notícias do mar n.º 312

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Jornal Notícias do Mar Online, n.º 312, Dezembro de 2012.

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Largada num Cenário Perfeitoem Cascais

A frota da Panerai Transat Classique 2012, largou no passado dia 2 de dezembro, ao meio-dia, de Cascais rumo a Barbados. O cenário foi perfeito, com os 13 clássicos enquadrados por uma numerosa frota local num fantástico dia de sol na baía cascalense. A prova tem organização do Clube Naval de Cascais e o apoio do Atlantic Yacht Club, da Câmara Municipal de Cascais e da Marina de Cascais.

Vela

Panerai Transat Classic 2012

Aterceira etapa da Panerai Transat Classique 2012, que liga Cascais a

Barbados, teve início ao meio-dia com vento fraco a soprar

de Sul. Enquadrados por uma numerosa frota local, os barcos participantes começaram a sua travessia do Atlântico.

São treze barcos, de 11 ar-quitectos diferentes, que vão

enfrentar o oceano e tentar o triunfo em Barbados. Nas etapas de ligação a Cascais, o Persephone sagrou-se ven-cedor na etapa que largou de Douarnenez e o White Dolphin

foi o primeiro na que teve início em Saint-Tropez.

Entre os favoritos, encon-tram-se os vencedores das eta-pas de ligação, o Persephone, que triunfou entre Douarnenez e Cascais e o White Dolphin que foi primeiro entre Saint-Tropez e águas cascalenses. Mas a qualidade das tripula-ções é inquestionável. No total, a frota vai percorrer 3.300 mi-lhas numa prova que pode ser considerada uma aventura em clássicos.

Dos velejadores mais sonan-tes presentes, destaque para Pierre Follenfant, no Corto, Lambert Yves, no Persephone e Jacques Caraës, no Red Ha-ckle, que contam, entre si, com um número impressionante de travessias do Atlântico. A bor-do do Blue Peter, liderado por Mathew Barker, está uma tripu-lação muito experiente e habitu-ada às regatas de clássicos no Mediterrâneo.

Sobre a Panerai Transat ClassiqueTreze clássicos estão inscri-White Dolphin foi o primeiro na etapa de Saint Tropez a Cascais

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Vela

Troféu São Martinho 2012

OPersephone, de Loic Blanken, foi o vencedor da Cascais Classic Race, que se disputou em águas cascalenses. No Troféu São Martinho, triunfo

foi do Bigamist, de Pedro Mendonça, em Handicap CNC e do Cristina A, de Francisco Pinto e Abreu, em ANC.

Persephone VenceCascais Classic Race

Persephone venceu a etspa Douarmenez a Cascais e o Torneio de S.Martinho

A prova teve a organização do Clube Naval de Cascais e o apoio do Atlantic Yacht Club, da Câmara Municipal de Cascais, da Marina de Cascais e Lindley Marinas e Sinalização.Depois de um dia sem regatas devido à falta de vento, as frotas da Cascais Classic Race, Troféu São Martinho 2012, puderam hoje realizar uma regata com o vento a soprar de Noroeste, com 10 nós de intensidade.Com um percurso que passou pela Guia, Guincho e final na Baía de Cascais, o Persephone, de Loic Blanken, superiorizou-se aos adversários na Cascais Classic Race. O Tal-A-Roz, de Henrique Vasconcelos Dias foi segundo e o Sea Lion, de Manuel Champalimaud, terminou na terceira posição.No Troféu São Martinho 2012, em Handicap CNC, vitória do Bigamist, de Pedro Mendonça. O Lais de Guia, de José Sasseti da Mota e o Gamin IV, de Ramiro Costa, foram 2º e 3º, respectivamente.O Cristina A, de Francisco Pinto e Abreu alcançou o triunfo em ANC, se-guido do Lais de Guia, de José Sasseti da Mota e do Step In/Roff, de Gonçalo Horta.Recorde-se que a Cascais Classic Race serviu igualmente para que as tripu-lações participantes na Panerai Transat Classique 2012, fizessem as últimas afinações antes da largada da 3ª etapa que liga Cascais a Barbados,

CortoGwen Even

CipangoWhite Dolphin

Croix des GardesMarie des Isles

ArtaiusPersephone

The Blue PeterValteam

Saint ChristopherRed Hackle

Veleirosem Regata

tos na Panerai Transat Clas-sique 2012. O vencedor da Panerai TransatClassique vai receber uma edição especial de um relógio da coleção da Officine Panerai com o logótipo da regata gravado no fundo da caixa.

Pela primeira vez, a presti-

giada Officine Panerai, marca italiana de alta relojoaria, que ao longo dos anos tem pro-movido a vela clássica com o apoio ao Panerai Classic Ya-chts Challenge, associa-se aos clubes organizadores para apoiar a Panerai Transat Clas-sique2012.

Largada em Cascais da Panerai Transat Classique

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Inês Correia Vice-Campeã do MundoInês Correia, do Clube de Vela do Barreiro, sagrou-se Vice-Campeã do Mundo, depois de disputada a quarta e última etapa do circuito mundial de Kitesurf Wave que decorreu na praia de Ho’okipa em Maui.

Vela

Circuito Mundial de Kitesurf Wave

Após vários dias de es-pera pelas melhores condições, a competi-ção teve início e Inês

partiu para a última etapa com um único objectivo, vencer. Para tal, esteve desde o início do mês no Hawaii a treinar diariamente na ilha

de Maui.Com um formato diferente do

habitual devido aos longos dias de espera, a Inês conseguiu pas-sar aos quartos-de-final da prova, onde viria a perder para a Jalou Langeree. Com este resultado a Ja-lou conquistou o título de campeã mundial.

Nas palavras da Inês: “Este ano sou Vice-Campeã Mundial, claro que desde o início e como sempre o meu objectivo era o primeiro lugar, não consegui mas a luta continua e no próximo ano cá estarei ainda mais forte. Agora resta-me ficar contente com este bom resultado e focar-me no que realmente é impor-tante que é a minha evolução!”

Com este resultado, Inês con-firma o seu nome pelo segundo ano consecutivo na elite do kitesurf feminino mundial e cimenta ainda mais os objectivos a longo prazo que traçou logo no início desta época.

Segue-se um período de repou-so junto dos amigos e família para recarregar baterias e em janeiro começa um novo ciclo, logo com uma viagem de dois meses rumo à Africa do Sul para treino, teste de materiais e produção de imagens com a RRD (Roberto Ricci De-signs), marca de Kites da Inês.

Écom pesar, que informamos o falecimento de Miguel Costa, velejador que esteve nos Jogos Olímpicos de

Atlanta 1996, na classe Star com Diogo Cayolla. À família enlutada o Notícias do Mar expressa as mais sentidas con-dolências.

Falecimento de Miguel Costa

Diogo Cayolla e Miguel Costa nos Olímpicos de 1996

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1985, o Princípio do Fim

Notícias do Mar

O Final da pesca em Portugal

ONotícias do Mar foi o primeiro jornal, na edição nº1, a denunciar

o mal que os Acordos de Pes-ca iriam fazer a Portugal, dan-do início ao aniquilamento da nossa frota de pesca. Os pescadores portugueses dei-xaram de pescar e por causa disso, passámos a importar o peixe que precisáva-m o s

para comer. Para recordar o princípio do fim das pescas, apresentamos neste nº 312, de Dezembro, as páginas com o artigo que publicámos, no nosso Número Histórico, em 21 de Junho de 1985.

Foi a partir desta data, para cumprirmos os acordos

que os Governos de Portugal estabeleceram com a Espa-nha e a CEE, que passámos a abater milhares de embar-cações de pesca, foram-nos impostas quotas de pescado e obrigados a ver as nossas águas inva-

didas pelos arrastões até se acabarem os stocks por falta de fiscalização. Por fim, ver os espanhóis comprarem as empresas de pesca nacio-nais, para continuarem a pes-

car nas nossas água e descarregarem o peixe nas lotas es-panholas.

E agora, o que dizemos aos Go-vernantes que nos levaram a isto?

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Notícias do Mar

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Open Master de Snipe

Vela

Memorial Augusto Guimarâes

OClube de Vela Atlântico or-ganizou o Me-morial Augusto

Guimarães – Open Master de Snipe que contou com a par-ticipação de uma frota de 21 barcos.

As condições meteorológi-cas não foram as melhores, o que condicionou o desenrolar das regatas. No primeiro dia, a ondulação, após a passagem de um temporal, não permitiu a saída para o mar mas uma au-torização especial do Porto de Leixões permitiu a realização de divertidas e emocionantes regatas dentro da bacia. No se-gundo dia o vento fraco apenas permitiu a realização de uma regata.

A dupla da casa Tonas Pires de Lima/Joaquim Moreira ven-ceu a geral, com Tiago Roquet-te/Rui Castilho em segundo lugar e Gonçalo Guerra/Tiago Guerra na última pódio do pó-dio reeditando grandes dispu-tas desta geração de grandes velejadores. Miguel Pessanha/Tiago Talone e Pedro Pires de Lima/Luís Maia, ambos do Clu-be de Vela Atlântico, foram os pretendentes que discutiram os primeiros lugares até ao final fi-cando no quarto e quinto posto, respectivamente.

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Portos de Recreio e Turismo Náuticode Portugal Apostam na boot 2013

A boot Düsseldorf, a maior feira do mundo para iates e desportos náuticos, que se realiza de 19 a 27 de Janeiro, mesmo em tempos difíceis, confirma-se como porto seguro, disposta em 17 pavilhões, com 1.650 expositores, oriundos de mais de 50 países e uma participação portuguesa do turismo náutico, marinas e mergulho.

Notícias do Mar

Boot Düsseldorf 2013 - 19 a 27 de Janeiro 2013

Omercado central da Europa é a primeira escolha para o sec-tor, maior concen-

tração da economia dos iates e do desporto náutico nas actividades de feira viradas para o mercado inter-nacional, apresentar-se-ão com as suas estreias de barcos e de pro-dutos náuticos inovadores. Assim, a boot 2013 deverá continuar o su-cesso das edições anteriores, por-

que o mercado alemão do desporto náutico continua estável.

Esperam-se 250.000 visitantes que terão a oportunidade de admi-rarem 1.550 embracações.

Procurar meios para participar na Economia do Mar, foi o que fi-zeram duas dezenas de ermpre-sas portuguêsas, e empresários nacionais que vão ser expositores e marcar a presença de Portugal e apresentar a oferta portuguêsa.

Também os nossos Portos de Recreio unidos numa Associação vão pela segunda vez consecutiva a promoção internacional das mari-nas em Portugal.

De realçar, mais uma vez, a forte presença da Associação Regional do Turismo do Açores.

Muitos há que gostariam de es-tar na Boot, mas a falta de apoios instituicionais, não lhes permite a participação.

No bom curso “Estamos no rumo certo. Tendo em vista a situação tensa nos merca-dos internacionais, a boot coloca-se no centro das atenções do ramo, observa Goetz-Ulf Jungmichel, Di-rector da boot Düsseldorf. “Muitos expositores querem alargar as suas áreas de exposição. Contamos com uma boa ocupação dos 17 pavi-lhões da boot, com muitas novida-des e estreias de barcos e, até, com alguns expositores do sector inter-nacional de iates que irão participar pela primeira vez.”

De acordo com as indicações da Associação Federal da Economia do Desporto Náutico – BVWW – Co-lónia, o mercado alemão de barcos e de desporto náutico, actualmente constitui uma rocha firme ou seja, apresenta-se nitidamente mais for-te do que o dos seus vizinhos eu-ropeus. Esse facto diz respeito, no essencial, ao espaço mediterrânico sob efeito da crise do Euro e das dí-vidas. Assim, este cenário contribui para o desenvolvimento positivo da boot Düsseldorf e torna-a na primei-ra escolha do sector.

Os expositores apostam na con-tínua disposição de compra dos alemães e em cerca de 50.000 vi-sitantes estrangeiros com poder de compra que, todos os anos, e deslocam a Düsseldorf de todas as partes do mundo, para se informa-rem sobre as novidades em barcos Esperam-se 250.000 visitantes

Vista aérea

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Portos de Recreio e Turismo Náuticode Portugal Apostam na boot 2013

Notícias do Mar

e em iates.

Variedadeinternacionalde marcas Cerca de 40% das participações na boot 2013 provêem do estran-geiro. São 650 expositores de 50 países que garantem um leque de oferta de topo internacional nos pa-vilhões. Os maiores expositores in-ternacionais são os Países Baixos com 140 expositores (estaleiros, fornecedores de equipamento e de prestadores de serviços), seguidos pela França e pela Itália com 50 ex-positores cada, pela Grã-Bretanha com 30 e pela Áustria com 26.

Óptimo surtidono tema vela De acordo com o BVWW, os clien-tes actualmente preferem iates a motor e à vela com valor estável de elevada classe. Todavia, são tam-bém procurados pequenos barcos a motor rebocáveis. Naboot 2013 o comprador tem à escolha. 440 ex-positores que apresentam, em 17 pavilhões de feira, cerca de 1’700 barcos e iates de todos os tama-nhos, desde a canoa até ao luxuoso mega-iate .

Muito bem fornecida é como se oferece a mostra de barcos à vela, na boot 2013. Mais de 150 expo-sitores internacionais apresentam, nos pavilhões 16 e 17, as suas estreias e os seus modelos aper-feiçoados. Os amigos de barcos à vela multicasco deveriam visitar o pavilhão vizinho, o número 15, lo-cal onde também 15 expositores apresentam catamarans e trimarãs de todos os tamanhos. O pequeno mais fino segmento especial do multicasco tem-se desenvolvido com grande sucesso e, por ocasião da boot 2013, possui a sua própria área gastronómica, que também oferece espaço para conversas com os clientes e para troca de in-

formações. No fórum multicasco a Associação de Velejadores de bar-cos multicasco, a Multihull Deuts-chland e.V., apresenta, em palco, informações sobre o tema “Velejar com catamarãs e trimarãs”.

Mercado mundialdo desporto náutico motorizado No que diz respeito a barcos e iates a motor, Düsseldorf oferece quase tudo o que existe no mercado, des-de o barco pneumático com motor fora de bordo, passando por bar-cos desportivos abertos, daycrui-ser, barcos com camarote até aos mega-iates. Mais de 250 estaleiros, comerciantes e importadores ga-rantem, em seis pavilhões de feira, um panorama representativo do desporto em barcos motorizados. No pavilhão 4, é tomada em conta a tendência para motores ecoló-gicos. Numa área de 500 metros quadrados são apresentados bar-cos com accionamento eléctrico ou híbrido. A construção de iates em aço, uma especialidade holan-desa, apresenta-se colectivamente no pavilhão 15, com um total de 20 expositores.

O “refit” em alta O que se necessita para o barco e no barco é apresentado nos pa-vilhões 11 a 12: electrónica náuti-ca, motores, acessórios, vestuário funcional e equipamento para ma-rinas. O mercado de equipamento desenvolve-se da melhor maneira. Refit é o tópico. A manutenção do valor dos barcos existentes está na moda. 350 expositores interna-cionais proporcionam tudo o que é necessário e possível para renovar barcos ou para os tornar mais con-fortáveis.

A encenaçãodos grandes iates O pavilhão 6 é o palco para a bri-

lhante entrada em cena dos gran-des e luxuosos iates. Sejam Ferret-ti, San Lorenzo, Princess ou Riva: para os grandes nomes no mundo dos iates de luxo, o caminho, tam-bém em tempos difíceis, tem que passar por Düsseldorf. Com cerca de 40 mega-iates, barcos e navios tênder do sector high-end, bem como algumas novas participações e presenças retomadas, o nível da oferta no pavilhão 6 dos mega-iates estabilizou, nitidamente. Novas ou renovadas, as participações de

estaleiros como a Montefino e a Marquis Yachts and Prestige. Nos iates muito grandes os Sunseeker, Princess e Ferretti apresentam uma grande paleta de modelos e novidades. O maior iate da boot 2013 atinge quase 30 metros de cumprimento e provem do estaleiro britânico, Princess. Para enrique-cer a variedade de marcas, a boot proporciona aos seus clientes a possibilidade de se apresentar em stands de imagem mais económi-cos. Estaleiros líderes, como a Aci-

A área das actividades suibaquáticas tem uma forte presença de público

Os grandes iates são expostos nos pavilões

Estarão expostas 1.550 embarcações

AçordivingAnfibius Centro de Mergulho

APPR - Associação Portuguesa dos Portos de RecreioARTA - Associação Regional do Turismo dos Açores (pavilhão

mergulho e pavilhão sailing charters)Atalaia Diving Center c/o Hotel Royal Orchid

Azores Sub Dive CenterBrizaçores

Cetacean WatchingCowfish Dive Center

Dive AzoresEspirito Azul Dive Center

FEELDouroNerus Diving Center c/o Hotel Marina Atlântico

Paralelo 37Patagonia Ocean Charter

Pico SportRulis - Silent Wind Generator

Sailazores Yacht CharterYachtaçor

Expositores Portugueses na boot 2013

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Notícias do Mar

co dos Países Baixos, bem como a Mangusta e o Dominator de Itália, tiram proveito desta oferta. Aplica-ções apoiadas no computador, tais como a Augmented Reality, com a ajuda das quais se torna possível adicionar animação virtual, através de câmaras smartphone ou webca-ms, aos objectos de exposição, tais como modelos ou imagens de iates. Esta forma de apresentação “sem iate” pode ser utilizada para o alar-gamento da oferta de informação.

Para o business e as compras, estes importantes clientes do sec-tor dispõem no pavilhão 6 do blue motion lounge que proporciona ex-celente gastronomia, áreas confor-táveis para reuniões e transacções com os clientes e convida ao shop-ping em boutiques exclusivas.

Continua muito bem ocupado o Superyacht Show de Düsseldorf, no pavilhão 7. 100 expositores apre-sentam as suas capacidades na re-alização de projectos exclusivos de construção de iates, demonstram nos stands informativos as plantas actuais e respectivos modelos e

informam sobre os serviços pres-tados em relação ao sector, entre eles participações colectivas como a Deutsche Yachten, a Superya-cht France e o Holland Yachting Group.

Excelente ocupação do sectordo mergulhocom a participação dos AçoresAssinala-se um intenso interesse pela maior feira de mergulho debai-xo do tecto da boot, no pavilhão 3. Um total de cerca de 350 exposito-res apresentar-se-ão, mundialmen-te, com equipamento para o mergu-lho e com destinos para o realizar. Expositores de renome do sector de equipamento, tais como a Aqua Lung, expandem as suas apresenta-ções. A Mares aparece, em Düssel-dorf, com um Centro Internacional de Mergulho. Os visitantes podem contar com um grande número de destinos para mergulho. As Filipi-nas, as Maldívas, a Indonésia, a Itá-lia e a Turquia, e, numa dimensão menor, os Açores, marcam presen-ça como destinos para o mergulho. Algumas pequenas bases egípcias para o mergulho apresentam-se sob a égide da taucher.net.

O “Watersportsphoto and videocenter” complementa a fotografiasubaquáticaUm muito bom desenvolvimento é registado pelo tema fotografia su-baquática e ao ar livre, no pavilhão 4. A Underwater Pixel World tornar-se-á, na boot 2013, em Water Pixel World. O ponto de encontro bem estabelecido para a fotografia su-baquática será acrescido pelo “Wa-tersports photo and vídeo center” com recentíssimas câmaras para action e outdoor, tornando-se assim em ponto de encontro para a globa-

lidade da fotografia subaquática, de lazer e de desporto náutico.

O Trendsportcontinua de ventoem popa O mercado dos desportos surf e dos trendsports, nos pavilhões 1 e 2, tira proveito da possibilidade de experimentar, no mundo da aventu-ra “Beach World” as suas variadas propostas de trendsports como o wakeboarding, stand-up-paddling e skimboarding numa grande piscina interior e em outras áreas de acção. O conceito não só entusiasma os visitantes, mas também a indústria e o comércio. Entretanto, quase todos os produtores de renome do surf e do wakeboard, entre outros a Mistral, a Ronix e a O’Brian, estão presentes com as suas novidades. Cerca de 80 expositores vindos da indústria e do comércio marcam presença no mundo do trendsport nos pavilhões 1 e 2.

O mundo do turismo marítimo: Paraísos para férias, a nível mundialQuem procurar destinos de férias vai ser atraído pelo mercado turísti-co marítimo da boot 2013, nos pavi-lhões 13 e 14. Seja na Turquia, na Croácia, na Itália, nas Baleares, nas águas interiores de Leste da Alema-nha ou em Portugal, dos Açores até ao Douro. Quem procure um desti-no adequado para o próximo verão, quiser fazer charter dum barco ou iniciar uma formação, encontra, com certeza, a proposta certa, entre as 300 entidades de charter, organi-zadores de viagens e agências de viagens.

Um pleno êxito, na boot 2012, foi o World of Paddling¸a maior ex-posição de caiaques e canadianos, no pavilhão 13, com o seu percurso de teste para canoas. Os visitantes ficaram muitas horas em fila para

poderem fazer um passeio de caia-que nesse pavilhão. A acção foi be-néfica. O sector aparece reforçado na feira. 16 expositores irão informar os visitantes, na boot 2013, sobre o desporto com canoas, caiaques e companhia.

360º de desporto náutico: 16 mundos de aventura e temáticos Sob o lema “Viver 360º de desporto náutico ”, também em 2013, 16 mun-dos de aventura e temáticos esperam os visitantes da boot. Sejam eles pra-ticantes de pesca desportiva, de surf, de kiting, de mergulho, de vela, de canoagem ou de charter: quem prati-car desporto náutico ou quem quiser conhecer uma certa modalidade de desporto náutico, encontrará na boot Düsseldorf o seu “mundo” particular.

O conceito é um êxito. As nume-rosas possibilidades de praticar des-portos náuticos dentro dos pavilhões, atraíram, nos últimos três anos, mais jovens e mais famílias para a boot. É isso que o desporto náutico precisa, e é por isso, que se continua trabalhar com diligência em mais programas de informação e de acção.

Novo arranquepara o centroda Pesca Desportiva Após o Beach World com as suas propostas em redor dos tipos de trendsports, o Centro do Mergulho Desportivo com o tanque de mer-gulho para ensaios, e o World of Paddling com o percurso teste de canoagem, também o Centro da Pesca Desportiva vai tornar-se mais atraente. O conteúdo do programa vai dirigir-se mais aos iniciantes. Visualmente vai ser trazida para este mundo, através de pontões, margens verdes e duas superfícies de água, “mais natureza”, para de-monstrações e para ensaios com canas de pesca e iscos.

É isso e ainda mais que a boot 2013 proporciona aos seus visitan-tes internacionais entre o dia 19 e o dia 27 de Janeiro de 2013, entre as 10 e as 18 horas. Quem comprar os seus cartões de ingresso-boot online, poupa tempo e dinheiro. O cartão diário e Ticket para adultos custa 14 Euros, quatro Euros me-nos do que na bilheteira. O cartão de ingresso para dois dias pode ser adquirido ao preço de Euro 23. Estudantes e formandos pagam 10 Euros online. O cartão para uma vi-sita curta – segunda a sexta-feira, a partir das 15 horas custa 9 Euros online. Os cartões podem ser im-pressos imediatamente após a sua compra e servem de bilhete para a viagem à feira nos meios de trans-porte colectivos da rede de trânsito Rhein –Ruhr (VRR) na “tarifa D, Re-gion Süd”. Os cartões podem ser adquiridos através da www.boot.de.

Os principais estaleiros estarão presentes

Para os mais jóvens há um espaço para a iniciação

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Mais 46 Novos OperadoresPortuários para SinesEnquanto que em outros portos a expansão não é possível e existem montanhas de problemas para os fazer crescer, no porto de Sines a boa gestão não o faz parar e antes pelo contrário, vão sendo criados mais postos de trabalho.

Notícias do Mar

Notícias do porto de Sines

OTerminal de Conten-tores de Sines – Ter-minal XXI, que este ano irá bater mais

um record de movimentação de carga, vai admitir 46 novos traba-lhadores para reforçar a sua área operacional. Com estas novas

admissões, a PSA Sines criou no corrente ano mais de 100 novos postos de trabalho, em contraci-clo com a conjuntura económica, contribuindo para o progresso da região e do País.

Como condição essencial para este crescimento, muito contribuiu

o empenho e o esforço desenvol-vidos por todos os colaboradores no desempenho das suas funções, bem como na criação de condi-ções de estabilidade laboral, indis-pensáveis para que os clientes do terminal continuassem a preferir o Terminal XXI para a movimentação

das suas cargas.Com estas admissões, a PSA

continua a apostar no caminho do crescimento sustentado e da esta-bilidade, criando novos postos de trabalho e novas oportunidades de desenvolvimento para todos os seus colaboradores.

No Porto de Sines espaço para expandir não lhe falta

Descarga de conterntores no Porto de Sines

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Um Familiar Muito Polivalente e Pescador

O Sirius 560 Cabin que testámos na Ria de Aveiro equipado com o Yamaha F70, mos-trou-nos como o estaleiro Obe desenvolveu um projecto abrangente, para ir ao encontro do interesse do maior número de clientes, com uma embarcação muito polivalente tanto para os passeios familiares como para os pescadores.

Náutica

Teste Sirius 560 Cabin com Yamaha F70 Texto e Fotografia Antero dos Santos

AObe&Carmen é uma empresa com mais de 30 anos de experiên-

cia na construção de embarca-ções em fibra, tanto destinadas ao recreio como para a pesca profissional.

A imagem da marca tem-se implantando como de embarca-ções construídas por processos rigorosos, com robustez e qua-lidade.

Sirius 560 CabinO Sirius 560 Cabin é uma em-barcação do tipo familiar, com um design moderno, onde so-bressai o posto de pilotagem com um pára-brisas em vidro Com o Yamaha F70 o Sirius 560 Cabin atingiu boas velocidades

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Um Familiar Muito Polivalente e Pescador

Náutica

acrílico esverdiado e arredon-dado, que amplia a elegância do barco. É um barco largo e robusto para uma lotação de seis pessoas.

São vários os pontos poliva-lentes neste barco, como a ca-bina que tem um banco em U no interior, dispõe de 1,30 m de pé direito junto à entrada e permite duas pessoas acomodarem-se à-vontade dentro e dormirem. A cabina tem um albóio no tecto para arejamento e entrada de luz e à entrada tem uma porta em vidro acrílico.

Outro elemento versátil, é o banco corrido de quatro lugares na popa, que tem as extremida-des amovíveis para permitir que

os pescadores tenham mais es-paço desimpedido, ficando ain-da espaço para duas pessoas se sentarem. Ao centro deste banco existe um compartimen-to com tampa para arrumar pa-lamenta.

O piloto dispõe de um banco individual, regulável e giratório, e tem ainda um apoio de pés em aço inox que permite uma posição adequada e confortável para conduzir sentado.

O pára-brisas é alto e prote-ge bem o piloto da deslocação do ar em andamento.

Para os pescadores, existe na parede a bombordo do posto de pilotagem um compartimen-to com porta estanque e no in-terior tem gavetas para guardar

amostras linhas e anzóis. Para arrumo de equipamentos, existe na parede do poço uma prate-leira de cada lado e outra ainda junto ao posto de pilotagem.

O Sirius 560 Cabin dispõe também à popa de dois porta canas.

Dispondo de uma altura in-terior da borda com 65 cm, os pescadores movimentam-se com bastante segurança junto à borda.

Para os pescadores guar-darem o peixe, o barco tem um largo porão a meio do poço, onde cabe um açafate.

Motor Yamaha F70 O Yamaha F70 é um motor que foi desenvolvido com uma po-

O Sirius 560 Cabin equipado com o Yamaha F70

O posto de comando

Sirius 560 Cabin

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Náutica

tência e um tipo de caracterís-ticas, para permitir muito bem a motorização de uma grande va-riedade e tipo de embarcações.

Trata-se de um motor com-pacto, de 4 cilindros em linha, com 996 cm3 de cilindrada, o qual, com apenas 120 Kg, é o

mais leve 70 HP do mercado, mesmo comparando com moto-res a 2 tempos.

Os engenheiros da Yamaha desenharam para o F70 uma configuração de 4 válvulas por cilindro, na qual as válvulas actuam por um simples veio

de árvore de cames à cabeça (SOHC), em vez do clássico duplo veio de árvore de cames. Este desenho, altamente invul-gar, não só permite introduzir maiores válvulas de admissão e escape, como contribui para uma maior eficiência volumé-

trica, porque assim também se reduz o peso e as perdas por atrito, ocasionadas pelo duplo veio de cames que não se in-corpora, obtendo por isso ele-vadas performances.

O motor incorpora o sistema de injecção electrónica de com-bustível que aumenta ainda mais a eficácia do motor.

O F70 dispõe de um mi-crocomputador que controla a eficiência da injecção, o de-sempenho do motor, limitador de rotação excessiva, aviso de sobreaquecimento e aviso de baixa pressão de oleo.

Para a pesca ao corrico e velocidades baixas o motor tem controlo e variação de rpm ao ralenti.

Importante também é a com-patibilidade com os novos Ma-nómetros do Sistema Digital em Rede Yamaha

Igulmente dispõe de protec-ção contra, de motor engrena-do e ainda sistema segurança contra falhas, YDIS: Sistema de Diagnóstico Yamaha e sistema de requeima de gases.

Para proteção do motor tem um sistema de lavagem com água doce.

Tem também o sistema Y-COP, o sistema Yamaha de pro-teção anti-roubo, com um imo-bilizador por controlo remoto.

O TesteO casco do Sirius 560 Cabin segue as características de outros modelos Obe, com um V evolutivo até quase 2/3 do casco, forma uma pequena qui-lha e termina quase direito na

O banco à popa tem um compartimento ao meio

O casco é em V evolutivo e tem planos de estabilidade laterais muito salientes

A curvar o Sirius 560 Cabin mantem-se direito

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Náutica

popa, formando no último terço um casco semi-planante. Em virtude destas características, no arranque, o barco planou em apenas 1,51 segundos e no teste de aceleração até às 5.000 rpm fez em 10,37 segun-dos 22,7 nós. Em velocidade máxima atingimos os 27 nós às 5.500 rpm.

Como o barco tem os planos de estabilidade laterais bastan-te salientes até à popa, o Sirius 560 Cabin a curvar mantém-se

direito, apoiando-se bem na água e mostrando grande es-tabilidade. Devido a esta carac-terística, o barco balança pou-

co lateralmente, permitindo a movimentação dos pescadores junto à borda com segurança.

De referir que o barco res-

O banco à popa tem um compartimento ao meio

O Sirius 560 Cabin é um barco robusto

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Náutica

Características TécnicasComprimento 5,50 m

Boca 2,20 m

Pontal 1,06 m

Lotação 6

Potência máxima 100 HP

Motor Yamaha F70

Preço barco/motor c/IVA 25.430 e

Estaleiro: Obe & Carmen, SA - Entre Caminhos- Raso Alagôa 3750-301 ÁguedaTel.: 234 646 888 [email protected] www.obecraft.com

Importador/Distribuidor: Yamaha Motor Portugal Rua Alfredo da Silva, nº 10 2610-016 Alfragide Tel.: 2147 22 100 Fax: 21 47 22 199

www.yamaha-motor.pt

PerformancesTempo de planar 1,51 segundos

Aceleração 5.000 rpm 22,7 nós 10,37 segundos

Velocidade máxima 27 nós 5.500 rpm

Mínimo a planar 9,2 nós 3.500 rpm

4.000 rpm 16 nós

4.500 rpm 19,5 nós

5.000 rpm 24,5 nós

5.500 rpm 27 nós

pondeu muito bem às mano-bras e em curvas apertadas na-

vegou sempre a planar e sem o motor cavitar.

Graças ao tipo de casco, o barco a navegar contra a ligeira mareta que havia, cortava bem a água e proporcionou um de-sempenho confortável.

De realçar que o piloto vai numa boa posição de condu-ção, tanto sentado como em pé, com boa visibilidade para

a frente e para os lados e está bem protegiodo pelo alto pára-brisas

Finalmente, quando termi-námos o teste, o barco estava completamente seco e quem ia sentado atrás nunca foi salpica-do, graças à excelente deflec-ção do casco.

O Sirius 560 é um barco elegante com design moderno

Interior da Cabina

Prateleira lateral

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As Esponjas Poderão Ser os Animais com Maior LongevidadeEsponjas são organismos dominantes em muitos habitats marinhos bentônicos. A maioria dos litorais rochosos abrigam um grande número de espécies.

Notícias do Mar

Ciências do Mar

Pouco se sabe sobre suas taxas de cresci-mento, mas os dados disponíveis sugerem

uma grande variação entre as espécies. Por exemplo, a espon-ja Terpios sp. das Filipinas cresce até 2.3 cm por mês sobre corais, hidrocorais, moluscos e algas, ma-tando-os através da liberação de uma toxina e por sufocamento. De modo geral as esponjas parecem ser animais bastante estáveis e de vida longa. Embora algumas espé-cies tenham um ciclo de vida anu-al. Estimativas baseadas em taxas de crescimento conferem idades acima de 1500 anos a indivíduos de algumas espécies Se confirma-das estas estimativas as esponjas seriam os animais com tempo de vida mais longa do planeta.

Vários animais se alimentam de esponjas, embora o dano causado por estes predadores seja geral-mente pequeno. Alguns moluscos, ouriços e estrelas-do-mar, além de peixes tropicais (donzelas, peixes-borboleta) e tartarugas, comem esponjas. Muitas espécies são totalmente expostas aos predado-res, e na impossibilidade de bater em retirada apresentam mecanis-mos alternativos de defesa contra a predação excessiva. O meca-nismo primário de defesa das es-ponjas é de natureza química. As esponjas produzem uma ampla gama de compostos tóxicos, al-guns bastante potentes.

Espécies de alguns gêneros como Tedania e Neofibularia, po-dem mesmo causar dermatites do-lorosas em seres humanos.

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Pesca SeletivaEscolha os MelhoresExemplares

Muitos se queixam porque querem um peixe maior. No entanto há que procurar a sorte para tentar um exemplar digno da nossa geleira...É sobre isso mesmo que Paulo Patacão nos irá falar neste artigo, o qual é um apelo à paciência do pescador e há sua capacidade em ver os colegas encherem uma geleira de diversos enquanto se espera por “aquele” peixe!

Pesca Desportiva

Pesca Embarcada

Ser seletivo pode ser extremamente compensatório e é quando pomos

em pratica este tipo de pesca

que podemos apanhar os me-lhores exemplares.

Bicas, pargos e parguetes, saimas, sargos e umas boas douradas, ou seja, peixes de

qualidade superior são a com-pensação nesta prática.

Mas há que salientar que nem tudo são alegrias ou vitó-rias pois é aqui que também te-mos as maiores derrotas; mas com paciência e persistência conseguimos aquele dia que tanto esperamos ou aquele exemplar.

Neste tipo de prática é muito importante ter em conta o tipo de montagens a utilizar, os is-cos mais adequados, o modo de iscar e essencialmente a ca-

pacidade de resistir à tentação de voltar ao “pica-pica” e en-cher uma geleira de peixe mais miúdo, ao invés de levar menos exemplares mas de qualidade bastante superior.

A posturaEsta é a parte mais difícil, saber esperar, ser paciente e persis-tente, aguentar o tempo sufi-ciente até sentirmos o tal toque, enquanto os nossos colegas estão a apanhar diversos de seguida. Quem já não esteve,

O prémio de esperar por aquele peixe Para pescar exemplares destes no Inverno é mais perto de terra

Deve-se optar por montagens com dois estralhos ou apenas com um

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Pesca Desportiva

Texto: Paulo Patacão / Fotografia: Autor e Arquivo Colabora: Luís Ceia

todo o dia, numa embarcação a pescar aos diversos e eis que surge um bom exemplar e todos os outros peixes até ai pesca-dos ficam esquecidos e a con-versa, na embarcação, passa a girar em torno desse peixe.

É então que nos aperce-bemos que toda a paciência, espera e persistência é recom-pensada.

As montagensAs montagens são uma peça

fundamental neste tipo de pes-ca. Para podermos apanhar um peixe digno de fotografia temos de fazer diferente dos nossos colegas de embarcação de for-ma a podermos chamar a aten-ção destes peixes.

Neste caso os estralhos deveram ser de comprimento superior ao normal para que a isca se mostre ao peixe de uma forma o mais natural possível, então há que esquecer a tradi-cional pesca com três estralhos

Uma iscada e um anzól grandes, para os peixes sectivos

É necessário estar com atenção aos pequenos toques, por vezes são grandes peixes

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Pesca Desportiva

e utilizar pescas com apenas dois estralhos entre os 50 e 80 cm de comprimento ou por ve-zes até utilizar um só único es-tralho ainda maior.

Os anzóis a utilizar devem ser entre o nº1 e o 3/0 do tipo chinu com um bom bico para facilitar a ferragem. Os fios de-vem ser de fluorocarbono de boa qualidade e aqui podemos ter espessuras mais elevadas entre o 0,30 e 0,40 milímetros, podendo por vezes engrossar-se um pouco mais.

O recurso à chumbadinha é uma solução caso a água este-ja a correr, pois é uma boa for-ma de levar a isca ao encontro do exemplar pretendido. É um pouco como pescar à rola, des-ta feita com o barco fundeado.

Os iscosA escolha dos iscos é muito im-portante, aqui a variedade vai marcar a diferença para conse-guirmos o nosso objetivo.

O recurso a iscos que nor-malmente não utilizamos, como o caranguejo rijo, o caranguejo mole ou de dois cascos, lulas - preferencialmente as pequenas -, raios de polvo, sardinha e a sempre útil cavala que pesca-mos na hora e utilizamos para fazer de isco, são opções a ter em conta, usando obviamente boas carnadas e um anzol a condizer. Se o anzol continuar a ser pequeno vai ser prejudicial; primeiro porque não se conse-gue fazer uma iscada grande que se aguente bem e segun-do porque o peixe pequeno vai “ratar” tanto que se acaba por ferrar. Com um anzol maior isso não acontecerá tão frequente-mente.

O toqueA atenção deve ser redobra-da. Saber distinguir os toques é fundamental, pois só assim conseguimos ferrar o peixe pre-tendido. Basta ter presente os toques das douradas grandes, tão impercetíveis e discretos que nem damos por eles na maior parte das vezes.

Como será normal vamos estar a sentir os peixes mais pequenos a comer a nossa is-cada de tamanho considerável, os toques vão ser sucessivos e a isca vai acabar por desapa-recer completamente, até que acabará por surgir aquele toque mais forte ou mais matreiro que nós faz levantar a cana e ferrar o tão desejado peixe. Regra geral, e em dias de muito peixe

Os filetes de sardinha devem ser grandes

O caranguejo é um excelente iscoA chumbadinha, bem iscada, deve-se usar com a água a correr

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Pesca Desportiva

miúdo, quando um peixe gran-de entra à nossa isca faz com que os toques de peixe peque-no não se sintam.

Outono/InvernoEstá a chegar a época ideal para a procura dos melhores exemplares.

É nesta altura do ano que podemos pescar mais junto da costa e apanhar algumas espé-cies mais costeiras, os peixes ficam mais vorazes e começam a sair das suas tocas para se alimentarem. Tudo isto provo-cado pelos mares mais revoltos e por conseguinte a movimen-tação dos fundos levanta bas-tante alimento.

É no inverno que consegui-mos capturar um belo sargo le-gítimo ou umas boas choupas, pois é a altura em que estes co-mem como nunca, o mesmo se aplica às douradas.

No entanto há outras espé-cies que começam a ser mais escassas, tais como as bicas.

O relatoNuma das minhas diversas saí-das a bordo da minha embarca-ção posso salientar um dia que me ficou na memória. Lá para meados de novembro, época em que já se pensa em doura-das, lá fui com o meu habitual companheiro de pesca para mais uma jornada e a bordo vá-rios iscos, como bomboca, lin-gueirão, lulas e caranguejo.

Chegados ao local, sonda a funcionar, fundo na ordem dos 90 metros e eis que marcava uns peixes: ferro ao fundo, pes-cas para a água e os primei-ros peixes começaram a sair; uns besugos de bom tamanho, umas sarguetas misturadas, e lá se foi passando dia.

Passado algum tempo digo para o meu companheiro, “vou mudar de pesca para ver se apanho uns bons exemplares”, retiro a pesca tradicional e mon-to uma com dois anzóis, com estralhos maiores e anzóis de boa dimensão, isco com caran-guejo e lula e lá fui tentar o meu feeling. Os toques foram surgin-do e o isco foi desaparecendo, mais umas insistências, até que ferro uma choupa de bom tama-nho, como já não via há algum tempo.

Como estava a resultar fui

O resultado duma pescaria selectiva aos sargos

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Pesca Desportiva

Luís Ceia é um nome incontornável na pesca embarcada. A reputação deste algarvio foi ganha muito à custa de “perseguir” recordes, usando

para o efeito linhas que a maior parte dos pescadores nunca ousariam utilizar, dada a fina espessura das mesmas. Ninguém mais do que este homem sabe o significado de ser seletivo e quisemos saber de sua justiça qual a sua forma de “escolher o peixe”.Luís Ceia – Quanto a estas coisas da seletividade convém dizer antes de mais que ninguém consegue ser seletivo em sítios onde não há peixe. É preciso saber

Opinião (mais que) Avalizada onde moram, onde é que os há. Partindo do princípio que estamos num bom pesqueiro, existem duas “armas” que temos ao nosso dispor para enganar os maiores exemplares e, portanto, sermos seletivos: falo do anzol e da isca. Se quisermos capturar peixes como as corvinas, os pargos ou os robalos, nada melhor do que usar isca viva, tal como a cavala, o carapau, lula ou choco, tudo com anzóis a condizer, isto é, grandes.No entanto, e para os que não são adeptos desta técnica, e preferem a convencio-nal pesca com isca dita “morta”, as soluções continuam a ser as mesmas: anzol e isca é que vão fazer a diferença. O pescador deve ser suficientemente inteligente para perceber que só usando anzóis maiores e iscadas condizentes é que evita o peixe miúdo e sem medida, pois não têm boca para isso…só gula.Se é unânime que os anzóis devem ser maiores para comportar a iscada, já não se poderá dizer que hajam iscos milagrosos. O que se deve sim, é apostar em iscos mais duros ou com casca e/ou em iscadas maiores. Passo a enumerar alguns dos que mais se usam e como podem ser usados para escolher o peixe. O choco é sempre um isco bom devido à sua consistência, o peixe mais pequeno anda lá de volta mas não estraga a iscada. A sardinha é um bom isco para tudo embora também atraia tudo! Isso pode ser bom e mau ao mesmo tempo. O que há a fazer é usar filetes grandes ou cortada aos pedaços, com espinha e tudo, mas isso não invalida que o peixe miúdo invista, chegando ao ponto de comerem a carne e deixarem a espinha apenas (o que se chama “comer de faca e garfo”). Mas nestas coisas também é bom que haja peixe pequeno pois como diz o ditado “peixe chama peixe” e por vezes atrás andam sempre uns grandes. Outro isco universal nas lides da pesca embarcada é o camarão. O princípio é o mesmo que sigo e que é iscar em função de um anzol maior e portanto os beliscos passam a ser bem maiores, chegando a pontos onde deixo inclusivamente a casca para aguentarem um pouco mais e não ficar com o anzol limpo. É um isco sui generis e podemos até iscá-lo inteiro e com cabeça; o detalhe é que o anzol tem de vir até um pouco antes da barriga; não precisa de ser uma cavilha enorme.Por fim dou o exemplo de Quarteira, local onde existem umas choupas mons-truosas mas onde também abunda muito peixe abaixo da medida. O que fazer? Se disse usar um anzol maior está certíssimo e posso dizer que nem é preciso que a iscada seja necessariamente maior. Nisto de apanhar peixe maior é só usar a cabeça e ser paciente.

continuando, o meu colega tam-bém aproveitou e fez as suas mudanças e lá foram entrando bons exemplares, sargos de bom tamanho, alguns pargue-tes até que surge a primeira dourada com mais de 2kg, o dia estava animado.

Outras douradas foram en-trando no barco, surgiu um par-go com mais de 3kg e no final do dia contabilizámos 12 doura-das e um bom pargo, tudo de

bom tamanho. Afinal a espera e a persistência sempre podem ser compensatórios.

À homem!A melhor maneira de atrair um bom exemplar é utilizar iscadas maiores, ou umas boas “chu-chas” como gostamos de cha-mar; caranguejos inteiros com a casca ligeiramente esborracha-da, lulas inteiras, bons beliscos de sardinha e cavala, sardinha

Doze douradas e um pargo de 3 Kg, foi um bom final

Um sargo veado é sempre um grande lutador

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Pesca Desportiva

ou cavala escalada com um bom anzol cozido dentro. Tudo isto é uma boa maneira de atrair as douradas no caso dos caran-guejos e os pargos no restante.

Os toquesQuando vamos tentar uns exemplares de qualidade temos que estar sempre muito aten-tos aos “toques” que sentimos, posso aqui nomear dois tipos distintos: os francos e “brutos” e os “outros”… O que quero di-zer com isto? Que os francos, na maioria das vezes não dão hipóteses, comem tudo numa só investida seca e ficam ferra-dos, atenção que neste caso se não tivermos o drag do nosso carreto bem regulado podemos só sentir a 1ª investida e reben-tam o nosso estralho, tal é a gula com que entram na nossa iscada; os “outros” são aqueles que nós temos que redobrar a nossa atenção e tentar distin-gui-los entre um peixe de bom tamanho e os “indesejáveis”, estes toques muitas vezes po-dem ser muito subtis e facilmen-

te passam por peixes pequenos, muitas vezes os exemplares de bom tamanho “provam” primeiro a isca, engolem, saboreiam e

voltam a cuspir a iscada, outras vezes no meio dos toques de peixe miúdo surgem de vez em quando toques que são ligeira-

mente diferentes, nesta situação temos que redobrar a atenção e tentar ferrar o nosso exemplar nesta alternância de toques.

A espera e persistência podem ser compeensatórias

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Lançamento do Novo e Leve Forade Borda Yamaha F200A Yamaha Motor anuncia o lançamento de um membro com-pletamente novo no seu aclamado leque de motores fora de borda. Um leve F200 que incorpora muitas das novas e inovadoras características na sua classe.

Náutica

Notícias Yamaha

Especificações Técnicas

Motor

Tipo de motor 4 Tempos

Cilindrada 2.785 cm3

N.º de cilindros / configuração 4 em linha, 16-válvulas, DOHC

Diâmetro x curso 96.0 x 96.2 mm

Potência no veio do hélice (kW/RPM) 147.1 kW / 5,500 rpm

Regime de Rotação (RPM) 5,000 ~ 6,000 rpm

Sistema de lubrificação Cárter húmido

Carburadores -

Injecção Electrónica de Combustível EFI

Sistema de ignição TCI/Micro-Computador

Sistema de arranque Eléctrico com Prime Start™

Relação de caixa 1.86 (26/14)

Dimensões

Altura recomendada do painel de popa L: 516mm, X: 643mm

Peso com hélice L: 226kg, X: 227kg

Capacidade do depósito de óleo 4.5L / 4.3L * com / sem mudança do filtro de óleo

Características Adicionais

Direcção Controlo remoto

Tipo de acelerador e comando Controlo remoto

Sistema Trim & Tilt (ângulo do trim) Power Trim & Tilt

Bobine de iluminação/Saída do Alternador 12V - 50A

Sistema de Protecção Anti-Roubo (YCOP) Opcional

Limitador do Tilt (apenas para controlo remoto) Aplicável

Hélice Opcional. Recomenda-se que seja hélice com Sistema de Amortecimento na Engrenagem (SDS)

Notas Os dados em kW acima mencionados são baseados nos padrões da norma ICOMIA 28, medidos no veio do hélice

Como parte da sua missão contínua em satisfazer as exigências dos

seus clientes e continuar a pro-mover a felicidade da arte da navegação através da inovação e tecnologia, a Yamaha criou o novo motor fora de borda F200 que oferece a potência de 200 cavalos, mas num pacote muito próximo ao F150A em termos

de tamanho e peso, permitindo um excepcional rácio de potên-cia/peso.

O motor de 200 HP mais leve da sua classePesando 227Kg, aproximada-mente 50Kg mais leve do que o precedente F200, a última encarnação é 18% mais leve, enquanto mantém potência se-melhante e fiabilidade. Empre-gando uma configuração de 4 cilindros em linha, com a Árvore

de Cames Variável (VTC) e tec-nologia de economia de peso no seu todo, o novo motor pro-duz 200 cavalos e ao mesmo tempo é o motor mais leve da sua classe. O peso mais leve permite ser adequado a uma maior variedade de barcos, e ajuda também a melhorar a eficiência de combustível, tal como a performance.

As características de um topo de gama Estarão disponíveis 2 versões

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292012 Dezembro 312

Náutica

• Pesa apenas 227kg! - 50kg (-18%) mais leve do que o existente F200C• Eficiência no consume de combustível• Sistema de Protecção Anti-Roubo (YCOP)• F200F com engrenagem e acelerador mecânicos; F200G com engrenagem e acelerador electrónicos• Ignição por botão Start/Stop e ecrãn LCD a cores (opcional para o F200G)• Ajuste variável das RPM• Sistema de Amortecimento na Engrenagem (SDS) na hélice• Design de última geração com novo e elegante capot. A nova versão mecânica F200F estará disponível nos Concessionários Au-torizados Yamaha Marine na Primavera de 2013, enquanto o F200G estará disponível no Verão. Para informações comerciais, queira, por favor, contactar um Concessionário Autorizado Yamaha Marine.

Especificações do Yamaha F200F/G

do novo F200 – o F200F, com engrenagem e acelera-dor mecânicos regulares e o F200G, com engrenagem e acelerador controlados electronicamente através de drive-by-wire. O F200F/G beneficia também dos mais recentes avanços tecnológi-cos feitos pela Yamaha, tal como o Sistema de Protecção Anti-Roubo Yamaha (Sistema YCOP – Yamaha Customer Outboard Protection), um

novo e redesenhado Sistema de Amortecimento na Engre-nagem (Sistema SDS - Shift Dampener System) na hélice, um limitador do tilt e um ecrãn LCD a cores (opcional apenas no F200G), ignição por botão start/stop (opcional apenas no F200G) e a capacidade de ajuste variável das RPM. Estas características colo-cam firmemente o F200F/G na classe dos topos de gama dos motores fora de borda Ya-

maha V6 (4.2L) e V8.

O motor idealpara qualquertipo de barcoO F200F/G está destinado primeiramente aos Clientes que desejam a potência dos 200cavalos, mas as dimen-sões compactas e leves do F150A ou até do 200cavalos a 2 Tempos. De facto, este

motor é ideal para remotori-zar um 200cavalos a 2 Tem-pos por um motor a 4 Tempos mais limpo e amigo do am-biente.

Com ambas as versões – mecânica ou controlo electró-nico – a Yamaha oferece aos seus Clientes a possibilidade de ajustar este novo motor fora de borda a uma enorme variedade de barcos.

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Os Desportos NáuticosEstão em Decadência em PortugalO meu entrevistado é o Antero Santos, uma figura incontornável dos despor-tos náuticos, aos quais dedicou a sua vida e o seu jornal Notícias do Mar, e sabe bem do que fala.

Notícias do Mar

Conhecer e viajar pelo Tejo Texto Carlos Salgado

Aconversa decorreu por vezes num tom muito vivo porque o Antero, apaixonado pelo mar,

sofre demais com o que aconteceu à Náutica de Recreio em Portugal.

C.S.- Caro Antero, quer quei-ram quer não reconhecer, os des-portos náuticos em Portugal estão em decadência, nomeadamente a Vela. Gostava de saber a tua opi-nião, do porquê e como a situação pode ser invertida?

A.S.- Já toda a gente sabe que há bastantes anos os des-portos náuticos estão em declinio. Tanto a náutica de recreio, como a vela, as actividades subaquáticas, os desportos aquáticos e outros que se processam no mar como a pesca desportiva. E quando digo já toda a gente sabe, é porque sabe o actual Presidente da República, sabem os membros deste Governo e igualmente de todos os anteriores Governos, sabe a instituição com maior responsabilidade pela situ-ação, o IPTM, que será em breve qualquer outra coisa, sabem todos os dirigentes das Federações e Clu-bes Náuticos e, finalmente, sabem milhares de pretendentes à prática

de desportos náuticos que acaba-ram por desistir ou abraçaram outra modalidade ligada ao mar como o Surf.

A vela sofreu também pelas mesmas razões dos restantes des-portos náuticos e por nos últimos 16 anos ter deixado de pugnar pelos interesses dos clubes, ter iniciado um processo de banca-rota, com buracos financeiros e processos a correr na judiciária. Gastou-se di-nheiro à toa com organizações de campeonatos internacionais, ape-nas para “penacho” viagens, jan-tares e estadias de dirigentes. Até havia Cartóes de Crédito, sabe-se para que tipo de despesas.

Há quatro anos atrás, quando a atual Direção da Federação de Vela foi eleita, tinha como razão for-te do seu programa, uma auditoria às contas, porque havia um buraco financeiro de 800.000 €. E a gran-de maioria dos clubes queria saber porquê. Por isso foi eleita com 70% dos votos.

Porém, a anterior Direção não queria perder o controlo da situa-ção financeira da Federação, nem o que poderia sair daí.

Aconteceu que o Secretário de

Estado do Desporto, Laurentino Dias com aquela história de novos estatutos para todas as Federações, deu a possibilidade aos que tinham perdido nas eleições, bloquearem a aprovação dos Estatutos, pois para que isso fosse possível, era necessário uma maioria de 75% dos votos para aprová-los. Assim, pressionaram o Secretáriode Esta-do para retirar a Utilidade Pública à Federação. E conseguiram.

Durante quase dois anos a Fe-deração não teve a possibilidade de funcionar como queria e avançar com os projetos que tinha quando se propôs e foi eleita. Para bara-lharem mais a situação chegaram a constituir outra Federação de Vela.

Praticamente, os quatro anos da Direção, passaram-se durante um ano e meio a tentar aprovar os estatudos, um ano sem Utilidade Pública e um ano a refazer-se, de-pois de aquirida novamente a Utili-dade Pública, mesmo assim, sobre a qual ainda existe uma providência cautelar.

Até se irem embora à quatro anos atrás nada fizeram pelos clu-bes, ignoro qual o projeto deles e não sei o que queriam agora voltar

a fazer. Uma coisa eu garanto, fize-ram muito mal à vela.

C.S.- Em relação à auditoria, qual foi o resultado?

A.S.- Foi feita uma auditoria aos últmos quatro anos da anterior Direção, cuja conclusão foi enviada para os clubes. Encontrou-se uma conta caucionada em dívida de 90.000 €, despesas com desloca-ções e estadias sem documentos, pagamentos em duplicado, eleva-dos pagamentos a empresas de serviços sem justificação e 70.000 € de dívidas às Finanças. Disto re-sultou, da parte da Direção actual, uma participação criminal ao Procu-rador da República.

Neste momento, esta Direção vai começar de novo e finalmente vai aplicar os projetos que tinha para os clubes, a vela para os mais jovens e também um novo progra-ma olímpico.

Agora temos que esperar para ver.

C.S.- Disseste que o IPTM é o maior responsável pela decadência dos Desportos Náuticos, porquê?

A.S.- Porque fêz aprovar em 1999, com o Decreto-Lei nº 567/99 e mais tarde com o Decreto-Lei nº

Antero dos Santos e Carlos Salgado com o nº 1 do Notícias do Mar

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Notícias do Mar

124/04, legislação que alterou o Re-gulamento da Náutica de Recreio existente. Até esse ano a Náutica de Recreio estava em crescimento, os clubes náuticos tinham bastante actividade, sobretudo nas escolas de vela, havia regatas com muitos veleiros e havia grande procura das lanchas a motor, para os passeios familiares nos rios, albufeiras e no litoral para a pesca desportiva e submarina. E todas essas lanchas davam também para o esqui aquá-tico. Tudo isto acontecia, porque a Carta de Marinheiro, com a qual toda a gente se iniciava, permitia comandar veleiros até 12,40 me-tros de comprimento e embarca-ções com motor até à potência de 240 HP e também com o mesmo comprimento.

Apareceu então no IPTM gente mais interessada no negócio das Escolas de Formação Náutica. E fez-se aprovar um novo Regula-mento que reduziu as habilitaçõpes da Carta de Marinheiro para menos de metade, só podendo comandar embarcações até os 7,00 metros de comprimento e com a potência de 60 HP. Com isto, todos os vele-jadores para entrarem em regatas devidamente habilitados tinham que tirar mais um curso, o de Pa-trão Local. E com os barcos a mo-tor aconteceu pior, porque o tipo de embarcação com a qual a maioria se iniciava era a lancha familiar com motor interior, de 20 a 22 pés de comprimento, alcatifada e com solário. O mínimo de potência dos motores iinteriores é de 135 HP. Es-tas lanchas deixaram-se de vender e quase desapareceram, porque ninguém quer tirar o Curso de Pa-tão Local para navegar nos rios e nas albufeiras. Porque, para se ter as mesmas habilitações, passou a ser obrigatório tirar dois cursos. E ao negócio das Escolas de Forma-ção Náutica juntou-se também o negócio dos Exames. E no IPTM, a defesa dos interesses destes se-nhores passou a ser maior que o interesse pelo desenvolvimento da Náutica de Recreio.

O IPTM é altamente culpado por esta situação, porque deixou que se instalasse um lobby no Instituto que nunca permitiu que se alteras-se o que quer que fosse. Foram enviadas cartas, houve reuniões com vários Presidentes e até feitos abaixos assinados a reclamar e so-licitar a alteração desta legislação, mas até hoje o Regulamento ficou inalterado, mesmo tendo já fechado dezenas de escolas de formação náutica e já não haver alunos para os cursos de Marinheiro. O curso de Marinheiro acabou.

C.S.- Agora o que deve ser feito, para reanimar os Desportos Náuticos?

A.S.- Em primeiro lugar,

aprovar um novo Regulamento da Náutica de Recreio que incentive a iniciação, harmonize as Cartas de Navegador de Recreio com as àreas de navegação e os tipos de embarcação que existem, e que ha-bilite os navegadores de recreio, de um modo mais prático, a interessa-rem-se pela navegação. Sobretudo que não seja um impedimento para a prática da Náutica de Recreio e dos Desportos Aquáticos, como é hoje, e esteja em consonância com a legislação praticada nos restantes países europeus.

Para desenvolver os Desportos Náuticos é fundamental implemen-tar os Clubes Náuticos como polos dinamizadores da Náutica de Re-creio, criando-lhes um projeto de desenvolvimento, com aumento de prestação de serviços e a criação de postos de trabalho.

Deve-se facilitar o acesso à água das embarcações, construindo rampas públicas de acesso à água, tanto no mar como nas águas inte-riores. Quer sejam as autarquias a construir-las ou os Clubes, as Ad-ministrações dos Portos não devem impedir que se construam estas im-portantes infra-estruturas

Outra das medidas, é criar meios para os Clubes parquearem em seco as embarcações dos sócios e onde guardar as canoas, caiaques e pran-chas, cedendo-lhes a concessão de utilizarem mais área envolvente ou perto das suas instalações, pois quase todos os Clubes Náuticos es-tão em instalações precárias e sob a administração dos Portos.

Deve-se aproximar as Escolas Básicas e Secundárias dos Clubes Náuticos e desenvolver o Desporto Escolar Náutico, nas modalidades de Vela, Remo e Canoagem, com competições locais, regionais e na-cionais.

É fundamental que se fomente o associativismo e o desenvolvimen-to de uma cultura náutica nos Clu-bes, de modo a orientar, aconselhar

e disciplinar os seus associados no cumprimento das regras de segu-rança em navegação.

É importante desenvolver uma Escola Náutica, dentro de cada clu-be, onde cabe a formação náutica, o espírito de interajuda e a aceitação de um código de exigências quanto aos equipamentos indispensáveis a ter a bordo.

Como já aconteceu no passado, estimular a auto construção nos

Clubes Náuticos, eventualmente até em parcerias com as Universi-dades.

Finalmente, deve-se Incentivar as pessoas que pretendam praticar uma atividade náutica ou desporto aquático, adquirir um barco de vela, de pesca lúdica, mergulho, pesca submarina ou apenas para passeio, faça-se sócio de um clube náutico onde se formará, será orientado e guardará a sua embarcação.

A Federação vai apoar os Optimist e as Escolas de Vela dos Clubes

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O Cruzeiro do Tejo Vai VoltarO objectivo original do Cruzeiro do Tejo, que teve a primeira realização no ano da 1966, foi fundamentalmente o de dar a conhecer o Tejo interior aos despor-tistas náuticos do nosso país e proporcionar-lhes a fruição e a vivência de toda a sua valiosa paisagem natural e também os locais e a gentes por onde passava, num ambiente desportivo de são convívio e franca camaradagem.

Notícias do Mar

Conhecer e Viajar pelo Tejo Texto, Fotos de arquivo e ilustraçõesCarlos Salgado

O s primeiros cru-zeiros foram até a Azambuja, nos anos sessenta,

sendo realizados no mês de Se-tembro, mas como os dias eram mais curtos a noite caía cedo o tempo refrescava, ficava-se sem luz e quanto à comida, como se costuma dizer “quem vai para o mar avia-se em terra”, mas com uma fogueira e o calor humano à volta dela, havia festa da rija. Muita gente ainda tem saudades daqueles cruzeiros e brada: aqui-lo é que era um cruzeiro a valer!

Na sequência dos primeiros, muitos cruzeiros do Tejo foram realizados a partir daí, com des-tino a outras paragens, até à XX-XIX edição.

O meu amigo Gilberto Domin-gos, co-fundador dos Amigos do Tejo disse um dia sobre o Cru-zeiro do Tejo: Oh Carlos, todos os anos ele se vai repetindo, desportivamente, numa homena-gem ao Tejo e suas gentes e à ju-

ventude de todas as idades que desfralda as velas ao vento e se vai redimindo dos males da nos-sa época. Há qualquer coisa de místico na beleza deste quadro de velas brancas e multicolores, beijando a poalha líquida, ao lar-garem como aves migrantes em busca de outros lugares. Ou será lembrança de velhas gravuras a fazerem-nos reviver outros tem-pos? Daqui de Alhandra a Sal-vaterra singra-se uma paisagem amena e deleitosa onde tudo está numa harmonia suavíssima que nos dá paz, saúde e sosse-go do espírito. Mas subitamente, abre-se na margem uma rua en-tre salgueiros: o grito campesino, o odor a gado, os bordos da água entre verdes margens, um abra-ço líquido que se estende aco-lhedor e nos envolve renascido, palpitante. Depois, oh gente riba-tejana! Lá está quem nos veste de alegria, garba rudeza a pedir meças de honrada altivez, gente simples a desnudar lápide aos homens do mar.

Graças ao facto deste gran-

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Notícias do Mar

de festival náutico ter atingido, progressivamente, uma projec-ção nacional e internacional, foi beneficiando dos mais variados apoios e patrocínios, tendo atin-gido no seu apogeu a participa-ção de quatrocentas embarca-ções concorrentes, um cacilheiro e alguns barcos tradicionais do Tejo das câmaras municipais ri-beirinhas com acompanhantes e convidados a bordo, e movimen-tou um milhar de pessoas, o que passou a exigir uma organização cada vez mais complexa e pesa-da. Mas os tempos mudaram e devido, inevitavelmente, à crise que se foi instalando os apoios e os patrocínios deixaram, pratica-mente, de se poder contar com eles e portanto a organização do Cruzeiro foi suspensa para ser repensado, temporariamente.

Mas como o Tejo continua vivo e a ser um rio de emoções e afectos que o tornam um gran-de atractivo e por se ter afirmado como um marco histórico do Tejo interior e da Náutica do A.S.C. bem assim como do Concelho de Vila Franca de Xira, da própria vila de Alhandra e da região ri-batejana, ele deixou memórias e saudades e por isso ele tem que voltar a ser realizado já em 2013. Com uma estrutura organizativa adaptada à situação actual, mas não menos interessante, a Náu-tica do A.S.C. quer revitalizar o Cruzeiro do Tejo, dentro do con-ceito original e pretende, deste modo, dar um impulso à náutica de recreio e constituir um forte in-centivo e motivação para a práti-ca da Vela ligeira e dos cruzeiros e de outras modalidades aquáti-cas. Este novo Cruzeiro vai ser Aventura, Descoberta, Desporto, Turismo e Convívio com a Natu-reza e com as gentes ribeirinhas, uma marca forte do Tejo como potencial produto náutico-turísti-co.

Será composto por uma su-bida do rio a partir de Alhandra no sábado 22 de Junho até a um lanço de Salvaterra-Valada, com regresso no dia seguinte. Logo após terem cruzado a li-nha de chegada os barcos con-tinuam a navegar em caravana e a desfrutar a paisagem até a um local a montante onde se concentram os navegantes e ali montam o acampamento e é servido um jantar regional se-guido de um arraial ribatejano e convívio com festa rija, sendo indispensável que as embar-cações concorrentes estejam

à hora marcada no local da lar-gada no Domingo, culminando o Cruzeiro com a tradicional “ Caldeirada “ em Alhandra.

Já registámos os comentá-rios de individualidades idóne-as, sobre o regresso do Cruzei-ro, que passamos a citar:

“A Secção Náutica do Alhan-dra Sporting Club, ao tomar consciência de que o seu tradi-cional Cruzeiro do Tejo estava a ficar banalizado e a perder a eficiência e o prestígio do pas-sado, julgou preferível suspen-der a sua realização, tempora-riamente, para ser repensado. Como a SNASC nunca aban-donou a ideia de relançá-lo, foi procurando encontrar soluções para que ele se voltasse a reali-zar em condições de qualidade e prestígio adaptadas à realida-de do país de hoje. Portanto o CRUZEIRO DO TEJO vai voltar em 2013! ”

João Pinto Pessoa, presiden-te da Náutica do Alhandra S.C.

“O Cruzeiro do Tejo foi du-rante anos um acontecimento no qual era imperioso partici-par, sobretudo pela riqueza do convívio que proporcionava. Fazia parte do calendário de velejadores e de outros acom-panhantes que não queriam de-xar de viver um fim-de-semana usufruindo das belezas do Tejo nem perder as festas ribate-janas quie o Passeio oferece. Reeditá-lo com o mesmo espí-rito é fundamental, para voltar a ser um evento em que muitos dos amantes do Tejo e despor-tistas náuticos vão querer estar na largada”.

Antero Santos, do Notícias do Mar

“O regresso do Cruzeiro do Tejo é da maior importân-cia, pois é uma das ações que permite a dinamização do te-cido económico local, dando a conhecer a quem nos visita as muitas potencialidades existen-tes e, simultaneamente, sen-sibilizar a população em geral para as atividades náuticas e para o usufruto do Rio Tejo.

É também uma iniciativa que ganhou o seu espaço ao longo dos anos, razão pela qual todos ficaremos contentes com o seu regresso.”

Maria da Luz Rosinha, pre-sidente do município de Vila Franca de Xira

VIVA O CRUZEIRO VIVÓ TEJO!

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A Mercury Anuncia a Incorporaçãode Nova gama de Motorescom Certificação SOLAS/MEDA Brunswick Marine e EMEA anuncia a incorporação duma nova gama de motores fora de borda de 2 e 4 Tempos com a certificação SOLAS. A gama é composta de 5 bases de motores, nos 4 Tempos com os modelos 15/20 CV de 2 cilindros, 25/30 CV de 3 cilindros e 40/50/60 CV de 4 cilindros, e nos 2 Tempos com 40/50 CV de 3 cilindros.

Náutica

Notícias Touron

Os motores de 2 Tempos de 40/50 CV de 3 cilindros, equipados com sistema de arranque pós-imersão,

estão também certificados para embar-cações de salvamento e de resgate rá-pido.

“Os nossos clientes governamen-tais, comerciais e militares solicitaram mais motores com certificação SOLAS/MED na nossa gama”, comentou John Lasschuit, Director de produto fora de borda. “A gama de 2 Tempos com certificação MED, compreendida entre

o 25 e o 90 CV, é a mais procurada para as embarcações que necessitam certificação SOLAS/MED. Como resul-tado duma crescente procura de mo-tores fora de borda para embarcações militares e governamentais, sobretudo motores com baixas emissões, resol-vemos certificar também os nossos motores de 4 Tempos entre os 15 e os 60 CV. Todos estes motores passaram os mais rigorosos testes SOLAS, in-cluindo os motores com unidade infe-rior standard, os modelos Bigfoot e as versões Jet”.

ABrunswick Marine in EMEA apresenta o Sistema de Dissuasão Anti-roubo (Theft

Deterrent System - TDS) para os seus motores fora de borda Mariner e Mercury. Inspirado nos sistemas de segurança do sector automóvel, o TDS confere maior tranquilidade aos proprietá-rios de embarcações. O Sistema de Dissuasão Anti-roubo compõe-se duma estação de acoplamento e de chaves codificadas electronicamente.Quando uma das duas chaves é usada, o motor, ou motores, da embarcação funcionam normal-mente. Pelo contrário, sem a chave electrónica correcta, o motor, ou motores, funcionam a uma velocidade de segurança muito restrita. Não ficam totalmente imobilizados, permitindo que a embarcação se possa deslocar numa situação de emergência.Cada chave electrónica tem um transmissor que comunica com a estação de acoplamento, trans-mitindo sinais electrónicos que são enviados ao sistema informático do motor através do sistema SmartCraft de controlo dos motores.O estado do sistema pode ser claramente visualizado:Luz Vermelha – informa que a chave electrónica correcta está em falta e que o motor está limitado às RPM pré-definidas;Luz Verde – a chave electrónica está na estação de acoplamento e o sistema está desactivado, permitindo o normal funcionamento dos motores;O novo Sistema de Dissuasão Anti-Roubo inclui, também, uma luz intermitente vermelha – similar à de muitos automóveis – que indica que o sistema anti-roubo se encontra instalado.Este novo sistema de segurança encontra-se disponível para os motores fora de borda de 4 Tempos compatíveis com SmartCraft de 40, 50, 60 e 150 CV EFI.

A Mercury Marine Apresenta o Sistema Anti-Roubo para Motores Fora de Bordaa 4 Tempos de 40, 50, 60 e 150 HP

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Achado Arqueológico ao Largo de LeixõesNo passado dia 21 de Setembro, foi apa-nhada uma âncora muito antiga pelas redes de um arrastão não identificado, da praça de Leixões, que inicialmente se supôs, pela natural ausência de avalia-ção científica, poder pertencer a uma nau ou galeão do século XVI ou XVII.

Notícias do Mar

Arquelogia Subaquática

Oachado foi par-ticipado à Auto-ridade Marítima – Capitania do

Porto de Leixões, que a man-tém sob a sua guarda, em local não divulgado. Pela importância arqueológica que se julga mere-cer, foi participado oficialmente o achado ao Instituto de Gestão do Património Arquitectónico e Arqueológico - Igespar.

Por força do interesse que a âncora aparenta ter e pelo cui-dado com que foi tratada, visto ser a que se encontra melhor preservada, quando compara-da com as duas outras ânco-ras encontradas este ano, uma na baía de Cascais e outra no Algarve, é previsível que um membro do Instituto se deslo-que a Leixões, para uma prévia análise da peça agora encon-trada.

As notícias de navios afunda-dos na idade média no norte do país são escassas, muito embo-ra haja referências ao naufrágio da nau Damão, da carreira da Índia, em 1733, e uma outra de uma caravela espanhola, nau-fragada em 1550, devidamente notificada pelo capitão do navio

Alonso Andrés, conforme par-ticipação que se encontra no Arquivo de Protocolos, em Se-vilha. Ambos os navios naufra-garam por motivo de mau tem-po, na área designada por “Mar da Póvoa de Varzim”

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Garmin Recebe Importante Prémio Inovação atribuído pelo The Economist GroupOs dois cofundadores da empresa multinacional Dr. Gary Burrell e o Dr. Min Kao receberam em mãos o prestigiado prémio The Economist Group 2012 Innovation Award atribuído na categoria de Consumer Products

Electrónica

Notícias Garmin

AGarmin, líder mun-dial em soluções de navegação por satélite*, tem o or-

gulho de anunciar que os seus cofundadores, Dr. Gary Burrell e o Dr. Min Kao, foram selecio-nados para receber o The Eco-nomist Group 2012 Innovation Award (Prémio de Inovação 2012) atribuído na categoria de Consumer Products (Produtos de Consumo) pelos dispositi-vos portáteis de navegação da Garmin.

Os Innovation Awards su-blinham as significativas con-tribuições prestadas em oito áreas distintas, que vão desde as telecomunicações ao altru-ísmo social. Para a cerimónia

de entrega, o The Economist reuniu um público composto por 200 convidados, onde se fizerem representar personali-dades dos mundos académico, dos negócios, da ciência, da In-vestigação e Desenvolvimento e do Governo. A apresentação decorreu na British Academy of Film and Television Arts The-atre, em Londres, no passado dia 15 de novembro.

“É com enorme honra e hu-mildade que recebemos este prestigiado prémio que coloca a Garmin entre alguns dos maiores pensadores e das melhores marcas do Mundo”, disse o Dr. Min Kao, que aceitou o prémio em nome da Garmin.

“Os Innovation Awards atri-

Dr. Gary Burrell e Dr. Min Kao

buídos pelo The Economist re-conhecem quem está na base do sonho e da realiza-ção das inovações, que é quem no fundo trans-forma o mundo em que vivemos através da sua visão e criatividade”, explicou Tom Standa-ge, Digital Editor do The Economist e presidente do painel composto por 29 juízes, justificando a decisão de atribuição dos prémios. Ainda de acordo com este res-ponsável, “os vencedo-res deste ano criaram importantes produtos e serviços e, estejam eles em áreas visíveis

ou nos bastidores dos avanços, as suas contribuições inovado-ras tornaram-se parte da vida quotidiana de milhões de pes-soas”.

A cerimónia de entrega de prémios representou o culminar do programa de longa duração do The Economist para a envol-vência em torno da inovação e foi transmitida ao vivo para todo o mundo através da Internet.

“Este prémio atribuído à Gar-min pela sua Inovação que vem desenvolvendo desde 1989 re-flete o enorme peso que recai sobre a empresa social, sendo considerada como uma empre-sa referência não só em termos comerciais mas também em matéria de responsabilidade social”, refere Mariana Dias, Marcoms Manager da Garmin Portugal. A responsável real-ça ainda a importância do re-conhecimento do mercado e dos seus utilizadores: “Ainda recentemente, a Garmin foi galardoada em Portugal pe-los leitores da revista PCGuia como o melhor GPS e pela revista Gadget com o prémio de melhor gadget automóvel pelo nüvi 3590LMT. Somos reconhecidos pela qualidade, fiabilidade e confiança propor-cionadas pelos nossos produ-tos GPS”.

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Equipas Portuguesas com Boa ParticipaçãoOs Clubes “ Grupo Desportivo Os Amarelos “ e “ Clube Naval de Olhão” participaram de 24 Novembro a 01 de Dezembro no Campeonato do Mundo de Clubes, prova de se realizou em Espanha na cidade de Torrevieja.

Pesca Desportiva

Pesca Mundial de Clubes

Depois de uma lon-ga viagem, am-bas as equipas foram muito bem

acolhidas pela organização da prova, facto que aliás foi cons-tatado por ambas as equipas com o decorrer dos dias e que no fim consideraram de exce-lente organização.

Quer os dias de treino, quer os dias de prova foram pauta-das por condições de tempo muito adversas, que obrigaram os atletas a um esforço adicio-nal e uma maior aplicação dos seus conhecimentos.

O vento acabou por ser o grande adversário, obrigando os atletas a pescarem em zo-nas de defeso com profundida-des abaixo dos 10 metros, facto que dificultou muito a boas per-formances e também o facto de haver muito pouco peixe.

Perante estes factos, as Grupo Desportivo os Amarelos

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Clube Naval de Olhão

equipas portuguesas tentaram se adaptar às condições des-critas, alterando diariamente as suas pescas, na procura de me-lhores resultados.

A entrega dos nossos atletas ficou bem patente nas classifi-cações diárias, onde registaram alguns primeiros e segundos lu-gares nas embarcações, mas que dadas as circunstancias e também o facto de não estarem muito habituados ao tipo de pesca que se exigia, apresen-tarem um desempenho que se enaltece.

Ficou mais uma vez provado que a preparação para provas, cujos mares são diferentes da-queles em que pescamos, se afigura de extrema importância e por isso de reflectir em ter-mos futuros da necessidade de planear treinos mais de acordo com as características dos ma-res que venham a encontrar.

Tratou-se pois de uma par-ticipação que honrou as cores nacionais e que dignificaram a modalidade desportiva da Pes-ca Embarcada.

Pesca Desportiva

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CPND Albufeira Campeão Nacional

Chegamos ao fim de mais uma época do Campeonato Nacional de Clubes, no passado dia 2 de Dezembro, em Setúbal, com grande empenho, dedicação e competitividade, mas sempre em clima de grande desportivismo.

Pesca Desportiva

Final do Campeonato Nacional de Clubes 2012

Nesta competição, e de acordo com o regulamento, as equipas são

constituídas por 5 atletas, mas só contam para a pontuação da equipa as 4 melhores classifica-ções.

Classificação FinalClube Equipa Pontos

1º CPND Albufeira CPND Albufeira 26

2º Companhia Mares B 30

3º CN Ericeira CN Ericeira 36

4º CN Sesimbra A 46

O CPND Albufeira sagrou-se Campeão do Campeonato Na-cional de Clubes 2012, e repre-sentará Portugal no 6º Campe-onato do Mundo de Clubes para a época de 2013 que se reali-zará em MONTENEGRO de 5 a 12 de Outubro de 2013.

João Pardal, Célio Alves, José Luís Costa, Alexandre Dionísio e Nuno Sousa

Final do Campeonato Nacional da 3ª Divisão de Pesca em Barco Ancorado - 2012

Com 1130 Pontos, venceu o Campeonato Nacional da 3ªDivisão o atleta Ricardo Sousa, do Botafogo FC.

AFinal do Campeonato Nacional da 3ª Divisão do Campeo-nato Nacional de Pesca em Barco Ancorado, realizada no dia 2 de Dezembro nos mares de Setúbal foi disputada entre os Campeões Regionais da 3ª Divisão, de modo a apurar o Cam-peão Nacional da 3ª Divisão da época 2012.

Ricardo Sousa Sagrou-se Campeão

Ricardo Sousa do Botafogo FC, Campeâo Nacional da 3ª Divisão

Classificação FinalClube Pontos

1º Ricardo Sousa Botafogo FC 1.130

2º Eduardo Guela Grupo Naval de Olhão 1.100

3º Fernando Pedro Pampilhosa 720

4º Miguel Lopes Clube Naval Ericeira Faltou

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CPND Albufeira Campeão Nacional Atum com Radioatividade Capturado na CalifórniaAlguns meses após o acidente com a cen-tral nuclear de Fukushima, no Japão, fo-ram capturados na Califórnia alguns exemplares contaminados de Thunnus orientalis, a versão do Pacífico do atum-rabilho do Atlântico, mas sem perigo para a saúde.

Pesca

Acidente na central Nuclear de Fukushima

Estudos efetuados com estes exemplares e com outros capturados posteriormente, deram

origem a um trabalho efectuado por uma equipa chefiada por Daniel Madigan, da Universidade de Stan-ford que foi publicado na revista norte-americana Proceedings of the National Academy of Sciences.

O resultado desse estudo con-firmou que a concentração dos elementos radioactivos encontrada nos atuns, é muito abaixo de outros elementos radioactivos naturais e não apresenta perigo para a saúde. A equipa que analisou os peixes encontrou 4 becqueréis por quilo-grama do isótopo radioactivo césio-134 e 6,3 becqueréis por quilogra-ma de césio-137. O limite máximo de segurança definido pelas autori-dades japonesas é de 100 becque-réis por quilograma de alimento. Em análises anteriores feitas a peixes naquela região, nunca foi encontrado césio-134, que só é produzido por reactores nucleares e encontra-se em armamento. O césio-137 já está presente no oce-ano devido às poeiras radioactivas dos testes nucleares das décadas passadas. Este isótopo tem um tempo de semivida muito lento, em comparação com o césio-134, cujo tempo de semivida é de dois anos. Por isso, a única explicação plau-sível para a presença de césio-134 nestes peixes é a radiação vinda do derrame da central japonesa.

Os resultados “são inequívo-cos, a fonte é Fukushima”, disse Ken Buesseler, da Instituição Oce-anográfica Woods Hole, no Massa-chusetts, Estados Unidos, ao jornal britânico The Guardian. Segundo o jornal, o reactor nuclear derramou para o oceano Pacífico 18.000 te-rabecqueréis de radioactividade. “Nunca diria a ninguém o que é seguro comer e o que não é. Tem vindo a ser claro que, para algu-mas pessoas, uma quantidade mínima de radioactividade é má e deve ser evitada. Mas comparado com o que existe na natureza e para os limites de segurança que foram estabelecidos, estas quan-tidades não são nada grandes”, disse Daniel Madigan à Reuters. Esta espécie tem níveis baixos do isótopo radioactivo potássio-40, que ocorre naturalmente na

natureza. Segundo Madigan, a radiação de Fukushima foi res-ponsável por um aumento de 3% da radiação total nestas espécies. Os atuns que são capturados vão continuar a ser analisados para ver se continuam a revelar radia-ção. Uma das lotas de atum em Tóquio

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Alex Carella é Bi-Campeão Mundial com a Vitória em Abu Dhabi

O piloto italiano Alex Carella do Qatar Team venceu o seu segundo Campeonato Mundial de F1H2O, após vencer de ponta a ponta a penúltima etapa realizada em Abu Dhabi, capital dos Emirados Árabes Unidos.

Motonáutica

Texto e Fotografia Gustavo Bahia UIM F1H2O World Championship

Emirado ÁrabesUnidos tem o melhor da MotonáuticaQuando a F1H2O chegou aos Emi-rados Árabes Unidos não existiam nenhuma das infra-estruturas que agora encontramos. O Abu Dhabi International Marine Sports Club (ADMISC) fisicamente não existia. Hoje Abu Dhabi é muito mais do que a capital dos Emirados, fruto de uma política de desenvolvimen-

to bem melhor planeada do que a famosa Dubai é uma cidade bonita, agradável e muito bem organizada. Tudo mudou nos últimos 28 dos 41 anos comemorativos da união dos sete emirados, foco da visão de um ícone para sempre lembrado por to-dos Sheihk Zayed. Sua foto ainda permanece na lembrança das gera-ções que se seguem e nos outdo-ors, caros e todos os pontos comer-ciais sejam pequenos ou grandes.

Erguida sobre uma mina de ouro negro (petróleo), Abu Dhabi é muito mais do que a capital, é o Emirado mais rico do que todos os outros seis juntos, garantindo uma enorme estabilidade a todo país.

Nova áreapara as equipasEsse ano o ADMISC recebeu as equipas em uma nova área es-pecialmente construída com to-

das as facilidades necessárias ao bom funcionamento. Em função dessa alteração o circuito náuti-co da prova foi também alterado, facultando uma melhor operação náutica e mais visibilidade para o público. Os dias nublados não aju-daram muito, mas tudo aconteceu sem problemas. O jantar de gala foi interrompido pela chuva, estra-gando a festa que foi organizada ao ar livre.

Carella Venceu o seu segundo campeonato mundial

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Alex Carella é Bi-Campeão Mundial com a Vitória em Abu Dhabi

Motonáutica

Uma vitória sem salDifícil comentar o bi-campeonato vencido por Alex Carella, não que lhe falte competência ou qualida-de da equipa, mas são dois anos onde vence os campeonatos com-pletamente sem aquele sabor de

vitória pela velocidade. Ano passa-do venceu depois de um acidente com seu companheiro de equipa Jay Price, esse ano venceu sob bandeira amarela com apenas 32 das 38 voltas que deveriam ter sido corridas. A prova foi finalizada por

tempo regulamentar de 45 minutos, deixando um gosto amargo na boca de quem ainda pensava numa re-acção do piloto do Abu Dhabi Team, Thani Al Qamzi. As regras que fa-zem com que se estrague o show estão no regulamento, mas a forma como são aplicadas fica de respon-sabilidade da Direcção da Prova. A bandeira amarela é para ser aplica-

da na Motonáutica no máximo por 2 voltas, mas cada uma das 3 in-terrupções levaram uma eternidade para que os participantes recebes-sem a bandeira verde. Outro factor que ficou sempre no ar, foi a falta do piloto Ahmed Al Hameli, que teve de abandonar o campeonato quan-do liderava a tabela com alguma folga por motivos da descoberta

Sami Selio perdeu a hipotese do Vice-Campeonato Símbolo comemorativo de 41 anos da União

Philippe Chiappe conseguiu o segundo lugar com dois pontos de vantagem

Largada da etapa de Abu Dhabi que Vencida por Carella

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Motonáutica

de um tumor maligno no cérebro. O piloto de Abu Dhabi foi operado nos Estados Unidos, onde ficou por 2 meses, tendo retornado a Abu Dhabi onde vem se submetendo ao tratamento de quimioterapia. Al Hameli com apenas 32 anos tinha verdadeiramente todas as possibili-dades de vencer esse campeonato, mas a saúde lhe roubou essa opor-tunidade.

Abu Dhabi com título em abertoA luta pelo título 2012 chegou a Abu Dhabi tendo 3 pilotos com chances matemáticas para obter sucesso: Alex Carella, Philippe Chiappe e Sami Selio. Carella esteve sempre em melhor posição, conquistou a Polé Position com 0:46.59. Philippe Chiappe foi terceiro com 0:47.03 e Sami Selio o sexto com 0:47.44. Mesmo com essa diferença ain-da restavam esperanças ao piloto francês e ao finlandês Selio, um ex-campeão com muita experiência. Entretanto, a performance durante a prova deixou Sami Selio em ter-ceiro e Philippe Chiappe em quar-to. Alex Carella venceu de ponta a ponta.

Team Abu Dhabicom 3 barcos em casaApenas para a etapa de casa o Team Abu Dhabi participou com 3 barcos, o numero 5 de Thani Al Qamzi, o número 27 para Scott Gillman e o número 6 para Majed Al Mansoori. Scott Gillman fez o primeiro dia de treino com o novo motor de 4 tempos fora de bordo desenvolvido pela parceria Hartley Enterprises e Baba Racing mostrou que tem potencial, mas ainda preci-sando de desenvolvimento. Gillman revelou a NM que o Team Abu Dha-bi pretende encomendar um barco BABA sob medida para esse motor para a temporada 2013.

Os 2 temposvão parar?Em Abu Dhabi 23 barcos estiveram

Thani Al Qamzi venceu com estilo em Sharjah

Scott Gillman participou das duas etapas nos Emirados

O Motor 4T Caudwell projetado na Afica do SulO barco Sul Africano ainda não esta a altura da concorrência

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Motonáutica

participando e a proporção entre motores 2 tempos e 4 tempos é de 21 (2T) para 2 (4T). Se considerar-mos a participação nos testes de Scott Gillman com o Hartley/Baba os 4T somam 3 unidades. A Equi-pa Caudwell sulafricana participou desse campeonato com os moto-res “onboard” Caudwell e um barco totalmente projectado e construí-do para receber o motor V8. Tudo ainda carece de muito trabalho e desenvolvimento, para chegar ao nível de competitividade dos Mer-cury EFI que domina a categoria. O sinal dos novos tempos é uma re-alidade, mas muita água ainda vai passar até que possamos ver uma vitória de um 4 tempos ou um grid de largada com números inversos ao da actual realidade. Os 2 tem-pos são mais leves e muito mais rá-pidos, com todos os barcos já bem afinados.

Benaventecom novo barcoO piloto português Duarte Bena-vente trocou o seu barco por um novo Baba e os resultados pere-cem começar a ser positivos. Úni-co piloto português na F1H2O, Be-navente insistia em competir com o barco Dragon (Ex-Burgess) que não oferecia condições técnicas em igualdade com os modernos DAC e BABA. Foram muitos anos e grandes decepções para o piloto de Azeitão, até que decidiu mudar para o BABA. De imediato já pulou para o grupo dos 10 mais rápidos e torcemos para que em 2013 possa ter uma participação que faça justi-ça as suas capacidades. Marit Stromoy ficou em 7º e 8º nos Emirados

Cantando fez boas apresentações nos Emirados

O voo do piloto Chinês

O piloto Americano obteve boas prestações Scott com o terceiro barco da equipa

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Motonáutica

Thani venceem SharjahThani Al Qamzi venceu com garra a última etapa do campeonato mun-dial 2012 realizada em Sharjah,

também nos Emirados Árabes Uni-dos. O piloto natural de Abu Dhabi e primeiro piloto do Team Abu Dhabi, já tinha tido um brilhante participa-ção na etapa de casa, onde obteve

o segundo lugar. A prova teve me-nos 6 voltas por conta das bandei-ras amarelas, mas Thani, tal como Carella em Abu Dhabi, nunca deu chance aos demais competidores, mesmo tendo largado na quarta po-sição. Com esses dois resultados Thani conseguiu recuperar bem na tabela do mundial 2012, terminando em 3º lugar com 60 pontos.

Luta pelo 2ºlugarem SharjahO campeonato chegou a Sharjah com o Campeão definido por ante-cipação, mas a luta pelo segundo lugar estava aberta para Philippe Chiappe, Sami Selio e Thani Al Qa-mzi, todos com chances pendentes dos seus resultados. O piloto fran-cês, líder da equipa da China, con-seguiu prevalecer merecidamente, mesmo não tendo uma performance como se poderia esperar. O terceiro lugar na prova de Abu Dhabi e um modesto sexto lugar em Sharjah, garantiram a pequena diferença diferença de 2 pontos sobre Thani Al Qamzi.

Jay Price decepcionouO ex-Campeão Mundial Jay Pri-ce participou das duas etapas dos

Emirados pela Equipa Skydive Du-bai, mas o que melhor conseguiu foi se classificar em terceiro na etapa de Sharjah. O piloto americano não concluiu nenhuma das provas, mui-to aquém das expectativas. Price competiu com um BABA/Mercury EFI.

Campeonato 2013sem calendário Mesmo depois de um ano com ape-nas 6 etapas, o Mundial de F1H2O ainda não tem calendário definido para 2013. Segundo o Promotor da categoria, existe ainda esperança de uma etapa de abertura no Bra-sil ou no Egito em Abril 2013. Fora isso, aparentemente tudo deve fi-car no mesmo, com o campeonato mais uma vez sem nenhuma etapa na Europa. Para o Brasil achamos pouco provável, para o Egito uma enorme utopia, quando país está à beira de uma guerra civil. A realida-de sobre falta de provas nos prin-cipais campeoantos da UIM, que comentamos na edição anterior, é muito triste para a Motonáutica.

Homenagem ao piloto Ahmed Al Hameli

Price voltou mas não obteve resultadosBoa divulgação da prova pelas vias de acesso

O Novo Paddock em Abu Dhabi

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Navegações nos Rios e no Mar em 2012

A Associação Portuguesa de Motocruzeiros cumpriu mais uma vez o seu programa anual, proposto pela Direcção e aprovado para o ano de 2012. Com total sucesso, segundo opinião manifestada pelos participantes nas diferentes actividades e eventos.

Náutica

Associação Portuguesa de Motocruzeiros Texto e FotografiaRaimundo Covas e Moura Teles

Dando início aos eventos, em Maio, algumas embarcações

dos nossos associados ruma-ram até ao Seixal, agora já com

um cais de atracação satisfató-rio.

Foi a forma de testar a ma-nutenção dos cascos e dos mo-tores, que o inverno tinha per-mitido, começando a preparar

mais horas de navegação.Ainda em Maio, continuan-

do na mesma margem do rio, rumámos até Alcochete, onde nos esperava uma Caldeirada previamente encomendada ao

nosso Amigo Gaivita, do “Res-taurante Marítimo”.

Para quem não está habi-tuado a esta área do rio, foi aproveitada a experiência dos “Patrões” mais calejados, que a navegação é um pouco confusa e complicada, por falta de sina-lização adequada. Falta mais cais para atracar, mas com alguma perícia e engenharia de amarrações, conseguimos satisfazer o prazer de ir a Alco-chete!

Outra oportunidade surgiu e navegámos novamente até ao Seixal, com um belo dia de sol e boa maré.

Com o desaparecimento da ilha do Bugio não temos muito por onde escolher! Ai! “Ilha Do Bugio” onde tão bons pic-niks proporcionaram deleitosos con-vívios; era o coração dos nave-gantes de Lisboa e das áreas ribeirinhas. Foi-se...

Entre 31 de Maio e 10 de Ju-nho, tivemos em Lisboa a visita dos veleiros da “Volvo Ocean Race”. Os nossos Associados aproveitaram para navegar e mais de perto apreciar aquelas Partida de Lisboa para Valada

É sempre extraordinário passar pelo Espichel

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Náutica

“grandes máquinas voadoras”. O mesmo aconteceu na sema-na de 16 a 22 de Julho, a sema-na dos “Tall Ships”.

Foram de facto duas grandes jornadas náuticas que também nos fizeram recordar os nossos antigos navegadores - “grandes naves para grandes oceanos”.

A Subida Anualaté ValadaCom o dia 10 de Junho ocupa-do com a “Volvo Ocean Race”, a subida anual até Valada, sempre nessa data, teve de ser adiada e reformulada.

Reformulada, porque o “Clube Naval de Alhandra” e a “Confraria do Tejo” nos pediram ajuda para que com a nossa ex-periência lhes mostrássemos a melhor navegação até Valada, por forma que pudessem orga-nizar um “nautic paper”. Assim, a 16 de Junho, AM, largámos de Lisboa, parando em Alhandra para serem integradas algumas

embarcações do “Clube Naval de Alhandra” e, em conjunto, lá retomámos a rota de Valada.

Devidamente programada estava à nossa espera um con-digno repasto de “Enguias Fri-tas” e “Joelho de Porco”, que só no restaurante do nosso Amigo Neves, se podem saborear!

Deixou-se “acalmar” a de-gustação sentados na espla-nada vizinha do Tejo, do nosso Amigo Porfírio, que no seu bar tem expostas as crestas evoca-tivas das nossas idas a Valada.

Controlada a digestão com umas “águas das pedras”, inici-ámos o regresso a Alhandra e a Lisboa, deixando que os nos-sos acompanhantes pudessem

confirmar a rota da subida.

Nas Águas Quentes de Tróia e Frias do AlgarveBom e agora começa o Verão, propriamente dito. Terminada a semana dos “Tall Ships”, dia 23 de Julho saímos de Lisboa com destino à Marina de Troia onde mais uma vez tivemos bom acolhimento, diria mesmo, preferencial. Permanecemos nestas paragens até ao final do mês. Por lá fizemos algumas pescarias e reconhecimentos de sítios paradisíacos, sempre com bom mar e com a tempe-ratura da água bem acima dos 20º no rio, que nos proporcio-

Às vezes não é fácil encontrar espaço para atracar

Um almoço no Restaurante Ponto Final

Antero dos Santos e Jorge Moura Teles numa subida até Valada

Uma reuniâo de 6ª feira para decidir o próximo programa

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Náutica

nou uns banhos com muito en-tusiasmo e prolongados. Como foi bom “abicar” naquelas areias da margem esquerda do estuá-rio do Sado...

No dia 1 de Agosto zarpá-mos para Sines onde se per-noitou depois de abastecer os depósitos de combustível e se jantar belo peixinho grelhado no “Restaurante Beicinho”. Cedo, no dia seguinte rumou-se a Portimão.

A “Armada APM” foi rece-bida frente à Ria do Alvor por uma embarcação nossa, já ins-talada previamente naquelas paragens, o que proporcionou um momento de confraterniza-ção com um “Gim Técnico” e o primeiro banho de mar Algarvio. Mas..., desilusão total, a água estava “gelada” comparativa-mente à de Troia!!

Permanecemos até 13 de Agosto na Marina de Portimão, com o habitual acolhimento de muita cordialidade. Foi tomada a opção de deixar ao critério dos ocupantes das embarca-ções aproveitarem a estadia como bem programassem, aproveitando a estadia como entendessem. E assim, pelos relatos havidos à noite, desfru-tando uma bebida no “Avlis” ou no “Recife IV”, soube-se dos bons passeios que acontece-ram.

Foi uma estadia agradável para um fim de férias de 2012. Como o que é bom acaba de pressa, o fim do mês chegou rápido e lá tivemos de regres-sar a Lisboa.

No dia 15 de Setembro tive-mos que anular uma pescaria

O Jantar do PerúUm gostoso piquenique a bordo

Os cruzeiros até Sesimbra e Seúbal oferecem a beleza da Costa Azul

Este ano as águas do Algarve estavam muito frias

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Náutica

prevista devido ao mau tempo.

O Magusto,um Cruzeiroe o Jantar do PerúEm Novembro, fizemos o nos-so já tradicional magusto, que como sempre foi mais um en-contro de navegadores. Famí-lias e Amigos confraternizaram com muito boa disposição e sa-borearam uma bela grelhada, muito mista e castanhas, tudo bem regado com excelente água-pé.

De 7 a 16 de Novembro, um sócio da APM proporcionou a inclusão num Cruzeiro pelo Me-diterrâneo de alguns Motocru-zeiros e suas famílias. Foi mais uma jornada excelente para os que puderam aproveitar.

No dia 8 de Dezembro, efec-tuou-se o tradicional “Jantar do Peru”, assim festejando o “Natal da APM”, com troca de lembran-ças, recordando aqueles que por motivos particulares não pu-deram estar presentes e dese-jando a todos uma Feliz Quadra Natalícia e um BOM ANO.

Para o ano de 2013 projec-tos já há, assim se possam, concretizar com a crise a es-preitar... Fazer as habituais na-vegações até à outra margem,

será o mínimo; que o evento principal está já a ser esque-matizado - a subida do Douro em Junho. Em Julho / Agosto vamos até à Marina de Troia,

desfrutar o Sado, Setúbal e o Portinho da Arrábida, onde este ano desfrutámos de água mais quente que no Algarve e a pes-ca sempre nos alicia!

Ao largo do Portinho da Arrábida

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Ruben Silva Campeão Nacional de Longboard na Coroação Europeia de Ben SkinnerRuben Silva tornou-se o primeiro campeão nacional de longboard do Porto, de-pois de alcançar os quartos-de-final da prova do Circuito Europeu de Longboard (ETL) que terminou em 9 de dezembro, integrado no Estoril Surf Festival, uma etapa ganha pelo inglês Ben Skinner que, depois de alcançar as meias-finais, se sagrou campeão do Circuito Europeu de Longboard 2012.

Surf

Circuito Europeu de Longboard (ETL)- Estoril Surf Festival

Ruben Silva viu o seu concorrente directo ao título, João Ve-ríssimo, ser elimi-

nado na mesma fase pelo inglês

Adam Griffiths.Em mais um dia de belas on-

das na praia do Guincho com cerca de metro, Ruben Silva per-deu nos quartos-de-final com o

francês Edouard Delpero, 5º do ranking mundial da modalidade com um score de 9 contra 13,1 do gaulês. Mas viu João Veríssi-mo ser afastado na mesma fase (6,9 contra 13,75) por Griffiths, candidato ao título europeu e finalista vencido desta etapa, o que lhe garantiu o triunfo no Na-cional por escassos 30 pontos, o que diz bem da competitividade da prova.

Com esta vitória, Ruben tor-nou-se o primeiro campeão na-cional de Longboard oriundo do Porto, uma curiosidade que ser-ve para colocar a proverbial cere-ja num fim-de-semana de sonho para este surfista que apenas há dois anos começou a dedicar-se seriamente a esta variante:

“Faço surf há mais de 20 anos e fazia Longboard ocasio-nalmente, sobretudo nos dias em que, depois de fazer um tria-tlo, que também pratico, estava

demasiado cansado para surfar em prancha pequena. Depois, entrava em algumas provas e o Lufi (ndr: Luís Bento, shaper e competidor do Nacional de Lon-gboard) incentivou-me a continu-ar e agora aqui estou, campeão nacional!”

Acerca da prova, inserida numa etapa do Circuito Europeu de Longboard, Ruben só tem elogios:

“É excelente estarmos a com-petir com alguns dos melhores da Europa e do Mundo. Ajuda-nos a suplantarmo-nos e a evoluir. De-pois, tivemos muita sorte com as ondas. Sou do Porto e não cos-tumo surfar muito no Guincho, mas sei que costuma ser muito ventoso pelo que fomos felizes com as condições.”

Uma última palavra para o estado da modalidade em Por-tugal:

“Estes campeonatos são mui-Ruben Silva festeja

Ben Skinner, campeâo europeu

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Surf

to importantes, também porque dão oportunidades de divulga-ção à modalidade. O longboard em Portugal tem sido pouco va-lorizado e estas provas ajudam a inverter essa tendência. Agora, como costumo dizer aos meus patrocinadores, apenas prome-to trabalho para continuar nesta senda de sucesso. Este foi, ali-ás, um ano de sonho, com a vi-tória na Taça de Portugal e agora no Nacional.”

Mas o rei da festa, hoje, foi mesmo inglês. Ben Skinner de seu nome, conquistou o quar-to título do Circuito Europeu de Longboard, mas se se levar em consideração títulos do Eurosurf e da ASP, “Skin Dog” leva qual-quer coisa como 10 troféus que o consagram como o capeonís-simo da modalidade no Velho Continente.

“Sim, foi o meu quarto título do ETL e é um circuito que aprecio muito pelo seu papel no desen-volvimento do longboard a nível europeu. É por isso que me honra muito conquistar mais este troféu, ainda pr cima no Estoril. Foi aqui que me sagrei campeão Europeu pela primeira vez e é muito bom poder celebrar aqui novamente”, confessou Bem Skinner.

O inglês das Channel Islands encontrou no Guincho “condições de sonho”:

“Fomos abençoados com boas ondas. Sempre 3 a 4 pés (ndr: cerca de metro) com vento fra-co, hoje um pouco mais pequeno mas mais perfeito, com sol, em Dezembro?! Na minha terra não temos este clima...”

Convidado a apreciar o nível dos longboarders nacionais, Ben Skinner não poupou elogios ao novo campeão nacional, Ruben Silva:

“Todos os anos que aqui ve-nho vejo o nível dos longboar-ders nacionais evoluir e sei que hoje se decidiu aqui também o campeão nacional. Vi-o surfar durante todo o campeonato e ele ‘ripou’ em todos os heats. Tem um surf fantástico, com curvas muito poderosas. De resto, fui muito bem tratado aqui em Por-tugal e só tenho coisas boas di-zer desta terra. O Estoril é como uma segunda casa para mim.”

A festa terminou com a entre-ga de prémios em S. pedro do Estoril, encerrando assim, mais uma bela temporada de long-board português e Europeu. Até para o ano!

O Estoril Surf Festival é or-ganizado pelo Surfing Clube Portugal e conta com o apoio da Câmara Municipal de Cascais, da Federação Portuguesa de Surf, da Federação Europeia de Surf, do Desporto Escolar, Junta de Freguesia do Estoril, Junta de Freguesia de Carnaxide, Funda-ção o Século, Deeply, Guincho Surf Shop, do Restaurante/Bar Enseada, Pizzaria/Bar Praia de S. Pedro, Restaurante/Bar Casa da Praia, Pizzaria Gordos, Bote-co da Linha, Folha Skimboards, Sagres, Print to File e Culto da Imagem.

Remy Arauzo

Edouard Delpero

Ben Skinner recebe o prémio

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Centeno Vence em S. Miguele Acende Luta pelo Título a QuatroManuel Centeno e Marta Fernandes sairam vencedores da terceira etapa do Bo-dyboard Pro Tour, num dia de boas ondas de metro e meio a dois nos areais de Santa Bárbara, em S. Miguel, Açores.

Bodyboard

Circuito Bodyboard Pro Tour

Manuel Centeno teve dois testes difíceis na meia-final com o líder do campeo-

nato Hugo Pinheiro e, na final, com o talentoso bodyboarders local, Pedro Correia, saindo vencedor de ambos os embates e relançando-se na corrida pelo título nacional que, agora, tem quatro candidatos em igualdade de circunstâncias.

Assim, além do atleta portuense, também Hugo Pinheiro, o nazareno António Cardoso e o penichense Daniel Fonseca podem, em caso de vitória na derradeira etapa (Car-cavelos, 20, 21 e 22 de Dezembro)

Pedro Correia Manuel Centeno e Marta Fernandes, os vencedores

Manuel Centeno

sagrar-se campeão nacional.Contas que o próprio Manuel

Centeno, atipicamente, nem tinha feito, assumindo alguma surpresa na hora da vitória:

“É muito bom saber que posso revalidar o título, mas tenho de di-zer que, neste momento, por tudo o que fez este ano, pela regularidade, pelo empenho e, sobretudo, pela humildade, o Hugo Pinheiro merece ser campeão no final do ano.”

Uma afirmação que Centeno suporta com um recado: “Digo isto do Hugo Pinheiro, repito, pela hu-mildade. Algo que devia constituir um exemplo para todos os jovens

competidores...”Entretanto, Pedro Correia, ain-

da embrulhado numa bandeira dos Açores, não escondia o orgulho pela primeira final nacional de um atleta do arquipélago:

“Não teria atingido este patamar sem o apoio de todos os açoria-nos que aqui estiveram na praia a apoiar-me. Agora vou para Carca-velos, para a última etapa do Nacio-nal, com o objectivo de conseguir atingir outra final!”

Entretanto, na competição fe-minina, a carcavelense Marta Fer-nandes esteve verdadeiramente imparável, derrotando de forma es-

magadora a campeã nacional Rita Pires na meia-final e superando Ca-tarina Sousa na final.

Uma exibição que abre boas perspectivas para um ataque à li-derança de Catarina Sousa, em Carcavelos.

“Fiquei muito moralizada com a minha vitória sobre a Rita Pires na meia-final e levei esse sentimento para a final. O mar, hoje, estava como eu gosto e senti-me em casa. Agora vou muito entusiasmada para Carcavelos e tentar o meu melhor.”

Os dados estão então lançados para Carcavelos para uma final de temporada emocionante.

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Director: Antero dos Santos – [email protected] Comercial: João Carlos Reis - [email protected]ção: Carlos Salgado, Gustavo Bahia, Hugo Silva, José Tourais, José de Sousa, João Zamith, Mundo da Pesca, Federação Portuguesa de Actividades Subaquáticas, Federação Portuguesa de Jet Ski, Federação Portuguesa de Pesca Desportiva do Alto Mar, Federação Portuguesa Surf, Federação Portuguesa de Vela, Associação Nacional de Surfistas, Big Game Club de Portugal, Club Naval da Horta, Jet Ski Clube de Portugal, Surf Clube de Viana.Administração, Redação: Tel: 21 446 28 99 Tlm: 91 964 28 00 - [email protected]

Paulo Martins Vence Prémio“MOCHE Surfista do Mês” de NovembroA Associação Nacional de Surfistas e a MOCHE decidiram atribuir o prémio “MOCHE Surfista do Mês” de Novembro a Paulo Martins, Director Geral da Despomar, pelo 25º Aniversário da empresa que serve os surfistas portugueses há um quarto de século.

Surf

Notícias da Associação Nacional de Surfistas

Paulo Martins, actual Director Ge-ral da empresa, é uma das peças fundamentais para o sucesso de umas das maiores empresas liga-

das ao surf do país e que procura diariamenteservir com grande qualidade, todos os surfis-

tas de norte a sul de Portugal.Sobre a sua distinção do prémio “MOCHE

Surfista do Mês”, Paulo Martins referiu que “fo-ram 25 anos a viver de e para o surf, orgulha-mo-nos da nossa estratégia e do crescimento sustentado da nossa empresa. O nosso objeti-vo é continuar a trabalhar o surf como pilar de todas as nossas estratégias. Ficamos felizes pelo reconhecimento da ANS e pelo prémio Moche Surfista do Mês.”

O prémio “MOCHE Surfista do Mês” visa dis-tinguir o(a) surfista Português(a) e/ou

personalidades que trabalham em prol do Surf com influência e contribuição positiva no

desenvolvimento da modalidade a nível na-cional e internacional, incluindo os domínios

desportivos, ambientais ou sociais, e projec-tos industriais ou associativos directa e exclusi-vamente ligados ao Surf, atribuindo um Black-berry Curve 8520 ao premiado.

Chegando assim à última distinção de 2012 do MOCHE Surfista do Mês, a ANS congratula e agradece a todos os que foram premiados:este ano:

Junho – Jorge Barroso, Presidente da Câ-mara Municipal da Nazaré; Julho – João Valen-te, Director da SURFPortugal; Agosto – Hugo Maia, Surfista Adaptado; Setembro – João Vidal, o Campeão Nacional mais novo de sempre; Outubro – José António Rodrigues, Comandante do Bombeiros Voluntários de Peniche; Novembro – Paulo Martins, Director Geral da Despomar, empresa que representa a Billabong Portugal.

O ano de 2013 está aí à porta, esperando-se assim novas distinções para quem contribui para que o surf português continue a crescer!

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EUROSAF YouthSailingChampionship2013- Tavira

Talentos Europeu em Portugal

OAnúncio de Regata do EUROSAF Youth Sai-

ling Championship 2013 – Tavi-ra, Portugal, já está publicado. A prova, decorre entre 3 e 9 de Agosto, e tem organização da EUROSAF, da Federação Por-tuguesa de Vela e do Clube Náutico de Tavira.

Depois do sucesso da pri-meira edição, disputada o ano passado em Aarhus, na Dina-marca, os jovens velejadores do continente europeu voltam a competir num evento de alto nível.

Em águas tavirenses, es-tarão até duzentos atletas sub-19, de mais de 20 países da Europa, que competem em oito disciplinas: Laser Radial, 420, 29er, Sirena SL16 e RS:X. Cada nação pode inscrever duas tripulações/velejadores por classe.

O Europeu da Juventude da EUROSAF 2013, tem algumas novidades em relação à edi-ção transacta. Será realizado um maior número de regatas diariamente com RS:X, 29er e SL16 a terem quatro progra-madas diariamente e três para as restantes classes. Outra diferença de Aarhus será a da disputa de uma regata final, para os velejadores que não se apurem para a Medal Race, pontuável para a Nations Cup, Team Trophy. Itália é a actual detentora do troféu colectivo.

Notícias do Mar

Últimas

Ocomité executivo da Federação Euro-peia de Surf (ESF) escolheu os Aço-res como palco do Eurosurf 2013, o campeonato da Europa de selecções,

seleccionando a candidatura insular, nomeadamente, São Miguel, em pretérito de Viana do Castelo e Mar-rocos.

O anúncio surge cerca de uma semana depois de do comité executivo da ESF ter estado reunido com o presidente da Federação Portuguesa de Surf e o presidente da autarquia de Peniche no recém-inau-gurado Centro de Alto Rendimento de Surf localizado precisamente na localidade que recebe a etapa por-tuguesa do Mundial de Surf da ASP.

O presidente da ESF, Xavier Delannes justificou a escolha dos Açores com a excelência das suas ondas mas também com a reconhecida capacidade organi-zativa dos portugueses:

“Foi uma escolha difícil, pois todas as três candi-daturas tinham bons argumentos, mas optámos pelos Açores pelas boas condições e pela facilidade que nos oferece em termos de logística, pois é um destino acessível a todas as Selecções da Europa e que tem uma variedade de spots de grande qualidade.”

A vitória da candidatura açoriana agradou ao pre-sidente da Federação Portuguesa de Surf, Guilherme Bastos:

“É uma honra, antes de mais, poder contar com duas candidaturas portuguesas a esta prestigiada

Surf

Semana Olìmpica Canária de Vela

Rui Silveira no PódioRui Silveira, velejador do Clube Naval da Horta, classificou-se

em 2º lugar na Classe Laser Standard, na Semana Olímpica Canária de Vela, prova organizada, entre 6 e 9 de Dezembro, pelo Real Club Náutico de Gran Canaria, Espanha.

Nos 4 dias de prova realizaram-se 9 regatas com ventos fracos e médios entre os 5 e os 11 nós.

Joaquim Blanco, atual campeão de Espanha foi o vencedor e o terceiro lugar do pódio foi ocupado pelo lituano Karolis Janulionis.

Açores Escolhidospara Receber o Eurosurf 2013

competição. Infelizmente, não podiam ganhar as duas, mas é uma decisão que confirma os créditos que Portugal detém junto dos seus congéneres euro-peus. Não só somos reconhecidos por ter excelentes atletas, mas também pelas nossas qualidades en-quanto organizadores.”

Uma decisão que apresenta outra responsabilida-de aos portugueses, além da desportiva, enquanto campeões europeus em título, recorda Guilherme Bastos:

“Desportivamente, temos também a agradável responsabilidade de defender o título que conquistá-mos 3 vezes em quatro edições (ndr: 2005, Portugal; 2007 França; 2011 Irlanda), e penso que, em ambos os planos, dignificaremos o nosso país.”

Ao centro o Presidente da FPS, Guilherme Bastos e o Presidente da CM de Peniche, António José Correia com o Comité Executivo da ESF

Seleção Nacional, Campeã na Irlanda em 2011