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O CONSTRUIR Entrevista Celso Sabino - Secretário de Estado de Trabalho, Emprego e Renda. Para falar sobre os principais desafios à frente da Seter e sobre os investimentos destinados à qualificação social e profissional, o titular da Secretaria, Celso Sabino, concedeu entrevista ao “O Construir”. www.sindusconpa.org.br BOLETIM INFORMATIVO - ANO 08 - Nº 85/OUTUBRO 2012 SINDUSCONPA-PA Sindicato da Indústria da Construção do Estado do Pará Projetos desenvolvidos pela Seter qualificam trabalhadores no Estado do Pará

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O CONSTRUIR

EntrevistaCelso Sabino - Secretário de Estado de Trabalho, Emprego e Renda.

Para falar sobre os principais desafi os à frente da Seter e sobre os investimentos destinados à qualifi cação social e profi ssional, o titular da Secretaria, Celso Sabino, concedeu entrevista ao “O Construir”.

www.sindusconpa.org.br

BOLETIM INFORMATIVO - ANO 08 - Nº 85/OUTUBRO 2012SINDUSCONPA-PASindicato da Indústria da Construção do Estado do Pará

Projetos desenvolvidos pela Seter qualifi cam trabalhadores no Estado do Pará

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SINDUSCON-PASindicato da Indústria da Construção do Estado do Pará

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EXPEDIENTESede Administrativa: Tv. Quintino Bocaiúva, 1588, 1 Andar, Nazaré – BelémCentral Belém: Av. Nazaré, 649 – NazaréCentral Parauapebas: Rua 24 de março, 02 – Rio VerdeCentral Marabá: Folha 26, Quadra 14 – Lote 1, Sala 103 - Edifício Amazon Center - Nova MarabáProjeto Gráfico: Belle Époque Produtora/Gilvan CapistranoRedação: Gilvan Capistrano/ Vívian Carvalho Fotos: Vívian Carvalho/DivulgaçãoCoordenação: Eliana Veloso Farias www.sindusconpa.org.br

Nesta edição da Revista “O Construir” trazemos uma entrevista especial com o titular da Secretaria de Estado de Trabalho, Emprego e Renda, Celso Sabino. Durante a entrevista, o Secretário explica sobre os seus principais desafios à frente da Seter, sobre os investimentos que são destinados para a qualificação e inserção dos traba-lhadores no mercado de trabalho, além de ressaltar a importância da parceria com o Sinduscon-PA para a realização do projeto de qualificação profissional.

Esse projeto de qualificação, que encerrou no mês de outubro, trouxe benefícios não só aos educandos que participaram dos cursos como também à sociedade de Belém e Altamira. Confira, nas páginas 4 e 5, os bons resultados dessas atividades realizadas pelos educandos.

Esta edição traz também a cobertura de duas palestras que informaram os edu-candos sobre a prevenção de acidentes no trabalho e prevenção das doenças infec-tocontagiosas que podem acometer os trabalhadores. Essas palestras fazem parte do Projeto Social do Sinduscon-PA, intitulado “Construção Saudável”.

Já na página 11, os leitores conferem um registro da Trasladação e do Círio de Nossa Senhora de Nazaré. Como acontece em todos os anos, diretores e funcionários do Sinduscon-PA se reuniram na Central de Serviços do Sindicato para assistir às duas romarias e prestar suas homenagens a padroeira dos paraenses.

Nossa equipe deseja uma boa leitura a todos!

A Diretoria.

Consulta pública para NBRS de acústica está aberta até dezembro deste anoEstá em consulta pública até o dia 10 de dezembro de 2012, pela ABNT (Associação

Brasileira de Normas Técnicas), o Projeto ABNT NBR 10151 – Acústica – Medição e avaliação de níveis de pressão sonora em ambientes externos às edificações e para o 3º Projeto ABNT NBR 10152 – Acústica – Medição e avaliação de níveis de pressão sonora em ambientes internos às edificações.

A primeira diz respeito ao ruído comunitário a segunda ao conforto acústico interno aos ambientes. As normas foram elaboradas pela Comissão de Estudo de Desempenho de Edificações (CE-02: 135.01), do Comitê Brasileiro da Construção Civil (CB-02), da ABNT.

Os interessados podem acessar os textos no endereço www.abntonline.com.br/consulta-nacional e apresentar sugestões até o dia 10 de dezembro. A Consulta Nacional é realiza-da inteiramente on line, sem qualquer ônus, sendo possível acessar, visualizar, imprimir e apresentar sugestões aos Projetos de Normas da ABNT e do Mercosul, conforme instruções apresentadas no próprio site. As sugestões apresentadas contribuirão para o aperfeiçoamento das Normas Brasileiras.

Mais informações: www.abnt.org.br.

Marcelo Gil Castelo BrancoPresidente

Fernando de Almeida TeixeiraVice-Presidente

Manoel Pereira dos Santos JúniorDiretor de Obras Públicas de Edificações

Luiz Pires Maia JúniorDiretor Adjunto de Obras Públicas de Edificações

Lázaro Ferreira de CastroDiretor de Obras Públicas Rodoviárias

Paulo Maurício Oliveira SalesDiretor Adjunto de Obras Públicas Rodoviárias

Paulo Guilherme Cavalleiro de MacedoDiretor de Obras Públicas de Saneamento e Urbanismo

Wagner Jaccoud BitarDiretor de Obras e Serviços da Iniciativa Privada

João Ricardo Domingues LoboDiretor de Indústria Imobiliária

Alex Dias CarvalhoDiretor Adjunto de Indústria Imobiliária

Fernando José Hoyos BentesDiretor de Segurança do Trabalho e Meio Ambiente

Luiz Carlos Corrêa de OliveiraDiretor Adjunto de Segurança do Trabalho e Meio Ambiente

Paulo Henrique Domingues LoboDiretor de Materiais de Construção

Jorge Manoel Coutinho FerreiraDiretor Adjunto de Materiais de Construção

Luiz Sérgio Campos LisboaDiretor de Economia e Estatística

Armando Câmara Uchôa JúniorDiretor Adjunto de Economia e Estatística

Oriovaldo MateusDiretor Regional Sul do Pará

SUPLENTES DE DIRETORIA

Daniel de Oliveira Sobrinho1º SuplenteJosé Maria dos Reis Cardoso2° SuplenteÁlvaro Gomes Tandaya Neto3° SuplenteAlexandre de Souza Coelho4° Suplente

CONSELHO FISCAL

Lutfala de Castro BitarJefferson Rodrigues BrasilAntônio Clementino Rezende dos SantosClóvis Acatauassú Freire Antônio Fernando Wanderley MoreiraJosé Nicolau Netto Sabádo

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A CBIC esteve em audiência, no dia 24 de outubro, em Brasília, com o secretário de Política Econômica do Ministério da Fazenda, Márcio Holland, para tratar de temas conside-rados importantes para a melhoria do ambiente de negócios no Setor da Construção.

Um dos assuntos tratados foi o da inova-ção na Indústria da Construção. A entidade so-licitou especial atenção do governo para formu-lar uma política de fomento para inovação, que permita o acesso e a difusão de novos produtos e processos para todas as empresas, indepen-dente do porte e do segmento.

Outro item abordado foi o da inclusão da Contribuição Patronal Previdenciária (CPP) na alíquota do Simples Nacional para empresas de construção, como ocorre com as demais empre-sas industriais que se enquadram nesse regime.

A Secretar ia comprometeu-se em real i -zar estudos no sentido de avaliar os impactos fiscais da implementação do pleito em relação aos benefícios da medida para a competi t iv i -dade do setor.

A CBIC também manifestou o interesse de segmentos da indústria da Construção em partici-par do processo de desoneração da folha de pa-

gamento, substituindo o desconto de 20% da CPP por um percentual de 1% do faturamento bruto.

Márcio Holland informou que promoverá es-tudos sobre a questão, mas destacou que, pela diversidade de produtos, é importante avaliar a efetividade dos benefícios.

Foi ainda solicitada a extinção dos limites do Regime Especial Tributário (RET) para ope-rações realizadas com recursos. A Secretaria de Política Econômica também ficou de avaliar a solicitação.

Em relação à ampliação dos limites do Lu-cro Presumido, foi ratificado que o Governo tem posição contrária. Por fim, a CBIC manifestou ain-da preocupação do Setor, por estar no final da cadeia de produção e ser intensivo em mão de obra (que não gera crédito tributário), com a unificação do PIS/Cofins e dos impactos negativos do risco de regime cumulativo.

O encontro reforçou o diálogo entre o Setor e a Secretaria de Política Econômica para avan-çar nos temas tratados e outros que porventura possam surgir e que permitam ajudar o setor a melhorar sua competitividade.

Fonte: CBIC

CbiC pede ao Ministério da Fazenda atenção especial para formulação de Política de Fomento para inovação

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O projeto de qualificação profissional, fruto da parceria entre o Sinduscon-PA e a Secretaria de Estado de Trabalho, Emprego e Renda (Seter), trouxe melhorias não só para os educandos como também para boa parte dos moradores de Belém e Altamira.

Indo além da qualificação profissional, os participantes desse projeto construíram e consertaram vários espaços pú-blicos, que agora podem ser usufruídos pela população des-sas cidades.

De junho a outubro, os 780 educandos que participa-ram dos cursos em Belém tiveram a chance de vivenciar tan-to a teoria quanto a prática das profissões que escolheram. Educandos dos cursos de ferreiro, carpinteiro, pedreiro, pe-dreiro de acabamento, mestre de obras, pintor, instalação hidráulica, eletricista predial e residencial e soldador par-ticiparam de aulas práticas na Escola Estadual de Ensino Médio Prof. Orlando Bitar, na Igreja Adventista do Sétimo Dia, na Universidade Federal do Pará (UFPA) e na Central de Serviços do Sinduscon-PA.

“Tivemos muitas aulas práticas e acredito que isso tenha sido essencial para a nossa formação. Pintamos vá-rios espaços e, além de aprendermos, nós contribuímos para melhorar esses locais, que agora podem ser utiliza-dos por outras pessoas. Foi um curso que eu gostei bas-tante de fazer”, opina Sérgio Carvalho, que participou do curso de pintor predial.

De acordo com o Presidente do Sinduscon-PA, Dr. Mar-celo Gil Castelo Branco, essas boas práticas que o projeto deixa para a população reflete que o Setor está atuando e

Projetos de qualificação profissional trouxeram melhorias para a sociedade

cumprindo com a sua missão estratégica. “Atuar de ma-neira positiva na qualificação profissional significa que a missão do Sinduscon está sendo alcançada e isso é muito gratificante, pois as empresas terão profissionais mais qualificados e a sociedade ganha obras de quali-dade”, opinou.

Assim como o educando Sérgio Carvalho, todos os outros participantes dos cursos contribuíram para melhorar espaços de uso público. No colégio Orlando Bitar, os educandos pintaram as paredes, consertaram janelas e portas, fizeram reparos na quadra de espor-tes, instalaram bebedouros, consertaram a parte elé-trica, construíram uma rampa para deficientes físicos, entre outros. As mudanças foram percebidas por todos que frequentam a escola.

“A rampa que eles construíram foi o que mais nos chamou atenção, pois no colégio estudam alunos que são deficientes físicos e essa rampa era muito ne-cessária. O colégio também ficou bem mais bonito, pois está pintado e sem buracos”, afirma a aluna do terceiro ano do ensino médio, Thayane Malrecy.

Já na Igreja Adventista do Sétimo Dia, localizada

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no Bairro da Terra Firme, os educandos revestiram as paredes, fizeram reparos nos assentos e no forro do teto, além de cons-truírem um muro entorno do local, proporcionando mais segu-rança ao público que frequenta a Igreja.

A Central de Serviços do Sinduscon-PA também ganhou uma nova aparência graças ao talento dos educandos, que pin-taram as paredes, janelas e portas. Emolduraram ar condicio-nados, fizeram reparos na parte elétrica e trocaram os pisos.

“Nas atividades práticas os educandos vivenciaram o dia a dia da profissão. Aprenderam exercitando as atividades como se já fossem profissionais”, opinou o instrutor do curso de Pe-dreiro, Jean Carlos Sales.

Para a gestora da Central de Serviços do Sinduscon-PA, Dra. Eliana Veloso, esse projeto de qualificação profissional traz benefícios à toda sociedade. “As experiências em qualificação apresentadas pelo Sinduscon-PA à Seter, por meio de convê-nios, demostram a expertise da instituição em serviços que be-neficiam o Setor da Construção. Boas práticas em qualificação social e profissional apresentam resultados incomensuráveis porque todos ganham, principalmente, os trabalhadores e a so-ciedade como um todo”, ressaltou a gestora.

Altamira - Já os 400 educandos que participaram do projeto de qualificação profissional no município de Altamira aproveitaram as aulas práticas dos cursos para exercer a so-lidariedade: eles edificaram toda a casa de um educando que participava do curso de pedreiro.

Os participantes se sensibilizaram com a história do edu-cando, que não tinha condições financeiras para continuar a cons-trução de sua casa. “Os educandos fizeram toda a parte hidráulica dessa casa, também fizeram o piso, edificaram e pintaram as pa-redes, entre outros reparos”, afirma o instrutor do curso de pintor, Júnior Cruz.

Em Altamira, os educandos também pintaram toda a fa-chada do Sine (Sistema Nacional de Emprego), além de reali-zarem outras atividades em vários espaços públicos. Como no Xingu Praia Clube, onde os educandos construíram um banhei-ro, reformaram o telhado e fizeram reparos na parte hidráulica.

End.: ROD. PA-150 (ALÇA VIÁRIA) KM 2,5 S/N - MARITUBA/PATEL/FAX.: (91) 3184-8500 / 3184-8560

As aulas práticas aconteceram também na Central de Serviços do Sinduscon-PA

Orlando Bitar ganhou reparos essenciais que beneficiarão a comunidade escolar

Educandos ajudam a construir uma casa em Altamira

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Os cursos de qualificação profissional promovi-dos pelo Sinduscon-PA em parceria com o Governo do Estado do Pará, por meio da Secretaria de Estado de Trabalho, Emprego e Renda (Seter), encerraram no dia 26 de outubro.

Desde junho até outubro, foram qualificados 1.180 educandos nos municípios de Belém e Altamira. Durante cinco meses, esses educandos tiveram a chance de parti-cipar de 11 cursos voltados para o Setor da Construção e, agora, estão qualificados para o mercado de trabalho.

Para falar sobre esse importante projeto de quali-ficação, fruto da parceria entre o Sinduscon-PA e a Se-ter, o titular da Secretaria de Estado de Trabalho, Em-prego e Renda, Celso Sabino, concedeu entrevista ao “O Construir”.

Durante a entrevista, o Secretário explica também sobre os seus principais desafios à frente da Secretaria, os investimentos destinados para a qualificação profis-sional e para a inserção dos profissionais no mercado de trabalho, entre outros assuntos. Confira:

O CONSTRUIR: Qual a missão da Secretaria de Estado de Trabalho, Emprego e Renda (Seter)?

CELSO SABINO: O Pará vive um momento ímpar em sua história, pois nunca se investiu tanto no estado. E esse investimento se reflete em diversas áreas, prin-cipalmente no setor da indústria, do comércio e da pres-tação de serviços. De acordo com dados da Fiepa serão investidos, nos próximos cinco anos, no Pará mais de 130 bilhões de reais. Com esse investimento, o estado deve gerar mais de 250 mil novos postos de trabalho, e isso é uma marca muito positiva.

Temos hoje um mapa exato de emprego no Pará, onde nós sabemos quais são os municípios e as áreas que mais empregam, dentre eles, o setor que mais em-prega no Pará é o da construção civil. Por isso, o traba-lho da Seter faz parte da missão do Governo do Estado, pois primeiro o governador elegeu como meta principal a redução da pobreza e desigualdade social e elencou algumas submetas, entre elas, a geração de emprego e a melhoria da renda dos paraenses.

O CONSTRUIR: Quais os seus principais desa-fios à frente da Seter?

CELSO SABINO: O nosso desafio é identificar os empregos que estão surgindo. Quais são esses empre-gos e quais as especialidades que o trabalhador preci-sa ter para preencher essas novas vagas. Aí entra o papel da Seter, qualificando o trabalhador paraense para que ele esteja apto a preencher essas vagas.

Hoje, os recursos do estado para qualificar a mão de obra são pequenos e nós precisamos acertar o alvo. Então, a gente tem direcionado os cursos de qualifica-ção profissional para os municípios e as atividades que mais estão empregando. Por isso, temos feito muitos cursos na área da construção civil, tanto para quem não tem qualificação nenhuma na área, quanto para os que já estão empregados e querem melhorar a sua renda. Com base nisso, nós já realizamos, nesses primeiros 10 meses do ano, a qualificação profissional de 1.400 pes-soas na área da construção civil. Os cursos que a Seter desenvolve na área da construção civil tem o maior índi-ce de empregabilidade, mais de 70% das pessoas saem com a carteira assinada.

“Em 2013 vamos investir em torno de R$ 30 milhões de reais em qualificação”, afirma o titular da Seter, Celso Sabino

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O CONSTRUIR: Além dos projetos de qualificação, quais as estratégias existentes para a inserção planeja-da dos trabalhadores - especialmente os já qualificados nos cursos - no mercado de trabalho?

CELSO SABINO: Nós temos grandes centros de inter-mediação de mão de obra, como a Casa do Trabalhador e o Sine (Sistema Nacional de Emprego), que está em 50 muni-cípios do estado do Pará. Temos também a meta de implantar um balcão de intermediação de mão de obra em todos os 144 municípios do estado. E no momento em que cadastramos os beneficiados para fazer parte dos programas, já fazemos um cadastro dele em nosso banco de dados de empregos e come-çamos essa intermediação de mão de obra com as empresas que estão se instalando no local.

O CONSTRUIR: O Sinduscon-PA tem se posicio-nado como uma instituição parceira da Seter na questão da qualificação profissional, realizando cursos direcio-nados ao Setor da Construção paraense. Como o senhor avalia essa parceria?

CELSO SABINO: Nós temos uma parceria muito estreita com o Sinduscon-PA, que tem cursos de capacitação profissio-nal muito reconhecidos na área. Essa parceria tem mostrado uma empregabilidade muito boa, pois mais de 70% dos be-neficiados tem saído dos cursos com a carteira assinada. E é muito gratificante acompanharmos os resultados desses cursos e vermos que as pessoas estão satisfeitas, com uma perspectiva de emprego e melhoria de renda que antes elas não tinham.

O CONSTRUIR: Quais são os investimentos atuais previstos para a qualificação profissional no estado?

CELSO SABINO: Para 2013, temos em torno de R$ 30 milhões de reais para serem investidos em qualificação em todo o estado do Pará, mas essa divisão de valores vai ser ditada pelo mercado, que é dinâmico. O que eu posso dizer é que como esse ano a maioria dos cursos foi direcionada para a constru-ção civil, é provável que em 2013 siga esse mesmo ritmo, que os cursos de qualificação profissional estejam nessa área.

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No mês de outubro, mais de 300 educandos que fizeram parte dos cursos realizados pelo Sinduscon--PA em parceria com a Seter participaram de duas palestras realizadas na Central de Serviços do Sin-duscon-PA. As palestras aconteceram nos dias 05 e 08 de outubro e abordaram temas voltados para a prevenção de acidentes no trabalho e prevenção das doenças infectocontagiosas que podem acometer os trabalhadores.

A primeira palestra, que aconteceu no dia 05, foi re-alizada pelo Engenheiro de Segurança do Sinduscon-PA, Jorge Machado. O palestrante explicou sobre diversas atitudes inseguras que põem em risco os trabalhadores durante as suas atividades. Entre essas atitudes estão o não uso ou uso incorreto de equipamentos de segurança, a falta de orientação e capacitação dos trabalhadores e o uso de equipamentos danificados.

“Cabe ao trabalhador utilizar o equipamento de proteção individual apenas para a finalidade a que se destina, comunicar ao empregador qualquer alteração que o torne impróprio para uso e cumprir as determi-nações legais sobre o uso adequado do equipamen-to”, ressaltou.

Utilizando diversos vídeos, que tornaram a palestra bastante interativa, o engenheiro explicou sobre vários acidentes que podem ocorrer caso o trabalhador não esteja atento como, por exemplo, os choques elétricos e as doenças associadas aos riscos ergonômicos, como postura inadequada, carre-gamento excessivo de peso e imposição aos ritmos intensos de trabalho.

Palestras orientam os educandos sobre a prevenção de acidentes e doenças no trabalho

Já no dia 8 de outubro, os educandos participaram da palestra que integra a Campanha Construção Saudável. A técnica em enfermagem, Rafaelly Miranda, explicou sobre o contágio, os sintomas, o tratamento e a prevenção das doen-ças: dengue, hanseníase e tuberculose. Ao final da palestra, o público recebeu a cartilha da Campanha contendo as infor-mações abordadas durante o evento.

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Desde o dia 11 de outubro, a capital paraen-se está mais bonita graças ao projeto “Belém Cidade Luz da Amazônia”, que em comemoração ao Círio de Nazaré vem iluminando os locais públicos da cidade, como prédios comerciais, árvores, postes, chafariz e pontos de praças, decorando-os com lâmpadas, si-nos, anjos, laços e estrelas.

Idealizado pelo Sistema Federação das Indústrias do Estado Pará (Fiepa), o “Belém Cidade Luz da Ama-zônia” é um desdobramento do projeto “Um presente para Belém”, que teve início em 2011, e iluminou a Praça Batista Campos desde outubro até o aniversá-rio da cidade. Neste ano, o projeto também segue até janeiro, quando é celebrado o aniversário de Belém.

Mesmo tendo como ponto principal a Praça Ba-tista Campos, desta vez o projeto “Belém Cidade Luz da Amazônia” acontece em toda a cidade. Por isso, a população está convidada a participar e iluminar as suas residências até o mês de janeiro.

“Com o projeto ‘Belém Cidade Luz da Amazô-nia’, criamos uma nova referência para a capital pa-raense, contribuindo inclusive para resgatar o título de metrópole da Amazônia”, afirma o superintendente regional do SESI e idealizador do projeto ‘Um presen-te para Belém’, José Olimpio Bastos.

Em 2011 mais de 250 mil pessoas foram con-ferir as luzes de Belém. Este ano, a festa está ainda maior e mais bonita, com mais de cinco quilômetros de lâmpadas decorando a cidade.

“belém cidade luz da Amazônia” ilumina a capital paraense

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De acordo com o art. 129 da CLT, sabe-se que todo empregado após 1 ano de trabalho (chama-do de período aquisitivo) faz jus às férias, deven-do essas serem concedidas durante os 12 meses seguintes (art. 131 da CLT), chamado de período concessivo, caso contrário, o empregador as paga-rá em dobro.

No entanto, mesmo sendo um direito do em-pregado em gozar o período de férias, essas são mar-cadas pelo empregador, tendo esse o dever de comu-nicar ao funcionário o período de gozo com 30 dias de antecedência.

Porém, a questão mais delicada é quando se trata dos funcionários que se ausentam do trabalho, seja por auxílio doença ou por auxílio comum. Como fica a concessão das férias desses empregados?

A ausência do empregado no ambiente de trabalho, não pode ser considerada culpa do em-pregador. Muito menos ser esse condenado ao pa-gamento de férias em dobro no caso do empregado encontrar-se ausente de suas atividades face auxí-lio doença ou coisa do gênero.

No momento em que o empregado entra de benefício, o contrato de trabalho fica suspenso. Logo, suspende-se também seu direito de gozar as férias. É como se o prazo do período concessi-vo parasse de contar durante todo o período que aquele funcionário estivesse fora da empresa e

seu cômputo só retornasse quando retornasse às suas atividades.

Nesse sentido, o período concessivo se es-tenderia para além da data inicial, vez que o empre-gador não pode conceder férias a alguém que não esteja presente na empresa.

É lógico que a empresa não tem como progra-mar o retorno do empregado afastado, eis que nem mesmo esse sabe quando se ocorrerá o retorno, tornando difícil que a empresa deixe as férias do funcionário já escaladas.

Ademais, a empresa sempre organiza a es-cala de férias de modo que isso não prejudique suas atividades ou gere prejuízo para qualquer das partes, tanto empregado quanto empregador, o que torna difícil colocar o funcionário afastado em escala de férias, tão logo esse retorne.

Por mais que parte da doutr ina tenha tal pensamento, isso ainda é muito discut ido, va-lendo-se nossa just iça de posicionamento con-trár io. Assim, o mais indicado para as empresas é que, tão logo o empregado afastado retorne ao trabalho, não esperem até o f inal do período concessivo para conceder o descanso das fé-r ias ao funcionário, evitando, assim, a possibi-lidade de serem cominadas ao pagamento das fér ias em dobro.

Por Dr. Erick Brito (Advogado – Área Trabalhista)

Afastamento de empregado em meio ao período concessivo – suspensão do contrato de trabalho – concessão das férias

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A festa religiosa mais importante para o povo pa-raense, o Círio de Nossa Senhora de Nazaré, foi vivida intensamente pelos membros do Sinduscon-PA. A Cen-tral de Serviços do Sinduscon-PA, tem o privilégio de estar localizada em plena Avenida Nazaré, um dos principais corredores de passagem da Berlinda e, por isso, todos os anos, a diretoria do Sindicato e os fun-cionários se reúnem para prestar suas homenagens à Padroeira dos paraenses.

Este ano, não foi diferente. Diretores do Sindus-con-PA, funcionários e seus familiares estiveram reunidos na Central de Serviços do Sinduscon-PA, para assistir às duas principais romarias que fazem parte dessa festivi-dade religiosa: a Trasladação, que aconteceu na noite de sábado, 13 de outubro, e o Círio de Nossa Senhora de Nazaré, que aconteceu no domingo, 14 de outubro.

Para assistir as duas procissões, uma arquiban-cada foi montada na entrada da Central de Serviços do Sinduscon-PA. Nela, os convidados puderam ver bem de perto a passagem da Berlinda e a emoção dos milhares de fiéis que acompanharam as romarias.

Trasladação

De acordo com o Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (Diee-se) cerca de 1,4 milhões de pessoas acompanharam a Trasladação este ano. A romaria, que antecede a

procissão do Círio de Nossa Senhora de Nazaré, emo-cionou os fiéis que acompanharam a Imagem Peregri-na durante a noite.

A Trasladação começou aproximadamente às 19h, após o Núncio Apostólico no Brasil, Dom Gioavanni Agnello, representante do papa Bento XVI no país, celebrar a missa em um tablado em frente ao Colégio Gentil Bittencourt.

Durante a Trasladação, os milhares de fiéis percor-reram mais de 3 Km, em aproximadamente 4 horas de procissão, até a chegada à Igreja da Sé.

Círio

Já no domingo, 14 de outubro, mais de dois milhões de fiéis participaram da procissão do Círio de Nossa Se-nhora de Nazaré, que percorreu cerca de 3,7 km até che-gar à Basílica Santuário. Após 6 horas de procissão, por volta das 12h30, a imagem de Nossa Senhora de Nazaré chegou a Praça Santuário, em frente à Basílica.

Além de se emocionar com a passagem da Berlinda, os que acompanharam a romaria na sede da Central de Ser-viços puderam ver de perto o sacrifício e a fé dos fiéis que seguraram a corda do Círio. Este ano, cerca de sete mil de-votos acompanharam a procissão segurando a corda, que foi cortada um pouco antes de chegar à Basílica.

Diretores e equipe do Sinduscon-PA assistiram Trasladação e Círio de Nossa Senhora de Nazaré

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Boletim Econômicoboletim EconômicoAnálise Econômica Setembro de 2012

CoNjuNTurAEspecialistas divergem quanto aos rumos do merca-

do imobiliário. Em decorrência da situação de “arrumação de casa”, do atual momento que atravessa a Construção Civil, o Valor Econômico, realizou entrevistas com líderes empresa-riais e especialistas, para um melhor entendimento das dificul-dades e perspectivas do setor. O crédito imobiliário vive o me-lhor momento de sua história no Brasil. Instituições financeiras, Entidades de Classe e o próprio Banco Central (BC) preveem que em pouco mais de quatro anos o volume emprestado para a compra de casas, apartamentos e espaços comerciais devem dobrar. No período, alcançará uma participação entre 10% e 12% do PIB, ante os atuais 6%. Apesar desse considerável incentivo, muitas dúvidas pairam sobre a valorização das propriedades. Especialistas ainda debatem a existência ou não de uma bolha no setor. Enquanto uns argumentam ter havido uma forte alta de preços não sustentada, proveniente de especulação, outros ponderam que a demanda reprimida, os recursos à disposição e a mais baixa taxa de juros desde

1996, data de criação da Selic, sustentam um novo patamar de valores. O consumidor, em meio às avaliações conflitan-tes, assusta-se com a escalada de preços, as notícias de crise, a retração da economia e a possibilidade de perda de valor dos imóveis, tanto em caso de estouro de uma eventu-al bolha, quanto por uma piora do cenário externo. Por outro lado, a queda da taxa Selic e a consequente diminuição dos retornos na renda fixa têm levado investidores a olhar com certa avidez para ativos imobiliários, pois nos últimos 15 anos, os imóveis foram os ativos mais valorizados da econo-mia brasileira (978%). Ao mesmo tempo, as condições atuais de crédito para o setor com juros baixos e prazos alongados, de até 35 anos dentro das regras do Sistema Financeiro da Habitação, estimulam as pessoas a trocar o aluguel pela casa própria. Mas, afinal, o que acontece com o mercado? Os dados mostram, na verdade, que pode haver uma mistura de vários cenários, tanto de bolhas localizadas prestes a esvaziar quanto de segmentos notadamente aquecidos.

EMPrEgoEstado do Pará: Estado do Pará cria 3.493 empre-

gos formais no Estado do Pará, em setembro. A criação de empresas formais no estado do Pará no mês de Setembro atingiu 3.493 empregos com carteira assinada, redução de 40% no ritmo de criação de empregos celetista, comparado com o mês de setembro do ano passado, quando atingiu 5.875 postos de trabalho formais.As informações analisa-das apontam que o emprego formal no estado do Pará se-gue em alta, mas perde ritmo de crescimento.A construção civil expandiu o emprego formal em 2.245 vagas, sendo a maior geração de empregos celetistas do mês de setembro, quando comparado com os outros setores da economia pa-raense. O que sinaliza que o emprego da construção civil vem se recuperando e deverá puxar o crescimento dos em-

pregos da economia paraense até o final de 2012. Os seto-res de serviços e comércio criaram respectivamente 764 e 276 postos de trabalho com carteira assinada. A indústria de transformação mostra um avanço de 116 empregos for-mais e o extrativismo mineral 71 novos postos de trabalho, enquanto a administração pública registrou queda de -7 em-pregos formais. No acumulado de 2012 até setembro, a eco-nomia paraense registrou criação de 48.404 postos formais, praticamente iguais aos empregos formais gerados em 2011 que foi de 47.089 postos de trabalho. A geração de empre-gos no período analisado é significativa na construção civil quando foram criados 15.510 postos de trabalho formais, crescimento de 40% em comparação ao mesmo período do ano anterior que foi de 11.119 vagas com carteira assinada.

ÍND

ICE

S

Variação de setembro em relação a agosto: 0,42 %

C.U.B de Setembro de 2012 901,66Projeto Custo R$/m2 Projeto Custo R$/m2R - 1B 915,39 R16 - A 1.162,81PP- 4B 876,21 CAL - 8N 1.044,85R - 8B 839,32 CSL - 8N 904,72PIS - B 616,42 CSL-16N 1.208,00R1 - N 1.067,66 CAL - 8A 1.210,41PP - 4N 1.013,56 CSL - 8A 987,17R8 - N 901,66 CSL-16A 1.316,57R16 - N 873,61 RP1Q 907,11R1 - A 1.344,74 GI 530,29R8 - A 1.105,43

Fonte: (1) Sinduscon/Pa; (2) IBGE, (3) FGV. (*) Sinapi/Pa

Índices do mês - setembro de 2012Índice Mês Ano 12 Meses Fonte

C.U.B 0,42 2,78 3,32 (1)Sinapi (*) -0,09 1,72 5,92 (2)INCC-DI 0,22 6,37 7,49 (3)INCC-M 0,21 6,43 7,55 (3)Pavimentação 0,21 3,62 3,07 (3)Terraplenagem 0,23 4,10 4,79 (3)INPC 0,63 4,11 5,58 (2)IPCA 0,57 3,77 5,28 (2)IGP-M 0,97 7,09 8,07 (3)