noticiário 13 07 14

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Petróleo gera R$ 272 milhões em sete meses Royalties e Participação Especial registram aumento de R$ 24 milhões População e candidatos podem contribuir com trabalho da justiça KANÁ MANHÃES KANÁ MANHÃES Produção de petróleo mantém em alta arrecadação de Macaé com os royalties do petróleo, no comparativo entre 2013 e 2014 Equipe do Cartório da 109ª Zona Eleitoral é responsável pela fiscalização e recolhimento de material de campanha antecipada Ao alcançar neste mês uma arrecadação de R$ 272.251.981,30 com parcelas dos royalties do petróleo e da Participação Especial, Macaé mantém em alta a geração de recursos baseados na explora- ção e a produção de óleo bru- to e gás natural, na Bacia de Campos. Com a parcela de R$ 38.274.843,02 paga no início do mês pela Secretaria de Tesouro Nacional, Macaé supera em cer- ca de R$ 24 milhões os valores obtidos pela cidade no compa- rativo entre 2013 e 2014. PÁG. 3 A s eleições de outubro se aproximam e candidatos a car- gos na Câmara Federal, ao go- verno de estados, às assembleias esta- duais e até à presidência da República, devem ficar atentos quanto às propa- gandas eleitorais durante o período de campanha política. Como nos outros pleitos, incluindo os municipais, as fiscalizações para comba- ter as propagandas proibidas durante a campanha e no dia das eleições, em Ma- caé, são realizadas pela equipe do cartó- rio da 109ª Zona Eleitoral. PÁG. 5 TRE INICIA FISCALIZAÇÃO Profissionais da educa- ção interessados em obter mais conhecimentos na área da física devem ficar atentos às oportunidades. A Comissão de Pós-Graduação do Mestra- do Nacional Profissional em Ensino de Física (MNPEF), da Sociedade Brasileira de Física (SBF), encerra na terça-feira, 15, as inscrições para o Mestrado Nacional Profissional em Ensi- no de Física (MNPEF). A taxa de inscrição é de R$ 50,00. As inscrições devem ser feitas por meio do preenchimento do formulário disponível em en- dereço eletrônico na internet Após esse procedimento, é ne- cessário a entrega da documen- tação solicitada no edital. As provas serão aplicadas no Polo em que o candidato pretende cursar o mestrado. PÁG. 7 A integração promovida entre o poder Executivo muni- cipal, o grupo empreendedor, e o setor empresarial ligado a in- dústria do petróleo, reforçada pelo Fundo Municipal de De- senvolvimento Econômico (Fu- mdec), amplia as expectativas para o início das operações do Terminal Portuário de Macaé (Tepor) em 2017. Para alcançar este patamar, o projeto passa nesta semana por um momento importante, a audiência pública necessária ao licenciamento do empreendimento. O compromisso para a viabili- zação do terminal é reafirmado a cada avanço alcançado para a consolidação do projeto, através da integração entre o Fumdec e a equipe da Queiroz Galvão, em- presa responsável pela realização das obras do novo porto. PÁG. 11 BAIRROS EM DEBATE ESPORTE DIVULGAÇÃO Thiago Gaia conquistou medalha de ouro Bela Vista cobra solução para problemas Atleta conquista Copa de Jiu-Jítsu Pavimentação de ruas e construção de praça fazem parte de demandas PÁG. 9 Thiago Gaia levou o cinturão de campeão na categoria Absoluto PÁG. 13 KANÁ MANHÃES Algumas ruas do bairro ainda não receberam melhorias ÍNDICE TEMPO EDITORIAL 4 PAINEL 4 GUIA DO LEITOR 4 ESPAÇO ABERTO 4 CRUZADINHA C2 HORÓSCOPO C2 CINEMA C2 AGENDA C2 Máxima 25º C Mínima 17º C Anuncie: (22) 2106-6060 (215) EDUCAÇÃO GERAL EDUCAÇÃO CADERNO DOIS UFF-Macaé oferece cursos gratuitos Advogado macaense é empossado no IAB Universidade Metodista oferece bolsas Igualdade Racial promove exposição Oportunidades são para a área de Contabilidade PÁG. 12 Dr. Ronaldo Fontes Linhares recebeu honraria PÁG. 6 Para Macaé há vagas para quatro diferentes cursos PÁG. 7 Trabalho é assinado pelo artista plástico Luciano Pauferro CAPA EDUCAÇÃO GERAL ELEIÇÕES Inscrição para mestrado em física Instituições defenderão porto em audiência O DEBATE DIÁRIO DE MACAÉ www.odebateon.com.br Macaé (RJ), domingo, 13 e segunda-feira, 14 de julho de 2014 Ano XXXIX, Nº 8447 Fundador/Diretor: Oscar Pires facebook/odebate twiter/odebate issuu/odebateon R$ 1,50 WANDERLEY GIL DIVULGAÇÃO PORTO AMPLIARÁ SERVIÇOS OFFSHORE AULAS NA REDE MUNICIPAL RETORNAM NESTA SEGUNDA SHOPPING PLAZA MACAÉ REALIZA ARRAIÁ POLÍTICA, PÁG.3 EDUCAÇÃO, PÁG.8 CADERNO DOIS, CAPA

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Page 1: Noticiário 13 07 14

Petróleo gera R$ 272 milhões em sete mesesRoyalties e Participação Especial registram aumento de R$ 24 milhões

População e candidatos podem contribuir com trabalho da justiça

KANÁ MANHÃES

KANÁ MANHÃES

Produção de petróleo mantém em alta arrecadação de Macaé com os royalties do petróleo, no comparativo entre 2013 e 2014

Equipe do Cartório da 109ª Zona Eleitoral é responsável pela fiscalização e recolhimento de material de campanha antecipada

A o a l c a n ç a r n e st e m ê s u m a a r r e c a d a ç ã o d e R $ 272.251.981,30 com parcelas dos royalties do petróleo e da Participação Especial, Macaé mantém em alta a geração de recursos baseados na explora-ção e a produção de óleo bru-

to e gás natural, na Bacia de Campos. Com a parcela de R$ 38.274.843,02 paga no início do mês pela Secretaria de Tesouro Nacional, Macaé supera em cer-ca de R$ 24 milhões os valores obtidos pela cidade no compa-rativo entre 2013 e 2014. PÁG. 3

As eleições de outubro se aproximam e candidatos a car-gos na Câmara Federal, ao go-

verno de estados, às assembleias esta-duais e até à presidência da República, devem ficar atentos quanto às propa-gandas eleitorais durante o período de

campanha política.Como nos outros pleitos, incluindo os

municipais, as fiscalizações para comba-ter as propagandas proibidas durante a campanha e no dia das eleições, em Ma-caé, são realizadas pela equipe do cartó-rio da 109ª Zona Eleitoral. PÁG. 5

TRE INICIA FISCALIZAÇÃO

Profissionais da educa-ção interessados em obter mais conhecimentos na área da física devem ficar atentos às oportunidades. A Comissão de Pós-Graduação do Mestra-do Nacional Profissional em Ensino de Física (MNPEF), da Sociedade Brasileira de Física (SBF), encerra na terça-feira, 15, as inscrições para o Mestrado Nacional Profissional em Ensi-no de Física (MNPEF). A taxa de inscrição é de R$ 50,00.

As inscrições devem ser feitas por meio do preenchimento do formulário disponível em en-dereço eletrônico na internet Após esse procedimento, é ne-cessário a entrega da documen-tação solicitada no edital. As provas serão aplicadas no Polo em que o candidato pretende cursar o mestrado. PÁG. 7

A integração promovida entre o poder Executivo muni-cipal, o grupo empreendedor, e o setor empresarial ligado a in-dústria do petróleo, reforçada pelo Fundo Municipal de De-senvolvimento Econômico (Fu-mdec), amplia as expectativas para o início das operações do Terminal Portuário de Macaé (Tepor) em 2017. Para alcançar este patamar, o projeto passa nesta semana por um momento importante, a audiência pública necessária ao licenciamento do empreendimento.

O compromisso para a viabili-zação do terminal é reafirmado a cada avanço alcançado para a consolidação do projeto, através da integração entre o Fumdec e a equipe da Queiroz Galvão, em-presa responsável pela realização das obras do novo porto. PÁG. 11

BAIRROS EM DEBATE ESPORTEDIVULGAÇÃO

Thiago Gaia conquistou medalha de ouro

Bela Vista cobra solução para problemas

Atleta conquista Copa de Jiu-Jítsu

Pavimentação de ruas e construção de praça fazem parte de demandas PÁG. 9

Thiago Gaia levou o cinturão de campeão na categoria Absoluto PÁG. 13

KANÁ MANHÃES

Algumas ruas do bairro ainda não receberam melhorias

ÍNDICE

TEMPOEDITORIAL 4

PAINEL 4

GUIA DO LEITOR 4

ESPAÇO ABERTO 4

CRUZADINHA C2

HORÓSCOPO C2

CINEMA C2

AGENDA C2

Máxima 25º CMínima 17º C

Anuncie: (22) 2106-6060 (215)

EDUCAÇÃO GERAL EDUCAÇÃO CADERNO DOIS

UFF-Macaé oferece cursos gratuitos

Advogado macaense é empossado no IAB

Universidade Metodista oferece bolsas

Igualdade Racial promove exposição

Oportunidades são para a área de Contabilidade PÁG. 12

Dr. Ronaldo Fontes Linhares recebeu honraria PÁG. 6

Para Macaé há vagas para quatro diferentes cursos PÁG. 7

Trabalho é assinado pelo artista plástico Luciano Pauferro CAPA

EDUCAÇÃO GERALELEIÇÕES

Inscrição para mestrado em física

Instituições defenderão porto em audiência

O DEBATEDIÁRIO DE MACAÉ

www.odebateon.com.br

Macaé (RJ), domingo, 13 e segunda-feira, 14 de julho de 2014Ano XXXIX, Nº 8447Fundador/Diretor: Oscar Pires

facebook/odebate

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issuu/odebateon

R$ 1,50

WANDERLEY GIL DIVULGAÇÃO

QUATRO LINHAS DE 10 CARACTERES

QUATRO LINHAS DE 10 CARACTERES

QUATRO LINHAS DE 10 CARACTERES

EDITORIA, PÁG.X EDITORIA, PÁG.X EDITORIA, PÁG.X

PORTO AMPLIARÁ SERVIÇOS OFFSHORE

AULAS NA REDE MUNICIPAL RETORNAM NESTA SEGUNDA

SHOPPING PLAZA MACAÉ REALIZA ARRAIÁ

POLÍTICA, PÁG.3 EDUCAÇÃO, PÁG.8 CADERNO DOIS, CAPA

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O DEBATE DIÁRIO DE MACAÉ2 Macaé, domingo, 13 e segunda-feira, 14 de julho de 2014

CidadeEDIÇÃO: 231 PUBLICAÇÃO: 28 DE FEVEREIRO DE 1981

SEMANA EM DEBATE O DEBATE EM MEMÓRIA

Comissão defende projeto de terminal

Saúde sob nova gestão

Lindberg começa caminhada em Macaé

NOTA

“Dr. Pedro Reis terá car-ta branca para conduzir a saúde pública de Macaé e fazer o que mais gosta, através de um trabalho que será integrado ao do Dr. Flávio Antunes, ao

meu, e de todo o governo”. Com essa afirmação, o prefeito Dr. Aluízio Júnior (PV) oficializou a posse do novo secretário municipal de Saúde, em solenidade no Paço Municipal.

O senador Lindberg Farias (PT) iniciou em Macaé a sua es-tratégia de campanha na disputa pela sucessão do governo do Es-tado. No segundo dia do período de busca por votos, de acordo com o calendário do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para o pleito deste ano.

Ao participar da reunião do Conselho Municipal de Meio Ambiente e Desenvol-vimento Sustentável (Com-mads), realizada na última quarta-feira (3), o presiden-te da Comissão Permanente de Meio Ambiente, Proteção dos Animais e Saneamento, o primeiro vice-presidente da Câmara de Vereadores, Maxwell Vaz (SD), reafir-mou o compromisso do órgão Legislativo de acom-panhar o cumprimento das condicionantes ambientais, e das contrapartidas sociais, apontadas pelo Relatório de Impacto Ambiental (RIMA) e do Estudo de Impacto Am-biental (EIA), relativos ao projeto do Terminal Portu-ário de Macaé (Terpor).

Maxwell participou da reunião para promover a apresentação do relatório de atividades promovidas pela Comissão, desde o ano passado, e acabou contri-buindo com os debates re-lativos à instalação do em-preendimento, no São José do Barreto.

Projeto "Fazendo Arte"estimula trabalho de artesãs no Centro de Macaé

Desfile de Escolas de Samba e blocos será a atração maior do Carnaval

Iniciado ontem no Fluminense Futebol Clu-be, que realizou o baile de abertura, o carnaval macaense prometeu superar os anteriores, se-gundo afirmações do Sr. João Batista Vieira de Souza, da Assessoria de Turismo da Prefeitura, que ontem à tarde coordenava a colocação das peças decorativas em toda a extensão da Aveni-da Rui Barbosa, que ficou interditada ao tráfego de veículos.

Sob o tema “Serenata”, o projeto da decoração de rua foi de autoria do artista Ely Peron Fron-gilo e teve seu custo estimado em Cr$ 700 mil, incluída mão-de-obra e material.

Como sempre, o desfile das Escolas de Sam-ba Princesinha do Atlântico, Império da Bar-ra e Acadêmicos da Aroeira, e dos blocos, foi a atração maior do Carnaval. As agremiações carnavalescas ficaram concentradas próximo à Praça Veríssimo de Melo, de onde começaram a apresentar-se a partir das 21h30 de domingo, de acordo com as normas estabelecidas.

1981: Ano Internacional do Deficiente Físico

1981 será o Ano Internacional do Deficiente Físico. Campanhas publicitárias chamaram a atenção da sociedade para aqueles a quem a na-tureza não deu organismo perfeito ou que uma doença ou acidente privou deste maravilhoso dom que é possuir um corpo dotado de todos os seus membros, órgãos e sentidos. Dentre os objetivos dessas campanhas, figuraram, priori-tariamente a conscientização de que o deficien-te físico deve ser considerado e aceito como um elemento válido e capaz de se integrar ao meio social como força de trabalho, evitando-se as-sim, que se prossiga no erro de marginalizá-lo,

de considerá-lo simplesmente um coitado que deva viver à custa da caridade alheia.

FEEM preserva 25 hectares para produção de borracha

A FEEM - Fundação Estadual de Educação ao Menor - vai participar, com 25 hectares, do Projeto Experimental de Seringueiras, que está sendo desenvolvido pela Superintendência da Borracha-SUDHEVA- e pelo Conselho Nacio-nal da Borracha, com vistas a ampliar sua pro-dução em áreas consideradas não tradicionais.

A FEEM assinará até abril próximo - quando se iniciará o preparo da área já selecionada no Educandário Rego Barros, em Conceição de Macabu - termo de acordo com a Secretaria de Agricultura e Abastecimento, encarregada de coordenar e executar o projeto no Estado do Rio de Janeiro.

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O DEBATE DIÁRIO DE MACAÉ Macaé, domingo, 13 e segunda-feira, 14 de julho de 2014 3

Política

Terminal portuário ampliará mercado de serviços offshore

PROJETO

Com empreendimento, Macaé se manterá em alta como base da indústria do petróleo

A defesa da indústria do pe-tróleo, e do governo municipal, pela consolidação do Terminal Portuário de Macaé (Tepor) es-tá diretamente ligada a previsão futura das atividades voltadas à logística de operação das unida-des de exploração e produção de petróleo que circulam pela Ba-cia de Campos, e que irão operar também nas reservas do pré-sal na Bacia de Santos.

Ao longo das quase quatro dé-cadas de atividades, Macaé ad-quiriu a expertise no segmento de exploração, estabelecendo uma indústria fornecedora de produtos e serviços para as ati-vidades o�shore, representada também por instituições como a Comissão Municipal da Firjan e a Rede-Petro Bacia de Cam-pos, apontada como referência mundial do mercado o�shore.

Diante das demandas atuais do setor, a partir da atuação de novas unidades fabricadas e contratadas pela Petrobras, para alavancar a produção de petróleo e alcançar em 2020, o dobro de barris produzidos diariamente no país (passan-

do de dois milhões para quatro milhões), e a estimativa previs-ta para a produção do pré-sal, Macaé torna-se uma das mais importantes bases operacionais para o mercado, o que depende diretamente do novo terminal portuário para dar dinâmica às

WANDERLEY GIL

Presidente do Fumdec defende a consolidação do Tepor

PONTODE VISTA

Faltando agora menos de três meses para as eleições, en-cerrado hoje o calendário da Copa do Mundo, as atenções começam a se voltar para uma das maiores festas da de-mocracia que é a escolha dos candidatos que vão disputar cargos para a Assembleia Legislativa, Câmara dos Deputa-dos, governo estadual, Senado e Presidência da República.

A Comissão Municipal da Firjan, a Associação Comercial e Industrial de Macaé, a Câmara de Dirigentes Lojistas, outras instituições sérias, entidades, e a sociedade civil organizada, iniciaram um grande mobilização para demonstrar aos ór-gãos governamentais, que apoiam a construção do Terminal Portuário em São José do Barreto, projeto gestado com o in-teresse primeiro da população que continua desejando mais empregos, mais renda, mais crescimento organizado da cidade e, também, geração de renda para beneficiar o município.

Dr. Aluízio está com Pezão e isso ele não nega. A parceria com o governo é importante para o município ter a obra do anel viário de Santa Teresa e tirar as carretas que circulam pelo Centro, ampliar o abastecimento de água, melhorar o atendimento à saúde e à educação. Agora, tem seu candidato do PV no bolso do colete, e outras cartas na manga. Parece mágica...

Até agora todos querem saber porque foi projetada uma obra de macrodrenagem ao custo de R$ 277 milhões e teve aditamentos que elevou em muito o custo do serviço não terminado. Bastou uma pequena chuva quinta-feira à noite para outra vez demonstrar que o dinheiro foi pelo ralo. Cadê a auditoria prometida para saber se foi mesmo R$ 400 milhões?

Até domingo

Tem gente que assume um cargo público e começa a pensar que tem o rei na barriga. Qualquer projeto de governo deve ter transparência. Quando muda o relacionamento, se afasta e se esconde, pode ter alguma coisa errada. A população que votou pela mudança, se não encontra espaço para reivindicar, nas rodas sociais (e não nas redes), bota a boca no trombone.

De olho nas mudanças

E por falar em mudança...

Política, pior do que futebol, nos dias atuais vale tudo, segundo uma velha raposa que acompa-nha os acontecimentos. Só não vale perder. E não tem preço. O jogo, iniciado há bastante tempo, foi afunilando com as conven-ções partidárias e as promessas de distribuição de cargos futuros, para os candidatos ganharem mais tempo na propaganda eleitoral no rádio e na televisão, com coli-gações partidárias que deixam os eleitores boquiabertos. Encerrado dia 30 passado o primeiro tempo com a homologação das candida-turas, agora estamos no período de registros e impugnações que se encerra hoje. Salvo algumas surpresas sempre informadas pela imprensa, como o caso do ex-go-vernador do Distrito Federal José Roberto Arruda, antes no DEM e agora no PR, flagrado embolsando dinheiro vivo no escritório de um assessor, denunciado e condena-do, não está nem aí para a Justiça. Lançou sua candidatura, e garante que vai concorrer e tomar posse,

graças a uma liminar concedida por um juiz, e mesmo sendo ficha suja, vai escapar como se fosse ficha limpa? Pelo que diariamen-te ouvimos no rádio, lemos nos jornais, e assistimos na televisão, de norte a sul e de leste a oeste do país, são situações inusitadas e, a última delas agora, é na declaração de bens à Justiça Eleitoral, candi-datos informarem que possuem dinheiro em espécie, isso mesmo, muito dinheiro, guardados em casa, em situações que quase che-ga ao milhão. Porque não exigir a cópia da declaração do Imposto de Renda? Somente desta maneira o eleitor não estaria sendo enganado e deve ficar de olho vivo. Pois é, e nas mudanças pretendidas pela população, além de uma reforma política, também uma reforma tri-butária, uma reforma do judiciário para acabar com os intermináveis recursos, e tantas outras para com-bater com eficiência a corrupção, essa erva daninha que continua grassando em todas as partes por meios e modos diferentes.

Todos nós sabemos há bastan-te tempo, que o terminal maríti-mo de Imbetiba com apenas três berços para atracação de seis rebocadores, não atende mais a demanda e ao largo ficam funde-ados mais de 25 embarcações, às vezes chegando a 40 delas, o que causa lentidão e prejuízos na ex-ploração de petróleo e gás, não só na Bacia de Campos, como na camada de pré-sal. Para atender a essa necessidade, há bastante tempo o novo porto foi projeta-do para a obra ser concluída em no máximo dois anos, amplian-do o número de berços - será 14 - ação que não vai permitir mais embarcações fundeadas na costa de Macaé. Além dos mais de oito mil empregos indiretos durante a construção e de 800 diretos, a perspectiva de manter a economia do município em as-cendência apenas a geração de ISS é estimada em valores que vão de R$ 30 a 90 milhões de

arrecadação. O que deve ficar bem claro, é que se o porto não for construído, Macaé poderá sofrer um grande esvaziamento econômico com a transferência de empresas, perdas de empre-gos e até virar uma “cidade fan-tasma”. Um exemplo recente foi a transferência da Unidade de Operações Rio, afetando dire-tamente a economia. Empresas inadimplentes, grande número de pessoas desempregadas e, sem dizer ainda que a produ-ção da camada de pré-sal, com a nova lei de partilha, os royal-ties serão destinados apenas à Educação (75%) e Saúde (25%), ficando o município com menos recursos para a infraestrutura. Olhar para o futuro, sim. Mas de maneira consciente e não voluntariosa, como querem alguns poucos que deveriam estar lutando lá na Amazônia para evitar o caos no Brasil e no mundo.

PONTADA

MÊS ROYALTIES PARTICIPAÇÃO ESPECIAL

Janeiro R$ 40.038.888,41

Fevereiro R$ 13.590.046,61

Março R$ 43.556.201,10

Abril R$ 42.401.291,92

Maio R$ 39.985.083,02 R$ 12.592.669,11

Junho R$ 41.812.958,11

Julho R$ 38.274.843,02

Total R$ 272.251.981,30

ROYALTIES DO PETRÓLEO

Arrecadação de Macaé

RECEITA

Petróleo gera R$ 272 mi e mantém alta de recursosArrecadação de royalties e Participação Especial registra em julho um aumento de cerca de R$ 24 milhões em comparação a 2013Márcio [email protected]

Ao alcançar neste mês uma arrecadação de R$ 272.251.981,30 com par-

celas dos royalties do petróleo e da Participação Especial, Macaé mantém em alta a geração de re-cursos baseados na exploração e a produção de óleo bruto e gás natural, na Bacia de Campos.

C o m a p a r c e l a d e R $ 38.274.843,02 paga no início do mês pela Secretaria de Tesouro Nacional, Macaé supera em cer-ca de R$ 24 milhões os valores obtidos pela cidade com o pe-tróleo, no mesmo período em 2013, o que representa o com-portamento positivo da ativi-dade petrolífera no país, após a mudança de estratégias de ope-ração feitas pela Petrobras nos últimos meses.

Macaé já contabilizou neste ano o repasse de seis parcelas dos royatlies. Em fevereiro, por mudança no sistema da Secreta-ria de Tesouro Nacional, a data de liberação de recursos passou, do dia 20, para o dia 2 do mês se-guinte, não contabilizando as-sim o pagamento dos royalties no mês 2.

Levando em consideração as seis parcelas pagas pela Se-cretaria neste ano, Macaé al-cança um acumulado de R$ 246.069.263,58. Em compara-

ção as parcelas pagas pela ins-tituição no mesmo período em 2013 (R$ 221.997.689,36), o mu-nicípio obtém um crescimento de cerca de R$ 24 milhões.

Macaé obteve também cres-cimento no cálculo relativo às duas parcelas da Participação Especial (PE), pagas em feve-reiro e maio, pela Secretaria de Tesouro Nacional.

Em 2013, as duas parcelas renderam ao município R$ 26.158.242,26, já neste ano o

total é de R$ 26.182.715,72, ou seja, um pouco mais de R$ 24 mil de diferença.

Se no comparativo entre os anos Macaé mantém o ritmo de geração de receitas em alta, na relação entre os valores estima-dos pelo governo, dentro da Lei Orçamentária Anual (LOA) des-te ano, e o consolidado, a conta gera um resultado negativo.

No entanto, os valores já obtidos pelo município neste ano com os royalties ajudam a

garantir o equilíbrio da gestão municipal, focada principal-mente em garantir a elevação das receitas próprias, geradas a partir de recolhimento de taxas como o Imposto Sobre Serviços (ISS) e o Imposto Predial Terri-torial Urbano (IPTU).

Através das receitas próprias o município é capaz de ampliar a destinação de recursos para áreas específicas, como a Saúde e a Educação, conforme deter-minação da Constituição.

WANDERLEY GIL

Produção de petróleo mantém em alta arrecadação de Macaé com os royalties do petróleo

“Estabelecemos medidas tributárias voltadas a ampliar a receita própria”

RAMIREZ CÂNDIDO,

SECRETÁRIO DE FAZENDA

WANDERLEY GIL

FRASE

atividades."O porto que queremos para

Macaé atenderá essa demanda da indústria do petróleo, que faz a economia da cidade ser uma das mais prósperas do Estado e do país. O mercado é dinâmico e precisamos acompanhá-lo", destacou o presidente do Fundo Municipal de Desenvolvimento Econômico (Fumdec), Vandré Guimarães.

Totalmente voltado ao mer-cado offshore, o Tepor nasce com o objetivo de concentrar em Macaé operações hoje não mais suportadas pelo Porto de Imbetiba, devido a grande de-manda do mercado, que passa a ser absorvida por terminais situados em Niterói e no Rio de Janeiro, cidades que passam a receber, principalmente, o Imposto Sobre Serviços (ISS), recursos que contribuiriam pa-ra Macaé superar seus atuais e futuros desafios.

"O porto é essencial para o momento atual e o futuro da nossa cidade", disse Vandré.

Equipes do Fumdec e da Queiroz Galvão atuam juntas na consolidação do projeto do Terminal Portuário de Macaé

NOTA

ARTE/DAYNE CABRAL ZIEGLER

Page 4: Noticiário 13 07 14

O DEBATE DIÁRIO DE MACAÉ4 Macaé, domingo, 13 e segunda-feira, 14 de julho de 2014

Opinião

ESPAÇO ABERTO

EDITORIAL FOTO LEGENDA

Em tempos de campanha eleitoral, Macaé passa a ser vista de forma estratégica para o Estado, mas não por seu poten-cial em gerar recursos públicos e negócios em função da exploração e produção de petróleo nas reservas da Bacia de Campos, e sim por registrar o segundo maior número de eleitores entre os municípios do Norte Fluminense.

A região atualmente ocupada pela cidade de Macaé figura nos primeiros registros históricos de nave-gação. Quando as Nações Ibéricas empreenderam as primeiras viagens da Era das Navegações foram descobertas as rotas marítimas que permitiram o povoamento europeu no Continente americano.

Assédio político

A Vocação Portuária de Macaé

De acordo com os dados atu-alizados pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE) do Rio de Janei-ro, o município passou a registrar nos últimos dois anos, 150.920 eleitores, alcançando assim um crescimento aproximado de 5% entre as pessoas aptas a votar na cidade nas eleições de 2012, e os macaenses que poderão ir às ur-nas no pleito deste ano.

Ou seja, em dois anos, 7.078 no-vas pessoas passaram a pertencer ao grupo de eleitores macaenses formado por uma massa misci-genada, de pessoas que nasce-ram em Macaé, ou que chegaram à Capital Nacional do Petróleo com objetivo de mudar de vida. E é exa-tamente essa mistura que desperta a atenção de candidatos que irão disputar as eleições neste ano.

Nos últimos dias, Macaé tor-nou-se rota de campanha para lideranças políticas que almejam espaços representativos da po-pulação, principalmente entre as 70 vagas da Assembleia Legis-lativa do Estado do Rio de Janei-ro, assim como entre a bancada fluminense dentre as 513 vagas que compõem a Câmara dos De-putados.

Os quase 151 mil eleitores macaenses possuem força nas contas relativas ao “coeficien-te eleitoral”, cálculo complexo necessário à definição da com-posição das vagas nos poderes

legislativos a nível estadual e fe-deral. É claro que as composições partidárias e coligações possuem grande peso na elaboração dessa conta, e é exatamente neste ponto que os candidatos buscam espaço, mesmo que pequeno, em meio ao eleitorado municipal.

Diversos foram os candidatos que obtiveram votos em Macaé nas últimas eleições regionais, realizadas em 2010. Porém, entre os eleitos, foram muito poucos os que estiveram ao lado da popula-ção na busca por respostas signifi-cativas ao cotidiano da cidade que possui diversos desafios gerados pela intensa atuação do mercado o£shore.

Hoje, o assédio político vivido pela cidade representa que, para muitos, Macaé ainda será vista como terra de passagem eleitoral, de cidade onde só se conhece o ca-lor do povo no período sazonal de quatro em quatro anos.

O eleitorado macaense é capaz de garantir espaços para lideran-ças que surgem dentro do seio político municipal. Atualmente, o município conta com oito pos-tulantes à vaga na Alerj, e 11 can-didatos a deputado federal.

Mais que interesses pessoais, a disputa eleitoral é o momen-to crucial para a população de-monstrar o que quer de fato para o futuro do município, do Estado e do país.

Naquele momento, os cabos de São Tomé e Frio configura-ram as principais orientações para as naus que acessavam a metade Sul do Continente. As águas abrigadas entre os cabos ofereceram abrigo das corren-tes e marés de tempestade. Ocupando a área central desta costa, Macaé figurou como en-dereço natural para ancoragem e suprimento das naus que sin-graram os mares do norte flu-minense desde o século XVI.

Nos séculos XVII e XVIII a indústria canavieira floresceu em grande parte da região li-torânea do Sudeste e Nordeste brasileiro. Mais uma vez, foram as águas calmas das enseadas macaenses que permitiram facilidade de escoamento da produção regional.

No século que se seguiu Ma-caé foi palco da intensificação da produção cafeeira, sobretu-do vinculada às famílias imi-grantes europeias assentadas na região serrana. A área urba-na protagonizou a emergência das primeiras fábricas, usinas e uma indústria incipiente, cuja demanda condicionou a construção de uma via para escoamento da produção, o Canal Campos-Macaé. Na-quele momento, a barra do Rio Macaé representou a principal alternativa de acesso das mer-cadorias ao mar.

No século XX a vocação ma-rítima da cidade foi fator pri-mordial para a instalação da base de operações da Petróleo Brasileiro SA, no ano de 1978,

a maior empresa brasileira e protagonista no mercado de petróleo mundial. Em seguida instalaram-se inúmeras pres-tadoras de serviços que atuam principalmente no suprimento dos mais de 500 poços de ex-ploração offshore, exclusiva-mente via Porto de Imbetiba. A demanda transformou Imbeti-ba no porto de maior volume de cargas operado pela empresa em todo o território Nacional. A partir de então a economia macaense efervesceu e diver-sificou promovendo a cidade à qualidade de polo Nacional de desenvolvimento e oportu-nidades.

Hoje a cidade vive um cená-rio de intensa agitação fren-te aos desafios que a própria vocação marítima e portuá-ria impõe à gestão pública. A enorme quantidade de navios de suprimento (supplyboats) permanentemente ancorados em frente à Barra demonstra a incapacidade do pequeno Por-to de Imbetiba em suprir a de-manda atual. Com a descoberta de novas jazidas Nacionais e previsão de ampliação das ope-rações de exploração o£shore, o Município obriga-se à rápida adaptação de sua infraestrutu-ra cumprindo as prerrogativas legais e garantindo um desen-volvimento econômico susten-tável a seus cidadãos.

Gustavo Peretti Wagner - Diretor de Projetos Socioeco-nômicos (FUMDEC - Prefeitura de Macaé).

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GUIA DO LEITORPOLÍCIA MILITAR: 190POLÍCIA RODOVIÁRIA FEDERAL: 191SAMU - SERV. AS. MED. URGÊNCIA: 192CORPO DE BOMBEIROS: 193DEFESA CIVIL: 199POLÍCIA CIVIL - 123ª DP: 2791-4019DISQUE-DENÚNCIA (POLÍCIA MILITAR): 2791-5379DELEGACIA DE POLÍCIA FEDERAL (24 HORAS): 2796-8330DEL. DE POL. FEDERAL (DISQUE DENÚNCIA): 2796-8326DEL. DE POL. FEDERAL (PASSAPORTE/VISTO): 2796-8320DISQUE-DENÚNCIA (CÂMARA DE MACAÉ): 2772-7262HOSPITAL PÚBLICO MUNICIPAL: 2773-0061AMPLA: 0800-28-00-120CEDAE: 2772-5090PREFEITURA MUNICIPAL: 2791-9008DELEGACIA DA MULHER: 2772-0620GUARDA MUNICIPAL: 2773-0440ILUMINAÇÃO PÚBLICA: 0800-72-77-173AEROPORTO DE MACAÉ: 2772-0950CARTÓRIO ELEITORAL 109ª ZONA: 2772-9214CARTÓRIO ELEITORAL 254ª ZONA: 2772-2256CORREIOS - SEDE: 2759-2405AG CORREIOS CENTRO: 2762-7527TELEGRAMA FONADO: 0800-5700100SEDEX: 2762-6438CEG RIO: 0800-28-20-205RADIO TAXI MACAÉ 27726058CONSELHO TUTELAR I 2762-0405 / 2796-1108 PLANTÃO: 8837-4314CONSELHO TUTELAR II 2762-9971 / 2762-9179 PLANTÃO: 8837-3294CONSELHO TUTELAR III 2793-4050 / 2793-4044 PLANTÃO: 8837-4441

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HonrariasNos últimos dias, a Câmara de Verea-dores publicou uma série de decretos legislativos que concedem Diplomas de Mérito Político e Municipal, Títulos de Cidadania Macaense e Moções que homenageiam macaenses ilustres, reco-nhecendo os relevantes serviços pres-tados à comunidade. Parte das honra-rias será entregue pelos parlamentares, pessoalmente aos agraciados na Sessão Solene do Legislativo em celebração aos 201 anos de Macaé, no dia 29 de Julho.

RevitalizaçãoMesmo utilizado para eventos realiza-dos pela prefeitura nos últimos meses, o Parque da Cidade ainda merece a re-alização de um projeto de revitalização total dos seus espaços. É triste ver brin-quedos que poderiam ser utilizados por crianças, danificados e pichados, assim como outros espaços que poderiam ser usados pela população. Hoje, apenas a quadra de futebol é utilizada com frequ-ência por moradores da Praia Campista, que cuidam do local.

ProvaNa manhã da última sexta-feira (11), várias pessoas participaram do exame realizado pelo Departamento Estadual de Trânsito (Detran) como parte final do processo de emissão da carteira de mo-toristas. O que impressionou foi o núme-ro expressivo de veículos pertencentes a auto-escolas que atuam em vários muni-cípios da região, representando também a falta de vagas para a realização da pro-va prática liberada para o departamento em Macaé.

SujeiraA prática é comum em Macaé. Motoris-tas que estacionam veículos na região central da cidade são surpreendidos diariamente com panfletos fixados nas maçanetas e portas dos carros, assim como presos no parabrisas, situação que causa desconforto e reclamações. O ato deveria ser proibido e fiscalizado pela equipe de Posturas, já que a maior parte desse material de divulgação acaba sendo jogado nas ruas, caindo em buei-ros e causando transtornos nos períodos de chuvas.

AproximaçãoO discurso feito em Macaé pelo senador Lindberg Farias (PT), no segundo dia de campanha eleitoral na briga pela suces-são do governo do Estado, tem garantido uma aproximação entre o seu projeto e militantes pedetistas. O parlamentar uti-liza o modelo de Cieps criado pelo ex-governador Leonel Brizola, liderança histórica do PDT, como base para sua proposta direcionada à educação. Como houve racha entre o PDT e o PMDB, o PT pode sair lucrando.

ReforçoEnquanto isso, Pezão (PMDB) reforça a aliança com o DEM, PPS e PSDB, partidos que dão sustentação ao seu projeto rumo à sucessão do governo do Estado. O atual governador, que tem o governo macaense como aliado, segue a pauta destacando as conquistas alcançadas pela gestão atual, nos últimos anos, em setores como Mobi-lidade, Saúde e Desenvolvimento Econô-mico e Social. Ele tem visitado bairros do Rio e cidades do Estado.

CampanhaOs candidatos do PSTU a deputado estadual, Sabrina Luz, que militou nos últimos meses à frente do Sindicato Es-tadual dos Profissionais da Educação (SEPE) em Macaé, e o deputado fede-ral Mateus Ribeiro, que concorreu à su-cessão do governo municipal em 2012, promovem campanha diariamente em pontos de concentração de trabalhado-res, principalmente no Parque de Tubos. Eles estiveram também nesta semana no Parque Aeroporto.

DecisãoA audiência pública que será promovi-da pela Comissão Estadual de Controle Ambiental (CECA) nesta quarta-feira (16), às 19h, no Centro de Convenções Jornalista Roberto Marinho, represen-tará um passo fundamental na conso-lidação do Terminal Portuário de Ma-caé (Tepor). O projeto segue encarado como a principal proposta para manter Macaé em posição de destaque den-tro da rotina da atividade petrolífera no Estado e no país.

AvaliaçãoO governo aponta como positivo o resul-tado obtido pelo processo de pacificação da Malvinas e Nova Holanda, iniciado a partir da instalação do módulo de se-gurança nessas áreas. Com a presença constante da equipe do 32º Batalhão de Polícia Militar (BPM), a realização de serviços e atendimentos à população é facilitada. O objetivo é garantir melhor qualidade de vida a pessoas que viviam sob o domínio do medo diante da atua-ção do crime organizado.

NOTA

O impacto gerado pelo tráfego diário de centenas de carretas, que atendem principalmente à logística offshore, pode ser registrado em diversas ruas da cidade, mais precisamente na região do Polo Industrial de Macaé, no Novo Cavaleiros. O peso dos caminhões danificam as vias, que precisam passar por manutenção constante.

Semana do Varejo contará com palestras gratuitas para o comércio. Eventos são realizados pela ACIM em parceria com o Fumdec

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O DEBATE DIÁRIO DE MACAÉ Macaé, domingo, 13 e segunda-feira, 14 de julho de 2014 5

Polícia

Entre os crimes mais comuns está a compra de votosem época de eleições, é muito comum presenciar candidatos que visitam bair-ros periféricos, prometendo mundos e fundos ao elei-tor. Isso se chama compra de voto, um dos principais crimes eleitorais, segundo Willian Dias Marchiote, che-fe da 109ª Zona Eleitoral de Macaé. "Observamos muito a distribuição de benesses (benefício) ao eleitor nessa época de campanha política.Não precisa nem ser dinheiro. É muito comum o candidato

oferecer churrasco, cestas básicas e até mesmo sacos de cimento, em troca do vo-to. Independemente da pro-porção, o candidato que age responderá criminalmente, o que pode culminar com a perda do registro de can-didatura ou até o diploma, caso eleito. Pela compra de voto, o candidato pode ser responsabilizado duas vezes, uma na esfera criminal por oferecer vantagem ao eleitor e outra na esfera eleitoral. Se ficar comprovada a compra

de voto, perde o registro e é prejudicado mesmo depois das eleições", explicou.

Ainda segundo Willian, existem outros crimes eleito-rais, como boca de urna, prá-tica comum adotada no dia da eleição. veiculação de som também no dia do pleito. "Na-da de som que costumamos observar durante o período de campanha eleitoral, pode ser feito no dia eleição. Caso seja, é considerado crime."

Willian Marchiote disse também que durante a cam-

Eleitores podem e devem denunciar crimes eleitorais, principalmente a compra de votos

Resolução do TSE de�ne propagandas eleitoraisa propaganda eleitoral foi permitida no último dia 6 de julho, mas desde 1º de julho, está proibida a propaganda paga em veículos de comuni-cação, como rádio e televisão. Nesse caso, quando houver violação, o responsável pela divulgação da propaganda e o beneficiário, quando compro-vado o prévio conhecimento, estará sujeito a uma multa, que varia de R$ 5 mil a R$ 25 mil. A Justiça Eleitoral impõe também a proibição desde 48 horas até 24 horas depois da eleição, a veículação de qual-quer propaganda política no rádio e na televisão, incluindo as rádios comunitárias e os canais de TV que operam em UHF, VHF e por assinatura e, ainda, a realização de comícios ou reuniões públicas, exceto na internet. Segundo o artigo 6º , do capítulo II da Resolu-ção 23.404/2014, é permitido

ao partido político utilizar na propaganda eleitoral de seus candidatos em âmbito regio-nal, inclusive no horário elei-toral gratuito, a imagem e voz de candidato ou militante de partido político que integre a sua coligação em âmbito na-cional.

Na propaganda para eleição majoritária, a coligação usará, obrigatoriamente, sob a sua denominação, as legendas de todos os partidos políticos que a integram. Na propagan-da para eleição proporcional, cada partido político usará apenas a sua legenda sob o nome da coligação. Expecio-nalmente nas inserções de 15 segundos da propaganda gra-tuita no rádio para eleição ma-joritária, a propaganda deverá ser identificada pelo nome da coligação e do partido do can-didato, dispensada a identifi-cação dos demais partidos que

integram a coligação.Da propaganda dos candida-

tos à Presidência da Repúbli-ca, a Governador do Estado ou do Distrito Federal e a Sena-dor, deverá constar também o nome dos candidatos a vice-presidente, a vice-governador e a suplentes de Senador, de modo claro e legível, em ta-manho não inferior a 10% do nome do titular.

São vedadas na campanha eleitoral a confecção, utili-zação por comitê, candidato, ou com a sua autorização, de camisetas, chaveiros, bonés, canetas, brindes, cestas bási-cas ou quaisquer outros bens ou materiais que possam pro-porcionar vantagem ao elei-tor, respondendo o infrator, conforme o caso, pela prática de captação ilícita de sufrágio.

A resolução 23.404/2014 está disponível no site: www.tse.jus.br Propagandas eleitorais para eleições de outubro já começaram e regras devem ser obedecidas pelos candidatos

ELEIÇÕES 2014

Candidatos devem �car atentos sobre propagandas eleitoraisFiscalizações para constatar propaganda proibida serão feitas pela equipe do cartório da 109ª Zona EleitoralDaniela [email protected]

As eleições de outubro se aproximam e candida-tos a cargos na Câmara

Federal, ao governo de estados, às assembleias estaduais e até à presidência da República, devem ficar atentos quanto às propagandas eleitorais durante o período de campanha política.

As eleições em primeiro tur-no acontecerão no dia 05 de ou-tubro. Caso haja segundo turno, os eleitores deverão voltar às urnas no dia 26.

Em época de campanha elei-toral, quando os candidatos di-vulgam propostas de governo, é muito comum constatar as propagandas antecipadas e até mesmo proibidas.

Como nos outros pleitos, incluindo os municipais, as fiscalizações para combater as propagandas proibidas duran-te a campanha e no dia das elei-ções, em Macaé, são realizadas pela equipe do cartório da 109ª Zona Eleitoral.

A Resolução 23.404/2014 do TSE (Tribunal Superior Elei-toral) explica, detalhadamen-te, os requisitos que os candi-datos devem seguir para fazer propaganda eleitoral durante a campanha. Além disso, no documento, constam os crimes eleitorais que os candidatos poderão responder em caso de eventual descumprimento da Lei Eleitoral.

Em entrevista ao Jornal O DEBATE, o chefe da 109ª Zona

Eleitoral de Macaé, Willian Dias Marchiote, explica que a propa-ganda eleitoral já está liberada, já que os candidatos aos cargos eletivos já foram definidos, mas orienta que todos devem ficar atentos à Lei Eleitoral, bem co-mo à Resolução do TSE, que é um apanhado de toda legislação no que diz respeito à propagan-da eleitoral. Marchiote enfati-za que a propaganda deve ter o número do CNPJ (Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica),

WANDERLEY GIL

Funcionários da 109ª Zona Eleitoral recolhendo material de campanha antecipada e até mesmo proibida nas eleições municipais de 2012 em Macaé

já que todo candidato deve ter o CNPJ. "A determinação vale pa-ra o candidato que está pagando a propaganda e ao responsável pela confecção do material, no caso, a gráfica. O número de tiragem, no caso dos chama-dos "santinhos" também deve estar informado no material", explica.

Em caso da chamada "propa-ganda casada", muito comum de candidatos a deputados fe-derais, estadual e senadores,

o CNPJ que deve constar, é o cadastro do responsável pela contratação de quem está pa-gando pela propaganda. Mate-rial nenhum de propaganda é autorizado sem essas três in-formações: número do CNPJ do candidato, do responsável pela confecção do material e o número de tiragem.

Segundo Willian Dias, pro-paganda eleitoral em bem particular é permitida, desde que tenha quatro metros qua-

drados. "A propaganda em via pública também é autorizada, só não pode estar em bens e equipamentos urbanos, como pontos de ônibus, postes e pas-sarelas. Em estabelecimentos comerciais, a propaganda elei-toral é proibida". Ainda de acor-do com ele, em Macaé, é muito comum constatar propaganda eleitoral em comércios. Em lo-cais de acesso público, a Justiça Eleitoral proíbe a propaganda, como igrejas, cinema e praças.

O chefe da 109ª Zona Elei-toral de Macaé ressalta que qualquer irregularidade deve ser comunicada ao órgão, pelo telefone (22) 2772-9214. A de-núncia deverá ser informada à equipe do cartório eleitoral, que estará de prontidão para ir ao local denunciado e verificar a situação para que as providên-cias cabíveis sejam tomadas.

A 109ª Zona Eleitoral fica na rua Visconde de Quissamã, 174, no Centro.

panha eleitoral, são muitas as denúncias de compra de voto que chegam à 109ª Zona Elei-toral de Macaé.

O chefe do cartório eleitoral enfatizou que o trabalho de fiscalização já foi iniciado em janeiro, com a definição dos pré-candidatos. "Temos fun-cionários, pré-determinados para atuar na fiscalização as-sim que as denúncias chegam a nós, inclusive aos finais de semana e feriados. Estamos prontos para agir e verificar qualquer irregularidade".

NOTA

Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) completa 24 anos de funcionamento no país

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O DEBATE DIÁRIO DE MACAÉ6 Macaé, domingo, 13 e segunda-feira, 14 de julho de 2014

EconomiaQUESTÃODE JUSTIÇA

Vitória do consumidor: novas regras para telefonia, TV e internet entram em vigor

A importância da fiscalização

A operadora tem que retornar - agora é regra

Desde o dia 8 de julho não é mais necessário passar pelo atendente para cancelar servi-ços de telefonia, internet ou TV por assinatura. Este procedi-mento passou a ser simplifica-do e pode ser feito por e-mail, por telefone, em terminais de auto-atendimento ou pela In-ternet, abolindo assim aquelas intermináveis ligações. Esses benefícios estão previstos no Regulamento Geral de Direitos do Consumidor de Serviços de

Telecomunicações (RGC).Quem já cancelou este tipo de

serviço, sabe que os consumi-dores eram submetidos a uma verdadeira Via Crucis. Primeiro pela interminável espera, de-pois pelas quedas sucessivas da ligação, seguidas de inúmeras transferências feitas pelo call Center, até finalmente chegar ao atendente que insistentemente tentará impedir pelo cansaço que o cliente desista do serviço, com várias contrapropostas.

Porém, de nada adiantarão os avanços conquistados se não forem cumpridos como na forma regulamentada. As-sim, é importante que o con-sumidor fiscalize e denuncie os descumprimentos.

Não é a toa que as ope-radoras de telefonia, TV por assinatura, e Internet, estão sempre presentes no ranking das empresas mais acionadas nos Juizados Especiais. Basta conferir o “TOP 30” da Justiça do Rio de Janeiro pelo link http://www4.tjrj.jus.br/MaisAcio-nadas/

Outro aspecto essencial é que os casos de descumpri-mento comprovado devem ser punidos com medidas sócio-educativas, como multas e cancelamentos de serviços, que realmente

impeçam as empresas de continuar a ignorar a nova regulamentação.

Valores irrisórios de mul-tas, e de danos morais, de nada servem. Ao contrário, premiam o descumprimen-to, pois muitos desistem de reclamar seus direitos, seja por falta de tempo, ou por descrédito no Judiciário. Preferem “deixar pra lá”. Isso faz com que seja lu-crativo para as empresas a permanência no erro, já que muitas vezes a adaptação dos serviços às novas regras é bastante onerosa.

Mas, certamente, o que o consumidor mais quer é que o serviço oferecido pelas empresas de teleco-municações simplesmente funcione, bem e na forma contratada. Olho neles!

Finalmente os consumidores se livrarão da frustração de ter que ligar diversas vezes para conseguir finalizar seu pedido. A queda da ligação passa a ser um problema da operadora, que tem a obrigação de retornar a ligação ao consumidor.

Além disso, as operadoras de-vem permitir que as ligações dos consumidores para o serviço de atendimento possam ser feitas tanto por celulares quanto por telefones fixos.

Com certeza, uma das melho-res mudanças é a determinação de que as lojas que hoje somente vendem o serviço passem tam-bém a atender os consumidores que desejam alterar, reclamar, ou simplesmente cancelar o contra-to. Essa nova regra irá valer para as lojas que possuem a “marca” da operadora, mas não se aplica-

rá aos revendedores a varejistas, como por exemplo, os grandes supermercados.

Regras e preços claros dos “Combos”

É comum que as empresas de telecomunicação prestem simul-taneamente serviços de telefo-nia, Internet e TV por assinatura, num mesmo contrato, os conhe-cidos “combos”. Ao contratar o serviço, o consumidor deverá ser claramente informado de quanto custa cada modalidade, separa-damente, para que possa optar pelo combo ou não.

Os sites destas empresas deverão relacionar todos os serviços oferecidos, de forma a permitir que as ofertas di-recionadas aos novos clientes também possam ser estendidas aos antigos, evitando assim dis-criminações.

ANDREA MEIRELLES [email protected]

NOTA

Direitos iguais - o feitiço contra o feiticeiro

Aquela gravação obrigatória, que antes era feita somente para ser utilizada contra o con-sumidor numa eventual recla-mação, passou a ser obrigatória também para as operadoras no momento da venda do serviço, garantindo assim que o consu-midor tenha como provar que não comprou gato por lebre.

O consumidor que se sentir lesado ao constatar que caiu numa armadilha da propaganda enganosa poderá reivindicar o acesso à gravação, e assim com-provar que o prometido não foi cumprido.

Além disso, as operadoras

são obrigadas a manter um registro de fácil acesso aos consumidores, pela Internet, para visualizações do contrato assinado, plano contratado, co-branças, etc.

O prazo para o questiona-mento, pelos consumidores, de cobranças indevidas, agora é de três anos, e a operadora terá até trinta dias para responder e es-clarecer os motivos da cobrança impugnada. Caso não o faça no prazo estipulado, o valor ques-tionado, e que já foi pago, deverá ser devolvido em dobro, o que chamamos no Direito de repe-tição de indébito.

MÉRITO

Advogado macaense é empossado no Instituto dos Advogados BrasileirosDr. Ronaldo Fontes Linhares foi prestigiado pelo reconhecimento do trabalho na advocacia

A instituição máxima do conhecimento jurídico na prática advocatícia, o

Instituto dos Advogados Brasi-leiros (IAB), empossou, na úl-tima quarta-feira (9), seu mais novo membro. Trata-se do con-ceituado advogado macaense, Dr. Ronaldo Fontes Linhares, ex-presidente e fundador da 15ª Subseção da Ordem dos Advo-gados do Brasil (OAB), que foi empossado pelo presidente da instituição, Dr. Técio Lins e Silva.

A solenidade aconteceu na sede do Instituto, no Rio de Ja-neiro, e contou com a presença do atual presidente da 15ª Sub-seção, François Pimentel.

Para ingressar no IAB ape-nas advogados indicados que se destacam em suas áreas de atuação. "O candidato para ser membro do IAB tem que passar por uma votação no Conselho do Instituto e o nome do Dr. Ronaldo foi aprovado por una-

nimidade. É uma grande honra para a nossa subseção, ter um representante no IAB que tanto contribui para a nossa classe", ressaltou François Pimentel.

O Instituto dos Advogados Brasileiros foi criado por ato oficial no dia 7 de agosto de 1843 e é considerado como a instituição mais importante

do conhecimento na prática advocatícia no país. Além dis-so, a entidade foi a responsá-vel pela criação da Ordem dos Advogados do Brasil.

ASSESSORIA

François Pimentel, Ronaldo Linhares e Técio Lins e Silva, na solenidade

Estatuto da Criança e do Adolescente completa 24 anos PROTEÇÃO

neste domingo (13), o Esta-tuto da Criança e do Adolescente (ECA) completa 24 anos de fun-cionamento no país. Segundo a

Documento é considerado como marco na proteção da infância no país

presidente do Conselho Municipal de Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente (CMDDCA), Zuíta Carvalho da Silva Gomes, a

data é importante para divulgar que o ECA é uma forma louvável de garantir os direitos da criança e do adolescente à saúde, educação, esporte e cultura.

“Infelizmente, tem gente que pensa que o ECA protege erros e atitudes negativas da criança e do adolescente, quando na realidade o estatuto vem para garantir de forma integral o desenvolvimento deles, através de políticas públicas adequadas”, diz Zuíta Carvalho da Silva Gomes.

Atualmente, o conselho ma-caense conta com 18 membros: nove representantes da socieda-de civil organizada e nove parti-cipantes devido a sua atuação na esfera governamental. “Nos-so trabalho visa traçar políticas públicas junto ao poder público e às Organizações Não Governa-mentais (ONGs), para defender o pleno desenvolvimento da criança e do adolescente”, in-forma a presidente.

ESTATUTO DA CRIANÇAE DO ADOLESCENTE

O documento é um marco da proteção à infância no País e substituiu o Código de Meno-res. Criado em 1927, o Código de Menores representava um avanço já que trazia à tona uma legislação específica para crian-ças e adolescentes, inclusive com a ideia que crianças fossem sepa-rados das prisões e instituições de adultos. No entanto, trazia na sua essência um olhar para a in-fância pobre, abandonada e em conflito com a lei para garantir a ‘ordem social’. Era um sistema focado na proteção e assistência através da justiça e assistência social marcando de forma pejo-rativa o termo ‘menor’.

A promulgação do ECA, em 1990, trouxe uma nova perspec-tiva, de prioridade absoluta às crianças e aos adolescentes e co-mo sujeitos de direitos. Inspirado na Convenção das Nações Unidas pelos Direitos da Criança, de 1989, que o Brasil foi o primeiro País a ratificar. Outra grande novidade foi que, pela primeira vez na nossa história, a construção desse mar-co legal previa a articulação de um sistema com vários atores.

O Ministério Público, os Juízes das Varas da Infância e da Juven-tude, os Conselhos dos Direitos da Criança e do Adolescente, os Conselhos Tutelares e as delega-cias especializadas são algumas das instituições que têm como objetivos a promoção e a defesa dos direitos das crianças e dos adolescentes.

UFF-Macaé oferece cursos gratuitos de Contabilidade na Cidade Universitária

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O DEBATE DIÁRIO DE MACAÉ Macaé, domingo, 13 e segunda-feira, 14 de julho de 2014 7

GeralMESTRADO PROFISSIONAL

Inscrição para mestrado em física encerra nesta terça-feira Interessados devem se inscrever pelo <http://www.sbfisica.org.br/mnpef>. Professores da rede pública terão direito a bolsa auxílio no valor de R$ 1.500,00

KANÁ MANHÃES

Em Macaé curso será oferecido no Polo da UFRJ, na Cidade Universitária e será ministrado por dez professores

“Para docentes da rede pública são oferecidas bolsas no valor de R$ 1.500,00”VALÉRIA NUNES, PROFESSORA POLO MACAÉ

Processo seletivo O processo seletivo será composto por duas etapas, ambas de caráter eliminatório e classificatório, sendo a pri-meira, por meio de Prova Es-crita Nacional elaborada pela Comissão de Seleção Nacional e corrigida pela Comissão de Seleção do Polo. E a segunda, através de uma Prova de Defe-sa de Memorial realizada pela Comissão de Seleção do Polo.

A relação dos candidatos classificados será divulgada no endereço <http://www.sbfisica.org.br/mnpef> e os candidatos selecionados para ingresso no MNPEF deverão realizar a matrícula no Polo do curso, apresentando os originais do diploma ou do certificado de conclusão do curso de graduação no prazo previsto no edital.

Juliane [email protected]

Profissionais da educação interessados em obter mais conhecimentos na

área da física devem ficar aten-tos às oportunidades. A Comis-são de Pós-Graduação do Mes-trado Nacional Profissional em Ensino de Física (MNPEF), da Sociedade Brasileira de Física (SBF), encerra na terça-feira, 15, as inscrições para o Mes-trado Nacional Profissional em Ensino de Física (MNPEF). A taxa de inscrição é de R$ 50,00.

As inscrições devem ser fei-tas por meio do preenchimen-to do formulário disponível em <http://www.sbfisica.org.br/mnpef>. Após esse procedi-mento, é necessário a entrega da documentação solicitada no edital. As provas serão aplica-das no Polo em que o candida-to pretende cursar o mestrado.

Em Macaé, as aulas serão ministradas no Polo da Uni-versidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) Campus Ma-caé Professor Aloísio Teixeira, no prédio da Cidade Universi-tária. Ao todo estão sendo dis-ponibilizadas 10 vagas para a cidade.

De acordo com uma das docentes do curso na cidade, Valéria Nunes, os docentes da rede pública que participarem do programa vão receber bolsa auxílio no valor de R$ 1.500,00. “A ideia é incentivar a partici-pação desses professores no programa que é o mestrado profissional em física. E com o objetivo de atender ainda mais esse público, aqui em Macaé as aulas serão ministradas às sex-tas-feiras à noite e aos sábados durante todo o dia”, explicou.

Ao ingressar no programa, os participantes passam a fazer parte de um Mestrado Nacio-nal Profissional em Ensino de

Física (MNPEF), que é um cur-so em rede nacional organiza-do pela Sociedade Brasileira de Física (SBF), e congrega Polos em diferentes Instituições de Ensino Superior (IES) do Pa-ís. Trata-se de um programa nacional de pós-graduação de caráter profissional, voltado a professores de ensino médio e fundamental com ênfase, principalmente, em aspectos de conteúdos na Área de Física e tem o objetivo de coordenar diferentes capacidades apre-sentadas por diversas Insti-tuições de Ensino Superior

(IES) distribuídas em todas as regiões do País.

O Programa tem como ob-jetivo capacitar em nível de mestrado uma fração muito grande de professores da Edu-cação Básica quanto ao domí-nio de conteúdos de Física e de técnicas atuais de ensino para aplicação em sala de aula como, por exemplo, estratégias que utilizam recursos de mídia eletrônica, tecnológicos e/ou computacionais para motiva-ção, informação, experimenta-ção e demonstrações de dife-rentes fenômenos físicos.

FOGUETE

Cronograma

● 10/06/2014 a 15/07/2014 - Período de inscrição pelo <http://www.sbfisica.org.br/mnpef>

● 18/7 a 21/07/2014 - Período para emissão do comprovante de inscrição

● 23/07/2014 - Divulgação da listagem dos candidatos inscritos em cada Polo

● 27/07/2014, às 13 horas (horário de Brasília) - Realização da Prova Escrita Nacional nos Polos.

● 04/08/2014 - Divulgação nos polos dos resultados da Prova Escrita Nacional

● 08/08/2014 - Divulgação final nos polos dos nomes dos candidatos classificados para a segunda etapa com os horários e locais para realização da Prova de Defesa de Memorial.

● 08/08/2014- Prazo final para entrega da documentação no Polo.

● 11/08/2014 a 15/08/2014 - Realização da Prova de Defesa de Memorial

● ATÉ 26/08/2014 - Divulgação do resultado da segunda etapa

● 27/08 e 05/09/2014 - Prazo para matrícula

A DISTÂNCIA

Universidade Metodista oferece bolsas para o segundo semestre

Muitas instituições de ensino superior ainda oferecem vagas para o segundo semestre. Uma delas é a Universidade Metodista de São Paulo que es-tá com inscrições abertas para o ingresso por meio de bolsas de estudos. As vagas oferecidas são para cursos a distancia e os interessados devem se inscre-ver entre os dias 14 e 20 de ju-lho pelo www.processoseletivo.metodista.

Para Macaé as vagas ofereci-das são para os cursos de Gestão Ambiental (2), Gestão Publica (2), Marketing (2), Processos Gerenciais (2) e Logística (2).

Após o preenchimento dos dados pelo site, os candidatos serão orientados a apresentar os documentos comprobató-rios dos dados que indicaram na ficha, o procedimento é pa-recido com o do PROUNI, os documentos deverão ser entre-gues no Polo Macaé, Av. Carlos Augusto Tinoco Garcia (Linha

Para Macaé há vagas para os cursos de Gestão Ambiental, Gestão Pública, Marketing, Processos Gerenciais e Logística

Vermelha), nº 2060 - 1º Andar - Riviera Fluminense.

De acordo com Coordena-dora de Polo, Polo Regional de Apoio Presencial Macaé, Yara Cristina Serafim, as so-licitações das bolsas serão feitas exclusivamente pela internet e os candidatos in-teressados podem utilizar a nota do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) refe-rentes aos anos de 2010, 2011, 2012 e 2013.

Ainda segundo Yara, para concorrer à bolsa, os vesti-bulandos precisam ser brasi-leiros, ter cursado o Ensino Médio em escola pública ou particular na condição de bol-sista integral da instituição, ter atingido a pontuação mínima de 450 pontos no ENEM, não ter diploma de curso superior e atender aos requisitos de ren-da estabelecidos em lei.

Outras informações 0800 889 2222 ou (22) 2762 4189.

ARQUIVO

Para o Polo Macaé estão sendo oferecidas 10 vagas. Inscrições começam nesta segunda e seguem até o dia 20

DE VOLTA

Rede municipal, estadual e IFF retornam às aulas nesta segunda-feira

Após duas semanas em casa curtindo o tradicional recesso escolar de meio do ano, os alu-nos da rede municipal de ensino retornam às atividades nesta segunda-feira, 14. Além deles, também vão voltar às ativida-des acadêmicas, a rede estadual cujo recesso começou no dia 12 de junho e o Instituto Federal Fluminense (IFF), que estava em greve.

Para as redes municipal e es-tadual, o recesso que costuma ocorrer na segunda quinzena de julho, foi antecipado em virtude dos jogos da Copa do Mundo que começou no dia 12 de junho e en-cerrou ontem, 13.

De acordo com a Prefeitura de Macaé, são asseguradas para a educação básica o cumprimento de 202 dias e carga horária anual de 800h e a mudança do período das férias não vai acarretar alte-

Recesso nas unidades de ensino do Estado e município foi antecipado em virtude dos jogos da Copa do Mundo que encerrou ontem

ração pedagógica no ensino. Ainda segundo o órgão, com

o retorno das aulas, os gêneros alimentícios produzidos pela Agricultura Familiar, através do Programa Nacional de Ali-mentação Escolar, serão nova-mente incluídos na merenda da rede municipal de ensino. Para o reforço da alimentação escolar, todos os gêneros são produzidos de acordo com as boas práticas agrícolas e de fa-bricação no município.

No decorrer deste mês, as 103 escolas municipais vão conti-nuar recebendo produtos das cooperativas agropecuárias de Macaé, como a de produtores e trabalhadores rurais do As-sentamento Celso Daniel e do Sana. Entre os gêneros estão alface, aipim, salsa, cebolinha, quiabo, inhame, banana prata e de água, além de ovos e iogurte. Os produtores familiares foram cadastrados pela Secretaria de Agroeconomia.

Já a Secretaria de Estado de Educação (Seeduc) informou recentemente que o recesso na rede seguiu o previsto na Lei Geral da Copa nº 12.663. “É ne-cessário esclarecer que a Seeduc

cumprirá a carga horária mínima anual e os dias de efetivo traba-lho escolar, conforme prevê a LDB - Lei de Diretrizes e Bases n° 9.394, de 20 de dezembro de 1996”, enfatiza o órgão.

O calendário escolar de 2014 está disponível no site da Secre-taria <http://www.rj.gov.br/web/seeduc/exibeConteudo?article-id=1868104>.

No Instituto Federal Flumi-nense, as atividades acadêmicas também retornam nesta segun-da-feira, 14, após os servidores terem deliberado pelo fim da greve, em assembleia realizada na quinta-feira, 03/07.

De acordo com o setor de im-prensa da instituição, a reposição das aulas está em discussão na Direção Geral do campus. As ati-vidades serão iniciadas às 7 horas e encerradas às 22h40min. Na quarta-feira, 9, as diretorias de ensino e a Direção Geral discu-tiram as propostas de reposição das aulas.

De acordo com o diretor geral, Je¶erson Manhães de Azevedo, a previsão é que duas semanas após o retorno das aulas, o calen-dário deverá seja apresentado à comunidade.

Abertura de concursos e provas não são proibidas no período eleitoral.Lei veta apenas nomeações nos três meses antes do pleito e até a posse

NOTA

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O DEBATE DIÁRIO DE MACAÉ8 Macaé, domingo, 13 e segunda-feira, 14 de julho de 2014

Geral

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O DEBATE DIÁRIO DE MACAÉ Macaé, domingo, 13 e segunda-feira, 14 de julho de 2014 9

BAIRROS EM DEBATE Bela Vista

Localizado próximo ao Centro, Bela Vista cobra solução para problemasEntre as situações relatadas por quem vive ali está a falta de pavimentação e área de lazerMarianna [email protected]

Apesar de ser antigo, o bairro Bela Vista é ain-da pouco conhecido por

grande parte da população. Ele fica situado na parte alta da cidade, na região próxima ao Miramar, Visconde de Araújo e Jardim Vitória.

Mesmo estando situado a apenas 10 minutos do Centro, suas ruas são famosas pela tran-quilidade, o que cria uma sensa-ção de aconchego. Mas, por trás disso, também se escondem al-guns problemas de infraestru-tura, muitos que esperam por uma solução há anos.

Essa semana, o Bairros em Debate visitou o local e conver-

WANDERLEY GIL

Bairro fica situado na parte alta da cidade, na região próxima ao Miramar, Visconde de Araújo e Jardim Vitória

sou com os moradores, que so-licitam dos órgãos públicos um pouco mais de atenção e com-prometimento com a região, que vem sofrendo crescimento.

“Dá a entender que essa área aqui faz parte do Visconde, por conta da proximidade, mas são bairros distintos. Quando se trata de algumas secretarias, nós estamos completamente abandonados”, relata o mora-dor Fernando, que trabalha co-mo secretário na Associação de Moradores do bairro.

Entre as reclamações ouvidas estão a construção de uma área de lazer, a limpeza das ruas e terrenos e a pavimentação de algumas vias.

Lazer: só no entorno do bairroAs praças são geralmen-te um ponto de encontro de moradores do bairro, sendo a principal opção de lazer para as crianças. Mas no Bela Vista, o único indício de área de lazer existente é um terreno da pre-feitura que serve como depósito de lixo e entulhos.

“Pelo que me contaram, exis-te um projeto para construção de uma área de lazer aqui no bairro, no terreno da prefei-tura. Inclusive, ele já existe há anos, mas nunca saiu do papel.

Enquanto isso, a gente tem que ir para outros lugares para se di-vertir. Para as crianças, o mais próximo é o parquinho do Vis-conde, que é um dos mais con-servados na cidade. Já os mais velhos vão para o Parque da Ci-dade, na Praia Campista”, conta Fernando.

Quando não dá para ir para outro bairro, o jeito é brincar na rua. A nossa equipe chegou a ver crianças pequenas brin-cando nos terrenos e ruas do bairro, sem nenhum tipo de se-

gurança. Nas ruas as opções de brincadeiras acabam se tornan-do perigosas e põem em risco a vida das pessoas e das próprias crianças.

O lazer é um item fundamen-tal para a saúde, pois controla os níveis de ansiedade e contribui com outros fatores psicológi-cos e também físicos. No caso de crianças e jovens, isso é fun-damental para o seu desenvol-vimento. Apesar dos benefícios, no Brasil, mesmo sendo um di-reito previsto na Constituição

Federal de 1988, esse é um item que não está acessível a todos.

Esse direito também está previsto no Estatuto da Crian-ça e do Adolescente (ECA), que prevê que todo menor de idade tem o direito a ter acesso ao la-zer. Segundo o Art. 59, “os mu-nicípios, com apoio dos estados e da União, estimularão e facili-tarão a destinação de recursos e espaços para programações culturais, esportivas e de lazer voltadas para a infância e a ju-ventude”.

10 minutosMesmo estando situado a apenas 10 minutos do Centro, suas ruas são famosas pela tranquilidade

NÚMEROS

Sem praça, moradores vão para outros bairros com os filhos

População reclama da falta de varrição Assim como vários bairros de Macaé, a situação no Bela Vista não é diferente quando se trata do problema de lim-peza. Segundo os moradores, há tempos não é feito o serviço de capina nas ruas e terrenos do bairro. Em alguns trechos, é possível encontrar mato no meio-fio e nos terrenos.

Outro problema é a falta de varrição. “As ruas estão sujas. O gari não sobe o morro para varrer? Precisamos de uma atenção maior nessa questão”, solicita Fernando.

Já os terrenos são alvos de descarte irregular. “Há poucos dias eles limparam o terreno que é para ser destinado para construção da praça, mas is-so acontece direto. É culpa de alguns moradores e também de carroceiros, que vêm de fora e jogam de tudo nesses

terrenos baldios. Esses fato-res todos estão contribuindo com a infestação de ratos no nosso bairro”, explica o pre-sidente da Associação, Rafael das Dores.

Rafael também ressalta a necessidade de instalar uma caçamba na esquina da Rua D. “Como o caminhão não sobe na parte alta da rua, os moradores colocam o lixo na esquina. Com isso, os cachor-ros vêm e rasgam as sacolas, espalhando o lixo todo. Sem varrição a situação fica um horror. Há vezes que é tanta sujeira que nem carro conse-gue entrar. A ideia é colocar uma caçamba, tipo aquelas do Calçadão e Parque Aero-porto, para que isso não con-tinue acontecendo e não fique aquele incômodo gerado pelo lixo”, frisa. Prefeitura nega que serviços não sejam feitos no local

Pavimentação ainda não foi concluídaQuando se trata de pavi-mentação, apenas parte do bair-ro conta com esse privilégio. Se por um lado moradores não têm problemas para sair de suas ca-sas, por outro muita gente sofre com a lama e a poeira.

Uma delas é a Rua Orlando Tardelli, que, tanto na parte alta, quanto na baixa, teve a pa-vimentação inacabada. Ou seja, um grande trecho da via ainda não foi contemplado com o pa-ralelepípedo, muito menos o asfalto.

“Há mais de 20 anos, tempo que moro aqui, até hoje isso aqui não foi pavimentado”, con-ta Rafael.

Além disso, onde existe pa-

vimentação os moradores re-clamam de outro problema: a falta de manutenção. Em al-guns trechos, as pedras já estão soltas. “Aqui na Rua Margarida da Conceição Santos, os ônibus passam e o peso deles está fa-zendo com que as pedras afun-dem. O ideal seria fazer a troca do paralelepípedo pelo asfalto, assim como vem sendo feito no Cavaleiros, por exemplo”, fala o presidente do bairro.

Já na Rua B, após um acidente com uma criança, os moradores tomaram a frente e soluciona-ram o problema de um bueiro aberto. “Nós o fechamos depois que o menino caiu dentro, sol-tando pipa”, explica Fernando.

O que diz a prefeitura:Procurada, a secretaria de

Limpeza e Manutenção informou que está previsto a colocação de paralelepípedo nas ruas sem pa-vimentação. O serviço será efe-tuado em breve, pois o trabalho está sendo realizado atualmente no bairro Novo Horizonte.

De acordo com informação da secretaria, a varrição, bem como capina são realizadas constante-mente no bairro.

Quanto aos ratos, os mora-dores devem entrar em contato com o Centro de Controle de Zo-onoses (CCZ), pelos telefones: 2772-6461 ou 08000226461

e informar o endereço correto da infestação dos roedores, para que os agentes possam realizar o combate.

Sobre a coleta de lixo, a Se-cretaria de Limpeza informou que ela é realizada às segundas, quartas e sextas-feiras à noite. De acordo com o responsável pela coleta, não vê a necessi-dade da colocação de uma ca-çamba no local, pois segundo ele, acumularia mais lixo. Qual-quer reclamação ou solicitação poderão ser realizadas pelo te-lefone: 2763-0780, no horário comercial.

“Dá a entender que essa área aqui faz parte do Visconde, por conta da proximidade, mas são bairros distintos.”

FERNANDO, MORADOR DO

BAIRRO E SECRETÁRIO NA

ASSOCIAÇÃO DE MORADORES

Algumas ruas do bairro não foram pavimentadas por completo

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O DEBATE DIÁRIO DE MACAÉ10 Macaé, domingo, 13 e segunda-feira, 14 de julho de 2014

MEIO AMBIENTE

Estabilidade econômica das cidades ameaçada por mudanças climáticasPesquisa mostra que governos das principais cidades do mundo estão avançando com as ações para combater as mudanças climáticas

Martinho Santafé

O Carbon Diclosure Project (CDP), organização sem fins lucrativos que ajuda

cidades e empresas e medirem, divulgarem, gerirem e compar-tilharem informações ambien-tais, revelou esta semana, em nova pesquisa, que os governos locais das principais cidades do mundo estão avançando com as ações para combater as mudan-ças climáticas, já que acreditam que o fenômeno coloca em pe-rigo a estabilidade de suas eco-nomias.

O relatório, intitulado Pro-tecting our Capital (Protegen-do nosso Capital ou Protegendo nossa Capital), aponta que 76% dos 207 municípios analisados acreditam que os efeitos das mudanças climáticas possam trazer algum tipo de risco físi-co a seus habitantes e compa-nhias.

Entre as cidades avaliadas pelo estudo estão Caracas (Ve-nezuela), Hong Kong, Johanes-burgo (África do Sul), Londres (Inglaterra), Nova Iorque (Es-tados Unidos), São Paulo, Tó-quio (Japão), Wellington (Nova Zelândia) e Sidney (Austrália).

Alguns dos principais riscos identificados pelas cidades são: danos materiais e a bens de capital; destruição de meios de transporte e infraestrutura;

KANÁ MANHÃES

Entre as cidades avaliadas pelo estudo estão Caracas (Venezuela), Hong Kong, Johanesburgo (África do Sul), Londres (Inglaterra), Nova Iorque (Estados Unidos), São Paulo, Tóquio (Japão), Wellington (Nova Zelândia) e Sidney (Austrália)

e problemas relacionados ao bem-estar dos cidadãos.

“Os governos locais estão agindo à frente para protege-rem seus cidadãos e empresas dos impactos das mudanças cli-máticas, porém é preciso mais colaboração com as empresas para aumentar a resiliência ur-bana. Através do fornecimen-to de informação, políticas e incentivos, as cidades podem ajudar a equipar as empresas para gerirem esses riscos e abraçarem as oportunidades”, observou Larissa Bulla, direto-ra do programa de cidades do CDP.

Na verdade, segundo o do-cumento, os municípios estão muito alinhados com as compa-nhias quando o assunto é iden-tificação de riscos. Eles reco-nhecem 69% dos riscos físicos das mudanças climáticas que as empresas identificam nessas cidades, e estão procurando re-solver cerca de 66% dos identi-ficados pelas corporações.

Por exemplo, a cidade de Ca-racas relata: “a água potável e a geração de eletricidade podem ser interrompidas por causa das mudanças climáticas. Es-ses fatores podem afetar o setor privado. As enchentes podem interromper as operações e as companhias de seguros podem enfrentar reivindicações mais elevadas”.

Abandonando investimentosTal situação também ocor-re no município de Pittsburgh, nos EUA, em que alguns pro-prietários de empresas estão abandonando seus investimen-tos porque não são mais capa-zes de buscar compensação pelas perdas ocorridas como resultado das mudanças cli-máticas. Tanto é que a indústria local de seguros recentemente apresentou ações contra as cidades devido ao fato de que elas não estavam buscando se adaptar às consequências das mudanças climáticas.

Mas a situação crítica pare-ce estar levando a mais ação por parte dos municípios e também das empresas. No total, o CDP identificou 757

atividades de adaptação aos efeitos das mudanças climá-ticas nas cidades avaliadas, como o reporte e redução de emissões de gases do efeito estufa (GEEs). O documento também aponta que 102 dos 207 municípios já têm planos de adaptação em vigor.

É o caso de Hong Kong, cuja fornecedora de energia CLP Holdings sofreu danos locais e interrupção das atividades como resultado do aumento do nível do mar. A empresa gastou US$ 193 mil elevando os níveis dos pisos de suas edificações, e investiu mais US$ 516 mil para aumentar a capacidade de drenagem. En-quanto isso, o Departamento

de Serviços de Drenagem de Hong Kong direcionou US$ 2,7 bilhões para infraestrutu-ra contra enchentes, incluin-do o alargamento de rios e o armazenamento subterrâneo de água.

Em Londres, para combater o aumento das temperaturas, a assessoria financeira Mor-gan Stanley gastou US$ 4,4 milhões aprimorando o siste-ma de condicionadores de ar em seu centro de dados. Além disso, a cidade está usando seu sistema de planejamento para uma maior eficiência nos sistemas energético e de res-friamento, garantindo mais contribuição para uma cidade mais resiliente.

Brasil dá bons exemplosDe acordo com o relató-rio, no Brasil também há bons exemplos de ações cli-máticas. Em Campinas, no estado de São Paulo, a indús-tria alimentícia e de bebi-das exportou bens no valor de US$ 11 bilhões em 2013, mas a cidade informa que “as indústrias que exigem uso intenso de água, como as companhias de refrigerante, podem escolher outra região devido à escassez de água no estado de São Paulo”.

Por isso, algumas cidades do estado, como a capital e o município de Caieiras, estão desenvolvendo planos de adaptação climática. Caiei-ras criou uma parceria com

o governo nacional em um projeto de US$ 5,3 milhões para aumentar a capacida-de de fluxo do rio Juquery, que é responsável pelas en-chentes locais, diminuindo o risco e intensidade das inundações.

Já o município de São Pau-lo está investindo US$ 22 bilhões para melhorar sua infraestrutura de transpor-te. Tal investimento tem o potencial de criar melhores condições para as empresas operarem, tais como aumen-tar a mobilidade dos funcio-nários e clientes, e gerar um movimento mais eficiente de insumos e produtos.

A c i d a d e t a m b é m e st á

colaborando com grandes companhias para melhorar sua infraestrutura hídrica.A Sabesp, maior companhia de água do país, fez uma par-ceria com a capital paulista para criar o Programa Vida Nova, que investiu US$ 600 milhões em coordenação com o programa de urbani-zação de favelas da cidade para fornecer redes de esgo-to para 43 favelas e regiões de pouco desenvolvimento na cidade.

“A colaboração entre as cidades e as empresas é es-sencial para reduzir os im-pactos às populações mais vulneráveis”, afirma o rela-tório.

Derretimento do Ártico preocupaOs “problemas” globais já conhecidos, como a economia e as guerras, provavelmente se-rão como um piquenique numa tarde de verão frente ao derre-timento do Ártico, afirmam os cientistas que pesquisam as conseqüências do aquecimento do planeta.

Os maiores assuntos globais hoje incluem a recuperação das economias da crise financeira de 2008 e das guerras regio-nais por controle territorial, como no Iraque. De qualquer maneira, primeiramente e mais importante, os líderes do mundo deveriam na verdade estar focados como laser nos riscos inerentes vindos do der-retimento completo do Ártico, que hoje é o canário na mina de carvão para o planeta inteiro.

As lutas territoriais no Oriente Médio e na Ucrânia, quando comparadas com a situação do Ártico, é o equi-valente de crianças brincando com bonecos de borracha. De fato, mais um passo à frente e consequência final de um Ár-tico sem gelo faria Hiroshima parecer como um piquenique em uma tarde de verão.

Já é bastante óbvio que ne-nhuma grande nação está se antecipando para a crise no Ártico, pois caso contrário, elas estariam correndo o mais rapidamente e humanamente possível para trocar seus com-bustíveis fósseis para fontes de energias renováveis.

Da maneira como as coisas estão, as condições do gelo ma-rítimo no Ártico estão perigo-

samente próximas do abismo. Essa é a situação: a extensão do gelo no início do mês de julho por mais próxima que esteja de um recorde baixo para essa época do ano, a principal preo-cupação é a velocidade com que esse declínio está acontecendo. Continuando nessa corrente, o derretimento tenderá a ficar cada vez mais veloz.

Como publicado recente-mente na revista Arctic News: “A atual corrente no declínio da extensão do gelo marítimo está muito mais inclinado do que o comum para essa época do ano e, além disso, o total colapso do gelo ártico pode ocorrer se tempestades con-tinuarem a acontecer - for-çando mais gelo ártico a cair no Oceano Atlântico.

A crise pode vir em décadasAs ramificações terríveis e destrutivas de um colapso total do Ártico não são completamen-te compreendidas por 99,99% das pessoas no planeta.

Todavia, os detalhes sobre as prováveis consequências de um Ártico sem gelo já estão dispo-níveis. Como no brilhante vídeo tutorial “Tudo o que uma pessoa precisa saber sobre o derreti-mento do Ártico em 40 minutos”.

Para aqueles que têm déficit de atenção e não conseguem assistir, o resumo seria esse: o planeta pode virar um inferno, e isso em décadas e não séculos. Baseando-se em observações diretas e não de modelos cien-tíficos, o volume do gelo ma-rítimo já está em colapso. Por exemplo: o volume durante a década de 1990 era cerca de 15

mil km3, em 2006 era de 10 mil e em 2012, apenas 3 mil - além disso, a mudança no padrão da perda da massa de gelo está acelerando: a perda era estável ao longo da década de 1980, nos anos 1990 foi para 4,5 mil km3, durante os anos 2000 foi para 9 mil e em 2013 era de 13 mil.

Parece que se passou do ponto em que a “atividade humana jo-gando muito CO2 na atmosfera”, já nem seja mais aplicável para a perda de massa de gelo, pois aparentemente a situação já está próxima de se autoreplicar.

Seguindo a fileira de dominós, uma vez que o Ártico esteja livre de gelo no verão de setembro, toda a energia solar que anteriormente derreteu esse gelo está agora dis-ponível para aquecer os mares e o pergelissolo. Assim sendo, quan-

do o inverno voltar a congelar as águas, o gelo estará mais fino e, no ano seguinte, o derretimento será mais rápido e assim, se autoperpe-tuando e derrubando os dominós, nós teremos:

- a liberação de metano (CH4) congelado por milênios nos blo-cos de gelo e que é o gás mais efe-tivo para a aceleração do aqueci-mento global;

- acelerando um eventual colapso do gelo da Groenlân-dia, causando um aumento em potencial de 21 pés no nível da água do mar;

- distorcendo as correntes do Golfo;

- distorcendo as correntes de ar acima de 30 mil pés de al-titude, criando temperaturas anômalas por todo o hemisfé-rio norte.

Conseqüências são “aterrorizantes” e “aterrorizantes”Essas consequencias são impensáveis e aterrorizantes e, como tudo parece sugerir, o derretimento do gelo é, de fa-to, exponencial, o que torna os “modelos” usados pelo Painel Intergovernamental da Mu-dança Climática) (IPCC, sigla em inglês), que luta para evitar um Ártico sem gelo no futuro,

irrelevantes e inúteis.Na Groelândia, segundo o

instituto nacional climático, a maior temperatura já regis-trada para o mês de junho, foi atingida no dia 15, de 23,2 °C. Em 2 de julho, a temperatura na gélida região de Labrador, no Canadá, chegou a 30°C. O aquecimento do Ártico está

alterando as correntes de ar e mudando drasticamente os padrões climáticos do Norte.

“Ao passo que o Ártico está esquentando mais rápido que o Equador, a diferença nas quedas de temperaturas entre os dois reduz a velocidade na qual o ar quente se move do Equador para o Pólo Norte. Is-

so, por consequência, diminui a velocidade na qual as correntes de ar circunavegam o globo no hemisfério norte, deformando assim as correntes de ar”, lia-se na matéria “O que está de erra-do com o clima”, do Artic News.

E se o Ártico ficar sem gelo até 2020, ou mesmo antes? De acordo com o maior especia-

lista mundial sobre gelo polar, Peter Wadhams, professor de Físicas do Oceano Polar na Universidade de Cambridge - que conduziu pessoalmen-te 40 expedições polares, in-cluindo 10 missões em sub-marinos nucleares debaixo do gelo para medir precisamente a espessura do gelo: uma vez

que o gelo vai ficando cada vez mais fino, ele irá desaparecer para sempre.

As consequências resultan-tes são terríveis ao passo que o aquecimento se autoamplifica e o planeta passa do ponto de ebulição - sendo essa apenas uma das várias consequências já mencionadas.

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O DEBATE DIÁRIO DE MACAÉ Macaé, domingo, 13 e segunda-feira, 14 de julho de 2014 11

Aos Macaenses de Sangue e de Coração

Macaé esta vivendo um dos momentos mais importantes de sua

história. Somos uma cidade portuária e toda sua riqueza provém do porto que temos na atualidade. Macaé é um município especializado em logística do petróleo em alto mar, somos a Capital do Pe-tróleo, somos os únicos no Brasil, mas infelizmente isto está mudando.

O Projeto do Porto do Barreto tem como objetivo manter a estrutura indus-trial que temos em Macaé, evitando a retirada de em-presas de nossa região por falta de Porto. Poucos en-tendem que os bilhões que são investidos em nossa re-gião é apenas em alto mar e não em nossa cidade: es-tamos efetivamente em um período muito importante e crítico, um verdadeiro di-visor de águas para Macaé.

Continuaremos nos de-senvolvendo industrial e economicamente, ou regre-diremos? Os que se opõem ao Porto do Barreto alegam que o desenvolvimento traz mazelas para cidade, mas não seria verdade dizer que a falta de desenvolvimento nos trará desemprego, po-breza e problemas piores?

Um povo sábio enfrenta suas dificuldades como de-safios, e os soluciona. Esta é a Macaé que desejamos, uma Macaé que tem cora-gem de se desenvolver acre-ditando em dias melhores. Não enfrentar os desafios é antes de tudo um ato covar-de, e isto Macaé nunca foi.

O povo macaense tem como marca a diversidade de nações e povos e isto é muito antigo. No século XIX a cidade era uma gran-de produtora de café, graças a italianos, japoneses, suí-ços, alemães e sobretudo do próprio POVO BRASILEI-RO, oriundo de diversos estados, algo muito seme-lhante ao que temos hoje, Macaé sempre foi uma ci-dade de imigrantes, todos trabalhadores.

Tínhamos uma ferrovia até Glicério para escoar a produção de café até o antigo Porto de Imbetiba. Do Porto, nossa produção de café era comercializada para o mundo. Com a crise econômica de 1929 Ma-caé sofreu uma derrocada financeira, fazendeiros e comerciantes faliram e gru-pos isolados de produtores de pequeno porte passaram FOME. Não queremos re-petir este passado. Estuda-mos a história para termos um futuro melhor e nunca repetirmos os erros que co-metemos no passado.

Um porto é uma infraes-trutura e assim como nosso antigo porto cafeicultor foi transformado em um porto da logística de suprimentos do petróleo, no futuro dis-tante nossos portos serão gradualmente condicionados a outras atividades portuárias tais como comércio exterior, cabotagem e turismo.

Este evento será gradu-al visto que o petróleo não vai acabar do dia para noite igual aconteceu com o ca-fé. Mas não se preocupem, temos mais de 100 anos de atividades pela frente, temos que preparar nossa cidade para nossos netos decidirem o que fazer de melhor.

Vivemos atualmente uma época gloriosa do petróleo, algo muito semelhante a época gloriosa do café. Fi-ca, portanto, uma pergunta para aqueles que se opõem

ao Porto do Barreto: So-frendo um esvaziamento econômico, qual solução eles têm para nossa amada Macaé? O que está em jogo é se Macaé se manterá co-mo uma cidade portuária do petróleo ou não. Se não conseguirmos instalar um novo porto sobreviveremos de quê?

Desenvolvimento jamais deverá ocorrer a qualquer custo. Por isto existem es-tudos técnicos ambientais e sociais para implantação de um projeto desta impor-tância. Além de uma aduto-ra de água para a região, que resolverá em definitivo a vergonhosa falta de água no Barreto e Lagomar, o porto construirá uma escola de treinamentos, o Instituto Porto Cidadão, onde ela formará sua mão de obra e tem o compromisso de em-pregar 70% de seu pessoal sendo de Macaé.

Um porto não provoca impactos ambientais à vida marinha, isto é comprova-do em uma diversidade de literaturas científicas. Um porto é, antes de tudo, um recife artificial tornando-se um vetor de vida marinha.

O que acontece com a construção de um porto são os impactos físicos, de ocupação de áreas ma-rinhas, além das famosas áreas de fundeio. Estes são impactos efetivos e é para estas questões que existem as audiências públicas, para que todas as partes envolvi-das sejam ouvidas e devida-mente compensadas, caso existam danos.

É assim que se resolve qualquer problema: ou-vindo, debatendo e trazen-do soluções. Jamais com gritarias e estardalhaços conforme aconteceu dia 15 de janeiro na primeira Au-diência Pública, onde um pequeno grupo de ambien-talistas radicais e membros de alguns partidos políticos extremistas, literalmente impediram as pessoas de falarem impondo no grito a versão deles como única verdade.

Foi um evento vergonho-so e lastimável para Ma-caé, visto que lá tínhamos pescadores e membros de associações de bairros que queriam sanar suas dúvidas e levantar questões e foram impedidos, devido ao estar-dalhaço e a vergonha que impunham a quem fosse falar favorável ou levantar qualquer questão. Supos-tamente a verdade estava estabelecida por eles, uma verdade estabelecida com grito e xingamentos.

Por isto é de fundamental importância que a popula-ção macaense esteja nesta audiência pública e veja quem são estes radicais que querem se impor no grito e como minoria estabelecer suas decisões em nosso município. Temos que evi-tar isto e honrar nossa his-tória de trabalho e luta de mais de 150 anos de cidade portuária, que recebe gente de todo o mundo e de todos os cantos do Brasil para tra-balhar e dignificar o pão de cada dia.

Teremos uma audiência pública realizada pelos ór-gãos licenciadores do Go-verno, no caso o INEA, no dia 16 de julho, às 19 horas, no Centro de Convenções de Macaé. É vital que você se informe, participe e dê sua opinião.

Gernandes Mota, Cidadão Macaense

QUESTÃO DELOGÍSTICATecnólogo em Logística Gernandes Mota

LICENCIAMENTO

Instituições defenderão porto em audiência públicaReunião agendada pela Comissão Estadual de Controle Ambiental (CECA) definirá novo passo para consolidação de terminal portuárioMárcio [email protected]

A integração promovida entre o poder Executi-vo municipal, o grupo

empreendedor, e o setor em-presarial ligado a indústria do petróleo, reforçada pelo Fundo Municipal de Desenvolvimen-to Econômico (Fumdec), am-plia as expectativas para o iní-cio das operações do Terminal Portuário de Macaé (Tepor) em 2017. Para alcançar este patamar, o projeto passa nesta semana por um momento im-portante, a audiência pública necessária ao licenciamento do empreendimento.

O compromisso para a via-bilização do terminal, que já detém investimentos de R$ 1,5 bilhão, parte aplicados na aquisição de espaço que será utilizado como retroárea, situ-ado em frente ao terreno doado pela prefeitura para a consoli-dação do projeto, no São José do Barreto, é reafirmado a cada avanço alcançado para a conso-lidação do projeto, através da integração entre o Fumdec e a equipe da Queiroz Galvão, em-presa responsável pela realiza-ção das obras do novo porto.

"Demonstramos que esta-mos integrados para garantir a viabilização do projeto, fun-damental para o futuro econô-mico do nosso município", afir-mou o presidente do Fumdec, Vandré Guimarães.

O Fumdec representa tam-bém o interesse do governo municipal em viabilizar o projeto que atende à principal demanda da indústria do pe-

tróleo atualmente: a logística o«shore.

"O porto é um projeto de to-do o governo. Estudamos essa proposta já elaborada para atender a demanda offshore. Debatemos as medidas que são necessárias para a conso-lidação do empreendimento, garantindo também a realiza-ção das medidas necessárias para evitar qualquer dano am-biental", afirmou o prefeito Dr. Aluízio (PV).

A parceria entre as institui-ções contribui com o anda-mento do processo de licen-

ciamento do projeto, analisado atualmente pela Comissão Es-tadual de Controle Ambiental (CECA), que dará o posiciona-mento final sobre a viabilização das obras, a partir da audiência pública que acontece na próxi-ma quarta-feira (16), às 19h, no Centro de Convenções Jorna-lista Roberto Marinho.

"Demos todas as contribui-ções necessárias para que as demandas relativas ao licen-ciamento do projeto fossem atendidas. Somos parceiros do Tepor por entender que o porto é essencial ao futuro da

cidade”, disse Vandré.O Tepor segue como princi-

pal projeto capaz de atender às demandas atuais de logís-tica o«shore, além de garantir suporte à indústria macaense nas movimentações do pré-sal.

“Não dá para pensar em Ma-caé no futuro, na questão eco-nômica, sem garantir o aten-dimento à demanda o«shore, através da instalação de um novo porto. E esse é o nosso momento. Não se pode esperar o tempo do processo burocráti-co para garantir a realização do projeto”, disse Vandré.

KANÁ MANHÃES

Empreendimento será construído em área doada pela prefeitura, no São José do Barreto

Projeto segue tecnologia e legislaçãoDurante o ano de 2010 es-tudos preliminares ampliaram ainda mais a viabilidade da im-plantação de um novo porto em Macaé. Esses estudos foram completados por dados maríti-mos, através de cartas náuticas existentes, e os dados terrestres de área disponível para ser utili-zada como retro área para as ope-rações portuárias, pontos identi-ficados em Macaé que favorecem a criação do terminal.

Com base nesses dados, o grupo empreendedor do Tepor identificou a área situada no São José do Barreto, um loteamento criado em 1956 que não possui construções, o que extinguiu os impactos relativos a desapro-priações, através da implantação do terminal.

Em 2011, o grupo empreen-dedor do porto iniciou a aproxi-mação com os proprietários dos

lotes. Nessa fase, foi identificada a existência da área de 63 mil metros quadrados que havia sido doada pelo antigo proprietário do loteamento à prefeitura.

Através de um trabalho desen-volvido entre o grupo empreen-dedor e o Fundo Municipal de Desenvolvimento Econômico, em 2012 a prefeitura oficializou a doação onerosa da área. Nesse período, outros 337 mil metros quadrados de áreas não construí-das, situadas no São José do Bar-reto, nos pontos Leste e Oeste da Rodovia Amaral Peixoto, foram adquiridos pelas empresas par-ceiras na consolidação do projeto.

Com base nos aspectos econô-micos, ambiental e social, foram desenvolvidos durante os anos de 2012 e 2013 os Estudos de Engenharia, Estudos de Impac-to Ambiental (EIA) e o Relatório de Impacto Ambiental (RIMA),

aprovados pelo Instituto Estadu-al do Ambiente. Os dados foram complementados por uma nova equipe formada por especialistas que aplicaram dados relativos as notificações levantadas durante a audiência pública para o licen-ciamento do porto, realizada no início deste ano.

O projeto do Terminal Portu-ário prevê a implantação de uma área de cerca de 400 mil metros quadrados no continente (em terra) com uma ponte ligando a uma plataforma marítima. Esta plataforma prevista no projeto, terá cerca de 90 mil metros qua-drados com área para atendi-mento simultâneo de 14 embar-cações “SupplyBoats” com calado operacional de até 10 metros e, portanto, capacidade de opera-ção de todos os tipos de embar-cações envolvidas neste tipo de operação, sem a necessidade de

utilização de práticos. A plataforma terá cerca de 1,6

mil metros de comprimento e será apoiada em pilares fixados a cada 17 metros, permitindo a passagem de toda fauna mari-nha como também de sedimen-tos. A área no continente con-sistirá de estruturas de apoio à operação o«shore.

No quesito ambiental, o im-pacto previsto pela construção do porto será reduzido com ba-se na técnica que será aplicada para a realização de dragagem. Segundo o projeto, toda a areia e sedimentos movimentados se-rão aproveitados na construção da plataforma marítima, não ha-vendo a necessidade de uma área em terra para acondicionamento dos materiais, procedimento co-nhecido como "bota fora". Toda dragagem está prevista para ser realizada em cerca de 90 dias.

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REGIÃO

Exposição Agropecuária de Quissamã é sucesso na regiãoProgramação iniciada na última quinta-feira (10) será encerrada neste domingo com apresentação do grupo Pixote

Com grande sucesso, a 23ª Exposição Agropecuária Industrial e Turística de

Quissamã chega neste domingo (13) ao seu último dia. A progra-mação, que reuniu visitantes de várias cidades da região, foi mar-cada por eventos voltados a pro-dutores rurais, além de shows que embalaram grande público.

O encerramento do evento será marcado pela apresentação do Grupo Pixote que promete fazer a alegria dos presentes. No dia que também será a final do Copa do Mundo, a intenção é animar a festa com sucessos co-mo Idem, Franqueza e Fissura, Insegurança, Mande Um Sinal e Meu Amor e tantos outros que embalaram trilhas sonoras de grandes amores.

No sábado, a apresentação da dupla sertaneja João Lucas e Marcelo foi acompanhada por milhares de pessoas que dan-çaram ao som do principal hit dos artistas, a música “Eu quero tchu, eu quero tchá”. Os shows acontecem na arena do Parque de Exposições Renato Queirós Carneiro da Silva.

A abertura oficial da 23ª edi-ção da Exposição Agropecuária Industrial e Turística de Quissa-mã aconteceu na noite de quin-ta-feira (10). Além do prefeito Octávio Carneiro acompanha-do da primeira dama Hermínia Alvarez, estiveram presentes na cerimônia vereadores, secretá-rios municipais, o representan-te da Secretaria de Estado de Agricultura e Pecuária e Coor-denador de Programas Espe-ciais de Fomento Agropecuário, Ronaldo Soares, o prefeito de Conceição de Macabu, Cláudio Linhares, autoridades regionais

ADILSON DOS SANTOS/SECOM

A solenidade de abertura da 23ª Exposição contou com a participação de diversas autoridades

e representantes das polícias Ci-vil e Militar.

Mais uma vez o ato de abertu-ra da ExpoAgro 2014 comprovou que uma grande festa estava se iniciando. A banda de tambores do CIEP Municipalizado 465 abrilhantou a noite com apre-sentação de diversas músicas nacionais e internacionais, além do Hino Nacional e Municipal.

O secretário de Meio Am-biente, Agricultura e Pesca, Jorge Penha, junto ao prefeito Octávio prestou uma home-nagem a José Maria Simões, representando todos os fun-cionários da pasta, em seguida diversas autoridades discursa-ram e o Padre Marcos Vinícius Moreira Falcão encerrou a ceri-mônia com uma bênção.

“A ExpoAgro Quissamã é uma festa idealizada para toda a fa-mília. E certamente não foi di-ferente neste ano, com atrações para todas as idades. Espero que o volume de negócios também seja superior, para isso monta-mos uma estrutura que coloca a exposição do município entre as melhores e mais visitadas da re-gião”, enfatizou Jorge Penha.

Em seu pronunciamento, Octá-vio Carneiro falou sobre a impor-tância do evento para economia local e deu boas-vindas aos visi-tantes. “Quissamã é uma cidade com tradição agrícola e a realiza-ção da ExpoAgro torna possível a troca de experiências entre as pessoas do campo e investidores, movimenta o setor industrial e outros segmentos como hotela-ria, alimentação, artesanato local e lazer. Quissamã é uma cidade acolhedora por natureza e todos são recebidos com muito cari-nho”, disse o prefeito.

UFF-Macaé oferece cursos gratuitos EDUCAÇÃO

A Universidade Federal Fluminense (UFF), campus Macaé Instituto de Ciências da Sociedade, promoverá, gratuitamente, dois cursos e uma palestra na Cidade Uni-versitária, abertos à popula-ção, de aperfeiçoamento e atualização na área contábil, em parceria com o Conselho Regional de Contabilidade do Estado do Rio de Janei-

Oportunidades são para a área de Contabilidade em aulas que acontecem na Cidade Universitária

ro (CRCRJ) e o Sindicato das Empresas de Serviços Contábeis, Assessoramen-to, Perícias, Informações e Pesquisas do Estado do Rio de Janeiro (Sescon-RJ).

A s i n f o r m a ç õ e s f o r a m passadas pelo coordena-dor do curso de Ciências Contábeis da UFF-Macaé, professor Dário Bezerra de Andrade. Segundo ele, o primeiro curso será no pró-ximo dia 23, quarta-feira, e abordará o Sped Fiscal de Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) e Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), ministrado pela pro-

fessora Rose Marie Argolo de Bom. Ela mostrará como será o funcionamento da escrituração fiscal digital e as informações que serão exigidas no novo layout pu-blicado pela Receita Federal do Brasil (RFB).

Durante o curso haverá treinamento e os partici-pantes verão na prática o funcionamento do Progra-ma Validador e Assinador (PVA) para geração, assi-natura e entrega do arqui-vo ao Fisco. O público-alvo são profissionais das áreas contábil, fiscal e pessoal e empresas de serviços con-tábeis, devidamente regis-

trados no CRCRJ.O curso é realizado pelo

Departamento de Desen-volvimento Profissional do CRCRJ que também ofere-cerá, na UFF-Macaé, o curso sobre Declarações de Débi-tos e Créditos Tributários Federais (DCTF), Escritu-ração Fiscal Digital (EFD), D e c l a r a ç ã o d o I m p o s t o Retido na Fonte (Dirf ), De-claração de Informações da Pessoa Física (DIPJ), Pedido Eletrônico de Res-tituição, Ressarcimento ou Reembolso e Declaração d e C o m p e n sa ç ã o ( P E R /Dcomp) - Preenchimento e Obrigações Acessórias.

Será no dia 30 de julho, também uma quarta-feira, ministrado pelo professor Alberto Antonio Gonçalves, visando o correto preenchi-mento das obrigações aces-sórias exigidas pela RFB e respectivos cruzamentos das informações no momento do processamento das mesas pelo órgão. Os dois cursos têm carga horária de oito horas e acontecerão das 9h30 às 17h, no auditório Cláudio Ulpiano, da Cida-de Universitária. As inscri-ções podem ser feitas no site www.crcrj.org.br.

Já no dia 13 de agosto, ha-verá palestra, também gra-

tuita, sobre E- Social, das 15h às 18h, para o mesmo público-alvo, além de asso-ciados ao Sescon. O E-Social é um projeto do governo fe-deral que unificará o envio de informações pelo empre-gador em relação aos seus empregados. Inscrições no site www.sescon-rj.org.br. Mais informações no site www.esocial.gov.br.

A UFF-Macaé funciona na Cidade Universitária em parceria com a prefeitura, por meio da Fundação Edu-cacional de Macaé (Fune-mac), na rua Aloísio da Sil-va Gomes, 50, bairro Granja dos Cavaleiros.

WANDERLEY GIL

As aulas acontecerão na Cidade Universitária através do departamento da UFF

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ESPORTE

Atleta macaense conquista Copa de Jiu-JítsuAlém de vencer pela categoria Absoluto faixa preta, acima de 100 kg, Gaia levou o cinturão pelo Absoluto

DIVULGAÇÃO

Thiago Gaia conquistou medalha de ouro e o cinturão pelo Absoluto no Campeonato Vassouras

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No último final de sema-na, o macaense Thiago Gaia foi campeão na

Copa Vassouras de Jiu-Jítsu, trazendo para a cidade uma conquista em dose dupla, uma medalha de ouro pela sua ca-tegoria (faixa preta Absoluto) acima de 100 kg, um cinturão pela categoria Absoluto e uma quantia de 500 reais.

A Copa Vassouras é um even-to tradicional na Região Sul do Estado do Rio de Janeiro, onde muitos campeões foram con-vidados para competir nesse evento.

O atleta Thiago foi atrás de mais um título e não deixou barato, fez duas lutas em sua categoria e três lutas para as-

sim chegar à final da categoria Absoluto. Chegando à final, Gaia enfrentou o atleta Rodri-go, da equipe ExGyn, equipe da qual Anderson Silva faz parte. Sem muita dificuldade, o faixa preta não demorou muito em suas lutas, conseguindo fina-lizar todas e na final, fez cinco pontos e conseguiu finalizar, garantindo as premiações.

Gaia está sem patrocínio e aguarda o Bolsa-atleta do mu-nicípio que ainda não saiu nes-te ano. Recentemente, o atleta trouxe dos EUA uma medalha de terceiro colocado pelo Cam-peonato Mundial. Já conquis-tou outros títulos importantes desta competição em outros anos, como o 2º Lugar em 2006, o 3º Lugar em 2007 e o 3º, em 2009, mesmo depois de ficar fora por cinco anos do

evento por falta de patrocínio, obteve uma boa colocação.

Quanto aos treinamentos, o professor da Academia Gaia Fighter conta que os treinos estão intensos já que neste mês de julho participará de dois eventos, um em Vitória, no Espírito Santos e outro em Teresópolis.

Thiago ressalta estar mui-to feliz por suas conquistas e agradece o incentivo de sua esposa Luciene, que esteve na torcida juntamente com sua filha de três anos, dedicando sua vitória às duas.

Agradece também a todos os apoios: Ivaney, da Net Systen, Supemercado Novo Visconde, SansaiSuhi Bar, Farmácia do Rodo, Academia Gaia Fighter, Dudu Jardime e ao Jornal O Debate.

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