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Norma Técnica SABESP NTS 196 Lacre do tubete para hidrômetros Especificação São Paulo Março 2004

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Norma Técnica SABESPNTS 196

Lacre do tubete para hidrômetros

Especificação

São PauloMarço – 2004

NTS 196 : 2004 Norma Técnica SABESP

16/03/04

S U M Á R I O

1. OBJETIVO....................................................................................................................... 1

2. REFERÊNCIAS NORMATIVAS ...................................................................................... 1

3. DEFINIÇÕES................................................................................................................... 2

4. TIPOS DE LACRE........................................................................................................... 2

5. REQUISITOS GERAIS .................................................................................................... 2

5.1. Configuração básica................................................................................................... 2

5.2. Materiais plásticos...................................................................................................... 4

5.3. Materiais metálicos..................................................................................................... 5

5.4. Componentes de vedação ......................................................................................... 5

5.5. Reprocessamento de matérias-primas..................................................................... 5

5.6. Roscas.......................................................................................................................... 5

5.7. Quantidade de lacres.................................................................................................. 5

6. REQUISITOS ESPECÍFICOS DOS LACRES................................................................. 5

6.1. Lacre tipo "porca louca" ............................................................................................ 5

6.2. Lacre tipo "abraçadeira.............................................................................................. 6

6.3. Lacre metálico com fecho de ruptura em aço......................................................... 7

6.4. Lacre metálico com fecho de ruptura em plástico.................................................. 7

6.5. Aspectos visuais e de embalagem ........................................................................... 7

6.6. Informações sobre o lacre e instruções de instalação........................................... 8

6.7. Marcação...................................................................................................................... 8

7. QUALIFICAÇÃO DO FABRICANTE.............................................................................. 8

7.1. Qualificação................................................................................................................. 8

7.2. Requisitos de qualidade durante a fabricação........................................................ 9

8. INSPEÇÃO E RECEBIMENTO..................................................................................... 10

8.1. Tamanho do lote de inspeção ................................................................................. 10

8.2. Amostragem para exame dimensional e visual..................................................... 10

8.3. Amostragem para ensaios destrutivos .................................................................. 11

8.4. Aceitação ou rejeição............................................................................................... 12

9. CADASTRO DO LACRE............................................................................................... 12

ANEXO A - LACRE TIPO "PORCA LOUCA" .................................................................. 13

ANEXO B - LACRE TIPO "ABRAÇADEIRA"................................................................... 13

ANEXO C - LACRE METÁLICO E FECHO DE RUPTURA EM AÇO.............................. 14

ANEXO D - LACRE METÁLICO E FECHO DE RUPTURA EM PLÁSTICO ................... 14

Norma Técnica SABESP NTS 196 : 2004

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Lacre do tubete para hidrômetros

1. OBJETIVO

Esta norma fixa os requisitos gerais e específicos, exigíveis para o lacre do tubete naexecução e/ou manutenção de cavaletes de ligações prediais, na ligação de hidrômetrosde até 10 m³/h, operando com pressão nominal máxima de 1,6 MPa e temperaturamáxima da água 40oC.O lacre do tubete deve manter bom desempenho ao longo de uma vida útil mínima de 10anos quando submetido às condições de operação da rede de distribuição de água aoqual está instalado, a uma temperatura de 20ºC. O atendimento pleno aos requisitosestabelecidos nesta norma é condição mínima necessária para que o produto sejaconsiderado de bom desempenho.

2. REFERÊNCIAS NORMATIVAS

As normas citadas constituem prescrições para este texto:NTS 161:2003 Cavalete Simples – Ligação de Água (DN 20 - Hidrômetro de 1,5

m3/h ou 3,0 m3/h)NBR 5426:1985 Plano de amostragem e procedimento na inspeção por atributosNBR 6941:1983 Peças de ligas de cobre fundidas em coquilhasNBR 7423:1982 Anel de borracha para tubulação de PVC rígido – Determinação da

durezaNBR 7425:1982 Anel de borracha do tipo toroidal para tubulação de PVC rígido

Verificação do diâmetro externo e espessuraNBR 8133:1983 Rosca para tubos onde a vedação não é feita pela rosca -

Designação, dimensões e tolerânciasNBR 8219:1999 Tubos e conexões de PVC Rígido – Verificação do efeito sobre a

águaNBR 9799:1987 Conexão de Polipropileno – Verificação da Estabilidade TérmicaNBR 10.925:1989 Cavalete de PVC DN 20 para ramais prediaisNBR 11304:1990 Cavalete de polipropileno DN 20 para ramais prediaisNBR 14122:1998 Ramal predial - Cavalete galvanizado DN 20 - RequisitosNBR 12184:1978 Emprego de anéis “O” de vedação à base de elastômerosISO 12162:1995 Thermoplastics materials for pipes and fittings for pressure

applications - Classification and designation - Overall service(design) coefficient

ISO/TR 9080:1992 Method of extrapolation of hydrostatic stress rupture data todetermine the long term hydrostatic strength of thermoplastic pipematerials

Portaria 912 de 13/11/1998, da Secretaria de Vigilância Sanitária do Ministério da SaúdeFDA 21 CFR Ch.1, part 177, (Indirect food additives: Polymers, 177.1520, OlefinPolymers

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3. DEFINIÇÕES

Para os efeitos da presente norma, aplicam-se as seguintes definições:CAVALETE - Parte da ligação de água, formada por um conjunto de segmentos detubos, conexões, registro, tubetes, porcas e guarnições, destinada à instalação dohidrômetro, e/ou limitador de consumo, em posição afastada do piso.DIÂMETRO NOMINAL (DN) - Simples número que serve como designação para projetoe para classificar, em dimensões, os elementos de tubulação (tubos, conexões, anéis deborracha e acessórios) e que corresponde, aproximadamente ao diâmetro interno dostubos em milímetros, não devendo ser objeto de medição, nem ser utilizado para fins decálculo.LACRE DO TUBETE - Componente do cavalete, destinado a impedir a inversão dohidrômetro ou a interrupção de seu funcionamento. A inversão e interrupção sãomotivadas por tentativa de fraude.

4. TIPOS DE LACRE

Esta norma abrange os seguintes tipos:– Lacre tipo "porca louca" (anexo A);– Lacre tipo "abraçadeira" (anexo B);– Lacre metálico e fecho de ruptura em aço (anexo C);– Lacre metálico e fecho de ruptura em plástico (anexo D).Outras configurações do lacre devem ser submetidas à aprovação da Sabesp e, após aeventual aceitação, serão incorporadas a esta Norma, para que possam ser utilizadas.

5. REQUISITOS GERAIS

5.1. Configuração básica

5.1.1 Lacre tipo "porca louca"

O lacre é composto pelos seguintes acessórios:– corpo externo;– inserto;– guarnição;– ferramenta especial para retirada do lacre para manutenção (devendo ser fornecida

somente para a Sabesp).O corpo externo do lacre deve ser monolítico e fabricado em polipropileno.O inserto pode ser de dois tipos de materiais:– Liga de cobre;– Polipropileno.A guarnição deve ser de borracha nitrílica.A ferramenta especial deve ser feita de aço inoxidável (mínimo AISI 304 L) e seu caboem polipropileno.O lacre deve apresentar as seguintes características:– Não provocar vazamentos em caso de violação.– Em caso de violação o corpo do lacre deve romper antes do rompimento do sistema

de fechamento (dispositivo de fixação).

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– A violação deve implicar na sua quebra, sem possibilidade de reaproveitamento.– Após sua fixação, o lacre deve apresentar movimento livre no sentido horário e anti-

horário ("porca louca"), ou outro sistema que impeça a sua violação. O lacre sópoderá ser retirado para manutenção com auxílio de ferramenta específica.

O lacre deve ser pigmentado nas cores:– azul (mont blanc): padrão Munsell 10 B 5/10, para ligação nova e restabelecimento de

ligação,– vermelha (segurança): padrão Munsell 5 R 4/14, para supressão ou corte da ligação.

5.1.2 Lacre tipo "abraçadeira"

O lacre é composto pelos seguintes acessórios:– corpo externo;– pino trava;– ferramenta especial de instalação (devendo ser fornecida somente para a Sabesp).O corpo externo do lacre deve ser monolítico e fabricado em polipropileno.O pino trava deve ser de latão de 1/8".A ferramenta especial deve ser feita de aço inoxidável (mínimo AISI 304 L) e seu caboem polipropileno.O lacre deve apresentar as seguintes características:– A violação deve implicar na sua quebra, sem possibilidade de reaproveitamento.– Após sua fixação, o lacre deve apresentar movimento livre no sentido horário e anti-

horário, e os pinos de fixação devem ser totalmente inseridos dentro do corpo dolacre com a utilização da ferramenta especial. A retirada do lacre para manutençãoimplica na respectiva quebra.

O lacre deve ser pigmentado nas cores:– azul (mont blanc): padrão Munsell 10 B 5/10, para ligação nova e restabelecimento de

ligação,– vermelha (segurança): padrão Munsell 5 R 4/14, para supressão ou corte da ligação.

5.1.3 Lacre metálico e fecho de ruptura em aço

O lacre é composto pelos seguintes acessórios:– corpo;– cordoalha de aço;– fecho.O corpo do lacre deve ser em Zamak podendo ser revestido com capa plástica.A cordoalha deve ser de aço galvanizado 7 fios totalizando 1,05 mm de diâmetro, componta não pré-formada.O fecho deve ser em aço.O lacre deve apresentar as seguintes características:– A violação deve implicar na ruptura do cabo de aço, sem possibilidade de

reaproveitamento.– O lacre só poderá ser retirado para manutenção quebrado.O corpo do lacre, quando revestido com capa plástica, esta deve ser pigmentada nascores:– azul (mont blanc): padrão Munsell 10 B 5/10, para ligação nova e restabelecimento de

ligação,

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– vermelha (segurança): padrão Munsell 5 R 4/14, para supressão ou corte da ligação.

5.1.4 Lacre metálico e fecho plástico

O lacre é composto pelos seguintes acessórios:– corpo / fecho;– cordoalha de aço;– alicate para travamento do lacre.O corpo / fecho do lacre deve ser em policarbonato.A cordoalha deve ser de aço galvanizado 4 fios, 4 x Φ 0,36 mm, com ponta não pré-formada.O alicate para travamento do lacre deve ser de plástico e ferro, possuindo um sinete demarcação no local de lacração. Deve possuir um dispositivo para corte do excesso dearame.O lacre deve apresentar as seguintes características:– A violação deve implicar na ruptura do cabo de aço, sem possibilidade de

reaproveitamento.– O lacre só poderá ser retirado quebrado para manutenção.– Na aba frontal superior será escrita a numeração de sete dígitos em baixo-relevo.O corpo / fecho do lacre deve ser pigmentado nas cores:– azul (mont blanc): padrão Munsell 10 B 5/10, para ligação nova e restabelecimento de

ligação)– vermelha (segurança): padrão Munsell 5 R 4/14, para supressão ou corte da ligação.

5.2. Materiais plásticos

Os materiais plásticos empregados na fabricação das peças que compõem o lacre devemcorresponder às exigências definidas nesta Norma.Caso o lacre tenha contato com a água, não deve transmitir a esta, qualquer elementoque possa alterar suas características de potabilidade, tornando-a imprópria paraconsumo humano. O composto formado pelos materiais plásticos e aditivos (conformeitem 5.2) devem obedecer à legislação sanitária nacional em vigor, como a Portaria no.912, de 13/11/1998, da Secretaria de Vigilância Sanitária do Ministério da Saúde. Podemser aceitos também certificados de conformidade emitidos por organismos internacionais,como os seguintes:– NSF - National Sanitation Foundation.– FDA - Food and Drug Administration (documento normativo 21 CFR Ch.1, part 177,

“Indirect food additives): Polymers, 177.1520, Olefin Polymers”.– WHO - World Health Organization , “Guidelines for drinking water quality, volume 1:

Recommendations”.– EEC Council Directive of 15 July 1980 on the quality of water intended for human

consumption.O fabricante deve apresentar certificados, fornecidos por laboratórios especializados, dereconhecida competência e idoneidade, atestando a adequação da matéria-primautilizada na fabricação dos lacres, para uso em contato com água potável, atendendo àlegislação.

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Os lacres em polipropileno serão fabricados com os materiais plásticos definidos abaixo:– ABS– PP H Homopolímero tipo 1– PP B Copoliímero tipo 2– PP R Copolímero randômico.O material escolhido para o lacre deve estar conforme ISO/TR 9080 e ISO 12162 queestabelece o valor da resistência mínima requerida (MRS - Minimum Required Strength).Aos materiais plásticos devem ser acrescentados aditivos, tais como: absorvedores deraios ultravioleta, estabilizantes e pigmentos.

5.3. Materiais metálicos

O inserto metálico do lacre tipo "porca louca" deve ser fabricado em liga de cobreconforme NBR 6941 - Liga 3. Os critérios de toxicidade devem ser os mesmos definidosno item 5.2.

5.4. Componentes de vedação

O componente de vedação do lacre tipo "porca louca", denominado guarnição, deve serfabricado com borracha nitrílica prensada.

5.5. Reprocessamento de matérias-primas

Não é permitida a utilização e o aproveitamento de materiais já processados na produçãodo corpo do lacre e nem de outros produtos.

5.6. Roscas

A rosca utilizada no lacre tipo "porca louca" deve seguir o especificado na NBR 8133.

5.7. Quantidade de lacres

No caso dos lacres tipo "porca louca" e "abraçadeira", devem ser instaladas duasunidades por cavalete, uma de cada lado do hidrômetro.Para os outros tipos especificados nesta norma, a quantidade de lacres é de umaunidade por hidrômetro.

6. REQUISITOS ESPECÍFICOS DOS LACRES

Os lacres fabricados de acordo com esta Norma devem resistir aos esforços aos quais,normalmente, estão sujeitas as tubulações e conexões dos cavaletes de água nas quaisse inserem, significando que não devem soltar, deslocar axialmente nem apresentaremvazamentos, atendendo a todos requisitos estabelecidos nos itens subseqüentes.

6.1. Lacre tipo "porca louca"

6.1.1 Dimensões

A superfície externa do lacre deve apresentar ranhuras que facilitem seu aperto manual,sem utilização de ferramentas.As dimensões devem ser adequadas para uma perfeita vedação e fácil manuseio na suainstalação, e devem atender ao projeto proposto pelo fabricante, admitindo-se emqualquer dimensão uma variação máxima de ±0,1 mm, em relação àquelas especificadasno referido projeto.

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6.1.2 Elemento de vedação (guarnição)

O elemento de vedação utilizado no lacre deve ser uma guarnição, isenta de rebarbas edefeitos superficiais (bolhas, fissuras, cortes, depressões, etc), e instalada na ponta dotubete. Essas características devem ser verificadas por inspeção visual.A guarnição deve ser fabricada em borracha nitrílica prensada, com dureza nominalShore A entre 50 e 70. A NBR 7423 deve ser utilizada na determinação da dureza domaterial utilizado na fabricação da guarnição.

6.1.3 Características químicas

O material do corpo do lacre, inserto e guarnição, quando submetido ao ensaio de efeitosobre a água, conforme NBR 8219, deve satisfazer às seguintes exigências:– na primeira extração a quantidade de chumbo (Pb) não deve exceder a 1 ppm;– repetindo duas vezes o ensaio, com o mesmo corpo-de-prova, na terceira

determinação a quantidade de chumbo (Pb) na água não deve exceder a 0,3 ppm;– substâncias tais como cromo (Cr), arsênio (As), mercúrio (Hg), estanho (Sn) e cádmio

(Cd) não devem estar presentes em quantidades que excedam 0,5 ppm cada uma.A verificação desta exigência deve ser feita em um corpo-de-prova fabricado por extrusãocom o mesmo material empregado na fabricação do lacre, que ficará em contato com aágua. O tubo deve apresentar diâmetro e comprimento suficiente para acumular umvolume de 250 mL, como previsto na NBR 8219.

6.1.4 Verificação da estabilidade térmica

Todos os materiais plásticos do corpo-de-prova, quando ensaiados de acordo comNBR 9799, na temperatura de (150 ± 2)ºC, durante 4 horas, devem apresentar semrachaduras, bolhas ou escamas, com exceção da região do ponto de injeção, cujaprofundidade do defeito não deve exceder a 20% da espessura do componente no ponto.O ensaio deve ser feito com as partes desmontadas e delas removidas as partesmetálicas.

6.1.5 Requisitos do conjunto lacre – cavalete

Para verificação do desempenho do uso do lacre, é necessário que este seja instaladoem um cavalete que será submetido aos seguintes ensaios:a) Estanqueidade,b) Resistência mecânica.Os ensaios devem ser realizados conforme o prescrito na Norma BrasileiraNBR 10925.

6.2. Lacre tipo "abraçadeira

6.2.1 Dimensões

As dimensões devem ser adequadas para uma perfeita instalação, e devem atender aoprojeto proposto pelo fabricante, admitindo-se em qualquer dimensão uma variaçãomáxima de ± 0,1 mm, em relação àquelas especificadas no referido projeto.

6.2.2 Verificação da estabilidade térmica

O material plástico do corpo-de-prova, quando ensaiado de acordo com NBR 9799, natemperatura de (150 ± 2)ºC, durante 4 horas, deve apresentar-se sem rachaduras, bolhasou escamas, com exceção da região do ponto de injeção, cuja profundidade do defeitonão deve exceder a 20% da espessura do componente no ponto.

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O ensaio deve ser feito com as partes desmontadas e delas removidas as partesmetálicas.

6.3. Lacre metálico com fecho de ruptura em aço

6.3.1 Dimensões

As dimensões devem ser adequadas para um fácil manuseio na sua instalação, e devematender ao projeto proposto pelo fabricante, admitindo-se em qualquer dimensão umavariação máxima de ± 0,1 mm, em relação àquelas especificadas no referido projeto.

6.3.2 Propriedades mecânicas

O sistema cabo de aço e corpo, quando submetido a uma força de tração de 1,200 kN,não deve apresentar ruptura nem escorregamento do segmento de cabo de aço emrelação ao corpo da amostra. O cabo deve ser ensaiado com o sistema travado,formando um laço, e a carga deve ser aplicada por meio de um pino de 10 mm dediâmetro. A carga deve ser aplicada com velocidade compatível com o tipo e dimensõesdos materiais.

6.4. Lacre metálico com fecho de ruptura em plástico

6.4.1 Dimensões

As dimensões devem ser adequadas para um fácil manuseio na sua instalação, e devematender ao projeto proposto pelo fabricante, admitindo-se em qualquer dimensão umavariação máxima de ± 0,1 mm, em relação àquelas especificadas no referido projeto.

6.4.2 Propriedades mecânicas

O sistema cabo de aço e corpo, quando submetido a uma força de tração de 1,200 kN,não deve apresentar ruptura nem escorregamento do segmento de cabo de aço emrelação ao corpo da amostra. O cabo deve ser ensaiado com o sistema travado,formando um laço, e a carga deve ser aplicada por meio de um pino de 10 mm dediâmetro. A carga deve ser aplicada com velocidade compatível com o tipo e dimensõesdos materiais.

6.5. Aspectos visuais e de embalagem

6.5.1 Aspecto visual

As partes plásticas dos lacres devem apresentar cor e aspecto uniformes, estaremisentas de corpos estranhos, bolhas, fraturas, rachaduras, rebarbas ou outros defeitosque indiquem descontinuidade do material ou do processo de produção, que possamcomprometer sua aparência, desempenho e durabilidade.

6.5.2 Embalagem

Para evitar danos durante o manuseio, transporte e estocagem, os lacres devem serembalados em sacos plásticos fechados.As ferramentas para retirada do lacre tipo "porca louca" e instalação dos tipos"abraçadeira" e "metálico com fecho plástico" devem ser fornecidas em embalagensespecíficas, com instruções de operação e em quantidade a ser definida pela Sabesp e,só devem ser utilizadas por funcionários da Sabesp.

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6.6. Informações sobre o lacre e instruções de instalação

Toda embalagem deve conter os componentes necessários para instalação do lacre,folheto do fabricante com informações sobre o produto e as instruções de montagem comdesenhos ilustrativos para a adequada montagem do lacre no hidrômetro.

6.7. Marcação

Os lacres devem conter marcações de forma indelével, com, no mínimo, os seguintesdados:– numeração com 7 dígitos que permita rastrear a sua produção e logotipo da Sabesp;– nome ou marca de identificação do fabricante;– diâmetro do tubete ao qual o lacre é conectado (para os lacres tipo "porca louca" e

"abraçadeira").

7. QUALIFICAÇÃO DO FABRICANTE

7.1. Qualificação

Os lacres devem ser qualificados de acordo com as prescrições especificadas nestaNorma. A qualificação deve ser refeita, perdendo a anterior sua validade sempre queocorrer qualquer mudança de característica da peça, seja de projeto, seja deespecificação ou origem da matéria-prima, seja por alterações dimensionais, ou quando aSabesp julgar necessário para assegurar a constância da sua qualidade.O fabricante deve comunicar à Sabesp qualquer alteração no produto, sujeitando-se anova qualificação. O fabricante deve manter em arquivo e fornecer à Sabesp oscertificados de origem e dos ensaios dos materiais do lacre e de seus componentes,inclusive dos metálicos e elastoméricos, com sua composição e características. Para aqualificação do lacre devem ser aplicados os métodos de ensaio e os requisitos indicadosnas Tabelas 1 e 2.

Tabela 1 - Métodos de ensaios de qualificação do lacrePartes do lacre Nº de Amostras Critério Método de Ensaio

Material do corpo 3/diâmetro Conforme 5.2ISO/TR 9080 ISO

12162.

Dimensional 3/diâmetro Conforme 6.1.1,6.2.1, 6.3.1 e 6.4.1

Conforme 6.1.1, 6.2.1,6.3.1 e 6.4.1

Elemento de vedação (guarnição) 3/diâmetro Conforme 6.1.2Conforme 6.1.2,

NBR 7423, NBR 7425,NBR 12184

Aspectos visuais 3/diâmetro Conforme 6.5.1 Conforme 6.5.1

Embalagem 3/diâmetro Conforme 6.5.2 Conforme 6.5.2

Informações e instruções deinstalação

3/diâmetro Conforme 6.6 Conforme 6.6

Marcação 3/diâmetro Conforme 6.7 Conforme 6.7

Tabela 2 - Métodos de ensaios e requisitos de qualificação do lacreRequisito Nº de Amostras Critério Método de Ensaio

Efeito sobre a água 1/tipo independentedo diâmetro

Conforme 6.1.3 NBR 8219

Estabilidade térmica 3/diâmetro Conforme 6.1.4 NBR 9799

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Requisito Nº de Amostras Critério Método de Ensaio

Estanqueidade 3/diâmetro Conforme 6.1.5. a

Resistência mecânica 3/diâmetro Conforme 6.1.5. b

NBR 10925

Só para o tipo "porcalouca"

Estabilidade térmica 3/diâmetro Conforme 6.2.2 NBR 9799

Propriedades mecânicas 3/tipo Conforme 6.3.2 e6.4.2.

Conforme 6.3.2. e6.4.2.

7.2. Requisitos de qualidade durante a fabricação

O fabricante deve manter em arquivo os certificados de cada lote de matéria-prima ecomponentes utilizados na fabricação e deve executar os ensaios indicados nas Tabelas3 e 4.

Tabela 3 - Métodos de ensaios do lacre durante a fabricação

Partes do lacre Nº deAmostras

Periodicidade Critério Método deEnsaio

Material do corpo 3/diâmetro (1) Conforme 5.2 ISO/TR 9080ISO 12162.

Dimensional 3/diâmetro (2)Conforme 6.1.1,

6.2.1, 6.3.1 e 6.4.1

Conforme 6.1.1,6.2.1, 6.3.1 e

6.4.1

Elemento de vedação(guarnição)

3/diâmetro (1) Conforme 6.1.2

Conforme 6.1.2,NBR 7423,NBR 7425,NBR 12184

Aspectos visuais 3/diâmetro (2) Conforme 6.5.1 Conforme 6.5.1

Embalagem 3/diâmetro (2) Conforme 6.5.2 Conforme 6.5.2

Informações e instruções deinstalação

3/diâmetro (2) Conforme 6.6 Conforme 6.6

Marcação 3/diâmetro (2) Conforme 6.7 Conforme 6.7

Tabela 4 - Métodos de ensaios e requisitos do lacre durante a fabricação

Requisito Nº deAmostras

Periodicidade Critério Método deEnsaio

Efeito sobre a água1/tipo

independentedo diâmetro

(1) Conforme 6.1.3 NBR 8219

Estabilidade térmica 3/diâmetro (1) Conforme 6.1.4 NBR 9799

Estanqueidade 3/diâmetro (2) Conforme 6.1.5. a

Resistência mecânica 3/diâmetro (1) Conforme 6.1.5. b

NBR 10925

Só para o tipo"porca louca"

Estabilidade térmica 3/diâmetro (1) Conforme 6.2.2 NBR 9799

Propriedades mecânicas 3/tipo (1) Conforme 6.3.2 e6.4.2.

Conforme 6.3.2.e 6.4.2

(1) 1 ensaio no início da fabricação e depois a cada 50.000 peças ou na mudança dematéria-prima, o que ocorrer primeiro, ensaiando todas as cavidades do corpoprincipal da conexão.

(2) Diário ou a cada 500 peças, adotando o critério que resultar no maior número deensaios.

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8. INSPEÇÃO E RECEBIMENTO

Nos ensaios de recebimento do lacre devem ser seguidos os critérios de 8.1 a 8.3, tendocomo referência a NBR 5426.

8.1. Tamanho do lote de inspeção

A inspeção deve ser feita em lotes de no máximo 35.000 lacres de mesmo diâmetro. Olote mínimo para inspeção é de 26 peças. As amostras devem atender aos requisitos dasTabelas 5 e 6.

Tabela 5 - Métodos de ensaios do lacre durante a inspeção

Partes do lacre Plano deAmostragem

Critério Método de Ensaio

Dimensões Tabelas 7/8Conforme

6.1.1, 6.2.1,6.3.1, 6.4.1

Conforme 6.1.1,6.2.1, 6.3.1, 6.4.1

Aspectos visuais Tabelas 7/8 Conforme6.5.1

Conforme 6.5.1

Embalagem Tabelas 7/8 Conforme6.5.2

Conforme 6.5.2

Informações e instruções de instalação Tabelas 7/8 Conforme6.6

Conforme 6.6

Marcação Tabelas 7/8 Conforme6.7

Conforme 6.7

Tabela 6 - Métodos de ensaios e requisitos do lacre durante a inspeção

Requisito Plano deAmostragem

Critério Método de Ensaio

Efeito sobre a água (1) Conforme6.1.3

NBR 8219

Estabilidade térmica Tabela 9 Conforme6.1.4

NBR 9799

Estanqueidade Tabela 9 Conforme6.1.5 a

Resistência mecânica Tabela 9 Conforme6.1.5.b

NBR 10925

Só para o tipo"porca louca"

Estabilidade térmica Tabela 9 Conforme6.2.2

NBR 9799

Propriedades mecânicas Tabela 9 Conforme6.3.2 e 6.4.2

Conforme 6.3.2 e6.4.2

(1) 1 amostra na mudança do processo ou da matéria-prima.

8.2. Amostragem para exame dimensional e visual

De cada lote são retiradas aleatoriamente amostras, conforme a Tabela 8, (NQA 2,5;nível de inspeção II; regime normal; amostragem dupla - NBR 5426). Para que umaunidade do produto seja considerada não defeituosa, esta deve atender a todos osrequisitos contidos na Tabela 5. Para lotes com tamanho inferior a 26 unidades aamostragem deve ser de 100% do lote.

Norma Técnica SABESP NTS 196 : 2004

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Tabela 7 - Plano de amostragem para exame visual e dimensional (nível lI)

Tamanho da amostra Peças defeituosas

1ª amostra 2ª amostraTamanho do lote

1ª amostra 2ª amostra Aceitação≤

Rejeição≥

Aceitação≤

Rejeição≥

26 a 150 13 13 0 2 1 2

151 a 280 20 20 0 3 3 4281 a 500 32 32 1 4 4 5501 a 1200 50 50 2 5 6 7

1201 a 3200 80 80 3 7 8 93201 a 10000 125 125 5 9 12 1310001 a 35000 200 200 7 11 18 19

Caso dois lotes consecutivos, de mesmo tipo e fabricação, sejam aprovados conformeamostragem definida na Tabela 7, o próximo lote deve ser amostrado conforme Tabela 8,(NQA 2,5; nível de inspeção I; regime normal; amostragem dupla - NBR 5426). Entretantose dois lotes de mesmo tipo e fabricação, amostrados conforme Tabela 8, foremreprovados, a próxima amostragem deve atender ao critério da Tabela 7.

Tabela 8 - Plano de amostragem para exame visual e dimensional (nível I)

Tamanho da amostra Peças defeituosas

1ª amostra 2ª amostraTamanho do lote

1ª amostra 2ª amostra Aceitação≤

Rejeição≥

Aceitação≤

Rejeição≥

26 a 500 13 13 0 2 1 2

501 a 1200 20 20 0 3 3 41201 a 3200 32 32 1 4 4 53201 a 10000 50 50 2 5 6 7

10001 a 35000 80 80 3 7 8 9

8.3. Amostragem para ensaios destrutivos

Caso as peças sejam aprovadas conforme critério do item 8.2, devem ser submetidasaos ensaios destrutivos previstos na Tabela 9. Para que uma unidade do produto sejaconsiderada não defeituosa, esta deve atender a todos os requisitos da Tabela 6. Paralotes com tamanho inferior a 26 unidades não são necessários os ensaios destrutivos.Quando dois ou mais lotes subseqüentes tiverem menos de 26 unidades cada, aquantidade de cada lote deve ser somada e, quando este valor for igual ou superior a 26,o último lote será amostrado usando o critério da Tabela 9, sendo esta amostra limitada a20% da quantidade de peças do último lote.

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Tabela 9 - Plano de amostragem para os ensaios destrutivosTamanho da amostra Peças defeituosas

1ª amostra 2ª amostraTamanho do lote

1ª amostra 2ª amostra Aceitação≤

Rejeição≥

Aceitação≤

Rejeição≥

26 a 1000 3 — 0 1 — —1001 a 12000 5 5 0 2 1 212001 a 35000 10 10 0 3 3 4

8.4. Aceitação ou rejeição

Os lotes devem ser aceitos ou rejeitados de acordo com 8.4.1 e 8.4.2.

8.4.1 Primeira amostragem

Os lotes do lacre são aceitos quando o número de amostras defeituosas for igual oumenor do que o número de aceitação.Os lotes do lacre devem ser rejeitados quando o número de amostras defeituosas forigual ou maior do que o número de rejeição.

8.4.2 Segunda amostragem

Os lotes do lacre, cujo número de amostras defeituosas for maior do que o 1º número deaceitação e menor do que o 1º número de rejeição, devem ser submetidos a umasegunda amostragem.Os lotes do lacre são aceitos quando o número de amostras defeituosas for igual oumenor do que o 2º número de aceitação.Os lotes do lacre devem ser rejeitados quando o número de amostras defeituosas forigual ou maior do que o 2º número de rejeição.Na segunda amostragem considera-se para o critério de aceitação / rejeição, a soma dositens da 1ª e 2ª amostra.

9. CADASTRO DO LACRE

A instalação de qualquer tipo de lacre constante desta Norma deve ser cadastrada para ocontrole comercial e técnico do mesmo.Para tanto, o instalador deve registrar o número do lacre e nome do fabricante (ver item6.7.) em sua folha de campo (ou outro meio disponível), de forma a poder repassar estesdados para o sistema CSI, que deve prever campo para o lançamento desta informação.Este sistema é fundamental para o controle da instalação dos lacres, das eventuaistentativas de fraude e análise de desempenho do lacre.

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Anexo A - Lacre tipo "porca louca"

VISTA LATERALCOM INSERTO

VISTA FRONTAL PLANTA

26 50

28,5

ø26

Anexo B - Lacre tipo "abraçadeira"

A

B

A

B

VISTA FRONTAL (interna peca 1)

VISTA FRONTAL (interna peca 2)

CORTE A - A

CORTE B - B

sabesp

PLANTA TOPO SUPERIOR (pecas 1 e 2)

PINO TRAVA (longitudinal)

RECARTILHADOCHANFRO

PINO TRAVA (interna pç. 1)

VISTA FRONTAL (externa peca 2)

PINO TRAVA

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Anexo C - Lacre metálico e fecho de ruptura em aço

SABESP

0 0 0 0 0 0 0

10

m

m

(Descart vel)

Mat: A‡o

Fecho de ruptura

6mm

Comprimento £til = 200mm 6mm 20 mm

Identifica‡Æo

Numeracao

Anexo D - Lacre metálico e fecho de ruptura em plástico

0 1 2 3 4 5 6

0 1 2 3 4 5 6

Corpo e Inserto rotativo

Corpo e Inserto rotativo

Arame metalico

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Lacre do tubete para hidrômetros

Considerações finais:

1) Esta norma técnica, como qualquer outra, é um documento dinâmico, podendoser alterada ou ampliada sempre que for necessário. Sugestões e comentáriosdevem ser enviados ao Departamento de Tecnologia – TTT.

2) Tomaram parte na elaboração desta Norma:

ÁREA UNIDADE DETRABALHO

NOME

C CSQ Dorival Corrêa ValliloM MSEE Meunim R. Oliveira JúniorR REQ Pedro Jorge Chama NetoR ROC Paulo Mércio DavidR RSBB.1 Dionízio de OliveiraT TTT Marco Aurélio Lima BarbosaT TTT Reinaldo Putvinskis

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Sabesp - Companhia de Saneamento Básico do Estado de São PauloDiretoria de Produção e Tecnologia - T

Superintendência Técnica - TTDepartamento de Tecnologia - TTT

Rua Costa Carvalho, 300 - CEP 05429-900São Paulo - SP - BrasilTelefone: (011) 3388-8091 / FAX: (011) 3814-6323

e-mail : [email protected]

– Palavras-chave: Cavalete, Ligação predial de água.

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