revista adventista

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Exemplar Avulso: R$ 2,87 – Assinatura: R$ 34,50 22 Oração intercessória SEE vai levar a igreja a buscar o Espírito Santo e a reavivar sua comunhão diária 12 Noiva linda Ela está sendo conduzida ao altar para brilhar eternamente 14 Sábado e família Boa parte do sábado deve ser passada com os filhos

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REVISTA ADVENTISTA FEV2010

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Adventista.Revista . Fevereiro • 2010

Saiba por que Ellen G. White

tem sido alvo de ataques implacáveis

Os críticos e a integridade

dos profetas

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SEE vai levar a igreja a buscar o Espírito Santo e a reavivar sua comunhão diária

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12 Noiva linda

Ela está sendo conduzida ao altar para brilhar eternamente

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Boa parte do sábado deve ser passada com os filhos

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Ministério da música

Pode ser que algumas coisas de que gostamos não estejam agradando a Deus

A música, quando usada criteriosamente, é um ministério da mais elevada importância.

Nossa igreja, no Brasil, possui músicos competentes e todos contribuem para o

enriquecimento espiritual de nossas congregações. Os cantores, também, desempenham papel

significativo nesse ministério.

creio que, no campo da música, também nos cumpre evitar alguns desvios. Uma das recomendações de Ellen G. White é a se-guinte: “Que todos dediquem tempo para cultivar a voz, de modo que o louvor de Deus seja entoado em tons claros e suaves, não com dissonâncias e estridências que ofendam ao ouvido. A habilidade de can-tar é um dom de Deus; seja ela usada para Sua glória” (Mensagens aos Jovens, p. 294).

Três coisas básicas são vistas como precisando de ajustes no ministério da música: volume excessiva-mente alto nas igrejas, maneirismos vocais acentu-ados e uso imoderado de alguns instrumentos que, no contexto cultural de nosso país, relembram gos-tos e estilos identificados com a experiência anterior de uma parcela dos membros da igreja. Esses cuida-dos devem ser implementados tendo-se como parâ-metro lugar, finalidade, ocasião e público. Antigo di-tado preceitua: “Nem tanto ao mar nem tanto à terra.”

Deus deseja que exercitemos, sob a influência da Cruz, a capacidade de avaliar nossa conduta e nos-sos critérios.

Certa enfermeira fazia curativos numa pessoa cujo corpo estava coberto de feridas malcheirosas. Alguém se aproximou dela e perguntou: “Eu jamais faria isso.” Então, a abnegada enfermeira respondeu: “Eu também pensava dessa maneira, mas mudei de

opinião quando refleti no fato de que Jesus curou minhas feridas na cruz do Calvário.”

A sugestão para que alguns reavaliem seu ministério musical não invalida o que está escrito no primeiro parágrafo: “Nossa

igreja possui músicos competentes e todos contri-buem para o enriquecimento espiritual de nossas congregações.” Contudo, se você e eu entendermos que nossa filosofia de música não se coaduna, em alguns aspectos, com o verdadeiro louvor, abando-nemos os desvios e prossigamos “para o alvo”, inspi-rando-nos no que Jesus fez e faz por nós. Pode ser que algumas coisas de que gostamos não estejam agradando a Deus.

Líderes da obra, pastores, professores, músicos, in-térpretes, anciãos, oficiais e membros de igreja – to-dos nós precisamos fazer uma reavaliação sincera, profunda, com amor e equilíbrio, sem atitudes ex-tremistas, levando em conta o fato de que, em breve, vamos cantar na presença do Altíssimo. Amém!

RubeNS LeSSA é editor da

Revista Adventista.

rubens.lessa@ cpb.com.br

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Gosto de música, mas não sou músico. Quando falo ou escrevo sobre o assunto, me limito aos as-pectos ligados à adoração e à influência do minis-tério da música. Neste editorial, porém, farei ape-nas uma singela reflexão.

Tenho ouvido apurado e sofro quando alguém sai dos trilhos. Mesmo assim, quando noto sinceridade no intérprete, procuro extrair lições da mensagem apresentada. Demonstro a mesma atitude em rela-ção a sermões “desafinados”. Afinal de contas, não vamos à igreja para analisar o talento de músicos e pregadores, mas para louvar a Deus e receber novo alento em nosso caminho cheio de lombadas, de-pressões, curvas, aclives e declives.

Mas sofro muito mais quando ouço alguém can-tar totalmente fora dos princípios que devem nor-tear a boa música. Contudo, não sou daqueles que se retiram do templo, demonstrando farisaísmo. Se

essa atitude fosse procedente, a mesma coisa deve-ria ser feita em relação a sermões “desafinados” e a pessoas que não dão bom exemplo. Essa, entretanto, não deve ser nossa postura, uma vez que não somos perfeitos em todos os aspectos da vida cristã. Cada um de nós tem suas lutas, seu calcanhar de aquiles. O apóstolo Paulo afirmou: “Não que eu tenha já re-cebido ou tenha já obtido a perfeição” (Fp 3:12). E acrescentou: “mas uma coisa faço: esquecendo-me das coisas que para trás ficam e avançando para as que diante de mim estão, prossigo para o alvo, para o prêmio da soberana vocação de Deus em Cristo Jesus” (versos 12-14).

Portanto, assim como precisamos esquecer cer-tas coisas em vários aspectos da vida espiritual,

editorial Rubens Lessa

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Compromisso com o sábado

Deus, a igreja e a sociedade precisam de seu compromisso

Lendo a revista Exame do mês de julho de 2009, encontrei um artigo que me chamou

muito a atenção. A matéria dessa revista que é importante referência no mundo dos

negócios, trazia o título: “O sócio cristão de Elie Horn”. Como não é comum essa abordagem

relacionando religião e negócios, olhei com atenção e fiquei impressionado com o conteúdo.

des empresários do ramo imobiliário no Brasil, não abre mão da guarda do sábado. Fico pensando que ainda existem muitos outros, que nem conhecemos, e que tam-bém têm profundo respeito pelo sábado. Que lição para nós!

O ano de 2010 será nossa grande oportu-nidade de colocar o sábado no lugar em que Deus quer que ele esteja. Será um ano mar-cado pela proclamação do sábado como “Um Dia de Esperança”. Queremos que nossa co-

munidade conheça o dia do Senhor e faça um com-promisso com sua observância. Vamos trabalhar for-talecendo a guarda do sábado internamente, na vida de cada membro da igreja, envolvendo diferentes ini-ciativas e materiais. Ao mesmo tempo, no dia 15/05, queremos ter o exército de mais de dois milhões de adventistas na Divisão Sul-Americana saindo às ruas, durante o Impacto Esperança, para distribuir 30 mi-lhões de revistas com uma visão positiva do sábado. Uma semana depois, no sábado 22/05, serão 500 mil “Lares de Esperança” abrindo suas portas para com-partilhar com os amigos um DVD com uma men-sagem apresentada pelo pastor Fernando Iglesias, se-guida por um convite para assistir a uma série de vídeos especiais sobre o dia de sábado. Serão inicia-tivas fortes para aprofundar a compreensão sobre a santificação do sábado na igreja e na sociedade, le-vando cada membro a guardá-lo e proclamá-lo.

Você já parou para pensar quantos guar-dadores do sábado ou corações sinceros va-mos encontrar, entre cultos e incultos, ricos e pobres, pessoas aparentemente insensíveis ou mais abertas, cristãos ou não cristãos? Es-

tamos dispostos a manter, a qualquer preço, o com-promisso com a guarda do sábado? A abrir mão de privilégios, ou mesmo aparentes necessidades, para ser fiéis ao “dia do Senhor” (Ap 1:10)?

Quero desafiar você a guardar e proclamar o dia de sábado. Esse é o tempo em que precisamos renovar, de maneira profunda, nosso compromisso com sua ob-servância. É o momento de abandonar hábitos, con-cessões, desculpas, interesses e tudo que possa estar enfraquecendo o sinal de Deus (Ez 20:20) em sua vida. Por outro lado, “A mensagem do terceiro anjo requer a apresentação do sábado do quarto mandamento, e esta verdade tem de ser levada perante o mundo...” (El-len G. White, Mensagens Escolhidas, v. 1, p. 383). Pre-cisamos nos unir e torná-la mais conhecida.

eRtON KÖhLeR é presidente

da Divisão Sul-Americana.

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Denise Carvalho, autora do texto (29/7/2009, p. 52), apresenta uma sociedade criada entre os empresá-rios Fábio Cury e Elie Horn. Ao descrevê-los e apre-sentar seus negócios, ela diz: “Entre os empresários de ascendência árabe residentes no Brasil, o enge-nheiro Fábio Cury é, provavelmente, um dos menos religiosos... Embora tenha sido batizado, feito a pri-meira comunhão e casado na igreja, Cury faz parte do grupo dos autodenominados ‘católicos não pra-ticantes’... Como tantos brasileiros, ele só pisa numa igreja hoje para assistir a missas de sétimo dia, bati-zados e casamentos. Mas nos últimos dois anos Cury se tornou rigorosamente obediente a determinados preceitos religiosos – não aos dele, mas aos do em-presário sírio de fé judaica Elie Horn, dono da Cyrela, a maior incorporadora e construtora do país. Desde que Horn se tornou seu sócio, em 2007, Cury fez al-gumas adaptações na maneira de conduzir sua em-

presa. A principal delas diz respeito ao sistema de vendas. Da tarde de sexta-feira ao pôr do sol do sá-bado, assim como acontece na própria Cyrela, ne-nhum negócio é fechado. Nesse período, todos os 124 funcionários de Cury são proibidos de assinar con-tratos e receber cheques, mesmo correndo o risco -- por sinal, alto -- de perder a venda. No mercado imo-biliário, 40% dos negócios são fechados aos sábados. ‘Fiquei preocupado por achar que perderíamos ne-gócios’, diz Cury. ‘Mas deu certo. Os clientes ficam impressionados com a postura de respeito à religião e assinam o contrato nos outros dias’.”

Apesar de terem outra base religiosa, esses dois empresários moldaram seus negócios pela guarda do sábado. Especialmente Elie Horn, um dos gran-

Mensagem Pastoral erton Köhler

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Um jornal a serviço da igreja Editor: Wendel Lima

Fevereiro • [email protected]

26 Moçambique: O adventismo avança em meio à miséria, doenças e falta de água

28 Líderes brasileiros viram alunos do MBA da Andrews University no Unasp

32 Campori da USB reuniu 10 mil para ensinar reverência e respeito aos líderes

25 Unasp realiza encontro nacional de músicos para manter afinado um ministério

Diante do AltíssimoAo entrevistar uma garota recém-formada na mais tradicional universida-

de do Brasil, a USP, perguntei-lhe quais são os grandes desafios de um uni-versitário adventista num campus secular. Sinceramente, esperava respos-tas como o assédio do evolucionismo; a pressão para se ter uma vida sexual ativa ou os questionamentos de uma ética relativista. Para minha surpresa, a resposta tocou no ponto mais elementar da vida cristã: ter uma experiên-cia real com Deus.

Ao se falar tanto do crescimento coletivo e corporativo da igreja, que vai muito bem graças a Deus, pode-se ter a falsa impressão de que os números re-tratam também o desenvolvimento individual dos crentes. Ledo engano. Re-avivamento e comprometimento pessoal não se dão por “atacado” ou “osmo-

se”, é uma questão de intimidade com Cristo. E é exatamente por isso que o Seminário de Enriquecimento Espiritual ganha força numa hora tão oportuna. Ele vem para reeducar os adventistas a orar.

Diante de tempos tão angustiosos como os que se vive, e daqueles que os escritos inspi-rados anteveem, a oração deve estar no topo da agenda. Longe de me valer de um mero cli-chê ou ter que recorrer à sistematização do ób-vio, vale lembrar que a oração é a respiração da alma. E talvez por ser uma necessidade tão bási-ca, seja tão negligenciada. A grande ironia é que uma vida de intimidade com Deus pode depen-der apenas de um “se meu povo orar” (1Cr 7:14). É tempo de dobrar os joelhos e a alma diante do Altíssimo. – Wendel Lima. Págs. 22 a 24

Mente e espírito“Tratar com mentes humanas é a mais

bela obra em que já se ocuparam os ho-mens” (Mente Caráter e Personalidade, vol.1, p.3); “A verdadeira religião enobre-ce a mente, refina o gosto, santifica o juí-zo, e torna participante da pureza e santi-dade do Céu o seu possuidor” (Conselhos Sobre Saúde, p. 629); e “Torne-se entendi-da a mente, e a vontade se coloque ao lado do Senhor, e haverá uma melhora maravi-lhosa da saúde física” (Ibid., p. 505). Textos inspirados como esses, segundo o profes-sor do curso de Psicologia do Unasp, Noel Costa, demonstram a visão de Ellen G. White sobre o perfeito “casamento” entre os conhecimentos sobre a mente e a alma. Discutir a contribuição da espiritualidade para as terapias psicológicas foi o que uniu cerca de 300 profissionais no Unasp, São Paulo, no fim de janeiro. Confira! Pág. 27

EnTRElinhAs“Café da manhã com Deus”, autor das

meditações diárias fala sobre a impor-tância de se buscar a Deus nos primei-ros momentos do dia Pág. 24

mAis noTíCiAsAcesse: www.portaladventista.com

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Da redação

Em 1999, foi lançado no Bra-sil o livro Ocupado demais para deixar de orar. O título criativo e provocativo resume bem a tese da obra: é preciso diminuir o ritmo da vida para passar tempo de qua-lidade com Deus. Segundo o au-tor, Bill Hybels, a triste realidade de um cristianismo sem comu-nhão com Cristo (se isso é possí-vel) afeta a vida de todos: do em-presário ao fazendeiro, da dona de casa ao pastor.

A fim de tentar reverter esse quadro é que em maio de 2004, na Igreja Central de Natal, RN, foi lançado o embrião do Semi-nário de Enriquecimento Espi-ritual (SEE). A ideia ganhou ade-são e força, a ponto de em 2006 já ser adotada como um programa de reavivamento da devoção pes-soal. Aliás, o projeto foi apelida-do de “madrugadas de oração”, em razão de a proposta estimular os participantes a dedicar os primei-ros momentos do dia para Deus.

Após tratar sobre a devoção pessoal (2006-2007) e hábitos sau-dáveis (2008-2009), neste ano, o

EspEciAl

SEE chega a sua terceira etapa abordando o batismo do Espírito Santo. O programa, que vai envol-ver os oito países que compõem a Divisão Sul-Americana (DSA), tem duplo objetivo: ajudar os ad-ventistas a tornar a comunhão um hábito diário e matutino e le-var os membros a experimentar a oração intercessória como um recurso evangelístico. Estima-se que quase 1,5 milhão de adventis-tas e não adventistas tenham par-ticipado das duas primeiras fases.

“Queremos que os adventistas não joguem fora aquilo que leva-ram uma vida inteira para con-seguir: a salvação. Ela é um dom gratuito divino permanente para aqueles que se mantêm salvos por meio da comunhão diária com Deus”, assinala o pastor Miguel Pinheiro, coordenador sul-ame-ricano do SEE e líder da área de Mordomia Cristã da DSA.

Madrugadas na igreja – Em Curitiba, o pastor Luís Alber-to Nadaline decidiu ajudar seu distrito a fazer das madrugadas com Deus um estilo de vida. Há quase três anos, todos os sába-

dos às 6 horas da manhã, ele realiza um culto de oração com suas igrejas. Num modelo de progra-mação mais participativo, ele abre espaço para a ora-ção pessoal e intercessó-ria, testemunhos, leitura e comentário de versos bí-blicos, louvor e discussão sobre o trecho dos escritos de Ellen G. White estuda-do na semana. Por suges-tão dos próprios mem-bros, a igreja que sedia o culto, de acordo com um rodízio, pro-videncia um farto desjejum para os participantes.

Em março, o distrito planeja uma celebração do 150º culto. Uma das reuniões mais marcantes foi a san-ta ceia celebrada às 4 horas do dia 6 de setembro de 2008, data do pro-jeto Impacto Esperança. Na opor-tunidade, cerca de 250 pessoas participaram dos momentos de consagração para a mobilização evangelística.

Para o pastor Nadaline, a ra-zão do impacto positivo do SEE na vida dos membros, se deve ao fato de não ser um programa pontual, mas contínuo. Ele conta que, ape-sar da desistência de alguns mem-bros e da participação sazonal de outros no programa, cerca de 50 pessoas têm feito da comunhão com Deus um hábito. Segundo o pastor, quem aderiu a ideia, teve a vida cristã renovada pelo es-tudo da Bíblia e dos escritos de Ellen G. White.

No topo da agendaA terceira fase do Seminário de Enriquecimento Espiritual

pretende levar os adventistas a buscar diariamente o batismo do Espírito Santo e a tornar

a devoção pessoal um hábito

Na práticaO programa é muito simples. A ideia é que você dedique os primeiros mo-

mentos do dia para ler a apostila do SEE e orar intercessoriamente por pes-soas que deseja evangelizar. O material consiste em dois manuais: um com os conceitos do tema a ser estudado e outro com as meditações para os pri-meiros 40 dias. A proposta é que você continue o programa por mais 180 dias, utilizando os escritos de Ellen G. White e bons livros devocionais. Espera-se que ao fim dos 220 dias, você tenha adquirido o hábito de passar tempo com Deus e que nunca mais o perca.

Para quem nunca participou:1. Entre em contato com o pastor de sua igreja e se inscreva;2. Siga a orientação da apostila;3. Somente depois de fazer a primeira etapa, passe para a segunda e terceira.

Para quem já participou:1. Procure o pastor de sua igreja para obter o material da terceira etapa e

se inscrever;2. Depois de participar do programa, reúna-se com outros amigos e teste-

munhe do que aconteceu neste período;3. Convide amigos pelos quais você orou para participar do programa de

reencontro.

há três anos, as igrejas de um distrito em Curitiba se reúnem aos sábados de madrugada num culto de oração. o ponto alto dos encontros foi a santa Ceia realizada às 4 horas da manhã, no dia do impacto Esperança de 2008

As orações do tio Jonoário Franceschi e um folheto entregue por uma mendiga foram decisivos para que a professora Vanessa Godói e sua filha se tornassem adventistas. hoje, Vanessa trabalha num colégio adventista e intercede por seus familiares

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Vidas transformadas – No mesmo distrito em Curitiba, o SEE também contabiliza con-versões. O retorno do casal José Emílio e Maria Bino para a Igre-ja Adventista é resultado das ora-ções intercessórias de outro casal, Éder e Néia. Depois de passarem dez anos afastados do adventis-mo, na Igreja Menonita, José Emí-lio e sua esposa foram convidados a frequentar os cultos de oração aos sábados. Com o tempo, co-meçaram a participar do peque-no grupo liderado pelos seus in-tercessores, Éder e Néia. Daí em diante, abraçaram novamente a fé adventista e são assíduos aos cultos das madrugadas. O hábi-to que aprenderam na igreja pra-ticam em casa. O casal conta que, todas as manhãs, nos primeiros momentos do dia, realizam o cul-to juntos e intercedem pela famí-lia e conhecidos. Um dos favore-

cidos, foi um jovem que deixou a dependência química para tor-nar-se adventista.

Outro testemunho interessan-te da capital paranaense é o de Jonoário Franceschi. Membro da Igreja de Boa Vista, em 2006 ele aceitou o desafio de participar da primeira etapa do SEE. Na sua lis-ta de intercessão estava a família de uma irmã. Depois de orar por esses nomes durante 17 dias, ele decidiu visitar o cunhado e con-tar que intercedia por sua famí-lia. Jonoário ficou surpreso ao ver o cunhado passar um papel para que todos os presentes escreves-sem um pedido especial.

Aquele gesto tocou especial-mente uma sobrinha de Frances-chi, Vanessa Godói. Ela confessou ao tio, posteriormente, que suas orações estavam sendo respondi-das. Poucos dias antes, uma men-diga de sua rua, que ela ajudava há

um ano, entregou a Vanessa um folhe-to sobre os manda-mentos bíblicos. Ao comparar o que o impresso dizia com os textos bíblicos e com aquilo que aprendera na igreja evangélica que fre-quentava, não teve dúvidas: havia acre-ditado num erro. Estudou a Bíblia e foi batizada junto com a filha Letícia.

Hoje, Vanessa é professora de um colégio adventis-ta. Grata por Deus ter indicado sua família para a lis-ta de oração do tio, ela tem participado do SEE e intercedi-do por vários fami-liares. Uma de suas primas, que está afastada da igre-ja, já mostrou interesse em voltar.

Em Porto Alegre, por 20 anos Moisés da Silva Dias orou pela conversão de seu pai. Ele con-ta que apesar de buscar a Deus diariamente nunca tinha senti-do uma verdadeira conexão com o Senhor. Hoje, depois de pas-sar por um processo de discipu-lado, ele se sente ligado a Jesus o dia todo. “A oração intercessória mudou a minha vida, agora eu sei que devemos orar como se esti-véssemos conversando com um amigo – sem hora para terminar”, revela Dias.

Depois de convidar um irmão da igreja para ser sua dupla missionária, Ricardo Batis-ta, evangelizar o pai ficou mais fácil. Enquanto Moi-sés orava, sua dupla visitava seu pai, e ministrava os es-tudos da Bíblia. Como resul-tado, além de pai, Darci Dias se tornou seu irmão de fé.

65 anos de espera – Paulo Barbosa da Silva tem 87 anos, é pastor aposen-tado e vive em Sorocaba, SP. Suas experiências com orações intercessórias são impressionantes. Em 15 de novembro de 2009, ele pre-senciou mais um milagre. Paulo batizou seu irmão Plínio, no 94º aniversário

dele, depois de orar 65 anos pela sua conversão. Tudo começou em 1944, quando Paulo decidiu vol-tar para a Igreja e orar sistemati-camente pela conversão da mãe e dos nove irmãos. Ele, assim como sua família, haviam se afastado da igreja quando o pai, um fiel adven-tista, faleceu.

Ao longo de 65 anos, suas ora-ções têm sido respondidas. A mãe e boa parte dos irmãos fo-ram batizados. Para resgatar Plí-nio, o irmão pastor teve muito trabalho. Durante mais de um ano, Paulo viajou, semanalmen-te, cerca de duzentos quilôme-tros para estudar a Bíblia com o

Cheios do EspíritoA apostila Recebereis Poder,

da terceira eta-pa, foi prepara-da pelo pastor Miguel Pinhei-ro e pelo teó-logo Dr. Wilson Endruveit, mas teve a colabora-ção de todos os líderes de Mor-domia Cristã das Uniões da Améri-ca do Sul. Contém 16 temas sobre o pa-pel da terceira pessoa da Trindade na vida do cristão e esclarece conceitos como o ba-tismo do Espírito Santo e Sua personalida-de. A apostila para a jornada de 40 dias, por sua vez, foi intitulada O batismo diário no Espírito Santo.

moisés da silva Dias (à dir.) orou por 20 anos pela conversão de seu pai, Darci (ao centro). Ricardo Batista (à esq.), que forma dupla missionária com moisés, foi o instrutor bíblico

o pastor Paulo Barbosa já batizou boa parte da sua família por influência da oração intercessória. Em novembro do ano passado, ele batizou seu irmão Plínio, de 94 anos, por quem orou durante 65 anos

Para os cientistas, a oração ajuda a combater o isolamento psicológico que atinge a maioria dos doentes. na foto, o pastor e psicólogo Jaime

Wolff ora com o paciente e sua família no hospital Adventista do

Pênfigo, em Campo Grande, ms

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irmão. Teve também que alfabe-tizar Plínio, providenciar uma Bíblia com letra gigante (em vir-tude da catarata), e adaptar os es-tudos em razão dos problemas auditivos do irmão. Mas o esfor-ço valeu a pena. O batismo, reali-zado na Igreja de Nova Gerty, em São Caetano do Sul, SP, emocio-nou a todos e confirmou a eficá-cia da oração intercessória.

“O poder da oração intercessó-ria está no ministério sacerdotal de Jesus no Céu. Toda vez que me ajoelho para orar por alguém, es-tou unido a Cristo em intercessão. A vitória é dEle”, resumiu o vete-rano ministro. Dos cinco irmãos vivos, apenas um não é adventis-ta. E o pastor Paulo tem estudado a Bíblia com ele, enviando os estu-dos por carta para Volta Redonda, RJ. Sua expectativa é ver, em bre-ve, mais essa oração respondida.

Evangelismo e fidelidade – Além de reavivar a comunhão pessoal com Deus, o Seminário de Enriquecimento Espiritual tem beneficiado seus alunos de outras maneiras. Ao se acostumar a orar na primeira hora do dia, o parti-cipante mantém uma lista de no-mes pelos quais intercede. A in-tercessão gera a necessidade de se fazer contato pessoal com essas pessoas a fim de convidá-las a co-nhecer melhor a Deus. Uma boa oportunidade para isso é o pro-grama do reencontro, ocasião em que interessados e intercessores se confraternizam e começam a estudar a Bíblia.

Outro efeito espiritual do SEE é o impacto na fidelidade dos mem-

bros, em questões como o cuida-do com a saúde mental e física, administração do tempo e prin-cipalmente dos recursos financei-ros. Nesses quatro anos de SEE, a devolução dos dízimos na Amé-rica do Sul cresceu mais de 100%. Apesar de entender que existem outros fatores relacionados a esse índice, os líderes da Igreja acredi-tam que a consagração dos mem-bros seja um dos principais mo-tivos para esse balanço positivo.

Com hora marcada – Para o pastor e psicólogo Jaime Wolff, que já atuou como capelão hos-pitalar e trabalha como capelão do Colégio Adventista de Campo Limpo, em São Paulo, são várias as vantagens de buscar a Deus nas primeiras horas da manhã. “Enquanto a grande maioria dor-me, temos a certeza de que não teremos interferências ou fatores que desviem nossa atenção. Sem outros compromissos e sem ho-rários a cumprir, estamos livres do estresse e das preocupações que adicionam adrenalina em nosso Sistema Nervoso Central, tornando-nos tensos e apressa-dos”, explica.

Outra vantagem, segundo Wolff, é a disponibilidade mental. “No início da noite, há alterações da carga hormonal de forma a di-minuir as funções intelectuais e proporcionar um relaxamento do corpo para o sono. Nesse perío-do também, acontece um proces-so cerebral que reorganiza nossa memória. Além disso, o sistema endócrino regula, por meio da

Café da manhã com DeusUm dia destes dei-me ao luxo de me levantar mais tarde. Coisa de apo-

sentado. Pensei: “Vou primeiro tomar café, e depois fazer a minha devo-ção.” Porém, antes de terminar o desjejum, a campainha tocou. Era o pe-dreiro, acompanhado do dono de uma marmoraria que queria me vender pedras para a entrada do carro para a garagem. Enquanto ele calculava o preço da encomenda, pedi licença para terminar a refeição. Depois disso, a conversa ainda se prolongou por um bom tempo.

Quando eles finalmente foram embora, tive que sair para ir ao caixa eletrônico do banco, fazer compras no supermercado, abastecer o car-ro e uma porção de outras coisas. Só no fim do dia é que me lembrei de que não havia dedicado algum tempo para Deus. Eu não havia seguido a prioridade indicada na meditação do primeiro dia deste ano: buscar pri-meiro o reino de Deus.

Imagino que isso não aconteça com você ou acontece? De estudar a Li-ção da Escola Sabatina com um olho no relógio, dividindo sua atenção en-tre as perguntas da lição e as preocupações do dia; enfrentar o trânsito na ida para o trabalho, telefonar para algumas pessoas, pagar contas, mandar consertar a máquina de lavar, agendar uma reunião e etc, etc.

Quando eu era criança, minha família se reunia em volta da mesa, pela manhã, para fazer o culto. Depois, tomávamos a refeição matinal e cada um cuidava dos seus afazeres. Parece que havia mais tempo do que hoje. Se você não se disciplinar para acordar mais cedo, a correria da vida mo-derna impedirá que dedique o melhor do dia para Deus. E o que sobra para a devoção pessoal? Os últimos momentos da sua noite, quando já cansa-do dos afazeres, você estará mais dormindo do que acordado. Meditar no Senhor antes do dia clarear é a garantia de que não será interrompido por campainhas ou telefonemas.

A devoção matinal também funciona como um “rito de passagem”. Você já percebeu que as transições da vida nos causam certa ansiedade? A tran-sição da vida de solteiro para a de casado; da vida de trabalho para a apo-sentadoria; a transição para um novo ano; a mudança de residência; a tran-sição de um feriado para a segunda-feira e até mesmo a passagem da noite para o dia. A noite representa, para a maioria dos mortais, escuridão, paz, repouso e inatividade. Enquanto o dia significa luz, despertamento, ativi-dade e agitação. Esse curto período de transição traz consigo certa ansie-dade, que “pede um rito de passagem” capaz de nos conduzir com segu-rança e calma de um período para outro.

Os escritos inspirados estão repletos de conselhos nesse sentido. O sal-mista Davi exclamou: “De manhã, Senhor, ouves a minha voz; de manhã Te apresento a minha oração e fico esperando” (Sl 5:3). “Consagre-se a Deus pela manhã. Faça disso sua primeira atividade (...) Peça-Lhe que examine todos os seus planos, para que eles sejam levados avante ou não, confor-me a indicação da Sua providência” (Ellen White, Caminho a Cristo, p. 70). E referindo-se a Jesus, a mesma escritora diz: “O alvorecer frequentemente O encontrava em qual-quer lugar retirado, meditando, examinando as Escrituras ou em oração” (O Desejado de Todas as Nações, p. 90). Busque a Deus pela manhã, cedo, e conte com as bênçãos divinas durante todo o dia.

RubEm schEffEl é ex-editor da Casa Publicadora Brasileira e autor das Meditações Diárias deste ano,

Com a Eternidade no Coração.

Entrelinhas

liberação de hormônios, o siste-ma de vigília e repouso. Já na ma-drugada, os hormônios tornam o sono leve e preparam o organis-mo para o despertar.” Por isso, ele justifica: “A madrugada é o mo-mento em que nossa mente está no máximo de seu potencial: ca-pacidade de concentração, aten-ção, discernimento, agudeza de raciocínio e, o que mais busca-

mos, prontidão para ouvir a voz de Deus.”

Com tantos motivos para pas-sar momentos marcantes com Deus, cabe agora a cada família adventista programar sua agen-da e o despertador para buscar ao Senhor antes de o sol nascer. – Com reportagem de Fabiana Ber-totti, Felipe Lemos, Licene Renck e Wendel Lima.

Respaldo científico A relevância espiritual da oração já é a melhor justi-

ficativa para os cristãos conversarem com Deus, mas quando estudos científicos apontam para os efeitos físicos e emocionais benéficos da prece, sua impor-tância se torna inquestionável. É o que mostra a ma-téria do jornal Diário de São Paulo, de 16 de setembro de 2009. Segundo o jornal, o Instituto de Pesquisas Psí-quicas Imagick apresentou estudos do médico ameri-cano Harold Koenig que apontam para a relação entre es-piritualidade e cura. Conforme a reportagem, “Koenig e sua equipe concluíram que, ao rezar, pacientes religiosos controlam indiretamente suas doenças. ‘Acreditam que não estão sozinhos na batalha e que Deus está cuidando pessoalmente deles. Isso os protege do isolamento psi-cológico que domina a maioria dos doentes’”. Num estudo com 455 idosos internados, Koenig obser-vou que a média de internação dos que frequen-tavam a igreja mais de uma vez por semana era de quatro dias, contra os 12 dias para os que iam rara-mente ou nunca.

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Wanderson PereiraColaborador

Enquanto os alunos do Unasp estavam de férias, músicos, cantores, instru-mentistas, sonoplastas e lí-deres de música de todo o Brasil tomaram o campus, nos dias 19 a 23 de janeiro, para afinar seus instrumen-tos e ministério no 16º En-contro de Músicos da insti-tuição. A programação desse ano teve a inscrição recorde de 240 pessoas (25 Estados foram repre-sentados), que deixaram suas igre-jas para aprimorar seus conheci-mentos musicais e servir melhor suas congregações. Com tal re-presentatividade, os organizado-res comemoraram o sucesso do evento, cujo objetivo é criar uma unidade musical nacional.

O encontro, já tradicional no calendário da Igreja no Brasil, ofereceu palestras, ensaios, ofi-cinas sobre instrumentos e téc-nicas vocais, concertos e reflexão sobre a filosofia da música. Se-gundo os participantes, a opor-tunidade de trocar experiências é única. Oportunidade que mo-tivou os estudantes Alfredo Eri-ceira, pianista, e Gabriel Franca, saxofonista, a viajar muito. Eri-ceira, que participou pela pri-meira vez, é estudante de Mú-sica da Universidade Federal do Mato Grosso do Sul, e Franca, que assistiu ao encontro pela terceira vez, é estudante de Me-dicina da Universidade Federal

do Amazonas. Para eles, apren-der com os músicos e composi-tores que admiram, compensa o esforço.

Na programação, a musicista Gentil Ferreira da Silva, que par-ticipou dos 16 encontros, foi ho-menageada. Além de professora de Educação Artística, ela é dire-tora de música e regente do co-ral infantil e do conjunto femi-nino da igreja que frequenta, na pequena cidade de Getulina, SP. Consciente da responsabilida-de que tem como líder de músi-ca de sua congregação, ela resu-me a motivação para se inscrever anualmente no evento: “Partici-par desses encontros é a oportu-nidade que tenho de recordar e preservar o sentido real da músi-ca, cuidando para que a tecnolo-gia não a distorça.”

Em 2010, a programação atraiu uma aluna internacional. Judite Marcos é uma das seis professo-ras de música que atuam na or-ganização adventista no Uruguai. O desafio de ensinar música em seu país é o que a fez buscar no-

vos horizontes com os vizi-nhos brasileiros. Judite, que trabalha no Instituto Ad-ventista Del Uruguay, conta que nem mesmo as dificul-dades da viagem, com vá-rias escalas, e o obstáculo do idioma, a desanimaram de buscar capacitação para servir melhor.

No sábado à noite, as ati-vidades foram encerradas da maneira que todos espe-ravam: com um concerto dos alunos e professores do en-contro.

Ministério afinado16º Encontro de Músicos do Unasp bate recorde de inscrições e atrai participantes de todo o País

EngEnhEiRo coElho – sp

Made in BrazilA consolidação de um congresso específico como o Encontro de Músicos

do Unasp é um dos indicadores da riqueza técnica e espiritual da música adventista brasileira. Riqueza que se verifica também no volume de produ-ção das duas gravadoras institucionais: Novo Tempo (NT) e Musicasa (CPB). Quem confirma esse crescimento são os diretores das duas produtoras, El-son Gollub (NT) e José Newton (Casa), que nessa breve entrevista falam so-bre o ministério musical brasileiro e os planos para esse ano.

Como andam os lançamentos?Elson: Em 2009, foram 20 produções.Newton: Em média, um lançamento por mês.

Hoje, o Brasil é referência em música adventista?

Newton: A qualidade técnica de nossas músicas nos equipara às melhores produções do mundo fo-nográfico, quer no Brasil, quer no exterior. Além dis-so, o número de produções brasileiras é tão gran-de que fica difícil até quantificar. Vejo dois aspectos positivos nesse quadro: os amantes da música sacra têm mais opções à disposição e, de certa maneira, há uma democratização da produção musical, tornan-do acessivel à praticamente qualquer grupo ou artis-ta gravar seu trabalho.

Elson: Os adventistas do mundo todo têm olhado e visitado o Brasil para aprender muitas coisas conosco. Nosso desenvolvi-mento foi principalmente nas áreas de criação e produção. Vinte anos atrás, nós copiávamos as músicas e as interpretações de músicos americanos. Hoje, temos uma gravadora que produz música 100% nacional, que chama a aten-ção pela qualidade técnica e, sobretudo, pela mensagem espiritual das letras.

No que podemos crescer?Elson: Precisamos avançar na questão instrumental. Estamos utilizando

menos playback e mais acompanhamento ao vivo no louvor congregacional, mas ainda temos poucas orquestras, bandas e instrumentistas nas igrejas.

Newton: Acredito que em três aspectos, basica-mente: (1) nossos músicos precisam ter trabalhos mais voltados para o evangelismo; (2) desenvolver uma linguagem musical atrativa sobre nossas cren-ças distintivas; e (3) valorizar estilos mais afinados à tradição adventista e menos parecidos com a pro-dução evangélica.

O que vocês planejam para esse ano?Newton: Queremos investir mais em produtos mu-

sicais infantis e no segmento de DVDs e audiolivros. Elson: Vamos promover alguns eventos com as

emissoras, lançar um material especial sobre o sába-do para a campanha “Um Dia de Esperança” e mais 20 produções variadas. Além disso, pretendemos gra-var um novo DVD Família Novo Tempo, com a parti-cipação de ex-cantores do quarteto Arautos do Rei.

Para o professor Vandir schäffer, que coordena o encontro com a professora Ellen stencel, o evento anual tem contribuído para criar uma unidade musical nacional

A professora Gentil Ferreira, que participou dos 16 encontros, foi homenageada. sua motivação é liderar com responsabilidade a música na igreja da pequena cidade de Getulina, sPCerca de 240 pessoas envolvidas com o

ministério da música participaram do evento

Elson Gollub

José newton

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Da redação

Mais de quinze anos de guer-ra deixaram feridas profundas no povo de Moçambique, roubando a esperança de futuro da nação. O país está aleijado pelo analfa-betismo, malária, Aids, pobreza e uma grande falta de água potável. Lá, evangelizar não significa ape-nas ensinar a Bíblia, mas construir igrejas, combater as epidemias e cavar poços para a comunidade.

Não bastasse a escassez de água, que castiga muitas vilas e cidades, Moçambique apresenta índices inacreditáveis de morte por ma-lária. Cerca de 6 milhões de casos da doença são registrados anual-mente, sendo que em 2005, a ma-lária fez um milhão de vítimas.

É nesse contexto que a mensa-gem e o voluntariado adventistas se mostram relevantes. Prova dis-so, é que o crescimento do adven-tismo no país é proporcional aos desafios. Moçambique tem 245

mil adventistas, que congregam em 2,5 mil igrejas (a maioria dos “templos” são apenas construções cobertas ou “salões” improvisados debaixo de árvores).

A Igreja – A União Moçambica-na de Igrejas é a sede administra-tiva local que, para manter-se, de-pende de subsídios de várias partes do mundo. A remuneração men-sal de um pastor é de 135 dólares, o suficiente para viver dignamen-te apenas por uma semana. Alguns ministros dormem em esteiras e utilizam o transporte público para atender seu distrito de até 50 con-gregações. Uma campanha lide-rada pelo pastor aposentado Pau-lo Leitão, que foi missionário no país, tem levantado recursos para a compra de motocicletas para os pastores moçambicanos.

A sede da União fica na capital: Maputo. Uma cidade desafiado-ra para a pregação do evangelho,

tendo em vista que são 2 mil adventistas para uma população de 2,5 milhões de pessoas. Na capital também está es-tabelecido o escritório da Missão Sul, que aten-de 17 mil membros.

No município de Bei-ra, por sua vez, está se-diada a Missão Central, que tem 37 mil adventis-tas e duas escolas primá-rias. A Missão do Norte,

em Quelimane, é a região mais repre-sentativa da Igreja em Moçambique: são 180 mil adven-tistas que vivem, em sua maioria, na zona rural. E o mais novo e desa-fiador campo missionário é a Mis-são do Nordeste, cuja população é majoritariamente mulçumana. Ali, quatorze pastores, instrutores bíblicos e administradores traba-lham arduamente no evangelismo.

Voluntários – A ajuda interna-cional para Moçambique não se restringe às doações. Anualmen-te, instituições adventistas e or-ganizações leigas de países como Austrália, Brasil, África do Sul e Estados Unidos, enviam missio-nários para campanhas evange-lísticas e humanitárias de curta duração. Em 2009, com o auxílio dos voluntá-rios estrangeiros, cerca de 6.450 pessoas foram bati-zadas. Um dos ministérios de apoio da Igreja que mais contribuem para o país é o Maranatha Volunteers In-ternacional (www.marana-tha.org), que financia séries evangelísticas e constru-ção de escolas e igrejas ao redor do mundo. Um dos projetos do grupo Marana-tha é construir mais de 700

“Igrejas de Um Dia” em Moçam-bique. Em quatro anos, a organi-zação investiu milhões de dólares para levantar locais de culto mui-to simples, apenas com cobertu-ra e sem paredes.

A esperança das igrejas em Mo-çambique está no mundo porvir. Castigados por tantas misérias e do-enças, os moçambicanos acreditam, como poucos, na promessa de uma Terra restaurada. É por causa dessa mensagem e certeza que o adventis-mo tem crescido no país. – Com re-portagem de Dílson Bezerra.

À espera da Nova TerraEm meio à fome, falta de água, Aids e malária,

a Igreja leva esperança para Moçambique

moçAmbiquE

Moçambique20 milhões de habitantes (2007)245 mil adventistas82 habitantes por adventista135 dólares é o salário mensal de um pastor6 milhões de casos de malária por ano

Quero doar A maior necessidade da Igreja em

Moçambique é investir em infraestrutra para membros e pastores, por isso, se quiser ajudar, entre em contato com o pastor Dílson Bezerra, pelo e-mail [email protected].

igreja móvel – 1.700 dólares motocicleta – 700 dólares instalação elétrica – 400 dólares

sede da União de moçambique, na capital maputo. País tem quatro missões

Evangelismo ao ar livre: a mensagem de uma vida eterna é prontamente recebida pelos que lutam para sobreviver à miséria e doenças

A organização maranatha Volunteers internacional financia o projeto “igrejas de Um Dia” em moçambique

Grupo de namapa, perto da fronteira com a Tanzânia

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27Revista Adventista I fevereiro • 2010

Rosemeire BragaColaboradora

Nos dias 21 a 24 de janeiro, o Unasp São Paulo sediou um evento que promete romper pre-conceitos e mudar paradigmas. O 1º Congresso Brasileiro de Psi-cólogos Cristãos e a 2ª Jornada de Aconselhamento Cristão reuniu cerca de 300 psicólogos de várias partes do Brasil para discutir um tema que tem sido recorrente no meio acadêmico: a relação entre psicologia, espiritualidade e quali-dade de vida. Ao todo, mais de 800 pessoas assistiram aos quatro dias de palestras, plenárias e debates.

O evento contou com reno-mados palestrantes adventistas da área: Dr. Rudolph Bailley, da Andrews University (EUA), o Dr. Mário Pereyra, da Universidade Adventista de Montemorelos (Mé-xico) e o Dr. Belizário Marques (Brasil). Outros nomes de desta-que do meio acadêmico nacional também participaram, como o Dr. Fernando Capovilla e o Dr. Fran-cisco Lotufo Neto, ambos livre do-centes e professores da USP.

Do congresso – O Dr. Rudol-ph Bailley abriu o congresso falan-do sobre a perspectiva adventista a respeito da psicologia e do aconse-lhamento. Segundo ele, a psicolo-gia nunca foi misticismo e caminha, a cada dia, para um rigor científico

maior, semelhante ao da área biológi-ca. Bailley elogiou a iniciativa brasi-leira e disse que os pesquisadores na-cionais se desta-cam pelo interesse na psicologia cristã.

Por sua vez, o Dr. Fernando Ca-povilla falou so-bre a necessidade de os profissionais cristãos imitarem a Cristo e usar a ciência com sa-bedoria. Segundo Capovilla, o co-

nhecimento científico serve tam-bém para louvar a Deus, e para que isso aconteça, o pesquisador cris-tão precisa ter competência acima da média, para que atinja seu con-ceito mais elevado de sucesso.

O badalado tema sobre as influ-ências da religião na saúde mental ficou a cargo do Dr. Lotufo Neto. Para ele, os sistemas religiosos sau-dáveis, aqueles que são baseados em valores universais como a gra-ça e o amor de Deus, são benéficos para o homem. O professor da USP também defendeu que a guarda do sábado é uma prática religiosa sau-dável, especialmente no que tange o combate ao estresse. “As crenças religiosas são muito importantes,

podem gerar paz, autocon-fiança e a sensação de pro-pósito na vida”, resumiu.

Novo olhar – “Esse con-gresso é uma quebra de pa-radigmas, um marco, que mostra a todos nós que a psicologia é uma ciência que contribui para a reli-gião”, explicou a coordena-dora do curso de Psicologia do Unasp e uma das orga-nizadoras do evento, Tércia Barbalho, sobre o amadu-recimento da visão adven-tista a respeito do tema. É o que confirma o professor do curso de Teologia, pastor Natana-el Moraes, que é o responsável pe-las matérias de cunho psicológico do seminário. “Atualmente, há boa vontade para o estudo da psico-logia entre os pastores. Já no pas-sado, eu tive professores que fala-vam que isso era coisa do diabo. Entretanto, a própria psicologia provou que não é charlatanismo e sim uma ciência que tem sua re-levância reconhecida”, comparou.

Boa vontade recompensada foi a do pastor Manoel Divino dos San-tos, de Nova Iguaçu, RJ, que incen-

tivado pela esposa, buscou no con-gresso melhor qualificação para lidar com a complexidade da vida pastoral. “Hoje, com esse olhar psi-cológico, estou mais bem prepara-do para lidar de modo equilibrado com situações antes complicadas”, avaliou. No congresso foi lança-do o livro Psicologia, Espirituali-dade e Qualidade de Vida: Uma Abordagem Integrativa, material que reúne as palestras do evento e um CD com os anais do encon-tro e o resumo dos trabalhos apre-sentados. – Com reportagem de Wendel Lima.

A fé no divã Congresso no Unasp discute a relação entre

a mente e a espiritualidade e mostra um novo olhar dos cristãos sobre a Psicologia

são pAulo – sp

Entre o púlpito e o consultórioO ministério do pastor noel José Dias da Costa, ilus-

tra um “casamento” que tem se tornado mais comum: a Teologia dando as mãos para a Psicologia. Depois de trabalhar como pastor por 15 anos, Noel decidiu bus-car subsídios psicológicos que o auxiliassem no atendi-mento aos membros. A complementação não se limi-tou à graduação, Noel cursou o mestrado e agora conclui seu doutorado na USP. Resultado: hoje ele é um dos pro-fessores do curso de Psicologia do Unasp. Nessa breve entrevista, Noel fala sobre a integração das duas áreas.

Quando a religião ajuda e atrapalha na terapia?Os estudos demonstram que uma perspectiva equi-

vocada da fé pode gerar mais resistência ao tratamen-to da depressão, da ansiedade e de vários outros pro-blemas. Porém, há também estudos que apontam para a religião como fator de proteção e aceleração da recuperação desses qua-dros. Depende muito de cada caso.

Nos seus estudos, o que viu de convergências e divergências entre a Psicologia e a Teologia?

Vejo muito mais convergências do que divergências, pois elas são com-plementares. A Teologia busca no diálogo com outras ciências a ampliação de sua utilidade e o aprofundamento de suas bases. E a Psicologia tem na Teologia uma aliada para atender integralmente o homem, que é, acima de tudo, espiritual.

Na Psicologia, como se dá o diálogo com a espiritualidade? Muitos pesquisadores, mesmo alguns não cristãos, concordam sobre a im-

portância da espiritualidade para a saúde mental. Diversas pesquisas con-troladas evidenciam o crescimento desse diálogo. Os estudos do Dr. Harold Koenig, da Universidade de Duke (EUA), por exemplo, demonstram que os religiosos comprometidos com a tradição judaico-cristã apresentam maior bem-estar, e menores níveis de depressão e ansiedade.

o congresso teve participações de peso, como o professor da UsP, Dr. Francisco lotufo neto (à dir.), que destacou o benefício do sábado no combate ao estresse, e o Dr. Rudolph Bailley, da Andrews University (EUA), que diferenciou a psicologia do misticismo

Encontro, que discutiu a relação entre psicologia, espiritualidade e qualidade de vida, atraiu 300 interessados, entre eles pastores e professores de Teologia

segundo Tércia Barbalho, uma das organizadoras, o congresso mostra a contribuição que a psicologia pode dar à religião

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Wendel limaEnviado especial

Centralizar, ameaçar e promo-ver-se. Definitivamente essas são atitudes que precisam ser aboli-das da postura dos líderes do sé-culo 21, especialmente dos cris-tãos. É o que cerca de 50 alunos da primeira turma do mestrado em liderança da Andrews Univer-sity no Unasp ouviram no dia 17 de janeiro. Depois de uma sema-na de aulas, que os surpreende-ram pela didática e proposta, os candidatos a mestre participaram de uma mesa-redonda sobre o su-gestivo tema: “Liderança e legado”.

A programação contou com as palestras dos professores da Andrews, a Dra. Shirley Freed, o Dr. Eric Baumgartner e o Dr. Jos-

mar Arrais, que discorreram so-bre o conceito de liderança, o que leva uma empresa a ser bem-suce-dida e o papel da confiança na ges-tão de pessoas. Por sua vez, Paulo Kretly, presidente da Franklin Co-vey Brasil, falou sobre o tema do encontro: a necessidade de se for-mar líderes. E na parte da tarde, ex-alunos do mestrado testemu-nharam sobre o impacto do curso em sua vida profissional e pessoal.

De acordo com um dos organi-zadores, o Dr. Robson Marinho, a expectativa é de que “os alunos reflitam e incorporem um novo paradigma de liderança, voltado mais para as pessoas e que sejam multiplicadores desse novo estilo no seu círculo de influência”. Ele destaca que o programa tem sido

bem sucedido há 15 anos nos Es-tados Unidos e em várias partes do mundo.

Os administradores do Unasp preveem um impacto positivo do curso sobre as organizações ad-ventistas, a médio prazo. Para o reitor da instituição, Euler Bahia, o programa beneficia os alunos que atuam como líderes há mui-to ou pouco tempo e cria uma cul-tura de valorização da liderança. Para o reitor do campus de Enge-nheiro Coelho, onde é oferecido o curso, pastor José Paulo Marti-ni, apesar de a formação de líde-res mais “humanizados” ser uma tendência do século 21, esse novo modelo carece de base teórica, la-cuna que o mestrado da An-drews preenche.

A pedido da Divisão Sul-Americana, a universidade americana oferece o MBA em parceria com a instituição paulista, que cede suas insta-lações. Por sua proposta dife-renciada, o mestrado atraiu líderes das áreas ministerial, educacional, de saúde e de publicações. Gente que está disposta a mudar como pen-sa e trabalha a fim de servir melhor. O curso tem duração de dois anos e meio, dividido em cinco módulos realizados nas férias, e é aberto ao públi-co em geral. O currículo pre-vê disciplinas nas áreas de li-derança pessoal, interpessoal e organizacional. A próxima turma terá início em janeiro de 2011.

Para saber mais:

site: www.unasp-ec.edu.br/mestrado

Fone: (19) 3858-9301E-mail: angela.arrais@

unasp.edu.br

Mudança de paradigmaO MBA em Liderança da Andrews University oferecido no Unasp propõe um modelo de gestão mais participativo e humanizado

EngEnhEiRo coElho – sp

Lição de casa “A gente foca muito nos

resultados, e esse curso me fez pensar mais nas pessoas. Quero atentar mais para o ‘como fazer’ do que para ‘o que fazer’.” – sérgio Fer-nandes, diretor do Hospital Adventista de São Paulo, na Capital.

“Esse curso potencializa os dons que o aluno já tem e oferece uma base teórica para o exercício da lideran-ça.” – Pastor Rodrigo Ber-totti, diretor de publicações da Associação Sul-Paranaen-se, em Curitiba, PR.

“Eu volto para o meu tra-balho para dar uma contri-buição ainda maior. Creio que até o clima organiza-cional no Iaene vai melhorar. Sem exagero, acredito que sou outra pessoa, porque re-pensei minha vida profissio-nal e pessoal.” – Pastor Gil-berto Damasceno, diretor do Iaene, em Cachoeira, BA.

“Quero ser mais sensível nas decisões que tomo, lembran-do que elas impactarão gran-demente as pessoas que ge-rencio.” – Pastor Erlo Braun, presidente da Associação Pau-lista Leste, em São Paulo, SP.

Unasp oferece orientação sobre administração familiar e intercâmbio de negócios

Os alunos e professores dos cursos de Administração de Empresas e Ciên-cias Contábeis decidiram aplicar fora do campus os conhecimentos discuti-dos em sala de aula. Eles têm visitado igrejas da região para orientar adul-tos e jovens sobre questões ligadas à administração da família, do tempo e da igreja, além de temas como liderança, planejamento de carreira e edu-cação sobre finanças para os filhos. As palestras são gratuitas e devem ser agendadas com a instituição.

O curso de Administração também tem um pro-grama de imersão em língua inglesa com ativida-des voltadas para os negócios. Em julho deste ano o destino será a Inglaterra. O grupo passará quatro semanas no Newbold College, um internato adven-tista, e participará de palestras sobre negócios. Es-tão previstas também as visitas ao Banco Central da Inglaterra e às empresas Dell, Microsoft Siemens. Os interessados devem procurar a coordenação do curso. Na foto, grupo visita banco norte-americano.

Para saber mais:Fone: (19) 3858-9088 E-mail: [email protected]

o curso atraiu mais de 50 líderes das áreas ministerial, educacional, de saúde e de publicações. Todos interessados num melhor paradigma de liderança

A mesa- redonda contou com as palestras dos professores da Andrews University e da Franklin Covey do Brasil. na definição da Dra. shirley Freed, liderança é servir

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heron santanaColaborador

A celebração é uma das razões para a realização de assembleias de pequenos grupos. É a oportunida-de de se estreitar relacionamentos, criar laços afetivos com irmãos na fé até então desconhecidos e bus-car motivação para a caminhada cristã. Uma das mais perfeitas tra-duções disso é o Projeto Videira, uma alusão aos pequenos grupos como os ramos da grande parreira: Cristo. A iniciativa dos adventistas do Rio Grande do Norte acabou chegando a outros Estados, como Sergipe e Alagoas. Nos dias 12 e 13 de dezembro, ambos realizaram a celebração nas capitais Aracaju e Maceió, onde reuniram mais de 4 mil pessoas.

O orador do encontro foi o pastor Jolivê Chaves, líder de Mi-nistério Pessoal da Divisão Sul-Americana, que apresentou men-sagens alusivas ao estilo de vida em pequenos grupos que a Igreja na América do Sul adotou. Hou-ve também a participação da can-tora Príscilla Gollub e do pastor Everon Donato, líder de peque-nos grupos na União Nordeste Brasileira.

O evento apresentou um resu-mo do trabalho das duplas missio-nárias, que foi a principal estraté-gia missionária para levar pessoas à decisão por Cristo na região. O programa das duplas esteve inte-grado ao Ministério Jovem, Mi-nistério Pessoal e os Ministérios

da Mulher, com o Pro-jeto Débora. Também foi relatado o traba-lho dos 120 evange-listas voluntários e o envolvimento da igre-ja no aspecto social por meio do Mutirão de Natal. Todo o re-latório e planejamen-to tiveram a estrutura dos pequenos grupos como base.

Para o pastor Moi-sés Silva, presidente e coordenador de pe-

quenos grupos, “ver a igreja cres-cendo de forma organizada e com a visão de pastoreio e multiplica-ção em pequenos rebanhos é uma realização.”

Calebes doutrinados – Em seu quarto ano, a Missão Cale-be já demonstrou ser importante para renovar aspirações missio-nárias de jovens adventistas de-safiados a trocar as férias por uma temporada evangelística em cida-des que desconhecem. A campa-nha, idealizada pelo Ministério Jovem do Nordeste, ocupa a cada ano espaço em janeiro, período de pouca movimentação na agenda eclesiástica. O resultado é inspira-dor. Com a ajuda dos adolescentes e jovens evangelistas, o número de batismos aumentou em 150% nas férias pastorais.

Em razão da consolidação do projeto, é natural o surgimento de iniciativas que buscam am-pliar a participação do jovem na campanha, além de oferecer in-formações sobre missões e dou-trinas para os futuros líderes. Esse foi o foco da 1ª Convenção Geral dos Jovens Calebes, realizada no Centro de Convenções de Ilhéus, BA, no dia 12 de dezembro. Cerca de 1,5 mil dos 8 mil jovens nordes-tinos inscritos na Missão Calebe deste ano participaram.

A tendência no Nordeste é en-fatizar os seminários sobre mo-tivação e preparo missionário. O público foi desafiado a realizar o

Seminário de Enriquecimento Es-piritual, um programa de 40 dias para fortalecer a comunhão com Deus. Projetos que movimen-taram a Igreja em 2009, como o “Siga a Bíblia”, tiveram momentos de reminiscências na convenção. O presidente da Igreja Adventista para o sul da Bahia, pastor Weber Thomas, realizou uma cerimônia de entrada da Escritura Sagrada até o palco das reuniões. Foi um momento de comoção para os jo-vens, que aplaudiram bastante e

responderam ao desafio de escre-ver o livro de Josué, como parte da campanha de valorização da Bí-blia na região do Estado.

As palestras foram ministra-das pelos pastores Otimar Gon-çalves e Elmar Borges, respectiva-mente líderes de Jovens da Divisão Sul-Americana e União Nordeste Brasileira, além de administrado-res, líderes de departamento e pas-tores distritais. As mensagens ape-laram para a consagração, e houve até a surpreendente decisão de um jovem ex-adventista que se batizou na ocasião e em seguida se inscre-veu para participar da Missão Cale-be. Segundo informações do pastor Sósthenes Andrade, líder de Jovens da Associação Bahia Sul, 120 jovens equipes missionárias trabalharam em janeiro com a expectativa de le-var 1,2 mil pessoas ao batismo.

Missão e doutrina No Nordeste, assembleias estaduais de PGs celebram as conquistas

e convenção inédita da Missão Calebe enfatiza as doutrinas

noRdEstE

Em ilhéus, BA, cerca de 1,5 mil jovens calebes receberam preparo missionário e doutrinário. Em janeiro, 8 mil participaram do projeto no nordeste

Em Aracaju e maceió, mais de 4 mil pessoas celebraram os batismos alcançados pelas duplas missionárias e pequenos grupos

Pioneirismo e desprendimento no TODepois do culto de inauguração da igreja, no dia 23 de dezembro, José

Ribamar Correia, olhava a movimentação dos amigos juntando cadeiras e varrendo o chão antes de fechar o prédio para todos irem para casa. A filha pequena, de vestidinho branco segurava seu braço, com sono. Tudo o que ele tinha para declarar era: “Estou muito feliz”. Felicidade co-mum aos 20 adventistas da cidade de Sampaio, TO, próximo a Araguatins.

Tudo começou em 2006, na garagem da casa de Ribamar. Mesmo não sendo batizado na época, ele financiou e hospedou, por dois meses, dois instrutores bíblicos para evangelizar a cidade. Em pouco tempo, a sala de sua casa estava cheia de interessados, e o grupo teve que se mudar para um salão, também pago por Ribamar. Em seguida, o pastor Manoel Bar-bosa, dirigiu um evangelismo no local. Mais pessoas foram batizadas e a necessidade de uma sede própria era urgente. Ribamar doou um terreno que tinha no centro da cidade e investiu na igreja o dinheiro que tinha guar-dado para a construção da própria casa. O técnico em edificações, Adão Juscelino, que não é adventista, se comoveu com o empenho do amigo, fez voluntariamente o projeto da igreja e acompanhou a obra. Na inau-guração, seis pessoas foram batizadas.

“Nunca é tarde para se descobrir quais são realmente os momentos felizes da vida. Às vezes, somos tentados a nos gloriar por realização de metas. Eu te-nho quatro cursos universitários, mas não é isso que me faz feliz. Esse templo para mim significa uma entrega a Jesus. Significa a felicidade verdadeira”, teste-munhou Ribamar.

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sérgio Ramos e Francis matosColaboradores

Enquanto muitos aproveita-vam as férias de fim de ano, cerca de 330 jovens da Região Centro-Oeste mostraram comprometi-mento com a colportagem evan-gelística, ao se dedicar, durante quatro dias, a um treinamento no Instituto Adventista Brasil Central (Iabc). Sob o tema “Fé-rias da esperança: Jovens Salvan-

do Vidas”, estudantes de Goiás, Distrito Fe-deral, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Tocantins, tiveram momentos de consa-gração e capacitação.

Na cerimônia de abertura, foi apresen-tado um desfile com os colportores usan-do os trajes típicos e a bandeira de cada Es-tado representado. Na

sexta feira, a Santa Ceia organi-zada proporcionou momentos de reflexão a todos. Seis grandes jarros foram espalhados pelo re-feitório, e os líderes de cada gru-po, trajados de modo a lembrar os tempos bíblicos, dirigiram a cerimônia de lava-pés.

Ao longo do encontro, treina-mentos segmentados atenderam a necessidade de abordagens espe-cíficas como as de casa em casa,

Ucob treina 330 colportores estudantes no Iabc

AbAdiâniA – go

Secretarias de igreja são premiadas no AMNa Associação Amazo-

nas-Roraima, o ano co-meçou com premiação. Encontros nos dias 9, em Manaus, e 30 de ja-neiro, em Boa Vista, ho-menagearam as secreta-rias destaques de 2009, com troféus e lembran-ças. Na premiação, 94 secretários e 25 distritos se destacaram na entre-ga de todos os relatórios do ano passado. Kelly Mayara, uma das premiadas, sentiu que seu traba-lho foi reconhecido. “Fiquei motivada e por isso sempre guardarei o tro-féu para lembrar a importância que o secretário tem no trabalho de Deus”, declarou. Quatro secretarias de igrejas que ainda não eram informatiza-das foram sorteadas com um notebook e uma impressora. Das 472 con-gregações, 21% das igrejas contam com registros digitais dos membros. A meta é chegar aos 100% em quatro anos. Neste ano, as secretárias vão receber bótons, uniforme e participar de um acampamento específico. Em 2009, as secretarias da região registraram 9 mil membros batizados.

comércio, empresas e igrejas. O principal orador foi o pastor Wil-mar Hirle, que é diretor associa-do de publicações da Associação Geral. Ele motivou o grupo com suas experiências como colpor-tor estudante.

No sábado pela manhã, o grupo

se dirigiu à piscina para presen-ciar o batismo do jovem Maikon, um ex-jogador de futebol que hoje colporta. À tarde foi apresentado um musical com o cantor Robson Fonseca e no encerramento cada jovem recebeu uma medalha alu-sivas ao encontro.

MOEMA: Av. Juriti, 573 – Moema 04520-001 – São Paulo, SPFones: (11) 5051-1544 e 5051-2806

PRAÇA DA SÉ: Pça. da Sé, 28 – A1 – Sala 13 01001-000 – São Paulo, SPFones: (11) 3106-2659 e 3105-5852

UNASP/EC: Rodovia SP 332, km 160 – Fazenda Lagoa Bonita – 13165-000 – Engenheiro Coelho, SP Fones: (19) 3858-9036 e 3858-1398

BRASÍLIA: SD/Sul – Bloco Q, Loja 54 – Térreo – Edifício Venâncio IV – Asa Sul – 70393-900 – Brasília, DF Fones: (61) 3321-2021 e 3321-2778

CURITIBA: Rua Visconde do Rio Branco, 1.335 Centro – 80420-210 – Curitiba, PR Fone: (41) 3323-9023

GOIÂNIA: Av. Goiás, 1.013 – Loja 1 – Centro 74010-010 – Goiânia, GO Fone: (62) 3229-3830

RIO DE JANEIRO: Rua Conde de Bonfi m, 80 Loja A – Tijuca – 20520-053 – Rio de Janeiro, RJ Fones: (21) 3872-7375 e 3872-2856

CAMPO GRANDE: Rua Quinze de Novembro, 575 Salas 2 e 3 – Centro – 79002-140 – Campo Grande, MS Fones: (67) 3321-9463 e 3321-3329

SALVADOR: Av. Joana Angélica, 747Nazaré – 40050-000 – Salvador, BA Fones: (71) 3322-5779

FORTALEZA: Rua Pedro I, 1120Centro – 60035-101 – Fortaleza, CE Fones: (85) 3252-5779

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Acampamento da USB uniu preocupação ecológica, ensino de valores e transmissão via internet

to estava previsto para setembro de 2009. Mesmo sendo adiado por conta da gripe suína, o acampa-mento bateu recordes na Região.

Para a prefeita de Santa He-lena, Rita Schmidt, “é uma hon-ra receber, pela segunda vez, um acampamento adventista na nos-sa cidade. Além de nos trazer es-perança, atrai a atenção da im-prensa para os assuntos positivos sobre o município”. E exposição não faltou na mídia local e esta-dual. Todas as emissoras de TV e rádio, bem como os jornais pau-taram o evento, além de visitar o

acampamento e entre-vistar organizadores e participantes. Às pro-vas típicas de um cam-pori, como tirolesa, ar-vorismo, salvamento e outras provas físicas, foram adicionadas ati-vidades culturais e ecológicas como a vi-sita ao Museu da Bíblia (veja box) e instruções de como aquecer água em casa usando mate-rial reciclável. “Nós en-sinamos recursos aqui que podem ser usados em outros lugares e es-

peramos que os desbrava-dores sejam, agora, os difu-sores desse conhecimento

nas comunidades onde vivem”, prevê Alexandre Almeida, cabo da Força Verde da Polícia Militar.

Para quem nunca tinha par-ticipado de um campori, como Gabriela Santos, 11 anos, a im-pressão foi muito melhor que a expectativa. “Eu achava que ficá-vamos na lama o tempo todo, su-jos, correndo, mas não é assim. É muito bom e deve ficar ainda melhor”. Já quem é ve-terano e tem mais de 30 encontros desse no currículo, como Celso Formighieri, 72 anos, a comparação é inevi-tável: “No meu tempo, os camporis eram qua-se um teste de sobrevi-vência e ficávamos ain-da mais integrados com a natureza. Hoje, os jo-vens têm mais recursos, inclusive tecnológicos, e nem conseguem fi-car muito tempo longe da internet.” São justa-mente essas diferenças que tornam a estada em barracas um pouco me-nos desconfortável. A novidade desse acam-pamento, transmitido

ao vivo pela internet, foi a utilização, pelos juvenis, de uma lan house para atualizar amigos e fami-liares sobre as atividades.

O pastor Marlinton Lopes, líder dos adven-tistas da Região Sul, tam-bém comparou os cam-poris de hoje com os da sua geração. “Eu fui des-bravador na época em que o militarismo imperava e as noções de hierarquia e disciplina eram mais rígi-das. Porém, não importa a época, as lições de lide-rança que os jovens rece-bem desde cedo ajudam

a formar cidadãos e líderes mais conscientes e úteis à sociedade, mas os líderes só conseguem exer-cer essa autoridade se o compor-tamento for coerente com as pa-lavras”, reforça.

Durante dois dias os clubes se dividiram em dois grandes gru-pos para conhecer as Cataratas do Iguaçu, patrimônio mundial da humanidade. Nos cultos da noite, dirigidos pelo pastor Elmar Bor-ges, líder dos desbravadores nor-destinos, notou-se a organização

Campori de respeitosAntA hElEnA – pR

Fabiana BertottiColaboradora

Por causa da chuva que caiu na quarta-feira, 20 de janeiro, a che-gada foi a primeira prova dos 12 mil acampantes. Eles enfrenta-ram lama por toda parte e alaga-mentos nas áreas mais baixas do acampamento em Santa Helena, cidade paranaense a 110 quilôme-tros de Foz do Iguaçu. Mas a água deu lugar ao sol escaldante, típico da região nessa época do ano, du-rante o campori, que se estendeu até o dia 24. A preparação come-çou há mais de dois anos e o even-

Museu da BíbliaUm acervo com 1.576 Bíblias. Exemplares em

diferentes formatos e idiomas. A mostra esteve aberta à visitação no campori. Na coleção, há Bí-blias e porções das Escrituras em 303 idiomas, in-cluindo línguas indígenas e esquimós. Outra atra-ção foi um exemplar de 1669. Para quem não se contentou em folhear os escritos sagrados, pôde viajar aos tempos bíblicos, através do cheiro de perfumes citados na Bíblia. Essências como mir-ra (um dos presentes que Jesus recebeu por oca-sião do Seu nascimento) e nardo (aquele perfume que Maria Madalena derramou sobre os pés de Jesus), tornaram-se conhecidas dos desbravado-res. O responsável pelo museu itineran-te, Erlo Köhler, colecionador desde 1972, explica que o objetivo da exposição é estimular no público o hábito de ler a bíblia diariamente.

Governador do Paraná, Roberto Requião, já se considera um frequentador de camporis. Requião falou aos debravadores e jantou com os líderes

Ensinar a reverência a Deus e o respeito aos líderes foram os objetivos do campori, de acordo com o pastor Areli Barbosa (no detalhe)

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e reverência do grupo. “Nesse campori conseguimos passar al-gumas noções fundamentais para a vida do desbravador. Uma delas

é a reverência, quer nas cerimô-nias, nos cultos ou em qualquer lugar. Outra lição é o respeito ao líder e toda autoridade constituí-

da, seja pastor, diretor de unidade ou um superior”, explicou o pas-tor Areli Barbosa, líder dos des-bravadores sulistas e organizador do campori.

Toda essa reverência e pom-pa foram vistas na visita do go-vernador do Paraná, Roberto Re-quião, no sábado. Ele jantou com os líderes e falou aos adolescen-tes. Acompanhado do deputado estadual Artagão Júnior, que é ad-ventista e foi desbravador por dez anos, o governador recebeu uma garrafa de suco de tomate da Su-perbom que, segundo ele, o trans-formou de um menino fraquinho

em um jovem forte. “Um acampa-mento assim, sob a égide da Igre-ja Adventista, que prima pela éti-ca e princípios da Bíblia só pode ter resultados positivos. Eu já me considero frequentador dos cam-poris, só falta vir acampar junto e como oficial da cavalaria nem se-ria tão difícil”, elogiou Requião. E os princípios da Igreja puderam ser vistos nas músicas cantadas e no batismo de desbravadores rea-lizados a cada culto, de manhã e à noite. O orador do culto matuti-no, pastor Otimar Gonçalves, lí-der dos desbravadores sul-ameri-canos, afirmou que tudo foi feito com muita organização, “o que coroou os esforços dos juvenis que trabalharam por mais de um ano para conseguir chegar nessa celebração”.

Na tarde de sábado, foi reali-zado o Impacto Santa Helena, com a distribuição de milhares de livros Tempo de Esperança e sementes da planta crotalá-ria, que combate o mosquito da dengue. Os adolescentes se jun-taram e fizeram uma varredura no município e cidades vizinhas entregando a literatura. O culto da madrugada, sempre realizado às 5h30, foi adiantado para as 4h no último dia. Uma ilustração da volta de Jesus, num grande palco a céu aberto, emocionou os desbravadores. Depois, espi-ritualmente preparados, eles sa-íram para a cidade, em serena-ta, acordando os moradores com hinos sobre a volta de Jesus. – Com reportagem de Dina Kar-la, Elio Moura, Larissa Jansson e Márcio Tonetti.

Cidade móvelA infraestrutura do 11º Campori da União Sul-Brasileira recebeu

elogios de acampantes veteranos. Não era para menos, foram dois anos de preparo do evento, que contou com banheiros construí-dos especialmente para o acampamento. Para atender ao número to-tal de acampantes, 12 mil, foi necessário organizar uma “cidade” móvel.

204 clubes12 mil acampantes4 mil metros de cabos

elétricos1,2 mil metros de canos260 metros cúbicos de areia240 tomadas de cozinha290 lâmpadas 236 banheiros 296 chuveiros13 caixas d’água com capa-

cidade de 20 mil litros cada

Atividades ao ar livre e momentos devocionais com o pastor Elmar Borges

Templo é inaugurado em reserva indígenaO distrito pastoral de Xanxerê, no oes-

te catarinense, tem experimentado um grande despertamento missionário. No ano passado, mais de cem pessoas foram batizadas na região. Um dos locais evan-gelizado, foi a reserva indígena Kaingang, na cidade de Entre Rios. O trabalho pio-neiro do instrutor bíblico José Soares da Luz, enviado pela igreja local, e a constru-ção de uma igreja dentro da reserva foram fundamentais para o surgimento de uma congregação nessa área de Missão Global. Em 12 de dezembro, a comu-nidade estava em festa pela inauguração da Igreja Paiol de Barro. Doze índios foram batizados, entre eles um vereador, representante da comu-nidade. Agora, já são 42 adventistas na reserva. A obra foi financiada pe-los irmãos Celso Knoener e Armando Hacker, empresários e grandes co-laboradores da Igreja no Estado, que ajudaram na construção da Igreja de Faxinal do Irany, templo inaugurado no mesmo dia.

Igreja do interior paulista completa 100 anosLocalizada a 340 quilômetros de São Paulo, e com cerca de 10 mil habitan-

tes, a cidade de Nova Europa abriga, há cem anos, uma das dez comunida-des adventistas mais antigas do Brasil. Em 12 de dezembro, para comemo-rar o centenário do adventismo no município, foi lançado o canal aberto da TV Novo Tempo (33). Um dos momentos emocionantes do programa foi a encenação da chegada das famílias adventistas pioneiras (Schmidt, Adam e Hoffmann) à cidade (foto). A mensagem do culto foi dirigida pelo pastor Acílio Alves Filho, pre-sidente da Associação Paulista Oeste. O pastor Geraldo Marski, que tem 96 anos e liderou a Igre-ja de Nova Europa nos anos 1970, foi um dos convidados especiais para a cerimônia, que foi organizada pelo an-cião local Adriano Buzzá.

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Bodas de Ouro (50 anos)De Arlindo e Ionice, na Igreja do

Progresso, em Belo Horizonte, pelo genro, pastor João Costa Cavalcan-te. O casal tem seis filhos, 11 netos e dois bisnetos.

Aniversário de 102 anos

Do colportor e professor aposen-tado, Francisco miranda, de Aná-polis, GO. Ele completou 102 anos neste mês. Nascido em Santana dos Brejos, BA, é adventista há 78 anos. Pai de sete filhas, tem mente lúci-da e lê a Bíblia uma vez por ano. No Natal do ano passado, quando visi-tou a Casa, em Tatuí, SP, foi convida-do a sentar-se na cadeira do reda-tor-chefe, fez pose de editor e disse: “Nunca pensei que teria essa honra em minha vida.” Antes de se despe-dir, orou fervorosamente pelos ser-vidores da editora.

Rádio NT de Teresópolis, RJ, recebe homenagem

A Câmara de Vereadores de Te-resópolis, na região serrana do Rio de Janeiro, homenageou 60 profis-sionais do rádio que atuam na cida-de, entre eles alguns funcionários da emissora Novo Tempo local (FM 96,1). A locutora da rádio, Rosilainy Andrade, o diretor da emissora,

Diógenes Oliveira, e o operador de áudio, Alexandre Yatti, receberam a homenagem dos vereadores Clei-ton Valentim e Paulinho Carvalho.

Câmara de Hortolândia presta tripla homenagem ao Iasp

A Câmara de Vereadores de Hor-tolândia, SP, realizou, no início de dezembro, uma tríplice homena-gem ao Instituto Adventista de São Paulo (IASP). A cerimônia, que foi dirigida pelo presidente da Casa, o médico adventista George Burlan-dy, concedeu os títulos de Cida-dão Hortolandense para o diretor da instituição, Alacy Barbosa, e de Empresa Cidadã ao IASP. O campus ainda foi homenageado com uma Moção de Louvor pelo seu 60º ani-versário, em 2009.

Coral de Sinos do Unasp participa de programas da Rede Globo

Em 2009, a agenda do Coral de Si-nos do Unasp, São Paulo, foi agita-da. O grupo fechou o ano com cha-ve de ouro ao participar da edição de véspera de Natal do programa Mais Você, da Ana Maria Braga. No fim das gravações, os músicos presentearam a apresentadora com literatura ad-ventista. Em agosto, o grupo parti-cipou do quadro Se Vira nos Trinta, do Domingão do Faustão, e em no-vembro, chegou à semifinal do pro-grama Qual é o seu talento?, do SBT. Em dezembro, o coral se apresentou na festa de aniversário do Parque do Ibirapuera, cartão-postal paulistano, e no segundo dia de 2010, tocou no Show da Paz, promovido pela pre-feitura de Bertioga, SP, numa praça a cem metros da praia.

Vida e saúde músculos – Mais do que mera

estética ou força bruta, eles contribuem para o seu equilíbrio físico e emocional

Alimentos – Aproveite o sabor exótico do piqui, um fruto do cerrado riquíssimo em antioxidantes

Em forma – Não se mate na academia: faça a coisa certa e evite lesões

nosso Amiguinho

Aventuras da turma – Brincando, brincando, descobrimos como o vidro é feito. Agora, vamos contar tudo pra você!

Recortar & armar Monte um jogo que vai desafiar seus conhecimentos a respeito de aves

Página da luísa – Várias ideias para trançar os cadarços de seus tênis e lançar moda entre os amigos

nosso Amiguinho Júnior

Há algumas semelhanças e algumas diferenças entre nós. E é isso que nos torna pessoas especiais. Vamos ver um pouco disso tudo e aprender a tratar a todos com respeito. Viva a amizade! Viva!

Revistas de fevereiro

Adventistas no HaitiAté o fechamento dessa edição, segundo a Divisão Interamericana, foi

confirmada a morte de 522 adventistas e que 27 mil membros estão desa-brigados no Haiti. De acordo com o levantamento, 55 igrejas foram destru-ídas e outras 60 estão parcialmente danificadas. O prédio da universidade adventista local também está seriamente ameaçado, mas seu campus tem abrigado 20 mil sobreviventes. Já o hospital adventista não foi atingido.

O pastor Israel Leito, líder da Igreja na América Central, garantiu aos sobreviventes que a Igreja mundial vai socorrer seus fiéis e ajudar na re-construção das igrejas haitianas. O pastor lamentou profundamente as mortes, mas disse estar grato a Deus pelas vidas que foram poupadas. Há relatos de que muitos membros morreram dentro das igrejas, quan-do participavam dos cultos. No sábado posterior à tragédia, a rádio ad-ventista transmitiu uma programação especial.

A Igreja Adventista ao redor do mundo já mandou 600 mil dólares para o Haiti e mais 1 milhão de dólares foi arrecadado nas igrejas da Améri-ca do Norte. Uma das ações da ADRA é purificar a água para o consumo diário de 90 mil pessoas, além de manter clínicas móveis com capacida-de para atender mil pessoas por dia. Doadores de várias partes do mun-do estão dispostos a ajudar a população durante os próximos três anos.

Para ajudar, as doações podem ser feitas pelo cartão de crédito no site da ADRA Internacional (www.adra.org) ou pelas ofertas específicas para o projeto “SOS Haiti / Adra” na sua igreja local.

No dia 23 de dezembro, o Hangar, Centro de Convenções e Feiras da Ama-zônia, em Belém, PA, foi palco da apresentação dos corais da Rede Ad-ventista de Educação do Pará e Amapá. Com o tema “A maior história de amor”, 840 alunos, de doze escolas, cantaram para um público estimado em 2 mil pessoas. As crianças interpretaram dez canções religiosas, que retrataram a biografia de Cristo, de Seu nascimento até a ressurreição. O objetivo da programação foi oferecer uma oportunidade aos alunos de evangelizar e crescer culturalmente.

No dia 16 de dezembro, o governador em exercício do Mato Grosso, Silval Barbosa, sancionou a Lei nº 9.274 que estabelece normas para a realização de concursos e processos seletivos no Estado. A legislação aprovada prevê a realização de provas de seleção somente para o período de domingo à sex-ta-feira, no horário das 8h as 18h. A lei, de autoria dos deputados estaduais Guilherme Maluf e Mauro Savi, está em vigor desde o fim do ano passado.

A missão oeste do Pará realizou entre nos dias 9 a 13 de dezembro, no Instituto Adventista Transamazônico Agroindustrial (IATAI), seu pri-meiro concílio de pastores e anciãos. Cerca de 300 pessoas participaram dos momentos de planejamento, consagração e treinamento. Líderes da União Norte-Brasileira e o pastor Davi Tavares, diretor da curso teológico da Faculdade Adventista da Amazônia, foram os palestrantes do evento.

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