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Norma Técnica SABESPNTS 180

Sistemas de proteção catódica – projeto eimplantação

Procedimento

São PauloNovembro - 2002

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NTS 180 : 2002 Norma Técnica SABESP

27/11/02

S U M Á R I O

1 OBJETIVO.................................................................................................................1

2 CAMPO DE APLICAÇÃO.........................................................................................1

3 NORMAS E DOCUMENTOS COMPLEMENTARES...............................................1

4 DEFINIÇÕES.............................................................................................................1

5 PROJETO DE SISTEMAS DE PROTEÇÃO CATÓDICA........................................2

5.1 Princípios básicos ...................................................................................................2

5.2 Especificação do projeto ........................................................................................3

5.3 Tipos de sistemas de proteção catódica ..............................................................4

6 INSTALAÇÃO DE SISTEMAS DE PROTEÇÃO CATÓDICA..................................5

6.1 Sistemas de proteção por anodos de sacrifício ..................................................6

6.2 Sistemas de proteção por corrente impressa......................................................6

7 RECEBIMENTO DO SISTEMA DE PROTEÇÃO CATÓDICA.................................7

ANEXO A – DESENHOS PADRÕES (RESUMO) ...............................................................8

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Norma Técnica SABESP NTS 180 : 2002

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Sistemas de proteção catódica – projeto e implantação

1 OBJETIVO

Fixar os requisitos mínimos a serem observados no projeto e na implantação dossistemas de proteção catódica.

2 CAMPO DE APLICAÇÃO

Esta norma estabelece procedimentos visando o controle da corrosão, pela implantaçãode sistemas de proteção catódica, nos seguintes locais:- estruturas e equipamentos novos: o controle da corrosão por proteção catódica

deve ser previsto no projeto inicial e mantido durante todo o tempo de vida útil, amenos que estudos indiquem que a implantação de um sistema de proteção catódicanão é necessária;

- sistemas já em operação: a proteção catódica deve ser providenciada e mantida, amenos que estudos indiquem que a implantação do sistema de proteção catódica nãoé necessária.

Esta norma não inclui métodos de controle da corrosão baseados no controle químico doambiente ou no uso de revestimentos eletricamente condutores.

3 NORMAS E DOCUMENTOS COMPLEMENTARES

As normas e/ou documentos relacionados a seguir contêm informações complementaresa esta norma.

NTS 197:2002 Sistemas de proteção catódica - operação e manutenção

NBR 6180:1983 Ligas de zinco - Classificação

NBR 6315:1981 Lingotes, barras, anodos e verguinhas de estanho

NBR 8734:1985 Anodo galvânico e inerte para proteção catódica

NBR 9240:1986 Anodos de ligas de ferrossilício e ferrossilício-cromo, paraproteção catódica

NBR 9241:1986 Anodos de grafite para proteção catódica

NBR 9242:1986 Anodos de liga de chumbo-antimônio-prata para proteçãocatódica

NBR 9244:1986 Inspeção de anodos inertes para proteção catódica

NBR 9358:1986 Anodo de liga de zinco para proteção catódica

NBR 9363:1986 Anodo de liga de zinco para proteção catódica - Formatos edimensões

NBR 10388:1988 Anodos de liga de alumínio para proteção catódica - Formatose dimensões

NBR 10389:1988 Anodo de liga de alumínio para proteção catódica - Ensaio dedesempenho

NBR 10742:1989 Inspeção de anodos galvânicos para proteção catódica

NACE RPO 0169:2002 “Control of external corrosion on underground or submergedmetallic piping systems”

4 DEFINIÇÕES

Nesta norma são adotadas as seguintes definições:Anodo galvânico: um metal que, devido a sua posição na série galvânica, protege ometal ou metais mais nobres na mesma série, quando formam um par imerso em umeletrólito.

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Anodo inerte : eletrodo altamente resistente à corrosão, utilizado nos sistemas deproteção por corrente impressa para dispersão de corrente no eletrólito.Enchimento (backfill): material utilizado no preenchimento da vala, após a instalação dosanodos.Corrosão metálica: transformação de um material (metal) pela sua interação química oueletroquímica com o meio em que se encontra.Diodo: semicondutor bipolar, que tem uma baixa resistência à passagem de correnteelétrica em um sentido e uma alta resistência no sentido oposto.Eletrodo de referência: eletrodo utilizado nas medidas de potencial entre o equipamentoou estrutura a ser protegida e o eletrólito, com o objetivo de controlar automaticamente,em função dos potenciais alcançados no equipamento ou estrutura a ser protegida, aquantidade de corrente fornecida pelo retificador através dos anodos.Eletrólito: substância química contendo íons que migram em um campo elétrico. No casodesta norma, o eletrólito se refere ao solo ou ao líquido adjacente ou em contato com oequipamento ou estrutura a ser protegida.Painel ou unidade de controle (Estação remota de controle): compõe-se deelementos de medição, supervisão e aquisição de dados integrados a cada retificadorque permitem observar e controlar de um ponto remoto as condições de todos osretificadores e, conseqüentemente, do sistema de proteção.Potencial de corrosão: potencial misto de uma superfície metálica corroendo emreferência a um eletrodo em contato com o eletrólito.Potencial natural: valor que é obtido na medição do potencial entre uma estrutura e umeletrólito, com auxílio de um eletrodo de referência, na ausência de correntes deinterferência.Potencial misto: potencial resultante da somatória das reações eletroquímicas queocorrem simultaneamente na superfície do metal.Proteção catódica por corrente impressa: processo de controle da corrosão que utilizaa introdução de corrente contínua por meio de uma ou mais fontes externas,empregando-se anodos inertes.Proteção catódica por anodos de sacrifício: processo de controle da corrosãobaseado no uso de anodos de sacrifício. A quantidade de corrente fornecida por estesanodos é limitada pela resistividade do eletrólito e pelo potencial existente entre aestrutura a ser protegida e o anodo.Retificador de proteção catódica: fonte externa de força eletromotriz constituída de umtransformador-retificador alimentado por intermédio de um circuito de corrente alternada.Taxa de corrosão: é a quantidade de material consumido num determinado período detempo. Pode ser expressa na forma de perda de massa ou perda de espessura porunidade de tempo (gramas/ano ou microns/ano, por exemplo).

5 PROJETO DE SISTEMAS DE PROTEÇÃO CATÓDICA

Este item traz os procedimentos recomendados para o projeto de sistema de proteçãocatódica, de maneira a prover uma proteção efetiva à estrutura ou equipamento no qualfor instalado, durante toda a sua vida útil.

5.1 Princípios básicosO principal objetivo de um projeto de sistemas de proteção catódica é fornecer proteçãocontra corrosão aos equipamentos ou estruturas, observando as seguintesconsiderações:- projetar um sistema de anodos compatível com a vida útil do equipamento ou estrutura

prevendo sua manutenção ou troca periódica destes anodos;

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- minimizar a interferência de corrente do sistema nas estruturas enterradas situadasem sua vizinhança;

- projetar um sistema que possibilite a alteração na intensidade de corrente requeridapelo sistema manual (em inspeções) ou automática (em função do monitoramentocontínuo mediante sensores locais);

- instalar os anodos de forma a minimizar a possibilidade de que estes venham a sermovidos ou danificados pela ação de terceiros;

- prever a instalação de pontos de teste de tal forma que o monitoramento do sistemaseja feito da maneira mais fácil e rápida possível;

- reconhecer as condições de riscos dos locais e selecionar/especificar materiais eprocedimentos de instalação que garantam condições seguras de instalação eoperação;

- selecionar e especificar materiais e procedimentos de instalação que garantam umaoperação adequada e economicamente viável durante toda a vida útil do sistema;

- selecionar locais para a instalação que minimizem gradientes de corrente ou depotencial, os quais podem causar danos a estruturas enterradas ou imersas;

- especial atenção deve ser dada à presença de sulfetos, bactérias, revestimentos não-convencionais, elevadas temperaturas, solos ácidos e metais dissimilares;

- verificar a disponibilidade de energia elétrica no local de instalação do sistema;- avaliar a capacidade de isolar eletricamente outras estruturas já existentes no local de

instalação do sistema;- evitar níveis excessivos de proteção catódica que podem causar o descolamento do

revestimento, assim como possíveis danos a aços de alta resistência devido àevolução de hidrogênio.

5.2 Especificação do projetoTodo projeto de sistema de proteção catódica deve ser enviado à Sabesp para análise eaprovação pela respectiva autoridade funcional. Devem constar, no mínimo, as seguintesinformações:- descrição sucinta e análise dos dados obtidos nos trabalhos de levantamento de

campo;- memorial de cálculo e especificações do sistema implementado;- memorial descritivo;- desenhos, mapas e planilhas com a localização exata de todos os equipamentos e

estruturas previstos no projeto, assim como pontos de referência;- lista de materiais utilizados, relacionando quantidades, características e especificações

técnicas dos materiais/equipamentos utilizados;- no caso de adutoras, identificação dos pontos de cruzamento com outras

canalizações, trilhos de trem ou estruturas já existentes ou propostas, verificando sepossuem sistema de proteção catódica;

- a montagem dos componentes do sistema de proteção catódica deverá obedecerdesenhos padrões específicos fornecidos pela Sabesp conforme descrito no Anexo A;

- localização de todos os pontos de teste do sistema;- identificação da localização e do tipo das conexões elétricas existentes, com suas

respectivas especificações;- identificação de outras possíveis fontes de corrente de interferência;- identificação da presença de particularidades ambientais (plantas químicas, lagoas de

tratamento de água e esgoto, torres de transmissão elétrica, etc.) nas proximidadesdos locais previstos para a instalação do sistema;

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- a corrente de proteção a ser aplicada;- a resistividade elétrica do eletrólito;- a continuidade elétrica do sistema;- a isolação elétrica do sistema;- a integridade do revestimento (se existente);- as correntes de interferência;- as mudanças no projeto original;- outros dados de manutenção e operação importantes.

5.3 Tipos de sistemas de proteção catódicaa) Existem dois sistemas básicos de proteção catódica: a proteção através de um

sistema de corrente impressa e através do uso de anodos de sacrifício. A seguir,estão apresentados estes dois sistemas:

• Proteção catódica por anodos galvânicos (ou de sacrifício): neste tipo desistema, os anodos são conectados à estrutura a ser protegida, individualmente ouem grupos. A quantidade de corrente fornecida por estes anodos é limitada pelaresistividade do eletrólito e pelo potencial existente entre a estrutura a ser protegida eo anodo. Estes anodos são confeccionados, de maneira geral, em ligas de magnésio,zinco ou alumínio.

• Proteção catódica por corrente impressa: neste tipo de sistema, os anodos sãoconectados, individualmente ou em grupos, a uma fonte de corrente contínua que énormalmente um retificador de corrente. A estrutura a ser protegida é, por sua vez,conectada ao polo negativo do retificador. Os anodos de corrente impressa são feitos,em geral, de materiais tais como grafite, ferro fundido com alto teor de silício, ligachumbo-prata, titânio, metais preciosos ou aço.

b) A seleção do sistema de proteção catódica a ser utilizado deve levar em conta,principalmente, a resistividade elétrica do meio (eletrólito). Outros aspectos a seremconsiderados são:

- a intensidade da corrente de proteção requerida;- correntes parasitas causando flutuações no potencial estrutura/solo que podem

inviabilizar o uso de anodos galvânicos;- efeito de correntes de interferência oriundas do sistema de proteção catódica em

estruturas adjacentes, que podem limitar o uso de sistema de proteção por correnteimpressa;

- disponibilidade de fontes de energia elétrica no local;- projetos futuros de expansão do sistema e;- custos de instalação e manutenção.c) Os fatores que devem ser levados em conta no projeto de um sistema de proteção

catódica são:- os materiais utilizados nos anodos possuem diferentes taxas de deterioração, de

acordo com o eletrólito onde está instalado. Assim, a vida útil do anodo vai dependerdo material de que é feito, do eletrólito onde está instalado, da massa dos anodos edo número de anodos instalados para uma determinada estrutura a ser protegida.Dados já existentes sobre o desempenho de anodos podem ser utilizados para seobter uma provável taxa de deterioração;

- dados de dimensão, profundidade de instalação e configuração de anodos,combinados com a resistividade do eletrólito podem ser utilizados para cálculo daresistência existente entre o eletrólito e o leito de anodos. Fórmulas e gráficosrelativos a estes fatores podem ser encontrados na literatura e no catálogo dosfabricantes;

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- o projeto de sistemas de proteção por anodos galvânicos deve considerar o potencialsolo/estrutura, a resistividade do eletrólito, a saída de corrente e, em alguns casos, aresistência do fio de contato do anodo;

- o desempenho de anodos galvânicos, em muitos casos, pode ser melhorado pelo usode um material de preenchimento (backfill) adequado. Gesso, bentonita e sulfato desódio anidro são materiais normalmente utilizados;

- o número de anodos de um leito assim como a sua resistência ôhmica devem, além decontemplar a proteção da estrutura, adequar-se à capacidade nominal dosretificadores adotados como padrão pela SABESP (100V/30A, 50V/30A, 50V/50A e50V/10A);

- o número de anodos para um sistema de proteção por corrente impressa pode serdiminuído e sua vida útil aumentada pelo uso de material de preenchimento (backfill)adequado. Moinha de coque metalúrgico e moinha de petróleo calcinado, emconformidade com as especificações técnicas de granulometria e resistividadeelétrica, são os materiais de preenchimento normalmente utilizados;

- em um sistema de corrente impressa com anodos instalados a grandes distâncias,deve-se considerar as quedas de corrente e potencial ao longo do cabo de conexãodo anodo. Em alguns casos, o objetivo do projeto é otimizar o comprimento,espaçamento e tamanho dos anodos assim como o tamanho do cabo, de forma aobter uma proteção catódica eficiente também nas extremidades da estrutura.

d) Em relação às planilhas e especificações referentes ao projeto de proteção catódicadevem ser levados em conta os seguintes aspectos:

- plantas adequadas devem ser preparadas, de forma a apresentar toda a estrutura aser protegida, assim como a localização de todos os itens significativos da estruturatais como: pontos de teste, ligações elétricas, equipamentos de isolação elétrica eestruturas metálicas enterradas ou imersas;

- um layout adequado deve ser preparado para cada sistema de proteção catódica porcorrente impressa instalado, mostrando os detalhes de localização dos componentesdo sistema de proteção catódica em função da estrutura a ser protegida, incluindoneste layout os principais pontos de referência do local de instalação. Este layoutdeve incluir informações sobre rodovias, vias férreas e similares;

- a localização dos pontos de instalação dos anodos galvânicos deve ser apresentadaem planta, com notas apropriadas apresentando o tipo de anodo, peso, espaçamento,profundidade e backfill;

- devem ser preparadas especificações para todos os materiais e técnicas de instalaçãoa serem utilizadas na construção do sistema de proteção catódica.

6 INSTALAÇÃO DE SISTEMAS DE PROTEÇÃO CATÓDICANeste item estão recomendados os procedimentos que irão resultar na instalação de umsistema de proteção catódica, de forma a projetar as estruturas de maneira eficaz. Assimas considerações de projeto apresentadas no item 5 devem ser seguidas.A instalação do sistema de proteção catódica deve ser realizada de acordo com asplantas e especificações do projeto. Estas plantas e especificações devem estar deacordo com o que foi recomendado no item 5 desta norma.A instalação do sistema de proteção catódica deve ser realizada sob a supervisão depessoal técnico treinado e qualificado para a tarefa. A estes técnicos cabe verificar se ainstalação está sendo feita de acordo com as plantas e especificações. Alterações sóserão admitidas se aprovadas pela unidade responsável pela análise do projeto.Toda alteração nas especificações de construção deve ser anotada nas as-built.

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6.1 Sistemas de proteção por anodos de sacrifícioa) A inspeção, o manuseio e o armazenamento dos anodos galvânicos devem ser feitos

de acordo com as seguintes recomendações:- anodos empacotados devem ser inspecionados e medidas tomadas para se certificar

de que, durante a instalação, o material do backfill está envolvendo completamente oanodo. O envelope que abriga o backfill e o anodo deve estar em perfeito estado. Seos pacotes de anodos forem fornecidos em embalagens à prova de água, estasdevem ser removidas antes da instalação dos anodos. Durante o armazenamento, ospacotes de anodos devem ser armazenados em local seco;

- os cabos devem estar seguramente conectados aos anodos. Estes cabos devem serinspecionados para se verificar seus perfeitos estados;

- outros tipos de anodos galvânicos, como os do tipo bracelete ou fita, devem serinspecionados quanto a suas dimensões conforme especificado no projeto,garantindo que nenhum dano ocorrido durante o manuseio afete o funcionamento.

b) A instalação dos anodos galvânicos deve ser feita de acordo com as seguintesrecomendações:

- os anodos devem ser instalados segundo as especificações de construção;- na instalação, os anodos empacotados devem ser envolvidos por material adequado.

Deve-se tomar cuidado para que durante a instalação os cabos e as conexões nãosejam danificados. Deve haver folga suficiente no cabo para que o mesmo não fiquetensionado;

- nos locais onde forem utilizados anodos do tipo abraçadeira (em geral, tubos), osrevestimentos existentes devem estar livres de falhas (holidays). Deve-se cuidar paraque na instalação deste tipo de anodo não ocorra dano do revestimento;

- onde forem usados anodos do tipo fita, estes devem ser colocados paralelos à seção aser protegida.

6.2 Sistemas de proteção por corrente impressaA inspeção e o manuseio do sistema que utiliza corrente impressa devem ser feitos deacordo com as seguintes recomendações:- o retificador ou outra fonte de energia a ser utilizada deve ser inspecionada para

assegurar que as conexões estejam elétrica e mecanicamente seguras e que aunidade está livre de danos. A corrente aplicada deve estar de acordo com aespecificação de construção;

- os anodos para corrente impressa devem ser inspecionados conforme asespecificações referentes ao material e tamanho do anodo, comprimento do caboconector e integridade da selagem. Deve-se tomar cuidado para evitar fratura ou danodos anodos durante o manuseio e a instalação, caso isso ocorra deve ser substituído;

- todos os cabos devem ser cuidadosamente inspecionados de forma a detectardefeitos no isolamento e verificação da continuidade do sistema. Deve-se tomarcuidado para evitar danos no isolamento e/ou rompimento dos cabos. Defeitosdetectados devem ser reparados;

- o material utilizado como backfill deve estar conforme o especificado.Para a instalação dos sistemas de proteção catódica devem ser tomados os seguintescuidados:- o retificador ou outra fonte de energia deve ser instalada de forma que a possibilidade

de danos ou vandalismo seja evitada ou minimizada;- os cabos do retificador devem estar de acordo com as normas e os requerimentos da

companhia elétrica responsável pelo fornecimento de energia. Deve-se instalar umachave liga/desliga externa ao circuito de corrente alternada. A caixa do retificadordeve ser adequadamente aterrada;

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- anodos de corrente impressa devem ser enterrados verticalmente, horizontalmente ouem leitos profundos, conforme indicado nas especificações de construção. O materialdo backfill deve ser colocado de forma a garantir que não se formem vazios entre osanodos. Deve-se tomar cuidado durante o preenchimento do backfill para evitar danosaos anodos ou ao cabo;

- o cabo proveniente do pólo negativo do retificador deve estar conectado à estruturaconforme projeto aprovado pela Sabesp. Os cabos de conexão do retificador devemser mecanicamente seguros garantindo a continuidade elétrica do sistema. Antes dafonte de energia ser ligada, deve-se certificar que o cabo negativo está conectado àestrutura a ser protegida e o cabo positivo conectado aos anodos adequadamente.Depois de ligado, devem-se realizar medidas para verificar se o sistema estáfuncionando corretamente;

- emendas ou reparos no cabo positivo não serão permitidos. As conexões entre o cabopositivo e os cabos que saem dos anodos devem ser mecanicamente segurasgarantindo a continuidade elétrica. Se enterradas ou imersas, estas conexões devemser seladas de forma a prevenir penetração do eletrólito, de forma que o isolamentocom o ambiente seja assegurado;

- cuidados devem ser tomados na instalação de cabos enterrados ligados diretamenteaos anodos, de forma a evitar danos no isolamento. Deve-se deixar espaço suficientepara evitar que os cabos dos anodos sejam tracionados. O material do backfill emvolta dos anodos deve estar livre de pedras e outros materiais estranhos que possamcausar danos ao isolamento;

- se a integridade do isolamento em cabos imersos ou enterrados não for mantida,esses cabos podem vir a falhar devido à corrosão.

7 RECEBIMENTO DO SISTEMA DE PROTEÇÃO CATÓDICA

Após a conclusão dos trabalhos, a contratada deve apresentar à unidade funcional daSabesp medições preliminares e eventuais correções necessárias, passando para a fasede energização do sistema de proteção catódica que constará dos seguintes itens:- ajustes iniciais: ligações e ajustes dos retificadores, devendo manter a regulagem dos

taps até que tenha atingido potenciais mínimos de proteção em toda a sua extensão;- medições finais: visa obter um bom funcionamento do sistema e fornecer subsídios ao

pessoal encarregado da operação e manutenção.Documentação necessária:- desenhos de fabricação dos retificadores e os relatórios de testes,- desenhos de fabricação dos ânodos e os relatórios de testes,- desenhos “as built” do sistema de proteção catódica (quando houver leito de ânodos,

cadastrar no mínimo 50%, sendo obrigatória a amarração do 1º e do último),Medir as resistências de aterramento dos ânodos e anotá-las no formulário 9000-067-D37conforme Anexo A,Anotar as condições de operação dos retificadores,Emitir um relatório que contenha, no mínimo, as seguintes informações:- descrição dos procedimentos adotados durante a fase de pré-operação,- relação dos materiais para instalação e montagem do sistema,- relação de instrumentos e acessórios utilizados durante a fase de pré-operação,- as leituras de corrente e tensão de saída, dos ajustes e do horímetro dos retificadores,

além da data e horário das medições,- os diversos valores dos potenciais durante as várias seqüências de ajustes.

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Anexo A – Desenhos padrões (resumo)

Nº Desenho Sabesp Descrição

A-7184-D189 Retificador – Caixa9000-067-D11 Anodos

9000-067-D12 Lista de materiais do anodo9000-067-D13 Ligação ao tubo em P.V. (sem escavação)

9000-067-D14 Ligação ao tubo em P.V. (com escavação)9000-067-D15 Envelopes

9000-067-D16 Aterramento para RE, MI e DR9000-067-D17 Caixa de medição e interligação para 3 entradas

9000-067-D18 MI – Dimensões – Detalhes9000-067-D19 Detalhes – Caixa com 9 entradas – Furação

9000-067-D23 Retificador – Circuito – Gaveta

9000-067-D24 Lista de material do retificador9000-067-D25 Retificador – Poste sem medição – Entrada aérea

9000-067-D29 Drenagem - Poste9000-067-D30 Drenagem – Caixa

9000-067-D31 Drenagem – Circuito – Gaveta9000-067-D32 Ponto de teste

9000-067-D37 Supervisão e testes para cama de anodos9000-067-D40 Interligação de tubos de F°F° (ponta e bolsa)

9000-067-D41 Interligação de tubos de aço (junta Alvenius)

Obs.1: esses desenhos estão disponíveis na forma digitalizada na Intranet Sabesp(página CD – desenho padrão)

Obs. 2: a fim de preservar o sistema de proteção catódica implantado, é necessário olançamento do “as built” nas plantas cadastrais das instalações a seremprotegidas.

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Norma Técnica SABESP NTS 180 : 2002

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Sistemas de proteção catódica – projeto e implantação

Considerações finais:

1) Esta norma técnica, como qualquer outra, é um documento dinâmico, podendo seralterada ou ampliada sempre que for necessário. Sugestões e comentários devem serenviados à Divisão de Normas Técnicas – CDGN.

2) Tomaram parte na elaboração desta norma:

ÁREA UNIDADE DETRABALHO

NOME

AA AANA Wagner Rigó

AG AGOE Zacharias Elias Filho

AM AME Antônio Marco ParlângeloIV IVOM Luiz Antônio VarelaIV IVOM Tony Yossif Teixeira Darido

LB LBSM Renato da Cruz Silva

ME MEE Antônio Jun ItoME MEE Sérgio YoshimaMN MNNA Agustin Gonzalez Garcia

CD CDGN Marco Aurélio Lima BarbosaCD CDGN Maria Célia GoulartCS CSQQ Carlos Alberto Guia PereiraCS CSQQ Eduardo de Meneses

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NTS 180 : 2002 Norma Técnica SABESP

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Sabesp - Companhia de Saneamento Básico do Estado de São PauloDiretoria de Gestão de Assuntos Corporativos - CSuperintendência de Pesquisa e Desenvolvimento Tecnológico - CDDivisão de Normas Técnicas - CDGN

Rua Costa Carvalho, 300 - CEP 05429-900São Paulo - SP - BrasilTelefone: (0xx11) 3388-8839 / FAX: (0xx11) 3814-6323E-MAIL: [email protected]

- Palavras-chave: proteção catódica, anodo, corrosão, potencial

- __8__ páginas