊNCIA

Pensei escrever um poema,Um poema que falasse só de amor,Mas, diante de tua ausência,Meus versos foram de dor.

Pensei escrever um poema,Um poema que falasse de nossa felicidade,Mas, por causa de tua ausência,Meus versos foram de saudade.

Pensei escrever um poema,Um poema sobre a nossa existência,Mas, meus versos saíram nostálgicos,Por causa de tua ausência.

Pensei escrever um poema,Um poema cheio de encantos,Mas, por causa de tua ausência,Fiz versos cheios de prantos.

Pensei escrever um poema,Cheio de vida, cheio de paz,Mas, por causa de tua ausência,Nem escrever eu fui capaz.

Pensei escrever um poema,Um poema dedicado para ti,Mas, devido a tua ausência,Só pensei, não escrevi.

PALAVRAS MUDAS

Como uma reação em cadeiaa folha de papel se fez de feia,e a veia se fez de falhae as palavras perderam a fala, Elas não se juntam, só se atrapalhamtento detê-las, aguá-lasmas é como fogo em palha. Soltas ao vento,não tem como amarrá-las. Não há o que fazernão há o que dizerSó há o que sentirPalavras serão poucaspara tentar definir. Nem que todas as bocaspudessem se unirNão sufocaria o somDo meu coração a te aplaudir.

José Antonio NappiDecano/Piracicaba/SP

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Milton Mariano de SouzaColegiado/Governador Valadares/[email protected]

Eu vou medindo os meus passosQuando trilho o meu caminho,Vou abrindo esses espaços...Não é bom ficar sozinho!

NAU SEM RUMO

Eu sou uma nau sem rumoPerdida em alto marEsperando encontrar o portoNa luz do teu olhar

Navegando sem destinoNa imensidão do marE o seu nome divinoViverei sempre a chamarPobre barquinho perdidoSem ninguém pra lhe guiar

Indo onde o vento levaSeguindo as ondas do marAssim é a minha vida

Sem você pra me olharSerei sempre uma nau sem rumoIrei onde o vento levar.

RECORDAÇÕES

Mesmo com tudo terminadoNão deixo de pensar em vocêNão sei deixar de lembraras coisas que fizemos...

Sinto seu cheiro por toda parte...Não sei como explicar issoEssa saudade...

Só sei uma coisaE posso afirmar:“Eu sempre vou te amar!”

Juliana Diniz JoséConselho/Londrina/PR

[email protected]

LÁ NA ESQUINA 2

Andava pela estradaE andava procurando porTodas as esquinas o meu amor.

Essa busca acabou.Andando pela estrada,E naquela esquina, no fim da rua,Lá estava vocêBela e Formosa.

Que essa buscaChegue ao fim.Que esse cansaço acabe.

Que comece uma nova vida,Que comece a vida se iluminarQue comece tudo de novoQue tudo se torne vida.

Com certeza,Não haverá mais buscaPelas esquinas.Acabou!

José Paulo Castro SouzaConselho/Blumenau/[email protected]

LES PIERRES

Avec des pierreson pour faire une rue.Avec des personnes,avec de l’harmonie,on forme une famille.Au sein de la famille il y ale véritable amour,le respect et la joie.Les pierres construisentles chemins ;la famille nous montrele chemin.

Marco Maurer Dalla VecchiaPraeclarus/Porto Alegre/RS

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Nilza de July Costa e SilvaPraeclarus/Porto Alegre/RS

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borboletasmulticoloridasesvoaçamsobreasflores

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32 33 ------------------- CRÔNICA CRÔNICA CRÔNICA CRÔNICA CRÔNICA

Maria Helena CorazzaPraeclarus/Piracicaba/SP

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------------ARTIGO

José Otávio Machado MentenPraeclarus/Piracicaba/SP

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CONTROLE DE QUALIDADE SANITÁRIA DE SEMENTES NO BRASIL

Apesar do desenvolvimento da patologia de sementes, comociência, nos últimos 40 anos no Brasil, a sanidade das sementes produzidas ecomercializadas continua negligenciada, pois não há exigência legal. Trata-se de umparadoxo, pois a sanidade dos materiais de propagação é considerada uma das principaismedidas de manejo de doenças. O empenho do GTPSS (Grupo Técnico Permanente emSanidade de Sementes), instituído pelo MAPA, em preparar proposta de padrões desanidade (tolerâncias) das PNQRs (Pragas Não Quarentenárias Regulamentadas) nãoforam aprovadas. Existem padrões definidos para batata-semente (IN no 32/2012 – AnexoI) tanto no como nos tubérculos. Já há proposta, baseada em ciência e tecnologia, parapadrões sanitários de sementes de diversas culturas como algodão.

Também foram apresentados padrões para sementes de diversashortaliças como alface, brássicas, beterraba, cebola, cebolinha, cenoura, coentro,cucurbitáceas, ervilha e feijão vagem.Foram desenvolvidas ARP (Análises de Risco dePragas, para patógenos associados as mudas de café, goiaba, abacaxi e banana.

As empresas produtoras de sementes vêm adotando padrõesinternos de qualidade sanitária. Existem diversas instituições, públicas e privadas,preparadas para realizar e interpretar testes de sanidade.

A pesquisa e o ensino de patologia de sementes e mudas tambémnecessitam investimentos, incluindo espécies florestais, frutíferas e pastagens. Osavanços nos testes de sanidade (métodos moleculares e serológicos) precisam sercomparados e aferidos. Houve grande evolução no tratamento de sementes. Novosprodutos e formulações foram disponibilizados.

O tratamento industrial de sementes (TSI) vem ganhando espaço,exigindo adequações nos procedimentos para avaliação da qualidade de sementes,cuidados na manipulação e descarte e introdução de novos testes (produção de poeira,abrasão, fluidez e plantabilidade). Cuidados redobrados estão sendo tomados com asameaças fitossanitárias. As listas de patógenos quarentenários estão sendo atualizados,exigindo desenvolvimento de métodos adequados para detecção e identificação destespatógenos. Maiores cuidados estão sendo adotados para o trânsito de vegetais(importação de sementes e mudas), exigindo ARPs e implantação de EstaçõesQuarentenárias. Assim, há necessidade de se implantar, urgente, os padrões de sanidadede sementes e mudas para PNQRs (ou “Pragas Prejudiciais Associadas aos Materiais dePropagação Vegetal Presentes no Brasil”) das principais culturas e credenciamento delaboratórios para realização dos testes de sanidade.

Também é necessário o estabelecimento de regulamentação para setrabalhar com sementes tratadas industrialmente. Para isto, é fundamentalinvestimento em pesquisa e treinamento, visando atender as necessidadesdo setor.

MÉDICOS SEM FRONTEIRAS

A ideia de fazer propagar e conhecer este trabalho (que poderia atéser considerada de “Utilidade Pública”.), foi um relatório anual que recebi, mencionandoo que foi realizado em 2013 por esta instituição benemérita, “um ano de decisões ecompromissos principalmente no que diz respeito à Somália e Síria”.

São abnegados profissionais e voluntários que não medem esforços,muitas vezes dando sua vida, seu suor e suas lágrimas apesar de ameaçados, atacados,sequestrados e até mortos pelo sistema de seus países, tudo em prol de amenizar tantamiséria e sofrimento de tantos seres humanos.

“Médicos sem Fronteiras” é uma organização internacional, nãogovernamental e sem fins lucrativos que existe desde 1971 (mais de quarenta anos!) comequipes treinadas, totalmente preparadas, que “levam cuidados de saúde às pessoas quemais necessitam, de forma neutra, imparcial e independente.

Seu trabalho é o mesmo em meio a conflitos armados, epidemias,desastres naturais e exclusão do acesso a serviços de saúde, combatendo crises eprestando suporte às pessoas onde há enormes necessidades e falta de assistênciaadequada”. Neste ano no Brasil, a MSF em parceria com a Fundação Osvaldo Cruz (Fiocruz),lançou a terceira edição do curso internacional de Dengue e doença de Chagas.

O relatório cita também inúmeros países (mais de setenta), onde aorganização apresenta um trabalho árduo, mas eficiente, por exemplo, tanto para criançascomo para suas mães, aidéticos e até imigrantes com dificuldades sem contar doenças asmais diversas. Só para informar, no Egito, por exemplo, foram realizadas em média 1700consultas por mês. Costa do Marfim, Congo, Etiópia, Guiné, Líbia, Marrocos, Madagascar,Moçambique, Uganda, Camarões, Nigéria, Somália entre outros figuram entre as muitasterras “assistidas e trabalhadas” a fim de aliviar o sofrimento de tantos cidadãos destemundo!Uma abnegação, uma dedicação sem limites enfim, numa luta de profissionaisaltruístas que se jogam nessa luta e se dedicam sem precedentes em meio às maioresdificuldades e necessidades que se possa imaginar.

O que podemos fazer para nos solidarizarmos a essa obrahumanitária? Em primeiro lugar respeitar, aplaudir e divulgar a doação física e generosa,principalmente desses elementos, médicos e voluntários que não medem esforços e, cujoobjetivo é livrar pessoas da dor, penúria indescritível e do caos em que vivem e sucumbemse não houver a atenção devida.

Depois, a nossa imprescindível doação material e pessoal, que precisae pode ser feita, notificada pelos órgãos de comunicação para maior conhecimento dessaobra, que serão informados pelo telefone 08009410808 ou pela internet (www.msf.org.br).O slogan dos Médicos sem Fronteiras é: “Seja um doador, ajude-nos a salvarVidas”!

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34 35POETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASIL------------------------------------------

José Nogueira da CostaConselho/Itajubá/MG

CONSELHOS

Quando escutares de manhã a violaDos passarinhos, melodiosa e pura,Despreza o leito e, livre de amargura,Ruma para o trabalho ou para a escola.

Onde exerceres teu mister consola,Se necessário, a alheia desventuraE colocar o coração procuraNão só nas frases mas também na esmola.

Tuas necessidades abasteceUsando apenas o que a tua messeEconômica ou pródiga te dá.

E agradece, por fim, de fronte erguida,Mais essas vinte e quatro horas de vidaQue em nome de Jesus te deu Jeová.

A SEMENTE

O homem do campo carpiaOlhava o céu e a Deus pediaA chuva que não choviaNa sua casa, comida não tinha.

Desanima e se joga na terra;(Ele e a enxada se põem a chorar)No seu olhar triste, imperaUma lágrima, quePor sua face começa a rolar

Caindo na terraSobre uma sementeE ela se põe a molharO homem, então, não se desesperaPois Deus ouvia a sua preceAquela semente começou a germinar.

José Roberto PanaiaPraeclarus/Piracicaba/SP

Leda Mendes JorgeColegiado/Niterói/[email protected]

CANTO DA ESPERANÇA

Não quero lembrançade gente sofrida,destruição da dignidade,ecos de tristeza no pensamentoTambém não quero veralmas assustadas,descrenças, desesperança,desespero.

Se eu pudesse,gozando inteiramente o momento, impregnada de amor ao próximo,ser fecundada... Fecundada pela felicidadede ter, no fundo do ventre, a construção da Esperança.

Ah! Se eu pudessedar a luza ventura de um mundo novo...

E, quando minha vontade nascesse,a amaria, amamentaria,fazendo crescer - prazer imenso! –a crença na compreensão dos povos.

Ah! Se eu pudesse...

POETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASIL

Lúcia MartinsConselho/Ituporanga/SC

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O MEU AMOR

Teu cheiro é tão gostoso

Que me ponho a definirCom quase três décadas passadasEle consegue não se extinguir

Será que é o meu olfatoQue com teu cheiro misturouOu isso é coisa de peleQue com o tempo grudou

Só sei uma coisa de fatoCom o tempo o amor aumentoucom mágoas, com dor, diferençasEle se fortificou

Com três filhos nesta históriaBelos, lindos e perfeitosA beleza é do papai...Da mamãe são os defeitos...

Mas o mais fantástico da históriaEstes dias aconteceuDepois de uma briga bobaSeu olhar me derreteu

MADREPÉROLA CELESTE

Madrepérola celeste...Reflete no breu noturnoMil olhares do passadoQue escreveram em seu pó,Sem pudores nem temores,Solidão e confidências...

Leva tempos condensadosDe amantes apaixonados;De filósofos inquietos;De cientistas corajosos;Viajantes sem fronteiras;De traidores covardes;De errantes desesperados;De camponeses simplórios;De guerreiros destemidos;De reis, nobres e vassalos...

E a espelhar o Sol, discreta,Oculta por trás da faceBranca que ilumina a noite,Tais segredos recebidosNos momentos de silêncio...Perpetuando-os no céu.

Luiz Barboza NetoColegiado/Florianópolis/SC

[email protected]

Terezinha de Jesus LopesAssinante/Juiz de Fora/MG

Honre o idoso, criança,dê-lhe afago, dê carinho,seja um raio de esperança,a iluminar seu caminho!

ELA ESTÁ ME SEGUINDO

Eu a vejo,a vejo em todo lugar.Ela me persegue;ela fala comigo;ela está tentando me dar um sinal,mas não entendo.Qual será?Quem será?

Valentina Kroeff SperbPraeclarus/Porto Alegre/[email protected]

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3736 POETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASIL------------------------------------------

POETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASIL-----------------------------------------

PARA APRENDER

Para Aprenderalfabetoou qualquer outrodialeto ou objetonão basta estar alertanão basta o concreto

Para Aprendere transformarconhecer em sabernão basta decretomuito menos resolveficar quietoem atitude correta

Para Aprenderqualquer coisaque lhe afetemarque, transformee se construa projetohá que circularo afeto

Maria Angélica B. dos SantosPraeclarus/Belo Horizonte/MG

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ENTÃO É NATAL

Então é natal.Perpassa no ar uma brisa diferente.

Uma brisa benfazeja, que fazBem a nossa alma.

Que faz cantarem os jovensE sonharem as crianças.

Que faz com que os homens pensemEm paz amor e esperança.

Pena, que muitas vezes, oVendaval do egoísmo

Afaste esta brisa mansa.Pena que muitas vezes, o

Furacão da invejaSopre forte e violento.

Há! Que bom seriaSe o ano que se inicia fosse

Novo realmente.Trezentos e sessenta e cinco dias

De amor e compreensão.Cinqüenta e duas semanas de

Paz e prosperidade.Doze meses de amor,De saúde e harmonia.

Quem dera que o Natal nãoFosse apenas um dia,

Fosse um momento eternoEm que os homens trocassem

Sinceros apertos de mão.Quem dera, não mais houvesse

Fome, injustiça ou guerra E o natal fosse realmente

O renascer da vida, o renovarDa esperança.

Quisera que os anjos do céuE os homens de boa vontade,

Em uníssono cantassem: “Então é Natal!”

Maria Antonina de Lima SoldáConselho/São Paulo/SP

[email protected]

Maria Gertrudes GrecoConselho/Guaratinguetá/SP

[email protected]

Othniel Fabelino de SouzaConselho/Ribeirão Preto/SP

Maria Luiza de M. MarinhoDecana/Rio de Janeiro/[email protected]

Maria Gema MartinsConselho/São Paulo/SP

[email protected]

Maria de Lourdes Prata GarciaAssinante/Bragança Paulista/[email protected]

Hoje, me senti só. Abri janelas do quartoe do coração esperando seu chegar. Mas continuei só... Apenas borboletas e alguns raios de sol vieram me consolar !

REFUGIADOS

pirotecnia mortal enxota apavoradoslágrimas inocentes se misturam àsalinidadebase mole contra marolas e vagascruéispressa não tem bagagema esperança ocupa cada coraçãotementee o mar antropófago tem fome...

INDIFERENÇA

Por tantos desencontrospor tantos não sabidos desejosdesafiando os momentos vãosdesce tênue véu sobre o passado

Não há que se lembrardo que não se desejadesejo apagadoescondidono limbo da memória

Fica a margem sombriada dura realidadesentida saudadeendurece o olhar

Nada há que se lembrarde triste ou alegre passadoSão apenas sombrasnada mais.

ETERNA GOTA..

Cada gota ao respingarmolha lugar a lugarrenovando seu viver...Traz em si nova energia,ajudando o que sacia,força pra sobreviver...

Toda gota sempre é vida,e traz em si, já contida,a força, a renovação.Mantém sempre despertada,em cada ser é destacadaem toda a situação...

Não há onde não existe, em todo local persistea sua sobrevivência...Vai levando... vai trazendo...Vai doando... vai fazendoa todos, com paciência...

Quem com a água convive,sem ela, não sobrevive,nem se tem o que fazer...Vale mais que muito ouro,em si é o grande tesouroque nos ajuda à viver!

Do pracinha brasileirotenho orgulho, até vaidade.Que ele é um herói verdadeirodemonstrou à humanidade!

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NOSSAS PERDAS

Perdemos o Acadêmico Paschoal Zenero, de Piracicaba/SP, onosso agora Patrono da Cadeira 013, da Área de Letras, doQuadro de Membros Titulares Eméritos do Clube dos EscritoresPiracicaba. Os nossos sentimentos para a família enlutada comessa triste perda.

MINHA CASA

Maria Luiza Vargas RamosConselho/Florianópolis/SC

[email protected]

Minha casa são todas as casas onde vivo e vivi, é meu canto delei-tura, meu lado na cama, minha mesa de escrever, meu computador, meu piano, meucarro com meus CDs favoritos. No entanto, sempre existe uma que marca mais, mesmopara quem já morou em tantas! A casa a que me refiro e que pode representar todas asoutras é a casa onde nasci, aonde cheguei ao mundo e onde aprendi a me virar como serhumano, caminhando, comendo, me vestindo, estudando por mim mesma.

Não é uma casa comum, é uma casa com história, uma vez que nelaminha mãe morou desde a meninice e onde vivi até o dia em que me casei. Nela festejeitodos os meus aniversários, inclusive o de 15 anos, o noivado e até a festa de casamentose espalhou por seus jardins perfumados de rosas, lírios e jasmins.

Nela, inclusive, festejei os primeiros aniversários do meu filho maisvelho, enquanto não principiaram as trans-ferências do marido marinheiro. E para elavoltei, já com três crianças, em todas as férias escolares, de inverno e de verão, durantetodos os anos em que lá meus pais viveram.

Esta casa ainda está lá, ainda nos pertence e continua a nos re-cebere a receber nossos amigos quando lá estamos. Já não possui mo-radores, apenas hóspedes,no entanto, seus hóspedes são parte da sua trajetória e descendentes daqueles que aergueram e ali escreveram toda a sua história.

Seu traçado interno, semelhante a um mitológico labirinto, fazia comque nossos amigos demorassem a nos encontrar. A garagem imensa, num tempo em que opai não tinha carro, apenas avião, servia de área de lazer, sala de jogos, palco de teatro eaté de ancoradouro para um grande navio que construímos com a turma da rua.

Três pátios faziam a alegria da gurizada. O primeiro calçado, comjardim, parreira e mesa de pedra para preparar as galinhas do almoço, além de uma torneirinhabaixa para refrescar nosso suor e matar nossa sede. O segundo tinha um quartinho deferramentas, um galinheiro enor-me e um galpão com sombra para comer os churrascosfeitos em fogo de chão. Patos, perus, gaios, galinhas e muitos pintinhos ciscavam por alie bebiam num grande cocho de cimento.

Ao redor, árvores com todas as frutas da região: laranjas de quatrotipos, pêssegos, figos, ameixas, li-mões, uvas, peras, caquis, bergamotas, goiabas. E noúltimo pátio havia uma horta viçosa e um campo de futebol para os meninos se divertirem.Cinamomos majestosos enfeitavam o cenário e possibilitavam muitas en-cenações dos

filmes do Tarzan. Num deles, atingida por uma bolinha de cinamomo disparada numafunda do meu irmão mais velho, despenquei lá do alto e quebrei o pé - no primeiro dia deférias! Era tudo tão espaçoso que andávamos de bicicleta nos pátios! Da-quelas grandes,de duas rodas. E brincávamos de esconder em toda qua-dra, pulando muros com a destrezade quem pula uma poça d’água.

Quando eu tinha nove anos de idade, a casa recebeu uma peçaimportante na decoração, que a acompanhou e fez sua trilha sonora por muito tempo - meupiano! Bem antes da TV e muito mais importante que ela para nós, o piano na sala era olugar preferido da família nas minhas horas de estudo. O fogão da cozinha era enorme eesquentava a água na caldeira para os banhos. O banheiro imenso tinha uma banheirafunda onde a gente, quando criança, podia até brincar de nadar.

Na frente tinha sido o Cartório do meu avô. Depois virou a suíte daminha avó até o fim da sua vida. Meus avós, donos primeiros da casa, viveram ali seusmelhores anos, formaram sua descendência e também ali se despediram dos amigos e davida. Este é o sentido maior de uma casa.

As risadas escorrendo das paredes, as vozes sussurrando notelhado, os passos estalando nos cor-redores e as lembranças dançando na memória,umedecendo os olhos, aquecendo o coração. Basta sentar diante da grande lareira, ouvindoo crepitar do fogo para o passado se tornar presente e tudo ficar bom e lindo de novo.

Nossa maior casa anda sempre conosco e não é feita de madeira,tijolo ou cimento, é feita de emoção, lembranças e saudade!

ÁLBUM DE FIGURINHAS DELICATTA

A Editora Delicatta, criou um álbum de figurinhas de escritoresbrasileiros, do qual faz parte o Acadêmico Marcelo de Oliveira Souza, deSalvador/BA, Cadeira Miguel Gonzales, da Área de Letras, do ConselhoAcadêmico do Clube dos Escritores Piracicaba. Ao destacado os nossosparabéns.

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Paulo Alberto GarbusPraeclarus/Curitiba/[email protected]

Paulo Dias NemePraeclarus/São Paulo/SP

Odila PlacênciaColegiado/Barueri/SP

[email protected] Silveira Dias

Conselho/Porto Alegre/[email protected]

NÃO SOMENTE FLORES

Para que não se diga,Que apenas faleiDe flores, amores.

Falo também das doresQue sentem os deserdadosDe luz, carinhos,Recursos, afetos.

Dos esquecidos de si mesmos,Daqueles que não conduzem a sua vida,Dos fracos, dos fortes despreparados,Dos deprimidos.

Desnutridos, ignorantes da lutaDe saber que a vida,Própria ou coletiva,Fazemo-la nós mesmos.

Com estudo permanente,Esforço, persistência,Denodo, trabalho, trabalho,E mais trabalho...Ontem, hoje, amanhã e sempre!

UTOPIA

Em minhas fantasias te vejo,te sinto, te abraço, te beijo.

Num passado que ficou distante,mas que sinto ainda presente,

eu me faço tua amante.

E a fantasia me envolve com teu corpocativante.

De dia e no silêncio da noite,o meu e o teu se enroscam

por baixo de um teto brilhante.

Nas minhas noites te encontronos meus sonhos sensuais.

Teu olhar e o teu sorrisoacalentam-me e me encantamcomo ninguém ousou, jamais.

Nesta utopia eu acordosem a meu lado te ver.

Entristeço-me sem coragem de dizerque ainda te amo, por favor, venha me ver.

Nada no jardimsó espontaneamente,Há amizade.

TOLICE

Ter elevado amor no coraçãoe vá sabiamente bem vivercom positiva e vibrante emoçãoe benigno e intenso prazer.

Não cometer asneira e nem tolicee sim agir com alegre fraternidadee ter no bom Deus fé e crendicepara encontrar a afável felicidade.

Viver em paz com o semelhantesaber agir e comportar socialmenteter amor penetrante e brilhantepureza na imortal alma e mente.

O mundo é divino e encantadorprocure com cândida generosidadee o coração cheio e inflamado de amorpraticar quando possível caridade.

Pedro de Quadros Du BoisPraeclarus/Balneário Camboriú/SC

[email protected]

CONSELHOS Disse ao filho: insistaem suas propostas e façao que entender melhor o filho resistiufeze o melhor foi poucono nada previstopelo paiinquietoem falsa magnitude disse o filho: insisti e fize refiz o feito refeitode todo o nada investidotrouxe a não resolução dos fatose o fado apresentado em rotocaminho esfarrapado dos carinhostrouxe minha volta o pai ouviu e não insistiuao filho o retorno com que o poucose fez bastante: nada disse.

AMIGOS

Amigos demonstram alegria no olhar,Satisfação aa se encontrar.O decurso de tempo não importa,Ver o outro bem basta.A amizade nunca passaE a distância não afasta.

Yara Regina FrancoPraeclarus/Araraquara/[email protected]

Pilar Reynes CasagrandePraeclarus/Rio Claro/SP

[email protected]

VIAGEM FINAL

Ao termo da viagem desta vida,Cujo eterno mistério não engana,Não se passa jamais por aduana!Revista nenhuma é requerida.Na estrada coisa alguma é proibidaPorque nunca se traz coisa profana.Que sem nada chegou nada carrega,Quando se parte para não mais voltar.Não existe também qualquer alfândega,Pois nada para o além se vai levar...

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Reginaldo Costa de AlbuquerqueConselho/Campo Grande/MS

[email protected]

Raymundo Farias de Oliveira Colegiado/São Paulo/SP [email protected]

FELIZ ANO-NOVODeitada na calçada,no canto escuro, sob o viaduto,a mulher aninha-se com os filhos,puxando o velho cobertor encardidoe algumas folhas de jornais.No barzinho penumbrosode alguma esquina distante,na pobre rua barrenta,desenrola-se a festa loucados anônimos sem larescom desfechos inesperados.Na quietação da maternidadee no silencio do hospital,ouve-se o choro estridente da vidae o pranto desesperadopelo último suspiro do ente querido.Na enfermaria, onde todosse fizeram confidentes,o soro vai alimentando vagarosamenteo corpo do recém-chegado.A escuridão dos presídios impõeo silêncio do regime disciplinarO ano vai chegando ao fime o outro vai começar.Ouço a explosão festiva de rojõescolorindo a noite.E, nos campanários, os sinosdesatam uma sinfonia solene...Abraços emocionados,beijos e lágrimas de comemoração.Feliz ano-novo!Feliz ano-novo!E a vida segue sua rotinade tristezas, alegrias,esperanças,desencontros, sonhos

e mistérios insondáveis.

CASA DE PECADO

Deixei a praça quando a noite dava o tom...Sigo adiante e paro ao portão do sobrado,ainda conservando o mesmo aspecto bom

dos tempos em que fora a “casa de pecado”.

No jardim pisca ao poste um globo avermelhado,iluminando o novo endereço em neon...E a dona sensual do corpo ali mostrado,

só virtualmente. A casa hoje é uma pontocom.

A lua cheia aclara um quarto entreaberto...E eis que a dama da vez primeira lá me espia:

“Vem garoto!...” Ninguém mais havia por perto...

Um passado feliz volta na trama rubrade uma hóstia vertical, que então desconhecia.

Tímido, perguntei: – Pecado?... Riu: “Descubra!...”

Terezinha Ofélia N. RennóColegiado/Itajubá/[email protected]

Ricarda Maria Leal AlvimDecana/Miracema/RJ

[email protected]

Thaís Mariane StenicoPraeclarus/Piracicaba/[email protected]

SÃO DELAS

São delas essas mãos tão calejadase delas são os pés sempreapressados...São delas as visões mais apuradase os conselhos os mais afortunados.

São delas as histórias mais contadas,os planos quase nunca realizados...Delas, as orações mais bem rezadase os sonhos, em vigília, esperados...

Pudera! Se o labor dentro do lardá tempero ao feijão, forma aos tecidose crédito ao amor plural de amar!

São delas os afagos de ninar,os seios mais antigos exibidose o leite que seus filhos vêm sugar!

FILMAGENS DA VIDA.

Sem pressa, pacientementebusco a paz que quero. A natureza, sem pressa, meoferece o amanhecer que devagar vai se transformandonuma forte luzaté chegar as entranhas do fiel epálido anoitecer.Viro, reviro no leito das maisprofundas recordações.O sono logo vem, vou sumindo e no infinito me lançopara buscar os momentos quechegam sonambulandodentro da noite, sufocando omeu esperado descanso.Como é gostoso viver sonhos loucos,mas agradáveis!Porém, sempre acordo sem saberqual seria o seu final.Grandiosa frustração sinto ao abriros meus olhos, pois me lembro que o mesmoacontece na vida real.Os melhores momentos evaporam,espalham no ar,oferecendo frestas aos dissabores,mas sem revolta. Assim, Deus infiltra dentrodo meu silêncio a paz.Lembrando-me de que tudo oque vai sempre volta nas saudades que as filmagensda vida me traz.

SOZINHA

Sinto-me tão vaziaUm vazio em meu coraçãoE uma mente cheia de ideiasIdeias corrompidasIdeias que escondo em mimPois tenho medo do mundo.Estou sozinha neste lugar escuroE todos querem me guiarPor um caminho já percorrido.Mas eu quero o desconhecidoQuero o novo, o perigoFazer o meu próprio destinoConhecer minha própria estradaFazer as escolhas, os errosAcertar e aprender a vida.Se nos perdermos um diaSei que nos reencontraremosMas, enquanto eu sinto saudades

Meu maior desejo é viver!

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Valdemar Alves JúniorConselho/Fortaleza/CE

Robinson TuonColegiado/Piracicaba/SP

[email protected]

Rita Bernadete Sampaio VelosaColegiado/Américo Brasiliense/SP

[email protected]

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NASCI POETA

Que poeta eu já nasci,Eu não sei como negar.Ser poeta é o que eu pedipara Deus me destinar.

Quero ser e estar poeta.Quero ter e dar amor.Que eu siga bem quietasem mais nada a propor!

Minha pena é minha seta;a folha em branco o meu alvo.Que eu atinja minha meta:pela poesia ser salvo!

ESPERAS

Se estiveres atento, lembrarás daquele diaEm que imploravas sonhos. Fantasias.Choravas por mundos ridículosQue tu mesmo inventavasMas que não vinha. Mas que não vinha.

Se estiveres alerta, lembrarás daquela tarde.Tediosa. Quando esperavas teu amado.Com roupas leves, de malhas translúcidas,perfumes suaves de lavanda e almiscar,que depois do banho, vestistes.Mas ele não vinha. Mas ele não vinha.

Se estiveres vigilante, lembrarásdaquela noiteEm que já não querias nada.O niilismo das horas te sondava.E tu, inerte, qual mariposanum muro escuro.Sabias da tua realidade tosca.Querias o entendimento.E ele chegou. E ele chegou.

TECNOLOGIA

GPS - Global Positioning SystemSistema de Posicionamento GlobalAparelho de rastreamento por satéliteViagem aérea noturna24 satélites orbitam a TerraSinais de rádio codificadosMínimo de três satélitesAvaliam posição latitude/longitudeFormato de celularReceptor atua em todo o mundoMesma hora, minuto, segundoRedução de tempo e espaçoFunção na indústria pesqueiraIndica posições de barcosRotas e localização do usuárioQuebra do mistério marítimoUsual jangada de tábuasPropício onde haja cardumeEm remotos litoraisRecursos tecnológicos de vanguardaEnigmas da evolução do universo.

Vera Regina de BarcellosConselho/Florianópolis/[email protected]

Wagner Luiz AndrioteColegiado/São Paulo/[email protected]

Vera Maria da PenhaConselho/Vila [email protected]

Maria Valeska L. CabralConselho/Rio de Janeiro/[email protected]

Yeda Araújo PereiraColegiado/Pelotas/[email protected]

MAR DE PEDRA

Brisa no rosto...Olhar embalado pelo balance das folhas

Pelo bailar das garçasSons de vida plainando por toda parte.

Onde está a água do mar?

Embarcações inertes, atoladas, distantes.Evidenciadas pela sombra

do sol que se escondeDecoram a paisagem.

É bonito de ver...E o tempo parece parar.

Não tardarão as marolas soarãoAvisando que o mar está voltando

Para ser a moldura detodas essas sensaçõesQue se escondem aqui

Nesse mar de Pedra de Guaratiba.

FIM DE ANO

Fim de anoDe um ciclo de dias

De mesesTantos diasOutro ano...novo ano

Novas esperançasNovos objetivosNovas alegrias

Termina o ano?Termina a lida?Termina a luta?

As guerrasAs mortes sofridasAs bocas famintasAs barrigas paridasTermina o ano?...Termina a luta?Termina a vida?

MULHER PODEROSA

Ela acolheu Jesus dentro de si.Ensinou a Ele a palavra amor.O respeito ao próximo.A obediência.Fez Jesus caminhar.Deu-lhe a mão para guiá-lonas longas travessias.Censurou-o em suas travessurase por suas demoras.Sonhou fazê-lo Reie fê-lo.Diante Dele, todos nos dobramos.Salve Maria! Rainha-mãe!

A VOLÚPIA DA PALAVRA

ANO NOVO

Nem mesmo sendo poetaPosso enganar meu coração.

São muitas as perguntas...Insistentes, freqüentes,Duradouras.

Ano Novo! Esperanças!Eu as tinha, não faz muito tempo...Eram tantas, meu Deus! Onde estarão?

Para onde levaram meus anseios,Minhas certezas,Meus felizes devaneios?

Meus amores pela vidMinha paz tão companheira,A confiança no amanhã?Pensei estariam comigo para sempre,Acima das tormentas cotidianas...Mas não!

O sempre não existe, meu irmão!Ano Novo...Esperanças fugidias...Solidão...

Os versos não têm função,Nem finalidade, nem instância.Asas improvisadas ao coração,A procrastinar a fugaz infância.

Ignoro os desígnios da poesia,Mas a amo, sem receio ou medo.Mesmo inútil, sem findar a agonia,Na volúpia da palavra, escrevo.

O poema não tem profundidade,Ausência que na alma inquieta.Não traz respostas ou verdades,Para angústia indelével do poeta.

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46 47 CRÔNICA CRÔNICA CRÔNICA CRÔNICA CRÔNICA ------------------- CANTO EXTERIOR CANTO EXTERIOR CANTO EXTERIOR CANTO EXTERIOR CANTO EXTERIOR

-----------------------------MASMORRAS

Tanta emoção que vai me engasgandoQuando tento engolir este desejo arteiroQue vem sempre na hora errada,(se é que se contam horas)Vem me acudir em castelosDe negras sombras veladoMe soltando das masmorras,Das algemas e das brumas.

Me levando para a luz...Tanta emoção que já nem sei onde a deixo,Não sei se ponho pra fora, se no bolso ou na corrente,Pendurada no meu peito...Se lamento ou não me queixo...Mas, mexe tanto com a genteQue abro as folhas do livroAcendo a lâmpada pertoE me deixo livre e soltaPara que me possas lerTanta emoção e eu brigando,Com minha agenda lotada,Com o tempo esburacado,Vazando amor e paixão!Tanta emoção na varandaTomando sol e laranjaE eu trancada no escuroTentando pular o muroPara dizer-te que eu queroPara falar que é sincero,Mas vai ficar pra amanhã...

Zeila Fátima GiangiácomoDecana/Sorocaba/[email protected]

Acadêmica Isvânia Marques, de Maceió/AL, Cadeira Cyro Armando CattaPreta, da Área de Letras, do Colegiado Acadêmico do Clube dos EscritoresPiracicaba, completa 20 anos de vida literário com o lançamento de umlivro, “Profissão Mulher”, no dia 26 de agosto, em Palmeira dos Índios/AL.À homenageada parabéns

ISVÂNIA COMPLETA 20 ANOS DE LITERATURA

Novo livro “Relações”, de Cosme Custódio da Silva, de Salvador/BA, CadeiraHelena Rovay Benneton, da Área de Letras, da Galeria dos Decanos doClube dos Escritores Piracicaba. Lançamento da Brasil Casual. Contato:[email protected]

COSME CUSTÓDIO LANÇA NOVO LIVVROTeresa PicinatoColegiado/Piracicaba/[email protected]

FASES DA VIDA

Somos sementes, que lançadas na terra, adormecemos à espera doamor. A chuva mansa nos acorda e o sol, traz o calor que necessitamos para viver...Estamos germinando em meio a terra cuidada, no útero da mulher que carinhosamente sealegra por estamos plantados em seu ventre. Acordamos para a vida, somos brotos,rebentos iniciantes em busca da claridade, do ar, do sol.. Somos bebês que choram emcontato com o mundo. E no aconchego da vida, dos seios fartos da “madona”, no calor deoutras plantas, crescemos, vicejamos, progredimos, desenvolvemos.

Nossas hastes já são maiores, nossos caules mais grossos, somosjovens, confiantes na vida,às vezes um pouco agressivos, outras, arrogantes, mas namaioria das vezes somos conscientes de estamos iniciando nossa estrada. E que nossocaminho será mais fácil se buscarmos nesse transcorrer, criar amizades, sermos bons,coerentes. Os anos passam e já somos árvores frondosas, repletas de flores e frutos,somos homens e mulheres conscientes de nossa estadia neste mundo, somos adultos,experientes. E já, com os frutos sazonados, lançamos novas sementes para reiniciar ociclo da vida. Em nossa maturidade também criamos família, geramos novos rebentos ereiniciamos também o ciclo da vida.

Entretanto, com o passar dos longos meses envelhecemos, asárvores, as plantas e nós seres humanos, nossos galhos se tornam frágeis, já nãoproduzimos frutos, e somos maduros, velhos, cheios de conhecimentos da vida, mas jácansados, aquietados pelo passar dos anos, somos idosos...

Enfim, nossas raízes se desprendem do solo, já não existimos mais ,morremos, deixamos nossas famílias, nossos amigos, perde-se o brilho de nossos olhos,esvai-se nossa vida e o que ... o que resta de nós? Se nossos galhos serviram na marcenaria,viverão, se nossas sementes geraram brotos, a vida continuou e nós...

Se a bondade participou de nossas ações, seremos lembrados edeixaremos saudades se, entretanto, vivemos uma vida vazia, orgulhosos, certamentemuitos sorrirão à nossa partida como se fossemos o mal que se esvai. Afinal,de que vale uma vida vazia, se esses dias passam num piscar de olhos, e afase mais longa está além da morte!

RESTAURANTE E ROTISSERIE

BOM GOSTO

Rua Rio Grande do Norte, 148 - Vila Prudente - Piracicaba/SP(em frente do Pronto Socorro do Piracicamirim- 3426-4378

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