notícias do mar n.º 305

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Jornal Notícias do Mar Online, n.º 305, Maio de 2012

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2 2012 Maio 305

Em 420, António Pereira/Filipa Barros, da Asso-ciação Naval de Lisboa/Yate Clube do Porto,

sagraram-se Campeões de Portu-gal Absolutos enquanto João Pes-tana/Tomás Marques, do Clube de Vela Atlântico conquistaram o título no escalão júnior. Marta Pa-quete/Mariana Almeida foram as vencedoras no sector feminino.

Gonçalo Pires/Nuno Bajanca, do Clube de Vela de Lagos/Asso-ciação Naval de Lisboa e Manuel

Vento Foi Protagonista

António Pereira/Francisca Barros (420), David Petiz (Laser 4.7), Luís Manso (Laser Radial) e Renato Conde (Laser Standard) são os vencedores do XXIII Campeonato de Portugal de Juniores e Absoluto, no Campo de Regatas de Leixões. A prova teve organização da Federação Portuguesa de Vela e do Clube de Vela Atlântico, e o apoio da Fidelidade Mundial e da Milaneza.

Vela

XXII Campeonato de Portugal de Juniores e Absoluto

Cunha/José Cunha, do Yate Clube do Porto foram 2º e 3º em absolu-to. Diogo Pereira/Pedro Cruz, do Clube Naval de Cascais e Gonçalo Fonseca/Pedro Costa, do Clube de Vela Atlântico nos juniores e Maria Camelo/Catarina Ferlov, do Clube Naval de Cascais e Francisca Mar-tins/Maria Uva, do Sport Algés e Dafundo fecharam o pódio júnior e feminino, respectivamente.

Luís Manso, do Clube de Vela Atlântico, venceu em Laser Radial. Eduardo Marques, do Clube Des-

portivo de Paço de Arcos foi se-gundo e Campeão de Portugal de Juniores e Martim Pinto, do Clube Naval de Sesimbra, foi 3º da geral. Miguel Gomes, do Clube Naval de Sesimbra e Pedro Roque, do Clu-be Naval de Portimão, foram 2º e 3º nos juniores.

David Petiz, do Clube Naval de Leça, alcançou a primeira posição nos Laser 4.7. Santiago Sampaio e Pedro Costa, ambos do Clube Naval de Portimão, ocuparam os 2º e 3º postos. Maria Pinheiro de

Melo, do Ginásio Clube Naval de Faro, foi 6ª e Campeã de Portu-gal feminina. Matilde Pinheiro de Melo, também do Ginásio Clube Naval de Faro e Catarina Viegas, do Clube de Vela de Lagos, foram 2ª e 3ª.

Em Laser Standard, Renato Conde, do Clube Náutico da Boca da Barra, venceu. José Valente, do Clube Naval de Leça foi segun-do e João Assoreira, do Ginásio Clube Naval de Faro, ocupou 3º lugar.

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A cerimónia contou com a presença de José Manuel Leandro, Presi-

dente da Federação Portugue-sa de Vela, de Miguel Stilwell, do Conselho de Administração Executivo da EDP e de Álvaro Marinho e Miguel Nunes, veleja-dores olímpicos da classe 470.

O protocolo visa o apoio a es-colas e clubes de vela de forma a dotar as escolas de mais material que permita ter mais crianças a aprender vela e incentivando a prática do desporto e manuten-ção de hábitos de vida saudá-veis.

O protocolo abrange 47 es-colas de Portugal Continental, Açores e Madeira e vão ser en-tregues 400 velas para a Classe Optimist.

Este é um projeto único a nível

Parceria com Olhos no FuturoA Federação Portuguesa de Vela e a EDP assinaram o Protocolo “A Energia dos Grandes Desafios”, no espaço À Margem, na Doca do Bom Sucesso, em Lisboa.

Vela

Protocolo FPVela - EDP

nacional que vai dotar as escolas de mais equipamento e permitir que mais crianças tenham aces-so à prática da vela. Este é um desporto que desenvolve, entre outros, as capacidades de autono-mia, interação, espírito de equipa, responsabilidade e proteção dos oceanos.

Todas as escolas que fazem parte da Federação Portuguesa de Vela foram contactadas para participar deste projeto único. As escolas interessadas em aderir assinaram um protocolo e especi-ficaram as suas necessidades no que diz respeito a velas. No total, são 47 as escolas protocoladas e mais de 400 crianças que come-çam a receber as velas no próximo mês de Maio.

Este contrato é uma mais-valia para a vela nacional, porque é uma aposta na formação. A mo-dalidade tem enormes talentos, como comprovam os inúmeros títulos mundiais e europeus, bem como as quatro medalhas olím-picas conquistadas (é a segunda modalidade com maior número de medalhas a seguir ao atletismo).

Esta parceria permite a alguns clubes a possibilidade de aumen-tarem o número de atletas nas escolas de vela e a outros retoma-rem a atividade.

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Tiago Serra Dominador

Tiago Serra, do Clube de Vela de Lagos e Francisca Pinho, do Sport Club do Porto, foram os vencedores do EDP – VII Campeonato de Portugal de Juvenis, disputado no campo de regatas de Leixões e organizado pela Federação Portuguesa de Vela e o Clube de Vela Atlântico.

Vela

EDP - VII Campeonato de Portugal de Juvenis

OEDP – VII Campeo-nato de Portugal de Juvenis contou com a participação de 120

velejadores do continente e ilhas. Ao longo dos quatro dias de pro-va foram disputadas as 12 regatas previstas no programa.

Nos dois primeiros dias, pre-dominou o vento fraco com Tiago Serra, do Clube de Vela de Lagos a terminar a primeira jornada na

frente e Rodrigo Correia, do Clube Naval de Portimão, a liderar no final da segunda jornada.

No terceiro, o vento aumentou de intensidade e Serra somou três vitórias que lhe deram o comando à frente de Correia e de Miguel Santos, do Clube de Vela da Costa Nova.

No dia de todas as decisões e sob condições difíceis de vento e mar, apenas o Grupo de Ouro este-

ve na água. Tiago Serra consolidou o primeiro lugar sagrando-se Cam-peão de Portugal de Juvenis. O jovem velejador do Clube de Vela de Lagos terminou com 40 pontos de vantagem sobre Miguel Santos e 43 do seu companheiro de clube, Rodolfo Pires.

No sector feminino, Francisca Pinho, do Sport Club Porto con-quistou o título, seguida de Rita Lopes, do Sport Algés e Dafundo e de Ana Mariz, do Clube Naval de Leça.

Tiago Serra (Clube de Vela de Lagos), Miguel Santos (Clube de Vela da Costa Nova), Rodolfo Pi-res (Clube de Vela de Lagos), Dio-

go Costa (Clube de Vela Atlântico) e Francisca Pinho (Sport Club Por-to) garantiram a qualificação para o Mundial de Optimist, a realizar de 15 a 26 de Julho, em Boca Chica, na República Dominicana.

Rodrigo Correia (Clube Naval de Portimão), Rita Lopes (Sport Algés e Dafundo), Emanuel Duarte (Clube Naval de Portimão), Henri-que Frutuoso (Sport Club Porto), Francisco Mourão (Sport Algés e Dafundo), Ana Mariz (Clube Naval de Leça) e Mafalda Pires de Lima (Clube de Vela Atlântico) estarão no Campeonato da Europa, a dis-putar entre 30 de Junho e 8 de Ju-lho, em Lignano Sabbiadoro, Itália.

Tiago Serra Francisca Pinho

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Álvaro Marinho/Miguel Nunes fecharam a Semana Olímpica Francesa com um

10º lugar na Regata das Meda-lhas. A dupla baixou ao 5º posto da geral mas, ainda assim, tem de fazer balanço positivo da par-ticipação, dado que garantiu a quarta presença consecutiva em olimpíadas. Triunfaram os austra-lianos Mathew Belcher/Malcolm Page. Os croatas Sime Fantela/Igor Marenic e os holandeses Sven Koster/Kalle Koster foram 2º e 3º. António Matos Rosa/Ri-cardo Schedel terminaram na 48ª posição.

Em Laser Standard, Gusta-vo Lima acabou no 35º posto, enquanto Rui Silveira foi 60º da geral. O alemão Philipp Buhl foi o vencedor, seguido dos neoze-landeses Andy Maloney e Andrew Murdoch.

Jorge Lima/José Luís Cos-ta foram 20º na classe 49er. Os franceses Manu Dyen/Stephane Christidis ocuparam a primeira posição. Os australianos Nathan Outteridge/Iain Jensen e os dina-

Marinho e Nunes Garantem LondresÁlvaro Marinho/Miguel Nunes terminaram a Semana Olímpica Francesa na 5ª posição. A dupla foi 10ª na Regata das Medalhas de 470 e encerrou a participação com lugar garantido nos Jogos Olímpicos de Londres 2012.

Vela

Semana Olímpica Francesa

marqueses Peter Andersen/Nico-lai Thorsell, foram 2º e 3º.

Rita Gonçalves/Mariana Lo-

bato/Diana Neves foram 16ª no match racing feminino. As norte-americanas Anna Tunnicliffe e

Sally Barkow ficaram nos dois pri-meiros lugares. A russa Ekaterina Skudina foi 3ª.

XXX Lake Garda Meeting Optimist Class

A30ª edição da Lake Garda Meeting Optimist Class, disputada no Lago de Garda, Itá-

lia, contou com a presença de mais de mil velejadores de todo o mundo, o que fez com que a prova en-trasse para o Livro de Re-cordes do Guiness como aquela que contou com o maior número de barcos da mesma classe (1065).A frota nacional foi nume-rosa com Rodolfo Pires a estar em destaque. O ve-lejador do Clube de Vela de Lagos terminando na 5ª posição da geral.Ainda na Frota de Ouro da Divisão B, Tiago Serra e Jack Cookson, também do CVLagos foram 53º e 56º, e Sebastião Rebolo,

Uma Regata para o Guiness do Sport Algés e Dafundo, terminou no 111º lugar. Tomás Quitéria (CVL) apurou-se para a frota de Prata, e acabou o campeonato em 296º da geral. David Sousa (CVL) e André Serra (CVL) apuraram-se para a frota

de Bronze e termina-ram em 406º e 415º, respectivamente. Manuel Machado (SAD) integrou a Frota Esmeralda e foi 616º, enquan-to Micaela Pereira (CVL) apurou-se para a frota Pérola e foi 662ª. A Divi-são A, contou com a presença de 266 velejadores, Manuel Fortunato (CVL) foi regular durante os 4 dias de prova e terminou no 27º posto, enquanto Maev Galvão (SAD) foi 186º.

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FPVela Soma e Segue

Vela

Protocolo FPV - Sperry

Campeonato da Europa de Star

Afonso Domingos/Frederico Melo alcançaram um brilhante 4º lugar no Campeonato da Europa da Classe Star, disputado em San Remo,

Itália.A tripulação nacional esteve ao seu melhor nível e ficou a escassos dois pontos do pódio. Domingos e Melo foram 10º, 4º, 1º, 35º e 5º nas cinco regatas realizadas. Os polacos Mateusz Kusnierewicz/Dominik Zycki sagraram-se Campeões da Europa. Os suecos Fredrik Loof/Max Salminen foram segundos e os noruegueses Eivind Melleby/Petter Pedersen terminaram na 3ª posição.

A um Passo do Pódio

Campeonato do mundo de Juniores de Laser Standard

António Mourão, do Clube Naval de Cas-

cais, marcou presença no Campeonato do Mundo de Juniores de Laser Standard, que decorreu na Argentina.O velejador nacional compe-tiu em águas argentinas, num Mundial que fica marcado pelo vento fraco que apenas permitiu a realização de seis regatas.António Mourão esteve bom plano terminando na 13ª posição. O italiano Giovanni Coccoluto conquistou o título, seguido do dinamar-quês Stig Steinfurth e do polaco Aleksander Arian.

Mourãoem Bom Plano

Na cerimónia, mar-caram presença José Manuel Le-andro, Presiden-

te da FPVela, Carlos Alemão, administrador da Bedivar e Bernardo Freitas, velejador de 49er.

Desde que Paul Sperry in-ventou o primeiro sapato de vela, em 1935, a Sperry Top-Sider tem sido o fabricante lí-der em calçado para desportos náuticos, com solas anti-derra-pantes.

Tudo começou quando Paul Sperry reparou na capacidade fantástica do seu cão, um co-cker spaniel, em correr sobre o gelo num dia de Inverno. Ao analisar a pata viu centenas de pequenas ranhuras e cortes que ziguezagueavam em todas as direcções.

Estas estrias onduladas foram a inspiração para a pa-tente chamada Razor-Siping

A Federação Portuguesa de Vela e a Sperry assinaram nas instalações da FPV, um protocolo de parceria que torna a prestigiada marca como fornecedora oficial de calçado da equipa olímpica portuguesa.

da Sperry, que foi fundamen-tal para maximizar a tracção e performance do sapato Sperry Top-Sider.

A partir de então, a investi-gação permitiu melhorar ainda mais as performances de cada

modelo em função das diversas actividades nos desportos náu-ticos. No que respeita à vela, a Sperry especializou os sapatos de modo a contemplarem per-feitamente as necessidades das diferentes classes.

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OWNA, Uma Nova Marcade Eletrónica no Mercado NacionalA Nautel acaba de lançar em Portugal produtos da marca ONWA, originária de Hong-Kong/China.

Electrónica

Notícias Nautel

Aempresa começa as-sim a alinhar-se com os ventos que so-pram cada vez mais

do Oriente, no que toca a uma competitividade crescente dos produtos eletrónicos por lá con-cebidos e produzidos, que com-binam muito baixo preço, simplici-dade nas montagens e operação, e maior sintonia com as necessi-dades de pequenas embarcações profissionais de pesca, ou de pes-ca desportiva.

A tendência de muitas marcas de topo atuais é a da sofisticação dos usos em rede e multifunção, com incorporação de tecnologias da eletrónica de consumo corren-te, o que para muitas embarcações e tipos de utilização só representa maior complexidade de instala-ção e uso, maior probabilidade de desprogramação de ajustes, que resultam em percas de eficiência para quem só quer resultados di-retos, imediatos e sem interrup-ções para as suas operações de

pesca ou navegação.Assim a Nautel começa com 3

produtos duma mesma série de GPS/Chartplotter (Carta Eletróni-ca) : O KP-6299 de 5,6” de ecrã, o KP-8299, com 8”, e o KP-1299 com 12”, todos a côres em dis-plays LCD TFT.

Outrascaracterísticas:

Sistema de cartografia electróni-ca (C-MAP)NT MAX e NT+ , com apresentação da posição e rasto da embarcaçãoAntena de GPS de 50 canais paralelos . Todos os menus de operação em diversas línguas incluindo o POR-TUGUÊS. 15.000 Waypoints/Marcas, com nome e símbolo.30.000 pontos de rasto. Máxi-mo 15 rastos com 2.000 pontos cada. Marcações no rasto, entre 1 seg e 99h, ou 0,01 a 9,99 mnRotas com 200 pontos cada.Guarda dados em memória exter-na, tipo SD CardInúmeras funções gráficas, head-up, north up, nav-up. Função de “Homem ao Mar” (MOB)Tabela de Marés, pode ligar a re-ceptor ou transceptor AIS. Estanquicidade: do indicador: IPX5. Da antena GPS: IPX6.Uma saída/entrada, NMEA0183, e saída RS232 e RS422. Alimen-tação: 10,5~ 35 VDC. Inclui unidade indicadora, antena de GPS KA-07 c/ 10m de cabo,

A ONWA produz também ou-tros produtos como radar, AIS, sondas, VHF, piloto au-tomático, etc

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8 2012 Maio 305

Notícias da Boats4sale

Fundada por João Perei-ra Coutinho, profissional

nesta actividade desde 2004, a Empresa Boats4sale, começou a dar os seus primeiros passos em Fevereiro de 2012.A Sua experiência adquirida ao longo destes últimos 8 Anos numa das Empresas pioneiras neste Ramo, o gosto por esta activida-de e os laços familiares ligados á Náutica, fizeram com se lançasse

Boats4sale Nova Empresa Náutica“nestes Mares Revoltos”Com várias parcerias ligadas á Náutica poderá apresentar uma série de soluções complementares, tanto na compra da sua embarcação como no serviço pós-venda.Também pela sua experiência na venda de Barcos para outros Países da Europa, apostará em anuncia-los em vários Sites Estrangeiros de grande prestígio e visibilidade.A Transparência, Ho-nestidade e Qualidade de serviço, serão os factores aplicados aos nossos Clientes.

José Leandro Nomeado EmbaixadorO Presidente da Federação Portuguesa de Vela, José Manuel Leandro, foi nomeado embaixador para a Ética no Desporto, a convite do Secretário de Estado do Des-porto e Juventude, Alexandre Mestre.

Vela

Plano nacional de Ética no Desporto

O presidente da F e d e r a ç ã o P o r t u g u e s a de Vela com-

promete-se a participar, de forma activa, no cumprimento do recentemente apresentado Programa Nacional de Ética no Desporto, com especial atenção para a promoção e divulgação dos valores do desporto, em colaboração com os restantes embaixadores.

ISA Mitsubishi Youth Nationals 2012

Adupla Diogo Pereira/Pedro Cruz, do Clube Naval de Cascais, em 420, Pedro Roque, do Clube Naval de Portimão e Miguel

Gomes, do Clube Naval de Sesimbra, em Laser Radial estiveram presentes nos ISA Mitsubishi Youth Nationals 2012, que decorre-ram em Dun Laoghaire, na República da Irlanda.Os velejadores nacionais tiveram boa prestação em águas irlan-desas. No mesmo local que servirá de palco ao Campeonato do Mundo da Juventude ISAF, Diogo Pereira/Pedro Cruz terminaram na 7ª posição depois de realizadas 11 regatas. Os franceses domi-naram ocupando os dois primeiros lugares através de Guillaume Pirouelle/Valentin Sipan e Jennifer Poret/Louise Chevet. As britâ-nicas Annabel Vose/Kirsty Urwin foram terceiras.Em Radial, Pedro Roque foi 7º da geral, enquanto Miguel Gomes terminou no 10º posto. O irlandês Finn Lynch foi o vencedor, se-guido do norueguês Hermann Tomasgaard e de Robbie Gilmore, também da República da Irlanda.

Boas Prestaçõesem Águas Irlandesas

Esta nomeação, colocando a vela no mesmo nível das outras modalidades desportivas na preocupação do Governo quan-to à Ética no Desporto, tem um amplo valor simbólico para a FPV, pois significa também que a situação tende a normalizar-se após um largo período com a Utilidade Pública suspensa.

Foi por isso enorme a satis-fação de José Manuel Leandro ao receber esta distinção.

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Feira Náutica do Tejo de 31 de Maio a 3 de JunhoO Centro Náutico de Algés vai organizar a 1ª Feira Náutica do Tejo com entrada gratuita para os visitantes, nas suas vastas instalações em Algés, à beira do Tejo, entre os dias 31 de Maio e 3 de Junho e durante a permanência da Volvo Ocean Race em Lisboa.

Notícias do Mar

Notícias do Centro Náutico de Algés

O evento, que vai coincidir com a Vol-vo Ocean Race e encontra-se junto

à área destinada ao parqueamento das embarcações que participam nesta famosa regata à volta do mundo, vai certamente receber, por esse motivo, um grande número de visitantes que têm ainda o grande incentivo de não pagarem para en-trar.

A 1ª Feira Náutica do Tejo, orga-nizada com o apoio da Câmara Mu-nicipal de Oeiras visa proporcio-nar às empresas ligadas às actividades náuticas a opor-tunidade de apresentarem os seus produtos num último evento antes da chegada do Verão. A organização da ini-ciativa estima que estarão presentes 50 expositores.

O leque de expositores previsto inclui desde fabricantes de embar-cações, velas e seus motores, a marcas de roupa e equipamentos náuticos diversos.

A Feira Náutica do Tejo reúne todas as condições para ser uma referência nacional, dado que apre-senta uma localização privile-giada na entrada do estuário do Tejo, permitindo a reali-zação de testes de mar às embarcações em exposição, bem como o seu transporte para o evento por via maríti-ma. No caso das pequenas empresas náuticas constitui uma forma de poderem apre-sentar a sua actividade a custos reduzidos. Para as em-presas do sector com maior dimen-são, este evento possibilita a apre-

sentação de embarcações de todas as dimensões, sem limitação de es-paço. O facto de coincidir com

a chegada de uma etapa da Vol-vo Ocean Race, a decorrer entre Al-gés e Pedrouços, permitirá à Feira Náutica do Tejo receber visitantes internacionais.

Está em estudo a possibili-dade de realizar este evento anualmente.

O Centro Náutico de Algés iniciou a sua activi-dade em Janeiro último. A sua gestão é da responsa-bilidade da entidade criada em conjunto pela Marina de Lagos / MSF e Sopromar, a qual venceu o concurso pú-blico promovido pela Administração do Porto de Lisboa (APL) em 2011, para a construção e gestão do Cen-

tro Náutico de Algés em regime de concessão por 27 anos.

www.cnalges.pt

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Barco Robusto, Muito Seguro e Rápido

Testámos no passado dia 12 de Abril em Leixões, equipado com o fora de borda Honda BF135, o semi-rígido Zeppelin Commander 6.4, um modelo preparado pelo estaleiro francês para a pesca desportiva e representado em exclusivo para Portugal pela Ondastar, empresa de Vila do Conde.

Náutica

Teste - Zeppelin Commander 6.4 com Honda BF135 Texto e Fotografia Antero dos Santos

F izemos o teste a convite da Honda Marine e da On-dastar a partir da

Marina Porto Atlântico em Lei-xões.

Os semi-rígidos Zeppelin são embarcações fabricadas totalmente em França, destina-das a vários mercados, desde o militar e profissional, até ao da náutica turística, o mergulho, a pesca desportiva e o lazer fami-liar. São embarcações robustas, com um casco compacto que apresenta um V muito profundo e com um design desenvolvido para o bom desempenho no

mar.No total, a Zeppelin fabrica

16 modelos distribuídos por cin-co séries, todas com diferentes características e equipamentos, para melhor servir os objetivos do cliente.

Também comum a todos é a garantia de 10 anos, o que de-monstra a confiança do cons-trutor na excelência da quali-dade dos barcos. Para dar esta garantia, a Zeppelin constrói os cascos insubmersíveis, o que é comprovado com o Certificado Oficial de Insubmersibilidade.

Aplicando as resinas e fibras da melhor qualidade e con-O Zeppelin Commander 6.4 é um barco robusto e muito agarrado à água

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112012 Maio 305

Náutica

traplacado marítimo tanto na quilha axial como nos reforços estruturais, é tudo depois estra-tificado com fibra de vidro.

A coberta é igualmente feita com contraplacado marítimo e fixada aos elementos estrutu-rais do casco, através da estra-tificação com fibra de vidro.

Para garantir mais flutuação e isolamento acústico, é inje-tada sob a coberta espuma de polyuretano de célula fechada, reforçando ainda mais a rigidez do casco.

O piso dispõe de um mate-rial anti derrapante aplicado no gelcoat.

As consolas e bancos são igualmente fixados e estratifica-dos sobre a coberta, formando um monobloco.

Os tubos são construídos em neoprene hypalon da marca ORCA PRO e colados por den-tro à coberta e por fora ao cas-co. E fecham atrás em cone.

De realçar que o fabricante oferece a possibilidade de se construir um barco à medida de cada um, o chamado “bateau à la carte”, para melhor servir as especificidades de cada prati-cante ou profissional.

O Zeppelin Com-

mander 6.4 é uma embarcação muito desafogadano interior e com um casco bastante marinheiro.Este modelo foi especialmente equipado para a pesca des-portiva, por isso tem o espaço interior bastante desimpedi-do, permitindo com facilidade a circulação da popa à proa. Tem uma consola de condução central, um banco encosto du-

plo para o piloto conduzir de pé e um banco individual à popa com um compartimento com porta estanque, para arruma-ção de palamenta.

Para os pescadores que gostam de andar bem forneci-dos com canas de pesca, neste barco existem nove porta ca-nas, sete montados no banco da popa e dois fixados no ban-co encosto do piloto.

À frente da consola encontra-se montada a fixação de uma

Zeppelin Commander 6.4

Graças ao casco em V profundo, o barco teve um desempenho seguro e confortável

Nos arranques os flaps facilitam a planagem

O casco tem um V com 29 graus à frente e 21,5 graus à popa

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Náutica

geleira, para guardar o peixe. Para arrumação de equipa-

mentos e sacos, tanto o banco encosto do piloto como a con-sola de condução, dispõem de dois compartimentos com por-tas estanques.

A consola de condução é larga, permitindo montar bem a eletrónica necessária e tem um para-brisas de vidro acrílico alto e bem protegido por um corri-mão em aço inox.

Sob o piso passa um tubo, desde a consola até ao poço do motor, com os cabos dos comandos, da direção e da ele-trónica.

Para guardar o ferro e os ca-bos de fundear existe á frente um compartimento com tampa estanque.

Para proteção dos tubos, o barco tem um passa-cabos em borracha à proa e um verdugo largo à volta.

Neste Zeppelin Commander 6.40 evidencia-se bastante o casco, cujas características fa-zem este barco ter um desem-penho muito seguro, rápido e confortável.

O casco tem um V profun-do, com 29 graus à frente e um ângulo à popa de 21,5 graus. Os robaletes laterais são muito salientes e o de cima forma um

ligeiro túnel atrás que se prolon-ga por um “flap” de cada lado. É graças à combinação destes fa-tores que resulta, em andamen-to, as excelentes performances do barco e um comportamento muito marinheiro.

Motor Honda BF135Trata-se de um motor com 135 HP que partilha com BF 150 o mesmo bloco, com 2.354 cm3 de cilindrada, 4 cilindros em li-nha, 16 válvulas e dupla árvore de cames à cabeça (DOHC).

Os engenheiros da Honda enquanto iam desenvolvendo novas tecnologias nos motores que a marca ia lançando, foram também aplicando essas fiáveis e sofisticadas tecnologias em quase todos os restantes moto-res que dispunham da unidade eletrónica de controlo ECU.

O BF135 recebeu todas, ex-ceto o sistema VTEC que está aplicado no BF225, BF150 e BF90.

Assim, o PGM-FI é a injeção programada de combustível que permite um superior con-trolo da combustão, reduzindo os consumos de combustível e aumentando a performance no arranque.

O BLAST é o binário aumen-tado a baixa rotação para ob-ter uma aceleração rápida de modo aos barcos planarem de imediato.

ECOmo é a tecnologia com o funcionamento de combus-tão pobre que facilita os bai-xos consumos nas velocidades constantes de cruzeiro, espe-cialmente entre as 3.000 rpm e 4.500 rpm.

Trolling Control é o contro-lo de velocidade lenta e que consiste em incrementos de 50 rpm, desde o ralenti até às 900 rpm, conseguindo-se níveis ele-vados no controlo de velocida-de lenta na pesca ao corrico e em manobras.

Este motor tem a ligação NMEA2000, que oferece a pos-sibilidade de visualização de informações em dispositivos compatíveis

No Testeo ZeppelinCommander 6.4 mostrou serum barco rápidoe muito agarrado à

O Honda BF135 montado no Zeppelin fez boas performances

O poço é amplo

Os flaps na popa integrados no casco

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Náutica

água.O mar fora do Porto de Leixões estava com mareta de vento e mexia um pouco.

Deu para fazermos todas as medições, exceto a velocidade máxima, a qual, por motivos de segurança foi medida den-tro do porto e em zona com a água mais calma. Isto, porque no que respeita a velocidades, quem manda é o mar.

Logo no arranque vimos para que serviam os “flaps”do casco atrás, pois o barco, com quatro pessoas a bordo, em apenas 1,30 segundos já planava. Ape-sar de ter um V muito profundo, o facto do barco ter um grande apoio na água atrás, ajudado também pelos cones dos tubos, descola depressa da água.

Na aceleração, o BF135 foi rápido a atingir as 5.000 rpm e assim em 6,51 segundos atingi-mos os 25,2 nós.

Quanto à velocidade mínima a planar, impôs-se também a característica do casco. Devido a isso, o barco planou em ape-nas 8,9 nós às 2.200 rpm.

A navegar contra a mareta, o V do casco cortava a água sem bater e o barco quase nunca saltou, sempre muito agarrado à água, proporcionando con-

forto aos ocupantes. A favor da ondulação o barco mantinha-se também direito, sem travar na

onda e defletindo a água para fora, sem molhar ninguém den-tro.

Há bastante arrumação nos bancos e na consola

O posto de comando

A consola de condução é alta

Banco encosto do piloto e consola de condução

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Características TécnicasComprimento 6,40 m

Boca 2,18 m

Dimensões interiores 5,10 x 1,40 m

Diâmetro tubos 0,55 m

Depósito combustível 95 l

Peso 400 Kg

Lotação 14

Carga 1.285 Kg

Potência máxima 175 HP

Potência aconselhada 115/150 HP

Motor Honda BF135

Preço barco base/motor +/IVA 32.000 e

Preço barco/motor c/eletrónica,rádio,etc+IVA 37.000 e

PerformancesTempo para planar 1,30 seg.

Aceleração às 5.000 rom 25,2 nós em 6,51 seg

Velocidade máxima 35,2 nós às 5.500 rpm

Velocidade de cruzeiro 26 nós às 4.000 rpm

Mínimo a planar 8,9 nós às 2.200 rpm

2.500 rpm 10 nós

3.000 rpm 16 nós

3.500 rpm 20 nós

4.000 rpm 26 nós

4.500 rpm 27,5 nós

5.000 rpm 30 nós

5.500 rpm 35,2 nós

Importador Exclusivo e DistribuidorOndastar– Travessa do Bairro, 119 – 4485-010 Aveleda

Tel.: 229 950 586 – Email: [email protected] Marine – Tel.: 21 915 03 74 – www.honda.pt

Náutica

É a curvar que se sente tam-bém que o barco é muito segu-ro, pois em curvas apertadas a 25 nós o barco nunca saiu para fora.

O piloto em pé vai numa boa posição de condução, protegi-do pelo para-brisas. A direção é segura e não obriga a esforço.

Com o barco já embalado, foi a partir das 3.500 rpm que começámos a usar já o trim e

às 5.000 rpm chegámos aos 30 nós.

A velocidade de cruzeiro BLAST do motor, fizemos às 4.000 rpm com a velocidade de 26 nós, o que representa neste barco uma boa performance e um consumo excelente do mo-tor.

Quando dentro do porto fize-mos o teste da velocidade má-xima, atingimos os 35,2 nós às

5.500 rpm, que representa uma boa velocidade a esta rotação do motor.

Em conclusão, acrescenta-mos que este modelo Zeppelin serve muito bem para a finali-

dade para que foi equipado, a pesca desportiva no mar, que necessita de embarcações ro-bustas e seguras e proporcio-nem boa comodidade a nave-gar.

Há frente da consola está o compartimento para o ferro e pode-se montar uma geleira Passa cabos em borracha à proa

No poço do motor sai um tubo com a cabelagem

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O Novo Honda BF250Já Iniciou Comercialização

A Honda Marine anuncia o início da comercialização em Portugal, do seu novo motor fora-de-borda BF250.

Náutica

Notícias Honda Marine

Apresentado no Salão Náutico de Génova em Outubro de 2011, este motor fora-de-

borda a 4 tempos vem equipado com um novo motor V6 de 3.6

litros, constituindo a unida-de de maior cilindrada da gama tendo a particularidade de ser o primeiro motor do mundo a incluir um sistema de indução directa de ar,

que permite obter uma combina-ção de elevada performance e baixos consumos de combustível. O estilo do BF250 é diferente dos outros motores fora-de-borda da gama Honda porque apresenta

um design estético mais esguio e mais delgado. O capot tem um perfil mais angular e afilado, do que outros modelos recentemen-te apresentados. Todo o design deste motor está, agora, mais ae-rodinâmico, com linhas cromadas que transmitem uma sensação de potência e velocidade.

O BF250 é apresentado numa cor totalmente nova, Prata Metali-zado Aquamarine. Esta nova cor, combinada com o novo e elegante design exterior torna o BF250 dig-no do seu “status” de porta-estan-darte, tendo sido já premiado pela indústria náutica, devido aos seus inovadores avanços tecnológicos.

Este motor vem constituir um importante reforço neste ramo de negócio da Honda que apre-sentou em 2011, em Portugal, indicadores de crescimento, no segmento a 4 tempos, quer ao nível da sua posição no ranking de vendas, quer ao nível da sua quota de mercado.

Este novo motor estará dis-ponível no nosso país em 5 ver-sões variando os preços entre os 23.843€ e os 25.206€.

Esta e outras notícias disponí-veis em www.hondanews.eu

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Uma Nova Direcção,Um Novo Rumo para a APICANRealizou-se, no passado dia 1 de Março, a Assembleia Geral da APICAN - Associação Portuguesa da Indústria e Comércio das Actividades Náuticas, onde foram eleitos os novos órgãos sociais.

Notícias do Mar

Notícias da APICAN- Associação Portuguesa de Indústria e Comércio das Actividades Náuticas

Anova Direcção já de-finiu que a principal missão da APICAN é despertar o interesse

institucional pela náutica, defen-dendo os intervenientes do merca-do e promovendo a utilização dos produtos marítimos pelo público em geral. Propõe-se fortalecer o sector, unindo todos os intervenientes e demonstrando as potencialidades do mesmo a todos os interessados.

Para tal pretende criar mais-valias aos asso-ciados, definir as vantagens com-petitivas do mer-cado náutico e demonstrar o im-pacto e contributo do mesmo na eco-nomia nacional.

Queremos trabalhar com cada Entidade no sentido de, em conjun-to, podermos retirar melhor partido deste importante e potencial sector de actividade.

Assim todas as nossas activida-des estarão centralizadas nos se-guintes objetivos:

1. Fomentar e rentabilizar a uti-lização dos meios náuticos nos re-cursos hídricos;

2. Promover a náutica como uma actividade acessível a todos;

3. Unir o sector, quantificando-o e fortalecendo-o com iniciativas de-fensivas;

4. Revitalizar a associação, pro-porcionando mais-valias aos só-cios;

5. Ser o principal parceiro e re-presentante das empresas náuticas junto de todas as Entidades.

Com uma nova estrutura organi-zativa mais forte e próxima do mer-cado, uma nova categorização de associados, um novo plano de quo-tizações, novos serviços de apoio e mais-valias para os associados são as primeiras iniciativas, que irá co-nhecer tão breve quanto possível.Aguarde notícias nossas…Escritório e apoio:Av. Francisca Lindoso, Lote 44 R/C D2785-451 S. Domingos de RanaTel: 21 452 51 41 * Fax: 21 452 51 42 * E-mail: [email protected]

Órgãos SociaisDIRECÇÃO:Presidente Eng.º Rui Aranha - Honda PortugalVice-Presidente: Sr. Eugénio

Martins - Nautiser – Centro Náu-ticoTesoureiro: Eng.º António Inglês -NautiradarVogal: Eng.º Carlos Costa San-tos - Touron Vogal: Sr. Pedro Nunes - Yamaha Motor PortugalCONSELHO FISCAL:Presidente: Dr. Miguel Pacheco - MotolusaVogal: Sr. Jorge Pacheco - Hon-da PortugalRelator: Dr.ª Sandra Cunha - Ya-maha Motor PortugalASSEMBLEIA GERAL:Presidente: Dr. Miguel Pacheco – MotolusaVice-Presidente: Sra. Salete No-vaes - NavimoSecretário: Sr. Miguel Guimarães - Descobreventos

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Penso que Desta Vez Vai Apoiara Náutica de Recreio

Durante a Nauticampo tivemos a oportunidade de conversar com António Maria de Mello e Castro, conhecido nos meios náuticos como Tony Castro e considerado um dos melhores arquitetos navais do Mundo.

Notícias do Mar

Entrevista ao Arquiteto Naval Tony Castro Entrevista: Antero dos Santos

T ony Castro, com atelier em Sou-thampton, na cos-ta Sul de Ingla-

terra, aceitou apoiar O Fórum Permanente para os Assuntos do Mar no estudo que este fez sobre a Náutica de Recreio em

Portugal, o qual resultou num livro, Um Pilar do Desenvolvi-mento Local e da Economia do Mar, que foi já entregue ao Governo e também apresen-tado ao meio náutico numa cerimónia que decorreu no Pa-vilhão do Conhecimento. Na se-

quência desse apoio, durante a Nauticampo, Tony Castro veio a Lisboa e teve contactos com diversas personalidades, entre as quais, na Secretaria de Es-tado do Mar pelo Eng. Miguel Cerqueira e Cmd. Fonseca Ri-beiro, em representação do Se-

cretário de Estado Dr. Pinto de Abreu, ausente numa visita à Finlândia, e em Belém pelo as-sessor do Presidente da Repú-blica para os Assuntos do Mar, Dr. Tiago Pitta e Cunha. O obje-tivo, dada a sua larga experiên-cia e conhecimentos, conseguir incentivá-los numa política que finalmente dinamize a náutica de recreio em Portugal.

Tony Castroformou-se emarquitetura naval em Inglaterra Ainda jovem velejador, Tony Castro vai para Inglaterra onde se forma em arquitetura na-val em 1970 e também tira um mestrado em aero/hidrodinâmi-ca pela universidade de Glas-gow. Após trabalhar com alguns dos mais conhecidos designers navais, forma a sua própria em-presa, a Tony Castro Design.

Em breve, os seus projetos resultaram em veleiros de altas performances que conquistaram as mais importantes regatas em todo o mundo e que constituem um imponente e extenso pal-marés do seu atelier. Hoje, ao fim de 35 anos a projetar iates à vela e a motor, modelos on-design e mega-iates, com a sua assinatura já foram cons-truídos cerca de 8.000 barcos. Para além de já ter satisfeito as

“Hoje tanto me faz desenhar um barco a vela como a motor”

Arquiteto Naval Tony Castro

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192012 Maio 305

Notícias do Mar

encomendas de 35 estaleiros para desenvolver diversas mar-cas e modelos, Tony Castro já projetou e acompanhou a cons-trução de embarcações para muitos clientes particulares que pretendem o seu barco perfei-tamente individualizado e com projetos “on off”.

A nossa curiosidade por ver Tony Castro na Nauticampo, onde estava exposto um novo modelo Galeon, projetado por ele, motivou a nossa primeira pergunta.

É a primeira vez que vejo na Nauticampo um barcoprojetado por mim Notícias do Mar - Qual é a sensação de entrar na Nauticampo e ver náutica de recreio reduzida a um quarto de um pavilhão? Tony Castro - Fico mui-to triste. As coisas não estão bem em lado algum, mas não esperava que estivesse assim. Eu vim para a Lisboa principal-mente para dar o meu apoio à iniciativa do Fórum Permanente para os Assuntos Mar e quero dar também o meu contributo no esforço que estão a fazer para o desenvolvimento da náutica de recreio.

É a primeira vez que vejo na Nauticampo um barco que pro-jetei. Mas este não foi constru-ído em Portugal, mas sim pelo estaleiro Polaco Galeon.

As várias vezes que tentei, em parceria com outras pes-soas, desenvolver um projeto em Portugal, a burocracia e a demora para obter as autoriza-ções para construir eram tais, que ultrapassavam sempre os prazos de execução.NM - Porque é que isso acon-tece em Portugal e em Espanha é tão diferente?TC – Não é apenas em Espa-

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Notícias do Mar

nha. Em toda a Europa a náu-tica de recreio é considerada extremamente importante não só culturalmente, como dá um enorme contributo para o de-senvolvimento económico dos países, sobretudo os que têm um litoral. Portugal com uma si-

tuação geográfica privilegiada, deveria estar numa situação muito mais avançada. Mas, os Governos é que mandam e não se deram conta disso. Deixa-ram passar muitas oportunida-des de criar riqueza com o mar e mostraram sempre um desin-

teresse completo pela náutica de recreio. A náutica de recreio nunca esteve no radar deles!

Em Espanha não é apenas

a Família Real que se interessa pela náutica, também os políti-cos e conseguiu-se uma enor-me coincidência de interesses.

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212012 Maio 305

Notícias do Mar

O Rei, sem dúvida, que tem sido o líder. Essa é a grande diferença.

Em Portugal nunca se legis-lou adequadamente, nem para desenvolver a prática desporti-va, nem para favorecer a cria-ção de uma indústria náutica. As dificuldades que impõem aos fabricantes, desmotivam os estaleiros em desenvolver projetos. Poderíamos ter uma produção que abastecesse o mercado interno e também ex-

portasse, criando riqueza para o país.

Posso dar como exemplo a Turquia. O que fizeram em tão pouco tempo é fantástico. Em apenas 10 anos passaram do zero a uma potência consi-derável na construção de em-barcações para a náutica de recreio de qualquer tipo e com grande capacidade de produ-ção. Constroem já barcos com um bom design e de excelente qualidade.

NM – Com a Polónia não se passou o mesmo? TC – Sim, é outro exemplo que a política dirigida para o desenvolvimento da náutica de recreio cria riqueza. E devemos ter em conta que a Polónia nem tem as condições geográficas e de clima que Portugal tem. Vejamos o que fez a Galeon que é uma empresa familiar de Gdansk. Pai e filho decidiram criar uma marca de embarca-ções a motor para o cruzeiro

e desenvolveram uma grande gama. Entretanto decidiram re-novar e ampliar a gama e enco-mendaram-me esse trabalho. O topo de gama é o modelo 780 Crystal e o 325 Hts que está na Nauticampo é um dos mais pe-quenos. São barcos muito bem construídos e com excelentes acabamentos, que estão a des-tronar já algumas marcas ita-lianas. O que aconteceu com a Galeon, poderia acontecer tam-bém em Portugal. Penso que é

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22 2012 Maio 305

Notícias do Mar

esse o caminho.

Penso que o atual Governo chegouà conclusão dos benefícioseconómicos que Portugal podetirar da náuticade recreioNM – Pensa que todos os Governos anteriores ao atual, tiveram pouco interesse pela náutica de recreio?TC – Sim. Todos demons-traram que não tinham algum interesse pelo mar e como é óbvio, também pela náutica de recreio. Protegeram apenas os negócios dos seus “jobs” e não tiveram sequer tempo para lide-rarem qualquer ação sobre esta área, nem se deram conta da ri-queza que estava por explorar.

NM - Não lhe parece que agora existe mais abertura e uma maior vontade política, de-vido ao interesse que o Gover-no mostrou pelos estudos que foram efetuados sobre a náuti-ca de recreio? TC – Eu acho que sim. Penso que todos chegaram à mesma conclusão sobre a riqueza do mar e os benefícios económi-cos que poderemos tirar dele. E isso é importante porque acre-ditam nos estudos que foram feitos. Mas é necessário simpli-ficar.

É preciso limpar e acabar com a burocracia que ainda existe e com o peso dos Re-gulamentos e Legislação que complicam, para que todos os que tentam desenvolver a náu-tica de recreio e apresentam projetos não deparem apenas com dificuldades.

Durante os dois dias que aqui estive e falei com pesso-as que conheci do Governo, apercebi-me que têm vontade de alterar as coisas que estão mal, para que seja possível o desejado desenvolvimento da náutica de recreio. Agora falta ver se têm mesmo coragem de mudar, para que isso dê certo.NM- Mas acha que a resistên-cia à mudança vem de um tipo de orgânica que não está inte-ressada em mudar e adequada ao que é necessário fazer? TC – Para que o setor públi-co tenha interesse em mudar alguma coisa, tem que sentir estabilidade política e assim dar condições para que se façam mudanças. Agora, com novos líderes vai ter que se adaptar.

Há muitos portugueses com conhecimentos técnicos e ca-pacidades para fazer muita coi-

“Gosto mais de projectar barcos grandes”

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Notícias do Mar

sa, mas tem que lhes ser dado as oportunidades. Cabe porém ao Governo dar as condições para que isso aconteça.

Agora gosto mais de desenharbarcos grandes,é mais dificile o desafio é maiorNM – No que respeita aos seus projetos, como desenvol-ve o processo criativo?TC – A maioria das vezes o meu trabalho desenvolve-se a partir de encomendas e solicita-ções dos clientes. Foram raras as ocasiões em que iniciei um projeto a começar do zero, sem especificações para seguir. Mas também aconteceu. Já as-sinei contratos para desenhar um novo barco antes de saber o que o cliente quer. É um pro-cesso stressante.

Quando criámos o SB3, a ideia era a de desenvolver mui-to mais que o desenho de um barco. Tive que criar uma nova classe, com uma nova filosofia. Isto foi extremamente interes-sante, porque trabalhámos em todas as vertentes, o design, a desportiva e a promocional da nova classe.

Prefiro sempre ouvir bem o que o cliente quer, ter em aten-ção todas as necessidades, os seus desejos e especificações que lhe interessam e partir daí para o desenho. A criatividade não é nada que possa encon-trar num livro.

Qualquer projeto “one off”, tem que ser assim. O processo, é o cliente que diz o que quer.NM – Agora prefere mais

projetar um barco à vela ou a motor?TC – Agora tanto me faz. De-senhar um barco grande dá-me muito mais prazer, pois é sem-pre um maior desafio. Pode ser à vela ou a motor. Os barcos grandes são mais interessan-tes e acho mais graça às coi-sas mais difíceis e o desafio é maior.

Um dos projetos que mais gostei de desenvolver foi um barco escola como a Sagres em madeira para levar pessoas com deficiência.NM – Como é o seu grupo de trabalho?TC – Não é muito grande, somos apenas 18 pessoas. Funcionamos com três grupos de trabalho. Um grupo de en-genheiros navais, um de desig-ners e estilistas e o grupo de designers e engenheiros que tratam dos materiais e fazem o contacto e acompanhamento do trabalho com os estaleiros.

Tony Castro junto do SB3

SB3

O SB3

Regata de SB3

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Inovação Rio com Nova Linha TA

Testámos em Vilamoura no passado dia 30 de Março, um novo barco desenvolvido pelo estaleiro italiano Rio, o modelo Espera 34 TA, que recupera com inovações diversas a linha TA, imagem da marca nos anos 60. Nos ensaios, o barco equipado com dois motores Yamaha F300, mostrou grande segurança, elevadas perfor-mances e conforto.

Teste - Rio Espera 34 TA com 2x Yamaha F300 Texto e Fotografia Antero dos Santos

Oconvite para o tes-te foi feito pela Por-ti Nauta do Grupo Angel Pilot, impor-

Náutica

tador exclusivo para Portugal do estaleiro Rio Yachts, e pela Yamaha Marine, que motorizou o barco. O Rio Espera 34 TA é

a novidade Rio para 2012, no ano em que o estaleiro come-mora os 50 anos de atividade. Este modelo representa igual-mente um símbolo, pois junta algumas das suas modernas características, inovando a li-nha e a funcionalidade, com os traços típicos dos lendários TA dos anos 60.

Rio Espera 34 TAé um barco muitoespaçosoe como interiorconfortávelFoi assim criada pelos desig-ners italianos uma embarcação de linhas direitas bem marca-das que oferece amplo espaço

interior, grande aproveitamento dos espaços, permitindo a in-corporação de todo o equipa-mento com melhor facilidade de utilização.

O casco, com as cores preto e branco, vê reforçada a ele-gância do barco. Para melhor desempenho a navegar, com segurança e conforto, o Espera 34 TA tem um V muito acentu-ado e apresenta os robaletes muito salientes. A proa tem um design com um perfil muito de-flector, de modo a afastar bas-tante para fora a água.

O poço tem um banco cor-rido à popa e bancos laterais. Para permitir um maior apro-veitamento do espaço no poço, pode-se montar uma mesa de O Espera 34 TA é confortável e seguro a curvar

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252012 Maio 305

Inovação Rio com Nova Linha TA

Náutica

piquenique, a qual sobe eletri-camente do piso servindo de apoio a todos os que estiverem sentados nos bancos. Descen-do à altura adequada, a mesa serve também de base para co-locar estofos, para se converter igualmente o poço num amplo solário. Quanto aos bancos la-

terais, podem-se rebaixar, para dar maior amplitude ao poço.

O posto de comando tem um banco duplo para o piloto e apresenta um painel de instru-mentos moderno, muito ergo-nómico, funcional e de linhas simples, com toda a informação e eletrónica necessária e de fá-cil leitura.

Atrás do banco do piloto,

está montado um grande armá-rio que serve de bar e de cozi-nha. Com um design e cores a condizer com a modernidade da embarcação, este armário tem um fogão, lavatório, frigorífico e arrumos para louças e copos. Encontra-se numa posição que serve muito bem de apoio para quem estiver no poço

Existem passagens laterais

Dois motores Yamaha F300 equipavam o Rio Espera 34 TA

O Espera 34 TA fez elevadas performances com os dois Yamaha F300Rio Espera 34TA

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26 2012 Maio 305

Náutica

para a proa ao lado do posto de comando, com o apoio de de-graus. Sobre o convés à frente, pode-se montar também um solário.

O ferro tem uma ferragem de

suporte à proa e junto dispõe de um poço para guardar a corren-te e o cabo de fundear

A cabina tem uma porta larga em acrílico preto que contrasta bem esteticamente com o co-

ckpit. A porta abre-se correndo sob o posto de comando. No interior a cabina tem um armá-rio para arrumação, prateleiras à volta e um sofá que se con-verte numa cama de casal. Tem também um sanitário com wc marítimo e um lavatório. Outra das inovações deste barco é a comprida janela no teto que permite muita entrada de luz e produz um belo efeito.

MotorYamaha F300O Espera 34 TA tinha montado dois motores Yamaha F300, com a potência total de 600 HP.

A Yamaha desenvolveu um motor com a máxima eficiência volumétrica, graças à aplicação de novas tecnologias e novos

materiais, que serviu de base para os motores F300, F250 e F225. Trata-se de um V6 com com 60 graus, 24 válvulas, du-pla árvore de cames à cabeça (DOHC) e 4.169 cm3 de cilin-drada.

Por processos inovadores, a Yamaha reduziu o peso do blo-co do motor, que passou a ter cilindros com camisas fundidas em plasma em vez das conven-cionais camisas em aço, permi-tindo mais área para os pistons. Deste modo, conseguiu-se a máxima cilindrada com menos quantidade de massa e redu-zindo o peso total do motor.

As paredes dos cilindros so-frem menos fricção e os pistons movem-se mais livremente.

Conseguiu-se um enorme rá-cio peso/potência, que resultou numa aceleração que permite planar muito rápido, velocida-des máximas elevadas, gran-de economia de combustível e excelente fiabilidade a longo prazo.

Com a árvore de cames va-riável e com maiores canais de admissão e escape, bem como com as respetivas válvulas maiores e mais largas, são ca-racterísticas que têm um papel vital na eficiência do motor.

O motor tem o sistema de in-jeção eletrónica de combustível multiponto com 6 injetores inde-pendentes. Tem ainda um novo microcomputador que controla todos os sistemas eletrónicos, bem como os sistemas de alar-me de funcionamento do mo-tor.

Estes motores são compatí-veis com o sistema digital em rede, Drive-by-Wire, que num novo e largo display em LCD

Móvel de cozinha e frigorífico Posto de comando

O poço é bastante polivalente

O casco tem um V profundo e os robaletes muito salientes

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272012 Maio 305

Náutica

pode mostrar tudo, desde a pressão do óleo, temperatura da água, a carga da bateria, fluxo e níveis de combustível, e ainda temperatura da água e profundidade.

Os motores têm igualmente o inovador sistema Y-COP, a proteção eletrónica anti roubo.

No teste, o RioEspera 34 TAmostrou queo casco, com um V profundo,oferece umdesempenhoconfortávele também atinge boas performances.

Estávamos à espera que no arranque levássemos mais tem-po a planar, pois o Rio Espera 34 TA é um barco compacto e robusto com cerca de 5.000 Kg de peso. Também a forma do casco em V profundo que agar-ra o barco mais à água, não de-veria facilitar a saída. Mas não foi isso que aconteceu, pois em 1,96 segundos já estávamos a planar.

Isto deveu-se não apenas à forte aceleração dos dois Ya-maha de 300 HP, mas também aos planos de estabilidade late-rais mais salientes atrás e que facilitaram também a descola-gem do casco da água.

Na aceleração até às 5.000 rpm, o barco chegou em 14 se-gundos aos 34 nós.

Quando acelerámos ao má-ximo, às 5.800 rpm, atingimos os 46,1 nós, que consideramos uma excelente performance para o conjunto.

No mínimo de velocidade

A cabinaSolário à proa

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28 2012 Maio 305

Características TécnicasComprimento 9,99 m

Boca 3,36 m

Calado 0,55 m

Altura 2,54 m

Peso 5.000 Kg

Lotação 10

Depósito combustível 530 l

Depósito de água doce 220 l

Motoes 2xYamaha F300

Preço barco/motores s/IVA a partir de 188.100 e

PerformancesTempo para planar 1,96 seg.

Aceleração às 5.000 rpm 34 nós 14 seg.

Velocidade máxima 46,1 nós 5.800 rpm

Velocidade de cruzeiro 23/24 nós 4.000 rpm

Mínimo a Planar 12,2 nós 2.900 rpm

3.000 rpm 13,5 nós

3.500 rpm 17,3 nós

4.000 rpm 23 nós

4.500 rpm 30,4 nós

5.000 rpm 37 nós

5.500 rpm 44 nós

5.800 rpm 46,1 nós

Importador e Distribuido:Porti Nauta – Urbanização do Pateiro, Lt. 2 Ponte Charuto – Pateiro

8400-659 Parchal – Tel.: 282 343 086 Telm.: 91 799 98 70 - www.angelpilot.com Yamama Motor Portugal – Rua Alfredo da Silva nº 10 – 2610-016 Alfragide

Tel.: 21 42 22 100 – www.yamaha-motor.pt

Náutica

a planar, fizemos 12,2 nós às 2.900 rpm.

Verificámos igualmente que numa velocidade de cruzeiro e económica, às 4.000 rpm nave-gámos a 23/24 nós.

Com uma ligeira ondulação, o casco permitiu um desempe-nho com conforto e com segu-rança, sobretudo a curvar, com o barco sempre muito agarrado à água.

A descer a ondulação o cas-co não trava e cortou a água sem bater e defletindo bem para fora, sem salpicar para o interior.

O piloto vai numa excelente posição de condução em pé ou sentado com os pés apoiados num degrau em madeira. A di-reção é bastante leve, mas é muito segura e não foge, man-tendo-se sem esforço o barco a

navegar direito.Em conclusão, o Rio Espe-

ra 34 TA é uma embarcação com um estilo moderno, para os fins-de-semana e férias, que mostra bem nos pormenores a sua origem, onde se realça o design italiano. É um barco muito espaçoso, tem um poço

com uma utilização polivalente e apresenta uma cabina com excelente acomodação e muito conforto.

A performance que o bar-co atingiu, mostrou também a grande aceleração e ponta final dos poderosos fora de borda F300 da Yamaha.

Solário no poço Grande porão no piso

Janela no teto da cabina

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292012 Maio 305

Campanha Manutenção Que Sabe Bem!De 16 de Abril a 16 de Junho de 2012Sabemos que a conjuntura não convida a despesas extra, mas arranjámos uma maneira de poder ter o que mais gosta sem gastar mais do que o necessário.

Náutica

Notícias Yamaha

Aproposta Yamaha é simples: compra a waverunner que mais gosta e tem

a manutenção por nossa conta, sem gastar mais!

É a oportunidade ideal para adquirir um dos modelos em campanha – VXR, VXS, FZR, FZS ou as novidades FX SHO e FX SHO CRUISER - com que sempre sonhou e tem um voucher de manutenção para o gastar na revisão das 100 horas ou 1 ano de utilização (a que acontecer primeiro).

Uma campanhamuito útil.A presente campanha não é acumulável com outras promo-ções, campanhas ou ofertas em vigor. É válida apenas entre 16 de Abril e 16 de Junho de 2012 para os modelos VXR, VXS, FZR, FZS, FX SHO e FX SHO CRUISER e exclusiva nos Jet Centers autorizados aderentes.Porque a Yamaha apoia-o em todos os sentidos!

AYamaha Motor Portugal tem especial orgulho em comunicar que vai estar presente em mais um grande evento náutico, desta vez a VOLVO OCEAN

RACE, a prova mais dura do mundo. Mas mais… a Yamaha será fornecedor oficial, o que no mínimo prestigia e dignifica o nosso posicionamento de marca com produtos de grande qualidade, fiabilidade, economia e performance.

Yamaha Fornecedora Oficial da Volvo Ocean RaceDe 31 de Maio a 10 de Junho de 2012

Poderão visualizar embarcações SeaRibs Powered by Yamaha e motores fora de borda Yamaha a serem utilizados pela organização das várias iniciativas no Rio Tejo. Estas embarcações estarão no final do evento à venda com um preço promocional extremamente atractivo. Poderá obter mais informações no espaço de exposição que teremos no recinto do evento, com alguns dos mais importantes produtos marítimos Yamaha em exposição. De 31 de Maio a 10 de Junho visite-nos e veja como em 2012 a Yamaha apoia-o em todos os sentidos!Procure-nos no recinto, visite-nos e comprove por si próprio porque razão os grandes eventos escolhem a nossa marca…

Page 30: Notícias do Mar n.º 305

30 2012 Maio 305

Muito Versátilcom Desempenho Rápido

Equipado com O Yamaha F250, o Capelli Tempest 770 Sun, que ensaiámos em 30 de Março em Vilamoura, apresentou mais uma vez as qualidades que temos apontado nos modelos da Linea Top Tempest, um desempenho muito seguro e confortável a navegar, ao qual acrescentamos agora as performances elevadas que fez, graças também ao poder do motor que tinha montado.

Náutica

Teste - Capelli Tempest 770 Sun com Yamaha F250 Texto e Fotografia Antero dos Santos

Oteste que fize-mos ao Tempest 770 Sun, foi a convite da Ya-

maha Motor Portugal e da Porti Nauta, empresa do Grupo An-gel Pilot, importador exclusivo para Portugal do estaleiro italia-no Capelli.

Especializado na constru-ção de embarcações até aos 10 metros, o estaleiro Capelli, para cobrir ainda mais o mer-cado das embarcações com estas dimensões, desenvolveu dois tipos de barco, as embar-cações em fibra, a gama Cap, e os semi-rígidos, conhecidos como os 4X4 do mar, a gama Tempest da qual a Capelli pro-duz quatro Linhas, Top, Tender, Work e Easy.

No total, são atualmente O Tempest 770 Sun tinha montado o Yamaha F250

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312012 Maio 305

Náutica

construídos 46 modelos Capelli diferentes, dos quais 14 Cap e 32 Tempest. Destes, a linha Top, a mais polivalente e con-cebida para o recreio e o lazer, tem em produção 17 modelos dos 3,60 aos 9,60 metros de comprimento, todos com os tu-bos construídos em Neoprene/Hypalon.

Para maximizara utilização,o Tempest 770 Sun tem uma ampla gamade equipamentos Facilitar o mais possível o uso deste modelo, foi decerto o que motivou os designers italianos que projetaram este semi-rígi-do.

Uma das características dos

Tempest, os tubos completa-mente colados ao casco por fora e à coberta por dentro, mantem-se neste barco, ga-rantindo uma maior robustez e estabilidade ao barco e elimi-nando as vibrações do tubos em andamento.

Com 7,70 metros de compri-mento, este modelo, o espaço que oferece e a facilidade de circulação que tem, parece um barco maior.

De referir a utilização da área da proa, que pode ser usada por pescadores ou para os banhos de sol, com a aplicação de um estofo para o solário. À proa fica

uma ferragem para apoiar o fer-ro, um compartimento para um molinete elétrico, e um compar-timento para guardar a corrente e o cabo de fundear. Também sob o solário existe um grande compartimento para arrumação de palamenta e equipamento.

No Tempest 770 destaca-se sobretudo, área do poço, bem como o posto de pilotagem.

O poço tem um banco à popa e outro atrás do banco do piloto. Junto a este banco, existe um compartimento que pode servir para geleira ou como viveiro de isco vivo. No meio do poço pode-se montar uma mesa de

É fácil a circulação para a frente

Capelli Tempest 770 Sun

O casco em V profundo tem os robaletes salientes e túneis de estabilidade laterais

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32 2012 Maio 305

Náutica

piquenique. O piloto dispõe de uma lar-

ga e alta consola de condução central e de um banco encos-to, para a condução de pé. A consola tem um para-brisas em vidro acrílico, protegido por um corrimão em aço inox. O espaço para a eletrónica e os instrumentos é amplo e de fácil acesso. Dentro da consola exis-te um compartimento com porta estanque-

Para as arrumações de equi-pamentos, sacos e palamenta

há um grande porão sob o ban-co da popa, com a tampa com amortecedor hidráulico e outro compartimento no banco do pi-loto

A entrada da popa para o poço é por bombordo e a pas-sagem tem o piso em madeira de teca.

À popa está montado um “roll-bar” em fibra de vidro, jun-to do qual existem passagens para o poço, com o piso em madeira de teca. À entrada en-contra-se também um duche de água doce, muito útil para tirar o sal depois dos mergulhos.

Motor Yamaha F250O motor montado no Tempest 770 Sun, era o Yamaha F250. Este motor, que substituiu o antigo F250, que era bastante mais pesado, partilha do mes-mo bloco do Yamaha F300 e dispõe de todas as restantes características deste motor. De-bita no entanto 250 HP em vez de 300 HP.

Trata-se de um V6 com com 60 graus, 24 válvulas, du-pla árvore de cames à cabeça (DOHC) e 4.169 cm3 de cilin-drada, que a Yamaha desen-volveu com a máxima eficiência volumétrica, em virtude de te-rem aplicado novas tecnologias e novos materiais.

Devido a isso, utilizando pro-cessos inovadores, a Yamaha reduziu o peso do bloco do mo-tor e este passou a ter cilindros com camisas fundidas em plas-ma, em vez das convencionais camisas em aço, conseguindo mais área para os pistons. Des-te modo, obteve-se a máxima cilindrada com menos quanti-dade de massa e foi bastante reduzido o peso total do motor.

Agora as paredes dos cilin-dros sofrem menos fricção e os pistons movem-se mais livre-mente. Obteve-se também um enorme rácio peso/potência, que resultou numa aceleração tal que permite planar muito rá-pido, atinge-se velocidades má-ximas elevadas, grande econo-mia de combustível e excelente fiabilidade a longo prazo.

Algumas das características que têm um papel vital na efici-ência do motor, são a conjuga-ção da árvore de cames variável com maiores canais de admis-são e escape, bem como com

O Tempest 770 fez excelentes performances

No amplo poço pode-se montar uma mesa de piquenique

Compartimento para arrumação no banco do poço

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332012 Maio 305

Náutica

as respetivas válvulas maiores e também mais largas.

O F250 tem o sistema de in-jeção eletrónica de combustível multiponto com 6 injetores inde-pendentes. Dispõe também de um novo microcomputador que controla todos os sistemas ele-trónicos, bem como controla os sistemas de alarme de funcio-namento do motor.

Este motor é compatível com o sistema digital em rede, Drive-by-Wire, que dá todas as informações num novo e largo display em LCD, desde a pres-são do óleo, temperatura da água, a carga da bateria, fluxo e níveis de combustível, e ainda temperatura da água e profun-didade.

O F250 tem igualmente in-corporado o inovador sistema Y-COP, com o qual consegue a proteção eletrónica anti roubo.

O testedo Tempest 770 Sun mostrou boasperformancese um desempenho com comodidadee segurança. Fizemos o teste com quatro pessoas a bordo. O mar em Vilamoura estava calmo, mas tinha uma ligeira ondulação e uma pequena brisa.

Já tínhamos testado o mode-lo Tempest 770 WA, um barco com cabina e um pouco mais pesado, que estava equipado com o Yamaha F200. Esperá-vamos por isso que, com o mo-tor de 250 HP, o Tempest 770 Sun tivesse prestações mais rápidas. E foi o que aconteceu. Em apenas 1, 65 segundos, o

barco já planava. Em virtude desta nova geração de motores da Yamaha ser muito rápida na aceleração até às 5.000 rpm, atingimos esta rotação em ape-nas 4,32 segundos, a fazermos 22 nós.

Depois, com o barco emba-lado e com a ajuda do “trim”, fi-zemos 33,8 nós às 5.000 rpm e 38,4 nós na velocidade máxima às 5.800 rpm.

Com 10 nós de velocidade mínima a planar, às 3.200 rpm, verificámos mais uma vez o bom apoio dos tubos na água atrás que ajudam também o barco a sair.

No que respeita a veloci-dades de cruzeiro com maior economia, verificámos que às 4.000 rpm, o barco navegava

entre os 22 a23 nós.É nas velocidades elevadas

que o mar mais condiciona o comportamento dos barcos.

O casco do Tempest 770 é

em V profundo, tem os robale-tes bastante salientes e ainda um ligeiro túnel de estabilidade lateral, mais largo atrás. Com estas caraterísticas, o barco

A curvar é muito seguroi

Compartimento para geleira ou isco vivo Grande porão sob o banco da popa

Sob o compartimento da proa pode-se montar um solário

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34 2012 Maio 305

Náutica

Características TécnicasComprimento 7,70 m

Boca 2,92 m

Dimensões interiores 5,90 m x 1,60 m

Diâmetro dos tubos 0,65

Material dos tubos Neoprene/Hypalon

Peso 1.100 Kg

Lotação 24

Depósito combustível 230 l

Depósito água doce 60 l

Potência máxima 250 HP

Motor Yamaha F250

Preço barco/motor c/IVA sob consulta

PerformancesTempo para planar 1,65 seg.

Aceleração às 5.000 rpm 22 nós 4,23 seg.

Velocidade máxima 38,4 nós 5.800 rpm

Velocidade de cruzeiro 22/23 nós 4.000 rpm

Mínimo a planar 10 nós 3.200 rpm

3.500 rpm 13,3 nós

4.000 rpm 22,7 nós

4.500 rpm 30,3 nós

5.000 rpm 33,8 nós

5.500 rpm 37,6 nós

5.800 rpm 38,4 nós

Importador Exclusivo e DistribuidorPorti Nauta – Urbanização do Pateiro Lt. 2, Ponte Charuto – Pateiro

8400-654 Parchal – Tel.: 282 343 086 – Telm.: 91 915 03 74 – www.angelpilot.comYamaha Motor Portugal – Rua Alfredo da Silva, nº 10 – 2610-016 Alfragide

Tel.: 21 47 22 100 – Fax: 21 47 22 199 – www.yamaha-motor.pt

corta excelentemente a água sem bater, proporcionando por isso, a navegar, bom conforto aos ocupantes e não salpica o interior. Também graças a este tipo de casco, quando faze-mos curvas rápidas e aperta-das, o barco adorna um pouco e apoia-se bastante nos tubos para manter a estabilidade. Curva sempre com segurança, perfeitamente agarrado à água e não salta.

A navegar a favor da ondula-

ção e a descer a vaga, o casco ainda tira mais partido por ser comprido, e mesmo a alta ve-locidade, mantém-se sempre direito e não trava na água.

A posição de condução do piloto é boa e como a direção é hidráulica, pouco esforço se faz no comando do barco e nas manobras.

Realçamos, em conclusão, que a dimensão do Tempest 770 Sun, com 7,70 metros de comprimento, é um dos fato-

res mais importantes para a navegação no mar, mesmo em condições adversas que muitas vezes surgem. Este fator, alia-do às caraterísticas do casco e da potência do motor instala-

do, o Yamaha F250, fazem que este conjunto tenha sempre um comportamento marinheiro e seguro, para as longas jorna-das de pesca ou mergulho, ou para os passeios familiares.

Banco no poço atrás do banco do piloto Banco encosto do piloto e consola de condução

Compartimento à proa com molinete elétrico

Posto de comando

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352012 Maio 305

Barco Sempre à MãoPara 2012, a Yamaha preparou um Pack perfeito para qualquer tipo de utilização e ao preço que qualquer pessoa considera baixo: o Pack Yam 230B equipado com um motor fora de borda Yamaha F2.5, é ver- dadeiramente acessível.

Náutica

Notícias Yamaha

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DouradasUm Manualde Iniciação

A pesca das douradas tem muitas particularidades interessantes, sobretudo nas alturas em que estão particularmente difíceis e a comerem muito mal.

Pesca Desportiva

Pesca EmbarcadaTexto: Fernando Hilário e Paulo Cruz

Fotografia: Carlos Abreu-Mundo da Pesca

Neste artigo não vamos falar de nenhuns aspetos “milagrosos” para

as capturarmos mas sim de mui-tas coisas que rodeiam a pesca deste esparídeo e que fazem acorrer “à missa” tanto pescador que gosta de pescar de barco.

Os últimos meses de dezem-bro e janeiro foram particular-mente produtivos em douradas. Quando falamos em produtivos não nos referimos apenas a lo-cais como a Vereda em Setúbal ou à zona de Sines, mas a tan-tas outras “Veredas” um pouco

Paulo Cruz com uma dupla

Fernando Hilário

Os meses de Dezembro e janeiro foram muito produtivos de douradas

por esse país fora. No entanto, longe vão os tempos em que as douradas que se capturavam nestas zonas eram exemplares dignos de registo e que, para todos os efeitos, faziam desen-joar o pescador adepto da pesca em barco fundeado, que assim variava o menu, combatendo as lutadoras douradas.

Por fenómenos que não sa-bemos bem apontar, a verdade é que atualmente não é raro o pescador que capture cerca de 30 douradas numa boa jornada de pesca; o único contra: o facto de cada uma destas douradas

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372012 Maio 305

Pesca Desportiva

Na Vereda, onde estiverem muitos barcos é sinal de haver douradas As douradas dão toques quase impercetíveis

rondar o peso médio de 600 gra-mas.

No entanto, se pensam que lá por serem mais pequenas são mais fáceis de apanhar, estão redondamente enganados... a começar por arranjar um barco para as vir tentar apanhar.

A romaria...Se quer – finalmente – tentar a sua sorte na pesca às douradas no inverno só tem uma coisa a fazer: planeamento antecipado.

Regra geral, todas as embarca-ções maritimo-turísticas estão reservadas nos referidos meses de “romaria” às “capelinhas” do costume e, só com programação prévia poderá tentar a sua sorte. Nas zonas de Setúbal, Sesim-bra, Sines, Milfontes e Ericeira – só para citar alguns exemplos -, poderá conseguir os contactos de vários operadores maritimo-turísticos experientes, aptos a proporcionarem-lhe um belo dia de pesca, ou pelo menos tenta-

rem que assim o seja. Caso opte por usar embarcação própria só terá de arranjar as coordenadas das melhores pedras ou sim-plesmente procurando onde se concentram umas boas dezenas de embarcações. Sim, dezenas! Há quem reserve um barco de oito pessoas para apenas pes-carem quatro... É a loucura!

Mas hácá douradas?Para os mais “verdinhos” nestas

lides surge sempre esta questão. Quando se fundeia e se começa a pescar surgem as primeiras iscas roubadas e os dois anzóis limpos; surge sempre a dúvida se serão as douradas ou ou-tros peixes. O truque para fazer “a prova dos nove” é pegar no caranguejo (em bom da verda-de é praticamente o único isco usado) com casca e patas, tirar as tenazes, iscá-lo e, se vierem os anzóis limpos podemos estar certos que os “ladrões” têm uma

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38 2012 Maio 305

Pesca Desportiva

Posição certa da ponteira Posição errada da ponteira

Para as douradas o isco-rei é o caranguejo

Uma iscada para uma dourada

As fêmeas têm ovas e são um isco mais apetitosotesta negra e amarela.

Os outros peixes podem co-mer caranguejo aos bocados, agora, atacar o caranguejo intei-ro só pode ser dourada e, even-tualmente, um pargo-legítimo ou uma sêmea.

A batalhado caranguejo!Geralmente, para não dizer sempre, são os mestres do bar-co que fornecem o isco para a pesca. Para as douradas o isco-rei é o caranguejo e quanto a isso não há volta a dar.

Mas é aqui que começa a ba-

talha pelo caranguejo na enor-me guerra que é a pesca das douradas. A sua escolha é muito importante e, prova mais do que provada, é que as fêmeas são muito mais produtivas que os machos. Mas então como é que distinguimos num balde ou saca cheia de caranguejos quem é quem? Nada mais fácil: na parte ventral do caranguejo há uma parte da sua carapaça que pa-rece um avental, zona essa que fica situada na sua traseira. A diferença entre machos e fême-as está precisamente na forma desse avental ou fralda, que

no macho é mais bicudo e na fêmea mais arredondado, sen-do inclusive ligeiramente maior. Perguntam agora o porquê da escolha das fêmeas em vez dos machos. Pois as primeiras têm geralmente ovas, de cor alaran-jada que, para além da cor tem um odor muito intenso provoca-do por uma hormona. Não quer dizer que com os machos não se apanhem douradas, mas a verdade é que os resultados fa-lam mais alto. Não se esqueça

dos seus companheiros de bar-co e não seja “glutão”: em dias em que as douradas estão a pegar bem é indiferente usar um ou outro, apenas nos dias mais complicados teremos de dar preferência às fêmeas.

Aguagens e tensãoPara se visualizarem os toques quase impercetíveis das doura-das temos de ter em atenção al-guns aspetos. O primeiro é que a tensão da linha e da ponteira seja a exata e que permita de-tetá-los. Então como devemos proceder? Logo que a chumba-da toque no fundo devemos ter a cana ligeiramente acima dos 45º; quando toca no fundo fe-chamos a asas de cesto e esti-camos a linha, baixando ligeira-mente a cana, mas de maneira a que a ponteira fique quase direi-ta (muito pouco tensa, portanto), de maneira a que seja a sua pró-pria flexibilidade a indicar-nos o toque. Com a ponteira dobrada e a linha tensa é quase impos-

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392012 Maio 305

Pesca Desportiva

Além da diferença entre machos e fêmeas, existem também caranguejos moles e duros. Os primeiros estão numa fase de mudança de casca e

produzem uma hormona responsável por esse processo, a qual é muito atra-tiva para o peixe. No entanto quando se pesca em barco fundeado é sempre preferível iscar com o caranguejo rijo, pois é mais consistente e aguenta melhor no anzol que o mole. Apenas t iramos o real dividendo dos caranguejos moles a pescar de terra, uma vez que aí as douradas se ferram sozinhas.No barco essa situ-ação é muitíssimo rara...

Mole ou Duro

Apesca “em automático” é uma alternativa que resulta bem

em duas situações distintas.A primeira é quando a pesca não nos está a correr bem e não conseguimos ferrar as douradas. A segunda é quan-do a pesca até nos está a correr de feição, estamos cansados de apanhar tanto peixe e queremos apostar num grande exemplar. Para isso basta apenas iscar dois caranguejos inteiros sem as “bocas” (ou tenazes), colocar a cana no suporte e esperar. Abrir a embraiagem do carreto também é recomendável...

Não Desista!

Durante a sessão de fotos, Fernando Hilário testou a cana NBS Black Boat, uma das

novidades da marca para este ano. De acordo com o campeão nacional de 2010 esta é “uma aposta sensacional para todas as pescas técnicas. Além disso é extremamente robusta e oferece-me toda a confiança para pescar a peixes maiores como pargos e douradas, sen-do no entanto um a cana mui-to leve e com a qual posso pescar todo o dia.”.

Em Análise...

Mesmo as mais pequenas são difíceis de apanhar

Mais uma para cima

sível detetar um toque quando as douradas andam a comer mal. Elas comem, só que você não se aperceberá disso. Daí ser muito importante escolher a ponteira indicada para este tipo de pesca tão técnica.

Há outro aspeto a rever que é a aguagem; a aguagem estica-nos a pesca e faz com que haja tensão na ponteira e a mesma fique mais dobrada; Corrija esta situação deixando a linha deri-var um pouco, abrindo a asa de cesto.

Se conseguir ter toques, e se forem apenas dois ou três e pa-rar é sinal de que pode puxar e fazer novas iscadas. Elas limpa-ram tudo... outra vez!

Já que referimos a importân-cia da aguagem, refira-se que em Setúbal, na zona da Vereda, quando a aguagem corre para Norte é sinal de pesca difícil e de mudança de tempo... para chuva. Já os antigos diziam e confirma-se. Por isso previna-se

para uma pesca complicada se assim for.

Vaidosas ou curio-sas?Uma artimanha que se usa mui-tas vezes é colocar uma missan-ga fluorescente junto ao anzol. Não, não pensem que é para apanhar bacalhaus ou peixe-plano. As douradas aderem mui-to bem a este sistema e não se trata de um problema de vaida-de. O peixe é curioso por nature-za e não tem mãos, daí que para ver o que são aqueles acessó-rios coloridos tem de aproximar-se e estabelecer contacto com a boca. Trata-se apenas de cha-mar a sua atenção e despertar a sua curiosidade. Já que tocá-mos no tema montagens, refira-se que são básicas, com dois estralhos de diâmetros iguais ao da madre, em 0,40mm, de preferência em fluorocarbono, com 45 a 50cm de comprimen-to. Pescar mais fino é suicídio e

não queira descobrir isso da pior maneira.

Dourada conclusãoAqui deixámos aquilo que se pode chamar um “manual de iniciação” para a pesca das dou-radas em barco fundeado. Esta é uma pesca muito técnica, so-bretudo quando este peixe está a comer mal, a comer “de faca e garfo”. Há muita gente que ago-ra se iniciou nesta pesca e que

dizem que esta pesca é simples, bandeiradas de douradas e que nunca tiveram dias de douradas a comerem mal. Será que essas pessoas nunca pensaram que já tiveram um dia desses e nem se aperceberam?

Siga estes conselhos e não desista. Ganhar mão neste tipo de pesca requer mais de uma saída e, como costumo dizer, o que é que resta para além do ví-cio? Vá à pesca!

Um macho á esquerda e a fêmea à direita com o avental mais arredondado

Quando queremos apanhar maiores isca-se com dois caranguejos

Fernando Hilário, campeãonacional de 2010 Cana NBS Black Boat

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40 2012 Maio 305

Vitória de António SilvaO Campeonato Regional de Promoção de Pesca Submarina do Continente reali-zou-se em duas jornadas, nos passados dias 31 de Março e 1 de Abril de 2012, na zona de Cascais e a organização foi responsabilidade do Clube Open Ocean/Marina de Cascais e da Federação Portuguesa de Actividades Subaquáticas (FPAS).

Pesca Submarina

Notícias da FPAS, Campeonato Regional de Promoção de Pesca Submarina do Continete 2012

A pós alguns adia-mentos por im-possibilidade de melhores condi-

ções atmosféricas, este Cam-peonato Regional de Promoção foi realizado a partir da Marina de Oeiras e no segundo dia a chuva acabou por brindar os participantes.

Com a temperatura da água a rondar os 14ºC, uma visibi-lidade entre os 4 e 5 metros e em algumas zonas inferior, cada jornada teve a duração de cinco horas e foi disputada com o apoio de embarcação por 26 atletas, 7 individuais e os restantes distribuídos por 8 clubes.

Os preparativos começaram logo cedo, com a colocação de

algumas embarcações na água e com a habitual reunião de Delegados para apresentação das zonas de prova e horários, indicações sobre segurança e regras, com destaque para a promoção de princípios e valo-res da prática desportiva, já que 2012 foi declarado o Ano Nacio-nal para a Ética no Desporto.

As embarcações saíram do Porto de Recreio de Oeiras para se concentrarem a meio da zona de prova. A jornada de Sábado decorreu, entre as 10h25 e as 15h25, na zona do Cabo da Roca, entre a praia da Adraga e a do Abano.

E a jornada de Domingo re-alizou-se, das 10h15 às 15h15, na zona do Cabo Raso, entre a praia da Crismina e a Boca do

Inferno.

António Silvaconseguiucapturar duas corvinas, umano início e outra no fim da primeira jornada. Em ambas as jornadas, a maio-ria dos atletas decidiu caçar mais encostado à costa, onde a visibilidade em alguns pontos era reduzida, mas após alguns mergulhos, as diversas captu-ras começaram a surgir, com predominância de tainhas e salemas, mas também sargos, bodiões, abroteas, safios, mo-reias, duas corvinas, dois roba-los, um badejo, um salmonete, um carapau e um pampo.

Na primeira jornada, o atleta da casa, António Silva, teve a felicidade de conseguir captu-rar duas corvinas, uma no início e outra perto do final da prova, uma com 11,665 kg, e a outra com 12,210 kg, conferindo-lhe o título de maior exemplar e surpreendendo o público pre-sente na Marina de Oeiras.

As pesagens, na primeira e na segunda jornada, foram um dos pontos altos, pela diversi-dade de espécies apresentadas e foi feito o habitual sorteio de alguns exemplares pela assis-tência presente no local, bem como a oferta de capturas à instituição de solidariedade so-cial: “Irmãs da Misericórdia” da Parede. Foram também distri-

buídas T-Shirts FPAS/ Marietel/ TMN e lanches de mar aos par-ticipantes.

Em cada um dos dias foi também realizada uma emissão em directo da FPAS TV, duran-te as pesagens e com acesso através do site: www.fpas.pt.

No final realizou-se a entre-ga dos prémios aos Atletas: o vencedor deste Campeonato Regional de Promoção do Con-tinente foi o António Silva – com uma pontuação percentual de 200%, do Clube Open Ocean/Marina de Cascais, em segun-do o Maurício Fragoso – com 141%, Individual e em terceiro, o Paulo Moreira – com 136%, também Individual.

A classificação por clubes fi-cou ordenada pelo vencedor: o Clube Open Ocean/Marina de Cascais, em segundo o Clube Naval de Peniche e em tercei-ro, o Grupo Desportivo e Cultu-ral da Administração do Porto de Sines.

Deste Campeonato Regional de Promoção de Pesca Subma-rina do continente vão ser apu-rados 25 Atletas, que se vão juntar aos 10 que transitaram do Campeonato Nacional de 2011, para em conjunto dispu-tarem o Campeonato Nacional de Elite de 2012, em Sines.

A FPAS no final agradeceu a colaboração do Porto de Re-creio de Oeiras, da Mega Náuti-ca, da Tornado Boats, da Saco-linha, da Marietel, da TMN e da POPUP Filmes.

António Silva, o vencedor com duas corvinas

Os participantes na marina de Oeiras

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412012 Maio 305

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42 2012 Maio 305

Equipa A do Clube AquaCarcaVenceu Taça de PortugalA Equipa A do Clube Aquacarca Corpo e Acção venceu a Taça de Portugal de Hóquei Subaquático, uma competição organizada pela FPAS - Federação Portuguesa de Actividades Subaquáticas que decorreu nos dias 17 e 18 de Março de 2012, no complexo de piscinas do Clube Propaganda de Natação, em Ermesinde.

Notícias do Mar

Notícias da FPAS- Hóquei Subaquático

Nesta prova oficial do calendário da FPAS estiveram presentes mais

de 70 atletas em representação de 10 equipas que disputaram um total de 52 jogos.

A primeira fase da competi-ção contou com uma “Ronda Robin” em que todas as equi-pas jogaram entre si, com a atribuição de pontos inerentes aos resultados obtidos e cujos jogos tiveram uma duração de

8 minutos cada. A segunda fase da competição constou de um sistema de play-off para apurar a classificação final das equipas e os jogos tiveram uma duração de duas partes de 11 minutos.

As finais e meias-finais tive-

ram uma duração de duas par-tes mas de 15 minutos cada.

Depois de uma “Ronda Ro-bin” bastante disputada e ani-mada os jogos finais foram em crescendo até à final entre a Equipa B do Clube de Natação da Amadora e a Equipa A do Clube Aquacarca, com o resul-tado final a sorrir à equipa de Carcavelos por golo dourado (0-1).

Pela equipa vencedora do Clube Aquacarca participaram os atletas: David Caseiro, An-dré Gaspar, Pedro Martins, Ce-sário Fonseca, Leonardo Gou-veia, Bruno Raimundo e João Almeida.

Nesta Prova da Taça de Por-tugal de Hóquei Subaquático marcaram também presença, Ricardo José, Presidente da FPAS e Rui Couto, Presidente da Comissão de Hóquei Suba-quático, que aproveitaram para

Disputa do puck em situação de jogo

A equipa vencedora Aquacarca

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432012 Maio 305

Classificação

1º Aquacarca A

2º Clube Natação Amadora B

3º Clube Natação Amadora C

4º Aquacarca B

5º Clube Zupper A

6º Clube Natação Amadora A

7º Núcleo Subaquático Coimbra

8º Zupper B

9º GaiaSub

10º Zupper C

Notícias do Mar

agradecer o excelente acolhi-mento e condições disponibili-zadas no complexo de piscinas do Clube Propaganda de Nata-ção, em Ermesinde.

A FPAS também disponibi-lizou meios audiovisuais que proporcionaram a transmissão em directo para o público pre-sente nas bancadas e efectu-aram a cobertura fotográfica e em vídeo de todo o evento.

Desta forma, a FPAS, em conjunto com os Clubes par-ticipantes procurou reunir as condições técnicas e logísticas necessárias para a realização de mais um evento desportivo nacional na área das activida-des subaquáticas.

A FPAS agradece a colabo-ração da Marietel, da TMN e da POPUP Filmes.

ReferênciashistóricasO Hóquei Subaquático foi in-ventado em 1954 em Inglaterra por Alain Blake com o intuito de entreter os mergulhadores na altura do inverno. Inicialmente chamado ”Octopush”, o Hóquei Subaquático ao longo dos anos foi sofrendo modificações a ní-vel de equipamento, número de jogadores e outros factores decisivos para transformá-lo na modalidade internacional que é hoje em dia.

Actualmente é praticado em quase todos os países da Euro-pa, com destaque para o Reino Unido, França e Holanda que são as maiores potências. A ní-vel Mundial temos países como a África do Sul, Austrália, Nova Zelândia, Colômbia, Estados Unidos da América e Canadá.

Em Portugal, a modalidade existe oficialmente desde 2007, tendo ocorrido experiências pré-

Equipa reunida em desconto de tempo

vias a esta data, mas só nesse ano foi criado o primeiro Clube oficial de Hóquei Subaquático e, desde então, o crescimento tem sido muito significativo.

Sobrea modalidadeO Hóquei Subaquático joga-se numa piscina que tenha as di-mensões entre os 20 e 25 metros de comprimento, 12 e 15 metros

de largura, deve ter uma pro-fundidade mínima de 1,80 me-tros (mínimo para competições oficiais, para treinos qualquer piscina pode ser utilizada) e má-xima de 3,65 metros, desde que a inclinação máxima não exceda os 10%, o ideal será 2,20 metros de profundidade constante.

As equipas são constituí-das por 6 atletas e mais 4 su-plentes sendo as substituições

ilimitadas. Nas extremidades da piscina estão colocadas no fundo uma baliza com 3 metros de comprimento e 18 centíme-tros de largura onde deve ser introduzido o disco (1,3 kg de chumbo revestido de borracha) na calha da baliza.

Para conhecer melhor a FPAS e as modalidades que re-presenta, sugerimos uma visita pela página: www.fpas.pt

Saída para o inicio de jogo

Condução do puck

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44 2012 Maio 305

Classificação 2ª Etapa- Campeonato Nacional

Pontos Equipa/ Clube/ Localidade

1º 1.000 Equipa A – AquaCarca Corpo e Acção – Lisboa

2º 860 Equipa B – Clube Natação Amadora – Lisboa

3º 730 Equipa A – Clube Natação Amadora – Lisboa

4º 670 Equipa A – NSCBR Núcleo Subaquático de Coimbra – Coimbra

5º 610 Clube SHARKS – Coimbra

6º 583 Equipa B – AquaCarca NAS IST– Lisboa

7º 555 Equipa A - Clube ZUPPER – Porto / Valongo

8º 528 Equipa C - Clube Natação Amadora – Lisboa

9º 500 Equipa B - Clube ZUPPER – Porto / Valongo

10º 488 Clube GAIASUB – Vila Nova Gaia

11º 475 Equipa B – NSCBR Núcleo Subaquático de Coimbra - Coimbra

Classificação Geral do Campeonato Nacional de Hóquei Subaquático

Pontos Golos Marcados Golos Sofridos Equipa/ Clube/ Localidade

1º 1.860 79 7 Equipa A – Aquacarca Corpo e Acção – Lisboa

2º 1.860 56 12 Equipa B – Clube Natação Amadora – Lisboa

3º 1460 49 18 Equipa A – Clube Natação Amadora – Lisboa

4º 1280 36 36 Equipa A – NSCBR Núcleo Subaquático de Coimbra

5º 1253 34 28 Equipa B – Aquacarca NAS IST– Lisboa

6º 1193 19 38 Clube SHARKS – Coimbra

7º 1083 21 25 Equipa C - Clube Natação Amadora – Lisboa

8º 1055 14 42 Equipa A - Clube ZUPPER – Porto / Valongo

9º 1016 13 52 Clube GAIASUB – Vila Nova Gaia

10º 988 22 47 Equipa B - Clube ZUPPER – Porto / Valongo

11º 475 0 62 Equipa B – NSCBR Núcleo Subaquático de Coimbra

Vitória da Equipa A do Clube AquaCarcaA Equipa A do Clube AquaCarca vence a 2ª Etapa do Campeonato Nacional de Hóquei Subaquático, organizado pela FPAS - Federação Portuguesa de Actividades Subaquáticas, e que decorreu nos dias 14 e 15 de Abril de 2012, no complexo de piscinas Luís Lopes da Conceição, em São Martinho do Bispo - Coimbra.

Notícias do Mar

Notícias FPAS- 2ª Etapa do Campeonato Nacional de Hóquei Subaquático

N a segunda de quatro etapas do Campe-onato Nacional de Hóquei Subaquático

participaram 6 Clubes, 11 equipas e cerca de 90 atletas. Esta etapa foi composta por 25 jogos de uma par-te de 15 minutos que compuseram a “Ronda Robin” e mais 9 jogos finais

de duas partes de 15 minutos cada para apurar os vencedores.

Após uma animada “Ronda Ro-bin” os jogos finais disputaram-se a bom ritmo até à final entre a Equipa A do Clube Aquacarca e a equipa B do Clube de Natação da Amadora com o resultado de 4-3.

De salientar, a estreia da equipa B do Clube NSCBR, que se fez repre-sentar apenas por atletas femininos, o que foi um sinal muito positivo no uni-verso de praticantes do Campeonato Nacional de Hóquei Subaquático.

A Equipa A do Clube AquaCarca vencedora foi constituída pelos atletas: David Caseiro, David Teiga, Margarida Araújo, Pedro Martins, André Gaspar, Bruno Raimundo e Hugo Dias.

Assim sendo, na classificação

geral do Campeonato Nacional de Hóquei Subaquático no final desta 2ª etapa, apresenta a Equipa A do Clube AquaCarca em primeiro lugar, segui-da pela Equipa B do Clube Natação Amadora, ambas com 1.860 pontos.

Esta segunda etapa do Campeo-nato Nacional de Hóquei Subaquáti-co contou com a presença de Mica-

ela Margato, Responsável Técnica do complexo de piscinas Luís Lopes da Conceição e também de vários membros da Direcção da FPAS, que

na oportunidade congratularam-se pela realização de mais este evento desportivo, com as condições dispo-nibilizadas e pela excelente colabo-ração entre entidades.

Desta forma, a FPAS, em conjun-to com os Clubes participantes e a Câmara Municipal de Coimbra, pro-curou reunir as condições técnicas e logísticas necessárias para a reali-zação de mais um evento desporti-vo nacional na área das actividades subaquáticas. As próximas compe-tições desta modalidade estão pre-vistas para os dias 12 e 13 de Maio com a terceira etapa do Campeona-to Nacional de Hóquei Subaquático, com local ainda a definir.

A FPAS agradece a colaboração da Câmara Municipal de Coimbra, e do seu Vereador do Desporto Luís Providência, da Marietel, da TMN e da POPUP Filmes, que fez a cober-tura deste evento desportivo.

Disputaram-se 34 jogos durante a 2ª Etapa

Durante a prova na piscina de São Martinho do Bispo

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Radar de Alta Defenição Garmin GMR 24Vence Comparativo da Yatching MonthlyO radar da Garmin foi considerado, pelos especialistas da revista, como a melhor opção de compra. A sua simplicidade de utilização, o desempenho que oferece e a excelente relação entre preço e qualidade foram alguns dos pontos fortes destacados.

Electrónica

Notícias Garmin

Aprestigiada revista britâ-nica sublinhou a elevada precisão de varrimento e a maior capacidade

de diferenciação de objetos, alcan-çando uma resolução até oito vezes melhor, comparativamente a outras antenas com as mesmas caracterís-ticas.

A Garmin, líder mundial em so-luções de navegação por satélite*, viu novamente um produto do seu portefólio reconhecido como um dos melhores do mercado. O seu radar de alta definição GMR 24HD ™ foi apon-tado como a melhor opção de com-pra pelos especialistas em eletrónica náutica da prestigiada revista Yachting Monthly, do Reino Unido.

Este modelo destacou-se, no tes-te em grupo feito pela publicação a vários equipamentos de marcas dife-rentes, como a melhor compra para o consumidor final reunindo várias van-

tagens face aos equipamentos rivais que entraram no comparativo. A faci-lidade de uso e a excelente relação entre a sua qualidade, desempenho e preço foram os três pontos fortes des-tacados pela revista.

“Com esta nomeação, os produtos da Garmin são novamente reconheci-dos como os melhores por reputados especialistas internacionais. Para nós esta referência é especialmente im-portante por ter sido feita pela maior revista náutica do Reino Unido”, afir-mou Mariana Dias, Marcoms Mana-ger Garmin Portugal Lda. “Com este radar, o utilizador pode usufruir de uma visão mais definida e nítida de tudo o que o rodeia, o que contribui para a diminuição de todos os perigos inerentes à navegação”, acrescentou a responsável.

Os utilizadores têm acesso a ima-gens mais nítidas e em alta resolu-ção, usufruindo de maior conforto e

segurança na navegação. Graças à sua inovadora tecnologia de proces-samento digital de sinal (Digital Signal Processing), o GMR™ 24 HD integra um sistema de varrimento extrema-mente preciso e oferece uma incom-parável descriminação dos objectos e eliminação de ecos, garantindo uma resolução 8 vezes superior àquela dis-ponibilizada por outras antenas rivais, com as mesmas características.

Com 61 cm de diâmetro, este equipamento da Garmin conta com um feixe horizontal de 3,6º e um feixe vertical de 25º. Oferece um alcance máximo de até 48 milhas e um alcan-ce mínino de 20 metros..

O facto de conseguir oferecer o dobro da velocidade de rotação (24/30 RPM) permite que este equipamento consiga garantir actualizações ainda mais rápidas.

Quando utilizado em conjunto com um plotter compatível com a Rede

Garmin, o GMR™ 24 HD suporta também a detecção de alvos MAR-PA, o que permite melhorar um ponto crucial: A segurança da navegação. Esta funcionalidade é especialmente útil para evitar colisões, uma vez que determina a distância e a velocidade dos alvos. Entre o vasto leque de ca-racterísticas que este modelo oferece, destaque ainda para a sobreposição de imagens do radar sobre as cartas e para a opção de ecrã dividido.

Foi este conjunto de características avançadas, o fantástico desempenho oferecido e o preço extremamente competitivo que fizeram com que este radar da Garmin tivesse sido escolhi-do como a melhor opção de compra. PVR GMR™ 24 HD: 2.299 euros (IVA incluído)Para mais informações por favor con-tactar:Ana Franco, EDC 936 101 395, [email protected]

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46 2012 Maio 305

“Tejo foi Lamentavelmente Esquecido”Diz Eng. Américo Nunes dos SantosO meu convidado é o senhor Engenheiro Américo Nunes dos Santos, um técnico de elevado conhecimento e experiência sobre hidráulica, que foi o último director da Hidráulica do Tejo e esteve na génese da Administração da sua Bacia Hidro-gráfica, a ARH-Tejo.

Notícias do Mar

Conhecer e Viajar pelo Tejo Entrevista: Carlos Salgado

Era da maior importân-cia conversar com ele sobre o Tejo, por isso, lançámos a primeira

pergunta: C.S. Caro Engenheiro, há muito que vimos a conversar e defender que, para o crescimento económico de Portugal, país parco em recur-sos, a navegabilidade do Tejo para fins comerciais e turísticos é indis-pensável, aliás é exigível para poder alinhar com os países da Comunida-de Europeia. A minha pergunta é: no seu entender isso ainda é possível? N.S. Não só é possível, como de-sejável e urgente, mas porque “não

há almoços grátis”, temos de pensar cuidadosamente o modo como to-mamos este alimento essencial para fornecer energia económica ao nos-so país. Para realizar esta importan-te infra-estrutura, ao longo da nossa história moderna existiram diversos projetos, o último dos quais, foi o apresentado pelo Grupo Mendes Godinho nos anos 80, do século XX. Esse projecto se realizado, teria in-vertido a tendência de utilizar só os transportes terrestres, esquecendo em absoluto a alternativa fluvial.

Eu que nasci em Tomar, junto às margens do rio Zêzere, ouvi dos meus antepassados, muitas histó-

rias da utilização do rio como meio de transporte até à construção da barragem do Castelo do Bode. Tudo isto foi lamentavelmente esquecido, até que quase por milagre e em boa hora, a Administração da Região Hi-drográfica do Tejo em 2010, promo-veu no Laboratório Nacional de En-genharia Civil uma histórica sessão técnica para analisar a problemática da navegabilidade do Tejo na actu-alidade. Nessa sessão onde esteve presente a nata dos técnicos portu-gueses desta área, concluiu-se que é necessário retomar os estudos para finalmente se equacionar de maneira realista esta infra-estrutura, de modo a torná-la uma relevante alavanca para o nosso desenvolvi-mento.

É importante neste momento não esquecer alguns dados cons-tantes. Devemos estudar cuidado-samente as necessidades actuais do país em relação à economia e compatibilizá-las com as melhores condições técnicas e ambientais. Realizar a obra de acordo com as necessidades e a economia actual deixando a capacidade de cresci-mento futuro completamente salva-guardada.

É também importante acautelar que a obra não é capturada por in-teresses que, à semelhança do que aconteceu a muitas num passado recente, a transformem, não numa fonte de progresso mas numa so-brecarga para a economia.

Do projecto do grupo Mendes Godinho, para a navegabilidade do Tejo, através do qual ficamos a sa-ber que uma só embarcação teria a capacidade de transportar o equi-valente a 110 vagões de 40 tonela-das, ou 220 camiões de 20 tonela-

das, com uma poupança de energia significativa. Comparativamente, a mesma quantidade de energia no transporte marítimo-fluvial faz 500 km, no ferroviário 200km, no rodo-viário 100 km e no aéreo 20 km. A esta vantagem devemos juntar as magníficas condições naturais do estuário do Tejo, que é o maior es-tuário da Europa. Este estuário de onde partiu a primeira globalização, está à espera do nosso engenho para a sua revitalização em termos económicos. Neste estuário que ainda está doente pela poluição, que é vítima de forte assoreamento e onde se pretende construir uma terceira travessia com o tirante de água inferior ao da ponte Vasco da Gama, o que hipotecará ainda mais a sua navegabilidade. Esta última situação é o repetir do erro da mais recente ponte sobre o rio Tejo, a ponte das Lezírias no Carregado, que foi construída com o tirante de água inferior ao da ponte imediata-mente a jusante, a ponte Marechal Carmona em Vila Franca de Xira.C.S. Como pode ser possível?N.S. Devemos estudar cuidado-samente as necessidades actuais do país em relação à economia e compatibilizá-las com as melhores condições técnicas e ambientais. Realizar a obra de acordo com as necessidades e a economia actual deixando a capacidade de cresci-mento futuro completamente salva-guardada.

É também importante acautelar que a obra não é capturada por in-teresses que, à semelhança do que aconteceu a muitas num passado recente, a transformem, não numa fonte de progresso mas numa so-brecarga para a economia.

Engenheiro Américo Nunes dos Santos

Tejo, a mais económica estrada de Portugal

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472012 Maio 305

O Tejo merece Ser VividoO Tejo, rio de muitos donos, sofreu maldades e encheu-se de problemas. Comeram dele as indústrias poluentes, a agricultura intensiva, a construção civil e a pesca ilegal.

Notícias do Mar

Conhecer e Viajar pelo Tejo Texto e Fotografia Carlos Salgado

Onosso grande rio, no entanto, pode ainda dar sinais de renas-cimento mas para

isso, todos temos que contribuir com atitude, honestidade, empre-endedorismo e vontade política, só assim se pode tornar um rio mar-cado num rio de marca.

Uma das medidas que preco-nizo há muito é a navegabilidade do Tejo, e não me vou cansar de pugnar por isso, tendo em vista o crescimento económico do país.

Ao preço a que está o combus-tível que não vai deixar de conti-nuar a aumentar, a melhor solução para baixar consideravelmente o custo do transporte de mercado-rias e de passageiros é uma Car-reira Fluvial Navegável desde a foz até Espanha!

Uma carreira fluvial destas trás imensos benefícios pois permite que haja uma alternativa de trans-porte com um custo significativa-mente inferior aos outros meios de transporte existentes em Portugal, tanto o ferroviário como principal-mente o rodoviário.

Ela vai, por certo, contribuir para o desenvolvimento da agri-cultura, da indústria, do comércio e do turismo da bacia hidrográfica do Tejo, com a vantagem de devolver o rio às populações, mantendo-o

vivo e vivido, e contribuir para maior segurança da circulação ro-doviária.

Então pergunto, vamos conti-nuar à espera até quando? Uma obra destas para tornar o Tejo navegável até Espanha, como deve ser, custa bastante menos do que uma auto-estrada para servir o mesmo percurso. Mas os governos dos finais dos anos oi-tenta e durante os anos noventa, com a sua miopia ou por interes-ses inconfessáveis, meteram na gaveta ou mandaram simples-mente para o lixo, um Plano de regularização do curso do Rio Tejo com objectivos múltiplos, plano esse bastante bem fun-damentado, tanto técnica como economicamente. Mas quem go-vernava estava mais interessado em cobrir o país de betão e de asfalto, e deste modo favorecer o “ lobie “ dos TIR.

Mas por estas e por outras é que estamos na situação tão peri-clitante em que nos encontramos!

Mas ainda se está a tempo de pensar a sério num Plano destes até porque as máquinas e as técni-cas das obras públicas evoluíram bastante e até pode acontecer que seja uma parceria ou consórcio pri-vado a suportar os custos e a as-sumir os riscos de tal plano.

Esta obra, bem planeada pode também contribuir para nomeada-mente, uma rede de rega moderna e eficiente; a solução de proble-mas ecológicos e paisagísticos; a protecção dos campos contra as cheias com a construção de novos diques; a protecção das espécies piscícolas, tanto autóctones como migrantes; melhoria da salubri-dade do rio com emissários dos efluentes urbanos e industriais previamente tratados; os proble-mas de drenagem; a protecção do nível freático; a contenção da ero-são das encostas, o incremento do

turismo e o desenvolvimento do comércio nas frentes ribeirinhas.

A construção desta obra cria emprego e contribui para revita-lização da construção civil e das obras públicas para além de criar sinergias para que os parceiros da agricultura, da hidráulica, do comércio, da indústria regional do Vale do Tejo e os municípios con-greguem esforços para que ela seja realizada, e tomem consci-ência dos benefícios que ela lhes traz, bem assim como a outros parceiros como os das obras pú-blicas, da navegação, da banca, dos serviços. Ela será um incen-tivo à inovação, cooperativismo, formação em novas tecnologias, criação de empresas de distribui-ção, transportes fluviais, agricultu-ra ecológica ( hortofruticultura de regadio, olival e vinha ), desenvol-vimento de um turismo não virtual mas específico, de qualidade que congregue todos os operadores sérios que passem a operar em conformidade com uma garantia de qualidade comum, a criação de pequenas empresas familiares de turismo rural, construção de mais portos e portinhos para atracagem, para cargas e descargas de mer-cadorias, instalação de pequenas fluvinas organizadas, recuperação da auto-estima das comunidades ribeirinhas, criação de uma marca Tejo, um selo de garantia de qua-lidade de tudo o que for produzido na região do Vale do Tejo, enfim uma imensidade de actividades e produtos caracteristicamente re-gionais, TUDO ISTO SERÁ PODE SER UMA REALIDADE GRAÇAS A ESTA OBRA.

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48 2012 Maio 305

Porquê esta Confraria?No dia 24 de Abril de 2012 foi proclamada em Alhandra a Confraria Cultural do Tejo Vivo e Vivido, vulgo Confraria do Tejo.

Notícias do Mar

Confraria Cultural do Tejo Vivo e Vivido

Esta organização fra-terna, independen-te, coesa e consen-sual, constituída por

cidadãos eruditos e veteranos do Tejo: técnicos, cientistas, intelectuais, nautas e práticos, das áreas específicas que in-teressam ao seu objecto, cida-dãos que têm vindo a demons-trar ao longo de mais de meio século que não se movem por interesse de protagonismo, negócio, carreira profissional ou política, tem por fim ser um “ Observatório ” de tudo o que diga respeito ao universo do rio Tejo, para ter matéria para estudar, reflectir e avaliar para poder criticar e apontar solu-ções.

A Confraria “ ab initio ” ele-geu PROMOVER E ESTIMU-LAR DINÂMICAS INTERSEC-TORIAIS PARA A UTILIZAÇÃO A primeira reunião no banquete do Capítulo

Em Alhandra os confrades da Confraria do Tejo dão início a um novo projecto para defesa do Rio Tejo

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492012 Maio 305

Notícias do Mar

FLUVIAL SUSTENTADA, IN-CLUINDO A NAVEGABILIDA-DE DO TEJO, para o que tem já entre mãos dois dossiers que vão contribuir para esta fi-nalidade. O primeiro pretende que seja feita a regularização do rio e a abertura de um ca-nal navegável, em segurança, desde a foz até à fronteira, para permitir o transporte de mercadorias e passageiros e uma rede de regadio moder-na e eficaz, contribuindo as-sim para o desenvolvimento do comércio, da agricultura, da indústria e do turismo da região, e das sub-regiões, do Vale do Tejo.

Uma carreira fluvial destas trás imensos benefícios, pois permite que haja uma alter-nativa de transporte com um custo significativamente infe-rior aos outros meios de trans-porte existentes em Portugal, tanto o ferroviário, como prin-

cipalmente o rodoviário, Esta carreira irá contribuir conside-ravelmente para o crescimen-to económico do país e vai devolver o rio às populações, tornando assim o Tejo num RIO VIVO E VIVIDO.

O outro dossier “ diz res-peito a um projecto/ programa em estudo, que pretende criar um estilo diferenciado e ino-vador de fazer turismo base-ando-se num mix de turismo náutico, turismo da natureza, turismo rural e turismo-cultu-ral, tendo o Tejo como princi-pal cenário.

Uma das diferenças que distinguem este novo concei-to de turismo está na particu-laridade de que o Tejo deve ser vivido a partir de dentro para fora.

Outras matérias serão es-tudadas e avaliadas à medida que o “ Observatório ” for en-contrando razões para isso.

Uma saudação final, após as deliberações tomadas na reunião do Capítulo

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50 2012 Maio 305

Bronze para Vasco Ribeiroe Portugal em 8º

Portugal alcançou o oitavo lugar no Mundial de Juniores do Panamá, ISA World Junior Surfing Championship, e Vasco Ribeiro conquistou a medalha de bronze no escalão sub-18 num atribulado e derradeiro dia de prova, de um campeonato que foi disputado ao longo de oito dias e coroou o Havai como a melhor nação de surf júnior do Mundo, seguida no pódio pela Austrália e o Brasil.

Surf

Campeonato Mundial de Surf Juniores

Acompetição que se disputou no Panamá entre os dias 16 e 22 de Abril, reuniu na

Playa Venao 31 países e mais de 300 atletas.

Foi no sábado que Vasco Ribei-ro tomou o campeonato de assalto,

assinando mesmo aquela que foi unanimemente considerada a me-lhor manobra da competição, para no último dia o jovem surfista, de 17 anos, acusar o desgaste logo na fi-nal de qualificação.

Abriu o heat com uma onda de 8.00, não conseguiu concluir uma

boa segunda onda, não indo além do 4.22 e acabando em terceiro, o que o obrigou a disputar a final de repescagem.

Na final de repescagem, Vas-co esteve melhor, sendo superado nos instantes finais pelo brasilei-ro Matheus Navarro (11.70 contra 9.20 do campeão português) mas conseguindo o desejado acesso à finalíssima.

“Vou sair da cabine e des-cer até à areia para o abra-çar”. As palavras do representante da marca patrocinadora do Mundial de juniores do Panamá (ISA World

Junior Surfing Championship), ex-pressam na perfeição o que todos os amantes de surf sentiram a ver Vasco Ribeiro tomar conta da sua meia-final de qualificação, e refe-riam-se, especificamente, a uma manobra aérea explosiva pontuada com um 8.77 e que serviu de supor-te para outra onda, excelentemente surfada, pontuada com 9.77.

Na finalíssima, Vasco Ribeiro ainda ameaçou chegar ao ouro, com uma onda de 7.60 mas, mais uma vez, a sua segunda melhor onda não foi suficiente (4.17), face a dois brasileiros verdadeiramente

José Braga, Selecionador Nacional

Vasco Ribeiro com a melhor onda do campeonato

Carina Duarte

Fotografia ISA

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512012 Maio 305

Surf

Sub-18Vasco Ribeiro (3º)Miguel Blanco (33º)Pedro “Pi” Calheiros (41º)André Faria (49º)Sub-16Tomás Fernandes (33º)Tomás Ferreira (41º)Guilherme Fonseca (57º)João Moreira (57º)Sub-18 FemininoCarina Duarte (13º)Constança Coutinho (16º)Keshya Eyre (25º)Camila Kemp (31º)ClassificaçãoColetiva (classificaram-se 31 países)1º Hawai, 2ºAustrália3º Brasil4º USA5º Peru6º Japão7º França8º Portugal9º África do Sul10º Costa Rica

A SelecçãoNacional(resultados individuais)

inspirados e com a felicidade de apanhar as ondas com mais poten-cial, num mar longe das condições ideais para o surf poderoso de Vas-co. Matheus Navarro fez um 8.50 e um 8.43 para um total de 16.9 que lhe deu o ouro e o compatrio-ta Deivid Silva ficou imediatamente atrás com um total de 16.8 (9.33 e 7.50). O australiano Joshua Hay foi o quarto classificado.

Com a medalha de bronze ao peito, Vasco Ribeiro resumiu as-sim a sua prestação: “Sinto-me contente com este terceiro lugar, pois apesar de o meu objetivo ser, desde o início, o ouro, contribuí para o oi-tavo lugar da Seleção e face ao nível de surf que se viu neste campeonato, acho que o bronze acaba por ser tam-bém muito bom.”

Vasco Ribeiro não ficou indife-rente aos elogios da crítica interna-cional presente que o cotou como o surfista com as melhores exibições em prova, e o mais promissor para uma carreira internacional de topo, nomeadamente, no WCT, onde já fi-gura Tiago Pires, o único português a lograr tal meta até hoje: “Penso que fiz o meu melhor surf e é isso que quero fazer daqui para a frente nos campeona-

tos internacionais do WQS e ir somando experiência e pontos para chegar ao WCT. Esse é o meu objetivo.”

Portugal 4º Melhor em sub-18 FemininoEntretanto, o Selecionador Nacional José Braga fez um balanço positivo, embora agridoce, da participação nacional, com destaque para Vasco Ribeiro, mas também para as qua-tro jovens surfistas nacionais Ca-rina Duarte, Constança Coutinho, Keshia Eyre e Camila Kemp: “Saio daqui com um sabor amargo por não ter conseguido dois dos objetivos a que nos pro-punhamos, que era conseguir o ouro para o Vasco e colocar a Carina Duarte no top 10 fe-minino. No entanto, o Vasco sai daqui sem o ouro mas com o reconhecimento de todos como o melhor surfista da prova. Infelizmente, não conseguiu apanhar as melho-res ondas e o surf passa por isso mesmo. Mas o balanço da nossa participação acaba por ser positivo, com o oita-vo lugar que nos dá acesso à China Cup, num ano de parti-cipações recorde de países e atletas, e a distinção de ter a

quarta melhor representação feminina. Fomos a 4ª melhor seleção feminina, atrás do Havai, Austrália e EUA. Acho que isso é notável e de desta-car, sendo que também a Ca-rina Duarte conseguiu, indivi-dualmente, deixar uma marca forte aqui no Panamá.”

Contas feitas, Portugal iguala o oitavo posto alcançado há dois anos na Nova Zelândia e o ano passado no Peru, traz a medalha de bronze de Vasco Ribeiro e o quarto melhor naipe de atletas femininas juniores do Mundo.

Miguel Blanco

Tomás Fernandes

Constança Coutinho Camila Kemp

Vasco Ribeiro

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52 2012 Maio 305

Vasco Ribeiro e Francisca Santos Vencem no GuinchoO campeão nacional em título e Medalha de Bronze no Mundial Juniores, Vasco Ribeiro, de 17 anos, venceu a categoria masculina do TVI Cascais Pro, a segunda etapa da Liga MEO Prosurf 2012, terminou na Praia do Guincho, em 7 de Abril, com boas ondas de 1,5m.

Surf

Liga MEO Prosurf 2012 - TVI Cascais Pro Fotografia Pedro Mestre

Três semanas após um segundo lugar na etapa inaugural, na Ericeira, Vasco cimentou a sua

liderança do surf nacional vencen-do de forma contundente a segun-da prova e preparando assim da melhor forma a sua participação no Mundial Júnior por seleções, que se realizou no Panamá, onde parti-cipava com o objetivo de conquistar

o título mundial. “Gostei muito desta etapa, que

teve um alto nível de surf,” afirmou o vencedor. “Fui fazendo o melhor que sei ao longo das várias fases, tentando gerir o esforço, mas na fi-nal sabia que tinha de dar tudo, por isso fiquei muito satisfeito com o 8.5 e o 9 que consegui obter dos juízes nas minhas duas melhores ondas. Acho que estou preparado para o

Panamá!,” concluiu sorridente o agora líder do ranking nacional.

Na final, com a segunda maior pontuação de toda a prova – 17.50, Vasco derrotou o galego Gonzalo Zubizarreta, wildcard no TVI Cas-cais Pro e residente em Portugal, que obteve uns ótimos 15.25, ainda assim. Gony, como é conhecido o simpático surfista de Vigo, aceitou o convite que lhe foi lançado pela

Associação Nacional de Surfistas e ficou muito impressionado com o que encontrou.

“Este é, de longe, o melhor cir-cuito nacional de surf da Europa! Fiquei muito bem impressionado, tanto a nível de estruturas como de surf, por isso quero voltar a competir na Liga MEO Prosurf 2012, sempre que não coincida com as etapas do circuito mundial. Estou satisfeito com o segundo lugar, pois o Vasquinho esteve muito forte na final e eu talvez tenha atingido o meu pico de forma nas meias-finais,” concluiu Gony, que já foi Top 20 do circuito mundial de qualificação

Zubizarreta derrotou o local Ru-ben Gonzalez, o único tetracampeão nacional de surf, graças a uma pon-tuação final de 16 pontos. Com este terceiro lugar, Ruben melhorou em relação à sua prestação na Ericeira (5º colocado), mantendo-se assim nos lugares cimeiros do ranking na-cional.

O outro terceiro classificado, Fili-pe Jervis, foi um dos atletas que mais impressionou ao longo da prova, derrotando alguns nomes de peso presentes nesta etapa. Cascais Pro, fazendo 10 e 18.25 pontos, para dois tubos incríveis! Nas meias-finais, não resistiu à pressão de Vasco Ribeiro, que acabaria por derrotá-lo.

Na prova feminina, Francisca Santos regressou às vitórias na Liga MEO Prosurf, derrotando na final do TVI Cascais Pro a campeã nacional em título, Maria Abecasis, a local do Guincho e boa surpresa nesta etapa, Camilla Kemp, bem como a campeã

Francisca Santos

Gony Zubizarreta Praia do Guincho

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532012 Maio 305

Surf

nacional de 2009, Joana Rocha, respetivamente segunda, terceira e quarta classificadas.

Maria Abecasis lidera o ranking nacional feminino, uma vez que ne-nhuma das restantes finalistas da primeira etapa, estiveram presen-tes nesta final. Ana Sarmento não participou na etapa e Keshia Eyre e Constança Coutinho ficaram-se pe-las meias-finais.

“O mar estava difícil para nós, devido à corrente, mas consegui aplicar a minha estratégia, que era atacar desde o primeiro minuto e ir gerindo a partir daí. Estou obvia-mente feliz com a vitória e motivada para o resto do ano...e para a MINI Triple Crown também!” afirmou a campeã, que esteve ausente na eta-pa anterior.

De facto, Francisca Santos e Vasco Ribeiro lideram agora a MINI Triple Crown, um troféu especial dentro da Liga MEO Prosurf, que atribui o usufruto de um automóvel MINI Coutryman ao melhor atleta masculino e outro automóvel MINI à melhor atleta feminina no côm-puto geral de três das suas etapas – Cascais, Porto e Figueira da Foz, em 2012.

Filipe Jervis no Top 10 do Moche WildcardsApenas para os atletas masculinos, está também em jogo um lugar no Top 10 do Moche Wildcards, uma competição especial que, em cada etapa, contabiliza a melhor onda dos últimos 16 atletas em prova e define dez vagas para o campeona-to de triagens que atribui um wild-card no Rip Curl Pro, em Peniche, a única etapa do principal circuito mundial de surf, que se realiza em Portugal, em Outubro.

Assim, no TVI Cascais Pro, Filipe Jervis conseguiu colocar a primeira onda de 10 pontos nesta competição paralela, Nicolau Von Rupp e Vasco Ribeiro colocaram uma onda de 9 pontos cada, Gony Zubizarreta colocou uma de 8.75 e Frederico Morais acrescentou uma onda de 8 pontos ao que já tinha

conseguido na primeira etapa.“O TVI Cascais Pro foi certamen-

te uma das provas mais impressio-nantes dos últimos tempos no Surf Nacional,” afirmou Francisco Ro-drigues, presidente da Associação Nacional de Surfistas.

Uma sensação partilhada por Miguel Janz Guerra, do MEO, para quem “esta prova foi um novo suces-so naquilo que pretendemos que seja a Liga MEO Prosurf 2012.”

Os melhores surfistas nacionais voltam a reunir-se nos dias 25, 26 e 27 de Maio, no Porto, para a terceira etapa da Liga MEO Prosurf 2012, que conta com uma premiação monetária bruta de 5000€ (4000€ para a prova masculina e 1000€ para a feminina).

Como não poderia deixar de ser, todas as etapas da Liga MEO Pro-surf têm transmissão em direto para os assinantes do MEO por ADSL ou Fibra, na aplicação MEO Surf, atra-vés do botão azul no MEO Interativo; pela internet, em www.meo.pt; bem como na TVI, através de resumos

diários. Três formas de ver ou rever confortavelmente toda a Liga, que conta com comentários dedicados e especializados.

A Liga MEO Prosurf 2012 é uma organização da Associação Nacional de Surfistas e da Spot da Media Ca-

pital Entertainment, com o patrocínio do MEO, do Moche e da MINI, os me-dia partners TVI, Cidade FM, Go-S.TV, GTV e Puro Feeling, bem como os apoios do Sapo.pt, Surftotal, Surf Portugal, ONFIRE, Beachcam, Oce-anlook e SurFisio.

Vasco Ribeiro

Pódio Masculino Pódio Feminino

Filipe Jervis

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54 2012 Maio 305

Bernardo e Madalena lideram na CaparicaDisputou-se a 1ª Etapa do Circuito Nacional de Bodyboard Esperanças 2012, na praia do CDS, Costa de Caparica, com Bernardo Machado (sub-18) e Madalena Pereira (sub-18 fem) a conquistarem a liderança das categorias rainhas do Circuito.

Surf

1ª Etapa do Circuito Nacional de Bodyboard Esperanças 2012

Na categoria dos mais velhos, sub-18, Bernardo Ma-chado com uma

selecção de ondas apurada, re-alizou apenas 3 ondas e todas superiores à sua concorrência, arrecadando o 1º lugar. O local da Caparica Francisco Bessone ficou em 2º, Stephano Kokore-lis, na sua segunda final do dia, ficou em 3º e Pedro Levi em 4º.

No fim da competição Ber-

Miguel Graça, 1º Sub 16

Pódio Sub 14 Pódio Sub 18 Pódio Sub 12

Pódio Sub 16 Pódio Sub 18 Feminino

nardo Machado congratulou-se “Este é o meu segundo ano de sub-18 e esta é a minha primei-ra vitória no circuito” O atleta da Associação Onda doNorte reconheceu que este triunfo foi fruto de “muito trabalho”: “Trei-nei muito fisicamente desde o ano passado, tentando surfar todos os dias a pensar neste objectivo. E tenho a agradecer aos meus treinadores, Manuel Centeno e Nuno Azevedo”

Madalena Pereira levou a melhor em sub-18 feminino, confirmando as boas presta-ções que o ano passado a le-varam ao segundo lugar do Circuito: “Estou contente por-que surfei bem e adaptei-me bem às condições do mar, que foram muito diferentes dos dois primeiros dias para hoje. Além disso, e pensando no circuito, acho extremamente importante partir e primeiro porque assim

coloco pressão em quem vem atrás e estou mais calma para as próximas etapas.”

Na categoria de sub-12 des-tacou-se o David Vedor que no final do heat apanhou a melhor onda do evento e garantiu a vitória, deixando o local de Sa-gres Tomás Rosado em segun-do, Miguel Ferreira em terceiro e António Ferreira em terceiro, ambos da Aqua Carca.

Em sub-14, Guilherme Guer-ra foi o atleta que pontuou mais e obteve a 1ª posição, Ricardo Esgaio foi 2º, e as restantes po-sições ficaram para os alunos, mais uma vez, da aqua Carca, Manuel Ferreira 3º e Gonçalo Sousa.

Nos mais velhos, sub-16 Mi-guel Graça levou o trofeu de 1º lugar, Stephanos

Kokorelis ainda este na lide-rança bem parte do heat, mas o Miguel conseguiu uma onda de 7pts e deixou Stephanos em 2º. Ricardo Rosmaninho ficou em 3º e Afonso Melo em 4º.

No feminino, Madalena Pe-reira rapidamente construiu a sua vitória com duas ondas, uma de 4,5 e 6,5 pts, deixando as restantes competidoras a lu-tar pelo 2º lugar. Mafalda Peixo-to ficou em 2º, Ana Sofia Esgaio 3º e Patrícia Raquel em 4º.

Esta prova contou com mais de 100 atletas dos vários clubes de Portugal que nas ondas de 1/2m a 1m demonstraram que o bodyboard júnior está de boa saúde

Foram pontuadas cerca de 895 ondas, destacando-se a onda de 8,75 do David

Vedor na final de Sub-12.

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552012 Maio 305

Keshia e Coelho Vencemna Praia de GuilhermePedro Coelho e Keshia Eyre foram os vencedores, nos escalões de sub-18, da segunda etapa do Circuito Nacional Deeply Surf Esperanças, que se disputou na Praia do Norte, Nazaré, com ondas que chegaram aos dois metros.

Surf

2ª Etapa do Circuito Nacional Deeply Surf Esperanças

Porém, a figura da etapa foi o peni-chense Guilherme Fonseca, de 15

anos, que venceu a competição de sub-16 e ainda ficou em se-gundo lugar em sub-18.

Guilherme Fonseca, do Pe-nínsula de Peniche Surf Clube, resumiu assim a sua participa-

ção: “Repeti os resultados da Costa de Caparica. O sub-16 correu-me muito bem e con-segui soltar o meu surf. Nos sub-18, estava a precisar de uma onda de 5 e não consegui encontrá-la. Mas a competição é assim.”

De referir, a excelente pres-tação de Tomás Fernandes, da

Ericeira, que a par deGuilherme, também fez mos-

sa em sub-16 (2º classificado) e sub-18 (3º classificado).

Mas os grandes vencedores da etapa foram Pedro Coelho, em sub-18 e Keshia Eyre, que conquistou o primeiro lugar em sub-18 feminino e ainda teve surf para conseguir o sétimo lu-

gar no sub-18 open.Pedro Coelho, de 16 anos,

congratulou-se pelo triunfo: “Foi um campeonato muito

difícil. Passei todos os heats em segundo mas, felizmente, na final, consegui

vencer. Senti-me muito bem nas odas da Nazaré e conse-gui surfar muito melhor que na Caparica, pois dou-me melhor com estas ondas.”

Keshia Eyre, por seu turno, também não escondeu o seu contentamento: “Nas primeiras baterias, foi muito difícil por-que o mar estava pequeno e as meninas mais leves tiraram vantagem. Mas felizmente, o mar subiu e, hoje, apesar de ter levado muita pancada tudo saiu melhor. Agora quero ganhar o circuito!”

Circuito Nacional Deeply SurfEsperanças1ª Costa de Caparica 18,19 e 20 de Fevereiro2ª Nazaré 31 de Março, 1 e 2 de Abril3ª Aveiro 1,2 e 3 de Junho4ª S. Pedro de Moel 1,2 e 3 de Setembro5ª S. Pedro do Estoril 3 e 4 de Novembro

Keshia Eyre, 1ª Sub 18 feminina

Tomás Fernandes, 2º Sub 16Guilherme Fonseca, vencedor dos Sub 16

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56 2012 Maio 305

Novidades SEA DOO 2012A marca Sea Doo, líder no desenvolvimento de novas tecnologias em moto de água apresenta para o ano 2012 quinze modelos para todos os gostos e todos os preços, com particular destaque para a nova RXP-X.

Motas de Água

Notícias Angel Pilot

Os 15 modelos es-tão divididos em 4 classes: Per-formance, Per-

formance de Luxo, Desportivas e de Recreio.Performance RXT 260, RXP-X 260, RXT-X 260, RXT-X as 260, GTR 215, RXT iS 260Performancede LuxoGTX 155/215, GTX Limited iS 260, GTX S 155DesportivasWake 155, Wake Pro 215RecreioGTI Limited 155, GTI SE 130/155X as 260, GTS 130, GTI 130

Sea Doo RXP-X 2012 – Novo Casco, Novo Conceito A nova Sea Doo RXP-X de 2012 foi criada a pensar num condu-tor exigente em todos os aspec-tos o que a torna numa máquina de características nunca antes

vistas, desenhada para dar ao condutor todas as vantagens na água através do seu motor RO-TAX 4 TEC de 260 cavalos que já deu provas nos campeonatos internacionais de Jet Ski, o re-volucionário e exclusivo casco T3 e outras tecnologias Sea Doo patenteadas.

O novo casco T3 em forma de V foi desenhado para que a mota esteja mais estável, cor-te melhor a água, tenha maior aderência proporcionando uma maior facilidade em curvas apertadas. O novo sistema Er-golock composto de um banco mais estreito, o único guiador completamente ajustável com AES (Adjustable ergonomic steering) e um reforço para os pés que permitem que o corpo esteja mais ajustado à mota porque ajuda a juntar os joelhos ao banco e alivia a pressão nos tornozelos para uma relação mais natural com a máquina, minimizando assim a fadiga corporal.

Esta nova máquina desafia os limites de qualquer condu-tor, fazendo de qualquer piloto, um piloto melhor. Graças ao sistema Ergolock e o casco t3, a RXP-X é em média 9% mais rápida que as motas da mes-ma classe, alem de que, estu-dos efectuados provaram que é também 20% mais eficiente em gastos de combustível que

a Kawasaki Ultra 300X.

TecnologiaSEA DOO ao Mais Alto Nível IBR - Sistema inteligente de travagem e marcha atrás – Um sistema exclusivo da BRP que permite travar muito melhor do que qualquer outra moto de água e permite assim uma faci-lidade muito maior ao atracar.ITC - Intelligente Throttle con-trol – O acelerador não é con-trolado por cabo o que permite a escolha de diversos tipos de condução e uma maior precisão ao acelerar, além de que permi-te a existência de uma learning key que ao ser utilizada limita automaticamente a potência da mota.

O Novo Casco da Sea Doo RXP-X 260 Motor da Sea Doo RXP-X 260, o 1503 XHO Rotax 4-TEC

Nova Sea Doo RXP-X 260

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572012 Maio 305

Motas de Água

T3 - O novo casco T3 em forma de V foi desenhado para que a mota esteja mais estável, cor-te melhor a água tenha maior aderência proporcionando uma maior facilidade em cur-vas apertadas. CLCS - Closed Loop Cooling System – O siste-ma de refrigeração de motor uti-liza líquido e não água salgada que é corrosiva e causa muitos problemas nos motores.ECO - Modo de baixo consumo de combustível – É um modo que permite um consumo de combustível até 46% menor.Baseado em testes internos do modo ECO. Os consumos va-riam por modelo e motor.Touring/Sport Mode - Per-mite alterar o modo de condu-ção através do simples toque num botão.D-SEA-BEL sound redu-cing system - Sistema de redução de ruído que através de silenciadores e da absorção das vibrações que tornam esta moto numa das mais silencio-sas da mesma classe.DimensõesComprimento 331,6 cmLargura 122,7 cmAltura 114,7 cmPeso 368,3 kgLotação 2Capacidade 60 lCapacidade de 116,6 lCascoTipo ALL – NEW T3 hullCor Preta e AmarelaMotorTipo 1503 XHO Rotax 4-TECCilindrada 1,494 ccCombustível Gasolina min. 87 octanas, Refrigeração Closed-Loop coolingDesenhado especialmente para uso aquático,trabalha em cooperação com iTC para uma maior economia de combustí-vel, maior aceleração e maior velocidade.

Para mais informações contactar: Stefania BalzerTelm: [email protected]

Vista lateral da Sea Doo RXP-X 260

Vista frontal da Sea Doo RXP-X 260

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58 2012 Maio 305

DCSM, Monitor a Corespara Sistemas de Corrente Contínua (CC ou DC)Desenvolvido e fabricado pela BEP, este monitor a cores representa a última palavra em sistemas de monitorização que vão ao encontro das necessidades atuais duma embarcação de recreio moderna ou de qualquer tipo de veículo.

Electrónica

Notícias Nautiradar

Instalações elétricas comple-xas a bordo são hoje em dia perfeitamente naturais. Por outro lado a necessidade de

monitorizar com rigor os níveis dos tanques de combustível, água doce,

águas cinzentas e negras tornou-se essencial.

O DCSM de formato compacto e fácil de operar apresenta as funções duma forma simples e num display de dimensão adequada, permitindo mais informação, mais detalhe e com uma clareza extraordinária. O display tem ainda retroiluminação para uma visualização noturna.

Com o DSCM tem a possibili-dade de fazer não só de fazer uma gestão rigorosa da carga e descar-ga das baterias mas também a de monitorizar os níveis dos tanques, podendo ser programado um alar-

Monitor de Corrente contínua DC.Apresenta a voltagem de vários bancos de baterias (0-32VDC) .Apresenta os amperes da carga e descarga de 2 bancos de baterias.Apresenta a capacidade da bateria em ampéres/horas.Níveis de alarme alto / baixo

me para alertar sobre níveis baixo ou elevado respetivamente.

Este DSCM a cores oferece ain-da a possibilidade a apresentar os dados em formato analógico, digital e gráfico.

Características:LCD a cores de 2,8” QVGAAlimentação de 8-32VdcDimensões: 90x100mmTeclado retroiluminadoMonitoriza: Amperes de carga/descarga para dois bancosCapacidade remanescente em A/h e %Estado da bateria

Nível do tanqueEstado do circuitoFunções: 8 Entradas genéricas, configuráveis pelo utilizadorAlarmes programáveis de nível alto/baixo e áudio/visual, para volts, am-peres e níveis de tanques.Iluminação regulável do display PRVP c/iva: DCSM sem shunt e cabo = €393,00-DCSM completo com 1 x shunt e cabo = € 491,00Nautiradar, LdaTelef: (+351) 213005050 ▪ Fax: (+351) 213005059 - Email: [email protected] ▪ www.nautiradar.pt

Tipo de Display.O DSCM pode ser configurado para apresentar os dados em formato analógico, digital e gráfico

Nível do tanque.Mostra o nível de múltiplos tanques de forma numérica e gráfica

Estado dos CircuitosVisualize o estado dos principais circuitos (on/off)Na forma numérica ou gráfica

Clube Náutico de Almada

OClube Náutico de Almada (CNA), inaugura no dia 16 de Maio, a sua nova sede social com uma cerimónia presidida

pela Presidente da Câmara Municipal de Almada.A nova sede do CNA está situada no Largo Alfredo Diniz em Cacilhas, mais precisamente no edifício anteriormente designado por Gare Cacilhas 2.A mudança das antigas e degradadas instalações do Cais do Olho de Boi, entretanto interditadas, para as atuais, só foi possível mediante uma intervenção conjunta e deter-minada da Câmara Municipal de Almada e da Direção do CNA que se empenharam em encontrar uma solução para o problema.O Edifício da nova sede, com uma arquitetura moderna e uma estrutura base ainda em muito bom estado, servia à vários anos apenas como armazém para depósito de equipamento obsoleto.Com a convergência de vontades das diversas entidades envolvidas: Câmara Muni-cipal,Administração do Porto de Lisboa e Transtejo, foi possível o acordo para a instalação do Clube na nova sede e dessa forma criar as condições para uma candidatura a fundos comunitários, através do programa QREN. O financiamento obtido no âmbito deste programa, conjuntamente com um apoio significativo da autarquia e os capitais próprios do Clube, permitiram intervencionar o edifício reabilitando-o sem alterar os seus traços originais e adequa-lo às atividades de um clube náutico.A utilização do edifício como nova sede do Clube Náutico de Almada, permite o reapro-veitamento duma infraestrutura localizada uma zona nobre da cidade, sem utilização e cuja construção custou ao erário público uma soma considerável. Também a zona envol-vente sai enriquecida. A transformação de um espaço abandonado num Clube Náutico

CNA com Nova Sede Social e o movimento que as actividades deste originarão no local, terá um efeito sinér-gico e dinamizador de outros polos de interesse na zona como, por exemplo: a Fragata D. Fer-nando e Glória, o Farol de Cacilhas ou o anunciado para breve, submarino Barracuda.Com estas novas instalações situadas num local como Cacilhas e com um equipamento renovado, o Clube Náutico de Almada conta atrair novos praticantes para a vela. Num Concelho de fortes tradições marítimas, será com a promoção e desenvolvimento da prática da vela no concelho de Almada que o Clube irá honrar essa tradição.O projeto das novas instalações do Clube Náutico de Almada, integra o Programa de Acão“Revitalização de Almada Velha – Ginjal: Cultura, Lazer, Turismo”, é financiado pelo QREN no âmbito do POR Lisboa - Programa Operacional Regional de Lisboa, e tem como principal objetivo reabilitar a sede e equipamentos do CNA com vista à melhoria da qualidade dos serviços prestados, dinamizando a sua acção na promoção do des-porto e consolidando a sua actividade. Este projeto representa um investimento total de 478.000,00€, com uma comparticipação do Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional (FEDER) de 310.700,00e.

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592012 Maio 305

Norte de Portugal Posiciona-sena Linha da Frente da Náutica AtlânticaA experiência e o conhecimento adquiridos no projecto NEA2 serão uma das matrizes base da Estratégia Marítima Atlântica, posicionando, assim, a fileira náutica e os Estados dos 23 parceiros do projecto, entre os quais Portugal, na primeira linha do desenvolvimento do sector.

Notícias do Mar

NEA2 no Centro da Definição da Estratégia Marítima

Este contributo para a elaboração do Plano de Acção da Estratégia Marítima Atlântica foi

reafirmado na reunião plenária dos parceiros do NEA2, que teve lugar no Porto nos passados dias 26 e 27 de Março, na qual também foi realizado um balanço muito positivo da execu-ção deste projecto europeu.

Desta reunião plenária do projecto NEA2 “Náutica no Espaço Atlântico 2”, que contou com a presença de 18 dos seus 23 parceiros, em representação de cinco Estados-Membros, resultou um documento de trabalho, que será apresentado às entidades europeias envolvidas na definição da Estratégia Marítima Atlântica. Este documento apresenta um conjunto de propostas, a implementar pelos parceiros euro-peus entre 2014 e 2020, potenciando o crescimento económico da fileira náutica atlântica e do emprego, bem como o estabelecimento de laços fortes entre a população do Espaço Atlântico e o mar através da náutica.

As acções propostas estão alicerça-das na inovação, no networking e no desenvolvimento do sector da náutica nas suas diversas vertentes.

Para Portugal o projecto NEA2 é considerado de extrema importân-cia, pois possibilita a sua pertença a uma rede europeia com uma partici-pação de primeira linha na Estratégia Marítima Atlântica e, em simultâneo, enquadra-se nas grandes opções estratégicas do Governo Português e nas agendas temáticas da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte (CCDR-N), nome-adamente na Agenda Regional para o Mar e do Turismo.

Este programa de trabalho con-templou uma conferência de impren-sa, na CCDR-N, sobre o projecto NEA2, na qual os presentes realiza-ram uma avaliação muito positiva do projecto e ressalvaram o seu impor-tante contributo para a cooperação transnacional no Espaço Atlântico e para a definição da Estratégia Marí-tima Atlântica. Também destacaram

o forte empenho da INTERCÉLTICA como parceiro português e, em resul-tado disso, a afirmação de Portugal, nomeadamente da Região Norte, nas questões da náutica e a potenciação de plataformas de trabalho.

Esta conferência de imprensa contou com a presença de Carlos Ne-ves, Vice-Presidente da CCDR-Norte, João Fonseca Ribeiro, Director-Geral de Política do Mar, Vítor Lemos, Vice-Presidente da Câmara Municipal de Viana do Castelo, Teresa Lameiras, da Autoridade de Gestão do Progra-ma de Cooperação Transnacional Espaço Atlântico, Guilherme Guima-rães, da INTERCÉLTICA, Francisco Lobato, campeão português de Vela Oceânica, Anne-Marie Hodemon, do Conselho Regional da Bretanha, e François Arbellot, Coordenador Técni-co do NEA2.

INTERCÉLTICA promove a náutica portuguesaA segunda edição do projecto Náutica no Espaço Atlântico, financiado pelo Programa de Cooperação Transna-cional Espaço Atlântico, através do Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional (FEDER), resulta de uma colaboração entre Portugal, Espa-nha, França, Irlanda e Reino Unido, que se desenrolou entre 2009 e 2011. Traduziu-se no desenvolvimento de 100 acções distribuídas por três eixos temáticos, económico, social e am-biental. Os participantes nestas jor-nadas foram unânimes em considerar que o projecto teve um balanço muito positivo.

A INTERCÉLTICA apresentou também nesta reunião plenária do NEA2 dois guias ambientais, que, em breve, serão lançados publicamente.

O guia para a Gestão Sustentá-

vel de Eventos Náuticos, um referen-cial que adapta a futura ISO 20121 à organização de eventos náuticos e desportivos, e o guia para a Gestão Ambiental de Centros Náuticos, que reúne um vasto conjunto de boas práticas associadas às actividades náuticas: gestão de infra-estruturas, serviços e comunicação.

Entre as várias acções protagoni-zadas por esta associação portugue-sa, destaque também para a criação de um kit de Sensibilização Ambiental, uma ferramenta pedagógica em fase de conclusão, que auxiliará responsá-veis de equipamentos lúdico-despor-tivos municipais, escolas, federações e clubes náuticos, na consciencializa-ção dos mais novos.

Na vertente económica, também deu um contributo importante para a criação do Observatório do Sector Náutico para o Espaço Atlântico, ela-borou o 1.º Guia de Turismo Náutico da Área Metropolitana do Porto, com vista à constituição da Rede Atlânti-ca de Turismo Náutico. Esta acção, destinada a empresas turísticas, as-sociações e clubes náuticos e que foi apresentado na BTL 2012, contou com o apoio da Entidade Regional de Turismo do Porto e Norte de Portugal.

Contribuiu ainda para a afirmação da região Norte e de Portugal com a criação do um produto de turismo náutico designado “Passeios Náuticos Atlânticos”.

Do vasto programa deste encontro plenário do NEA2 ainda fizeram parte a apresentação dos Atlantic Games 2012, a decorrer entre 16 e 20 de Ju-lho em Quiberon (Bretanha), uma vi-sita à Marina do Douro, que pretende ser uma resposta forte e diferenciado-ra na Península Ibérica, e um jantar na Casa da Música.

Reunião AG NEA2

Visíta à Marina do Douro Marina do Douro

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60 2012 Maio 305

Uma Prova, Uma Inauguração, Novos ProjectosO Clube JetSki Portugal, membro da Associação Regional Centro da Federação Portuguesa de JetSki, realizou, no passado dia 24 de Março, na Marina de Oeiras a 1º Prova Regional, bem como inaugurou as instalações da sua Escolinha de JetSki.

Jet-Ski

Clube JetSki Portugal

Com uma participa-ção considerável, atendendo ao fac-to de ser uma pro-

va regional e atendendo ao dia cinzento que estava, o resulta-do foi surpreendente: 5 classes, 19 pilotos, muitos familiares e amigos.

Depois de realizadas as duas mangas das cinco clas-ses, foi hora da entrega de pré-mios, seguida da inauguração da escola, que conta já com 2 x SUPERJET YAMAHA para poder dar cursos de iniciação e aulas experimentais.

Foi também apresentada uma linha de merchandising composta por panamás, swe-atshirts, pólos e camisas e em breve esta linha será extendi-da a peças de verão, bastante adequadas a este desporto e à estação que se inicia.

Sandra Cunha, da direcção

Miguel Pita e Vasco Brito

Tiago Almeida

Page 61: Notícias do Mar n.º 305

612012 Maio 305

Jet-Ski

Classificação FinalSki Juvenis

1º Rui Campos

2º Sebastião Fragoso

3º Rita Almeida

Sport

1º Miguel Jorge

2º Vasco Brito

3º José Manuel Anjos

4º Filipe Filipe

5º Luis Centeno Fragoso

6º Miguel Pita

Ski Séniores S1

1º Filipe Filipe

2º Paulo Almeida

3º Sérgio Costa

4º Lourenço Gallego

5º Miguel Pita

6º Tiago Almeida

Ski Séniores S3

1º Martim Gallego

2º Frederico Gallego

3º Tiago Almeida

4º Pedro Espinheira

5º Rafael Cecílio

Runabout

1º Carlos Truta

2º João Borrego

3º Miguel Mendes

do Clube JetSki Portugal disse no final: “ O Clube agradece pu-blicamente a todos os pilotos, seus familiares e amigos, que estiveram presentes, às entida-des que nos apoiam e todos os membros da direcção

por fazerem parte deste Clu-be que ainda tem muito para fazer!”

Neste Clube é possível ofe-recer VOUCHERS DE AULAS EXPERIMENTAIS, que pode oferecer aos familiares e ami-gos. Por 25€ qualquer pessoa pode oferecer um presente original e sem dúvida cheio de adrenalina, até para os mais cepticos.

Um último convite de Sandra Cunha: “Venha conhecer a nova escola que promete dar que falar…

Pódio Classe Runabout Pódio Classe Juvenis, Sebastião Fragoso, Rui Campos e Rita Almeida

Lourenço Gallego

Pódio Classe Ski Séniores S3, frederico Gallego, Martim Gallego e Tiago Almeida

Sebastião Fragoso

Pódio Classe Sport, Vasco Brito, Miguel Jorge e José Manuel Anjos

Page 62: Notícias do Mar n.º 305

62 2012 Maio 305

Alex Carrella é o Campeão Mundial de 2011

Um Campeonato decidido na raça, de uma forma discutível mas a verdadeira essência dos verdadeiros pilotos deu o título mundial ao italiano Alex Carella.

Motonáutica

Texto e Fotografia Gustavo Bahia Campeonato Mundial UIM de F1H2O

Muitos podem con-testar a forma de Alex Carella do Qatar Team, ter

obtido a vitória no Campeonato Mundial UIM de F1H2O. O acidente com o barco do seu companheiro de equipa e vice-lider do Campe-onato na última etapa em Sharjah

nos Emirados Árabes Unidos logo na primeira volta causou enorme controvérsia e o posterior abando-no da equipa do ex-campeão Mun-dial e primeiro piloto da equipa do Qatar, o americano Jay Price.

Quando a decisãodepende de

habilidade e coragemO acidente que determinou a de-cisão do Campeonato Mundial de 2011 na F1H2O foi polémico, mas porque? Qual o verdadeiro pilo-to de competição deixaria espaço para seu maior rival em uma curva? Qual verdadeiro piloto de competi-ção não tomaria os maiores riscos

para assumir a liderança de uma prova que poderia lhe dar mais um Campeonato Mundial? Podemos enveredar por outras perguntas e colocações para comentar esse as-sunto que gerou uma enorme dis-cussão. Na festa de encerramento em Sharjah, o piloto americano Jay Price mais parecia um banido, um doente excluído, uma vergonha para a categoria que não entende o significado da luta pelo décimo de segundo, pelo espaço que não existe, pela fama, pelo prazer da disputa na busca infinita da vitória.

Os novos regulamentos e códi-gos de comportamento desportivo são altamente controvertidos e vão frontalmente de encontro a essên-cia de uma competição de despor-tos a motor. Podem até dizer que é tudo pela segurança, mas quem quer segurança total, melhor ficar em casa a ler um livro.

Nos últimos anos vimos passar pilotos altamente combativos que foram crucificados, pela forma ina-dequada com que são avaliados os acidentes. A preocupação verdadei-ra é a falta de dinheiro para repor os equipamentos no caso da maioria das equipas, as que tem dinheiro tem formas diferentes de se colocar durante as provas, mas algumas são realmente agressivas, por isso

Os barcos de Abu Dhabi fizeram a dobradinha fechando com chave de ouro a temporada de 2011

Alex Carella o novo campeão durante os treinos de classificação

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632012 Maio 305

Alex Carrella é o Campeão Mundial de 2011

Motonáutica

batem, rolam, quebram motores e ganham corridas. A Motonáutica está pobre, mas ninguém quer as-sumir essa realidade, a Motonáuti-ca está parada, mas ninguém quer enxergar isso, a Motonáutica tem poucos pilotos e essa é a pior re-alidade.

Final da polémicaresultou noabandono doamericano Jay PriceCom tanto disse me disse, Jay Pri-ce pediu demissão da equipa, e o que é mais vergonhoso: foi acei-ta! Imaginem se a McLaren fosse despedir o Senna ou o Prost por-que viviam brigando dentro e fora das pistas? Enfim caros leitores os tempos dos verdadeiros gladiado-res acabou, agora é a disputa dos “gentlemen’s”, mais bem definidos como não me toques. Assim as competições perdem sua essência, sua vida, sua adrenalina e o calor de uma boa disputa, nem sempre com final feliz. Mas isso é corrida de barcos ou qualquer outro desporto a motor. VIVA a disputa!!!!!

Depois de todaconfusão Ahmed Al Hameli fez a festaQuem acabou por curtir uma exce-lente vitória na corrida foi o piloto do Abu Dhabi Team, Ahmed Al Hameli em dobradinha com seu compa-nheiro de equipa Thani Al Qamzi. O francês Philippe Chiappe da equipa da China foi o terceiro colocado.

Pilotos com altoíndice de finalização ficam bem na tabela finalEm 2011 dois pilotos tiveram um índice de 100% de finalização nas provas, isto é, acabaram todas as provas pontuando. Se por um lado isso denota uma excelente qualida-de de performance, pode não re-presentar um lugar no topo da lista. Thani Al Qamzi e Francesco Can-tando concluíram todas as provas marcando pontos. Thani, da equipa de Abu Dhabi ficou em terceiro no campeonato com 75 pontos (ape-

nas 9 pontos do Campeão Carella) e Francesco Cantano obteve o sex-to lugar com 42 pontos, uma baixa pontuação apesar da regularidade.

Para ondevai a F1H2O?Terminado o Campeonato 2011 com uma bela festa promovida pe-los Organizadores locais, pairava no ar a incerteza dos caminhos da F1H2O. Já há muitos anos o Cam-peonato não tem o número ideal de 24 pilotos em 12 equipas, cada dia fica mais difícil fazer parte do circui-to mundial. Se por um lado faltam equipas, do outro falta um Calen-dário consistente, com provas na Europa a custos sintonizados com a realidade europeia de pobreza total. Até o fechamento dessa edi-ção o Campeonato Mundial UIM de F1H2O tinha apenas 5 cidades con-firmadas e 3 a serem confirmados os cancelamentos. Quais seriam os motivos dessa incerteza? Qual o preço cobrado dos Promotores Eu-ropeus que não conseguem manter sequer 1 prova da Categoria mais importante e competitiva da Moto-náutica? O exemplo negativo fica

por conta de Portimão que vergo-nhosamente não pagou a licença da prova de 2011 e acabou fazendo com que Portugal perdesse o se-gundo mais antigo GP da categoria. Uma vergonha em se tratando de uma Câmara Municipal e da que-bra de um compromisso assumido. Melhor nem alongar esse assunto, pois o que se fala pelos cantos é que o Alcaide de Portimão gastou o que tinha e muito mais do que

não tinha. A Federação Portuguesa de Motonáutica não é perdida nem achada no assunto, mas apesar dos desafectos, houveram tempos nos primórdios do GP de Portimão onde tudo corria muito bem. Depois que uma empresa da Câmara passou a administrar o GP, cada ano era uma decepção maior, culminando com o calote. Mas como é um órgão pú-blico pode, se fosse uma empresa privada já estaria crucificada.

A Norueguesa Marit Stromoy não teve uma boa temporada apesar de ser sempre competitiva

Philippe Chiappe ficou em terceiro na prova

Detanhes do acidente que acabou com as hipoteses de Jay Price de lutar pelo campeonato

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Class 225 Offshore Cresce com Forçae Organização num Momento Difícil

Num cenário mundial adverso uma Classe Offshore aparece como a melhor opção da Motonáutica Internacional, a CLASS 225 Offshore.

Motonáutica

Texto e Fotografia Gustavo Bahia UIM World 225 Offshore Championship

Quando Ugur Isik, um empresário turco de muito destaque, dei-

xou de lado a promoção da Classe 1 Offshore em 2003, resolveu criar no seu país uma nova Classe que pouco a pouco se tornaria a grande vedeta da Motonáutica Mundial.

A Class 225 Offshore nas-ceu na Turquia e hoje com 9

anos consecutivos e 18 provas realizadas somente no campe-onato 2011, demonstrou que é possível haver uma Classe com equilíbrio, regulamento definido pela igualdade entre os equi-pamentos e a valorização dos pilotos.

Sempre na TurquiaA ideia de uma Classe itineran-te em um só país não é uma op-

ção só da Turquia, em Portugal algo idêntico se experimentou com a Classe V24 Powerboat em 2006, promovido pela GHB International Sports Manage-ment, mas a falta de patrocina-dores e seriedade das Câmaras Municipais fizeram com que o Campeonato tivesse um fim prematuro. Nos Emirados Ára-bes Unidos tem a Classe X-Cat que tem tido algum sucesso, mas já se trata de uma catego-ria mais cara.

A Class 225 Offshore faz o seu nono ano consecutivo

sob a organização do Istam-bul Offshore Club, e em 2012 conta inclusive com uma equi-pe 100% internacional, a GHB Offshore Racing com 2 barcos Yuka/Evinrude 225HO, compe-tindo lado a lado com as já ex-perientes equipas turcas.

Da Turquiapara o MundoA adesão da GHB Offshore Ra-cing não acontece por acaso, vem como parte de um largo acordo de parceria com o Gru-po GHB International Sports

Barco 7 chegou na 5ª posição na prova de Domingo

Um dos barcos da GHB Offshore Racing partindo para a área de largada

O barco 88 venceu as duas provas durante o fim-de-semana

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Class 225 Offshore Cresce com Forçae Organização num Momento Difícil

Motonáutica

Management (dono da equipa) com objectivo de levar a cate-goria a outros países dentro e fora da Europa. A parceria já vem trabalhando desde o mês de Setembro 2011 com vistas ao Campaonato Mundial UIM da Class 225 Offshore de 2013 e 2014. Segundo Gustavo Bahia de Almeida, principal Executivo e dono do Grupo GHB Inter-national Sports Management, tudo é o resultado da amizade e a experiência de trabalhos de sucesso conjunto com o Grupo Isiklar, desde a Class 1 em Por-tugal no ano de 2003. Agora so-mos responsáveis pela promo-ção de etapas do Campeonato em novos países e já temos 5 cidades em 3 países em avan-çado estágio de negociação e mais 2 em fase de prospecção. Tudo leva a crer que ainda em 2012 o Campeonato terá as duas provas finais em um novo país no mês de Novembro ou Dezembro.

Etapas de abertura em Istambul foram um sucessoAs etapas de abertura do Isiklar UIM World Offshore 225 Cham-pionship aconteceu em Istam-bul, nos dias 5 e 6 de Maio com um clima excelente de sol bri-lhante, o que facilitou a presen-ça de um grande público.

A categoria optou pelo me-lhor formato para as competi-ções, pois aproveita o sábado e o domingo para realizar provas, maximizando o aproveitamen-to da infra-estrutura montada e dando ao Campeonato um maior número de provas. Só em 2012 são 14 etapas confir-madas e poderão ainda se so-mar mais duas o que faz com que a disputa pelo título tenham muitas oportunidades.

Equipe de fábrica começa com duas vitóriasA equipa ECI Men Cosmetics (88) com os pilotos Kerem Tun-cer/Alpay Akdilek, com o barco oficial da fábrica Yuka foram os grandes vencedores das duas etapas e lideram o Campeona-to com 440 pontos. Pelo regu-lamento do Campeonato quem marca pontos são os barcos das equipas, independentes dos pilotos. Assim a equipa

pode trocar de piloto ao longo do ano, por qualquer motivo e não perde os pontos obtidos pelo seu barco.

Em segundo lugar na ta-bela do campeonato está o barco Besiktas-Miele (03), com 327 pontos, em terceiro o YKM Sports (02) com 255, em quarto o GSYIAD-Galatasaray (05) com 194, em quinto Angel Yachts (66) com 113, em sex-to GHB Offshore Racing (67)

com 89 pontos, em sétimo GHB Offshore Racing (07) com 77 pontos.

Pit Stop é umadas atracçõesque faz o público vibrarPrimeira categoria a usar o rea-bastecimento como uma forma de atracão durante a prova, causa uma grande tensão no público e no telespectador, pois

dependendo da posição do bar-co na prova, pode representar perda de posição. Por isso o planeamento das equipas tem que ser feito correctamente para não só evitar uma perda de posição, mas sim, ganhar alguns segundos que podem representar melhor posição na prova e mais pontos na tabela.

Televisão ao vivoé um factor

O Sábado foi uma desilução quando o barco 7 teve que abandonar a 4ª posição por problemas mecânicos

Os barcos dos dois mais famosos clubes de futebol da Turquia que participam do campeonato

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importanteAs provas são transmitidas ao vivo para toda Turquia e em de-ferido para vários outros países. Isso faz com que as equipas te-nham maior facilidade em con-seguir patrocinadores ou pilotos para participarem das provas.

Campeonato tem um piloto de PortugalPela primeira vez desde há 9 anos, o campeonato recebe um piloto de Portugal. Trata-se

de João Filipe Galvão de Car-valho, que também assina as funções de Team Manager da GHB Offshore Racing e Vice-Presidente da GHB Internatio-nal Sports Management. João Filipe ou JONIFILI fez sua es-treia na Classe 225 Offshore, mas sua experiência no mar vem dos 4 anos de idade. Ape-sar de toda adrenalina que en-volve uma estreia, tudo correu muito bem e o seu barco nº67 está na sexta colocação do campeonato.

GHB OffshoreRacing quer mais pilotosportuguesesO Director Executivo da GHB International Sports Manage-ment, Gustavo Bahia, dono da GHB Offshore Racing, quer ter mais pilotos portugueses par-ticipando do campeonato em seus barcos, e justifica: “ So-mos uma equipa internacional, temos mecânicos ingleses, e nas etapas de abertura usamos pilotos de várias nacionalida-des. Entretanto nosso objectivo principal é termos pilotos de pa-íses que não a Turquia e seria excelente contarmos com dois pilotos portugueses participan-do no barco 67. Afinal falamos a mesma língua.”

Motonáutica

Um dos veículos promocionais do campeonatoJoão Filipe o único piloto Portugues na categoria

Gustavo Bahia positivo em relação ao futuro da equipa e do campeonato

Keith Whittle reponsável pelos motores analisa os dados depois de um teste

O barco da Angel Yachts, nº66, fez uma boa prova

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Notícias do Mar

Últimas

Após 17 dias de regata, o veleiro norte-americano Puma, que tem como skipper Ken Read, cortou em 9 de Maio em primeiro lugar a linha de chegada em Miami, onde terminou a 6ª etapa da Volvo Ocean Race.

Desde o início da etapa, com largada em Itajai, no Brasil, foram percorridas 4.800 milhas náuticas.

A vitória do Puma nesta etapa foi notável, porque liderou a re-gata praticamente desde o início, com todos os seus adversários a persegui-lo e aguentando bem os ataques dos veleiros Camper, de Chris Nicholson, e do Telefónica, de Iker Martinez, durante grande parte da regata e do Groupama já no final.

Esta foi a segunda vitória consecutiva do Puma, que venceu igual-mente a etapa que ligou Auckland na Nova Zelândia a Itajai.

O facto de ter perdido a primeira etapa que ligou Alicante, em Espanha, à cidade do Cabo, na África do Sul, pois partiu o mastro, resultou estar classificado agora em 4º na Geral.

Quem fez também uma brilhante regata, foi o Veleiro francês Grou-pama com o skipper Franck Cammas, que cortou a linha de chegara em Miami em 3º lugar, após ter largado e navegado muito tempo em último. No entanto os franceses empenharam-se na recuperação e

Volvo Ocean Race

foram alcaçando os adversários que íam à frente e travaram uma luta especial com o Telefónica que acabaram por ultrapassar.

Com este 3º lugar na etapa, o Groupama assegura o 2º lugar da Geral atrás do Telefónica e encontra-se à frente do Camper.

Classificação da 6ª Etapa1-Puma (Ken Read)2-Camper (Chris Nicholson)3-Groupama 4 (Franck Cammas)4-Telefonica (Iker Martinez)5-Abu Dhabi (Ian Walker)6-Sanya (Mike Sanderson)Classificação Geral(no final de seis etapas)1-Telefonica (Iker Martinez)2-Groupama 4 (Franck Cammas)3-Camper (Chris Nicholson)4-Puma (Ken Read)5-Abu Dhabi (Ian Walker)6-Sanya (Mike Sanderson)

Campeonato Nacional de Elite de Pesca Submarina 2012

João Peixoto é CampeãoOCampeonato Nacional de Elite de Pesca Submarina foi disputado, nos dias

5 e 6 de Maio, em Sines, organizado pela Federação Portuguesa de Activi-dades Subaquáticas (FPAS).

Apenas a manhã do primeiro dia foi contemplada com alguma chuva, a tempera-tura da água atingiu os 15ºC e a visibilidade os 8 ou 10 metros em diversas zonas. Cada jornada teve a duração de cinco horas e foi disputada com o apoio de embarca-ção por 31 atletas, 7 individuais e os restantes em representação de 10 clubes.

A primeira jornada teve lugar, entre a Ilha da Perceveira à Praia do Norte. E a segunda decorreu, entre a Praia de S. Torpes e Porto Covo.

No Sábado grande parte dos atletas optou por tentar a sua sorte mais encostado ao longo de toda a zona de prova. No Domingo a principal concentração foi junto à baixa do “Burrinho”. Desta prova saiu uma boa diversidade de capturas, muitas tainhas e salemas, alguns sargos, rascassos, abroteas, robalos, saimas, safios, pam-pos, um bonito serra, um salmonete e bodiões.

Na segunda jornada foi também capturado um belo exemplar de peixe galo-alfa-quique por Carlos Osório, mas que não pontuou por não constar na lista de espécies válidas do regulamento.

Este Campeonato Nacional foi bem disputado e cheio de suspense até ao fi-nal. No Sábado classificou-se em terceiro lugar Rui Torres, que estava a defender o título de Campeão Nacional. Em segundo lugar ficou António Silva e em primeiro Jody Lot que terminou a prova um pouco mais cedo por ter sentido um problema num ouvido. No Domingo, Luís Gonçalo Sá também teve de abandonar a prova mais cedo

Puma Chegou a Miami em Primeiro

com um problema de ouvidos.Na soma das duas jornadas ficou em primeiro João Peixeiro, em segundo Jody

Loh e Carlos Lourenço em terceiro lugar. Seguiram-se Pedro Silva, Rui Torres e Antó-nio Silva. Estes seis atletas ficaram apurados para os trabalhos da selecção nacional que vai disputar o Campeonato do Mundo que se realiza de 5 a 8 de Julho em Vigo, Espanha.

Na entrega de prémios, o troféu de maior exemplar foi atribuído ao Atleta Ivo Vital pela captura de um robalo com 5,560 kg, na primeira jor-nada.

Na classificação por Clubes, o ven-cedor foi o Clube CostaNorte, em 2º o Clube Open Ocean/Marina de Cascais e em terceiro lugar o “clube da casa”, o Grupo Desportivo e Cultural Adminis-tração do Porto de Sines

Groupama e CamperPuma