notícias do mar n.º 316

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1 2013 Abril 316 Fotografia: Fernando Algarvio

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Jornal Notícias do Mar Online, n.º 316, Abril de 2013.

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12013 Abril 316Fotografia: Fernando Algarvio

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José Matoso, Gustavo Lima e Frederico Melo Conquistam Europeu de Dragões

O Drago, de José Matoso/Gustavo Lima/Frederico Melo, venceu o Cascais BMW Dragon European Championship 2013, que terminou no sábado dia 13 de Abril na Baía de Cascais em competição com 62 Dragões de 15 países.

Vela

Fotografia Fernando Algarvio Cascais BMW Dragon European Championship 2013

Aelite da vela mundial esteve em Cascais a competir numa das provas mais importan-

tes do calendário internacional de vela e que mais uma vez se dispu-tou no campo de regatas de Cas-cais. O patrocínio foi da Câmara Municipal de Cascais e da BMW e a organização foi do Clube Naval de Cascais e da International Dragon Association.

Mais de duzentos velejadores estiveram presentes em Cascais. Entre os participantes esiveram os detentores do título europeu, Markus Wieser, Sergey Pugachev e Georgii Leonchuk, a bordo do “Bunker Queen” em representação da Ucrânia. Esteve também o cam-peão do mundo, o britânico Lawrie Smith, que tem Ossie Stewart e Tim Tavinor como tripulantes do “Alfie”.

A frota nacional foi composta por onze Dragões que tiveram ao leme Patrick Monteiro de Barros (Lady Luta muito intensa em todas as regatas

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Vela

Tati), José Matoso (Drago), José Bello (Dragul), José Carlos Pina (Tethys), Henrique Anjos (Catarina III), Pedro Mendes Leal (Christma-sa III), Vasco Empis (Noni), Miguel

Magalhães (Peggy), Mário Quina (Whisper), Diogo Barros (Seven Seas Too) e Francisco Lacerda (Pa-malican V).

Disputaram-se um total de sete regatas e a houve sempre alternan-cia dos primeiros.

A tripulação nacional do Drasgo foi 19ª classificada na sétima e der-radeira regata e deste modo con-quistou o título à frente do alemão Markus Wieser, vencedor da edição passada, e que agorta foi segundo classificado, enquanto o dinamar-quês Jens Christensen foi terceiro.

José Matoso/Gustavo Lima/Frederico Melo assinaram mais um momento histórico para a vela portuguesa ao vencerem em Cas-cais o Europeu de Dragões. “Estou muito feliz. Vencer um Campeonato da Europa é um momento único. Foi uma prova difícil, muito equi-librada e foi preciso esperar pela

última popa da última regata para se fazerem as contas”, afirma José Matoso.

Nervos de aço foram necessá-rios para o final emocionante do Cascais BMW Dragon European

Seven Seas Too, de Diogo Barros, Jorge Lima e Rúbrio Basílio

Largada

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Vela

Championship 2013. À largada para a 7ª regata, os três primeiros classificados estavam separados por apenas 6 pontos.

A comissão de regatas deu uma primeira largada com vento Leste,

mas teve de ser abandonada. Os Dragões em prova ficaram na água a aguardar e, finalmente, com o vento a soprar de Oeste, com 8 nós de intensidade foi possível cumprir na íntegra o programa previsto.

Na última regata, o Aimee, dos britânicos Graham Bailey/Julia Bailey/Richard Powell/William He-ritage, foram os vencedores, o ale-mão Marcus Wieser, com Sergey Pugachev e Georgii Leonchuk na

O Drago com a tripulação portuguesa vencedora

Peggy, de Miguel Magalhães, Jorge Pinheiro de Melo e José Magalhães Whisper, de Mário Quina, Fernando Passeiro e Luís Mourão

52013 Abril 316

Vela

1º- Drago - José Matoso/Gustavo Lima/Frederico Melo – Portugal 2º- Bunker Queen - Marcus Wieser/Sergey Pugachev/Georgii Leonchuk - Alemanha 3º- Out of Bounce - Jens Christensen/Kim Andersen/Anders Bagger – Dinamarca 4º- Fever – Klaus Diederichs/Andy Beadsworth/Jamie Lea – Grã-Bretanha 5º- Dottore Amore – Ingo Ehrlicher/Werner Fritz/Thomas Auracher - Alemanha 7º- Seven Seas Too - Diogo Barros/Jorge Lima/Rúbrio Basílio,11º- Christmas III - Rui Bóia/Duarte Neves/Guilherme Almeida/Miguel Guimarães, 29º- Lady Tati - Patrick Monteiro de Barros/Nuno Barreto/Rodrigo Vantacich38º- Peggy - Miguel Magalhães/Jorge Pinheiro de Melo/José Magalhães47º- Tethys - José Carlos Pina/Filipe Loureiro/Miguel Tavares50º- Whisper, de Mário Quina/Fernando Passeiro/Luís Mourão52º- Pamalican V - Francisco de Lacerda/Diogo Lacerda/Francisco Andrade53º- Dragul, de José Bello/João Almeida Lopes/Gonçalo Lacerda54º- Catarina III - Henrique Anjos/Joaquim Moreira/Pedro Costa Alemão

Classificação

Whisper, de Mário Quina, Fernando Passeiro e Luís Mourão

tripulação, no Bunker Queen, foi se-gundo e o Troika, dos alemães Tim Ladehof/Tim Jesse/Arne Brugge, terminou na terceira posição.

Nesta regata, o Seven Seas Too, de Diogo Barros/Jorge Lima/Rúbrio Basílio, foi o melhor portu-guês, terminando na 5º posição e na classificação final, terminou com um excelente 7º lugar

Na classificação final, no que respeita aos restantes portugue-ses, o Christmas III, de Rui Bóia/Duarte Neves/Guilherme Almeida/Miguel Guimarães, acabou na 11ª posição.

O Lady Tati, de Patrick Montei-ro de Barros/Nuno Barreto/Rodrigo Vantacich, foi 29º e o Peggy, de Miguel Magalhães/Jorge Pinheiro de Melo/José Magalhães, ocupou o 38º posto.

O Tethys, de José Carlos Pina/Filipe Loureiro/Miguel Tavares, fi-nalizou a prova em 47º. O Whisper, de Mário Quina/Fernando Passeiro/Luís Mourão, foi 50º.

O Pamalican V, de Francisco de Lacerda/Diogo Lacerda/Francisco Andrade, o Dragul, de José Bello/João Almeida Lopes/Gonçalo La-cerda e o Catarina III, de Henrique Anjos/Joaquim Moreira/Pedro Cos-ta Alemão foram 52º, 53º e 54º, res-pectivamente.

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Excelentes Participações de Velejadores do CVB em Várias ProvasVelejadores do Clube de Vela do Barreiro estiveram em grande destaque no mês passado, com Inês Correia a terminou em 2º lugar na 1ª Etapa Mundial de KiteSurf, modalidade da qual é Vice-Campeã do mundo, no XXIV Campeonato de Portugal de Juniores e absolutos de Vela, três tripulações ficaram nos 10 primeiros lu-gares e João Bolina, 13º classificado no nacional de Juvenis, foi apurado para o Campeonato da Europa na classe Optimist.

Vela

Notícias do Clube de Vela do Barreiro

Inês Correia conseguiu o 2.º lugar na primeira etapa do Mundial de Kitesurf PKRA, que se disputou em Dakhla,

Marrocos, tendo estado bem per-

to de mais uma vitória. Durante toda a prova Inês destacou-se pelo seu surf power com manobras radi-cais que em nada ficavam atrás do nível masculino e venceu facilmente

Inês Correia no pódio em 2º lugar em Dakhla Campeonato de Portugal de juniores e absoluto

Inês Correia

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Vela

todas as baterias onde entrou. Ape-nas na final, foi vencida por Jalou Langeree, atual campeã mundial do circuito KSP.

No final disse: “Foi um campeo-nato muito bom para mim... apesar de o resultado final não ter sido o melhor ou o que eu queria...foi um dos campeonatos onde me senti mais forte... consegui apanhar altas ondas... estar muito mais consis-tente!

O Campeonato de Portugal de Juniores e Absoluto realizou-se em Viana do Castelo, com o mar sem-pre com condições muito diifíceis, mas disputaram-se um total de seis regatas. A organização foi da Fe-deração Portuguesa de Vela e do Clube de Vela de Viana do Castelo.

A concorrerem na classe 420, a dupla melhor classificada do CV-Bareiro, foi João Duarte (Peste) / Francisco Teixeira que terminou no 8º lugar da geral, e conseguiu um 3º lugar na última regata. A dupla João Gameiro / Gonçalo Ramos termi-nou no 9º lugar, tendo ficado em 5º junior, e Miguel Costa / Manuel Ga-mito ocuparam o 10º lugar.

Para a realização do VII Campe-onato de Portugal de Juvenis classe optimist, realizado também em Via-na do Castelo, com a participação de 120 velejadores, foram apenas realizadas 6 regatas, durante os 4 dias de Prova.as regatas foram dis-putadas no interior do porto, já que a barra esteve sempre fechada, nesses dias.

Os velejadores do Clube tive-ram uma participação positiva, com boas regatas, embora tenham sido um pouco inconstantes nos resul-tados. O destaque vai para o vele-jador João Bolina que terminou no 13º lugar que lhe permitiu o apura-mento para o Campeonato da Euro-pa que se realizará na Hungria; To-más Carreira terminou no 55ºlugar; Manuel Ramos no 58ºlugar; Fran-cisco Rodrigues no 80º lugar; Diogo Reis no 88ºlugar e Pedro Videira no 97ºlugar.

Team Optimist - Clube de Vela do Barreiro João Bolina, apurado para o campeonato da Europa de Optimist que realizará no Lago Balaton na Hungria

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cópicos do reino vegetal) prosperam em misturas de água e gasóleo, for-mando uma lama que rapidamen-te bloqueia os filtros. A primeira coisa a fazer é adicionar um bioci-da ao combustível para matar os organismos existentes e impedir o crescimento futuro. Poderá usar por exem-plo o TUNAP885 comercial izado pela rede de dis-tribuidores Ve-tus. Feito isto, o combustível tem de passar atra-vés de um filtro primário, de pre-ferência um que incorpore um se-parador de água, e um filtro secun-dário no próprio motor. Nunca é demais falar na importância de separadores de água e filtros de combustível. Ins-peções e mudan-ças frequentes de filtros fazem mais para evitar falhas no motor do que qualquer

Dicas para Resoluçãode Problemas em Motores DieselA evolução do diagnóstico de falhas por computador levou a uma geração de mecânicos que muitas vezes perderam a noção dos princípios básicos de funcionamento do motor Diesel.

Notícias do Mar

Notícias Motolusa

Infelizmente os códigos de avaria nem sempre identificam diretamente o problema, mas por vezes revelam uma série

de códigos que apontam em várias direções. Ouvir: “tentámos isto e não ajudou” ou pior: “desculpe, mas não existem códigos de avaria pelo que não conseguimos identificar o problema “, é extremamente frus-trante e pode sair caro.

Junto encontra uma tabela de solução de problemas que o pode ajudar (ou então apenas confundir mais).

Conselhos Motolusa Gasóleo a bordoO principal problema é lidar com a sujidade, água e algas.A maioria dos problemas com mo-tores Diesel nasce de problemas com o combustível. Isto é algo a ter em mente se achar que a sua embarcação bimotora dá uma ga-rantia total de redundância relativa-mente ao motor, principalmente se ambos os motores compartilharem o mesmo combustível. Manter os depósitos de combustível comple-tamente livres de sujidade, água e bio-organismos é quase impossível num barco. Felizmente há formas de se livrar destes poluentes antes que estes entrem no motor. Mesmo que não entre água no depósito de

combustível através do tubo de en-chimento ou do tubo de respiro, ha-verá água por condensação (man-ter o depósito atestado pode evitar parte da condensação).

As partículas de sujidade entram para o depósito com o combustível ou formam-se dentro do depósito através de reação química. Certos tipos de algas (organismos micros-

Combustível limpo é vital para motores Diesel. Estes filtros duplos Vetus podemser limpos um de cada vez, com o motor a funcionar

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Notícias do Mar

Texto Tiago Peters/Motolusa

outro procedimento.Nunca deixe entrar ar pelas li-

nhas de combustível, caso contrá-rio, o seu motor vai parar e não vai conseguir arrancar de novo até que tenha sangrado ou ferrado o siste-ma de combustível ou purgado todo o ar.

Nunca ligue o motor, se a tor-neira do depósito de combustível estiver fechada. Nunca gaste todo o combustível evitando que o depó-sito fique seco. Evite inclinações a

tal ponto que o combustível se en-contre todo de um lado do depósito expondo o chupador ao ar. Dado que os problemas de combustível são a principal causa de avarias em motores Diesel, é fundamental aprender a ferrar o seu motor, se este não for auto-ferrante. É um processo muito simples quando se sabe como. Encontrará instruções no manual do seu motor.

O gasóleo tende a deteriorar-se com o passar do tempo, por isso

tente que não permaneça nos seus depósitos de combustível por mais de seis meses. A partir deste tempo irá ocorrer uma queda no valor de cetano, que é a capacidade de in-flamar facilmente, atrasando a igni-ção. Um bom gasóleo tem um valor de cetano em cerca de 50. Quando o valor de cetano cai, o motor tem dificuldade em pegar e o proces-so de combustão torna-se numa explosão em vez de uma queima controlada. Isto produz desgaste

das peças do motor e causa mais barulhos do que o normal, particu-larmente o bater característico dos motores Diesel. Pode retirar o ga-sóleo antigo e substitui-lo por gasó-leo fresco ou tratá-lo com um refor-ço de cetano (“cetane booster”) e condicionador.

Conselhos Motolusa Vida útil do motorMás condições de trabalho anteci-pam reparações.

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Notícias do Mar

A maioria dos motores de barco (particularmente em veleiros) tra-balha em condições adversas, pelo que não deve esperar que durem como os motores de automóvel sem fazer uma grande revisão. Num bar-co, o motor a gasolina trabalha em média 1.500 horas antes de preci-sar de uma revisão geral, enquanto o motor Diesel trabalha em média 5.000 horas sob as mesmas condi-ções, ou seja, mais do que o triplo. Isto são regras gerais simplificadas, já que a vida de um motor depende do fabricante, de como é usado e mantido, mas é regra geral nesta in-dústria. O motor a gasolina funcio-na em geral livre de problemas por 1.000 horas. Durante as próximas 500 horas, pequenos problemas tornar-se-ão cada vez mais prová-veis, passando a problemas maio-res com a aproximação das 1.500 horas. A título de comparação, o motor tipo de um carro trabalha uma média de 2.900 horas antes de

precisar de uma revisão geral aos 160.000 km, cerca de duas vezes a vida útil de um motor marítimo. No entanto, os motores de automóvel trabalham abaixo dos 30 por cento da sua capacidade na maior parte do tempo, enquanto os motores ma-rítimos trabalham constantemente entre 75 a 90 por cento da sua po-tência máxima. Um motor marítimo a gasolina com uma boa manuten-ção pode funcionar perfeitamente por mais de 1.500 horas antes de uma grande revisão, se tiver traba-lhado nas melhores condições. No entanto, aqueles que operam em porões húmidos cercados por ar salgado certamente irão durar me-nos horas, especialmente se forem usados de forma intermitente e a manutenção for negligenciada. Os motores a diesel duram mais por-que são de construção mais forte e têm tolerâncias e folgas mais re-duzidas. Suportam mais abusos do que os motores a gasolina e podem

muitas vezes atingir as 8.000 horas de serviço antes de precisarem de uma reparação. Na verdade, não há nenhuma razão para que um motor Diesel de um veleiro não dure a vida do barco. Afinal, um barco de recreio regista em média 200 horas de serviço por ano, de modo que le-varia 40 anos para chegar às 8.000 horas de serviço.

O problema é que poucos moto-res Diesel marítimos trabalham em condições ideais. Os motores Die-sel gostam de trabalhar por longos períodos com carga estável. Redu-zir os períodos de funcionamento e a utilização pouco frequente conde-na os motores a vidas mais curtas, especialmente quando (como tan-tas vezes acontece em veleiros) a manutenção básica é negligenciada devido à má acessibilidade.

Conselhos Motolusa Manutenção DieselTroca de óleo e filtros; substituição

de ânodos (zincos).Os motores Diesel necessitam de muito menos manutenção de roti-na do que os motores a gasolina. O que precisa fazer e com que fre-quência, depende do tipo de motor. O manual do proprietário explica o que é necessário. Nigel Calder, autor do livro “Marine Diesel Engi-nes”, salienta que duas coisas são absolutamente críticas para a longa vida de um motor Diesel: combustí-vel limpo e óleo limpo. “Se mantiver o combustível sem contaminação e devidamente filtrado, e mudar o óleo e os filtros nos intervalos prescritos (geralmente a cada 250 a 500 horas de funcionamento), a maioria dos motores Diesel irá fun-cionar anos a fio sem dar proble-mas.” Existem certos princípios de manutenção, que são comuns a to-dos os motores Diesel. Como estes motores dependem tão fortemente de combustível limpo e bom, deve verificar frequentemente os filtros

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Notícias do Mar

primário e secundário e substituí-los quando necessário. A troca dos filtros de combustível permite, por vezes, a entrada de ar nas tuba-gens de combustível, impedindo que o motor arranque, independen-temente de quanto tempo gasta a dar ao motor de arranque. Para es-tes casos deverá aprender a ferrar o sistema de combustível.

Antes de ligar o motor, verifique o nível do óleo. Se estiver acima do máximo ou abaixo do mínimo, poderá causar problemas. Troque o óleo do motor nos intervalos de horas mencionados no manual do proprietário ou pelo menos uma vez por ano, caso use pouco o motor. Não se esqueça de verificar o nível de óleo na transmissão ou caixa re-dutora, em intervalos regulares. Um nível baixo pode indicar uma fuga numa junta ou vedante, potencian-do possíveis avarias na transmis-são. Outra verificação importante antes de arrancar com o motor é se a válvula do macho de fundo se encontra aberta, é fácil de esque-cer. Se ligar o motor com a válvula de fundo fechada, o impelidor da bomba de água irá provavelmente derreter por fricção. Alguns proprie-tários mantêm as chaves do motor ligadas ao macho da válvula de fundo para que não se esqueçam de a abrir antes de ligar o motor. Para ter a certeza de que a água de refrigeração está a ser bombeada, verifique a saída de escape logo que o motor começa a funcionar. É uma boa ideia mudar o impeli-dor uma vez por ano, independen-temente do uso dado. Verifique os zincos do seu motor regularmente, e substitua-os quando estiverem meio “comidos”. Pelo menos uma vez por mês, pegue num conjunto de chaves e verifique o aperto de cada porca que encontrar, incluindo as dos apoios do motor. As porcas têm o mau hábito de desapertar com a vibração. Se necessário, uti-lize um pouco de cola para roscas para impedir o seu desaperto. Por fim, verifique por todo o motor se existem fugas de óleo ou água.

Conselhos Motolusa Machos de fundo / válvulas de fundoDesligar a água que passa através de um orifício no casco.Muitos marinheiros ainda confun-dem macho de fundo com passa-cascos, ou tomada de água. O ma-cho de fundo aciona uma torneira especial, ou uma válvula, que fecha o fluxo de água; um passa-cascos é uma peça em metal ou plástico que serve de alinhamento e revesti-mento a um orifício no casco. Cada buraco no casco abaixo da linha de água deve ser equipado com uma válvula de fundo capaz de desligar uma entrada de água resultante de um tubo desencaixado ou roto. Configuração típica de passa-cascos e macho de fundo

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Notícias do Mar

A válvula de fundo é fixada direta-mente à cauda do passa-cascos (na parte interior do casco). Algumas válvulas de fundo têm flanges que são aparafusadas através do casco à flange exterior do passa-cascos, outras são simplesmente aparafu-sadas à cauda roscada do passa-cascos. Existem três tipos comuns de válvulas de fundo utilizadas em embarcações de pequeno porte: a tradicional válvula cónica, do tipo barra em T com vedante de inchar e a válvula de esfera. Também são usadas frequentemente válvulas de gaveta de bronze devido ao seu baixo preço, mas não têm lugar num barco: corroem rapidamente e não se consegue saber ao certo se estão devidamente fechadas. As válvulas de esfera são ampla-mente utilizadas e altamente reco-mendadas. A válvula de esfera com corpo em bronze tem um buraco que atravessa o meio de uma es-fera de bronze cromado ou de aço inoxidável rodando sobre vedantes de teflon. São quase livres de ma-nutenção, necessitando apenas de um pouco de massa de petróleo,

uma vez por ano ou de dois em dois anos. As válvulas de esfera com corpo de Marelon, um Nylon refor-çado com vidro, são à prova de cor-rosão e ganharam ampla aceitação, mas ainda não são consideradas equivalentes às válvulas cónicas de bronze pelos marinheiros mais con-servadores. Estas válvulas cónicas necessitam de ser desmontadas e lubrificadas pelo menos uma vez por ano, mas provaram ao longo do tempo serem seguras e fiáveis. As válvulas com barra em T também têm um corpo de bronze, mas em vez de um bujão cónico em bronze, têm um tampão cilíndrico de neo-preno. Uma rosca encurta a distân-cia ao tampão, forçando-o a inchar no meio até atingir uma vedação muito eficiente. Certos produtos químicos podem fazer o neopreno inchar e impedir a válvula de fundo de abrir ou fechar. Tome cuidado se estiver a fazer descargas de esgoto da cozinha ou WC.

Conselhos Motolusa Passa-cascosProteger os furos submersos do cas-

co.Os passa-cascos tradicionais são feitos de bronze quando aplicados abaixo da linha de água. Mais recen-temente utiliza-se também passa-cascos de latão, inox ou material sintético. Servem para alinhar e pro-teger cada furo feito no casco e apre-sentam uma flange externa e uma porca larga de bloqueio no interior de modo a que se consiga uma selagem firme contra o casco.

Muitos passa-cascos têm uma rosca para acoplamento direto de uma válvula de fundo.

Alguns machos de fundo incor-poram o próprio passacascos.

O bronze, uma liga de cobre e estanho, é quase impermeável à corrosão normal. Cuidado com o seu sósia, o latão, menos aconse-lhado para uma aplicação debaixo de água salgada. O latão é uma liga de cobre e zinco e é rapida-mente atacado por água salgada e pela corrosão galvânica. O zinco é consumido, deixando apenas um resíduo rosa suave através do qual pode enfiar um dedo. Não é fácil distinguir o latão do bronze, mas

se arranhar o latão, este é amarelo brilhante, enquanto o bronze parece mais rosado. Passa-cascos feitos de Nylon ou Marelon são frequen-temente utilizados para furos acima da linha de água, mas não deverá usá-los debaixo de água.

As tubagens ligadas aos passa-cascos são tradicionalmente aperta-das com duas abraçadeiras de aço inoxidável. No entanto, o tubo de encaixe para a mangueira raramen-te é comprido o suficiente para duas abraçadeiras lado a lado. Se apertar demasiado a abraçadeira de fora, que apanha apenas metade do en-caixe, poderá danificar o tubo. Aperte a primeira abraçadeira normalmente, e em seguida, aperte a segunda com calma, mas não se sinta tentado a não utilizar a segunda. Todos os ins-petores de seguros ou de empresas de classificação verificam a utilização de duas abraçadeiras. Outro requisito que a maioria dos inspetores gostaria de ver ao lado de uma válvula de fun-do é um encaixe cônico de madeira macia e um martelo para bloquear o buraco numa emergência. Este pedi-do raramente é satisfeito.

Diagrama tipo de passa-cascos, mostrando os tipos e locais. Será uma boa ideia ter um diagrama destes do seu barco sempre à mão

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macho que entra na base fixa, e no outro a parte fêmea para aco-modar a fixação para o dispositivo EXTENDER – pequena extensão fixa com 12,5cm para pequenas elevações. Ideal para as mesas de peixe, LED Lights etc.ADJUSTABLE EXTENDER – o mesmo que o anterior mas com articulação, para se poder dar um ângulo de inclinação (máx.180º) a algum dispositivo. Pode também rodar em 360ºKAYAK TRACMOUNT PACK – Trata-se de um kit que permite a adaptação da base Starport da Railblaza, às faixas que vários fabricantes de Kayaks usam em volta do kayak para nela se pren-derem coisas.STARPORT WALL SLING – Kit para prender á parede em arma-zenagem vários tipos de embarca-ção, SUPs, canoas, kayaks, pran-chas de windsurf, skis, caixas etc. MOBI DEVICE HOLDER “MOBI” , novos suportes para dispositi-vos portáteis como radios de VHF, GPS’s, bebidas, EPIRBs, telemó-veis etc . Ver mais em www.nautel.pt.Nautel-Sistemas Eletrónicos Lda Tel.: 213 007 030 [email protected]

Railblaza Fixa Tudono Seu Barco e VeículoA Railblaza apresentou-se ao mercado europeu e português em 2012. Railblaza procura desenvolver soluções para fixação definitiva, ou temporária, de dispositivos diversos, em embarcações, canoas, viaturas, autocaravanas, máquinas especiais etc.

Electrónica

Notícias Nautel

e pequenas embarcações, e como luzes de emergência em veleiros e outras embarcações maiores. As luzes são aplicadas às já referidas bases, ou há um kit já com a base incluída. Funcionam a vulgares pi-lhas AA.TELEPOLE – trata-se de um tubo telescópico, destinado a elevar um determinado dispositivo, como por exemplo uma camara, ou projec-tor de luz, ou as luzes LED. Ajusta-se para comprimentos entre 55 e 105cm.Num dos lados tem a peça

Na raiz de tudo está a versatilidade da combinação de ba-ses variadas que

se distribuem pelo veículo/embar-cação com engenhosos elemen-tos de sustentação e fixação ade-quados aos equipamentos que se pretende usar.

As bases podem ser de fixação em superfície horizontal, vertical, em tubo, e até para colagem nos flutuadores das embarcações se-mí-rígidas.

Estes acessórios permitem as-sim fixar GPS’s, sondas, iPads/Tablets, rádios, canas de pesca, camaras vídeo autónomas e es-tanques, mesas de peixe, remos, latas e copos de bebidas, luzes, capas etc.

Novidades para 2013Como novas contribuições para a gama a Railblaza concebeu para 2013, o seguinte :LED LIGHTS - Luzes LED de na-vegação e presença : Para kayaks,

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Bem Vocacionado para Pescadores

O modelo Dipol 580 Open, montado com o Yamaha F50, foi testado em Esposende, num dia de vento rijo e forte mareta, que permitiu mostrar, para além das excelentes qualidades marinheiras, características muito do agrado dos pescadores, bem como estar muito bem equipado para oferecer um bom apoio à pesca.

Náutica

Teste Dipol 580 Open com Yamaha F50 Texto e Fotografia Antero dos Santos

Oconvite para este teste partiu da Yamaha Motor Portugal junta-

mente com o seu concessio-nário Motocávado e o estalei-ro Dipol, que tem como agente a empresa de Esposende.

A Dipol Glass é um estalei-ro espanhol de Huelva, que tem desenvolvido grande par-te dos seus modelos dirigidos à pesca profissional, por isso, são embarcações robustas e desenhadas para oferecer grande estabilidade.

Os cascos Dipol procuram oferecer um bom desempenho com a menor potência possí-vel, para permitir fazerem-se conjuntos barco/motor mais económicos, tanto com as em-barcações para profissionais como para o recreio.

O Dipol 580 Open foi desenhado para os pescadoresEste modelo da Dipol é do tipo coberta aberta à frente, com uma consola de condu-ção central e um poço amplo

atrás. O posto de pilotagem tem

uma consola larga, com um pára-brisas alto, protegido por um corrimão em aço inox e dá bom abrigo do vento ao piloto.

O banco do piloto é duplo e tem o encosto almofadado giratório, para permitir senta-rem-se atrás duas pessoas a pescar ao corrico.

O Dipol 580 Open tem mui-to boa acomodação, também para os passeios familiares, pois ainda dispõe de um ban-co corrido à popa, e bancos

em U na coberta à frente, que se convertem em solário. Uma ideia inovadora, nos passeios mais longos, quando chega a hora do almoço, é também possível montar-se uma mesa de pique-nique tanto à frente, como atrás no poço entre os bancos.

De referir que o banco à popa deixa uma passagem a estibordo com uma porta, para permitir o acesso à plataforma que tem a escada de banho.

Neste barco os pescadores têm um grande porão no piso

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Bem Vocacionado para Pescadores

Náutica

do poço, com uma caixa amo-vível para meter o peixe e que facilmente se pode lavar.

O poço tem ainda guarni-ções em madeira na borda, porta canas de cada lado, prateleiras laterais e encaixes para o bicheiro.

Muito interessante que de-monstra o perfeito conheci-mento das necessidades dos pescadores, são os cunhos

de amarração atrás que ficam por baixo do corrimão em aço inox, não permitindo que as li-nhas se prendam nos cunhos.

Para as arrumações este barco tem muita capacidade para guardar a palamenta, sacos e equipamentos, pois oferece muito espaço nas lo-cas sob os bancos à frente, no banco do piloto, no porão sob o banco da popa e ainda tem Dipol 580 Open é um barco robusto e muito bem equipado

A consola de condução tem um compartimento com porta estanque

Posto de comando com banco duplo e encosto amovíivel

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Náutica

um compartimento na consola de condução com porta estan-que.

O barco termina à proa com um pequeno púlpito, onde se encontra uma ferragem com roldana e descanço para o ferro, junto do qual fica o po-rão para cabos e a corrente. De cada lado à frente, o barco tem um corrimão em aço inox, para segurança de quem for sentado à frente.Na proa en-cintra-se um cunho de amar-ração de cada lado.

Para proteger do sol, o bar-co tem um bimini que cobre bem todo o poço.

Motor Yamaha F50O Yamaha F50 que estava montado no Dipol 580 Open é um motor da nova geração da marca japonesa, incor-

O casco em V com a proa bastante defletora, oferece bom desempenho no mar

Os assentos à frente convertem-se em solário

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Náutica

porando as tecnologias a 4 tempos mais adequadas da Yamaha para esta potência.

Com um bloco motor de 996 cm3, 4 cilindros em linha e a potência de 50 HP, o F50 tem a injecção electrónica multiponto de combustível, o sistema EFI, com o qual con-segue uma elevada potência nas altas velocidades, maior binário nas velocidades mé-dias, excelente para rebocar esquiadores ou wakeboar-ders e atinge grandes perfor-mances com baixo consumo.

O F50 tem um microcompu-tador, um módulo de controlo do motor ECM, que assegura a funcionalidade perfeita da ignição, da injecção e o diag-nóstico do funcionamento.

O motor tem também o ajuste variável de rpm, com o qual se consegue fazer a pesca ao corrico, ou nave-gar a contrariar a corrente, à vante ou marcha à ré, entre as 600 e as 1000 rotações, com ajustes de apenas 50 rotações.

O “power trim” e o “tilt” com o botão, tem grande am-plitude.

O TesteO Dipol 580 Open tem o casco com a proa um pouco elevada e apresenta um design onde se destaca o perfil bastante deflector da água.

O V do casco é bastante acentuado quase até atrás e depois termina em popa semi-planante. Tem dois robaletes de cada lado e os planos de estabilidade laterais muito salientes, sobretudo atrás. O

No porão do poço existe uma caixa para o peixe No poço pode-se montar uma mesa de pique-nique

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Náutica

Características TécnicasComprimento 5,77 m

Boca 2,20 m

Lotação 5

Potência máxima 115 HP

Motor Yamaha F50

Preço barco/motor c/IVA 21.473 €

PerformancesTempo de planar 2,73 segundos

Velocidade máxima do teste 21 nós

Velocidade máxima em águas calmas 27 nós

Mínimo a planar 10,4 nós

Concessionário: Motocávado, Lda Rua do Loteamento da Mangalança 10 Goios, 4740-543 Esposende

Tel.: 253 963 462 Email: [email protected] Importador/Distribuidor: Yamaha Motor Portugal

Rua Alfredo da Silva nº 10, 2610-016 AlfragideTel.: 21 47 22 100 Fax: 21 47 22 199 www.yamaha-motor.pt

Construtor: DipolGlassLa Lobera S/N – 21510 San Bartolomé de la Torre (Huelva)

Tel: 0034 959 387 543 Fax: 0034 959 386 297 [email protected]

barco à popa é quase direito.Com este tipo de casco, o

barco mantém grande estabi-lidade, principalmente quan-do está parado, pois apoia-se muito na água atrás.

Esta característica, facilita a descolagem da água e por isso no arranque o barco em 2,73 segundos já planava, le-vando três pessoas a bordo.

Igualmente, devido às ca-racterísticas do casco, no tes-te do mínimo de velocidade a planar, navegou apenas a 10,4 nós.

Em virtude das condições do mar, muito agitado devido ao vento, não conseguimos fazer os testes de aceleração até às 5.000 rpm, bem como determinar qual a velocidade máxima.

Apesar disso, ainda con-seguimos atingir os 21 nós a favor da mareta.

Em testes efectuados com águas calmas o barco com

este motor atingiu os 27 nós em velocidade máxima.

Quando navegámos con-tra a mareta, com o barco a planar, atingimos os 16 nós, com o casco a cortar bem a água e a deflecti-la bem para fora. O mar não permitiu que acelerássemos mais, pois tornava-se desconfortável a navegação.

O barco mostrou que cur-vava com segurança, ador-nando um pouco e o casco respondeu muito bem às ma-nobras.

Também graças ao tipo de casco, o barco parado não so-fre com os balanços laterais e permite que os pescadores se movimentem com segurança, de um lado para o outro.

No final verificámos que o barco tinha a coberta seca e a água não salpicou para dentro, demonstrando bem a característica deflector do casco.

Com Yamaha F50 o Dipol 580 Open forma um conjunto bastante económico

192013 Abril 316

Garmin QuatixTM é o Relógio GPSde Pulso para o Segmento NáuticoO novo GPS para os amantes da náutica vem revolucionar o mercado pelas suas funcionalidades e design, oferecendo maior liberdade aos marinheiros e controlo sobre as suas embarcações

Electrónica

Notícias Garmin

AGarmin, líder mundial em soluções de na-vegação por satélite*, apresenta ao merca-

do o seu primeiro relógio GPS para o setor náutico. Desenvolvido es-pecialmente para os apaixonados da náutica, desde os barcos à vela até aos a motor, o Quatix reúne as funcionalidades mais essenciais de um GPS náutico, oferecendo capacidades abrangentes de nave-gação, nomeadamente de vela. O novo relógio GPS da Garmin para náutica integra uma tecnologia líder mundial em GPS e uma interface “user friendly”. O Quatix quer ser ao mesmo tempo parte da embarca-ção e parte da tripulação.

O Quatix oferece aos amantes da náutica uma agilidade sem igual, uma vez que a sua utilização por ser no pulso, permite uma maior liberdade de movimentos. Na voz de Mariana Dias, Marcoms Manager da Garmin Ibéria para Portugal, o Quatix “in-corpora dados náuticos fundamen-tais com múltiplas funcionalidades nunca antes vistas num relógio de pulso para náutica. Além disso, este relógio GPS tem uma interface de uso extremamente fácil e oferece a possibilidade de conectividade com outros dispositivos náuticos GPS. O design é mais um ponto a favor que traz estilo aos fãs da náutica”.

Abrangente kit de ferramentas de competição: O relógio Quatix com-bina avançadas ferramentas para competição de navegação à vela ini-gualáveis e ultra competitivas. O novo relógio GPS da Garmin para o mercado náutico pode facilmente configurar uma linha virtual de par-tida entre dois waypoints de GPS. Depois combina essa linha virtual de partida com o temporizador de con-tagem regressiva embutido de for-ma a calcular a distância para essa mesma linha, assim como a veloci-dade pretendida e tempo disponível o que vai permitir que a embarcação cruze a linha na velocidade máxima no momento exato de partida. Uma vez começada a corrida, o relógio muda para o modo “tack-assist” e avisa quando a embarcação está a ser dirigida ou levantada com base no ângulo de aderência ideal, con-tribuindo para uma experiência de navegação à vela mais eficiente e controlada.

Toda a informação no pulso: Ao contrário dos outros relógios usa-dos neste mercado, o Quatix é o único que contém as funcionalida-des de navegação náutica mais de-sejáveis num dispositivo integrado. Os marinheiros e outros fãs do meio náutico podem confiar no Quatix para vários conjuntos de dados náuticos tais como informações so-

bre as marés, COG, SOG, e VMG, entre outros alertas de velocidade e de arrasto de âncora. O Quatix está ainda equipado com sensores ABB (Altímetro, Barómetro e Bússola), oferecendo aos marinheiros infor-mação em tempo real quanto ao seu ambiente. O barómetro em-butido pode ser usado para predi-zer alterações climáticas, garan-tindo uma melhor resposta face a uma possível tempestade que se aproxime. Finalmente, a bússola eletrónica de três eixos disponibili-za um suporte ao utilizador esteja este em movimento ou não.

Sinta-se seguro a qual-quer hora: Oferecendo dados náu-ticos cruciais, o Quatix ajuda o uti-lizador a sentir-se seguro sempre. Com a funcionalidade MOB (“ho-mem ao mar”) integrada, o relógio pode automaticamente disparar o alarme MOB num plotter carto-gráfico da Garmin. Isto permite ao capitão ver se alguém que esteja a usar um Quatrix caiu ao mar. Se a embarcação estiver equipada com um Piloto Automático Garmin, o plotter cartográfico pode engatar o Piloto Automático e navegar até à última posição reconhecida.

Construído para suportar as mais duras condições: Desen-volvido para ultrapassar as mais ferozes condições, o Quatix combi-na materiais de alta resistência com uma lente de vidro mineral mais resistente aos ris-cos. Ultra leve, o Quatrix possui um ecrã LCD com iluminação LED e uma pulseira em poliuretano para maior flexibilidade e durabilidade. O novo reló-gio da Garmin é à prova de água até uma profundidade de 50 metros e possui uma longa bateria - até 6 sema-nas em modo relógio e 16 horas em modo GPS. As funções básicas do relógio incluem alarmes, vários alertas vibratórios, cronó-metro, e as horas em vá-rios cantos do Mundo.

Conectividade wire-less em qualquer lugar da embarcação: O Quatix também oferece conetivi-dade wireless e integração com BlueChart® Mobile e HomePort™ permitindo

ao utilizador transferir waypoints, rotas e trajetos via ANT™. Este relógio náutico oferece ainda a ca-pacidade de navegação sem fios. Se a embarcação estiver equipada com o sistema de Piloto Automáti-co Garmin, o Quatix liga-se sem fios e diretamente ao GHC-10 no leme e oferece controlo de pilo-to automático.

O Quatix vai estar disponível no primeiro trimestre de 2013 e terá um Preço de Venda ao Público (PVP) recomendado de 449 euros. Para informação adicional sobre o Quatix, visite www.garmin.com/quatix.

O segmento Náutico de negócio da Garmin é líder na oferta de equi-pamento náutico e de comunicação para retalho e OEM. O portfólio da Garmin inclui a mais sofisticada matriz do mercado de chartplotters e displays touchscreen multifuncio-nais, sondas, radares de alta defi-nição, múltiplas ofertas de pilotos automáticos e outros produtos e serviços que são conhecidos pela inovação, confiança e facilidade de utilização.

Veja aqui a lista de revendedores e agentes Garmin para poder com-prar o seu Garmin favorito: http://www.garmin.com/pt/revendeurs/.

Se preferir comprar online, visi-te a página https://buy.garmin.com/shop/.

20 2013 Abril 316

Svitzer Inicia Operação em SinesA SVITZER anunciou que deu no dia 9 de Abril o início da actividade no Porto de Sines, disponibilizando os rebocadores SVITZER Madeira e SVITZER Setúbal para este efeito. Posteriormente este último rebocador será substituído pelo SVITZER Funchal.

Notícias do Mar

Notícias Svitzer

Aexpansão da ac-tividade ao porto de Sines vem res-ponder às neces-

sidades dos clientes em termos de fornecimento de serviços marítimos com um excelente histórico de segurança, assim como um elevado grau de con-fiabilidade

A extensão da actividade da empresa ao Porto de Sines permite reforçar os serviços de reboque e serviços de resposta de emergência ao porto, con-siderado um ponto estratégico para o crescimento nas rotas Europa-Ásia e África-Europa.

Focada na segurança, a SVITZER está em permanente diálogo com o Porto de Sines por forma a reforçar a seguran-ça das operações, sobretudo considerando as ondas em re-dor deste porto. Nesse âmbi-to, foram estabelecidos novos procedimentos operacionais, nomeadamente no que diz respeito ao melhoramento das manobras, para benefício das tripulações, das frotas e do am-biente.

Nos últimos anos, a SVIT-

ZER tem vindo a reforçar a sua presença em Portugal através da modernização da sua frota, formação dos seus trabalhado-

res e expansão dos serviços portuários de modo a apoiar ac-tivamente a indústria marítima em Portugal.

A SVITZER opera em Por-tugal desde 2005, contando agora com uma frota de 7 em-barcações.

Rebocador Svitzer Madeira em Sines

O rebocador Svitzer Madeira em operação no porto de Sines

212013 Abril 316

Porto de Sines na ComitivaPresidencial à Colômbia e PeruO Presidente da República convidou Lídia Sequeira, presidente do Porto de Sines, para integrar a comitiva empresarial na visita oficial que fez à Colombia e ao Perú.

Notícias do Mar

Economia do Mar

P ara o Porto de Sines, o objcti-vo desta missão foi fomentar re-

lações de parceria estratégica com os principais portos destes países, no sentido de se esta-belecerem cadeias logísticas com Portugal.

Durante esta deslocação, em Bogotá e em Lima, foram efetu-adas diversas reuniões com en-tidades gestoras dos principais portos dos dois países, assim como com as respetivas agên-cias de investimento externo, no sentido de promover Sines como uma oferta global, ao ní-vel industrial, logístico e portuá-

rio, pois tem grande capacidade para a instalação de investi-mentos de qualquer dimensão e complexidade.

A América Latina é um mer-cado considerado muito impor-tante pelo Porto de Sines, que oferece já ligações diretas e semanais com aquela zona do globo, nomeadamente na costa atlântica do Brasil até à Argenti-na. Por outro lado, no ano pas-sado a Colômbia foi o principal fornecedor de carvão que abas-tece as centrais termoelétricas de Sines e do Pego, através do Porto de Sines, com quase 4 milhões de toneladas desta mercadoria.

O Porto de Sines pretende ser considerado, pela sua loca-lização atlântica associada às excelentes condições operacio-

nais, como o mais importante para a América Latina, como a porta de entrada e saída de mercadorias na Europa.

22 2013 Abril 316

Comissão Europeia quer Limitara Pesca em Profundidade

Os armadores nacionais acusam a actual comissão europeia, sob a liderança da comissária em funções, que tem vindo a desvalorizar as dimensões socioeco-nómicas da política comum de pescas, e apoiando apenas os que advogam que se deve cumprir, a todo o custo, as metas ambientais, querendo aprovar uma nova proposta de Regulamento da Pesca em Profundidade.

Notícias do Mar

Economia do Mar

AComissão Europeia quer reforçar o sis-tema de licenças de pesca de profundi-

dade, com o objetivo de eliminar as práticas de arrasto pelo fundo e as redes de emalhar fundeadas, o que poderá afetar sobretudo \os Açores e a Madeira.

A pesca de profundidade nas regiões ultraperiféricas portugue-sas, no Atlântico Nordeste é exer-cida com palangres, sem utilizar redes de arrasto pelo fundo, e com barcos de pesca pequenos. Mes-mo assim, Bruxelas admite que as medidas propostas tenham um im-pacto regional significativo.

A Comissão Europeia pre-tende eliminar a pesca com re-des de arrasto e redes de ema-lhar em águas profundas, que é exercida nas águas da UE e nas águas internacionais regidas por medidas de conservação adota-das no âmbito da Comissão de Pescas do Atlântico Nordeste. O peixe-espada-preto e o goraz são espécies de profundidade de grande valor para os pescadores, nomeadamente os portugueses, enquanto a maruca azul e os gra-nadeiros têm um valor médio.

Bruxelas destaca que algumas

unidades populacionais de profun-didade estão seriamente depau-peradas, enquanto que outras, como a maruca azul, a pesca é possível, desde que realizada de uma forma adequada do ponto de vista ambiental, evitando as cap-turas acessórias desnecessárias. A fim de encontrar formas para testar artes de pesca menos pre-judiciais e passar a utilizar téc-nicas e estratégias de pesca de menor impacto nestes ecossiste-mas frágeis, a Comissão Europeia decidiu financiar um estudo neste domínio, em cooperação com em-presas com atividades ligadas às águas de profundidade.

A proposta de Bruxelas prevê ainda financiamento para os ajus-tamentos necessários às novas práticas, que afetarão maioritária e diretamente navios franceses, espanhóis e portugueses.

Mesmo assim, segundo os armadores portugueses, esta proposta põe em causa a sobre-vivência do tecido produtivo e por isso rejeitam-na completamente, porque entende m que é possí-vel compatibilizar a pesca com o ambiente, desde que haja meios para melhorar a qualidade dos pareceres científicos e que es-

232013 Abril 316

Notícias do Mar

tes, associados à experiência dos pescadores, sejam a base para a formulação de regulamentos rea-listas.

Dizem os armadores portugue-ses, que se o fundamentalismo da proposta não for invertido pelo Parlamento Europeu, fica aberta a via para medidas futuras que, de uma forma ou de outra, criarão o ambiente adequado para que a pesca europeia se transforme num sector económico residual e sem capacidade competitiva face a outras potências de pesca euro-peias e mundiais, que já prepon-deram no mercado da U.E.

O estado actual de insuficiên-cia de conhecimento das popula-ções de peixes de profundidade justificou a consignação de fundos significativos, do 7º programa-quadro de investigação da U.E., para financiar projectos científicos que visam melhorar o conheci-mento e recomendar medidas de gestão adequadas. O projecto Deepfishman estará concluído até final de 2013, e pode vir a ser uma boa ferramenta para construir uma proposta fundamentada e equili-brada de revisão de regulamento das espécies de profundidade. As apresentações intermédias deste projecto são animadoras, na iden-tificação de ganhos na segurança biológica dos stocks, com o peixe-espada preto, o granadeiro e a maruca azul. O investigador res-ponsável, o francês Pascal Loran-ce, em nenhum momento sugere a proibição de certas artes de pes-ca nas pescarias de profundidade, antes refere que há medidas de gestão da pesca e do ecossistema marinho que permitem proteger os stocks de profundidade. As pesca-rias de profundidade, à luz do re-gulamento CE 2347/2002, são ba-sicamente geridas em função das espécies-alvo, visadas por certas frotas e zonas de pesca.

A definição de um limiar de pro-fundidade oceânico para separar os stocks de profundidade não é um critério amplamente aceite na comunidade científica. Têm sido as características biológicas das espécies a prevalecer na sua identificação, enquanto espécies de profundidade

É possível evoluir e afinar o sis-tema de gestão, integrando novos conhecimentos e medidas de con-trolo mais estritas.

A proibição da utilização de ar-tes rebocadas e de redes de ema-lhar de fundo é uma medida cega e simplista, que a pesca portugue-sa rejeita, seguindo o exemplo, afinal, de todas as Organizações Regionais de Gestão Pesca do Atlântico.

Em águas da U.E. já foram fechados a pesca com artes de fundos, cerca de 12.000 Km2, es-tando para breve o encerramento mais 30.000 Km2, porque a in-vestigação aos fundos marinhos demonstrou a existência de habi-tats sensíveis, que são essenciais para conservar a biodiversidade marinha e manter espécies menos resistentes à pesca.

Quando se detetarem zonas sensíveis à pesca de profundida-de, aceita-se fechar, mesmo que seja permanentemente, essas zo-nas para proteger os fundos. Tam-bém todos aceitam as quotas de pesca, mas a proibição completa de pescar com as artes de fundo não. Dois arrastões e um barco fábrica apenas a 200 milhas da Guiné Bissau

24 2013 Abril 316

Gorazes Abaixo dos 120 MetrosUma Pesca de Sorte?!

Há algum tempo atrás esta frase faria todo o sentido, mas à semelhança de outras modalidades de pesca embarcada, também esta sofreu uma grande evolução em diversos aspetos, senão vejamos: há três ou quatro anos atrás a pesca ao goraz baseava-se em grande parte no fator sorte e apenas algumas embarcações de maior dimensão é que se aventuravam em pesqueiros mais afastados e por conseguinte águas mais profundas, bastando na altura fundear o mais próximo possível dos grandes cabeços de pedra existentes nessas zonas, usavam material estilo “rebocador”, grandes iscadas (o que ainda acontece) ter fé e…esperar.

Pesca Desportiva

Pesca EmbarcadaTexto e Fotografia:

Mário Santos/Mundo da Pesca

Nos dias de hoje é “ligeiramente” diferente, dá-se uma melhor uti-

lização aos meios eletrónicos disponíveis, como por exemplo a sonda que é utilizada não só para encontrar as zonas rocho-sas como principalmente é usa-da para encontrar os cardumes de gorazes ou os cardumes de peixe com que estes se alimen-tam, e em relação ao material continua-se a utilizar material

forte mas muito mais sensível conforme iremos descrever.

Vamos apresentar neste ar-tigo a pesca ao goraz praticada a partir dos 120 metros e que pode chegar a mais de 400 metros (temos relatos de pes-carias memoráveis de grandes gorazes a cerca de 460 metros de profundidade) e que visa es-sencialmente a captura de go-razes de peso médio superior a 2kg, havendo frequentemente capturas de exemplares de 3

a 4kg. Mas vamos incidir mais numa faixa compreendida entre os 140 a 200m, profundidades mais habituais nas nossas sa-ídas.

Pesca ao goraz em águas profundasNeste tipo de pesca não tenha-mos ilusões, é mesmo atrás dos grandes que nós andamos. Mas não há bela sem senão e aqui não é exceção, a taxa de grades pode ser significativa

mas quando é dia sim é mesmo uma festa.

Para chegar ao tal dia sim é necessário uma série de fa-tores estarem conjugados, tais como:

• O mar estar com uma vaga que permita navegar e depois permanecer nos pesqueiros que seguramente são distan-tes de um porto de abrigo (a segurança em primeiro lugar), mas que não esteja demasiado “chão”;

252013 Abril 316

Pesca Desportiva

• Céu limpo. É um facto que todo o pescador desportivo acredita que o céu cinzento é melhor para a nossa pesca,

mas acreditamos que para este tipo de pesca o céu limpo é me-

lhor (fala a experiência);• Vento NNW, é fundamental

O isco mais indicado é a sardinha

Com o fundo bem engodado de isco, duas montagens dá de certeza peixe

26 2013 Abril 316

Pesca Desportiva

para poder fundear corretamen-te a embarcação, além de que trabalha certo com a vaga e não tem mudanças súbitas de qua-drante, o quer permite a mano-bra de fundear e depois manter a embarcação no mesmo sítio muito mais fácil;

• Por último mas provavel-mente o mais importante, te-mos o fator humano que é o de termos um skipper que saiba “ler” todas as dicas que o mar lhe dá e depois da “leitura” cor-reta estar feita optar pelo pes-queiro mais indicado em função das condições apresentadas e que ao chegar ao pesquei-ro ele tem de saber fundear a embarcação no ponto exato em que marcou peixe, porque nes-ta pesca acontece que o peixe tem “corredores de passagem” dos quais não se desvia e se nós estivermos “fora de rota” por pouco que seja ficamos a vê-los passar.

Tendo estes fatores todos

As melhores condições são céu limpo. vento NNW e mar calmo, mas não chão

As canas devem fortes, sensíveis, com o comprimento de 2,40 a 2,70 metros e com ação de 15 a 30 libras

272013 Abril 316

Pesca Desportiva

conjugado, o fator sorte fica com muito pouco peso e pode ser que seja o tal dia de bingo, mas vamos ver então que tipo de material será o mais indica-do:

CanasFortes mas com sensibilidade suficiente para sentir os to-ques mais discretos, que se-guramente nesta profundidade serão muito discretos e curtas para não se tornarem demasia-do cansativas portanto canas de 2,4 a 2,7m e com ação de 15 a 30 libras.

CarretosTendo em conta a profundidade e o tipo de captura esperado, além do peso da chumbada a utilizar, é de prever a utilização de um carreto elétrico, embora para quem estiver fisicamen-te bem preparado (muito bem preparado) pode perfeitamente utilizar um carreto dito “normal”, mas que de normal também não pode ter muito, dado que vai ser sujeito a um esforço bru-tal e contínuo, devido ao facto de se ter que constantemente mudar o isco para melhor engo-dar o fundo.

Quanto ao carreto elétrico também não pode ser muito li-geiro e principalmente deve ser dotado de uma excelente em-braiagem, porque como é movi-do a motor não pára quando um peixe investe com mais força corremos o risco de perdermos muito peixe, o que normalmente acontece quando nos iniciamos nesta pesca e com este tipo de material mas é só até nos ha-bituarmos ao material, porque depois é só vantagens…

Em qualquer dos carretos devemos enchê-lo com uma linha de multifilamento tipo Dy-neema em 0,25 a 0,30mm de diâmetro.

MontagensFacilmente se conclui que não podem ser “a brincar” devido à brutalidade do peixe em ques-tão e tendo em conta a profun-didade não há necessidade de sermos discretos com o mate-rial a utilizar, assim como mon-tagem mais regular podemos apresentar a seguinte:

• Madre e tensos em 0,70mm

• Anzol Laser Inox 800X13/0• Destorcedor rolling C1

520A chumbada forçosamente

terá que ser pesada, tenho como peso médio de 500 a 750g, mas com bastante frequência se uti-liza 1000 a 1500g.

IscosSem dúvida apenas sardinha, muita e o mais fresca possível, embora a sardinha que seja Os carretos devem ser elétricos e com excelente embraiagem, para aguentarem chumbadas até 1, 500 Kg

28 2013 Abril 316

Pesca Desportiva

bem congelada e na altura certa (quando está mais gorda) tam-bém não seja uma má opção. Uma sardinha de tamanho nor-mal, e na melhor das hipóteses, dá para dois iscos cortados em traços (com a espinha no meio) embora em ocasiões muito pró-prias ou em algumas alturas do dia (ao nascer e ao fim do dia) uma sardinha dê apenas para um isco, em qualquer dos ca-sos corta-se a cabeça e a ponta junto da barbatana caudal.

A cavala quando é fresca (capturada na própria altura) também pode ser uma boa op-ção se cortada em filetes e isca-da de forma muito generosa.

A pesca ao goraz a profun-didades desta ordem visa es-sencialmente a captura dos grandes exemplares da espé-cie, peixes com pesos de 3 a 4kg e devido a este facto quan-do um pescador se inicia neste tipo de pesca, é de todo acon-selhável que ao sentir e ferrar o primeiro exemplar, não deve

Os maiores gorazes capturam-se na pesca profunda

O peixe tem “corredores de passagem” dos quais não se desvia

292013 Abril 316

Pesca Desportiva

esperar pelo segundo porque o mais provável é que, aquan-do da recuperação, em que os dois exemplares vão exercer uma força brutal no material, consigam rebentar a linha dos tensos e neste caso perdem-se ambos.

Para acabar…Os exemplares citados neste artigo são baseados na forma de pescar ao goraz na zona norte do nosso país, entre Ma-tosinhos e Viana do Castelo, zona onde existem excelentes pesqueiros para esta espécie e existe também um elevado número de adeptos, razão pela qual que com alguma frequên-cia surjam notícias de excelen-tes pescarias, principalmente da zona de Viana do Castelo, local privilegiado para esta mo-dalidade.

Mas acreditamos que ao lon-go de toda a costa portuguesa existam pesqueiros excecionais e ainda por descobrir…

Para terminar não se esque-çam que o mar ainda tem peixe, muito peixe, só que está mistu-rado com a água. Com o carreto elétrico pode deixá-lo a trabalhar sozinho

Para uma boa pescaria é fundamental reunir num dia uma série de fatores estarem conjugados, Há capturas de exemplares de 3 a 4 kg numa faixa compreendida entre os 140 a 200 metros

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Uma Fórmula Mágicade Turismo SustentávelO meu entrevistado é o Engº. Armindo Jacinto, Presidente do Conselho de Administração da Naturtejo e um grande impulsionador e empreendedor do Geopark Naturtejo.

Notícias do Mar

Conhecer e viajar pelo Tejo Entrevista Carlos Salgado

A Naturtejo, enquanto empresa intermuni-cipal surgiu pela ne-cessidade dos seis

municípios que a integram (Castelo Branco, Idanha-a-Nova, Nisa, Olei-ros, Proença-a-Nova e Vila Velha de Ródão) criarem sinergias para o desenvolvimento económico da região e para a promoção das suas valências na vertente do turismo de natureza, geoturismo e do patrimó-nio cultural, material e imaterial.

C.S. Caro presidente, como acompanhei o percurso da Naturte-jo desde que foi criada, sei que ela teve um incremento fora do comum neste país, tendo granjeado um êxi- Monumento natural das Portas de Ródão

Engenheiro Armindo Jacinto

to a todos os títulos louvável, que deve ser um exemplo a seguir para o Turismo no Tejo. Como foi isso conseguido?

A.J. Em 2004, a Associação de Municípios Natureza e Tejo, fun-dada pelos municípios de Castelo Branco, Idanha-a-Nova, Nisa, Olei-ros, Proença-a-Nova e Vila Velha de Ródão, criou a Naturtejo, Empre-sa de Turismo, EIM. Esta empresa intermunicipal de capitais maiorita-riamente públicos foi pensada para promover turisticamente, quer em Portugal, quer além-fronteiras, este território que corresponde em área a cerca de 5% do território nacional. Para além da vertente pública, a

Naturtejo, EIM é ainda constituída por um conjunto de entidades priva-das da região que abrange, desde unidades de alojamento, restauran-tes, empresas de animação, entre outras. Durante largos anos, a Na-turtejo tem vindo a empreender um trabalho de campo exaustivo que permitiu compreender a região, os seus pontos fortes e as suas fra-quezas, e indicou os principais 16 geomonumentos identificados nos seis municípios que foram a base de trabalho para a constituição do Geopark Naturtejo, através da formalização de uma candidatura entregue à Comissão Nacional da UNESCO, em Julho de 2005. Um ano depois, concretamente no dia 26 de Julho de 2006, com o alto pa-trocínio da UNESCO, foi aprovada por unanimidade a entrada do Ge-opark Naturtejo da Meseta Meridio-nal (GNMM) na European e Global Geoparks Network. Este momento culminou um trabalho de validação científica de pressupostos que su-portam uma aposta no turismo sus-tentável dos municípios que consti-tuem a Naturtejo. Com a criação do Geopark, este território de cerca de 4624 km2, reforçou a sua actuação num novo paradigma de evolução, com um enfoque particular no Tu-rismo de Natureza e na certifica-ção e qualificação do alojamento, restauração, animação e produtos

tradicionais, promovendo a inte-gração de um número alargado de actores, o aparecimento de novos investidores e a criação de cadeias de valor regional, que oferecerão ao mercado a sua natureza, cultura e saber-fazer ancestrais na forma de produtos turísticos integrados e competitivos.

C.S. Porquê um GEO. PARK?A.J. As características do Ge-

opark, de contacto e compreensão da Natureza, não implicam grandes investimentos em infra-estruturas mas a intervenções que comple-mentam e valorizam os factores de atracção unanimemente reconhe-cidos, que retratam uma simbiose perfeita entre património geológico, biodiversidade e histórico-cultural, constituindo os ingredientes certos para uma fórmula mágica de turis-mo sustentável que transforma as Rotas do Geopark Naturtejo em ex-periências e emoções que perdura-rão na memória dos visitantes.

A Naturtejo tem vindo a contribuir para a implementação no terreno dos princípios estratégicos orienta-dores que foram identificados como prioritários pelo PENT:

Orientação para o cliente, atra-vés de uma estruturação de pro-postas de consumo (Rotas Geopark Naturtejo), ajustadas às necessida-des e preferências dos visitantes com um enfoque nos ‘clusters’ de

312013 Abril 316

Notícias do Mar

Monumento natural das Portas de Ródão Aldeia de Xisto

Trabalho de grupo em plena natureza

oferta (Turismo de Natureza, Tou-ring Cultural e Paisagistico e Saú-de e Bem Estar) que irá facilitar a correcta percepção de valor por parte dos públicos-alvo e assumir um posicionamento distintivo no mercado.

Contribuindo em parceria com a Entidade Regional de Turismo do Centro para a concentração dos esforços promocionais, estabele-cendo prioridades na aplicação dos recursos e dos investimentos mais adequados para atingir o impacto desejado e promovendo o alinha-mento e cooperação entre destinos e domínios específicos, nomeada-mente com a vizinha Espanha, hoje objecto dos nossos maiores esfor-ços, tirando assim partido da conti-nuidade geográfica.

O conceito de Geopark, consa-grado pela UNESCO, visa a promo-ção de modelos de desenvolvimento sustentável, aliando a conservação do Património Geológico à melhoria da qualidade de vida das popula-ções que o integram. Deste modo, no contexto das Redes Europeias e Global de Geoparks, tem sido pos-sível estimular as actividades eco-nómicas a nível local e regional em equilíbrio com a preservação do pa-trimónio natural e histórico-cultural, conseguindo que as populações locais se sintam envolvidas em todo o processo de desenvolvimento, incutindo-lhes uma nova cultura de exigência e permitindo a descober-ta de outras soluções para os seus problemas. O habitual discurso da desertificação e mesmo, por vezes, da desolação, dá lugar a uma nova esperança onde a inovação, a con-servação da natureza e o turismo sustentável constituem os pilares dum desenvolvimento económico equilibrado com novas oportunida-des para todos.

O Geopark Naturtejo oferece no

seu conjunto um vasto e diversifica-do Património Natural e Histórico-Cultural que vai desde o Parque Natural do Tejo Internacional e o Monumento Natural das Portas de Ródão, aos sítios Rede Natura da Serra da Gardunha e de Nisa e as Important Bird Areas, destinos singu-lares de Natureza, 16 geomonumen-tos que contextualizam 600 milhões

de anos de dinâmica do Planeta, Al-deias de Xisto, Aldeias Históricas e 70 monumentos classificados.

C.S. Que futuro está projectado para a Naturtejo – GeoPark?

A.J. O Geopark Naturtejo da Meseta Meridional obteve cartão verde na última reunião da Comis-são de Coordenação da Rede Euro-peia de Geoparques que se realizou

na Noruega, após uma avaliação efectuada ao território em Julho de 2011. Assim, o parecer positivo e muito elogioso, da equipa que visitou este território, permite a permanên-cia do Geopark Naturtejo na Rede Europeia e Global de Geoparques, sob os auspícios da UNESCO, por um período de mais 4 anos, que se estende até 2015.

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Vá Para Fora Cá Dentro, Viver o Tejo!

Alberto Pimentel fala por mim quando diz:“O nosso belo Tejo, amplo e azul, tão abundante de águas como de tradições, por igual brilhantes, tão cheio de luz como de memórias, tão povoado de velas brancas como de recordações eternas. Nada lhe falta ao belo rio azul do extremo ocidente para ser famoso entre os famosos, notável entre os notáveis. Grande pelo seu curso, pelo seu porto, pelas suas tradições históricas. Pitoresco pelas suas margens e pelos seus castelos, que ou ressaltam do seio das águas, como o Almourol, ou as dominam do alto, como Santarém; Belo pela cor, que tem o brilho e a pureza de uma safira, onde o famoso céu meridional espelha numa eterna apoteose de luz ”.

Notícias do Mar

Conhecer e Viajar Pelo tejo Texto e Fotografia Carlos Salgado

OTejo foi desde a Pré-História uma força atractiva de povos que vieram instalar-

se na proximidade das suas mar-gens. Eles trouxeram culturas e credos diferentes que se foram so-brepondo e entrelaçando ao longo dos tempos, o que contribuiu para construir um universo do Tejo reche-ado de patrimónios, feitos históricos e tradições. O Tejo, no caminho que percorre desde a fronteira até ao Atlântico atravessou, pelo menos, quatro regiões: a Beira, o Alentejo, o Ribatejo e o grande Estuário que têm, cada uma delas as suas ca-racterísticas bem diferenciadas das outras, devido aos solos e ao pró-prio clima, e graça a isso foi criando uma pluralidade de paisagem e foi

gerando uma biodiversidade fora do comum que determinou a clas-sificação de inúmeros Parques, Re-servas Naturais e Zonas de Protec-ção Protegida. O homem ribeirinho foi, naturalmente, influenciado pelas características próprias dessas re-giões e, por conseguinte, teve que adaptar-se às condições em que foi vivendo e adoptando comporta-mentos também diferentes no seu modo de vida, usos e costumes, ac-tividades laborais tanto nos ofícios como nas artes, na etnografia, nos saberes e nos sabores e nas formas de exteriorizar os seus sentimentos e graças a isso, o nosso Tejo é um rio de TRADIÇÕES, MEMÓRIAS e EMOÇÕES. Gerou por isso uma riquíssima panóplia de ofertas turís-ticas que devem ser aproveitadas

e potenciadas com competência e empreendedorismo. È com estas mais valias que deve ser construí-do o futuro turístico sustentável do Tejo.

A estratégia pela qual a Natur-tejo evoluiu com sucesso e susten-tadamente, é um exemplo a seguir por outras regiões do Tejo.

O planeamento do turismo é uma ferramenta estruturante da política de desenvolvimento sustentável e por isso ocupa um lugar decisivo no processo de concepção e im-plementação das estratégias mais eficazes para atingir os objectivos, estratégias que devem ser funda-mentadas no conhecimento do que devem ser, especificamente, as ac-tividades turísticas das zonas húmi-das, da natureza, do espaço rural,

da náutica de lazer e de recreio, da cultura das comunidades e dos aglomerados urbanos ribeirinhos. É preciso repensar, com consciência e know-how, qual deve ser o melhor “ turismo ” para o Tejo segundo uma óptica realista, alicerçada numa re-lação de qualidade e continuidade. A organização da oferta turística, a promoção integrada e a gestão participada são algumas das di-mensões mais inovadoras, tendo em vista a afirmação de uma marca diferenciadora no contexto turístico nacional.

Voltando a fazer referência à ri-quíssima panóplia de ofertas turís-ticas do Tejo nacional que nenhum outro rio português possui com tanta diversidade, devido às característi-cas próprias das várias regiões que

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Notícias do Mar

o rio atravessa e à incomparável quantidade de autarquias bordejan-tes com acesso a terra que, só no grande estuário se contam quinze. Dessas ofertas turísticas passo a destacar algumas delas:

O ArtesanatoO Tejo define o carácter do homem, dá-lhe a inspiração e oferece-lhe os materiais mais adequados à criação da sua arte, que está intimamen-te ligada ao artesanato. O Folclore – directamente relacionado com a faina campestre e com as festas e os momentos de diversão, ele re-trata a vivência humana dos traba-lhos agrícolas e também da faina da pesca artesanal e, em particular na região ribatejana, com os trabalhos da criação, tratamento e treino do cavalo de raça e da condução e lide do gado bravo e também da vinha e do vinho. Folclore esse que no Ribatejo assimila, etnográfica e mu-sicalmente, todas as características das regiões da Beira Baixa e do Alto Alentejo que se foram enraizando graças às migrações de trabalhado-

res que vinham sazonalmente para as fainas das lezírias. A Gastrono-mia – Os solos férteis disponibilizam uma farta variedade de produtos agro-alimentares e de peixe do rio que, mulheres e homens dotados para a cozinha, dotes esses que são transmitidos de geração em ge-ração, transformam esses produtos e apuram-nos nas mais variadas e deliciosas iguarias. Os Vinhos – a vitivinicultura do vale do Tejo, com destaque para o Alentejo e Ribatejo, tem uma história secular pois graças à genialidade do homem e dos fer-tilíssimos solos regionais que deter-minam algumas manchas vinícolas superiores, produzem-se vinhos de variadas castas, que são preciosos néctares. A Festa Brava – com maior evidência nas regiões do Ribatejo e do Estuário a festa dos toiros está profundamente enraizada na cultura do povo que, com paixão e valentia, participa nas largadas e nas espe-ras, nas touradas, nas tentas como espectadores, forcados, toureiros e cavaleiros, campinos e também muitos populares aficionados. As le-

zírias, com as suas ricas pastagens são espaços amplos e planos onde o touro de lide e o cavalo de raça nascem, são criados, pastam, vivem e crescem cuidados pelos seus pas-tores, os valentes campinos de trajo garrido. O Tejo Monumental – reche-ado de castelos, igrejas, conventos, palácios e museus alguns deles vi-vos, tem uma riquíssima oferta cultu-ral, desde a fronteira até à foz onde se inclui a capital Lisboa e o seu por-to, ambos milenares, a Lisboa das sete colinas e dos descobrimentos, que foi cidade imperial. O Turismo Lúdico-cultural - O Tejo, com a sua profusão de atributos, característi-cas e valores tão diversificados é um rico filão para o turismo. Os ricos recursos naturais e paisagísticos, o património monumental e cultu-ral, a predominância de pequenos centros, vilas e aldeias com a sua beleza plástica, a simpatia e a afa-bilidade da gente ribeirinha, comple-mentados pelos seus espaços rurais com características tão peculiares de região para região, fazem do Tejo um potencial produto turístico, tanto

ao nível nacional como para expor-tação. Não pode ignorar-se também que os campos, as cidades e as ser-ras têm mais encanto vistas a partir do rio, esse Tejo que foi historica-mente e deve voltar a ser, a estrada líquida que constituiu a principal via de comunicação da nação. “ Vá para fora cá dentro para viver o Tejo ” é a palavra de ordem para estimular o desenvolvimento económico do país, de que ele tanto precisa. O forte crescimento do número de tu-ristas (nacionais e internacionais) e a expressão urbanística e rural do lazer, não podendo esquecer-se a importância da náutica de recreio, são argumentos de peso que justi-ficam as preocupações actuais em matéria de sustentabilidade e plane-amento da actividade turística que, no essencial, é de relevante impor-tância o envolvimento das popula-ções locais.ONDE ESTÃO OS EMPREENDE-DORES ? SERÁ QUE É PRECISO VIREM DE FORA ? POIS QUE VENHAM !

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Mercury Apresenta Novos Monitores VesselView para os Seus MotoresA Mercury Marine apresenta os novos monitores de dados VesselView 4 e Ves-selView 7, que são de fácil utilização e desenvolvidos para os sistemas de pro-pulsão da Mercury.

Náutica

Notícias Touron

AVesselView é conhe-cida, desde há mui-to, como líder mun-dial em sistemas de

informação de dados dos motores no sector da náutica de recreio.

Várias funções adicionais, como o ECO-Screen, Smart Tow, Troll Control, a par dum design mais actual, foram integradas nos no-vos modelos, o que vem reforçar ainda mais as suas reputação e

liderança.O modelo VesselView 7 dis-

pões dum monitor de cristal de 17,8 cm (7’’), enquanto o Vessel-View 4 tem um monitor de cristal de 10,2 cm (4’’). Cada modelo permite visualizar mais de 30 pa-râmetros do motor, tais como ní-vel e autonomia de combustível, temperatura e pressão do óleo, voltagem da bateria, profundida-de da água, controlo do gerador e muito mais.

Os utilizadores podem conse-guir uma óptima economia de con-sumo com a opção ECO-Screen, a qual recomenda o melhor ajuste de trim e velocidade do motor no sentido de permitir poupanças em combustível na ordem dos 20%.

A função Smat Tow é ideal para os apaixonados pelo esqui aquático e wakeboard, pois esta permite definir vários perfis de ve-locidade inicial e de cruzeiro, sem importar quem está ao comando da embarcação.

Os pescadores irão apreciar a função Troll Control que permi-te ao utilizador fixar e controlar a velocidade de currico, sem utilizar o acelerador. Permite, também, manter uma velocidade fixa que poderá ser incrementada ou redu-zida em intervalos de 10 RPM.

Cada vez que o motor arranca, o VesselView faz um scan de diag-nóstico conferindo toda a tranqui-lidade ao nauta antes de se fazer à água. Durante o trajecto, ícones de fácil compreensão e com uma apresentação inteligente propor-cionam a informação necessária no momento adequado.

O monitor VesselView 7, que pode monitorizar até um total de 4 motores, pode ser usado como chart plotter e integrar acessórios de apoio, tais como radar e sonar, associar-se com uma char plotter Lowrance ou Simrad ou com ante-na GPS NMEA 2000 da Mercury. Uma entrada de vídeo possibilita a opção para instalação duma câ-mara traseira, melhorando a visão durante movimentos de marcha-atrás ou manobras de atracagem.

Os sistemas VesselView 4 e VesselView 7 são compatíveis com motores fora de borda Mari-ner e Mercury com pré-instalação SmartCraft, motores MerCruiser, motores Mercury Racing e mo-tores Mercury Diesel. Ambos os modelos oferecem a informação em 16 idiomas diferentes, incluin-do português e espanhol. Os no-vos monitores estarão disponíveis para compra a partir de Junho de 2013.

ABrunswick Marine in EMEA apresentou um novo conversor SmartCraft/NMEA2000 que converte a informação digital gerada pelo motor para

o protocolo NMEA 2000, podendo ser utilizado em sistemas de informação e plotters de outras marcas.

Desta maneira, qualquer monitor com entrada NMEA2000, pode mostrar dados dos motores, reduzindo drasticamente o número de manómetros necessários no posto de comando.O novo conversor SmartCraft/NMEA2000 pode ser utilizado em todos os motores que tenham saída de dados Smartcraft: nos fora de borda Mariner e Mercury a partir do F50 EFI, em todos os modelos com coluna Mercury MerCruiser MPI, nos motores Mercury Diesel QSD e nos motores Cummins QSB, QSC e QSM.Este conversor funciona tanto em instalações individuais de motores, como instalações múltiplas, com um ou vários postos de comando.

Mercury Anúncia Novo Conversor SmartCraft/NMEA 2000 para os Seus Motores

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Lisboa nos 10 Destinos Favoritosde Turismo de Cruzeiros

Lisboa é um dos 10 destinos preferidos dos turistas de cruzeiros, sobretudo dos britânicos. O clima é o que mais os atrai mas também a hospitalidade e a faci-lidade de acesso à cidade.

Notícias do Mar

Economia do Mar

Segundo um estudo elaborado com base num inquérito feito em 2012, a quase mil

passageiros pelo Turismo de Lisboa e pela Administração do Porto de Lisboa Turismo, o grau de satisfa-ção médio dos turistas de cruzeiro quando visitam a cidade é de 8,3, numa escala de 1 a 10.

O Inquérito a Passageiros In-ternacionais de Cruzeiros 2012 conclui ainda que mais de metade (55%) dos entrevistados acha que as suas expectativas foram supera-das no passeio a Lisboa.

A maioria dos que visitam a capital portuguesa desta forma são britânicos, concluiu o estudo, acrescentando que são casais sem filhos e com uma idade média de 51 anos.

Além disso, são pessoas pro-fissionalmente ativas e com habili-tações universitárias, que gastam, em média, cerca de 118 euros du-rante uma estadia de nove horas em Lisboa.

Este valor serve sobretudo para pagar visitas a museus, monumen-tos e outros pontos turísticos, além de fazer compras -- sobretudo vi-nho, pastelaria e artesanato -- e co-brir a alimentação e os transportes.

Quase metade dos passageiros (45%) gosta mais de visitar Lisboa pelos seus próprios meios, dando preferência a zonas perto do local onde os navios atracam, ou seja, Baixa e Chiado, Belém, Bairro Alto e Cais do Sodré. A maioria, no en-tanto, opta por excursões com guia compradas a bordo.

Quase todos os entrevistados (86%) admitem a possibilidade de regressar a Lisboa fora do conceito de cruzeiro, apesar de 97% referi-rem que o destino é muito recomen-dado como ponto de passagem de cruzeiros.

Mas um em cada cinco entrevis-tados admite que visitar Lisboa foi mesmo a condicionante para esco-lher aquele cruzeiro.

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Final do Campeonato Regionalde Natação com Barbatanas em LisboaA FPAS realizou a fase final do Campeonato Regional de Natação com Barbatanas de Lisboa, no dia 7 de Abril e teve como palco a piscina do Clube de Natação do Colégio Vasco da Gama (CNCVG), em Belas.

Notícias do Mar

Notícias da Federação Portuguesa de Actividades Subaquáticas

Em competição esti-veram os nadado-res da Associação de Educação Física

e Desportiva de Torres Vedras (AEFD), do Clube de Natação do Montegés, do Clube de Natação da Amadora (CNA), do Clube de Natação do Colégio Vasco da Gama (CNCVG) e da Liga Portu-guesa de Desporto para Surdos (LPDS), dos vários escalões etá-rios: juniores B, C, D e seniores.

O campeonato foi uma organi-zação da delegação regional de Lisboa, com o empenhado apoio da equipa de arbitragem da Fe-deração Portuguesa de Activida-des Subaquáticas, liderada pela juíza árbitra nacional, Susana Jerónimo.

Para além da excelente parti-cipação de todos os atletas trei-

nadores e familiares presentes, destacaram-se os seguintes atle-tas quer pelos tempos, quer pelas medalhas de 1º, 2º e 3º lugar, res-petivamente, obtidas nas provas individuais:

50 metrosJuniores D, Femininos, Eduarda Santos, Margarida Duarte, am-bas da AEFD, Beatriz Pinto, do Montegés,

Masculinos, Tiago Santos, Gonçalo Duarte e David Pereira, da AEFD;

Juniores C, Femininos, Inês Ramos, Joana Pona, Adriana Ga-mito, da AEFD, Masculinos, Gui-lherme Ramos, Ricardo André, da AEFD, Bernardo Ramos do CNCVG; Juniores B, Femininos, Francisca Santos, Joana Timó-tio, Rita Farinha, da AEFD, Mas-

culinos, Rafael Brasil, da AEFD, Miguel Pinto, do CNCVG e João Compete, do CNA;

Sénior, Masculinos, Ricardo Belezas, da LPDS, Duarte Mou-rão, do ESJB, André Gonçalves, do CNA; master, Paulo Carvalho, da SFUAP.

100 metrosJuniores D, Femininos, Eduarda Santos, Margarida Duarte, da AEFD, Beatriz Pinto, do Monte-gés,

Masculinos, Tiago Santos, Gonçalo Duarte e David Pereira, da AEFD;

Juniores C, Femininos, Inês Jerónimo, do Montegés, Joana Pona e Inês Ramos, da AEFD,

Masculinos, Guilherme Ra-mos, Ricardo André, da AEFD, Carlos Almeida, do CNCVG; Ju-

niores B, Femininos, Francisca Santos, Rita Farinha e Joana Ti-mótio, da AEFD, Masculinos, Ra-fael Brasil, da AEFD, Rúben Pau-lino, do Montegés, Miguel Pinto, do CNCVG;

Sénior Femininos, Patrícia Je-rónimo, do Montegés e Susana Lourenço, da LPDS, Masculinos, Gonçalo Oliveira, do CNA, João Costa, do CNCVG e Ricardo Be-lezas, da LPDS.

200 metros Juniores D, Femininos, Joana Fernandes e Mariana Alves, do CNA; Juniores C, Femininos, Inês Jerónimo, do Montegés,

Masculinos, Carlos Almeida e Henrique Ferreira, do CNCVG;

Juniores B, Masculinos, Rú-ben Paulino, do Montegés, Bruno Ramos, do CNA, Tomás Fernan-

Pódio Feminino 4x200 metros

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Notícias do Mar

des, do CNCVG; Sénior, Feminino, Patrícia Je-

rónimo, do Montegés, Masculinos, João Costa, do

CNCVG, Ricardo Parizot, do CNA; master, Paulo Carvalho, da SFUAP.

400 metros Juniores D, Femininos, Ana Silva e Joana Fernandes, do CNA;

Juniores C, Masculinos, Bruno Ramos, do CNA, Rodrigo Carmo, do CNCVG e David Correia, do CNA;

Juniores B, Masculinos, Mi-guel Cruz, da LPDS, Diogo Cor-reia, Diogo Jantarada, do CNA;

Sénior, Feminino, Susana Lou-renço, da LPDS,

Masculinos, André Gonçalves, do CNA, Duarte Mourão, ESJB e Jorge Almeida, do CNA.

Provas 4x200metros Feminino, Associação de Edu-cação Física de Torres Vedras, Clube de Natação de Montegés, Clube de Natação da Amadora e

Masculinos, Clube de Natação da Amadora, Associação de Edu-cação Física de Torres Vedras e o Clube de Natação do Colégio Vasco da Gama em absolutos.

No final do evento o Presiden-

te da FPAS – Ricardo José teve oportunidade de agradecer a todos os participantes e ao CN-CVG, pelo excelente acolhimento e condições proporcionadas, es-

pecialmente, ao seu representan-te o treinador Sandro Barão, pela

colaboração prestada na organi-zação desta prova.

O Regional disputou-se na piscina do Clube de Natação do Colégio Vasco da Gama

AFPAS realizou mais um estágio da Seleção Nacional Elite Masculina de Hóquei Subaquático, nos dias 13 e 14 de Abril, na piscina municipal

de Porto de Mós.Ao Selecionador Nacional Tiago Domingos coube a responsabilidade de convocar, para este estágio, 16 atletas dos principais clubes desta modalidade desportiva praticada em apneia, numa piscina.

Os convocados foram os seguintes: André Martins - Clube de Natação da Amadora, André Carvalho - Clube de Natação da Amadora, André Gaspar - Aquacarca, Bruno Raimundo - Aquacarca, Christophe Fernandes - Núcleo Subaquático de Coimbra, Daniel Cardoso - Clube de Natação da Amadora, David Caseiro - Aquacarca, David Teiga - Aquacarca, Diogo Jantarada - Essência do Eixo, Gonçalo Oliveira - Clube de Natação da Amadora, Hugo Dias - Aquacarca, João Sousa - Essência do Eixo, Jorge Almeida - Clube de Natação da Amadora, Pedro Ferreira - Clube de Natação da Amadora, Rafael Escaleira - Clube de Natação da Amadora, Ricardo Vieira - Clube de Natação da Amadora, Sacha Matias - Clube de Natação da Amadora.Este estágio integra o plano de preparação para a participação de Portugal no Campeonato do Mundo que se realizará, entre os dias 21 e 31 do próximo mês de Agosto, em Eger, na Hungria.

Seleção Nacional de Hóquei Subaquático Realizou Estágio

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Victory Vence na China

As etapas de abertura do UIM Class 1 Powerboat World Championship 2013 foram realizadas em Sanya, na China pela primeira vez na história dessa categoria nos dias 29/30 de Março.

Motonáutica

Texto Gustavo BahiaFotografia Raffaelo Bastianni Class One - Grande Prémio da China

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Ao fundo a cidade de Sanya, palco das provas de abertura da Classe 1 Powerboat em 2013

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Sem alternativas para promover etapas na Europa, o Promotor da Categoria tem

conseguido abrir as portas da Ásia, e a China que já recebe a F1H2O, agora trouxe a Class 1 Powerboat. A cidade de Sanya pertence a Provícia de Hainan

ao sul da China sendo conside-rada como a Riviera Chinesa. Uma população de 685.000 habitantes, tem uma excelente infra-estrutura aliada a beleza natural da região. Nessa nova atmosfera a dupla de Dubai conseguiu vencer as duas eta-pas e lidera o Campeonato. Arif

Al Zaffein e Mohammed Al Marri do Victory 3, deram um impor-tante passo para a conquista de mais um Campeonato.

Zabo – Isiklar 91 mostra forçaO barco 91 da dupla Ugur Isik/Christian Zaborowisky marcou

sua participação de forma es-pectacular começando com os melhores tempos nas clas-sificações. Na primeira prova, largou na ponta e terminou em segundo lugar, a melhor classi-ficação da dupla com os novos motores Mercruiser. Os testes em Dubai foram importantes para conseguir um excelente equilíbrio e velocidade para o barco. Na segunda prova, o inesperado. Logo na primeira volta o barco rolou muito rápido e causou o abandono da dupla quando estavam em segundo.

O barco Zabo-Isiklar começou com muita força, garantindo o 2º lugar na primeira prova

Os Campeões de 2012 começaram bem o campeonato de 2013 na China

O tradicional desfile pelas ruas de Sanya

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Motonáutica

Os danos foram apenas mate-riais, mais muito graves para o barco que deve receber toda parte superior nova, inclusive o cockpit. Nenhum dos pilotos teve qualquer problema.

Com apenas9 barcoso Campeonatodeixa a desejarDesde a saída da Equipa do Qatar no fim do ano passado, a categoria sofre muito pela falta desses 2 barcos super compe-titivos. Com 9 barcos presentes em Sanya, todo esforço de uma super produção ficou apagado pela falta de barcos na água. Considerando que apenas 5 barcos são realmente competiti-vos, os demais não conseguem fazer mais do que se arrasta-rem ao longo da prova.

Marit Stromoyfoi a Chinapara ver as provasUma das principais atracções da prova na China era a pilota

O barco Victory Austrália mostrou-se competitivo na duas provas da China

Ugur Isik e Christian Zaborowski alegres pela conquista do 2º lugar

Na 2ª etapa o Zabo-Isiklar teve um grave acidente logo na primeira volta com danos ao barco

O tradicional desfile pelas ruas de Sanya

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Motonáutica

norueguesa Marit Stromoy em parceria com seu compatriota Pal V. Nilsen, no barco 86 Vi-sun Sanya. Um patrocínio do patrocinador local, orquestrado pela H2O Racing, Promotora do Campeonato. O que se viu foi uma vergonha, o barco sem-

pre com problemas mecânicos, não participar em nenhuma das duas provas.

Equipas a destacar para 2013As equipas mais fortes são Victory Dubai (3) e Zabo Isiklar (91). Nas demais destacamos Victory Austrália (7), Fendi Ra-cing (10) e Team Abu Dhabi (5). As restantes podem ter um ou outro resultado positivo, depen-dendo das performances das principais, são: FA.RO. Acciai (23), Poliform (74), LF FENDI (8) e Visun Sanya (86).

Turquia apostaforte na Class 1A maior novidade nesse cam-peonato 2013 de Class 1 é a confirmação de 4 provas em Istambul, na Turquia em Junho. Serão realizadas em dois fins-de-semana e com muito apoio do Governo da Turquia e do Grupo Isiklar, prometem muita adrenalina. Com a participação do piloto turco Ugur Isik em um dos barcos mais velozes do campeonato, os turcos prome-tem reunir um público recorde as margens do Bosphorus.

Marit Stromoy não conseguiu participar em nenhuma das provas por falha mecânica

O barco da equipa de Mauro D´Alessio tenta chegar ao grupo dos melhores

O contraste entre o avançado design dos prédios e um taxi tradicional

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“Não Irei LiderarQualquer Lista às Eleições”Guilherme Bastos, Presidente da Federação Portuguesa de Surf durante 10 anos, anuncia fim de cíclo.

Surf

Notícias da Federação Portuguesa de Surf

Para ser mais fácil todos saberem dos motivos porque Gui-lherme Bastos quer

sair de presidente da FPS, transfor-mámos esta conversa com a Fede-ração em entrevista.

FPS – A poucos dias da As-sembleia-Geral onde se elegerá a próxima Direcção da FPS, a per-gunta obrigatória é: Guilherme Bas-tos vai liderar uma lista?

GB – Não. Não irei liderar qualquer lista às eleições. Mais: não irei, sequer, concorrer em nenhuma lista cuja composição seja suge-rida por mim. Creio que chegou a altura de dar liberdade às pessoas interessadas para conduzir a Fede-ração Portuguesa de Surf para um

novo ciclo.Entendo que a FPS chegou a

um momento de ruptura com o pa-radigma técnico do passado e que é altura de desenhar um novo mo-delo técnico de provas, formação e Selecções. Isto porque em 2014 espero ter todos os Centros de Alto Rendimento de Surf a funcionar e com estes, todo um novo paradig-ma a que a próxima Direcção terá de se adaptar.

FPS – Passou 12 anos como dirigente da FPS, 10 deles como presidente da Direcção. Em jeito de balanço, quais os triunfos desta dé-cada de liderança?

GB - Houve, felizmente, vá-rios. Antes de mais, a sustentabi-lidade da Federação, que foi uma

das principais razões pelas quais decidi assumir a sua presidência. Quis criar bases para que a FPS fosse sustentável e criar condições para que voltasse a ser uma institui-ção respeitada por todos. Recorde-se que, há 12 anos, não havia sur-fistas na Federação. Os surfistas tinham promovido um boicote geral à FPS e hoje são, novamente, parte integrante desta instituição.

Também posso reclamar a con-solidação dos circuitos de esperan-ças, de surf e bodyboard, sustentá-veis e dinâmicos que tiveram papel fundamental na formação de jovens valores como Vasco Ribeiro, Frede-rico Morais, Manuel Centeno, Hugo Pinheiro, entre muitos outros, e que também contribuíram para ajudar

os clubes a organizar eventos e, nesse processo, a organizarem-se a eles próprios e a crescer.

O trabalho conduzido por esta Direcção traduz-se, também, em termos desportivos, na conquista de 3 Campeonatos da Europa da FES em quatro possíveis, a parti-cipação na China Cup – 8º melhor país do mundo, além de um vasto conjunto de resultados individuais dos nossos atletas.

FPS – A construção dos CAR não será o feito que define o suces-so desta Direcção?

GB – Não. Os Centros de Alto Rendimento surgem na sequência dos resultados desportivos e como reconhecimento do trabalho levado a cabo pela FPS. Foi nessa medida

Guilherme Bastos

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João Guilherme Montenegro Ramos Bastos, nasceu em Monserrate – Viana do Castelo, a 3 de Janeiro de 1975 (38 anos), é licenciado em Administração de Marketing, casado e vive atualmente na cidade do Porto.Sócio número 37 do Surf Clube de Viana é seu dirigente desde os 18 anos (1993), tendo sido seu Presidente entre 1995 e 2005. É atualmente Presidente da Mesa da Assembleia Geral.A nível nacional, foi eleito Vice –Presidente em 2001 e é atualmente o Presidente daFederação Portuguesa de Surf, desde Fevereiro de 2003.Foi praticante competitivo de bodyboard, e é federado com o número 217, tendo participado em várias provas nacionais individuais e de clubes, representando o SCV.Enquanto Dirigente foi preletor em diversos colóquios, congressos e pales-tras nas áreas do desporto, turismo e assuntos do Mar. É um dos primeiros treinadores de Surf do país.Para além de inúmeros sucessos a nível do Surf Clube de Viana, onde se destaca a organização do 1º campeonato do mundo de Bodyboard fora do Havai , salienta-se a nível nacional a conquista para Portugal de três títulos de campeão europeu por seleções, em quatro possíveis. A conquista de um título mundial de bodyboard. Uma das melhores classificações de sempre em Surf, (8º Mundial). A organização e co-organização de inúmeras provas ( nacionais, europeias e mundiais ), sendo que atualmente em Portugal existem cerca de 50 eventos anuais com premiações monetárias superiores a 1,5 milhões de euros.É o principal responsável pelo desenvolvimento e implantação da rede dos Centros de AltoRendimento de Surf em Portugal – Viana do Castelo, Aveiro, Nazaré e Peniche.

Surf

que o Governo projectou a constru-ção de sete Centros de Alto Rendi-mento, dos quais quatro passaram à fase de construção [Peniche, Viana do Castelo, Aveiro e Nazaré]. Respondendo à pergunta, os CAR não são a obra que define esta Di-recção, mas são o culminar de um trabalho de 10 anos e um símbolo do fim de um ciclo e de um novo pa-radigma para o desenvolvimento do surf nos próximos 25 anos.

FPS – E quais as maiores difi-culdades com que se debateu a Di-recção de Guilherme Bastos nestes 10 anos?

GB – Essencialmente, duas. E estão directamente ligadas entre si. A grande dificuldade tem sido finan-ceira com uma clara falta de apoio estatal e uma evidente discrimina-ção da

Federação Portuguesa de Surf, sistematicamente prejudicada em relação a outras federações.

E como consequência disto, a im-possibilidade da FPS em se apetre-char com maios técnicos e humanos que lhe permitissem dar uma melhor resposta às suas necessidades.

FPS – E quais as maiores frus-trações?

GB – Ficam-me duas frustra-ções: não ter conseguido assegurar instalações dignas para albergar a sede da Federação e nunca ter con-seguido conquistar o título de cam-peão europeu de juniores.

FPS – Olhando agora para o futuro, quais os desafios que se co-locam à próxima Direcção da Fede-ração Portuguesa de Surf?

GB – Há vários, começando com carácter de urgência, com a or-ganização e estruturação do modelo técnico de formação da FPS, nome-adamente no que concerne à forma-ção de treinadores, escolas de surf, etc. Também preparar as próximas competições internacionais das Se-lecções. Depois, a outro nível, terá de procurar capitalizar todos os be-nefícios decorrentes da organização de grandes eventos internacionais em Portugal e tudo o que se relacio-na com o surf, muito concretamente, promover uma maior ligação entre a Federação, os organizadores de eventos, patrocinadores e a indús-tria do surf. Finalmente, repensar a estrutura de provas da Federação, com Circuitos Nacionais, Taça de Portugal, etc.

FPS – E, agora, ao cabo de dez anos à frente da Federação Por-tuguesa de Surf, mais um passado rico no associativismo do surf, qual o papel que Guilherme Bastos desem-penhará no surf nacional?

GB – Neste momento, apenas estou disponível para ajudar a próxi-ma Direcção no que necessitarem, de forma informal, e ajudar o meu clube do coração, o Surf Clube de Viana. Saio com o sentimento de dever cumprido e com a consciên-

cia de ter feito tudo ao meu alcance para atingir os objectivos a que me propus. Acima de tudo, saio também com a convicção que esta Direc-ção se comportou com sentido de Estado e consegui, contra muitos críticos e “lobbies” tratar todas as

modalidades do elenco federativo e relacionar-se com os seus agentes com toda a equidade e justiça.

Quero, por fim, desejar as maio-res felicidades à próxima Direcção e o maior sucesso num trabalho que garanta o futuro do Surf Nacional.

Circuito Europeu de bodyboard (ETB)

AFederação Europeia de Surf divulgou hoje o seu calendário para a temporada de 2013, com Portugal a constar como destino de destaque, com a realização de

duas etapas, em Aveiro e Figueira da Foz, embora esta careça ainda de confirmação.A primeira etapa é já de 10 a 12 de Maio, no La Salie Pro Bodyboarding Festival, em Arcachon, França, a contar para os “rankings” masculino e feminino, seguindo-se Zu-maia, no País Basco espanhol (ainda por confirmar), apenas para o “ranking” masculino. O circuito passa então por Aveiro, no Miss Sumol Cup, um quatro estrelas feminino já enormemente conceituado e com muita tradição; Figueira da Foz, even-tualmente, de 2 a 4 de Setembro, e Marrocos a encerrar o circuito, em Novembro ou Dezembro, consoante a organização local fixar até lá. Recorde-se que os portugueses têm vários campeões deste circuito. Casos deManuel Centeno, Hugo Pinheiro ou Silvano Lourenço, nos homens, e CatarinaSousa, Rita Pires ou Marta Fer-nandes. O campeão masculino em título é o francês, radicado em Portugal, Pierre Louis Costes. E a campeã feminina, a brasileira Nicolle Calheiros.

Portugal com Duas Etapasdo Circuito Europeu

52 2013 Abril 316

Francisco Alves e Camila KempVencem MEO Caparica ProFrancisco Alves venceu no passado dia 30 o MEO Caparica Pro by Rip Curl, primeira etapa da Liga MOCHE 2013, sucedendo à vitória de Camilla Kemp que na véspera bateu as suas adversárias na mesma prova, na Praia do CDS, Costa de Caparica.

Surf

Liga MOCHE 2013

Ovencedor, um surfis-ta local, conseguiu com ondas fortes de 2,5m, a sua

primeira vitória de sempre a este

nível, derrotando na final o actual vice-campeão nacional, Frederico Morais, com a pontuação de 14.75 pontos em 20 possíveis contra os 8.75 pontos do atleta do Guincho,

assumindo o primeiro lugar na luta pelo título nacional deste ano.

Francisco Alves, campeão na-cional Pro Júnior em título, dominou por completo a final, realizando nas

duas melhores ondas 7.75 e 7.00 (cada onda num máximo de 10 pon-tos). As ondas estiveram difíceis de encontrar num mar revolto, tendo os surfistas optado por surfar no

Camilla Kemp

Francisco Alves

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Surf

inside, a zona de reformação das ondas, mais próxima da areia.

O atleta de 19 anos demonstrou uma grande consistência ao longo de toda a prova, evidenciando o seu conhecimento deste local.

Francisco, na véspera já tinha batido o seu amigo José Ferreira (curiosamente vice-campeão nacio-nal Pro Junior), que assim terminou esta primeira etapa num bom quinto lugar, a par de um regressado Ivo Cação, da Figueira da Foz, e dos amigos Gony Zubizarreta, surfis-ta galego residente em Portugal, e Marlon Lipke, luso germânico e actual campeão europeu de surf profissional.

Lipke foi batido por João Guedes na última bateria do dia, realizada ao final da tarde, após quatro horas de espera devido à maré cheia, em condições bastante exigentes mas competitivas.

Guedes, campeão nacional em 2009, começou assim o ano com uma presença nas meias-finais, após ter terminado 2012 com um segundo lugar na derradeira etapa.

Além do surfista do Porto, es-tiveram ainda nas meias-finais Francisco Alves e os dois surfistas que melhores pontuações têm fei-to ao longo da prova, o campeão e o vicecampeão nacional em título, Vasco Ribeiro e Frederico Morais, que tiveram de “suar as lycras” para passarem as suas baterias dos quartos-de-final.

“Estou muito contente com esta vitória e ainda nem acredito bem que isto está a acontecer,” disse o campeão. “É muito difícil vencer o Frederico Morais e o Vasco Ribeiro, que são excelentes surfistas. Mas consegui encontrar boas ondas e mostrar o meu surf. O apoio do pú-blico foi muito importante,” referiu.

Camila Kemp com vitó-ria no escalão maiorCamilla Kemp, atleta ainda júnior, venceu recentemente a primeira etapa do circuito nacional de es-peranças, na mesma praia, alcan-çou pela primeira vez uma vitória no escalão maior do surf nacional feminino, dando muito boas indica-ções para um eventual ataque ao título.

“Não estava mesmo nada à espera disto,” disse timidamente Camilla à saída da bateria final. “As condições estavam difíceis, mas consegui apanhar uma onda boa, que acabou por ser a melhor do heat e que fez a diferença para o primeiro lugar. Estou muito feliz com a minha primeira vitória a este nível... agora vou ter de repensar os meus objectivos para este ano,” concluiu a jovem atleta.

Kemp deixou a actual bi-cam-peã nacional, Maria Abecasis, no segundo lugar, a mais jovem das

finalistas, Teresa Bonvalot, de 13 anos apenas, num honroso ter-ceiro lugar, depois de ter passado algum tempo no segundo posto, e a vice-campeã nacional, Keshia Eyre, também de 17 anos, no quar-to lugar final.

Todas as etapas da Liga MO-CHE contam com um prize-money de 11.000€ por etapa, um valor que ultrapassa o dobro do montan-te oferecido no ano passado, num total de 55.000€.

Apenas para os atletas mascu-linos, está novamente em jogo um lugar no Top 10 do MOCHE Wild

Cards, uma competição especial que, em cada etapa, contabiliza a melhor onda dos últimos 16 atletas em prova e define dez vagas para o campeonato de triagens que atri-bui um wildcard no MOCHE Pro Portugal presented by Rip Curl, a única etapa do principal circuito mundial de surf que se realiza em Portugal, em Outubro deste ano.

Neste momento, esse ranking é liderado por Vasco Ribeiro, com um uma onda de 9,5 pontos. Fre-derico Morais e Francisco Alves estão empatados na segunda posi-ção, com ondas de 8,75 pontos.

Organização:A Liga MOCHE é uma organização da Associação Nacional de Surfis-tas e da FIRE!, com o patrocínio do MOCHE, MEO, MINI, ALLIANZ, MA-LIBU, RAY ENERGY, os parceiros oficiais RTP, Cidade FM, GO-S.TV e Puro Feeling, os media partners Jornal i, Jornal Record, Sapo.pt, Surf Portugal, ONFIRE, Beachcam, e o apoio técnico da Federação Por-tuguesa de Surf. A etapa da Costa de Caparica conta com o patrocínio da Rip Curl e da Câmara Municipal de Almada, bem como com o apoio do Caparica Surfing Clube.

Frederico Morais foi finalista

Francisco Alves no Podio

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Director: Antero dos Santos – [email protected] Comercial: João Carlos Reis - [email protected]ção: Carlos Salgado, Gustavo Bahia, Hugo Silva, José Tourais, José de Sousa, João Zamith, Mundo da Pesca, Federação Portuguesa de Actividades Subaquáticas, Federação Portuguesa de Jet Ski, Federação Portuguesa de Pesca Desportiva do Alto Mar, Federação Portuguesa Surf, Federação Portuguesa de Vela, Associação Nacional de Surfistas, Big Game Club de Portugal, Club Naval da Horta, Jet Ski Clube de Portugal, Surf Clube de Viana.Administração, Redação: Tel: 21 445 28 99 Tlm: 91 964 28 00 - [email protected]

Federação Assume Stand Up PaddleIsa Sebastião é a nova cara do SUP (Stand Up Paddle) na Federação Portuguesa de Surf. A professora de Educação Física de 39 anos é a responsável pela mais recente modalidade da FPS – integrada pela Assembleia Geral de Novembro do ano passado – no processo de expansão, divulgação e estruturação do SUP em Portugal.

Surf

Notícias da Federação Portuguesa de Surf

Acerca da nova responsável pelo SUP na FPS, Isa Sebastião, o seu

interesse pelos desportos de prancha começou noutra abor-dagem completamente diferen-te, conforme recorda a própria: “Fazia Kitesurf mas comecei a sentir a necessidade de fazer outra coisa qualquer e conheci o Stand Up Paddle, que me ca-tivou imediatamente.”

Um interesse que a levou, em 2010, a realizar um curso na IOSUP (International Orga-

nization Stand Up Paddle) e, posteriormente, a criar a escola Supaddiction, em Oeiras.

Imediatamente, ainda em 2010, organizou a primeira prova de SUP em Portugal, na variante de race, na pista de ca-noagem do Jamor.

O ano passado, iniciou os contactos com a FPS, que es-tava em processo de integrar a modalidade no seu quadro. Contactos frutuosos para am-bas as partes e que levaram a Direcção a confiar-lhe um papel instrumental na organização do

SUP em Portugal.O SUP apresenta uma enor-

me variedade de benefícios ao praticante, explica Isa Sebas-tião: “É excelente para todo o tipo de pessoas, podendo até, em águas paradas, ser uma actividade muito útil para popu-lações com necessidades es-peciais, como idosos, crianças, ou pessoas com alguns tipos de deficiência motora. A ver-satilidade do SUP permite que apostemos na sua expansão para o interior do país.”

O SUP está dividido em duas grandes variantes, de ondas e race, sendo que o projecto da FPS passa por implementar, numa primeira fase um circuito de race, passando depois, no médio-prazo, para a organiza-ção de um circuito de ondas.

O circuito de race poderá mesmo arrancar já em 2013.

Isa Sebastião

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Cartão de Saúde FPS em Parceriacom Allianz Global AssistanceA Federação Portuguesa de Surf e a Allianz Global Assistance assinaram uma parceria que permitirá aos associados da FPS usufruirem de um cartão de saúde que dá acesso a uma extensa rede médica nacional.

Surf

Notícias da Federação Portuguesa de Surf

Arede médica na-cional é composta por 5.169 clínicas, 665 Centros de

Diagnóstico, 1.132 hospitais (incluindo HPP, Luz, Lusíadas, British Hospital, Grupo Trofa, St. Luis, Hospor), 121 Laborató-rios e 200 Clínicas de Medicina Física e Reabilitação.

O segurado terá acesso a preços convencionados de forma imediata, simplesmente com a apresentação do car-tão, na realização de consultas, exames (incluindo check up ge-néricos) e tratamentos nas mais diversas áreas e com descontos até 50% da tarifa cobrada.

Principaisvantagens do cartão:

• Sem períodos de carência• Sem exclusões• Sem limite de idade• Benefício imediatoA FPS e a Allianz Global

Assistance disponibilizam tam-bém, com este cartão, uma linha telefónica (21 000 41 11)

acessível 24 horas, 365 dias, exclusiva aos federados bene-ficiários do cartão e que servirá para agendamentos relaciona-

dos com a Rede Médica.Tudo isto estará ao dispor ex-

clusivo dos federados da FPS e seus familiares, a partir do pró-

ximo dia 8 de Abril, mediante o pagamento de uma taxa anual unitária (um cartão por benefici-ário) de 6 euros.

AFederação Portuguesa de Surf, na sequência da sua parceria com a Allianz Global Assistance, disponibiliza um Seguro de Viagem

válido em Portugal e no Estrangeiro, complementar ao Seguro de Aci-dentes Pessoais.

Principais Coberturas• Cancelamento e Interrupção de Viagem• Assistência médica em Portugal e no Estrangeiro• Roubo perda ou destruição do equipamento de Surf• Atraso na entrega do equipamento de SurfLinha de apoio 24h aos Associados: 21 000 41 11Descrição de coberturasCancelamento e Interrupção de viagem (750 €)Transporte ou repatriamento em caso de doença ou acidente (ilimi-tado)Transporte ou repatriamento em caso de morte (ilimitado)Bilhete de ida e volta para um familiar e respectiva estadia em caso de doença(65€ p/dia max:7 dias)Despesas médicas, cirurgicas e de hospitalização no Estrangeiro em caso de doença (10.000 € com franquia de 50€

Seguro de Viagem FPS com Allianz Global Assistance

Despesas médicas, cirurgicas e de hospitalização em Portugal em caso de doença (600 €)Continuação de tratamentos em Portugal em consequência de doença no doença no estrangeiro (600 €)Perda ou roubo de passaporte ou BI no estrangeiro (150 €)Serviço de intérprete telefónico (ilimitado)Envio de medicamentos para o estrangeir (ilimitado)Roubo, perda ou destruição de bagagem (500 €)Artigos de primeira necessidade (150 €)Equipamento de Surf Roubo, perda ou destruição (500 €)Atraso na entrega do equipamento de surf (superior a 12 horas, 200€ p/dia max 4 dias)Tudo isto por um seguro que custa 11,66 € por mês, exclusivamente para federados da FPS

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Vela

Breves

VI Master Golden Series Valencia RS:X

João Rodrigues Terminana 2ª PosiçãoOveterano João Rodrigues mar-

cou presença nas VI Master Golden Series Valencia em RS:X, que decorreram em Valência, Espanha.

O velejador madeirense foi se-gundo classificado, sendo segundo nas seis regatas disputadas. Rodri-gues, que iniciou há poucos meses a sua sétima campanha olímpica, um feito notável e sem paralelo no desporto nacional, foi batido ape-nas pelo espanhol, Ivan Pastor, ac-tual número um do ranking mundial, um dos habituais companheiros

Os medalhados da VI Master Golden Series RSX1

de treino do português e que não poupa elogios ao atleta nacional: “Apesar de ter vencido não posso esquecer a presença do João Ro-drigues. Foi o vencedor da primeira edição da Master Golden Series, tem centenas de pódios, venceu em todos os circuitos, várias pre-senças olímpicas, campeão da Europa, enfim, defrontar o João e conseguir ganhar-lhe é muito bom. É o meu ídolo de toda a vida”, refe-re Pastor.O andaluz Álvaro Rivera foi terceiro classificado.

31º Lake Garda Meeting Optimist Class

Tiago Serra Brilha em ItáliaTiago Serra, actual bicampeão

de Portugal de Juvenis, foi o melhor português no 31º Lake Gar-da Meeting Optimist Class, que de-correu no Lago de Garda, em Itália. A prova contou com a participação de mais de mil velejadores.

Serra, do Clube de Vela de La-gos foi 10º da Frota de Ouro do gru-po B, enquanto Rodolfo Pires, do Clube Naval de Portimão, terminou na 52ª posição.

Na Frota de Prata, André Serra

e Tomás Quitéria, ambos do Clube de Vela de Lagos foram 16º e 21º, respectivamente.

Na Frota de Bronze, Manuel For-tunato, do Clube de Vela de Lagos, foi 16º e Mafalda Pires de Lima, do Clube de Vela Atlântico, acabou no 105º posto. Micaela Pereira foi 11ª na Frota Esmeralda.

David Sousa, do Clube de Vela de Lagos foi 2º Frota Pérola e Ma-riana Viegas, também do Clube de Vela de Lagos foi 113ª.

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Tiago Serra

44º Troféu Princesa Sofia

Prestação Discreta

Adupla António Matos Rosa/Ricardo Schedel, do Clube

Naval de Cascais, foi a mais bem classificada entre os portugueses que marcaram presença no 44º Troféu Princesa Sofia, prova inte-grada na ISAF Sailing World Cup, que decorreu em Palma de Maior-ca, Espanha.

A jovem tripulação nacional da classe 470, foi 19ª classificada, numa prova que terminou com a vi-tória dos australianos Mat Belcher/Will Ryan.

Em Finn, Frederico Melo, tam-

bém do Clube Naval de Cascais foi 26º da geral. O triunfo foi de Giles Scott, da Grã-Bretanha, seguido do holandês Jan Pieter Postma e do esloveno Vasilij Zbogar.

Eduardo Marques, da Associa-ção Naval de Lisboa, foi o melhor em Laser Standard, alcançando o 59º lugar. Rui Silveira, do Clube Naval da Horta, foi 76º, enquanto Tiago Morais, do Clube Naval de Leça acabou em 98º. Luís Manso, do Clube de Vela Atlântico, foi 108º. O neozelandês Andy Maloney foi o vencedor.

António Matos Rosa e Ricardo Schedel

OXXIV Campeonato de Portu-gal de Juniores e Absoluto,

que decorreu em Viana do Caste-lo, disputou-se sob o signo do mau tempo, permitindo apenas regatas em dois dos quatro dias previstos.

Em 420, título absoluto para João Pestana/Tomás Marques, do Clube de Vela Atlântico, seguido de Manuel Cunha/José Cunha, do Yate Clube do Porto e de Diogo Pe-reira/Pedro Cruz, do Clube Naval de Cascais, que conquistaram o ceptro júnior. No sector feminino, triunfo absoluto de Joana Azevedo/Marta Paquete, do Sport Club do Porto. Filipa Mariz/Marta Melo, do Clube de Vela Atlântico foram segundas e arrecadaram o título júnior. Enquan-to Teresa Camelo/Helena Oliveira, do Clube Naval de Cascais, foram 3ª da geral e 2ª em juniores

XXIV Campeonato de Portugalde juniores e Absoluto

Com Bênção da Chuva Divina

Miguel Gomes, do Clube Naval de Sesimbra, venceu em Radial Masculino. Santiago Sampaio, do Clube Naval de Portimão, foi se-gundo em absoluto e ganhou nos Juniores e Pedro Roque, igualmen-te do Clube Naval de Portimão, foi terceiro.

Carolina João, do Sport Algés e Dafundo, foi a 1ª feminina, seguida por Catarina Viegas, do Clube de Vela de Lagos e de Beatriz Lopes, da Associação Naval do Guadiana.

Em 4.7, Tomás Martins, Sport Algés e Dafundo, superiorizou-se a João Rodrigues e Jack Cookson, ambos do Clube de Vela de Lagos. Marta Roque, do Clube Naval de Portimão, levou a melhor sobre Ma-ria Pereira, do Sport Club do Porto e Rita Fiadeiro, do Clube Naval de Cascais.

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Vela

EDP - VIII Campeonato de Portugal de Juvenis

Tiago e RitaCampeões de Portugal

Tiago Serra, do Clube de Vela de Lagos, e Rita Lopes, do

Sport Algés e Dafundo, sagraram-se campeões de Portugal de Ju-venis, em prova que decorreu em Viana do Castelo. O EDP – VIII Campeonato de Portugal de Juve-nis, teve organização da Federação Portuguesa de Vela e do Clube de Vela de Viana do Castelo e contou a participação de 120 velejadores.

As condições meteorológicas difíceis e a barra de Viana foram adversários de monta para a jovem frota nacional, impedindo a realiza-ção de regatas em dois dos quatro

dias previstos.Sem poderem ir para o mar, os

120 atletas cumpriram seis regatas na foz do Rio Lima, tendo Tiago Serra revalidado o título conquis-tado em 2012, em Leixões. O seu irmão André Serra, também do CVLagos, foi segundo classificado e Afonso Luz, do Clube de Vela da Costa Nova, fechou o pódio.

No sector feminino, triunfo de Rita Lopes, do Sport Algés e Da-fundo. Mafalda Pires de Lima, do Clube de Vela Atlântico e Francisca Pinho, do Sport Club do Porto, fo-ram 2ª e 3ª classificadas.

Os Pódios Juvenis

OIII Torneio Caixa Geral de De-pósitos - 5.ª prova do Cam-

peonato da Madeira de Vela Ligeira disputou-se na baía do Funchal

A prova contou com 65 velejado-res, que disputaram 6 regatas, sob um vento de intensidade variável entre os 6 e os 14 nós. Realce para o triunfo de velejadores do Naval do Funchal em 5 das 8 classes em prova.

Na classe Optimist Infantil, Gon-çalo Gomes (Naval), venceu todas as 6 regatas disputadas, à frente de Vicente Câmara (ANM) e Francisca Silva (CTM), 2.º e 3.º classificados.

Em Optimist Juvenil, venceu Pedro Abreu e Miguel Gomes, tam-bém do Naval, foi 2º. No 3.º lugar fi-cou Gonçalo Vieira (Iate Clube SC), enquanto Alice Marques (Naval), foi a melhor velejadora feminina, no 4.º lugar da geral.

Na classe Laser 4.7 houve novo domínio navalista, com vitória de Pedro Correia, o seu colega Luís Fraga em 2º, enquanto Francisco

III Torneio Caixa Geral de Depósitos

CNFunchal Domina Campeonato da Madeira

Gouveia (Iate Clube SC) foi 3.º . Na classe Access, apesar de toda a frota ser do Naval, em virtude de ser o único que desenvolve a vela adaptada na Madeira, verificou-se uma participação entusiasta. Élvio Barradas triunfou, António Calaça ficou em 2º, tendo António Nóbrega fechado o pódio no 3.º lugar.

Na classe Bic Techno Juvenil, Artur Marques (Naval) venceu to-das as regatas disputadas. No 2.º lugar ficou Margarida Rodrigues (CTM), enquanto David Santos (Na-val) foi o 3.º classificado. Na classe Bic Techno Júnior, Tomás Silva foi o melhor do trio de participantes do CTM, tendo António Castro e João Machado obtido os 2.º e 3.º lugares. Na classe RS:X Júnior, Frederico Rodrigues (CTM) ganhou ao seu colega de clube Alexis Santos. Fi-nalmente, na classe Raceboard Ab-soluto, Pedro Ideia (CTM) venceu, seguido por outros dois velejadores do CTM, Luís Rodrigues e Alberto Rodrigues.

1ª Prova de Apuramento Nacional da Classe Vaurien

O Tejo como CenárioOClube Náutico de Almada

organizou no campo de re-gatas do Mar da Palha, no rio Tejo, a 1ª Prova de Apuramento Nacional da classe Vaurien.

Com a participação de 10 tri-pulações representando diversos clubes do Norte e Centro do País, foram realizadas 5 regatas muito disputadas, com as tripulações Jo-aquim Fornelos/Pedro Ferreira, do Clube de Vela de Viana do Caste-lo, Alexandre Paulino/Luís Silva do Alhandra Sport Clube e Duarte Lo-garinho/Ricardo Cardoso, do Clube Naval Povoense, a discutirem entre si os lugares do topo da tabela em

todas as regatas. No final, a dupla Joaquim Fornelos/Pedro Ferreira, do CVVC foi a grande vencedora ficando os representantes do ASC e do CNP nos restantes lugares do pódio.

Todos os participantes foram unânimes nos elogios à organiza-ção do CNA e à qualidade do campo de regatas que a cidade de Almada possui, todo o Mar da Palha.

Para o Clube foi um importante teste na organização de provas com a complexidade deste tipo e um ex-celente prenúncio para o Campeo-nato Nacional de Snipe a realizar nos dias 8,9 e 10 de Junho.

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Regata Cidade de Almada

Espectáculo no Mar da Palha

Numa organização do Clube Náutico de Almada, decorreu

no passado dia 6 de Abril a Rega-ta Cidade de Almada. Participaram quarenta e duas tripulações en-volvendo mais de 250 velejadores repartidos pelas Classes ORC e ANC.

A prova decorreu no campo de regatas do “Mar da Palha”, no rio Tejo. Com um dia de sol e vento moderado, reuniram-se as condi-ções para uma boa prova que todos os participantes puderam desfrutar e proporcionou um belo espetacu-

lo a todos os que se deslocaram a Cacilhas neste bonito dia de prima-vera.

Em ORC foram efectuados dois “Barlavento/Sotavento”. A vitória na divisão 450 foi para o XekMatt de José Carlos Prista, e na divisão 610 o vencedor foi o Pede Vento, de Rui Ferreira.

Em ANC, na divisão A regata foi ganha pelo Atchim, de Luís Charola, na divisão B a vitória foi para o For-tunas, de Tomás Burguete, enquan-to na D o vencedor foi o Match-2, de Luís Castel-Branco.

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Notícias do Mar

Últimas

Sport Lisboa e benfica Estreia-se na Vela

1ª Prova de Apuramento Nacional da Classe Sharpie 12m

Clássicos em AveiroOSharpie Club Portugal, organizou no fim-de-semana, 13/14 de Abril, a 1ª Prova de Apura-

mento Nacional da classe Sharpie 12m.Foram seis os Sharpies que abriram a época 2013. O domínio de Francisco Cálão/Paulo Silva

foi indiscutível, com três vitórias em outras tantas regatas, já a luta pelo 2º lugar da geral só ficou definida na última regata de Domingo.

No Sábado, depois de ventos de 8/10 nós, este foi subindo até rajadas de 16 nós. Em virtude disso, Paulo Matos, virou-se e perdeu o leme, e Rafael Lopes com João Cavaz, aconteceu-lhes o mesmo, ficando fora da competição.

Assim, Francisco Cálão era o 1º com uns confortáveis 3 pontos, seguido do seu irmão Bernar-do Cálão a 4 pontos de diferença e de Nélson Machado a um ponto do 2º lugar.

No Domingo as 3 regatas disputaram-se om o vemto a aumentar, com rajadas superiores a 20 nós.

Bernardo Cálão venceu a primeira regata do dia. As duas regatas seguintes veriam de novo Francisco Cálão /Paulo Silva aproveitar da melhor forma as difíceis condições climatéricas, dei-xando para as duas outras equipas a luta pelo 2º lugar.

E este viria a ser para a dupla Nélson Machado/José Gomes, que no final ficou com apenas 1 ponto de vantagem sobre Bernardo Cálão/Manuel Cálão.

Gonçalo Pires/Miguel NunesAssinam Pelo Benfica

OSport Lisboa e Benfica contratou a dupla Gonçalo Pires/Miguel Nunes para integrar o projeto Benfi-ca Olímpico.

Os velejadores portugueses competem na classe 470 há apenas seis meses e conquistaram em fevereiro o campeonato de Portugal da classe, em Vilamoura.

Miguel Nunes, tem um currículo invejável, onde se contam quatro diplomas olímpicos, dois títulos mundiais e um europeu, além de outros resultados de grande significado.

Nesta nova aventura, o veterano Nunes conta com Gonçalo Pires ao leme. Apesar de muito jovem, o velejador algarvio apre-senta alguns resultados importantes como ter sido vice-campeão de Portugal de Juvenis em 2009 ou o 10º lugar conquistado nos Jogos Olímpicos da Juventude. Em 2012, liderou o “ranking” na-cional da classe 420.

A contratação da tripulação de 470 marca a entrada dos cha-mados clubes grandes na Vela e vem alterar significativamente o panorama da modalidade.