O DEBATEDIÁRIO DE MACAÉ

Operação Lava-JatoVereadores travam novo embate sobre a citação do prefeito na lista da Odebrecht

Estudantes seguem com ocupação do Colégio Matias Neto

Oposição evita condenação prévia enquanto governistas antecipam absolvição sobre documentos apreendidos pela Polícia Federal e remetidos pelo juiz Sérgio Moro ao Supremo Tribunal Federal PÁG. 3

Rompimento de rede da Nova Cedae alaga ruas do Campo D'Oeste e causa problemas de infraestrutura em diversas ruas do bairro

www.odebateon.com.br

Macaé (RJ), quinta-feira7 de abril de 2016Ano XL, Nº 8986Fundador/Diretor: Oscar Pires

DIVULGAÇÃO PM

WANDERLEY GIL

WANDERLEY GIL

KANÁ MANHÃES

Problema em rede de adutora de água prejudicou moradores e causou prejuízos em ruas do bairro

Alvo de protesto é o governo do Estado

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Não é de hoje que os profissionais da educação de todo estado lutam por melhores condições de trabalho para exercer o oficio. No entanto, ao que parece, as lutas têm sido em vão. Desde o último dia 2 de março foi deflagrada a greve da rede esta-dual de ensino. Em Macaé não tem sido diferente. Mas apesar de um mês já ter se passado, segundo relatos do Sindicato Estadual de Profissionais da Educação de Macaé (SEPE) e estudantes, nenhu-ma medida foi tomada pelo órgão estadual. PÁG. 7

Na m a n h ã d e s t a quarta-feira (6), mora-dores do bairro Campo

d´Oeste acordaram "debaixo de muita água”. O motivo foi o rompimento de uma tubulação próximo a uma interligação da Cedae, que fôra realizada no fi-nal da tarde de ontem no bairro. De acordo com o gerente da Li-torânea Norte da Nova Cedae,

Fernando Arruda, o órgão foi comunicado do acidente por volta das 6h da manhã, quando então enviou uma equipe ao lo-cal, imediatamente, para verifi-car e resolver o problema.

“No início da tarde de terça-feira (5), nossa equipe estava no bairro realizando a interligação do que chamamos de Linha 3 em nossa frente de obras, vi-

sando melhorias no sistema de abastecimento da cidade. Os profissionais trabalharam até por volta das 22h. Já na manhã de hoje fomos comunicados do acidente, e de pronto nos des-locamos para o bairro, a fim de verificar a situação. Já por volta das 7h os registros estavam to-dos fechados”, disse Arruda.

Jussara Pereira, residente no bairro, conta que às 18h de terça-feira viu quando a equi-pe da Cedae estava trabalhan-do no local. “Só não imaginá-vamos que iríamos amanhecer com o bairro desse jeito. Muita

DROGAS APREENDIDAS EM BAIRROS DA CIDADE

INCÊNDIO EM PLATAFORMA É CONTROLADO POR BRIGADA

RISCO A ECONOMIA É ALERTADO POR BANCADA

Grupo mantém protesto contra cortes de verbas e atrasos no pagamento de professores

R$ 1,00

água foi desperdiçada. Devi-do ao bairro ser localizado na parte baixa da cidade, quan-do chove já sofremos com os alagamentos, e ontem não foi diferente. Era muita água jor-rando sem condições de esco-ar”, disse.

Equipes da secretaria muni-cipal de Limpeza Pública foram deslocadas para ajudar no pro-cesso de escoamento das águas.

Por conta do acidente, alguns bairros situados na área central do município registraram pro-blemas com a redução do fluxo de abas2tecimento. PÁG. 7

SERVIÇO EM COLAPSO

POLÍCIA, PÁG.6 ECONOMIA, PÁG.5 POLÍTICA, PÁG.3

GERAL EDUCAÇÃO

Avaliação da Saúde é crítica para pacientes

Macaense é campeão de torneio de sinuca

ÍNDICETEMPO

COTAÇÃO DO DÓLAR

CIDADE ESPORTE GERAL

Macaenses que dependem de serviços reclamam de falta de vagas PÁG. 2

Afonso Macaé venceu desafio de competição intermunicipal PÁG. 8

MARIANNA FONTES DIVULGAÇÃO

Reforma de vias ainda depende de edital barrado pelo TCE Afonso colecionou troféus

Bairro da Glória vive transtornos de obrasRuas do local ainda não foram recuperadas após obras da Odebrecht PÁG. 2

EDITORIAL 4

PAINEL 4

GUIA DO LEITOR 4

ESPAÇO ABERTO 4

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POLÍCIA CIDADE POLÍTICA CADERNO DOIS

Suspeitos de assaltos são presos pela PM

Lagoa vai receber evento esportivo

"Governo regride 20 anos", avalia Marcel

CIEMH2 brilha no cenário artístico

Vítimas reconheceram suspeitos na delegacia PÁG. 6

1ª Corrida e Caminhada acontece neste domingo PÁG. 2

Vereador comentou novo quadro de secretários PÁG. 3

Projeto vai abrir novos cursos gratuitos CAPA

O DEBATE DIÁRIO DE MACAÉ2 Macaé, quinta-feira, 7 de abril de 2016

Cidade 2ª Ação Social da Barra acontece em maio. Iniciativa, que é do Projeto Mão Amiga, vai acontecer na Praça Beira Rio.

NOTA

KANÁ MANHÃES

População mostra que recursos investidos não estão suprindo a demanda nas unidades municipais

CALAMIDADE

População comenta sobre a Saúde em MacaéPacientes relatam demora para agendar exames, falta de materiais e até dificuldades para serem atendidos

Marianna Fontesmarifontes@odebateon.com.br

Mesmo sendo um direito de todo cidadão, o aces-so a saúde de qualidade

é uma realidade para poucos no Brasil. A situação é ainda pior se isso for em relação à rede públi-ca. Em Macaé, o quadro não é diferente. Apesar de a prefeitu-ra destinar mais do que os 15% obrigatórios, que são determi-nados pela Constituição Fede-ral, oriundos das receitas pró-prias (impostos) para o setor, a maior parte desse dinheiro é destinada para o pagamento da folha de funcionários, ou seja, não é suficiente para atender a demanda do município.

O resultado dessa situação é o caos que vem sendo presencia-do por toda população. Macaé vive hoje uma crise no sistema, que sofre com a falta de medi-camentos, materiais e até de

profissionais, como médicos. Exemplos têm sido mostrados pelo jornal O DEBATE nos úl-timos meses.

Essa semana, a equipe de re-portagem conversou com algu-mas pessoas, que deram sua opi-nião sobre como está a Saúde no município. Uma dessas pessoas é o presidente da Associação de Moradores da Nova Holanda, Vando Emanuel, que já sentiu na pele as consequências disso, e também vem acompanhando o drama de várias famílias que vivem em áreas de vulnerabili-dade social.

“A Saúde em Macaé vai de mal a pior. Infelizmente é aqui-lo que a gente vem falando há tempos. Aqui na comunidade só aumentam os casos de dengue e zika vírus, porque, apesar do CCZ fazer o trabalho preven-tivo aqui dentro, eles não têm estrutura para atuar com total eficiência. O morador procura

atendimento e sofre para con-seguir. Muitas vezes precisa ficar peregrinando pela cidade em busca disso. Aqui no entor-no não tem centro de hidrata-ção. A UPA não atende direito, mesmo quando tem médico lá. Muitas vezes o paciente é dire-cionado para outras unidades, como os PSF do Aeroporto e da Imbetiba, que vivem lotados. As pessoas tentam fazer exames e não conseguem. Eu mesmo fiquei três semanas indo no "0800" para tentar agendar dois para minha filha. Depois dessa humilhação acabei pagando no particular, o que me gerou um gasto de R$ 220. Agora quem não tem condições de pagar faz o quê? Conta com a sorte? Re-sumindo, Macaé hoje não tem Saúde”, desabafa.

Quem confirma isso é Rogé-ria, moradora do Lagomar. “Es-tá uma vergonha. Péssimo. Você chega passando mal e não tem

atendimento. Na segunda-feira (4), meu marido foi na UPA da Barra e me falaram que só tinha um médico, que só atenderia ca-sos graves. A pessoa já está com dor, debilitada, ainda precisa passar por todo esse sofrimen-to. A crise é geral em todo o mu-nicípio”, diz.

A criadora do projeto Mulhe-res em Luta, Marilene Ibraim, relata o que tem presenciado nos últimos quatro anos, desde que começou a prestar assis-tência a pacientes oncológicos. “Não sou só eu que estou falan-do, não. Pode perguntar a qual-quer pessoa. A Saúde está um

verdadeiro caos. Nunca esteve tão ruim. Ela está abandonada literalmente. Os prestadores de serviço não recebem, ficam impossibilitados de atender e quem paga por isso é o paciente. A população não tem culpa se a prefeitura não paga o que deve. Um descaso total”, lamenta.

WANDERLEY GIL

Largada será nos quiosques, saindo em direção às Pedrinhas

BEM-ESTAR

Lagoa de Imboassica recebe evento esportivo

Praticar uma atividade física é fundamental para man-ter a saúde em dia. Para aqueles que fogem da agitação das aca-demias, uma boa opção são os esportes praticados ao ar livre. Para quem é adepto a isso, no próximo domingo (10), a Lagoa de Imboassica será o cenário es-colhido para a "1ª edição da Cor-rida e Caminhada", promovida pelo Ponto da Aventura. O local de concentração será próximo aos quiosques. A largada está prevista para acontecer às 8h.

De acordo com um dos or-ganizadores, Erick José, as inscrições poderão ser feitas com antecedência ou no dia do evento. Assim, ele solicita que a pessoa chegue com uma hora de antecedência. “Precisamos de tempo para fazer a entrega do kit com camisa e o número de identificação do participante”, diz ele ressaltando que a taxa

"1a Corrida e Caminhada" será realizada no próximo domingo, a partir das 8h

de inscrição é de R$ 50. Podem participar homens e mulheres a partir dos 15 anos de idade.

O trajeto será o seguinte: Lar-gada - Quiosques (Macaé) em direção à região das Pedrinhas (Rio das Ostras). “O percurso será na areia e na trilha, já que nossa empresa foca na questão do Ecoturismo”, diz. A corrida tem apoio da Unimed, Farmácia Água Viva e Caminho da Praia.

Os cinco melhores de cada ca-tegoria (feminino e masculino) serão premiados com troféus e medalhas. Também haverá premiação para as categorias por faixa etária (de cinco em cinco anos).

Já no dia 16, o Ponto de Aventura vai realizar uma ação social na Imbetiba. Será feita a campanha de arrecadação de alimentos não perecíveis e roupas/agasalhos. “Vamos esco-lher algumas instituições para entregarmos as doações. Para tanto, contamos com a solida-riedade das pessoas”, finalizou Erick enfatizando que a ação vai acontecer na Praia de Imbetiba (próximo à academia popular), a partir das 9h.

Moradores voltam a reclamar de buracos

MANUTENÇÃO

A omissão do poder público na conservação de vias públicas pode resultar em prejuízos para os motoristas e, em casos mais graves, até em acidentes. Na edi-ção de ontem (6), o jornal O DE-BATE mostrou as condições da

No Bairro da Glória, a população pede mais agilidade nos serviços de recapeamento

Rua 64, no Parque Aeroporto, considerada uma das mais im-portantes do bairro. Na repor-tagem, moradores reivindicam o reparo no asfalto que, segundo eles, não recebe manutenção há um bom tempo.

A alguns quilômetros dali, na área sul, outra localidade sofre os reflexos das péssimas condi-ções das vias. É o caso do Bairro da Glória, que é uma das áreas contempladas com as obras de

saneamento sob a responsabi-lidade da Odebrecht Ambiental.

Nos últimos meses, o jornal vem acompanhando de perto o drama de quem vive nessas re-giões afetadas pelas inúmeras frentes de trabalho. Segundo a população, a revolta não ocorre por conta das obras, mas sim devido à demora na recompo-sição das ruas onde o serviço já foi concluído.

“Está todo mundo insatis-feito. Aqui na minha rua está uma buraqueira desde que co-meçaram as obras. Até agora, ninguém resolveu nada. Se per-guntar a todos os moradores, a resposta vai ser unânime”, diz um morador que pede para não ser identificado.

Na Rua Professora Jacira Moura Tavares Durval, a prin-cipal de acesso ao bairro, mo-radores enfrentam obstáculos para conseguir passar. “Parece até uma pista de rally. Está pés-simo. Tem vezes que prefiro dar uma volta maior, entrando pelo Novo Cavaleiros, para não enfrentar isso. Só que não tem muito para onde fugir, não. O problema está na região toda.

Essa semana vi que começaram no Novo Cavaleiros e na Linha Verde. Espero que não demore para vir para cá, porque está complicado”, diz o morador José Roberto.

Quem mora ali relata que, além dos buracos, existe outro problema: a poeira. “O bairro era pavimentado. Quebraram tudo e deixaram assim. Nos úl-timos meses, temos enfrentado uma poeirada por conta disso. Eu varro a casa, pelo menos, duas vezes por dia. Minha filha que é alérgica está sofrendo muito por conta disso”, conta Ana Maria.

Segundo a concessionária, a recomposição do pavimento nos bairros que receberam as obras de implantação do siste-ma de esgoto continua sendo realizada. O cronograma com a relação das vias a serem recape-adas é divulgado, semanalmen-te, no site da empresa. Segundo ela, no Bairro da Glória está previsto o recapeamento, entre os dias 4 e 9, nas seguintes vias: Linha Verde; Rua Olavo Bilac; Rua Castro Alves e Rua Maria Borges Reid.

Rua Professora Jacira Moura Tavares Durval é uma das mais críticas

MARIANNA FONTES

O DEBATE DIÁRIO DE MACAÉ Macaé, quinta-feira, 7 de abril de 2016 3

PolíticaLAVA-JATO

Vereadores travam discussão sobre citação do prefeito em planilhas da OdebrechtOposição mantém cobrança por instalação de CPI já governistas defesa de 'doação nacional'

Márcio Siqueiramarcio@odebateon.com.br

A citação do prefeito de Macaé, assim como de cerca de 200 políticos

do país, na lista da Odebrecht apreendida pela Polícia Fede-ral em diligência da Operação Lava-Jato voltou a ser tema de intenso debate durante a sessão ordinária de ontem da Câmara de Vereadores.

Enquanto os membros do bloco de oposição evitaram as 'condenações prévias', os par-lamentares que fazem parte da bancada de apoio ao governo tentaram registrar uma 'absol-vição' antecipada ao analisar dados da lista que foi enviada pelo juiz Sérgio Moro, que está à frente da Operação Lava-Jato, para o Supremo Tribunal Fede-ral (STF).

E as planilhas da Odebrecht apreendidas na etapa 'Acara-jé' da Lava-Jato foram citadas em meio a um embate político entre o líder da bancada de go-verno, Julinho do Aeroporto (PPL) e Chico Machado (PDT), membro do bloco de oposição ao prefeito.

Em seu discurso no grande expediente, Julinho fez uma análise sobre as mudanças re-gistradas na política da cidade, com ênfase na defesa da no-meação de novos secretários, registrada ontem pelo governo, que inclui lideranças com par-ticipação histórica em adminis-trações municipais passadas.

Em sua análise, Julinho citou Eduardo Cunha (PMDB), Pau-lo Maluf (PP) e Lula (PT) para justificar os acordos políticos firmados pelo prefeito nesta semana, considerados pelo ve-reador Marcel Silvano (PT) co-mo um ato convergente com o discurso da mudança.

Em suas declarações, Julinho afirmou que alianças 'incoeren-tes' são comuns na política, ao citar um período de atrito entre Chico e o ex-prefeito Riverton Mussi, hoje um dos principais apoiadores da pré-candidatura de Chico a prefeito de Macaé.

WANDERLEY GIL

Embate entre bloco de oposição e bancada de governo expõe crise política instalada na cidade em virtude das planilhas da Odebrecht

NOMEAÇÕES

"Governo regride 20 anos", avalia Marcel Ao citar o que seria o 'pas-saporte para os próximos 10 anos', o vereador Marcel Silva-no (PT) fez ontem um discurso no grande expediente pautado pela reflexão do Plano de Go-verno, apresentado pela atual administração municipal ainda na época de campanha de 2012. E na avaliação do parlamentar o que acontece hoje em Macaé é uma regressão de 20 anos.

A volta no tempo citada por Marcel está relacionada aos no-vos nomes anunciados pelo go-verno que irão compor o quadro de secretários, substitutos dos ex-integrantes da administra-ção que deixaram a gestão para participar do pleito municipal deste ano.

"Vemos que os Mussi autên-ticos estão de volta ao gover-no. E, para mim, a incoerência maior está no fato de que um dos únicos avanços alcançados pela atual gestão foi vencer a oligarquia política que impe-rava nesta cidade, por 30 anos, simbolizada por este mesmo sobrenome. Os Mussi retornam ao poder dentro de um ato de-sesperado do prefeito em recu-perar no governo tudo que não avançou em 10 anos, mas regri-de 20 anos", declarou Marcel.

Em seu discurso, o parlamen-tar voltou a afirmar que "o pre-feito traiu o seu grupo político originário", e terminou por ren-der-se às práticas que repudiou na época da campanha.

"A não convocação de verea-dor para ser secretário e o repú-dio à era Mussi foram destrata-dos diante de um governo que sangra ao trair todos aqueles que acreditaram na mudança. Quem mudou mesmo foi o pre-feito, de opinião, de postura e de discurso político", disse Marcel.

"Difícil é defender o prefeito citado na lista da Lava-Jato"Em resposta a alfinetada de Julinho, Chico citou os dados relativos à lista da Odebrecht vazada há 15 dias pelo site UOL.

"Há questões na política que são difíceis de serem explicadas. E para o líder do governo o que deve ser difícil é defender um prefeito citado oito vezes em uma lista apreendida na opera-ção que investiga o maior esque-ma de corrupção da humanida-de", disse Chico.

Em resposta às declarações do vereador de oposição, Guto Garcia (PMDB), membro da bancada do governo, defendeu o prefeito ao repetir o mantra da 'doação nacional'.

"O documento está muito cla-ro. O próprio juiz diz que pode haver doações licitas, ilícitas e que não foram concretizadas. Na lista que se refere o nome de Dr. Aluízio está escrito 'a reali-zar'. E quem recebeu a doação foi o PV Nacional", defendeu.

Mas Chico rebateu.

"Queria perguntar ao verea-dor se ele conhece um dos bra-ços de Alberto Yousse¤ (preso na Lava-Jato) que doou R$ 185 mil para a campanha do pre-feito? Essas e todas as outras questões serão esclarecidas pessoalmente pelo Juiz Sérgio Moro. Tudo no seu devido tem-po", afirmou Chico.

O vereador Marcel Silvano (PT) também rebateu a defesa dos vereadores da bancada de governo em relação à lista.

"A defesa do vereador, so-bre uma doação 'a realizar' é diferente da nota emitida pelo prefeito que tentou se explicar sem esclarecer nada. É preci-so que os governistas tenham muito cuidado ao combinar a fala sobre as listas para que as informações não sejam desen-contradas", disse Marcel.

Guto declarou que "o prefei-to não tinha como saber sobre o envolvimento pessoal do do-ador da campanha".

"O prefeito é citado oito vezes na lista que indica Caixa 2"As interpretações sobre os dados da lista da Odebrecht foram registradas também por outros vereadores que partici-param da sessão ordinária de ontem.

Maxwell Vaz (SDD) voltou a apresentar, em plenário, um dossiê que inclui as planilhas apreendidas pela Polícia Fede-ral divulgadas pelo site UOL no último dia 23.

"Tenho todas as planilhas aqui neste dossiê e o nome do prefeito é citado em, pelo me-nos, oito planilhas que indicam parcelas, números e cita tam-bém as subsidiárias Foz (Ode-brecht Ambiental) e Odebrecht Infraestrutura. Para mim não há dúvidas, isso é Caixa 2. E quem quiser pode analisar to-dos esses documentos", apon-tou Maxwell.

"A instalação de uma CPI pode esclarecer muita coisa"Líder do bloco de oposição ao governo na Câmara, Igor Sar-dinha (PRB) voltou a cobrar do governo um posicionamento referente a instalação de uma Comissão Parlamentar de In-vestigação (CPI) para apurar fatos relativos as planilhas da Odebrecht.

"Volto a afirmar que nós da

oposição temos a cautela de não fazer condenações prévias. Mas a situação insiste pela absolvi-ção antecipada. Portanto, cobro do governo que envie para esta Casa uma declaração de apoio à instalação da CPI para que pos-sa se explicar sobre a citação do prefeito e o contrato com a Ode-brecht em vigor", cobrou Igor.

SERVIÇOS

Solicitações à Mobilidade são aprovadas em sessão

Pautas que ganharam destaque durante a votação de matérias na sessão ordinária de ontem, solicitações direciona-das à secretaria municipal de Mobilidade Urbana podem pro-mover um novo ordenamento do trânsito na região da Aroeira e em outros pontos da cidade.

Com base em três requeri-mentos aprovados por unani-midade, o vereador Paulo Antu-nes (PMDB) solicitou a revisão do sistema de sinalização de trânsito no entorno do bairro que concentra atualmente todo o volume do trânsito que migra das Linhas Verde e Azul em di-reção ao centro da cidade.

Intervenções na Aroeira foram pedidas por Paulo Antunes através de requerimento

Através do requerimento 154/2016, o vereador sugeriu à secretaria a instalação de novas placas que sinalizem o fluxo do trânsito e rotas alternativas para o acesso a outros pontos da cidade.

"Hoje, a Aroeira é a porta de entrada de todo o fluxo de car-ros que seguem em direção ao Centro. Portanto, solicito à se-cretaria que recoloque as placas que orientam os motoristas, principalmente para aqueles que não participam da rotina da nossa cidade", disse.

À Mobilidade, o vereador so-licitou também que sejam pin-tadas no asfalto as indicações de presença de radares eletrônicos instalados no perímetro urbano do município.

"Esta sinalização foi feita nos radares da RJ 168 que garantem maior segurança no acesso ao

Horto. O mesmo pode ser feito dentro da cidade", disse.

Paulo Antunes solicitou à pre-feitura o recapeamento da Rua Alcides Mourão, via principal da Aroeira.

FUTURO

Vereadores alertam para risco de desmobilização

O processo de desmobiliza-ção das operações da Petrobras no Porto de Imbetiba voltou a ser apontado por vereadores durante as sessões ordinárias do Legislativo desta semana.

Pegando o gancho do discurso de Maxwell Vaz (SD) na sessão de terça (5), o líder do bloco de oposição ao governo na Câmara, Igor Sardinha (PRB) repercutiu o processo que, segundo ele, vai sacrificar a economia da cidade.

"Não vemos nenhum tipo de movimento do governo pa-ra evitar essa desmobilização que custará mais desemprego e mais perdas para a nossa ci-dade", disse.

Igor Sardinha repercute discurso de Maxwell Vaz sobre nova posição da Petrobras

Igor defendeu o interesse da Câmara em apoiar demandas levantadas pela própria indús-tria offshore, com objetivo de reaquecer as operações do pe-tróleo na cidade.

"O nosso mandato atuou na defesa das obras de moderni-zação do Aeroporto e na ante-cipação da duplicação da BR 101. O vereador Maxwell tem um trabalho reconhecido na

defesa pela consolidação do novo porto. E o governo? O que fez para mudar esses cenários? Absolutamente nada! E segue omisso na tentativa de reverter o cenário de crise que estamos vivendo", declarou.

Em seu discurso no dia an-terior, Maxwell fez um novo alerta.

"Não vai sobrar nada para Macaé", declarou.

WANDERLEY GIL

Paulo Antunes (PMDB)

WANDERLEY GIL

Vereadores da oposição criticam a inércia do governo em relação a pautas da indústria

WANDERLEY GIL

Marcel Silvano (PT)

Chico Machado (PDT) afirmou que a Operação Lava-Jato ainda provocará surpresas em Macaé

NOTA

O DEBATE DIÁRIO DE MACAÉ4 Macaé, quinta-feira, 7 de abril de 2016

Opinião NOTA

ESPAÇO ABERTO

EDITORIAL FOTO LEGENDA

Após o vazamento dos documentos apreendidos pe-la Polícia Federal na etapa denominada 'Acarajé' da Operação Lava-Jato, é possível compreender que o maior esquema de corrupção da história do país se faz presente no cotidiano de Macaé, não apenas pe-lo enfraquecimento das operações da Petrobras, mas na exposição de conexões políticas que tornam ainda mais próximas as relações entre o jogo do poder de Brasília e da Capital Nacional do Petróleo.

O cenário econômico continua apresentando acelera-ção da inflação, que, em março, foi de 0,97% pelo IPC da FIPE. Trata-se de forte indicativo de que a taxa acumulada no ano ficará acima do topo da meta esta-belecida pelo Banco Central, de 6,5%.

Precipício

Inflação e desgoverno

Desde o vazamento da pla-nilha da Odebrecht que cita oito vezes o nome do prefeito de Macaé, além de gestores de Campos dos Goytacazes e de Rio das Ostras, a população da cidade acompanha de forma mais atenta o desdobramento do trabalho conduzido pelo juiz Sério Moro que, sem sombra de dúvidas, já é cotado a receber o título de 'Herói de Macaé'.

Hoje, a Lava-Jato desmante-la um esquema que comprova-damente tem ramificações tão extensas que foram capazes de interligar a investigação concen-trada em Curitiba a dados que levantam suspeitas na relação de intimidade entre o governo municipal e a Odebrecht, em-presa que passa a simbolizar o tráfico de influências e o finan-ciamento pautado pelo favore-cimento político.

E por mais que as informa-ções que constam nas planilhas

da Odebrecht ainda estejam no campo da suspeita, a divulga-ção de qualquer dado relativo à citação da 'Lava-Jato' provoca o desespero de todos os 200 po-líticos citados nos documentos apreendidos pela Polícia Fede-ral. E em Macaé, ao que parece, não é diferente.

A Câmara de Vereadores cumpre o seu papel a defender a abertura de uma investigação mais profunda no contrato da Parceria Pública Privada (PPP) do Esgoto, criado pela prefeitu-ra em 2012, que garantiu o início das operações da Odebrecht em Macaé em 2013, no primeiro ano do atual governo.

E tudo o que aconteceu ao longo desses três anos precisa ser muito bem esclarecido. Se os poderes públicos do mu-nicípio não fizer, o Supremo Tribunal Federal (STF) e a Operação Lava-Jato já come-çaram a fazer.

A maior incidência de aumen-tos está relacionada a alimentos (1,87%) e despesas pessoais (1,17%). Embora a mensuração da inflação acima citada refira-se a famílias com renda de um a 10 salários mínimos na Região Metropolitana de São Paulo, já existe a premissa de que o IPCA, índice oficial da inflação, pos-sa sinalizar uma aceleração. Apesar disso, o governo insiste que será de apenas um dígito.

Um dos fatores que pressionarão os preços é a autorização dada pelo governo para o aumento de 8,6% nas contas de energia elétrica no interior de São Paulo, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul. A situação so-mente não é pior porque, depois do excesso de chuvas, as autoridades perceberam que não se justificava a manutenção do sistema de ban-deiras, utilizado quando foi neces-sário acionar as termoelétricas para suprir o abastecimento. Porém, a suspensão da bandeira tarifária re-presentará menor arrecadação para as concessionárias elétricas, que, de imediato, pleitearam aumento de preços, aceito pela Aneel (Agência Nacional da Energia Elétrica).

A questão energética é mais um elemento que coloca em xeque a credibilidade do governo. Há ru-mores de que o ex-presidente Lula influencia cada vez mais as decisões administrativas, despachando me-didas durante reuniões em hotéis, conforme amplamente divulgado pela imprensa. Tudo isso acirra o ceticismo dos empresários de todos os setores, incluindo os investido-res estrangeiros. Tal desconfiança agrava a recessão e o desemprego. Com menos dinheiro girando no mercado e o aumento dos juros, é inevitável o impacto nos preços de produtos e serviços. Estamos num círculo vicioso!

A realidade é clara: está sendo muito mal visto o leilão de cargos nos ministérios e órgãos estatais, promovido pelo governo para re-compor a base aliada no Congres-so Nacional, após a debandada do

PMDB. Isso se reflete diretamente nos investimentos. Ninguém quer pôr dinheiro num Brasil perme-ado por uma crise política gravís-sima, fisiologismo, escândalos e incertezas de toda ordem. Assim, projetos de logística, transportes e geração de energia, que poderiam auxiliar na redução dos custos de produção, vêm sendo adiados in-definidamente. Há limites para riscos no capitalismo. Quando não há perspectivas no horizonte para o retorno do aporte de capital, tudo fica estagnado.

Não há transparência no governo e sequer um plano sério de contin-genciamento dos gastos. Por isso, o déficit orçamentário da União pode chegar a R$ 100 bilhões. Sem superávit primário, o dinheiro fica mais caro e as fontes de fomento cobrarão juros cada vez mais eleva-dos. O mais grave é que o governo está paralisado, com todo o seu foco dirigido às manobras para evitar o impeachment da presidente Dilma Rousse¯. Há muita discussão e po-lêmica entre os poderes constituí-dos. O Brasil espera o desfecho polí-tico para caminhar. Quem governa-rá o País? Dilma continuará? Temer assumirá? Ambos serão afastados e haverá novas eleições em 90 dias?

O Brasil espera essas respostas para que seja possível restabelecer a governabilidade e a gestão públi-ca. A prioridade é o equilíbrio finan-ceiro, que não pode vir do aumento da carga tributária e tampouco de novos financiamentos, mas sim do corte de gastos desnecessários. A máquina governamental está muito pesada. Por isso, os brasileiros estão assumindo a responsabilidade pela incompetência no trato dos recur-sos públicos, além de arcarem com todas as consequências que a crise está acarretando aos cidadãos e à sociedade.

Reginaldo Gonçalves é co-ordenador do curso de Ciências Contábeis da Faculdade Santa Marcelina (FASM).

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POLÍCIA MILITAR 190

POLÍCIA RODOVIÁRIA FEDERAL 191

SAMU 192

CORPO DE BOMBEIROS 193

DEFESA CIVIL 199

POLÍCIA CIVIL 123º DP 2791-4019

DISQUE-DENÚNCIA (POLÍCIA MILITAR) 2791-5379

DELEGACIA DE POLÍCIA FEDERAL (24 HORAS) 2796-8330

DELEGACIA DE POLÍCIA FEDERAL (OPERAÇÕES) 2796-8320

DELEGACIA DE POLÍCIA FEDERAL (PASSAPORTE/VISTO) 2796-8320

CÂMARA DE MACAÉ 2772-2288

HPM 2773-0061

CEDAE: 2772-5090

AMPLA 0800-28-00-120

PREFEITURA MUNICIPAL 2791-9008

DELEGACIA DA MULHER 2772-0620

GUARDA MUNICIPAL 2773-0440

AEROPORTO DE MACAÉ 2763-5700

CARTÓRIO ELEITORAL 109º ZONA 2772-3520

CARTÓRIO ELEITORAL 254º ZONA 2772-2256

CORREIOS (SEDE) 2759-3390

CORREIOS CENTRO 2762-7527

CEG RIO 0800-28-20-205

RÁDIO TAXI MACAÉ 2772-6058

CONSELHO TUTELAR I 2762-0405/ 2796-1108 PLANTÃO: 8837-4314

CONSELHO TUTELAR II 2762-9971/ 2762-9179 PLANTÃO: 8837-3294

CONSELHO TUTELAR III (SERRA) 2793-4050/2793-4044 PLANTÃO: 8837-4441

Terminais sem manutenção prejudicam 120 mil passageiros. Há anos os problemas estruturais vêm sendo evidenciados pela população que aguarda pela reforma.

RecapeamentoBairros destruídos pelas obras da Odebre-cht Ambiental começaram a receber nesta semana o recapeamento do asfalto, uma obra que levou mais de três meses para ser realizada pela prefeitura. Após cobranças insistentes dos moradores, a pavimentação começa a ser refeita em vias do Novo Ca-valeiros. No entanto, ainda vai levar tempo para que todos os pontos da cidade ava-riados pelas obras de saneamento sejam definitivamente reformados.

InquéritoGlauco Lopes recebeu ontem no seu pro-grama 'Nossa Dia a Dia', transmitido pela rádio 95 FM, o Procurador da República em Macaé, Dr. Flávio Reis. O tema da en-trevista foi o inquérito civil público, insta-lado pelos Ministérios Públicos Federal e Estadual, com objetivo de investigar a aplicação dos recursos repassados pela União para o financiamento da educa-ção básica, através do Fundo Nacional (Fundeb).

Credibilidade O governo nomeou ontem os substitutos dos secretários que deixaram a administração mu-nicipal para concorrer às eleições deste ano. E nomes de peso, com atuação marcante em gestões passadas, foram indicados para atuar na Educação e na Cultura. O importante para a atual administração municipal é ganhar cre-dibilidade com esses figurões que atuaram ao lado dos ex-prefeitos Sylvio Lopes, Riverton Mussi e Carlos Emir.

Pagamento E o superávit de mais de R$ 48 milhões acumulados pela prefeitura no primeiro trimestre deste ano, apenas com o ISS e o ICMS, alivia a preocupação do governo com o custeio da folha de pagamento. E, ao que parece, a necessidade de demissão de 600 assessores, anunciada pelo prefeito no início do ano, foi abandonada, pelo me-nos por enquanto. Mas há quem acredite que o sacrifício está relacionado com as eleições deste ano.

Abandono E parece também que o conselho consultivo criado pelo governo junto a representantes de instituições empresariais e sociais do município foi realmente esquecido. Antes a proposta era que o grupo se reunisse, pelo menos, uma vez por mês. Mas, desde que fo-ram convocados, os membros só se encon-traram uma vez no Centro de Convenções Jornalista Roberto Marinho. Pelo que parece, a crise do petróleo não tem incomodado tan-to a administração municipal.

Abastecimento Passa a ser crônica a situação de desabaste-cimento do município através da sequência de problemas registrados na rede administrada pela Nova Cedae. Assim como o ocorrido em várias cidades do Estado, o vazamento regis-trado ontem no Campo D'Oeste só demonstra que as tubulações que promovem a distribui-ção de água, em diversos pontos da cidade, precisam ser trocadas. Enquanto isso a nova rede ainda não chegou ao Lagomar.

Atrasos Ainda circulam nas redes sociais denúncias que envolvem o atraso no pagamento de funcionários das empresas que prestam serviços de limpeza na cidade. Mantidos desde o governo passado, os contratos que regem a atuação das companhias na cidade somam despesas previstas em mais de R$ 140 milhões por ano. No entanto, pelo que parece, o comprometimento das receitas do petróleo não estão garantindo a eficiência desses trabalhos.

Desespero O fortalecimento do discurso de oposição nas ruas da cidade tem gerado o sentimento de desespero para os 'agraciados pelo poder'. Na tentativa de manter a máscara da idonei-dade, destruída pelo vazamento das planilhas da Operação Lava-Jato, pessoas ligadas ao governo dão as últimas cartadas para evitar o que está óbvio na cidade: o clima de insatisfa-ção, abandono e de enganação. E a principal arma para defender o projeto de poder é a ca-lúnia e a difamação. Lamentável para Macaé!

Posições Mal tomou posse na Câmara de Vereadores, o Teco Comunidade (PROS) passou a ser corte-jado pela bancada do governo que tenta, a todo custo, reduzir a força crescente do bloco de oposição. Hoje, o parlamentar suplente pode ser o divisor de águas na relação institucional entre o Legislativo e o Executivo. Se fizer com-posição com o grupo 'dos contra', Teco garante à oposição votos suficientes para instalar CPIs e rejeitar projetos do governo.

De Norte a Sul da cidade, a população reclama do péssimo estado de conservação de vias públicas. Se no Novo Cavaleiros os problemas foram gerados pelas obras de saneamento da Odebrecht, no Parque Aeroporto os transtornos são as instalações relacionadas ao abastecimento. E quem paga o 'pato' é o cidadão.

O DEBATE DIÁRIO DE MACAÉ Macaé, quinta-feira, 7 de abril de 20161 5

Economia Preço da gasolina tem variação de 5,4% em Macaé. No município, valor máximo pago pelo combustível é de R$ 4,09.

NOTA

SERVIÇO

Alunos de autoescola reclamam de novo sistema de presençaImplementado para evitar fraudes, sistema biométrico tem causado problemasGuilherme Magalhãesguilherme@odebateon.com.br

E se já não bastassem as diversas questões que põem em confl ito as au-

toescolas e seus respectivos alunos, esta semana a relação entre as partes ganhou mais uma polêmica. Desde a última segunda-feira (4), quando pas-sou a valer o novo sistema bio-métrico obrigatório, utilizado para confi rmar a presença dos alunos em cerca de 300 auto-escolas no âmbito estadual, as reclamações têm sido de todos os tipos. Em Macaé não tem si-do diferente.

Aprovado pelo Detran e com o intuito de diminuir o índice de fraudes nas aulas, segundo alguns clientes de autoescolas instaladas no centro da cidade, o novo programa tem atrasado todo o processo diário devido a uma sobrecarga em seu próprio sistema, que passou a enviar as digitais em tempo real para o

órgão. No antigo sistema, as informações ficavam armaze-nadas em um servidor, sendo posteriormente repassadas pa-ra o órgão estadual.

“Está um caos. Na última ter-ça-feira tivemos que fazer fi la e esperar até o sistema voltar para concluirmos a aula. Espero que essa situação seja resolvida logo, pois já pagamos muito caro para obtermos a carteira de habilita-ção”, contou a aluna de uma au-toescola instalada no Centro, que prefere não ter o nome revelado.

Segundo os profi ssionais das autoescolas, o problema seria da empresa que desenvolveu o software do programa.

“Sem dúvida, a ideia é boa porque torna o registro de au-las dos alunos mais dinâmico. Por outro lado, levando em consideração esses primei-ros dias em que ele esteve em atividade, acredito que ainda precisa ser melhorado para evitar transtornos, tanto para os alunos quanto para nós que

KANÁ MANHÃES

somos apenas profi ssionais, e não temos culpa nesse caso. Na prática, o que vem acontecen-

do é que, na hora de realizar a biometria, em alguns casos es-tá demorando mais de quinze

minutos. O problema é que de-pois desse prazo a aula é perdi-da”, disse o instrutor de uma

escola localizada no centro da cidade, que também preferiu não se identifi car.

OFFSHORE

Sindipetro-NF con� rma novo acidente em plataforma da Bacia de Campos

Em mais um caso de aciden-te nas plataformas da Bacia de Campos, ontem (6), o Sindicato dos Petroleiros do Norte Flumi-nense (Sindipetro-NF) confi r-mou um princípio de incêndio na P-32. Igualmente localizada na Bacia de Campos, no mês passado a P-48 também regis-trou um princípio de incêndio que pôde ser avistado a mais de um quilômetro de distância.Segundo as informações preliminares do órgão sindical, embora desta vez não tenha si-do necessário acionar o barco contra incêndios (Fire Fighter), a produção da unidade foi para-lisada.

“Até onde sabemos ninguém ficou ferido e também ainda

Segundo informações, ontem, P-32 teria sofrido um princípio de incêndio e a produção foi paralisada

não se sabe qual foi o motivo do incêndio. De todo modo, já estamos solicitando participar da comissão de investigação do incidente, que ainda deverá ser formada”, contou Tezeu Bezer-ra, coordenador do Sindipetro-NF.

Procurada para mais infor-mações sobre o ocorrido, até o fechamento desta edição a Pe-trobras não se manifestou sobre o caso.

INCIDENTES EM SÉRIECom o registro do novo inci-

dente, este já seria o quarto caso do tipo nas plataformas da Bacia de Campos em 2016. No dia 11 de fevereiro, ainda segundo o Sindipetro-NF, houve um prin-cípio de incêndio na P-54. Já no dia 16 do mesmo mês, cerca de 30 petroleiros tiveram de ser desembarcados às pressas em Cabo Frio, após um vazamento de gás na unidade onde traba-lhavam.

Problema em sistema do Ministério do Trabalho não impactou na cidade

SERVIÇO

Se em vários pontos do Rio um problema no Sistema de Atendimento Agendado (SAA) do Ministério do Trabalho atrasou a emissão de cartei-ras de trabalho, em Macaé os agendamentos para serviços

Segundo chefe da Superintendência Regional do Trabalho e Emprego de Macaé, agendamentos estão normalizados

como emissão da carteira de trabalho e seguro-desempre-go seguem normalizados. De acordo com Antônio César Coelho, chefe da Superinten-dência Regional do Trabalho e Emprego (SRTE), no mu-nicípio são disponibilizados 66 atendimentos diários para seguro-desemprego, 40 para soluções relacionadas à cartei-ra de trabalho e mais 40 para consultas trabalhistas.

Embora o problema tenha atingido o sistema do Minis-

tério do Trabalho em âmbito nacional durante quase um mês, segundo Antônio César, em Macaé não houve grandes consequências na prestação dos serviços.

“Por aqui, o sistema não foi afetado a ponto de atravancar tudo. Assim, temos consegui-do manter nossa média de atendimentos sem maiores problemas”, resumiu Antônio.

Apesar da afirmação de Antônio, com a natural so-

brecarga do órgão a melhor chance de conseguir uma va-ga de atendimento é realizar o agendamento logo nas primei-ras horas de abertura diária do site do Ministério do Trabalho (www.mte.gov.br), a partir da meia-noite de cada dia. Além disso, o requerimento deve ser feito com antecedência de, pelo menos, uma semana em relação à data desejada, já que, em média, a fi la do aten-dimento presencial demora de cinco a seis dias.

Programa de apoio a endividados já atendeu mais de 450 pessoas na cidade

DÍVIDA

Em quase um ano de atendimento, serviço gratuito de orientação tem procurado auxiliar pessoas com dívidas acumuladas Prestes a completar um ano, o "Programa de Apoio aos Consumidores Superendivida-dos", do Procon-Macaé, segue a todo vapor. Segundo o coorde-nador do órgão, Carlos Fioretti, o serviço gratuito de orientação já realizou aproximadamente 452 atendimentos a pessoas interessadas em renegociar su-as dívidas

Anunciado no dia 14 abril do ano passado, o serviço é presta-do pelo acompanhamento dos casos, e de maneira individual, com o objetivo de renegociar os compromissos fi nanceiros dos interessados.

“Com a situação da economia do jeito que está, muita gente acaba endividada pela falta de planejamento. Para quem preci-sa de dinheiro, ver que o credor aumentou o limite do cheque especial ou passou a oferecer empréstimo pré-aprovado é uma armadilha mortal hoje em dia. Por isso, as modalidades de crédito mais perigosas seguem sendo os cartões, o cheque

especial e o empréstimo con-signado, onde as parcelas são descontadas direto da folha de pagamento, seja do indivíduo em atividade ou aposentado”, reforçou o especialista.

Ainda segundo Fioretti, po-dem ser considerados superen-dividados todos os consumido-res que contraiam dívidas e que comprometam a manutenção do próprio orçamento familiar. Na prática, isso signifi ca que o programa atende dívidas ven-

cidas, ou a vencer, decorrentes de empréstimos com institui-ções financeiras e de crédito, fi nanciamentos, empréstimos consignados, contratos de pres-tação de serviços e aquisição de produtos.

“Podem participar do progra-ma maiores de idade, com três credores ou mais, e qualquer renda familiar, avaliada de acor-do com a veracidade das infor-mações prestadas. Por sua vez, consumidores com dívidas com

menos de três credores também serão atendidos pelo Procon, mas não são considerados consumi-dores superendividados”, acres-centou o especialista, ressaltando que consumidores com dívidas contraídas por atividades profi s-sionais, indenizações (de aciden-te, por exemplo), dívidas alimen-tícias, dívidas fiscais (impostos, multas, taxas etc), trabalhistas e dívidas de crédito habitacional não se encaixam nas diretrizes do serviço.

KANÁ MANHÃES

Consultoria gratuita auxilia consumidores a renegociar dívidas

O DEBATE DIÁRIO DE MACAÉ6 Macaé, quinta-feira, 7 de abril de 2016

Polícia Equipe do Serviço Reservado (P2), em conjunto com policiais civis da 123ª DP, dando continuidade às ações de inteligência na cidade, prenderam Iann Florido Silva, de 27 anos, que possuía um mandado de prisão em aberto por furto qualificado. O suspeito foi surpreendido no seu ambiente de trabalho, em uma escolar particular, no bairro Visconde de Araújo. O homem foi encaminhado para a 123ª DP, onde permaneceu preso.

NOTA

DIVULGAÇÃO PM

Suspeitos de assaltar transeuntes estavam em um veículo Renault Clio e o carona usava uma camisa de escola

JARDIM VITÓRIA

Suspeitos de roubos a transeuntes são detidos

Através de informações da Sala de Operações do 32º Batalhão de Polícia Militar (BPM), equipe do Serviço Re-servado (P2) conseguiu locali-zar e prender dois elementos suspeitos de estarem come-tendo roubos na cidade.

De acordo com a polícia, uma das vítimas dos assaltantes te-ria entrado em contato "via 190", quando descreveu as características dos elemen-tos, sendo que um deles ves-tia uma camisa de uniforme escolar. Além disso, a vítima

Uma das vítimas reconheceu os acusados na 123a DP

informou o modelo do apare-lho celular que havia sido rou-bado. Os policiais tomaram conhecimento que os suspei-tos estavam em um carro Re-nault/Clio, de cor preta.

Na Rua Luiz Alves de Lima, no Jardim Vitória, os policiais conseguiram abordar o veículo. Os agentes notaram que o caro-na havia dispensado uma cami-sa escolar e, durante a revista, foi encontrado um aparelho celular dentro do carro.

Em seguida, a equipe enca-minhou os suspeitos Bruno Gomes Silva, de 19 anos, e Jú-nior César Soares dos Santos, de 25, até a 123ª DP, onde foram reconhecidos pela vítima e per-maneceram presos.

ORDEM

Praça volta a ser tomada por pessoas em situação de ruaInsegurança na Veríssimo de Mello leva a população a evitar o local Ludmila Fernandesludmila@odebateon.com.br

Quem costuma passar pela Praça Veríssimo de Me-lo tem notado a presença

constante de pessoas em situa-ção de rua, que voltaram a ocu-par o espaço. O problema tem gerado diversas reclamações e colocado em risco a segurança da população.

Algumas ações já foram to-madas pela Prefeitura, visando contornar o problema, mas, por enquanto, nenhuma obte-ve êxito. A Praça já recebeu uma operação da Guarda Municipal, no ano passado, denominada “Choque de Ordem”, tendo conseguido que essas pessoas apenas migrassem para outra área da região central. Contudo, há alguns meses elas voltaram a ocupar o local.

O problema, que não é recen-te, além de gerar a insatisfação da população, tem também causado insegurança. O grupo que ocupa a Praça é conhecido por ser composta de badernei-ros, usuários de drogas e alguns mais violentos.

“Eu venho aqui todos os dias, sou aposentado e gosto de ficar na praça. A gente nota que há uma divisão, na parte da frente ficamos nós, aposentados, que gostamos de jogar baralho e xadrez. Na parte de trás ficam esses moradores de rua. In-felizmente, um lugar que era para ser de todos, há alguns anos vem sendo dividido entre

aqueles que têm coragem de frequentar e os que preferem não se arriscar. A gente que está aqui todos os dias, assistimos a baderna deles, não são pessoas que simplesmente não tiveram uma oportunidade de emprego e acabaram tomando as ruas como se elas fossem suas casas. A gente nota que é um grupo diferente, que usa drogas, bebe e até pratica assaltos. Com isso, perdemos um espaço tão im-

WANDERLEY GIL

Praça Veríssimo de Melo segue ocupada por pessoas em situação de rua gerando insegurança à população

portante para a cidade, que é a Veríssimo de Melo”, enfatizou João Lima da Souza, aposenta-do.

Em maio, completa um ano que a Prefeitura, por meio da Guarda Municipal, com apoio do Grupo de Apoio Operacio-nal (GAOP), realizou a operação “Choque de Ordem” no local. O objetivo era a retomada do es-paço para a sociedade. Duran-te a operação foram utilizados

cães farejadores, em busca de drogas que são escondidas no espaço público, além de um trailer que possibilita os guar-das monitorarem a praça de dentro do veículo. Além disso, uma viatura da GM permanece dentro da praça, desde a ação. Contudo, apesar da presença diária no local, a desordem e a aglomeração de pessoas em situação de rua voltou a ficar evidente e ser motivos para as

queixas dos macaenses.Diante do cenário descrito,

uma equipe do Centro Pop (Ser-viço Especializado em Aborda-gem Social) esteve na Praça Veríssimo de Melo, na tarde de ontem (6). Por se tratar de um grupo de pessoas em situação de rua, com um perfil diferente, a equipe foi acompanhada pelos agentes da Guarda Municipal. De acordo com o coordenador geral do Centro Pop, Edivaldo

Santos, a abordagem teve co-mo objetivo traçar novas estra-tégias para lidar com o grupo.

CENTRO POPO Serviço Especializado em

Abordagem Social é um ser-viço da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Social da Prefeitura de Macaé, que ofe-rece atendimento para pessoas que vivem nas ruas da cidade, resgatando e reintegrando na sociedade. O centro é respon-sável por orientar, atender e encaminhar para outros servi-ços públicos os moradores de rua. Eles recebem lanche, ti-cket para encaminhamento ao Restaurante Popular, higiene pessoal (banho), atendimento psicossocial, orientações jurí-dicas, aula de dança, capoeira e outros serviços.

O Centro é referência no es-tado do Rio de Janeiro, já que presta um excelente atendi-mento às pessoas sem moradia na cidade.

Após a triagem no Centro Pop, os que desejam a reintegra-ção na sociedade são encami-nhados para a Pousada da Cida-dania. A pousada fornece uma moradia temporária e serviços de saúde, educação, assistência social e cursos de qualificação, ajudando essas pessoas no res-gate da própria autoestima.

O Centro Pop fica localizado na Rua José Bruno de Azeve-do, nº 99 (ao lado do Terminal Central), telefone: 2796-1084, de 8h às 17h.

Dois elementos são detidos em operações da Polícia Militar

TRÁFICO DE DROGAS

Ações aconteceram nos bairros Lagomar e Parque Aeroporto

Através de relatos apura-dos junto ao "disque-denúncia", a Polícia Militar (PM) conse-guiu localizar e prender um elemento suspeito de praticar tráfico de drogas, no bairro La-gomar.

Segundo a polícia, a denúncia teria informado as característi-cas de um homem que estaria na W1, no bairro citado, venden-do drogas. Além disso, o denun-ciante também teria dito que o suspeito subia em uma escada para pegar as drogas na parte de cima de uma casa.

Assim, através de tais infor-mações, uma guarnição seguiu ao endereço citado e localizou um homem com as caracterís-ticas relatadas. De imediato, foi realizada revista pessoal e nada de ilícito foi encontrado. Porém, ao ser indagado sobre a denúncia, o mesmo teria assu-mido estar no local para vender entorpecentes. Em seguida, o suspeito levou a equipe até sua residência, onde teria mostrado o local onde esconde as drogas. De fato, embaixo de um rack, uma carga de cocaína foi en-contrada, totalizando 70 pinos da droga, além de R$ 199,00 em espécie.

Diante dos fatos, o jovem de 18 anos foi encaminhado a 123ª DP, onde permaneceu preso.

PARQUE AEROPORTOGuarnição da Polícia Militar

seguiu, junto com policiais ci-

vis da 123ª DP, para verificar a presença de um elemento iden-tificado pela polícia como trafi-cante, que estaria na Rua 14, no Parque Aeroporto.

No local, as equipes avistaram a mãe do suspeito, que permitiu a entrada dos agentes na resi-dência em que o mesmo se en-contrava. Após revista na casa foram encontrados no quarto do suspeito 27 papelotes de co-

caína e 16 buchas de maconha. Segundo a polícia, o jovem assu-miu a guarda e propriedade dos produtos ilícitos.

Em seguida, o acusado, um menor de 16 anos, foi encami-nhado a DP, onde permaneceu apreendido.

LEI 11343/06Art. 33: “Importar, exportar,

remeter, preparar, produzir,

fabricar, adquirir, vender, ex-por à venda, oferecer, ter em depósito, transportar, trazer consigo, guardar, prescrever, ministrar, entregar a consu-mo ou fornecer drogas, ainda que gratuitamente, sem auto-rização ou em desacordo com determinação legal ou regula-mentar.” Pena: reclusão de cin-co a quinze anos e pagamento de multa.

DIVULGAÇÃO PM

No Lagomar, um homem foi preso com 70 pinos da droga e R$ 199,00 em espécie

DIVULGAÇÃO PM

Um menor de idade foi detido com 27 papelotes de cocaína e 16 buchas de maconha

O DEBATE DIÁRIO DE MACAÉ Macaé, quinta-feira, 7 de abril de 2016 Geral 7

ESTADO

Aposentados ainda aguardam pagamento do “Nova Escola”

De acordo com o Sindicato Estadual dos Profissionais da Educação (Sepe) de Macaé o governo do Estado tem o prazo de 60 dias para efetu-ar o pagamento do primeiro grupo de aposentados(as) referentes à Ação Judicial do Nova Escola.

Segundo o órgão, o beneficio já era para ter sido concedido aos profissionais desde janei-ro, porém por motivos buro-cráticos relacionados a justi-ça, ainda não foi feito.

“O governo foi notificado no dia 10 de março e tem o prazo de 60 dias a partir da data pa-ra efetuar o pagamento desse primeiro grupo e o SEPE en-trará em contato com os apo-sentados para informar a data de pagamento”, disse Maria das Graças, representante do SEPE.

Outras informações po-dem ser obtidas pelo telefone 2762-9779, das 13h às 17h.

Em dezembro do ano pas-sado o SEPE e Estado assina-ram o acordo para pagamen-to da Ação Judicial do Nova Escola que beneficiará 11.268 aposentados da Educação (professores e funcionários). Segundo informações do Sin-dicato, o pagamento deveria acontecer a partir de janeiro

A remuneração que deveria ter sido concedida pelo governo desde janeiro, tem novo prazo para começar a ser paga

deste ano, até o mês de setem-bro de 2017.

A previsão é de que o gover-no efetue o pagamento de 500 a 600 matriculados por mês, dando prioridade aos mais idosos, e o valor individual-mente devido será creditado em uma conta bancária a favor do servidor, no Banco do Bra-sil. Basta apenas que o servi-dor compareça a uma agência do banco (ou envie um procu-rador com firma reconhecida) e faça o saque do beneficio ou a transferência para a conta e banco de sua preferência”, explicou a coordenadora.

Ainda segundo Graça, no acordo firmado não foram in-cluídos aqueles servidores que se apresentaram ao SEPE e que também ingressaram com ações particulares gerando, assim, duplicidade acusada pelo Estado. E somente após o pagamento aos 11.268 ser-vidores (até a data prevista do acordo - setembro de 2017), o Sepe vai poder avaliar a apre-sentação da nova listagem. Pa-ra tanto, o judiciário do SEPE permanecerá vigilante para o cumprimento do acordo.

A lista completa com os no-mes dos beneficiários e valo-res a serem creditados estão disponíveis na sede do Sepe Núcleo Macaé, Praça San-tos Dumont nº 8, Miramar e poderá ser consultada das 13h às 16h. O atendimento também pode ser feito pelo telefone 2762-9779. Para efe-tuar a consulta, é necessário informar o número do CPF e a matrícula.

Vazamento em adutora deixa ruas no Campo D´Oeste alagadas

CEDAE

De acordo com os moradores, diversas ruas do bairro amanheceram inundadas. Cedae diz que foi informada do problema pela manhã

Na manhã desta quarta-feira (6), moradores do bairro Cam-po D´Oeste acordaram "debaixo de muita água”. O motivo foi o rompimento de uma tubulação próximo a uma interligação da Cedae, que fôra realizada no fi-nal da tarde de ontem no bairro. De acordo com o gerente da Li-torânea Norte da Nova Cedae, Fernando Arruda, o órgão foi comunicado do acidente por vol-ta das 6h da manhã, quando en-tão enviou uma equipe ao local, imediatamente, para verificar e resolver o problema.

“No inicio da tarde de terça-feira (5), nossa equipe estava no bairro realizando a interligação do que chamamos de Linha 3 em nossa frente de obras, vi-sando melhorias no sistema de abastecimento da cidade. Os profissionais trabalharam até por volta das 22h. Já na manhã de hoje fomos comunicados do acidente, e de pronto nos des-locamos para o bairro, a fim de verificar a situação. Já por volta das 7h os registros estavam to-dos fechados”, disse Arruda.

Um pedreiro que trabalha no bairro, e que não quis se identifi-car, conta que se assustou quan-do chegou para trabalhar. “Era muita água correndo de um lado para o outro. As ruas estavam to-das inundadas. Foi uma coisa de louco”, disse.

Uma moradora, que também preferiu não se identificar, dis-se que só viu os danos causados

pela inundação ao amanhecer. “Quando saí de casa me depa-rei com a dimensão dos estra-gos. As ruas estavam cobertas de lama. Chegou a entrar água na minha garagem, mas nada demais, não. Aqui é um bairro que, quando chove, alaga rapi-damente”, disse.

Jussara Pereira, residente no bairro, conta que às 18h de terça-feira viu quando a equipe da Cedae estava trabalhando no local. “Só não imaginávamos que iríamos amanhecer com o bair-ro desse jeito. Muita água foi desperdiçada. Devido ao bairro ser localizado na parte baixa da cidade, quando chove já sofre-mos com os alagamentos, e on-tem não foi diferente. Era muita água jorrando sem condições de escoar”, disse.

Já no inicio da tarde, Fernan-do Arruda informou que os re-paros já haviam sido feitos no local e o problema resolvido. E

DIVULGAÇÃO

Ruas alagadas, carro caído em cratera e limpeza do local foram alguns dos registros no bairro Campo D´Oeste

GREVE

Estudantes ocupam o Matias Neto em prol de melhorias na educaçãoEm todo estado do Rio de Janeiro, um total de sete unidades já foram ocupadas

Juliane Reis Juliane@odebateon.com.br

Não é de hoje que os profis-sionais da educação de todo estado lutam por melhores

condições de trabalhos para exer-cer o oficio. No entanto, ao que parece as lutas têm sido em vão. Desde o último dia 2 de março foi deflagrada a greve da rede estadual de ensino. Em Macaé não tem sido diferente. Mas apesar de um mês já ter se passado, segundo relatos do Sindicato Estadual de Profissionais da Educação de Macaé (SEPE) e estudantes, nenhuma medida foi tomada pelo órgão estadual. Em pa-ralelo, os profissionais estão desde dezembro sem receber; e o 13º foi parcelado em cinco vezes.

E foi com o objetivo de obter res-postas para uma série de questões referentes a educação que alunos do Colégio Estadual Matias Neto decidiram em assembleia, na ma-nhã da última terça-feira (5), pela ocupação da unidade escolar. O ato faz parte de um movimento no es-tado do Rio de Janeiro que, entre as diversas reivindicações, pede me-lhorias na estrutura dos colégios e ensino de melhor qualidade.

“Nosso objetivo é lutar por uma educação melhor. Um ensino de qualidade o qual temos direito. Muitos de nós já estão cursando o 3º ano do Ensino Fundamen-tal e estamos prejudicados com a greve. Do que adiante dois ou três professores não aderirem ao movi-mento e nos forçar a vir para a sala de aula? Quando formos prestar o Enem nos serão cobradas todas as matérias e não apenas duas ou três a qual tivemos acesso. Entende-mos a posição desse professor, no entanto, somos a favor da greve e de melhores condições trabalhis-tas para toda comunidade escolar e por isso decidimos pela ocupação.

O professor trabalha e tem direito de receber assim como qualquer outro profissional, o mesmo ocorre com os trabalhadores terceirizados. Quem trabalha quer receber, tem conta a pagar, precisa colocar co-mida dentro de casa. E não vamos desistir enquanto soluções não nos forem apresentadas. E lembrando, que não queremos melhorias ape-nas para nossa escola, mas para toda a rede estadual”, disseram os estudantes.

Os alunos contam ainda que es-tão recebendo apoio do Sepe, do Conselho Tutelar e profissionais da educação de outros municípios como Rio Bonito, Conceição de Ma-cabu e Rio das Ostras.

“Por várias vezes nos pergunta-mos: até quando o ensino vai ficar ruim? Será que, com o ensino que recebemos teremos condições de concorrer a uma vaga no vestibular com estudantes da rede privada? Queremos um ensino de qualidade. Por isso resolvemos dar um basta na realidade a qual estamos subme-tidos. Precisamos estudar e nossos professores precisam receber para cumprir com seu compromisso. Não só o Matias Neto, mas diver-sas outras unidades da rede contam com uma série de problemas de infraestrura que vem se arrastan-do há anos. Não adianta consertar um aparelho de ar condicionado e não termos livros, salas de aula de-cente para que possamos estudar. Conforme já dito antes, não vamos desistir. Nossa luta é em prol dos profissionais e de um ensino pú-blico de qualidade”, destacou os discentes.

Uma das representantes do SE-PE Macaé, Maria da Graças Fran-co fala da importância da iniciativa dos discentes. “Ficamos felizes com a postura deles e damos total apoio na decisão dos estudantes de ocu-parem a escola de forma pacífica e

KANÁ MANHÃES

Os estudantes iniciaram o movimento na última terça-feira e vão seguir por tempo indeterminado. Interessados podem contribuir com doações

organizada. É uma greve diferen-ciada. O ensino em todo estado lu-ta por melhorias, luta essa que não começou no último dia 2 de março, mas que vem se arrastando há anos. As escolas não oferecem estrutura adequada para o trabalho, os pro-fissionais sem receber, o governo agora quer tirar 3% do salário dos professores aumentando o descon-to em Previdência. A iniciativa dos alunos é uma forma de apoio aos professores e que está fortalecendo a nossa luta”, disse Graça.

Para se manterem na instituição, os estudantes estão contando com doações. “Durante o tempo em que permanecermos aqui vamos zelar pela escola. Muita coisa precisa ser feita na unidade, como capina, lim-peza dos banheiros. A escola conta com muito material sucateado, tem muita coisa a ser feita aqui... não es-tamos apenas ocupando o prédio”,

relatou os alunos.

SEGURANÇA No primeiro dia de ocupação dos

alunos na Escola Estadual Matias Neto, a Polícia Militar foi acionada e esteve no local para verificar a ocor-rência. No local, receberam infor-mações de alunos e professores de que não havia desordem ou algo do gênero, para que se configurasse a presença da polícia.

O Conselho Comunitário de Se-gurança Pública de Macaé (CCSP) também foi acionado por diversas pessoas que queriam saber como o caso seria conduzido em relação as instituições de segurança do muni-cípio. De acordo com o presidente do CCSP, Patrick Moraes, o co-mando do 32º BPM, informou que os policiais estão acompanhando o caso e dando o suporte necessário. A Supervisão de Oficial está fazen-

do rondas no local com o objetivo de verificar se corre tudo bem na es-cola. Ainda segundo Patrick, a PM te visado a segurança dos alunos e do patrimônio.

O QUE DIZ A SECRETARIA DE ESTADO DE EDUCAÇÃO

Procurada pela redação do Jor-nal O Debate, a Secretaria de Es-tado de Educação informou que o secretário de Estado de Educação, Antonio Vieira Neto, já recebeu alunos representantes de colégios ocupados e do Sindicato, com o objetivo de ouvir as reivindicações.

Segundo o órgão, entre os as-suntos tratados com os estudan-tes, ficou estabelecido que, após a suspensão do movimento e libera-ção dos espaços, serão tomadas as seguintes medidas:

- Visando a maior participação estudantil nas decisões escolares,

a Seeduc se comprometeu a conver-sar com a direção das duas unida-des escolares para que organizem o grêmio estudantil e fortaleçam os conselhos escolares.

- Quanto à infraestrutura, será encaminhada uma equipe para as correções que se fizerem necessá-rias.

- Tão logo as aulas sejam retoma-das, o secretário fará uma visita às unidades.

- Em relação ao currículo, a See-duc esclareceu que há uma discus-são nacional em andamento sobre o tema, que prevê a elaboração de uma Base Nacional Comum Cur-ricular. Os alunos também recebe-ram informações sobre a impor-tância da realização do Saerj, que é a avaliação anual realizada nas escolas estaduais, para a melhoria do ensino público.

- Com referência à convocação de professores concursados, a Se-cretaria informou que, desde 2007, foram chamados 71 mil novos do-centes, sendo 2.500 em 2015, e 465 neste ano.

Os casos específicos de cada uni-dade escolar serão analisados após a desocupação.

A Secretaria, no entanto, não vê nos líderes do movimento intenção em desocupar as unidades, pois há envolvidos que sequer fazem parte da comunidade escolar. Diante da intransigência, a Seeduc apela aos pais para que conversem com seus filhos, uma vez que são os estudan-tes sem aulas os mais prejudicados.

Além do Matias Neto (1.700 alu-nos), segundo a Seeduc, as demais unidades que estão ocupadas são: os Colégios Prefeito Mendes de Moraes (2.300 alunos) e Gomes Freire de Andrade, C.E Heitor Lira (850 alunos), C.E Visconde de Cai-ru (2.300 alunos) e C.E Euclydes Paulo da Silva (490), C.E Dr. João Nery (350 alunos).

por meio de uma parceria com a Prefeitura, as ruas já haviam sido limpas e toda lama retirada.

Ainda segundo o gerente da Litorânea, os bairros impacta-dos com o abastecimento devi-do ao acidente foram: Aroeira, Jardim Santo Antônio, Horto, Cancela Preta, parte do bairro da Glória e Novo Cavaleiros (próximo à área das firmas). “O que aconteceu foi um aci-dente, o rompimento de um tubo próximo às interligações realizadas por nossa equipe na terça-feira. No entanto, já resolvemos o problema e esses bairros foram afetados apenas hoje (ontem)”, disse.

Devido à força da água, algu-mas ruas ficaram destruídas. Em uma delas, uma cratera foi aber-ta e um carro ficou preso.

O DEBATE DIÁRIO DE MACAÉ8 Macaé, quinta-feira, 7 de abril de 2016

TIAGO FERREIRA/ASSESSORIA

Legislativo promoveu encontros para atualizar metas

SERVIÇO

Última audiência do Plano Diretor discute saneamento

O Legislativo e a Prefei-tura concluíram, na noite de terça-feira (5), a revisão do Plano Diretor, que define as políticas públicas da cidade para os próximos 10 anos, em audiência pública realizada no plenário da Câmara de Ma-caé. O encontro, que discutiu o saneamento, foi conduzido pelo vereador Luciano Diniz (PMDB), e também contou com a participação da secre-tária adjunta de Gestão Estra-tégica, Gisele Muniz, e corpo técnico da pasta.

Entre as discussões sobre o tema, desenvolvido em câmaras temáticas realizadas anterior-mente, diversos pontos foram levantados pelo advogado Val-mir Belmonte, que frisou estar participando apenas como cida-dão, sem representar qualquer entidade. Ele questionou, por exemplo, o parágrafo V do Arti-

Cronograma cumpre etapa de discussão sobre atualização de metas

go 1º, que prevê o controle social dos serviços de saneamento. “O texto está vago, pois não define quem fará esse controle. Sugiro que se crie o Conselho do Sane-amento Básico para realizar essa ação”.

Presente à audiência, Ma-xwell Vaz (SD) propôs que, em vez de se criar mais uma estrutura, coubesse a tarefa ao Conselho do Meio Ambiente. O Procurador Municipal para Assuntos Urbanísticos, Rodrigo Peçanha, afirmou que designar apenas um conselho para con-trolar os serviços seria restriti-vo. “O saneamento é uma reali-dade que abrange, também, as competências de outras áreas”. Ele sugeriu que o texto atribu-ísse o controle aos conselhos municipais em geral, proposta que obteve consenso.

Foram debatidas, ainda, questões como a cobrança da tarifa social do saneamento, impermeabilização do solo, drenagem da água da chuva, lixo e resíduos sólidos que po-dem provocar inundações em períodos de fortes chuvas.

VITÓRIA

Macaense ganha três troféus e título de Campeão na Sinuca Competição intermunicipal foi sediada pelo Clube dos Empregados da Petrobras (CEPE) no último final de semana

O atleta Afonso Macaé foi o grande campeão do Tor-neio Intermunicipal de

Sinuca realizada no último final de semana no Clube dos Empre-gados da Petrobras (CEPE). En-frentando competidores que re-presentaram cidades do Norte e Noroeste Fluminense e de Minas Gerais, ele ganhou três troféus e o título do principal nome do es-porte no interior do estado do Rio de Janeiro.

O Torneio foi subdividido em três categorias que reuniram atletas de Macaé, Rio das Ostras, Campos dos Goytacazes, Cabo Frio, Maricá, Bom Jesus de Ita-bapoana e Rio de Janeiro, além das cidades mineiras Cataguases e Muriaé.

Os confrontos foram acompa-nhados por representantes da Confederação Brasileira de Bilhar e Sinuca (CBBS) e da Federação de Sinuca e Bilhar do Estado do Rio (FSBERJ).

A etapa principal do Torneio foi o desafio final disputado entre Afonso Macaé, representante do CEPE, e o atleta Roberto Russo do Marina Barra Clube do RJ.

O confronto foi divulgado pela Federação de Sinuca, sendo filma-do e transmitido ao vivo pelo site www.riosinuca.com.br, e teve a presença do árbitro Ricardo Ma-chado, do Rio de Janeiro.

A partida aconteceu em uma mesa inglesa com tamanho de 3,56m, única da cidade e que ga-rante ao CEPE o reconhecimento como o melhor salão de bilhar e sinuca da região compreendida entre Vitória, o Espírito Santo e Niterói.

O desafio final seguiu a Regra Inglesa (SixRed) que consiste na disputa marcada por seis bolas vermelhas, além das outras co-loridas. O confronto foi realiza-do também em uma melhor de 9 partidas. O grande vencedor foi o

Afonso Macaé.As outras duas etapas do tor-

neio foram divididas nas regras SixRed com 8 jogadores e na Re-gra Brasileira, composta por 32 jo-gadores, disputada em três mesas de 2,84m disponíveis no clube.

O Torneio Intermunicipal abriu a possibilidade do CEPE sediar o Campeonato Brasileiro de Sinuca que poderá reunir na cidade atle-tas com reconhecimento e vitó-rias em competições nacionais e internacionais.

DIVULGAÇÃO

Competição reuniu atletas dos estados do Rio de Janeiro e de Minas Gerais

DIVULGAÇÃO

Afonso Macaé celebrou os três troféus e o título de campeão do torneio