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DECANOS CONSELHO O ESPAÇO DEFINITIVO DE DIVULGAÇÃO DA LITERATURA ANO XXI Maio de 2015 ESCRITORES Avenida Independência, 3075/Alemães – Piracicaba/SP Fone: (19)3422-7191 (Cópias) * (19)3422-1200 (Engenharia) (19)3434-6622 (Impressão) * Fone/Fax: (019)3434-0554 URL: www .copiascia.com.br * E-Mail: [email protected] QUINZE ANOS DE PARCERIA E DE SUCESSO Cadeira 066 - José Keitel Ribeiro - Patrono: Antonio Romano 250 NÃO PODEMOS FAZER DUAS REVISTAS

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DECANOSCONSELHO

O ESPAÇO DEFINITIVO DE DIVULGAÇÃO DA LITERATURA ANO XXI Maio de 2015

ESCRITORES

Avenida Independência, 3075/Alemães – Piracicaba/SPFone: (19)3422-7191 (Cópias) * (19)3422-1200 (Engenharia)

(19)3434-6622 (Impressão) * Fone/Fax: (019)3434-0554URL: www.copiascia.com.br * E-Mail: [email protected]

QUINZE ANOS DE PARCERIA E DE SUCESSO

Cadeira 066 - José Keitel Ribeiro - Patrono: Antonio Romano

250NÃO PODEMOS FAZER DUAS REVISTAS

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2 3EDITORIALEDITORIALEDITORIALEDITORIALEDITORIAL

Revista Literária mensal do Clube dos Escritores Piracicaba.Diagramação e Arte Final, Admi-nistração e Publicidade: Coopia Digitação e Serviços Editoriais, Rua Jacob Diehl, 77, BairroMorumbi, Cep 13420-410, Piracicaba/SP. Não fornecemos números atrasados. Matérias assi-nadas são de exclusiva responsabilidade de seus autores.CNPJ: 01.061395/0001-03.Correspondência: Rua Jacob Diehl, 77, Bairro Morumbi, CEP 13420-410, Piracicaba/SP, Fonefax:(0xx19) 3426-8568. Editor Responsável: Carlos Moraes Júnior, Mtb20.836. E-mail:[email protected] Site: www.clubedosescritores.com Para Pagamentos: Conta 8013-6, Agência 4252-8, Banco do Brasil.

REVISTA “ESCRITORES”

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Carlos Moraes Júnior

CRÔNICA CRÔNICA CRÔNICA CRÔNICA CRÔNICA -------------------

Elda Nympha Cobra SilveiraColegiado/Piracicaba/SP

[email protected]

NÃO PODEMOS FAZER DUAS REVISTAS

Nestes vinte e cinco anos de existência do Clube dos Escritoresforam tantos os falecimentos, que ficou muito difícil compor a entidade como era no início.Os anos passando e não se conseguia preencher o número de Cadeiras, que foi estipuladoem 400, ao invés das 600 iniciais, Desta forma, o Clube dos Escritores que tinha 740integrantes, foi reestruturado para ter 640. Algumas Categorias Acadêmicas foram extintas,assim, hoje o Clube tem os Membros Titulares Eméritos, O Conselho Acadêmico, ColegiadoAcadêmico e Galeria dos Praeclarus, somando os 400 Acadêmicos.

Mas continuam existindo ainda 240 integrantes distribuídosnos antigos Membros Titulares, nos Decanos do Conselho, Sócios Honorários eAssinantes, que são Categorias que não mais existem, porém, quem está numa delas,continua tendo os mesmos direitos de antes.. Muitos amigos já foram convidados a mudarde Categoria, e assim, vamos completando nosso quadro.

Como todos sabem a diminuição de integrantes, afetoudiretamente o valor que é recebido pela entidade em anuidades, já que 140 pessoas deixaramde pagar, deixando u, rombo de mais de doze mil reais, que teve que ser absorvido. Paraisso deixamos de fazer a revista em papel, porque o custo de impressão e de correio eramuito alto e nos endividava rapidamente.

Optamos por fazer uma Revista Eletrônica, que era mais práticae barata, mas alguns de nossos queridos amigos preferem receber a revista impressa. Nãodá para fazer duas revistas, porque não temos dinheiro para isso, desta forma pedimos aos300 Acadêmicos, que ainda recebem a revista xerocada, de dois em dois meses e muitoatrasada, que nos ajude e arranje um endereço de e-mail, com um sobrinho, filho, um neto,para desafogar nosso trabalho. O custo para imprimir e enviar pelo Correio essas revistasestá ficando em dois mil reais, mas não conseguimos receber esse montante todos osmeses, porque as pessoas demoram muito para pagar a anuidade do Clube.

Pagam mesmo quando dá. Ora, não podemos fazer dívida coma gráfica e com o Correio, esperando um dinheiro incerto. Falei aqui que omeu sonho é receber 5 ou 10 anuidades por dia. A gente recebe uma,depois de vinte dias outra, e assim por diante.

CALAMIDADE PÚBLICA

Houve um tempo que a juventude, influenciada pelo cinema,pela televisão e a propaganda, achava um charme no ato de beber e de fumar, já que omarketing afirmava que o cigarro ou a bebida proporcionavam certos prazeres indescritíveis.Milhares de jovens começaram a fumar ou a beber porque se identificavam com os modelosde Out Doors: os mocinhos a cavalo acendendo seu cigarro numa pose insinuante, oumesmo bebendo sua bebida dentro de um carrão ou iate acompanhado de belas mulheres.

Por incrível que pareça esse tipo de propaganda, sutilmente,deixava na mente das pessoas plantada a idéia de que fumar e beber eram o caminho parao sucesso, para a riqueza, porque o cigarro e a bebida eram aliados à beleza e também àidéia de quem fumasse ou bebesse se tornaria o herói machão preferido pelas mulheres.Anos atrás os jovens tiravam fotos empunhando um cigarro, como se fosse essa a grandepose fotográfica.Hoje essa impressão deixou de existir, como deixaram de existir aspropagandas de cigarro na televisão, mesmo aquelas encaixada, quando o ator ou atriz deuma novela, ou de um filme, aparecia se deliciando com um cigarro, se tornou até cafona.

Isso porque houve uma mudança radical quanto ao cigarro emtodas as sociedades consideradas civilizadas.Os fumantes hoje se sentem acuados atéporque são a minoria em qualquer lugar, a ponto de começarem a ser até discriminados. AsLeis antifumo são cada vez mais severas e proíbem o cigarro em todos os lugares, até no arlivre. Quem gosta de fumar, ou é viciado em cigarro e não consegue deixar o vício, estácomeçando a ter dificuldades no trato social. Ao darem as saidinhas para fumar escondido,sentem-se transgressores. Não se sentem bem, pois são uma minoria muito criticada.

O mesmo não acontece com quem bebe. Enquanto o cigarroexigiu com severidade uma diminuição dos fumantes e isso deu certo porque as campanhasse tornaram cada vez mais acirradas, a propaganda de bebidas, como a cerveja, por exemplo,não foi proibida. E a propaganda incentiva o vício dizendo que aquele que bebe é atleta,pegador, essas coisas. Da mesma maneira que era antigamente. Quem bebe não podedirigir, mas mesmo com leis severas, bafômetro, multas, perda de pontos na carteira dehabilitação e até cadeia às vezes, todo mundo continua dirigindo bêbado e causandoacidentes horríveis nas ruas e nas estradas. E na Internet existem sites que avisam osmotoristas que dirigem bêbados onde vão ser localizadas os comandos da polícia! Querdizer: enquanto o consumo do cigarro diminuiu o de bebida triplicou e se tornou umacalamidade pública, assim como as drogas.

A droga é a vala comum em que a humanidade está seafundando. E ninguém sabe o que fazer: nem a polícia, nem os governos, nem a Medicinaou a Psiquiatria, porque a droga não escolhe: vicia astros e estrelas, como também viciapessoas de qualquer classe social. Perguntem às família e pais de drogados.

Os jovens, principalmente não trabalham, são incapazes dedemonstrar afeição e não pensam mais no futuro Só existe a euforia do hoje desenfreado!A droga abriu uma lacuna e formou uma juventude perdida, descrente e sem esperança deum futuro melhor! O problema das drogas existiu, com diferentes denominações, em todas

as épocas, e sair delas sempre foi preciso coragem e força de vontade, paraachar ter certeza de que o futuro será promissor.

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4 5-----------------------------------------POETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASIL-----------------------------------------

Almir Diniz de CarvalhoColegiado/Manaus/AM

Amália Marie Gerda BornheimDecana/Caxias do Sulk/RS

Antonio Araújo LoiolaPraeclarus/Campo Maior/PI

LÁGRIMAS

Lágrimas de dor ou de alegria.Lágrimas de ódio ou de carinho.Lágrimas de emoção ou de decepção.Gotas de água que caemDiretamente do coração.Lágrimas de amor!Lágrimas que podem serDoce como o mel, e amarga como fel.Lágrimas que purificam...Lágrimas que vivificam...Lágrimas... Simplesmente,Gotas de um sentimento...Gotas de um “chorar” verdadeiro.Lágrima de saudade, que desce amargoNo peito, corre pelaLembrança e termina num“Puxa, como sinto falta”.Lágrimas de felicidade,que chega de surpresaE mistura-se com o brilharde um sorriso maravilhoso.Lágrimas de uma criançaQue chora o separar de umaUnião perfeita entre sua mãe.Lágrimas de uma noiva vindoAo encontro de seu amado,Encantadoramente doce e suave,Linda e absoluta...Momento sublime e único.Lágrimas de um partir...Lágrimas de um nascer.Lágrimas que selam o eloEntre nós e o Sagrado.Lágrimas que nos unem eternamente,Sem existir distância, sem existir morte.Lágrimas que unem nossas almasE nos fazem ser a imagemE semelhança de Deus.Lágrimas que nos levam para o céu.Lágrimas...Simplesmente lágrimas!Algo que nos une verdadeiramenteAquilo que nunca passará: o amor!

Adryadson Flabio NappiConselho/Piracicaba/SP

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GARÇAS

Voam como nuvens brancas,são tantas, meu Deus, são tantas!Só Malba Tahan p’ra contar...Os arcos de suas asas lembram telhados de casassuspensos, soltos no ar.

Vão lá pertinho dos deuses,seus gestos são como adeusesou puritanos afagos... De manhã, como lençóis,vão em busca de igapós,igarapés, charcos, lagos.

Seguindo sábios costumessó pousam junto a cardumesnas bordas dos chavascais,pescando elas se inflamam,é ali, também, que amame se definem os casais.

De tardinha voltam prestestingindo de branco as vestesazuis do celeste império,impecáveis como estetasas garças são arquitetascriando no espaço aéreo.

Sempre em ângulos perfeitos,pescoços curvos nos peitos— milicianas dos ares! –serenas voltam p’ra cama,ao leito feito de gramae penas, mas sem penares.

Ana Maria OsórioTitular Enperito/Pelotas/RS

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SINTONIAS

Noite clarae agradável.Na despedida do invernoum espetáculo de luzde rara belezaanuncia a primavera...Percebe-se no céu,lentamente,num jogo de esconde-esconde,o alinhamento perfeitoentre a lua e o planeta Vênusencantando os olharese deixando a humanidadeperplexae enamorada!

LAREIRA

Um templo de pedra,num ritual satânicolabaredas lançam aos areslágrimas de fogo.As árvores mortasmorrendo aos poucosreatiçam as chamasquase extintas.Setas de fogotranspassam o frioque tomba vencidonas brasas do luzeiro.

AMOR DIFERENTE

Amo-te de maneira diferenteNada no mundo me faz mudarAmo-te para sempre, eternamenteTudo que sei é ti amar

Amo-te com tuas qualidades boasE os teus defeitosDe ti morro de saudadesMorro de amor satisfeito

Esse amor tão diferenteQue tanto me faz crescerDeixando-me todo contente

Sem ti querer, por quererQuerendo, como se quer genteNa doce alegria de viver

QUERO TEU AMOR

Hoje, fluidos benfazejos, ao longe de ti capteiO espaço no meu coração por ti cada vez mais cresce

Cada vez mais meu amor por ti floresceMinhas antigas musas eu já enterrei

Como é doce, suave, sentir de perto teu frescorNão sejas breve, não vás, fica bem junto a mim

Quero desfrutar mais lentamente o teu odorDa flor que rego, todo dia, no meu jardim

Não queria que tua imagem jamais faltasseQuero-te sempre, assim, igual, simples, nunca diferente

Um rompimento antigo seria meu desenlace

Quero sempre sentir do teu corpo o calorComo sofro quando não vens ou estás ausente

Não faças este pobre poeta morrer de amor

Antonio RodriguesAssinante/Santos/SP

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6 7CRÔNICACRÔNICACRÔNICACRÔNICACRÔNICA----------------------------------CRÔNICACRÔNICACRÔNICACRÔNICACRÔNICA

O SINAL DA MORTE: A FORÇA DAS PALAVRAS DE PAULO VALENÇA

A difícil missão decolocar a força das palavras na confecção de umtexto realístico é desafiante ante a diversidade de temas do cotidiano. Esta tarefa, às vezes, chega a seruma difícil e arriscada escolha.Paulo Valença, no entanto e insistentemente, abordaem seu livro “Osinal da morte” com maestria o cotidiano, esta vida simples, porém tumultuada, regrada a desafios,principalmente nas grandes metrópoles. Recife que o diga!

A cenografia é exuberante, estafante, premeditada, uma espécie demundo incluso (ou excluso), onde as personagens mais parecem desafiar a própria vida paradoxalmenteà busca dela! Nessa vida urbana onde é possível avistar placas a indicar”o sinal da morte”: daesperança, da certeza, da alegria, da vida? Nesta estrada imaginária/real existem, às vezes, o silêncioque vale ouro, os fantoches humanos, a incerteza do amanhã, um mundo da ficção.Ou a próximavitima que pode ser avistada num piscar de olhos? Não, talvez uma ilusão de cor profunda ou apenasdo brilho do realismo, sem que pudéssemos, no entanto,vivê-la em intensidade.

O texto de Paulo Valença relataeste alerta cruel: “as manchetes dosjornais e televisão sobre a droga que se alastra entre as classes sociais, principalmente as média ealta. A justiça pública se desculpa através da mídia. A população perplexa, temerosa.”Há um alertaque parece como dos suricatos em pleno deserto e em perigo sobranceiro que também merecereflexão: “entre os homens paira o silêncio que por enquanto substitui a força das palavras”. Trata-se de uma triste constatação. Sinal da mudança infeliz de paradigmas? Com relação aos contos, doisconstituem os “primus inter pares”: “Janelas da Vida” e “A cor do realismo”, por se entrelaçaramnum mesmo pano de fundo, cujas personagens se confundem, embora tenham diferenças de idade,numa luta quase frenética e numa busca pela sobrevivência.

Sem dúvida, um texto simples, autêntico, puro no sentido mais literal,atual, assim são as “Janelas da Vida”. Ao homem ainda resta a esperança de debruçar ao parapeito dajanela e com o olhar de águia, tentar avistar o rosto de traços corretos, porém abatidos de uma criançaque ainda não deveria se envolver no mundo da perdição, das drogas... Às vezes, não basta ter fé navida, é necessário atitude para que os olhos não sejam nublados pelas lágrimas... A esperança dos paispara que alguma coisa possa ser feita ao mesmo tempo em que começa a desesperar. O filho, aindacriança, não pode perder o seu tempo de infância. Numa voz desesperada e confiante ainda conseguemurmurar: “Saia, vá brincar lá fora.” E o arremate presunçoso: “Vamos, deixa a janela, essaslembranças!” Depois, numa sequência de fatos, em “A cor do realismo”tudo também se transfigura.A mãe, ainda jovem, segura na mão o filho pequeno, assustada, comprimida na incerteza do mundoao seu redor, protetora: “Vamos filho, se apresse”.

Que pressa é essa de passos trôpegos? Na realidade o pressentimentomaterno naquele instante nos lembra da proteção de uma ave que fez seu ninho no alto de uma árvorena esperança que o filhote estivesse protegido, mas se assusta quando olha para baixo e vê que aárvore se encontra num pântano e rodeada de enormes olhos e dentes aguçados dos jacarés à espreitade um vacilo fatal! A criança, na sua inocência, ainda pergunta à sua mãe: “Papai viajou?” Comoesclarecer, naquele instante de dúvida que o pai, na realidade, estivesse preso no “Aníbal Moura”,por traficar droga? A angústia é amenizada com o aperto no peito, com as lágrimas repentinas..Quemdera se ao menos pudéssemos impedir que essas coisas não fossem o sinal da morte: da vidaprematura de uma criança que já não pode usufruir das delícias de sua infância; dos jovens daincerteza de um amanhã radiante e, muito menos ainda, dos homens (já adultos), que na ânsia (ouangústia) não conseguem mais se libertar deste mundo das drogas que escraviza e mata... Uma pena!

Ou realmente é o sinal da morte?Assim, esta é a visão e o cenário que nos sãoapresentados para uma reflexão madura pelo grande escritor Paulo Valença!

Adilson Duarte da CostaColegiado/Belo Horizonte

[email protected]

Aracy Duarte FerrariColegiado/Piracicaba/[email protected]

Com a apresentação do Acadêmico Alceu Brito Corrêa, de Brasília/DF, CadeiraJoão da Silveira Mello, da Área de Letras da Galeria dos Academicus Praeclarusdo Clube dos Escritores Piracicaba, o Coletivo de Poetas celebrou o dia daMulherno último dia 10, com sarau no Empório Mineiro

Antonio Augusto Alves AlmozaraConselho/São Pedro/SP

MERGULHO INTERIOR

Olhando-se no espelho oval, quadrado, redondo, retangular,com ornamento, sem ornamento, sentiu seu semblante compactuado com o tempo, no seutempo exato... Observava tudo além, bem além das imagens, de seus ais e das indagaçõese via nesta reflexão: ocorrências, fatos sui generis, momentos marcantes salpicados dedoce amor, os quais não pode exemplificar, porque são pessoais e só a ela pertencem. Sãoaté pensamentos desconexos, extraídos de seu ego.

Estes não se encontram no espelho, nem em sua face, mas nocoração. Um coração maduro que bate forte, emitindo raios côncavos e convexos, à distancia,atingindo outras pessoas. É um bate e volta bem colorido! Só as rugas altamente vulneráveissabem de seus segredos e tesouros, conservados com carinho e criteriosamente guardados,e das vivências promissoras para o presente, não como promessas, mas ações. Ah! Continuaa olhar no espelho. Com um pouco mais de prudência e muita sabedoria, considerando osmistérios da vida e do amor contagiante, que atinge outros e outros.

Tudo tem seu exato momento, nada acontecepor acontecer. E só aguardar sem ansiedade, mas com serenidade!

TRILOGIA DA VIDA FELIZ

A primeira qualidade para ter vida saudável e feliz é o con-troleda alimentação em geral. Os exercícios são necessários, acompanhado de descanso,sono tranqüilo, leitura, trabalho físico e intelectual. O estudo, a diversão, os jogos saudáveissão atributos indispensáveis para o viver cotidiano, assim como assistir a TV, ler jornais,lidar com o computador, tudo para acompanhar os acontecimentos do dia a dia.

A segunda fase de ritmo de vida saudável é querer bem a sipróprio, ao seu semelhante, e eliminar os conflitos, bem como brigas, discussões,agressividade, egoísmo, luxúria, inveja, maldade prejudicada pela raiva e ódio, ofensafísica e moral.A terceira qualidade desse viver saudável tem como base o bom senso, a

honestidade, o perdão e o altruísmo. Exercitar essas qualidades, eliminar osvícios, drogas e mágoas; acredi-tar que, para ter paz, saúde e prosperidadeé necessário orar a Deus, lhe fará encontrar a verdadeira felicidade.

COLETIVO DE POETAS SAÚDA AS MULHERES

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8 9POETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASIL POETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASIL----------------------------------------- -----------------------------------------

Antonio MoreiraPraeclarus/Rio Claro/SP [email protected]

Arlete Mari RaminaColegiado/Curitiba/PR

[email protected]

Adilson Roberto GonçalvesColegiado/Lorena/SP

[email protected]

MOTIVAÇÃO

Seria automotivaçãopara mim mesmo,mesmo sabendonão ser mais o mesmo.

Sobram palavras,falta vocabulário:texto insossode linhas tortaspalavras fúteis,levianas.

O sentimento crue superficialfica em palavras lisas,omissas.

INVEJA CURIOSA

Gostaria de serNeologista.Como não tenhoTalento,Sou gargarista,AndaristaEscrevista,Tocadista,Nadista,SimplistaDotista,LembristaEiorista,Inventista,Fantasista,Heroista,Estupidista,Nihilista!

O SONHO E A SEMENTE

A princípio foi um sonho, um sonho fugaz e singelo.Minutos e horas, dias e meses e o sonho persistiu.Tomou formas diferentes mais não se desvaneceu.Embora obscuro e discreto constante permaneceu.

Por muitas vezes porem, pareceu inatingível.

Foi uma pequena semente plantada em fértil terreno.Sempre regada e adubada criou raízes profundas.

Com o tempo transformou-se em uma frágil plantinha.Cercada de mil cuidados se desenvolveu e cresceuMas tempestades e ventos, a planta ameaçaram.

O trabalho e a vontade fizeram com que o sonhoHoje se transformasse em feliz realidade

E a pequenina semente é hoje planta altaneiraQue orgulhosa ostenta os botões entreabertos

Que em flores se transformarão.

Maria Antonina de Lima SoldáConselho/São Paulo/[email protected]

SABER

A sabedoria estáacima da inteligência.Para alcançá-la énecessário usarda atenção eelevar osentimento,desprendendo-seatravés dosilêncio.

Augusto Barbosa Coura NetoPraeclarus/Florianópolis/[email protected]

INTRUSO

Adentrei teu corpo sem licençaAfoito cheio de amor, sem paciência.Em busca do meu eu, do meu viver,

Pois és a flor que pretendo um dia ter.

Sem hesitar aceitaste com benevolênciaSer vinho que dessedenta meu beberSer meu perdão ser minha indulgência

Pois meu coração só busca o teu querer.

Noite após noite aumenta minha insôniaEm pensar não conseguir o meu intentoDe ter-te em meu jardim bela begônia.

Já vi, que viver sem ti, eu não agüento,Pareço abelha longe da colônia.

Sou como a folha ao léu que abraça o vento.

BRASIL 500 ANOS

O Brasil teve um futurotão bom que nessesquinhentos anos de Brasil,só viu o pais crescercomo um gigante.

O Brasil tem ouro.A sua riqueza que tão poucoeste país guarda essariqueza para seu povoMas nesses anos, ele temterras, como sua riquezade um país que só viucrescer como um gigante.

Benedito Carceles TavaresTitular/Mogi das Cruzes/SP

[email protected]

Cecília Rodrigues de SouzaConselho/Manaus/[email protected]

JOVENS

Jovens que somos,Queremos vencer,Queremos lutar,Queremos viver.

Viver para amar,Viver para sorrir,Viver para cantarE ao mundo alegrar.

Você eu encontrei,Você me ensinouO valor do amor.

E agora seguimosAos outros mostrandoO que nós sentimosE que já falamos.

Com o mundo inteiroVamos partilharOs encantos da vida,A plenitude de amar

PORTO SOLIDÃO

Manhã de sol. A nau aventureiraInicia, festiva, outra jornada.Há alegria infinita na largada.E lá vai ela, altiva e sombranceira.

Horas depois, o sol é uma fogueira,O mar é bravo, o barco uma jangadaQue a força natural encapetadaAgita como um guizo na coalheira.

E vêm a tempestade e o sargaço.O tempo passa e dramas e cansaçoSão portos em rosário, em sucessão.

A tarde, balançando em desconforto,A nau avista, enfim, o último porto:Esse porto se chama solidão.

Francisco de Assis Ferraz de MelloColegiado/Botucatu/SP

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10 11 CRÔNICA CRÔNICA CRÔNICA CRÔNICA CRÔNICA---------------- ---------------- OPINIÃO OPINIÃO OPINIÃO OPINIÃO OPINIÃO

VOVÓ

Minha avó materna sempre foi muito brincalhona e faziasucesso entre os familiares e conhecidos, ao contar, com muita graça, vários fatosocorridos quando era moça e mesmo depois, já idosa.

Cheguei a presenciar um deles, quando, ao invés de lamentare procurar resolver a situação, caí numa gostosa gargalhada, sendo seguido pelo outropersonagem da história, que deixou o local sem mais nada reclamar e ainda deixando seuendereço para ressarcir os prejuízos de vovó.

Ela, nessa ocasião, contava já com seus setenta e cinco anosbem vividos, era lúcida, esperta, arrumava-se muito bem, sempre de acordo com a últimamoda e ainda dirigia seu Fusquinha 68, com mais de trinta anos de uso, mas cobiçado pormuita gente, pois ela o trazia sempre reluzente e com todas as peças originais, em perfeitofuncionamento.

Saimos certa tarde, para ir ao Supermercado e numa dasesquinas da cidade, onde o semáforo não estava funcionando, vovó diminuiu a marcha,olhou de ambos ao lados, eu fiz o mesmo – e atravessou.

Eu só percebi um vulto escuro e grande, chocando-se noparalama trazeiro do nosso carro, do lado do passageiro. O susto foi grande, pois nãovimos de onde ele surgiu. Saimos imediatamente do carro, para enfrentar um furiosorapaz, alto e musculoso, que gritava:

-- Ô moça, você é cega? Olhe o estrago que fez no meu carro!Eu já me preparava para defender vovó, quando ela, alto e

bom som, respondeu, agitando os braços e demonstrando muita raiva:-- Cego é você, que me chamou de moça...

LEVANDO MEU OLHAR

Certo dia minha esposa me pediu... perguntou, se já havia escritoalgo para nosso filho, aos meandros da gestação, como se eu fosse assim, previsível,comportamento indiscutível. Se ela, hoje, está grávida, deveria eu, obviamente, ter escritoalguma coisa, duas linhas que fosse, duas sábias palavras, mas que pena... não sabia elaque a espera é tão farta de preocupações! Por mudanças de vida, mudanças requeridas.

Nesta lonjura em que me encontro de meu filho, por mais queeu possa na barriga tocar, por mais que eu possa aos movimentos olhar, nunca sentirei oprazer do sentimento interno de seu coração. Cobrado fui pelas palavras e estimuladosenti-me pela oportunidade de mostrar-lhe meu afeto. Carinho, não somente meu, mas detodos aqueles que assim se sentem. Até um pouco repudiados, por não terem o apego damãe. Escrevo, agora, incontrolável, de um jeito nunca antes demonstrado.

Busquei um jardim (Jardim Botânico) como inspiração, na frentede um lago, logo ao final da íngreme subida de pedras paralelepipedais, passando a entradaprincipal. Na agenda que sempre trago, escrevo, então, para o meu filho.

Ouço a água corrente, insistente em sua movimentação. Vejoos peixes, amarelo, branco, rosa, batendo suas nadadeiras, enquanto passa um menino emprosa com sua mãe, criança faladeira, e imagino assim o meu filho. Vejo um pato, limpandoseu corpo, em pleno banho, no meio de uma pedra, no meio do lago.

Quero-quero passando, levando meu olhar, me perco no céu,vejo nas nuvens, porque quero, um grande rebanho de carneirinhos, volto aos carinhospara meu menininho. Passeio pelas árvores, uma leve brisa de fim de tarde balança suas

folhas. Volto aos peixes, neste fim de Outono, começo de junho, sinto friopor eles. A lua quase cheia em minhas costas, talvez a última dela a passar,me leva de volta à ponta da caneta preta e à minha careta quase a chorar.

MESTRE CARREIRO“Mestre Carreiro, como chama o vosso boi? Chama saudade de um amor

que já se foi.” Um dia ele fora o mestre carreiro que tangia seu boi no velho carro que rangiasuas rodas. E o amor que se foi estava na menina em flor, roceira, que descalça colhia o caféno cafezal da família. aos domingos ia à missa com seu vestido de chita, que ela mesma fazia.dizia ao mestre carreiro que seu pensamento era para ele.

Só Deus poderia saber onde ela se encontrava agora. eleestava ali, em seu leito de morte onde aguardava sua hora: a hora da despedidade todos esses valores. mestre carreiro, como chama o vosso boi?

Angélica Villela Rebelo SantosColegiado/Taubaté/SP

[email protected]

Djanira PioAssinante/São Paulo/[email protected]

Bruno Nascimento AlleoniConselho/Rio Claro/SP

[email protected]

Irenilda Paranhos de Castro, de São José do Norte/RS, DelegadaRegional e Cadeira Elias Boaventura, da Área de Letras, doConselho do Clube dos Escritores de Piracicaba, representou oBrasil, por Convocação de diversas Entidades e InstituiçõesLiterárias do Uruguai, de 23 a 26 de abril passado, quando da“Plazoleta das Escritoras Sem Fronteiras Semilla Nascidas DelCorazón’’,com a presença de Escritores de diversos países, quedescerraram a Bandeira Uruguaia que cobria o Manolito. participouainda de evento em Bogotá, no dia 29 de abril, e do IX CongressoBinacional, na Venezuela, de 25 a 26 de ju7nho. À destacada osnossos parabéns.

IRENILDA DESTACADA NO URUGUAI E NA VENEZUELA

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12 13POETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASIL POETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASIL------------------------------------------ ------------------------------------------

Carlos de MoraisDecano/São Paulo/[email protected]

DESPEDIDA

Eu quero te dar um pouco de paze não consigo teu desejo de paz.

Quero ser oásis no desertode teu sofrimentoe não consigo destruirtuas miragens.

Quero ser lago tranqüilona floresta de teu desesperoe tua visão exagera o tamanhoemaranhado da floresta.

Quero te dar um momentode tranqüilidadeque paire eterno nos minutosapressados de tua ausência,mas tu preferes viveros minutos apressados.

Faça, então, com a minha,que é tua lembrança roubada,como eu:fixei tua imagemnaquele instanteque inundou minha existêncianum êxtase tão intemporal,que já não sinto maiso limite da realidade e do sonho,para não deixar morrera imensidão do amor que depositeiem teus braçosem teu sorrisoem teus olhosem teu sexoem teus lábiosem teus cabelosem teus seiosem tua nudez de amor.

Carmelinda Rodrigues da CunhaPraeclarus/Campinas/SP

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OLIVIA(Uma garotinha canadense – Filha de Mailin e Carl)

Depois da tua presençaEm minha casa,

Um perfume tomou contaDa atmosfera,

- Todo o ar está mais puro depois que você veio.

Depois do teu sonoEm minha cama,

Uma serenidade invadiuTodos os sonhos.

- Toda fantasia faz sentido depois que você veio.

Depois da tua alegriaNa sala íntima,

A energia douradaAumentou o brilho ainda mais,

- A Luz se confirmou depois que você veio.

Depois da tua partidaAo cair da tarde,

Uma saudade preencheu meu peitoE a tristeza se recusa a despedir de mim.

- O amor aumentou, confirmou, fez sentido,Está alegre e muito mais puro.

Meu amor está ainda mais maduroE tudo porque você veio.

Olívia, sou ainda mais feliz,Sou ainda mais realizada,Sou completamente grata,Depois que você veio...

Cícero Pedro de AssisConselho/São Paulo/SP

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HERANÇA Infelizmente uma herançaÀs vezes traz inimigo,Se um herdeiro ambiciosoQue pode ser um perigo,Trouxer por ela na mente Grande maldade consigo.

O dinheiro e o imóvelE tudo mais de valor,Poderão trazer contendaDe um enorme dissabor,Ocasionando às vezesCrimes que nos dão pavor.

Há morte em que no velório,Amargurado ambiente,Brigando pela partilhaDa herança está presenteUm terrível contendorDo falecido um parente.

Nada que temos levamosPra vida espiritual,A não ser o que fizermosSeja de bem ou de mal,Que em nossa mente se arquivaPara o Juízo Final.

Quem mata ou manda matar,Pra pegar logo a herançaQualquer um de seus parentes,Que a perca como cobrançaSomada à prisão perpétua,Sem haver menor tardança.

Herança é muito importante,Mas quem a vai receberEspere com paciênciaO seu parente morrer,

Porque isso certamenteVai um dia acontecer.

GRATIDÃO

Cidade grande, lar do sucesso.Informática, febre do século...Algum ancião parou no tempoDesacompanha tal progresso.

Sobre essa sociedade.Fortificou uma decisão.Criou-se uma direção.Ao especial cidadão.

Foi FATI, selecionado.Um nome qualificado.Na Cidade de São BernardoÁ uma casta de verdade.

Com mestres selecionados.Á devolver antigo riso.Ao ancião desanimado.Reativando o regozijo

Resgatando, sua estima.Devolvendo ao ancião.Que antes em desestima.Enfermo sem emoção.

Sem medo do sacrifício.Mestres de bem com a vidaCom a camisa do oficio.Revivendo o mais vivido.

Direção maravilhosa.Melhor docência polida.Não podia ser melhor.Nós alunos, agradecidos.

Cenira Almeida NogueiraColegiado/Mauá/SP

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14 15POETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASIL POETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASIL------------------------------------------ ------------------------------------------

Cosme Custódio da SilvaDecano/Salvador/[email protected]

Dirce Ramos de LimaConselho/Piracicaba/SP

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FAGULHA PAGÃ

AcólitaCatólica fervorosa Alcança graçaAbraça causaTraça meta

AndrólatraTraída pelo sossegoQue não a deixa em pazConhece certo rapazA quem o amaA não poder maisDeixando-lhe cair o hábitoEm desábito de precesCrucífera do amor.

RUAS

Não são minhas, nem suas,são do mundo,do lugar,do espaço.Democráticas e todasbem cuidadas,varridas, lavadas,sujas, molhadas,continuam, como sempre,á espera de seus passos;e, enquanto caminho,nesse diário vai e vem,elas me abrigame me consolamnum longo e fraterno abraço!.

Ruas da minha cidade,sempre amigasna lembrança e na saudade!

ANÚNCIO DE JORNAL.

Procuro urgente, um companheiro,Que ouça mais do que fala;Que possa entender melhorA minha solidão,Do que Neruda, que esta lá na sala!Procuro um companheiro,De uma fidelidade intensa...Que entenda em meu amor,Os meus mais vis vícios...E materialize em mim,A completude de ser amada!Que a voz, repete calma e mansa,Pela casa inteira, de Vinícius...Procuro por um tão atento companheiro,Que nada lhe escapa...Que faça dos mínimos detalhes,Em nossas vidas,Pequenos e graciosos mimos...Que sejam a um tempo, troça,Noutro tempo poesia!Minha solidão necessita de algoQue lhe provoque um sorriso!E minha alma, o que lhe enterneça!Procuro um companheiro com urgência!Estou só! Morreu o meu gato!Nesta manhã fria e lenta!

Edvaldo RosaConselho/São Paulo/SP

[email protected]

Alceu Brito CorreaPraeclarus/Brasília/[email protected]

ONTOLOGIA

duas vezes: plim plime a verdade passa a existiraté para mim...

Eliseu OroColegiado/Descanso/SC

Benedita Silva Azevedo Conselho/Magé/RJ

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É IMPRESCINDÍVEL

É imprescindível o Solque de sol a sol irradialuz, calor e energiasendo ele fonte de harmonia...

É imprescindível a águaque o sedento dessedentae a Natureza sedenta,também leva os dejetosde maus projetos...Mas na limpeza do corpocausa-lhe o conforto...

É imprescindível a árvoreque nos dá sombra, sem sombra de dúvidas,também frutos opimosos,tão agradáveis e saborosos...Sem esquecer a madeirapra construir a casa inteira...

É imprescindível a féque nos segura de pé,diante dos problemas até,fazendo-nos vencer as crises,na luta do irmão para o irmão,neste Universo maravilhoso,do imenso Criador,autor e essência do amor...

Bloco das piranhas –Coma roupa de mães...irmãs...homens na folia.

A BRISA E O SOL

A suave brisa que do mar surgia,Saudava a luz do dia,Na orla seus efeitos espalhava...

E a luz do sol candente se espargia,A areia se aquecia.E a brisa o seu calor amenizava...

E como ao anunciar o fim do dia,O Sol se recolhia,A brisa pela orla ainda soprava...

E como em crise de melancolia,O mar se recolhia,A noite nesse instante se instalava...

No entanto, no limiar de um novo dia,O Sol não ressurgia,A brisa refrescante não soprava...

O mar enfurecido então bramia,A areia ele invadia...Em fúria, toda orla se agitava...

Mas novamente, enfim, amanhecia...O Sol resplandecia,Serenamente a brisa retornava...

E o Sol, que esplendoroso ressurgia,À brisa bendizia...E a brisa ao astro-rei então saudava...

Condorcet AranhaJoinville/SC/In memoriam

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VIDA

A vida parece um rio,Correndo pra desaguar,Num mar revolto e arredio,Onde não se quer chegar

Eloísa Antunes MacielDecana/Santa Maria/[email protected]

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16 17POETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASIL POETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASIL------------------------------------------ ------------------------------------------

Felícia Terezinha Soares LopesPraeclarus/Caçapava do Sul/RS

[email protected]

FINIDADE

A! O ventolevou minhaesperança.

Escondeunuma rajadainesperada,sonhos.

Fiqueilouca,pasma,triste.

Fiqueia vera vidapassar.

Carlos Eduardo PompeuDecano/Limeira/SP

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ROSA DESPETALADA

Bela pétala de rosa,que à rosa pertencia,no chão quedou-se chorosaenquanto a rosa morria

LOUCURA E MÁGICA

Nosso amorquase impossívelrompeu barreirase brotou como uma luzque azulejaa madrugada.

Foram embatessem medalhasdébeis lutasentre o cio e a razão;posto que aindarelutássemosque essa chamase acendesseem nossos olhos,o coração— pobre coitado —foi presa fácildas flechadasdesse amorque(com certeza)é loucura...mas émágica!

Filemon Félix de MoraesColegiado/Brasília/[email protected]

Carmen Lúcia HusseinColegiado/São Paulo/SP

[email protected]

DÁDIVA

Eu não o perdiDesde que nos separamosEu o tenho no meu pensamentoNos meus sentimentosNas lembrançasNas minhas oraçõesE nas minhas poesiasEu não o perdiEu o tenho no meu sentir.

Frederico Eduardo WollmannTitular/Cachoeira do Sul/SP

Edielson José GroppoTitular/Iguape/SP

[email protected]

Denivaldo PiaiaConselho/Campinas/SP

[email protected]

LEITURA

A leitura tem valor se incita a viver,Quando lhe é útil e auxilia na vida,Lucro é um sopro de novidade acolherOu quando uma centelha de erudição valida.

As pessoas apaixonadas pela leituraHonrarão nos poetas a argúcia e a inteligência,Para assumir de maneira maduraOs meandros da efêmera existência.

Leiamos não como alunos receiososQue temem aproximar-se dos escritores,Como alpinistas a galgar picos rochosos.Os livros são úteis demonstrando valores.

Quanto maior nossa terna branduraPor nossa bem-acabada educação,Estivermos preparados para a leituraMelhor compreenderemos cada alusão.

Encravada da história nos alboresOs povos anseiam os mesmos objetivos,Invocam os mesmos deuses protetoresImaginam os mesmos sonhos lenitivos.

Quem não tem capacidade de discernirNão percebe o literário encantamento,Cada livro é uma lavra mineral a fluir,A leitura enriquece o entendimento.

SOMOS APENAS PEIXES FRENTEA ESTES MERCADORES

O tridente cutuca em arquétipospessoas de personalidadesdesproporcionais,dos tipos desencontrados, fétidos,frígidos em suas ações descomunais.

Contudo, o que rege são justamenteos cutucados.Não se estranham, ao emanar mesmices.O que falta de força para feri-los?!O que falta de cálcio para entupi-los?!O quê, de quê, para realçar seusatos falhos?!

Enquanto isso...Flamingos perdem a cor.Sonhos enlatados.Quando não, pesadelos queencurtam a vida.No suporte do suportamos tudo,os arpões falam mais altoque os tridentes.

PRÍNCIPE DESENCANTADO

Entre encantos e desencantosa vida nos jogou para alguns cantosonde o canto dos pássaros não chega.Eu, do meu recanto,enquanto decanto a sujeira,arrisco no meu entretantomotivos para tanto espanto.Só por isso canto.

Perdi osabor daespera.

Sem sabercomo?acordeiem outradimensão

TRAIÇÃO

A tua traiçãofoi levar o meu sol

a tua utopiafoi tentar seguir só

a tua promessase perdeu nas esquinas

deixas frestasfumaça, ausência

Busco outro destino

Maria Angélica B. dos SantosPraeclarus/Belo Horizonte/MG

[email protected]

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18 19 CRÔNICA CRÔNICA CRÔNICA CRÔNICA CRÔNICA----------------

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A SEPARAÇÃO

Todo mundo sabe que eu sou filho do finado seu Silveira eque morei muitos anos no Bairro Alto.Eu e meu pai gostávamos das mesmas músicas etínhamos os mesmos ídolos. Quando eu tinha cinco anos, tive o meu primeiro ídolo, juntocom meu pai, que gostava desse cantor, não muito lembrado nos dias de hoje: AnísioSilva, e eu ouvia com meu pai no rádio de mesa abc a voz de ouro, as músicas de AnísioSilva, o rádio com o tempo pegou cupim, era de válvula, e ficou jogado.

Depois de Anísio Silva, veio Agostinho dos Santos, meu paidizia, “esse moço canta bem”, mas logo em seguida entrou Moacir Franco, e eu curtia commeu pai aquelas músicas maravilhosas do Moacir. Meu pai falava de Dolores Duran, e queElizeth Cardoso era melhor que Elis Regina, logo depois veio Altemar Dutra, e eu ouviacom meu pai as músicas, aí eu já era adolescente, e também gostava de Roberto Carlos,com a jovem guarda, e meu pai também gostava de algumas músicas de Roberto Carlos.Em seguida vieram os Beatles, e outras coisas do gênero, aí ocorreu a separação, eu era ofilho mais novo, e meu pai estava começando a ficar velho.

Meu pai falava que Francisco Alves cantava melhor queAgnaldo Rayol, mas que Agnaldo cantava muito bem, meu pai falava também de Dalva deOliveira. Hoje tenho um acervo de cerca de 170 CD antigos, de 1968 a 1975, e as vezes ficoouvindo e lembrando do meu pai, de quando eu assistia jogos do XV com ele junto como seu Peu, como ele com carinho falava.

Coloquei a coleção de CD no seguro, pretendo passar o acervoem cartório para minha filha e minha sobrinha que trabalha com música. Naminha ausência, é capaz de ladrão entrar em casa levar tudo, menos os CD,porque livro e cultura ninguém rouba.

Livro de crônicas da escritores Elda Nympha Cobra Silvaira, Cadeira VitórioÂngelo Cobra, da Área de Letras, do Colegiado Acadêmico do Clube dosEscritores Piracicaba é este “E a Vida Passa”. Lançamento da EditoraEquilíbrio. Contato: [email protected]

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A PARTIDA

Ao cerrarem as janelas do meu espelho, meu templo estará vazio.Será o início do retorno ou o fim de tudo?Já me perguntei infinitas vezes.

Ao longo de minhas existências,contudo somente no momento questivermos no silêncio do mundo esquecidoé que sabemos a resposta.

Passado, presente e futurose fundem em tal instantee o grande enigma se desfaz.

A alma volta para sua moradae esperará um novo renascer,assim espero.

DESEJOS

Um desejo não pode falar;porém, pode ser expressonum simples gestode gentilezaou num olhar.Esses, além de transmitirfraternidadeou simplicidade,podem enfatizar o desejode que você estivesse,naquele segundode sua vida, ao seu lado.

ALEGRIA DE VIVER

Lidando com a situaçãopercebeu que a alteraçãobem ser feita, precisavaHá tempo, nada surgiaa rotina, dia-a-diahá tempo se realizava...

Decidindo assim fazer, resolveu não mais querermal a ninguém, nenhum ser... Procurando pe1o hem,fez o que pode tambémpara este melhor manter...

Só assim veio a entender,que quem planta vai colher,não é frase irreal...Faz parte da realidadepois pra ter felicidadenão podem fazer o mal...

Pois quem este assim praticasó então se prejudica,deixando ate de viver...Pois a vida quer o bem,quem este faz, sempre tempaz, alegria e prazer! Vive!...

Clóvis Rolim da SilveiraConselho/Piracicaba/SP

[email protected]

Maria Gertrudes Horta GrecoConselho/Guaratinguetá/SP

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20 21 CRÔNICA CRÔNICA CRÔNICA CRÔNICA CRÔNICA -------------------

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CRÔNICA CRÔNICA CRÔNICA CRÔNICA CRÔNICA -------------------QUE É DA ROSA DOS CABELOS?

Nos áureos tempos da infância, a cidade de Carangola era umlugar que muito me encantava. Berço dos meus queridos pais e da quase totalidade dosmeus parentes, o pacato lugar também fazia parte da minha vida. Provenientes de lá, osmais íntimos pernoitavam em minha casa, na cidade do Rio de Janeiro.

A viagem entre as duas cidades era feita nos trens da antigaEstrada de Ferro Leopoldina. Um diurno e outro noturno. O diurno, chamado de expresso,saía de madrugada, passava por dezenas de localidades e chegava ao anoitecer.

Aos três anos de idade, estive lá, vez primeira, em companhiados meus pais. O que consegui lembrar da viagem está relatado em livro. A subida da Serrade Petrópolis e a queda do alto de uma escada de pedra, na casa de uma tia, quandoquebrei a cuca, bem no alto da nuca, são algumas passagens que nele registrei. Até à idadede nove anos, viajei com eles em mais três ou quatro oportunidades. Aos catorze, fiz minhaprimeira viagem sozinho. Era julho e estava em gozo de férias escolares.

Na estação de Barão de Mauá, no Rio de Janeiro, embarquei noexpresso e me deliciei com a visão das campinas, da Zona da Mata e das cidades que,quando mais novo, me passaram despercebidas. Em Carangola, os parentes me receberamà moda mineira: máxima solicitude e muito carinho.

Fiquei na casa de um tio do meu pai, um santo homem. Todasas noites, após o jantar, aquele tio promovia rodadas de víspora na sala de estar da suamodesta casa. Logo na primeira noite, no momento que os da casa e alguns convivas sepreparavam para começar o jogo, comuniquei ao tio que ia dar uma volta. Queria conferiros progressos da cidade, naqueles últimos anos.

Fui para um lugar no centro, onde me informaram que opopulacho se reunia. Na praça principal, de frente para a matriz, embeveci-me com as belasmeninas e com as mulheres que circulavam no sentido horário, enquanto os meninos,como eu, e também os homens adultos, caminhavam em sentido contrário.

Peguei a minha mão de direção e, calmamente, fiquei a meenlevar com as beldades do lugar. Laura foi a que mais me tocou. Vi-a, naquela noite, e seusemblante não mais me saiu da cabeça.

Na noite seguinte, vislumbrei-a, outra vez, naquela praça,trajando bermuda branca, um pouco acima dos joelhos, e blusa também branca, à marinheira.

Havia uns bordados em azul-marinho e vermelho. Seus ombros,nus, causaram-me certos arrepios. Ao reiniciar aquele ritual, homem para lá, mulher para cá,passei por ela e trocamos olhares. Sorrisos, também. Mais duas voltas, acenamos, um para

o outro. Na volta seguinte, cumprimentamo-nos, e fomos, de mãos dadas, procurar umbanco de jardim, para melhor nos conhecermos.

Nas noites subsequentes, o jogo de víspora do titio continuouem segundo plano. Foram duas semanas de amor ardente. Laura tinha todos os predicadose todos os encantos que um menino sonha encontrar em uma mulher. Beleza, olhos cor demel, voz doce, beijo mais doce ainda e um sorriso puro, cristalino, cativante, que me faziadar piruetas lunares. Além de todas essas graças, sempre trazia uma rosa no cabelo!

Certa noite, em pleno ato de amor, sob um pé de fícus, após umlongo beijo, apontei para a matriz e falei, colado a sua orelhinha:

— Muito breve, nos beijaremos lá dentro, no altar.Laura sorriu, franqueou ainda mais a boca, lábios carmins, e me

fez acreditar que um dia o beijo no interior do templo santo seria uma realidade. Na noiteanterior a minha partida, nosso amor sob aquele fícus foi sofrido, doído.

Encontramo-nos para aproveitar nossos últimos momentos deamor, cientes de que, nos próximos meses, talvez um ano, ou mais, toda aquela bem-aventurança transformar-se-ia em saudade.

Na madrugada seguinte, faltando um quarto de hora para asquatro, vi-a surgir na gare da estação ferroviária. Fazia frio e ela estava de saia, com umcasaco de lã sobre a blusa. Abraçamo-nos, beijamo-nos, indiferentes ao pessoal que estavaembarcando e a meus parentes.

Foi uma despedida muito triste, porque não sabíamos quandonos encontraríamos outra vez. O jugo familiar e os estudos estavam em primeiro lugar etivemos de amargar aquela separação, sem saber se nos veríamos nas férias de fim de ano.De pé, na escadinha de acesso ao trem, permanecemos de mãos dadas, enquanto trocávamosas últimas palavras de despedida.

Quando o trem começou a se movimentar, Laura saltou para opiso da estação e nossas mãos foram-se soltando, até se desprenderem. Ela ainda ameaçoucorrer, para ficar mais um instante perto de mim, mas o fim da plataforma fez com quedesistisse. Lágrimas nos seus e nos meus olhos.

Depois da primeira curva, sentei-me no degrau superior daescadinha, perto do engate, e chorei, copiosamente.E compus estes versos, “Laura, /Queé da rosa dos cabelos?/Laura,/Que é do vale sempre em flor?/Ô Laura,/ Que é do teusorriso?/Ô Laura,/Que é do nosso amor?, que foram tomados por empréstimo, aos grandespoetas Alcyr Pires Vermelho e João de Barro, o Braguinha, os quais, num momento de luz,talvez também apaixonados por uma Laura, tão encantadora quanto a minha, perpetuaram-na, compondo uma das mais lindas músicas do nosso cancioneiro popular. Numa magistralinterpretação de Jorge Goulart, “Laura” tornou-se um eterno sucesso.

José Keitel RibeiroDecano/Tres Corações/MG

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22 23 CRÔNICA CRÔNICA CRÔNICA CRÔNICA CRÔNICA -------------------

Maria Luiza Vargas RamosConselho/Florianópolis/SC

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CRÔNICA CRÔNICA CRÔNICA CRÔNICA CRÔNICA

Célia GevartoskiPraeclarus/Piracicaba/SP

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A IMPORTÂNCIA DO PAI NA MATERNIDADE

Não podemos nos esquecer de que as crianças são sintomasdos pais. O pai e a mãe são figuras combinadas, que não precisam ser os biológicos; massim, quem os cria. Uma mãe no mundo contemporâneo, separada, mãe de produçãoindependente, pode executar a função de mãe e de pai de uma criança; se, preparada paratal. Porque se não houver a Lei do Interdito, o nome-do-pai que é o conceito onde a funçãosimbólica se torna Lei, que é a proibição do incesto, processo descrito por Lacan atravésda Metáfora Paterna. O conceito de gozo, como proposto por ele, engloba a satisfaçãopulsional e seu paradoxo de prazer no desprazer, implicando a ausência de barreira entreeles. O homem faz do outro um objeto, visando assim a saciar o gozo, a despeito da Lei.

Para realizar a pulsão, o sujeito pode ir ao encontro não só dadestruição do outro, como também de seu próprio aniquilamento. A Lei Simbólica, que regeos homens na condição de seres que habitam a linguagem, e as Leis que os homens fazempara regular as relações entre si. Ficando numa representação coisa, como colocada porFreud, representação esta concreta; não chegando à simbolização, ao amor ágape.

Enfatizo, numa visão psicanalítica, quanto se faz importante aoIndividuo, sair de uma relação diádica, Mãe/Bebe, onde as representações são de defesaprimária, numa representação coisa, de sede, de fome, de dor, etc.. Numa situação decolagem com a mãe, de maneira patológica, donde surgirão as doenças psicossomáticas,quando Adultas.Para uma relação triádica, pai/mãe/filho.

A importância do handling (manuseio); do holding(Sustentação da Onipotência Mãe/Bebe) e do rêverie (a quebra desta Onipotência,Função Alfa da Mãe, transformando Beta em Alfa; alfabetização emocional) bion.

Que melhor será para os filhos, quando a terceira pessoadesta relação, o pai, participar disto. Seria o nome dado a essa fundamental capacidadematerna de fantasiar, a capacidade deste outro, de ser o continente e transformar essasvivências em algo de natureza psíquica.

Ao significar o que é fome, sede, dor, alegria, raiva, tristeza, amultiplicidade das vivencias emocionais que experiência,vai possibilitando à criança,a representação e a simbolização do mundo de coisas e de afetos compartilhado peloshumanos.A formação da memória, do pensamento e da simbolização é inerente ao vínculo

e às experiências emocionais que a criança estabelece com a mãe e osoutros.

-------------------TEM CERTOS DIAS...

“Tem dias que a gente se sente como quem partiu ou morreu,a gente estancou de repente, ou foi o mundo então que cresceu. A gente quer ter vozativa, no nosso destino mandar, mas eis que chega a roda viva e carrega o destino pralá” Não são só os adolescentes que padecem de melancolia. Nós, adultos treinando paravelhos, também temos nossos dias de baixo astral, com ou sem motivo aparente.

Assim, de mansinho, vem chegando um desânimo, um deixapra lá, um não quero conversar, um me deixem quieta. E o peito suspira fundo, os olhosentristecem, a boca se cala, as mãos se aquietam. Muitas vezes a razão da melancolia é dedifícil detecção, é mais um somatório de pequenas tristezas e decepções do que umgrande motivo. Como se ficássemos cansados de torcer, de aplaudir, de entender, dedesculpar, de esperar. Quando tal estado de espírito se apossa de mim só duas coisasconseguem aliviá-lo: escrever ou tocar piano.

Ouvir música orquestrada também ajuda, ler alguma coisabem interessante contribui, no entanto conversar sem vontade, falar ao telefone, sersacudida por quem pensa que é assim que se cura uma melancolia, isso tudo só piora ascoisas e o risco iminente é de que a tristeza se transforme em raiva. Rezar é um bomremédio, porque rezando nos entendemos como portadores de uma alma, com direito asenti-la doente ou triste.

Nem sempre podemos fazer o que temos vontade, naquelemomento. Mesmo para quem já não tem compromissos de trabalho, não faltam correntesoutras a nos imobilizar.

O que eu queria mesmo fazer, agora não me é possível. Queriasentar numa pedra lá no costão da praia, ouvindo o mar e acompanhando as ondasquebrando na pedra ou espraiando-se na areia.

Quieta, se possível com a cabeça vazia de pensamentos,apenas um elemento do universo.

Quem sabe assim essa melancolia fosse emborae eu voltasse a me sentir viva e com vontade de viver.

Oxalá!

ODILA LANÇA NOVO LIVRO RM BARUERI

Luiz Barboza NetoColegiado/Florianópolis/SC

[email protected]

CÁPSULAS DE AMORNascidas da mente do autorSaem livres de seus escaninhosEncapsuladas em mensagensQue se revelam de mansinhoNo aconchego do coração.

Poesias são cápsulas de amorQue detêm em si segredinhos...Diferentes daquelas que agemAbrindo-se devagarzinhoNos caminhos da digestão.

A escritora Odila Placência, de Barueri/SP, Cadeira Umberto Aldrovandi,da Área de Letras, do Colegiado Acadêmico do Clube dos EscritoresPiracicaba, Lança seu novo livro “Crepúsculo”, no dia 6 de junho, naBiblioteca Eny Cordeiro, em Baruei, Todo estão convidados. Contato:[email protected]

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24 25POETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASIL POETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASIL------------------------------------------ ------------------------------------------

Helena Curiacos NallinConselho/Cosmópolis/SP

NÃO PENSE

Você tem que ler na mesma cartilha,dos grandões,dos mandantes,dos chefões...Você tem que pensar como eles.Tem que achá-los bons,corretos,capazes...Você não pode pensar, não pode achar,pois se isto acontecer,você irá parar...Onde? Não sei?Quantos se perderam,quantos fugiram, quantos se consumiram,porque pensavam diferente.A história nos diz:todos aqueles que assim pensaramacabaram mal.Você pensa que é diferente?Que pode pensar,que pode dizerque tudo vai acabar bem?Até Cristo morreu,porque pensou diferente..

A CURIOSA ROSA

Amanheceu um lindo diaO dia mais lindo deste ano!Agradou-me a bela poesiaDeste céu napolitano.

A minha roseira da frente,O vento bate na janela,Parece que está me chamando,Oferecendo os botões dela.

Ao me deparar com um galhoCom os seus vários botões em flor,Colho-os, coloco-os num jarroAntes de escrever ao meu amor.

Ao colocá-lo na escrivaninhaUm caso estranho acontecia:A rosa curvando-se pareciaLer o que na carta eu escrevia.

Ieda Vieira Franco ThoméColegiado/Rio de Janeiro/RJ

[email protected]

Ilda Maria Costa BrasilPraeclarus/Porto Alegre/RS

[email protected]

José Nogueira da CostaConselho/Itajubá/MG

Iolanda Martha BeltrameColegiado/Santa Maria/RS

[email protected]

SÉRIE INFINDÁVEL!

Os sentimentos são tantosque, ao enumerá-los, perdemo-nos:amor, ódio, felicidade,encantamento, ciúme, alegria,tristeza, medo, ansiedade,euforia, nostalgia, esperança...Cada um deles expressauma reação ou ação humana.Alguns são saudáveis;outros, não, pois causamdesencantos e sofrimentos;no entanto, fazem parte da vidae, à medida que os vivenciamos,crescemos como seres humanos.

TEMPO

Jeová concede a todo o mundo um tempo,Mas ninguém sabe o tempo desse tempo.

Só Jeová, Senhor de todo o tempo,Sabe o total de tempo desse tempo.

Se deseja viver sem contratempo,Pratique o bem somente todo o tempo,Porque pode estar já no fim seu tempo

E amanhã nada reste desse tempo.

Muitas pessoas há que não têm tempoDe praticar o bem, mas acham tempo

Para fazer o mal, à farta e a tempo.

Bendito quem sabe gastar seu tempoSó o bem praticando todo o tempo,

Fazendo desse bem seu passa tempo!

SONHO

Amor é também lembrança,A imagem da saudadeQue na memória dança

Amor é também sutilezaInsiste na lágrima que brotaE na noite, sob a lua, vai lembrar

Amor alimenta um sonharAssim, como se juntos lado a ladoBem pertinho aconchegadosSem poder se tocar

A LÓGICA DA VIDA

Para tudo o que acontece,Existe uma lógica, uma razão,Não é preciso buscar desculpas,Para encontrar a explicação.

Todo o problema que aparece,Chama a nossa atenção,Não é preciso cortar voltas,Para encontrar a solução.

O norte está para qualquer lado,Se redonda a terra é,Quem não sabe usar a cabeça,Certamente precisará do pé.

E assim a vida passa,Passo a passo, lentamente,Quem encontra o fio da meada, Leva a vida sorridente.

José Airton MellegaDecano/Piracicaba/[email protected]

José Donizetti Nicolini GonçalesColegiado/Osasco/SP

[email protected]

Iva da SilvaColegiado/Francisco de Paula/RS

[email protected]

TU

Tu, que me vê com desejos,com apreço conforta meus medos,com palavras me sobeja.

Tu, musa adorada de minha sina,que aprende tudo e me ensinae acalanta minha magoa voraz.

Tu, que se esconde em uma farsa,quando a noite me chama sem graçae todo teu corpo quer me entregar.

Tu, que me acolhe com tanta destreza,sempre me entende e na hora da fraqueza,demonstra insinuações com tanto ardor.

Tu, que vens sempre de mansinho,com beijos, abraços e muito carinho,prejulgando nunca me magoar.

Tu, que tens grande e singelo ardor.Corpo ardente de mulher, em seu calor,realizo meus desejos mais puro de amor.

A FLOR

A flor ao desabrocharEnfeita o jardim da vida,Com deliciosa fragrânciaQue envolve a almaOnde a sua belezaTraz a alegria ao meu coração,Como o seu coloridoQue brilha com emoção,Arranca-me um sorriso,Mesmo em meio a tristezaDe saber que háQuem não queira verA nova estaçãoDas cores da floresQue se alia à razão.

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José Angelo GiacomeliColegiado/Barra Bonita/SP

[email protected]é Roberto Panaia

Praeclarus/Piracicaba/SP

MEL Andar , andei, andar, Andréia.A parte mais doce da colméia.No desenrolar da sua vidaEu farei parte da platéia. Você é o filme no meu cinemaNão importa se sua tela é morenaGosto de tudo que tu encenas. Baterei palma com certezados seu atos e delicadezas.Seremos um rio calmoa correr em sua correnteza,por mais forte que sejas. Te acompanharemos sempre,mesmo em momentos de fraqueza.Na certeza que no dia seguinterenovada seja a sua beleza. Pode colocar seu vestido brancoPode ascender vela para o santoPode se vestir de índia se quiserPode nos envolver com seus encantosFeliz daquele que te conhecer mulher.

A MORTE

Um dia a morte veio me buscarEu com meu diálogoFiz com que ela voltasse.

Vê se seguraNão vê que sou duroHoje não estou disposto a lhe ceder.

Eu sei que a minha vidaÉ uma amarguraMas é muito cedo para eu morrer.

A morte aceitou meu argumentoEstá bem voltarei outro diaPara te buscar.

Até me deu um conselhoSaia dessa situaçãoSe não você vai cair em depressão.

Não sofra por um amorQue deixou você na mãoE foi morar em outro coração

Hoje levo a minha vidaPara outros amores a mortePor enquanto me esqueceu.Parece que foi ela que morreu!

A LUZ

A partir de agora não haverá mais luz.Como vamos enxergar?Como vamos ver quem está ao nosso lado?Como vamos viver?

Sem luz, não veremos nada.Sem luz, não saberemos de nada.Sem luz, simplesmente nada.

A luz é tudo,A luz é vida,A luz é amor,A luz é tudo!

José Paulo Castro SouzaConselho/Blumenau/[email protected]

AMO A LUZ

Amo o dia, amo o sol, amo o infinito,Que nos dão o milagre astral da luz.Em cuja tela Deus deixou escritoO caminho que a Ele nos conduz.

Nesta terra vive o homem qual proscrito,Ao seu mísero olhar tudo reluz.Para mim quanto mais o espaço fito,Mais sinto que o infinito me seduz.

É uma graça suprema, é o Céu que baixa,Envolvendo a alma humana em santa faixaDo seu Amor divino e celestial.

Amo a Luz Infinita, a Luz Divina- o milagre que a todos ilumina-- A espada que dissipa todo mal.

Lúcia MartinsConselho/Ituporanga/SC

[email protected]

Lino VittiPríncipe dos Poetas de Piracicaba

[email protected]

PRECONCEITOS

AmigoAmigo do coraçãoPorque fostes acreditarEm conversas em vão?

Histórias fantasiosasArgumentos maliciososRazões misteriosasPreconceitos insinuosos

Questiona teu coraçãoAbre a mente entãoAnalisa com efeitoElimina teu preconceito

Não rotules ninguémTodo ser é singularSe é do mal ou do bemNão te cabe julgar

Preconceito faz malSe é de cor ou socialPor doença ou idadeEnvergonha a sociedade

AmigoAmigo do coraçãoOlhes com muito amorPara as diferenças,Sentimentos e dor

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Leda Mendes JorgeColegiado/Niterói/[email protected]

DIA E NOITE

Bom dia.Roda da luz e da vida.Felicidade, trabalho,alegria saindo do ser;anseios de mudançasfecundas e promissoras.Céu azul, mar brilhante,alvoroço em tudo,a natureza iluminada.Canta a vidana expansão do seu vigor. Bom dia, dia de Sol.

Boa noite.Roda viva do amor e da vida.Amor no anseio da entregade corpos entrelaçados;atração de lábios unidos,ansiosos no beijo palpitante.Momentos vibrantes quese afogam no calor do desejo.Céu estrelado na calma balsâmica,doce calma do prazer vivido.Boa noite, noite de Lua.

DORAVANTE

Cobram-me o riso estampado na face,como se não importasse o que trago comigo.

Lençóis amassados, rotos, rasgados, gavetas de meias, perfume no armário.

Pequeno inventário e nenhuma flor. Não há dor na certeza do ontem vazio.

Só um calafrio. (E me guardo bem mais).Doravante: nem amigos, nem amantes.

Bastam-me as cinderelas das novelas de TV,o meu sofá e um preguiçoso crochê.

Marcelo de Oliveira SouzaConselho/Salvador/BA

[email protected]

Marcelo Astolphi MazzeiColegiado/Piracicaba/SP

[email protected]

Mara Sílvia Munhoz BerniniConselho/Jaú/SP

[email protected]

O DIA EM QUE A TERRA PAROU

Uma loucura este diade grande agonia,O submundo virou mundoTudo está imundo!Está virado, acabado!Uma grande gritaria.

Saio e volto na correriaVoltou o arrastão da multidãoAssustando o povo com arma na mão!Um grito de pavor,Um cheiro de horrorPor causa de um governo de dor.

Nada se resolve, nem conversouUm corpo na calçadaA alegria da camada desesperadaTudo anda para trásO povo não agüenta mais!Viver...O dia em que a Terra parou.

DOCE

Se fosse doce.A vida fosse.Seria doce.Teu encantoTeu espantoTeu canto.Se tudo fosseComo sempre seria,

De um eterno doceSerias vil em tua ira.Seria eu entãoPapel de doce.Embrulhando-teTodo dia.Toda hora .Por toda a minha vida.

Marice PriscoConselho/Rio de [email protected]

Maria Helena G. BueloniConselho/Piracicaba/SP

PENSO EM NÓS

A chuva cai e você se vai...Choro meu mudo pranto,Sem lágrimas, sem voz.Penso em nós,No doce acalanto de poderGstar de você e, um dia, vocêChegar a pensar em mim.

Sabe, queria lhe contar umsegredo,Não sei se devo... A todomomentoMeu pensamento viaja até você...Não sei o que se passa comigo,Pois eu nunca imagineiQue quisesse tanto, tanto, alguémComo eu quero você.

Fico imaginando você em lugaresOnde somente minha imaginaçãoPenetra; porém, mais do quevocê,Eu quero o amor...

Um amor que me deixa completa:Não quero mais ficar na reta!Olha, cada vez que você se vai,Eu choro meu mudo pranto,Sem lágrimas, sem voz...Penso em nós!

PARA PODER VIVER

Um dia eu disse para vocêQue esse caso nunca daria certoAh! O que eu não fariaPara ter você comigo!No entantoVocê não vê, parece dormir.Vê se acorda para a vida!Eu gostaria de dizer ao mundoO quanto você me faz feliz!Esse sentimentoNão aparece todos os diasAmo você sinceramente...Esse louco amorNão me sai da cabeçaMe embriaga e alucinaQueria ficar em seus braçosO dia inteiro,Entretanto,Tenho que lhe esquecerPara poder viver!

SENTIMENTO IMPACIENTE

Amor, sentimento impacientee um tanto inconsequente;às vezes, uma emoção diferente.

Amor, cheio de defeitos e de jeitosque estão longe de ser perfeitos.

O que fazese, sem ele, não sabemos viver.

Maria de Lourdes S. Rossi MachadoPraeclarus/Porto Alegre/RS

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30 31 CRÔNICA CRÔNICA CRÔNICA CRÔNICA CRÔNICA ------------------- CRÔNICA CRÔNICA CRÔNICA CRÔNICA CRÔNICA -------------------

Geraldo José Sant’AnnaColegiado/São José Rio Preto/SP

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VOCÊ CURTE OU COMPARTILHA?

Vivenciamos um momento bastante significativo dahumanidade. Interagimos de maneira natural com o mundo virtual, o que seria inconcebívelhá não muito tempo atrás. O avanço tecnológico em relação à internet não pode serdesconsiderado. As redes sociais crescem e cada indivíduo acaba por obrigar-se a integraralguma delas. Talvez o Registro de Identidade hoje seja sua página virtual.

Segundo algumas pesquisas recentes 95% de usuários deinternet acessaram ao menos uma rede social nos últimos 30 dias. Segundo a SocialBakers maior parte dos usuários possui entre 18 e 34 anos e são do sexo feminino.

Podemos ampliar as informações da pesquisa e dizer que 82%dos entrevistados indicaram que usam a internet para fazerem trabalhos escolares, 68%para visitarem uma rede social, 66% para verem vídeos do youtube, 54% para jogar onlinee 40% apenas para postarem fotos, vídeos, músicas e mensagens.

Esses dados são importantes e demonstram que a escolaprecisa interagir nesse novo espaço. Novas formas de ensinar e aprender emergem.Antes nos dirigíamos, predominantemente, à biblioteca para realização dos trabalhosescolares. Hoje buscamos sites específicos.

Da mesma maneira que precisávamos aprender a ler, interpretare selecionar autores para comporem nosso trabalho de pesquisa, hoje a orientação se fazainda mais necessária. O volume de informações é incalculável e saber filtrá-las não étarefa fácil. Da mesma forma, as escolas se deparam com inúmeras informações sobre suaprodutividade. Indicadores importantes como o Saresp, o Enem, os índices de perda, osíndices de frequência e rendimento escolar dos alunos nos apontam para nosso semáforopedagógico: atentar-se, parar ou prosseguir.

Reforçando o link do semáforo, cito sempre a importância doGPS Educacional que nos aponta onde queremos chegar, contudo também emitemensagens para parar, recalcular rota, diminuir a velocidade.

As informações coletadas devem ser utilizadas a favor doprocesso ensino aprendizagem. Não podemos olvidá-las.Uma proposta. Quantos pais dealunos se utilizam da internet em sua escola? Esse dado pode acionar mecanismosimportantes para um novo processo de comunicação escola- família.

A tarefa de aproximação família e escola pode ser encurtadacom a instalação de programas onde os pais possam consultar a frequência e rendimentoescolar de seus filhos, receber alertas e até acompanhar a proposição de tarefas pelaInternet. O processo de utilizar produtivamente as informações tem sido chamado deinteligência estratégica. Saber relacionar a internet ao cotidiano de nossas escolas é uma

estratégia inteligente.Nessa perspectiva, você curte ou compartilha suaescola?

Maria Helena CorazzaPraeclarus/Piracicaba/SP

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A EMERGÊNCIA DE SER UM VOLUNTÁRIO.

Nos dias de hoje, um dos grandes segredos para a melhoriadas situações difíceis e conflitantes, deve ser sair de si, dos afazeres cotidianos, dasmesmices de uma vida sem motivos ou de “sempre a mesma coisa...” e, se embrenhar emtanta necessidade que o mundo e o processo social andam gritando e exigindo.

Surge então, a pergunta que precisa ser respondida: “O quefazer para colaborar e amenizar toda essa hecatombe de desgraças que aumenta dia a dia”?E, a resposta deverá ser não ficar surdo ou mudo, nem cruzar os braços.

Não esperar que outros façam. Fazer alguma coisa! Dar umaparticipação, sobretudo, naquela hora de horror, a quem o desesperado não encontra maisrespaldo, e, nem sabe mais o que fazer ou a quem pedir. Deverá existir sim, dentro de cadaum, uma força extra para ser dada, mas é preciso ir ao encontro da premência do outro, nasolidão ou no inferno em que chegou, para que, apoiado, consiga caminhar novamente,em direção a alguma luz que no momento está lá longe, no fim do túnel e de toda aesperança. Ser um voluntário é a grande emergência dos dias atuais e, essa pergunta nãopode mais ficar perdida no ar! Essa pergunta tem que encontrar uma atenção caridosadentro dos corações dos homens de bem, indistintamente irmanados numa solidariedadeurgente para que a solidariedade no mundo encontrando eco, não se desintegre de vez.

A “ajuda voluntária” mais do que nunca, atualmente éimprescindível. É brincadeira o que tem acontecido de ruim por aí? Por isso, ser um voluntárioé antes de tudo “entender que o outro existe”, se unir perante os acontecimentos e nãoficar indiferente ao seu sofrimento! Já não foi dito tantas vezes que, “aquele que melhoraum homem que seja melhora o mundo inteiro?” E, no voluntariado não será necessário oexagero, nem sacrifícios enormes de quem faz. Se geralmente a ajuda material é vital pararesolver as infelicidades, na simplicidade também, qualquer um pode bater na porta de umidoso e fazer uma visita. Qualquer um pode levar uma flor a um doente e lhe dar um abraçoou lhe oferecer um sorriso, dar uma simples e caridosa atenção a uma criança abandonada...

Ser voluntário é levantar quem está no chão, desiludido edesamparado, e convence-lo que existe ainda bondade na terra e gente que se importacom ele desejando que se levante e seja feliz de novo! Ser um voluntário é dividir e repartirsua alegria e seu pão com quem está triste ou faminto.

É enxugar lágrimas com sua atitude, mesmo porque, semjustificativas, “ninguém é tão pobre que nada possa dar, nem tão rico que nada precisereceber...” E, sobretudo, ensinar os filhos, a se condoerem da desgraça alheia ensinando-lhes o valor de se doar, pois, as crianças além de serem o nosso futuro são o reflexo dospais e do que vêem em sua família e em sua casa... Daí, o voluntário nestes caminhos tãodifíceis pelos quais estamos passando talvez seja a grande opção não só defraternidade, mas de respeito e justiça também.

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32 33POETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASIL POETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASIL------------------------------------------------------------------------------------

Milton Mariano de SouzaColegiado/Governador Valadares/MG

[email protected]

Othniel Fabelino de SouzaConselho/Ribeirão Preto/SP

Nilza de July Costa e SilvaPraeclarus/Porto Alegre/RS

[email protected]

A AMAZÔNIA

As matas verdejantes do AmazonasQue do seu solo emana uma riquezaQue o homem não pisou em muita zona,Quando pisa, é pra destruir tal beleza!

Patrimônio que é da humanidade,Destruído de forma bestial,Derrubando árvores sem piedade,Sendo alvo de força internacional.

A proteção da Amazônia é necessáriaPra não deixar de ser pulmão do mundo.Na nossa já há reforma agráriaNum projeto sujo e tão imundo!

Terra pelos índios, já, ocupada,Onde não deixam ninguém lá entrar,Desmatam, fazem tantas queimadas,Madeiras nobres saindo sem parar.

Nosso governo sempre incompetente,Coloca Ministra que não se impõeQue não tem como enfrentar essa gente,Com os policiais de que ela dispõe.

Quanta riqueza há naquele solo,Plantas milagrosas sendo exportadas, E a riqueza do seu imenso subsoloQue para este governo não vale nada!

Atentem as nossas autoridades,A Amazônia é jóia desejada.Parte do Brasil pode ser alijada:Vamos defendê-la com quê: flechada?

DECÁLOGO DO BEM VIVER

1º) Amar a vida e o próximo;2º) Sentir-se útil na sociedade;3º) Fazer sempre uma atividade física;4º) Acordar e passar o dia de bom humor;5º) Perdoar seu semelhante!6º) Alimentar-se moderadamente;7º) Comer peixe e verduras duas vezes nasemana;8º) Procurar dormir bem todas as noites;9º) Divertir-se e frequentar lugares sadios;10º) Viver bem com a família e seus semelhantes.

POR TRAZ DAS VIDRAÇAS

Nos saraus que me envolvopara ocupar o meu tempo,de vez em quando o encontroe meio escondida, no vento,por traz das vidraças, o vejo.

Nem sempre tenho coragemde te abordar nos teus meios,pois, já não me sinto segurapor mil lembranças que tenho.

Ainda esguio como dantes,forte e compenetrado.Neste bar, tu vens vagarpara aliviar o seu dia,da labuta de ofícios,petições, recursos e mandados.

Como ondas quentes,meu coração quer pulsar,e meu corpo se embalanuma grande ansiedade,fazendo-me ficar com estagostosa saudade.

Aí, eu sinto, apesar de tantos anos,como foi boa a estória que me levounas alturas.E outras tantas que me trouxeram venturas.

Tantos acertos e erros que enfimforam tecidos.Como teias de aranha, emaranhados,confusos.Mas, que nunca, nunca foram esquecidos!

OI!

Como vou fazer agoraPara lhe encontrar de novodepois daquele simples...oi !?

dito com os seus olhoscom seus lábios, num sorrisoimpossível de esquecer...

Depois você se foi !Sabe Deuspara qual de seus mundos...uma vez que,deste você não é...ou se era...foi !

Paulo Dias NemePraeclarus/São Paulo/SP

POEMA

A flor dos meus sonhos é a moça bonitaAquela que eu amo com todo ardorDos meus lábios saem a frase benditaQue pra ti declamo com tanto calor.

Nas noites de verão, namoro estrelasE nelas te vejo, com todo esplendorVocê é a estrela que ilumina minh ‘almaMinha vida sem ti, não tem mais valor.

José Antonio NappiDecano/Piracicaba/SP

[email protected]

MATERIALISTA

Vivemos numa era materialistaque precisa sucumbir, acabarbasta de ação individualistaum mau para logo terminar.

Há necessidade de ajudarquem não tem nadaprocurar sempre cooperaré uma ação sagrada.

Tem que haver uniãonessa breve existênciaamor entre o cidadãocom muita benevolência.

Que haja uma boa educaçãopara o mundo ser melhortem que haver preces e oraçãoe no coração muito amor.

Odila PlacênciaColegiado/Barueri/SP

[email protected]

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3534 CRÔNICA CRÔNICA CRÔNICA CRÔNICA CRÔNICA----------------

POETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASIL------------------------------------------

Pedro de Quadros Du BoisPraeclarus/Balneário Camboriú/SC

[email protected]

Reginaldo Costa de AlbuquerqueConselho/Campo Grande/MS

[email protected]

Pilar Reynes CasagrandePraeclarus/Rio Claro/SP

[email protected]

DIREITOS

A você é dado o direito de desconfiardas flores coloridas. Nos muros altosé permitido colocar cacos de vidros: sofrer angústias e insônias.

A você é induzido o espírito ao estranhogesto de despedida e ao corpo o sentidoimaginário da entrega. O direito de privilegiaro supérfluo e esquecer entre páginas a razão.Irracional. O direito concedido abominaa aventura de ser a pessoa em busca da irrealidade.

AMBÍVIO

Aqui terminam todos os caminhosE aqui nascem os caminhos todos.Por eles já passaram rapsodos,Como um dia passaram os meirinhos.

Há caminhos de flores e de espinhos,Como os há de verdades e engodos.São caminhos de aplausos e de ápodos,São passagens de heróis e de mesquinhos.

Aqui se delineia a encruzilhada.Teremos de escolher algum caminho.Preciso é prosseguir na caminhada.

Mas por mais que tentemos nossa sorte,Daqui por diante é caminhar sozinho,Porque todo caminho leva à morte.

OS GALOS DA MINHA RUA

Os galos que rondama minha ruaà luz trêmula do luar

não ciscam gravetos do chãonem dizem cocoricó

um bando chegaoutro foge

às vezes duelamna curva das esquinas

quem é o dono do terreiroqual grita mais altoo maior

Quando erguem o aço frioda ponta de seus bicosnoite adentrotudo cessa de repente

miados no telhadoa estrela cadenteave-marias à beira da cama

E a monotonia estúpidada cantiga entoadaatravessa janelasameaça por baixo das portas

As mãos que os fazemexpelir fogoque assusta os cupidos

há poucobrincavam de pega-pegapipas nos fios elétricosrodar pião

há muitocarregam a morte e a vida agarradasà brutal cicatriz brancado pó

Leda ColettiConselho/Piracicaba/[email protected]

JOGANDO CONVERSA FORA

Quando não se tem assunto definido joga-se conversa fora.Equais são os mais focalizados? Doença é um dos mais fortes, principalmente se a roda deamigos for da 3ª Idade. Cada um quer falar mais do que o outro, de suas dores de coluna,enxaquecas, etc; há inclusive os que passam receitas de chás, remédios, na tentativa decolaborar para amainar as tais dores físicas alheias. ]

Outra matéria instigante são as fofocas que envolvem casosfamiliares. Há sempre alguém contando algum segredo de gente importante, comrecomendação para não passar para frente, pois pode chegar aos ouvidos de algumparente, e ela (a que teve papas na língua) ficar em maus lençóis.

Os ouvintes após ouvir o fato, ficam na dúvida se é verdadeou mentira, mas não resistem e geralmente passam para terceiros a novidade. E como dizo ditado popular “quem conta um conto aumenta um ponto,” a história vira outrahistória. Situações que envolvem muitos comentários são os acontecimentos sociais,sobretudo os casamentos.

Desde os trajes usados pelos noivos, padrinhos, até os dosconvidados, enfatizando modelos, preços, se foram comprados pelo crediário oualugados. Isso vai dar margem para um interrogatório sobre a situação econômica daspessoas presentes.Da parte dos noivos, a qualidade e apresentação dos mimos ganhos,e assim por diante... E os bailes de formatura? São assuntos “pratos quentes”, paraconversas de vários dias e em várias rodas sociais.

Já vivemos muitas situações conflitantes, quando conhecidosou até amigos nos procuram para desabafar brigas de amor, ou mesmo de amizaderompidos. Nesses momentos são sábios os conselhos dos mais velhos para não darmospalpite; tenhamos paciência para ouvir quantas vezes a pessoa tiver vontade de falar,mas não tomemos partido, pois “em briga de marido e mulher, ninguém deve meter acolher.”Caro amigo leitor, não é verdade tudo o que escrevi?

Será que já houve alguém que nunca viveu tais experiências?Já que estou usando jargões populares encerro esta minha fala usandomais um; Vamos procurar esta pessoa como a “ a agulha no palheiro.”

A escritora Michelle Franzini Zanin, de Araraquara/SP, Cadeira CyreoPiazza, da Área de Letras, do Colegiado Acadêmico do Clube dos EscritoresPiracicaba, lançou seu livro “Metáforas”, do Shopping Lupo de Araraquara.À destacada os nossos parabéns. Contato: [email protected]

MICHELLE ZANIN LANÇA LIVRO “METÁFORAS”

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POETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASIL POETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASIL------------------------------------------ ------------------------------------------

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Valdemar Alves JúniorConselho/Fortaleza/CE

Sílvia Alessandra P. da SilvaDecana/Piracicaba/SP

[email protected]

Renato Afonso MoreiraConselho/Montes Claros/[email protected]

NÃO DÁ MAIS

Não dá mais para achar normal e natural:corrupçãocompetição sem éticausuraprivilégios econômicosmiséria

uns merecerem mais que outrossaúde melhor para quem pode pagareducação melhor para quem pode pagarmais segurança para quem pode pagarpoder pagar por algumas coisasque são sem preço

comprar coisas que todos deviamter igualmenteuns serem melhores que outrospor terem tido melhores condições.

Chega de achar normal enatural atrocidadesque podem ser corrigidas peloconhecimento humano!

Os indivíduos não podemser responsabilizados por todosos problemas; a sociedade seorganizou para sermais que a soma dos indivíduos. Rita Bernadete Sampaio Velosa

Colegiado/Américo Brasiliense/[email protected]

Paulo Alberto GarbusPraeclarus/Curitiba/[email protected]

INDEFINIÇÃO

Sou uma , porém sou duas.Sou prática, porém sou poeta.Sou razão ,porém emoção.Sou toda uma indefinição

Quem sou eu senão meus sonhos?Quem sou eu senão realidade?Sou a própria incoerência,E a própria indefinição.

Quisera poder definir-me:Ou completamente sonho,Ou completa realidade.Porém creio é impossível!

Sou veleiro no horizonte.Sou a estudante, a amada.Sou costa, sou mar, sou montanha.Sou criança e sou mulher.

Sou ondas quebrando na praia.Sou pássaro voando no céu.Sou flores anunciando a primavera.Sou a amante do mundo.

Mas afinal... Quem sou eu?

CICATRIZ

Tomado pela paixão, programada pela reação, o amor consola a dor gerada pelo amor e emoção,que destroem meu coração.

Ser feliz é ser conduzidapela frase proibida,que por nós é seguidae jamais esquecida.

Sou querida, sou escolhida; estou perdida em sua vida. Sigo no caminho do tormento,corro atrás de um beijo,vou com firme pensamento, perdida neste desejo.

JANGADEIRO

Panorama de Jangadas perfiladosNo MucuripeVista radiante dos edifícios na Beira marSendo atração turística o esporteNáutico à velaDe windsurfistas e kitesurfistasCenário paradisíaco de recanto e dunasO céu sempre estrelado e o pôr do solNo infinito desponta o horizonteLitoral cearense : Aracati, Almofala, Beberibe,Camocim, Cumbuco, Canoa quebrada, Icapui,Jericoacoara, Prainha, Majorlândia.De 30 jangadas, em Majorlândia,4 arriscam passar diasE noites em alto marA demanda dos frutos do marNo mercado aumenta 60%80% dos moradores usufruemDessa renda e ocupação.A jangada oscila nos ventos fortes,Mas ondas altasO pequeno jangadeiro aprende osRudimentos do ofícioFacilita as pequenas embarcaçõesO advento do motorNas rotas marinhasA época sazonal do defeso da lagostaArremata o bravo pescador...Se não formos ao mar, não comemos.

Mesmo sendo à distânciaá vista desse preceitosó em alguma instânciaaceitarás o conceito

INSPIRAÇÃO

Gosto de sonhar nas noites vazias,Pois no silêncio, encontro inspiração.Algo que embala minhas fantasias,E vai bem fundo no meu coração.

Inspirações nem sempre de alegrias,Ora douradas cheias de emoção,Às vezes nevoentas e sombrias,Ricos impulsos da imaginação.

Não importa o lugar onde estou,E nem os clarões do meu momento.É o fluir de um exato sentimento...

Deixo-me levar e bem longe vou.Tecendo versos que minh’alma alcança,De preferência, cheios de esperança!

Terezinha de jesus LopesAssinante/Juiz de Fora/MG

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Valentina Kroeff SperbPraeclarus/Porto Alegre/RS

[email protected]

Paulo Murilo Carneiro ValençaPraeclarus/Recife/PE

[email protected]

CRÔNICA CRÔNICA CRÔNICA CRÔNICA CRÔNICA----------------

NOSSAS PERDASNOSSAS PERDASNOSSAS PERDASNOSSAS PERDASNOSSAS PERDAS

Terezinha Ofélia N. RennóColegiado/Itajubá/MG

[email protected]

Wagner Luiz AndrioteColegiado/São Paulo/SP

[email protected]

SAUDAÇÃO ÀS MÃES

Oh, Mãe que por ser Mãe não é só minha,E a todos nós conduz com mansidão!Mãe, é múltipla, é mágica, adivinha:Abriga quantos, num só coração!

Ai como é doce o colo que me aninha!...Mas meus irmãos carecem de atenção...Maternalmente, a todos encaminhaNão nos deixa órfãos - dá-nos proteção!

Tudo reparte, a minha mãe querida!Mesmo no sono, agita-se, vigia...Perto ou distante vela preocupada!

Diante do altar, mãos postas, mui contrita,Surpreendi-a, em pranto, noutro dia,Rezando ao Pai do céu, por sua Mãe amada.

SE VOLTASSE A SER CRIANÇA

Se eu pudesse ser criança outra vez,tomaria muitos e muitos banhosde chuva,pois tomei só um na minha infância,numa ocasião em que estávamos na praia.Era noite, eu e meus primos brincamos muito.Se eu pudesse ser criança outra vez,voltaria a andar, com frequência, a cavalo.Houve uma época que, na fazenda,eu montava bastante,mas, com o passar do tempo,passei a ter medo e sentir-me insegura.Se eu pudesse ser criança outra vez,entre muitas outras atividades e brincadeiras,eu faria as duas mencionadas acima.

ENCANTOS DE MENINO

Guardo em mim as sombras do tempo,O assombro da poesia mais pura.Dias de esperança e alumbramento,Versos em luta, paixão e bravura.

Sobrevivi a um coração indomável,Alimentando-me da palavra que arde,Nas ruínas do sentimento insondável,No poente da vida, ao cair da tarde.

Fiz asas do que me fez tormento,No poeta que habita meu destino.No voo dos pássaros que invento,Nos imperecíveis encantos de menino.

Vera Regina de BarcellosConselho/Florianópolis/[email protected]

SEMPRE...

Porque não?Feliz!O sofrimento que vão...Nos sons que são...Nos tons que seguem...O teu brilhoDas estrelasDos olhos doutrosQue seguemQue vãoQue sãoOs brilhos do amorAs criaturas de Deus!

OUTRAS LUZES

Silva sobe a escadaria em sentido a sua casa, com aMariana esperando-o, no terracinho, no vai e vem ritmado da cadeira de balanço.

Morena, nova, graciosa e... Grávida do primeiro filho!Sorri, o filho que lhes representará a continuação com

outras luzes, esperanças.Continua sorrindo e assovia baixinho, expandindo a

felicidade que o domina agora, nesses instantes da conclusão de que sempre (sempre!)há a luz do otimismo nos aguardando.

O terracinho. A cadeira com a mulher, cadenciando-se...Empurra o portãozinho, chegando.

-- Silva?-- É claro que sou eu, Mariana.Então no rosto moreno, mais acentuado, de traços corretos

desponta o sorriso do acolhimento.Os passos se avizinham.

Faleceram: A Acadêmica Arlette OctavianoRodrigues, Delegada da cidade de Óleo/SP (à esq),a partir de agora Patronesse da Cadeira, 082, da Áreade Letras, da Galeria dos Academicus Praeclarus doClube dos Escritores Piracicaba, também aAcadêmica Dora Benencase Laronga, de Americana/SP, (à dir), a partir de agora Patronesse da Cadeira09, da Área de Letras, da Galeria dos MembrosTitulares Eméritos do Clube dos EscritoresPiracicaba. E ainda o Acadêmico Júlio Lázaro Sierra,de Piracicaba/SP, a partir de agora Patrono da Cadeira030, da Área de Ciências, da Galeria dos TitularesEméritos do Clube dos Escritores Piracicaba. Àsfamílias enlutadas as nossas condolências.

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