revista adventista - junho 2010

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Exemplar Avulso: R$ 2,87 – Assinatura: R$ 34,50 22 Impacto continental Dois milhões de adventistas deram um recado relevante sobre o sábado para a América do Sul 6 Igreja e Estado Teólogo fala sobre esse tema à luz dos escritos de Ellen G. White 12 Abalos sísmicos Os terremotos estão entre os sinais do fim do mundo

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Educados para

navegarO universo da internet pode ser usado tanto

para o bem quanto para o mal

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22 Impacto continental

Dois milhões de adventistas deram um recado relevante sobre o sábado para a América do Sul

6 Igreja e Estado

Teólogo fala sobre esse tema à luz dos escritos de Ellen G. White

12 Abalos sísmicos

Os terremotos estão entre os sinais do fim do mundo

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O cenáculo e o Georgia Dome

A igreja precisa de um novo pentecostes

O período de tempo é o mesmo: dez dias. Mas os lugares diferem muito um do outro. Um

é o cenáculo, em Jerusalém (At 1:13; 2:1), onde os discípulos se reuniram logo após a ascensão de Jesus; o outro é o Georgia Dome, na cidade de Atlanta, EUA, com capacidade para 71.250

pessoas sentadas.

“Fortalecidos pela concessão do Espírito Santo, saíram com zelo para estender os triunfos da cruz” (p. 46).

Pela graça de Deus, tive o privilégio de participar de duas assembleias mundiais da Igreja. Em Indianápolis, em 1990, vi pes-soas tristes por não terem sido reconduzi-das a cargos de liderança. Também vi pes-soas frustradas porque seus “candidatos” não foram eleitos. Contudo, observei líde-

res e grande número de membros orando para que o Espírito Santo guiasse os representantes da Igreja na escolha de homens e mulheres dispostos a tra-balhar como servos de Cristo. Presenciei a mesma atmosfera em Saint Louis, em 2005.

Estou orando para que o Espírito Santo Se ma-nifeste em Atlanta, durante os dez dias de reuniões. Estou orando para que os 235 membros da Comis-são de Nomeações não representem interesses de pessoas ou continentes, mas atuem sob a liderança divina. Peço a você que também ore fervorosamente.

Nossa peregrinação neste mundo não pode se prolongar mais por muito tempo. Você e eu esta-mos cansados do clima de violência, imoralidade e materialismo em que vivemos. Em meio a tudo isso, milhares de pessoas morrem diariamente sem

o conhecimento da verdade. Portanto, não nos preocupemos se Paulo ou Apolo será o próximo líder da Igreja, mas oremos para

que o Espírito Santo dirija a vida e os atos do servo que vai ser escolhido.

A Igreja precisa mais do poder do Alto do que de homens e mulheres dotados de talentos. Os dis-cípulos eram pessoas simples, mas, sob a liderança divina, abalaram o mundo com seu testemunho.

Você e eu estamos convictos de que a Igreja Ad-ventista do Sétimo Dia foi chamada para anunciar a mensagem para este tempo. Mas, para que isso aconteça, precisamos acertar nossas diferenças, es-quecer nossos próprios interesses e pedir a unção do Espírito Santo.

Os carpinteiros de Noé realizaram uma grande obra, mas foram destruídos pelo Dilúvio. No dia final, que nenhum de nós esteja fora da arca da igreja, por falta de foco na missão e por falta do poder do Alto!

RubEns LEssA é editor da

Revista Adventista.

rubens.lessa@ cpb.com.br

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O primeiro evento ocorreu há pouco mais de dois mil anos; o segundo terá início no dia 23 deste mês e se estenderá até o dia 3 de julho. No primeiro, os discípulos oraram intensamente, sentindo saudade do Salvador que estivera com eles por mais de três anos. No segundo – a 59ª Assembleia da Associa-ção Geral –, os 2.410 representantes da Igreja Ad-ventista do Sétimo Dia vão tomar decisões impor-tantes e orar para que Jesus volte logo a este mundo de trevas.

O contraste é grande em muitos aspectos. De um lado, um punhado de discípulos ainda des-lumbrados com os acontecimentos relacionados com a morte e ressurreição de Jesus; de outro, mi-lhares de adventistas ansiosos por ouvir relatos do avanço da obra de Deus ao redor do mundo e, ao

mesmo tempo, cheios de curiosidade para saber quem dirigirá a Igreja nos próximos cinco anos. De um lado, homens preocupados em resolver suas diferenças uns com os outros, para receber o poder do Espírito Santo; de outro, expressivo número de adventistas preocupados com a pre-gação do evangelho “a cada nação, e tribo, e lín-gua, e povo” (Ap 14:6), mas nem todos orando in-sistentemente pela unção do Espírito.

Ellen G. White descreve o espírito com que os discípulos se reuniram no cenáculo: “Esses dias de preparo foram de profundo exame de coração. Os discípulos sentiram sua necessidade espiri-tual, e suplicaram do Senhor a santa unção que os devia capacitar para o trabalho de salvar almas. Não suplicaram essas bênçãos apenas para si” (Atos dos Apóstolos, p. 37). Qual foi o resultado?

Editorial Rubens Lessa

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Uma igreja mundial

Temos uma só esperança e uma mensagem distinta

Cada vez que leio na bíblia que o “evangelho do reino será pregado a todo o mundo

[... ] e então virá o fim” (Mt 24:14), agradeço a Deus por termos uma esperança e sermos uma

igreja mundial. Essas palavras proféticas de Jesus apresentam a mensagem e a missão de um povo

que está comprometido com a segunda vinda, que nasceu profeticamente para proclamá-la,

que a leva em seu nome, identidade e certidão de nascimento. Esse povo também precisa estar

unido e espalhado pela Terra, para que possa apresentar essa mensagem a todos os povos. A mensagem é de alcance mundial para ser

pregada por uma igreja mundial. É um chamado específico para a Igreja Adventista do Sétimo Dia.

Desde a primeira assembleia, realizada em 20 de maio de 1863, em Battle Creek, quando John Byington foi eleito o pri-meiro presidente mundial da igreja, Deus tem multiplicado as bênçãos sobre Seu povo. Estatísticas oficias da igreja indicam que, naquele ano, a igreja possuía apenas seis campos locais, 30 pastores, 125 igre-jas e 3.500 membros. Que diferença para os dias de hoje, quando somos 112 uni-ões, 572 campos locais, 128.391 igrejas e grupos, 15.921.408 membros, pregando o “evangelho do reino” em 891 línguas e dis-tribuindo literatura em 369 diferentes idio-mas! De uma igreja inicialmente estabe-lecida apenas nos Estados Unidos, hoje podemos ver uma família espalhada pelo mundo. Apenas na Divisão Sul-Americana estão 20,63% dos membros da igreja mun-

dial. Outros 21,65% estão no território da América Central e aproximadamente 35% estão na África. Apesar dessa distribuição mundial, ainda temos al-guns países como Coreia do Norte, Marrocos, Iê-men, Afeganistão, Mauritânia, Arábia Saudita e So-mália em que o “evangelho do reino” precisa ser pregado. Aqui na América do Sul, nosso desafio está concentrado nas Ilhas Malvinas, onde também não há presença adventista. Somos hoje um adven-tista para cada 421 habitantes do mundo. Na Amé-

rica do Sul, porém, somos um para cada 140. Durante o último ano, foram batiza-das 1.033.534 pessoas em todo o mundo, sendo 214.639 na Divisão Sul-Americana.

Todas essas informações e números de-vem nos motivar a ser gratos a Deus por estar con-duzindo Sua igreja. Temos muitos desafios a ser su-perados, mas, ao mesmo tempo, somos uma igreja que se tem unido de maneira destacada para cum-prir a missão. Isso pôde ser visto, no território sul-americano, durante o Impacto Esperança e nos Lares de Esperança, bem como na distribuição de quase 11 milhões de exemplares do livro missioná-rio Tempo de Esperança. Estamos vivendo um mo-mento histórico e profético e o Espírito Santo está atuando poderosamente. Por isso, precisamos orar para que Deus mantenha claro nosso foco, nossa unidade confirmada, nosso preparo aprofundado e, ao mesmo tempo, dirija cada uma das decisões de nossa assembleia mundial.

ERTOn KÖhLER é presidente

da Divisão Sul-Americana.

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Quando olhamos para a realidade desta igreja mundial, podemos encontrá-la estabelecida em 203 países, dos 232 reconhecidos pela ONU. Alcança uma população de 6.528.227.000 habitantes, diante do total mundial de 6.705.479.000. Portanto, nos falta conquistar apenas 29 países, com uma popu-lação total de 177.252.000 habitantes. Isso não signi-fica que todo o restante já conhece as verdades bíbli-cas e a segunda vinda, mas pelo menos estamos no meio deles, dentro de sua cultura e pregando em seu

idioma. Já estamos em 87,5% dos países, onde está concentrada 97,3% da população mundial.

No mês de junho, vamos celebrar o alcance, a força, a unidade e a bênção desta igreja mundial. De 23/6 a 3/7, será realizada nossa 59ª assembleia mun-dial, na cidade de Atlanta, Estados Unidos. Partici-parão 2.410 delegados, representando as 13 Divisões mundiais. Esse corpo de delegados vai votar ajus-tes nos Regulamentos Administrativos e no Ma-nual da Igreja, aprovar a oficialização de novas or-ganizações, além de uma extensa agenda de temas relevantes para a igreja. Uma comissão de nomea-ções, formada por 235 membros, também vai pro-por a eleição da liderança mundial e de cada uma das Divisões.

Mensagem Pastoral Erton Köhler

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Um jornal a serviço da igreja Editor: Wendel Lima

Junho • [email protected]

27 DSA define tema do projeto evangelístico de 2011 e aprova a criação da ADRA Brasil

28 Conheça a história dos desbravadores que salvaram vidas na tragédia do Rio

33 Até os confins da Terra: Igreja Adventista inaugura templo em Fernando de Noronha

27 Doações de brasileiros fazem diferença em Moçambique

Um dia para ser lembrado

Sábado, 15 de maio. Um dia para ser lembrado. O título desse pequeno texto tem dois sentidos, que, na verdade, são convergentes quando se fala do projeto Impacto Esperança. O primeiro aponta para o mandamento bíblico mais repetido e pregado pelos adventistas: “Lembra-te do dia de sábado para o santificar” (Êx 20:8). Esse preceito tem tudo a ver com a identidade e a missão da igreja. Inúme-ros textos bíblicos colocam a guarda do sétimo dia como um sinal entre Deus e Seu povo, uma iden-tificação externa. Assim o foi nos tempos do Antigo Testamento e assim o será no fim da História.

Diferentemente dos nossos irmãos batistas do sétimo dia, que nos legaram a restauração do dia bíblico de guarda, coube aos adventistas do sétimo dia relacionar a doutrina do sábado com o em-bate final entre o bem e o mal. Portadores de tão reveladora mensagem, os adventistas se sentem comissionados a fazer do convite do primeiro anjo de Apocalipse 14, o seu: “E adorai Aquele que fez o céu, e a Terra, e o mar, e as fontes das águas” (v. 7). Por isso, a fim de que haja um reavivamen-to da adoração, proclamam o princípio bíblico que coloca o Criador e criatura no seu devido lugar.

Por sua vez, o segundo recado do título está relacionado aos efeitos práticos do projeto. A exemplo do dia 6 de setembro de 2008, 15 de maio de 2010 ficará registrado nos anais da história da igreja, mas, sobretudo, na memória dos adventistas. Esse foi o dia em que a união em prol do mesmo obje-tivo levou a igreja a experimentar uma forma relevante de evangelizar e sobre ela refletir. Dia em que

ricos e pobres, próximos e distantes, amigos e desco-nhecidos da mesma con-gregação puderam sentir, como em poucos momen-tos, que fazem parte da mesma família espiritual. O projeto Impacto Espe-rança levou, pela segunda vez, a igreja a agir de acor-do com sua identidade e missão. Talvez, uma pré-via do segundo Pentecos-tes. Págs. 22 a 26

Retratos do adventismo

A fundação de Brasília como sede do poder nacional no coração do Brasil, há 50 anos, impulsionou o desenvolvimen-to econômico da Região Centro-Oeste. De lá para cá, o território caracterizado pela diversidade cultural, longas distân-cias, baixa densidade demográfica e ve-getação peculiar, como o Pantanal, tem atraído pessoas e investimentos. Pegan-do carona nesse ritmo de crescimento, o adventismo tem avançado na região.

Na reportagem deste mês da série Re-tratos do Adventismo, a repórter Ca-roline Carnieto conta sucintamente como a mensagem do advento chegou ao Mato Grosso e Goiás e porque a li-derança da Igreja Adventista na região tem investido na formação de peque-nos grupos e no fortalecimento espiri-tual das famílias. Págs. 34 e 35

EnTRElinhAs“Do supérfluo para o essencial”, teólo-

go explica como a guarda do sábado co-loca a vida no ritmo de Deus Pág. 26

mAis noTíCiAsAcesse: www.portaladventista.com

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Da redação

Indígenas no estado do Tocan-tins, turistas estrangeiros no Peru, pastores evangélicos no Espírito Santo, pessoas ocupadas na Ave-nida Paulista e vítimas de terre-moto no Chile, todos eles tiveram algo em comum no último dia 15 de maio. Chegou às mãos dessas pessoas uma pequena revista com um tema intrigante: a importância do sábado como um dia especial, considerado um dia de esperan-ça para a família, para a saúde físi-ca e mental, para o contato maior com o meio ambiente e com Deus.

Pelos cálculos da sede adminis-trativa da Igreja Adventista para

a América do Sul, mais de 30 mi-lhões de revistas foram distribu-ídas pelos poucos mais de dois milhões de adventistas dos oito países da Divisão Sul-Americana (Brasil, Argentina, Uruguai, Para-guai, Chile, Bolívia, Peru e Equa-dor). O nível de comprometimento da igreja com a iniciativa pôde ser medido pelo número de notícias publicadas no blog oficial do pro-jeto: mais de 450 matérias (http://esperanca.portaladventista.org).

O projeto Impacto Esperan-ça, em sua segunda edição, mos-trou, a exemplo da mobilização de 2008, a criatividade e o dinamismo

de adventistas motivados para dei-xar claro que são guardadores do sábado por convicção bíblica. Por isso, as mensagens de um dia de es-perança foram pelos ares em avi-ões e avionetas no Rio de Janeiro, Bahia e na Argentina; através de balões em Santa Catarina; pelo Rio Negro, no Amazonas, através da lancha Luzeiro XXVI e, a verdade sobre o sábado pegou carona em carroças, carros, caminhões com potentes alto-falantes, motos e ca-valos. Nessa matéria você acom-panha os principais destaques de cada região, do projeto que envol-veu todo o continente.

“A mensagem do sábado é im-portante para a população que hoje vive freneticamente e que está cheia de atividades. É neces-sário dar uma parada para refletir sobre a vida e a relação com Deus e o próximo”, comenta o pastor Erton Köhler, líder sul-america-no dos adventistas. Aliás, ele, com sua família, também vestiu uma camiseta preparada especialmen-te para o projeto e foi até a cida-de goiana de São João da Alian-ça, a 160 quilômetros de Brasília, para entregar revistas e ter con-tato com os moradores do muni-cípio com menos de dez mil ha-bitantes. Köhler não foi sozinho, pois 230 servidores e familiares da sede sul-americana da Igreja Adventista também arregaçaram as mangas, saíram ao sol e fizeram a diferença.

De Norte a Sul – Em Manaus, AM, não poderia haver data me-lhor para a lancha Luzeiro XXVI singrar pela primeira vez os rios amazônicos. A inauguração da embarcação missionária mar-cou a retomada oficial do proje-to médico-missionário iniciado pelo casal americano Leo e Jes-sie Halliwel há 80 anos, que levou cura e educação às comunidades carentes do Amazonas e que plan-

Impacto continental No dia 15 de maio, adventistas mostraram compromisso e criatividade para

tornar a mensagem sobre o sábado relevante fora dos muros da igreja

AméRicA do Sul

Em manaus, Am, a inauguração da lancha luzeiro XXVi marcou a retomada do projeto assistencial com os ribeirinhos e a comemoração de mais de 15 mil pessoas na praia de Ponta negra

Em Porto Alegre, Rs, 45 mil pessoas se reuniram às margens do Rio Guaíba a fim de celebrar a distribuição de literatura e oferecer serviços gratuitos à comunidade. Programação contou com as mensagens do quarteto Arautos do Rei e do pastor Alejandro Búllon

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tou a semente do adventismo na região. Um adventismo vibrante, que mostrou sua força no traba-lho assistencial prestado por de-zenas de voluntários a três comu-nidades ribeirinhas da capital e no fervor de mais de 15 mil adventis-tas que se reuniram no anfiteatro da praia de Ponta Negra, a fim de celebrar a distribuição da literatu-ra e a continuidade do projeto que tem inspirado gerações.

A estreia da lancha Luzeiro XXVI teve a participação de mais de 60 profissionais de saúde – mé-dicos, enfermeiros, farmacêuticos e nutricionistas – além de mem-bros e líderes da Igreja Adventis-ta na Região Noroeste do Brasil. Na agenda do dia, estava a inau-guração de uma escola, a doação de uma casa, o lançamento da pe-dra fundamental de uma igreja,

mais de 600 consultas e exames médicos, e uma grande celebração ao fim do dia.

A chuva ameaçou estra-gar a festa, mas debaixo de guarda-chuvas o público acompanhou o quarteto Cânticos Vocal interpre-tar músicas que falavam de pioneirismo e despren-dimento, a homenagem aos últimos pastores-co-mandantes das lanchas e a queima de fogos e a quebra de uma garrafa de guaraná, costume local para inau-guração de embarcações.

Em Porto Velho, RO, as ações sociais da semana do proje-to Impacto Esperança foram notí-cia em cinco veículos de comuni-cação, destaque para o canal local do SBT, que acompanhou todos os projetos e entrevistou no estú-dio, o presidente da Associação Amazônia Ocidental, pastor Joab Chagas. Todos os presídios da ca-pital foram visitados pelos mem-bros. Em Rio Branco, AC, cin-co mil membros usaram apitos, carreatas e passeatas para distri-buir o material. Em Rondônia e no Acre mais de 17 mil membros distribuíram 500 mil revistas. No sul de Rondônia, na divisa com o Mato Grosso, 16 voluntários dis-tribuíram livros e revistas a ca-minhoneiros, motoristas e passa-geiros dos ônibus. E, em Vilhena, cidade com 70 mil habitantes, fo-ram entregues 35 mil exemplares.

Pará e Maranhão – Na capital paraense, os adventistas decidiram demonstrar seu amor pelo evange-lho, reunindo-se no lugar destina-do à paixão pelo futebol. Ao está-dio do Clube do Remo, o Baenão, compareceram 7 mil membros de Belém e região metropolitana, além de líderes da Igreja Adventis-ta do Estado e Região Norte. Tam-bém estiveram presentes autori-dades públicas, como o secretário municipal de saúde, Emerson Van-ghan, que elogiou as ações sociais dos adventistas, especialmente a doação de sangue. A campanha, que teve apoio da fundação He-mopa, coletou cerca de cem bol-sas de sangue e realizou o cadastro de doadores de medula. Três pes-soas foram batizadas. A governa-dora do Pará, Ana Júlia de Vascon-celos, também recebeu o material missionário e elogiou a parceria da Igreja com a Hemopa. Em Belém, os servidores da Associação Bai-xo Amazonas também mostraram disposição. Eles viajaram 50 minu-tos de barco até a Ilha de Cotiju-ba, para evangelizar a comunida-de de 5 mil habitantes que tem 12 adventistas. No mesmo dia, profes-sores, administradores e alunos da Faculdade Adventista da Amazô-nia, com sede em Benevides, apro-veitaram a data para doar sangue.

Em Imperatriz, sul do Ma-ranhão, 350 mil revistas foram distribuídas e três mil pessoas participaram de uma grande ce-lebração às margens do Rio To-cantins. E, na capital São Luís, o destaque foi a distribuição mas-siva nas feiras livres e nas praias. Somente na Litorânea, a princi-pal praia da cidade, mais de 3 mil pessoas receberam a mensagem sobre o sábado. Ao todo, no nor-te do Maranhão foram entregues mais de 1 milhão de revistas.

Nordeste – Os números im-pressionam. No Nordeste, os 300 mil adventistas distribuíram mais de 4,5 milhões de revistas e, des-de o começo do ano, entregaram quase 1,2 milhão de livros. Em Santa Cruz do Capibaribe, agres-te de Pernambuco, um de cada três habitantes dos 80 mil mora-dores receberam o material. Em Recife, 60 crianças provaram que não havia restrições para partici-par da campanha. Fizeram uma espécie de “Impactinho”, distri-buindo revistas no principal par-que ambiental da cidade.

Em Salvador, BA, um avião mo-nomotor sobrevoou a orla levando uma faixa com a mensagem do sá-bado. Enquanto isso, em terra fir-me, voluntários entregaram revis-tas e folhetos aos banhistas. No fim da manhã, um grande grupo for-mado por quatro corais apresentou uma cantata no centro da cidade. No interior, em Feira de Santana, cidade que tem 4 mil adventistas, 2 mil pessoas participaram de uma passeata, com direito a carros ale-góricos, trios elétricos, buzinaços e muita alegria. Em Vitória da Con-quista, BA, 2,5 mil pessoas também foram às ruas para uma passeata. Em Itiúba, BA, foi a vez do governa-dor do Estado, Jaques Wagner, con-versar com líderes e voluntários e receber os impressos missionários.

Em Natal, RN, a senadora Ma-rina Silva, pré-candidata do PV à presidência da República, recebeu o material missionário e se mos-trou entusiasmada com a aborda-gem, a ponto de afirmar que tem duas filhas em escolas adventis-tas e que já participou do Seminá-rio de Enriquecimento Espiritual (As 40 madrugadas com Deus). No centro da capital potiguar, um grupo de 20 profissionais de saúde ofereceu um mutirão

Em Belém, PA, 7 mil pessoas renovaram seus votos de fidelidade ao sábado, no estádio do Remo

os servidores da Associação Baixo Amazonas viajaram 50 minutos de barco para evangelizar a ilha de Cotijuba, de 5 mil habitantes e 12 adventistas

Adventistas entregaram as revistas nas feiras livres e praias de são luís, mA

Em natal, Rn, os desbravadores foram às praias, 20 profissionais realizaram um mutirão de saúde preventiva e 50 toneladas de alimentos foram doadas

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de saúde preventiva gratuito e 50 toneladas de alimentos foram en-tregues pela ADRA à instituições de beneficência social. Em João Pessoa, PB, frutas foram ofere-cidas como café da manhã para frequentadores da orla. Todo o esforço resultou em pessoas de-cididas a assumir um novo estilo de vida, de acordo com os ensinos cristãos. Em Fortaleza, CE, a cam-panha levou 15 pessoas a serem batizadas em praça pública. Nas águas do Rio São Francisco, Ena-cléssia Almeida dos Santos, pri-meira-dama do município de Mu-quém, BA, foi batizada e comoveu a amigos e familiares.

Centro-Oeste – No Distrito Federal, formado por 34 cidades, a mensagem de esperança chegou às pessoas de maneira bem pecu-liar. Seis ciclistas usaram as duas rodas para entregar exatamente 777 revistas ao longo de 90 qui-lômetros, e, em Flores de Goiás, GO, o transporte para oito mem-bros foi uma carroça. Em Planal-tina, DF, a igreja ofereceu um café da manhã especial para todos os funcionários de limpeza pública da cidade, em comemoração ao

dia do gari. Eles re-ceberam as revistas e livros e um con-vite para estudar a Bíblia.

Em Goiânia, a m o v i m e n t a ç ã o também foi gran-de. A Igreja Cen-tral parou o cen-tro da cidade com a carreata da es-perança: um trio elétrico, um trem infantil e muita disposição. O co-

ral da igreja cantou em praça pú-blica e os jovens passaram o dia no ônibus que cruza a cidade de ponta a ponta. Em Formosa, GO, também foi impossível não notar o trio elétrico da campanha, que roubou a atenção dos que esta-vam no comércio.

No município de Campo Gran-de, MS, os jovens escolheram a madrugada de sábado para alcan-çar os frequentadores de bares e lanchonetes da principal avenida da cidade. Mais de 2 mil revistas foram entregues. Por sua vez, na tarde do dia 15, cerca de 4 mil pes-soas se reuniram na Concha Acús-tica, localizada no Parque das Na-ções Indígenas para celebrar a empreitada missionária.

Em Cuiabá, MT, a Igreja Cen-tral teve uma iniciativa interes-sante. Com antecedência, os membros embrulharam os li-vros e revistas em pacotes com a inscrição: “Você merece esse presente.” Os materiais, 2,5 mil exemplares, foram entregues em condomínios de classe média alta, de difícil acesso, pelos pró-prios moradores adventistas. Ou-tra estratégia utilizada para alcan-çar esse segmento foi encartar 22

mil revistas na edição domi-nical, do dia 16, do jornal A Gazeta, o principal de Cuia-bá. Em Rondonópolis, MT, alguns tiveram que correr de cachorro, outros canta-ram e oraram durante as vi-sitas, e até promotor de loja leu as mensagens no micro-fone para todos os clientes do estabelecimento.

A entrega da revista mis-sionária aos indígenas da Ilha do Bananal marcou o

início do Impacto Esperança no Tocantins. A bordo de voadeiras (pequenas embarcações moto-

rizadas), o pastor local, Miraldo Fág-Tanh, e 14 missionários in-dígenas distribuíram centenas de revistas. Por sua vez, o diretor do Ministério Nativo, pastor Matson Santana, levou a mensagem bíbli-ca sobre o sábado aos indígenas karajás das aldeias de Xambioá, Kurerê, Nova Kurerê e Warilan-tã, todas às margens do Rio Ara-guaia. Com a versão impressa, os nativos também receberam um CD com o conteúdo da revista gravado na língua iny ribe.

Sudeste – Dos 252 mil livros Tempo de Esperança que a As-sociação Espírito-Santense com-prou, onze ficaram em uma cela da cadeia de Nova Venécia, inte-rior capixaba. Entre os detentos, os livros causaram euforia: “Vou começar a ler ainda hoje!”, alguns disseram. Outros exemplares que a equipe da rádio Novo Tempo lo-cal levou para a cadeia foram parar nas mãos de vários outros presidi-ários, levando a eles uma esperan-ça que os funcionários do presí-dio também conheceram no dia 14, véspera do projeto Impacto Esperança. “Em razão de no nor-te capixaba algumas instituições não abrirem aos sábados, decidi-mos visitar o presídio hoje mes-mo”, sem perder tempo, explica Diovane Barbo-sa, diretor comercial da emissora.

Em Governador Va-ladares, MG, cerca de dois mil membros que congregam em 22 igre-jas saíram às ruas para distribuir os folhetos e as revistas do proje-to, além de cerca de 30 mil folhetos que apre-sentam a Rádio e a TV Novo Tempo da cidade. No dia 15, moradores que receberam esse ma-terial e tiveram curiosi-dade de assistir ao canal 57 UHF, que foi inaugura-do no dia anterior, desco-briram que a mensagem sobre o sábado mobili-zou não somente aquela região, onde moram 250

mil pessoas, mas também todos os cantos da América do Sul.

A esperança também viajou em encartes anexados às páginas de vários jornais mineiros, do jornal O Globo, que tem tiragem de 255 mil exemplares no Rio de Janei-ro, e também entre as notícias do A Tribuna, o jornal mais lido pe-los capixabas. Assim, entre notí-cias de tragédias, mortes, roubos, entre outras, os adventistas anun-ciaram a única esperança que têm de dias melhores.

E é a esperança na chegada des-se dia que motivou Josué Manoel, de 32 anos, a sair em sua cadei-ra de rodas por ruas esburacadas e de difícil acesso num calor de 34 graus. Embora tendo as per-nas paralisadas, Josué teve ânimo para levar a pessoas sem esperan-ça o tônus que não deixa seu cora-ção parar. Cada vez que estendeu a mão para entregar uma revista a alguém, acompanhado de um sor-riso intrigante, a pessoa ouviu de seus lábios: “Assim como eu, você precisa desfrutar de um dia de es-perança. Venha visitar seus ami-gos adventistas do sétimo dia!”

os índios que vivem às margens do Rio Araguaia, no Tocantins, receberam a revista missionária na versão impressa e em áudio

RJ: As ruas esburacadas e o calor de 34 graus

não impediram Josué manoel, de 32 anos,

de distribuir literatura missionária

Es: Em nova Venécia, material missionário chegou ao presídio. no Estado, foram distribuídos 252 mil livros

Equipe da DsA, com 230 servidores, viajou 160 quilômetros para evangelizar são João da Aliança, Go

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Estado de São Paulo – A mo-bilização alcançou desde os bair-ros mais simples aos mais nobres da Capital. Os servidores da Asso-ciação Paulista Sul visitaram a co-munidade de Kagohara, no bairro Jardim Ângela, um dos mais vio-lentos de São Paulo. No Shopping Morumbi, um dos mais elitizados da Capital, 5 mil revistas foram distribuídas. E a Avenida Paulista, centro financeiro do País, também não ficou de fora. O pastor Otimar Gonçalves, líder da juventude ad-ventista na América do Sul, com mais 200 jovens do Unasp, cam-pus São Paulo, entregaram 8 mil exemplares na região. Outro gru-po de voluntários do Unasp visi-tou a Penitenciária Feminina do Estado, na Zona Norte, presente-ando mil detentas.

Os membros da Igreja de Moe-ma levaram esperança aos pontos de ônibus, hospitais e ao Aeropor-to Internacional de Congonhas. Além disso, os aventureiros e des-bravadores da Igreja entregaram revistas no Parque do Ibirapue-ra. Na Capital, um vídeo promo-cional de 15 segundos foi veicula-do na TV Minuto do Metrô, em 5.232 monitores, em 109 trens, onde mais de 3 milhões de pes-soas circulam por dia. No Shop-ping Tatuapé, Zona Leste, 30 jo-

vens realizaram um flash mob (mobilização instantânea). Eles deitaram no chão fingindo que es-tavam dormindo, enquanto ou-tro grupo distribuía a revista para quem passava. A dramatização foi marcada pela internet e durou apenas 3 minutos. Também no território da Associação Paulista Leste, 100 mil revistas foram en-cartadas em dois grandes jornais da região. Na rodovia Régis Bit-tencourt (BR-116), 6 mil revistas foram distribuídas no pedágio e seis outdoors bem localizados pu-deram ser visualizados pelos pas-sageiros dos 400 mil veículos que por ali transitaram diariamente.

No interior, a dedicação dos membros não foi menor. Em Cam-pinas, o restaurante Nutrir entre-gou o livro Tempo de Esperança para seus clientes. Em Arthur No-gueira e Ipeúna, a mensagem de esperança pegou carona nas mo-tocicletas de um motoclube ad-ventista. As cidades de Limeira, Iracemápolis e Cordeirópolis re-ceberam 70 mil revistas das mãos de mil voluntários do Unasp, cam-pus Engenheiro Coelho, em par-ceria com as igrejas locais.

Na região sudoeste, nas cida-des de Hortolândia e Tatuí, am-bas com presença significativa de adventistas, o projeto Impac-

to Esperança fez parte de um pro-jeto mais amplo de evangelismo. Em Hortolândia, o evangelismo contou com a ajuda do Iasp, que envolveu 700 voluntários na dis-tribuição dos livros em três bair-ros. Na parte da tarde, três ôni-bus conduziram o coral jovem da instituição para a cidade de Elias Fausto, onde mais 4 mil livros fo-ram entregues. À noite, o grupo apresentou, em praça pública, o musical “Por Você”.

Em Tatuí, cidade em que foi pro-duzido todo o material da campa-nha, 30 mil livros e 50 mil revistas foram entregues, 80 jovens doa-ram sangue e 5.500 peças de rou-pas foram doadas para a campa-nha do agasalho. Os membros das igrejas, unidos a 200 estudantes de Teologia do Unasp, identificaram, por meio de pesquisa de opinião religiosa, 4.500 pessoas interes-sadas em estudar a Bíblia. No se-gundo semestre, a cidade recebe-rá uma campanha evangelística.

Sul – O anfiteatro Pôr do Sol, às margens do Rio Guaíba, em Porto Alegre, RS, foi palco do maior even-to da história da Igreja Adventista no Rio Grande do Sul. A Brigada Militar estimou o público em 45 mil pessoas. Num sábado de

sol, depois de uma sema-na de chuvas, a multidão acompanhou as apre-sentações do quarteto Arautos do Rei e a men-sagem do pastor Alejan-dro Bullón. Um coral de mais de mil alunos das escolas adventistas tam-bém se apresentou, in-terpretando músicas cujas letras manifesta-ram preocupação com o meio ambiente, cria-ção de Deus.

O prefeito de Porto Alegre, José Fortunati, uma das autorida-des políticas presentes, elogiou a preocupação da Igreja Adventis-ta com os projetos sociais e com a espiritualidade das pessoas. O re-conhecimento foi uma referência às atividades sociais promovidas pelos adventistas: foram cadastra-dos 900 doadores em potencial de medula óssea e recolhidas 1.100 assinaturas da campanha End It Now, contra a violência domésti-ca. Além disso, no local, stands dos vários ministérios da igreja ofere-ceram serviços à comunidade.

Vale destacar que a solidarie-dade gaúcha não se restringiu ao dia 15. Uma semana antes, cerca de 60 pessoas aceitaram o desa-fio da ADRA da Associação Sul-Rio-Grandense de participar do I Rally da Esperança. Pilotos de motocross, jipes e carros traciona-dos distribuíram mais de 900 re-vistas missionárias e cestas básicas à comunidades isoladas da região montanhosa de Taquara, RS.

Em Maringá, PR, um transeun-te ilustre também ajudou na dis-tribuição de revistas. O prefeito da cidade, Sílvio Barros, que foi batizado no projeto Futuro com Esperança, em outubro de 2009,

De manhã, 700 alunos do iasp e o pastor Domingos souza, presidente da UCB, visitaram três bairros de hortolândia. À noite, o Coral Jovem se apresentou na praça pública de Elias Fausto. A cidade tem 15 mil habitantes e apenas dez adventistas

sC: membros da igreja Central de Florianópolis amarraram as revistas missionárias em 450 balões e os soltaram na Praça XV, coração da cidade

na Capital paulista, a distribuição foi realizada em lugares de grande movimentação, como o shopping morumbi e o Parque do ibirapuera. mais de duzentos jovens do Unasp são Paulo, com o pastor otimar Gonçalves, invadiram a Avenida Paulista a fim de entregar 8 mil livros

Em Tatuí, sP, 30 mil livros alcançaram todas as casas da cidade

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entregou literatura para os fun-cionários públicos que estavam de plantão e para alguns cidadãos. E um dos destaques catarinenses foi a iniciativa da Igreja Central de Florianópolis de amarrar as revis-tas missionárias em 450 balões e soltá-los na Praça XV, coração da cidade. No Estado, foram distri-buídos 350 mil exemplares e uti-lizados 150 pontos de divulgação: outdoors, busdoors e cardoors.

América do Sul – Em países como Argentina e Chile, onde o Impacto aconteceu no mesmo dia, os jovens também exibiram capa-cidade de tornar o projeto bem concreto para as pessoas. Na ca-pital Buenos Aires, em algumas esquinas, os jovens literalmente dramatizaram o peso de cada dia da semana e o alívio sabático. No Chile, alguns jovens malabaris-tas divertiram os motoristas, en-quanto outros entregavam a re-vista missionária. No Peru, uma ministra da mulher foi “condeco-rada” como embaixadora da espe-rança. Sua primeira tarefa foi mui-to simples: entregar exemplares da revista sobre o sábado para outras autoridades políticas do país. E a ministra cumpriu muito bem sua missão, tanto que até o presiden-te peruano recebeu um exemplar.

No Equador, na capital Qui-to, em 8 de maio, 41 jovens es-calaram parte do vulcão Pichin-cha para escrever a frase “Um Dia de Esperança” em uma das faces da montanha. E no Paraguai, um grupo de adventistas de Assunção aceitou o desafio de viajar 50 qui-lômetros a fim de entregar 130 re-vistas para uma comunidade in-dígena, onde militares também receberam o impresso.

Educação – Porém, a mobiliza-ção do sábado, da distribuição dos livros e revistas não teria o mesmo impacto, especialmente na mídia, se o projeto não contemplasse as ações tradicionais dos adven-tistas, especialmente o envolvi-mento de um dos maiores bra-ços da organização: a educação. Sob o lema “Um Dia de Esperança para o Planeta”, a ideia foi envol-ver alunos, professores e comuni-dade em alguma atividade de pre-servação ou educação ambiental.

A base dos esforços foi a distri-buição da semente de crotalária juncea, que auxilia no processo

de controle natural do mosquito transmissor da dengue, e de um fo-lheto da campanha. Quanto à for-ma de distribuir as sementes, cou-be a cada escola usar a criatividade. Os colégios optaram por abordar motoristas nos semáforos, pedes-tres em lugares de grande movi-mentação, visitar autoridades, fa-zer passeatas e organizar ações em áreas verdes das grandes cida-des. Em Belém, PA, 1.500 alunos da rede deram um abraço caloroso no maior Jardim Botânico da Região Norte, o Bosque Rodrigues Alves.

Divulgação e balanço – Na web, através da estratégia da Rede Novo Tempo, 1 milhão de exem-plares eletrônicos da revista che-garam aos internautas que acom-panharam o site www.esperanca.com.br. Por sua vez, a Rádio Novo Tempo e a Nuevo Tiempo, em es-panhol, iniciaram à meia-noite de sexta-feira (horário de Brasília) a

cobertura dos principais movi-mentos sobre a entrega das revis-tas, além de oferecer explicações e tirar dúvidas a respeito da guar-da do sábado do ponto de vista bí-blico. Na TV, o mesmo ocorreu com a transmissão simultânea, em português e espanhol, das 16 às 19 horas (horário de Brasília). Um grupo de jornalistas e web-masters ficou de plantão, na Di-visão Sul-Americana, para atua-lizar, das 8 às 19 horas do sábado, as principais notícias, fotos e ví-deos sobre o projeto.

Na avaliação do pastor Erton Kölher, a experiência da igreja com o projeto em 2008 possibilitou que as ações deste ano fossem mais bem articuladas e, consequente-mente, mais abrangentes. Segun-do ele, as congregações se organi-zaram melhor na distribuição do material, mapeando com precisão as casas, além de contarem com o reforço do livro missionário.

Quanto ao impacto interno da campanha, ele afirmou: “Creio que o projeto alcançou efetivamente a igreja. Não podemos dizer que ele está consolidado, mas a ousadia para pregar nossas mensagens dis-tintivas, a ação integrada de toda a igreja e a distribuição de litera-tura já estão no coração de nossos membros” – Com reportagem de Felipe Lemos, Wendel Lima, Patrí-cia Ferreira, Marcos Daniel Peres, Alínic Carmo, Anita Leite, Heron Santana, Tatiane Lopes, Ágatha Lemos, Suellen Timm, Jael Eneas, Ana Paula Ramos, Fabiana Ber-totti, Márcio Tonetti, Cristiane Lüscher, Jeanne Moura, Ellen Ri-beiro, Luzia Paula, Arumi Santos, Francis Matos, Caroline Carnieto, Daniel Gonçalves, Dina Karla Mi-randa, Vivian Vergílio, Ruth Albu-querque, Claudiney Santos, Gui-lherme Almeida, Diovane Barbosa, Maria José Vela, Arturo Tenório e Arlindo Kefler.

Do supérfluo para o essencialDiferente de outros símbolos bíblicos, como o batismo, a santa ceia e o lava-pés, instituídos por Deus depois da

entrada do pecado, o sábado foi estabelecido como coroa da criação, no início da vida no planeta. Ao fim dessa primeira semana, Deus não apenas descansou nele, mas o abençoou e santificou (Gn 2:3). O sábado, portanto, re-lembra a perfeição original do Éden. Foi dado como presente de Deus ao primeiro homem, no clímax da criação, e a toda humanidade, em todos os tempos, com uma mensagem inconfundível.

No esquema da criação, o tempo está claramente dividido entre ordinário e especial. O significado é óbvio. A cria-ção não é um fim em si mesma. O tempo ordinário flui para o tempo especial. O alvo final do trabalho é o repouso na presença do Criador. O sábado é o memorial perpétuo de que o homem não alcança sua realização plena nos dias ordinários da semana, como o marketing e a propaganda, hoje, querem nos persuadir, como se o homem fosse um mero animal de carga. Na criação, o sábado é o sétimo dia da semana, mas o primeiro do homem. Adão e Eva repou-saram, não porque estavam cansados, pois ainda não haviam trabalhado! Eles repousaram porque Deus repousou. Aquele descanso teve o objetivo de ajustar as prioridades, a visão e o espírito do casal com os interesses do Criador.

Distantes do mundo original, vivemos num contexto marcado por trabalho exaustivo, pela febre da ganância, do ativismo e do consumismo. Em meio ao caos e à desordem criados pelo pecado, contudo, buscamos certeza, sig-nificado, conexão e esperança. Nesse sentido, o sábado é a reafirmação semanal de que nossa origem e destino estão enraizados em Deus. Sua observância oferece um senso de continuidade com o passado e esperança para o futuro, convida-nos a descansar nesse estado intermediário turbulento, enquanto aguardamos o mundo perfeito.

Contrário à curva exponencial de crescimento, tão apreciada por economistas e políticos, que nos fez perder o ritmo essencial, o sábado nos convoca à contenção, tanto da produção quanto do consumo. O repouso do sába-do se ergue como um obstáculo ao materialismo que desfigurou o homem como criatura de Deus. A busca do “su-cesso” nos colocou em guerra contra nosso espírito e corpo, empurrando-os além dos seus limites. Hoje, não estar disponível para a família e amigos, não ser capaz de encontrar tempo para Deus, compromissos espirituais e para apreciar as coisas essenciais da vida, é visto como uma razão para sentir-se superior.

“Lembra-te do dia do sábado, para o santificar” (Êx 20:8) é o convite e o imperativo divinos. Em última análise, se corretamente entendido, como um dos mais ricos símbolos das Escrituras, não somos nós que guardamos o sá-bado, é o sábado que nos guarda das insanidades criadas pela cultura moderna. O repouso ordenado por Deus é a enzima essencial à vida, tão necessária como o ar que respiramos. Rejuvenesce a men-te, o corpo e o espírito. Ao interromper o ciclo infindável das atividades na sexta feira, con-fessamos que nosso destino está nas mãos dAquele que é maior do que nossas necessida-des, preocupações e interesses.

Ao contrário do espaço sagrado, aonde temos que ir, o tempo sagrado vem a nós, onde e como estamos. Um perfeito símbolo da graça de Deus, que nos convida ao descanso, ain-da que com nossa obra incompleta. O sábado, afinal, aponta para Jesus Cristo, Aquele que nos convida a vir e repousar nEle (Mt 11:28); a depor aos Seus pés nossos fardos e os des-gastes da rotina da vida e a descansar seguros na Sua presença.

Amin RodoR é professor do curso de Teologia do Unasp, em Engenheiro Coelho, SP.

Entrelinhas

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Da redaçãoNa edição de fevereiro, você pôde

conhecer um pouco dos desafios da Igreja Adventista em Moçambique, país com 20 milhões de habitantes e 245 mil adventistas. Após quatro meses, a boa notícia, segundo o pas-tor Dílson Bezerra, vice-presidente da União Moçambicana, é que as doações de adventistas do mundo todo começam a suprir algumas das necessidades mais emergentes dos membros e pastores do País: moto-cicletas para o atendimento às igre-

jas e recursos para ins-talar energia elétrica nos templos.

Convidado para pregar numa semana de oração na Igreja do Unasp, campus Hor-tolândia, SP, o pas-tor Dílson apresen-tou as necessidades do campo missioná-rio. Foi então que a li-beralidade dos mem-bros surpreendeu o

ministro. Num esforço conjunto, adventistas de São Paulo, Campi-nas, Belém e dos Estados Unidos e Áustria se uniram à igreja do cam-pus para doar as 37 motocicletas que faltavam (das 42 necessárias), no valor de 700 dólares cada, aos membros de Moçambique.

Parte dessa oferta também foi utilizada para a instalação da rede elétrica em 22 das 42 igrejas adven-tistas que carecem desse tipo de infraestrutura. Está em andamen-to outro projeto ousado para a rea-

lidade do país, que é a reconstru-ção do seminário adventista. Com o auxílio das ofertas para as mis-sões mundiais, recolhidas na Esco-la Sabatina, e com o apoio da orga-nização Maranatha Internacional, esse sonho começou a se concre-tizar. Os dormitórios, as salas de aula e o refeitório do campus já es-tão sendo reconstruídos. Parale-lamente, a ADRA Moçambique trabalha para reativar a fazenda da instituição, a fim de viabilizar o oferecimento de bolsas-trabalho para os futuros estudantes.

Segundo o pastor Dílson, ao contrário do que possa parecer, as dificuldades financeiras da Igreja no país não diminuem o fervor missionário dos membros. Somente neste ano, 2.800 volun-tários estão realizando campa-nhas de evangelismo nas casas e debaixo de árvores, o que resul-tará em 5 mil batismos até junho. Para o ministro, que já trabalhou no Brasil e nos Estados Unidos, num lugar em que os recursos

são escassos, o poder de Deus se mostra abundante: “Não há nada de tecnológico nesses evangelis-mos, simplesmente os cânticos e a Palavra pregada. Estou apren-dendo que os equipamentos são coisas desnecessárias, ao ver o po-der do Espírito Santo operando de uma maneira tão simples, em pessoas simples, que abreviam o reino de Deus com o que têm em suas mãos” – Com reportagem de Dílson Bezerra.

Para doarEntre em contato com a União

Moçambicana pelo e-mail [email protected].

Braço estendidoDoações do Brasil ajudam no avanço

do adventismo em Moçambique

moçAmbique – ÁfRicA

Felipe lemosColaborador

Em 2011, o projeto evangelís-tico dos adventistas na América do Sul manterá o slogan da “es-perança”, mas terá uma aborda-gem diferente. Sob o lema “Ami-gos da Esperança”, cada membro será incentivado a convidar um amigo para assistir a um culto numa igreja adventista em 16 de abril. Na prática, seria ter até dois milhões de visitantes em um só sábado nos milhares de congregações adventistas sul-americanas. No próximo ano, a ideia é que a grande mobilização missionária seja realizada na Se-mana Santa.

Outro voto de relevância na-

cional tomado pela Comissão Di-retiva Plenária da DSA foi a cria-ção da ADRA Brasil, ou seja, a sede brasileira da Agência Ad-ventista de Desenvolvimento e Recursos Assistenciais. Na prá-tica, é o primeiro passo para que as ações profissionais de assistên-cia social da Igreja tenham repre-sentação nacional numa pessoa jurídica específica.

A mudança deve abrir as por-tas para a captação de recursos disponíveis para o terceiro setor. Para assumir a ADRA Brasil, foi nomeado o brasileiro Paulo Lo-pes, que trabalhou para a ADRA em Angola, Moçambique, Armê-nia, Rússia e, desde 2005, na Ín-dia. Ainda este ano, Lopes deverá

começar o trabalho de organiza-ção dessa nova estrutura a partir de Brasília.

Na sequência, foi aprovada a criação da nomenclatura ASA (Ação Solidária Adventista), uma área sob a qual estarão todos os projetos, programas e ações so-ciais realizadas pelos membros. Em resumo, sob o guarda-chuva da ASA estarão os projetos so-ciais dos voluntários adventis-tas e da Igreja e, sob a tutela da ADRA Brasil, as ações da agên-cia. A Comissão Diretiva Plená-ria da DSA, que é formada pelos líderes das 15 sedes administra-tivas e das instituições sul-ame-ricanas, esteve reunida em Brasí-lia, DF, nos dias 3 a 5 de maio.

DSA define tema do evangelismo 2011 e aprova criação da ADRA Brasil

bRASíliA – df

Graças às doações dos brasileiros, foram adquiridas 37 motocicletas no valor de 700 dólares cada. o transporte motorizado vai auxiliar o trabalho dos pastores locais que ganham apenas 135 dólares por mês e atendem até 50 igrejas

Escassez de recursos, abundância de poder: como resultado do trabalho de 2.800 evangelistas voluntários, cerca de 5 mil moçambicanos serão batizados no primeiro semestre. na foto, membros recebem treinamento na cidade de nampula, região em que a maioria é mulçumana

Edição especial da Revista Adventista apresenta os desafios evangelísticos na DsA. segundo o estudo, que será distribuído no próximo semestre, os adventistas estão presentes em 56% das 9.400 cidades dos oito países

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Vivian VergílioColaboradora

Um short para dormir, uma ber-muda, uma calça, uma blusa e um uniforme de atividade. Essas foram as roupas que Táise Miranda An-drade, de 16 anos, colocou em uma mochila no dia 21 de abril para acampar em Cachoeiras do Ma-cacu, RJ. Táise, com mais outros seis amigos de seu clube, carregou para o campori que reuniu 3.430 desbravadores de todo o Estado do Rio de Janeiro, o Cariocão, o que ganhou depois de perder tudo por causa das fortes chuvas do início de abril em São Gonçalo, RJ.

Como ela, os irmãos Elizabeth, 12, e Samuel Ferreira Dias, 10, tam-bém sobreviveram à enchente que chegou próximo a laje de suas ca-sas. Depois de colocar o irmão, a mãe e seus animais em seguran-ça no telhado da casa de uma vizi-nha, Elizabeth novamente enfren-tou a correnteza e, com a água até o umbigo, voltou para sua casa para outra missão: “Eu tinha que bus-car meu uniforme e meu lenço, que consegui salvar, graças a Deus”, dis-se alegre, com o lenço amarelo que parecia reluzir em seu pescoço.

“A chuva derrubou a gente, mas a gente se levantou e veio aqui. Esse é o nosso primeiro campo-ri”, diz Helen Andrade, 19, de-pois de contar o drama que viveu por 12 horas debaixo d’água no

dia em que um rio subiu e inun-dou o bairro Catarina e Palma-res, onde os sete moram. Na igre-ja que frequentam, havia restado apenas lama. E, com a enchente, todo o material do Clube Lumi-nares se perdeu. “Dependemos de doações para estar aqui. Perdemos tudo. Tivemos dificuldades com passagens, alimentação e unifor-mes. Mas estamos aqui para pro-var que existe um Deus acima de tudo”, diz Carlos Alberto Dias, di-retor-associado da agremiação.

Bravura – “Desbravadores de um clube vizinho enviaram col-chões infláveis para nós. Se não fosse a atitude deles, não sei se te-ríamos saído dali”, Roberta Silva, 14, lembra como conseguiram sair do caos. “Assim que recebemos os colchões, liberamos primeiramen-te os idosos e as crianças. Depois fomos nós”, Elisabeth conta, es-quecendo-se de sua idade. Ela e outros juvenis ajudaram a resga-tar uma senhora que estava sendo levada pela correnteza, enquanto o grupo tentava sair do local.

A bravura deles também devol-veu a vida a uma moça, que tendo se afogado e sofrendo uma parada respiratória, foi empurrada num colchão inflável até certa altura do bairro, onde os bombei-ros conseguiram resgatá-la. “Enquanto eu tentava

buscar um abri-go, uma mãe apa-receu com a filha, que tem síndrome de down. A mu-lher pediu que eu pegasse sua filha e a tirasse dali, por-que ela tinha que voltar para casa para buscar ou-tro filho. Peguei a menina, que ti-nha cerca de nove anos e era bem pesada. Ela agar-

rou meu pescoço e, então, com água pela cintura, naquela cor-renteza que arrastava tudo, in-clusive cobras e jacarés, comecei a andar com ela. E conseguimos nos salvar”, lembra Táise, a jovem heroína.

“Perdemos tudo, mas estamos aqui felizes”, diz Acsa Figueiredo, 12, com um meio sorriso nos lá-bios. “Viemos nos distrair, esque-cer o que vimos e vivemos. E va-mos seguir em frente”, ela conclui. “Estamos felizes porque estamos ao lado de Cristo”, Roberta acres-centa. “Louvamos a Deus porque estamos vivos. Tudo o que perde-

mos, o dinheiro pode comprar. Só não perdemos a vida e a fé”, Selma dos Santos completa. E foi assim que os sete desbravadores conclu-íram seus relatos sobre as dificul-dades que tiveram antes de chegar ao campori. Experiência que os le-vou a serem homenageados depois de exibição de um vídeo sobre a história dos adolesventes. A mul-tidão aplaudiu de pé a coragem e a determinação que moveu cada um deles a superar seus limites.

Durante cinco dias, os juvenis participaram de inúmeras ginca-nas, distribuíram folhetos educa-tivos para moradores do entorno

Heróis-mirinsNo Dia Mundial dos Desbravadores,

campori no Rio reuniu adolescentes que perderam tudo por causa das chuvas,

menos a fé e a solidariedade

cAchoeiRAS do mAcAcu - RJ

ADRA faz parcerias para ajudar vítimas das chuvas no RioA Agência Adventista de Desenvolvimento e

Recursos Assistenciais (ADRA) tem trabalhado ativamente para minimizar o sofrimento das vítimas das fortes chuvas que atingiram a Re-gião Metropolitana do Rio de Janeiro no início de abril. No primeiro momento, junto com a mobilização dos membros, foram arrecadados e distribuídos alimentos. Depois, por meio de parcerias com entidades como a ADRA Interna-cional, que doou 30 mil dólares, e com a Agên-cia dos Estados Unidos para o Desenvolvimen-to Internacional (Uside) e uma empresa privada, que doaram 75 mil dólares, foi possível distribuir kits de higiene para a população, com fraldas descartáveis geriátricas e infantis, roupas íntimas, roupa de cama, cobertores, col-chões e filtros de água. Quem informa é o pastor Valmor Ricardi, líder da ADRA no Su-deste, que, na distribuição das doações, contou com a ajuda do Cônsul-Geral dos Esta-dos Unidos no Rio de Janeiro, Dennis hearne (à dir.). O cônsul visitou a região do morro do Bumba e classificou a atuação da ADRA como fundamental.

os desbravadores do Clube luminares, de são Gonçalo, RJ, foram homenageados na programação do sábado à noite do Cariocão. Em meio a enchente, que inundou suas casas e a igreja, eles mostraram bravura socorrendo as vítimas

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do acampamento e plantaram mudas de ár-vores na margem do Rio Macacu, que abas-tece cidades da região. O campori também foi lugar para que centenas de juvenis se de-cidissem pelo batismo, como Carina de Sou-za Cruz, 12, que foi batizada na sexta-feira, e mais outros 38 desbravadores que participa-ram da cerimônia na noite seguinte. “Eu acei-tei Jesus, e Ele vai ser a melhor escolha da mi-nha vida”, Carina suspirou ao sair do tanque batismal. No Cariocão 2010, todos aprende-ram, pelo exemplo, o que significa o lema do evento: “Heróis que brilham.” – Com repor-tagem de Luciene Bonfim, Marcos Daniel Pe-res, Ellen Ribeiro, Márcio Basso, Rafaella Oli-veira e Raquel Castro.

Comemorações em todo o Brasil Na capital paraense, o som afinado dos jovens músicos contagiou milha-

res de pessoas que acompanharam a passagem de 2 mil desbravadores pe-las avenidas da cidade. Batuques acelerados, dentro de um compasso rítmico animado, fizeram Dayanne Horrana da Costa, de 14 anos, encher-se de emo-ção. A menina faz parte, há três anos, do clube – e não pretende trocar o gru-po por nada. “É muito gratificante levar às pessoas um pouco da mensagem de Deus, e do amor que Ele tem por nós. Além disso, conhecemos mais so-bre a natureza, os animais e aprendemos a ser mais úteis para a sociedade”, afirma. O estudante Gabriel Brito, de 12 anos, também é um desbravador, e adora fazer parte da equipe: “Fico triste quando falto às reuniões, pois, faço questão de levantar cedo para encontrar os amigos.” Há a corretora Fernan-da Queiroz, mãe de Ananda, 12, diz que o programa dos desbravadores tem causado um impacto positivo na filha. “Ela melhorou na escola e se tornou mais disciplinada. Cresceu também espiritualmente, portanto, eu recomendo”, diz.

Em Cuiabá, mT, o Dia Mundial dos Desbravadores foi comemorado num lugar atípico para os juve-nis: o campus da Universidade Federal do Mato-Grosso. A cerimônia, que reuniu 1.200 pessoas da Ca-pital e de Várzea Grande, teve o objetivo de celebrar as atividades anuais de 28 clubes e premiar as cinco agremiações mais bem avaliadas nos últimos dois anos. A mensagem bíblica ficou por conta do pastor Nelson Milanelli, líder dos desbravadores da Região Centro-Oeste, e o louvor foi dirigido pela cantora Joyce Carnassale.

Honra ao mérito – Em Belém, onde desde 2008 a agremiação é

patrimônio cultural e o Dia Mundial dos Desbravadores faz parte do ca-lendário oficial da cidade, 135 pessoas acompanharam a sessão solene em homenagem à agremiação. A iniciativa foi do vereador Nehemias Valentim. Na Região Metropolitana de Belém vivem 4 mil desbravado-res. Compareceram também os líderes de desbravadores da Associação Baixo Amazonas e da União Norte-Brasileira, respectivamente, os pasto-res Renato seixas (foto) e Aquino Bastos.

Em Jacareí, SP, a homenagem foi para o Clube de Desbravadores Luzei-ros do Vale, uma das mais tradicionais agremiações da América do Sul. A condecoração foi estendida a nove líderes, entre eles à diretora do clu-

be há 30 anos, Maria Lúcia de Souza, de 80 anos. Em Japaratuba, SE, a Câmara Municipal disponibilizou duas horas para que a filosofia e as atividades do Clube de Desbravadores fossem apresentadas para os parlamentares. Wellington Costa, diretor associado do departamento de jovens da Igreja Adventista para Sergipe e Alagoas, foi o orador. A menção honrosa foi concedida ao Clube de Desbravadores Pací-fico. Em Paranaguá, litoral paranaense, 150 desbravadores acompanharam a cerimônia. Destaque para o discurso do vereador Benedito Nagel, que traçou um histórico do clube com base no livro Nossa He-rança, que ele ganhou no ano passado. E, em Cabo Frio, RJ, as três agremiações locais receberam uma Moção de Aplausos da Câmara. Os juvenis entregaram o livro Tempo de Esperança para os vereadores.

heróis de todas as idades: Cipriano França, fundador do Clube maranata, de nova iguaçú, RJ, é desbravador há mais de 45 anos. Foi um dos homenageados

EditalConvocação da 1ª Assembleia Geral Extraordinária

Denominacional da Associação Catarinense da igreja Adventista do sétimo Dia

Em cumprimento à deliberação da Comissão Diretiva da Asso-ciação Catarinense da Igreja Adventista do Sétimo Dia, em reu-nião realizada no dia 17 de maio de 2010 com base nas disposi-ções do Artigo II, inciso 4 do Regulamento Interno em vigor, e do Regulamento Eclesiástico Administrativo B 30 10, incisos 1, 2, 3 e 4, fica convocada, pelo presente edital, a 1ª Assembleia Geral Extraordinária Denominacional da Associação Catarinen-se da Igreja Adventista do Sétimo Dia, a ser realizada no dia 1º (primeiro) de agosto de 2010, nas dependências da Igreja Ad-ventista do Sétimo Dia, situada à Av. Santa Catarina, 1251, Es-treito, Florianópolis, SC. A Assembleia será instalada às 14 ho-ras do dia 1º (primeiro) de agosto de 2010, em conformidade com o artigo II, inciso 6. A Assembleia será constituída pelos delegados regulares e gerais especificados no Artigo III, inciso 1, 2 e 3, e deliberará sobre: (a) Receber as novas igrejas organi-zadas até a data da Assembleia; (b) Analisar e aprovar o proje-to que visa reorganizar o território da Associação Catarinense e criar um novo campo; (c) Solicitar às organizações superiores a realização de um survey para estudar a viabilidade do projeto.

São José, SC, 17 de maio de 2010Lourival Gomes de Souza, presidenteApolo Streicher Abráscio, secretário

Rede Novo Tempo lança pedra fundamental das novas instalações

Mais de duzentas pessoas, entre funcionários, colaboradores, auto-ridades civis, e administradores da Igreja Adventista na América do Sul presenciaram o lançamento da “pedra fundamental” das futuras instalações da Rede Novo Tempo de Comunicação. A nova área, de 20 mil m2, terá um auditório para 350 pessoas, salas administrativas, estú-dios de rádio, de pré e pós-produção de televisão, além de um museu.

A obra, financiada pelas se-des administrativas sul-ame-ricanas da Igreja e por volun-tários, deverá ser inaugurada em maio de 2011.

A Rede nasceu em 1995, no Rio de Janeiro, como Sistema Adventista de Comunicação (Sisac). Anos mais tarde, a emissora foi transferida para Nova Fri-burgo, região serrana do Rio, até que, em 2005, fosse transferida para Jacareí, a 80 quilômetros de São Paulo. A Rede Novo Tempo transmite programação de rádio e TV em português e es-panhol, 24 horas por dia, para as três Américas, costa oeste da África, Espanha, Portugal e para todo o mundo através dos sites www.novotem-po.org.br e www.nuevotiempo.org.

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Felipe lemosColaborador

Em Goiânia, há pelo menos seis anos, Led Álvares mantém uma rotina da qual não se cansa. Todos os domingos, às 19 horas, ele co-ordena um grupo de alunos ávidos por conhecimento e que não pa-gam qualquer taxa para aprender sobre os “segredos” da Bíblia. De-pois da programação da Semana Santa, realizada no início de abril, a classe de Led tem mais de cem novos e potenciais alunos matri-culados. A esse grupo a Igreja Ad-ventista chama de classe bíblica, uma frente de evangelização cujo conceito é simples, mas que exige dedicação, perseverança e interes-se de quem a lidera.

O pastor Jolivê Chaves, que é o diretor do Ministério Pessoal da Divisão Sul-Americana, ensi-na que o primeiro passo para uma classe bem-sucedida é ter dispo-sição e fé. O segundo passo é for-mar a equipe: diretor, associado e secretária. Na América do Sul, mais de 27 mil classes bíblicas estão em funcionamento, o que significa que, em média, há uma classe por congregação adventis-ta. Depois da Semana Santa deste ano, foram formadas 10.113 clas-ses bíblicas.

Na prática, outra palavra-chave é estratégia. Led e o diretor de Mi-nistério Pessoal da congregação local, Vila Nova, conhecido sim-plesmente por Vado, sabem o que fazer para conseguir novos alunos:

(1) Não perder o contato com os interessados que participaram da Semana Santa; (2) Adaptar a lin-guagem e abordagem para tornar a classe algo inteligível e agradá-vel para quem vem pela primeira vez; e (3) Investir em divulgação. No caso de Led e Vado, eles cria-ram uma rádio online, com o su-gestivo nome: Liberdade. Por meio dela, disponibilizam uma seleção de músicas, sermões e reflexões. Esse método tem garantido a eles uma frequência média de 20 pes-soas por reunião.

Outro ponto fundamental, se-gundo a dupla missionária volun-tária, é envolver o aluno em outras atividades da igreja. Na congrega-ção de Led e Vado, pelo menos 17 pequenos grupos atendem aos in-teressados e alguns chegam a par-ticipar de duplas missionárias. Por-tanto, o segredo é não ter “chá de banco”. “A classe bíblica é mais do que uma reunião de amigos inte-ressados em aprender sobre a Pala-vra de Deus. É uma oportunidade de se exercitar os conhecimentos e testemunhar do amor do Criador. É a esperança de muitas pessoas que buscam conhecer o caminho que conduz a Deus”, afirma Chaves.

Noites de esperança – No Es-tado de São Paulo, a proposta é ter a temática e o formato da classe bí-blica adaptados para os cultos do-minicais ou evangelísticos. O pro-jeto foi denominado “Noites de Esperança” e tem sido encabeça-

Cuidar da lavouraApós a Páscoa, igreja investiu em classes bíblicas para

garantir a colheita evangelística do fim do ano

bRASil

do pelo pastor Rafael Rossi, evan-gelista para o Estado. “Esses cultos precisam ser atrativos e relevantes para as pessoas do século 21; por isso, pensamos nessa iniciativa”, ex-plica o pastor.

A série, com 20 temas, trata das doutrinas básicas da Bíblia. O material ainda vem acompa-nhado com um guia de estudos, sermonário, apresentações em slides e um DVD com clipes mu-sicais. Desde o início de abril, as igrejas paulistas já receberam o material, no entanto, para quem não tem ainda, basta acessar o

site www.ucb.org.br (ver box “Mão na massa”).

De pai para filho – Por sua vez, na Associação Espírito-San-tense, a ênfase é motivar os pais a ensinar as doutrinas adventis-tas aos filhos. O objetivo é fazer de cada pai o instrutor bíblico do próprio filho. “Então, se o pai tem o sonho de que seu filho se torne adventista, ele terá a oportunida-de de ensinar esse curso ao filho”, explica o pastor Humberto Ma-galhães, coordenador do projeto.

A série escolhida foi Ouvindo a Voz de Deus, na versão para juve-nis. O projeto teve início em abril e se estenderá até setembro, por ocasião do batismo da primavera. Para os que não têm filhos, a su-gestão é que se “adote” um ado-lescente para ensinar-lhe a Bí-blia. – Com reportagem de Suellen Timm e Guilherme Almeida.

Mão na massaHoje, a diversidade de materiais impressos e eletrônicos facilita o traba-

lho do líder de classe bíblica. Abaixo, oferecemos uma breve descrição de alguns recursos disponíveis:

ouvindo a voz de Deus – São 27 estudos impressos disponíveis na versão para adultos e juvenis. É recomen-dado o uso conjunto com o DVD em que o pastor Ale-jandro Búllon responde às dúvidas mais comuns sobre os temas abordados. Há também um DVD para recapi-tulação da série com vídeos de 10 minutos cada, apre-sentado pelo pastor Ivan Saraiva.

Profecias – O site www.profecias.com.br oferece dicas importantes sobre recepção e técnicas de apelo, escla-rece textos bíblicos difíceis e ainda disponibiliza as sé-ries proféticas do pastor Luís Gonçalves, evangelista da Divisão Sul-Americana, em formato de texto, áudio e ví-deo. Material recomendado para os que têm uma fami-liaridade maior com as crenças adventistas ou interes-se grande por profecias.

Programa Bíblia Fácil – Programa voltado para os iniciantes no estu-do da Bíblia. Pode ser uma opção interessante para se indicar a um amigo ou mesmo uma oportunidade de estudar junto com ele. Vai ao ar pela TV Novo Tempo, todos os domingos às 19 horas. Pelo canal executivo (ante-

na parabólica) o mesmo programa é exibido aos do-mingos (18h30) e às quartas-feiras (19h).

Princípios – Revista e série em vídeo com 23 temas que vão da discussão sobre a origem da vida à doutri-na do dom de profecia. Indicado para o estudo com alunos universitários ou interessados de um nível so-cial mais elevado.

o Caminho – Série em vídeo com 24 temas. Também pensada para as mentes mais sofisticadas e exigentes. São os mais recentes estudos produzidos pelo pastor Fernando Iglesias para o programa de TV Está Escrito. A série está disponível em vídeo e slides de apresen-tação no site www.novotempo.org.br/ocaminho.

os vídeos, sermões e apresentações da série estão disponíveis no site www.ucb.org.brPastor Jolivê Chaves treina membros envolvidos com

as classes bíblicas na igreja de Vila nova, em Goiânia. somente após a Páscoa, mais de 10 mil classes foram iniciadas na América do sul

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heron santanaColaborador

Aos olhos do mundo, o arqui-pélago de Fernando de Noronha é um santuário da natureza. A exu-berância das praias e do ecossis-tema dessa ilha rodeada pelo Oceano Atlântico é capaz de en-cantar turistas de todo o plane-ta. Por essa razão, a inauguração de um templo adventista nesse lu-gar, realizada na sexta-feira, 23 de abril, é vista como um marco da expansão adventista no Brasil, es-pecialmente no Nordeste. “Essa igreja vai atrair não só os ilhéus, mas turistas do mundo todo que visitam Fernando de Noronha a cada ano”, celebrou entusiasma-do o pastor local, Wellington Bar-tolomeu.

O evento foi acompanhado pe-las principais lideranças adventis-tas da América do Sul. A inaugu-

ração faz parte de um projeto de missão global, Terra de Esperan-ça, que pretende levar o adven-tismo a 650 cidades do Nordes-te onde não existe presença da igreja. A chegada da mensagem adventista ao arquipélago teve sequência bem definida. O pri-meiro contato foi a instalação de uma antena de retransmissão da TV e Rádio Novo Tempo. Pou-co depois, foi a vez do estabeleci-mento de um serviço educacional a distância, oferecido pela Univer-sidade de Santo Amaro, a Unisa.

As Faculdades Adventistas da Bahia (Iaene) também contribu-íram, oferecendo bolsas para jo-vens da ilha. “Os filhos de Noro-nha estão bem servidos por esse sistema tão lindo de educação”, disse Magali Luna, ex-secretá-ria estadual de Educação de Per-nambuco e admiradora declara-

da da educação adventista. Ela e o marido, Milton Luna, presidente do Conselho Dis-trital de Noronha – uma es-pécie de Câmara de Verea-dores – não mediram forças para que esse sonho acalen-tado pelos líderes adventis-tas se concretizasse.

Na cerimônia, o empre-sário Milton Afonso foi ho-menageado. Filantropo re-conhecido em todo o país, ele se empenhou para que a igreja se consolidasse na ilha, investindo em comu-

nicação e educação. “Este momento é um sonho para mim, ver que esta igreja está ainda mais bo-nita do que eu imaginei”, disse Afonso.

Vida Nova – A cons-trução do templo fechou um ciclo. O outro, evangelístico, ocor-reu paralelo aos preparativos finais da inauguração. O pastor Ivan Saraiva, apresentador da TV Novo Tempo, esteve na ilha durante três semanas para apre-sentar a mensagem adventista aos mo-radores.

Muitas pessoas demonstraram o desejo de abraçar a nova fé e al-gumas histórias são emocionan-tes. É o caso de Josenildo Santos. Ex-jogador de futebol, ele acom-panhou os seminários do pastor Saraiva, decidindo tornar-se ad-ventista. No sábado, 24 de abril, ele interrompeu a mensagem do pastor Erton Köhler, líder sul-americano dos adventistas, para dar um bonito testemunho de de-dicação à Bíblia.

O ex-atleta foi uma das 18 pes-soas que estiveram no sábado à tarde, na praia do Sueste, para uma cerimônia de batismo em mar aberto. Dias antes, o empre-sário Juliano Gorga, 37 anos, co-nhecido como Juca, foi batiza-do. Proprietário de um bistrô na ilha e, amante do surf, Juca entre-gou seu coração a Jesus durante o evangelismo público. Ele acredi-ta que poderá levar a mensagem a outros jovens, ilhéus ou turistas.

Piauí – A alegria pela inaugu-ração do templo em Fernando de Noronha se somou à realização de cortar a fita da primeira igreja da cidade de Santa Luz, municí-pio de 5,5 mil habitantes, situado

a 700 quilômetros de Teresina, PI. A cidade se tornou, oficialmen-te, o primeiro município alcança-do pelo projeto Terra de Esperan-ça. O evento foi realizado no dia 20 de abril.

O evangelismo começou nessa cidade há dois meses. E, paralelo a isso, o grupo mantenedor res-ponsável por alcançar o municí-pio, formado por presidentes de sedes administrativas, viabilizou os recursos para a construção do templo. A festa contou com a presença de todos os adminis-tradores. Eles viajaram até Forta-leza, CE, e de lá seguiram de mi-croônibus até a cidade piauiense. Foram 1.200 quilômetros de es-trada esburacada, percorrida du-rante 16 horas. Mesmo cansados, eles participaram de um evento que contou com o apoio de um clube de desbravadores da cida-de, formado por 60 adolescentes. Também houve a realização de batismos dos primeiros adven-tistas de Santa Luz. O prefeito do município, José Lima, parti-cipou da cerimônia e não escon-deu a emoção de ver os juvenis uniformizados.

Esperança no paraísoInauguração de templos em Fernando de Noronha e no interior

do Piauí marca campanha nordestina de missão global

feRnAndo de noRonhA – Pe e SAntA luz – Pi

igreja Adventista, com capacidade para cem pessoas, será ponto turístico e evangelístico no arquipélago. o adventismo chegou à ilha por meio de investimentos do Dr. milton Afonso em educação e comunicação. A comunidade de 3 mil habitantes tem 40 adventistas

igreja Adventista de santa luz, Pi, é o primeiro fruto do projeto Terra de Esperança. A cidade tem 5,5 mil habitantes

Josenildo santos, ex-jogador de futebol, foi uma das 18 pessoas batizadas na praia do sueste, em dia de festa em Fernando de noronha, PE

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Saiba como o envolvimento

das famílias de 100 mil adventistas tem

impulsionado o avanço da

igreja no coração do Brasil

Caroline CarnietoColaboradora

No coração do Brasil, o evangelho já pul-

sava com força muito antes do nascimento

da União Centro-Oeste Brasileira (Ucob), em

2005. No Mato Grosso, tudo começou em

1915, quando um colportor vendeu uma Bí-

blia para a esposa de um fazendeiro. O mari-

do, enfurecido, ordenou que 40 funcionários

a cavalo expulsassem o missionário de suas

terras. A esposa, por sua vez, fingiu ter joga-

do fora o Livro Sagrado, mas o escondeu jun-

to às rapaduras. Sete anos depois, o primeiro

pastor adventista visitou a região, no entanto,

somente em 1935, é que, com dificuldades, o

primeiro templo foi construído. Em Goiás, o adventismo também se estabe-

leceu por meio da literatura. Em 1924, os pri-

meiros membros conheceram o evangelho

através da revista O Atalaia. Três anos mais

tarde, o médico-missionário alemão Carlos

Heinrich iniciaria, por conta própria, um tra-

balho evangelístico na cidade de Niquelândia,

que resultaria no batismo de 25 conversos,

cerimônia realizada pelo pastor americano

A. N. Allen. Porém, o sonho do médico era alcançar

os índios karajás que viviam nas margens

do Rio Araguaia. Foi por seu esforço que,

em 1928, foi fundada a Missão Indígena do

Araguaia. Daí para frente, a expansão do ad-

ventismo acompanharia o desenvolvimen-

to da Região, que organizaria os Estados do

Mato Grosso do Sul e Tocantins, além do

Distrito Federal.

Família por fa-mílias – E para que o evangelho continue a avançar, os mais de 100 mil adventistas do Cen-tro-Oeste têm uma estratégia simples, mas eficaz: traba-lhar em família para o cumprimento da missão. Por isso, há três anos, a admi-nistração da Ucob tem trabalhado sob o lema “Família por Famílias”, progra-ma que visa tornar cada lar adventista um centro de ações evangelísticas. Ao envolver as famílias no evangelismo, o objetivo é promover um crescimento natural e saudável da igreja em

que cada membro se torne um discípulo. O projeto prevê que cada família adventista

ore por um lar que ainda não conhece a igre-

ja. As crianças também participam da cor-

rente de oração intercessora, por meio de um

Seminário de Enriquecimento Espiritual es-

pecífico para a idade. O objetivo é que ao fim

de um ano, cada lar adventista tenha condu-

zido pelo menos uma família de interessados

ao batismo e ao discipulado. Resultado que Lucinei da Cunha pode co-

memorar. Tudo começou em Cáceres, MT, ao

Lucinei decidir orar por um colega de traba-

lho. Quando contou a Ezídio Gonçalves so-

bre seu programa de oração, o amigo ficou im-

pressionado e aceitou o convite para ir à igreja.

Sua esposa, porém, não mostrava a mesma disposição. “Eu não queria nem saber da Igreja Adventista”, conta Cláudia. “E não tinha vontade de me despren-der da igreja que frequentava havia 11 anos”, relata.

O marido aceitou estudar a Bíblia por interesse; ela, apenas por educa-ção. No entanto, conforme as doutri-nas eram ensinadas, Cláudia come-çou a ficar angustiada ao perceber a incoerência do que sua antiga igreja ensinava e o que começava a apren-der. Depois de desabafar sobre suas dúvidas com uma amiga, foi aconse-lhada por ela a frequentar a Igreja Ad-ventista para ver se encontrava erros doutrinários.

Cláudia seguiu o conselho. “Certa vez fui

de calça comprida à igreja justamente para

que falassem de mim. Mas eu estava engana-

da, pois naquele dia me trataram melhor do

que nunca”, elogia. Aos poucos, Cláudia foi

conquistada pela forma como os adventistas

tratavam sua família e como oravam uns pe-

los outros. Finalmente, Ezídio, Cláudia e os

três filhos foram batizados graças às orações

de intercessão diárias. Agora, com um sorri-

so no rosto, ela pode resumir a ideia do disci-

pulado: “Da mesma maneira como minha fa-

mília foi alcançada por alguém que orou por

nós, eu também quero orar para alcançar ou-

tras famílias.”

Pequenos grupos, grandes mudan-

ças – Entender os lares adventistas como

centros de evangelismo leva a Ucob a ter os

pequenos grupos como um dos seus pilares

missionários. Com o objetivo de levar cada

membro a experimentar o senso de comuni-

dade, as igrejas estão divididas em 3 mil pe-

quenos grupos. E a história de Claudete Oli-

veira, de Campo Grande, MS, mostra que as

reuniões familiares podem salvar vidas. Quando conheceu Dona Dirce no ponto

Família por famíliascentRo-oeSteSéRie – RetRAtoS do AdventiSmo

novo Centro Educacional do iABC, com capacidade para 800

alunos. A instituição, em 25 anos, já atendeu mais de 4 mil

alunos. Atualmente, 310 estão matriculados

A família Campos conheceu

o adventismo por meio do hAP e da educação adventista. sete anos depois de passar por uma

cirurgia de risco, Edmilza e

sua família foram batizadas

durante o projeto Futuro com Esperança

maria do Carmo lopez (à esq.) deixou o

conforto de casa numa noite de chuva e lama

para fazer uma visita providencial a Claudete

oliveira. A amizade, formada em um pequeno

grupo, fez diferença na vida da jovem

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de ônibus, Claudete passava pela pior fase de

sua vida. Depois de alguns meses, as conversas

no transporte para o trabalho viraram ami-

zade, a ponto de Claudete contar para Dir-

ce alguns problemas que estava enfrentando.

Sensibilizada com a situação da nova colega,

Dirce a convidou para participar de um pe-

queno grupo. Ao frequentar semanalmente as reuniões,

Claudete fez uma nova amizade com uma ad-

ventista, Maria do Carmo Lopez. Numa noite

de terça-feira, a reunião do pequeno grupo já

havia terminado. Estava frio, chovia muito e

o barro tomava conta das ruas. Foi então que

algo moveu Dona Maria a visitar Claudete,

que havia faltado ao encontro. Mesmo relu-

tante, chateada e brava, Maria deixou o con-

forto de sua casa.Na casa de Claudete, os planos eram ou-

tros. Naquela noite, ela planejara o suicídio.

Ao chegar à casa da amiga e chamar por Clau-

dete, Maria percebeu algo diferente. Quando

entrou na casa de Claudete, encontrou a moça

chorando muito. Sem entender nada, apenas a

abraçou tentando acalmá-la. Foi quando Clau-

dete contou seu plano de desespero. Depois de

orar com a jovem, Maria acolheu Claudete em

sua casa. “É de admirar que debaixo daquela

chuva, naquela noite um pouco fria, uma pes-

soa que não tinha tanto contato comigo, fos-

se até a minha casa saber como eu estava. Isso

sim é fé verdadeira”, conclui Claudete.

Cura que leva fé – No Centro-Oeste, as-

sim como em outras Regiões do Brasil, o esfor-

ço missionário dos membros pode contar com

o apoio de dois segmentos consolidados da

Igreja Adventista: saúde e educação. Em Cam-

po Grande, MS, há 58 anos, o Hospital Adven-

tista do Pênfigo (HAP) tem testemunhado so-

bre o interesse dos adventistas pelo bem-estar

integral do ser humano. Sua história é mar-

desafios são proporcionais ao crescimento do

adventismo. Em 2009, foram batizadas cerca

de 10 mil pessoas. E, somente em 2010, foram

distribuídos 1,5 milhão de revistas missioná-

rias e 2 milhões de exemplares do livro Tem-

po de Esperança, quantidade de exemplares

equivalente ao número de lares da Região. Nos

próximos dois anos, o objetivo é alcançar 166

cidades sem presença adventista, com a aju-

da de jovens envolvidos, por exemplo, em pro-

jetos como Missão Calebe e Missão Karajás.

“Tudo o que alcançamos foi fruto do traba-

lho dedicado dos irmãos e irmãs que atuam em

nossas igrejas, escolas, colportagem e institui-

ções de saúde, liderados por seus pastores e di-

retores, sob a coordenação dos administrado-

res e líderes de departamentos de cada campo.

É a missão sempre conectada à comunhão, ou

seja, o ‘ser’ preparando para o ‘fazer’”, enfati-

za o pastor Helder Roger, presidente da Ucob.

Apesar das bênçãos e avanços já obtidos,

ainda há muito que fazer. E, apenas com ora-

ção e comunhão será possível cumprir a mis-

são de levar esperança para cada família do

Centro-Oeste.

Crescimento institucional: sede administrativa

da missão do Tocantins, inaugurada em 2009

mTo – Missão do Tocantins (Palmas, TO)

AmT – Associação Mato-Grossense (Cuiabá, MT)

Asm – Associação Sul-Mato-Grossense (Campo

Grande, MS)ABC – Associação Brasil Central (Goiânia, GO)

Aplac – Associação Planalto Central (Brasília, DF)

Ucob – União Centro-Oeste Brasileira (Brasília, DF)

cada por diversos milagres, que vão desde a

descoberta da fórmula para curar o Fogo Sel-

vagem (Pênfigo Foliáceo) por um curandeiro

até a doação do terreno onde está construí-

do o hospital. Através dos anos, profissionais

comprometidos têm levado saúde e salvação

por meio dos tratamentos. Hoje, o hospital atende 24 horas por dia em

duas unidades, num total de 128 leitos. Men-

salmente, são realizadas mais de 600 cirurgias

e internações clínicas e cerca de 5 mil consul-

tas. Além disso, a capelania hospitalar tem

distribuído literatura e desenvolvido projetos

para integrar pacientes, funcionários e médi-

cos ao Criador. O grande desafio do HAP é

realizar com as igrejas e a comunidade um

trabalho em prol da saúde preventiva – estilo

de vida que é ensinado na prática pelo Cen-

tro de Vida Saudável (CVS).

Um instituto de braços abertos – No

campo da educação, além de 35 escolas, a

Ucob conta com um internato: o Instituto Ad-

ventista Brasil Central (IABC), em Planalmira,

GO. Camuflada entre a natureza, a instituição

fica perto de duas grandes capitais, Goiânia e

Brasília. Depois de anos de pioneirismo, hoje,

310 alunos desfrutam de uma nova estrutura

inaugurada em abril: um centro educacional,

com capacidade para 800 alunos, e a conclu-

são da reforma do auditório, restaurante e do

complexo esportivo. A instituição, que está

completando 25 anos, sonha construir nos

próximos dois anos a igreja do campus.Apesar da resistência de muitos pais em re-

lação à religião, através do amor cristão de-

monstrado pelos professores, lares como o de

Paulo da Costa foram alcançados. Ao matri-

cular-se, sua mãe deixou bem claro que não ti-

nha interesse em conhecer a doutrina ensina-

da pelo IABC. Bastaram apenas alguns meses

para que o capelão da escola e outros professo-

res visitassem sua família. O primeiro contato

não foi muito receptivo porque o aluno esta-

va com vergonha da mãe, dona de um bar. O

tempo passou e, após estreitarem os laços de

amizade e confiança, o bar foi fechado e mãe

e filho foram batizados. Ambos foram os pri-

meiros adventistas da cidade de Pirinópolis,

GO. Hoje, a igreja local tem 50 membros e

Paulo se dedica a mostrar para os dependen-

tes químicos o poder de Deus contra o vício.

Desafios crescentes – Na área educacio-

nal, 67% das escolas da Região passaram por

reformas estruturais e o corpo de servidores

foi submetido a contínua capacitação, o que

tem gerado o crescimento das matrículas, ano

a ano. No Mato Grosso, a mudança de status

da sede administrativa de Missão para Asso-

ciação e, no Tocantins, a inauguração do pré-

dio administrativo da Igreja, mostram o cres-

cimento institucional da denominação. E quanto ao cumprimento da missão, os

Avanço no Centro-Oeste

101.866 membros156 habitantes por adventista

1.118 igrejas e grupos3.514 pequenos grupos

6 sedes administrativas

32 funcionários na sede da Ucob

260 pastores942 funcionários na área religiosa

419 funcionários na área de saúde

1.309 funcionários na área educacional

15.034 alunos na rede educacional

36 unidades escolares

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36 Revista Adventista I junho • 2010

Gente

Bodas de Malaquita (56 anos)De Benjamin Pereira e Floraci

Cavalheiro da silva, da Igreja de Farrapos, em Porto Alegre, RS. O ca-sal tem três filhos e três netos.

Bodas de Ouro (50 anos)De Alfredo Xavier e Rosalina mo-

raes, na Igreja de Marambaia, em Be-lém, PA, pelo pastor Clairton Olivei-ra. O casal tem sete filhos e 11 netos.

De Frederico e Abigail Carva-lho Flego. O casal tem dois filhos.

Dos casais João e hosana Barbosa e Aristone luiz e maria José Perei-ra, na Primeira Igreja Adventista His-pana de Washington, DC, EUA, pelo pastor Homero Salazar. A cerimônia foi conjunta, porque as irmãs Hosa-na e Maria José também se casaram na mesma oportunidade. Ambos os casais têm três filhos e quatro netos.

De nelson e Elsa spiering Grel-lert, na Igreja de Vila Princesa, em Pelotas, RS, pelo filho, pastor Ar-mando Grellert. O casal tem cinco filhos, dez netos e uma bisneta.

De nelson e nair da silva, na Igreja da Alvorada, em São Paulo, pelos pastores Elias Brenha, Paulo Korkischko, Josué Cardoso dos San-tos e Assad Bechara. O casal tem três filhos e sete netos.

De nilberto e lucita schmidt, na Igreja do Capão Redondo, pelo pastor Ari Celso Cidral. O casal tem três filhos e dois netos.

ADRA é homenageada no RS

A Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul homenageou a Igre-ja Adventista pelo trabalho de pro-moção da saúde e atendimento às vítimas de emergências realizado pela Agência Adventista de Desen-volvimento e Recursos Assistenciais (ADRA). No fim de abril, os pastores José Elias Zanotelli (à dir.) e Jor-ge Wiebusch (à esq.) representa-ram a Associação Sul-Rio-Gran-dense na cerimônia de entrega da Medalha Mérito Farroupilha, a mais alta comenda do Poder Legislativo, concedida anualmente a apenas 12 personalidades ou entidades. A ho-menagem foi uma iniciativa do de-putado estadual Daniel Bordignon (ao centro).

Ministro da Educação é presenteado com livro

Fernando haddad, ministro da educação, recebeu um livro Tempo de Esperança do líder regional de desbra-vadores, Peter Campos, durante a visi-ta do ministro a São João Del Rey, MG.

Governador do SE recebe Sinais de Esperança

Em São Cristovão, SE, o gover-nador do Estado, marcelo Déda, foi presenteado pelo evangelista e líder voluntário adventista Jorge França com o livro Sinais de Esperan-ça. Na inauguração de uma fábri-ca de tecidos na região, Jorge apro-veitou a oportunidade para dizer ao governador que ele e sua igre-ja haviam orado pela recuperação da saúde do governante. Marcelo Déda se emocionou, agradecendo aos adventistas pelas orações.

Biblioteca destaque do RS recebe Tempo de Esperança

Representantes do instituto Ad-ventista Cruzeiro do sul (iACs), em Taquara, RS, participaram de uma homenagem da Câmara de Vereadores local a Roberto Gue-des, que mantém, há 25 anos em sua casa, uma biblioteca comunitá-ria. A visita foi realizada em 23 de abril, Dia Internacional do Livro. Na oportunidade, foram doados exem-plares dos livros Tempo de Esperan-ça e Sinais de Esperança para o acer-vo e para os presentes. A biblioteca comunitária já recebeu prêmios es-taduais e ganhou destaque na mí-dia nacional.

Primeiras-damas do Paraguai e do CE recebem literatura adventista

Em uma das ações sociais da ADRA Paraguai em Asotey, a quatro horas da capital Assunção, a primeira-dama do país, mercedes lugo de maida-na, recebeu das mãos de Javier Espe-jo, diretor da instituição, um exemplar do livro Tiempo de Esperanza.

As líderes do Ministério da Mulher para o Ceará e Piauí, Ruth Fontes, Lourdes Duarte e Deusélia Rodri-gues, presentearam a primeira-da-ma do Ceará, maria Célia habib moura Ferreira Gomes (ao centro), com a coleção Conectando com Jesus (série de 11 livros de Ellen G. White). A visita teve o objetivo de convidar Maria Célia para realizar uma pales-tra no Encontro de Mulheres Adven-tistas do Ceará (Emace), em agosto.

Educação Adventista do MA é premiada

O Colégio Adventista de São Luís recebeu o prêmio Topp Brasil, que há oito anos homenageia as me-lhores empresas e instituições das Regiões Norte e Nordeste. A pes-quisa de opinião para escolha dos premiados foi realizada entre os dias 3 e 6 de fevereiro, com 600 profissionais do empresariado lo-cal. Somente neste ano, esse é o segundo prêmio que a educação adventista maranhense recebe. Na foto, o professor Eduardo Correa (à esq.) e George Ramos (à dir.), respectivamente, o diretor e tesou-reiro do colégio.

vida e Saúde Café da manhã – Saiba por que a

primeira refeição do dia deve ser a mais completa e nutritiva

hora da sesta – Sabe aquele cochilo depois do almoço? A ciência comprova: faz bem, mesmo

Positivo, negativo – Entenda a relação entre a maneira de pensar e o bem-estar geral do corpo

nosso Amiguinho

Bate-papo – Entrevistamos uma turma de pequenos campeões do squash, esporte que está crescendo no Brasil

mundo amigo – Conheça um pouco melhor a África do Sul

história – Com seus bolinhos de chuva, Dona Maria mostra para os vizinhos o que é cidadania. Você precisa conhecer essa história

nosso Amiguinho Júnior

A Bíblia é um livro cheio de histórias interessantes, muitas delas são de meninos e meninas. Isso mostra como as crianças são importantes para Deus. Nessa edição vamos relembrar algumas dessas histórias

Revistas de junho

Alckmin recebe revista Esperança Viva

Em Serra Negra, SP, o ex-gover-nador e secretário de desenvol-vimento do Estado de São Paulo, Geraldo Alckmin, recebeu a revis-ta Esperança Viva, portfólio da Igre-ja Adventista, das mãos do pastor local, Enrique Rodriguez. Alckmin recebeu o material enquanto par-ticipava do 54º Congresso Estadu-al de Municípios, no fim de março.