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NORMAS ATUALIZADAS PARA IMPLANTAÇÃO E OPERAÇÃO (PARTES 1 E 2) Ricardo Cruz Miranda ESOCIAL A eSOCIAL, fora incialmente chamada de EFD Social Escrituração Fiscal Digital Social, é um projeto do Governo Federal, que tem por objeto, proceder à escrituração das informações e cumprimento das obrigações acessórias referentes à relação estabelecida entre empregado e empregador. Com a eSocial, haverá a centralização das informações (trabalhistas, previdenciárias, fiscais e de apuração de tributos e do FGTS) e possibilidade de cruzamento de dados entre os entes participantes do projeto, quais sejam: a) Secretaria da Receita Federal do Brasil (RFB); b) Ministério do Trabalho e Emprego (MTE); c) Ministério da Previdência Social (MPS); d) Instituto Nacional do Seguro Social (INSS); e) Caixa Econômica Federal 1 , como curadora do FGTS. A eSocial não criou nenhuma legislação nova, apenas tem por objetivo, fazer cumprir a legislação trabalhista, previdenciária e fiscal, facilitando o cumprimento das obrigações. Em relação aos prazos de entrega dos eventos e o cronograma da obrigatoriedade será objeto de Resolução do Comitê Diretivo a ser publicado brevemente no Diário Oficial da União, conforme informado no site: www.esocial.gov.br. O manual 2.1 faz algumas inovações, que com 4 (quatro) arquivos digitais, o principal: MOS 2.1 - Manual de Orientação do eSocial; e seus anexos: MOS 2.1 Anexo I - Leiautes do eSocial, MOS 2.1 Anexo II - Regras de Validação e Tabelas do eSocial, MOS 2.1 Anexo III Tabelas do eSocial, MOS 2.1 Controle de Alterações de Alterações do Leiaute do eSocial e o Manual Orientação Desenvolvedor eSocial 1.1. I - FUNDAMENTAÇÃO LEGAL DA eSOCIAL: O Sistema de Escrituração Digital das Obrigações Fiscais, Previdenciárias e Trabalhistas - eSocial, foi instituído pelo Decreto n. 8.373 de 11 de dezembro de 2014, e pela Resolução do Comitê Gestor n.º 001/2015, publicado no D.O.U. de 24/02/2015, que aprova a versão 2.0 do Manual de Orientação do eSocial (MOS). 1 Futuramente o Ministério do Planejamento também integrará os órgãos participantes da eSocial;

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NORMAS ATUALIZADAS PARA IMPLANTAÇÃO E

OPERAÇÃO (PARTES 1 E 2) Ricardo Cruz Miranda

ESOCIAL

A eSOCIAL, fora incialmente chamada de EFD Social – Escrituração Fiscal Digital Social, é um projeto do

Governo Federal, que tem por objeto, proceder à escrituração das informações e cumprimento das obrigações acessórias

referentes à relação estabelecida entre empregado e empregador.

Com a eSocial, haverá a centralização das informações (trabalhistas, previdenciárias, fiscais e de apuração de tributos e do FGTS) e possibilidade de cruzamento de dados entre os entes participantes do projeto, quais sejam:

a) Secretaria da Receita Federal do Brasil (RFB);

b) Ministério do Trabalho e Emprego (MTE);

c) Ministério da Previdência Social (MPS);

d) Instituto Nacional do Seguro Social (INSS);

e) Caixa Econômica Federal1, como curadora do FGTS.

A eSocial não criou nenhuma legislação nova, apenas tem por objetivo, fazer cumprir a legislação trabalhista,

previdenciária e fiscal, facilitando o cumprimento das obrigações.

Em relação aos prazos de entrega dos eventos e o cronograma da obrigatoriedade será objeto de Resolução

do Comitê Diretivo a ser publicado brevemente no Diário Oficial da União, conforme informado no site:

www.esocial.gov.br.

O manual 2.1 faz algumas inovações, que com 4 (quatro) arquivos digitais, o principal: MOS 2.1 - Manual de

Orientação do eSocial; e seus anexos: MOS 2.1 – Anexo I - Leiautes do eSocial, MOS 2.1 – Anexo II - Regras de Validação e Tabelas do eSocial, MOS 2.1 – Anexo III – Tabelas do eSocial, MOS 2.1 – Controle de Alterações de Alterações do

Leiaute do eSocial e o Manual Orientação Desenvolvedor eSocial 1.1.

I - FUNDAMENTAÇÃO LEGAL DA eSOCIAL:

O Sistema de Escrituração Digital das Obrigações Fiscais, Previdenciárias e Trabalhistas - eSocial, foi instituído

pelo Decreto n. 8.373 de 11 de dezembro de 2014, e pela Resolução do Comitê Gestor n.º 001/2015, publicado no D.O.U.

de 24/02/2015, que aprova a versão 2.0 do Manual de Orientação do eSocial (MOS).

1 Futuramente o Ministério do Planejamento também integrará os órgãos participantes da eSocial;

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O manual orienta o empregador para a forma de cumprimento de suas obrigações, que estabelece regras de

preenchimento, de validação, leiautes, tabelas e instruções gerais para envio de eventos que compõem o eSocial.

O art. 2º do Decreto supracitado, estabelece um conceito do eSocial, como sendo o “instrumento de unificação da

prestação das informações referentes à escrituração das obrigações fiscais, previdenciárias e trabalhistas e tem por finalidade padronizar sua transmissão, validação, armazenamento e distribuição, constituindo ambiente nacional composto

por: a) escrituração digital, contendo informações fiscais, previdenciárias e trabalhistas; b) aplicação para preenchimento,

geração, transmissão, recepção, validação e distribuição da escrituração e, c) repositório nacional, contendo o armazenamento da escrituração”

II - ESOCIAL – QUEM ESTÁ OBRIGADO?

Estão obrigados à prestação de informações por meio da eSocial, segundo estabelecido pelo par. 10 do art. 2

0 do

Decreto n. 8.373/2014:

*Empregador, inclusive o doméstico, a empresa e os que forem a eles equiparados em lei;

*O segurado especial, inclusive em relação a trabalhadores que lhe prestem serviço;

*As pessoas jurídicas de direito público da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios;

*Demais pessoas jurídicas e físicas que pagarem ou creditarem por si rendimentos sobre os quais tenha incidido

retenção do Imposto Sobre a Renda Retido na Fonte – IRRF, ainda que em um único mês do ano-calendário.

As microempresas, as empresas de pequeno porte e o Microempreendor individual – MEI, também estão obrigados? R: Sim, porém as informações serão prestadas em sistema simplificado, compatível com as especificidades destas empresas.

III - DAS OBRIGAÇÕES ACESSÓRIAS INCORPORADAS À eSocial:

Antes, hoje, do advento da eSocial, a empresa gera e envia informações separadamente para cada entidade

responsável, podendo por vezes tal informação ser prestada repetidamente.

Depois da entrada em vigor desse novo sistema de escrituração digital e prestação de informações, diversas

obrigações acessórias serão substituídas gradativamente. São elas: a) Livro de Registro de Empregados; Folha de

pagamento; GFIP, RAIS, CAGED, DIRF, comunicação de acidente de trabalho - CAT, Perfil Profissiográfico

Previdenciário – PPP.

A Substituição das informações será através de regulamentação de cada órgão, de acordo com sua competência

legal para a exigência da obrigação. Sendo que, o prazo máximo para a substituição das declarações e formulários será

definida pela resolução do Comitê Diretivo do eSocial.

Cada órgão dará publicidade (publicação em Diário Oficial), da substituição de suas obrigações por meio de ato

normativo específico da autoridade competente.

Assim sendo, haverá o atendimento das necessidades de todos os participantes, com unificação no envio de

informações.

IV – OBRIGAÇÕES ACESSÓRIAS A SEREM INCORPORADAS:

IV.1 - LIVRO DE REGISTRO DE EMPREGADOS:

A obrigatoriedade de utilização do livro de registro de empregados, para todas as pessoas jurídicas e equiparadas,

encontra-se disciplinado na CLT, em seu art. 41, que assim dispõe:

“Art. 41: Em todas as atividades será obrigatório para o empregador o registro dos respectivos trabalhadores,

podendo ser adotados livros, fichas ou sistema eletrônico, conforme instruções a serem expedidas pelo Ministério do

Trabalho.”

São dados obrigatórios do livro de registro de empregados:

a) qualificação civil e profissional dos empregados;

b) dados de admissão e desligamento;

c) registro de acidentes de trabalho ou doenças profissionais;

d) alterações salariais;

e) alteração de cargo;

f) férias;

g) dados relativos a cadastro no PIS;

h) dados relativos à opção pelo FGTS;

i) contribuições sindicais descontadas pelo empregador.

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IV. 2 - FOLHA DE PAGAMENTO

A folha de pagamento é um relatório mensal emitido pelo empregador, onde constam registros relativos a

remuneração do empregado, das contribuições previdenciárias retidas pelo empregador, bem como outros descontos a que

está sujeito o empregado.

A obrigatoriedade de elaboração da folha de pagamento, encontra-se estampada no art. 225 do Decreto 3.048/1999,

em seu art. 225 que assim dispõe:

“Art. 225: A empresa é também obrigada a:

I – preparar folha de pagamento da remuneração paga, devida ou creditada a todos os segurados a seu

serviço, devendo manter, em cada estabelecimento, uma via da respectiva folha e recibos de pagamentos;”

Segundo o disposto no par. 5º do artigo supracitado, o empregador deveria manter por dez anos, o arquivamento da

folha de pagamento.

Agora, com a entrada em vigor do eSocial, a folha de pagamento será a ela incorporada.

IV.3 - GFIP/SEFIP (GUIA DE RECOLHIMENTO DO FGTS)

Trata-se de obrigação acessória onde constam informações de FGTS e do INSS.

São obrigados à entrega da GFIP, os empregadores, pessoas físicas ou jurídicas e os equiparados à

empresa, que mantenham empregados, independentemente do número, com contrato de trabalho regido pela CLT e estejam

sujeitos ao recolhimento do FGTS, conforme estabelece a Lei n. 8.036/1990, e à prestação de informações ao FGTS e à

Previdência Social, conforme disposto na L. 8212/1991.

Trata-se a referida obrigação, de uma das mais importantes obrigações acessórias instituídas, sobretudo e

principalmente em razão do controle exercido acerca das contribuições para o FGTS.

A GFIP é elaborada utilizando-se um programa disponibilizado gratuitamente pela Caixa Econômica

Federal, denominado SEFIP (Sistema Empresa de Recolhimento do FGTS e Informações à Previdência).

Atualmente as informações contidas na GFIP são vinculadas ao número do PIS ou NIT do trabalhador. A

partir da obrigatoriedade da eSocial, essas informações serão vinculadas ao CPF.

Se não houver FGTS a ser recolhido, fica mantida a obrigatoriedade de se fazer a GFIP com os dados

cadastrais e financeiros.

Ressalte-se que, deixar de transmitir o arquivo SEFIP, apresentar o referido arquivo com dados não

correspondentes aos fatos geradores ou com erro de preenchimento nos dados não relacionados aos fatos geradores,

acarretará as penalidades previstas na Lei 8212/1991, no que tange à Previdência Social e sanções previstas na L. 8036/1990

no que se refere ao FGTS.

IV. 4 - CAGED (CADASTRO GERAL DE EMPREGADOS E DESEMPREGADOS)

O CAGED fora instituído pela Lei. n. 4923/1965.

Trata-se o CAGED de registro de admissões e dispensa de empregados regidos pela CLT.

Devem ser declarados no CAGED:

a) os empregados de pessoas físicas ou jurídicas, sob regime de CLT, por prazo indeterminado,

determinado ou contrato de experiência;

b) os trabalhadores com contrato por prazo determinado regidos pela Lei n. 9.601/1998;

c) trabalhadores regidos pelo Estatuto do Trabalhador Rural (L. 5889/1973);

d) o aprendiz (maior de 14 e menor de 24 anos);

Obs.: o registro de admissão ou demissão dos trabalhadores temporários regidos pela Lei n. 6019/1974 é opcional.

A obrigação de transmissão do CAGED é mensal, até o dia sete do mês subsequente à ocorrência do fato.

A falta de comunicação do CAGED, sujeito o infrator às penalidades previstas no art. 4º da Portaria MET n.

235/2003;

O CAGED tem ainda por função subsidiar o governo para fim de concessão de seguro desemprego.

IV .5 - RAIS (RELAÇÃO ANUAL DE INFORMAÇÕES SOCIAIS)

Trata-se a RAIS, de obrigação acessória instituída pelo Decreto n. 76.900/1975, com o objetivo de suprir as

necessidades de controle, estatística e informações das entidades governamentais da área social.

A obrigatoriedade de entrega da RAIS é anual.

O prazo para a entrega da RAIS ano-base 2014, inicia-se em 20 de janeiro de 2015 e termina em 20 de março de

2015, conforme Portaria n. 10 de 9/01/2015.

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O empregador que não entregar a RAIS, está sujeito à multa estabelecida no art. 2º da Portaria n. 688/2009 do

Ministério do Trabalho e Emprego.

Quando da obrigatoriedade de prestação de informações através da eSocial, esta conterá as mesmas informações

que a RAIS, ficando prevista a dispensa da RAIS.

IV. 6 - DIRF (DECLARAÇÃO DE IMPOSTO DE RENDA RETIDO NA FONTE)

Trata-se a DIRF de obrigação tributária acessória, feita pela fonte pagadora, contendo informações sobre os

rendimentos pagos às pessoas físicas domiciliadas no país e decorrentes do trabalho assalariado, as retenções tributárias na

fonte, de Imposto de renda e contribuições sociais e pagamentos efetuados a terceiros.

A DIRF tem periodicidade anual e a falta de entrega ou com informações incorretas, incompletas ou omitidas,

acarreta a imposição de multa de 2% a 20% (IN/SRF n. 197/2002).

Com o advento do eSocial ela será MENSAL.

IV. 7 - CAT (COMUNICAÇÃO DE ACIDENTE DE TRABALHO)

É a comunicação feita pela empresa obrigatoriamente à Previdência Social, de acidente de trabalho, ainda que não

haja afastamento das atividades.

O Prazo para a comunicação de Acidente de Trabalho é até o primeiro dia útil seguinte ao da ocorrência, sendo que

em caso de morte, a comunicação deve ser feita imediatamente.

A empresa que não informar o acidente de trabalho dentro do prazo, ficara sujeito à multa.

Também devem ser informados à previdência social em formulário próprio, a retomada de tratamento e o

afastamento por agravamento da lesão decorrentes de acidente de trabalho ou doença profissional.

A CAT será obrigação transmitida em tempo real para a eSocial.

IV. 8 - PPP (PERFIL PROFISSIOGRÁFICO PREVIDENCIÁRIO)

O Perfil Profissiográfico Previdenciário (PPP) é um formulário com campos a serem preenchidos com todas as

informações relativas ao empregado, como por exemplo, a atividade que exerce, o agente nocivo ao qual está exposto, a

intensidade e a concentração do agente, exames médicos clínicos, além de dados referentes à empresa. O formulário deve

ser preenchido pelas empresas que exercem atividades que exponham seus empregados a agentes nocivos químicos, físicos,

biológicos ou associação de agentes prejudiciais à saúde ou à integridade física (origem da concessão de aposentadoria

especial após 15, 20 ou 25 anos de contribuição). Além disso, todos os empregadores e instituições que admitam

trabalhadores como empregados do Programa de Prevenção de Riscos Ambientais e do Programa de Controle Médico de

Saúde Ocupacional, de acordo com Norma Regulamentadora nº 9 da Portaria nº 3.214/78 do MTE, também devem

preencher o PPP.

A legislação específica do PPP, é a Instrução Normativa INSS/PRES N. 45/2010, além de dispositivos da L.

8213/91 e Decreto 3048/99.

IV. 9 - MANAD (MANUAL NORMATIVO DE ARQUIVOS DIGITAIS)

As empresas que utilizam sistema de processamento eletrônico de dados para registrar seus negócios e

atividades econômicas, escrituração de livros ou produção de documentos de natureza contábil, fiscal, trabalhista e

previdenciária, estão obrigadas a apresentar os arquivos digitais quando intimada por um Auditor-Fiscal da Secretaria da

Receita Federal,

O arquivo digital, deve seguir o leiaute padrão estabelecido pelo Manual.

As penalidades a que se sujeitam os contribuintes que mantiverem sistema escritural eletrônico e deixarem de

apresentá-lo à autoridade fiscal no prazo de intimação, ou apresentá-lo com erros ou omissões será: 0,5% (meio por cento)

do valor da receita bruta da pessoa jurídica no período, aos que não atenderem à forma em que devem ser apresentados os

registros e respectivos arquivos 5% (cinco por cento) sobre o valor da operação correspondente, aos que omitirem ou

prestarem incorretamente as informações solicitadas.

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Também sofrerá modificação, a forma de recolhimento das contribuições sociais. A GPS (Guia da Previdência

Social), será substituída pela DARF (Documento de Arrecadação de Receitas Federais).

Além das modificações na forma de recolhimento das referidas contribuições, será criada uma nova obrigação

acessória, que é a DCTF-PREV - Declaração de contribuições e Tributos Federais Previdenciários.

IV - IDENTIFICAÇÃO:

Com a entrada em vigor do eSocial, os trabalhadores serão identificados com o CPF e NIS (PIS, PASEP ou NIT),

consistente com o cadastro no CNIS.

As pessoas jurídicas serão identificadas pelo CNPJ e as pessoas físicas pelo CPF e Número de Identificação Social

– NIS (NIT/PIS/PASEP), esse trio de informações deverá estar consistente com o CNIS – Cadastro Nacional de

Informações Sociais e será validado no ato da transmissão. Sendo que sua inconsistência gerará RECUSA NO

RECEBIMENTO do evento de cadastramento inicial dos vínculos, admissão ou trabalhador sem vínculo.

E em relação as pessoas físicas que utilizam a matrícula CEI, foi criado o CAEPF – Cadastro de Atividades da

Pessoa Física, que será um número sequencial vinculado ao CPF. Sendo que a pessoa física deve se registrar no CAEPF,

obedecendo o ato normativo próprio da Secretaria de Receita Federal do Brasil.

Para as obras de construção civil, que possuem responsáveis pessoas físicas e jurídicas, a matrícula CEI passa a ser

substituída pelo CNO – Cadastro Nacional de Obras, que será sempre vinculado a um CNPJ ou a um CPF. Sendo que as

matrículas CEI existentes na data de implantação do eSocial relativas a obras, irão compor o cadastro inicial do CNO.

OBERVAÇÃO IMPORTANTE: Eventuais divergências nos cadastros supracitados deverão ser corrigidas

antes da implantação do eSOCIAL.

V – CLASSIFICAÇÃO DOS EVENTOS

A eSocial é composta por arquivos contendo informações, que os gestores do eSocial denominaram de eventos.

Os Eventos que compõem o eSocial, são classificados segundo sua natureza, conforme segue:

A) Eventos iniciais;

B) Eventos de tabelas;

C) Eventos não periódicos;

D) Eventos periódicos;

Os Eventos Iniciais são aqueles que identificam o empregador/contribuinte e são compostos por:

S-1000 – Informações de Empregador/Contribuinte:

Informações cadastrais do empregador. A correta manutenção dessa evento tem influência na apuração correta de contribuições, classificação tributária do contribuinte, desoneração da folha, FAP, isenções para entidade beneficentes de

assistência social, acordos internacionais para isenção de multa, situação da empresa, cooperativas de trabalho de produção ou outras, construtoras ou não, opção do registro eletrônico de empregados, mais de 1 tabela de rubricas,

processos judiciais e administrativos, RGPS ou RPPS, alíquota, teto do serviço público, maioridade dependentes na

legislação específica, software do eSocial, contato no contribuinte, percentual de alíquota de contribuição do segurado, e do Ente e contribuição suplementar do Ente, Número SIAFI, contato, tipo de público alvo.

S-1005 – Tabela de Estabelecimentos e Obras de Construção Civil:

Apesar de ter tabela no nome não é um evento de tabela, mas sim evento incial do eSocial. Informações de cada

estabelecimento, matriz e filial, do contribuinte. Se houver um processo administrativo ou judicial que altere a taxação deve

ser enviado o evento S-1070 – Tabela de Processos Administrativos/Judiciais. Dados como: CNAE Preponderante, alíquota GILRAT, substituição da contribuição patronal de obra de

construção civil, pessoas físicas devem cadastrar o CAEPF – Cadastro de Atividade Econômica Pessoa Física.

Será implantado o Cadastro Nacional de Obras (CNO) que substituirá o CEI e o CAEPF deve ser cadastrado como estabelecimento que deverá ter pelo menos uma lotação tributária. (Contribuinte Individual, Produtor Rural e

Segurado Especial) GILRAT (SAT): É uma contribuição do Grau de Incidência de Incapacidade Laborativa decorrente de Riscos

Ambientais do Trabalho. Seu objetivo é financiar a aposentadoria especial e os benefícios concedidos em razão do grau de

incidência de incapacidade laborativa de riscos ambientais do trabalho. Sendo o FAP um índice sobre a contribuição GIIL-

RAT, que pode variar para mais ou menos.

S-2100 – Cadastramento Inicial do Vínculo:

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Sendo enviado SOMENTE no início da implantação do eSocial e deve ser ENVIADO COM TODOS OS

VÍNCULOS ATIVOS (ainda que afastados, usufruindo de benefício previdenciário, serviço militar, tabela 18 do anexo

III), e seus dados cadastrais atualizados, servindo de base do RET e utilizado para validação dos eventos da folha e outros.

Se o colaborador for desligado antes da implantação do eSocial, mas deve ser incluído na folha da competência no

ambiente do eSocial, deve ser enviado.

Cada vínculo trabalhista corresponde um arquivo.

Se tiver mais de um vínculo será mais de um arquivo enviado.

A matrícula do empregado corresponde a uma folha do livro de registro de empregados.

Implicou em mudança do CNPJ do empregador deve ser utilizado para a admissão de transferência.

Analisar a compatibilidade da classificação tributária do empregador e a da atividade do trabalhador.

Confrontação da Tabela 10 com Tabela 8.

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Ex.: Código 21 da Tabela 10 com a tipo 21 da tabela 8.

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Informação de filiação Sindical é de responsabilidade do trabalhador.

Administração Pública as datas de nomeação e posse são de preenchimento obrigatório, e o exercício quando do

provimento.

Eventos de Tabela: são os eventos que contêm as informações necessárias para se validar posteriormente, os

eventos periódicos e não periódicos, pois contêm informações a respeito de cargos, funções, horário de trabalho, etc.

São eles:

S-1010 – Tabela de Rubricas:

Tabela de Natureza de rubricas da folha de pagamento. DE/PARA.

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Deve ser observado os 2 primeiros dígitos dos códigos de grupos:

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S-1020 – Tabela de Lotações Tributárias:

Identifica a classificação da atividade para atribuição do código FPAS, obra de construção civil, contrato de serviço,

condição diferenciada de tributação.

FPAS: Fundo de Previdência e Assistência Social. Identifica a atividade econômica que a empresa ou trabalhador

individual exerce. É através do FPAS indicado na GPS/GEFIP que a RFB saberá quais empresas devem contribuir para

seguridade e outras entidades.

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Conceito estritamente tributário e não físico. Influi no cálculo da contribuição previdenciária ou grupo específico de

segurado. Não influi necessariamente, no local de trabalho do empregado.

Sendo que o empregado deverá ter ao menos uma lotação tributária.

Sendo utilizado a tabela 10 para a classificação correta da lotação.

PAS – Tabela 4 do anexo III.

S-1030 – Tabela de Cargos/Empregos Públicos:

Identificação do cargo.

Análise do organograma e definição dos cargos.

A informação para o ambiente do eSocial não reconhece e nem valida os planos internos de Cargos e Salários

adotados.

Relação com CBO.

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S-1040 – Tabela de Funções/Cargos em Comissão:

Tabela de uso opcional.

Identifica a função.

Utilizou função gratificada ou confiança fora do plano de carreira é obrigatório. E será adotado o CBO da função e

não do cargo.

S-1050 – Tabela de Horários/Turnos de Trabalho:

Horário/Turno de trabalho.

Turno ininterrupto de revezamento deverá ser preenchidos com todas as possibilidades de horário do empregado.

Quantidade de horas semanal, se não for fixa deverá ter a média.

S-1060 – Tabela de Ambientes de Trabalho:

Utilizada para Condições Ambientais do Trabalho.

Descrição de todos os ambientes da empresa em que haja exposição a fatores de risco ambiental. Pois o empregado

será vinculado ao ambiente da empresa em que exerce suas atividades.

Elaboração do Perfil Profissiográfico Previdenciário – PPP do empregado.

EPC se é eficaz ou não.

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S-1070 – Tabela de Processos Administrativos/Judiciais:

Processos Administrativos/Judiciais que tenha influência no cálculo das contribuições, dos impostos ou do FGTS, e

de outras empresas, quando influenciem no cumprimento das suas obrigações principais e acessórias. Será

utilizada/influência na forma e no cálculo dos tributos devidos e FGTS.

S-1080 – Tabela de Operadores Portuários:

Utilizada pelo Órgão Gestor de Mão-de-Obra – OGMO.

MANUAL DO ESOCIAL E DETALHAMENTO DA FOLHA (PARTE 2)

Eventos não periódicos: são fatos jurídicos decorrentes da relação de trabalho, que não tem data pré-fixada para

ocorrerem, como por exemplo a admissão de um empregado. Porém, quando ocorrem tais eventos, este tem prazo fixado na

eSocial para o envio da informação.

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São eventos não periódicos:

S-2190 – Admissão de Trabalhador – Registro Preliminar:

Evento opcional. RPPS não pode utilizar.

Requisitos básicos: CNPJ/CPF do empregador, CPF do trabalhador, data de nascimento e data de admissão o

empregado.

Envio até o final do dia imediatamente anterior ao do início da prestação do serviço.

Não pode ser utilizado pelo TSV (avulsos, diretores não empregados, cooperados, estagiários)

Não é permitido retificação em caso de erro deve ser excluído

Mas no caso em mais de um contrato de trabalho com o mesmo empregador não pode utilizar.

S-2200 – Admissão de Trabalhador:

Registra a admissão do empregado. Bem como transferido de uma empresa do mesmo grupo econômico em

decorrência de uma sucessão, fusão ou incorporação.

Envio até o final do dia imediatamente anterior ao do início da prestação do serviço.

Cada vínculo corresponde a uma matrícula por trabalhador.

O vínculo se inicia com a admissão e se encerra com o desligamento do trabalhador.

Informação de filiação sindical é de iniciativa e responsabilidade do trabalhador, presta nesse evento.

Dados: Nome completo, NIS (PIS/PASEP, NIT), sexo do trabalhador, raça e cor, estado civil, grau de instrução, 1º

emprego, data de nascimento, nome dos pais, número CTPS, RG, CPF, RNE, OC, CNH, RIC, endereço, deficiência,

dependentes, se recebe aposentadoria, salário-família.

S-2205 – Alteração de Dados Cadastrais do Trabalhador:

Alteração dados pessoais do trabalhador.

S-2206 – Alteração de Contrato de Trabalho:

Mudança no contrato de trabalho: remuneração e periodicidade de pagamento, duração do contrato, local, cargo ou

função, jornada, relação com o contrato de trabalho.

S-2210 – Comunicação de Acidente de Trabalho:

Comunicar o acidente de trabalho, mesmo que não haja afastamento de suas atividades.

A comunicação deverá ser até o 1º dia útil seguinte ao da ocorrência e em caso de morte imediatamente.

Deverá dizer se foi por iniciativa própria ou ordem judicial ou órgão fiscalizador.

Sendo na falta da empresa pode formalizar o CAT, o próprio acidentado, seus dependentes, a entidade sindical

competente, o médico que assistiu ou qualquer autoridade pública, nesse caso não prevalece os prazos de envio.

No caso de empresa tomadora deve informar o CNPJ do local do acidente.

Sendo o número do recibo do CAT o seu número.

Se o empregado for afastado deverá ser enviado o afastamento.

S-2220 – Monitoramento da Saúde do Trabalhador:

Monitoramento da saúde do trabalhador durante todo o vínculo com o empregador, inclusive o Atestado de Saúde

Ocupacional exigidos periodicamente, e exames complementares, atestados de Saúde Ocupacional – ASO.

Atividades que envolvam riscos discriminados nas NR do MTE e exames complementares solicitados pelos

médicos, para verificar possíveis fatores de risco.

Não faz parte os atestados médicos que afastam o trabalhador.

Quadros I e II da NR – 07 do MTE.

S-2230 – Afastamento Temporário:

Afastamento temporários dos empregados pelos motivos da tabela 18.

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Sendo necessário o envio para cada um dos vínculos.

A data informada é do efetivo afastamento do trabalhador.

S-2240 – Condições Ambientais do Trabalho – Fatores de Risco:

Condições ambientais de trabalho do empregado, trabalhador avulso e cooperado de cooperativa de trabalho,

indicando a prestação de serviços em ambientes com exposição a fatores de risco, descritos na Tabela 21 – Fatores de risco

ambientais.

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Bem como alteração ou cessação das atividades realizada neste ambiente.

Sendo que um mesmo vínculo pode ser enquadrado em mais de um ambiente de trabalho.

Período anterior a implantação do eSocial deverá ser por GFIP.

Integram o PPP.

Se utilizar o EPC ou EPI.

Informar neste evento descrição das atividades desempenhadas.

Os estagiários são de responsabilidade do concedente do estágio. Deve ser informado neste evento.

S-2241 – Insalubridade, Periculosidade e Aposentadoria Especial:

Fatores de risco da tabela 22 e 23 para concessão da aposentadoria especial ao empregado.

Sendo utilizado para comunicar mudança nas condições e dos ambientes sujeitos a fatores de risco e para comunicar

o encerramento de exercício das atividades do trabalhador nesses ambientes.

Empregado exposto aos fatores de risco.

Empregador deve descrever a técnica utilizada para medição da intensidade do fator de risco.

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S-2250 – Aviso Prévio:

Registrar a comunicação e o possível, cancelamento do aviso prévio de iniciativa do empregador ou do empregado.

Envidado em até 10 dias da comunicação.

Aviso prévio indenizado não gera o envio desse evento. Sendo informado em S-2299 – Desligamento.

S-2298 – Reintegração:

Reintegração de empregado previamente desligado da empresa.

S-2299 – Desligamento:

Desligamento do trabalhador da empresa.

Deve ser enviado até o 1º dia útil à data do desligamento, no caso do aviso prévio trabalhado ou término do contrato

por prazo determinado.

Demais casos, até 10 dias do desligamento.

Informar verbas rescisórias individualizada nos termos da tabela de Rubricas.

Parcelas salariais, e de natureza indenizatória, informadas nesse evento, deve SEMPRE devem ser informados no

evento S-1210 – Pagamentos de Rendimentos do Trabalhador

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Informar o ASO Demissional e o CRM do médico responsável.

Para aceitar esse evento não pode ter afastamento, mas pode nos casos de rescisão por encerramento da empresa,

transferência ou óbito do empregado.

S-2300 – Trabalhador Sem Vínculo – Início:

Empregador não possuem vínculo empregatício com a empresa.

- Trabalhador Avulsos Portuários e não portuários;

- Dirigentes Sindicais;

- Estagiários;

- Diretores não empregados;

- Cooperados;

- Servidores Públicos indicados para Conselho ou Órgão Administrativo;

- Membros de Conselho Tutelar;

- Trabalhadores Cedidos.

Este evento deve ser utilizado pela Administração Pública também para registrar o início do vínculo, por cessão

de trabalhador:

a) Sendo o cedente responsável pela folha de pagamento do servidor cedido, deve enviar as informações de

remuneração do trabalhador pelo evento S-1200 - Remuneração do Trabalhador.

b) Sendo o cessionário responsável pela folha de pagamento do servidor cedido, se submetido ao regime

celetista, deve enviar as informações cadastrais do servidor cedido pelo evento S-2300 – Trabalhador Sem Vínculo

– Início, e as informações de remuneração pelo evento S-1200 - Remuneração do Trabalhador.

c) Sendo a folha de pagamento de responsabilidade compartilhada pelo cedente e cessionário ambos devem

enviar os respectivos eventos S-1200 – Remuneração do Trabalhador e o cessionário deve enviar as informações

cadastrais do servidor cedido pelo evento S-2300 – Trabalhador Sem Vínculo – Início.

Caso de não informada remuneração para trabalhador ativo, será enviado aviso informado esta situação no

protocolo de resposta no evento de fechamento. Para alertar a situação.

S-2305 – Trabalhador Sem Vínculo – Alteração Contratual:

Atualização dos dados contratuais relativos aos trabalhadores que não possuem vínculo.

S-2399 – Trabalhador Sem Vínculo – Término:

Informações utilizadas para encerramento de contrato/prestação de serviço com o trabalhador sem vínculo.

S-3000 – Exclusão de Eventos:

Para tornar sem efeito um evento indevidamente.

Só os S-1200 até S-2399, com exceção S-1299 – Fechamento que será reaberto.

EXCLUSÃO IMPLICA A PERDA DOS EFEITOS JURÍDICOS RELATIVOS AO CUMPRIMENTO DA

OBRIGAÇÃO DE PRESTAR INFORMAÇÕES AO ESOCIAL.

S-4000 – Solicitação de Totalização de Bases e Contribuições:

Consultar as totalizações, bases de cálculo, contribuições previdenciárias e outras entidades e fundos, após a

transmissão do primeiro evento periódico de determinado período de determinado período de apuração (competência).

S-5001 – Informações da Contribuições Sociais por Trabalhador;

S-5002 – Imposto de Renda Retido na Fonte;

S-5011 – Informações das Contribuições Sociais Consolidadas por Contribuinte;

S-5012 – Informações do IRRF Consolidadas por contribuinte.

Eventos Periódicos: como o próprio nome já diz, são eventos que tem periodicidade prevista para acontecerem,

tendo inclusive prazo fixado para a entrega da informação, como sendo até o dia 07 do mês seguinte ao de sua ocorrência,

antecipando-se o vencimento para o dia útil imediatamente anterior, em caso de não haver expediente bancário. (Agora

todos os Periódicos)

Observando-se que tal prazo poderá ser antecipado nas hipóteses descritas no Ato Declaratório Executivo n. 5, de

17 de julho de 2013, foi abolido pelo Manual 2.0. (Era somente em alguns casos)

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São eventos periódicos:

S-1200 – Remuneração do Trabalhador:

Informação da remuneração de cada trabalhador no mês de referência. Aqui somente para os trabalhadores filiados

ao RGPS.

Um único evento para cada trabalhador. Mas se o trabalhador tiver mais de um vínculo, no mesmo período de

apuração, com o empregador será somente um evento.

Empregados com múltiplos vínculos deverá informa para cada empregador, na competência, o CNPJ e valor de

remuneração e os descontos, pois como a base de cálculo é o salário, deve ser somado todos os valores para a correta

apuração devida.

S-1202 – Remuneração do Trabalhador RPPS:

Informação da remuneração de cada trabalhador no mês de referência. Aqui somente para os trabalhadores filiados

ao RPPS.

Um único evento para cada trabalhador. Mas se o trabalhador tiver mais de um vínculo, no mesmo período de

apuração, com o empregador será somente um evento.

Se for desligado no período de apuração, deverá ser enviado o evento S-2299 – Desligamento.

Informar os rendimentos isentos e não tributáveis, cada um em sua rubrica. (DE/PARA).

Sendo que o Servidor público vinculado ao RPPS que exerça concomitante o cargo de vereador será

obrigatório filiação ao RGPS pelo cargo eletivo no evento S-1200 e sobre o cargo efetivo S-12022.

S-1210 – Pagamentos de Rendimentos do Trabalhador:

Pagamentos referentes a rendimentos do trabalho com ou sem vínculo empregatício e o Participação nos Lucros ou

Resultados.

Todo pagamento informado nesse evento deve estar anteriormente em:

S-1200 – Remuneração do Trabalhador

S-1202 – Remuneração de Trabalhadores RPPS

S-2299 – Desligamento

S-2399 – Trabalhador Sem Vínculo – Término

Se acaso tenha mais de um pagamento no mês com datas distintas, deverá enviar um único evento informando os

três recibos de pagamento, com suas datas e pagamentos. Portanto, toda remuneração informada deve ser enviada nesse

evento.

S-1220 – Pagamentos a Beneficiários Não Identificados:

Prestar informações relativas aos pagamentos efetuados pela pessoa jurídica para pagamentos das despesas a título

de remuneração indireta que seja:

a) Contraprestação de arrendamento mercantil ou aluguel ou respectivos encargos de depreciação:

1. De veículo utilizado no transporte de administradores, diretores, gerentes e seus assessores ou 3º em

relação a pessoa jurídica; e

2. De imóvel cedido para uso de qualquer pessoa dentre as referidas na alínea anterior;

b) Despesas com benefícios e vantagens concedidas pela empresa a administradores, diretores, gerentes e seus

assessores, pagas diretamente ou mediante a contratação de terceiros, tais como:

1. A aquisição de alimentos ou quaisquer outros bens para utilização pelo beneficiário fora do

estabelecimento da empresa;

2. Pagamentos relativos a clubes e assemelhados;

3. Salário e respectivos encargos sociais de empregados postos à disposição ou cedidos, pela empresa,

administradores, diretores, gerentes e seus assessores ou 3º;

4. Conservação, custeio e a manutenção dos bens no item a).

Sendo obrigado para o empregador que pagou remuneração indireta, para empregados ou contribuinte individuais

que prestaram serviços.

2 Art. 13, parágrafo 2º da orientação normativa MPS/SPS, n.º 02 de 31 de março de 2009.

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S-1250 – Aquisição de Produção Rural:

Para aquisição de produção rural de origem animal ou vegetal decorrente de responsabilidade tributária por substituição a

que se submete, pela lei, a pessoa física (intermediário), a empresa adquirente, consumidora ou consignatária ou

cooperativa.

S-1260 – Comercialização da Produção Rural Pessoa Física:

Comercialização da produção rural prestadas pelo produtor rural pessoa física e pelo segurado especial.

S-1270 – Contratação de Trabalhador Avulsos Não Portuários:

Exclusivamente para tomadores de serviços de trabalhadores avulsos não portuários que seja intermediado por

sindicato.

S-1280 – Informações Complementares aos Eventos Periódicos:

Para prestar informações que afetam o cálculo da contribuição previdenciária patronal sobre a remuneração pagas,

devidas ou creditas por empregador, em função da desoneração da folha e atividades concomitantes optantes pelo Simples

Nacional com tributação substituída e não substituída.

S-1298 – Reabertura dos Eventos Periódicos:

Com o envio do evento seguinte (Fechamento) poderá ser reaberto para possibilitar o envio de retificações ou novos

períodos referentes àqueles apurados.

S-1299 – Fechamento dos Eventos Periódicos:

Finalidade de encerrar a transmissão dos eventos periódicos, no período de apuração. Onde se consolidarão todas as

informações prestadas nos eventos S-1200 a S-1280.

Sendo que será aceito após passar por umas validações, sendo concluído a totalização das bases de cálculo relativos

à remuneração dos trabalhadores e integração com a DCTF, nesse instante o contribuinte pode gerar as guias de

recolhimento.

S-1300 – Contribuição Sindical Patronal:

Registra o valor das contribuições sindicais da empresa e indicações dos sindicatos para os quais o empregador está

obrigado a fazer ditas contribuições, facultativas ou compulsórias.

Para EXCLUSÃO DE EVENTOS transmitidos indevidamente, deverá ser transmitido arquivo no leiaute previsto

em S-2900 – Exclusão de Eventos.

VI – RET – REGISTRO DE EVENTOS TRABALHISTAS

As informações dos Eventos não periódicos que alimentarão uma base de dados no ambiente nacional do eSocial

denomina-se RET.

TODOS OS ARQUIVOS de eventos não periódicos, ao serem transmitidos, passarão por validação e somente serão

aceitos se estiverem consistentes com o RET.

Exemplo: O evento de desligamento de um empregado só será aceito se tiver sido enviado anteriormente o evento

de admissão do referido empregado.

O RET também será utilizado para validação da folha de pagamento, composta pelos eventos de remuneração e

pagamento dos trabalhadores, que fazem parte dos eventos periódicos. A Folha de pagamento só será aceita se todos os

trabalhadores constantes no RET como ativos constarem na folha e, entretanto, se todos os trabalhadores constantes da folha

constarem no RET, com exceção dos trabalhadores não obrigados ao registro.

Contudo, outras categorias de trabalhadores também serão objeto de informações que alimentarão o RET, como:

trabalhadores avulsos, dirigentes sindicais e algumas categorias de contribuintes individuais, como diretores não

empregados e cooperados.

Outra questão importante na eSocial, será o correto cadastramento das atividades e função desempenhadas por cada

trabalhador na organização da empresa. Neste novo modelo de prestação de informações, as atividades de cada um serão

individualizadas, quando do cadastramento inicial do vínculo (Evento S-2100), de modo a se determinar mais facilmente

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por exemplo, se o trabalhador exerce ou não atividade de risco em comparação com outro que ocupa o mesmo cargo mas

desempenha função diferente na empresa.

VII – AMBIENTE DO ESOCIAL

Haverá 3 (três) etapas:

1 – Pré-produção – dados fictícios: Ambiente de teste que NÃO serão validados com os sistemas externos (ex.:

GFIP, MANAD, CAGED);

2 – Pré-produção – dados reais: Ambiente de testes utilizando dados reais que SERÃO validados, inclusive com

os sistemas externos, sem efeitos jurídicos. (Funcionará em paralelo com outras guias);

3 – Produção: Ambiente destinado para processamento e apuração das informações do empregador que produz os

efeitos jurídicos.

VIII – VALIDADE NAS TABELAS

Os eventos S-1000 a S-1080, possuem um atributo de validade ou vigência, com a finalidade de guardar um

histórico de informações transmitidas, vinculado ao respectivo período de vigência.

DICAS:

A eSocial será obrigatória para todos os entes e organizações descritos no par. 1º do art. 2

º do Decreto n.

8.373/2014.

A obrigatoriedade dar-se-á, passado o período de teste a ser estabelecido em novo cronograma a ser disponibilizado

provavelmente pelo Comitê Gestor da eSocial.

Determinadas informações que antes eram prestadas periodicamente, agora o serão em tempo real.

Deve-se ter um controle da aceitação ou não pelo sistema da eSocial das informações enviadas. As entidades

envolvidas devem possuir em seus softwares módulos de mensageria, que avisam o usuário em caso de serem aceitos os

arquivos ou de retorno destes com mensagens de erros.

Os eventos relacionados à Tabela de Rubricas, Vínculo Inicial e Admissão, Condição Diferenciada de Trabalho e

Remuneração, são os que devem merecer especial atenção quando da obrigatoriedade da eSocial.

A organização deve realizar primordialmente, a revisão dos dados cadastrais de seus colaboradores. A transmissão

da folha de pagamento, deve estar de acordo com o RET, principalmente no que diz respeito à identificação do trabalhador.

Não serão pois admitidos documentos em duplicidade como por exemplo mais de um CPF ou NIS.

A folha de pagamento não será fechada se não houver exata correspondência entre os trabalhadores constantes do

RET e os constantes da folha de pagamento.

O DARF substituirá o GPS na arrecadação das contribuições sociais.