noticiária 10 07 2016

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O DEBATE DIÁRIO DE MACAÉ www.odebateon.com.br Macaé (RJ), domingo, 10 e segunda-feira, 11 de julho de 2016 Ano XLI, Nº 9067 Fundador/Diretor: Oscar Pires facebook/odebate twiter/odebate issuu/odebateon R$ 1,50 Pagamento de servidores não afeta caixa de R$ 1.076 bilhão Números atestados pelo Portal da Transparência rebatem distorções sobre o orçamento municipal KANÁ MANHÃES Governo defende crise, mas desempenho da arrecadação municipal segue positivo em 2016 Dos mais de R$ 1.076 bilhão arrecadados pela prefeitura, entre janeiro e junho deste ano, pouco mais de R$ 805 milhões foram efetivamente gastos pela administração mu- nicipal no primeiro semestre deste ano. Os números, atestados pelo Portal da Transparência, não chamam atenção apenas pela 'sobra em caixa' de mais de R$ 271 milhões. Os dados apontam o verdadeiro comprometimen- to do orçamento municipal com as despesas de pagamento dos cerca de 15 mil servidores que atuam na administração públi- ca, o que corresponde a metade de tudo que já foi gasto pela pre- feitura neste ano. E as informações do siste- ma alimentado pelo governo colocam em xeque o próprio discurso de crise empregado pela gestão 'da mudança'. Da- dos atualizados pelo Portal da Transparência comprovam que Macaé ainda é a única cidade do Norte Fluminense a alcançar o 'equilíbrio tributário', baseado em excessos de receitas. PÁG. 3 ARRECADAÇÃO POLÍTICA Redução de despesa baseada no sacrifício de aposentados ESPERANÇA CHEGA COM ATRASO BAIRROS EM DEBATE Rotina do Jardim Esperança ainda é de convívio com problemas antigos do bairro A pesar de iniciadas, as obras de ur- banização do Jardim Esperança ainda não garantiram aos moradores do bairro a qualidade de vida aguardada por quem chegou no local há cerca de 15 anos. Alardeada pelo gover- no, a intervenção está sendo executada em ritmo lento, o que afasta a euforia de quem viu nascer a expectativa de viver com dignidade na 'terra das oportunidades'. Hoje, o bairro ainda apresenta problemas com o saneamento básico, em especial o vazamento de esgoto e problemas de drenagem das águas de chuva. Sem pavimentação, a rua principal do local ainda apresenta desafios para carros de passeio, assim como para os coletivos do transporte público, que são aguardados pelos moradores em ponto sem cobertura. PÁG. 8 GERAL ESPORTE DIVULGAÇÃO Fábio Pimentel reencontrou mestre Lee Instalação no Terminal Central em risco Atleta macaense é referência no hapkido Usuários denunciam que vazamento de água atinge fiação elétrica PÁG. 5 Fábio Pimentel é um dos principais nomes do esporte na região PÁG. 9 WANDERLEY GIL Flagrante mostra problema indicado por usuários do transporte público ÍNDICE TEMPO EDITORIAL 4 PAINEL 4 GUIA DO LEITOR 4 ESPAÇO ABERTO 4 CRUZADINHA C2 HORÓSCOPO C2 CINEMA C2 AGENDA C2 Máxima 27º C Mínima 15º C Anuncie: (22) 2106-6060 (215) POLÍCIA GERAL POLÍTICA CADERNO DOIS Carroças circulam no Centro da cidade Metade das praias em Macaé está imprópria Semana decisiva para pré-candidatos Alegria marca posse do Lions Clube Macaé Transporte por tração animal é proibido por lei PÁG. 5 Balneabilidade das praias em risco devido à poluição PÁG. 9 Convenções políticas podem ser realizadas a partir do dia 20 PÁG. 3 Luiz Felipe de Oliveira Rosa assume Presidência CAPA DIVULGAÇÃO PM WANDERLEY GIL DENÚNCIA LEVA A APREENSÃO DE ARMA EXPECTATIVA DE NEGÓCIOS PARA O SETOR DE ÓLEO E GÁS CRATERA BLOQUEIA ACESSO DE MORADORES POLÍCIA, PÁG.5 ECONOMIA, PÁG.10 GERAL, PÁG.9 1.076 bilhão Arrecadação total do governo 805 milhões Despesas executadas pelo governo no mesmo período 434 milhões Custo da folha de pagamento nos seis primeiros meses do ano NÚMEROS O equilíbrio fiscal alcan- çado pelo governo, com base no excesso de arrecadação de receitas, também é garantido ao município às custas do sacrifí- cio que passou a ser imposto também à parte dos servidores aposentados da prefeitura. Os números referentes às despesas com a folha de paga- mento são considerados, tanto pelo bloco de oposição ao go- verno, quanto pelo Sindicato dos Servidores Públicos Mu- nicipais de Macaé (Sindservi), como camuflados, o que inflama as denúncias sobre as chamadas 'pedaladas fiscais'. PÁG. 3 WANDERLEY GIL Obras chegaram no bairro, mas esgoto jorra próximo às casas WANDERLEY GIL Ruas seguem sem pavimentação, e agora apresentam buracos abertos por obras de urbanização WANDERLEY GIL Passarela instalada em 2014 foi uma das últimas melhorias recebidas pela população

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Page 1: Noticiária 10 07 2016

O DEBATEDIÁRIO DE MACAÉ

www.odebateon.com.br

Macaé (RJ), domingo, 10 e segunda-feira, 11 de julho de 2016Ano XLI, Nº 9067Fundador/Diretor: Oscar Pires

facebook/odebate

twiter/odebate

issuu/odebateon

R$ 1,50

Pagamento de servidores não afeta caixa de R$ 1.076 bilhãoNúmeros atestados pelo Portal da Transparência rebatem distorções sobre o orçamento municipal

KANÁ MANHÃES

Governo defende crise, mas desempenho da arrecadação municipal segue positivo em 2016

Dos mais de R$ 1.076 bilhão arrecadados pela prefeitura, entre janeiro e junho deste ano, pouco mais de R$ 805 milhões foram efetivamente gastos pela administração mu-nicipal no primeiro semestre deste ano.

Os números, atestados pelo Portal da Transparência, não chamam atenção apenas pela 'sobra em caixa' de mais de R$ 271 milhões. Os dados apontam o verdadeiro comprometimen-to do orçamento municipal com as despesas de pagamento dos

cerca de 15 mil servidores que atuam na administração públi-ca, o que corresponde a metade de tudo que já foi gasto pela pre-feitura neste ano.

E as informações do siste-ma alimentado pelo governo colocam em xeque o próprio discurso de crise empregado pela gestão 'da mudança'. Da-dos atualizados pelo Portal da Transparência comprovam que Macaé ainda é a única cidade do Norte Fluminense a alcançar o 'equilíbrio tributário', baseado em excessos de receitas. PÁG. 3

ARRECADAÇÃO

POLÍTICA

Redução de despesa baseada no sacrifício de aposentados

ESPERANÇA CHEGA COM ATRASOBAIRROS EM DEBATE

Rotina do Jardim Esperança ainda é de convívio com problemas antigos do bairro

Apesar de iniciadas, as obras de ur-banização do Jardim Esperança ainda não garantiram aos moradores do bairro

a qualidade de vida aguardada por quem chegou no local há cerca de 15 anos. Alardeada pelo gover-no, a intervenção está sendo executada em ritmo lento, o que afasta a euforia de quem viu nascer a expectativa de viver com dignidade na 'terra das oportunidades'. Hoje, o bairro ainda apresenta problemas com o saneamento básico, em especial o vazamento de esgoto e problemas de drenagem das águas de chuva. Sem pavimentação, a rua principal do local ainda apresenta desafios para carros de passeio, assim como para os coletivos do transporte público, que são aguardados pelos moradores em ponto sem cobertura. PÁG. 8

GERAL ESPORTEDIVULGAÇÃO

Fábio Pimentel reencontrou mestre Lee

Instalação no Terminal Central em risco

Atleta macaense é referência no hapkido

Usuários denunciam que vazamento de água atinge fiação elétrica PÁG. 5

Fábio Pimentel é um dos principais nomes do esporte na região PÁG. 9

WANDERLEY GIL

Flagrante mostra problema indicado por usuários do transporte público

ÍNDICETEMPO EDITORIAL 4

PAINEL 4

GUIA DO LEITOR 4

ESPAÇO ABERTO 4

CRUZADINHA C2

HORÓSCOPO C2

CINEMA C2

AGENDA C2

Máxima 27º CMínima 15º C

Anuncie: (22) 2106-6060 (215)

POLÍCIA GERAL POLÍTICA CADERNO DOIS

Carroças circulam no Centro da cidade

Metade das praias em Macaé está imprópria

Semana decisiva para pré-candidatos

Alegria marca posse do Lions Clube Macaé

Transporte por tração animal é proibido por lei PÁG. 5

Balneabilidade das praias em risco devido à poluição PÁG. 9

Convenções políticas podem ser realizadas a partir do dia 20 PÁG. 3

Luiz Felipe de Oliveira Rosa assume Presidência CAPA

DIVULGAÇÃO PM WANDERLEY GIL

DENÚNCIA LEVA A APREENSÃO DE ARMA

EXPECTATIVA DE NEGÓCIOS PARA O SETOR DE ÓLEO E GÁS

CRATERA BLOQUEIA ACESSO DE MORADORES

POLÍCIA, PÁG.5 ECONOMIA, PÁG.10 GERAL, PÁG.9

1.076 bilhãoArrecadação total do governo

805 milhõesDespesas executadas pelo governo no mesmo período

434 milhõesCusto da folha de pagamento nos seis primeiros meses do ano

NÚMEROS

O equilíbrio fiscal alcan-çado pelo governo, com base no excesso de arrecadação de receitas, também é garantido ao município às custas do sacrifí-cio que passou a ser imposto

também à parte dos servidores aposentados da prefeitura.

Os números referentes às despesas com a folha de paga-mento são considerados, tanto pelo bloco de oposição ao go-

verno, quanto pelo Sindicato dos Servidores Públicos Mu-nicipais de Macaé (Sindservi), como camuflados, o que inflama as denúncias sobre as chamadas 'pedaladas fiscais'. PÁG. 3

WANDERLEY GIL

Obras chegaram no bairro, mas esgoto jorra próximo às casas

WANDERLEY GIL

Ruas seguem sem pavimentação, e agora apresentam buracos abertos por obras de urbanização

WANDERLEY GIL

Passarela instalada em 2014 foi uma das últimas melhorias recebidas pela população

Page 2: Noticiária 10 07 2016

O DEBATE DIÁRIO DE MACAÉ2 Macaé, domingo, 10 e segunda-feira, 11 de julho de 2016

CidadeEDIÇÃO: 338 PUBLICAÇÃO: 17 DE MARÇO DE 1982

SEMANA EM DEBATE O DEBATE EM MEMÓRIA

NOTA

Moradores de Imbetiba querem acabar com poluição provocada por produtos químicos

A notícia veiculada na imprensa dando conta de que seis pessoas morreram por terem tido contato com o produto químico pentaclorafenato de sódio quando descarregavam um caminhão em um ar-mazém no Rio de Janeiro levou moradores da Rua Maestro João Geminino a ficarem alarmados com o fato porque a U. B. M. - União Brasileira de Mine-ração, possui um grande galpão nas imediações da Praia de Imbeitiba.

Comerciante que não apresentar declaração do I. C. M. poderá pagar multa

O Inspetor Estadual de Fazenda, Antonio Carlos Pinto de Carvalho, informou a O DEBATE que os comerciantes deverão apresentar a partir do dia 07 de abril, em formulário próprio a ser adquirido em papelarias, o DECLA - Declaração Anual do ICM, pelo qual são determinados os índices de partici-pação dos Municípios.

Mudança de trânsito proíbe estacionamento em várias ruas e PM vai multar infratores

Desde segunda-feira passada, dia 15, o tra-

Danilo: "Quem não quer diálogo cria a sua própria ditadura"

Receita libera consultas ao 2º lote do Imposto de Renda 2016. Estão incluídos nesse segundo lote de restituição 1.490.266 contribuintes. Serão liberadas restituições de quem caiu na malha fina entre 2008 e 2015.

Projeto abandonado expõe estado precário de unidade de Saúde

"No dia em que a população não puder se reunir

para discutir ideias, temos a certeza de que a ditadu-ra prevaleceu". O desaba-fo do vice-prefeito Danilo Funke marcou a supera-ção conquistada pela equi-pe da comissão municipal

da Rede Sustentabilidade em promover o ato políti-co "Arena de Ideias", com a presença e participação da ex-senadora Marina Silva, mesmo após uma sequência de bloqueios e denúncias atribuídas à base aliada do governo municipal.

Orçada em mais de R$ 800 mil, unidade que não saiu do papel deveria ser entregue em abril

Marina Silva e Danilo Funke promoveram a 'Arena de Ideias'

balho dos soldados da Polícia Militar tem sido o de orientar os motoristas para não es-tacionar ou parar no lado direito da Av. Rui Barbosa. A partir do próximo domingo, quem o fizer será multado, porque está sendo exe-cutado o projeto viário feito em abril de 1980 e que já não mais atende âs necessidades do município.

Passagens mais caras

Em decreto com datas de 15 de março (se-gunda-feira), o Prefeito Emir Mussi autori-zou em menos de seis meses três aumentos nas passagens de ônibus que fazem as linhas urbanas que passaram a custar Cr$ 25,00, en-quanto as que servem aos distritos também tiveram seus preços majorados.

WANDERÇEY GIL

A crise na Saúde do município ganha mais um novo episódio. Dessa vez, a história acontece na Virgem Santa, onde moradores questionam tanto o governo mu-nicipal quanto o federal sobre o destino dado aos cerca de R$ 800 mil que deveriam ser investidos na construção de uma Unidade Básica de Saúde (UBS) - Tipo um. A nos-sa equipe de reportagem esteve no local na manhã de ontem (7), onde conversou com a população, que diz estar cansada de promessas e cobra uma resposta do poder pú-blico. Essa nova unidade, que be-neficiaria não só os moradores do bairro, mas também do entorno, deveria ser construída em um ter-reno público da prefeitura situado na parte alta da Rua Leôncio Rodri-gues. Enquanto isso, os moradores do bairro são atendidos em UBS instalada em um espaço precário.

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O DEBATE DIÁRIO DE MACAÉ Macaé, domingo, 10 e segunda-feira, 11 de julho de 2016 3

PolíticaNÚMEROS

Governo sustenta folha de pagamento dos servidores e faz caixa com superávitNúmeros atestados pelo Portal da Transparência rebatem distorções sobre o orçamento municipal, alimentadas pela base aliada ao governoMárcio [email protected]

Dos mais de R$ 1.076 bi-lhão arrecadados pela prefeitura, entre janeiro

e junho deste ano, pouco mais de R$ 805 milhões foram efeti-vamente gastos pela adminis-tração municipal no primeiro semestre deste ano.

Os números, atestados pelo Portal da Transparência, não chamam atenção apenas pela 'sobra em caixa' de mais de R$ 271 milhões. Os dados apontam o verdadeiro comprometimen-to do orçamento municipal com as despesas de pagamento dos cerca de 15 mil servidores que atuam na administração públi-ca, o que corresponde a metade de tudo que já foi gasto pela pre-feitura neste ano.

E as informações do sistema alimentado pelo governo co-locam em xeque o próprio dis-curso de crise empregado pela gestão 'da mudança'.

Dados atualizados pelo Por-tal da Transparência com-provam que Macaé ainda é a única cidade do Norte Flumi-nense a alcançar o 'equilíbrio tributário', baseado em exces-sos de receitas.

De acordo com o próprio Portal, dos R$ 805 milhões já gastos pelo governo neste ano,

R$ 434 milhões são referentes às despesas com a folha de pa-gamento, o que corresponde a 53,9% do total de dinheiro li-quidado pelo município, com base na arrecadação total de R$ 1.076 bilhão. Ou seja, nessa conta há a sobra de R$ 371 mi-lhões que foram aplicados pela gestão em outras despesas de custeio do município.

E o peso da folha sobre o or-çamento torna-se ainda menor, mesmo quando é considerada apenas a chamada receita cor-rente líquida, que não utiliza as receitas do petróleo como parâ-metro do cálculo.

Dentro dos R$ 1.076 bilhão ar-recadados pelo governo no pri-meiro semestre, R$ 128 milhões corresponderam aos repasses dos royalties e a Participação Especial. Portanto, as receitas correntes líquidas geraram a arrecadação de R$ 947 milhões.

Com base no sistema da pre-feitura é possível apontar que as despesas do governo já executa-das com a folha de pagamento corresponderam a 46% das re-ceitas próprias contabilizadas no primeiro semestre deste ano. E, mesmo assim, a prefeitura registra uma sobra de R$ 512 milhões que foram destinadas a outras contas da gestão.

Segundo o Portal da Transpa-rência, o governo possui empe-

KANÁ MANHÃES

Governo fala em crise, mas ainda faz caixa com superávit

Redução de despesa baseada no sacrifício de aposentadosO equilíbrio fiscal alcan-çado pelo governo, com base no excesso de arrecadação de receitas, também é garantido ao município às custas do sacrifí-cio que passou a ser imposto também a parte dos servidores aposentados da prefeitura.

Os números referentes às despesas com a folha de paga-mento são considerados, tanto pelo bloco de oposição ao go-verno, quanto pelo Sindicato dos Servidores Públicos Mu-nicipais de Macaé (Sindservi), como camuflados, o que inflama as denúncias sobre as chamadas 'pedaladas fiscais'.

E o motivo desse questio-namento está, em especial, no corte das incorporações, uma medida conquistada como vitó-ria pelo governo na Justiça, que afeta o salário de cerca de 600 servidores efetivos e inativos.

Através de medida de liminar, concedido pelo Tribunal de Jus-tiça do Estado do Rio, a prefei-tura passou a cortar a parte dos vencimentos dos servidores que foram contemplados pela legis-lação atribuída às incorpora-ções, um direito adquirido pelos profissionais que cumprissem etapas de trabalho à frente de funções gratificadas.

Em maio deste ano, o gover-no conseguiu, através de repre-sentação de inconstitucionali-dade, a suspensão imediata da legislação das incorporações, cujo efeito ocorreu sob 'arras-tamento', termo jurídico que amarrou todas as normas legais que instituíram o benefício há quase 60 anos.

"O servidor público não preci-sa ser contribuinte de uma crise em município rico. O trabalha-dor precisa ser valorizado, bem remunerado e respeitado, para auxiliar o desenvolvimento da nossa cidade", afirmou a presi-dente do Sindservi, Rose Mary

Gomes.Por enquanto, o governo co-

memora a vitória na Justiça so-bre o corte das incorporações.

Porém, o Sindservi age junto a Procuradoria Geral da Câmara de Vereadores, que é parte no processo aberto pelo governo no Tribunal de Justiça, para mudar o efeito retroativo da suspensão das incorporações.

Através de recurso, o Sindser-vi e a Câmara tentam reverter a decisão do TJ, baseada na ação do governo, que afetou direta-mente o salário de servidores aposentados, com direito a in-corporação há 20 anos.

nhado um total de R$ 870 mi-lhões para serem executados como despesas destinadas à folha de pagamento. Esse total garantiria, ao município, uma sobra de mais de R$ 1,2 bilhão seguindo o orçamento estimado de R$ 2.086 bilhões.

E vale lembrar que as despe-sas com a folha de pagamen-to estão incluídas nos índices de investimentos em Saúde e Educação determinados pela

Constituição Federal. Hoje a Saúde possui uma fo-

lha de pagamento de quase R$ 400 milhões, valor bastante aproximado das despesas pre-vistas pela Educação.

E mesmo assim, o governo ainda é capaz de destinar pa-ra esses setores valores que ultrapassam os índices cons-titucionais, sem comprometer o restante do custeio progra-mado para o ano.

Semana decisiva para escolha de candidatos nas convenções

ELEIÇÕES

Após meses de especulações, conversas e muita divergência, os partidos políticos e grupos aliados irão definir, nesta se-mana, os nomes dos candida-tos que serão apresentados nas convenções partidárias que po-derão ser realizadas a partir do próximo dia 20 de julho.

Até o dia 5 de agosto, os pré-candidatos que já iniciaram a

Prazo para lançamento de projetos será aberto a partir do próximo dia 20 de julho

construção de projetos rumo a uma das 17 cadeiras da Câma-ra de Vereadores ou ao posto mais alto da política local, a vaga de prefeito, poderão ser apresentados como represen-tantes oficiais das legendas que voltam a disputar os espaços de representatividade política da Capital Nacional do Petróleo.

Atualmente cinco nomes fo-ram lançados como pré-candida-tos a prefeito: o vereador Chico Machado (PDT), o vice-prefeito Danilo Funke (Rede), o empre-sário André Longobardi (PR), o vereador Igor Sardinha (PRB) e

o prefeito Dr. Aluízio (PMDB).Mas, antes da consolidação

dos projetos nas convenções, os pré-candidatos medem o de-sempenho junto ao eleitorado municipal através de pesquisas de intenção de votos. As mais recentes foram realizadas pelo Instituto Gerp que já aponta uma polarização na briga pela cadeira de prefeito.

Devido a mudança provocada pela reforma política, as eleições neste ano contarão com um tempo mais curto de campanha: 45 dias.

As eleições ocorrerão em todo o país no dia 2 de outubro.

REGRAS

Calendário Eleitoral - 2016

● JULHO - 20.7.2016: Data a partir da qual é permitida a realização de convenções destinadas a deliberar sobre coligações e escolher candidatos a prefeito, a vice-prefeito e a vereador (Lei nº 9.504/1997, art. 8º, caput).

Câmara de Vereadores entrou em recesso parlamentar na semana passada

NOTA

PONTODE VISTADesde os tempos de vacas gordas, período assim conhecido quan-do o barril de petróleo ultrapassava o valor de US$ 100,00 e todos nadavam num mar calmo e sobrando dinheiro para todos os la-dos, as empresas se comportavam de uma maneira confortável.

Desde o início do mês, a população foi surpreendida por uma medida, no mínimo dantesca, ao acessar a página da prefeitura de Macaé pela internet.

Daqui a dez dias, começam a ser realizadas as convenções partidárias para a escolha e homologação dos pré-candidatos a prefeito, vice e vereadores. Como em Macaé existem 31 partidos registrados, as coligações estão sendo alvo de intensas conversas nos bastidores e, pelo que se conhece até agora, os pré-candidatos Chico Machado (PDT) e Danilo Funke (Rede) somam a maioria.

Na sexta-feira, os meios de comunicação social divulgaram a realização em Mato Grosso do Sul da “Operação Lama de Asfalto”, investigando por que uma fina camada de asfalto tem custo bem superior ao preço por quilômetro do mesmo serviço incluindo drenagem, redes e iluminação. Um gaiato, por aqui, ao comentar o episódio, disse: “Será que Macaé, depois da Odebrecht, vai entrar na lama também?”

Até domingo.

Gente, nunca é demais lembrar que andar com faróis baixos acesos durante o dia agora é lei, medida que vem sendo alertada pela Polícia Rodoviária Federal há algum tempo. A multa, embora não tão pesada, soma quatro pontos na carteira do motorista infrator. Não custa nada prestar atenção porque os faróis acesos fazem diminuir o número de acidentes. Portanto, olho vivo!

Firjan e Indústria do Petróleo

Remédio amargo?

Agora, quando houve a reviravolta e a crise mundial abalou todas as economias com a diminuição do preço do barril che-gando a US$ 27,00, a Firjan - Federação das Indústrias do Estado do Rio de Ja-neiro - vem empreendendo esforços pa-ra levar os empresários a se adequarem aos novos tempos. No Brasil, diferente de outras situações, a crise política aliada a econômica, social e política, exigiu, e vem exigindo, não só dos grandes, como dos pequenos empresários, um esforço her-cúleo para suportar esta fase considera-da a maior de todos os tempos. No Esta-do do Rio, e de modo especial em Macaé, não foi diferente. Só que, embora a Firjan tenha realizado inúmeros eventos como o projeto Visões do Futuro, Mapa do De-senvolvimento que serviu e vem servin-do de base para os governos municipal e estadual, dentre outras ações, demons-tra que a instituição vem realizando uma série de encontros, através de suas representações regionais, alimentando os empresários de expectativas futuras. Agora, quando o governo federal empre-ende novos rumos e adota novas medi-das para recuperar a economia, como a de tomar decisões importantes para

impulsionar a indústria, principalmente a do petróleo, força motora dos estados e municípios produtores. No momento em que a Câmara dos Deputados apro-vava na Comissão Especial mudanças na Lei da Partilha, o município de Macaé é brindado com um grande e importante evento, que foi a apresentação do Anuá-rio da Indústria de Petróleo e Gás no Rio de Janeiro - Panorama 2016, em que a Gerente de Petróleo, Gás e Naval, Kari-ne Barbalho Fragoso de Sequeira, junto com Alfredo Renault, apresentados pe-lo presidente da Comissão Municipal da Firjan Marcelo Viana Reid (Merrel), reuniu no auditório do SENAI um nú-mero enorme de empresários ligados à indústria do petróleo e que conheceram a perspectiva dos mercados de petróleo, gás, naval e suas cadeias de valor e de suprimentos que são os principais cria-dores de postos de trabalho e de renda no Brasil, com foco no Estado do Rio de Janeiro e, em especial, Macaé, onde estão concentradas as atividades desses mercados. Quem não teve oportunidade de comparecer, pode consultar o panora-ma da indústria do petróleo acessando a página do Sistema Firjan.

Lá está o brazão do município e um comunicado oficial com o seguinte teor: “A partir de 01/7, os perfis e páginas em redes so-ciais da Prefeitura de Macaé serão retirados do ar e o portal deixará de publicar conteúdo no-ticioso. A medida é temporária e visa atender à legislação eleitoral (Lei nº 9504/97, artigo 73, VI, b e Instrução Normativa do TSE que estabelece o Calendário Eleitoral de 2016), que determina uma sé-rie de restrições para divulgação de atos do poder público no perí-odo de 2 de julho a 2 de outubro. Após o pleito, nossos perfis serão reativados. O portal de serviços da Prefeitura de Macaé permanece inalterado”. A simples leitura leva o curioso contribuinte a entender que o noticiário, até então divul-gado através da página na inter-net, é um ato criminoso. Mas será que é mesmo? Pelo menos não é o que está estabelecido na legis-lação eleitoral, que não impede a divulgação das informações do governo. Tanto é assim que todas as demais prefeituras do Estado e do País continuam, normalmente, colocando no portal da internet os eventos realizados ou a realizar. Quem quiser comprovar, basta acessar qualquer portal de prefei-turas no Estado ou no País inteiro, pois isso não acontece em outros

municípios. O que se depreende desta decisão da prefeitura é o me-do do remédio amargo que pode, no futuro, levar o prefeito - se re-eleito - às barras da Justiça Eleito-ral para uma possível impugnação e até cassação do mandato. Aliás, em 2008, quando Riverton Mussi se reelegeu prefeito, tendo como vice a ex-vereadora Marilena Garcia, agora ocupando o car-go de Secretária Municipal de Educação, foi o então candidato Dr. Aluízio, candidato do Partido Verde, que ingressou com pelo menos oito ações de investiga-ção eleitoral e pedindo a cassação do mandato da dupla Riverton-Marilena, feito conseguido na Justiça Eleitoral em primeira instância, processos interrom-pidos somente em 2012, quando o Tribunal Regional Eleitoral reformou a sentença, mantendo os cargos de Riverton e Marilena. Quisesse o PV, na ocasião, a dupla seria cassada. Mas preferiu o Dr. perder o recurso e garantir a elei-ção então considerada certa pelas mudanças prometidas, garantin-do uma reeleição este ano para manter o poder até 2020. Só que “a cobra está fumando” e ninguém quer arriscar de novo, preferindo renovar, tema por exemplo do empresário André Longobardi. Agora, só resta esperar.

PONTADA

Page 4: Noticiária 10 07 2016

O DEBATE DIÁRIO DE MACAÉ4 Macaé, domingo, 10 e segunda-feira, 11 de julho de 2016

Opinião NOTA

ESPAÇO ABERTO

EDITORIAL FOTO LEGENDA

Toda restruturação passa por uma profunda avaliação que envolve, tanto os caminhos já percorridos, quanto as potencia-lidades proporcionadas pelo novo desconhecido.

O modelo de saúde suplementar no Brasil enfrenta uma crise já anun-ciada. O setor apresenta mais de 1,3 mil operadoras e a maior parte dos beneficiários pertence a planos empresariais.

Cenários

Tragédia anunciada

E, através desse processo importante para qual-quer pessoa física ou

jurídica, Macaé vive hoje as projeções de novos cenários de otimismo para a cadeia produtiva do petróleo. Mes-mo que esse não seja o foco de planejamento da atual ad-ministração municipal.

Ao sobreviver às tempestades provocadas pela crise instalada no final de 2014, a indústria do petróleo local soube aguardar por uma nova fase de bonança, embora a tormenta provocada pelo recessão de negócios ainda cause turbulências que exigem firmeza e destreza dos 'coman-dantes'.

A primeira 'boa nova' que abriu as perspectivas de restru-turação da cadeia produtiva do petróleo local foi registrada atra-vés do posicionamento oficial da Petrobras em assumir que permanecerá na cidade, devido a importância de Macaé para as suas estratégias de operação.

A liberação do licenciamento prévio do Terminal Portuário de Macaé (Tepor) ajuda a cida-de a retomar negociações com o mercado internacional do pe-tróleo, ampliando o portfólio do município, no que diz respeito à sua capacidade de oferecer in-fraestrutura em logística para as operações de óleo e gás.

E, mais recente, o Anuário

produzido pela gerência de óleo e gás da presidência da Firjan aponta que, por mais que haja uma grande expectativa sobre a exploração do pré-sal, a Bacia de Campos vai se manter, por longos anos, como a base e a es-sência da participação do Brasil no mercado internacional do petróleo, antes turbulento, agora aberto às negociações.

Mesmo pautas importantes para o futuro social e econômi-co de Macaé fervilhando, seja na indústria, ou na esfera política federal, o poder público da ci-dade se fecha, ao se focar única e exclusivamente para o processo eleitoral, visando a perpetuação do governo 'da mudança'.

E o silêncio, somado aos olhos fechados, para os novos caminhos que a cidade toma so-zinha, reflete o comportamen-to imediatista de uma gestão que, de início, assumiu todos os compromissos dedicados a atuar contra o chamado 'Custo Macaé', mas que hoje foge das cobranças por promessas não cumpridas que vão desde a cri-se do abastecimento de água até a não consolidação das obras do Arco Viário de Santa Tereza, que sucumbiram à falência de gestão do governo do Estado, principal aliado do projeto de reeleição, que pretende permanecer à frente de Macaé por mais qua-tro anos.

Em tempos de crises de demis-sões de trabalhadores, não é estranho verificar a queda

no número total de usuários. Os planos de saúde perderam 818 mil clientes nos primeiros cinco meses deste ano, segundo dados divulga-dos pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS).

Negativa de cobertura, reajustes de mensalidade e problemas em planos empresariais após a apo-sentadoria estão entre as principais reclamações e pontos de discussão entre os clientes e as operadoras no Poder Judiciário.

A regulamentação atual dos pla-nos de saúde privados se demonstra insuficiente para barrar uma onda de ações que assolam os tribunais brasileiros. Importante ressaltar que uma das principais caracterís-ticas que provocam essas “batalhas” é o fato de as empresas afastarem ou excluírem dos planos os usuários mais idosos. Essa exclusão se dá por sucessivos reajustes abusivos, negativas de procedimentos de al-ta complexidade ou até do cancela-mento dos planos quando a pessoa começa a ficar doente.

Em cinco anos, o número de ações judiciais contra planos de saúde quintuplicou em São Paulo, segundo o estudo da Faculdade de Medicina da USP. Ao levantar todos os processos contra operadoras no Estado, os pesquisadores verifica-ram que o número de ações julga-das em segunda instância passou de 2.294, em 2010, para 11.480 em 2015, alta de 400%. A alta foi muito superior ao índice de crescimento de clientes de planos de saúde no Estado. No mesmo período, passou de 17,3 milhões para 18,3 milhões o número de beneficiários, avanço de 5%.

Esse aumento é o reflexo da falta de um melhor entendimento dos nossos governantes e reguladores

dos problemas sanitários e do sis-tema de saúde no país. É necessário que se pare de enxergar o cliente de plano de saúde apenas como um número ou pelas cifras que ele po-derá vir a somar para as empresas. É essencial uma mudança cultural sobre o atendimento, a proteção ao consumidor e também sobre como as empresas podem auxiliar o Go-verno Federal na evolução da saúde no Brasil.

As operadoras de plano de saúde têm um papel relevante, principal-mente pelo falho e caótico Sistema Único de Saúde (SUS). Porém, a Agência Nacional de Saúde Suple-mentar (ANS) precisará criar po-líticas específicas para que as ope-radoras invistam em prevenção da saúde: tais medidas seriam impor-tantes para o que o segmento conti-nue a existir. A população brasileira envelhece e outro caminho não há senão preparar o sistema privado e público para se combater a judicia-lização contra os planos de saúde.

Este ciclo vicioso deságua no Judiciário, pois seja o paciente da saúde privada ou pública que sofra uma negativa de atendimento, ci-rurgia ou procedimento, ele buscará a Justiça como solução. A ANS está se esforçando em seu papel de regu-ladora. Porém, ainda falta muito pa-ra que os regulados cumpram suas obrigações sem que estejam a todo tempo sob o poder coercitivo da lei.

E o paciente que busca o Judici-ário tem seus direitos amparados. A palavra mais importante para as operadoras ainda é o lucro, todavia isso é inadmissível quando o objeto do contrato é a prestação do serviço em saúde, esta sem dúvida, essen-cial na preservação da dignidade humana.

Sandra Franco é consultora jurídi-ca especializada em direito médico e da saúde

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Futuro do petróleo fica mais perto de ganhar novos rumos. Câmara dos Deputados aprovou texto-base do projeto de lei que altera regras de exploração da camada pré-sal

Decisões Essa será uma semana decisiva para a for-mação das nominatas que irão disputar as eleições municipais deste ano. Restando nove dias para a abertura do período das convenções, pré-candidatos e partidos ali-nham estratégias focadas principalmente para uma das 17 vagas da Câmara dos Ve-readores. Na disputa majoritária, a expecta-tiva é que nomes ventilados confirmem seus projetos. E surpresas podem acabar sendo registradas.

Rejeição E falando nas nominatas, o PMDB entra na reta final do prazo de início das convenções sem ter definido a coligação proporcional, focada em defender o maior número de cadeiras na futura formação do plenário do Legislativo. O parceiro mais provável seria o PPS, que rejeitou de forma veemente a consolidação da aliança. Há a expectativa para junção com o PSDB, que dependerá da escolha sobre o vice na chapa majoritária. Complicado e complexo!

Cadeiras Apesar das expectativas, a Câmara de Vere-adores não deve mexer no número de cadei-ras que formam o plenário do Palácio Natálio Salvador Antunes. Com as 17 vagas, fica mais fácil, ou melhor, menos difícil, para os atuais vereadores conquistarem a reeleição. Porém, com a maior bancada em atuação, o PMDB carrega ainda nomes que defenderam o go-verno 'da mudança' e agora querem trilhar o seu próprio caminho político.

Polarização A pesquisa recente do Instituto Gerp indica uma polarização na disputa pela prefeitura, entre o prefeito Dr. Aluízio Júnior (PMDB) e o vereador Chico Machado (PDT). Mas, até o período das convenções, o vereador Igor Sardinha (PRB), o vice-prefeito Danilo Funke (REDE) e o empresário André Lon-gobardi (PR) seguem firme na batalha para construir os seus projetos. A diversificação ajuda na escolha do eleitor sobre os seus candidatos.

Vice Após Marilena Garcia, atual secretária mu-nicipal de Educação, ter sido vice na chapa do ex-prefeito Riverton Mussi, o seu herdeiro familiar e político, Guto Garcia (PMDB), que foi secretário de Educação na administração passada, deve assumir a vaga de vice ao lado do prefeito Dr. Aluízio (PMDB) na pré-candi-datura à reeleição. E, entre tantos encontros e despedidas, só há uma certeza: o discurso 'da mudança' não emplacou nesta gestão municipal.

Escanteio E Guto Garcia (PMDB) deve ocupar o lugar antes prometido ao radialista Zezé Abreu, que faz dobradinha com o prefeito Dr. Aluízio na formação da comissão provisória do PMDB. O apelo populista do programa conduzido diariamente por Zezé pode ajudar o projeto da reeleição, mais nas ondas do rádio, do que nas caminhos rumo às urnas. A blindagem di-ária das informações contrárias ao governo 'da mudança' acabam tendo o seu preço.

Caminho Outro nome 'derrubado' por Guto Garcia (PMDB) foi o secretário municipal de Governo, Léo Gomes, que tentou construir a sua can-didatura de vice desde o início da gestão, e a todo custo. Mas, fora do cenário, o secretário passa a cuidar da pré-candidatura do seu pu-pilo, o empresário Ricardo Salgado (PMDB), que tem ao seu lado um dos mais fortes cabos eleitorais do governo: Flávio Isquierdo, maior desafeto político do líder do governo na Câ-mara, Julinho do Aeroporto (PMDB).

Escolha Com o empate técnico nas avaliações prévias sobre o cenário pré-eleitoral da cidade, ganha destaque também as ava-liações dos nomes que poderão dividir a chapa majoritária com o vereador Chico Machado (PDT). Há a esperança de que algum outro nome forte da linha de oposi-ção firme parceria com o parlamentar, no projeto que visa combater o 'estelionato eleitoral', como qualificam o governo 'da mudança'.

Denúncias O início do período das convenções, marcado para o próximo dia 20 de julho, pautará também uma enxurrada de representações no Ministério Público Estadual, de casos que denunciam o abuso de poder político e econômico na fase pré-eleitoral. A utilização de mídias financiadas por verba de publicidade é uma das mais anti-gas estratégias que visam antecipar a disputa e combater rejeições. Mas, em Macaé, o sucesso desse ato é substituído pelo fracasso.

A prevenção é o melhor caminho para evitar que grandes transtornos interfiram no dia a dia da cidade. Portanto, a manutenção da limpeza pública, que gera despesas previstas em mais de R$ 70 milhões por ano, requer planejamento da equipe da prefeitura e também a contribuição da sociedade, para ajudar a manter a cidade limpa.

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O DEBATE DIÁRIO DE MACAÉ Macaé, domingo, 10 e segunda-feira, 11 de julho de 2016 5

Polícia Roubo a pedestres aumenta no Centro de Macaé.

NOTA

Prefeitura mantém placa de vagas para carroças no Centro

LEI 7.194/16

O uso de carroças continua sendo muito comum para o transporte de cargas ou pesso-as, dentro do perímetro urbano. Além de proibido por lei, a utili-zação deste meio acaba causan-do retenções no trânsito.

Em janeiro deste ano, o go-vernador Luiz Fernando Pezão sancionou a Lei Estadual nº 7.194/16, de autoria do deputa-do Dionísio Lins (PP), que pro-íbe o uso de animais de tração para o transporte de materiais,

Por lei é proibido o uso de animais de tração para o transporte de materiais, cargas ou pessoas em charretes

cargas ou pessoas em charre-tes. Segundo a legislação, que já está em vigor, a medida não se aplica aos animais utilizados em áreas rurais e turísticas. Com isso, o poder público, por meio dos órgãos competentes, é obrigado a recolher os animais utilizados de maneira que se configure como maus tratos. O Governo do Estado reforça que qualquer cidadão pode acionar os órgãos competentes e de pro-teção animal ao se deparar com uma situação do tipo.

No entanto, em uma área central do município, na Rua Dr. Francisco Portela, há uma placa informando sobre o es-tacionamento de carroças. De acordo com a sinalização,

SYLVIO SAVINO

Placa sinaliza quatro vagas para carroceiros no Centro

o local destina quatro vagas aos carroceiros. A cena con-tradiz uma Lei Estadual em vigor, que deveria ser fisca-lizada por um órgão público responsável.

Tentamos contato com a prefeitura para saber em re-lação à sinalização de estacio-namento de carroças, sendo estas proibidas de circular em perímetro urbano e quanto a realização de fiscalização para coibir este meio de transporte. Contudo, a prefeitura não nos deu retorno informando que momentaneamente as res-postas estão suspensas, sendo aguardadas orientações jurídi-cas para seguir com o atendi-mento à imprensa.

PM apreende revólver em residência de suspeitoRIO DAS OSTRAS

Informações passadas via disque-denúncia da Polícia Mi-litar (PM) davam conta de que um elemento estaria armado em frente a sua residência no bairro Nova Esperança, em Rio das Ostras.

Equipe do Grupo de Ações Tá-ticas (GAT) da 3ª Cia foi até a Rua Grivaldo Martins da Conceição, verificar os fatos e conseguiu lo-calizar o suspeito. Após a aborda-gem, os policiais perguntaram ao elemento sobre a suposta arma de fogo que estaria em sua posse e ele teria informado à equipe que o revólver estava guardado em cima de um guarda-roupa no interior da sua casa. O homem permitiu a entrada da guarnição na residên-

Denúncia anônima colaborou com informações que levaram a polícia até o local

cia e após buscas foi encontrado o revólver de calibre 32 com três munições intactas, sem marca e sem numeração aparente.

Em seguida, o suspeito foi enca-minhado à 128ª DP, onde foi autu-ado e preso.

LEGISLAÇÃOPorte ilegal de arma de fogo de

uso permitido, Art. 14: Portar, de-ter, adquirir, fornecer, receber, ter em depósito, transportar, ceder, ainda que gratuitamente, em-prestar, remeter, empregar, man-ter sob guarda ou ocultar arma de fogo, acessório ou munição, de uso permitido, sem autorização e em desacordo com determinação legal ou regulamentar: Pena - reclusão, de 2 a 4 anos, e multa.

Posse ou porte ilegal de arma de fogo de uso restrito, Art. 16: Pos-suir, deter, portar, adquirir, for-necer, receber, ter em depósito, transportar, ceder, ainda que gra-

DIVULGAÇÃO PM

Revólver estava escondido em cima de guarda-roupa dentro da casa do suspeito

tuitamente, emprestar, remeter, empregar, manter sob sua guarda ou ocultar arma de fogo, acessó-rio ou munição de uso proibido ou restrito, sem autorização e em desacordo com determinação legal ou regulamentar: Pena - reclusão, de 3 a 6 anos, e multa.

DENÚNCIASQuem puder, e quiser contribuir

com o trabalho da polícia, denun-ciando criminosos, deve entrar em contato com o Disque-Denúncia da Polícia Militar, através do nú-mero 2765-7296. O telefone está à disposição da população 24 ho-ras por dia para atender a todos os chamados.

Além das ligações, os cidadãos também podem passar informa-ções pelo WhatsApp, através do número 98168-2344, por e-mail para: [email protected] ou pelo site do 32º BPM: www.32bpmrj.org .

DESCASO

Denúncia demonstra insatisfação com infraestrutura do Terminal CentralVazamento de água atingiu fiações que colocaram em risco a segurança de todos os usuários do serviçoLudmila [email protected]

No início da última semana quem precisou utilizar os serviços de transporte

público no Terminal Central se deparou com mais uma consta-tação das péssimas condições de infraestrutura que estão sendo oferecidas aos usuários do local.

Adriana Rosa, que depende diariamente dos coletivos, fez uma denúncia ao jornal O DE-BATE na segunda-feira (04) so-bre um vazamento no teto que estaria escorrendo por um pos-te já bastante danificado e com fiação exposta.

“Está jorrando água do teto e é em cima de um monte de fios. Isso no mínimo pode acarretar em um curto-circuito, o que co-loca a integridade física de todos que estão no local em risco. O problema é que não há escolha em vir para o Terminal Central e se arriscar a cair um pedaço do teto na sua cabeça, por exemplo, ou não. Todas as opções são invi-áveis. Ninguém soluciona isso. A pergunta que fica é: estão aguar-dando por uma tragédia anun-

ciada?”, disse Adriana.A cobrança de melhorias em

todos os Terminais da cidade é antiga, os problemas são percep-tíveis para todos que prestarem

WANDERLEY GIL

Na segunda-feira (04), água estava vazando do teto e caindo sobre a fiação de um dos postes dentro do Terminal Central

o mínimo de atenção ao passar próximo aos pontos de ônibus. No entanto, a prefeitura tem se mantido ausente, prometendo há anos por reformas que nunca

são feitas, os prazos são sempre alterados, devido o não cumpri-mento de início das obras. Do ou-tro lado deste “jogo de empurra” está a população que se sente in-

segura devido a deterioração do local.

Os usuários denunciam toda a estrutura dos quatro terminais ativos, Central, Cehab, Lagomar

e Parque de Tubos. Os problemas variam desde infraestrutura, se-gurança e desordem. Entre as reclamações estão: o forro dos te-tos que podem desabar, os postes enferrujados, a limpeza, falta de segurança, a falta de manutenção nos bancos, a desordem e riscos de acidentes causados pelos am-bulantes, entre outros.

O jornal O DEBATE vem realizando diversas matérias alertando sobre os problemas nos Terminais da cidade. Nas matérias sempre procuramos a Prefeitura para saber sobre repa-ros e reformas nos locais, e desde então, a Prefeitura vem fazendo promessas sobre a restauração dos Terminais. Da última vez em que entramos em contato, no mês de junho, a comunica-ção da Prefeitura nos informou que o projeto de reforma está sofrendo ajustes finais para que o processo de licitação possa ser iniciado. Desta vez, a prefeitura não nos deu retorno informando que momentaneamente as res-postas estão suspensas, sendo aguardadas orientações jurídicas para seguir com o atendimento à imprensa.

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O DEBATE DIÁRIO DE MACAÉ6 Macaé, domingo, 10 e segunda-feira, 11 de julho de 2016

ELEIÇÕES 2016

Candidatos não podem comparecer a inaugurações

Desde o último sábado (2), qualquer candidato está proibido de compare-cer a inaugurações de obras públicas, conforme determina o art. 77 da Lei nº 9.504/1997. Também está vedada, nas inaugurações, a contratação de shows artísticos pagos com recursos públicos.

Além disso, a partir dessa data, uma série de vedações passa a valer aos agentes públicos. Fica proibido, por exemplo, autorizar publicidade ins-titucional dos atos, programas, obras, serviços e campanhas dos órgãos pú-blicos municipais ou das respectivas entidades da administração indireta, salvo em caso de grave e urgente ne-cessidade pública, assim reconhecida pela Justiça Eleitoral, com exceção da propaganda de produtos e serviços que tenham concorrência no mercado.

Regras são definidas pelo Calendário Eleitoral deste ano

Os agentes públicos tampouco po-dem nomear, contratar ou de qualquer forma admitir, demitir sem justa cau-sa, suprimir ou readaptar vantagens ou por outros meios dificultar ou impedir o exercício funcional e, ainda, ex o�cio, remover, transferir ou exonerar servi-dor público, na circunscrição do plei-to, até a posse dos eleitos, com exceção dos casos previstos na legislação, como nomeação ou exoneração de cargos em comissão.

Também a partir desta data até a eleição, o agente público está impedi-do de realizar transferência voluntária de recursos da União aos estados e mu-nicípios e dos estados aos municípios, sob pena de nulidade de pleno direito, ressalvados os recursos destinados a cumprir obrigação formal preexisten-te para execução de obra ou de serviço em andamento e com cronograma prefixado e os destinados a atender situações de emergência e de calami-dade pública.

CARAPEBUS

Justiça condena ex-prefeito por improbidade administrativa Processo é relacionado a execução de obras de saneamento no município

Após duas ações civis pú-blicas do Ministério Pú-blico Federal (MPF) em

Macaé (RJ), a Justiça Federal condenou o ex prefeito de Ca-rapebus, Eduardo Nunes Cor-deiro, por ato de improbidade administrativa. Segundo a Justiça, o réu, no seu mandato como prefeito do município (2001 - 2004), cometeu irregu-laridades na execução de obras de saneamento básico. Eduar-do Cordeiro foi condenado pe-la 1ª Vara Federal de Macaé em dois processos do MPF, sendo sentenciado a suspensão dos direitos políticos pelo prazo de 5 anos, a proibição de con-tratar com o Poder Público e a pagamento de multa no valor de R$ 250 mil.

A Justiça condenou também a empresa Ambio Indústria e Comércio de Equipamentos LTDA a ressarcir os cofres públicos em cerca de R$ 213 mil, além de estar proibida de contratar com o Poder Público pelo prazo de 5 anos.

De acordo com a primeira ação, movida em 2008 pelo MPF, Eduardo Cordeiro rece-beu da Fundação Nacional de Saúde (FUNASA) um repasse de cerca de R$ 213 mil para a execução da obra da Estação de Tratamento de Esgoto do distrito de Ubás.

A empresa Ambio Indústria e Comércio de Equipamentos foi a responsável pelo projeto e construção da Estação de Tra-tamento, porém não entregou a obra em perfeitas condições, apesar de ter recebido os valo-res necessários. Para o MPF, o

então prefeito Eduardo Cor-deiro cometeu ato de improbi-dade administrativa ao assinar o termo definitivo de aceitação da obra no dia 15 de setembro de 2001, sem que a estação se encontrasse em condições de operação.

Na segunda ação, movida em 2009 pelo MPF, a União, por intermédio da Caixa Eco-nômica Federal, havia repas-sado verbas ao município para execução do Programa Morar Melhor, que visa ampliar a co-bertura de serviços de sanea-mento básico, infraestrutura urbana e ambiental. A empre-sa Delta Construções S.A. foi a vencedora da licitação para re-alizar obras de construção da

rede de esgotamento sanitário, construção de estação elevató-ria e construção da estação de tratamento.

O processo de licitação foi feito por tomada de preço, mo-dalidade utilizada para contra-tações que possuam um valor estimado médio de R$ 650 mil para aquisição de materiais e serviços e de R$ 1,5 milhão pa-ra execução de obras e serviços de engenharia. Porém, as três tomadas de preço realizadas alcançaram valor de R$ 3 mi-lhões, superando o limite esta-belecido por lei.

Neste caso, a modalidade li-citatória mais adequada seria a concorrência pública, já que o objetivo de obter a proposta

mais vantajosa para a adminis-tração pública não foi alcança-do, causando danos aos cofres públicos.

Para o MPF, houve ain-da outra irregularidade nos procedimentos licitatórios, uma vez que a construção da Estação de Tratamento de Esgoto e a de ampliação da mesma forma contratados no mesmo dia (22/03/2002) pelo então prefeito Eduar-do Cordeiro. Ambas seriam executadas pela empresa Delta Construções no mesmo prazo de entrega: 6 meses. O ex prefeito tinha ciência das irregularidades das obras de saneamento e mesmo assim assinou os contratos.

DIVULGAÇÃO

Eduardo Nunes foi condenado por irregularidades na gestão de 2001-2004

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O DEBATE DIÁRIO DE MACAÉ Macaé, domingo, 10 e segunda-feira, 11 de julho de 2016 7

AVALIAÇÃO

Chico Machado diz: “Macaé é próspera, o governo é que não tem competência”Sacrifício de servidores aposentados demonstra o verdadeiro perfil do atual gestor da cidade, considera vereador

Presidente de duas im-portantes Comissões Permanentes da Câma-

ra de Vereadores, a de Defesa dos Direitos dos Idosos e a de Constituição e Justiça, Chico Machado (PDT) reagiu nesta semana a uma série de ações atribuídas ao governo, que pas-sam a penalizar diretamente o quadro formado pelos mais de 15 mil servidores do município.

Ao dividir com os demais 16 parlamentares, que formam a atual composição do Legisla-tivo, a angústia sobre o atraso na definição do governo, no que tange ao índice de revisão salarial dos 12,9 mil servidores do quadro efetivo da adminis-tração municipal, Chico aponta que a justificativa da crise com-prova a incompetência de ges-tão de um projeto político que, segundo ele, cometeu um “es-telionato eleitoral” na cidade.

“Macaé é próspera, os nú-meros do próprio orçamento demonstram isso. Nós temos o privilégio de sermos o ber-ço das atividades do petróleo nacional, e somos agraciados por termos uma indústria re-presentada por instituições extremamente competentes, que não só contribuem e garan-tem o equilíbrio da arrecadação pública, como se dedicam a buscar novos caminhos para a nossa economia. Quem deveria fazer isso é o governo que apre-senta um atestado de incompe-

tência ao defender a crise como justificativa para uma série de práticas erradas e irregulares”, avalia Chico.

Para o parlamentar, que

WANDERLEY GIL

Chico Machado preside duas Comissões Permanentes na Câmara de Vereadores

atuou na avaliação sobre o projeto de lei proposto pe-lo governo com o pedido do ‘empréstimo dos royalties', a administração municipal peca

pela falta de diálogo, de humil-dade e de sensibilidade com o momento difícil que a cidade enfrenta.

“Nós poderíamos estar pas-

sando por essa crise de uma forma melhor, se não fosse a posição do governo em se fe-char, em perseguir e em pena-lizar as pessoas por sua própria

falta de competência. O que es-tão fazendo com os servidores aposentados, beneficiados por uma legislação que existe há 60 anos, é um crime. Não são eles que irão garantir o equi-líbrio fiscal que a cidade pre-cisa encontrar, mas sim uma administração competente e séria. Há fontes da nossa arre-cadação que são superavitárias e que ajudam a cobrir os défi-cits dos royalties. Penalizar um profissional que se dedicou ao serviço público e, por isso, foi valorizado é, para mim, um verdadeiro crime”, disse Chico.

O parlamentar afirmou que, através das duas Comissões que preside na Câmara, abrirá uma série de procedimentos voltados a questionar os atos do governo, tanto no Tribunal de Contas do Estado, como na própria Justiça.

“A Procuradoria da Câmara e o Sindicato dos Servidores estão em uma frente de bata-lha contra esse governo cruel. Nós também iremos fortalecer esse enfrentamento dentro da legalidade e da ética, valores que norteiam todos os nossos passos. Não vamos aceitar que nenhum mal seja imposto aos servidores, que não merecem ser vistos como peças de ma-nobra política, mas sim como uma das mais importantes engrenagens da máquina ad-ministrativa desta cidade”, ga-rantiu Chico.

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O DEBATE DIÁRIO DE MACAÉ8 Macaé, domingo, 10 e segunda-feira, 11 de julho de 2016

BAIRROS EM DEBATE Jardim Esperança

Moradores do Jardim Esperança ainda aguardam por melhorias Sem atenção do poder público, esgoto continua jorrando a céu aberto, ruas seguem sem pavimentação e saúde, lazer e educação são buscados em bairros vizinhos

Juliane Reis [email protected]

Não muito diferente de outros bairros da cida-de, o Jardim Esperança

também contempla a lista da-queles que aguardam há anos por melhorias e está entre os esquecidos pelo poder público. Com mais de 16 anos o local que foi crescendo gradativamente ainda não conta com serviços básicos de infraestrutra.

Entre as poucas melhorias que chegaram ao bairro nos úl-timos anos está a instalação da passarela sobre o Canal Campos Macaé, em novembro de 2014. “Não me recordo de muita coi-sa feita no bairro, a não ser essa travessia. Uma obra de sane-amento que eles começaram há quatro meses, por exemplo, está longe de ser concluída. Não estamos vendo melhora nenhu-ma”, disse uma moradora.

Enquanto isso, a pavimenta-ção das ruas, serviço de capina, a construção de uma área de

lazer e o próprio saneamento continuam fazendo parte da esperança dos moradores. E serviços essenciais, como saúde e educação precisam ser busca-dos em outros bairros.

“Essa semana mesmo saí daqui às 5h da manhã para agendar consulta lá no Cam-po D`Oeste para um morador. Quando não é lá, a gente tem que se deslocar para o Jorge Caldas, ou para o Barracão”, dis-se o presidente do bairro, Jânio Carneiro.

Carneiro, como é conhecido, disse ainda que a falta de segu-rança no bairro também tem deixado os moradores apreen-sivos. “O índice de assalto aqui aumentou bastante e chega acontecer duas a três vezes por semana, principalmente no ponto de ônibus improvisado às margens da pista. Sem contar que, para contribuir ainda mais com a prática, o serviço de ilu-minação pública está precário e várias lâmpadas estão queima-das”, disse.

FOTOS WANDERLEY GIL

Caminhão suga-fossa vai atender demanda e fica atolado em rua precária

Enquanto a obra de saneamento está longe de terminar, esgoto jorra próximo às residências

Moradores ainda aguardam por estrutura de ponto de ônibus

Passarela instalada em 2014, foi uma das últimas melhorias recebida pela população

Esgoto jorra a céu aberto Ainda à espera do tão so-nhado saneamento básico, a população convive dia após dia com o esgoto jorrando a céu aberto, muitas vezes passando no portão da própria casa. Na entrada do bairro há uma placa informativa sobre uma obra de Esgotamento Sanitário, Drena-gem e Pavimentação orçada em R$ 8.512,894, 90 que deveria ter sido iniciada em 07/03/2016 com prazo de conclusão pa-ra 1º/1/ 2017. Mas segundo os moradores, os trabalhos que começaram na data prevista estão longe de ser concluídos.

“Já tem quatro meses que eles estão executando serviços aqui nas ruas, fazendo buraco em tudo, mas resultado que é bom não estamos vendo. A gen-te sabe que toda obra demora, são várias etapas, mas em qua-tro meses você não vê nenhum resultado positivo, é demais. Tem ruas que estão difíceis para transitar”, disse uma moradora.

Quando chove os morado-res relatam que a situação piora ainda mais, pois as ruas ficam alagadas e os dejetos se misturam com água. “E como se não bastasse o mau chei-ro, isso acaba sendo um foco para doenças e problemas de zoonoses. Tem ruas que estão tomadas por mosquitos”, disse outra moradora.

Como se não bastasse a obra que começou e segue longe do fim, o serviço realizado pelo caminhão-suga fossa também tem deixado a desejar. “Antes a gente ligava para solicitar o serviço e no máximo em 15 dias ele era executado, agora demo-ra mais de um mês. E dessa vez quando veio ainda ficou agarra-do na lama. Por um lado é bom para mostrar para à Prefeitura o tamanho descaso deles com

nosso bairro”, relatou outro morador.

ÁREA DE LAZER TAMBÉM NÃO CHEGOU AO BAIRRO

Considerada um direito de todos, o lazer é algo que ainda está longe de contemplar toda cidade. E no Jardim Esperança não é diferente. Há anos o bair-ro aguarda pela obra de uma praça que nunca chega.

Enquanto isso, apesar do la-zer ser um item fundamental para a saúde, uma vez que con-trola os níveis de ansiedade e contribui com outros fatores psicológicos e também físicos e no caso de crianças e jovens, sendo fundamental para o seu desenvolvimento, muitas crian-ças não têm acesso. E dessa for-ma, mesmo sendo um direito previsto na Constituição Fede-ral de 1988, esse é um item que não está acessível a todos.

“Nossas crianças não têm onde brincar, a não ser nas ru-as. Temos um espaço, que se a Prefeitura interessar, o proprie-tário disse que negocia para a construção da Praça e da nossa Associação de Moradores. Pra gente seria muito importante se isso acontecesse. É triste ver nossas crianças crescendo sem acesso ao lazer que é um direito delas. A infância é uma das par-tes mais bonitas da vida e mere-ce ser vivida”, disse o presidente do bairro.

Vale lembrar que o direito ao lazer também está previsto no Estatuto da Criança e do Ado-lescente (ECA). Segundo o Art. 59, “os municípios, com apoio dos estados e da União, estimu-larão e facilitarão a destinação de recursos e espaços para pro-gramações culturais, esportivas e de lazer voltadas para a infân-cia e à juventude”.

Ponto de ônibus segue improvisado Enquanto o poder público não faz a instalação do ponto de ônibus no bairro, os moradores seguem com uma estrutura im-provisada. “Já enviamos várias solicitações à Prefeitura soli-citando a instalação do ponto,

mas até hoje não fomos atendi-dos. Essa é uma reivindicação antiga e de grande importante para nós, mas não temos nem resposta de quando a obra será realizada”, disse o presidente do bairro.

Ruas ainda sem pavimentação Mais uma vez liderando tam-bém a lista de reclamações dos moradores está a falta de pavi-mentação e da rede de macrodre-nagem. Se em dias de sol, as ruas são tomadas pela poeira, quando chove a situação piora e lamas tomam contam das ruas e alguns trechos ficam intransitáveis mes-mo depois das chuvas.

Em setembro do ano passado, quando procurada pela redação do Jornal, a prefeitura informou que todo o projeto para execu-ção das obras de infraestrutura e urbanismo do bairro já havia sido concluído e que a secreta-ria de Obras aguardava apenas a aprovação do processo licitató-

rio pelo Tribunal de Contas do Estado para dar seguimento ao mesmo. Após a licitação, com o início das obras, a previsão é de que os trabalhos durem cerca de um ano e meio.

Mas nove meses se passaram, e parece que o projeto continua no papel. Assim, como não há calçamento, nem bueiros de dre-nagem, a água acumulada impede que muitos moradores entrem e saiam de casa.

“A sensação que temos é que fomos esquecidos aqui. As ruas estão abandonadas, não há pavi-mentação e quem sofre somos nós, principalmente em dias de chuva”, disse o presidente do bairro.

Ruas seguem sem pavimentação

Passarela facilita acesso a bairro vizinho Em 29 de novembro de 2011 a população passou a contar com instalação da ponte para os pe-destres sobre o Canal Macaé Campos, facilitando a passagem dos moradores para o bairro Parque Aeroporto, onde eles vão em busca de serviços como, por exemplo, escola, posto de saúde,

lazer e até mesmo comércio. A passarela, como é chama-

da, era uma solicitação antiga. Antes da obra, mesmo estando a poucos metros do bairro, eles precisavam fazer uma longa caminhada até lá, pois a ponte mais próxima do bairro ficava a 600 metros.

O que diz a PrefeituraProcurada pela redação do

Jornal, a Prefeitura informou apenas que momentaneamente as respostas estão suspensas.

“Estamos aguardando orienta-ções jurídicas para seguirmos com atendimento à imprensa”, disse.

“População precisa se deslocar em busca de atendimento de saúde”, disse Jânio Carneiro, presidente do bairro

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O DEBATE DIÁRIO DE MACAÉ Macaé, domingo, 10 e segunda-feira, 11 de julho de 2016 9

MANUTENÇÃO

Buracos colocam em risco a segurança viáriaProblema, que se tornou comum na cidade, foi relatado essa semana por moradores da Virgem Santa

Marianna [email protected]

Considerado um dos bair-ros mais antigos de Ma-caé, com quase 60 anos

de existência, a Virgem Santa é uma área que vem sofrendo for-te expansão nos últimos anos. Em contrapartida, problemas antigos continuam fazendo parte da realidade da população.

Essa semana, moradores pro-curaram o jornal O DEBATE para reclamar das condições do asfalto da Estrada da Virgem Santa que, desde que foi pavi-mentada há cerca de cinco anos, não tem recebido manutenção por parte do poder público.

O resultado disso são buracos em vários trechos. Segundo os moradores, o serviço de “tapa buraco”, que é a única medida adotada pelo setor de manuten-ção da prefeitura, resolve o pro-blema de maneira emergencial. No entanto, é fundamental uma recuperação asfáltica em toda a via, assim como vem sendo feito em bairros nobres da cidade.

Um dos trechos mais afetados fica a poucos metros da praça. Um grande buraco, com água parada, tem gerado transtorno para os condutores. “Isso está assim há um bom tempo e ne-nhuma autoridade vem resolver o problema. É uma via movi-mentada, onde passam ônibus e caminhões. Com o pavimen-to danificado, é preciso desviar

WANDERLEY GIL

Danos no asfalto da Estrada da Virgem Santa evidenciam a necessidade de uma recuperação da via

pela contramão. Dependendo do horário fica complicado porque estacionam dos dois lados da via, o que torna ainda mais estreita a passagem. Pode acontecer um acidente a qual-quer hora se não resolverem isso logo”, reclama a moradora Sílvia Rodrigues.

Se a situação é ruim onde há asfalto, onde ele não chegou é ainda pior. O jornal, inclusive, já mostrou esse drama da po-pulação em várias reportagens. Parte dos moradores precisa enfrentar lama e a poeira para se deslocar, principalmente em localidades onde não há acesso do transporte público.

“Enquanto bairros de classe média recebem asfalto novo on-de não há necessidade, as áreas carentes estão largadas. Aqui não é diferente. Não queremos promessas. Queremos ver a pa-vimentação sair do papel. São décadas de descaso com a Vir-gem Santa”, lamenta o morador Osvaldo.

De acordo com a prefeitu-ra, em junho, quando a nossa equipe esteve pela última vez, a secretaria de Serviços Públicos iria enviar uma equipe até o lo-cal para fazer um levantamen-to das necessidades e tomar as devidas providências. “Até agora não vimos nada ser feito. Estão tirando o nosso direito de ir e vir. Isso é não ter respeito por nós”, frisa o morador João Paulo.

Atleta macaense recebe o reconhecimentoHAPKIDO

Durante a sua trajetória, o atleta de Hapkido, Fábio Pimentel teve muitas conquistas. E elas vão além das medalhas que ganhou durante as competições na qual participou. Reencontrar pessoas que fizeram parte da sua história e receber o reconhecimento delas é uma das coisas mais gratificantes, segundo ele.

No último mês, Fábio, que divi-de o seu tempo entre o esporte e o trabalho de Guarda Ambiental em Macaé, teve a honra de reencon-trar em Campos dos Goytacazes o Grão Mestre coreano Woo Jae Lee.

“Ele foi meu mestre na década de 90. Logo em seguida ele se au-sentou e agora está retornando às suas atividades depois de quase três décadas. Mestre Lee foi um dos percursores do Taekwondo

Fábio Pimentel reencontrou um dos mestres responsáveis pela sua trajetória

no Brasil e introdutor da modali-dade no Rio de Janeiro na década de 70. Foi um dos autores do livro 'Aprenda Taekwondo', o primei-ro em português do estilo”, relata ele, que aproveitou a oportunida-de para prestar uma homenagem com a entrega dos diplomas de Mérito Marcial da Confederação Brasileira de Hapkido e da World ASAMCO Federation.

"Foi um momento histórico e inesquecível. Apesar de ter 75 anos, ele mantém o vigor de um jovem. Entusiasta como sempre, estou orgulhoso de poder ter per-manecido por algumas horas ao lado não somente dele, mas da velha guarda do Tae Kwon Do, como os amigos César Pinudo, Daniel e Adilson de Rondônia”, relata Fábio.

Mestre Fábio é possuidor da graduação de Faixa Preta 4º Dan, e 4º Dan em Kempo Karatê. “Du-rante o encontro com o meu anti-go mestre ele me intimou a retor-nar ao Tae Kwon Do”, conta.

DIVULGAÇÃO

Pimentel, que trabalha também como Guarda Ambiental, homenageou algumas pessoas durante o encontro

No Hapkido, o atleta colecio-na vários títulos. Entre os mais importantes estão: Campeão do Rio Open de Hapkido em 2014, terceiro colocado no Mercosul de Hapkido em 2014, campeão Brasileiro de Hapkido em 2014, vice-campeão de Hapkido do Rio Open de 2015.

Quem quiser ajudar pode en-trar em contato através do te-lefone (22) 99999-2936. Fábio também aproveita para convidar aqueles que tenham curiosidade em conhecer e praticar o esporte para procurar a academia Barroco Combat, situada na Rua Benedito Peixoto, nº 35 - Centro. As aulas acontecem sempre às terças e quintas-feiras, das 20h às 21h.

SOBRE O HAPKIDO O Hapkido é uma arte marcial

coreana especializada em defesa pessoal. Ela utiliza movimentos circulares de defesa e ataque com o uso de mãos e pés, incluindo torções, chaves, imobilizações,

Metade das praias em Macaé está imprópria

BALNEABILIDADE

Mesmo no inverno, os ma-caenses gostam de aproveitar os finais de semana e as férias nas praias da cidade. Com tem-peraturas chegando aos 30ºC essa semana, muita gente tem aproveitado para dar um mer-gulho no mar. Mas, assim como acontece no verão, é preciso fi-car atento às condições da água.

Em todo o Estado do Rio, es-sa análise de balneabilidade é feita pelo Instituto Estadual do Ambiente (Inea). Em Macaé, a

Dados foram divulgados recentemente pelo Instituto Estadual do Ambiente

prefeitura, por meio da secre-taria de Ambiente, é responsá-vel pela colocação das placas indicando se a determinada praia está ou não própria para o banho.

De acordo com o último estu-do feito pelo Inea, o de número 11, do dia 23 de junho de 2016, quatro praias estão impróprias, quatro próprias e uma com restrições. Estão liberadas as seguintes: Pecado, Cavaleiros, Campista e Lagomar. Já no For-te, Barra, Aeroporto e Barreto o banho deve ser evitado, confor-me orienta o órgão. Já a Praia de Imbetiba está própria no trecho em frente a Rua do Sacramen-to e imprópria próximo a Rua Elias Agostinho, nº 500.

A coleta de amostragem na água é feita geralmente no pe-ríodo que varia de 15 dias a um mês. Os testes de balneabilida-de, regulados pela Lei Estadual nº 6.496/13, são feitos com ba-se na Resolução nº 274/00 do Conselho Nacional do Meio Ambiente.

Vale ressaltar que a popu-lação deve evitar o banho nos locais que tiveram os índices reprovados, já que o contato com águas contaminadas por esgoto doméstico pode expor os banhistas a bactérias, vírus e protozoários.

O Inea também aconselha que evitem tomar banho de mar, mesmo nas praias com bons índices, nas 24 horas após

as chuvas, pois tais mudanças climáticas podem interferir na qualidade da água. Os banhis-tas devem evitar entrar na água em pontos próximos à saída da galeria de águas pluviais ou ca-nais de drenagem.

Em todo o estado, as praias são classificadas em três cate-gorias: intensiva, moderada e baixa, definidas de acordo com a frequência. Como forma de cri-tério são avaliados os seguintes itens: presença de banhistas e o tempo de permanência deles no local ao longo do ano.

O município de Macaé entra no grupo das "moderadas", ou seja, registrando um movi-mento médio no decorrer de todo o ano.

KANÁ MANHÃES

Placas informam os banhistas sobre as condições da água

chutes, socos, cotoveladas, estran-gulamento, técnicas de quedas, ro-lamentos, projeções, e também o uso de armas marciais como espa-das, bastões, tonfas e nunchakus.

Além disso, esse esporte tam-bém serve como terapia e desen-volve a disciplina, libera e equilibra a mente e o corpo através de ponto de pressão, meditação, respiração e controle de energia. Quando utilizada na educação de crianças e jovens, essa modalidade inibe tendência a drogas, alcoolismo, ti-midez e agressividade. Ela é geral-mente recomendada para pessoas de ambos os sexos com a faixa etá-ria entre 12 aos 70 anos de idade.

Devido aos diversos benefícios, ela acaba sendo uma das artes marciais mais completas. Esse es-tilo é utilizado por diversas elites de segurança do mundo, principal-mente pelas forças de operações especiais da Coreia do Sul e das polícias no mundo. A origem do seu nome significa “o caminho da união, da força e do espírito”.

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O DEBATE DIÁRIO DE MACAÉ10 Macaé, domingo, 10 e segunda-feira, 11 de julho de 2016

QUESTÃODE JUSTIÇA

Separação de corpos: quando a vida em comum se torna insuportável

Na semana passada, tra-tei aqui na coluna do tema Abandono do Lar, quando verificamos o significado e suas consequências jurídicas, inclusive com a novidade do Usucapião do Abandono do Lar.

Hoje, trato de uma questão que acontece quando a vida em comum de um casal fica insuportável de ser mantida, porém ambos se recusam a sair da residência. Na maioria das vezes, o homem sabendo que a mulher não possui lu-gar para ir, faz da vida desta um verdadeiro inferno, dei-xando-a à sua mercê. O que fazer quando tal situação tão comum nas famílias brasilei-ras acontece?

O ideal é que um divórcio, quando necessário, nasça de uma negociação entre as par-tes e seja feita de forma tran-quila e consensual. Na práti-ca, isso às vezes é impossível. Um dos instrumentos jurídi-cos que garantem que situa-ções de conflitos entre casais não cheguem a extremos é a "Separação de Corpos", que determina o afastamento de um dos cônjugues do domicí-lio do casal.

Um dos deveres do casa-mento é a coabitação - ou seja, morar junto. Na iminência de um divórcio, existe uma for-ma legal de descumprir esse dever. É isso que é a separação de corpos, uma medida extre-ma que marca o início da se-paração de fato. Medida que deve ser utilizada, sobretudo quando a convivência na mes-ma casa se torna insustentá-vel ou traz perigo à integrida-de física de uma das partes ou dos filhos do casal. Ameaças, agressões e mesmo violência verbal podem justificá-la.

Pode ser afastada de casa a pessoa que bebe e maltrata a família, por exemplo. Mas quando um dos cônjuges descobre que o outro está cometendo adultério, isso também pode justificar uma ação cautelar, quer dizer, uma ação que garanta que o pro-cesso possa se desenvolver sem problemas. A separação de corpos é uma dessas medi-das possíveis. Para o juiz dar

a liminar imediatamente, é preciso que sejam apresen-tadas provas robustas.

Para pedir a separação de corpos, você deve procurar um advogado ou defensor público. É ele que vai entrar com a medida cautelar da se-paração de corpos, reunindo as provas disponíveis. A ação vai para uma vara de família e é encaminhada ao juiz, que a analisa. Se ele defere a ação, o processo vai para cartório, o diretor expede um mandado e um oficial de justiça retira o alvará de separação de corpos.

Com o documento nas mãos do oficial, a parte inte-ressada dá as coordenadas e o oficial procura o cônjuge para explicar a decisão do juiz. Nesse momento, o cônjuge notificado passa a ser impe-dido de voltar ou permanecer em casa. Caso seja necessário, esse oficial pode até requerer força policial, já que trata-se de uma ação extrema. Há pessoas que podem se tornar agressivas com a notificação, ameaçar a mulher, por exem-plo, são várias situações.

Tal situação não é confor-tável para nenhum dos côn-juges. Na maioria das vezes, porém, é a única forma das partes conseguirem avan-çar no divórcio sem a pres-são diária do outro cônjuge. Também acontece para se manter no lar o cônjuge mais fragilizado e os filhos do ca-sal - muito importante que os filhos continuem no lar onde nasceram e cresceram -, minorando, desta maneira, os efeitos nefastos de um di-vórcio.

Infelizmente, vivemos em um mundo onde, na maioria das vezes, o casal inicia um relacionamento de forma tão harmoniosa e, ao final, sobra apenas rancor e amargura, chegando ao ponto de haver a necessidade de interven-ção do Poder Judiciário para ocorrer a separação de fato, pois o diálogo e o bom senso não mais existem.

Espero ter contribuído com essas informações. Que Deus continue nos abençoando e até semana que vem. Grande abraço.

FRANÇOIS PIMENTEL [email protected]

Prazo para pagar "Taxa de Incêndio" começa a vencer esta semana

SERVIÇO

Começa a vencer nesta se-gunda-feira o prazo para pagar a "Taxa de Incêndio" referente ao ano passado. De acordo com o Fundo Especial do Corpo de Bombeiros (Funesbom), a data limite para quitar o tributo, que varia de R$ 25,49 a R$ 1.529,12, vai até a próxima sexta-feira (15).

Os contribuintes que não re-ceberam os boletos por corres-pondência podem consultar, e imprimir, o comprovante com o valor do cálculo individual refe-rente à taxa pelo próprio site do Funesbom. Para o resgate, basta ter o número de inscrição pre-dial que consta no carnê do IP-TU. Os valores do tributo variam para imóveis com até 50 metros quadrados de área construída e bens não residenciais com mais de mil metros quadrados. Até a data do vencimento, o pagamen-to pode ser feito em qualquer agência bancária ou nas casas lotéricas.

Segundo o tenente-coronel Erick Alves da Silva, atual co-mandante do 9º Batalhão de Bombeiros de Macaé, caso sejam encontrados erros no cálculo do tributo, o valor poderá ser ajustado no próprio Batalhão, em calendário que ainda será divulgado.

Valor do tributo pago ao Funesbom varia de R$ 25,49 a R$ 1.529,12

QUEM DEVE PAGARConforme a lei, todas as pes-

soas que pagam IPTU também são cobradas a pagar separada-mente a “Taxa de Incêndio” ao Funesbom, mas sempre no va-lor proporcional à área cons-truída de sua residência ou

estabelecimento comercial. A taxa é cobrada desde 1997 em âmbito estadual, pelo Corpo de Bombeiros, com autoriza-ção do Decreto nº 23.695.

Ainda segundo informações concedidas pelo Funesbom, o direito à isenção da taxa be-

neficia aposentados, pensio-nistas e portadores de defici-ência física, desde que sejam proprietários ou locatários de apenas um imóvel residencial de até 120 metros quadrados e com rendimentos de até cinco salários mínimos.

INDÚSTRIA

Mercado offshore rumo a uma nova faseLevantamento com dados exclusivos lançados pela Firjan em Macaé revelam panorama do mercado

Guilherme Magalhã[email protected]

Com a turbulência do pe-tróleo, e consequente im-pacto na região, vem se

mostrando cada vez mais difí-cil que a indústria possa prever como se comportar em relação aos investimentos no mercado offshore. Para tentar reduzir as incertezas de empresas e instituições, na última quinta-feira (7), a Firjan lançou, no Senai Macaé, em Botafogo, novos dados exclusivos sobre o assunto e as perspectivas de valor da cadeia de óleo e gás no Estado para sua próxima fase de ascensão.

Denominado "Anuário da Indústria de Petróleo", oficial-mente a pesquisa já havia sido lançada na última terça-feira (5), na sede da Firjan, Centro do Rio. A diferença é que em Macaé o tema foi discutido com um re-corte diferenciado, abordando temas próprios para o desen-volvimento da cidade, como a viabilização do Terminal Por-tuário de Macaé (Tepor) que, recentemente, teve sua licença prévia liberada pelo Instituto Estadual do Ambiente (Inea), e o potencial das novas descober-tas no pré-sal. Coincidentemen-te, na última semana, por meio de uma notificação enviada à Agência Nacional do Petróleo (ANP), a Petrobras confirmou que encontrou mais indícios de petróleo no campo de Libra, pré-sal da Bacia de Santos. No último mês, a petroleira já ha-via informado outra ocorrên-cia de indícios de petróleo em Libra. Atualmente, a compa-nhia detém 40% de participa-ção no consórcio responsável pela concessão de exploração da área. Os demais sócios são a Shell (20%); Total (20%); CNPC (10%) e CNOOC (10%).

Antes de comentar as estatís-

ticas favoráveis à região para a próxima fase de alta do petróleo, na apresentação do Anuário da última quinta, a gerente de Pe-tróleo, Gás e Naval da Firjan, Karine Fragoso, explicou o res-paldo técnico do levantamento.

“O que a gente fez foi agregar valor aos números por meio de parcerias com a ANP, Instituto Brasileiro de Petróleo, Gás e Biocombustíveis (IBP), Orga-nização Nacional da Indústria do Petróleo (ONIP) e o próprio governo do Estado, que fizeram as análises técnicas sobre tais dados”, disse a gerente da Fir-jan, ressaltando que os dados internacionais foram retira-dos de publicações da Agência

de Informação sobre Energia dos Estados Unidos (EIA) e da companhia internacional Bri-tish Petroleum (BP).

Para comentar as questões técnicas sobre a queda no setor de óleo e gás levantadas no estu-do, o superintendente da Orga-nização Nacional da Indústria do Petróleo (ONIP), Alfredo Renault, levou em consideração um mapa apresentando o Es-tado em termos de áreas de in-fraestrutura onshore e o³shore instaladas, e destacou a região como a área mais estratégica.

“Não devemos colocar a culpa dos nossos problemas na con-juntura internacional. A verda-de é que o setor de petróleo está

nessa situação por culpa exclu-siva dos nossos erros, que foram completamente absurdos. Mas a boa notícia é que o petróleo ainda está aqui e precisa ser in-vestido e trabalhado para a re-tomada do crescimento. Outra notícia alvissareira é que temos dado passos importantes nesse sentido como, por exemplo, o último parecer favorável em re-lação ao marco regulatório, que tem potencial para viabilizar in-vestimentos na ordem de US$ 420 bilhões até 2030, segundo estimativas preliminares. A Bacia de Campos é uma área estratégica fundamental e toda prosperidade do setor vai passar por aqui”, disse o especialista.

KANÁ MANHÃES

No ano passado, muitos contribuintes foram ao 9º Batalhão de Bombeiros de Macaé para corrigir valores

KANÁ MANHÃES

Evento aconteceu na sede do Senai, na última sexta-feira

SERVIÇO

Vistoria Itinerante do Detran volta a municípios da região

Para desafogar o atendi-mento nas unidades fixas do Detran, esta semana a ‘Visto-ria Itinerante’ do órgão volta a vários municípios vizinhos, oferecendo diversos serviços. O calendário segue até o próxi-mo dia 27.

Conforme o cronograma do órgão, na próxima terça-feira (12), o atendimento começará a ser oferecido por Carapebus e São Francisco de Itabapoana. Em seguida, na quarta-feira (13) o Posto Itinerante vai pa-ra Conceição de Macabu. Já na quarta-feira (14), o atendimento acontece em Rio das Ostras.

Esta semana, posto móvel começará a rodar por Carapebus e São Francisco de Itabapoana

A partir da segunda metade do mês, a Vistoria Itinerante volta percorrendo os mesmos municípios: São João da Barra (18); São Francisco de Itabapo-ana (19) e Rio das Ostras (21).

Em seguida, fechando a últi-ma semana de julho, no dia 25 a Vistoria Itinerante retorna mais uma vez a Quissamã; Carapebus e São Francisco de Itabapoana (26) e Conceição de Macabu (27).

Conforme informações ce-didas pelo próprio Detran, o atendimento nas unidades iti-nerantes deverá ser agendado estritamente por meio do site oficial do órgão (www.detran.rj.gov.br). Os serviços ofereci-dos serão licenciamento anual, transferência de propriedade, transferência de município, transferência de jurisdição, 2ª via de CRV, inclusão e baixa de alienação, além de alteração de características.

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O DEBATE DIÁRIO DE MACAÉ Macaé, domingo, 10 e segunda-feira, 11 de julho de 2016 11

HANDEBOL

Associação Macaense de Handebol reúne atletas da Seleção BrasileiraEquipe da cidade é considerada como uma das melhores do Estado do Rio de Janeiro

Fundada há 10 anos, a As-sociação Macaense de Handebol (AMHb/Ma-

caé) configura hoje como uma das principais equipes do espor-te no Estado do Rio de Janeiro. Contando com a participação de atletas de ponta, a equipe conquistou a segunda colocação na primeira etapa do Circuito Carioca, e mantém um ritmo de preparação e treinamento dig-no dos verdadeiros campeões.

Atualmente, a equipe da AMHb conta com a participa-ção de seis atletas que integram

a Seleção Brasileira de Han-debol: Diogo Vieira (Vareta), Thiago de Oliveira, Emanuel Gusmão, Cleiton Silva e Hugo dos Santos.

E mesmo com o desfalque de quatro dos seus principais atle-tas de ponta, a equipe conse-guiu obter a segunda colocação na primeira etapa do Circuito Carioca, realizada no dia 19 do mês passado, na Praia de Copa-cabana.

Na fase classificatória, a equi-pe macaense encarou e venceu o Arena Beach e o Rio Hand Be-

ach. Na semifinal, a Associação Macaense de Handebol venceu o CEPRAEA.

A final foi disputada pelo Macaé com o atual Campeão do Rio, o Niterói. Em um jogo pegado com poucos erros, as equipes duelaram pela primei-ra colocação. O placar final foi: Macaé 1x2 Niterói (16x18, 20x12 e 16x17).

A equipe macaense volta à arena da Praia de Copacabana no próximo dia 24, para dispu-tar a segunda etapa do Circuito Carioca.

ULTRADESAFIO

Ascom recebe inscrição para 5º Ultradesa�o de 80km

Juliane Reis [email protected]

A Associação de Corredores de Rua de Macaé (Ascom) está nos preparativos para a 5ª edição do Ultra Desafio de 80km na re-gião serrana de Macaé. A ativida-de tem como público-alvo atletas que gostam de grandes desafios e superação de limites. A prova se-rá realizada no dia 30 deste mês e os interessados já podem garan-tir sua participação efetuando a inscrição pelo site <http://www.ascommacae.com>.

A largada da prova será no Sa-na às 5h. O percurso inclui Frade, Boa Alegria, Bicuda Pequena, Bi-cuda Grande, Serra Escura e Gli-cério. Ao longo de todo percurso existe o companheirismo dos atletas e paradas para reabaste-

A prova de montanha será realizada no dia 30 de julho e os interessados já podem se inscrever pelo <http://www.ascommacae.com>

cimento das mochilas. “Essa não é uma prova comum.

É uma prova em que o atleta cor-re com mochila e tem que estar preparado não só fisicamente, mas também emocionalmente. São no mínimo 7h30 de corrida e no máximo 13h”, disse a ultrama-ratonista e uma das representan-tes da Ascom, Vera Mota.

Ela conta ainda que o evento conta com apoio da guarda am-biental. Ao término da prova ha-verá premiação para os três pri-meiros colocados no feminino e no masculino, além da entrega da Medalha Personalidade e troféu para as demais categorias.

No dia 5 de junho, a Associação completou 10 anos de incentivo à prática esportiva na cidade. Nesta data, em 2006, a Associa-ção foi criada com o objetivo de reunir as pessoas que sempre re-presentaram Macaé em provas de pequenas e longas distâncias, para crianças e adultos.

De acordo com os atletas que fazem parte da instituição, as pessoas que se exercitam são muito mais saudáveis e felizes. “Inclusive já ajudamos mui-

DIVULGAÇÃO

A Associação de Corredores de Rua de Macaé (Ascom) está nos preparativos para a 5ª edição do Ultra Desafio de 80km na região serrana de Macaé

tas pessoas com problemas de depressão e com vícios através desse esporte”, disseram os in-tegrantes.

Desde que foi criada, a Ascom já recebeu mais de 100 integran-tes, atletas que correm todas as distâncias: 5, 10, 15, 30, 42, 50 e também os ultramaratonistas.

Ao longo desses anos, a As-sociação conquistou algumas parcerias e incentivadores nas provas que organiza. “Temos um calendário de corridas anu-al, desde corridas rústicas a ul-tramaratonas, e essas são provas que já fazem parte do calendário macaense e do Rio de Janeiro, atraindo pessoas de todo Brasil”, lembram.

A equipe da Ascom agradece o apoio do Jornal O DEBATE, assim como todos que sempre acreditaram no potencial de seus atletas como a Farmá-cia Mais Brasil, Água Bicuda Grande, Academia Profysic, Meeting Emprendimentos, Aquiadesivos, Unimed Costa do Sol, Secretaria de Mobilida-de Urbana, Retroluk Material de Contrução.

DIVULGAÇÃO

Equipe macaense conta com a participação de seis atletas da Seleção

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O DEBATE DIÁRIO DE MACAÉ12 Macaé, domingo, 10 e segunda-feira, 11 de julho de 2016