novo book - nisiibra 19abr2012 c sem viabilidade.pdf
TRANSCRIPT
![Page 1: NOVO BOOK - NISIIBRA 19ABR2012 c sem viabilidade.pdf](https://reader031.vdocuments.com.br/reader031/viewer/2022013118/55721389497959fc0b927d27/html5/thumbnails/1.jpg)
1
COMPLEXO PORTUÁRIO NISIBRA
PROJETO NISIBRA
![Page 2: NOVO BOOK - NISIIBRA 19ABR2012 c sem viabilidade.pdf](https://reader031.vdocuments.com.br/reader031/viewer/2022013118/55721389497959fc0b927d27/html5/thumbnails/2.jpg)
2
RESUMO
O Porto NISIBRA é um empreendimento que visa a oferecer suporte, principalmente,
às plataformas de petróleo de empresas exploradoras offshore cujo mercado cresce
8,4% ao ano no país. O projeto visa a atender forte demanda de mercado e se mostra
altamente viável além de estratégico para o desenvolvimento do estado do Espírito
Santo, segundo maior produtor de petróleo e gás do Brasil.
LOCALIZAÇÃO DA ÁREA DESTINADA À INSTALAÇÃO DA NISIBRA
![Page 3: NOVO BOOK - NISIIBRA 19ABR2012 c sem viabilidade.pdf](https://reader031.vdocuments.com.br/reader031/viewer/2022013118/55721389497959fc0b927d27/html5/thumbnails/3.jpg)
3
PREÂMBULO
O desafio ao incremento das exportações brasileiras passa necessariamente pela
expansão dos portos, que enfrentam atualmente um grande aumento da demanda por
seus serviços em razão do acréscimo das exportações e importações.
Baseado em informações disponíveis na literatura especializada sobre investimentos
nos portos brasileiros, constata-se que os governos, estaduais e federais, têm no
presente e em futuro próximo limitada capacidade para realizar investimentos
necessários ao aumento da oferta de infraestrutura portuária.
O Plano Plurianual – PPA 2012 – 2015, apontou para uma necessidade de recursos da
ordem de R$ 3,9 bilhões de reais como investimentos em infraestrutura portuária
administrados pelos governos federal e estaduais.
Conforme consta do relatório do Departamento de Transporte e Logística do BNDES,
elaborado pelo economista Sander Magalhães Lacerda: “O grau de participação
relativa dos investimentos no setor de transportes vem decrescendo de forma
praticamente contínua ao longo dos últimos trinta anos”.
O conjunto do setor de transportes investiu, em média, 2% do Produto Interno Bruto
(PIB) na década de 1970, 1,5% na de 1980 e menos de 0,7% na de 1990, segundo
relatório anual de 2010 do BNDES.
Segundo o BNDES, para o segmento portuário, houve o apoio adicional aos investimentos em terminais nos Portos de Itaguaí, Pecém, Santos e Rio Grande, no montante de R$ 1,3 bilhão. O desembolso anual teve um crescimento de 22% em relação ao ano de 2009 (R$ 3,3 bilhões em 2010 e R$ 2,7 bilhões em 2009), impulsionado pelos desafios de ampliação e recuperação da infraestrutura logística do país, importante fator de competitividade brasileira. O segmento de logística que apresentou maior crescimento relativo foi o portuário, com 390% a mais em relação a 2009. O desembolso de R$ 0,9 bilhão (26% do total) ocorreu na ampliação da oferta de movimentação portuária para diversos tipos de carga: granéis agrícolas, contêineres e minério de ferro. Como destaques, ressaltam-se o apoio à implantação do Porto Sudeste (LLX), em Itaguaí, além da construção/modernização de outros terminais nos Portos de Santos, Pecém, Vitória e Rio Grande. (Fonte: Relatório Anual BNDES 2010)
Como resultado de tal contexto, o desenvolvimento da infraestrutura setorial não foi
suficiente para responder de maneira adequada às necessidades advindas do processo
de expansão da economia, mesmo sendo registradas durante as duas últimas décadas
![Page 4: NOVO BOOK - NISIIBRA 19ABR2012 c sem viabilidade.pdf](https://reader031.vdocuments.com.br/reader031/viewer/2022013118/55721389497959fc0b927d27/html5/thumbnails/4.jpg)
4
taxas de crescimento do PIB sensivelmente inferiores à média histórica nacional de
longo prazo, o que acabou por afetar a competitividade sistêmica do setor produtivo
localizado em território brasileiro.
A partir de meados da década de 1990, foram também promovidas iniciativas para se
obter melhorias nos métodos e nos processos de gestão das principais atividades
setoriais mediante a realização de um esforço de reordenamento institucional que
pretendia alcançar, por meio de estratégia de privatização dos serviços prestados,
especialmente nos subsetores portuário e ferroviário, o melhor padrão de eficiência
gerencial e o direcionamento de recursos privados para realização dos investimentos
que fossem se tornando necessários.
Tal política ainda não gerou benefícios significativos para a economia, pois grupos
empresariais, que já eram tradicionais usuários dos serviços prestados, passaram a
controlar a operação das principais malhas ferroviárias e de vários terminais portuários
e a proceder de acordo com uma tradicional lógica administrativa que considerava tais
ativos como centros de custo de seus negócios e não como instrumentos de geração
de uma fonte adicional de receita que poderia ser explorada por meio da expansão das
atividades de prestação de serviços logísticos.
A existência de um círculo vicioso ocasionado pelas interrelações existentes entre
baixo nível de investimento, baixa qualidade da infraestrutura disponível, elevados
custos operacionais, procedimentos gerenciais deficientes e baixo nível de satisfação
dos usuários, precisa ser rompida mediante a adoção de políticas que procurem: elevar
a taxa de investimento em transportes; obter a efetiva redução dos custos logísticos; e
criar as condições necessárias para se estimular a multimodalidade por meio da maior
utilização dos modais, principalmente o aquaviário.
![Page 5: NOVO BOOK - NISIIBRA 19ABR2012 c sem viabilidade.pdf](https://reader031.vdocuments.com.br/reader031/viewer/2022013118/55721389497959fc0b927d27/html5/thumbnails/5.jpg)
5
O ESPÍRITO SANTO NA LOGÍSTICA DO PAÍS
Nas mensagens do Governo do Estado do Espírito Santo, nos próximos anos o estado
alcançará padrões de desenvolvimento próximos aos dos países com as melhores
condições de vida na atualidade.
Com a finalidade de passar das palavras às ações, foi desenvolvido no âmbito
governamental o Plano Estratégico de Desenvolvimento - Espírito Santo 2025, que é
essencialmente uma agenda para a construção de uma realidade com a
democratização das oportunidades de crescimento individual e coletivo em terras
capixabas.
A meta é de até 2025 erradicar a pobreza e diminuir a desigualdade, alcançando
índices semelhantes aos registrados nos países ditos desenvolvidos.
Os resultados esperados a médio prazo são a inserção competitiva nos mercados
nacional e internacional, ancorada num conjunto de arranjos produtivos locais de
grandes empreendimentos competitivos.
Somente a partir da década de 1970 se iniciou no Espírito Santo um vitorioso projeto
de desenvolvimento por meio de grandes empresas e do arrojo de empreendedores
locais. O Estado conseguiu então adquirir a imagem de um relevante portal de
comércio internacional com sua eficiente logística.
Com a implantação de moderna tecnologia em produtos e processos no âmbito
estadual, tem assumido crescente importância a questão da eficiência logística. Não
por acaso, espaços econômicos que dispõem de avançada logística têm uma maior
capacidade de atrair investimentos ampliando consequentemente a capacidade de
competir. E assim, em termos quantitativos o Estado se posicionou com destaque no
fluxo do comércio exterior.
No País, o Estado é o maior exportador de commodities – sobretudo minério e soja,
bem como aço, celulose, ferro gusa e café. Trata-se de um sistema logístico destinado
à produção e comercialização dessas commodities e por esta razão o valor da tonelada
exportada pelos seus portos é cerca de 10% do valor comercializado através do Porto
de Santos.
Neste sentido, o ciclo de desenvolvimento portuário capixaba trará importantes
desafios para expansão e adequação do sistema logístico que deverá se expandir para
![Page 6: NOVO BOOK - NISIIBRA 19ABR2012 c sem viabilidade.pdf](https://reader031.vdocuments.com.br/reader031/viewer/2022013118/55721389497959fc0b927d27/html5/thumbnails/6.jpg)
6
atender às demandas reprimidas atuais e aquelas que decorrerão dos novos e
importantes investimentos no Estado e no País.
Desta maneira, o consequente aumento do valor agregado da futura produção e da
diversificação econômica, demandará o atendimento a novos requisitos de
desempenho da logística, como a intermodalidade, elevada qualidade dos serviços,
baixo tempo de deslocamento para movimentação de cargas e custos decrescentes.
A integração regional e a inserção global das unidades produtivas sediadas no Espírito
Santo também requerem um atendimento logístico de alta qualidade, uma vez que as
principais cadeias produtivas do estado têm caráter regional e vocação internacional.
A estratégia de longo prazo contempla um movimento visível de interiorização de
desenvolvimento e neste processo de desconcentração econômica, estarão sendo
demandados serviços logísticos cada vez mais ágeis e adequação da infraestrutura
existente.
Esta abordagem tem também por objetivo galgar um novo patamar de logística em
direção a produtos de maior valor agregado, buscando, com isto, dotar o Espírito
Santo de recursos que assegurem maior conectividade inter-regional e junto ao
mercado global.
Na pauta do desenvolvimento estadual em logística, também estão os seguintes
projetos:
1. Implantação do Porto de Barra do Riacho para carga geral nos próximos anos;
2. Duplicação da BR 101 – trecho desde a divisa com a Bahia até Rio Bonito, no Estado do Rio de Janeiro;
3. Adequação e duplicação da BR 262- trecho entre Vitória e Belo Horizonte, MG
até 2015;
4. Implantação da Ferrovia Litorânea Sul nos próximos anos;
5. Ramal ferroviário Norte até 2025;
6. Ampliação do Corredor Ferroviário Centro-Leste até 2015;
7. Implantação do Complexo Portuário NISIBRA, 1ª fase até 2013 e sua totalidade até 2020.
![Page 7: NOVO BOOK - NISIIBRA 19ABR2012 c sem viabilidade.pdf](https://reader031.vdocuments.com.br/reader031/viewer/2022013118/55721389497959fc0b927d27/html5/thumbnails/7.jpg)
7
MUNICÍPIO DE VILA VELHA, VOCAÇÃO PORTUÁRIA
Vila Velha foi elevada a município pela Constituição Estadual de 1890 e teve sua
instalação em 1896. Possui uma área de 218 Km² tendo hoje aproximadamente 415
mil habitantes e estando em pleno crescimento econômico.
Suas principais atividades econômicas são os pólos de confecções da Glória e de Santa
Inês, as indústrias de chocolate e, principalmente, o setor portuário que apresenta
taxas de crescimento significativas a cada ano.
Privilegiada por sua posição geográfica, Vila Velha conta com um importante complexo
portuário. Situa-se próximo a centros urbanos de produção e consumo que
concentram a maior parte do PIB do país. Vila Velha também possui uma malha rodo-
ferroviária integrante do corredor de transportes Centro-Leste, sendo considerada de
elevada eficiência no mundo, com capacidade de transporte de 100 milhões de
toneladas/ano, representando 40% de toda a carga ferroviária brasileira, além de
possuir as águas costeiras mais profundas da América Latina.
No setor terciário, destacam-se ainda as empresas de apoio ao comércio exterior,
como trading companies, estações aduaneiras, companhias de armazéns gerais,
empresas de transporte de cargas, serviços de despacho aduaneiro e outros serviços
de comércio internacional.
HISTÓRIA - Em 1º de janeiro de 1534 o nobre português, fidalgo da Casa Real, Vasco
Fernandes Coutinho recebe, no seu solar em Alenquer, uma Carta Régia que o torna
donatário de uma das capitanias da costa brasileira. Com isso, reuniu cerca de sessenta
colonos, outros fidalgos como Dom Jorge de Menezes, Dom Simão de Castelo Branco e
Valentin Nunes.
No dia 23 de maio de 1535 a nau Glória, uma caravela equipada com quatro mastros,
passa pela serra do Mestre Álvaro, atravessa a barra e ancora numa pequena enseada,
situada à esquerda da baía, no local hoje denominado Prainha. Era o domingo
consagrado pela Igreja Católica ao Divino Espírito Santo, daí a denominação inicial de
Vila do Espírito Santo.
Em 1551, Vasco Coutinho transfere a sede da capitania para a ilha de Santo Antônio
(ilha de Vitória), a que denominou Vila Nova, passando a primeira a denominar-se Vila
Velha.
![Page 8: NOVO BOOK - NISIIBRA 19ABR2012 c sem viabilidade.pdf](https://reader031.vdocuments.com.br/reader031/viewer/2022013118/55721389497959fc0b927d27/html5/thumbnails/8.jpg)
8
Até a década de 1920, a cidade de Vitória era a área com maior adensamento de
população. Entretanto, na busca de um local melhor para morar, em virtude do
aumento da industrialização no município de Vitória, houve um deslocamento natural
de seus habitantes para residir no município vizinho de Vila Velha.
Um dos primeiros fatores do desenvolvimento de Vila Velha foi a construção da ponte
Florentino Ávidos em 1927. Outro grande fator de crescimento foi a conclusão da obra
da rodovia Carlos Lindemberg, durante o governo Jones dos Santos Neves em 1951,
pois assim começou o declínio do transporte por bondes, já que a população dava
preferência aos ônibus.
Já na década de 1980, a inauguração da Ponte Deputado Darcy Castello de Mendonça,
a “3ª Ponte”, encurtou a ligação entre Vila Velha e a capital capixaba em 18 Km e
promoveu uma acentuada aceleração no crescimento da região do entorno,
aumentando a procura de imóveis por pessoas de maior poder aquisitivo, o que
propiciou uma maior verticalização das construções na Praia da Costa.
Aproveitando esses fatores que proporcionaram um maior crescimento à cidade, Vila
Velha perdeu a característica de cidade-dormitório, tornando-se um município
funcionalmente autônomo e também integrado à Região Metropolitana, pois sua
economia se diversificou e houve grande aumento nos investimentos.
Um outro fator impactante para um maior crescimento econômico de Vila Velha foi a
elaboração de um planejamento estratégico realizado com o intuito de planejar o
futuro no presente e com uma abordagem integrada e multidisciplinar. Esse estudo
consolidou as suas vocações com ênfase no setor portuário, incluindo também
comércio, serviços e turismo.
![Page 9: NOVO BOOK - NISIIBRA 19ABR2012 c sem viabilidade.pdf](https://reader031.vdocuments.com.br/reader031/viewer/2022013118/55721389497959fc0b927d27/html5/thumbnails/9.jpg)
9
A EMPRESA
Razão Social: NISIBRA – Cia Brasileira de Supply Base
CNPJ: 27.248.871/0001-85
Endereço da Sede: Rua Marajó, s/nº, Bairro Jaburuna, Vila Velha, ES, CEP 29122-120
Endereço para Correspondência: Estrada Cais de Capuaba, 1500, Santa Rita, Vila Velha,
ES, CEP 29119-000
Contatos:
- Walter Inglez, telefone (27) 3359-9041, e-mail: [email protected];
- Controle do Capital: B&B Participações S/A;
– Administração: Diretor: Walter Inglez
– Caracterização da Empresa: projeto em fase de implantação com o objetivo de
estabelecer-se base de suprimento de plataformas de petróleo, construção de
embarcações de pequeno porte e de módulos para a indústria de óleo e gás,
manutenção e reparação de embarcações e estruturas flutuantes. De propriedade de
acionistas prioritariamente dedicados à logística geral, armazenagem alfandegada e
geral tanto no ES como no RJ, operações de trading company, terminal portuário de
longa distância, suprimento de plataformas de petróleo, locação de equipamentos
portuários, shopping centers e exploração de pedras ornamentais.
HISTÓRICO DA EMPRESA
A NISIBRA – Empresa Nipo Sino Brasileira de Desmonte de Navios operava nos anos
1970 desmontando embarcações em desuso no mercado internacional, para utilização
de seu material e de seus componentes na indústria nacional. Com a proibição pelo
Governo Brasileiro da importação de veículos e equipamentos usados, a operação da
mesma se tornou inviável.
![Page 10: NOVO BOOK - NISIIBRA 19ABR2012 c sem viabilidade.pdf](https://reader031.vdocuments.com.br/reader031/viewer/2022013118/55721389497959fc0b927d27/html5/thumbnails/10.jpg)
10
Em função disso a NISIBRA, já nos anos 1980, permitiu à CONFAB produzir 18 módulos
para plataformas de petróleo da Petrobrás, com cerca de 900 toneladas cada. Para
tanto, construíram-se skidding ways e um cais para o loadout dos módulos.
![Page 11: NOVO BOOK - NISIIBRA 19ABR2012 c sem viabilidade.pdf](https://reader031.vdocuments.com.br/reader031/viewer/2022013118/55721389497959fc0b927d27/html5/thumbnails/11.jpg)
11
Foi no final da Década de 1990 que os atuais acionistas controladores adquiriram a
NISIBRA e seu porto, modificando sua razão social para a atual NISIBRA – Cia Brasileira
de Supply Base.
A partir de então foram iniciados os estudos e o licenciamento necessários para a
implantação do porto revitalizado, no mesmo local que o anterior, porém, com
características mais atuais em função das novas demandas que se verificam.
![Page 12: NOVO BOOK - NISIIBRA 19ABR2012 c sem viabilidade.pdf](https://reader031.vdocuments.com.br/reader031/viewer/2022013118/55721389497959fc0b927d27/html5/thumbnails/12.jpg)
12
Foto: NISIBRA (1981), construção de módulos.
Foto: NISIBRA (1981), construção de módulos.
![Page 13: NOVO BOOK - NISIIBRA 19ABR2012 c sem viabilidade.pdf](https://reader031.vdocuments.com.br/reader031/viewer/2022013118/55721389497959fc0b927d27/html5/thumbnails/13.jpg)
13
1 - PROJETO NISIBRA
DESCRIÇÃO E OBJETIVOS
O PROJETO NISIBRA, em função de sua privilegiada localização, é um terminal
portuário previsto para abastecer as plataformas de petróleo, tanto em fase de
prospecção como de produção.
Em sua primeira fase, será capaz, também, de efetuar serviços de reparação naval em
embarcações de até 3000 AB. Ato contínuo, atenderá à construção de pequenas
embarcações e módulos para plataformas de petróleo, tendo em vista a necessidade e,
também, a inexistência desses serviços no Estado do Espírito Santo.
O Complexo Portuário NISIBRA está localizado no Município de Vila Velha, Estado do
Espírito Santo, à esquerda da entrada do canal de navegação que atende aos
Complexos Portuários de Vitória e Vila Velha. Sua área é privilegiada, pois, localizada
entre as elevações dos morros do Jaburu e da Manteigueira e em frente à ilha das
Cobras, é totalmente protegida de ventos, ondas e correntes marítimas, durante todo
o ano. Oferece, por isso mesmo, condições ideais para manobras de atracação e
desatracação de embarcações de qualquer tipo.
![Page 14: NOVO BOOK - NISIIBRA 19ABR2012 c sem viabilidade.pdf](https://reader031.vdocuments.com.br/reader031/viewer/2022013118/55721389497959fc0b927d27/html5/thumbnails/14.jpg)
14
A cidade de Vila Velha está localizada na latitude 20º 19’ 50” SUL e na longitude 40º
17’ 32” OESTE (com referência a Greenwich), limitando-se ao norte com o município
de Vitória, ao sul com o município de Guarapari, a leste com o Oceano Atlântico e a
oeste com os municípios de Cariacica e de Viana. No local do Projeto NISIBRA há total
disponibilidade de serviços tais como abastecimento de água, energia elétrica, sistema
telefônico e de tratamento de efluentes.
O acesso terrestre é rodoviário existindo, porém, previsão para que em futuro próximo
seja implementado o modal ferroviário. No projeto há também a previsão de
comunicação por balsa com o porto de Capuaba/Vila Velha para transporte de cargas
especiais (material pesado e de grande porte). A localização estrategicamente abrigada
permitirá o abastecimento e operação de embarcações em qualquer tempo.
(Foto: Área destinada à implantação do complexo portuário NISIBRA e regiões
adjacentes)
![Page 15: NOVO BOOK - NISIIBRA 19ABR2012 c sem viabilidade.pdf](https://reader031.vdocuments.com.br/reader031/viewer/2022013118/55721389497959fc0b927d27/html5/thumbnails/15.jpg)
15
(Foto: Canal da NISIBRA)
Já estão disponibilizadas as devidas licenças para a implantação do empreendimento, a
saber.
SEGUE A LISTA DE ANUÊNCIAS / LICENÇAS OBTIDAS
![Page 16: NOVO BOOK - NISIIBRA 19ABR2012 c sem viabilidade.pdf](https://reader031.vdocuments.com.br/reader031/viewer/2022013118/55721389497959fc0b927d27/html5/thumbnails/16.jpg)
16
-
LICENÇA DE INSTALAÇÃO Nº 337/DEZ/2011
![Page 17: NOVO BOOK - NISIIBRA 19ABR2012 c sem viabilidade.pdf](https://reader031.vdocuments.com.br/reader031/viewer/2022013118/55721389497959fc0b927d27/html5/thumbnails/17.jpg)
17
- ALVARÁ DE INSTALAÇÃO E FUNCIONAMENTO
![Page 18: NOVO BOOK - NISIIBRA 19ABR2012 c sem viabilidade.pdf](https://reader031.vdocuments.com.br/reader031/viewer/2022013118/55721389497959fc0b927d27/html5/thumbnails/18.jpg)
18
- ANUÊNCIA CODESA – NADA A OPOR AUTORIDADE PORTUÁRIA
![Page 19: NOVO BOOK - NISIIBRA 19ABR2012 c sem viabilidade.pdf](https://reader031.vdocuments.com.br/reader031/viewer/2022013118/55721389497959fc0b927d27/html5/thumbnails/19.jpg)
19
- ANUÊNCIA CAPITANIA DOS PORTOS / ES – NADA A OPOR PARA OBRAS
![Page 20: NOVO BOOK - NISIIBRA 19ABR2012 c sem viabilidade.pdf](https://reader031.vdocuments.com.br/reader031/viewer/2022013118/55721389497959fc0b927d27/html5/thumbnails/20.jpg)
20
- ANUÊNCIA SEP – NADA A OPOR AUTORIDADE PORTUÁRIA (Ministério dos Portos)
![Page 21: NOVO BOOK - NISIIBRA 19ABR2012 c sem viabilidade.pdf](https://reader031.vdocuments.com.br/reader031/viewer/2022013118/55721389497959fc0b927d27/html5/thumbnails/21.jpg)
21
- ANUÊNCIA PREFEITURA VILA VELHA – NADA A OPOR AUTORIDADE MUNICIPAL
![Page 22: NOVO BOOK - NISIIBRA 19ABR2012 c sem viabilidade.pdf](https://reader031.vdocuments.com.br/reader031/viewer/2022013118/55721389497959fc0b927d27/html5/thumbnails/22.jpg)
22
- ANUÊNCIA AUTORIDADE MARÍTIMA – NADA A OPOR CPES
![Page 23: NOVO BOOK - NISIIBRA 19ABR2012 c sem viabilidade.pdf](https://reader031.vdocuments.com.br/reader031/viewer/2022013118/55721389497959fc0b927d27/html5/thumbnails/23.jpg)
23
- ALVARÁ DE LOCALIZAÇÃO / Certidão de Viabilidade de Localização, expedido pela Prefeitura
Municipal de Vila Velha;
![Page 24: NOVO BOOK - NISIIBRA 19ABR2012 c sem viabilidade.pdf](https://reader031.vdocuments.com.br/reader031/viewer/2022013118/55721389497959fc0b927d27/html5/thumbnails/24.jpg)
24
- ALVARÁ DE LICENÇA DO CORPO MILITAR DE BOMBEIROS DO ESPIRITO SANTO
![Page 25: NOVO BOOK - NISIIBRA 19ABR2012 c sem viabilidade.pdf](https://reader031.vdocuments.com.br/reader031/viewer/2022013118/55721389497959fc0b927d27/html5/thumbnails/25.jpg)
25
- CERTIDÃO NEGATIVA DE DÉBITO AMBIENTAL
![Page 26: NOVO BOOK - NISIIBRA 19ABR2012 c sem viabilidade.pdf](https://reader031.vdocuments.com.br/reader031/viewer/2022013118/55721389497959fc0b927d27/html5/thumbnails/26.jpg)
26
- CERTIDÃO NEGATIVA CONJUNTA DE DÉBITOS RELATIVOS AOS TRIBUTOS FEDERAIS E À DÍVIDA
ATIVA UNIÃO
- ANUÊNCIA CODESA – OF. CA/DIRPRE/AB/24
![Page 27: NOVO BOOK - NISIIBRA 19ABR2012 c sem viabilidade.pdf](https://reader031.vdocuments.com.br/reader031/viewer/2022013118/55721389497959fc0b927d27/html5/thumbnails/27.jpg)
27
![Page 28: NOVO BOOK - NISIIBRA 19ABR2012 c sem viabilidade.pdf](https://reader031.vdocuments.com.br/reader031/viewer/2022013118/55721389497959fc0b927d27/html5/thumbnails/28.jpg)
28
- LICENÇA PRÉVIA - expedida pelo IEMA – Instituto Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos, em 03 de fevereiro de 2005
![Page 29: NOVO BOOK - NISIIBRA 19ABR2012 c sem viabilidade.pdf](https://reader031.vdocuments.com.br/reader031/viewer/2022013118/55721389497959fc0b927d27/html5/thumbnails/29.jpg)
29
O projeto em sua concepção prevê a implantação de cinco fases. Enfatiza-se que a
visão da 5ª fase atende à vocação portuária da área constituindo-se em proposta da
NISIBRA ao Governo do Espírito Santo, por se tratar de área de domínio público.
A seguir, gráficos apresentam o resumo das fases levando em conta o comprimento do
cais, área total e calado de todo o complexo.
0
500
1000
1500
2000
FASE 1 FASE 2 FASE 3 FASE 4 FASE 5
311 274 245 260
850585830
1.090
1.940
Comprimento do CAIS (m²)
Comprimento do CAIS (m) Comprimento do CAIS ACUMULADO (m)
0
100.000
200.000
300.000
400.000
FASE 1 FASE 2 FASE 3 FASE 4 FASE 5
52.00015.000 24.000 15.000
220.000
67.00091.000 106.000
326.000
Área TOTAL (m²)
Área TOTAL (m²) Área TOTAL ACUMULADA (m²)
![Page 30: NOVO BOOK - NISIIBRA 19ABR2012 c sem viabilidade.pdf](https://reader031.vdocuments.com.br/reader031/viewer/2022013118/55721389497959fc0b927d27/html5/thumbnails/30.jpg)
30
A solução adotada para o PROJETO NISIBRA, em sua 1ª fase de revitalização, envolve
um cais em “L invertido” com um total de 311 metros, com capacidade de
atendimento simultâneo a 5 embarcações de 60 m de comprimento, destinadas ao
abastecimento de plataformas de petróleo. O projeto construtivo prevê também a
opção de atracação de embarcações pela popa o que ampliará o número de posições
nos berços. Inicialmente o canal de acesso será dragado a profundidade de 9 metros,
permitindo a operação de embarcações com calado de 8 metros podendo, entretanto,
este chegar no futuro e mediante dragagem de aprofundamento a 12,5 metros e, mais
tarde, a 14 metros. A sua retroárea primária é de 52.000 m². Possui em resumo:
0
2
4
6
8
10
12
14
FASE 1 FASE 2 FASE 3 FASE 4 FASE 5
8
12,5 12,5 12,514
CALADO (m)
CALADO (m)
![Page 31: NOVO BOOK - NISIIBRA 19ABR2012 c sem viabilidade.pdf](https://reader031.vdocuments.com.br/reader031/viewer/2022013118/55721389497959fc0b927d27/html5/thumbnails/31.jpg)
31
- FASE 1
Comprimento do Cais: 311 metros,
Área Total: 52.000 m², (Total da Fase 1)
Calado: 8 metros,
Tipo de Operação: Granéis Sólidos e Líquidos, Carga Geral, em proveito de
abastecimento de plataformas de exploração de petróleo e gás offshore, por meio de
“supply boats”.
![Page 32: NOVO BOOK - NISIIBRA 19ABR2012 c sem viabilidade.pdf](https://reader031.vdocuments.com.br/reader031/viewer/2022013118/55721389497959fc0b927d27/html5/thumbnails/32.jpg)
32
- FASE 1
Comprimento do Cais: 311 metros,
Área Total: 52.000 m², (Total da Fase 1)
Calado: 8 metros
![Page 33: NOVO BOOK - NISIIBRA 19ABR2012 c sem viabilidade.pdf](https://reader031.vdocuments.com.br/reader031/viewer/2022013118/55721389497959fc0b927d27/html5/thumbnails/33.jpg)
33
- FASE 2
Comprimento dos Cais: 274 m (585 m, Total das fases 1 e 2),
Área Total: 15.000 m² (67.000 m², Total das fases 1 e 2),
Calado: 12,5 metros,
Tipo de Operação: Granéis Sólidos e Líquidos, Carga Geral, em proveito de
abastecimento de plataformas de exploração de petróleo e gás offshore, por meio de
“supply boats”. Semelhante à Fase 1, com a ampliação do cais permitindo o aumento
das operações de abastecimento e com maior área do pátio de armazenagem.
![Page 34: NOVO BOOK - NISIIBRA 19ABR2012 c sem viabilidade.pdf](https://reader031.vdocuments.com.br/reader031/viewer/2022013118/55721389497959fc0b927d27/html5/thumbnails/34.jpg)
34
- FASE 2
Comprimento dos Cais: 274 m (585 m, Total das fases 1 e 2),
Área Total: 15.000 m² (67.000 m², Total das fases 1 e 2),
Calado: 12,5 metros,
![Page 35: NOVO BOOK - NISIIBRA 19ABR2012 c sem viabilidade.pdf](https://reader031.vdocuments.com.br/reader031/viewer/2022013118/55721389497959fc0b927d27/html5/thumbnails/35.jpg)
35
FASE 3
Comprimento do Cais: 245 m (830 m, Total das fases 1, 2, e 3 ),
Área Total: 24.000 m² (91.000 m², Total das fases 1, 2 e 3),
Calado: 12,5 m,
Tipo de Operação: Construção de “supply boats”, de pequenas embarcações e de
módulos para plataformas de óleo e gás, carga geral, contêineres, granéis sólidos e
granéis líquidos, em complemento às demais operações já mencionadas para as Fases
1, 2 e 3.
![Page 36: NOVO BOOK - NISIIBRA 19ABR2012 c sem viabilidade.pdf](https://reader031.vdocuments.com.br/reader031/viewer/2022013118/55721389497959fc0b927d27/html5/thumbnails/36.jpg)
36
FASE 4
Comprimento dos Cais: 260 m (1.090 m, Total das fases 1, 2, 3 e 4),
Área Total: 15.000 m² (106.000 m², Total das fases 1, 2, 3 e 4),
Calado: 12,5 m,
Tipo de Operação: Semelhante às Fases 1 e 2, mas com a ampliação do cais permitindo
o aumento das operações de abastecimento e o aumento da área do pátio de
armazenagem.
![Page 37: NOVO BOOK - NISIIBRA 19ABR2012 c sem viabilidade.pdf](https://reader031.vdocuments.com.br/reader031/viewer/2022013118/55721389497959fc0b927d27/html5/thumbnails/37.jpg)
37
FASE 4
Comprimento dos Cais: 260 m (1.090 m, Total das fases 1, 2, 3 e 4),
Área Total: 15.000 m² (106.000 m², Total das fases 1, 2, 3 e 4),
Calado: 12,5 m,
![Page 38: NOVO BOOK - NISIIBRA 19ABR2012 c sem viabilidade.pdf](https://reader031.vdocuments.com.br/reader031/viewer/2022013118/55721389497959fc0b927d27/html5/thumbnails/38.jpg)
38
FASE 5
Comprimento dos Cais: 850 m (1.940 m, total de todas as 5 fases),
Área Total: 220.0001 m² (326.000 m², total de todas as 5 fases),
Calado: 14 metros,
Tipo de Operação: Construção de “supply boats”, de pequenas embarcações e de
módulos para plataformas de óleo e gás, carga geral, contêineres, granéis sólidos e
granéis líquidos, carga e descarga de navios de longo curso.
1 Da área total de 220 mil m² da 5ª fase, 200 mil m² são de domínio público.
![Page 39: NOVO BOOK - NISIIBRA 19ABR2012 c sem viabilidade.pdf](https://reader031.vdocuments.com.br/reader031/viewer/2022013118/55721389497959fc0b927d27/html5/thumbnails/39.jpg)
39
Visão Geral, 5 fases
![Page 40: NOVO BOOK - NISIIBRA 19ABR2012 c sem viabilidade.pdf](https://reader031.vdocuments.com.br/reader031/viewer/2022013118/55721389497959fc0b927d27/html5/thumbnails/40.jpg)
40
VISÃO GERAL DO PROJETO FINAL
Visão Geral, 5 fases
Visão Geral, 5 fases
![Page 41: NOVO BOOK - NISIIBRA 19ABR2012 c sem viabilidade.pdf](https://reader031.vdocuments.com.br/reader031/viewer/2022013118/55721389497959fc0b927d27/html5/thumbnails/41.jpg)
41
TODAS AS FASES
Comprimento do Cais: 1.940 m
Área Total: 326.000 m²
Calado: 14 metros, (Previsão ao término do projeto),
![Page 42: NOVO BOOK - NISIIBRA 19ABR2012 c sem viabilidade.pdf](https://reader031.vdocuments.com.br/reader031/viewer/2022013118/55721389497959fc0b927d27/html5/thumbnails/42.jpg)
42
Visão Todas as Fases
![Page 43: NOVO BOOK - NISIIBRA 19ABR2012 c sem viabilidade.pdf](https://reader031.vdocuments.com.br/reader031/viewer/2022013118/55721389497959fc0b927d27/html5/thumbnails/43.jpg)
43
- RELATÓRIOS TÉCNICOS NA FASE DE PRÉ INSTALAÇÃO
- RELATÓRIO DO PERFIL GEOTÉCNICO2
2 Relatório de levantamento geológico/geotécnico terminal portuário privativo NISIBRA, elaborado por Umi San, AGO2011.
![Page 44: NOVO BOOK - NISIIBRA 19ABR2012 c sem viabilidade.pdf](https://reader031.vdocuments.com.br/reader031/viewer/2022013118/55721389497959fc0b927d27/html5/thumbnails/44.jpg)
44
- RELATÓRIO DO PERFIL GEOLÓGICO
![Page 45: NOVO BOOK - NISIIBRA 19ABR2012 c sem viabilidade.pdf](https://reader031.vdocuments.com.br/reader031/viewer/2022013118/55721389497959fc0b927d27/html5/thumbnails/45.jpg)
45
- RELATÓRIO MODELAGEM HIDRODINÂMICA3
3 Relatório Modelagem de Efeitos Hidrodinâmicos e Sedimentológicos da Instalação do Terminal
Portuário NISIBRA , elaborado por CTE, NOV2008.
![Page 46: NOVO BOOK - NISIIBRA 19ABR2012 c sem viabilidade.pdf](https://reader031.vdocuments.com.br/reader031/viewer/2022013118/55721389497959fc0b927d27/html5/thumbnails/46.jpg)
46
- RELATÓRIO DE MODELAGEM HIDRODINÂMICA - MOVIMENTAÇÃO DE MARÉ
(Situação de meia maré / enchente)
(Situação de meia maré / vazante)
![Page 47: NOVO BOOK - NISIIBRA 19ABR2012 c sem viabilidade.pdf](https://reader031.vdocuments.com.br/reader031/viewer/2022013118/55721389497959fc0b927d27/html5/thumbnails/47.jpg)
47
- RELATÓRIO DO PROJETO DE DRAGAGEM DO CANAL DE ACESSO
ILHA DAS COBRAS
CANAL DE VITÓRIA
NISIBRA
BACIA
DE
EVOLUÇÃO
362840 363340 3638407751400
7751900
7752400
![Page 48: NOVO BOOK - NISIIBRA 19ABR2012 c sem viabilidade.pdf](https://reader031.vdocuments.com.br/reader031/viewer/2022013118/55721389497959fc0b927d27/html5/thumbnails/48.jpg)
48
2 - MERCAD O
2 . 1 – A b a s t e c i m e n t o d e p l a t a f o r m a s d e p e t r ó l e o
A economia mundial vem consolidando o processo de sua globalização apoiado no
avanço, sobretudo, dos segmentos de informática, comunicações e desenvolvimento
tecnológico o que ajudou a proporcionar o crescimento mais rápido de nações menos
desenvolvidas, particularmente, China, Índia, Rússia e Brasil. Nesse contexto, que
certamente envolve a preservação do meio ambiente, a produção correta e o uso
adequado de energia ganham relevo especial, já que altos índices de crescimento
implicam em necessidades elevadas de infraestrutura em geral e, particularmente, de
fontes energéticas menos poluentes.
O petróleo, por representar impacto ecológico controlável e ter suas tecnologias de
prospecção e produção razoavelmente difundidas no mundo de hoje, tem
representado extraordinário atrativo, potencializando irreversivelmente seu consumo
e ampliando sobremaneira seu valor de mercado.
O Brasil, durante muito tempo, se mostrou dependente da importação de petróleo,
mas, afinal, aprimorando sua tecnologia, expandindo suas pesquisas e atraindo
investimentos externos, alcançou a tão desejada autossuficiência, com o petróleo
passando a ser, assim, vital para o desenvolvimento do País, tanto no que diz respeito
ao seu consumo interno como para futuras exportações mais expressivas.
De acordo com o BP Statistical Review of World Energy 2011, as reservas brasileiras de
petróleo e gás natural estão entre as de maior crescimento em todo o mundo,
aumentando a uma taxa composta anual de 8,4%, de 1,66 bilhão de boe4 de reservas
provadas em 1980 para 17 bilhões de boe no final de 2010. Adicionalmente, a
produção diária brasileira de petróleo e gás natural cresce a uma taxa composta de
crescimento anual de 11,3%, passando de 0,2 milhão de boepd5 em 1980 para 2,4
milhão de boepd no final de 2010. Das reservas comprovadas de petróleo e gás
natural, aproximadamente 90% estão localizadas nas bacias marítimas e 10% nas
4 BOE – barril de óleo equivalente 5 BOEPD – barril de óleo equivalente por dia
![Page 49: NOVO BOOK - NISIIBRA 19ABR2012 c sem viabilidade.pdf](https://reader031.vdocuments.com.br/reader031/viewer/2022013118/55721389497959fc0b927d27/html5/thumbnails/49.jpg)
49
bacias terrestres. Além disso, aproximadamente 85% das reservas provadas estão
localizadas na região Sudeste, nas Bacias de Campos, Santos e Espírito Santo.
Crescimento das Reservas de Petróleo e Gás Natural entre 1980 e 2009 (Bilhões de
boe)
(Fonte: BP Statistical Review 2011)
Os investimentos na indústria do petróleo e do gás, previstos para o ano de 2010 são
da ordem de US$ 93 bilhões, sobretudo na prospecção e produção em novas bacias
potenciais, como a do Estado do Espírito Santo. Esse estado já é hoje o segundo maior
produtor de petroleo e gás do Brasil somente atrás do Rio de Janeiro, segundo a ANP
(Agência Nacional de Petróleo), em maio de 2011.
- Produção de Petróleo e Gás por estado em DEZEMBRO/2011
![Page 50: NOVO BOOK - NISIIBRA 19ABR2012 c sem viabilidade.pdf](https://reader031.vdocuments.com.br/reader031/viewer/2022013118/55721389497959fc0b927d27/html5/thumbnails/50.jpg)
50
(Fonte: ANP/Boletim de Produção 2011)
(Fonte: ANP/Boletim de Produção 2011)
![Page 51: NOVO BOOK - NISIIBRA 19ABR2012 c sem viabilidade.pdf](https://reader031.vdocuments.com.br/reader031/viewer/2022013118/55721389497959fc0b927d27/html5/thumbnails/51.jpg)
51
A bacia do Espírito Santo tem hoje potencial comprovado para alcançar a produção de
500 mil barris / dia de óleo e de 20 milhões de m³ diários de gás já em 2010. Ainda
segundo a Secretaria de Desenvolvimento do estado, até 2015 serão investidos R$ 97
bilhões, sendo quase a metade no setor de petróleo.
O Ibama emitiu licença autorizando a Petrobras operar o Sistema de Produção de
Petróleo e Gás Natural nos Campos de Cachalote e Baleia Franca, na Bacia de Campos,
no litoral sul do Espírito Santo. Essa área faz parte de um complexo chamado Parque
das Baleias, onde entrarão em produção outros campos, inclusive do Pré-Sal.
A previsão de produção máxima por dia em Cachalote e Baleia Franca é de 14,557 mil
metros cúbicos de óleo e cerca de 1,035 milhão de metros cúbicos de gás, com
atividade prevista para durar dezoito anos.
![Page 52: NOVO BOOK - NISIIBRA 19ABR2012 c sem viabilidade.pdf](https://reader031.vdocuments.com.br/reader031/viewer/2022013118/55721389497959fc0b927d27/html5/thumbnails/52.jpg)
52
Como a imensa maioria de nossos poços está na área marítima, a logística de
suprimento das plataformas, tanto na prospecção como na produção, assume papel de
suma importância. Ela é realizada por embarcações especializadas, conhecidas como
“supply boats” ou OSV (Offshore Supply Vessel) que, por sua vez, necessitam de portos
adequados para lhes proporcionar atendimento rápido e eficiente.
No Brasil, o histórico de atividade de Apoio Marítimo passou por várias fases, sendo
elas:
• De 1968 a 1975: fase de Implantação
• De 1976 a 1981: fase de Expansão
• De 1982 a 1989: fase de Consolidação
• De 1990 a 1996: fase de Decadência
• De 1997 até Hoje: Modernização da frota (Lei que regula o Apoio Marítimo)
Nesse contexto é possível comparar a frota de embarcações de apoio com a produção
de petróleo brasileira e ainda fazer uma projeção da demanda de Supply Vessel
estimando o crescimento projetado da produção offshore. Pode-se verificar um
aumento de 30 a 80 novos navios até 2015, conforme pode ser visto no gráfico abaixo,
que relata o aumento da produção de petróleo e da frota de Supply Vessel:
Nesse contexto, a localização dos portos é capital, para minimizar os trajetos entre eles
e as plataformas. Quando se analisa a bacia do Espírito Santo e a localização de seus
campos, pode-se observar que Vitória / Vila Velha é seu centro de referência. Além
disso, Vitória / Vila Velha é a região mais estruturada econômica e socialmente, dentre
as diversas áreas do Estado do Espírito Santo.
![Page 53: NOVO BOOK - NISIIBRA 19ABR2012 c sem viabilidade.pdf](https://reader031.vdocuments.com.br/reader031/viewer/2022013118/55721389497959fc0b927d27/html5/thumbnails/53.jpg)
53
Tabela de projeção da frota de PSV (Platform Supply Vessel) em relação ao aumento
da produção de petróleo e gás.
Está localizado em Vila Velha o único terminal de “supply boats” dedicado e disponível
atualmente no Estado, o CPVV, com 2 berços e capacidade para atender 3
embarcações simultaneamente.
O PROJETO NISIBRA, conforme sua presente concepção de uso múltiplo, poderá
atender a 5 “supply boats”. Além disso, sua capacidade poderá ser expandida para um
número maior de “supply boats” simultâneos, por meio de adaptações já analisadas no
projeto ou mesmo pela atracação pela popa. O fornecimento desse tipo de serviço
estará, portanto, adequado às necessidades atuais, embora o mercado ofereça ainda
uma imensa perspectiva de crescimento. Para poder proporcionar uma visão deste
potencial de expansão, basta que se mencione que hoje, na Grande Vitória, 4 a 5
“supply boats”, em média necessitam aguardar para poder atracar, em função da
exigüidade de oferta de berços. Em Macaé, no Estado do Rio de Janeiro, pode-se
observar, presentemente, uma fila média de espera de 4 a 5 horas na barra. Como lá
operam cerca de 190 “supply boats”, isso encarece sobremaneira a operação. Para se
![Page 54: NOVO BOOK - NISIIBRA 19ABR2012 c sem viabilidade.pdf](https://reader031.vdocuments.com.br/reader031/viewer/2022013118/55721389497959fc0b927d27/html5/thumbnails/54.jpg)
54
ter uma boa idéia, lá são realizadas 450 atracações em média por mês em 6 berços
com operação simultânea6.
Essa visão de mercado se consolida ainda mais entre os acionistas incorporadores do
Terminal NISIBRA, pela sua larga experiência logística.
Reservas Provadas de Petróleo em 2010: (Fonte: Anuário 2011 – ANP)
• Brasil – Segundo a ANP, as reservas brasileiras provadas de petróleo cresceram
10,65% de 2009 para 2010, passando de 12,876 bilhões de barris para 14,246
bilhões de barris. (Fonte: Anuário 2011 – ANP)
Reservas Provadas de Gás em 2010 (Fonte: Anuário 2011 – ANP)
• Bolívia – 620 bilhões de m³;
• Brasil – Aumento de 15,23% na comparação entre 2009 e 2010, passando de
367.095 bilhões m³ para o total de 423.003 bilhões de m³;
• Bacia do Espírito Santo – 44.610 bilhões de m³;
• Bacia de Campos – 220.506 bilhões de m³ (área de influência operacional
também a partir do ES);
• Bacia de Santos – 49.370 bilhões de m³;
• Outros estados – 108.514 bilhões de m³;.
Evolução da Produção de Óleo e Gás no Estado do Espírito Santo:
Os gráficos abaixo, indicam o crescimento da produção de óleo e gás natural ao longo
do período correspondente aos anos de 2005 à 2010, no estado do Espírito Santo.
(correspondendo à Bacia de Campos e à Bacia do Espírito Santo)
6 Fonte: Revista Brasil Energia, artigo VIGLIANO, Ricardo. (Acessado em: 01/02/12)
![Page 55: NOVO BOOK - NISIIBRA 19ABR2012 c sem viabilidade.pdf](https://reader031.vdocuments.com.br/reader031/viewer/2022013118/55721389497959fc0b927d27/html5/thumbnails/55.jpg)
55
Produção de ÓLEO: ( Fonte Anuário ANP/SDP 2011 - Tab. 2.09)
Produção de GÁS: ( Fonte Anuário ANP/SDP 2011 - Tab. 2.11)
TERRA
MAR0
20.000
40.000
60.000
80.000
20052006
20072008
20092010
2005 2006 2007 2008 2009 2010
TERRA 6.338 6.103 5.963 5.108 4.587 4.801
MAR 5.945 16.759 36.197 37.133 31.371 75.232
Produção de Petróleo (Mil barris)
TERRA
MAR0
1000
2000
3000
20052006
20072008
20092010
2005 2006 2007 2008 2009 2010
TERRA 474,1 173,1 83,7 159,7 108,5 98,7
MAR 45,1 736,6 881,7 2.642,40 967,9 2.602,40
Produção de Gás (milhões m³)
![Page 56: NOVO BOOK - NISIIBRA 19ABR2012 c sem viabilidade.pdf](https://reader031.vdocuments.com.br/reader031/viewer/2022013118/55721389497959fc0b927d27/html5/thumbnails/56.jpg)
56
Observação:
Consumo diário atual de gás no Brasil = 48,6 milhões m³/dia e produção nacional em
DEZEMBRO de 2011 = 71,4 milhões m³/dia. (Fonte: Anuário 2011 – ANP)
2 . 2 – O U T R A S P O T E N C I A L I D A D E S
Em 2006, das 19 novas áreas declaradas comercialmente viáveis para a exploração e
produção de petróleo e gás, 12 dessas áreas estavam no Espírito Santo, elevando a
posição do estado de quinto para o segundo lugar no ranking entre os estados
brasileiros
Em 2009, a Petrobras declarou pretender investir US$ 17,2 bilhões nos próximos cinco
anos no Espírito Santo. Desse montante, US$ 10,2 bilhões serão destinados à
infraestrutura e exploração da camada pré-sal.
A Petrobrás já investiu em sua Unidade de Negócios do Espírito Santo a quantia de US$
10 bilhões (dez bilhões de dólares) em exploração e produção até 2011. Segundo
dados recentes da Agência de Serviços Públicos de Energia do Estado do Espírito Santo
(Aspe), serão investidos no setor de petróleo e gás cerca de R$66 milhões até o final
deste ano. Ainda de acordo com o órgão, a concessionária apresentou superávit de R$
26 milhões e o Estado vai investir mais R$ 40 milhões para expandir e melhorar a área
industrial em Vila Velha, Sooretama, Colatina, São Mateus e outros pólos.
O Plano de Negócios 2011-2015 da Petrobrás, prevê a aplicação de 95% dos
investimentos (US$ 213,5 bilhões) nas atividades desenvolvidas no Brasil e 5% (US$
11,2 bilhões) nas atividades do exterior, contemplando um total de 688 projetos. Em
relação ao total dos investimentos, 57% se refere a projetos já autorizados para
execução e implementação.
![Page 57: NOVO BOOK - NISIIBRA 19ABR2012 c sem viabilidade.pdf](https://reader031.vdocuments.com.br/reader031/viewer/2022013118/55721389497959fc0b927d27/html5/thumbnails/57.jpg)
57
Fonte: PN (2011-2015)-Petrobrás
A meta de produção de óleo e LGN (líquido de gás natural) no Brasil para 2011 foi
mantida em 2.100 mil bpd (barris de petróleo/dia) e a de produção total de óleo e gás
no Brasil e exterior em 2.772 mil boed (barris de óleo equivalente/dia). A meta de
produção total para o horizonte de cinco anos apresentou um aumento em relação ao
Plano anterior, alcançando 3.993 mil boed em 2015, sendo 3.070 mil bpd de produção
de óleo e LGN no Brasil (543 mil boed referentes ao pré-sal). A meta de longo prazo
apresentou significativo crescimento, passando de 5.382 mil boed para 6.418 mil boed
em 2020 (4.910 mil bpd referente à produção de óleo no Brasil) devido basicamente ao
aumento da participação da produção esperada do pré-sal e à introdução da produção
nas áreas da Cessão Onerosa.
Fonte: PN (2011-2015), Petrobrás
![Page 58: NOVO BOOK - NISIIBRA 19ABR2012 c sem viabilidade.pdf](https://reader031.vdocuments.com.br/reader031/viewer/2022013118/55721389497959fc0b927d27/html5/thumbnails/58.jpg)
58
O segmento de Exploração e Produção receberá investimentos de US$ 127,5 bilhões.
Desse total, US$ 117,7 estão direcionados as atividades de E&P no Brasil, sendo 65%
para desenvolvimento da produção, 18% para exploração e 17% para infraestrutura.
Os investimentos no pré-sal correspondem a 45% do valor total do E&P no Brasil e
aproximadamente 50% do montante destinado ao desenvolvimento da produção. A
participação do pré-sal na produção nacional de petróleo passará da estimativa de 2%
em 2011 para 40,5% em 2020.
As principais operadoras internacionais de petróleo já estão exercendo suas atividades
nos blocos licitados pela ANP, bem como empresas brasileiras constituídas para tal
fim: Shell, Chevron Texaco, Repsol YPF, Devon, Kerr Mcgee, Petrogal, El Paso,
Wintershall, Statoil, Eri, Newfield, Partex, Koch, Synergy, Silver Marlin, Amerada Hess,
Encana.