o desenho do tapete henry james

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  • 8/21/2019 o Desenho Do Tapete Henry James

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    106 HNRY laMEsdesorientadoovem?A melhor esposta,alvez, que eleestfazendo possvel, a-s indacedodemais aradizer.Quan-do seunovo livro saiupublicadono outono, Mr' e Mrs St.Georgeacharam-no ealmentemagnfico.St Georgeafuc1'rnopublicou nada, nasPaulaindanosesentc eguro.Possodizer a seu avor,no entanto,que secaleventualdadeiesse'rocorrer,eleseria ealmente primeiro a apreciJa o que ltalvezurnaprovade que o Mestreestv bsolutamenteertt'e de quca Naturcza haviadestinado paixonreectual' ii"

    O DSENHOOTAPETE

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    u i haviaproduridoalgumrcoisa ganhoalgumdinheirorL talrezat houvesseido tempode omelar a pen(ar ueer.melhordo que aspessoasndugentesmaginavm;ms lun-do avalioa curta extenso e minha trajetria um hbitoapressado,ois no muito longaainda , consideomeuverdadeiro omeoa pard danoite em que GeorgeCorvick, ofe-gnteepreocupdo, eiome pedir um favor.Ele haviaprodu-zido maisdo que eu,e ganhomaisdinheiro,emboraeu achas-seque, svezes, erdiaalgumas portunidades e mostrarsuaintelignca. essanoite, orm,pudeapenas leclararhe uenunca perderaa oportunidade de mostrr sugentilez.Foiquase m xtse ue o ouvi propor-mequeescrevesser OMeio o rgode nossas lucubraes,ssim harnado elaposio,na semana, o dia de suapublicao um artigopelo qual tinha se esponsabilizadocujo assunto, marradopor um barbantegrosso, olocousobrea mesa.Precipitei-mesobreminha oportunidade- isto ,sobreo prirneirovolumedela e presteiescassaceno expicao e meu amigosobreseupedido. Que expicao oderia ser naisperrinente doquea minha bvia competncia araa taref? u j escrevera

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    1lO NENRY IAM5sobreHugh Vereker,mas unc uma paiavrasequerpara OMrla, no qualminhastribuies ramprincipalmente om asmulherese ospoetasmenores, atava-see seunovo roman-ce,um exemplar ntecipado, no mportao muito ou o pou,co que fizessepor sua repuao, ive certeza mediata doquantofaria pelaminha.Alm do rnas, esempre ia seus i-vros assimque conseguia eitarlhesa mo, rinha agoraumar.rz;o spe.r pa : desej.rrerer.e: rrhar a aceiro m convireparapassar prximo domingo em Bridgese Lady anehaviamenconadoem seucrtoque Mr. Verekerestaria resente,Eu era ovem o bastantepara alvoroar-mecom a icliadeconhecer m homem comseuprsrgo, ngnuoo bstnteparaacreciitar ueaocasio xigiriaa exibio o conhecimen-to de seu"1timo" anamenro.Corvick, que prometerauma critica sobreo ivro, noti\erd emponcm de I-o: in hr f ir :do muiro nervosomconseqiincia c uma notcia quedeteminva como jul-gouccem re er5o r .c ip i rada qrredereriapegaronorur.no paraParis.Ele ecebera m telegrama e GwendolenErmeem respost sucrtaem quesepunha sua nteiradisposi-o.Eujouvira falarsobreGwendolenErme;nuncaaencon-trr, mas inha minhasconvices, ue eramno seoddodeque Corvick se casaria om ela se,por venrur, a rnedelamorresse, ssa enhora arecia srar goraprests obseqlri-lo; depoisde um terrivelengano om reaco um climaou auma "curi', ela de repentepiorarao voltar de suaviagem.Afilha,desamparadaessrrstada,esejando hegaogo em c;rs,nas hesitandopor causa o risco,aceitaraa ajudade nossoamigo,e eu rinha asecrerapiniode queaovlo, Mrs. Ermerecuperaria sade.A opiniodelemal podiaserdenornina-d:rde secreta; e qudquer modo, diferiapeceprivelmenteaminha. Ee me havia mostradoa fotografia de Gwentlolencomo comenr"iodcqueel; nro er bonira. r.rs r ' .rnuiro n-tercssante;osdezenovenoshaviapublicadoum romnce n1

    A VrDA PRrvD E Ous H sri as 11' lllsvoIumeq L no Funlo, sobre o qual, em O Meio, ele escre-vera de forma realmente rilrante.Ele gostoudo meu ardorprestrivo proml3reu ue o periclico m questo o seem-penhrimenos;ento,no fnal, com a mo n maneta port, eeme disse:

    Tenho certeza e que sesairbem, claro.Percebendoueeufiqueiumpoucoconfi.ro, crescentou:- Quet dizer,no vai escrever obagem.- Bobagem, obreVereker Mas sesempreo achei re--^-,{^*-^.- ; -"- l; --- . -)Bem, o que sso eno obagemAnalo que querdizer tremendamententeigente"Peloamor de Des, enterealmenteentcncl-lo.No dcixcque clc saiaperdendocomesse osso rto. Escreva obrcee,escreva,epuder,como seeu mes10 stlvessescreveDdo.Eu fiquei pensando m instante.-Voc querdizer, orcxempo... positivamente trre-lhor de todos"...esseipo de coisaCorvicL quase otouum gemido.-Ai, no, no os comparodessamaneir; sso coisde crticoprincipiantelMas eleme causa m prazero singu-lar; a sensao... ele relleriu um pouco- ... dc qualquer

    Eu fiquei pensando ovamente.Sensaoe que, diga-me?- Meu caroi isso ustamenteo que quero que vocprprio digalAntes mesmo dele rer baticlo a porta eu comeara,livro em punho, a preparar-me an dizJo. Passei etadedanoite acordado m companhiade Vereker:Corvick ro teriasido capaz csair-senelhor'. erekereraremendamenrente- igenre m:rnrcnho.r xpre(.o. ln.r\uaoeranem umpoucoo melhor de todos.Todavia,no z aluso osoutros;limentei : esper:na e estar,nessa casio, mergindo da.^". l i . i^.J" - . i. . i . i . . i"

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    112 HENRY JMEs- Est udo timo - declararamanimadamentenaeditora.E quandoo nmero da revista aiu, entique inha umabase ara pocer proximar-medo grandehomem. Senri-meconantepor un ou doisdias;e entoessa onfiana espen-

    cou.Eu o imaginaraendo art;gocomprazet masseCorvickno ficarasatisfeto, omo poderiaele,Vereker, icar Refletimesmo que o entusiasmodo admirador era, svezes,mais forteaindado que o apetitedo escrevinhadorDe qualquermodo,Corvck escreveu-mee Parisde uma forma um pouco mal-humorada,Mrs, Erme estava e ecuperando, eu no disseraabsolutamenteualeraa sensaoueVerekerhe causava.

    tefeito de minha visita a Bridges oi proporcionr-meum co-nhecimentomais profundo. Como pude vericar, comuni-cao om Hugh Verekerera o destituda e arstas ue meenvergonhei apobrezademaginao ueminhas olaspreo-cupaes ncerravam. eestava legre, o erapor ter lido omeuaftigo;n verdde, amanhde domingo, ivecerteza equeno o lera,emboraO Meio tivesse ado rsdiasevi-ceja-sse,omo mecertifiquei,no espessoanteirodeperidicosque conferiaa uma dasmesas e bronzeo ar de uma bancadeestao. impresso ue eeme causoupessoamenteoi taquedesejei ue o lesse, com essainalidacle orrigi com mosub-reprca quepodera starerrado aposio ouco cons-pcuada revista, devo dizer clue iquei atvigiandoparavero resulrado e minha manobra,masar rhora do almoo ni-nha esperaui intil.Depoisdisso,quando,no decorrer e nosso asseiogregrio, ncontrei-me urantemeiahora,no semoutra ma-nobra possiveimente, o ado do grandehomem, o efeitode

    A V D PRrvaoa E OuRAs H srRrs 113suaamabiidadeoi um clesejo indamais ntensode que nocontinuassegnorando o tratamento usto e especia ue hedera.No queeepatecessestar edento ejustica;pelo con-tr i r io, eu aindanio percelreram iu convcr\o mini lnomurmrio de ressentimento um som que minha poucaexperinca rnederacapacidadee reconhecerUltimamen-tevinha merecendomaior ateno, eraagradvel, omo cos-rumlvamos izerem O Mea,verihcar omo sso roln;r:maisexpansivo. le noerapopular, emdvida,masacreditoqueumada5 onres e .eu bom humore"rar ,r r t . isamenre.no ftodequeseusucessoo dependia isso. ntreranto, or-nar-se, e cert ormxl um escdtorem foda; pelo menososcticosdenm uma aceeradao alcanaram. avamos finaldescoberto quantoeleera nteligentee ele dnh que tirr ornelhor parridoda perdade sermistrio.Enquantocaminh-va a seu aclo,senti-me fortemente tentado a fazlo sabetquanto dessevelo robra minha, e houve um momen-to em que provavelmenteeriaito issoseuma dassenhorsde nossogrupo, apoderando-se e um lugar a seu ado, notivesse, essnstant,solicitdo sua tenonuma atitudereativarnente gosta.Foi bastantedesanimador: hegueiasentir que as iberdades ue ela omara oram comigo e nocom ele,

    Quanto a mim, eu tinh na ponta da lngua uma otrduas rases obre"a palavracerta no momento certo", masmais ardequei contentede no ter fado,pois quando,aovoltarmos, nos reunmosparao ch, vi LadyJane, que notnha sadoa passeio onosco, gitaodoO Meio com o braolevantado. la o apanhara an ler duranteseu epoLrso esta-v encntda orn o que encontrire eu percebique, como amuher reqentemente cerraquanclo hommerra,elpr-ticamente ria fazerpor mim o que eu mesmonofora capzde azer.Algum;. mjveisvcrd,ldczioha.suepreci5Jv,rmelditas",ouvi-a declarar, stendendo perdicoparaum casal

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    114 HENRY .]M5meio turdido setado ertod reir.Agarrou-onovmen-te aover eaparecer ugh Vereker, uedepoisdo passeioinhado aoandarsuperior rocarqualquercoisa. Seique em geralno olha presscipo de coisa,mas uma boa ocasio ar:rfazlo.No o eu ainda? recisaer O homem conseg(irl eal-mente entendJo,corno u mesmsempreo entendi, sern-prc". LadyJaneanouum olhal quepretendia, videntemente,dar uma diade como elasempre entendefa;mascrescen-tou que noseria apaz e expressJo. crtico da revisr:r x-pessara-o e um mneiraadmirvel."Veja s sto aqui, eaqui, onde sublinhei, como ele ressalta erfosponros". Elahaviapraticamente ssinaladoaraeleos rechosmaisbrilhan-tesde minha prosa, seeu estava erncontente,Vereker am-bm devi:restar, om toda certeza, le mostrouquanto estvquandoLadyJanequs er algumacoisaem voz altadiantedens. De qualquer onna gosteida rnaneira omo ele rustrouscuspropsitosarrancandocarinhosamente peridico desuas nos.lc o levariaparaseusaposentos uando osse evestire o examinrix nto.Foi o que fez mei horamais ar-de; eu vi a revista a suamo quandose iirigia parao quarro.E foi nessemomento que, pensandoestarcausando razeraLadyJane, xpliquei-lhc ueeu erao autor da resenha. erta,rnente,causei-lhe razer, crediro,mas avez o anto qun-to imaginara.Seo autor'era apenas u", a coisano deviaserto admirvc1ssim.Parece ueo efcito oi maisno senddodediminuir o brlho do artigodo qe de aumentro meu pr,prio. Suasehoria srvaujeitaasmaisextraordinriasecep,.oe. .Nao nh, mpo r.n. i . r : unicoefei ro ume nrere5. . r .va erao que eriasobrcVerekerem cima, sentado o ado daarerade seuquarto.Durante o jantar esperei elos inaisdesse feito, enteiimaginarum brilho mais _eliz m seuolhar; ms,pala minhdecepo, adyJaneno me deu oportunidadede certicar'-me. Eu tinra esperanaue elgritsseriunfancemente ara

    A V D PR vaDA E OurRAs H 5Rr5 11 5rodosnames,nquirindo publicamenteseo iveranzo Ogrupo ergr[de;hviapessoasle ora ambm,m:seu run-c vila um mesa,por mais comprida que fosse,cPazdeprivar LadyJanede um triunfo. Na verdade, u estavausta-mente refletindoque essnterinvelPeade madeira riapdvr-me,a mim, de um triunfo, quando convidad meulado (amvelsenhora ) Miss Poyle, rm do proco,umacfitura obust, evoz montona- teve eliz nspiraoe ainslita coragemde sedirigir a Vereker,que estav o outrolacloda mesa,masno nasu rente,de orm que quandocerespondeu, mbos iveramque nclinar_searafre[te.ElPer-guntou (ingnua ritura ) queeleachava o "panegrico" eLadyJane, qual havia ido semassocilo,odavi,ao seuvizinho da direita; e enquntoeu espichv s ouvidospraescutar resPostar uvi-oi Parameu esPanto, ritr de voltalegremente, om a bocacheia de po: a .-aaaa maq: a -tolicesde semprc ".*--T.11"p,"do o olhar deVereLer quando flou, ma.sasurpresa e Miss Poyle oi uma felizproteoparaa rninha- O senhorquer dizer que ele no lhe fez ustia?Perguntou cxclente ritur.Verekerdcu uma risad, queicontenteem poder -zer o mcsmo,- um artigo encanrador dise ele descuidadamenteMiss Poyleesticouo queixoquase to meio d3 tolh- Corno o senhor profundol ea nsistiu.Profunclocomo o oceano irdo que desejo clueo-uror n:o vei- . . .Mas nessemomento pssaram m trvessa ol sobreseuombro e tivemosque esperr nquantoseselvl

    - No vejao qu continuou el.No veianada.Meu D Lrs.lui gn , -rntel

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    116 f rNRy lMrs- Nem um pouco disseVereker, indo novamente- ningumv.

    , scnrora seu adorequereu uaateno Miss poylevolcou suaposio orrnalao meu lado.- Ningum v nadal- declarouelaanmadamente.Ao que espondi uecu tambrmsempre ensara,, irn.masque dequaquer ormaconsideravassemodo de pensarcomo provade que,de minha parte,eu possua ma e"traor_dn, r ia . r iwo. o h( conrci ueo al igo rameu:e percebique dy nc.oLuprddoourroex(remo dme\a, io t inh, lescutado spaavras eVereker.Procureievit-odepois lo antar,poisconfesso ue eleme.pareceunsensvel presunoso, essaevelaooi peno_sa. As tolicesde sempre", meu pequcnc, peneanre stu,do crcico O fato de quenossa miraonclusse lgumaspequenasestriccs everiarrir-loa esse onto?Eu o julgara'ereno, ele lab"rrrnte ereno:,r l uperf i i ie rro cr isr,r l'uroepglig 5uc er.errer as Lrrrquilh:r i l de * ,r ia^a. t, ."tava etmenrc borrccrdo,meu nicoconsolo rr queseningumvanada,GeoleCorvickestavoporfora de udoquantoer.Esse onsolono foi, todavia,suficientepara,de_poisque assenhorasedispersaram,onduzir-medc maneiraapropriada isto, usanclo majaquecamalhadae cantaro_landoumacano ato salode umar.Um tanrodeprirni_do, tomeio caminho l cam;masno corredorencont;i Mr.Vereker, uc subiramaisumavezparase rocar, aindode sctrquarto.Ele rambrnestava antarolando ma cano vestiaumajaquetamdhada,e ogoquemeviu esrremeceue legria.- Meu querido ovem - exclamouele._ Esro;tocontenteem encontrlolReceiolo erido e maneira om_pl.eram,Lenrolunrj l ia omaquel _s,: l .rvrasrrr roquei omMissPoyleno antar H apenaimeiahora iq,r.i."bdo po.LadyJaneque o autordo pequenocomenrjo em O M)io.Assegurei-lhe ue no quebraranenhumosso;maselecaminhoucomigot porta do meu quarro,com a mo

    A VrD PRrvD ORs H srR s 117sobremeu ombro, apalpandodelicadamente procura deuma frrura; e ao saberque eu dnha subido para r dormir,pediu-me permissopr cruzff soirade minha porta edizer-meem apenas rspalavras que haviam representadosuas essalval osmeuscomentios.Er evidenteque ele es-tava calmente om medode ter me magoadoe o significadode suasoicitude oi mrito importanteparamim. Minha in-significante esenhabateu JJ sumiuno espao, smelho-rescoisas uednhaescritoneltornrm-senspidas erto dobrilho de suapresena. inda posso Jo ali, sobremeu tpe-te, luz do fogo, com sua aquetr mlhadae seu belo rostoclaro luminado pelo desejo e sercarinhosocom minha ju-venrude.No seio que pretendera izer de incio, ms oque a visodo meu alviodeixou-oemocionado, gitado, ezbrotaremdosseus biospaavras indas de dentro. Foi as-sim qlre essasaavrar ogo necomunicaramgoque, comosoubemais tarde,elenunc mnsmitir a ningum. Sempreprecieidevidmente impulso generoso ue o fez falar; oisimplesmente rrependimento or uma descortesiairigidaaum homemde etrsernposio nferior su,umhomem dletras,almdsso, o flgranteato de ouv-lo.Muito acerta-damente onversou omigode guapara gualsobreo assurtoquemaisamvamos.Ahora, o lugar,o inesperadontensica-vam impresso: eno poderia er agido de mneirmis^-^,-J---- .- -r---

    , , ,o sei bem como lhe explicat disseele. Mas foi o pr-prio fto de sucrricsobremeu ivro mostrrum centelhde nteligncia, oi justamente uaexcepcional cuidade uedespertou m mim o sentimento uma histria antigaquesemprese epetecomigo, mploroJhe que acredite sob a

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    114 HNRY.JaMEsmomentnear uncia o qual pronunciei, o falarco mquea o senhor, spalavras uevocnaturalmente antoressentiu. u no eio os escritos ue saemnos ornais,a noserqueme sejam mpostos omo oi aquele... sempre nos_somehoramigoqueseencarregaisso Mas inha o hbitode-lossvezes... ez anosatrs.Sen dvida eram,em geral,bem maisracosnto;de qualquermodo, cmpreme preceuqueees mitiam uma pequena eculiaridade inha com umamaestria gualmente admirvel, tanto quando me davampancadinhas ascostas,omo quandomeatingiamascanelas.Desdeenro, oda vez que aconteceu e eu dar uma ohadanees,eles ontinuvmatirndo...e no acertendo, e umamaneir lmuirodiverr idr. oce ambm omit iu,meu aro,com segurananimitvel;o fato de ser remendarnenrente-igentee de seuartigose remendamenteimptico,no fazamnima diferena. exatamente om ovensem comeodecarreira omovoc Vereker iu - quesinto maiso fracas-so quesoulEu our acomviro inrere\\e.ue5e orna\mrisvivoacda nstanre.- O senhor, m fracasso, eusmeulAfinal,o quepodevir a sersua pequena ecularidade"?-E preciso ueeu he contedepoisde odosessesnosde ura?Havia algona amvelcensura essarase,ocosmenceexageradaue,sendoeu um rdente jovemanantedaverda-de, me fez corarat a raiz dos cabelos.Como sempre,estavacompleramente sescuras;mbola,de cerromodo, tenhameacostumado minha obtusidade, indaassim, aquelenstan-te, o tom alegre e Verekerme fezsentr,e eleprovavelmenteconcordaria omigo,um verdadeiro sno.Eu estava ponto deexcamar, ah, claro,no me conre; pelaminha honra, pelahonra do nossoofcio, no me diga nada ",quandoele o.,-tinuou de um maneiraque mosrravaque havia ido meus

    A V DA PRvD E OuRs H 5rRrs 119pensamentos dnhsuasprprias dias obrea possibilidadede, algur:rdia, nos redimirmos:

    Quando falo deminh pequena ecuiaridde stoume referindoquele... omo poderei harn-lo?...onto espe-cficoque aprincipa azo eeu er escritomeus ivros.Aca-so no eristeem cadaescritorum Pontoassimespecco,oqual elemais seconcentra, ue semo esforo ara alcanJonadescrevei, amor de seus mores, partedo trabalhonaqual, paraele,a chamada arrebrilha com maior ntensidade?Poisbem, exatamente steEu penseium nstante, sro , acompaoreisuasalavras uma distncie espeitosai uase em espirr.Estava ascina-do, naturalmente,mas,apes udo, no ame deixpegardesprevenido.

    - Suadescrio reamente e,msno torna o quedescreve uito caro.Assegurolhequeseriaclaro sechegasse compreenderPercebi ueparameu companheiroo fscniode nossotefa extrvsva-suma emoo o intensaquanto a minh.De qualquer nodo continuou ele-, possodizero seguinte: em minha obra uma idia sem qul eu Dodaria um tostopelo rabalho nteiro. E a ntenomiscom-pleta e mais perfeitade todas,e su utilizo oi, na minhaopinio, um triunfo dapacincia, a nventividade.Eu deve-ria deixarque outros dissessemsso;ms o fto de que nin-gum o faz precisamente ssunto e nossa onvetsa.Essemelr ruquezinhoestende-see um ivro pataoutro, e tudo ornais, elativamente,eflete-se rnsuasuperfcie. alvez gum

    Pontol luerDero(r l t lcoprocurar,'J rece_memcsmomeuvisitntecrescentou orrindo que o ponto que cabeaocrtico encontrr,Pareciamesmouma responsabilidade.

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    120 HrNRY JaMrsChama-ode ruquezinho?Isso apenasminha humilde modscia. a verclade,trata-se e um esquema equintdo.E o senhorafrmaque executou sse squema?- O modo como o executei uma dascoiss vida

    que me deixamaissatisfeito omigo mesmo.Fiz uma pausa.- No achaque deveria... um pouquinho...ajudaros crticosI - Ajudos?Que outra coisa enho eito em cada inhalQue escrwoBradeiminha inteoono caroatnito deleslAo dizer sso,Vereker, indo novamente, olocoua mosobremeu ombro paramostrar que a alusono se referiaminha aparncia essoal.

    - Mas o senhor alaem iniciados.Deve haverento...devehaver.. uma iniciao.- E que outra coisaa crtca ernobrigao e ser,pelomor de Deos?Receio er coradonovamente,masesquivei-me e res-ponder, epetindoque a descrio e seuprecioso onredoapresentava ualquerdeficinciaque o impediade ser eco,nhecidopelohomem comurn.sso ustamenteporquevocnuncadeuumaolhadangl 1s11u9u. Se ivesse lhadoumavezJ elemento mquesraoogoviriaa s. pr;r icamenLenica oisa rre eri : .Paramim, o palpvel omo o mrmoredessa hamin.Demais a mis, o crtco no absolutamente m homem co-mum: se osse) iga-me,o que esrariaazendo ahorta do vi-zinho?Voc mesmo tudo menosum homem comumj e aprp|a raisan zl'trede todos vocs que so uns demoniozi-nhosde sutileza. emeu grande emaum segredo, smples-menteporqte virou um segredo emquerer:um resultado ur-preendene tornou . ' im. fu no omentenunc,r omeia menor precuo araconserv-lo ecreto orno tambm

    A VrDA PRrvD Or3 H sR r 121nuncsonheicom um contingncia essas. . ti.,..r..orrh"- Ido. eu. de antemao, ao eria ido a cordgem e continuar. /Aconteceques tomei conscincia o fato aospoucos,e nes- /se ntrim, eu dnha produzidomeu trabalho. J- E agoraest muito sadsfeito om ele? arrisqueiPerguntaf.- Com meu trabalho- Com seusegredo. mesmcols.O fato de presumir sso replicouVereker- umaprovade clue to nteljgeotequanto penso.Senrime encorajadoom eisJ erposid. ponlo de co.mntr que ele ria crtmentesofrer ao separar-se e sersegredo, ele confessou lue,no presentemomentor esse rrclmente eugrndediverrimenrona vida.

    -Mvo praticamente araver seserdescoberto lgum dia.Eleolhou-mecom ar de alegre esao; no fundo cieseus lhosalgoparecia rilhar- Mas no precisopreocupar-m:ssono vai acontecerO senhorme estimulacomo nunca ui estimulado211s5 ds6lxrsi. px2-me entir determinadoa vnceroumorrer,Em seguida ergunrei:-frx13-5g d rnx spcie e mensagem sotrica?Ele assumu ma expressoonsternada;stendeu-memo como se osse izer boa-noite.Ah, meu caro,nosepodedescrevJo m inguagmde ornalismobaratolEu sabiat aturalmente, ueeledevlaserextremamenresensvel,msnossa onversame fezsentirquntoseusnervosestvm mostre.Eu noestava onvencido; ontinueisegu-rardo suamo.Ento no vou usar a expresso o artigo em que

    fnalmente anuncia minha descoberta,embora acrediteque vai ser difcil prescindirdela.Mas enquanto sso, pr

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    fL

    122 HENRY laMEsaprssar sse arto difcil, nopodeme cir uma pista? per-guntei,sentindo-memuito maisvontde.. - Toda a minha lcida produo orneceessa ista...Cada pgina,cada inha, cada etra. A coisa to concretacorlo um p:issronuma gaiola, uma iscano anzol, um pedaode queijo numa ratoeira.Est enada m cada olume comoseup est nfiadoernseusapato.Dirige todasas inhas,esco-ihe rodasaspalavras, e ospingosem todosos s, cooc o-dasasvrgulas.Espicheio pescoo.- Tmlgum ois ver com o stilo,ou com o pensa-mento?Um elementoda forma ou um eemento a emooEeapertouminha mo mais uma vez,com ar condes-cendrnre. sent i ueminh. l pergunr ' r .r rmgros.e i ra ' mi -nhasdistines esprezveis.^. -^ i, - -- , , \ tu tyt. . . .Jo ePeocuPeomisso.Apesarde tudo vocgosta ealmente e mim.E uma pequena nformaopoderiaprejudicar?perguntei,detendo-oainda.Eevacilou.Bem, temosum corao o corpo. um elemento armaou daemoolp quealego queningumnuncamen-cionouem meu rabal lro rgo avidr.

    Jsei... alguma diaa respeito a vida, algum ipode ilosofin.A menosque sela- acrescentei,om a animaode uma lembrana ossivelmente legre inda algum tipode ogo queest querendo azer om seuestilo,gumcoisaque est procurandona inguagem. alvez ejaumaprefern-ciapelaletra P"l arrisquei, emodo rreverente. Papai,pepino, pssego...sseipo de coisa?Ele oi convenientementeolerante: sse penas ue euno inhr acertado etra.Masa graa inha acabado araele;pudeperceber ueestava ntediado. avia,porm,outra coisaque cu dnha necessidadebsoluta e saber.

    A Vr D PRrvo O u R5 H rsR a s 12 3- O senhormesmoseria apaz e pegarn peneeexpress-lolaramente... e citlo, intitul-lo, formullo?Ah -suspirou eemm algumaexatao.Se pelomenoso pegrna penaeu osse m devocs- clato ueseriauma grandeoportunidade.Mas por

    que nos desprezr or no fazermos que o senhormesmono consegueazet?- No consigo?Ele arregalou solhos.- No o fiz em vinte volumes? ao-odo meu rnodo- disseele. Vocsque continuem com a tolice de no ofazerem o seu.- Q n655e s111marnenreificil o:serveicombrandura.O meu ambm Cadaum com suxescoh. emco-o.No querdescer ara umar?- No; quero efletirsobre udo isso.Vai entome dizer amanhdemar que me decifrou-Vou vcr o que posso azer Vou dormir pensando o-bre o assunto. mais uma palavra...Tnhamos sado do quarto. Caminhei alguns pssoscomp pelo corredorI Essa xtraordinriaintenogeral",como a chama

    - poisessa a descrio aisviva que consigo nduzi-lo a fa-zer , ento, m princpio, maespciee esouro scondidoSeu osto luminou-se.- , chne-assim,sebem que no cabea mim dz-lo.-Bobagem - disse u rindo.-Sabe rnuito bemquesente mensoorgulho dela.Bem, no pretendia izer-lhe,mas realmente ale-gria da minhavida.Quer dizer que de uma belezamuito grande, muito

    rara?Ele esperou m instantepara esponder:

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    I A coisamais indado mundol' Ns amos parado, ,aodizeressasalavras,ledei-xou-me;masno fim do corredor, nquantomeu oharo segr.riacom ansiedade, irou-se e avistoumeu semblante erpexo.Issoo fezsacudira ca:ea om ar srio;na verdade, cheiatqucba.rante ngustiado.brrndiro dedopar; mim.Desista, esistaNo erauma provocao; raum onseho aternal.Seeu pudesseer em mosum de seusivros, eria repetidomeuatodef recente;eriapassado etade a noite com ele. trshorasdarna.lrugada, oconseguindo ormir, e amdo maislembrando-me do quanto ele era ndispensve ara LadyJane,esgueirei-me m direo bibliotecacom uma vela narno. Segundopude colstatat no havia na casauma inhasequer e seus scfltos,

    lLtetornando cidade,pus-meagitadamente reunir todos osseusivros;pegueium de cada ezde acordo om suaordemeo aproximeideuma uz. Issome custouum msenlouquece-dor,no cursodo qual aconteceramrias oisas. ma delas,rltima, parece-me azovelmencionar mediatamente que aceiteio conselho e Vereker: enuncieiao meu ridculointento. Na verdacle, o consegui ntendernadado assunto;foi um completo racasso. pesarde tudo, como ele mesmonotour eu semprcgostara ee;e o que estava corlendogorerasimplesmente uemeu novo coecimento evpreocuPa-oestavamprejudcandominha avaliao.No apens uno conseguir tectara intenogera, omo percebi am-bmquear ntenoere(Lrndir i(uepreciranteriormenteestavmme escapndo. eus ivros perderamate o encantoquesempre iveramparamim; a exasperaoaminha busca

    a v o PR vaD E ous H sRras 125deixou-medescontente om eles.Em vez de serurrrpmzer amais ornaram-seum recursoa menos;pois a partir do mo-mento em que ri ncapazde nvestigar indicao o autor,senti,naturlmente, erum ponto de honrano ezer sopro-fissionaldo meu conhecimentodeles.Na verdade, o tinhaconhecimentoalgum; ningum tinha. Era humilhante, masconsegui uportar;agoraelesapenasme aboreciam.No fimatme entedivm, eu explicava causa eminha perturba-o injustamente,admito - com a idiade que Verekerfizera-mede bobo. O tesouro escondidoera uma piada demau gosto,e a inteno,uma afetaomonstruosa.O que mportanisso udo, porm, queconteia GeogeCorvick o que tinha me acontecido minha informao weum enormeefeitosobreele.Ele tinha voltado afina,mas, n-feiizmente,Mrs. Erme tambmvoltara,e, segundo ude per-ceber, o havia,por hora)nenhumperspectiv om relossuasnpcias.A histriaqueeu he uouxerade Brdges ei-xou-o extremmente xcicado; daptava-seompletamenteidiaoue iveradesde incio de ouehaviamais m Vereker oqueavisra odia lcanar.uandoponderei ue, equndoa-tecia,apgina mpressaora expressamentenventada arasealcanada elavista,ee rnediatamenteacusou-mede estardetPel lado Por no ler I Oo eXl to, \o \ J l te iaOeS emPre lV e

    --dfissISerde. O que Verekerme havia menciona-do era xatamentequeele.Corvick. ueria ueeu ives\eo-mentado em minha resenha.Quando sugeri, por fim, quecom a ajudaque eu agora he deraestaria ertamente repara-do para fazer ele mesmo os devidoscomentrios, admitiuespontanernenteueantes e az-los recisariantenderme-Ihor certorarpecto' .O queee eria i ro.e ives.e "cti roareseado novo ivro, quehavia. videnremenLe.aa temaicntima do autor, algumacoisaa ser ealmente ntendida.Eunem nsinuara sso:no admiraque o escritorno ivesseica-do satisfeito erguntei Corvick o que ele ealmente ensava

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    '126 HENRY lMEsque queriadizer co suprpria supersutilez, ele,eviden-tcmcnte nspirdo, esPo11deu:No paraqualquerum... no paraqualquerumlEleagarrara lguma oisa elo abo: a agarrarirme, noia soltar Extraiu-me odaa estranha olfidncia deVereker ,proclamando eo mai. forrunado o. morrri \ .mencionouuma meia dzia de questes, squisdesejava rdentementeque eu civsseido a niciativade colocar.Por outro lado, po-rm, noqueriaque hc dissesseudo: estragara prazer evero queaduiria. fracarroo mup,r"sarempooer.nr oc,s iode nossoencontroJ ompletoimaspude antev-lo,Corvic

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    124 HENRY iM3exagrrmuito as divergncisntre nossas espectivsvli-es,mencioneique melr amigo acreditav ercpz ePene-trar mis ongeno ntimo de um determinado ssunto o quea maioria daspessoas. stava o entusiasmado uanto eu es-tiveraem Bridges.AIm disso,estava pixonado ela ovemdama: alvezos dois untos encontrariam lgumasoluo.Vereker rreceumpre'sionadoom sso:- Vocquer dizerque ees sto araseca-sari- Provavelmente o quevai acontecer- Issopode ajudJos admitiu ele. Mas precisa-mos darJhes empo.Falei-lhe obreo recomeo eminha prpria nvestidaconfessei inhasdificuldades; o queelerepetiuseu onselhoanterlor:

    - Desista, esistalEvidentemente, o rne ulgava ntelectualmente qui-padoparaa aventura. iquei meiahorae ele oi muito am-vel, mas nopudedeixarde considerlo um homem de hu-mores nstveis.Dependendodeles le,numahora, abtira-secomigo;noutra, arrependera-sq agota, ornara-sendiferen-te. Essanconstncia eral evou-me credirar ue,no tocan-te ao assunto a "dica",no haviagrandecoisaali. Consegui,porm, faz-lo espondera mais algumasperguntas,embora eleo fizesse om visvei mpacincia. ara le,semdvidaaguma,o asDec(oLre 05 ei\rvd operplexo' rtdva i t idamenrcj.

    [Err rlgu-i .oi .r, i -rginei. no piano rigirra| lgocornouml_desenho omplexo num tapetepersa.Ele aprovoucom elogiosa imagemque useie elemesmousououtra:_,-> - L o prprio io disse le no qualminhas ro-- -,1 =--l--+''- --Alacdeeu bilhete ora que ee ealmente o queiianos dar nem um gro de ajuda: nossa gnornciaera, a seumodo, absoluta emais arasernfuenciada. le acostumara-e confr om sso seerapara entanLo equebrer uese

    A Vr D PR vD r O uRs H s0 Rrs 129quebrasseor suaprpria ora.Ele mevem embrana es-de essa ltima ocasio poisnunca mais oi me dado falarcorn elenovamente , como um homerncom agumaseser-vx seguras e bom humor. EnquaDtome retirava iquei ima-ginandoonde eleprprio conseguira ua"dica'.

    ,uando aleicom GeorgeCorvicLsobrea advertnci ue rece-bera,eleme fez sentir que qualquerdvida sobreseuzelose-iia quase m insulto. Ele contaraa Gwendolen,ms a reoapaixonada e Gwendolenera,em si, uma garantia e discri-o.O problema ria agoraabsorv-los oferecer-lhesm pas-satempo recioso emais arasercompartilhado om asmas-sas.Ees pareciam er-se apossado a importante idia deentretenirnento e Vereker.Seu orgulho intelectual,porm,no erade calordem a ponto de tornJos ndiferentes qual-quer uz adicionalqueeu pudesseanarsobreo assunto uetinham em mos.Os doiserarn ealmente otados e"tempe-ramentoartstico"e iqueivivamentempressionadoorn aca-pacidade o meu colegadeie mocionarcomum problemadearte-Ele-lbe-d+ria-o-oom-el,qlitra.t.ura-ss-La,_eaql+-umacoisas.De acordo om o quedizia,passei ntoaenten--1--"""'7'| |derqueele ulvgulmenreorCwendoen.;quem,arsimque Mrs. Errne mehorouo suficienteparapermitir-lhe umpouco de olga, ez questo e apresentar-me.embro-medetermos dojuntos, em um domingo deagosto, uma casa mdesordem m Chelsea, darninha enovadanvejade Corvickpo possuiruma amigaque tinha algumasdiasparasemis-turar com sdeleprprio. Ele podiadizer a ela coisas ue eununca poderiadizera ele.Na verdade, lanotinha nenhumseosode humor e, com suamaneira graciosade sustentara ca-bea eurn ado,eraumadessasessoasue nosdovontade,

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    ' l30 HENRY laMsliteralmente,de sacudir,ma-s ueaprenderam idioma hn-garosozinhas. possvel ue convemasseom Corvick emhngaro; seu ngsera extremamente nsufcienteparaseuamigo. Posteriormente,Corvick disse-me ue eu rrefecerabastante euentusiasmo om minha aparentealta de dispo-siode obsequioscorn mais detalhes obreascoisas ueVerekerme dissera. dmiti queachava uerinhadadoatenosuficiente essaevelao: u nochegaramesmo conclusode que erav e no evariaa nada? importnciaque he de-rarn era rritante a agravava emaisminhasdvidas.Essa eclarao arece ouco mvel, o que provave-menteaconteceu quemesentiahumilhado everouoaspes-soas ivertindo-sentensamenteom uma experincia ue sme ttouxeradissabores, u estava o lado cle ora,no frio, en,quanto eles,ao p do fogo, luz de velas, 'ersguam caaparaa qual eu mesrno oaraa rombeta.Eles izenm o mesmoque eu i2,apenas e orma rnaissocivel deliberada: xami-naram o autor detalhadamente esdea primeira obra. Nohavia pressa, isseCorviclq o futuro estava frente delese ofascnio poderiaaumentar;eleso examinariam ginaporpgina,como se aziacom os autores lissicos, o inalarimem pequenas oses, eixando-o ntranhar,seo lmente.Pro,vavelmente o teriam s nteressadoanto, imagino, senoestivessempaixondos: iiteno secrra o pobreVerekerforneceu-lhes casiesemm prcolocre manter suaso-venscabeasnidas.Todavia,ela epresentava tipo de pro-bemaparaoqualCorvickdnhauma aptidoespecial, oden-do desenvolver penetrante acincia essoa a qual tivesseelevivido mais, eria nos dadoexemplosmais admirveise,espera-se, aisproveitosos. le, pelo rnenos, ra,naspalavrasdeVereker, m demoniozinhode sutieza. nhamoscomea,do disputando,mas ogo percebique, semminha ajuda,suavaidade ria passar or mausmomentos.Ele se arirrisobre

    A VrDA PRrvaD E O 5 HLsrR as 13 1pistx falsasomo eu o zera; plaudiria ovas uzs parav-lasapagaren-se orn o deslocamento e ar da pginavirada.Nio .epodia omparz-o. omo hedirre, r lao er ornaque-lesmanacos ue abram lguma eoriadoida sobrea denti-dadesecrerae Shakespeare.issoele etrucouque se ivsse-mos rido a palavra do prprio Shakespeare e que suaidentidade rasecreta,leateriaaceito mediatamente. casoaqui era completemente iferente:no tnhmosnda noser a palavrado Mr Brincaho.Eu repiqr.reiue estv s-mo de v-lo atribuir tanta importnciassimspalavrasdeMr. VerekerEle quis entosaber eeu considrvasPaavnsdeMr Verekermentiross. alvez o estivessereprdo, minhainfeliz reao, arairto longe,ms nsistique atpro-va em contrrio, eu asconsideriacomo produto de una ima-ginao ngnuademais.Eu no disse, onfessoeuno sabiabem nessa poca), udo o quesenti.Bem I no frlndo, comodiria MissErme,eu estavainquieto, spernoso.o cernedemeu confusoestdo enimo (poisminhahabitualcuriosida-de sobrevivia obsuas inzs)esrav sensao gudade queCorvick provavelmenteria, a:nal, hegar lgum resultado.Em defesa e suacredulidade, le essaltou a-stnte fto deque.hj muito tempo. m

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    132 l lENRY.lM smesa cava m iguramais anrsmagrica, gura ndisrin-ta de um antagonisr onfiante e bem-humorado, mas urnpoucoentediado; m anrigonistaqu e nclinavapar rl emsuacadeira om asmosnosbolsos um sorrisono rostobeloe sereno. ertode Corvick,atrs lele,cava moqueno co-meco me precera idae debilitadr c depois,num exarnemais nrimo, bem bonita,equeseapoiava m seuornbroe de-bruara-,e'obre.ua, ogada".le pegava m.rpec mrri-nh-suspensaor lgum empo sobre m dospequenos u-drados, e ento colocva- levolta em seu ugar com umsuspirode desaponcanento.isso,ajovem damaconafeitamudava igeiramenceleposio anava o ndistinto parri-cipanteclo ogo um olharmuito intenso,muito longo,muiroestranho.Numa fasemais nicial do caso,eu iheshaviaper-guntadoseno podetiacontribuir paraseuxito estabelccerum convvomais ntimo comVerker. s circunsrncisspe-ciaisseriam ertamenteespeitadaso sentidode me daremodireito de apresentos. orvick imediatamenrecpicouqu.:no inhavontadede aproximar,se o altaranres e er prepx-radoo sar i f

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    eismeses epoisde nosso migo er deixadoa Ingaterra,GeotgeCorvick, que vivia do ofcio de escrever,oi contrata-do paraum trabalhoque he impunha uma ausnciamais oumenos ongae umaviagemmaisou menospenosa, do qua,paramia grande urpresa,esolveuncumbir-se.Seucunha-do tornara-se iretorde um grandejorna egionI, esse rn-de ornal regional,num belo rasgode maginao, onceberaa idia de enviar um "correspondenteespecial" ndia. Amoda clos orrespondentesspeciaisivera ncio na "impren-sametropolitana", o jornal ernquesto eve er sentidoquedecorrera empo mais que suficienteparaum simplesprimointeriorano adotla. Corvick, na minha opinio, no tinhatalento para as ortespinceladas e um correspondente,masissoeraproblemade seucunhado,e o fato de uma determina-da arefano azcrpartedeseu amo de atividade odia ser,desuaparte,exatamente mzoparaaceitJa. eestava ispos-to a esbravejar aisdo que a mprensametropoitana; omousrias recaues onrr o sencimenml ismo,nfringiu habii-mente o bom gosro.Ningum nunca soube:esse ricriodainjria erauma de suas eculiaridades.lm dasdespesases-soais,Corvick deveria erconvenientemente ago edescobrique podia ajudJo) pelo ivro volumoso de sempre conse-guindo um acordo azovel om o volumoso cditor de scrn-pre). nferi, natura.lmente,ue seubvio desejo e ganharal-gum dinheiro no eraalheio perspectivr e uml uniocomGwendolenErme. Eu erasabedor e queasobjees a meda ovemreferiam-se rincipalmente suaescassezerecnrsose de habilidadesucrativs,ms aconreceu ue na ltima vezque o vi, aodizerqualquercoisa uese elacionavaorn o pro-blemade suaseparaoe nossajovem ama,eleexpressou-secom uma nfase r.reme surpreendeu:

    A V,DA PR,vD E OuR5 HrsRrs 13 5- No tenho nenhurn comprornissode casamentocom el,nenhum.-Oficialmente no-respondi-, porquea medelano gostade voc.Mas sempredei como certo de que haviaum acordoParticulr.- Bem,de arohavir;masnohi mais.Foi tudo o que eledisse om xceoe algosobreMrsErme ter recuperadonovamentea sdeda rma mais ex-traordintia uma observaoue, a meuve levava con-clusode que acordosprticlaresso de pouca utilidadequandoosmdcos ocompartilhamdeles.O que omeiali-berdade e nferir rnaisacuradamente que a moapoderia,de algumamaneira,er ferido seus entimentos. em,se,porexemplo,ele ivesse gidopor cimes,seriapouco provvelquefosse or cimesdemim. Nesse aso alm do absurdodacoisa , eleno ria seafastarustamenteParanosdeixarass, m com o outro.Poralgum empoantesdeeepartir nonospermitramos luseso esouro scondido, ,deseusiln-cio, que a minha discrio implesrnente mulava,eu haviatirado uma concluso em definida:suacorgem inh sees-gotadolsemardo seguiraomesmocamio queo meu;pelomenos essaoi a exterioridadeque me permitiu perscrurar.

    Mais do que ssoelenopodia fazer;no seria apaz e enca-rar o ar de riunfo com o qual eu eriaacolhidouma confissoexpcita.Ele noprecisavaer tido esseeceio, obrecoitado,pois a essaaltura u haviaperdido odanecessidadeevanglo-riar-me.Na verdade, cheique ui magnnimono censuran-do-o por seumalogro,pois a idia de ele er renunciado aojogo me fez sentitmais do quenunca o quanto eu afinal de-pendia dele.SeCorvick racassasseununca caria abendo;ningurnrnaisconseguiria adaseele,Corvick, no conse_guisse. o eraabsolutamenteerdade ue eu tivesse essdode nteressar-rneelo assunto; oucoa pouco,minha curiosi-dadeno apenas aviacomeado doernovamente omo se

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    136 HNRY iaMEstornrao tormento abirualdos meusdiase dasminhasnoi-tes. ndiscutivlmente, pessoasaraquem ormentosdess:rodemprccemlenosnaturais oqueas onrores edor deumaenfenndade;masanalde conras, o seiporquedeve-ri:scquermencionlasa esse ropsiro.De qu:rlquermanci,r. . . JLr \ poucJ\ \ \ .ors. nornr. r i ,r rn; r ' ,com s qLt . r i . i .nrahistriaseocupa,a irerattua urn ogo de habilidacles,habi l idade ignif ca oragem, coagem ignif ica onra,ehonra significapaixo, ida. O prmioem consideraoinhaum '. rr t idoe.pc, re. t rolcr .' ramno' , r ' menl( agi rt .m:r,serrJ\mo- o\en volLa o prnovcrdeio aL(l l l rm( tc lu, r .to osso urnos ogadorcs e Montc Carlo.Dc ro,GwcndolenErme,com suasies lidase olhar ixo, erio mooeroexatodaquelasmulheresmacilcntas nconuadas esscsemplosdafortune.Na ausncia e Corvick notei queelaesrimulav sseanalogia.Era cxtravagante, dmito, o nodo como el viviapara rtede escrever. uapaixoatormcntava- isivelmen-te, e cl suil prescna, u me sentiqLlasenerte.Resolvi clerL no Funda:craum deseftono qual ela seperdera,masnoqu,r r : :mbem;br i rrurnrurprcrndenrebrrracon.r . rrei . rrmf,cavidadcda qual Corvick, mais extraordinariamente inda,

    No comeode maro, eccbiurn relegrama ela,emconseqnciao qual clir igi-memediar:rmcnteChelsea,orde a primeiracoisaqueme disseoi:' LIedescobriu,ledcscobriuj5uaem,,ao.om,, ude er. r ingi r al r rren. idzderreL r , p61l; i2,1rr"" rele-indou grand,2conlermcnro.A idiadc Vere

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    134 HNY lMEs- Para er Verekere paraver a rnim. Pensc o quc eletem parame dizerEu fiquei ern dvid:r:o lrc,r indi.ra

    Qrre ndi ' n.d. rol , reVrreker. .oLrc, ,c 'c r l rodotlPetc.-Mas comovocdisse, lecertrmenrevar oscscreverFla icou pensativa, om ar inspirado,e me lembrci clccomo Covick mc disscr, algum empo, que seu osroeriuteressante.-Glvez no caibanurna carta,se or "rnenso".Tah'ezno, se :oruma imcnsaasneira. eele possuiagrrrrr:ui 'aq ue r.ro rbenumr , Jrl . nJopo*ri : r ,' i \ . ,ver.dadeira.O queo prprio Verekeimc esscverou exatarenrequeo oelcnn c:geltanLLll lJJrta,Bem, :i passci m telegrama o George... uaspl-\rr i di ' reCrvenclolen.- Sctia ndiscretode milha parteperguntrqueisso?Eia demorou um pouco mas finalmenteenunciou-:s:- (f timol exclmci. Vr)u r.stir tambm; vouenviar-he m tccgnma gua.v: i

    1 ; in l rr , pr l r r r . . 'n. ro olm. lor.m. igu. r is :oloquei urr . r n .J .Vl rroIug, ' rd, ' : r '1, . :e. oo, rer iormer re.om(upr\ ' r , , t iLoLrpJ-tecendo tmaisapropriado, oisqtanco inalnente tivemosnotcir de nosso ijnte i para icarmossimplcsc comple,tamcntc antalizados. le oimagncocm seu riunfo, descre-veu suadescoberra omo scnco randiosa;masseu rcbtx-mento s :r ocultou: no haveriapormenorest que tivesse

    A V D PR vaDA OurRAs H soRra5 13 9submetido u:rdia autordade uprem. c desistira e suanisso,desistira o livro, desistirx e tudo nerosda necessi-dade mediatadc correrpraRapalo, a cost: cnoves, ndeseenconrrv reker. ,screvi-lhcma cartaque deveria car suaespera mAclen;nela ogavaJhe lueaiviassc inha an-sieclade. indco de clue eccberminla carta oi-me cladopor um telegrama ue, endo chegado smnhasmosdepoisde dias ediosos semque tivesse ecebido uquer esposta acnicamensagem nviada Bombrim, rinhaaevidente tr-tenode servircomo rcspost sduascomunicrcs.Estvescitoen rncs oloquial, rancs tuxl,cloqual Con'ick fa-zi uso reclente aramostmr que no erapedante.Sobrca-gumaspesso:s, efeito era o contrtio, mas su:rmensagempodeperfeitamente crprfrseda:Tenhapacncia; uerover a cxri que vai fazerquando ficr sbenclo ""Tellementenviecle oir ta rtel", oi o que ive quc agentar m siLncio).No scpodedizerque me tenha calmentemnddo em siln-cio.poi . .nrhro cdeque.ne.. .r p"c:. v i . rmovimenr"n'do-mc ruidosamente ntteminha cu:r e a casinha e Chelsea-Nossa rnpacincia, dc Grvendolen a minhaJerascmeh:n-te,maseL ontinuvcom spennas equcseLl onhecimen-to fossemaior. Durntc csse psdio, arapessoaslenoss:sposscsi :st:mosmuito dinheiro cm telegrmas canos delrluglre,e eu cotva ecebernoticiasdc R:rpallo rnediata-mente aps rcuniodo descobridor orn o dcscobcrto.Esseintervalo p:rreceu lurru sculo,mas urrr dia bem trdc,ouvi um veculoprecipitar-se m clirco minra porta como estardahao casiorcloor una sugesto e magnanimi-cladc.Eu vir'a corn o corao rasmose dessemodo puleipraajanela,um novimcntoqueme proporconouavisodeum ovem senlora e p no estribode um cabriololr:rnclorsiosamentearamnha casa. o rnever elabrandiu um pa-pel com um gestoclLr.-e fcz descermei"t"rtr.n., o g"t

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    140 HrNY laM.scom o qual,em melodramal, rander-seeros comLltesclTro -d;f:ii":..--" Ac'btle nrc crcontrar con Vcrckcr: Nem um: virgulaerreda. brou-me orrernenre. lospcda-mc m ms".Foi oque i no papeenquantoo cocheirodo dto de seupoicifo noslanava m sorrisodvertido. Na niha excirlo,paguci-ogcncrosxmcntc, ea,na dela,consentiu;ento,erqu:nto lese etifava, omeamos caminharde um co ra o outro ca conversar; tnhamosconvcrsado astante ntes, Deussabe uanto,masdessavezoi uraeuforir meravilhosa.ma-ginamos oda r cenaem Rapalo, araoncc criacscrito, nen-cionarcolleu noure,pednclo errnisso ar:r :rzer Lnuvisi-tr; isto , cu

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    142 I IEN RY l M r sCorvickqueeudrLvdavameios.ssosimplesmenrecompel iu,Dlea ndagar-me e moano havia mprovisadoum noiva-do naquclcexatomonento rememor:rndo m antigo oulascunhando n rovo a fim dc alcanar sarisfao esc-jada.Eadeve er tido recursos ue me fltxvamJmas ornouseucasoum pouco mas nteligveiexplicandoem seguida:Asituao quenossentros turmentc :ob -g.r,- 'oe n.- 'o r,,^r' -Jr. n,1ua'rro ane .r i \ervi \.r .Mas agorevoc chaque poder dspensar conscn-ti1entoda mxneAh hh- ' " " - .h"- "" ' i " . - lEu fiquei imaginandoaondepoderiachegar, el con-tinuou:-Pobrezinha, possvc uceaengula r plula.Na ver-cladc,.. acrescentouom .rmx isdi , cla realmente aiter que engoli-a uma airmao uja fra, en onle dctods^ essoasDvolvidas, dmiti plcnamente.

    \1i,adamaisvexrtrio amasme aconrecera:nres a chegada eCorvick lnglaterra,dei-meconrade quc noestafia pareceblo.Fui chrm:rdoabruptamente Alemenlu por causaclaaarmantc oenade meu irmo mais moo, que, conrr,rianclomeus onselhos,inha clocstuclarmMunique aertc clapnruraa rieo, omodiscpulo c um gnnclemese.Aprenrprxm:rqrLc hc davauma mes:da me:rnetirle se,sobquaisquer retextos, lc bssc procurade algurna enlaclc upe-rior em Pris sendoParis, e algumaforma,paraunra ia cleChctenharr,aprpriaescola o mal,o abisno. Deplorci ssetipo de preconceiro a ocr,so seuprofundoe danosoefitofazia-seer :rgora: rineiro pelo ato de quc no salvarir po-bremenino,queerir alenroso,m:rs racoe olo, da nfamao

    A V o PR vaDA E ourRs H 5R 5 14 3dospulmesi , segundo, elmaiofdistncia e Londtes.u(o e\e, ro e\undel .1-r .:n loJi /er . Lroque r: i ' nre i -nha cabea urante odis aqucl:s ernarse ansiedaderaa mpesso cque,se o nenos stivessel Paris, odetiacarumaescapada i, a Londfcsencontrr-me on Corvick. Issoerx reaimentemPossvcl, ob todosos pontos dc vista:mctlirmo, cujarecuperaoeu-nos,a mim c a ele,mutto o qucfazer, rcou doenre rsmeses) urnteos quaisno sadoseuladoc ao tnlno dosquais ivemosque nosclefrontar orn aproibio rbsolut:r e um retorno In8fera () morivo doclina imps-sc rneu rmo no estav m condies esu:-neter-se elcsozinlo. evei-oparaMcranoe :passei verocorn ele, entndoensinarJhe, or cxemplo, ollo volt a t_balhar,e crrlcivanclon liPo de rvaquc rbsolutementenotentei he cnsinar.'loda asiruao emostrou er primeirade uma sriedc fenmcnosntcrligados e um modo toesrranfro ue, o_ados em conjunlo - que ercornoeu tinha que tom-los- coDstituem m exemplo, o bom quantoPossae lem-bra da maneira omo,palo bemde suaalmProvavclmente,o destinosvezesrata vdezde un omern Essesncdcn-rc ' r r 'e , 'm e.u l ' . ,do ', a i ' . . rnp '

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    144 HNRY laMjfaltava.Ele comeara escrcvermediaEmenre arauma pu-blicao rimestral,a ltima e definitiva palavrasobrea obrade Vereker,e esse studoexaustivo, nico a ser evadoemconta, . existi cenderia ma nov uz e expressaria ah,com tanta discrio - a verdade nimaginvel. Em ourraspalavras,econsrituiria dcseohodo tapeteem todasassuasconvolues o reproduzjria m todososseusmrizes.O rc_sultado,seguDdomeu amigo,seriao maior retrato icerrio.jamais intado,e o queeleme pediaercxatamente ue ssebem bonzinhoe noo percurbasseom pergunms requeelependurasseuaobra-primadiantede mim. Eledeu,mc hon-r de declararque, ondode acloo eminelte moclelo, airan-do nasalturas msua ndiferena, uera ndividualmenteo es-peciaiscaquem seu rabalhomaissedirigia. u tinhr entoqueme compoftarcouroum bom meniuo e notenrir olharpor baixoda cortina antesdo espetculo onerjeu o pre-ciariamujto maisseespera.sseentado, em quierinho.Eu fiz rodo o possvel :rraesperarentadobem quieto,masno pudedeixarde dar um pulo tluando i no The Times,depois eestar uma ouduas emanaj mMuniclue,e, comoeusabia, ntes ueCorvick rvessehegado Londres,o ann-cio da morte sbitada pobreMrs. Erme. mediarameite,porcrtajped pormenoes Gwendolen,e ea-" ...r.u"., .rl,tndoquc suamcr;nha sucumbiclo insucincia ardacaque a ameaava longo tempo.Ea no disse,mas omei aiberdadede er nasenrelinhasquc do ponto de vir^ta e seucsmento, tambm de sua mpacincia que faziaumaboa parelha om a minha-, essa rauma souomaisrpi-dado que se esperava mais simplesd,_,1ucesperarclre avehasenhoraeugolisse plula.Na verdade,admito .anca,mcrrequene\d puc.r poi\ me orrespondi.rom ej.r om

    freqncia li algumas oisas ingulares m suaspalavrasoutrasmeisexrrodintiasindaem seus ilncios. cssemodo, pegandoda pena, evivoesse empo,c creme rrzoe

    A VLD PR v E O u 5 H rs o R a s 145vot estranhampressoe eu er sido,durinremeses, semque o desejasse,m espcie eespcctadororado.Toda mi-nha vida refugiara-se m meus ollos, os quais o dcsfile deacontecimentos areciaempenhaco m manter alrcgalados.Houve diasen que penseiem escrever Hugh Velcl

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    146 HENR l^M ssgnificoupara mim, e vou comPletara Pequena istrii deminha persisrnciadamnha dor com a afirmo incerudcgue,em vn postscriptun minhaprimeirssima arca araeadcposda tertvelnoticia,eu pergunteia Mrs. Corvick seseumari

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    144 HENRY lMrspregoquedeveria renderrmemente mnha nfeliz antasia,convertendo-a a obsessoa qual tenhoeternaconscincia.Mas ssos me evoua ficar maisastuto,maisengenho-so, apermitir que o tempo passassentesde renovf meu pe-dido. Nesse nterim haviamuitas especulesfaze e umadelas raprofundamente bsorvente. orvick havia ocultadoa nforrnao suajovemamigaata remoo o ltimo obs-tculo ntimidadeentreeles: ento irara o coehodx cr-tola.Foi idiade Gwendoleo,aceitando msugesto ee,adelberarcsscdrnal apenas om base o rentamento e al re-laoSerque o desenho o tapete poderiaserpercebidoe descrito ormaridos e suasmuheres poramantesunidospelo lo supremo? eio-mememria,de uma maneiracon-fusa,que em KensingtonSquare, uando mencioneiqu eCorvickpoderia er contadoa nossa onvetsa moporquem estava paixonado,&reker dssera ualquercoisaquesugeria ssa ossibilidade. odiano havernada de srionis-.o. mrr haviro sufi . iente ;ra me a;crpens,re eri uemecasar om Mrs. Corvick paraconseguir que qued.srripreparado araoferecerJhe sse reopelagraa e sua nfor-rnao?4h, essc aminhoconduzloucural", pelo menoserao queeu diziaa mim mcsmn4.\orasde perpexid;def-En-quanro\(u,eu pod(fi rverJlocrrueelaseecu\avaas\rr. , . . . i< 'adiantecontinu cesa o recinto de suamemria e emitir,atravs leseus hos,urna uz quebrilhavaem suacasa eser-t1\Ao fim cleseismesesive crteza bsoluta a compensaoq essa resenaalorosahe dava. nhamos epeddas ezesconvers"do obrco homem que nos unira- sobreseu alen-to, suapersonalidade, euencantopessoa, uacarreira ito-tiosa,seu errveldestino,e mesmosobreseuptopsitobri-lbante naquelenotvelestuclo ue deveriaer-se orrradoumreoaro iteLarioupremo, mum Velsouez rtico.Ela rne deraa entender om insistnciaqrre sLar. , . rrnpossibi l i rdae a larpor su.r b' l rnr( in. sur

    A V D PR VADA OUTRs H sR]s 149lealdade; ue nuncaquebraria silncio,que no fora dado "pessoaerta'- como dizia paraque o quebrasse. hora,porm, chegou nalmente.Uma noite em que me encotra-va a seu adonumavisitamas ongado quede costume, poieiminha mo com firmezano seubrao'

    Mas afinao que, realrnenteEla ezum longo. emorado si lencio'omeneio om acabea, eneroso penas elo ato de ser narticulado.Essa e-nerosidade o a mpediu de me atirar o maior, o mais agudoe o maisdesanimadorNunca " quejreceberano ecorrer eumavid que conheceranmeras ejeies, tive que eceb-lo ernplenacara.Recebi-o sentiquecom o duro golpemeusolhos se encherarn e grimas.Ento,por alguns nstantes,permanecemosentados llndo-nosmutuamente; rnsegui-da, evantei-me rn silncio.Eu estavamaginandoseela neaceitariaalgum ia;nas no oi isso lue xpresseim paavras.Eu disse nquantoalisavameu chapu:-J seio que pensar nto.No nadaUma lorgnqua edesdenhosaompaixo o mim for-mou-seem seusorriso ago;e entoela alou com um comdevoz que ouo atagora:

    f minha prpriavidal \E.rqo".,o .u ..p.r"u" p..dd" port4 .1" "crescentou:- Voco insutou- Est se referir,do a Vereker?- Estoume referindoao aecidoQuandoacancei rua, reconheci justiade suaacusa-o.E, erasuavida, reconhecisso ambm;massuavida,noenLanro.orno p.r..rrdo tempo. eu ugar outro nLererse,Um ano depoisda morte de Corvick eapubicou,num ni-co volume,seusegundo omaoce, ubjugaa,obreo qualmeprecipiteina esperanae encontrarnelealgum ecodenunci-

    ador,ou algumaexpressoweladora.Tircloque encontrei oium livro mqito melhor do que o que produziraquando mais

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    150 HENRY iM5jovem,-nostr:rndo,pensci,que aldarer melhorcscompa-rhias.lDe cciclo azoavelmententricado,eraum tPete onum dcsenhoprprio; maso dcsenho o crao que elrPoctl-rava.Ao cnviaruma crricasobrecleparaO Meia, tive a sur'pi.1. fi.". snlt.rldona tcdao ue um comentrio:i es.a-va pronto praserpblicado.Qu:rndoa revista aiu no tivcdvida cm :rrribuiro artigo, quc consicleei o gerabastanteexagelado,r Drayton Deane, clucnos velhos ernposhavi:rsido amigo 1eCowick, masques h poucr's emanasicar:rconhccendo uaviva. Eu rcccbera n dosprimeirosexem-plares o ivro, rnasDeane, videnterentc,ecebera m:rnre-ror ao meuSssim nresmo lenopossua mo cvecorn queCorvick doulavaornatosdegesso; leaplicav ouro flsosborradclas.

    x(- ei , rnr,c,m.1,. arJ(.n-feceu. udna c Pn"agen. i |r i tn. 'J op.,rr ni ,rde. r l ' l 'ofJ . o uultc\\e rrtdo ,rcno' 'eri ' . l 'c l 'clcnos redimitmos.Esclito nreiramentcdurantea esrdia eVereker o exteror, livro foraanunciadoem centenas c pe-rgrafos, om as olices ostumeiras.evei mediatamente m

    dosprimeirosexcmplares cm drvida(ccss:rez alimcntavaessa spcr:rna),Mrs. Corvick.Esse raa tnicaurilidade luerinlra paracle; cleixei nevitr'el ornenagem c O Meio pa,rtralgumde rnenteum poucomaisengenhosa dehumot umpouco rnenos rrirado.- Mas o reccbi disseGwendolen. DraytonDeanc evea gentileza e raz-loontem,c acabo e tcrmrar'u,LeiLur:.Ontcm?Como que eleo conscguiuo dcpressa

    - Jleconsegueudo to depressa le que vai fzcraresenha o ivro em O,41ela.

    A VrDA PR D E O RAs ll i o a5 151

    - 81e...Dteyron Deane... esenh:rndo l ivro ceVereker?Eu no podia acrcditarno qleouvraPorque noi gnorrc;apor ignornci ralql crF-uestremeci, as disseJheogo em seguida:

    Voc quem dcveriaescrcver rescdrado livrol- Eu o"rescnho" clisse a 'indo. Eu sou re-senhada'lNessenst:rnte, porta abriu_se e pat cm par'-Al, issomesmo,eaqui est cu esenhadorlDraycon Dcane estv om sL1seras omprdassua estaalta; ele inha vintlo p:rrasabcro que eaacrara eSerulda& Passagrtn raz-crhe uma norcia especialmentce-levante.Os jornaisvcspertinosinhnr acbado e seircomum telegramasobrc autordcssa :ra,

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    152 HrNRY lMEsa frente.Ela conseguira quequeriasem sso.Eu tinha certe-za de que senoo tivesse onseguido ano ria privar-se oempeo de sondJopessoalmenteor causa aquelasesrri-6es uperiores, ais compreensveisoshomensdo que nasmulheres, ue,no meu caso, serviram omo fator de nibi-o.No que o meu caso,porm, apresso-me acrescentar,apesarda omparaonjusta,no osse astante mbguo.opensarque VerekerpoderiaestarmorrenclonessemomentoJuma onda de angstiaenvolveu-meor{o,uma dolorosa en-saodo quo contraditoriamenteeu ainda dependia clele.Um problernade sade elicada o qual a minha nica com-pensaooi permitir que me refreasseaviadeixadoospese osApeninos ntrens,masaconscincia aaproximao orn sugeria ue em meu desesperooderia er ido, afinal, aoseuencontro.E claro que no teria feito nadadisso.Espereiunscincominutos enquanto neusamigos onversavamobreo novo ivro, e quando Dralton Deane nvocou minra opi-nio, respondi- ihe,evantando-me, ue detestava ug hVerekere que simple-smentelo conseguia-lo.Parti com acertezamoraldequeao echar-se porraarrsdernim, Deaneme :rcusaria e ser errvelmente uperficial. uaanfitri no ocontestaria, esse onto pelo menos.Vou continuara regisrrar um ritmo mais igeiro a pro-fundamenteestranha ucessoe acontecimentos.issema-nasdepoisdissoveioa morte de Vereker antesdo ano ermi-nar,amorte de suamulher Eu noconhecera pobresenhora,mas inha av teoriade clue eela ivesse obrevivido o mari-do o rempo uficienrerra rornar-seon\enientemente.e'-svel, upoderiater-me proximado elacom tnueespern-a de neu apelo.Ela conhecera segredoE seo conhecia,falara? radesepresumirque, por inmeras az es,no terianadapara dizer;mascluandoelasaiucompletamente ora domeu al .an.e 'enti re; l rnentc Lie rcnn( i2cr . r mrc, ldo meu destino.Eu estava arasempreaprisionado minha

    A VrDA PrvD r Ors Hrrr s 153obsesso; euscarcereiros aviampartido e levadoa chave.Sinto-me urse o confu\oquanroum pri , ioneironumamasmorra com relaoao tempo que passouantesde Mrs.Corvick tornar-sea esposa e Drayton Deane.Eu antevira,atravs asgrades aminhaprisoesse esenlace,mboranotivesse avido precipitaornorae nossa mizadeivesse r-refecidobastante. mbos eram o "tremendamententelec-tualizados" que o casamentopareceuadequadospessoas,maseu calcuaramelhor do que ningum a riqueza de conhe-cimento com a qua a noiva contribuiria pr essaunio.Jamais, m um casamento os crculos iterrios assimosjornaisdescreveram unio , uma noiva recebera m doteto rnagnfico.Com adevida apidez omeceiaprocurarpeioelei to o evenro.' ro d,aquele [ei to ujo.sinrom:rsremon -triosseriamespecialmenteisveis o marido.Admitindo-seo esplendordo presente upcial da outra partcipe,esperavv-lo fazeruma demonstrao roporcional ampliaodeseu' e.ursor. u .aba urir eram eu. e. rsos: eu nigo o-bre \eruido e Pas,agenavia rosdadouma magempreci"r.Como eeseencontrav gomexmente a posio a qual,misextamenteind eu nome enconv, queiespreitanos provveisperidicos,ms apsms, entendo vistaramensagem e grnde mpactoqueo pobreCorvick no pude-ra transmitir e cuja esponsabilidadeeriasido affibudaa seusucessor vivae esposa, o ado da areira eacendida,eriaquebradoo silncioquesornente ma viva e esposa oderiaqlrebrar, , Deane eria icado to nfamadocom o conheci-mento do segredoquanto Corvick na suaprpria hora, ouGwendolenna dela.Bem, ele nflamou-se emdvida,masofogo aparentemente o viria a tornar-se ma fogueira.Exa-rninei ospeddicosem vo: Drayton Deaneenchia,as ep-ginas exuberntes,msretinha a pginaque eu mais ebril-mente ptocurava.Ele escreviasobre ilharesde assuntos, asnuncasobreVereker. uaespecialidaderadizerverdades ue,

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    154 HENRY lMscomodizia,sPessoasu receavam u ignoravam,masnuncdissea nicaverdacle ue me precia elevante aquees iasEncontreio casal aqueles rcuositerriosmencionados osjornais: dei ndciossuficientes eque eraapenas essesr-culosque rnhamosestabelecidoos encontrar'Gwendoenestavamaisque nunca compromedd: om elespela publica-ode seu erceiro omancee u mesmome untei denitiva-mente aogrupo mantendoa opiniode queesserabalhoerainferiorao que o precedera. rapior porqueelaestava ndan-do em pior companhiaSeseusegredo ra,comome disser,ruauida um latodiscernivelm seu rescenreio.um .r rde privilgioconsciente ue, corrigido nteligeotemente omamveis estos e boavontade,davadistino suaaPrncia-no tinhaporm uma nflunciadiretasobrc uaobra. ssoapenasazia tudo fazia com queseansiasse aispor ele;apenas noolvia-o um mistriomais efinrtlo e maissutil

    X'oipor issoqueno conseguimais irar osolhosde cirlade seumarido:assediei-oe ralmaneiraque devo lo deixadocon-trafeito.Chegueimesmo taoPontode ravar onversasomele.Ele oosabiamesmo,oo inhaherdadoo segredo, omoerade seesperar?ssa erguntazumbiano meu crebro.Ca-ro quesabia; aso ontrriono retribuiriameu olhar de m-neira o estranha. uamulher contaraa eleo que eu queriasaber elesedivertiaamigavelmenteom minha impotncia.Ele noria, no erado tipo que ri: seumtodo easubmeterminhairritao,afimde queeu me epusesseruamentei m 'conversa e urnvazio ovastoquntosuaenormeesta.Sern-pre aconceceueeu me afastar om uma firme convico es-sasvastidesdespovoadas, ue pareciam completar uma outra geograficamente untassimboizara deficinciade

    A VrDA PRrvD E OuR5 HLsA a5 155expresso parncia m Dryton Deane:eesimplesmenteno tinha a habilidadeparausaro que sabia,era iteralmenteincompetente ara etomaro servio ndeCowick parara. uimaisalm eraonico ampejode qlicidade uednha: con-venci-mede queo seruiore "t "f no.stava nteressado,nose mportava.verdade, onfortava-me astante onside-rJo escpido emais ara egozijar-seom aquiloque me fa-tava.Continuava o estpidocomo semPreora, e sso,paramim, realava esplendor ouradoem que seenvovia mis-trio. E caro,entreranto, ue eu precisavaer em mente quesuamulher poderia er imposto suas ondies exigrcias.Acima de tudo, rinha que embrara min mesmoque com amorre de Verekero incentivo principa desaparecera.e aestava indaparasergloricado o queescrevessemobreele;masno estavamaisa paradar suaaprovao. quem, a noserele, inha autoridade ara ssoNasceram lois ilhos ao casal,maso segundo ustou avida da me.Depois desse olpepareceu-meislunbrar umaoutm oportunidade.Puleisobreela em pensamentormas es-pereialgumtempoparaa ao; inamentenia oportunida-de chegou c umn manetra ;nLao"r.aria um anoque uarnulher falecera qlrndo encontrei Drayton Deane nosalode fum,rr de um pequenoclube do qual ambosramosscios,mas ondeeu no o via h meses, alvez orque o fre-qentasserrnente. sao stavaazioe a ocasio raprop-cia. Deliberadamente fereci-lhe, araacabr om o assuntopalasenpre, oPortlrnidade quasentique eleestivera ro-curandoh ongo tempo.Tendoconhecido uafalecidamuher antes indadoque voc comecei , permita-me dizerJhe lgoque mepreocupa.Tereiprazerem fazerqualqueracordoque queirapropor pela nformaoque ela deve er recebidode GeorgeCorvick, a informao,voc sabe,que eeprprio recebera,pobre rapaz,em um dos momencosmais elizes e suavida,diretamente e Hugh Vereker.

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    Eleolhou para rim comoun obtusobusro renolgico:A nformao. ?i - O segredo eVcrcker, neucaro, ntencogeraldcI seusivros:o o no qualasprols sto nfiadas, tesouroes-: condido, o ciesenho lo alrcte.ic corneou enrubcscer,snmerosn:rs alinciaslcrscucrnocomerm aParecer.Os livros dcVereker inham urna ntenogcralIo minhe vcz de olhar espantado.-Voc novai qucrer ne dizerquc no sabe isso?Porum momcnropensei uecstivesserincendo omigo.- Mrs. Deane aba. leobteve nfrmao omo dis-se,direramente e Corvick,que,pot suavez,depoisde umabusca nfinita e paraa alegra o prprioVerekcr,descobrira

    verdadeira ntrada :rcavetne.Onde fcacssaentrada?)cpoisde casacloslecortou, e contouunic:merte pcssoa ue,quandoascircunstrciasoran reproduzidas, evc cr conta-cloavoc amblnl. Estouelradoernsuporquc elao fezparti-cipar,como um dosm:risaltosprivilgios a reao ue inhacom ela,do scgredo loqualeraa nicadcposirra epoisc:rmortedc Corvic]

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    154 HENRY laMEs- Ah, "vvia' ...1 murrnutouele,afascando-sem

    POUCOClemlm.Meu remorso rsincero; oloqueiuma mo no seuombro.- Peohe queme perdoe... u me enganei.Voc nosabemesmoo que penseique soubesse. oc poderia,se euesrivesseerro, rer-me presradoum servio;e tinha minhasrazes r- uporque estaria m condies e me atender- Suas zcs ecooueie. Quaiseramsuas azcs?Olhe bemparaele;hesirei; ensei- Venhasentar-sequi comigoe vou lhe contar.Lcvei-oat um sol, acendioutto charutoe, comean-do com a histriada nicadescida eVereker asnuvens, ar,rei-lhea extraordinria adeia e eventos ue,apesr o claroinicia,havja-rne eixadono escuro taquelemomento.Emsuma, contei-lhe exatmente que escreviaqui. Ele ouviucom profunda areno percebi,paraminha surpresa, orsuas xcamaes,uas ergrntas)ue raleleno teriasic{oindigno de merecera confianade suamuher. O conreci-mento to brupto d su xlta de confiana eve um efeitoperturbador obreele;maseu vi o choque osta[tneo r dei-xando de doer pouco a pouco entoavolumr-se ovaJnente em ondasde espanro curiosidade ondasque prome-tiam, eu podia perfeitamenteavaliar,arrebeltar no fina aoencontroda fria dasminhas mais altasmars.Hoje possolrmar que como vrimas de um insaciveldesejono hnuita clifereua ncrensdois. O cstadodo pobrehomem quse m consolo ramim; h momentos elmerte m queme snto completamente ingado.

    A VIDAPRIVADA