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B O L E T I M 14/01/2015 175 NÚMERO DO DIA R$ 150 mi é o quanto a Ambev estima que o sócio-torcedor gerou de receita extra aos clubes OFERECIMENTO Novo diretor impulsiona sócio-torcedor do Palmeiras POR ERICH BETING A contratação do atacante Dudu, em concorrência com Corinthians e São Paulo, res- gatou a autoestima do palmei- rense e serviu para que o novo diretor de futebol Alexandre Mattos turbinasse o programa de sócio-torcedor do clube. De domingo até terça-feira, o Palmeiras obteve 2.212 novos torcedores, ultrapassando o Corinthians e se tornando o terceiro clube com mais asso- ciados do país, atrás de Inter e Grêmio, segundo o Movimento por um Futebol Melhor, que coordena os programas de mais de 40 clubes no Brasil. Apresentado como maior “re- forço” do time na temporada, Mattos repete, no Palmeiras, a estratégia de louvor ao progra- ma de sócios a cada contrata- ção. No Cruzeiro, ex-clube, ele esteve por trás da apresentação de Dedé num supermercado e, também, de Júlio Baptista num caixa-forte. Nos dois casos, as contratações foram creditadas ao programa de associados. “O sócio-torcedor nos ajuda muito. Mas a gente não conse- gue viver só dele. Para ter isso e não precisar nunca mais vender jogadores, precisamos chegar a 140 mil sócios”, disse Mattos ao site da ESPN em setembro, quando estava no Cruzeiro. No Palmeiras, o “efeito Mattos” já se faz sentir. Quan- do anunciou a contratação do atacante Dudu, o clube disse que ela só pode ser creditada ao crescimento do programa Avanti. Depois, o presidente Paulo Nobre reiterou que os associados podem fazer com que o time contrate mais. Em dois anos, o sócio-torce- dor do Palmeiras saltou 515%. O primeiro movimento teve ligação direta com a estreia do Allianz Parque, em novembro passado. Agora, deve vir uma segunda onda de associação. Procurado pela reportagem, Mattos não pode atender a liga- ção para falar sobre a promoção do sócio-torcedor no Palmeiras.

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B O L E T I M

1 4 / 0 1 / 2 0 1 5

175 N Ú M E R O D O D I A

R$ 150 mié o quanto a Ambev estima

que o sócio-torcedor gerou de receita extra aos clubes

O F E R E C I M E N T O

Novo diretor impulsiona sócio-torcedor do Palmeiras

POR ERICH BETING

A contratação do atacante Dudu, em concorrência com Corinthians e São Paulo, res-gatou a autoestima do palmei-rense e serviu para que o novo diretor de futebol Alexandre Mattos turbinasse o programa de sócio-torcedor do clube.

De domingo até terça-feira, o Palmeiras obteve 2.212 novos torcedores, ultrapassando o Corinthians e se tornando o terceiro clube com mais asso-ciados do país, atrás de Inter e Grêmio, segundo o Movimento por um Futebol Melhor, que coordena os programas de mais de 40 clubes no Brasil.

Apresentado como maior “re-forço” do time na temporada, Mattos repete, no Palmeiras, a estratégia de louvor ao progra-ma de sócios a cada contrata-ção. No Cruzeiro, ex-clube, ele esteve por trás da apresentação de Dedé num supermercado e, também, de Júlio Baptista num caixa-forte. Nos dois casos, as contratações foram creditadas

ao programa de associados.“O sócio-torcedor nos ajuda

muito. Mas a gente não conse-gue viver só dele. Para ter isso e não precisar nunca mais vender jogadores, precisamos chegar a 140 mil sócios”, disse Mattos ao site da ESPN em setembro, quando estava no Cruzeiro.

No Palmeiras, o “efeito Mattos” já se faz sentir. Quan-do anunciou a contratação do atacante Dudu, o clube disse que ela só pode ser creditada ao crescimento do programa

Avanti. Depois, o presidente Paulo Nobre reiterou que os associados podem fazer com que o time contrate mais.

Em dois anos, o sócio-torce-dor do Palmeiras saltou 515%. O primeiro movimento teve ligação direta com a estreia do Allianz Parque, em novembro passado. Agora, deve vir uma segunda onda de associação.

Procurado pela reportagem, Mattos não pode atender a liga-ção para falar sobre a promoção do sócio-torcedor no Palmeiras.

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POR DUDA LOPES

A Nestlé não renovará o patro-cínio à seleção brasileira. A mul-tinacional mantinha parceria com a CBF desde 2010, mas, após o fim do atual acordo, resolveu não assinar um novo contrato.

Segundo a Nestlé, houve uma mudança na política de marke-ting da empresa. A ideia é dar mais ênfase nas marcas próprias da companhia e deixar de lado a comunicação apenas institucional.

Dessa maneira, a diretriz dos possíveis patrocínios será deci-dida pelas marcas. Na Copa do Mundo, a Nestlé inicialmente a Nescau e, posteriormente, ado-tou a Garoto para fazer o trabalho de comunicação do patrocínio.

Com seleção brasileira, a em-

presa usava a bandeira institucio-nal, mas usava diversas marcas para ativar o patrocínio ao time.

Durante o Mundial, uma das principais ações foi a “Estar jun-tos faz bem”, que enviava men-sagens dos torcedores aos joga-dores. Sete marcas participaram da ativação, entre elas as marcas Maggi, Nescau e Nescafé. Já a Garoto comercializou a réplica da taça da Fifa em chocolate.

O uso da comunicação institu-cional foi forte no futebol desde 2005, quando a empresa lançou o “Torcer pelo seu time faz bem”, ação que usava a troca de produ-tos da marca por ingressos para jogos do Campeonato Brasileiro.

No vôlei, outra plataforma da empresa, só uma marca é usa-

da no patrocínio. Atualmente, o time de Osasco ostenta a marca Molico. No início dos anos 1990, a equipe Leite Moça fez sucesso com Ana Moser, Ana Paula e cia.

A CBF renegocia agora apenas o contrato com o Pão de Açú-car entre os que venciam após a Copa do Mundo. A entidade renovou com a Vivo e trocou a Volkswagen pela Chevrolet.

Nestlé deixa CBF, muda estratégia e passa a adotar marcas no esporte

Adalberto Leister Filho é diretor de conteúdo da Máquina do Esporte

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Apesar dos fiascos de 2014, o Bra-sil não foi escanteado na premiação da Fifa. Na seleção do ano, o país pôs seus dois zagueiros do Mundial (David Luiz e Thiago Silva) no time titular. A equipe reserva teve ainda Daniel Alves, Marcelo e Neymar.

Contando os 22 jogadores escala-dos nas equipes, há 5 brasileiros, 4 alemães, 3 espanhóis e 2 argentinos. Áustria, Bélgica, Costa do Marfim, Croácia, Holanda, Portugal, Suécia e Uruguai tiveram um atleta cada.

O estranho é que nunca o Brasil

levou tantos gols em uma Copa (14), em grande parte graças às falhas de Daniel Alves, David Luiz, Thiago Silva e Marcelo, que se tornou o pri-meiro brasileiro a fazer gol contra numa Copa. E o 7 a 1 ainda vai nos atormentar por muito tempo como maior vexame da nossa história.

Com tudo isso, o Brasil ainda é a nação que mais teve atletas na sele-ção da Fifa. Como explicar?

Em um texto sobre erros na ges-tão de clubes, Simon Kuper e Stefan Szymanski afirmam que certas na-

cionalidades são sobrevalorizadas. O anúncio da contratação de um meia alemão ou um atacante brasi-leiro responde bem mais às expec-tativas de torcedores e mídia do que um zagueiro marroquino ou um meia japonês, por exemplo.

O mesmo fenômeno parece se re-fletir na enquete entre capitães, téc-nicos e jornalistas dos 209 filiados à Fifa. Está na hora de os jogadores do Brasil recuperarem em campo a tradição que os tem guindado às seleções de melhores da temporada.

Sucesso brasileiro em time da Fifa revela a supervalorização do país

POR REDAÇÃO

LeBron James manteve nesta temporada a lide-rança entre os atletas que mais vendem camisas na NBA. A lista dos jogadores mais populares nas lojas da liga americana de basquete foi divulgada pela entidade, que não discrimina, porém, a quan-tidade de camisas vendidas para cada atleta.

O ranking se refere aos artigos comercializados entre outubro e dezembro de 2014. É o quinto ano seguido que o ala garante a liderança em vendas. A grade novidade é o segundo colocado.Stephen Curry, sensação do Golden State Warriors por causa de suas jogadas acrobáticas e que esta-va na sétima posição no ranking anterior, agora é o vice-líder. Kevin Durante, Kobe Bryant e Derrick Rose, habitués da lista, completam o top 5.

Entre os 15 primeiros colocados, outras novida-des são a presença, pela primeira vez, do armador

Damian Lillard (11º) e do ala-pivô Anthony Davis (15º). Já o alemão Dirk Nowitzki, astro do Dallas Mavericks, retorna ao ranking após dois anos fora.

As maiores ascensões, contudo foram de Derrick Rose, do Chicago Bulls, e Carmelo Anthony, do New York Knicks, que subiram sete posições. Rose está em quinto. Anthony é o sétimo.

O retorno de LeBron James ao Cleveland tam-bém foi bom para o time, que não figurava no ranking desde 2010 e agora é o líder em vendas.

DA REDAÇÃO

LeBron James ganha “bicampeonato” na lista das camisas vendidas da NBA