o boletim do marketing esportivo · o time de coração com o pagamento de uma mensalidade. É...

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U ma festa para 600 convidados, com direito a jogo de futebol comandado por Cafu e balada encabeçada pelo DJ Alok, marcou o evento de número 250 do estádio do Mineirão no ano de 2018. A marca, recorde na história do local, também foi usada para celebrar o “melhor ano” do novo Mineirão. Reinaugurado em 2013 para a Copa do Mundo, o Mineirão tem utilizado de sua característica multiuso para se tornar referência em eventos na cidade de Belo Horizonte. Em 2018, a Minas Arena, gestora do estádio, celebrou a marca de 2,5 milhões de pessoas dentro do complexo do Mineirão. “No final do ano passado havíamos estabelecido a meta de alcançar a visitação de 2 milhões de pessoas. Apesar de acharmos um número ousado, acreditávamos O BOLETIM DO MARKETING ESPORTIVO DO POR ERICH BETING, DE BELO HORIZONTE* Mineirão faz festa para celebrar ‘melhor ano’ 1 NÚMERO DO DIA EDIÇÃO 1149 - QUINTA-FEIRA, 20 / DEZEMBRO / 2018 Reais é o quanto o Palmeiras estima faturar em 2019, o que representaria queda de quase R$ 100 mi em relação a 2018 561 mi

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Uma festa para 600 convidados, com direito a jogo de futebol comandado por Cafu e balada encabeçada pelo DJ Alok, marcou o evento de número 250 do estádio do Mineirão no ano de 2018. A marca, recorde na história

do local, também foi usada para celebrar o “melhor ano” do novo Mineirão.Reinaugurado em 2013 para a Copa do Mundo, o Mineirão tem utilizado de sua

característica multiuso para se tornar referência em eventos na cidade de Belo Horizonte. Em 2018, a Minas Arena, gestora do estádio, celebrou a marca de 2,5 milhões de pessoas dentro do complexo do Mineirão.

“No final do ano passado havíamos estabelecido a meta de alcançar a visitação de 2 milhões de pessoas. Apesar de acharmos um número ousado, acreditávamos

O B O L E T I M D O M A R K E T I N G E S P O R T I V O

DO

POR ERICH BETING, DE BELO HORIZONTE*

Mineirão faz festa para celebrar ‘melhor ano’

1

N Ú M E R O D O D I A EDIÇÃO 1149 - QUINTA-FEIRA, 20 / DEZEMBRO / 2018

Reais é o quanto o Palmeiras estima faturar em 2019, o que representaria queda de quase R$ 100 mi em relação a 2018561mi

que isso seria possível”, destacou Samuel Lloyd, diretor do Mineirão desde 2015.Campeão da Copa do Brasil, o Cruzeiro contribuiu para a expressiva marca ao

levar 1,1 milhão de torcedores em seus jogos no estádio. O clube mineiro conquis-tou a Copa do Brasil e, ainda, bateu o recorde de público brasileiro na Libertado-res, levando quase 57 mil pessoas para o jogo contra o Boca Juniors, que marcou também a eliminação da equipe mineira nas quartas de final da competição.

Mas a maior celebração do Mineirão foi alcançar 1,4 milhão de pessoas em sho-ws, eventos e visitação ao Museu do Futebol Brasileiro instalado no estádio.

“Conseguimos fazer com que o Mineirão se tornasse uma referência para even-tos corporativos para 5 a 10 mil pessoas. Hoje temos uma agenda repleta de ações desse tipo. Também movimentamos muito a esplanada com shows”, disse Lloyd.

O espaço anexo ao estádio tem se transformado em palco de eventos abertos à população. O Mineirão consegue ampliar o faturamento a partir do consumo do torcedor durante esses eventos. Na Copa do Mundo da Rússia, por exemplo, a es-planada abrigou um telão e foi palco de shows durante a competição, recebendo cerca de 30 mil pessoas por jogo na “Arena n°1”, feita em parceria com a Brahma.

Para 2019, o Mineirão ainda não tem uma meta de público programada. O es-tádio seguirá com o trabalho para ampliar a realização de eventos que não sejam exclusivos de futebol para garantir a ida do público ao local. O primeiro deles será em 26 de janeiro, na décima edição do “Festival Planeta Brasil”, que reunirá diversos shows espalhados em quatro diferentes palcos na esplanada do Mineirão.

* O repórter viajou a convite da Minas Arena

VA S C O P R O J E TA R E F O R M A D E 2 0 8

M I E M E S TÁ D I O

AT H L E T I C O R E C E B E B Ô N U S D E R $ 8 0 0 M I L P O R T Í T U L O

O Vasco apresentou para o mercado um plano de reforma do estádio de São Januário orçado em R$ 208 milhões e com prazo de 9 anos para conclusão.

O objetivo do clube é construir mais um lance de arquibancada e ampliar a capacidade do estádio para pouco mais de 41 mil torcedores. Além disso, a re-forma prevê a construção de diversos prédios de serviços, além de estaciona-mento com vagas para 1,4 mil carros.

O clube pretende criar um fundo imobiliário de investimentos, que seria utilizado para tocar as obras. Os cotis-tas teriam direito a algumas proprie-dades do novo estádio como forma de compensação pelo investimento feito.

O Athletico Paranaense fez uma cerimônia em sua sede para receber a premiação de R$ 800 mil dada pela Caixa como bônus pelo título da Copa Sul-Americana.

O clube paranaense recebeu representantes do banco estatal em seu estádio e celebrou a premiação dada, que representa pouco mais de 10% do valor anual do contra-to, de R$ 6 milhões por temporada. O Athletico fechou em 2012 o patrocínio da Caixa e tem renovado o vínculo anualmente. O atual contrato é válido até abril de 2019.

O P I N I Ã O

Clubes não podem se restringir a sócios

O plano traçado pelo Santos para capitalizar com a chegada do técnico Jorge Sampaoli mostrou ao mercado de futebol no Brasil que estamos cami-nhando para uma encruzilhada no marketing realizado pelas equipes. O

que antes era a grande revolução brasileira pode se tornar em breve o maior pesadelo.Nos últimos cinco anos, motivados pelas metas impostas pela Ambev, os clubes

saíram em busca do sócio-torcedor. Todos, sem exceção, criaram um programa de relacionamento com clientes que fortalecesse a relação com o torcedor e, mais ainda, gerasse diversos benefícios exclusivos para quem fizesse parte desse grupo. Isso ajudou a alavancar sensivelmente a receita das equipes e fez com que, após muitos anos, os clubes investissem em ações de marketing de forma muito mais consistente.

Só que, impulsionados pelo sucesso desse modelo, os clubes focaram demais os seus esforços no sócio-torcedor e se “esqueceu” de quem não tem tanto apetite assim ou tanto dinheiro para consumir o clube.

Prova disso foi a ação que o Santos fez de criar um pré-cadastro de torcedores para concorrer a um sorteio de uma camisa au-tografada pelo treinador argentino. Em 4 mil cadastros contabilizados nas primeiras quatro horas da ação, 66% dos inscritos não eram sócios-torcedores do clube. Ou seja, quase 3 mil santistas “desconhecidos” participaram dessa iniciativa da equipe.

Um clube de futebol no Brasil tem uma dura missão de “conhecer seu público”. Há torcedores de todas as classes sociais que possuem verdadeiro interesse em consumir a marca. Mas como falar com cada um deles? O sócio-torcedor é um mérito enorme do futebol brasileiro. O programa é uma garantia de receita recorrente para o clube sem a necessidade de implementar um grande esforço de comunicação e marketing. O modelo é tão bom que os Estados Unidos, sem saber, começa a implementá-lo em algumas franquias da NBA que não conseguem sempre lotar o ginásio. Por lá, alguns times têm feito sucesso ao adotar o que eles consideram o “modelo Netflix”. Aqui, já estamos à frente. Não é só o ingresso o bem precioso de um sócio-torcedor.

O problema é que, na tentativa de ampliar a base de sócios, os clubes não conse-guem atender à demanda de quem é apaixonado, mas não tem interesse em consumir o time de coração com o pagamento de uma mensalidade. É preciso ampliar o leque de ações no marketing do futebol. O sócio-torcedor é excelente, mas parece ter atin-gido seu limite. Há muito mais gente querendo consumir, mas sem precisar ser sócio.

Maior mérito do futebol brasileiro

nesta década, o sócio-torcedor pode se

tornar um pesadelo futuro aos clubes

POR ERICH BETING

diretor executivo da Máquina do Esporte

Globo debate e-Sports com anunciantes

O Sport Recife reabriu na últi-ma quarta-feira sua loja oficial, a Cazá do Sport, com uma ação com a torcedora-símbolo do clube e do estádio Ilha do Retiro, Dona Maria.

A torcedora foi responsável por cortar a fita do espaço dentro do es-tádio do clube e também foi a pri-meira a conhecer a nova loja.

O espaço terá como grande nov-idade a oferta de 10% de desconto a sócios e dependentes e ainda uma cafeteria para atender o público.

“Buscamos atender aos anseios do torcedor e sócio de ter um espa-ço que vai além de vender produtos e possa levar uma experiência para todos”, disse Sid Vasconcelos, ex-ecutivo de operações do Sport.

S P O R T R E A B R E L O J A N A I L H A C O M A Ç Ã O A T O R C E D O R A

O Indiana Pacers anunciou um acordo de patrocínio com a multi-nacional de tecnologia Motorola.

Com isso, a franquia se torna a 29ª e penúltima da NBA a ter um aporte estampado na camisa de jogo desde

que a possibilidade foi liberada.Agora, apenas o Oklahoma City

Thunder não tem um parceiro no uniforme. Pelo acordo, a Motorla

também terá placas de exposição no ginásio e nas mídias sociais do Pacers.

O contrato é de US$ 4 milhões.

PACERS FECHA PATROCÍNIO, E

SÓ UM T IME DA NBA F ICA COM

CAMISA ‘L IMPA’

POR DIANA AMATO

Em mais um movimento para o mercado de e-Sports, o Grupo Globo realizou o “GG e-Sports Summit”, encontro com representantes de todas as pontas da indústria de jogos eletrônicos do país. A ideia foi discutir de que forma a indús-tria pode se desenvolver de forma mais consistente.

“Quando olhamos a audiência jovem, engajada, percebe-mos que não tem como o nosso grupo ficar de fora. É quase como o futebol, as pessoas são muito apaixonadas. Quem entende dessa indústria no Brasil, está aqui conosco. Quan-do olhamos para esse mundo, descobrimos que é enorme, como se estivéssemos falando de esportes olímpicos. Quan-do começamos a estudar isso, vimos que tínhamos várias oportunidades num mercado muito grande”, disse Roberto Marinho Neto, que abriu o encontro em São Paulo.

A agenda foi composta pelos painéis: “Games x e-Sports”, “e-Sports Business”, “e-Sports no Brasil”, “Os ídolos”, “Os fãs” e “Esportes tradicionais + Esportes eletrônicos”.

De um modo geral, as marcas falaram em adaptação à co-munidade gamer e sobre a importância de ouvir os membros nativos. Além disso, concordaram sobre a necessidade de se criar um mercado personalizado para esse público.

Já do ponto de vista da comunidade, o mercado ainda é visto como embrionário. Os gamers veem que o projeto das marcas precisa ser de longo prazo e que necessitam do apoio de quem faz parte da comunidade para conseguir ob-ter o melhor retorno possível com esse investimento.

POR ERICH BETING

O Corinthians anunciará nesta sexta-feira detalhes sobre a IBM, o novo parceiro do clube para a gestão do programa de sócio-torcedor. A par-ceria é vista pelo Corinthians como “revolucionária” para o projeto.

Segundo o site “Meu Timão”, a empresa fará a parceria tecnológica com o clube para gerenciar o plano de sócios e envolverá também a Arena Corinthians. Antiga parceira do clube, a Omni era responsável pela gestão do programa de sócios e do relacionamento com o torcedor. A empresa ainda retia cerca de 50% dos lucros da operação do programa. Em entrevista ao “Meu Timão”, o diretor de marketing do clube, Luis Paulo Rosenberg, explicou a mudança para o novo parceiro.

“A Omni foi uma das parceiras mais bem-sucedidas que a gente teve. Não tem programa de sócio-torcedor mais bem-sucedido do que o nosso. O que acontece é que a Arena tem tudo para ser de primeiro mundo. Para isso, ela precisa de um investimento tecnológico. O torcedor não perde nada. Troquei uma prestadora de serviços pela maior empresa de tecnologia do mundo”, declarou Rosenberg.

Uma das mudanças que a empresa deve fornecer é na revenda de ingressos de sócios-torcedores. Como o programa prevê um sistema de pontuação a cada jogo que o torcedor comparece, muitas vezes as pessoas compram o ingresso para ficar bem ranqueado, mas acaba não comparecendo à partida. Com a IBM, a ideia é que o clube permita ao sócio revender o ingresso comprado, a exemplo do que é feito por times europeus com os torcedores que compraram o carnê de jogos.

Um evento na manhã de sexta-feira, na Arena Corinthians, reunirá o presidente da IBM, Tonny Martins, e Frank Koja, VP de serviços de tecnologia da empresa.

Corinthians fecha com IBM no sócio-torcedor

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POR REDAÇÃO