eco vocacional [dez/2011]

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Associação dos Auxiliares Marianos A n o X V I - N ˚ 1 8 6 - d e z e m b r o d e 2 0 1 1 Caros padrinhos e madrinhas vo- cacionais e leitores do Eco vocacio- nal, começo esta mensagem de final de ano citando o Documento de Apa- recida. “Não temos outro tesouro a não ser este. Não temos outra felici- dade nem outra prioridade senão a de sermos instrumentos do Espírito de Deus na Igreja, para que Je- sus Cristo seja encon- trado, seguido, amado, adora- do, anunciado e comunicado a todos, não obs- tante todas as dificuldades e resistências.” (Docu- mento de Aparecida, pag. 15). Penso que para iniciarmos este tra- balho de, encontrar Jesus Cristo, segui- -Lo, ama-Lo, adora-Lo e anuncia-Lo, precisamos ter como ponto de partida para nosso aprendizado a noite de na- tal. Como Deus veio a nós? São Lucas nos diz que: “Foram a Belém e encon- traram Maria e José, e o recém-nas- cido deitado na manjedoura”. (Lc. 2,16). Deus veio ao nosso encontro na simplicidade da noite do natal sendo colocado em uma manjedoura. Vendo o menino Deus nesta cena, nós inicia- mos o que o Documento de Aparecida nos pede. O primeiro ato é contemplar a majestade, grandeza e o poder de Deus dentro da manjedoura no rosto de um recém-nascido e ir crescendo com Ele, Nele e por Ele para ir diminuin- do em nós aquilo que pertence somen- te a este mundo. “Se Deus vem a este mundo como criança, é para nos liber- tar de nossa megalomania de querer- mos ser sempre fortes e independentes. Jesus adverte-nos a nos tornarmos como crianças. Caso contrário, nunca chega- remos ao Reino dos céus (cf Mt.18,3). As crianças são capazes de se surpreender. Estão abertas para o novo. Querem aprender, sondar por si mesmas como é a vida. Elas não apenas confiam nos outros. As crian- ças se envolvem. Elas podem se perder numa brincadeira. Sabem estar por intei- ro no momento, sem se deixar perturbar por pressões e expectativas. Vão ao en- contro das pessoas, de coração aberto, sem segundas intenções ou preconcei- tos. Confiam em seu sentimento. Fazem o que concebem interiormente pelo sentimento.” (GRUN, Anselm. Natal. Ce- lebrar um novo conceito. Festa entre os tempos. Ed. Loyola, pag.63.). Desejo a todos um feliz e san- to natal. Que Deus na sua infinita gran- deza e majestade, expressada a nós na simplicidade da noite de natal, dentro da manjedoura, no rosto de uma sim- ples criança, vos abençoe e vos encha de paz e alegria. Depois de contemplar o menino Deus, na noite de Natal, possa acontecer com todos vocês o que acon- teceu com os pastores depois de terem encontra Maria, José e o recém-nascido: “Os pastores retiraram-se, louvando e glorificando a Deus por tudo o que ti- nham visto e ouvido, de acordo com o que lhes tinha sido dito.” (Lc 2,20). De- pois desta experiência seremos discípu- los e missionários de Jesus. Que Deus vos abençoe. Pe. Leandro Ap. da Silva, MIC Superior Provincial

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Boletim produzido pela Congregação dos Padres Marianos. Dezembro de 2011. Nº186

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Page 1: ECO Vocacional [dez/2011]

Associação dos Auxiliares Marianos

Jesus: nosso maior tesouro

Ano XVI - N˚ 186 - dezembro de 2011

Caros padrinhos e madrinhas vo-cacionais e leitores do Eco vocacio-nal, começo esta mensagem de final de ano citando o Documento de Apa-recida. “Não temos outro tesouro a não ser este. Não temos outra felici-dade nem outra prioridade senão a de sermos instrumentos do Espírito de Deus na Igreja, para que Je-sus Cristo seja encon-trado, seguido, amado, adora-do, anunciado e comunicado a todos, não obs-tante todas as dificuldades e resistências.” (Docu-mento de Aparecida, pag. 15).

Penso que para iniciarmos este tra-balho de, encontrar Jesus Cristo, segui--Lo, ama-Lo, adora-Lo e anuncia-Lo, precisamos ter como ponto de partida para nosso aprendizado a noite de na-tal. Como Deus veio a nós? São Lucas nos diz que: “Foram a Belém e encon-traram Maria e José, e o recém-nas-cido deitado na manjedoura”. (Lc. 2,16). Deus veio ao nosso encontro na simplicidade da noite do natal sendo colocado em uma manjedoura. Vendo o menino Deus nesta cena, nós inicia-mos o que o Documento de Aparecida nos pede. O primeiro ato é contemplar a majestade, grandeza e o poder de Deus dentro da manjedoura no rosto de um recém-nascido e ir crescendo com Ele, Nele e por Ele para ir diminuin-do em nós aquilo que pertence somen-te a este mundo. “Se Deus vem a este mundo como criança, é para nos liber-tar de nossa megalomania de querer-mos ser sempre fortes e independentes.

Jesus adverte-nos a nos tornarmos como crianças. Caso contrário, nunca chega-remos ao Reino dos céus (cf Mt.18,3). As crianças

são capazes de se surpreender. Estão abertas para o novo. Querem aprender, sondar por si mesmas como é a vida. Elas não apenas confiam nos outros. As crian-ças se envolvem. Elas podem se perder numa brincadeira. Sabem estar por intei-ro no momento, sem se deixar perturbar por pressões e expectativas. Vão ao en-contro das pessoas, de coração aberto, sem segundas intenções ou preconcei-tos. Confiam em seu sentimento. Fazem o que concebem interiormente pelo

sentimento.” (GRUN, Anselm. Natal. Ce-lebrar um novo conceito. Festa entre os tempos. Ed. Loyola, pag.63.).

Desejo a todos um feliz e san-to natal. Que Deus na sua infinita gran-deza e majestade, expressada a nós na simplicidade da noite de natal, dentro da manjedoura, no rosto de uma sim-ples criança, vos abençoe e vos encha de paz e alegria. Depois de contemplar o menino Deus, na noite de Natal, possa acontecer com todos vocês o que acon-teceu com os pastores depois de terem encontra Maria, José e o recém-nascido: “Os pastores retiraram-se, louvando e glorificando a Deus por tudo o que ti-nham visto e ouvido, de acordo com o que lhes tinha sido dito.” (Lc 2,20). De-pois desta experiência seremos discípu-los e missionários de Jesus.

Que Deus vos abençoe.

Pe. Leandro Ap. da Silva, MICSuperior Provincial

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A missão dos Marianos aqui nas Fi-lipinas começou em 2008. Como uma oferta de ação de graças pelo dom que a Congregação recebeu para a Beatifica-ção do nosso Fundador, Beato Estanislau Papczynski, os Padres Marianos aceita-ram o convite dos oficiais da Igreja nas Filipinas para continuar promovendo o Carisma da Congregação, e a espalhar a mensagem da Divina Misericórdia, uma de suas obras apostólicas. Os membros da Congregação dos Marianos da Ima-culada Conceição foram os promotores oficiais da mensagem da Misericórdia Di-vina desde 1941.

O primeiro grupo de Marianos que chegaram às Filipinas, em Junho de 2008, foram: Os padres Jan Migacz, Mariusz Jarząbek e Walerian Pozniak.

Atualmente, trabalham aqui sete Ma-rianos: seis poloneses e um norte ameri-cano. Seis deles servem no Santuário da Divina Misericórdia, na cidade de El Sal-vador, em Mindanao. São eles os padres: Jan Migacz (superior do vicariato asiáti-co), Walerian Pozniak, (reitor do santuá-

rio) Mariusz Janiszewski (mestre de novi-ços), Klaudiusz Rokicki, Dariusz Drzewiecki, e James Cervantes.

Em Manila, na cidade de Manda-luyong, auxiliando o reitor de outro San-tuário da Divina Misericórdia, está o pa-dre Mariusz Jarząbek.

Na casa religiosa do noviciado mo-ram: Anthony, João Bosco, Vinso, e Victor (indianos), o padre Paul (chinês); Adolfo (Australiano) e Winmart (filipino). Os no-viços foram admitidos ao noviciado, em 24 de maio de 2011, no dia da Festa de Nossa Senhora Auxiliadora dos Cristãos. Esta é a primeira turma de noviços nas Filipinas. O evento marcou o início de um novo capítulo da formação para a Congregação dos Marianos da Imaculada Conceição para o período de 2011-2012.

Que Deus abençoe no mundo a todos os Auxiliares Marianos, padrinhos e ma-drinhas vocacionais e, todos os amigos das missões marianas no Brasil.

Pe. Mario Janiszewski, MIC e Nov. Adolfo Lay

Filipinas: terra de missão

Durante a celebração eucarística, o ir-mão Edmar Eing recebeu o Ministério do Acolitato, no dia 24 de novembro, às 19h, na Capela do Seminário Maior em Curitiba.

O acólito deve cuidar do altar e ajudar o diácono ou sacerdote nas ações litúrgi-cas, sobretudo na Missa. Bem como dis-tribuir a Sagrada Comunhão. Em ocasiões extraordinárias pode expor e repor a Sa-grada Eucaristia para a adoração pública dos fiéis, mas não pode dar a benção com o Santíssimo Sacramento. Eing disse que “este é mais um passo em minha cami-nhada vocacional. Estou muito feliz”.

Ir. Thiago Radael, MIC

Irmão Edmar recebe o Acolitato

Foto: Thiago Radael

Page 3: ECO Vocacional [dez/2011]

Este boletim é produzido graças à doação de benfeitores. Colabore nos fazendo uma doação.

Faça seu cadastro e envie para: Caixa Postal 8968 - CEP 80611-970 - Portão - Curitiba - PR.Nome: .............................................................................................................................................. Data de nascimento: ............./.............../.............. Endereço: ...............................................................................................................................................................................................................................CEP: ...................-.............. Cidade: ........................................ Bairro: .................................. Estado: ............. Telefone: (.......).................-.................Caro Padre Claudio, ( ) Desejo assinar o Eco Vocacional durante um ano. ( ) Quero enviar uma contribuição de R$................... para ajudar o Seminário dos Marianos a formar novos sacerdotes. ( ) Efetuei depósito em conta corrente. Banco Bradesco, agência: 3286 Conta: 67.080-4.

A ideia deste artigo surgiu a partir de um título de um dos capítulos de uma obra destinada aos jovens do monge beneditino Anselm Grün: “A Fé dos Jovens” (Petrópolis, RJ: Vozes, 2010). Grün é um dos maiores es-critores de obras espirituais e de autoajuda da atualidade. Ao ler o seguinte capítulo: “Por que vale a pena viver?” e tendo contato com jovens no acompanhamento vocacio-nal, percebi que esta pergunta é muito co-mum entre eles.

Tudo está sem sentido, será que vale a pena viver? Não posso ter a responsabi-lidade de colocar filho no mundo porque tudo está ficando cada vez pior. O meio ambiente está cada vez mais sendo destru-ído. A violência aumenta, principalmente em nosso país. Sair na rua é um grande pe-rigo. A vida está se tornando menos digna de ser vivida. Estes são questionamentos que surgem e que nos deixam assustados diante da falta de esperança.

A resposta apresentada por Anselm Grün diante dos diversos questionamen-tos é a fé: “A fé nos diz que toda vida tem seu valor”. Mesmo quando a vida nos “pas-sa a perna”, ou quando estamos doentes, traumatizados e sem perspectivas é possí-vel encontrar sentido na vida. Nossa meta deve ser sempre Deus, mesmo com as ad-versidades devemos ir em Sua direção. E a fé nos fortalece para não desanimar se algo difícil nos atingir.

Mais um ano se finda e é comum vir à tona a seguinte questão: “Como o ano pas-sou rápido, não consegui realizar quase nada; o que será que fiz neste ano?” Den-tre os jovens que procuram responder ao chamado de Deus surgem muitas inquieta-ções. As “vozes” do mundo procuram aba-far a voz de Deus e a juventude fica perdida dentro de uma cultura em que tudo é per-mitido. Mas, no fundo os jovens anseiam pela vida plena. Este anseio se dirige em

última análise a Deus, mesmo que mui-tos não se considerem ligados a Ele. “Mas sempre que desejo apaixonadamente al-guma coisa, quer seja uma vida realizada, ou a felicidade, o amor, o sucesso, o êxta-se, uma vida cheia de sentido, desejo em suma Deus”.

Grün encerra o capítulo do livro com algumas reflexões que vale a pena ser transcritas aqui: “Coloque para você bem pessoalmente a pergunta: Por que vale a pena para mim viver? O que me pren-deria à vida mesmo que estivesse doente ou demente? Talvez você tenha dificul-dade de encontrar uma resposta pessoal a essas perguntas. Mantenha diante de você a resposta da fé: Vale a pena viver, porque, por meio de todos os altos e bai-xos, estamos a caminho de uma meta, a caminho de Deus, em que será satisfeito nosso desejo mais profundo. Enquanto estivermos a caminho, não abandonare-mos a esperança de que Deus nos am-para no caminhar, de que nos envia seu anjo para que nos acompanhe e sustente. E confiamos que vamos atingir a meta, na qual nosso desejo mais profundo será satisfeito para sempre, o desejo de amor, de felicidade, de aconchego e proteção”.

Aos Jovens que buscam um sentido para vida, que Deus os ilumine nesta cami-nhada. Com serenidade e paz abandonem--se em Deus. Construam seu caminhar na fé e que em 2012 os seus sonhos sejam os sonhos de Deus. Deus abençoe a juventude.

Pe. Claudio Gomes, MICAnimador Vocacional

Dia 07 Noviço João Marcos

ANIVERSARIANTES

Dia 13 Padre Silvio Roberto

Parabéns!Dia 20 Padre Claudio Gomes

Dia 22 Padre Bruno Szyszko

Dia 29 Padre Francisco Anchieta

Dia 19 Padre Ednilson Dantas Dia 27 Padre Edmundo Grabowski

Por que vale a pena viver?

Foto: Corbis Images

Page 4: ECO Vocacional [dez/2011]

EXPEDIENTE

Diretor: Padre Claudio, MICEditor: Ir. Edilson Rodrigues, MICDiagramação: Ir. Thiago Radael, MICImpressão: Gráfica Malires

Tiragem: 2000 exemplaresE-mail: [email protected]: (41) 3329 8719Site: vocare.marianos.org.br

Feliz NatalA equipe do ECO Vocacional deseja que o menino Jesus, em sua infinita bondade, abençoe e encha de paz nossos corações na noite de Natal. Boas Festas!

AVISO

Ordenação Diaconal do Ir. Edilson.Dia 17 de dezembro de 2011, às 10hs, na Paróquia São Jorge, Curitiba (PR). Informações: (41) 3329 8719

IMPRESSO

O Povo de Deus é um povo pere-grino. Percebemos claramente isto na Bíblia. O povo de Deus que cami-nhava unido, ora rumo à cidade santa ora para os lugares sagrados, o tem-plo, entre outros. Peregrinar não é só viajar, tirar férias, passear com o povo da Igreja. Peregrinar tem um sentido maior: É levar algo ou acolher algo. Deus quer que o povo d’Ele peregrine e tem um plano para realizar na vida daqueles que são escolhidos para isso. No dia 30 de outubro, os padrinhos e madrinhas das vocações e demais pa-roquianos partiram em peregrinação para Nova Trento (SC) no Santuário de Santa Paulina. Foram cerca de 175

pessoas num ambiente de muita sere-nidade e espiritualidade. Chegamos por volta das 06h30 e tomamos um de-licioso café, às 8h participamos da Santa Missa e, seguida de um breve momento de oração na capela do Santíssimo e na capela de Santa Paulina. Fizemos uma bela via-sacra contemplando a paixão de Cristo e, ao mesmo tempo, a beleza da natureza à nossa volta. Toda criação resgatada pelo sangue de Cristo eleva-va um louvor ao Deus Criador de todas as coisas. Sentimo-nos envolvidos pelo Deus que ama todas as criaturas.

Na parte da tarde, depois de um espaço livre para conhecer as demais dependências do Santuário, é claro

que não podiam faltar as famosas “comprinhas” de lembranças. Dirigi-mo-nos para a casa mecanizada que conta um pouco da história de Santa Paulina e, no final, rezamos o Ter-ço da Misericórdia na igreja antiga, agradecendo a Deus pelo Seu cari-nho para conosco.

Esperamos que em 2012 outras peregrinações sejam realizadas e contamos com vocês. “Que alegria quando me disseram vamos à casa do Senhor. Que maravilhas Ele faz aos nossos olhos!”.

Pe. Claudio Gomes, MICAnimador Vocacional

Peregrinação à Nova Trento