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20-07-2016

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20-07-2016

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Revista de Imprensa20-07-2016

1. (PT) - Público, 20/07/2016, Mais de 2,5 milhões de pessoas foram infectadas com o vírus da sida em2015

1

2. (PT) - Público, 20/07/2016, Quartos de doentes com infecção hospitalar vão ter sinais de alerta 2

3. (PT) - i, 20/07/2016, Hospitais não sentem maior afluência devido ao calor 4

4. (PT) - Correio da Manhã, 20/07/2016, Fraude na saúde leva a expulsões 5

5. (PT) - Correio da Manhã, 20/07/2016, "Médicos investigados são vítimas de fraude" - Entrevista a JoséManuel Silva

6

6. (PT) - Jornal de Notícias, 20/07/2016, Trabalho - Governo chama 1500 de baixa para junta médica 7

7. (PT) - Jornal de Notícias, 20/07/2016, Eutanásia - Ministro da Saúde manda arquivar processo contrabastonária dos enfermeiros

9

8. (PT) - Jornal de Notícias, 20/07/2016, Transplante - Primeiro foi há 47 anos 10

9. (PT) - Público, 20/07/2016, Como se garante que o órgão transplantado não é rejeitado? 11

10. (PT) - Correio da Manhã, 20/07/2016, Críticas aos tarefeiros 12

11. (PT) - Público, 20/07/2016, Vagas no superior com aumento residual após quatro anos de queda 13

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Tiragem: 32680

País: Portugal

Period.: Diária

Âmbito: Informação Geral

Pág: 24

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Corte: 1 de 1ID: 65354689 20-07-2016

Fonte: Instituto para a Métrica e Avaliação da Saúde da Universidade de Washington PÚBLICO

Novos casos e mortalidade pelo VIH no mundo entre 1980-2015

1997Pico das novasinfecções

2005Pico de mortesFomento da prevençãoda transmissão mãe-filhoe das terapias anti-retrovirais

2005-2015

Novas infecçõesconstantes em 2,5-2,6

milhões por ano

38,8milhões de pessoas

viviam com vírusem 2015

0

0,5

1,0

1,5

2,0

2,5

3,0

1980 1985 1990 1995 2000 2005 2010 2015

Em milhões

Publicado na revista The Lancet HIV, estudo sobre a epidemiologia e as tendências mundiais do vírusda sida tem dados para 195 países (e ambos os sexos) desde a detecção da infecção nos anos 80

MORTALIDADE

INCIDÊNCIA(Novos casos)

3,3milhões

1,8milhões

1,2milhões

Mais de 2,5 milhões de pessoas foram infectadas com o vírus da sida em 2015

Há menos pessoas a morrer com VIH

e, por isso, existem hoje mais pesso-

as a viver com a infecção no mundo.

O acesso às terapias anti-retrovirais

aumentou consideravelmente mas,

por outro lado, a queda das novas

infecções estagnou na última déca-

da em 2,5 milhões por ano. Portugal

aparece na lista de países da Europa

com o número mais elevado de novas

infecções em 2015, com uma estima-

tiva de 2220 novos casos. O relatório

da revista The Lancet HIV sobre o ví-

rus da sida no mundo foi divulgado

ontem e mostra que será muito difícil

(para não dizer impossível) cumprir

a meta global de controlar esta epi-

demia em 2030.

A revista apresentou o Global Bur-

den of Disease 2015 (GBD 2015) com

um retrato completo sobre o VIH em

195 países, desde 1980 até 2015, num

encontro internacional que decorre

em Durban (África do Sul). No estudo

com dados, estimativas e previsões,

que foi coordenado por especialistas

do Instituto para a Métrica e Avalia-

ção da Saúde (IHME, na sigla em in-

glês), da Universidade de Washington

(EUA), há boas e más notícias. Um

dos dados mais desanimadores é a

linha direita que mostra que a queda

de novas infecções estagnou nos 2,5

milhões de casos por ano durante a

última década. Entre 1997 e 2005 as

novas infecções diminuíam 2,7% por

ano e de 2005 a 2015 a queda fi cou-se

pelos 0,7% por ano. Pouco para um

mundo que quer eliminar a epidemia

da sida em 2030.

E, neste capítulo menos feliz do

relatório, Portugal merece destaque

pelos piores motivos. Segundo as es-

timativas, Portugal teria mais de 115

mil pessoas a viver com a infecção

em 2015 e encontrava-se no grupo de

países da Europa com o número mais

elevado de novos casos registando

2220, ultrapassado apenas pela Rús-

sia (57.340), Ucrânia (13.490) e Espa-

nha (2350). Atrás de Portugal surge

o Reino Unido (2060), a Itália (1960)

e a Alemanha (1760). Ao lado destas

previsões, o relatório nota que, em

2014, foram diagnosticados em Por-

tugal 920 novos casos. Porém, os va-

lores apresentados para Portugal não

coincidem com os dados ofi ciais que

têm sido divulgados pelas autorida-

lado, também sabemos que os dados

para o VIH, seja dos vários países ou

do UNAIDS [Programa das Nações

Unidas sobre VIH/sida], estão su-

bestimados”, refere o investigador

que participou na recolha e análise

da informação sobre Portugal. Sobre

o cálculo usado para as estimativas,

José das Neves refere ainda que o

algorritmo aplicado “é superior aos

existentes, mais refi nado”. “O que

explica algumas surpresas”, diz, su-

blinhando que mais importante do

que acertar em cheio na estimativa

é perceber que “há aqui um alerta,

sem alarmismo”. “O que se conclui

é que é preciso fazer mais e melhor

para conseguir acabar com a epide-

mia da sida.”

Num plano mais global, o estudo

na The Lancet HIV refere que, apesar

da tendência geral de decréscimo, en-

tre 2005 e 2015 houve 74 países que

aumentaram a taxa padronizada pela

idade de novas infecções de VIH. O

GBD 2015 revela ainda que o número

de pessoas a viver com VIH no mun-

do tem vindo a aumentar, passando

de 27,96 milhões em 2000 para 38,8

milhões em 2015. As mortes por VIH/

sida têm caído a um ritmo estável,

situando-se nos 1,2 milhões em 2015,

quando em 2005 chegavam aos 1,8

milhões. É uma boa notícia que está

relacionada com o aumento das pes-

soas com VIH que estão a fazer tera-

pias anti-retrovirais e que, segundo

o relatório, deu um salto signifi cativo

desde menos de 2% em 2000 até aos

41% em 2015. Um progresso que ainda

deixa o mundo muito longe da meta

dos 81% defi nidos para 2020.

“Apesar do aumento da cobertu-

ra das terapias anti-retrovirais e das

medidas adoptadas para prevenir a

transmissão entre mãe e fi lho, que

tiveram um enorme impacto no que

se refere a salvar vidas, estes dados

apresentam a imagem preocupante

de um lento progresso na redução de

novas infecções de VIH nos últimos

dez anos”, resume Haidon Wang, in-

vestigador do IHME e principal autor

do relatório na The Lancet VIH. Num

comentário ao estudo, Peter Piot,

director da Escola de Higiene e Me-

dicina Tropical de Londres e um dos

fundadores do UNAIDS, conclui que

este estudo prova que “a epidemia da

sida não acabou de forma alguma e

que o VIH/sida permanece uma das

maiores ameaças de saúde pública

do nosso tempo”.

Revista The Lancet HIV divulgou ontem relatório sobre VIH desde 1980 até 2015. Especialistas alertam para lento progresso na queda de novas infecções. Portugal surge entre os países com mais novos casos

SaúdeAndrea Cunha Freitas

des de saúde. Por um lado, no mais

recente relatório do Programa Na-

cional para a Infecção VIH/sida está

registado que em 2014 foram notifi -

cados 1220 novos casos de infecção

em 2014. Por outro, no que se refere

ao número de pessoas a viver com a

infecção, os dados ofi ciais referentes

a 2014 fi cam-se por uma estimativa de

45 mil pessoas, menos de metade da

previsão divulgada pelo IHME.

Estes dados foram apresentados

este ano pelo então coordenador do

programa nacional, António Diniz

(que em Junho foi substituído por

Kamal Mansinho) e que, em declara-

ções ao PÚBLICO, afi rmou que estes

valores são aqueles que refl ectem a

realidade actual e foram obtidos com

uma ferramenta de cálculo para HIV

disponibilizada pelo Centro Europeu

de Prevenção e Controlo de Doenças

(ECDC). Sobre a discrepância, Antó-

nio Diniz mostrou-se incrédulo com

o valor referido no estudo mas pre-

feriu não comentar por desconhecer

o artigo e método usado.

Porém, José das Neves, cientista do

Instituto de Investigação e Inovação

em Saúde que colaborou no estudo

do IHME, explica que a estimativa de

115 mil pessoas a viver com o VIH em

Portugal é uma média e que tem um

intervalo de confi ança considerável,

entre os 32 mil e os 263 mil casos.

Ou seja, aponta ainda, se conside-

rarmos a baliza inferior, os números

aproximam-se. “É preciso ter algum

cuidado com estes valores. Há um

grande grau de incerteza. Por outro

Vírus da sida visto ao microscópio electrónico

A. HARRISON/P. FEORINO/CDC

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Quartos de doentes com infecção hospitalar podem ter sinais de alerta

ENRIC VIVES-RUBIO

Em Portugal, um em cada dez doentes contrai uma infecção no hospital, quase o dobro da média europeia

O Conselho Nacional de Ética para as

Ciências da Vida (CNECV) aprovou a

utilização de sinalética de alerta nos

quartos ou nas unidades em que do-

entes com infecções hospitalares es-

tão a ser tratados. Num parecer feito

a pedido da direcção do Programa

de Prevenção e Controlo de Infecção

e Resistência aos Antimicrobianos

da Direcção-Geral da Saúde (DGS), e

numa altura em que este problema

tem estado na ordem do dia devido à

multiplicação de surtos de infecções

com bactérias multirresistentes em

hospitais públicos, os conselheiros

do CNECV concluem não haver ob-

jecção ética ao uso de sinalética nos

locais onde os pacientes se encon-

tram em tratamento. O objectivo é,

frisam, alertar para as medidas de

carácter preventivo recomendadas

aos profi ssionais de saúde, aos fami-

liares e aos visitantes.

As infecções hospitalares são “um

problema maior de saúde pública”,

enfatizam os conselheiros do CNE-

CV no parecer, que foi aprovado por

unanimidade. “O uso de uma sinalé-

tica de alertas sobre o modo de trans-

missão de infecções cruzadas, tendo

como objectivo diminuir o seu risco

de transmissibilidade cruzada, refor-

ça a adopção de comportamentos

preventivos por parte dos profi ssio-

nais de saúde, das pessoas interna-

das e dos seus visitantes”, justifi cam.

Mas devem ser encontradas formas

de usar símbolos que não impliquem

divulgação pública de informação de

saúde das pessoas infectadas.

Recordando que a sinalética de

isolamento dos doentes, através de

um código de cores, é uma medida

adoptada em várias instituições com

o objectivo de melhorar a segurança

dos doentes, notam, aliás, que esta

não dispensa a adopção de compor-

tamentos “recomendados pela leges

artis” e que a informação associada

não pode, “em circunstância alguma,

revelar dados de saúde confi denciais

das pessoas internadas”. “Quaisquer

situações específi cas que, neste âm-

bito, necessitem de esclarecimento

poderão colher parecer da comissão

de ética hospitalar local”, recomen-

dam, ao mesmo tempo que avisam

que os doentes devem ser “apro-

priadamente esclarecidos” sobre

a razão de ser dos sinais de alerta.

Os conselheiros enfatizam que,

do ponto de vista ético, este proble-

ma põe em causa a necessidade de

articulação entre dois direitos em

confl ito. Por um lado, o direito à in-

tegridade das pessoas que contactam

com a pessoa internada e, por outro,

o direito à reserva da intimidade do

paciente infectado, em particular no

que diz respeito à protecção da sua

informação de saúde. Mas o que se

pretende aqui, frisam, é agir preven-

tivamente, no sentido de evitar que

mais pessoas sejam infectadas.

Mais de 12 mortes por diaA questão era a de saber se a reser-

va da intimidade da vida privada das

pessoas pode ou não ser violada pela

sinalética, tendo em conta que o ob-

jectivo é o de instituir sinais de leitura

fácil e igual em todas as instituições

hospitalares. Primeira pergunta: será

que os profi ssionais de saúde necessi-

tam de sinais de alerta à entrada dos

quartos ou nas unidades dos doentes

infectados? Os conselheiros ponde-

ram que sim, recordando que a taxa

de adesão à campanha para a higiene

das mãos lançada pela DGS em 2009

demonstrou a necessidade de refor-

ço das medidas.

Em Portugal, a probabilidade de

um doente adquirir uma infecção

que não tem que ver com a doença

que determinou o internamento num

hospital é elevada. O último estudo

de prevalência de infecção associada

aos cuidados de saúde data de 2012,

ano em que se conclui que um em ca-

da dez doentes (10,5%) contrai uma

infecção no hospital, quase o dobro

da média europeia.

No parecer do CNECV sublinha-

se justamente que as infecções as-

sociadas aos cuidados de saúde são

um dos “eventos adversos” mais

frequentes nos doentes internados

em hospitais. Além das mortes as-

sociadas a infecções hospitalares

(4606 em 2013, segundo a DGS), há

um prolongamento da estada hos-

pitalar (a demora média de interna-

mento é cinco vezes superior à dos

restantes pacientes) e custos anuais

suplementares estimados em 300

milhões de euros (dados do Minis-

tério da Saúde).

No último relatório da DGS sobre

esta matéria, recordava-se que, em

2013, (últimos dados disponíveis),

houve mais de 12 casos fatais por

dia, um número quatro vezes supe-

rior ao das vítimas mortais em aci-

dentes de viação nesse ano. Apesar

de o consumo de antibióticos e a re-

sistência aos antimicrobianos estar a

diminuir, a situação continua muito

complicada em Portugal. De tal for-

ma que, em Abril, a DGS determi-

nou que todos os casos de infecções

contraídas pelos doentes durante

a sua passagem pelas unidades pú-

blicas e privadas passarão a ter de

ser sempre declaradas, medida que

deverá arrancar no último trimestre

deste ano.

Esta medida foi anunciada alguns

dias depois de ter sido sugerida num

programa televisivo pelo bastonário

da Ordem dos Médicos, que lamen-

tou o “voluntarismo” com que se

tem lidado com este problema em

Portugal. José Manuel Silva conside-

rou então que a preocupação com

as infecções adquiridas nos hospitais

se tem centrado de forma excessiva

sobre as atitudes dos profi ssionais

de saúde e pouco com a falta de ver-

bas para o controlo das infecções e

falhas nas estruturas, por exemplo

a falta de casas de banho e de pes-

soal. O bastonário disse mesmo que

havia hospitais “sem roupa lavada

diariamente”.

Há dois direitos em confl ito, mas Conselho de Ética lembra que infecções hospitalares são “problema maior” de saúde pública. Objectivo é agir preventivamente, evitando que mais pessoas sejam infectadas

SaúdeAlexandra Campos

Menos infecções valem incentivos

Ministério da Saúde vai compensar hospitais

OMinistério da Saúde anunciou que, a partir do próximo ano, os hospitais que apresentem melhorias

na taxa de infecções vão receber incentivos. O problema das infecções hospitalares tem estado em destaque depois de vários surtos de uma estirpe da bactéria Klebsiella pneumoniae, muito resistente a antibióticos, terem ocorrido nos hospitais de Gaia, Coimbra e São João (Porto).

No hospital de Gaia foram detectados 102 doentes portadores da Klebsiella pneumoniae resistente a carbapenemos (antibióticos de largo espectro), um surto que fez três vítimas mortais, em Novembro de 2015. O mesmo tipo de bactéria foi responsável por um surto em

Fevereiro no Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra em 21 doentes internados, três dos quais acabaram por morrer. Em Abril, foi conhecido um novo surto, desta vez no Hospital de São João, onde nove doentes foram detectados com várias estirpes da Klebsiella pneumoniae.

Portugal surge no último relatório do ECDC (Centro

Europeu de Prevenção e Controlo de Doenças) como um país onde

já ocorrem surtos episódicos de infecção pela estirpe desta bactéria. No

mapa europeu, porém, a Grécia e a Itália estão numa posição muito pior,

dado que estão já numa situação endémica.

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Há dois direitos em confl ito, mas o Conselho de Ética diz que infecções são “problema maior” de saúde pública. O objectivo é prevenir p10

Quartos de doentes com infecção hospitalar vão ter sinais de alerta

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Hospitais não sentem maior afluência devido ao calor

No fim de semana morreram mais pessoas do que o habitual mas pico não foi fora do comum

Os termómetros subiram para lá do normal nos últimos dias mas, nos maiores hospitais do país, ainda não houve razão para preo-cupação. As idas às urgências estão a aumentar mas o fenóme-no verifica-se desde o início do ano e não se acentuou com o aumento das temperaturas. De acordo com os dados disponíveis no site da Direcção-Geral da Saú-de, a mortalidade encontra-se dentro do expectável. Ainda assim, no fim de semana o número de mortes superou o dos últimos sete anos nestas mesmas datas (16 e 17 de julho). Nos últimos dias, já passou a ser mais baixo do que o habitual e mesmo o pico do fim de semana não foi fora do comum.

Esta semana o Instituto Portu-guês do Mar e da Atmosfera con-firmou que julho arrancou com um calor acima da média Além do aumento das temperaturas máximas e mínimas, várias zonas do país registaram temperaturas superiores a 42.9, em particular no domingo. Porém, não houve qualquer onda de calor.

No Hospital de Santa Maria, em Lisboa, não há para já indícios de que o aumento das temperatu-

ras esteja a levar mais pessoas às urgências, disse ao i o presiden-te do conselho de administração Carlos Martins. Há um aumen-to da afluência na casa dos 12% desde o início do ano mas o res-ponsável salienta que tal se deve ao aumento da procura por par-te de utentes de outras zonas do país, que a unidade justifica com a diferenciação da oferta do pon-to de vista "técnico e logístico" e com o facto de haver livre aces-so por parte dos doentes.

Já o Hospital São João, no Por-to, informa que não houve até à data aumento na afluência às urgências. No Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (CHUC) também não houve nos últimos dias um aumento significativo da afluência nem mais casos de doen-tes desidratados ou com outras doenças relacionáveis com o calor.

De qualquer forma, as unida-des garantem estar preparadas e ter em marcha os planos de con-tingência. No CHUC, os profissio-

JFMA confirma temperaturas

elevadas em todo o país mas não houve

onda de calor

riais foram alertados para man-terem as janelas fechadas e para terem maior cuidado com a hidra-tação dos doentes. Além disso, foi garantida a climatização das ins-talações e enfermarias.

No Centro Hospitalar Lisboa Central, que integra S. José, Curry Cabral, Estefânia ou MAC, não existem por agora admissões rela-cionadas com a exposição ao calor. Nas últimas semanas, a afluên-cia às urgências neste centro hos-pitalar registou um aumento de 4% mas, tal como em Santa Maria, a maior procura verifica-se des-de o início do ano e nos últimos tempos até não foi tão forte como nos meses anteriores. A unidade informa que, no âmbito dos pla-nos de contingência, está a sen-sibilizar os utentes para as pre-cauções. Crianças e idosos são os grupos mais vulneráveis.

O calor traz preocupações mas são as temperaturas frias, em simultâneo com a gripe, que cos-tumam traduzir-se num aumen-to da mortalidade. Segundo os dados do INE, nos mesa de julho e de agosto moi t em habitualmen- te 7800 pessoas quando no pico de Inverno há mais de 10 mil mor-tes por mês. As ondas de calor são, contudo, os fenómenos mais preocupantes: em 2013 causaram mais 1700 mortes. Se no último domingo morreram 302 pessoas no país, no dia com mais mortes no verão de 2013 registaram-se 498 óbitos. Marta F. Reis

Temperaturas subiram mas não houve onda de calor, informou o IPMA J‹ 'LSI. 7-1 RNAShh,

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MÉDICOS

O Serviço Nacional de Saúde tara sido lesado em 943 milhões de ouros devido a corrupção com a prescrição de remédios

Fraude na Saúde leva a expulsões JUSTIÇA O 432 médicos investigados por suspeita de corrupção em 4 anos

CRISTINA SERRA

AOrdem dos Médicos vai expulsar da instituição ou suspender tempora-

riamente do exercício da ativi-dade os clínicos condenados por praticarem atos de cor-rupção e fraude contra o Servi-ço Nacional de Saúde (SNS), garantiu ao CM o bastonário, José Manuel Silva.

Só nos últimos quatro anos, 432 médicos foram investiga-dos por suspeita de lesarem o SNS, em 943 milhões de euros, tendo alguns sido condenados, designadamente, seis, no pro-cesso Remédio Santo. "As pe-nas de expulsão e suspensão vão

ser aplicadas aos médicos con - denados por fraude e corrupção porque esses crimes são muito graves. A aplicação das penas será efetuada conforme agravi-dade de cada caso", refere José Manuel Silva.

A aplicação das penas pelo Conselho Dis-ciplinar da Ordem será efetuada após os processos judi -ciais terem transitado em julga-do, ou seja, esgotadas as possi-bilidades de recurso.

Segundo José Manuel Silva, o Conselho Disciplinar está a analisar "meia dúzia de casos",

que deram entrada recente-mente na Ordem. O aumento de cinco para quinze do núme-ro de membros daquele conse-lho, alteração introduzida com os novos estatutos, tem permitido "urna maior e mais

rápida" análi-se dos casos.

O bastonário elogia a cria-ção do Centro

de Conferência de Faturas do Ministério da Saúde, na Maia, que enviou 573 processos para investigação, por suspeita de fraude, que envolveu ainda 189 prestadores de serviços e seis utentes (mais na pág. 51). •

ORDEM AVALIA MEIA DÚZIA DE CASOS E PROMETE APLICAR PENAS PESADAS

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País: Portugal

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1

DISCURSO DIRETO

José Manuel Silva: bastonário da Ordem dos Médicos, sobre suspeitos de fraude contra SNS

"MÉDICOS INVESTIGADOS SÃO VÍTIMAS DE FRAUDE" 13 CM: Um total de 432 médicos foram investigados por suspeita de corrup-ção e fraude ao SNS. Como explica o ele-vado número de suspeitos? José Manuel Silva - O núme-ro é, de facto, bastante ele-vado mas devo salientar que muitos desses médicos in-vestigados são vítimas e não autores de fraude. - Como assim? - Foram vítimas de roubos de vinhetas e de receituário, vítimas de autores que falsi -ficaram esses documentos. Nunca se falou num-número tão elevado de autores de fraude contra o SNS. É im-

possível uma fraude desses montantes sem cúmplices e os médicos são um dos envolvidos nesses mecanismos. - Como explica esse

envolvimento dos médicos? - Em todas as profissões há bons e maus profissionais. Durante muito tempo houve o sentimento de impunida -de, que induziu à prevarica - ção. A informatização do circuito do medicamento, que a Ordem dos Médicos aplaude, permitiu a deteção de casos desviantes. Devia ser reforçado o sistema de identificação das embala-gens dos medicamentos. (mais inf. na pág. 18). • c.s.

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A7

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País: Portugal

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Corte: 1 de 2ID: 65354062 20-07-2016

As baixas serio alvo de fiscallzaçõo mais apertada, por dedsio do Governo

Trabalho Convocatória extraordinária visa combater fraude no subsidio de doença

1500 pessoas de baixa vão a junta médica Cada Sofia Luz [email protected]

► Cerca de 1500 pessoas que se en-contram de baixa há mais de 40 dias consecutivos estão a ser cha-madas para irem a junta médica. A convocatória extraordinária, orde-nada pelo Governo, que quer pou-par, este ano. 60 milhões de euros na despesa com subsídios e com-plementos por doença, já começou a ser feita pelos centros distritais da Segurança Social e visa combater a fraude nas prestações sociais.

Os primeiros beneficiários a su-jeitarem-se a um controlo mais apertado pelo instituto-de Seguran-ça Social serão aqueles que estão de baixa há mais de 40 dias segui-dos e que nunca foram presentes a junta médica ou. tendo sido convo-cados, não compareceram. Estas 1500 pessoas terão de apresentar-se até ao final deste més. Mas não serão caso único. O Ministério do Trabalho, Solidariedade e Seguran-ça Social garante que "outros gru-pos de beneficiários" serão subme-tidos à mesma avaliação extraordi-nária. Mas não especifica quais.

"A forma mais eficaz de deteção de fraude numa prestação social desta natureza é através da convo-catória a juntas médicas, as quais verificam se o beneficiário de sub-sidio de doença está ou não apto para o trabalho", pode ler-se no co

milhões de ouros de pou-pança nos subsídios e complementos da doença pagos em 2016 i a meta do Governo. Para isso, in-vestirá trás milhões de eu-ros na fiscalização.

municado do ministério. enviado ontem à imprensa. O reforço da fis-calização é uma das medidas do Plano de Combate à Fraude e Eva-são Contributiva e Prestacional, apresentado em maio passado pelo ministro Vieira da Silva.

O objetivo do Governo é reduzir a despesa com subsídios e comple-mentos de doença. a crescer nos últimos dois anos. lá as ações de fis-calização diminuíram exponen-cialmente, sobretudo em 2015. Vieira da Silva quer fechar ano de 2016 com um nível de despesa se-melhante ao registado em 2013, poupando 60 milhões. O reforço da fiscalização é uma das armas. •

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Trabalho Governo chama 1500 de baixa para Junta médica Pagni lu

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A9

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Eutanásia Ministro da Saúde manda arquivar processo contra bastonária dos enfermeiros

• A pedido do ministro da Saúde, a Inspeção-Geral das Atividades em Saúde (IGAS) arquivou o processo sobre as declarações da basto-nária dos Enfermeiros. Ana Rita Cavaco. Em entrevista à Rádio Re-nascença, no inicio deste ano, a bastonário dava a entender a prática da eutanásia no Serviço Nacional de Saúde (SNS). No se-guimento destas afirmações. o Minis-tério Público abriu um inquérito, o qual foi arquivado por não terem sido encontradas provas da prática de qualquer crime. A IGAS, que abriu um processo a pedido de Adal-berto Campos Fernandes. optou também pelo arquivamento. Fonte da Ordem dos Enfer-meiros afirmou que Ana Rita Cavaco já foi notifica-da desta decisão.

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Transplante Primeiro foi há 47 anos • A Sociedade Portuguesa de Transplantação assinala hoje o Dia do Transplante, que ainda não é oficial, com a projeção de fotografias com significado para quem foi transplantado. No dia 20 de julho de 1969, realizou-se o primeiro trans-plante de rim pela equipa do Manuel Furtado, nos Hospitais Universitários de Coimbra.

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AFP

Como se garante que o órgão transplantado não é rejeitado?

A transplantação de um órgão num

receptor desencadeia, neste último, uma

reacção imunitária potente, em resposta

ao contacto com células e com proteínas

que são estranhas ao hospedeiro.

Esta reacção imunitária é fundamental

para assegurar a nossa sobrevivência,

permitindo-nos, diariamente, lutar

contra infecções ameaçadoras e destruir

rapidamente células tumorais que

resultam de erros do metabolismo.

Quando se realiza um transplante de um órgão

sólido (rim, pâncreas, fígado, coração, pulmão,

etc.), necessitamos de “enganar” o nosso sistema

imunológico de defesa, “desviando a sua atenção”

ou induzindo-lhe um “adormecimento”, para termos

sucesso e evitarmos a rejeição.

Facilmente se entende que este é um equilíbrio

muito instável, que passa a ser vivido pelo receptor

do transplante e pela sua equipa terapêutica, para o

resto da vida do recipiente (ou pelo menos enquanto

tiver o órgão funcionante). Se a imunossupressão

é insufi ciente desenvolvem-se quadros de rejeição

aguda ou crónica que levam à perda dos enxertos.

Mas, pelo contrário, se a imunossupressão é

exagerada, o receptor corre riscos muito aumentados

de desenvolver infecções ou tumores, que põem em

risco a sua sobrevivência.

Temos de reconhecer, que a história da

transplantação de órgãos é dos capítulos mais

apaixonantes da medicina moderna.

Os progressos notáveis da imunossupressão, com

o desenvolvimento de fármacos imunossupressores

progressivamente mais específi cos, com acções

coordenadas e potenciadas tem-nos permitido

oferecer a possibilidade de transplantação a

populações que previamente estavam arredadas

desta alternativa terapêutica. Na verdade, estamos

actualmente a transplantar populações muito mais

doentes (exemplo doentes diabéticos, doentes com

mais de 70 anos, etc.) sem comprometer o sucesso e

sem aumentar signifi cativamente os riscos dos doentes

transplantados.

Estes resultados só são possíveis, mediante o

recurso a fármacos, frequentemente utilizados em

associação, que bloqueiam as respostas imunitárias

que conduzem à rejeição mas não inibem as células

que actuam na defesa contra as infecções e as células

tumorais.

Naturalmente que são múltiplos os factores que

contribuem para o bom e longo funcionamento de

um órgão transplantado, nomeadamente: a idade

do dador, a idade do receptor, a “qualidade” do

dador (ex: hipertenso, fumador, etc.), se se tratou

de um “dador vivo” ou de um “dador cadáver”, a

existência de outras doenças no receptor aquando do

transplante, as complicações infecciosas, etc.

Mas em todas as séries de transplantados sobressai,

como principal factor de risco, a rejeição aguda e/

ou crónica porque, infelizmente, ao contrário do que

se observa no transplante de medula, a verdadeira

imunotolerância ainda não foi atingida no transplante

de órgãos sólidos.

Por este motivo, a colaboração do doente, a

sua motivação, rigor e disciplina na toma dos

imunossupressores é fundamental, constituindo

uma condição basilar aquando da avaliação pré-

transplantação.

Infelizmente (sobretudo nalguns registos norte-

americanos) a defi ciente adesão do doente à

medicação tem constituído um dos factores de

rejeição dos órgãos transplantados. Esta é uma

preocupação de todas as equipas terapêuticas

dedicadas à área da transplantação, o que tem levado

ao desenvolvimento de programas de motivação

repetidos periodicamente, à utilização de plataformas

de comunicação (exemplo: aviso por SMS da

hora da medicação), à constituição de “pares de

responsabilidade” (ex: casais, pares de doentes), etc.

No mesmo sentido vão as novas formulações

de imunossupressores, que permitem uma única

administração diária, desenvolvidos por diversos

laboratórios, e que se têm associado a uma

signifi cativa redução da taxa de esquecimentos e

falhas na administração dos fármacos, aumentando a

adesão ao tratamento.

O receptor de um órgão sólido deve estar consciente

do elevadíssimo investimento que a sociedade em que

se insere faz, para lhe dar uma nova oportunidade

de viver uma vida “quase” normal. Tem de ter a

capacidade e a vontade de desenvolver hábitos

saudáveis, de aderir à terapêutica prescrita e estar

atento aos mais pequenos sinais de alarme.

Os membros da equipa terapêutica e de uma

forma particular os médicos e enfermeiros que

acompanham os doentes transplantados nas fases

pré, per e pós transplante, têm uma responsabilidade

acrescida na selecção criteriosa dos receptores e no

seu acompanhamento com total disponibilidade e

dedicação.

Só deste modo, e com esta relação de dupla

responsabilização a longo prazo, entre “transplantado

e transplantador”, se optimiza a gestão deste bem

escasso, que é um órgão sólido para transplante.

Professor da Nova Medical School - Universidade Nova de Lisboa, presidente da Sociedade Portuguesa de Nefrologia

Debate Cuidados de saúdeAníbal Ferreira

Só com uma relação de dupla respon-sabilização a longo prazo, entre “transplan-tado e trans-plantador”, se optimiza a gestão deste bem escasso, que é um órgão sólido para transplante

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ANESTESISTAS

Críticas aos tarefeiros

A Secção Regional do Centro da Ordem dos Médi-cos discorda do eventual recurso a empresas de re-crutamento médico para suprir a carência de médi-cos especialistas em Anes-tesiologia na região. Carlos Cortes, presidente

da SRC-OM, considera o processo de "anestesistas à hora" uma destruição das carreiras médicas.•

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ENSINO SUPERIOR

Depois de quatro anos em quebra, há mais vagas no superior

Universidades e politécnicos: vagas por área e c

Fonte: Direcção-Geral do Ensino Superior

Ensino politécnico

Ensino universitário

22.378

28.310

201620132010200720042001

20.000

22.500

25.000

27.500

30.000

Vagas fixadas para o concurso nacional entre 2001 e 2016

Os 20 cursos com mais vagas e respectivas taxas de desempregoEm 2016

U. Porto - Fac. MedicinaU. Lisboa - I.S. TécnicoU. Porto - I. Ciências Biomédicas Abel SalazarU. MinhoU. Lisboa - I.S. Técnico

MEDICINAENGENHARIA AEROESPACIAL

MEDICINAMEDICINA

ENGENHARIA FÍSICA TECNOLÓGICA

18,6718,5

18,4818,3218,23

Instituição CURSO Nota*

* Só são tidos em conta cursos onde em 2015 foram colocados estudantes na 1.ª fase através do contingente geral. ** Rácio entre o n.º de recém-diplomados entre 2010/11 e 2013/14 registados como desempregados no IEFP em Dezembro de 2015 e o n.º total de diplomados nesse período

Os cinco cursos com nota de ingresso mais alta

14,18

14,2

13,78

13,96

18,05

15,35

18,13

18,67

14,12

17,92

17,35

14,88

15,98

17,15

17,3

15,17

15,93

13,55

16,3

12,83

5,4

9,7

2,6

1,1

0,1

3,6

0

0

12,5

0

6,6

5,6

2,1

1,2

1

4,5

3,4

7,4

4,6

10,4

Nota* Taxa**VagasInstituição - CURSOU. Lisboa - Fac. de DireitoDIREITO

U. Coimbra - Fac. de DireitoDIREITO

Esc. Sup. de Enfermagem CoimbraENFERMAGEM

Esc. Sup. de Enfermagem de LisboaENFERMAGEM

U. Lisboa - Fac. de MedicinaMEDICINA

Esc. Sup. de Enfermagem do PortoENFERMAGEM

U. Coimbra - Fac. de MedicinaMEDICINA

U. Porto - Fac. de MedicinaMEDICINA

IP Porto - I. Sup. de Cont. e Admin.CONTABILIDADE E ADMINISTRAÇÃO

U. Nova Lisboa - Fac. Ciên. MédicasMEDICINA

U. Porto - Fac. de EconomiaECONOMIA

U. Lisboa - Fac. de FarmáciaCIÊNCIAS FARMACÊUTICAS

U. Lisboa - Inst. Sup. TécnicoENG. ELECTRO. E COMPUTADORES

U. Nova de Lisboa - Fac. de EconomiaECONOMIA

U. Nova de Lisboa - Fac. de EconomiaGESTÃO

IP do Porto - Inst. Sup. de Eng.ENG. INFORMÁTICA

U. Porto - Fac. de Eng.ENG. ELECTRO. E COMPUTADORES

U. Lisboa - Fac. de LetrasLÍNGUAS, LITERAT. E CULTURAS

ISCTE - Inst. Universitário de LisboaGESTÃO

U. Lisboa - Fac. de ArquitecturaARQUITECTURA

460

334

320

300

295

270

255

245

235

231

223

220

220

210

210

210

200

200

200

192

A área de arquitectura e cons-

trução perde uma centena

de vagas face ao ano passa-

do. Já os disputados cursos

de medicina, que estão en-

tre os que têm as notas de

ingresso mais altas, mantêm a mesma

oferta: 1441. Nas engenharias e afi ns

quase não há variações: cerca de no-

ve mil vagas. E o mesmo se passa a

informática — 864. Ou até nos cursos

de formação de professores e ciências

da educação — 1220. Feitas as contas,

há 50.688 lugares nas universidades

e politécnicos públicos do país, dis-

poníveis para serem ocupados por

novos alunos — mais 133 do que em

2015.

A partir de amanhã está aberta

a 1.ª fase do concurso nacional de

acesso ao ensino superior. E o que

mostra a oferta disponibilizada nos

1060 pares instituição de ensino/

curso é isto: depois de quatro anos

(desde 2012) marcados por uma re-

dução, ano após ano, do número de

lugares abertos, 2016 é o primeiro a

registar um aumento da capacidade

instalada, ainda que não chegue às

150 vagas. Trata-se de um aumento

residual, sublinham tanto o presiden-

te do Conselho de Reitores das Uni-

versidades Portuguesas (CRUP), An-

tónio Cunha, como o presidente do

Conselho Coordenador dos Institu-

tos Superiores Politécnicos (CCISP),

Joaquim Mourato. António Cunha

considera, de resto, que o número

de lugares disponíveis “é razoável”.

E acrescenta: “Está ligeiramente so-

bredimensionado, o que permite que

os estudantes tenham mais liberdade

para escolher um curso em função

dos critérios que considerarem mais

pertinentes, o que é positivo.”

Para o presidente do CRUP, a ques-

tão de fundo actual tem que ver com

o número de candidatos que, apesar

de uma ligeira subida no ano passa-

do, tem vindo a decair. “O que nós

precisamos é de mais gente no ensino

superior, como aliás se pode consta-

tar também pelas médias europeias,

que são superiores”, defende.

Na sua opinião, a existência de

mais candidatos passa por garantir,

por um lado, que “as taxas de sucesso

no secundário sejam mais efectivas”,

e mais estudantes fi quem em condi-

ções de ingressar. Mas também por

impedir que questões de “ordem fi -

nanceira” limitem o prosseguimento

de estudos. Para tal, é preciso “alar-

gar o universo de alunos abrangidos

pela acção social escolar”.

No ano passado, houve 54.450

candidatos ao superior (mais 4390

do que em 2014) nas três fases que

compõem o concurso nacional. E

estavam disponíveis 50.555 vagas.

Acabaram por se matricular cerca

de 44 mil alunos.

Também o presidente do CCISP,

Joaquim Mourato, considera que é

residual o aumento de vagas propos-

to para o próximo ano lectivo, desta-

Aumento é residual, mas quebra a tendência. Cursos de engenharia e afi ns, ciências empresariais e saúde são os que mais lugares abrem. Politécnicos defendem maior “ajustamento entre oferta e procura”

Andreia Sanches e Clara Viana

cando, em vez disso, que existe “uma

estabilização da oferta”. O CCISP já

expressou, contudo, várias vezes, a

opinião de que o “ajustamento en-

tre a oferta e a procura deveria ser

maior”, lembra. E isto porque “mais

uma vez se espera que o número to-

tal de candidatos este ano esteja mui-

to abaixo do número de vagas”.

“Não foi esse o entendimento do

Governo, como não tinha sido do an-

terior”, constata Joaquim Mourato,

acrescentando que os politécnicos

têm capacidade formativa sufi cien-

te para a procura que actualmente

existe — uma procura que, nota,

não se restringe aos candidatos que

concorrem ao concurso nacional de

acesso.

Regras foram cumpridasDe facto, este concurso que ago-

ra arranca não é a única forma de

entrar no superior. Há outras vias.

Dois exemplos: através dos concur-

sos especiais, organizados pelas

instituições de ensino, destinados

aos maiores de 23 anos que pres-

tam provas especiais; ou mediante

os concursos de admissão, também

organizados pelas instituições, para

quem quer seguir um curso técnico

superior profi ssional (o Ministério

da Ciência diz que nos próximos dias

será fornecida informação adicional

sobre estes cursos).

Há ainda 660 vagas para os con-

cursos locais de acesso — destinados

a seleccionar os candidatos a cursos

com características específi cas, caso

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Corte: 2 de 3ID: 65354354 20-07-2016

cursos com mais oferta

PÚBLICO

Medicina, um dos mais disputadosVagas abertas em 2016

Univ. de Lisboa 295Univ. de Coimbra 255Univ. do Porto 245Univ. Nova de Lisboa 231Inst. Ciências Biom. Abel Salazar 155Univ. da Beira Interior 140Univ. do Minho 120

Vagas fixadas para concurso nacional e concursos locais Em 2016, por área

Não especificado

Serviços de segurança

Serviços de transporte

Matemática e estatística

Ciências veterinárias

Indústrias transformadoras

Protecção do ambiente

Agricultura, silvicultura e pescas

Informática

Informação e jornalismo

Serviços sociais

Form. de prof. e ciências da educação

Ciências físicas

Direito

Arquitectura e construção

Ciências da vida

Humanidades

Serviços pessoais

Ciências sociais e do comportamento

Artes

Saúde

Ciências empresariais

Engenharia e técnicas afins9083

7557

6716

4258

3873

2799

2436

1972

2226

1858

1220

1228

1086

878

864

831

625

619

512

504

83

60

60

Instituições com mais vagas em 2016

Univ. de Lisboa 7661 7651Univ. do Porto 4160 4160Univ. de Coimbra 3189 3189Inst. Pol. do Porto 3055 2989Univ. do Minho 2734 2728

2012 2016

de Música, Dança, Teatro ou Cinema.

Também aqui houve um pequeno

aumento (mais 44 lugares).

Apesar de existirem vários cur-

sos, nomeadamente do politécnico,

com reduzidíssima procura, Joaquim

Mourato garante que todos os que

abrem novos lugares cumpriram os

requisitos impostos pelo Governo.

Requisitos que foram recordados

num despacho que o Ministério da

Ciência e Tecnologia e Ensino Su-

perior (MCTES) fez seguir em Junho

para universidades e politécnicos. A

saber: as instituições não poderiam

abrir vagas, salvo casos especiais, em

cursos em que o número de alunos

inscritos pela primeira vez no 1.º ano,

tanto em 2014 como em 2015, tivesse

sido inferior a dez; cursos em que

houvesse, entre os recém-diploma-

dos, elevadas taxas de desemprego

não poderiam aumentar a oferta; e,

por fi m, o número total de lugares

em cada instituição não podia “ser

superior ao maior de entre a soma

das vagas fi xadas para os concursos

nacional e locais, para essa institui-

ção, em cada um dos dois últimos

anos lectivos”.

Posto isto, o facto de ter existido

um aumento de lugares este ano, ao

contrário do que se passou em 2012,

2013, 2014 e 2015, foi, segundo o MC-

TES, uma “decisão das instituições

dentro do plafond disponível”.

Apenas alguns exemplos de cur-

sos que mantêm o mesmo número

de vagas este ano, apesar de pouco

concorridos: Engenharia do Ambien-

te, do Politécnico de Beja, teve no

ano passado zero colocados no con-

curso nacional, mas atraiu 12 novos

alunos, segundo dados fornecidos

pelo ministério, que lembra, uma

vez mais, que há outras vias de en-

trada no ensino superior; Ciência e

Tecnologia Alimentar, do Politécnico

de Bragança, teve apenas um colo-

cado no concurso nacional do ano

passado, mas acabou por receber

13 “caloiros”; Engenharia Civil, no

Instituto Superior de Engenharia da

Universidade do Algarve, também

teve zero colocados no regime geral,

mas recebeu 14 novos alunos. Resul-

tado: qualquer um deles mantém o

número de vagas este ano (23, 36 e

28, respectivamente).

A lista do MCTES mostra ainda

o seguinte: a maioria da oferta dis-

ponível continua a concentrar-se

no ensino universitário (55,9%). As

três áreas com mais peso na oferta

disponível são engenharia e técnicas

afi ns (17,7% das vagas), ciências em-

Dramático, incompetência. Estes são os dois termos escolhidos pelo bastonário da Ordem dos

Médicos, José Manuel Silva, para definir as consequências da recusa do Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (MCTES) em reduzir o número de vagas dos cursos de Medicina. Ao todo existem 1441 lugares disponíveis, a que acrescem mais 76 de dois cursos preparatórios aos mestrados integrados de Medicina.

“Devíamos avaliar as necessidades do país neste sector, e o Serviço Nacional de Saúde contratar os médicos que formamos. Não estamos a fazer nem uma coisa nem outra, o que é dramático”, diz. Consequências?

“Os jovens que escolhem Medicina têm de ter a consciência de que estamos a formar médicos acima das necessidades do país e por isso, embora não só, centenas emigram todos os anos.” Mas, alerta, também “têm de estar preparados para não existirem vagas suficientes para a especialidade que escolherem e preparem-se para emigrar de modo a poderem completar a sua formação”.

Em 2015 ficaram sem vagas para a especialidade 114 jovens médicos. Este ano, o número subiu para 158. E a situação tenderá a agravar-se, como também já alertou a Associação Nacional de Estudantes de Medicina (ANEM). “Lamentamos a recusa do ministério em reconhecer a existência do problema”, comenta o presidente da ANEM, André Fernandes, que lembra que, em Março, a associação enviou ao MCTES um documento detalhado com o retrato da situação. Do mesmo se queixa a Ordem dos Médicos. O seu bastonário conta que pediram uma audiência ao ministro Manuel Heitor, mas também não receberam qualquer resposta. C.V.

Jovens médicos:o futuro é lá fora

presariais (14,7%) e saúde (13,1%). E

faz sentido que engenharia continue

a ter este peso? O fi m do boom da

construção civil em Portugal levou

a uma redução da procura de enge-

nheiros civis, mas isso não quer dizer

que a engenharia seja igual a desem-

prego, muito pelo contrário, frisa o

bastonário da Ordem dos Engenhei-

ros, Mineiro Aires. “O país precisa

de engenheiros como de pão para

a boca, e há muitas empresas multi-

nacionais que operam cá e que não

conseguem nenhum.”

Se para a engenharia civil o destino

“continua a ser a emigração, noutras

áreas a empregabilidade é alta, senão

mesmo total”, diz. Não é só por isso

que defende que o actual número de

vagas se mantenha, apesar da redu-

ção drástica de candidatos. “Ajustar

a oferta à procura seria um suicídio,

porque daqui a cinco anos não tería-

mos engenheiros e um país que não

aposta nesta formação compromete

o seu futuro.”

Outro dos problemas de engenha-

ria tem sido o das disciplinas que

funcionam como provas de acesso:

Matemática e Física e Química. “Os

jovens não devem ter medo destes

fantasmas. Não é preciso ser um alu-

no de 18 para seguir engenharia, mas

é preciso saber matemática e física

para ter esta profi ssão”, diz.

As candidaturas ao superior fazem-

se até 10 de Agosto. Os resultados são

conhecidos a 12 de Setembro e segue-

se, depois, com as vagas que sobra-

rem, a 2.ª fase do concurso.

MIGUEL NOGUEIRA

“O país precisa de engenheiros como de pão para a boca, e há multinacionais que operam cá e não conseguem nenhum”

Veja as listas completasQuantas vagas abrem este ano em cada curso? Qual foi a nota do último colocado em 2015? Compare a oferta de cada instituição publico.pt/ensinosuperior2016

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Vagas no superior com aumento residual após quatro anos de quedaHá mais 133 lugares do que em 2015, num total de 50.688 vagas. Saúde e engenharias lideram no número de lugares. “O país precisa de engenheiros como de pão para a boca”, diz bastonário dos Engenheiros Destaque, 2/3

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