o eco dezembro 2011

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Abraão, Ilha Grande, Angra dos Reis - RJ - Dezembro de 2011 - Ano XII - Nº 151 Fotos: Geraldo Falcão IED BIG

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Page 1: O ECO Dezembro 2011

Abraão, Ilha Grande, Angra dos Reis - RJ - Dezembro de 2011 - Ano XII - Nº 151Fotos: Geraldo Falcão IED BIG

Page 2: O ECO Dezembro 2011

- 2 - Jornal da Ilha Grande - Dezembro de 2011 - nº 151

AINDA SERÁ O PLANETA SUSTENTÁVEL?

A Terra como planeta, é muito pequena. Já possui umterço de sua superfície desertificada, inúmeras espéciesextintas, atmosfera saturada, sete bilhões de pessoasconsumistas e uma infinidade de indústrias que produzemem progressão geométrica, até exaurir a última reservado planeta para dar conta da demanda de consumo. Seráisto sustentável? Maria Bethania disse certa vez: “de queadiantam dólares, sem planeta”?

Thomas Jefferson disse, em 1802:

“Penso que asinstituições bancárias sãomais perigosas para anossa liberdade queexércitos inteiros prontospara o combate. Se o povoamericano permitir um diaque os bancos privadoscontrolem sua moeda, osbancos e todas asinstituições quefloresceram em torno dosbancos, privarão a gente detodas as possessões,primeiro por meio da

inflação, seguida da recessão, até o dia em que seus filhos

Nota: este jornal é de uma comunidade. Nós optamos pelo nosso jeito de ser e nosso dia-a-dia portanto, algumascoisas poderão fazer sentido somente para quem vivencia nosso cotidiano. Esta é razão de nossas desculpas por nãoseguir certas formalidades acadêmicas de jornalismo. Sintetizando: “é de todos para todos e do jeito de cada um”!

se despertarão sem casa e sem teto, sobre a terra que seuspais conquistaram”!

Viram que visão do futuro financeiro do planeta?

Hoje mais de 200 anos depois, os habitantes do planetasão reféns deste sistema, e este se mostra irreversível porquepor uma falsa ilusão, um engodo, o mundo mostra-se muitobom. Temos conforto, as distâncias praticamente não existem,o mundo está em casa “dentro de um chip”, em termo deliberdade fazemos o que queremos, a medicina deu conta dequase todas as doenças, se morre após os 80 anos, osconceitos e preconceitos morais não nos proíbem nada, oDeus é de cada um por si, a ciência por sua vez, sempremanipulada pelo dólar, mostrando soluções para tudo e osgovernos se deliciando pelo crescimento do PIB em 10 % aoano, e por aí vamos consumindo tudo até a exaustão do planeta.

Gostaria de entender por aonde isto nos leva àsustentabilidade do planeta.

Bem, é só uma pimentinha nos leitores para que os quedormem, acordem, comecem a pensar e procurar como reverteristo. “Já poderá ser tarde”!

Enquanto for possível, que tenham tido um feliz Natal e umAno Novo com os desejos realizados, sem desperdício e comconsumo moderado.

O Editor.

Questão ambiental ............. 6 a 11

OSIG ................................. 12 a 15

O Mar ........................................ 16

Coisas da Região .............. 17 a 24

Lamentações no Muro ............... 23

Colunistas ................................. 24

Interessante ...................... 26 a 29

Coral Sol ................................... 31

Page 3: O ECO Dezembro 2011

- 3 -Jornal da Ilha Grande - Dezembro de 2011 - nº 151

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- 4 - Jornal da Ilha Grande - Dezembro de 2011 - nº 151

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- 5 -Jornal da Ilha Grande - Dezembro de 2011 - nº 151

Page 6: O ECO Dezembro 2011

- 6 - Jornal da Ilha Grande - Dezembro de 2011 - nº 151

Questão AmbientalInformações, Notícias e OpiniõesInformações, Notícias e OpiniõesInformações, Notícias e OpiniõesInformações, Notícias e OpiniõesInformações, Notícias e Opiniões

PARNAIOCA – O RESGATE DA NOSSA HISTÓRIANo dia 26 de novembro aconteceu na sede do PEIG o lançamento de um

vídeo-documentário apresentado pela AMOTAP (Associação dos MoradoresTradicionais e Amigos da Parnaioca) mostrando fatos antigos e atuais, retratandoa vida de uma das comunidades mais antigas e reduzidas da Ilha Grande.Utilizando apenas uma câmera filmadora e uma fotográfica foram percorridostrechos do Parque Estadual da Ilha Grande, onde moradores e amigos daParnaioca narraram suas histórias. A filmagem privilegiou as falas dos moradores,mostrando o que permanece e o que mudou em suas vidas, e principalmentecomo se vive atualmente nesta pequena comunidade.

Este projeto foi uma produção independente da AMOTAP, que teve inicio emmaio de 2011.

MUTIRÃO LOPES MENDESDurante o mês de setembro acontecem centenas de mutirões espalhados

por praias de todo o mundo em comemoração ao Clean Up Day ou Dia Internacionalde Limpeza das Praias e dos Oceanos. Infelizmente durante os outros mesesnossas praias parecem estar esquecidas e nossos mares cada fez maisemporcalhados, durante apenas um dia de mutirão a equipe do PEIG recolheu 50sacos de lixo na praia de Lopes Mendes, e não foi tudo.

DE OLHO NA ILHAA Ilha Grande é também conhecida por possuir praias paradisíacas que

recebem boas ondulações para a prática do surf. Esse paraíso chamou a atençãoda Nike 6.0, e foi o destino de 4 surfistas amadores, vencedores do concurso de

vídeos que levou o nome de “The Chosen – Nike Live Like a Pro” para surfar comdois dos melhores surfistas profissionais do Pais em um destino de sonho. Aescolha seria perfeita se a praia do Sul não entrasse no roteiro. A praia do Sulestá localizada dentro da Reserva Biológica Estadual da Praia do Sul, criada em1981 através do Decreto Estadual 4.972, abrigando cinco ecossistemas naturais;diversos sítios arqueológicos de povos pré-históricos que viveram na Ilha Grandehá mais de 3.000 anos, bem como fósseis de animais do final da última eraglacial (mais de 10.000 anos atrás), uma preguiça-gigante de 6 metros de alturafoi encontrada no local. Segundo a Lei Federal n° 9.985/2000, Art. 10°, ReservaBiológica é uma unidade de conservação de proteção integral e proíbe a visitaçãopública, exceto para fins científicos ou de âmbito educacionais, previamenteautorizados pelo INEA (Instituto Estadual do Ambiente). Esta foi a nota deesclarecimento usada pelos meios de comunicação da Nike 6.0 referente ao errocometido pelos mesmos no mês de julho de 2011.

A opção de surf para quem vai ao Aventureiro é a praia do Demo. A preservaçãodo meio ambiente garante ondas verdes as futuras gerações.

CONDUTA CONSCIENTEMilhares de pessoas procuram ambientes naturais como os encontrados no

PEIG (Parque Estadual da Ilha Grande) e REBPS (Reserva Biológica da Praia doSul), para atividades de lazer, que vão desde um simples passeio, até a práticade esportes de natureza, como as caminhadas, o surf, a canoagem, a exploraçãode cavernas, o mergulho e muitas outras. Na maioria desses locais a natureza éfrágil e precisa ser tratada com cuidado. Para evitar o impacto da poluição e dadestruição destas áreas, o PEIG criou um termo de compromisso para osvisitantes destas Unidades de Conservação, este termo servirá de suporte paraas fiscalizações que acorrerão neste verão.

COMPROMISSOS1) Utilizar apenas as praias da Parnaioca, Aventureiro e Demo, tendo

em vista que tanto a passagem quanto a permanência, na Praia do Leste,Praia do Sul (incluindo as Lagoas e o Ilhote) e Costão Rochoso do Demosão proibidas pela Lei Federal nº 9985/2000;

2) Manter a área das praias em perfeitas condições de limpezadeposite seu lixo em locais adequados;

3) Fauna e flora; Não caçar; Não alterar a paisagem local através docorte de arbustos, galhos e árvores para abertura de trilhas ou para fazerfogueira; não retirar vegetação nativa.

4) Não acampar fora dos limites permitidos, camping selvagem não

Informativo on-line doParque Estadual da Ilha GrandeNo. 11 ano 01 - Dezembro/2011

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- 7 -Jornal da Ilha Grande - Dezembro de 2011 - nº 151

Questão Ambientalé permitido.

5) Não são permitidos animais domésticos dentro do PEIG e daREBPS.

INFORMES1) Considerando a proibição da passagem pelas Praias do Sul e do Leste, a

travessia entre Parnaioca e Aventureiro deverá ser feita única e exclusivamentepelo mar, através de embarcações;

2) A inobservância das determinações estabelecidas no presente instrumento,bem como qualquer intervenção não autorizada na área da Reserva Biológica daPraia do Sul, implicará na aplicação das sanções administrativas prevista na LeiEstadual nº 3467/2000 e na Lei Federal nº 9605/1998, relativas aos crimesambientais.

RESERVA BIOLÓGICA DA PRAIA DO SUL Em áreas como a Reserva Biológica da Praia do Sul é impossível realizar

trabalhos de limpeza e conservação da forma como acontece em outraslocalidades. Portanto, a proteção e limpeza desses locais dependem muito docomportamento de cada um de nós.

TREINAMENTO PEIGLeonardo Bacelar, Adjunto Operacional de Lopes Mendes ministrou uma

palestra que teve como objetivo repassar as informações e experiências adquiridaspor ele e mais dois membros da equipe PEIG durante intercâmbio que aconteceumês passado no Parque Estadual da Serra da Tiririca em Niterói. No mesmo diao Coordenador de Manejo de Ecossistemas Leandro Travassos apresentou aultima etapa da capacitação do monitoramento do impacto do uso público naunidade de conservação, os guardiões do PEIG já começaram a coletarinformações que futuramente irão ajudar na avaliação da influência da visitação e

impactos indiretos (como a presença de lixo nas trilhas) sobre aspectosdemográficos e comportamentais da fauna.

QUE BICHO É ESSE?

Nome popular: Ouriço-cacheiro

Nome científico: Coendouvillosus

Onde vive: Vive em regiõesarborizadas. Habitat Florestastropicais, mata atlântica.

Alimentação: Invertebradosque encontra no solo - emboratambém por vezes consuma ovose pequenos vertebrados.

O ouriço-cacheiro é maior insetívoro da nossa fauna, com um comprimentodo corpo entre 18 e 20 cm e cerca de 1 kg de peso. É facilmente identificado porter o dorso coberto de espinhos longos e aguçados, de cor acastanhada e combandas escuras nas extremidades. A cauda é muito pequena, as orelhas sãoigualmente pequenas e a cabeça encontra-se bem destacada do corpo. A cabeçae a superfície ventral são densamente cobertas de pêlos. Tem um sentido devisão pouco desenvolvido, ao contrário da audição e do olfato. Quanto senteperigo enrosca-se, expondo os espinhos como armas de defesa. É um animalsolitário e territorial, de hábitos essencialmente noturnos, podendo ser observadonas últimas horas do dia e ao amanhecer.

AONDE? Qual é o nome dessa praia?

Enviar respostas para [email protected]: No mês passado a foto era do Canto da

Praia de Lopes Mendes.

Fale com PEIG - Sugestões de pauta, curiosidades,eventos a divulgar, reclamações, críticas e sugestões:[email protected]

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- 8 - Jornal da Ilha Grande - Dezembro de 2011 - nº 151

Questão AmbientalQUE PQUE PQUE PQUE PQUE PAÍS É ESTE?AÍS É ESTE?AÍS É ESTE?AÍS É ESTE?AÍS É ESTE?

O leitor haverá de me perdoar se nas linhas abaixo resolvi deixar de ladomeu otimismo incorrigível para enumerar, de maneira resumida, assuntossobre os quais o Brasil parece ter perdido a noção do perigo ou mesmo dobom senso.

Por que quando o assunto é agrotóxico, o país campeão mundial no uso dessassubstâncias venenosas ainda tem legislação frouxa, fiscalização deficiente e umaestranha burocracia que impede a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária)de agir rápido quando se constata a necessidade de retirar do mercado umdeterminado produto de elevada toxicidade? Nas lavouras brasileiras são usadospelo menos dez produtos proibidos na União Européia, Estados Unidos e um delesaté no Paraguai.

Por que quando o assunto é transgênico, os protocolos de biossegurança queantecedem o licenciamento de novas substâncias geneticamente modificadasparecem ser sistematicamente desprezados por parte da maioria dos doutores queintegram a CTNbio (Comissão Técnica Nacional de Biossegurança), onde osMinistérios da Saúde e do Meio Ambiente têm direito a voto, mas são minoria?

Por que no país do pré-sal o precedente aberto pelo mega-vazamento de óleo daBP no Golfo do México (o maior desastre natural dos Estados Unidos) não serviu delição para que evitássemos o vexame do vazamento da Chevron na Bacia de Campos,da forma como aconteceu, escancarando inúmeras lacunas de ordem legal,institucional e operacional para deleite das companhias que já operam 10 mil poçosde petróleo no Brasil e transformarão em breve nosso leito marinho num gigantescopaliteiro com novos buracos abertos sabe lá Deus (ou Netuno) de que jeito?

Como foi possível aprovar um novo Código Florestal que foi alvo de questionamentosimportantes da comunidade científica – Sociedade Brasileira para o Progresso daCiência (SBPC), Academia Brasileira de Ciências e da própria Agência Nacional deÁguas (ANA) – nos precipitando em uma direção cujos impactos ambientais,econômicos e sociais não temos como avaliar hoje com clareza?

Até quando celebraremos – especialmente os economistas de plantão –sucessivos recordes nas vendas de automóveis, sem considerar os violentos impactossobre a mobilidade urbana? Até quando vamos ignorar os reflexos dos monumentaisengarrafamentos, a qualquer dia e hora da semana, sobre nossa saúde (inalação depoluentes, e estresse físico e emocional para quem está preso dentro do seu própriocarro e, principalmente, para os que penam no transporte público), nossa qualidadede vida (menos tempo para o descanso, lazer ou para a família), o meioambiente (agravamento do efeito estufa), a segurança pública (maior exposição dosmotoristas a assaltantes), a gestão municipal (impossibilidade de atendimentosemergenciais, porque as ambulâncias, viaturas da polícia e carros de bombeiros nãoconseguem mais chegar rápido a seus destinos) etc.?

Por que preferimos rotular todos os políticos de desonestos e corruptos, semexceções, em vez de destacar a atuação heróica de alguns – são poucos, é verdade– mas que merecem nosso apoio porque sem eles tudo seria mais difícil? LembrandoSêneca: “A maior desgraça de quem não gosta de política é ser governado por quemgosta”.

Como é possível nos afirmarmos como potência mundial, se nossos indicadoresna área da educação são simplesmente vexatórios? Como é possível aceitar queainda tenhamos 14 milhões de pessoas que não saibam ler e uma legião de mais de36 milhões de analfabetos funcionais, que mal conseguem assinar o próprio nome?

Como pleitear a condição de país desenvolvido se metade (56%) dos domicíliosdo país não tem acesso à rede de esgoto e onde a monumental letargia das diferentesesferas de governo impede qualquer previsão seguras de quando esse problemaserá resolvido?

Todas essas questões poderiam estar sendo tratadas de outro jeito se tivéssemosa coragem de repeti-las mais e mais vezes.

André TrigueiroMatéria extraída do Blog Mundo Sustentável www.mundosustentavel.com.br

ARTIGO DE ALERTA

UM CONTRAPONTO AO VAZAMENTODE ÓLEO NO RIO DE JANEIRO

Por Marcelo Szpilman* O recente vazamento de óleo na Bacia de Campos (RJ) chamou a atenção de

todos para o risco de acidentes e desastres ambientais representado pelaexploração de petróleo nos oceanos, ocupou boa parte dos noticiários e redessociais e provocou as mais variadas declarações, cobranças e acusações. Ofato de a sociedade reagir com tamanha indignação quando os ecossistemasmarinhos encontram-se ameaçados é muito bem-vindo. O que me chama aatenção, contudo, é que apenas eventos como esses sejam capazes de provocartais reações.

Em absoluto estou querendo minimizar o acidente ocorrido. Quero simaproveitar o momento para expor um contraponto que deveria ser analisado portodos os amantes e defensores da Natureza, e que nesses momentos afloramem abundância.

Como já disse no artigo anterior, a região onde ocorreu o vazamento estálocalizada no meio do oceano, local onde, fora o plâncton, não há praticamentevida marinha a ser afetada. Evidentemente que se uma mancha de óleo atingir olitoral os danos ao ecossistema marinho podem ser consideráveis, mas, aindaassim, reversíveis. Poderá haver morte de muitos seres marinhos? Sim, claro, eisso seria trágico. Mas, a não ser que exista a eliminação total da única populaçãode uma espécie endêmica, não se pode falar em perda de biodiversidade. Parahaver perda de biodiversidade, é necessária a extinção de uma ou mais espéciesque habitam o nosso Planeta. Devemos admitir também que se trata de umacidente que, felizmente, ocorre de forma esporádica e a tendência esperada,por todos, é que ocorra cada vez com menos frequência.

Em contraponto, sem trégua nos últimos 20 anos, a pesca predatória ea sobrepesca vêm ceifando, diariamente, milhares de peixes e tubarões dos nossosmares. Boa parte das populações dos peixes que gostamos e compramos naspeixarias, como atum, cioba, badejo, namorado e pargo, sem falar dos tubarões,que comemos como cação, sofreram forte declínio nos últimos anos e já seencontram ameaçadas de extinção. No Brasil, já são 145 espécies de peixes e28 espécies de tubarões sob ameaça de desaparecerem do Planeta. Tambémdiariamente, e friso de forma redundante, TODOS OS DIAS, de 100 a 200 miltubarões são capturados no mundo todo (incluindo o Brasil) apenas para quesuas nadadeiras sejam extirpadas para suprir o insustentável mercado de sopade barbatana de tubarão.

Ou seja, a sobrepesca e a pesca predatória cometem grandes “acidentes”diários, que certamente resultarão na perda de biodiversidade e em danosirreversíveis aos ecossistemas marinhos, sem que isso provoque a mesma emerecida indignação da sociedade. Reflita sobre isso!

*Marcelo Szpilman, Biólogo Marinho formado pela UFRJ, com Pós-

Graduação Executiva em Meio Ambiente (MBE) pela COPPE/UFRJ, é autor dolivro “GUIA AQUALUNG DE PEIXES”, editado em 1991, de sua versão

ampliada em inglês “AQUALUNG GUIDE TO FISHES”, editado em 1992,do livro “SERES MARINHOS PERIGOSOS”, editado em 1998/99, do livro

“PEIXES MARINHOS DO BRASIL”, editado em 2000/01, do livro “TUBARÕESNO BRASIL”, editado em 2004, e de várias matérias e artigos sobre a

natureza, ecologia, evolução e fauna marinha publicados nos últimos anos emdiversas revistas e jornais e no Informativo do Instituto Aqualung. Atualmente,

Marcelo Szpilman é diretor do Instituto Ecológico Aqualung, Editor eRedator do Informativo do citado Instituto, diretor do Projeto Tubarões no

Brasil (PROTUBA) e membro da Comissão Científica Nacional (COCIEN) daConfederação Brasileira de Pesca e Desportos Subaquáticos (CBPDS).

Site: http://www.institutoaqualung.com.br

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- 9 -Jornal da Ilha Grande - Dezembro de 2011 - nº 151

Questão AmbientalJÁ SOMOS 7 BILHÕES DE PESSOAS. E AGORA?JÁ SOMOS 7 BILHÕES DE PESSOAS. E AGORA?JÁ SOMOS 7 BILHÕES DE PESSOAS. E AGORA?JÁ SOMOS 7 BILHÕES DE PESSOAS. E AGORA?JÁ SOMOS 7 BILHÕES DE PESSOAS. E AGORA?

Em apenas dois séculos a população do planeta se multiplicou por sete.Quais os principais desafios de vivermos em um mundo onde a populaçãodeverá chegar a 10 bilhões de pessoas ainda neste século.

“Crescei e multiplicai-vos”. O preceito bíblico está sendo seguido à risca. Em poucomais de 200 anos, a população do planeta foi multiplicada por 7. No início do séculoXIX, éramos um bilhão. Levamos 123 anos para dobrar esse número. Daí pra frente,especialmente depois da segunda guerra mundial, o ritmo do crescimento acelerou.Em outubro de 2011 chegamos a sete bilhões. Até o final do século, segundo a ONU,a tendência é que a população mundial se estabilize na faixa dos 10 bilhões de pessoas.Mas como alimentar tanta gente, se os estoques de água doce e limpa e de solo fértil,estão diminuindo? É para comer menos ou mudar o cardápio? Dá para apostar numanova revolução verde? Não somos apenas mais numerosos. Também estamos vivendomais. Na média, quase 70 anos. Um avanço excepcional, considerando que na décadade 50 a expectativa de vida era de pouco mais de 47 anos. Mas como assegurar opagamento de aposentadorias e pensões por mais tempo, para muito mais gente? Aprevidência não é o único desafio. Como preparar melhor as cidades para uma populaçãomais idosa? Que requer maiores cuidados e atenção? Ah as cidades. Elas tambémestão crescendo e rápido. Em 60 anos, a taxa de urbanização do planeta praticamentedobrou. Apenas no Brasil, 85% da população vivem em cidades. Recentemente, ONUinformou que pela primeira vez da História, a maioria dos seres humanos passou a viverno meio urbano. E a tendência é que esse fenômeno continue. Para isso, é precisoproduzir mais energia. O maior consumo de energia tem origem exatamente nascidades. E a energia mais barata e farta do planeta, é também a mais suja. 80% damatriz energética do mundo são petróleo, carvão e gás. E quem mais polui são osricos. Aproximadamente 75% das emissões de gases estufa vêm dos paísesdesenvolvidos. De acordo com as Nações Unidas, as mudanças climáticas, o maiorproblema ambiental do século 21, poderão determinar a remoção de 200 milhões depessoas de seus atuais endereços nos próximos 40 anos. A maioria absoluta delas épobre. Neste planeta ainda tão desigual, um bilhão e meio de pessoas sequer temacesso a energia elétrica. Ao que parece, será preciso um choque de civilização paraque tenhamos esperança num mundo melhor e mais justo, embora mais populoso.

André TrigueiroMatéria extraída do Blog Mundo Sustentável www.mundosustentavel.com.br

POR UMA ILHA SUSTENTÁVELPOR UMA ILHA SUSTENTÁVELPOR UMA ILHA SUSTENTÁVELPOR UMA ILHA SUSTENTÁVELPOR UMA ILHA SUSTENTÁVELPor Juliana Fernandes

O tema Sustentabilidade começou a se popularizar com as conferências da ONU,inclusive conceituando o desenvolvimento sustentável como aquele que “satisfaz asnecessidades presentes, sem comprometer a capacidade das gerações futuras desuprir suas próprias necessidades”, mas, ao contrário do que se pensa, esse não éum conceito novo.

Em 1968, Garrett Hardin mostrou sua preocupação com os “atos sem remorso”dos indivíduos em uma sociedade e suas conseqüências no todo, e, em 1972, o Clubede Roma até chegou a propor a discussão sobre os “dilemas atuais e futuros dohomem”, considerando as ações conjuntas como necessárias para chegar à preservaçãodo planeta, para nós e para nossos filhos. É importante lembrar que, na mesma época,também começou o movimento do ambientalismo, pela preocupação sobre os rumosque tomariam o desenvolvimento econômico e a exploração de recursos naturais aqualquer custo, colocando a questão ambiental como centro dos debates.

O conceito de sustentabilidade ficou tão popular que o tripé (social, ambiental eeconômico) tornou-se como uma “fórmula mágica”, e palavras como “ambiental”,“sustentável” e “verde” têm sido usadas indiscriminadamente (o que acaba sendoinsustentável) para justificar e dar sentido a organizações, projetos e ações que, narealidade, nada apresentam de responsável, justo e viável; não passam de meios dealcançar mais benefícios econômicos ou até desconhecimento sobre a importância dese conservar o ambiente e a cultura locais.

A questão da (in)sustentabilidade também pode ser vista no cotidiano, por exemplo,quando o descarte de lixo é feito em lugar impróprio, inclusive nas trilhas e nas praias;na pesca predatória ou no desmatamento; na priorização de mão-de-obra “de fora”; eaté na interdição da cultura tradicional ocasionada pela imposição de regras inerentesa Unidades de Conservação (UCs). Geralmente, medidas imediatistas, soluçõesapresentadas sem a devida análise dos acontecimentos e das condições locais, como pensamento apenas no bem individual, “progressista” e irresponsável sãoinsustentáveis.

Um dos exemplos citados acima, e que destaco, até pelo fato de está-lo estudando,é o conflito gerado pela implantação de uma Reserva Biológica, a mais rígida das UCsde Proteção Integral, em uma área há muito habitada por uma comunidade caiçara,com o argumento de proteção das especificidades naturais e contra a especulaçãoimobiliária. Mas fica uma pergunta para discutir sobre a necessidade de uma UC tãorígida abarcando a área da Vila do Aventureiro: como negar, na época, a existência deuma comunidade inteira? Dentro de conflitos sobre sua permanência ou retirada dolocal, a população se viu pressionada a modificar, adaptar sua cultura às normasestabelecidas pelo órgão ambiental, e, ainda hoje, luta pelo direito ao seu lugar. Paraisso, foi proposta a criação da Reserva de Desenvolvimento Sustentável do Aventureiroque, se autorizada, pode garantir a preservação de seu modo de vida e do meioambiente, e a sustentabilidade para a Vila.

O desenvolvimento sustentável não se dá por meio de ações aleatórias e sempretensões, mas com objetivos estabelecidos para melhoria da qualidade de vida.Mais que o discurso de preservação do ambiente, da cultura e do bem-estar social, asustentabilidade tem a ver com práticas direcionadas à autopreservação, à sobrevivência,já que, preservando seu espaço e modo de vida, se está buscando, a perpetuação,mesmo com adaptações, das condições que mantêm vivos os homens e todos osoutros elementos biológicos, culturais, sociais relacionados a ele.

Não adianta usarmos modelos instituídos internacionalmente para os casos locais,já que cada lugar tem características peculiares, ainda mais se tratando de uma Ilha,e, mesmo que essas ideias sejam seguidas, a prática deve adequar-se à realidade dasvilas da Ilha Grande; não se deve impor a elas que moldem seus costumes àspadronizações internacionais. A Ilha Grande, cuja população tem raízes históricascom sua terra, atrai muitas pessoas “de fora”, sendo turistas, pesquisadores ou novosmoradores que se encantam com o lugar. Por isso, além de conservar o ambiente, temque ser trabalhada constantemente uma consciência sobre o modo como fazer usodos recursos a que se tem acesso no mar, na mata, e até pelo turismo, como umaalternativa para seu beneficiamento econômico, sim, mas com respeito ao ambiente eaos outros entes envolvidos.

O desenvolvimento de comunidades sustentáveis parte de uma consciência individuale coletiva sobre a importância da boa relação dos agentes sociais entre si, com o meioambiente e com os que vêm de fora. Entretanto, não se deve esquecer que, por vezes,o impasse sobre a sustentabilidade está na dimensão político-institucional. Por isso, éessencial reunir todos os setores sociais e de mercado na Ilha Grande, para que, pormais que tenham interesses distintos, possam trabalhar em direção ao bem maior dacomunidade, sem a dependência total de apenas um ente envolvido.

Essa unidade na diversidade que é a comunidade ganha força contra uma(in)sustentabilidade imposta, arbitrária, de cima para baixo, de fora para dentro, que,porventura, invisibilize as características próprias da comunidade. A mobilização socialé uma forma de se mostrar a importância da participação democrática da comunidade,das associações de guias, dentre outras; dos trabalhadores e donos de meios dehospedagem, restaurantes; das transportadoras; das cooperativas; das agências depasseio e de mergulho; das ONGs; do governo a nível estadual e municipal; e demaisenvolvidos. Mas a participação tem de ser garantida e efetiva. Essa mobilização queabarque todos os níveis e setores, preocupada com o meio ambiente e a cultura, formauma consciência sobre ganhos e responsabilidades partilhados e, portanto, vai emdireção à sustentabilidade para o lugar.

A par de seus problemas e, de fato, engajada na causa do lugar, os moradores temcondições de se proteger dos maus interesses e de turistas irresponsáveis, tomandopara si a incumbência de informá-los sobre a cultura riquíssima e sobre a biodiversidadeexistentes na Ilha. Compartilhando os conhecimentos, a comunidade poderá mobilizartambém os turistas, criando, assim, uma vivência real da cultura e não só a contemplaçãodas paisagens que, realmente, por si só, já encantam a todos.

Page 10: O ECO Dezembro 2011

- 10 - Jornal da Ilha Grande - Dezembro de 2011 - nº 151

Questão Ambiental

A maricultura em 2012 promete. A estimativa é que a produção de coquillesSaint Jacques (ou vieira, molusco nativo da costa brasileira) a sercomercializada no Brasil atingirá a marca de 100 mil dúzias. Os coquilles, aoatingirem 6 cm, são vendidos para os restaurantes dos grandes centrosdo país. Como a média de preços da dúzia é de R$ 30, ovalor do negócio da maricultura poderá atingir a marcade R$ 3 milhões.

Essa previsão é de José Luiz Zaganelli,presidente do Insti tuto deEcodesenvolvimento da Baía da IlhaGrande (IED-BIG) que, com apoioda Eletrobras Eletronuclear,desenvolve um projeto derepovoamento marinho deporte. “Se considerarmosque 1 dúzia corresponde a0,250 kg de coquil le,teremos uma produçãoestimada de 25 mil quilosde coquille nas mesas dosbrasileiros”, comemora.

Mas o Projeto deRepovoamento Marinho daBaía da Ilha Grande (Pomar)não é só um bom negócio do pontode vista comercial. É um dosprincipais projetos patrocinados pelaEletronuclear na área de meio ambientepor ter como objetivo fortalecer a mariculturana região e evitar a extinção do coquille Saint-Jacques.A empresa irá investir R$ 2,25 milhões no Pomar até 2015.

Os coquilles são pequenos moluscos que vivem em conchas. Em meadosdos anos 1990, estavam quase extintos por causa da pesca de arrastão. Oseu quase desaparecimento foi o principal incentivo para a criação do projeto.As sementes (coquilles recém-nascidos) são cultivadas em laboratório epassam por um longo processo até serem comercializadas. Quando completamum mês de vida, são levadas à fazenda marinha, onde vivem em torno de deza doze meses até atingir o tamanho ideal para entrar no mercado.

No estado natural, apenas 0,5% das larvas sobrevivem; em laboratório, oíndice de sobrevivência aumenta para 2%, e a produção é feita de maneiramuito mais rápida e ágil. Em 2011, a produção do Pomar foi de quase 3milhões de sementes. “Conseguimos atender a 100% da demanda nacional.O instituto já mostrou sua competência na produção de sementes e agoraestá trabalhando de acordo com a demanda, mas temos condições de produziraté 20 milhões de sementes por ano”, ressalta Zaganelli.

Desde 1994, quando foi criado o Pomar, já foram produzidosaproximadamente 48 milhões de filhotes de vieiras no laboratório do IED-BIG,em Angra dos Reis. Parte da produção é doada a pescadores da região, queaprenderam o cultivo do coquille e montaram suas próprias fazendas marinhas.

CooperativismoO Pomar também contribui para a qualidade de vida e a geração de renda

dos pescadores ao fomentar o cooperativismo na área de aquicultura (processode produção em cativeiro). Para esses profissionais, a primeira “carga” de

coquilles é sempre gratuita. As outras têm um preço mínimo para o pescadordono da fazenda marinha.

Como a reprodução dos coquilles é lenta e difícil, o pescador somenteconsegue repovoar sua fazenda com as sementes fornecidas pelo

laboratório. “As fazendas marinhas são um negóciolucrativo e não poluente, que agregam

desenvolvimento econômico, social,ambiental e científ ico”, destaca

Zaganelli.Os pescadores também

recebem cursos de capacitaçãoe manejo, que sãoministrados por técnicosespecialistas do IED-BIG.Ao todo, quase nove milpessoas já foramcapacitadas peloinstituto, provenientes devários estados do país,como Rio de Janeiro, SãoPaulo, Espírito Santo,Maranhão e Ceará.Atualmente, cerca de 60

famílias são beneficiadasdiretamente pelo cultivo do

molusco e mais 180indiretamente.Apesar de ser sediado em Angra dos

Reis e ter começado na Baía da Ilha Grande,o Pomar já tem alcance nacional, atuando hoje em

sete estados. O Rio de Janeiro é onde se concentra a maiorprodução de coquille, seguido de São Paulo, com destaque para o municípiode Ubatuba.

Existem atualmente oito fazendas marinhas sob a égide do IED-BIG, mastodas as fazendas de São Paulo e Rio dependem do instituto porque a matéria-prima (as sementes) é oriunda do seu laboratório de larvicultura de moluscos.Os custos das fazendas marinhas mantidas pelo IED-BIG estão previstos nosconvênios com as empresas patrocinadoras.

Sentinelas do marAlém de beneficiar os pescadores da Costa Verde, o coquille também é

um importante bioindicador, pois uma das condições essenciais para seubom desenvolvimento é a qualidade da água do mar. Ele não resiste a águaspoluídas, já que se alimenta de matéria orgânica.

Devido a essa razão, por iniciativa da Eletrobras Eletronuclear, em 2007,foi instalada uma fazenda marinha na Ilha Comprida, em frente às usinasAngra 1 e Angra 2. “A criação de uma fazenda marinha em frente à centralnuclear permite que os pesquisadores monitorem o impacto das usinas naregião e desperta a consciência ecológica dos moradores. Não temos registrode anormalidades na fazenda, que está em excelentes condições de operação.Até o momento, a produção foi de 30 mil sementes”, conclui Zaganelli.

Juliana Rezende

ELETROBRAS ELETRONUCLEAR PELETROBRAS ELETRONUCLEAR PELETROBRAS ELETRONUCLEAR PELETROBRAS ELETRONUCLEAR PELETROBRAS ELETRONUCLEAR PAAAAATROCINA PROJETTROCINA PROJETTROCINA PROJETTROCINA PROJETTROCINA PROJETO DE MARICULO DE MARICULO DE MARICULO DE MARICULO DE MARICULTURA BEM-TURA BEM-TURA BEM-TURA BEM-TURA BEM-SUCEDIDO EM ANGRA DOS REISSUCEDIDO EM ANGRA DOS REISSUCEDIDO EM ANGRA DOS REISSUCEDIDO EM ANGRA DOS REISSUCEDIDO EM ANGRA DOS REIS

ATÉ 2015, EMPRESA IRÁ INVESTIR MAIS DE R$ 2 MILHÕES NA INICIATIVA, QUE PRODUZIU QUASETRÊS MILHÕES DE SEMENTES DE VIEIRAS EM 2011.

Foto: Geraldo Falcão IED BIG

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- 11 -Jornal da Ilha Grande - Dezembro de 2011 - nº 151

Questão AmbientalFoto: Geraldo Falcão IED BIG

IED–BIGIED–BIGIED–BIGIED–BIGIED–BIG, UMA REALID, UMA REALID, UMA REALID, UMA REALID, UMA REALIDADE PADE PADE PADE PADE PARAARAARAARAARASUSTENTSUSTENTSUSTENTSUSTENTSUSTENTABILIDABILIDABILIDABILIDABILIDADE NA BAÍA DADE NA BAÍA DADE NA BAÍA DADE NA BAÍA DADE NA BAÍA DA ILHA GRANDEA ILHA GRANDEA ILHA GRANDEA ILHA GRANDEA ILHA GRANDEO Coquille Saint-Jacques é um molusco, de incomparável sabor,

tem um grande comércio dependente da demanda. Na costa Atlânticadas Américas o IED – BIG é o maior produtor de semente queconhecemos.

Analisando a matéria ao lado, para o próximo ano o Institutopretende uma produção de 100mil dúzias, e cada dúzia beneficiadapesa 250g, portanto corresponde a 25 toneladas de carne. Isto éalgo muito importante em se tratando de uma iguaria rara e especialcomo o coquille.

O coquille é um animal marinho filtrante, muito sensível e fácil dapesca predatória colocá-lo entre os possíveis de extinção. A formaracional de cultivo em cativeiro, o tira desta possibilidade e passa agerar emprego e renda com sustentabilidade. Qualquer projeto hojenão basta gerar emprego e renda, deve ser analisado se gerasustentabilidade. “A régua com que medimos estes valores, hoje éoutra, a noção de ética mudou seus valores, por isso adiciona aovalor a medição da importância que o investimento gera para o nossoamanhã.” Temos que proteger nosso planeta a qualquer preço. Estaé a grande missão, dentro de sua possibilidade, que tomou comodesafio o IED-BIG e temos certeza que o nosso futuro serátestemunho desta vitória. Temos acompanhado o esforço do Zaganellineste sentido e podemos garantir que é sobre humano. É além dequalquer limite dos que se dedicam a uma causa nobre. Comodefensor da sustentabilidade, eu chamo a atenção, para se aproveitarmelhor estas pessoas que se dedicam aos extremos pelas causasjustas da proteção ambiental. O Zaganelli é um deles.

Nosso muito obrigado à Eletrobras Eletronuclear pela visão.

N. PalmaEditor de O ECO

Foto: Renato Freitas do Rosário IED BIG

Foto: Renato Freitas do Rosário IED BIG

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- 12 - Jornal da Ilha Grande - Dezembro de 2011 - nº 151

NANANANANATTTTTAL ECOLÓGICO DAL ECOLÓGICO DAL ECOLÓGICO DAL ECOLÓGICO DAL ECOLÓGICO DA ILHA GRANDE 2011A ILHA GRANDE 2011A ILHA GRANDE 2011A ILHA GRANDE 2011A ILHA GRANDE 2011P/ N. Palma

“Com muita luta vencemos mais uma parada”Iniciamos dia 17 e finalizamos dia 23, um conjunto de atividades

que visaram alimentar a idéia de sustentabilidade, noção deconjunto e através do lúdico, melhorar a qualidade de vida para

nossa comunidade. Vejam a seguir.

O Natal Ecológico da Ilha Grande, em sua 2ª edição, foi realizadoentre os dias 17 e 23 de Dezembro de 2011. O evento contemplou aapresentação de musicais, peças teatrais e outras manifestaçõesculturais alusivas ao Natal, com foco na preservação ambiental e noequilíbrio ecológico, aliadas ao resgate da cultura caiçara. Tendo umpaisagismo natalino ornamentado por artesanatos, confeccionados apartir de materiais reusados.

O público alvo foi o próprio morador da Ilha, como também osvisitantes, que foram atraídos pelos aspectos culturais e ecológicospromovidos pelo projeto. As atividades tiveram a participação derepresentantes dos diversos segmentos da sociedade civil e dacomunidade local, a programação foi realizada e dimensionada de acordocom os recursos que obtivemos para o projeto, bem como disponibilidadede tempo das pessoas envolvidas.

O objetivo geral do projeto é mobilizar os diversos segmentos dapopulação local no sentido do comprometimento com a sustentabilidade,sensibilizar para o resgate e a preservação da cultura local econscientizar sobre a importância do equilíbrio ecológico, tendo comotemática a música, o teatro e o artesanato, a partir do reuso de materiais.

Os objetivos específicos visam promover o diálogo com os saberese representações culturais da comunidade local, proporcionar condiçõespara que possa mostrar sua música, teatro e artesanato, fomentar aparticipação dos diversos setores da sociedade civil organizada dacomunidade, incentivar a preservação ambiental, o resgate cultural e areutilização de materiais, para minimizar o lixo e despoluir o ambiente,festejar o Natal em um ambiente alegre, de integração e participação,gerar o sentimento de inclusão e pertencimento para a comunidade,proporcionar atratividade para os visitantes, estimular mídia espontâneae positiva, beneficiar o turismo local, o desenvolvimento econômico, oemprego e renda e o aumento na arrecadação do Município.

A Ilha Grande desenvolve sua principal economia na atividade turística,com expressiva participação na arrecadação do município. Tendo emvista as mudanças climáticas e as consequências que poderão se seguir,verificou-se, mais do que nunca, a importância de uma mobilização nosentido de unir os setores da sociedade civil organizada e a comunidadelocal em busca da sustentabilidade do destino.

Para haver sustentabilidade em um destino turístico, necessário sefaz que exista uma conscientização da importância da preservaçãoambiental e cultural.

O projeto busca mobilizar os diversos segmentos da população localem torno de um clima natalino. Fundamentados nesse conceito, essamobilização se dá a partir do Natal Ecológico da Ilha Grande, onde oreuso dos materiais constitui a matéria prima básica para confecção eornamentação do cenário natalino.

Neste sentido realizamos sete dias de atividades comsucesso absoluto, participação de todos osinteressados e criamos espaço para que novos talentospudessem mostrar suas habilidades. Enfim,desenvolvendo a “arte de viver com o jeito simples deviver” que faz parte da nossa característica.

Um resumo do que ocorreu nestes dias:

A abertura foi no dia 17 às 21.00h, no Salão Paroquial, onde após aspalavras do Vice Presidente da OSIG e do professor Carlos Monteiro,iniciou-se a programação com um teatrinho, pelos alunos do curso einglês da professora Andrea Sandalic. Seguidos de Luiz Fernando,

Marcinha e Marcelo Crokidakis, com poesia e canções Natalinas queencantaram a todos. Frei Paulo, voz e violão, cantou em latim umacanção muito melódica que agradou muito.

A partir do dia seguinte, já na tenda armada na praça, se apresentaramMarcelo Crokidakis e Armandinho que tornaram a noite muito agradávelatravés de canções maravilhosas. Tivemos ainda a participação doviolinista “Kal”, hoje de viola, que fez uma viagem pelas músicas de bomgosto.

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Na terça-feira foi o dia de Marcelo Russo, Marcinha, Kal e Armandinho,muito agradável com uma viagem pelas lindas canções que marcaramos tempos do período áureo da canção brasileira.

Na quarta feira, novamente a apresentação do teatrinho dos alunosde inglês, da Professora Andrea, que emocionaram, além dos paiscorujas, todo o público presente.

Dando continuidade tivemos a apresentação da Professora Andrea,cantando canções natalinas e outras de fortes emoções como “What awonderful world”, acompanhada por Kal e sua viola e da violinistaamericana Cara, que nos visitava como turista, com seu inseparávelviolino e, em aqui chegando já se integrou à musicalidade da Ilha. Essamusicalidade na Ilha é tão contagiante, que ao colocar o pé neste chão,o músico já se sente integrado por energia mágica que exala da natureza,propiciando emoções fortes ao novo integrante.

A seguir um grande show de reggae. Onde, além da grande participaçãodo Felipe Silva (esquerda) e os meninos do Abraão, devemos destacarque Felipe foi o vencedor do XV Festival de Música e Ecologia da IlhaGrande, neste ano. A apresentação desta noite marcou para os turistase moradores.

Na quinta feira uma surpresamuito agradável: dois cantoreslíricos, Loren Vandal e Rafael Siana,que vieram a convite do LuizFernando (Bossa). Apresentaram:“Somewhere over the Rainbow- Filme O Mágico de Oz , Hymneà L’amour - Édith Piaf , O MioBabino Caro - Giacomo Puccini, Quando Me’n Vo - GiacomoPuccini , All I Ask off You -MusicalFantasma da Ópera e Ave Maria– Gounod.

Estes dois jovensimpressionaram tanto, que osouvintes pediram suareapresentação no dia seguinte eforam atendidos.

Imaginem a importância desta apresentação, num lugar simples comoo nosso, com seu jeito simples de viver, onde a maioria das pessoasnão tem a oportunidade de ir a um Teatro Municipal ou grandes teatrosonde são apresentadas estas pessoas do clássico, o quanto deve terproduzido um “agito” interior nestas pessoas, na verdade em todos. Amúsica clássica tem um enorme poder de mexer com o nosso interior,inclusive de nos mostrar horizontes diferentes em nosso conceito devida. Abre janelas que arejam a mente.

Em continuação,Luiz Fernando,Marcelo Rã, Kal eA r m a n d i n h o ,completaram a noitecom “maestria” dacanção numaviagem pela nossamelodia e por sinalmuito eclético. Foitudo com emoçõesmuito fortes.

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Mas o eclético mesmo foi na sexta feira, dia do encerramento.Começamos com nova apresentação dos cantores líricos, que fecharamseu show com uma emocionante “Ave Maria” à capela, seguindo, peloconjunto “Prata da Casa”, que é formado pelo Constantino, o vocalistaLuiz Cláudio, Biete, seu Licinho e Ivan, contou com o guitarristaArmandinho. Eles formam nossas raízes musicais, que vem lá docalango, posteriormente substituído pelo forró. Começaram por cançõesnatalinas e depois fizeram uma viagem pelo forró “pé de serra”, ondeaté estrangeiros arriscaram “passos e descompassos”. Foi ummomento especial.

Dando continuidade ao dia de encerramento das atividades, tivemosa apresentação de Lu e Alejandro na voz e violão, com participação doguitarrista Armandinho e do Baixista Jamiro que tem raízes aqui, mashoje faz sucesso na Bahia marcando sua presença artística. Ele fechoua noite com uma canção de reggae que foi muito show. Foi uma noitemuito especial que deu vontade de continuar o Natal até o fim do ano.Ouso até dizer que nunca vi Lu e Alejandro em tamanha empolgação.Um show que deveríamos ter em todos os finais de semana.

Obrigado a todos, no ano próximo teremos mais. Vocês todosmerecem um grande aplauso. Veja o panorama de fotos.

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ALGUNS AGRADECIMENTOS MUITO ESPECIAIS.

À LITORAL VERDE OPERADORA DE TURISMO, que nos patrocinou 100camisas, faixas, banners e a vinda do repórter do Programa VIAGEM CULTURAL.

A Litoral Verde tem estado presente assiduamente em nossas atividades, nosproporcionando apoio e encorajamento, para dar continuidade aos nossos propósitosnestes dias de difícil caminhada

À TRANSPETRO que nos patrocinou cem camisas e nos mostrou uma grandevontade de ser nossa parceira nos próximos eventos, o que nos estimula muito ànossa perseverança, nesta luta de tentar dar sustentabilidade a nossa Ilha em cujoespaço a TRANSPETRO também pertence, tendo em vistas que a Ilha é integranteda Baia da Ilha Grande. Esta luta de juntarmos grandes empresas e sociedade civil,acreditamos que seja o melhor caminho do entendimento para sustentabilidade quetantos nos interessa e nos preocupam as dificuldades em mantê-la.

À comunidade participativa, que bancou o evento, com doações e hospedagem(ver relação de doações); à Pousada Recreio da Praia que hospedou o cinegrafista,Rafael Lapone, do programa Viagem Cultural; à Pousada Riacho dos Cambucás,que hospedou o Professor Carlos Monteiro, nosso apoiador no projeto; à PousadaBossa Nova, que hospedou os cantores líricos; aos restaurantes Lua e Mar eBiergarten pela cortesia de um almoço, enfim a todos os que se dedicaram dealguma forma ao apoio. Um obrigado especial ao Projeto Coral Sol, do Instituto deBiodiversidade Marinha participando com apresentação de filme e sorteando brindes.Foi representado por Daniel e Paula.

Uma comunidade participativa é essencial ao desenvolvimento sustentável, quetanto falamos, e dele necessitamos para termos um amanhã promissor. Acreditamosque o projeto Natal Ecológico poderá ser um dos pilares que sustenta a conscientizaçãoda sustentabilidade.

Venha participar conosco no Natal Ecológico da Ilha Grande em 2012.OSIG

Organização para Sustentabilidade da Ilha Grande

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TurismoO MAR É LINDOO MAR É LINDOO MAR É LINDOO MAR É LINDOO MAR É LINDO

BONAIRE: UM PARAÍSO AO ALCANCE DE TODOS.

Texto e fotos de Alexandre Faria – Ilha Grande Dive /Aquamarina Mergulho & Imagens

Completando um ciclo de desenvolvimento profissional, expandindo conhecimentoe aprendizado, nossa operadora de mergulho iniciou uma fase Internacional, fechandopacotes especializados em mergulho, mas que está ao alcance de todos, pois lugaresparadisíacos estão sempre incluídos, tornando assim alvo de não-mergulhadorestambém, mais conhecidos no meio como “acompanhantes”, porém não menosimportantes!

O local escolhido foi Bonaire, uma pequena ilha no Caribe, pertencente às AntilhasHolandesas, oferece a quem visita, uma rede hoteleira de primeira, com tremendadivulgação e valorização do turismo de mergulho, caminhada e ciclismo.

Imensos navios de turismo aportam diariamente e enquanto estivemos por lá foram6 em 6 dias!

O mais incrível desta pequena ilha é o preparo de seu amável povo, pois no ensinoprimário quatro línguas são ensinadas nas escolas: Papiamento, Holandês, Inglês eEspanhol (muitos falam Francês também). Com sorriso no rosto, esse amável povoestá sempre solícito, e o turismo é sua principal fonte de renda.

Pacotes de mergulho são vendidos em praticamente todas as escolas e operadorasque trabalham com turismo internacional de mergulho e a Ilha Grande Dive que atuacom o nome de “Aquamarina Mergulho & Imagens” em pacotes de viagens Nacionaise Internacionais também faz parte desse grupo.

A facilidade dos mergulhos é muito grande, pois saindo de praia tem-se sessentae três (63) pontos de mergulho catalogados e mais tantos outros quantos você quiser,pois basta parar as pick-ups (inclusas no pacote) e entrar na água!

Corais, gorgônias e vida, muita vida ocupam toda a visão, fizemos 22 mergulhosnessa viagem, o que a torna excelente na relação “custo X benefício”, e o mais importante,possui a água mais azul que meus sonhos poderiam imaginar!!!

A infra-estrutura das operadoras assusta pela grandeza, prá se ter uma idéia, umadelas, a maior, é capaz de encher 32 cilindros ao mesmo tempo com mistura mais ricaem oxigênio (Nitrox EAN32) a cada 3 minutos, o mesmo ocorrendo para cilindros de arcomprimido, ou seja: 64 cilindros a cada 3 minutos, o dia todo!

Cada hotel possui convênios com algumas operadoras, tornando mais fácil ainda atroca de cilindros vazios por cheios o que agiliza a atividade predominante na ilha. Um

local que aprendeu a ganhar com a parceria e não com a concorrência!Geralmente os chalés possuem 2 quartos sendo então para 4 pessoas no total, e

para cada chalé, fica uma pick-up. Os mergulhos são ilimitados, e basta parar emalgum compressor conveniado e trocar, simples assim! É fundamental em cada grupoter ao menos um mergulhador experiente para planejamentos e segurança.

Em nossas viagens eu acompanho pessoalmente o grupo, facilitando mais aindaessa programação.

Mergulhos dos mais simples até mais complexos como os técnicos são encontradose equipamentos, misturas especiais e etc, estão disponíveis também.

A temperatura da água é constante de 26.5°C pelo menos até a profundidade de 40metros que estivemos, com uma visibilidade média de 30 a 40 metros.

Existe um naufrágio enorme com mais de 100 metros de comprimento, o HilmaHooker, na profundidade máxima de 28 metros, um show principalmente quando évisitado em mergulhos noturnos (fizemos 3 só a noite e mais 1 durante o dia).

Peixes lindíssimos nadam junto aos mergulhadores, tarpões (parecem sardinhasgigantes) com até 100 kg fazem cardumes durante o dia e a noite caçam utilizando asluzes dos mergulhadores, aparecem em todos os noturnos, vários deles, são incríveis!

Mergulhos em píer, paredões cobertos de corais, naufrágios, mar-de-fora, cada ummais lindo que o outro!

Uma reserva ecológica lindíssima (Washington National Park), aonde tudo funcionae a organização é eficaz.

Horário para visitação, mergulho e utilização das praias. Tudo é respeitado e todosfazem questão de respeitar.

No pacote de 9 dias está incluso: Aéreo : Rio – São Paulo – Bogotá – Curaçao – Bonaire Bonaire – Curaçao – Bogotá – São Paulo – RioTerrestre: Tranfers e hotel com café da manhã e pick-up (para até 4 pessoas)Mergulhos: ilimitados de praia, com cilindros e lastro. Nitrox incluso prá quem tem

curso.Valor mergulhador: US$1890,00 *Valor Não-Mergulhador: US$1700,00 ** valores dessa viagem durante o carnaval 2011Ilha Grande Dive – Aquamarina – 24 – 98129484 / [email protected] nosso blog com nossas aventuras e apreciem algumas fotos feitas por

mim, que ficam disponibilizadas ao fim de cada viagem aos mergulhadores :www.aquamarinamergulho.com.br

Entre em contato para qualquer dúvida ou formar seu pacote. Estou à disposição.Alexandre Faria – Ilha Grande Dive / Aquamarina Mergulho e Imagens

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- 17 -Jornal da Ilha Grande - Dezembro de 2011 - nº 151

Coisas da RegiãoSUBPREFEITURASUBPREFEITURASUBPREFEITURASUBPREFEITURASUBPREFEITURA

De: SOH SPIGPara: a comunidade da vila do Abraão

PROJETO CASTRAÇÃOCronograma das atividades do Projeto de Castração de Animais

que será realizado pela Prefeitura de Angra dos Reis em janeiro/2012na vila:

Dia 12/01/12Reunião com a comunidade para esclarecimento sobre o projeto.Local: Casa de CulturaHorário: 10:00h

Dias 14/01 e 21/01/2012Castração dos animais cadastrados

Jesi Batista dos Santos – Subprefeito da Ilha Grande

Eventos de Fé - Eventos de Fé - Eventos de Fé - Eventos de Fé - Eventos de Fé - Comunidade Religiosa

IGREJA CATÓLICA

ENTÃO É NAENTÃO É NAENTÃO É NAENTÃO É NAENTÃO É NATTTTTAL!AL!AL!AL!AL!É a Festa Cristã que celebra a VIDA!“A Igreja nada considera mais venerável, após a celebração anual do Mistério

da Páscoa, do que comemorar o Natal do Senhor e suas primeirasmanifestações, o que se realiza no tempo do Natal”.

Missal Romano p.105

“Apesar de celebrarmos o Natal todos os anos, em cada um a Criança deBelém chega com novos presentes pendurados na árvore da fé e da amizade.São de cores, formas e tamanhos diversos. Não há repetição nem rotina, porqueo mistério da Encarnação não se esgota em nenhuma realidade ou manifestaçãohumana. Há sempre uma mensagem nova na liturgia natalina, um sorrisodiferente de Jesus, que nos aguarda de braços abertos na noite santa”.

D. Geraldo Majella Agnelo.Cardeal Arcebispo Emérito de Salvador.

Aqui no Abraão foi celebrada a novena do Natal em Família, isto é, novecelebrações realizadas em diferentes casas, as quais foram contempladas atravésde um sorteio. Tendo início no dia 15 a 22 de dezembro e finalizando com a nonacelebração no dia 23 na igreja. Para culminar este ato de fé foi partilhada umaceia natalina com objetivo de celebrar a Vida através da confraternização dosfiéis.

Na Noite de Natal às 21h, a Santa Missa foi celebrada na Matriz de SãoSebastião, pelo Frei Luiz, com a presença maciça dos fiéis, sendo uma solenidadeverdadeiramente cristã em louvor ao Nascimento de Jesus Cristo.

No domingo dia 25, às 19h30min, celebramos a Santa Missa com boaparticipação dos fiéis, pois quem se reúne para celebrar o Nascimento de Jesus,jamais perde o sabor de solidariedade e de justiça.

Continuamos em Festa. É primordial que cada convento tenha nas suas dependências uma capela, a

qual serve para as orações comunitárias e pessoais dos frades, a mesma podendo

ficar aberta ao público em geral, durante as missas. Com este intuito foi inauguradano dia 26 de dezembro a Capela do Convento da Visitação de Nossa Senhora,onde residem os Freis Luiz e Paulo.

Estiveram presentes nesta inauguração os fundadores do Instituto dos Fradesde Emaús: Frei José Anchieta, Frei Luiz e seus confrades Frei Thiago, Frei João,Frei Mariano, Frei Paulo e os aspirantes Wanderlei, David, Rodrigo, Josivan eTúlio; jovens que estão no início de suas caminhadas vocacionais neste Instituto.

Os paroquianos do Frei Luiz marcaram presença na Missa Inaugural eassumiram diversas funções litúrgicas. Após a Santa Missa festiva, foi servidoum delicioso e requintado lanche num ambiente familiar.

O Convento é inspirado na Festa da Visitação de Nossa Senhora à Isabel,onde Maria coloca-se como servidora e missionária ao visitá-la. Ao saber que setratava de uma mulher idosa e grávida não mede esforços em prestar-lhe o seuauxílio.

“Nosso amor à Virgem Maria celebre-se particularmente na festa da Visitação,visto ser ela o exemplo maior de serviço, humildade e obediência a vontade deDeus. Como Ela, somos mães do Senhor” Quando o levamos em nosso coraçãoe em nosso corpo(cf.1Cor6,20) impregnados de amor divino e de consciênciapura e sincera; nós o geramos por uma vida santa, que deve brilhar aos outrospara exemplo (cf.Mt5,16) “ ( Regra de Vida do Instituto dos Frades de Emaúscap.IX, 3º§).

Fotos: Bebel

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- 18 - Jornal da Ilha Grande - Dezembro de 2011 - nº 151

Coisas da RegiãoIGREJA ASSEMBLÉIA DE DEUS

Nos dias 25, 26, 27 e 28 de novembro aconteceu na Assembléia deDeus Ministério Sul Fluminense, a festa de comemoração do 34º ano doCircuito de Oração Estrela da Manhã. Foi uma festividade linda e asirmãs estavam lindas nas suas becas de cor lilás, sendo preletor, nasexta-feira o Ilmo Prº Marcos, dirigente da congregação , no sábado oPrº. Camilo, domingo e segunda o também Ilmo Prº André, foi uma festaregada a profecias, curas e o mais importante de uma festividade, asalvação de almas para o rebanho do Senhor, foram 5 (cinco) almas.

Grupo Circuito de Oração Estrela da Manhã

Só tenho a agradecer a Deus por as senhoras existirem, pois vocêssão a coluna do templo, mulheres de oração que confraternizam eagradecem a Deus pelas vitórias alcançadas e por tudo o que fez naspessoas que abrem o seu coração às irmãs, onde essas pessoas sãoaconselhadas e fazem o que Deus manda através das suas servas.

Faço um agradecimento em especial a uma pessoa que sempre medeu bons conselhos, que é a irmã Jaqueline, mais conhecida como irmãNana; muito obrigado irmã por a senhora existir e ser uma serva deDeus, e agradeço as demais irmãs respeitosamente por fazerem partedeste conjunto, o meu muito obrigado a todas e que Deus continueabençoando as senhoras.

Faça você o mesmo que eu fiz, aceite a Jesus Cristo como seuSalvador e venha fazer parte desta família.

Cesar Ramos Filho

Foi realizado nos dias 08, 09, 10 e 11 de dezembro na Igreja Assembléiade Deus – Ministério de Provetá, localizada na Vila do Abraão, o VIICongresso de Missões com a coordenação do Presbítero SebastiãoDécio de Oliveira juntamente com o Pastor Luiz Carlos Adriano.

Outros EventosOutros EventosOutros EventosOutros EventosOutros Eventos

TTTTTORCIDORCIDORCIDORCIDORCIDA ORGANIZADA ORGANIZADA ORGANIZADA ORGANIZADA ORGANIZADA DOA DOA DOA DOA DOFLAMENGO NO ABRAÃOFLAMENGO NO ABRAÃOFLAMENGO NO ABRAÃOFLAMENGO NO ABRAÃOFLAMENGO NO ABRAÃO

No dia 5 de dezembro, sobgrande agito, foi inauguradaoficialmente, uma grande torcidado Flamengo. Foi no campingAlfa, com grande churrascada ecervejada. Não havia tristeza práninguém, especialmente porque oFlamengo empatou. “Comoconsolo para os vascaínos,sobrou o desespero”. Assimcaminha a humanidade!Normalmente a felicidade dealguns é na desgraça dos outros.

O Tainha que o diga! O empate foi bom porque aqui os flamenguistas e vascaínosse misturam, a diferença é a camisa. Por isso o empate valeu.

Na verdade foi uma tarde alegre, muito descontraída e sem desordem.Observamos na torcida do Flamengo, muita gente “lamentando” o pesadelo

de Vasco, por outro lado se consolavam por saberem que o povo vascaíno sabesofrer. Agüentam rindo o que os outros não agüentam chorando (opinião do povo)

GASTRONOMIA

EAEAEAEAEATRIP – A eTRIP – A eTRIP – A eTRIP – A eTRIP – A expedição gastronômicaxpedição gastronômicaxpedição gastronômicaxpedição gastronômicaxpedição gastronômicaForam quase seis meses

entre estudos preliminares,pesquisa de campo (e de mar),logísticas de traslados, eespecialmente, obtenção dosinsumos para levantar esteprojeto gastronômico pioneiro.

O objetivo: convidar um chefde cozinha para Ilha Grande,um paraíso ecológico que sealcança a partir de Angra dosReis, RJ. Lá, este chef seria

desafiado a preparar pratos com produtos locais, buscando a simplicidade e osfundamentos da gastronomia. Uma busca quase arqueológica no universo dos

Fotos: Karen

Fotos: Enepê

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- 19 -Jornal da Ilha Grande - Dezembro de 2011 - nº 151

Coisas da Regiãosabores.

O premiado chef Shin Koike, do Restaurante Aizome topou o desafio. Apósduas viagens de pesquisa, listou o que encontrou na Ilha: brotos de bambu,frutas nativas, o peixe beijupirá, frutos do mar, vieiras. O conceito do cardápioestava nascendo.

Ilha Grande tem uma pequena comunidade japonesa, de origem okinawana.Pudera: a paisagem é um espelho de Okinawa. Viviam da pesca e produziam odashiko, o peixe seco que é a base para todos os caldos. Mas há certaspreciosidades, ainda hoje preservadas, como o tofu, produzido lá mesmo, com aágua do mar, rico em cloreto de magnésio. Comunhão com o mar, comunhãocom o Japão. Uma ambientação natural propícia para descobrir os fundamentosda culinária japonesa.

Participaram 15 corajosos comensais. Curiosos por compartilhar estaexperiência gastronômica longe do conforto de um restaurante estrelado. Umpequeno público multidisciplinar: chef de restaurante, hair designer, editores,jornalistas, artistas, empresários, gourmets. Todos em comunhão, em busca deum sabor fundamental, em imersão com a natureza.

As refeições foram verdadeiras cerimônias. Rituais de sagração gastronômica.O simples que convida às raízes, onde o menos é o mais. Foi quando osparticipantes descobriram que a felicidade está mesmo muito próxima. Basta sedesapegar. Basta reduzir.

Projeto Eatrip Ilha Grandecom Chef Shin Koike

28 a 30 de Outubro de2011

Concepção: Dô Cultural |Jo Takahashi

Chef convidado: ShinKoike

Colaboração: PousadaNautilus

Patrocínio: KikkomanDivulgação: Made in

Japan

PALESTRA

INSTITUTINSTITUTINSTITUTINSTITUTINSTITUTO FEDERAL DE GOIÁSO FEDERAL DE GOIÁSO FEDERAL DE GOIÁSO FEDERAL DE GOIÁSO FEDERAL DE GOIÁS

Recebemos na sede do Jornal, no dia 17 de dezembro, um grupo do InstitutoFederal de Goiás composto pelos professores Giovanna e Carlos e mais 41alunos do curso de Planejamento Turístico, 5º e 7º períodos para uma palestra.

Eles estavam na Ilha, para um trabalho de Visita Técnica (pesquisa), quepublicaremos o resultado tão logo nos mandem.

Foi ministrada pelo editor do Jornal, Nelson Palma, coadjuvado por KarenGarcia, uma palestra sobre o histórico/cultural da Ilha Grande. Acreditamos pelointeresse na interação, que foi muito positiva, pois ao que vimos, era o quebuscavam saber. Muitas opiniões fortes se apresentaram, mas com objetivoessencialmente construtivo. No mundo atual vivemos um momento de afirmaçõese construção de idéias com possibilidade de grandes divergências e cujas verdadespodem se transformar em incógnitas. O mundo passa por transformaçõesinesperadas e complexas. Conceitos milenares caem por terra e dão lugar anovos tão duvidosos quanto aos milenares, tornando portanto tudo muito complexoaos saberes, especialmente no comportamento humano. Por isso focamos nossaspalestras e nossas opiniões para a discussão. Lançamos muitas vezes idéiaschocantes, sem afirmação de verdade, mas com objetivo de pensar sobre otema. Tem dado bom resultado, pois fogem ao dono da verdade.

Ficamos felizes em recebê-los, voltem sempre e nos mandes matérias para onosso jornal.

Obrigado!N. Palma

ÁRVORE DE NAÁRVORE DE NAÁRVORE DE NAÁRVORE DE NAÁRVORE DE NATTTTTALALALALALNa Pousada Golfinho fez-se

uma árvore de Natal com reusode material descartável muitobonita e de bom gosto. Seriaimportante para o próximo anoque todas as ruas se unissempara fazerem sua árvore de Natal.Nas reuniões para o NatalEcológico 2012, poderemostratar disso. A idéia é cada vezcongregar mais as pessoas paraque o resultado seja de conjunto.Parabéns pela iniciativa e até opróximo Natal.

Foto Karen

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Coisas da RegiãoPPPPPAPAPAPAPAPAI NOELAI NOELAI NOELAI NOELAI NOEL

CONVENTIONCONVENTIONCONVENTIONCONVENTIONCONVENTIONBUREAU DBUREAU DBUREAU DBUREAU DBUREAU DAAAAA

ILHA GRANDEILHA GRANDEILHA GRANDEILHA GRANDEILHA GRANDEDia 18 de dezembro em atividade do

Convention, Papai Noel chegou dehelicóptero e para a alegria das crianças,com muitos presentes. O movimento foigrande e a ansiedade pelos presentesainda maior. Um grande número decrianças e de mães esteve na festa ecurtiram muito.

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Coisas da Região

“Devemos o sucesso deste ano ao exercício de cidadania. Numa democracia,ou se participa, ou se engole tudo em silêncio. Obviamente o leitor nãoentendeu, mas agora vai entender. Um movimento das associações foi ao Prefeitoe conseguiu tirar o festejo de fim de ano, que era feito pela CULTUAR, que nosqueria até então ver pelas costas, e passá-lo para a TURISANGRA, ondefelizmente temos trânsito. O resultado foi um grande show e a harmonia devolta. Por mais absurdo que pareça, em alguns lugares ‘só porrada geracompreensão’. Desculpas aos mais éticos”!

A festa começou no dia 29 com a banda Bangalafumenga com grande público,muito animado que se entregou ao som da banda, foi muito bom.

No dia 30 foi à vez da banda Bloco Brasil, que sob os “acordes molhados” pelachuva, conseguiu fazer uma noite entusiasmada, embora bastante “etilizada” paratorná-la mais quente.

No dia 31, a grande virada para o esperado 2012, foi com a banda Só Lazer.

RÉVEILLONRÉVEILLONRÉVEILLONRÉVEILLONRÉVEILLON, TRES DIAS DE SHOW, TRES DIAS DE SHOW, TRES DIAS DE SHOW, TRES DIAS DE SHOW, TRES DIAS DE SHOWÀ meia noite, como de costume, foi o momento dos fogos e dos cultos à beira da

praia. Este ano a chuva nos castigou sem piedade, “mas o turista é superior aotempo e ninguém arredou o pé”. Todos tiveram um encontrozinho com um desejo àiemanjá. As mesmas cenas se repetem todos os anos, com tributo ao amor, compedidos de saúde, com desejos frustrados querendo revivê-los como desejaria, enfim,a humanidade com a alma escancarada, pedindo alguma coisa ao seu criador. Bonito!O deus Eros também não saia da praia para a alegria de alguns. É um comportamentointeressante e que nos faz pensar. Obviamente não faltaram os pinguços, em simbiosecom o deus etílico, escorregando por viagem sem rumo, mas que mostra o norteverdadeiro de seu interior. E eram muitos. Tinha de tudo, mesmo com muita chuva.

No somatório foi muito bom.Um agradecimento ao Prefeito por nos ter tirado do despotismo da CULTUAR, e

um obrigado à TURISANGRA, por ter-nos salvo o show do ano novo, as parceriasfrutificam melhor. Vamos às fotos, elas falam mais.

Fotos: Bebel e Enepê

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Coisas da Região

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Coisas da Região

Você sabia que: desde 2ª feira (19/12) não vem malote de Angra x Abraão e não saido Abraão x Angra, e as cartas que foram postadas desde 2ª feira ainda estão paradasna agência do Abraão, você sabia?

Então, estamos SEM Correio.Obtive informação de o Correio enviou ofício para as Barcas no dia 17/10, que diz

através da Lei nº 6.538 de 22 de junho de 1978, que as Barcas tem obrigação de fazereste transporte sem acompanhante, e as Barcas diz que só fará o transporte seestiver algum funcionário do Correio acompanhando o malote. Bom, a briga agora éJurídica entre as Barcas e o Correio, enquanto isso, ficamos sem os serviçosessenciais dos Correios. Estou tentando entrar com um mandado se segurançapara resolver de imediato este problema, mas o recesso impede este procedimentoimediato.

VEJA COMUNICADO ATRAVÉS DO E-MAIL QUE RECEBEMOS EM ANEXO.

ELEIÇÃO NA ASSOCIAÇÃO DE MORADORES

De: Bebeto Contador - “Colaborador” e Apoio da Associação de Moradores IG. AMIG.Para: O Eco Jornal

Visando dar informações aos leitores deste Jornal, eu colaborador, informo apedido do Presidente Ademir Pescador, relato abaixo, e por motivo do Presidente nãoter acesso ao e-mail da Associação que está em poder do Vice Luiz Paulo, que nãopassa para o Presidente a Senha deste e-mail da Associação, e tudo que recebe nãorepassa nada para o Presidente, isto é, o Presidente nunca sabe de nada, e por estemotivo esta sendo enviado pelo e-mail particular do Bebeto. E-mail de suaContabilidade.

COMUNICADOAssociação de Moradores da Ilha Grande - AMAIG, inscrita no CNPJ sob o nº

30.320.659/0001-96, localizada na Rua da Praia, s/nº Abraão Ilha Grande A dos ReisRJ, “COMUNICA”, que: devido o GRANDE transtorno provocado pelo Vice-Presidenteem exercício Luiz Paulo em reter em seu poder o livro de Ata da Associação, o Estatutoda Associação e outros documentos, se apropriando indevidamente, e quando oPresidente o solicitou, foi negado, e ele Luiz falando para todo mundo que nãoentregaria, e que levaria para dar entrada no Ministério Público contra o Presidente,abrindo um processo contra ele, e, me impedindo de fazer as eleições biênio 2011/2013, e para defender os interesses da Associação, apesar de ficar envergonhado

pela atitude do Vice Luiz Paulo, afinal fui eu que o indiquei para meu Vice, e, peçodesculpa a sociedade por este erro, e coloco ao conhecimento de todos que deientrada no MP contra o Vice Luiz Paulo, através do processo nº e data WOMPRJSPJARE 201101407593 09122011 13:11:39. para me defender.

Ratifico, informando aos eleitores várias tentativas foram feitas pedindo osdocumentos ao Sr. Luiz Paulo não tendo sucesso, e muito dos senhores sabem, efalou para todo mundo, e por este motivo que não tive condições de fazer as Eleiçõesbiênio 2011/2013, e tudo agora, esta por conta do Ministério Público.

Estou a disposição, e podem escreverem para o Jornal para qualquer debatepara esclarecimento a mais.

Ademir Alves dos SantosPresidente Associação de Moradores-AMAIG

tel.: 024-99590793.

NO MINISTÉRIO PÚBLICO

BARCAS S.A.

“LAMENT“LAMENT“LAMENT“LAMENT“LAMENTAÇÕES NO MUROAÇÕES NO MUROAÇÕES NO MUROAÇÕES NO MUROAÇÕES NO MURO”””””Limpeza na alma, pacificações, defesas, desabafos,

desafetos e pauleira. “É o bicho - A Tribuna é Sua”!

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Coisas da Região

Barcas SBarcas SBarcas SBarcas SBarcas S.A.A.A.A.ABarcas S.A parceira ou inimiga

dos ilhéus?A realidade é que nos últimos

meses a Divisul através do seugerente regional vem tomandoatitudes que podemos classificar deno mínimo desrespeitosa e detamanha falta de bom senso.

Primeiro com a proibição davinda dos malotes do Correio naBarca, deixando assim osmoradores da Ilha sem ascorrespondências, inclusive boletosbancários, causando assim atrasosnos pagamentos dos mesmos,trazendo transtornos para osmoradores que dependemexclusivamente dos Correios paraterem ciência dos seuscompromissos.

Outro problema que futuramenteiremos ter é que o gerente da Divisuldisse em uma reunião, e é ocomentário na Barca, que estápreparando a instalação de umabalança a bordo para pesar ossacos de compras dos moradores,

e as malas dos turistas para queseja cobrado um valor “x “para cadasaco ou mala transportado deacordo com o peso de cada volume.É um absurdo já que os moradoresda Ilha usam a Barca no mínimo trêsvezes por semana e já tem um gastoalto se somando ida e volta, e ocusto de cada passagem, e agoraquerem cobrar mais essa tarifa? Écomo dar uma rasteira nacomunidade da Ilha, e essasdecisões são tomadas sem aomenos dialogar com os moradoressobre esse assunto tão importante.Isso não é possível!!!

Amigos e moradores da Ilha,vamos juntos para essa missão tãoimportante para nós, não podemosassistir A tudo isso de braçoscruzados, a união faz a força eunidos já mais seremos vencidos.

Obs: tirar nosso.... eles querem!Mas nos dar? Vejam as condiçõesque as Barcas nos oferecem!

É morador

COLUNISTCOLUNISTCOLUNISTCOLUNISTCOLUNISTAAAAA IORDAM OLIVEIRA DO ROSÁRIO*IORDAM OLIVEIRA DO ROSÁRIO*IORDAM OLIVEIRA DO ROSÁRIO*IORDAM OLIVEIRA DO ROSÁRIO*IORDAM OLIVEIRA DO ROSÁRIO*

A ECOLOGIA HUMANA É IMPORTANTECUMPRIMENTE

“Dizer bom dia é abrir a janela do bom humor.É começar o dia bem”!

CUMPRIMENTE! DIGA BOM DIA!

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InteressanteNOSSA FNOSSA FNOSSA FNOSSA FNOSSA FAMÍLIA AINDAMÍLIA AINDAMÍLIA AINDAMÍLIA AINDAMÍLIA AINDA CONSEGUEA CONSEGUEA CONSEGUEA CONSEGUEA CONSEGUE

MANTER AS TRADIÇÕESMANTER AS TRADIÇÕESMANTER AS TRADIÇÕESMANTER AS TRADIÇÕESMANTER AS TRADIÇÕESPor Nelson Palma

A família Palma desde a imigração, 1892, já supera o número de 8 mil pessoasno Brasil. Partindo de papai e mamães tenho um saldo de 165 primos e quase todosvivem. Até a geração de meus pais era uma progressão geométrica de razão dez, poraí dá para ver porque somos tantos. A mortalidade infantil próxima de zero e nacorrida do tempo muitos longevos.

Somos uma das poucas famílias que ainda mantêm suas tradições, inclusive agastronômica e o idioma, que é o velho Vêneto, que no Sul tem o nome de Talian.Somos dez irmãos, todos vivos e todos com sustentabilidade satisfatória. Anualmentenos reunimos para lembrar o passado, manter viva a lembrança dos bons tempos, eplantar mais saudade para o amanhã. Só neste ano já nos reunimos duas vezes,uma quando fiz uma matéria sobre Serra Gaucha, março passado, que é de ondevem nossas raízes no Brasil e a outra na casa do irmão Heitor, terceiro na “cronologia”do mais velho para o mais novo, que completou em 9 de dezembro 2011, 70 anos.Foi em sua casa em São Paulo, Alphaville. A partir desta festa, todos que completarem70 anos, deverão fazer a festa em sua casa, com boca livre e hospedagem paratodos. Em cada dois anos haverá duas reuniões por conta disso.

Nesta ocasião, fizemos uma retrospectiva de um passado de 70 anos, nos mínimosdetalhes e foi mais um grande marco para manter viva toda a tradição, transmitir paraos mais jovens como somos e reforçar como um todo a amizade dos membros deuma família que mutuamente se amam.

Nós resistimos ao mundo globalizado, mas o mundo globalizado já não entendeisso, as pessoas vivem cada um por si e vítimas da dispersão natural que o homemimplantou no planeta como cultura globalizada. Não sei se será bom, nós preferimoso nosso jeito simples de viver e gregários como a espécie humana sempre determinou.Nós nos apoiamos, nós nos ajudamos nós nos preocupamos uns com os outros, evivemos como um grupo que sente a necessidade o prazer de estar unido, “uma triboperfeita, mas sem cacique e sem guerreiros”. As reuniões são espontâneas e muitoprazerosas. As nossas reuniões trazem como qualidade de vida o resultado de umSPA, com a diferença de serem muito barulhentas. “Chegamos a falar cinco cadavez”! Até isso conservamos das raízes. Tenho um sobrinho que é “sãopaulino”, sofremuito, e só sobre o time ele gastou nada menos que quatro horas se somarmostodos os inícios e todos os cortes obrigados pela exaustão de glorificar vitórias elamentar derrotas. “O sãopaulino é acima de tudo um forte, já dizia Euclides daCunha”! Calma cara! Humor também é parte integrante da nossa cultura! “Ele seputifica quando o cutucamos com vara curta”. Brincadeira é meu amigão!

Vejam a vinda da Europa. Foi uma epopéia, alem de terem usado muito bem “ocrescei e multiplicai-vos:

Nossa família a partir da imigração (viemos de Legnago, pertinho de Verona –Vêneto, Italia):

De meus bisavós: Andrea Palma (nascido em12/12/1842) e Domênica Schivo,descenderam os seguintes filhos (todos imigrantes. Com meu bisavô vieram todosos seus irmãos, ele era o mais velho, mas não posso descrevê-los aqui porque oespaço do jornal não permite):

Filhos do bisavô:Giovani Palma casado com Giosepina Bonamigo.Filhos: José, Silvio, Virgilio, Adélia, Julia, Augusta, e Maria.Maria Palma casada com Raymundo Tagliari.Filhos: Julio, Marcedes, José, Antonio, Emilio, Adelaide, Atilho, Maria, Alberto,

Albino, Laurentino, Noemi, Eugênio, Luiz e Catarina.Vittorio Palma, não tenho dados.Emílio Palma, casado com Pierina Zanquet.Filhos: Rosa , Marcelo, Natalina, Daniel, Artur, Armida, André, Valentim,

Giacomina, Caetano, Domingos, Helio, Albina e Fortunano.

Hermínia Palma, casada com Batista Ghirelli.Filhos: Francisco, Ângelo, Vitório, Maria e Terezinha.Ernesto Palma, casado com Romilda Casella, este é meu avô e caçula desta

família, imigrou da Itália com 4 anos de idade.

Filhos: Dileta, Amélio (meu pai), Assunta, Belarmino, Dominga, Elvira, Maria,Leonora, Renato e Eliezer

De Amélio Palma, Casado com Angela Belusso Palma (meus pais)descenderam: Nelson, Israel, Heitor, Maria, Helena, Abel, Davi, José Eloi, Franciscoe Pedro.

O bisavô era “posudo” e verdadeiro patriarca. Até a geração de meu pai a famíliaera patriarcal, mas a “nona” (avó), opinava forte, até com poder de decisão.

Heitor foi o que completou 70 anos e dono da festa, três dias.Teria muito a falar sobre nossa trajetória da vinda da Itália e no Brasil, mas não dá.

Vamos às fotos, que têm cara de “balaio de gatos”, mas garanto que não é.Em comum com a Ilha Grande, temos o Lazareto, pois minha família ao chegar

ao Brasil fez quarentena na Ilha das Flores, baia de Guanabara, hoje, pertinho daponte Rio-Niterói.

Grande parte dos presentes, nunca deu para reunir todos em uma foto.

Os irmãos que puderam estar presentes.

Este japonês é parente por osmose.Nasceu em Okinawa, após salvo deuma tsunami, estudou nos Estados

Unidos, agora se diz brasileiro. Gostada pesca predatória, mas sua

vocação é ambientalista. “Se nãoabrir o olho acabará preso”.

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Interessante

Este é o aniversariante, dono da festa e pagante. Tava tão feliz que parecia pintono lixo!

Minha cunhada,Ana, diz ter raízes

espanholas,através dos

mouros, com umapitadinha de índio

adquirida no Brasil,por isso fez uma

paella de frutos domar, que ficou na

história de tão boa.Mulher é sempre

vencedora,conseguiu quebrar

a tradiçãogastronômica dosPalma, mas valeu.

Este é nossoamigo Paulo,

italiano falsificadono Paraguai, que

diz ter origensbascas, por isso

fez uma paella decarne que ficoumuito legal! Eletem sempre umargumento para

derrubar qualquertese, desta veztentava provar

que a paella veioda Itália para a

Espanha, mas opovo só engoliu aPaella, a tese não!

No domingo, já que quebramos a tradição gastronômica, fizemos umachurrascada bem ao Rio Grande.

Estes são os participantes que couberam naobjetiva da máquina, tinha muito mais.

D. Irtis curtiu a festa com muita intensidade entre as amigas

Desculpem os leitores, mas o tom jocoso e/ou humorista é a nossa cara, porisso está presente em toda parte.

Até o ano que vem!

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InteressanteO BullyingO BullyingO BullyingO BullyingO Bullying

Todos sofrem com o Bullying, mas uma pessoa pode fazer a diferença.Tinha uma menina loira, magra e pequena, só por isso os garotos zombavam

dela, alguns garotos chamavam ela de loira do banheiro, mas ela não ligava.Depois de um tempo essa menina se mudou para outra escola, onde todo

mundo era muito legal, os garotos e as garotas brincavam sem ofender.Mas infelizmente essa menina teve que voltar para a antiga escola, onde ela

ganhou outro apelido, agora anãzinha... E até da escada ela foi empurrada, ela jánão aguentava mais, não teve outra escolha, chamou o pai, e eles foram falarcom a diretora, depois de muita conversa meu pai foi assinar alguns papéis e foiembora.

O garoto deve ter tomado a maior bronca, pois ele nunca mais mexeu comigo.Se você tiver esse problema também, não agrida a pessoa, somente fale com

seu pai ou com a diretora, que as coisas se resolvem. Nada se resolve combriga.

Texto escrito por: Luize Egger Mac CormickIdade: 10 anos

CONTO: DIA DE VISITA

TEMPOS DO PRESÍDIOTEMPOS DO PRESÍDIOTEMPOS DO PRESÍDIOTEMPOS DO PRESÍDIOTEMPOS DO PRESÍDIOp/ Sergio Orestes Ribeiro

Quarta-feira, 7 de outubro de 1981, foi um daqueles dias festivos no Instituto PenalCândido Mendes na Vila Dois Rios - Ilha Grande - estado do Rio de Janeiro, pois era

dia de visita aos internos daquele estabelecimento prisional.Ainda de madrugada, em Vigário Geral, depois de descer às carreiras a escadaria da

favela aonde residiam ela e seus cinco filhos menores, Oswaldina, parda, 37 anos, foi terà parada e ônibus mais próxima de seu barraco, distante cerca de três quilômetros. Ali,prostrados pela negritude e pelo frio da madrugada, esperaram pacientes pelo ônibusque os levaria às imediações da Avenida Brasil, de onde tomariam uma nova conduçãocom destino ao longínquo e bucólico município de Mangaratiba, ponto de embarque paraa Ilha Grande.

Deivid, o filho mais velho de Oswaldina, 9 anos, depois de urinar no muro atrás de si,agachou-se perto da mãe, de onde passou a choramingar queixando-se de dor de barriga.

Os outros quatro, Charlene, Messias, Julião e Charlesdavinson, sete, seis, quatro edois anos respectivamente, chupavam, ou melhor, engoliam balas de jujuba que sua mãehavia comprado no dia anterior, para matar a fome de todos durante a longa viagem.

Em outro ponto do subúrbio carioca, justamente em Inhoaíba, Rosalina, mulata bonitade corpo, 27 anos, três filhos, aguardava o trem “Matadouro”, que a levaria e à sua prole aobairro de Santa Cruz, zona rural da “cidade maravilhosa”. O que havia em comum entreestas duas famílias? Bem, ambas as mulheres pretendiam, naquela data, no presídio daIlha Grande, visitar o amante “Jorjão”, 39 anos, ex-chefe do tráfico no Vidigal, membro ativodo Comando Vermelho e pai daquelas oito crianças. Dá-se que as duas já se conheciamde longa data, não obstante a diferença geográfica havida entre suas áreas de atuação.

Oswaldina era faxineira, sem emprego fixo, e operava na baixada fluminense, enquantoque Rosalina, atraente como era, meretriciava na região da Lapa, claro, sem o conhecimentode “Jorjão”.

Em outras oportunidades, quando o destino às colocara frente a frente, por motivo deciúmes, espinafraram-se e partiram para as vias de fato, tendo uma vez sido presas, mashoras depois liberadas. “Jorjão” soube do fato e as advertiu severamente, dizendo quejamais as perdoaria se tais quiproquós viessem a se repetir.

Após os percalços naturais da viagem, cansadas e apoquentadas pelos filhos,Oswaldina e Rosalina finalmente chegaram à Mangaratiba. A área próxima do cais deembarque estava repleta de visitantes. Mulheres se engalfinhavam; homens discutiam;crianças gritavam e corriam; ambulantes apregoavam aos berros seus produtos; uminferno enfim. No meio do pandemônio, parece que para agravar mais a situação reinante,eis que as duas, naquele exato momento, se avistam. Oswaldina, à moda dos boxeadores,encara Rosalina que, atrevida, sustenta o olhar de naja da outra. Se aproximando devagar,Oswaldina rosna: -Se tu pensa que vai se encontrar com ele hoje, sua p..., pode ir tirandoo cavalinho da chuva, porque antes eu vou te arrebentar toda!

Com muita calma e frieza, Rosalina responde: - Tu tá é com ciúme, sua vaca filha dap...Só porque eu sou uma gata e a preferida do “Jorjão”? Pois tu vai ver!

Sem poder se conter, depois de ouvir a réplica desaforada de Rosalina, Oswaldinaavança e dá-lhe uma potente porrada, jogando-a ao chão. Como era só mais uma briga, amultidão acorre ao local e se divide logo em duas torcidas. Uns torcem por Oswaldina,enquanto que outros, pela vistosa Rosalina. Sem dar atenção à balbúrdia, as duas trocamsocos, tapas e pontapés, entremeados por puxões de cabelo e palavrões. Os filhos dasduas, apavorados, se encolhem em um canto em torno dos mais velhos. Em dado momento,para alívio das duas briguentas, chegam dois cabos da PM e acabam com o tumulto. Amultidão se dispersa e corre para embarcar no “Tenente Loretti”, pois já está na hora dapartida para a Ilha Grande. Oswaldina e Rosalina, emburradas e com a cara cheia dehematomas e arranhões, uma sentada na proa e outra na popa da embarcação, finalmentese aquietam.

Em Vila do Abraão, aonde desembarcaram sem maiores transtornos, todos os visitantessão diretamente conduzidos às instalações do destacamento da PM local, para a revistade praxe.

– Mulheres para cá; homes para lá, berrava o sargento de serviço. As mulheres, queeram infinitamente mais numerosas que os homens, foram transferidas para uma salabastante ampla, na qual existiam dois biombos próprios para a inspeção individual. Ali,elas se despiram e foram revistadas por duas funcionárias do sistema. Suas bagagens

foram vistoriadas, assim como suas roupas e partes íntimas. Terminado o demoradoe constrangedor procedimento, foram apreendidos: Uma navalha sueca, que estavaescondida dentro de um bolo de aniversário; dois canivetes; três pequenos punhais; meioquilo de maconha prensada; uma lata de cola de sapateiro; duas lâminas de serra; umalicate; meio metro de corrente; uma colher de pedreiro e, até agora ninguém sabe direitopara qual finalidade, uma imitação de língua humana...de silicone.

Oswaldina e Rosalina, muito a contragosto, foram embarcadas no mesmo caminhãomarca Chevrolet “Marta Rocha” com destino à Vila Dois Rios. Aproveitando os solavancosdo veículo, elas se olhavam de esguelha, espreitando-se. Lá chegando, desembarcaramem frente ao já arruinado presídio. Após ouvirem as recomendações e explicações doaustero chefe da segurança, foram introduzidas no pátio, aonde receberam seus visitados.Era uma verdadeira festa e a criançada era o ponto alto. Homens e mulheres se abraçavame beijavam, assim como alguns “homens” e homens. O alarido era intenso. Os presenteseram entregues em meio a muita emoção e alegria. Todos sorriam e confraternizavam.Um pastor evangélico que viera com a turba, reuniu um grupo que não estava sendovisitado e iniciou uma acalorada pregação. Destoando da multidão, mas confiante,Oswaldina esperava a um canto, junto com seus filhos. No seu íntimo, ela estava ciente deque não era a mais nova, a mais bela, a mais gostosa das mulheres de “Jorjão”. Noentanto, para seu prazer secreto e pessoal, ela sabia ser capaz de fazer com ele coisasque as demais sequer eram capazes de imaginar. -Não tem problema não, minha vez vaichegar! – Quem ri por último ri melhor! -murmurava de si para si mesma. Não demoroumuito e lá estava descendo as escadas a sua rival. Aproximando-se de Oswaldina, ela lhesussurrou: - Suba sua p... que “nosso homem” te espera. Sem aguardar qualquer resposta,Rosalina se afastou com seus pequenos.

“Jorjão”, por ter sido um respeitado chefe do tráfico e membro destacado do proscritoComando Vermelho, há muito conquistara certas regalias com a conivência do diretor dapenitenciária, incluindo o poder de receber suas visitas em um ambiente privativo e exclusivo,no qual se reunia amiúde com seus advogados e asseclas externos e internos.

Quando lhe convinha, “Jorjão” recebia ali também suas amantes, como se o lugarfosse seu parlatório particular. Conhecedora que era dos caminhos para chegar ao amante,Oswaldina para lá se dirigiu. Depois de confraternizar-se com os filhos, “Jorjão” pediu quefossem brincar num cômodo anexo e ficou a sós com ela.

-Dina, que diabo é isso mulher!- Já não te disse que não quero você e a Rosa brigandopor minha causa? -Quem vocês pensam que são? As donas do pedaço? -Já disse pra elae vou repetir prá você: Mais uma graça dessas e vou pegar as duas de porrada! – Tôavisando, hein! -Já to de saco cheio dessas encrencas entre vocês!

-Tudo bem, meu amor! –De agora em diante eu e ela não vamos mais brigar, tá? –respondeu falsamente pesarosa Oswaldina. -Agora chega de jogar conversa fora e vem“nhanhá” com tua preta! - convidou.

Como se o dia houvesse encolhido em várias horas, a sirene, lembrando o som dosalertas antiaéreos ouvidos durante a 2ª grande guerra, informou o fim do horário de visitação.

Na estrada, já no caminhão, no sentido da Vila do Abraão, Oswaldina fazia gestosobscenos para Rosalina, que revidava xingando-a com os lábios, sem emitir qualquersom:

-Vagabunda! - Filha da p...! -Vaca!Na barca, para desespero dos turistas e em meio à fuzarca e ao júbilo causado pela

sensação do dever cumprido, alguém gritou para alguém:-”Quarta-feira tamo de volta”!

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Cantinho da SabedoriaCantinho da SabedoriaCantinho da SabedoriaCantinho da SabedoriaCantinho da Sabedoria“Ouve com paciência e fala construindo.” (Emmanuel)“Na sua mão está a chave do seu destino.” (Lourival Lopes)“Amigo é alguém que nos conhece a fundo, e não obstante nos quer bem.”

(E. Hubbard)“Quem reconhece a própria ignorância vislumbra a sabedoria.” (Confúcio)

Colaboração do seu TULER

Interessante

“A criação de uma área protegida é uma confissão de suicídio. Umasociedade que precisa proteger a natureza de si mesma não pode estarcerta.”

José LutzembergerColaboração: Juliana Fernandes

Cantinho da SaudadeCantinho da SaudadeCantinho da SaudadeCantinho da SaudadeCantinho da Saudade

TRIBUTO À AUGUSTO MACHADO, BOLINHO.

A vós menino, rei das ondas deLopes Mendes.. onde estarás?

Alteza que navegou neste mar dealém

Uma vez sonhei neste mar...Neste paraíso

Grande beleza jovem, quepereceu na flor da idade

Uma vez lembrei, na poesia dagrandeza de você

Senhor das ondas... Menino quepartiu

Tua lembrança, estará retratadanesta ilha

Onde o sonho dos jovens nasce,existe flor.

Porque o criador nos cedeu oprivilégio de criar os mais belosnavegadores..

Velejadores que surfam nestemar de amor,

Mas, a surpresa da vida nos ceifa a amizade viver. Porque vocêpartiu...

Seus amigos, seus pais, estão órfãos..Do grande príncipe das ondas dessa ilha, Mas lembraremos sempre de estar ao teu lado, Amigo, irmão, filho...Porque o amanhã não é nosso...Será sempre hojePorque viverás eternamente em nossos corações.

Tenho dito: obrigado por você estar conosco.Martins Mendonça (Gaúcho).

MINEIRIM

SÓ NÓIS MINERO MEMO UAI QUE TEM INTELIGENÇA

Seu Zé, mineirinho de GUAXUPÉ, pensou bem e decidiu que osferimentos que sofreu num acidente de trânsito eram sérios o suficientepara levar o dono do outro carro ao tribunal. No tribunal, o advogado doréu começou a inquirir seu Zé:

- O Senhor não disse na hora do acidente ‘Estou ótimo’?E seu Zé responde:- Bão, vô ti contá o que aconteceu. Eu tinha acabado di colocá minha mula

favorita na caminhonete....- Eu não pedi detalhes! - interrompeu o advogado. - Só responda à pergunta:

O Senhor não disse na cena do acidente: ‘Estou ótimo’?- Bão, eu coloquei a mula na caminhonete e tava descendo a rodovia...O advogado interrompe novamente e diz:- Meritíssimo, estou tentando estabelecer os fatos aqui. Na cena do acidente

este homem disse ao patrulheiro rodoviário que estava bem. Agora, várias semanasapós o acidente ele está tentando processar meu cliente, e isso é uma fraude.Por favor, poderia dizer a ele que simplesmente responda à pergunta.

Mas, a essa altura, o Juiz estava muito interessado na resposta de seu Zé edisse ao advogado:

- Eu gostaria de ouvir o que ele tem a dizer.Seu Zé agradeceu ao Juiz e prosseguiu:- Como eu tava dizeno, coloquei a mula na caminhonete e tava desceno a

Rodovia quando uma picape travessô o sinal vermeio e bateu na minhaCaminhonete bem du lado. Eu fui lançado fora do carro prum lado da rodovia e amula foi lançada protrolado. Eu tava muito ferido e não podia me movê. Mais eupodia ouvi a mula zurrano e grunhino e, pelo baruio, percebi que o estado dela eramuito feio. Em seguida o patrulero rodoviário chegou. Ele ouviu a mula gritano ezurrano e foi até onde ela tava. Depois di dá uma oiada nela, ele pegô o revorve eatirôx 3 veiz bem no meio duzôio dela. Dipois ele travessô a estrada com a armana mão, oiô para mim e disse:

- Sua mula estava muito mal e eu tive que atirar nela. E, como o senhor estáse sentindo?

- Aí eu pensei bem e falei: ... Tô ótimo Colaboração: Hilda Maria

COSAF – OSVALDO AFONSO REDE DE ENSINO

O COSAF objetiva colaborar para a construção do

conhecimento, valorizando a interdisciplinaridade e despertando

o senso crítico do aluno, de modo que sua aprendizagem e seu

comportamento estejam pautados na ética, no respeito às

diferenças, para o desenvolvimento pleno do exercício de

cidadania a que todos têm direito.

Venha para o COSAF !

Telefone : (24) 3365-1753

Luciana Pereira

Orientadora Educacional / Coordenadora de eventos

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DiversosEDITAL DE CONVOCAÇÃO

A Liga cultural Afro Brasileira convoca os seus associados para a AssembléiaOrdinária, a realizar-se, na Casa de Cultura – Rua de Praia s/n na Vila do Abraão,Ilha Grande – Angra dos Reis, no dia 14 de janeiro de 2012, às 14hs em 1ºconvocação e às 14h30min, ultima convocação, para tratar dos seguintes assuntos:

Leitura da ata da reunião anterior;Apresentação dos trabalhos desenvolvidos pela gestão em 2010/2011;Apresentação de novos sócios e aprovação em assembléia;Apresentação do Novo estatuto da entidade e aprovação em assembléia;Apresentação de novos candidatos à direção da Entidade;Eleição da Nova diretoria para o biênio 2012/2013.

Felipe Gustavo Pires Barbosa.DIRETOR

Angra dos Reis 15/12/ 2011

FINANCEIRO - OSIGBalancete do terceiro trimestre 2011

Saldo do Trimestre Anterior R$ 1.959,03RECEITADOAÇÕES NATAL ECOLÓGICO 2011.O Eco Jornal R$ 500,00Pousada Juliana R$ 200,00Pousada Sanhaço R$ 150,00Pousada Portal dos Borbas R$ 50,00Pousada Caiçara R$ 250,00Pousada Ancoradouro R$ 200,00Bar Amarelinho R$ 60,00Pousada Mar Azul R$ 300,00Pousada Solar da Praia R$ 200,00Pousada Pedacinho de Céu R$ 100,00Pousada Bossa Nova R$ 500,00Pousada Aconchego R$ 150,00Pousada Alfa R$ 200,00Restaurante O Pescador R$ 200,00Restaurante Rei dos Caldos R$ 50,00Kebab Lauge R$ 100,00Café do Mar R$ 100,00Pousada Ilha Grande R$ 100,00Restaurante Toscanelli R$ 200,00Pausada Tropicana R$ 100,00Restaurante Rei da Moqueca R$ 100,00Riacho dos Cambucás R$ 200,00Pães e Cia R$ 100,00Pousada Mara e Clod R$ 160,00Pousada Lonier R$ 200,00Pousada Mata Nativa R$ 200,00Armazem Bier R$ 200,00 R$ 4.870,00

Venda de Camisetas R$ 150,00 R$ 5.020,00ANUIDADESAntonio Fernandes Leite R$ 120,00Andrés Sandalic R$ 120,00Núbia Reis R$ 120,00Karen Garcia R$ 120,00 R$ 480,00 R$ 5.500,00TOTAL R$ 7.459,03

DESPESASNATAL ECOLÓGICO 2011Idílio Mat. de Construção R$ 40,60Refeições – Biergarten R$ 322.52Refeições – Rest. Dom Mario R$ 137,60Compra - Mat. Elétrico R$ 87,30Compra - Iluminação e Mat. Elétr. R$ 721,71Paes – Recup. Casa Caiçara R$ 300,00Som – Marcelo Russo R$ 2.100,00Apoio Prof. Carlos MonteiroDespesas de Viagem – 21/10/2011 R$ 150,00 17/12/2011 R$ 385,80 19/12/2011 R$ 282,00 R$ 4.527,53OPERACIONALRegistro de Ata de Diretoria R$ 115,60Registro de ata da AG R$ 115,60 R$ 231,20 R$ 4.758.73Saldo para o 1º Trimestre 2012 R$ 2.700,30Total R$ 7.459,03

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